sr. redactor. : sendo o assumpto geral da murmuração do

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da piedade na boca de hum impostor; com effeito cedi, larguei as Armas, marchei res-peitozamente para a Capitai, onde o Governo de que eu era Membro, lhe deu Posse so-iemne: tornou a paz, illuminamos as nossas cazas, na boa fe de termos hum Patrícioque adheridoâ nossa Cauza, e aos puros, e liberaes sentimentos dos Cearences salvasse a'

nossa Província.

Mas; oh! desgraça fatal!Quem diria que o Exeellentissimo Senhor Pedro Joze da

Costa Barros seria aquelle mesmo, que, deixando cahir o veo que cobria seus malvadossentimento^ íosse o mesmo que lançando mão dos facciozos, ea elies unido, logo que sou-be do.bloqueio em Pernambuco, deliberou estreitar o circulo dessa Província, que faz oBaluarte da nossa Liberdade, e privar lhe qualquer soccorro pelo centro; ofíiciando aosGiefes dos Corpos, para estarem promptos a obedecer as Ordens de Cocrane, a quemS.M. i. C, e.L. tinha elevado á degnidade de Chefe das Armadas Navaes do Império. -

. Da qui se vé que os sentimentos de Sua Exceilencia são totalmente adheridos aosistema do Ministério do Rio de Janeiro, e diametralmente oppostos aos sentimentos li-

beraes desta, e dessa Província, sò encaminhados a por-nos na triste situação de ceder-mos a escravidão: Pérfido!

Rezolveo em seo damnado Concelho, organizado pelos nossos inimigos Europeos, eBrazileiros degenerados, a maquinação contra a minha vida (segundo a frequência assí-dua de avizos que me davão ) ou exterminando-me, íazer-me passar pela triste sorte dogrande B. ira ta, de saudoza memoria, que illustrando aos Brazileiros, se tornou vieíima(L Liberdade Brazilica.

Não me achava então na Capital, porque razoens de amizade, me tinhão levado a vi-zitar a.certo amigo na distancia de seis iegoas, quando fui avizado de que em minha ausên-cia se tinha ieliberado a minha desgraça, e decidido a minha sorte, e então foi que doíbgomal extjncto senti renascer os briozos sentimentos do mais terno amor a minha Pá-tria; náp hezitei, reforcei o brado do meo patriotismo, marchei á Capital, ea frente dasnambus Trepas derribei o tiranno, lancei-o por terra, em fim dei hum golpe decizivo, fa-zendo prender os seus Satélites, com a felicidade de não derramar huma sò gota de san-gue humano.; e fasendo conservar a boa ordem, convoquei a Gamara, e os Cidadãos bonspara instalação de hum Governo, e a pluralidade absoluta de votos sahio eleito Preziden-te, o Exeeilentissimo Senhor Trisí ão Gonsalves d' Alencar Araripe, homem de bem, humdos beneméritos da Pátria, que tem dado provas decididas de Patriotismo, e particu-lar adherencia a nossa Cauza.

Pxesta-me agora, Exeellentissimo Senhor, diser a V. E. com toda a franquesa os pu-ros sentimentos do meu coração liberal, e incapaz de ceder ao servilismo.

A minha id^de são sessenta e cinco annos ; mas para defender a Causa da minha Pá-tria tenho vinte e cinco; de todo o coração me offereço a defeza de Pernambuco, essabriosa Provinda; quero-me colligar com V. E. e fasendo hum só corpo defenderemos oSistema Liberal das nossas Províncias, e seja esse o ponto central dos nossos sentimen-tos.

Não se desanjme V. E.;perdoi-me esta recomendação, que he puramente filha de

hum coração liberal. /

O Ceará tem brio; seus filhos tem valor, elles tomaráõ parte nas gloriosas fadigas

de Pernambuco; haja união, haja coragem, haja valor, e desposiçào que o próprio Ceo

nos abençoará, huma vez que a Causa he justa.

Devo lembrar a V. E. que esta Provinda se acha inerme; espero por tanto, queV. E. de commum acordo com o Exeellentissimo Senhor Presidente, a quem amo, e res-

peito, haja defornecèla do melhor modo possível de armas, e sem demora, huma vez quesão bem criticas as actuaes circunstancias dignas da concideração de V. E.

,que verda-

deiramente ama o nosso Paiz.

Deos Guarde a V. E. por dilatados annos. Quartel General da Fortalesa do Cearáo i. ° de Maio de 1824, 3- ° da Independência, e do Império.

íllustrissimo e Exeellentissimo Senhor Governa-dor das Armas da Província de Pernambuco.

Jozé Pereira Filgueirã.

Na Typ. de Miranda e Gomp.

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Sr. Redactor.

L^Bndo o assumpto geral da murmuração do dia a inércia e ar-bitranedade do Exçellentissimo Ministro da Guerra , e este o obiectode descontentamento universal, (talvez o único que excite a pre-zente administração,) ainda ninguém se deliberou a patentear pormeio da imprensa os effeitos do pacifico açoite que peza sobre a mal-fadada Corporação Militar

, que apezar de ser pacifico e surdo , nãotjeixa todavia de lhe causar profundas cicatrizes ! Donde procederáSn Redactor, hum tão pouco explicável silencio? No justo receioda Ley não tem elle origem

; porque o Pacto social que tão libe-ralmente nos rege he de tanta clareza, que basta apenas sabersoletrar para entrar no espirito de todos os seus artigos, e com es-pecialidade nos concernentes á responsabilidade Ministerial. O Per-petuo DeíFensor deste Império , o nosso Magnânimo Imperador

, pormaneira alguma se poderia escandalizar com isso , porque só algumhabitante da Tartaria poderá ignorar o seu caracter verdadeiramen-te Constitucional, e a energia , zelo, e actividade que Elle empre-ga, e sempre empregou na publica administração, desde o primeiromomento em que a Providencia o coílocou á testa dos Negócios doBrasil. A não terem os descontentes huma das qualidades de Sua Ex-cellencia a = inércia = que possa desculpai-los d'este silencio , con-fesso com ingenuidade que não encontro a solução do Problema.Deixando pois de parte semelhante indagação , confiando , Sr. Re-dactor, na sua bem reconhecida adhesão aos interesses de S. M. I. ,e dos Súbditos do Império, vou rogar-lhe encarecidamente a publi-cação do seguinte esboço: o Exçellentissimo Ministro tem constante-mente perdido

, ou de propósito escondido os requerimentos de innu-meros pertendentes

: o Exçellentissimo Ministro tem demorado im-ensos papeis em seu poder por alguns mezes sem os apresentar áS. M. I : o Exçellentissimo Ministro tem tido a punivel malícia , ouaomenos frouxidão de não mandar executar immediatamente mui-tas decisões do Mesmo Augusto Senhor, deixando decorrer hum gran-de numero de dias ; e quando receia que semelhante abuso de autho-ridade^ possa ser denunciado , usa da pueril precaução de lhe man-dar pôr a data correspondente áquellas , esqueeendo-se

, que os Che-fes nas Estações onde são dirigidas, a fim de evitarem qualquer res-ponsabilidade hão de attestar o dia da sua recepção. Finalmente,Sr. Redactor, se o meu intento não fora apresentar se não humrápido esboço da administração do Exçellentissimo Ministro, ape-nas algumas folhas bastarião para a miúda enumeração dos factos,quer públicos, quer particulares

, que tanta honra fazem á Sua Ex-cellencia. Porém como julgo proveitozo

, que elle se persuada, queso a aiercia dos queixozos tem dado origem ao silencio da impren-sa

,e não a sua conducta , e ainda menos o receio das suas circuns-

tancias, torno a rogar-lhe hum lugar na sua apreciável Folha pa-

ra estas poucas reflexões , onde terá a bondade de inserir a assio-natu-ra abaixo, emquanto o Exçellentissimo Ministro não exigir a verda-deira, (que igualmente aqui vai) afim de me forcar a provar quantoaílego subpena de incorrer no castigo imposto aos Calumniadores.

Sou, Sr. Redactor,

seu muito venerador e constante Leitor,

Hum Militar.

RIO de JANEIRO, 1824, Na TYP. jde SILVA PORTO e C.a

seu poder todas ar Áttêstarçoens nècéirêàTÍair de boa condueta , exacçao"

epréstimo durante o seu emprego na Secretaria da Intendência /como Officiale interprete

; e que se requereu a Demissão do Lugar , foi por lhe pare-cer desairoza a conservação, de hum Lugar Publico aonde elle foi tratadotão mesquinhamente, atendo sempre- cumprido os seus deveres , e s-uicitado-se até a servi* lugares que jamais lhe poderia o pertencer.

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& E^UERIMEN TO.

SENHOR.

Jjnz Luiz Sebastião Gregas Surigué, que achando-se desde ió â;e*JOoJto de 1823 empregado em a Secretaria da Intendência ;Geral da Policia ná'qualidade de Interprete è Official delia, e rendo servido desde o seu ingres-som meado do rnez de Maio próximo passado , revi então o grave desgosto I

e desairosa sensaboria de se ver qoasi que insensivelmente envolvido L em'brulhada que deo occasiáo á Portaria do Ministério da Justiça de 10 dêMaio de 1824 ,

que por isso que já foi levada á Augusta Presença de VM. I,, torna ínutd nova exposi

v ão , visto que nellâ teria o sUpplicante de*replicar contra a maneira pouco decente, e menos iiza com q\Yê se procn '

rbu indispor o Animo de-V, AR I. contra o suppplicante > E como que emhuma tal situação, e á vista da educação do suppheante, e sdà Constante

'

condueta, se turna inconsistente com r> sèu modo de pensar, t de orçar asvantagens e interesses desta Vida > continuar a servir no Luoar ottdé teve dê'experimentar tão -sensível' dissabor; — Pede a V. M. I. Se Sirva Ordena- selhe d8 demissão do Lugar de Interprete e Official da Secretaria dá Policia >

Lugar nunca por etíè requerido, e que lhe -havia sido conferido pela mui

reconhecida concurrencia de circunstancias, de préstimo, e bóa conduca '

reservando.se o direito de se òfFerecer a V. M. L para bem do Servido Na'cional

,e na extensão das suas forças

} protestando humildemente contra amanetra verdadeuamente desabrida, com que se procurou aggravar na Pre-sença de V; M, l. hum simples desforço contra o augmentó de Serviço One*»roso e com cláusulas desairosas

, como se jamais fosse , oú tivesse sido ne-cessário

,estimular o supplicante no desempenho de seus deveres, desem-

penho não só publico e notório 5 como attestado pélas Autoridades corr*quem lhe coube servir. Roga, portanto, a V. M. I. Se Digne Ordenar se>de ao supplicante a demissão requerida. E R. M,

Luiz Sebastião fabregaâ Surigué*

%;

RIO DE JANEIRO 1824. NA TYPOG&APBIA DE TORRES.

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