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Maria das Graças Ouriques Ramos Márcia Rejane de Queiroz Almeida Azevedo Ecossistemas Brasileiros DISCIPLINA Equilíbrio ecológico Autoras aula 05 Eco_Bra_A05_ID_230610.indd Capa1 Eco_Bra_A05_ID_230610.indd Capa1 23/06/10 11:45 23/06/10 11:45

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Maria das Graças Ouriques Ramos

Márcia Rejane de Queiroz Almeida Azevedo

Ecossistemas BrasileirosD I S C I P L I N A

Equilíbrio ecológico

Autoras

aula

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Divisão de Serviços TécnicosFicha catalográfi ca elaborada pela Biblioteca Central – UEPB

Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) – UFRN

577

R175e

Ramos, Maria das Graças Ouriques.

Ecossistemas Brasileiros/ Maria das Graças Ouriques Ramos, Márcia Rejane de

Queiroz Almeida Azevedo. – Campina Grande; Natal: EdUEPB; EDUFRN Editora da

UFRN, 2010.

248 p. il.

ISBN 978-85-7879-049-3

1. Ecossistemas - Brasil. 2. Biodiversidade. 3. Equilibro Ecológico I. Azevedo, Márcia

Rejane de Queiroz Almeida II. Título.

21. ed. CDD

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros 1

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2

Apresentação

Aprendemos ao longo das nossas três primeiras aulas conceitos sobre ecologia, ambiente natural, meio ambiente, noções, distribuição da vida e recursos naturais da biosfera; ecossistemas; desequilíbrios causados pela ação humana e as condições para

a vida na Terra.

Nesta aula veremos o que é equilíbrio ecológico e a sua importância para a manutenção da vida no planeta.

Trabalharemos conteúdos teóricos, leituras complementares e glossários que contribuirão com a sua aprendizagem, intercalando a estes as atividades para fi rmar o seu conhecimento sobre a natureza.

ObjetivosCompreender a importância do equilíbrio ecológico para a vida do e no planeta;

Entender que todos os seres vivos dependem uns dos outros para viver.

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros2

oceanosrios

Ciclo da Água

Cadeia alimentar

Ciclo do Nitrogênio

Fotossíntese

ECOSSISTEMA GLOBALCiclos do Carbono e do Oxigênio

lagos

Plantas

Oxigênio

Gás nitrogênio

água mediterrânea

Infiltração de água

Dióxido de carbono

Sol

amônianitrato

Chuva

Nuvens

Para começar a nossa aula...

As relações que as plantas, os animais e os microorganismos estabelecem entre si e com o ambiente garantem não apenas a sobrevivência desses seres, mas também a preservação dos recursos naturais encontrados nos meios em que eles habitam, sendo vitais para a manutenção dessas espécies.

Essa relação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente resulta em sistemas complexos, denominados ecossistemas, os quais são constituídos por seres vivos (componentes bióticos ou biocenose) e condições naturais (componentes abióticos – luz, temperatura, vento, umidade etc.), com uma contínua passagem de matéria e energia entre eles (TOWNSEND et al., 2006).

À situação de estabilidade entre os componentes de um ecossistema dá-se o nome de equilíbrio ecológico.

O equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais do ecossistema ou de determinado meio. Não deve ser entendido como situação estática, mas como um estado dinâmico no amplo contexto das relações entre os vários seres que compõem o meio, como as relações trófi cas, o transporte de matéria e energia. O equilíbrio ecológico supõe mecanismos de auto-regulação ou retro alimentação nos ecossistemas (DAJOZ, 2005)

Como acabamos de ver os ecossistemas são compostos por seres vivos, que são os componentes bióticos e condições naturais também conhecidos como componentes abióticos, que num ambiente trocam energia e matéria. Ou seja, os ecossistemas são constituídos por componentes estruturais (bióticos e abióticos) e funcionais.

O conjunto de componentes estruturais bióticos é denominado biota ou biocenose, e é constituído pelos organismos faunísticos (animais) e fl orísticos (vegetais). Estão estruturados em três categorias: produtores; consumidores e decompositores (ODUM e BARRET, 2007).

Na (fi gura 1) a seguir encontra-se um desenho representativo do ecossistema global.

Figura 1– Representação do sistema global

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros 3

Atividade 1

1

2

3

Os componentes estruturais abióticos compõem-se dos fatores físico-químicos ambientais, como os formadores do solo, da água e do clima, incluindo:

» Substâncias inorgânicas (C, N, CO2, H

2O, etc.) envolvido nos ciclos de

materiais;

» Compostos orgânicos (proteínas, hidratos de carbono, lipídios, etc.), que ligam o biótico e o abiótico;

» Regime climático (temperatura, salinidade, pH e outros fatores físicos).

Os componentes funcionais compõem-se pelas relações entre os organismos e entre estes e seu meio físico, pela cadeia trófi ca, e pela ciclagem de nutrientes através dos ciclos biogeoquímicos, que veremos adiante.

Ciclagem

Ciclagem – é o ciclo formado pelos nutrientes ou matéria orgânica e os fatores físicos.

Baseando-se no que foi visto até o momento, responda as seguintes questões:

O que você entende por equilíbrio ecológico?

Quais são os componentes de um ecossistema? Defi na-os.

No seu entender qual a importância do equilíbrio ecológico para a sobrevivência do planeta?

sua

resp

osta1.

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros4

Continuando a nossa aula...

2.

3.

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros 5

Componentes bióticos

Transporte de energia ematéria nos ecossistemas

No ecossistema, o fl uxo de energia e o ciclo de materiais ocorrem através das relações de alimentação. Ao servir de alimento para outro membro da biocenose, o ser vivo lhe fornece energia e matéria; e assim estas vão passando de organismo a organismo.

Portanto, no ecossistema, ocorrem dois fenômenos básicos para a manutenção da vida:

1) Fluxo de energia cuja fonte primária é o Sol;

2) Ciclo da matéria que é formada por nutrientes: sais minerais e elementos químicos, sempre reaproveitada, que circula entre todos os seres vivos que pertencem ao ecossistema.

Fluxo de energiaTodo ser vivo precisa de energia para viver; é por isso que nos alimentamos. O alimento

fornece o “combustível” necessário para nosso corpo realizar a respiração celular, que fornece a energia para vivermos.

Segundo Begon et al., (2007), quando respiram todos os seres vivos (inclusive as plantas) consomem o oxigênio presente na atmosfera e liberam gás carbônico. Como o oxigênio é vital para a existência da maioria dos seres vivos, sua manutenção na atmosfera é fundamental para a sobrevivência da vida na Terra. Para isso, os seres vivos dependem de um processo químico chamado fotossíntese, realizado pelas folhas das plantas.

O Processo de FotossínteseA fotossíntese (fotossíntese = photo, luz e synthesis, produção) é responsável pela

contínua renovação do oxigênio consumido no planeta. Nela as plantas absorvem uma parte da luz solar, que é captada pela clorofi la, pigmento verde existente nas folhas. Mesmo nas plantas que possuem outras cores, como vermelho ou amarelo, existe clorofi la. Essa energia luminosa é usada para transformar o gás carbônico presente no ar e a água absorvida pelas raízes em glicose, um tipo de açúcar usado como fonte de energia para os seres vivos (ODUM e BARRET, 2007).

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros6

A fotossíntese é importantíssima para o homem. É na fotossíntese realizada pelas plantas que ocorre o primeiro e principal processo de transformação de energia no ambiente terrestre. Ao ingerirmos o alimento proveniente das plantas, parte das substâncias entram na constituição celular e outra parte fornece a energia necessária às nossas atividades como o crescimento, a reprodução etc.

Vamos entender como se dá o processo da fotossíntese:

A água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e chega até as folhas pelo caule, a partir da pressão gerada pela transpiração, em forma de seiva, denominada seiva bruta. A luz do sol, por sua vez também é absorvida pela folha, através da clorofi la, substância que dá a coloração verde às folhas. Então a clorofi la e a energia solar transformam os outros ingredientes em seiva elaborada que é rica em glicose (açúcar) que é a fonte de energia (alimento) das plantas. Essa substância (seiva elaborada) é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as partes do vegetal. A planta utiliza parte desse alimento para viver e crescer; a outra parte fi ca armazenada na raíz, caule e sementes, sob a forma de amido. Para visualizar melhor o que acabamos de explicar, observe a (fi gura 2), onde se pode observar que no processo de fotossíntese, realizado pelas plantas, ocorre a absorção de dióxido de carbono (CO

2) e liberação de oxigênio (O

2), enquanto no processo

de respiração dá-se exatamente o inverso: há absorção de oxigênio e liberação de dióxido de carbono (RICKLEFS, 2003).

Seiva

Seiva – líquido complexo que circula no organismo

vegetal (Ferreira, 1994).

Figura 2 – Processo de alimento da planta.

Fonte: Clube do Jardim, 2008.

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros 7

Estudemos agora o processo químico da fotossíntese:

Este processo consiste em separar a molécula da água (H2O) em componen-

tes, o hidrogênio (H2) e o oxigênio molecular (O

2). Isso requer energia e, como já

foi dito, ela provém da luz solar captada pela clorofi la. A seguir, o hidrogênio se liga ao dióxido de carbono, havendo liberação de O

2. Representando este processo em

forma química, temos o seguinte:

12 H2O 12H

2O + 6O

2

6CO2 + 12H2 C

6H

12O

6 + 6H

2O

6H2O + 6CO

2 C

6H

12O

6 + 6O

2 (Equação reduzida)

Formou-se uma grande e complexa molécula de um carboidrato, um açúcar, monossacarídeo conhecido por glicose (C

6H

12O

6) e restou água resultante da recombinação

do hidrogênio da primeira etapa e do oxigênio nela liberado.

Os organismos aeróbios, ou seja, aqueles a cuja vida é indispensável o oxigênio livre retirado do ar, ao realizarem o simples processo de respiração, estão retirando da atmosfera oxigênio e devolvendo dióxido de carbono, vejamos o processo de respiração (DAJOZ, 2005).

O processo de respiraçãoNos seres aeróbicos a respiração se dá através da oxidação de moléculas de matéria

orgânica, ao nível celular, resultando disso, moléculas menores de matéria inorgânica (gás carbônico e água). Da conversão de moléculas maiores e complexas e outras menores e simples, há uma sobra de energia.

Neste caso, podemos representar o processo da seguinte maneira:

C6H

12O

6 + 6O

2 → 6CO

2 + 6H

2O + 673Kcal

Notamos, neste processo, o oposto do que acontece na fotossíntese:

Na fotossíntese há a construção de matéria orgânica, consumo de dióxido de carbono e água, liberação de O

2 ( oxigênio) e consumo de energia. Na respiração aeróbia há destruição de

matéria orgânica, liberação de dióxido de carbono e água, consumo de O2 e liberação de energia.

Carboidrato

Carboidrato - é Qualquer composto orgânico com uma fórmula do tipo Cn(H

2O)n, hidrato de

carbono, sacarídeo.

Monossacarídeo

Monossacarídeo - é o açúcar cuja fórmula geral é CnH

2nOn.

673kcal(luz)

Clorofi la

673kcal(luz)

Clorofi la

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1

Atividade 2

2

3

Responda:

Explique o que você entende por fl uxo de energia num ecossistema.

Por que se diz que o processo de fotossíntese é o inverso do processo de respiração?

Qual a importância da fotossíntese para o ser humano?

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Ciclo da matéria

Cadeia e Teia ou rede alimentarDe acordo com Dajoz (2005) o transporte de matéria nos ecossistemas se baseia na

existência de circuitos (teia alimentar) nos quais os diversos elementos são constantemente reciclados. Em relação à energia, há uma diferença fundamental, pois esta é degradada sob forma de calor e perdida sem ser jamais reutilizada. A partir daí entendemos que as relações de transferência de matéria orgânica (e da energia contida nela) de um organismo para o outro em uma biocenose constitui uma teia alimentar (ODUM e BARRET, 2007).

Portanto, a seqüência linear de seres vivos em que um serve de alimento para o outro é chamada de cadeia alimentar.

Cadeia alimentar não é apenas uma cadeia de matéria; faz parte, antes de tudo, do fl uxo de energia do ecossistema. Como são diversos os alimentos de um animal, ele pode pertencer a mais de uma cadeia alimentar. As diversas cadeias alimentares a que pertence um animal constituem a teia alimentar desse animal (TOWSEND et al., 2006).

Para reforçar mais o entendimento, a teia alimentar é um conjunto de cadeias alimentares que se encontram relacionadas pelo alimento. Nestas teias pode haver um único animal a ocupar vários níveis trófi cos ou várias ordens de consumidor.

As espécies que formam uma biocenose podem ser classifi cadas em função de sua posição na seqüência de alimentação, que é denominada nível trófi co e pode ser representada através da fi gura abaixo onde as setas mostram o sentido do fl uxo de energia onde um ser se alimenta do outro (BEGON et al., 2007).

Explicando melhor para que você tenha mais clareza. É simplesmente um animal que se alimenta do outro. Pode observar cuidadosamente quantas teias alimentares existem na (fi gura 3). Um animal se alimenta do outro, no fi nal todos e alimentam da planta. Veja, é só seguir as setas começando pela planta.

Seguindo a nossa aula...

Nível trófi co

Nível trófi co - (nível alimentar) É o nome dado a cada elo da cadeia alimentar.

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Figura 3 – Teia alimentar

Se isolarmos uma das linhas de transferência de uma teia teremos uma cadeia alimentar, ou seja, se a teia alimentar é uma linha da cadeia alimentar, se isolarmos uma dessas linhas, a cadeia continua. Exemplo: Planta inseto sapo cobra (um alimenta o outro formando uma cadeia).

Em todo ecossistema existem três níveis trófi cos básicos: produtores ou autrótrofos, consumidores ou heterótrofos e decompositores. Explicaremos detalhadamente para que você não tenha dúvidas.

1) Produtores ou autótrofos - são organismos capazes de fabricar seu próprio alimento através de substâncias inorgânicas produzidas por meio da fotossíntese Essas substâncias são importantes para a nutrição desses organismos e para a dos seres vivos que não são produtores. Exemplo: as plantas (fi guras 4, 5 e 6).

Figuras 4, 5 e 6 – As plantas, organismos que fabricam seu próprio alimento.

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros 11

2) Consumidores ou heterótrofos – São organismos ou seres incapazes de produzir seu próprio alimento. Alimentam-se dos produtores ou de outros consumidores. Dentro desta classifi cação, incluem-se todos os animais, a maioria dos fungos e algumas plantas.

Os consumidores podem ter vários nomes de acordo com o tipo de alimento que consomem, vejamos:

– Herbívoros: alimentam-se de plantas. Ex: formiga, cavalo.

– Carnívoros: alimentam-se de outros animais. Ex: gavião, onça.

– Onívoros: alimentam-se de plantas e animais. Ex: homem, lobo-guará.

– Hematófagos: alimentam-se de sangue. Ex: pernilongo, carrapato.

– Insetívoros: alimentam-se de insetos. Ex: tamanduá e algumas espécies de pássaros.

– Detritívoros: alimentam-se de detritos vegetais e animais. Ex: formigas, certos tipos de caramujo, urubu.

Entre os consumidores pode haver vários níveis trófi cos, quais sejam:

2.1) Consumidor primário ou de primeira ordem : quando se alimentam de produtores (vegetais). São os herbívoros, como o gafanhoto, preás, cavalos, formigas, capivaras (ODUM e BARRET, 2007).

2.2) Consumidor secundário ou de segunda ordem: quando se alimentam de consumidores primários. São os carnívoros comedores de herbívoros como a cobra, a aranha, o lagarto, o gato (ODUM e BARRET, 2007).

2.3) Consumidor terciário ou de terceira ordem : quando se a l imenta de consumidores secundários. São os carnívoros comedores de carnívoros; como a onça, falcão, cachorro (ODUM e BARRET, 2007).

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Atividade 3

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Portanto, a partir do que estudamos podemos entender que os animais herbívoros são os primeiros a consumir a matéria orgânica produzida pelas plantas. Por isso, são chamados de consumidores primários. Quando um animal carnívoro nutre-se de um herbívoro, ele é classifi cado como um consumidor secundário. Outros carnívoros alimentam-se de consumidores secundários. Eles são os consumidores terciários. Os consumidores quaternários são aqueles que se alimentam dos terciários. Cada um desses níveis – primário, secundário, terciário – é chamado de nível trófi co.

3) Decompositores – São os organismos que se alimentam de outros organismos em decomposição como restos de plantas e animais mortos, ou seja: são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis no ambiente. Esse grupo é composto pelos insetos detritívoros (formiga, larva de mosca), aves (urubus, abutres), mamíferos (hiena) e pelas bactérias e fungos, que atuam como verdadeiras “usinas processadoras de lixo”: decompõem organismos mortos, transformando-os em substâncias simples (sais, gases e água), sendo o último elo da cadeia trófi ca, fechando o ciclo. Essas substâncias podem ser reaproveitadas pelos produtores (BEGON, 2007). (Figura 7, 8 e 9)

Figura 7– Fungo Figura 8 – Fungos Figura 9 – Abutre

As relações ecológicas entre seres vivos, numa cadeia alimentar (cadeia trófica), linear, podem ser representadas grafi camente através da construção de uma das chamadas pirâmides ecológicas.

Indique no esquema a seguir o nome das cadeias alimentares. Justifique cada resposta.

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2

a) Capim gafanhotos pássaros raposa

b) Trigo pulgão protozoários

c) folhas fungos vermes

Diferencie cadeia alimentar de teia alimentar

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Qual a importância das cadeias alimentares para os ecossistemas?

Pode um animal fazer parte de dois níveis trófi cos? Explique.

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6

Justifi que a preposição: “a eliminação de cobras que atacam lavradores no campo causa aumento da população de ratos e a redução do número de animais comedores de cobras como a sariema” (Araújo, 1998).

Há possibilidade de você descobrir o tipo de cadeia alimentar na situação acima?

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros16

Um pouco mais de aula ...

Vimos que a vida na natureza formam um verdadeiro equilíbrio ecológico. Que um ser vivo é alimento para outro ser, formando as teias e cadeias alimentares. E que os fatores tanto bióticos (seres vivos) e os abióticos (meio físico) são interligados. Portanto, a

vida dentro de um ambiente natural é regida por ciclo, chamados de ciclo biogeoquímicos, que são os movimentos cíclicos dos elementos químicos entre os meios biológico e físico.

Esses elementos químicos são essenciais para o desenvolvimento dos seres vivos e circulam na biosfera por caminhos característicos, que vão do ambiente para o organismo e destes voltam para o meio físico. O movimento dos elementos e compostos inorgânicos essenciais para vida pode ser convenientemente designado de ciclagem dos nutrientes (ODUM e BARRET, 2007).

Portanto, o fator mais importante de um ciclo biogeoquíco se constitui no fato de que os componentes bióticos e abióticos aparecem entrelaçados. De acordo com Odum e Barret (2007) todos esses ciclos incluem os seres vivos; sem a vida, os ciclos cessariam e, sem eles, a vida se extinguiria.

Podemos destacar alguns dos ciclos biogeoquímicos da biosfera: ciclo da água, ciclo do carbono, ciclo do oxigênio e ciclo do nitrogênio. Onde mostraremos alguns através de fi guras explicativas e outros com exposições teóricas resumidas, pra que você entenda melhor.

Ciclos biogeoquímicos da natureza

Começamos pelo ciclo da água, chamado também de ciclo hidrológico, envolve o movimento ou evaporação da água das camadas líquidas da superfície do solo, por efeito da ação dos raios solares. De acordo com Odum e Barret (2007) a Terra difere de

outros planetas do sistema solar por ter uma grande quantidade de água, a maioria em forma líquida, que sustenta do a vida no planeta.

Esse movimento se dá da seguinte maneira: a água da superfície do solo se evapora forma as nuvens que se condensa e precipita sob a forma de chuva, granizo ou neve, voltando novamente para superfície da Terra (fi gura 10).

Sobre o solo parte dessa água se infi ltra, promove a rehidratação desse solo e alimenta as reservas do lençol freático, outra parte dessa água vai para os rios, lagos e oceano, através do escoamento e outra parte volta para o ar por evaporação e transpiração da vegetação.

Granizo

Granizo – chuva em forma de gelo.

Lençol freático

Lençol freático – águas subterrâneas

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Aula 05 Ecossistemas Brasileiros 17

É importante ressaltar que a quantidade de água que circula na natureza é sempre a mesma desde à era glacial. Odum e Barret (2007) afi rmam que o movimento da água varia de um lugar para outro, e vem sendo cada vez mais afetado pelas atividades humanas. A vegetação exerce, por sua vez, função importante com relação a devolução da água infi ltrada no solo através da evapotranspiração, pois acelera o processo da evaporação. A cobertura vegetal é de fundamental importância, pois mantém a umidade atmosférica, a regularidade das chuvas e outros fatores meteorológicos.

Veremos o ciclo do carbono, a ciclagem do carbono juntamente com o da água são ciclos muito importante, pois o carbono é um elemento básico da vida e a água essencial para toda a vida na Terra. O carbono encontra-se disponível no ar atmosférico ou dissolvido nas águas, na forma de gás carbônico, o CO

2, que entra na composição do ar atmosférico com apenas

0,03%. Para Araújo (1998, p. 28), esta quantidade é sufi ciente para manter toda a vida na Terra, por está em contínua reciclagem, através do seu ciclo.

Você pode vê no esquema na fi gura 11. E como isso acontece: de início o CO2 é absorvido

por vegetais, algas e bactérias na fotossíntese, formando carboidratos e liberando oxigênio. Esses carboidratos são degradados pela respiração, e o carbono é devolvido ao meio físico na forma de CO

2.

As atividades humanas podem interferir nesse ciclo, pelas queimadas, desmatamentos e a queima de combustíveis fósseis. São atividades que interferem diretamente no ciclo do carbono, e mais a poluição das águas pode quebrar esses ciclo.

Era glacial

Era glacial – variação do tempo em relação a geologia (que é o estudo da Terra).

Figura 11– Ciclo do carbono.

Fonte: www.wikipedia.org/wiki/ciclo-do-carbono

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Falaremos agora sobre o ciclo do oxigênio (O2). Podemos afirmar que o maior

reservatório de oxigênio é o ar atmosférico, e constitui cerca de 20%. O oxigênio está presente tanto na matéria orgânica (seres vivos) como na inorgânica (minerais e rochas). É essencial à vida, pois entra na composição dos tecidos vivos sendo indispensável para a respiração. É através da respiração de vegetais, animais e microorganismos*, que o oxigênio é retirado da atmosfera e devolvido na forma de gás carbônico (CO

2) e água (ARAÚJO, 1998). O ciclo do

oxigênio também faz parte dos ciclos tanto da água como do carbono, pois ambos mantém oxigênio, ou seja, estão todos relacionados.

O homem também pode afetar esse ciclo, contribuindo para diminuir o nível de oxigênio e aumentar o dióxido de carbono, que é a queima de combustíveis, desmatamento e pavimentação de terras antes cobertas pela vegetação.

E por último temos o ciclo do nitrogênio, este é importante pela sua participação fundamental na composição das proteínas, pois estas representam aproximadamente 16% do corpo humano (ARAÚJO, 1998). O nitrogênio (N

2) é um gás biologicamente não-utilizável pela

maioria dos seres vivos e encontra-se disponível em grande porcentagem no ar atmosférico 78%, (RICKLEFS, 2003). Podemos observar no esquema abaixo na fi gura 12 como se dá todo o processo do nitrogênio.

Figura 12 – ciclo do nitrogênio

Fonte: www.epa.gpv/maia/html/nitrogen

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Atividade 4

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Como as atividades humanas podem interferir nos ciclos biogeoquímicos?

Como a queima de combustíveis fósseis pode infl uenciar o ciclo do carbono?

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A água que usamos no nosso dia-a-dia pode eventualmente chegar ao oceano. Descreva os caminhos dessa água dentro do ciclo hidrológico, enumerando suas etapas.

Explique como a cobertura vegetal pode infl uenciar no ciclo da água.

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Observe o texto a seguir, analise-o e responda a questão fazendo um comentário.

O que será de nós...

Celso Martins

“O homem exerce acentuada infl uência na distribuição geográfi ca de quase todas as espécies de seres vivos. Por sua ação existem determinadas espécies que chegaram mesmo à desaparecer em épocas recentes como a ave moa , da Nova Zelândia. Outros estão extinguindo-se pouco a pouco. Foi o homem que introduziu o coelho na australiano fi nal do século XVIII, chegando a constituírem depois, verdadeira praga. Trouxe para a América o boi, o cão, a galinha, o cavalo, o carneiro e o porco. Ainda na Austrália, em 1935, foi introduzido o sapo-boi para controle biológico de um besouro que atacava os canaviais. Sendo assim, o homem pode quebrar o equilíbrio ecológico de toda a Terra”.

Fonte: Biogeografi a e ecologia. São Paulo: Nobel, 1992, p. 17.

a) Por que o homem pode quebrar o equilíbrio ecológico de toda a Terra?

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Concluindo a nossa aula...

Ao término desta quinta aula, é importante você ter em mente que todos os seres, por minúsculos e desconhecidos que sejam, são importantes para o equilíbrio ecológico do nosso planeta. Devemos assumir uma postura em defesa dos recursos naturais e repensar os nossos valores sobre o que é qualidade de vida, lembrando-nos que as futuras gerações herdarão da atual os benefícios e malefícios produzidos por nós. Na nossa próxima aula estudaremos sobre a sustentabilidade no nosso planeta.

Leituras complementaresSugerimos as seguintes leituras para o aprofundamento do assunto estudado nesta aula:

JENNINGS, TERRY. Ecologia: O estudo dos seres vivos.

Este livro mostra porque as plantas são importantes para a vida no planeta, além de abordar a infl uência dos fatores climáticos sobre sobrevivência e desenvolvimento das espécies.

Nesses endereços você vai encontrar informações sobre os princípios da ecologia, equilibro ecológico e outros assuntos relacionados ao tema dessa aula.

1) www.todabiologia.com

2) www.gnu.org/copyleft/fdl.html

3) www.wikipedia.org.br/wikiecologia

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Resumo

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Em nossa quinta aula aprendemos que as relações que as plantas, os animais e os microorganismos estabelecem entre si e com o ambiente garantem não apenas a sobrevivência desses seres, mas também a preservação dos recursos naturais encontrados nos meios em que eles habitam, sendo vitais para a manutenção dessas espécies. E ainda que, o equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais do ecossistema ou de determinado meio e por fi m compreendemos que os ciclos biogeoquímicos como os clicos da água, carbono, oxigênio e nitrogênio são muito importantes para a manutenção da vida no planeta. E que muitas das atividades humanas a exemplo do desmatamento, queima de combustíveis fósseis, poluição das águas podem afetar diretamente os ciclos da natureza. Pois tanto os seres vivos, inclusive o homem, são organismos da biosfera, e qualquer alteração dentro da organização do equilíbrio da natureza, vai atingir não só parte desse ecossistema, mas o todo. Vimos que a vida no meio físico é extremante organizada, que um ser depende do outro, seja como alimento ou de outra forma. Mas, de uma coisa é certa, as atividades humanas podem quebrar o equilíbrio da vida na Terra.

Auto-avaliaçãoLeia as afi rmações a seguir e faça comentários. Eles servirão para você avaliar se sua

aprendizagem foi boa, e ainda, se você precisa aprofundar mais os seus estudos.

O equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais do ecossistema ou de determinado meio.

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2 Todos os seres vivos precisam uns dos outros para viver.

ReferênciasARAÚJO, S. M. de. Introdução à Ciências do Ambiente para Engenharia. Apostila. Campina Grande: UFPB, 1998, 68p.;DAJOZ, R. Princípios da ecologia. São Paulo: ARTMED, 7ed. 2005. 520p.

BEGON, M.; TOWSEND C.; HARPER, J. L. Ecologia – De indivíduos a ecossistemas. 4ed. 2007. 740p.

FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa. São Paulo: Nova Fronteira, 1995.

MARTINS, C. Biogeografi a e ecologia. São Paulo: NOBEL 1992. 115p.

ODUM, E. P.; BARRET, G. W. Fundamentos de ecologia. São Paulo: Thomson Learning. 5ed. 2007, 612p.

RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A 5ed. 2003. 503p.

TOWSEND, C. R.; BEGON, m.; HARPER, J. L. Fundamentos da ecologia. São Paulo: ARTMED. 2ed. 2006, 529p.

WILSON, E. O. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

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EMENTA

Introdução a princípios, conceitos e fatores ecológicos; defi nição de ecossistema; equilíbrio ecológico e sustentabilidade; ecossistemas brasileiros: Caatinga, Cerrado, Pantanal, Litorâneo, Amazônico, Floresta de Serras.

Ecossistemas Brasileiros – GEOGRAFIA

AUTORAS

> Maria das Graças Ouriques Ramos

> Márcia Rejane de Queiroz Almeida Azevedo

AULAS

01 Introdução a princípios e conceitos ecológicos

02 Fatores ecológicos

03 Defi nição de ecossistemas

04 Ecossistemas aquáticos

05 Equilíbrio ecológico

06 Sustentabilidade

07 Estrutura física do Brasil

08 Ecossistemas do cerrado e da caatinga

09 Ecossistemas da Amazônia

10 Ecossistema do Pantanal

11 Ecossistema litorâneo

12 Ecossistema de fl oresta de serras

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