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ANO XLVIII – VITÓRIA – ES, QUINTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2014 – 7479 – 156 PÁGINAS DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão 4ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA MESA DIRETORA THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente SANDRO LOCUTOR - PPS 3º Secretário GLAUBER COELHO - PSB 2º Vice-Presidente JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária GABINETE DAS LIDERANÇAS DEM - Atayde Armani PMDB - Luzia Toledo PT - Claudio Vereza PR - Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT - Da Vitoria PSB - Freitas PRP - Dary Pagung PTN - Jamir Malini PMN - Janete de Sá PV – Gildevan Fernandes PTB - José Carlos Elias PP – PPS – Sandro Locutor ELCIO ALVARES Líder do Governo ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, ESMAEL DE ALMEIDA, SOLANGE LUBE E JOSÉ ESMERALDO. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES. PSB FREITAS E GLAUBER COELHO. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP NILTON BAIANO. PTN JAMIR MALINI. PPS SANDRO LOCUTOR. Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950 Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) - 3382-3666 e 3382-3665 e-mail: [email protected] DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

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Page 1: DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO€¦ · Sandro Locutor. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Janete de Sá Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Marcos Mansur

ANO XLVIII – VITÓRIA – ES, QUINTA-FEIRA, 13 DE MARÇO DE 2014 – 7479 – 156 PÁGINAS

DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão

4ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA

MESA DIRETORA

THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente

SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário

LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente

SANDRO LOCUTOR - PPS 3º Secretário

GLAUBER COELHO - PSB 2º Vice-Presidente

JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária

GABINETE DAS LIDERANÇAS DEM - Atayde Armani PMDB - Luzia Toledo PT - Claudio Vereza PR - Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT - Da Vitoria PSB - Freitas PRP - Dary Pagung PTN - Jamir Malini PMN - Janete de Sá PV – Gildevan Fernandes PTB - José Carlos Elias PP –

PPS – Sandro Locutor

ELCIO ALVARES Líder do Governo

ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo

REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA

DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, ESMAEL DE ALMEIDA, SOLANGE LUBE E

JOSÉ ESMERALDO. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES. PSB FREITAS E GLAUBER COELHO. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP NILTON BAIANO. PTN JAMIR MALINI. PPS SANDRO LOCUTOR.

Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950

Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) - 3382-3666 e 3382-3665 e-mail: [email protected]

DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

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DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO Presidente: Elcio Alvares Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Luzia Toledo, José Carlos Elias, Da Vitória, Marcelo Santos e Sandro Locutor. Suplentes: Atayde Armani, Gilsinho Lopes, Lúcia Dornelas, Gildevan Fernandes, Jamir Malini e Janete de Sá.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE Presidente: Gildevan Fernandes Vice-Presidente: Efetivos: Jamir Malini, Esmael de Almeida e Glauber Coelho. Suplentes: Dary Pagung, Marcos Mansur, Genivaldo Lievore e Luzia Toledo. COMISSÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Presidente: Luzia Toledo Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Jamir Malini. Suplentes: Dary Pagung, Da Vitória e Luiz Durão. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO Presidente: Da Vitória Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: José Esmeraldo, Rodrigo Coelho e Marcos Mansur. Suplentes: Atayde Armani, Genivaldo Lievore, Janete de Sá e Euclério Sampaio. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS Presidente: Genivaldo Lievore Vice-Presidente: Efetivos: José Carlos Elias, Gildevan Fernandes e Claudio Vereza. Suplentes: Marcelo Santos, Marcos Mansur, Gilsinho Lopes e Janete de Sá. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Presidente: Doutor Hercules Vice-Presidente: Janete de Sá Efetivos: Gildevan Fernandes e Glauber Coelho. Suplentes: Luzia Toledo, Genivaldo Lievore, José Esmeraldo, Nilton Baiano e José Carlos Elias.

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Presidente: Rodrigo Coelho Vice-Presidente: Paulo Roberto Efetivos: Aparecida Denadai. Suplentes: Claudio Vereza, Luiz Durão e Doutor Hércules.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA Presidente: Atayde Armani Vice-Presidente: Glauber Coelho Efetivos: Marcos Mansur e Rodrigo Coelho.

Suplentes: Dary Pagung, Jamir Malini, Gildevan Fernandes, José Carlos Elias e Genivaldo Lievore. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS Presidente: Dary Pagung Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Luzia Toledo, José Esmeraldo, Euclério Sampaio, Lúcia Dornelas e Paulo Roberto. Suplentes: Jamir Malini, Sandro Locutor, Gilsinho Lopes, Da Vitória, Rodrigo Coelho e Glauber Coelho. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Sandro Locutor Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: Doutor Hercules. Suplentes: Esmael de Almeida, Jamir Malini e José Esmeraldo. COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Gilsinho Lopes Vice-Presidente: Euclério Sampaio Efetivos: José Esmeraldo, Luiz Durão e Sandro Locutor. Suplentes: Da Vitória, Dary Pagung, Gildevan Fernandes, Jamir Malini. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Lúcia Dornelas Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Paulo Roberto. Suplentes: Dary Pagung, Marcelo Santos. COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Presidente: José Carlos Elias Vice-Presidente: Marcelo Santos Efetivos: Paulo Roberto Suplentes: Marcos Mansur, Sandro Locutor e Luzia Toledo. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA Presidente: Marcelo Santos Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Jamir Malini, Gilsinho Lopes e Euclério Sampaio. Suplentes: José Esmeraldo, Genivaldo Lievore, Dary Pagung, Luiz Durão e Sandro Locutor. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Janete de Sá Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Marcos Mansur. Suplentes: Marcelo Santos, Nilton Baiano e Esmael de Almeida.

DEPUTADO CORREGEDOR: JOSÉ CARLOS ELIAS

DEPUTADO OUVIDOR: JOSÉ ESMERALDO

LIGUE OUVIDORIA: 3382-3846 / 3382-3845 / 0800-2839955 e-mail: [email protected]

Publicação Autorizada pág. 1 Atos do Presidente Atos Legislativos pág.1 a 52 Atos Administrativos pág 53 a 60 Atas das Sessões e das Reuniões das Comissões Parlamentares pág 60 a 152 Suplementos

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 1

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA

PODER LEGISLATIVO

REQUERIMENTO Nº /2014

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO Os Deputados abaixo-assinados, componentes da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, requerem com base no art. 165, IV do Regimento Interno, o cancelamento da SESSÃO SOLENE em comemoração aos 180 anos da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, que seria realizado no dia 18 de março de 2014, às 19 horas, no Plenário desta Casa. PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 11 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACRUZ GABINETE DO PREFEITO

Aracruz/ES, 29 de janeiro de 2014.

OFÍCIO (GAB) Nº 070/2014 A sua Excelência o Senhor THEODORICO FERRAÇO Deputado Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo Avenida Américo Buaiz, nº 205, Enseada do Suá, Vitória/ES CEP: 29050-950. Assunto: Comunicação de viagem a serviço. Exmo Deputado Presidente; No dia 13 de janeiro de 2014, recebemos da Internacional Enterprise Singapore, Agência Governamental que lidera o desenvolvimento do comércio exterior de Singapura, Convite para que o Município de Aracruz integre a “Missão do Espírito Santo à Singapura”, a acontecer entre os dias 02 a 09 de fevereiro.

O referido evento consiste na visita oficial de autoridades e demais convidados capixabas a Singapura, para conhecimento das instalações do Estaleiro Jurong naquele país, acompanhamento da simulação de manobra da doca flutuante (similar a que será realizada neste Município quando do funcionamento do EJA), e visita ao Porto de Singapura - PSA (um dos mais movimentados do mundo). Considerando a implantação do Estaleiro Jurong em Aracruz, a visita para qual fomos convidados se configura oportunidade imperdível de conhecimento da realidade de fato do empreendimento que já se concretiza em nosso território, possibilitando-nos adquirir as informações necessárias quanto à sua estrutura e funcionamento, as quais serão de grande valia para a municipalidade no trato das questões administrativas, governamentais, sociais e econômicas decorrentes do EJA. Por conta disso, em representação do Município de Aracruz atenderá ao Convite o Prefeito Municipal, acompanhado do Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Procurador-Geral do Município. Registro que durante meu afastamento responderá pelo Governo de Aracruz, na qualidade de Prefeito Interino, o Presidente da Câmara de Vereadores, Sr. Erick Cabral Musso, conforme Decreto Municipal nº 27.390/2014, em virtude do gozo de férias pelo Vice-Prefeito do Município. Assim sendo, utilizo-me do presente para comunicar a Vossa Excelência, oficialmente, minha ausência do país no período já e sua razão. Feito o comunicado, aproveito a oportunidade para reiterar meus protestos de alta estima e elevada consideração.

Respeitosamente.

MARCELO DE SOUZA COELHO Prefeito Municipal

ATOS LEGISLATIVOS

RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

CPI DA TELEFONIA (Resolução nº 3.376/2013)

PRESIDENTE: Deputado Estadual Sandro Locutor (PPS) RELATOR: Deputado Estadual Paulo Roberto (PMDB)

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2 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

MEMBROS EFETIVOS: Deputados Estaduais Genivaldo Lievore (PT), Da Vitória (PDT) e Glauber Coelho (PSB). SUPLENTES: Deputados Estaduais Gildevan Fernandes (PV), Lúcia Dornellas (PT), Aparecida Denadai (PDT), Marcelo Santos (PMDB) e José Esmeraldo (PR). PROCURADORES: Eduardo Rocha Lemos e Léa Helena Lyrio Peres.

2014 SUMÁRIO I - RELATÓRIO .....................................................4 II - CONSIDERAÇÕES INICIAIS......................13 III - PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES FEITAS PELOS CONSUMIDORES CAPIXABAS CONTRA O SERVIÇO DE TELEFONIA PRESTADO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO III.I - Ausência ou demora na resposta para as reclamações formuladas pelos consumidores............................................................14 III.II - Falha no atendimento pós-venda e realização de práticas enganosas...............................................19 III.III - Falha na cobertura do sinal e queda das ligações.....................................................................23 III.IV - Vendas de planos e linhas em locais em que sequer há a prestação do serviço ...........................35 III.V - Cobranças indevidas, alteração unilateral de planos, multas abusivas em caso de cancelamento e os planos de fidelidade.............................................39 IV - ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATAIS IV.I - Procon Estadual ............................................48 IV.II - Poder Executivo Estadual....................................................................50 IV.III - Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ....................................................................51 IV.IV - Defensoria Pública Estadual ......................57 IV.V - Delegacia de Defesa do Consumidor...........58 IV.VI - Ministério Público Estadual e Federal......................................................................61 IV.VII - Procon’s municipais..................................63 V - MEDIDAS CABÍVEIS V.I - Os direitos difusos, coletivos stricto sensu e individuais homogêneos ..........................................66 V.II - Termo de Ajuste de Conduta - TAC..............68 V.III - Ação Civil Pública .......................................70 VI - CONCLUSÕES..............................................70 VII - RECOMENDAÇÕES............................................74 VII.I - Celebração de Termo de Compromisso...........................................................74 VII.II - Propositura de ações civis públicas ...........77 VII.III - Aprimoramento das atribuições e composição do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor e maior integração e desenvolvimento dos Procon’s municipais .........................................78 VII.IV - Criação de um programa estadual para aparelhar, treinar e qualificar os Procon’s Estadual e

municipais e a Delegacia de Defesa do Consumidor................78 VII.V - Criação de um programa semanal na TV ALES que trate especificamente dos direitos do consumidor...............................................................79 VII.VI - Criação do Dia Estadual da Conciliação com as Operadoras de Telefonia .79 VII.VII - Inclusão na pauta permanente da Comissão de Defesa do Consumidor a fiscalização e apuração das infrações perpetradas pelas Operadoras de Telefonia...................................................................80 VII.VIII - Criação do Código de Defesa do Consumidor comentado e um sistema “push” de notícias e julgamentos relacionados aos direitos do consumidor ..............................................................80 VII.IX - Realização de cursos na Escola do Legislativo sobre os direitos dos consumidores ......81 VII.X - Expansão da ferramenta Procon Fone para as demais operadoras de telefonia e outros prestadores de serviço e fornecedores de produtos ....................81 VII.XI - Expansão do Programa Comunicação no Campo .....................................................................82 VII.XII - Necessidade de um novo marco regulatório da telefonia ..............................................................82 VII.XIII - Encaminhamento do relatório aos órgãos de defesa do consumidor e sua disponibilização eletrônica no site da Assembleia Legislativa ..........84 VIII - ANEXOS I - RELATÓRIO 1. Diante das inúmeras reclamações dos consumidores do serviço de telefonia de todo o Brasil e do quadro de omissão dos agentes e agências públicas na solução dos abusos perpetrados pelas empresas de telefonia, iniciou-se um movimento nacional capitaneado pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais - UNALE e pelos Deputados Estaduais de diversas Assembleias Legislativas em busca da apuração e investigação das falhas na prestação do serviço de telefonia e violações realizadas em face dos direitos dos consumidores brasileiros. 2. Frente essa iniciativa, o Deputado Estadual Sandro Locutor apresentou o Requerimento nº 54/2013 no qual detalha de modo minucioso o desrespeito aos usuários do serviço de telefonia, solicitando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, no âmbito da Assembleia Legislativa, para “apurar a responsabilidade por dano ao consumidor, conforme previsto no inciso VIII, do artigo 24 da Constituição Federal, que estabelece essa matéria como de competência concorrente dos Estados Federados” (fl. 004), franqueando aos demais Deputados Estaduais a sua assinatura. 3. Ato contínuo assinaram o referido requerimento os Deputados Estaduais Da Vitória (PDT), Paulo Roberto (PMDB), Élcio Álvares (DEM), Glauber Coelho (PSB), Marcelo Santos (PMDB), Cacau Lorenzoni (PP), Doutor Hércules (PMDB), Euclério Sampaio (PDT), Jamir Malini

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 3

(PTN), Marcos Mansur (PSDB), José Carlos Elias (PTB), José Esmeraldo (PMDB), Gildevan Fernandes (PV), Genivaldo Lievore (PT), Roberto Carlos (PT), Janete de Sá (PMN), Gilsinho Lopes (PR), Cláudio Vereza (PT), Rodrigo Coelho (PT), Aparecida Denadai (PDT), Dary Pagung (PRP), Lucia Dornellas (PT), Luiz Durão (PDT), Solange Lube (PMDB) e Theodorico Ferraço (DEM). 4. A Procuradoria da Assembleia analisando os requisitos constitucionais e regimentais para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito opinou pela possibilidade jurídica de sua instauração. 5. Assim sendo, a Comissão Parlamentar de Inquérito objeto do presente relatório foi criada por meio da Resolução nº 3.376/2013 cuja publicação ocorreu no Diário do Legislativo e no Diário Oficial do Estado do Espírito Santo ambos do dia 27/03/2013. Ato contínuo, visando dar legitimidade aos seus membros componentes, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, por meio do Ato da Mesa nº. 434/2013 oficializou as vagas para os membros da seguinte forma: 01 (uma) vaga para o Partido Verde - PV, 01 (uma) vaga para o Partido do Movimento Democrático do Brasil - PMDB, 01 (uma) vaga para o Partido dos Trabalhadores - PT, 01 (uma) vaga para o Partido Democrático Trabalhista - PDT e 01 (uma) vaga para o Partido da República - PR. Com efeito, o Ato da Mesa Diretora nº. 493/2013 indicou como membros efetivos os Deputados Estaduais Sandro Locutor (PV), Paulo Roberto (PMDB), Genivaldo Lievore (PT), Da Vitória (PDT) e Glauber Coelho (PR) e como suplentes os Deputados Estaduais Gildevan Fernandes (PV), Marcelo Santos (PMDB), Lúcia Dornellas (PT), Aparecida Denadai (PDT) e José Esmeraldo (PR). 6. Durante a primeira reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 16 de abril de 2013, o Deputado Estadual Sandro Locutor, autor do requerimento de criação da CPI, declarou abertos os trabalhos da Comissão e anunciou a existência de uma única chapa para conduzir os trabalhos da CPI, composta da seguinte forma, a saber: Presidente Deputado Sandro Locutor, vice-presidente Deputado Da Vitória, Relator Deputado Paulo Roberto e membros efetivos os Deputados Genivaldo Lievore e Glauber Coelho sendo eleita a chapa à unanimidade. Foi deliberado que as reuniões ordinárias ocorreriam todas as terças-feiras, às 9h00min, no Plenário Dirceu Cardoso e a convocação do Senhor Ademir Cardoso, Presidente do Procon Estadual. 7. No decorrer da primeira reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 23 de abril de 2013, foram ouvidos os senhores Rodrigo Amorim Cristello, advogado e assessor jurídico do Procon Estadual, Anelisa Real de Carvalho, Gerente de Atendimento do Procon Estadual e Jorge Teixeira e Silva Neto, Diretor Administrativo e Financeiro do Procon Estadual uma

vez que o senhor Ademir Santos Cardoso, Presidente do Procon Estadual, não pode comparecer. 8. Em linhas gerais, os representantes do Procon Estadual informaram que foram registradas 3.422 (três mil, quatrocentos e vinte e duas) reclamações no tocante a telefonia celular e 3.671 (três mil, seiscentos e setenta e uma) em relação à telefonia fixa. Apontaram ainda que o maior número de reclamações detém como origem a cobrança indevida de valores e o péssimo atendimento dos serviços de atendimento aos consumidores - SAC. Não obstante, ainda explicaram quais são os procedimentos e o tipo de relação institucional existente entre o Procon Estadual e as empresas de telefonia. 9. Ademais, foi deliberada e aprovada a expedição de uma série de ofícios, a realização de sessões itinerantes e o convite para que o Senhor Enio Bergoli, Secretario de Estado da Agricultura, comparecesse na segunda reunião ordinária a fim de esclarecer as ações do Estado do Espírito Santo no que tange a interiorização dos serviços de telefonia. 10. No decorrer da segunda reunião ordinária da CPI da Telefonia, realizada no dia 30 de abril de 2013, foi ouvido o senhor Carlos Luiz Tesh, Subsecretário Estadual de Agricultura uma vez que o senhor Enio Bergoli, Secretário Estadual de Agricultura, não pode comparecer. 11. O ilustre Subsecretário Estadual de Agricultura esclareceu aos membros desta Comissão Parlamentar de Inquérito os principais nortes do Programa “Comunicação no Campo” que consiste basicamente na implantação de telefonia móvel e internet 3G num Projeto Piloto em 10 (dez) distritos localizados em municípios do interior do estado, adotando como modelo de custeio, a outorga de crédito de ICMS como espécie de incentivo para que as operadoras de telefonia instalem em regiões economicamente pouco atrativas torres de telefonia com vista a ampliar o atendimento à população do interior do Estado do Espírito Santo. Neste sentido, o ilustre Subsecretário informou que o custo de instalação de cada torre é de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), sendo R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) bancados pelo Estado por meio da outorga de crédito de ICMS e o restante pelas operadoras de telefonia. 12. Por incrível que pareça apenas a operadora Vivo apresentou proposta e nessa primeira etapa instalou 10 (dez) antenas nas localidades de Pacotuba, no município de Cachoeiro de Itapemirim, Pedra Menina, no município de Dores do Rio Preto, Córrego Moacir, no município de Governador Lindenberg, Conceição de Muqui, no município de Mimoso do Sul, Laginha de Pancas e Vila Verde, no município de Pancas, Vinhático, no município de Montanha, Barra do Mangaraí, no município de Santa Leopoldina, Garrafão, no município de Santa Maria de Jetibá e São Jorge Tiradentes, no município de Rio Bananal, beneficiando aproximadamente 36 mil capixabas. Informou ainda

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4 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

que o Governo do Estado pretende ampliar o Programa “Comunicação no Campo” para mais 71 comunidades. (fl. 95). 13. Ao final daquela sessão foi deliberado e aprovado que a reunião seguinte seria interna afim de que fossem ajustadas questões meramente administrativas. 14. Na reunião administrativa ocorrida no dia 07/05/2013 foram estabelecidas as 10 (dez) microrregiões e cronograma das audiências públicas que seriam realizadas pela CPI no interior do Estado. 15. Na segunda reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 07 de maio de 2013, foram indicadas as 10 (dez) microrregiões e cronograma das audiências públicas que seriam realizadas pela CPI no interior do Estado a serem aprovadas na próxima reunião da CPI. 16. Na terceira reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 14 de maio de 2013, foram ouvidos os senhores Maxwel de Souza Freitas, Gerente da Unidade Operacional da Anatel no Estado do Espírito Santo e Paulo Vinícius Alves de Freitas, Gerente Regional da Anatel no Estado do Rio de Janeiro. 17. Em síntese, o ilustre Gerente da Anatel, Maxwel de Souza Freitas esclareceu inicialmente que a referida agência é “um órgão regulador e disciplinador das atividades de telecomunicações no país” (fl. 174) e que no Estado do Espírito Santo existe apenas uma unidade operacional vinculada hierarquicamente ao escritório regional do Rio de Janeiro e à Superintendência de Fiscalização em Brasília (fl. 174). Ademais, expôs que a atuação da aludida unidade operacional realiza-se em duas vertentes: 1) autorização para prestação de serviços limitados como rádios portáteis para caminhões, embarcações e aeronaves e 2) fiscalização dos serviços de telefonia fixa, móvel, banda larga e de TV por assinatura que somente ocorre por demanda, ou seja, a Anatel só atua se for instigada, nunca de ofício. 18. Seguindo, o ilustre representante da Anatel de forma mais técnica, quando indagado acerca das notórias interrupções das ligações via telefones celulares e dos chamados “pontos cegos” apontou que eventuais falhas nesse sentido são esperadas pela natureza do serviço e que a Anatel gerência e fiscaliza as reclamações dos consumidores neste tocante. 19. Ao final da sessão foi deliberada e aprovada a expedição de uma série de ofícios, o convite para que o Dr. Rodrigo Borgo Feitosa, Defensor Público indicado pelo Defensor Público-Geral do Estado para acompanhar os trabalhos desta CPI, da Dra. Sandra Lengruber da Silva, Promotora de Justiça responsável pelo Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual e do Delegado de Polícia titular da Delegacia de Defesa do Consumidor. Naquela mesma oportunidade foram deliberadas e aprovadas as datas

e localidades para a realização das sessões itinerantes da CPI da Telefonia. 20. No decorrer da quarta reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 21 de maio de 2013, foi ouvido o Doutor Rodrigo Borgo Feitosa, Defensor Público do Estado do Espírito Santo representando a Defensoria Pública Estadual que alertou que em relação às demandas judiciais propostas pela Defensoria Pública Estadual no âmbito dos Juizados Especiais Cíveis a grande maioria está relacionada à má prestação do serviço de telefonia. Ademais, foi informado que diante das inúmeras reclamações propostas pelos cidadãos atendidos pela Defensoria Pública Estadual, no que tange a ausência de sinal no município de Santa Teresa e redondeza, foi proposta uma ação civil pública visando garantir a cobertura de sinal telefônico naquela localidade. 21. Não obstante, segundo dados fornecidos pela Defensoria Pública Estadual na Grande Vitória a maioria das reclamações estão relacionadas aos chamados pontos cegos e no interior estão cingidas realmente na falta de sinal. Por fim informou que a Defensoria Pública do Estado firmou um convênio com o Procon Estadual para tentar num primeiro momento solucionar as questões na seara administrativa e, caso for necessário, ingressar com ações civis públicas a fim de evitar a perpetuação de determinadas práticas abusivas em detrimento dos direitos dos consumidores capixabas. 22. A sessão foi encerrada sem que houvesse novas deliberações. 23. No decorrer da quinta reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 28 de maio de 2013, foi ouvido o Delegado de Polícia Wanderson Prezotti titular pela Delegacia de Defesa do Consumidor que alertou que a delegacia pela qual é responsável recebe um pequeno volume de reclamações, pois, os consumidores não têm conhecimento dos seus direitos, em especial não sabem que algumas práticas abusivas realizadas pelos fornecedores de serviços ou produtos são consideradas crime. 24. O ilustre Delegado de Polícia ainda informou que a criação do Centro Integrado de Defesa do Consumidor, órgão composto pelo Procon Estadual, Delegacia de Defesa do Consumidor e Ministério Público Estadual, foi um passo importante para integração e intercâmbio de informações e experiências relacionadas à defesa do consumidor. Entretanto, segundo afirmou o ilustre Delegado de Polícia, a estrutura precária da Delegacia de Defesa do Consumidor impede uma atuação mais incisiva e na sua ótica, apesar de haver uma grande demanda de trabalho, a quantidade de casos que chegam até a Delegacia é pouca frente às lesões que os consumidores vêm sofrendo. 25. Ao final da sessão foi deliberada e aprovada a expedição de uma série de ofícios, a realização de uma sessão extraordinária em Guarapari e o convite

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ao Presidente do Crea/ES para que possa prestar os devidos esclarecimentos que se fizerem necessários. 26. No decorrer da sexta reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 04 de junho de 2013, foram ouvidos os senhores Luciano Henrique Furtado, engenheiro do Crea/ES, e a Dra. Lívia Moreira Pereira, advogada do Crea/ES, uma vez que senhor Helder Paulo Carnielli, Presidente do Crea/ES, não pode comparecer. 27. Em seu depoimento o representante do Crea/ES afirmou não poder contribuir com os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito por desconhecer tecnicamente as nuances do setor de telefonia. 28. Ao final da sessão foi deliberada e aprovada a expedição de uma série de ofícios, ressaltado que a reunião posterior seria extraordinária e realizada no Município de Guarapari no dia 05 de junho de 2013 e que na reunião ordinária seguinte seria ouvida a Dra. Sandra Lengruber da Silva, promotora titular do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual. 29. Na terceira reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 05 de junho de 2013 no Município de Guarapari, foram ouvidos os senhores José Waderlei Astoria, vereador de Guarapari, Gabriel da Costa, vice-prefeito de Guarapari, Luiz Carlos Silva dos Santos, servidor do Município de Itapemirim, José Faustini, Secretário Municipal de Segurança de Presidente Kennedy, Ronaldo Gomes, vereador de Guarapari, Jorge Ramos, vereador de Guarapari, Maria Helena Parreira Terra, Presidente da Associação dos Moradores do Bairro Santa Mônica de Guarapari, Lúcia Penha de Souza Novaes Barboza, Presidente da Associação dos Movimentos Populares de Guarapari, Otília Brandão Silva Piumbini, representante da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Espírito Santo, Dario Lepletier da Silva Guimarães, Afonso Rodrigues, Secretário de Meio Ambiente de Guarapari, José Jacinto Baldoto, Secretário de Planejamento de Guarapari e o Capitão Bonfim, Secretário Adjunto de Comunicação de Guarapari. 30. A sessão foi encerrada sem que houvesse novas deliberações. 31. No decorrer da sétima reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 11 de junho de 2013, foi ouvida a Promotora de Justiça Dra. Sandra Lengruber da Silva, promotora titular do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual. 32. A ilustre parquet estadual informou que o campo de atuação do Ministério Publico Estadual é restrito, limitando-se as lesões coletivas por força do que determina a Constituição Federal. Não obstante, expôs objetivamente as ações executadas pelo Ministério Público Estadual ressaltando a integração daquele órgão de Poder junto aos demais órgãos de defesa do consumidor.

33. Ao final da sessão foi deliberada e aprovada a expedição de uma série de ofícios, convocação dos Procon’s municipais nas reuniões extraordinárias e a prorrogação dos trabalhos desta CPI. 34. Por ausência de quórum necessário, a quarta reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 13 de junho de 2013 no Município de Venda Nova do Imigrante, foi transformada em audiência pública. Assim sendo, foram ouvidos naquela ocasião os senhores Tiago Altoé, vereador de Venda Nova do Imigrante, José Maria Degasperi, vereador de Santa Teresa, Josué José Celírio, vereador de Brejetuba, Acácio Côra, vereador de Venda Nova do Imigrante, João Paulo Schettino Mineti, vereador de Venda Nova do Imigrante, Everaldo Brunelli Avanci, vereador de Venda Nova do Imigrante, José Manoel Almeida Bolzan, chefe de gabinete do prefeito de Venda Nova do Imigrante, Wendel Fonseca, chefe de gabinete do prefeito de Brejetuba e Aninha Venturim, empresária local. 35. A audiência pública foi encerrada sem que houvesse deliberação. 36. Na quinta reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 18 de junho de 2013, foi determinado o encaminhamento a todos os deputados estaduais, do cronograma das reuniões extraordinárias que seriam realizadas nas microrregiões do Estado. 37. A sessão foi encerrada sem que houvesse novas deliberações. 38. Por ausência de quórum necessário, a sexta reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 20 de junho de 2013 no Município de Ibatiba, foi transformada em audiência pública. Assim sendo, foram ouvidos naquela ocasião os senhores Sílvio Barateiro, presidente da Câmara de Ibatiba, Defensor Público-Geral Dr. Gilmar Alves Batista, Clóvis de Freitas, vice-prefeito de Ibatiba, João Lourenço Porto, prefeito de Brejetuba, José Alcure de Oliveira, prefeito de Ibatiba, José Hubner de Figueiredo, locutor de rádio local, Maria José, moradora do Ibatiba, Jota Neto, morador de Ibatiba, e Adriano Santos Oliveira, proprietário de uma empresa terceirizada que presta serviço para as operadoras de telefonia. 39. A audiência pública foi encerrada sem que houvesse deliberação. 40. No decorrer da oitava reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 25 de junho de 2013, foi ouvida a representante do Procon de Guarapari Rosana Silva Souza de Pinheiro. A ilustre representante do Procon de Guarapari informou na sua oitiva as ações básicas realizadas no ano de 2013 expondo os números de reclamações relacionadas à prestação de serviço de telefonia. 41. Ao final da sessão foi deliberada e aprovada a expedição de uma série de ofícios, visitas

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institucionais e a convocação dos representantes das operadoras de telefonia para o dia 13 de agosto de 2013. 42. Na sétima reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 13 de agosto de 2013, seriam ouvidos os representantes das empresas Tim, Vivo, Oi e Claro. Contudo, diante da impetração de HABEAS CORPUS PREVENTIVO pelas empresa Oi, Claro e Tim, com a respectiva concessão de liminar pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo, desobrigando os representantes dessas operadoras de firmarem o compromisso de dizer a verdade, foi deliberada e aprovada a suspensão da oitiva e convocação do Superintendente de Fiscalização da Anatel para ser ouvido no dia 27 de agosto de 2013. 43. Na nona reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 27 de agosto de 2013, seria ouvido o Superintendente de Fiscalização da Anatel Sr. Marcos Vinícius Paolucci, o qual por sua vez não compareceu, encaminhando e-mail alegando que a Anatel não teria verba para as despesas de transporte e hospedagem e que a sua convocação seria ilegal. 44. Ao final da reunião foi deliberado e aprovado o convite para que o representante do Sinditelebrasil prestasse esclarecimentos a esta CPI, bem como a convocação das operadoras Tim, Vivo, Oi e Claro para participarem da reunião do dia 10 de setembro de 2013. Também foi aprovado convite para a OAB, Defensoria Pública Estadual, Procon e Ministério Público Estadual para participarem da citada reunião. 45. No decorrer da oitava reunião extraordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 10 de setembro de 2013, foi ouvido, na condição de convidado, o senhor Eduardo Levy Cardoso Moreira, presidente-executivo do Sinditelebrasil e na condição de convocados os representantes das 4 (quatro) operadoras, Sr. José Luiz Gattás Hallak, representante da Oi, Sr. Aloysio Salles Xavier, representante da Vivo, Sra. Maria Gabriela Derenne Campos, representante da Claro e o Sr. André Gustavo Rodrigues Rosa, representante da TIM. Presentes ainda na reunião, a Dra. Denize Izaíta Pinto, assessora jurídica do Procon Estadual e o Dr. Rodrigo Borgo Feitosa Defensor Público Estadual. 46. Ao final da reunião foi deliberada e aprovada a expedição de ofícios para Presidente da República Dilma Roussef, para o Ministério das Comunicações, para a bancada federal do Estado do Espírito Santo, para a Unale, para o Presidente do Senado Federal, para os deputados federais que integram o Grupo de Trabalho existente na Câmara Federal e para o Procurador Geral da República informando do não comparecimento nesta CPI do Superintendente de Fiscalização da Anatel. 47. Na décima reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 12 de novembro de 2013, foi deliberada e aprovada à prorrogação dos

trabalhos da CPI e o convite às operadoras de telefonia para que comparecessem na sessão ordinária do dia 26 de novembro de 2013. 48. Ao final da reunião foi deliberado e aprovado a convocação das operadoras Vivo, Oi, Claro e Tim e, também, convite para o Sinditelebrasil, OAB, Defensoria Pública Estadual, Procon Estadual e municipais, Delegacia de Defesa do Consumidor e Ministério Público Estadual e Federal para participarem da reunião do dia 26 de novembro de 2013. 49. Na décima primeira reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 26 de novembro de 2013, foi deliberada e aprovada à realização de reuniões ordinárias nos dias 10 e 17 de dezembro de 2013 e a prorrogação e transposição dos trabalhos da CPI para a sessão legislativa de 2014. No decorrer da reunião foram iniciadas as tratativas para celebração de um Termo de Ajuste de Conduta-TAC entre a CPI, órgãos de defesa do consumidor e as operadoras de telefonia. 50. Na décima segunda reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 10 de dezembro de 2013, foi deliberada e aprovada a suspensão temporária da reunião para que fosse dado continuidade às negociações para a celebração do TAC, sendo reiniciados os trabalhos logo em seguida sem que fossem finalizadas as tratativas. 51. Na décima terceira reunião ordinária de 2013 da CPI da Telefonia, realizada no dia 17 de dezembro de 2013, foram relatadas pelas operadoras de telefonia as dificuldades para celebração do TAC, sendo encerrados os trabalhos sem nenhuma deliberação. 52. Na primeira reunião ordinária de 2014 da CPI da Telefonia, realizada no dia 11 de fevereiro de 2014, com a presença dos Deputados Estaduais Sandro Locutor, presidente desta CPI, Paulo Roberto, relator desta CPI, Josias Da Vitória e Genivaldo Lievore e ainda com a participação do Procurador da República Dr. André Pimentel Filho, Presidente do Procon Estadual Ademir Cardoso, Defensores Públicos Estadual Rodrigo Borgo Feitosa e Lucas Marcel Pereira Matias, do Ministério Público Estadual, Sandra Lengruber da Silva, além dos representantes legais das empresas Oi, Claro, Vivo e Tim e do representante do Sinditelebrasil, foi lido, aprovado e celebrado o Termo de Compromisso junto as operadoras de telefonia, se encerrando logo em seguida a reunião. 53. É o relatório. II - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 54. À luz do que se verifica a partir da leitura do relatório acima, extrai-se que há uma grave omissão do Poder Público no que tange a fiscalização do serviço de telefonia prestado. A Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL apesar do status, das ferramentas legais e alto custo para o país é simplesmente inerte. Não fiscaliza, não pune e

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sanções se esvaem nos inúmeros recursos administrativos e sorrateiras medidas judiciais perpetradas pelo excelente corpo jurídico desses conglomerados empresariais. 55. As empresas operadoras de telefonia por sua vez, investem muito pouco na sua rede de infraestrutura, apesar de terem aumentado exponencialmente, na última década, a comercialização da tecnologia 3G e por consequência o seu faturamento. Importante destacar que não se está se referindo apenas na estrutura para prestação do serviço de telefonia propriamente dito, há uma lacuna também no atendimento direto das reclamações dos consumidores, conforme observado ao longo da instrução do presente relatório, o que foi parcialmente solucionado com a celebração do Termo de Compromisso (ao qual se fará referência específica mais adiante). Há de se destacar, que há ainda um longo caminho a ser perseguido. 56. Na outra ponta ficam os consumidores que, apesar de pagarem a segunda tarifa mais cara do planeta, não recebem a contrapartida de qualidade de serviço minimamente esperada. 57. Com vista a dar maior dinâmica ao presente relatório circunstanciado, optou-se por dividi-lo em 04 (quatro) capítulos. No primeiro capítulo foram expostas as principais reclamações apuradas ao longo de toda a Comissão Parlamentar de Inquérito, visando alertar aos órgãos de fiscalização quais são as infrações rotineiramente cometidas pelas empresas de telefonia em desfavor dos consumidores. 58. No segundo capítulo foi abordada a atuação do Poder Público e dos órgãos de defesa do consumidor frente às queixas feitas pelos consumidores, apontando as medidas adotadas por cada um dos órgãos que contribuíram para os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito. 59. No terceiro capítulo expusemos quais as medidas administrativas e judiciais possíveis de serem adotadas a fim de que as graves falhas apuradas ao longo da presente investigação sejam corrigidas e sua reincidência, caso ocorra, seja severamente reprimida. 60. Por fim, no quarto capítulo foram feitas as considerações finais dos trabalhos e recomendações aos órgãos de fiscalização competentes a fim de que tomem as devidas providências legais e cabíveis. III - PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES FEITAS PELOS CONSUMIDORES CAPIXABAS CONTRA O SERVIÇO DE TELEFONIA PRESTADO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO III.I - Ausência ou demora na resposta para as reclamações formuladas pelos consumidores 61. Uma das principais falhas na prestação do serviço de telefonia perpetradas pelas operadoras de telefonia sem dúvida foi a demora ou mesmo a ausência de resposta das reclamações formuladas pelos consumidores.

62. Conforme será ressaltado no capítulo IV deste relatório circunstanciado, tal violação ao direito do consumidor foi largamente destacada pelo Procon estadual que asseverou ser a intransigência das operadoras um dos principais fatores que sobrecarregam ainda mais aquela autarquia estadual, sendo que a maioria das reclamações poderiam ser facilmente solucionadas se houvesse um mínimo de boa vontade por parte das empresas. 63. Isto posto, estabelece o art. 6º, VI e X do Código de Defesa do Consumidor que: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: [...] VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; [...] X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. (original sem grifo ou destaque) 64. Não obstante, a Lei de Concessões (Lei Federal nº 8.987/1995) garante aos usuários dos serviços públicos e obrigam as operadoras de telefonia a prestarem o serviço de modo adequado, conceituando o que sob a ótica legal seria “serviço adequado” nos seguintes termos: Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. § 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. (original sem grifo ou destaque) 65. Na esteira do firmado, preceitua taxativamente o art. 3º, X da Lei nº 9.472/1997 que: Art. 3° O usuário de serviços de telecomunicações tem direito: [...] X - de resposta às suas reclamações pela prestadora do serviço; 66. Se não bastasse a legislação acima avocada, o caput c/c §1º, ambos do art. 32 da Resolução nº 575/2011, editada pela própria ANATEL, prevê a obrigatoriedade da resposta de todos os requerimentos em até 05 (cinco) dias úteis em 95% (noventa e cinco por cento) dos casos e de no máximo em 10 (dez) dias úteis em 100% (cem por cento) dos casos, nos seguintes termos: Art. 32. Todas as solicitações de serviços ou pedidos de informação recebidos em qualquer Setor de Relacionamento, Setor de Atendimento e/ou Venda e Centros de Atendimento da prestadora, e que não possam ser respondidos ou efetivados de imediato, devem ser respondidos em até 5 (cinco) dias úteis, em 95% (noventa e cinco por cento) dos casos, no mês. § 1º Em nenhum caso, a resposta deve se dar em mais de 10 (dez) dias úteis. 67. Em que pese o determinado pelas leis e resolução acima destacadas, foram inúmeras reclamações ouvidas por esta CPI e a própria experiência demonstra que assim que o consumidor

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requer uma solução para um problema muitas vezes gerado pela própria operadora, como, por exemplo, anular uma cobrança indevida, inicia-se um verdadeiro martírio. 68. Primeiro as empresas não oferecem ao consumidor a possibilidade de resolver localmente os imbróglios, uma vez que é necessário ligar para a central nacional. A partir daí o consumidor tem que vencer uma lista quase infindável de opções e uma série de dados solicitados pelos péssimos serviços de atendimento ao consumidor - SAC das operadoras, procedimento este que por si só já viola o disposto no Decreto Federal nº 6.523/2008 que assim determina: Art. 4º O SAC garantirá ao consumidor, no primeiro menu eletrônico, as opções de contato com o atendente, de reclamação e de cancelamento de contratos e serviços. § 1º A opção de contatar o atendimento pessoal constará de todas as subdivisões do menu eletrônico. § 2º O consumidor não terá a sua ligação finalizada pelo fornecedor antes da conclusão do atendimento. § 3º O acesso inicial ao atendente não será condicionado ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor. § 4º Regulamentação específica tratará do tempo máximo necessário para o contato direto com o atendente, quando essa opção for selecionada. (original sem grifo ou destaque) 69. Caso o consumidor ultrapasse com sucesso mais essa etapa, o seu caminho para solução do conflito ainda esbarra na absoluta falta de preparo dos atendentes e na autonomia para resolver as demandas. 70. Comprovando o acima firmado, segue abaixo os depoimentos colhidos no bojo dos trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito: Anelise Real de Carvalho, Gerente Atendimento do Procon Estadual - Queria chamar a atenção também para o fato de que quando o consumidor busca o Procon, já está extremamente insatisfeito com a empresa. Ele tentou na loja, tentou no SAC da empresa e busca o Procon como um apoio. Infelizmente o Procon está funcionando como um SAC das empresas de telefonia. Na maioria das empresas, o que a gente esbarra é que essas empresas, além do SAC não funcionar adequadamente, o canal de atendimento do Procon, que a gente chama de Procon Fone, diretamente com a empresa; na maioria das vezes é deficitário ou a empresa pede um prazo maior para resolver essa demanda. Aí, a gente tem que abrir um procedimento e o mais célere dos procedimentos no Procon é de dez a quinze dias. Esse consumidor já tentou na loja, já tentou no SAC, aí eu chego e viro para ele e falo: o senhor vai ter que aguardar, infelizmente, mais dez dias para ter o seu problema solucionado; problema simples como cancelamento da linha telefônica, desbloqueio da linha, uma cobrança indevida que está clara. O consumidor pagou a conta e está

sendo cobrado em duplicidade. Então, essas coisas simples que poderiam resolver no SAC, que é o sonho do Procon de todos os consumidores, ou então resolver num canal de atendimento do Procon Fone. (fl. 060) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Deputado Estadual Paulo Roberto, relator - Tem algum item específico que chama a atenção? Rodrigo Borgo Feitosa, defensor público estadual-Primeiramente são contas que normalmente vêm equivocadas e dificilmente os consumidores conseguem lograr êxito em resolver essas questões por telefone. Primeiro porque demora muito tempo para conseguir de fato falar com a atendente, e quando consegue, e quando essa ligação não cai, eles também não conseguem explicar exatamente o que querem, principalmente considerando os assistidos da defensoria pública e não resolvem, só judicialmente. E isso vem abarrotando o Judiciário com custo altíssimo para o Estado. (fl. 272/273) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Otília Brandão Silva Piubini, representante da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Espírito Santo - Eu queria falar sobre a telefonia fixa, mas precisamente sobre a internet. Eu pago um plano que me dá direito à linha fixa, internet e uma linha móvel. Tive problemas, mais ou menos umas duas semanas, com internet; eu não conseguia acessar a internet em casa. Corri atrás, ligava, foram duas semanas ligando tentando resolver o problema, não resolvia. De repente, apareceu uma pessoa, um técnico lá em casa, de uma terceirizada dessa empresa. E o que ele me disse foi o seguinte: Olha, Senhora Otília, a senhora vai ter que diminuir a velocidade da sua internet para que ela possa funcionar. Tipo, aqui em Guarapari, a região que eu moro, o máximo que a gente consegue são dois megas. Tive que passar para um mega para poder conseguir acessar a internet de casa. Aí perguntei para ele: Mas por que isso? Ele falou assim: Porque o seu telefone, a sua linha, foi para... Eu não sei bem. O último... Tipo assim, tem as gavetas, tiraram a minha linha daqui e colocou a última da gaveta, o último ponto da gaveta. Quer dizer, a última linha daquela coisa, né? Então, mas falei: Por que fizeram isso? Ele falou assim: Por falta de espaço para outras linhas. Então, nós estamos fazendo isso. Tudo bem, eu quero a minha internet funcionando. Foi a época de início de imposto de renda que eu tinha que fazer de algumas pessoas, tal, tudo bem. Aí eu falei assim: Bom, eu pago o plano X, diminuiu, eu vou ter que pagar o plano Y, não é? Até hoje eu não consegui, desde abril, desde março. Não consegui que mudasse o meu plano. Até hoje. Procuro, ligo: Ah, mas a senhora tem que ligar para tal número. Ligo para tal número... Aquele problema que todo mundo conhece do call center.

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A última coisa que me disseram foi o seguinte: A senhora tem que ir a Vitória. Aliás, tudo que se precisa falar pessoalmente com essa empresa ou com a outra também, tem que ir a Vitória. A não ser que seja para comprar a linha, mas aí você tem que ir a Vitória. Entendeu? E eu não resolvi esse problema até hoje. (fl. 540) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Tiago Altoé, vereador de Venda Nova do Imigrante - [...] Mas a maior dificuldade nossa é o atendimento ao consumidor, o call center, que é a tal musiquinha, que ficam enrolando, passa para um, para outro... pelo que percebi nos depoimentos isso é unânime, pelas pessoas que convivo e converso vejo que isso é uma dificuldade unânime. (fl. 819) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Everaldo Brunelli Avanci, vereador de Venda Nova do Imigrante - Eu sou vereador do interior. Minha região é na direção de Castelo, São Roque, Vargem Grande, Santo Antônio. Nessa região existe torre. [...] Hoje a região muito perto da torre não é atendida. Já enviei ofício à empresa, que não dá resposta sobre o assunto. Acho que a gente está muito mal assistido nessas coisas. (fl. 821) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Adriano Santos de Oliveira, proprietário de uma empresa terceirizada que presta serviço para as operadoras de telefonia em Ibatiba- Então quero deixar minha reclamação dos call centers: é horrível! Tem dia tenho que ficar lá meia hora, uma hora e já nem fico mais. [...] Dá vontade de falar assim: seu abençoado! Para não xingar, porque não é do meu princípio, mas dá vontade de xingar um palavrão bem feio. Por que você não me informou que não era capacitado para me informar isso? E transfere para o setor correspondente, que me atende e vou falar tudo. Vou lhe transferir para o setor correspondente. E fica transferindo até achar o setor correspondente. E às vezes não acha o setor correspondente. (fl. 837) (original sem grifo ou destaque) 71. Reconhecendo a falha dos serviços de atendimento ao consumidor, o presidente-executivo do Sinditelebrasil, sindicato vinculado às operadoras de telefone, assim se pronunciou: Eduardo Levy Cardoso Moreira, presidente-executivo do Sinditelebrasil - Temos que brecar a ida ao Procon, em trabalhos internos e é para isso que estamos voltados este ano e tem reduzido, talvez não no volume como gostaríamos ou que todos gostariam, porque isso é um ônus para a sociedade muito grande, um custo para o Procon, aborrecimento, etc. É o grande trabalho que fazemos. (fl. 1103) (original sem grifo ou destaque) 72. À luz do que irá ser exposto no subcapítulo IV.III, apesar dessa e das demais violações aos direitos dos usuários, a Anatel pouco tem feito em

relação às empresas de telefonia. Não há um plano de fiscalização e controle rígido das práticas abusivas das operadoras, pouquíssimas sanções são impostas e ainda assim quando são os seus valores nada representam se comparados aos gigantes faturamentos das empresas. 73. Em que pese ter sido largamente discutido junto às operadoras de telefonia a imperatividade do que determina a legislação de regência, em especial o art. 32 da Resolução nº 575/2011 da ANATEL, o qual estabelece prazo máximo de 10 (dez) dias úteis para a resposta em 100% (cem por cento) dos casos, não houve qualquer avanço neste ponto específico. 74. Não obstante, abre-se um parêntese para reconhecer que, graças às inúmeras tratativas que culminaram no Termo de Compromisso assinado por esta CPI junto às operadoras de telefonia, houve algum progresso com a criação do canal direto de comunicação daquelas empresas junto ao Procon Estadual, o que resultará na resolução dos conflitos apresentados de forma mais célere, eficaz e nos termos do que determina a lei. 75. Ante o exposto, recomenda-se que, na linha do que será proposto ao final do presente relatório, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa analise a possibilidade de serem propostas medidas administrativas ou judiciais em face do patente desrespeito aos direitos dos consumidores, podendo, caso seja necessário, inclusive propor a devida ação civil pública a fim de obrigar as empresas de telefonia a responder todas as solicitações ou pedidos de informação recebidos em qualquer Setor de Relacionamento, Setor de Atendimento e/ou Venda e Centros de Atendimento da prestadora que não possam ser respondidos ou efetivados de imediato em até 05 (cinco) dias úteis, em 95% (noventa e cinco por cento) dos casos, e em no máximo 10 (dez) dias úteis em 100% (cem por cento) dos casos. III.II - Falha no atendimento pós-venda e realização de práticas enganosas 76. Ficou comprovado no decorrer dos trabalhos desta CPI que apesar das 04 (quatro) operadoras de telefonia que atuam no Estado, Vivo, Oi, Claro e Tim possuírem lojas de comercialização de produtos e serviços em quase todos os 78 (setenta e oito) municípios espírito-santenses, não há na mesma proporção espaços físicos de atendimento para os consumidores. Tais números demonstram com clareza solar a falta de preocupação dessas empresas com o atendimento pós-venda ao consumidor. 77. A falta de estrutura para o atendimento digno dos consumidores evidencia uma prática abusiva das empresas de telefonia que, preocupadas exclusivamente com o aumento dos lucros, se esquecem de cumprir com suas obrigações previstas no CDC e demais legislações de regência, principalmente se observado o que dispõe a Lei de Concessões (Lei nº 8.987/1995), Lei das

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Telecomunicações (Lei nº 9.472/1997) e, especialmente, o art. 96 da Resolução nº 477/2007 da ANATEL, que assim determina: Art. 96. A prestadora deve disponibilizar ao menos um Setor de Relacionamento por microrregião atendida em sua Área de Prestação, conforme disposto a seguir: I - em até 18 (dezoito) meses da entrada em vigor deste Regulamento, para microrregiões com população igual ou superior a 200.000 habitantes; II - em até 42 (quarenta e dois) meses da entrada em vigor deste Regulamento, para microrregiões com população igual ou superior a 100.000 habitantes. § 1º Deve ser previsto um Setor de Relacionamento adicional a cada 400.000 habitantes, por microrregião. § 2º Todos os Setores de Relacionamento, bem como os Setores de Atendimento e/ou Venda próprios, devem atender aos requisitos de qualidade definidos pelo RGQ-SMP. § 3º O Setor de Atendimento e/ou Venda pertencente à própria prestadora tem as mesmas obrigações de um Setor de Relacionamento. § 4º O Setor de Atendimento e/ou Venda de terceiros que efetue Ativação de Estação Móvel, deve encaminhar à prestadora pedidos de rescisão do Contrato de Prestação do SMP apresentados por Usuários, fornecendo comprovante de recebimento. § 5º A desativação da Estação Móvel do Usuário, decorrente da rescisão do Contrato de Prestação do SMP a pedido do Usuário, quando solicitada junto a Setor de Atendimento e/ou Venda de terceiros, deve ser efetivada pela prestadora, em até 72 (setenta e duas) horas, e enviada à Estação Móvel a mensagem de texto, a que se refere o § 6º do art. 15, em até 60 (sessenta) horas, a partir da solicitação, sem ônus para o Usuário, não se aplicando os prazos estabelecidos no § 10 do art. 15 e no § 1º do art. 23. (original sem grifo ou destaque) 78. Em que pese à inércia da Anatel, nada impede que os órgãos de proteção aos consumidores, e aqui incluímos o Procon Estadual, os Procon’s municipais, o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa e a própria Defensoria Pública Estadual e Federal, no limite de suas respectivas competências, proponham ações e intensifiquem a fiscalização dessas empresas com base na defesa dos interesses difusos e coletivos dos consumidores sem que isso implique invasão da competência daquela agência reguladora federal. 79. Isto posto, verificou-se que não é minimamente compatível com os ditames do CDC, a desproporção existente entre a oferta de serviços e produtos e a capacidade dessas empresas de realizar um atendimento digno na pós-venda, principalmente se notarmos que se trata de um serviço essencial e de natureza contínua.

80. O péssimo atendimento dos SAC’s já foi devidamente delineado em subcapítulo anterior, portanto, desnecessário repisar a matéria. Contudo, é dever desta CPI alertar as autoridades competentes que não basta a mera disponibilização daquele tipo de atendimento, o qual diga-se de passagem, funciona de forma muito ruim. É preciso que essas empresas sejam instadas a ofertarem aos seus consumidores a opção de atendimento ao consumidor em espaços físicos na mesma proporção dos espaços de venda dos produtos e serviços. 81. A propósito, ressalta-se que no decorrer da oitiva dos consumidores foi apurado que a maioria dos pontos de vendas é terceirizada e se limitam apenas a realizar vendas. Assim sendo, se porventura surgir um problema na pós-venda aquelas empresas terceirizadas se dizem impedidas de resolverem as reclamações dos consumidores e os orientam a procurarem as operadoras de telefonia. Em outras palavras, até o momento da venda, as terceirizadas representam para todos os efeitos as operadoras. Contudo, a partir da finalização da compra, elas se abstêm de resolver qualquer problema, delegando tal tarefa para os famigerados SAC’s das operadoras. 82. Em simples nota, o consumidor é ludibriado a pensar que no ato da contratação do serviço está negociando diretamente com a companhia telefônica, o que faz com que ele se sinta seguro diante do prestígio que elas possuem. Referido engano na mente do consumidor que, caso haja algum problema, basta ir ao mesmo local de compra que a sua reclamação será resolvida. Entretanto, somente na hora em que é necessário solucionar um problema é que o consumidor descobre que aquele ponto de venda não está sequer ligado comercialmente a operadora. A partir dessa constatação é que o consumidor se atenta para o fato que aquela ideia de atendimento próximo não passava de um engodo para que fosse adquirido o produto ou serviço. 83. Não há dúvida de que a prática acima descrita é abusiva, por violar o disposto no art. 39, IV do Código de Defesa do Consumidor, in verbis: Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: [...] IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços; (original sem grifo ou destaque) 84. Acerca da comprovação dessa prática, o depoimento de um proprietário de um desses estabelecimentos comerciais terceirizados: Adriano Santos de Oliveira, proprietário de uma empresa terceirizada que presta serviço para as operadoras de telefonia em Ibatiba - É meio difícil falar porque terei que defender os meus clientes e ao mesmo tempo ficar a mercê das operadoras, pois trabalho com elas. [...] Hoje não vivemos mais sem a telecomunicação, sem a telefonia celular, mas é difícil. Eu, por exemplo,

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estive nesses dias na localidade de Batatinha para instalar um telefone rural para um cliente muito conhecido. Nem com uma antena de 20 Dbi, que é a mais forte, não deu sinal. [...] Então, está ficando complicado para a gente trabalhar. Na verdade não tem alguém aqui para representar as operadoras. (fl. 837) (original sem grifo ou destaque) 85. E mais adiante surpreende a sinceridade do empresário depoente: Adriano Santos de Oliveira, proprietário de uma empresa terceirizada que presta serviço para as operadoras de telefonia em Ibatiba - Eu quase apanho quando vendo o aparelho celular para o cliente, que chega à casa dele e diz: não funciona! [...] Vendi um aparelho celular para um cliente, há poucos dias, e ele entrou na minha loja jogou o aparelho em cima da minha mesa e disse: Oh, não funciona! Coloquei o chip e falei: Meu irmão, está funcionando. Falei: Onde você mora? _No bairro Novo Horizonte _ Ah, está explicado, lá não pega celular. É chamada área de sombra, no pé da torre. (fl. 837) (original sem grifo ou destaque) 86. No que se refere à ausência de postos de atendimento dos consumidores, mais uma vez louva-se a importância do Termo de Compromisso intermediado por esta CPI que, garantindo mais do que determina a Resolução Anatel nº 477/2007, estabeleceu objetivamente e nas principais macrorregiões do Estado a obrigatoriedade de serem instalados os aludidos postos de atendimento, garantindo, assim, a prevalência dos interesses dos consumidores capixabas. 87. Não obstante, durante as aquelas negociações, tentou-se exaustivamente obrigar que as empresas se comprometessem a esclarecer aos consumidores que referidos pontos de vendas terceirizados parassem de utilizar de forma extensiva a sua logomarca a fim de que não levem o consumidor a incidir em erro. Contudo, em que pese o empenho de todos os envolvidos, não se logrou êxito. 88. Assim sendo, recomenda-se que, na linha do que será proposto ao final do presente relatório, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa analise a possibilidade de serem propostas medidas administrativas ou judiciais em face da violação aos direitos dos consumidores, podendo, caso seja necessário, inclusive propor a devida ação civil pública com vistas a garantir a prevalência do dever de informação das prestadoras de serviço.

III.III - Falha na cobertura do sinal e queda das ligações 89. Na dianteira das reclamações dos consumidores capixabas também se encontram a péssima cobertura de sinal oferecida e a queda constante das ligações, em especial aquelas abrangidas pelas tarifas promocionais. 90. Primeiro se faz necessário esclarecer o modelo adotado pelo Brasil, no tocante à forma de

exploração do serviço de telefonia, e quais as consequências práticas dessa escolha para os usuários. 91. Consoante será mais bem explorado no subcapítulo IV.III, a partir da reestruturação econômica ocorrida no Brasil com a implantação do Plano Real, notou-se que os serviços públicos prestados diretamente pelo Estado ou por empresas públicas estavam à beira da falência e não havia recursos públicos para investir naqueles setores. Assim sendo, frente aos desafios que se apresentam à época, optou-se por privatizar determinados setores e empresas estatais acabando com o monopólio da prestação de alguns serviços públicos, dentre eles o da telefonia. 92. Em relação ao modelo escolhido pela União, ente da Federação responsável pela exploração dos serviços de telecomunicações1, optou-se pela exploração do serviço por meio de autorização e pelo regime de concorrência livre, garantindo-se aos exploradores do serviço a ampla e justa competição. É o que se extrai do prescrito no art. 6º c/c art. 131, ambos da Lei Federal nº 9.472/1997 (Lei das Telecomunicações): Art. 6° Os serviços de telecomunicações serão organizados com base no princípio da livre, ampla e justa competição entre todas as prestadoras, devendo o Poder Público atuar para propiciá-la, bem como para corrigir os efeitos da competição imperfeita e reprimir as infrações da ordem econômica. Art. 131. A exploração de serviço no regime privado dependerá de prévia autorização da Agência, que acarretará direito de uso das radiofreqüências necessárias. § 1° Autorização de serviço de telecomunicações é o ato administrativo vinculado que faculta a exploração, no regime privado, de modalidade de serviço de telecomunicações, quando preenchidas as condições objetivas e subjetivas necessárias. 93. No que se refere à política tarifária, vige no serviço de telefonia o sistema da livre tarifa, competindo ao próprio mercado regular o seu valor. Deste modo, diferentemente do que ocorre no setor de distribuição de energia elétrica, por exemplo, em que a fixação da tarifa passa pelo controle rígido da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, no caso das operadoras de telefonia não há esse rígido controle. 94. Resultado direto dessa política e da falta de fiscalização por parte da Anatel é fato de que os brasileiros pagam a segunda tarifa mais cara do mundo mesmo tendo uma contraprestação do serviço de baixa qualidade.

1 Art. 21. Compete à União: [...] XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;

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95. No que tange ao tipo de exploração escolhida, adotou-se a autorização, a qual detém especificidades que devem ser esclarecidas. 96. Segundo nos ensina o mestre Hely Lopes Meyrelles: Serviços autorizados são aqueles que o Poder Público, por ato unilateral, precário e discricionário, consente na sua execução por particular para atender a interesses coletivos instáveis ou emergência transitória. Fora destes casos, para não fraudar o princípio constitucional da licitação, a delegação deve ser feita mediante permissão ou concessão. São serviços delegados e controlados pela Administração autorizante, normalmente sem regulamentação específica, e sujeitos, por índole, a constantes modificações do modo de sua prestação ao público e a supressão a qualquer momento, o que agrava sua precariedade.2 97. Destarte, se por um lado não há um prazo fixo para a exploração do serviço, como ocorre, por exemplo, nos contratos de concessão de transmissão ou distribuição de energia elétrica, por outro se concedeu uma margem muito maior para que abusos fossem perpetrados pelas operadoras de telefonia, especialmente no que tocante aos preços praticados e ausência de um plano efetivo de investimento em infraestrutura de telefonia móvel e internet. 98. Deste modo, por mais que a Anatel afirme que rotineiramente estabelece metas e planos para melhoramento no serviço prestado, na prática e consoante foi possível apurar durante os trabalhos desta CPI, a alegada fiscalização é falha e o serviço prestado é de baixa qualidade, ficando os consumidores/usuários a mercê das decisões e da “boa vontade” das operadoras de telefonia para terem uma melhoria no serviço prestado. 99. Antes de adentrar na falta de infraestrutura para o atendimento do mercado consumidor de telefonia no Estado do Espírito Santo, faz-se impreterível explicar o modelo dos contratos de autorização celebrados entre a União e as operadoras de telefonia, os quais deixam à margem do processo os direitos dos consumidores em benefício dos lucros estratosféricos das empresas. 100. Segundo foi explanado pelo representante da Anatel em seu depoimento quando indagado pelo Presidente desta Comissão Parlamentar de Inquérito: Deputado Estadual Sandro Locutor, presidente da CPI - Para esclarecer um pouquinho melhor a nossa pergunta, e às vezes as pessoas acham que nos tornamos repetitivos, é importante detalharmos o nosso questionamento e alcançarmos um desdobramento do nosso trabalho. Por exemplo, sabemos que as empresas privadas, naturalmente, visam lucros dos seus serviços, como todo cidadão que trabalha dignamente quer obter resultado. Nessas autorizações, as empresas ficam desobrigadas a

2 Hely Lopes Meirelles, em Direito Administrativo Brasileiro, 27ª edição, página 381.

prestarem o serviço no interior? Vamos dizer assim: no filé, é a Grande Vitória, a região metropolitana, todas as empresas têm interesse, há competitividade. Gostaria de saber do senhor como é isso. A empresa é autorizada a explorar no Estado do Espírito Santo e só explora, de repente, o filé? Ela não é obrigada, por exemplo, a ir ao interior do Estado, em Mimoso do Sul? Ou em Criciúma, em Santa Catarina, em Santa Clara, em Ibatiba, região que frequento bastante? Ou em Itambé e Palmeira, em Itaguaçu? Ela fica desobrigada, isso é solto, como é isso? Ela explora onde quer? Como isso é colocado pela autorização, como é esse formato de contrato que a autoriza explorar isso? Maxwel de Souza Freitas, representante da Anatel - O celular é prestado em regime privado. Como quis o legislador, é um serviço cuja exploração segue a regra da livre iniciativa, com intervenção mínima do Poder Público. A ideia original, pura e simples do termo de autorização, é que ela opera onde quiser. Ela não tem obrigação de atender as localidades. (fl. 184/185) (original sem grifo ou destaque) 101. Quando instado a esclarecer de forma mais explícita a inexistência de obrigação para as operadoras universalizarem e democratizarem o acesso aos serviços de telefonia móvel, o representante da Anatel assim respondeu: Deputado Estadual Sandro Locutor, presidente da CPI - Então isso fica solto, eles não têm obrigação mesmo, são desobrigados? Maxwel de Souza Freitas, representante da Anatel- A legislação não traz uma obrigação de universalização desse serviço. O único serviço que tem universalização, que o funcionário é obrigado a levar, é a telefonia fixa.(fl. 185) (original sem grifo ou destaque) 102. Conclusão do exposto é que apesar de possuir atualmente perto de 270.000.000 (duzentos e setenta milhões) de linhas de telefonia móvel habilitadas, no país inteiro há pouco mais de 50.000 (cinquenta mil) antenas/estação de rádio base/sites de transmissão, quantidade essa próxima ao total existente na Itália, país com território bem menor do que o Brasil. 103. Ademais, conforme apurado por esta CPI, a capacidade operacional de cada antena é de 660 (seiscentos e sessenta) linhas com uma margem máxima de tolerância de até 1.000 (mil) linhas conforme a capacidade de cada ERB. Entretanto, no Brasil, decorrente das elevadas e sem controle vendas/habilitação de linhas (chips), partes dessas antenas operam em média com demanda de chamadas simultâneas bem superior a sua capacidade, o que por si só demonstra a precariedade da infraestrutura existente, provocando ausência de sinal, bem como, falhas na ligação com interrupção da conexão. 104. Consequência direta dessa ausência de investimento em infraestrutura é a falha na cobertura de sinal e constante queda das ligações.

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Apenas a título de exemplo, colacionamos os seguintes depoimentos prestados durante a instrução do presente relatório: Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI- Quando o senhor fala da defensoria pública fala em termos de Espírito Santo? Rodrigo Borgo Feitosa, defensor público estadual- [...] acho que a grande massa, a liderança é a questão de funcionamento mesmo, os sinais. Inclusive há uma ação civil pública da defensoria pública impetrada em Santa Teresa, para garantir essa sinalização para aqueles municípios vizinhos da Comarca de Santa Teresa [...] justamente para garantir que aquela população tenha de fato sinais de telefonias para que consigam usar seus aparelhos, porque a propaganda é de sinal em todo o Estado e na verdade essa propaganda é enganosa. Portanto, essa ação visa garantir àqueles populares que possam usar seus celulares já que foi considerado inclusive um produto essencial à vida do cidadão. (fl. XX) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Wanderson Prezotti, delegado de polícia titular pela Delegacia de Defesa do Consumidor - [...] eu tenho problemas com meu aparelho também, com o qual não consigo falar em alguns pontos da cidade. Na minha residência, meu aparelho funcional não funciona. O aparelho que a Polícia Civil me disponibilizou para atender os casos de urgência e até os Senhores, não funciona na minha residência. Tenho que deixar em um canto lá paradinho e depois voltar para ver o que está acontecendo, se alguém ligou, se tem alguma mensagem, porque estou em um ponto cego que eles mencionam. Mas eu acho que é um ponto cego, surdo e mudo, porque não consigo falar, não consigo nenhum sinal nesse ponto da minha residência. E venho conversando com alguns colegas. Fizemos uma migração atual, o Governo na verdade fez uma migração atual. E estou tendo problema muito grande no interior. Nossa Delegacia, a Delegacia de Defesa do Consumidor, tem uma peculiaridade, atende setenta e oito municípios, e faço operação nesses setenta e oito municípios, vou pessoalmente a cada operação dessa. E quando estou em operação no interior, não consigo falar também. Se me afasto um pouco do centro da cidade, no interior onde estou indo, o sinal já não pega.(fl. 295) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Gabriel Costa, vice-prefeito de Guarapari - [...] No Município de Guarapari, nós temos um interior produtivo e turístico. Em todo o Município nós só temos duas torres de telefonia. Se você quiser entrar em contato com algum agricultor, ou algum agricultor quiser fazer alguma manifestação na cidade, ele tem que pegar o carro dele e vir até a cidade, às vezes rodar até cinquenta quilômetros.(fl. 533) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Luiz Carlos Silva dos Santos, servidor do Município de Itapemirim - Queremos dizer, Deputado, que em Itapemirim a realidade não é diferente. A dificuldade com a telefonia é imensa. Itapemirim é um Município com uma grande extensão. Temos diversos pontos onde nós não temos cobertura, que não tem cobertura da telefonia celular, por isso temos dificuldade na comunicação com os próprios munícipes, tendo em vista essa falta de cobertura, essa falta de área onde o telefone funciona. (fl. 534) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx José Faustini, Secretário Municipal de Segurança de Presidente Kennedy - [...] Quanto à telefonia em nosso Município de Presidente Kennedy, quero dizer que o Município de Presidente Kennedy tem seiscentos quilômetros quadrados. Território extremamente grande, população a metade rural e a metade urbana composta principalmente por fazendas. A cobertura de telefone no nosso município, a telefonia cobre apenas a sede da cidade. O nosso interior é totalmente descoberto. Estamos às escuras. Se nos afastarmos alguns quilômetros da sede, não conseguimos falar com mais ninguém, estamos isolados. Na sede do município temos as empresas Oi e Vivo; temos apenas duas torres. E quanto à qualidade do serviço prestado, deixa muito a desejar, ainda mais se compararmos o custo da ligação. Como pagamos caro, temos direito a um serviço melhor. Pagamos caro e o serviço não tem qualidade. (fls. 535/536) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Ronaldo Gomes, vereador de Guarapari - Falar em telefonia móvel é realmente um problema. Guarapari... Fiquei até satisfeito quando comentaram ali: Ah, no verão como é aqui? Quem dera que fosse só no verão! Infelizmente, temos bastante problema agora nesta parte do ano, que é a baixa temporada; temos muitos problemas. Sabemos hoje que... Acho que a última torre a ser instalada aqui deve ter sido há quatro anos, aproximadamente; três ou quatro anos atrás. Então, quer dizer, tem muita defasagem realmente de sinal. (fl. 536) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Sandra Lengruber da Silva, promotora de justiça - O que a gente tem falado é que se esse mercado cresce, a operadora tem que ter uma estrutura que garanta esse mercado. Se há problemas, se há óbices, se há questões ambientais ou outras de urbanismos, essas questões têm que ser consideradas no momento da oferta do serviço. Para a gente ter uma conclusão sobre essa regularidade ou não, a gente precisa dessa perícia. (fl. 550) (original sem grifo) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Tiago Altoé, vereador de Venda Nova do Imigrante - A questão da cobertura de internet da nossa região especificamente, a dificuldade que hoje

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num mundo tão globalizado e a necessidade de cobertura de internet é constante, sentimos essa dificuldade do acesso ao 3G, da informação via internet no aparelho. [...] Conseguimos verificar na cidade bolhas de falta de sinal, principalmente nas comunidades do interior, como São Roque, Cachoeira Alegre, Sozinha, região perto do Caxixe; principalmente no interior, na periferia da cidade. (fl. 819) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx José Maria Degasperi, vereador de Santa Teresa - Agora mesmo estava vindo de São Roque para Santa Teresa, havia um acidente na estrada e a telefonia não pegava, precisei andar mais seis quilômetros para comunicar ao irmão da vítima que ele tinha sofrido um acidente. Hoje, o telefone móvel além de possibilitar às pessoas a comunicação, economizar gasolina não ter que dispor de carros para ir de um lugar para outro, ele salva vidas. [...] O que tenho a falar é pouco. Minha região é de Santa Teresa, tive que vir a esta audiência porque ela não é atendida. Principalmente um distrito muito forte de Santa Teresa, Vargem Alegre, um dos maiores produtores de verduras do nosso Estado [...]. Hoje, há mais de quatro mil habitantes naquele distrito. Santo Antônio do Canaã e São João de Petrópolis são dois distritos, três quilômetros próximos um do outro, tem uma torre e o sinal é deficiente. São oito mil habitantes, só no IFES são mais de mil alunos. O sinal não existe e não funciona. (fl. 819) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Everaldo Brunelli Avanci, vereador de Venda Nova do Imigrante - Eu sou vereador do interior. Minha região é na direção de Castelo, São Roque, Vargem Grande, Santo Antônio. Nessa região existe torre. [...] Hoje a região muito perto da torre não é atendida. Já enviei ofício à empresa, que não dá resposta sobre o assunto. Acho que a gente está muito mal assistido nessas coisas. (fl. 821) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Wendel Fonseca, chefe de gabinete do prefeito de Brejetuba - Como foi mencionado pelo senhor vereador, o distrito, o maior distrito de Brejetuba, não tem essa comunicação, a telefonia móvel. Por incrível que pareça, dentro da própria sede do município encontramos dificuldades séries de comunicação: falar com nitidez, com clareza e problema de sinais telefônicos também em alguns pontos da sede de nosso municípios. (fl. 824) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Maria José, moradora do Município de Ibatiba - [...] temos casa em Alto Norte e aqui em Ibatiba. Em Alto Norte o telefone não funciona sem antena. Ultimamente, nem com antena está funcionando mesmo! Lá não tem torre. (fl. 835) (original sem grifo ou destaque)

105. Destacando a falta de cobertura de sinal, apurou-se que, apesar de cada Estação de Rádio Base ter a capacidade para atender até 1000 (mil) ligações simultâneas, no Espírito Santo, até o final de 2013, a proporção de linhas habilitadas por antena era de aproximadamente 3.133 (três mil, cento e trinta e três), isso sem levar em consideração o compartilhamento de antenas existente entre as operadoras. Tal desproporção foi reconhecida pelas próprias operadoras em seus depoimentos à CPI, que asseveraram a necessidade de ampliar o número de antenas instaladas no Estado. 106. Percebe-se do exposto que, apesar das 4 (quatro) operadoras terem atuação em todo os 78 (setenta e oito) municípios do Estado do Espírito Santo, tecnicamente, todas desobedecem aos requisitos mínimos para a prestação do serviço minimamente aceitável, no que diz respeito a cobertura do sinal de telefonia móvel e de internet. 107. Foram inúmeras as reclamações acerca do serviço e cobertura do sinal em todo o Estado, não importando se o consumidor reside em zona urbana ou rural, em bairro nobre ou comunidade mais humilde, em outras palavras, a baixa qualidade do sinal de telefonia móvel e internet chega a ser “democrática” ao não discriminar classes sociais, pois, todos os consumidores suportam essa deficiência. 108. Quanto aos critérios de ampliação de cobertura do sinal de telefonia móvel e internet, as operadoras afirmaram que levam basicamente em consideração a taxa de congestionamento e a qualidade do sinal disponível. Entretanto, a realidade observada pelos consumidores capixabas é diametralmente oposta aos números oficialmente apresentados pelas operadoras junto à Anatel, se observadas as violações aos direitos dos consumidores narradas ao longo do presente relatório circunstanciado. 109. Ademais, as operadoras alegaram durante o trabalho desta CPI que, o maior empecilho para a expansão da infraestrutura e da melhoria do sinal (mais antenas), seria a existência de leis municipais restritivas quanto à instalação de antenas/estação de rádio base. Entretanto, segundo foi apurado, em apenas 04 (quatro) - Anchieta, Colatina, Cariacica e Marataízes - dos 78 (setenta e oito) municípios do Estado há leis restritivas, não havendo qualquer impedimento em relação às demais localidades. Neste ponto, cabe adiantar que, conforme será melhor exposto na recomendação VII.VII, a Assembleia Legislativa já se propôs a realizar uma agenda positiva junto aos municípios do Estado, principalmente com os representantes desses 04 (quatro) municípios, para que se possa viabilizar, dentro do que prescreve a legislação de regência, a instalações de antenas/estação de rádio base. 110. Deste modo, não há justificava para a alegação das operadoras de telefonia de que não fazem os investimentos necessários em infraestrutura

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por impossibilidade ambiental ou qualquer outro motivo que o valha. É preciso que os órgãos de controle atuem de modo mais incisivo junto às empresas de telefonia, inclusive propondo ações a fim de obrigar que as operadoras instalem com base no número de linhas habilitadas um montante de antenas/estação de rádio base suficiente para garantir a prestação do serviço aos consumidores que, frise-se, pagam as suas contas e adquirem seus créditos, no caso dos celulares pré-pagos, religiosamente em dia. 111. A falta de preocupação e fiscalização da Anatel somada ao modelo ineficiente de exploração do serviço de telefonia e cláusulas previstas no contrato de exploração são frutos e escancaram a necessidade de ser realizado um novo marco regulatório da telefonia no Brasil, conforme será recomendado ao final do presente relatório. 112. Não obstante a inércia da União em adotar as medidas cabíveis para melhorar o serviço de telefonia, nos termos do disposto no art. 24, VIII3 da CF/1988 c/c o prescrito no art. 6º, § 1º4 da Lei nº 8.987/1995 (Lei de Concessões), art. 127, III da Lei nº 9.472/19975 (Lei das Telecomunicações), art. 6º, VII e VIII6, ambos da Lei nº 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), vê-se que é possível aos órgãos de defesa do consumidor, com base justamente na defesa do consumidor, exigirem dessas empresas a prestação de um serviço adequado e proporcional às altas tarifas cobradas. 113. Deste modo, nada impede que sejam propostas, por exemplo, ações civis públicas ou celebrado termos de compromissos com base na violação aos direitos dos consumidores, sem que se possa cogitar em invasão de competência da União.

3 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...] VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; 4 Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. § 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas. 5 Art. 127. A disciplina da exploração dos serviços no regime privado terá por objetivo viabilizar o cumprimento das leis, em especial das relativas às telecomunicações, à ordem econômica e aos direitos dos consumidores, destinando-se a garantir: [...] III - o respeito aos direitos dos usuários; 6 Art. 6º São direitos básicos do consumidor:[...] VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

114. O que não se pode conceber é que a atual conjuntura permaneça inalterada, ficando em um ponto a parte hipossuficiente totalmente desassistida e os grandes conglomerados empresariais lucrando sempre mais, mesmo à margem do que determina os ditames legais. 115. Ainda, em relação à falta de cobertura de sinais, é preciso alertar que o serviço de telefonia hoje é considerado essencial para o consumidor brasileiro e possui especial importância para as populações dos distritos e localidades mais distantes dos centros urbanos pelo seu papel de inclusão social daquelas comunidades. 116. A possibilidade de comunicação com o mundo exterior via telefonia ou pelo acesso a internet é de fundamental valia para o desenvolvimento daquelas regiões. É por meio do contato telefônico e do acesso à rede mundial de computadores que o produtor rural verifica a situação das estradas após as chuvas, entra em contato com o comprador de seus produtos planejando e otimizando a venda de sua colheita ou então aciona o serviço médico emergencial caso seja preciso. 117. Neste sentido, colaciona-se o depoimento do senhor José Faustini, que é enfático ao afirmar que: José Faustini, Secretário Municipal de Segurança de Presidente Kennedy - [...] Neste momento, Senhor Presidente, gostaria de elogiar este trabalho, porque a importância dele é muito grande. Ele é importante para a segurança, para a educação, para a nossa saúde. Tudo o que buscamos está no telefone e na internet. A gente tem a solução para ene coisas na nossa vida, e por que não dizer para todas as coisas. Uma consulta para um animal nosso, da nossa fazenda, que eu poderia fazer via telefone ou via internet, fico aqui tendo que pegar meu carro, encarar a estrada, andar quarenta, cinquenta quilômetros, ir na minha cidade, consultar o veterinário ou o médico ou a quem de direito, para solucionar um problema que eu poderia ter solucionado lá na minha casa, na minha fazenda, no meu sítio, no meu local de trabalho. (fls. 536) (original sem grifo ou destaque) 118. Nítido, portanto, que além de garantir a integração social da população daquelas localidades, o acesso ao serviço de telefonia ainda contribui para a diminuição do êxodo rural que acaba por inflar ainda mais os grandes centros urbanos que traz como efeito colateral a desorganização da ocupação do solo urbano, crescimento da criminalidade, agravamento do desemprego e outras mazelas advindas da falta de planejamento das nossas cidades. 119. O grande problema é que a falha na cobertura de sinal não se resume apenas à zona rural. Nos grandes centros urbanos existem os mesmos problemas. Os chamados “pontos-cegos” apresentam-se aos montes e não escolhe classe social ou local específico. Neste sentido o depoimento do delegado titular da Delegacia de Defesa do Consumidor:

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[...] eu tenho problemas com meu aparelho também, com o qual não consigo falar em alguns pontos da cidade. Na minha residência, meu aparelho funcional não funciona. O aparelho que a Polícia Civil me disponibilizou para atender os casos de urgência e até os Senhores, não funciona na minha residência. Tenho que deixar em um canto lá paradinho e depois voltar para ver o que está acontecendo, se alguém ligou, se tem alguma mensagem, porque estou em um ponto cego que eles mencionam. Mas eu acho que é um ponto cego, surdo e mudo, porque não consigo falar, não consigo nenhum sinal nesse ponto da minha residência. (fl. 295) (original sem grifo ou destaque) 120. Aliás, não é preciso ir longe. Na própria Assembleia Legislativa existem os tais pontos-cegos. Basta andar pelos corredores da Casa para flagrar os parlamentares, servidores e visitantes procurando um lugar para conseguir um sinal para completar as ligações ou então para acessar a rede 3G. 121. Também merece destaque o fato de que as regiões turísticas do Estado do Espírito Santo se encontram totalmente desassistidas, em especial a região litorânea durante o período do verão. Nessa época municípios litorâneos como Guarapari, Marataízes e São Mateus (Guriri) sofrem com o congestionamento das linhas telefônicas. Na realidade, fica impossível completar uma ligação e/ou acessar a internet, ou seja, vira um verdadeiro martírio. 122. A propósito, não se está se referindo a eventos pontuais ou mesmo anos atípicos. Sabe-se de antemão que durante o período de verão, há uma esperada elevação da população local, não sendo minimamente aceitável que as operadoras de telefonia continuem a se omitir frente a essa grave violação aos direitos dos consumidores. 123. Comprovando o acima exposto segue as seguintes provas: Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI - Principalmente no interior. Na Grande Vitória há algumas reclamações, mas muitas ligadas às questões do ponto cego. Mas no interior é falta de sinal. Rodrigo Borgo Feitosa, defensor público estadual - Interior é falta de sinal. Aqui normalmente no verão os sinais não funcionam. A internet 3G, por exemplo, nas Comarcas de Guarapari e Marataízes os sinais são péssimos; principalmente no verão não pegam mesmo. (fl. 273) (original sem grifo ou destaque) 124. Não obstante, devem ser reconhecidos os avanços obtidos na expansão dos serviços de telefonia móvel e internet 3G com o subsidio do Poder Executivo do Estado do Espírito Santo. À luz do transcrito no relatório feito acima e consoante será pormenorizado no tópico IV.II, louva-se o Programa “Comunicação no Campo” que busca mediante a outorga de crédito de ICMS incentivar a interiorização do serviço de telefonia, em especial em

comunidades que não são economicamente atrativas sob o ponto de vista da ótica econômica. 125. Ainda, no que tange à queda de ligações, foi apurado que num determinado nicho de ligações, as quedas são ainda mais intensas, aparentando ser quase propositais. 126. Sabe-se que as empresas de telefonia oferecem planos especiais de ligações e até faixas de horários em que a tarifa é substancialmente reduzida. Ocorre que justamente quando os consumidores utilizam essas tarifas reduzidas é que experimentam maior dificuldade em completar a ligação e quando conseguem, percebem que a possibilidade de queda é ainda maior. 127. Tal prática foi largamente noticiada pelos veículos nacionais de comunicação com especial enfoque nas ações supostamente perpetradas pela operadora Tim no seu plano Infinity. Tanto que foi necessária a intervenção do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, exigindo uma investigação profunda por parte da Anatel que por sua vez culminou na suspensão temporária da venda de novas linhas da operadora em novembro de 2012. 128. A aparente prática abusiva acima relatada passa longe dos olhos da Anatel que em mais esse ponto insiste em não cumprir a sua função fiscalizatória ao permitir que as operadoras de telefonia continuem a lesar os direitos dos consumidores de todo o país. 129. Ante o exposto, recomenda-se que, na linha do que será proposto ao final do presente relatório, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa analise a possibilidade de serem propostas medidas administrativas ou judiciais em face da violação aos direitos dos consumidores, podendo, caso seja necessário, inclusive propor a devida ação civil pública com vistas a garantir a melhoria do sinal oferecido, a instalação de mais antenas de transmissão em todos os municípios capixabas, ampliar a capacidade de transmissão das antenas, implementar um plano de ação específico (antenas móveis) para atendimento dos municípios capixabas com vocação turística e ainda garantir, com novas tecnologias que as operadoras não interrompam de modo proposital as ligações dos consumidores sob hipótese nenhuma. III.IV - Vendas de planos e linhas em locais em que sequer há a prestação do serviço 130. Principalmente durante as sessões e audiências públicas realizadas no interior do Estado, constatou-se casos em que os estabelecimentos terceirizados das operadoras de telefonia vendem indiscriminadamente planos e aparelhos para consumidores que moram em regiões em que sequer há a possibilidade de utilizá-los. 131. Neste sentido o seguinte depoimento do vice-prefeito de Guarapari: Gabriel Costa, vice-prefeito de Guarapari - [...] No Município de Guarapari, nós temos um interior

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produtivo e turístico. Em todo o Município nós só temos duas torres de telefonia. Se você quiser entrar em contato com algum agricultor, ou algum agricultor quiser fazer alguma manifestação na cidade, ele tem que pegar o carro dele e vir até a cidade, às vezes rodar até cinquenta quilômetros. Então, nós estamos pagando por isso. Nós temos que ter consciência que o nosso dinheiro está sendo investido para que tenhamos qualidade no atendimento, nós não estamos pagando barato por isso. De forma nenhuma. Hoje em casa somos cinco pessoas, são cinco linhas de telefone móvel. Então, a conta chega e temos que pagar. Então, o serviço tem que ser prestado. (fls. 533/534)(original sem grifo ou destaque) 132. Na mesma diretriz, o defensor público estadual Doutor Rodrigo Borgo Feitosa ainda destacou a propositura de uma ação civil pública cujo objeto é a garantia de cobertura de sinais pelos seguintes fundamentos: Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI - Quando o senhor fala da defensoria pública fala em termos de Espírito Santo? Rodrigo Borgo Feitosa, defensor público estadual - [...] acho que a grande massa, a liderança é a questão de funcionamento mesmo, os sinais. Inclusive há uma ação civil pública da defensoria pública impetrada em Santa Teresa, para garantir essa sinalização para aqueles municípios vizinhos da Comarca de Santa Teresa [...] justamente para garantir que aquela população tenha de fato sinais de telefonias para que consigam usar seus aparelhos, porque a propaganda é de sinal em todo o Estado e na verdade essa propaganda é enganosa. Portanto, essa ação visa garantir àqueles populares que possam usar seus celulares já que foi considerado inclusive um produto essencial à vida do cidadão. (fl. 273) (original sem grifo ou destaque) 133. No mesmo sentido o delegado de polícia titular pela Delegacia de Defesa do Consumidor Wanderson Prezotti e outros depoentes: Wanderson Prezotti, delegado de polícia titular pela Delegacia de Defesa do Consumidor - [...] Temos alguns casos no Procon, segundo o Presidente Ademir Cardoso, em que pessoas do interior adquirem aparelhos de telefonia de última geração, com tecnologia de internet, com tecnologia de tudo quanto é tipo de coisas, e quando chega à sua localidade, no interior, não consegue acessar nenhum tipo de rede, porque esse serviço não é disponibilizado no interior e aí vem a falta de informação ao consumidor, não é? E aí repito: o consumidor não busca a Delegacia, porque ele não entende que isso aí é um direito de ele ver criminalmente essas empresas processadas. Ele entende que quer só o dinheiro de volta ou a rescisão do contrato, não é? Estava ouvindo a leitura das atas anteriores, e acho que foi o defensor público informando que a publicidade das operadoras é de cobertura em todo o

Estado não é? Infelizmente isso não acontece hoje, e é uma forma de alertar as operadoras e os consumidores que isso constitui infração penal, é publicidade enganosa. [...] Mas isso não chega à Delegacia, Senhor Deputado. Isso não chega à Delegacia, por que vão direto ao Procon. Se não, ao Juizado. E é o que nosso Defensor estava informando, não é? Abarrota o Judiciário, devido a uma prestação de serviço de má qualidade. (fl. 295) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Tiago Altoé, vereador de Venda Nova do Imigrante - A questão da cobertura de internet da nossa região especificamente, a dificuldade que hoje num mundo tão globalizado ea necessidade de cobertura de internet é constante, sentimos essa dificuldade do acesso ao 3G, da informação via internet no aparelho. [...] Conseguimos verificar na cidade bolhas de falta de sinal, principalmente nas comunidades do interior, como São Roque, Cachoeira Alegre, Sozinha, região perto do Caxixe; principalmente no interior, na periferia da cidade. (fl. 819) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Adriano Santos de Oliveira, proprietário de uma empresa terceirizada que presta serviço para as operadoras de telefonia- Eu quase apanho quando vendo o aparelho celular para o cliente, que chega à casa dele e diz: não funcional! [...] Vendi um aparelho celular para um cliente, há poucos dias, e ele entrou na minha loja jogou o aparelho em cima da minha mesa e disse: Oh, não funciona! Coloquei o chip e falei: Meu irmão, está funcionando. Falei: Onde você mora? _No bairro Novo Horizonte _ Ah, está explicado, lá não pega celular. É chamada área de sombra, no pé da torre. [...] Temos muitas reclamações. Venho pedir, reforçar o pedido para que as operadoras possam nos ajudar, principalmente me ajudar nisso, porque quase apanho aqui. As pessoas vêm e dizem: Pô, você me vendeu um aparelho que não funciona! Não funciona lá na propriedade dele, mas aqui dentro da cidade funciona. (fl. 837) (original sem grifo ou destaque) Deputado Estadual Paulo Roberto (relator) - A Senhora já verificou, por exemplo, o Procon teve essa preocupação...quando uma pessoa vai comprar um telefone, uma linha, tem que se obrigatoriamente perguntar o endereço da pessoa. Se as pessoas que vão procurar essa reclamação sobre sinal, se elas por acaso foram orientadas na loja quando da venda da linha de que onde ela mora não teria o sinal nem de telefonia e também de transmissão de dados? Rosana Silva Souza Pinheiro, representante do Procon de Guarapari - Deveria ser falado, comunicar ao consumidor na hora da venda, mas o vendedor, provavelmente, não posso falar por eles, mas provavelmente não devem informar isso ao consumidor e certamente configura aí nessa

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reclamação posterior. (fl. 801) (original sem grifo ou destaque) 134. Percebe-se que a transgressão aos direitos dos consumidores em destaque está cingida não apenas na ausência do sinal, mas sim na grave violação ao direito de informação previsto no art. 6º, III do Código de Defesa do Consumidor e na configuração de exercício de propaganda enganosa prescrita no art. 37, § 1° do Código de Defesa do Consumidor: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: [...] III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (original sem grifo ou destaque) Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. (original sem grifo ou destaque) 135. Neste tocante, ressalta-se a observação feita pela Promotora de Justiça Sandra Lengruber da Silva em seu depoimento: Sandra Lengruber da Silva, promotora de justiça - Temos enfatizado em várias oportunidades que quanto mais o fornecedor em geral de qualquer área se desincumbe desse dever de informação, menos problemas ele terá no futuro. Então esse dever de informação é fundamental. Quando o consumidor reside numa área em que não há cobertura, isso tem que ser informado pra ele, principalmente nos municípios do interior. (fl. 549) (original sem grifo ou destaque) 136. Isto porque no afã de aumentar cada vez mais suas receitas e consequentemente os seus lucros, as empresas de telefonia ignoram o dever de informar aos seus consumidores os limites da cobertura de sinal, não explicando de forma clara e detalhada quais localidades são ou não atendidas pelo seu serviço. Na realidade, o consumidor somente descobre que o serviço contratado não lhe atende após a finalização da avença, sendo absolutamente ineficazes as reclamações posteriores. 137. Destarte, além de ser considerada uma prática abusiva, a omissão proposital acima exposta ainda configura, em tese, os delitos previstos nos arts. 66 e 67 do CDC, conforme alertado pelo delegado titular da Delegacia de Defesa do Consumidor em seu depoimento: Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica,

qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. § 2º Se o crime é culposo; Pena Detenção de um a seis meses ou multa. Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: Pena Detenção de três meses a um ano e multa. 138. Isto posto, após um longo diálogo, mesmo cientes da obrigação prevista no art. 11 da Resolução nº 575/2011 da Anatel7, cuja fiscalização é absolutamente ignorada por aquela agência reguladora federal, a CPI da Telefonia e demais entidades e órgãos públicos que, conjuntamente assinaram o Termo de Compromisso já referido, conseguiram obrigar que as operadoras de telefonia disponibilizassem em seus endereços eletrônicos, lojas próprias e agentes autorizados/revendas, no prazo de até 60 (sessenta) dias, cartazes e informativos redigidos de forma clara e precisa contendo a relação das áreas de cobertura do serviço. 139. Na realidade, a obrigação firmada no Termo de Compromisso foi além ao obrigar que as empresas disponibilizassem tais informações inclusive nos contratos firmados, o que não está previsto na referida Resolução nº 575/2011, fazendo prevalecer, destarte, os direitos dos consumidores do nosso Estado. III.V - Cobranças indevidas, alteração unilateral de planos, multas abusivas em caso de cancelamento e os planos de fidelidade 140. Apurou-se que as empresas de telefonia rotineiramente realizam cobranças indevidas de seus consumidores, alteram unilateralmente os planos contratados, cobram multas abusivas em caso de cancelamento dos planos, determinam um prazo para utilizarem os créditos pré-pagos e estabelecem planos de fidelidade abusivos. 141. Foram inúmeros os casos em que esta CPI verificou que as operadoras de telefonia realizam cobranças indevidas dos consumidores, as quais detêm origens diversas que variam desde a inclusão de um serviço não contratado a cobrança de minutos a mais. Neste sentido as seguintes manifestações colhidas ao longo da instrução do presente relatório: Rodrigo Amorim Cristello, assessor jurídico do Procon Estadual - Publicamos o Cadastro de Reclamação Fundamentada este ano. É um cadastro anual e o Código de Defesa do Consumidor nos

7 Art. 11. A prestadora deve manter à disposição dos Usuários, para consulta, em todos os Setores de Relacionamento, Setores de Atendimento e/ou Vendas, Centros de Atendimento e no seu sítio na Internet, mapas detalhados indicando a sua área de cobertura, separadamente para cada tecnologia adotada pela prestadora.

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obriga a publicar anualmente. Entre as quinze empresas mais reclamadas - foi público no mês de março - a primeira é operadora de telefonia, a oitava e a décima primeira. Então podemos destacar que é um mercado que tem desrespeitado bastante o consumidor. Só que existe um ponto que merece destaque. O grande número de reclamações no Procon é em relação a cobrança indevida e SAC. [...] Anelise Real de Carvalho - Gerente de Atendimento do Procon Estadual - Esse consumidor já tentou na loja, já tentou no SAC, aí eu chego e viro para ele e falo: o senhor vai ter que aguardar, infelizmente, mais dez dias para ter o seu problema solucionado; problemas simples como o cancelamento de linha telefônica, desbloqueio da linha, uma cobrança indevida que está clara. O consumidor pagou a conta e está sendo cobrado por duplicidade. [...](fls. 059/060) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI - [...] Qual é a demanda que a Defensoria tem tido, em relação a essa questão de parte da população capixaba relacionada à telefonia fixa e também da transmissão de dados? Rodrigo Borgo Feitosa, defensor público estadual- Bom-dia a todos. Ao Senhor Deputado Genivaldo Lievore e ao Senhor Deputado Paulo Roberto, meu conterrâneo. Primeiramente, parabenizar esta Casa Legislativa pela iniciativa. Com certeza a população agradece. A grande massa de ações nos Juizados Especiais Cíveis, com certeza, sem sombra de dúvidas, é no que tange às telefonias, à má prestação de serviços. [...] Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI - Tem algum item específico que chama a atenção? Rodrigo Borgo Feitosa, defensor público estadual - Primeiramente são contas que normalmente vêm equivocadas e dificilmente os consumidores conseguem lograr êxito em resolver essas questões por telefone. Primeiro porque demora muito tempo para conseguir de fato falar com a atendente, e quando consegue, e quando essa ligação não cai, eles também não conseguem explicar exatamente o que querem, principalmente considerando os assistidos da defensoria pública e não resolvem, só judicialmente. E isso vem abarrotando o Judiciário com custo altíssimo para o Estado. (fl. 272/273) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx José Wanderlei Astori, vereador de Guarapari - Boa noite a todos. Cumprimento o Senhor Deputado Sandro Locutor, o Senhor Deputado Paulo Roberto e o vice-prefeito, Senhor Gabriel Costa. Sintam-se todos cumprimentados e sejam todos bem-vindos a esta Casa de Leis. Estava observando as palavras do Deputado quando falou de cobrança. Eu mesmo sou vítima disso.

Tenho uma linha da OI, e em março chegou para mim uma conta dos meses de janeiro e fevereiro para pagar vinte cinco mil reais. Vinte e cinco mil reais! Todas as ligações foram feitas de Belo Horizonte e do Rio de Janeiro, mas em janeiro e fevereiro eu não saí do Estado. Fiquei os meses de janeiro e de fevereiro no Estado e a OI vem me cobrando vinte e cinco mil. Tenho uma audiência, a primeira audiência será aqui, na quinta-feira. Entrei na Justiça, e quinta-feira vai ser a primeira audiência. Então, a gente tem de tomar muito cuidado e prestar muita atenção. E isso é muito importante nessa CPI. (fl. 533) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Ronaldo Gomes, vereador de Guarapari-[...] em janeiro também chegou a mil e duzentos reais, uma conta que a pessoa aqui com certeza não conseguiu pagar. E para conseguir retornar esta conta para o normal aí, que é um plano de cento e oitenta reais, eu levei aproximadamente três meses. Quem dera que a gente só fosse mal atendido no call center! Essas lojas realmente que nos atendem aqui, para venda e para os planos são excelentes, levam a gente, convencem a gente de uma hora para outra. Mas, na hora de você conseguir retornar a conta daquele plano, um plano básico, você realmente tem que penalizar. O atendimento ali, infelizmente, é péssimo. Vamos dizer hoje na situação do meu plano aqui, que é uma das maiores que estavam ali. Não vou citar o nome para não fazer propaganda e muito menos para estar ridicularizando a empresa. Mas, sim, devemos realmente ter consciência bastante para que possamos estar assinando esse abaixo assinado e estar realmente cobrando, e muito dessas empresas. (fl. 537) (original sem grifo ou destaque) Jorge Ramos, vereador de Guarapari - Para mim, é meio estranho, Senhor Deputado Sandro, falar sobre Telefonia Móvel, porque coincidência ou não, venho acompanhando um processo judicial onde fui envolvido de uma citada empresa de telefonia móvel. E, já foi executado um processo, a empresa teve que me indenizar, já recebi uma parte dessa indenização, e, a outra parte, provavelmente, sai agora no mês que vem. Não vou citar o nome da citada empresa por problemas judiciais. Por quê? Eu tinha uma linha móvel há uns oito anos. Como eu, particularmente, trabalho com transporte escolar e turismo, então, eu tinha oito linhas móveis, para eu saber onde os carros estavam ou deixava de... E tive alguns problemas com algumas linhas, e o pior de tudo que eu acho nisso tudo, que a gente liga pra reclamar não sabe com quem, horas. Eu fiquei... Eu consegui provar na justiça que eu fiquei 2h14min, deitado no sofá, ouvindo musiquinha. Não, é sério! Eu fiquei 2h15min deitado. Não aguentei ficar sentado deitei no sofá e fiquei lá: Aguarda um momento, por favor, que iremos atender. Um momento, por favor, que iremos... Deu 2h15min, e eu consegui provar isso na

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justiça. Demorou um ano e meio e eu recebi. E um pouquinho mais além: eu tinha oito linhas, oito. Algumas das linhas foram bloqueadas por conta do vento e foram concedidas essas linhas pra outras pessoas. Quando houve a audiência, nobre deputados e público presente, que a juíza determinou, deu a decisão, um funcionário que estava representando a empresa, solicitou que se pudesse ser decidido de outra forma, porque as linhas citadas já tinham sido concedidas a outros clientes. Quer dizer, linhas as quais me pertenciam, de trabalho, porque eu trabalho com transporte escolar, que os pais das crianças... Não só eu, que aqui tem dois vereadores com acento nesta Casa de Leis que trabalham com transporte escolar, onde os pais têm que saber: aonde o senhor tá? Atrasou? Dessa forma! (fl. 537) (original sem grifo ou destaque) 142. Na mesma diretriz indicam os relatórios encaminhados pela Anatel a requerimento desta CPI que comprovam que há uma sistemática cobrança indevida por parte das operadoras de telefonia em desfavor dos consumidores. 143. Inclui-se nessa lista de transgressões aos direitos dos consumidores as alterações unilaterais feitas em detrimento dos consumidores que somente as descobrem quando notificados da cobrança. Referida prática é expressamente considerada abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor nos seguintes termos: Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: [...] VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; (original sem grifo ou destaque) 144. Importante destacar que se alberga no conceito de alteração unilateral de contrato a prática de ofertar um serviço ao consumidor e entender como aceite a sua não manifestação expressa. 145. Comprovando o exposto, segue os seguintes depoimentos colhidos na instrução do presente relatório: Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI - Só mais uma pergunta até para a Senhora. A Senhora está nos informando que o trabalho da CPI é ouvir, não é? Otília Brandão Silva Piumbini, representante da OAB/ES - Certo. Sr. Relator (Deputado Estadual Paulo Roberto) - Então, a Senhora está prestando quase um depoimento para nós. É quase não, é um depoimento. A Senhora está nos afirmando que a Senhora contratou um plano X e na hora de executar, esse plano está sendo bem menor que esse X. Otília Brandão Silva Piumbini, representante da OAB/ES - De repente parou a Internet lá em casa. Fui saber por que e disseram: a Senhora tem que diminuir a sua...

Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI- A Senhora foi à empresa. Eles diminuíram o valor do plano? Diminuíram a... Otília Brandão Silva Piumbini, representante da OAB/ES - Até hoje não consegui. Deputado Estadual Paulo Roberto, relator da CPI- A Senhora continua pagando a mesma coisa e tendo uma velocidade de transmissão de dados bem menor do que a que a Senhora contratou? Otília Brandão Silva Piumbini, representante da OAB/ES - E se V. Ex.ª pegar meu celular aqui agora, verá que a linha dessa empresa está como sem serviço. Estou pagando celular. Pode pegar aqui que eu mostro sem serviço. (fls. 540/541) (original sem grifo ou destaque) xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Capitão Bomfin, Secretário Adjunto de Comunicação de Guarapari - Eu não poderia perder essa oportunidade de deixar aqui registrado a minha indignação ou o meu depoimento. Eu sou um dos que também tive problema com a operadora e acho que não é antiético dizer o nome dessa operadora. Tenho problemas com a Oi, com a Telemar, não é? Mês de outubro do ano passado recebi um telefonema, oferecendo-me um determinado plano, pelo qual eu me interessei. Pedi que a pessoa fosse à minha residência, para que eu pudesse assinar o contrato. Para minha surpresa, não apareceu ninguém. Apareceu a conta, já me colocando como assinante do plano Oi Conta Total 2. E aí começou meu pesadelo, porque somente depois de ir ao Procon é que consegui sair do plano Oi Conta Total 2. Mas não parou por aí: em janeiro recebi a fatura, cobrando-me 10 (dez) Mega, quando meu plano era de 02 (dois) Mega de internet. Fiz a contestação, tornei-me inclusive amigo do Daniel, que é o atendente virtual. Hoje é meu amigo: Daniel. Ou Eduardo. Já somos amigos. Íntimos, inclusive. Então, fiz a contestação, e registrei, no mínimo, dez contestações, pedindo o cancelamento da cobrança referente aos 10 (dez) Mega. Foi concedido, foi deferido o meu pedido. No mês seguinte: nova cobrança, relativa a 10 (dez) Mega. Voltei a fazer nova contestação, eu fiz aproximadamente vinte registros de contestação. E para minha surpresa, vejam bem: no mês de fevereiro a contestação foi deferida; já a do mês de março foi indeferida. Aceitaram o mês anterior, e no mês seguinte indeferiram. E aí passei, agora, a receber mensagens, quase que diariamente, de que o serviço seria suspenso. E eu questionei: como suspender meu serviço se existe uma contestação em andamento? Infelizmente, o meu apelo não foi ouvido, e no dia 06 de maio suspenderam o serviço: cortaram o telefone, deixaram-me sem telefone e sem internet. Sendo que eu estava em outro plano, porque foram à minha casa, e aí sim, assinei o plano Oi Conta Total. Tinha assinado um plano novo, eles não poderiam suspender o serviço, uma vez que eu estava quite com aquele plano. Mas suspenderam o serviço,

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e fiquei oito dias. E para não ficar até hoje sem internet e sem telefone, fui obrigado a pagar a fatura. [...] Fica aqui o meu depoimento, a minha indignação. Fui obrigado a pagar a fatura para não ficar sem internet. Hoje estou na Justiça, acabei de entrar ontem, entrei com ação na Justiça e espero que a Justiça entenda que eu estou correto. (fls. 544/545) (original sem grifo ou destaque) 146. Contudo, em que pese os esforços dos integrantes desta CPI, do Ministério Público, da Defensoria e do Procon Estadual, houve uma resistência insuperável por parte das operadoras de telefonia em incluir no Termo de Compromisso uma cláusula de não alterar unilateralmente os contratos e não considerar a inércia do consumidor ao receber uma oferta de produto ou serviço como aceite. 147. Ademais, as aludidas operadoras não aceitaram acrescentar ao Termo de Compromisso, na linha da jurisprudência pacífica do Superior Tribunal de Justiça, o compromisso de não exigir um prazo de fidelidade superior a 12 (doze) meses sob pena de caracterização de cláusula abusiva. Neste sentido o julgamento do REsp 1.097.582 pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça: RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TELEFONIA MÓVEL E DE COMODATO DE APARELHOS CELULARES - EXCLUSÃO DE MULTA POR INOBSERVÂNCIA DO PRAZO DE CARÊNCIA - SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA - ACOLHIMENTO DO PLEITO RECURSAL DA AUTORA PELA CORTE A QUO - RECONHECIMENTO, NO ARESTO ESTADUAL, DE NULIDADE DA CLÁUSULA DE "FIDELIZAÇÃO", POR CONFIGURAR "VENDA CASADA". INSURGÊNCIA DA CONCESSIONÁRIA DE TELEFONIA. 1. Contratação simultânea de prestação de serviços de telefonia móvel e de "comodato" de aparelhos celulares, com cláusula de "fidelização". Previsão de permanência mínima que, em si, não encerra "venda casada". 2. Não caracteriza a prática vedada pelo art. 39, inc. I, do CDC, a previsão de prazo de permanência mínima ("fidelização") em contrato de telefonia móvel e de "comodato", contanto que, em contrapartida, haja a concessão de efetivos benefícios ao consumidor (v.g. custo reduzido para realização de chamadas, abono em ligações de longa distância, baixo custo de envio de "short message service - SMS", dentre outras), bem como a opção de aquisição de aparelhos celulares da própria concessionária, sem vinculação a qualquer prazo de carência, ou de outra operadora, ou mesmo de empresa especializada na venda de eletro portáteis. 3. Superado o fundamento jurídico do acórdão recorrido, cabe a esta Corte Superior de Justiça julgar a causa, aplicando o direito à espécie, nos termos do art. 257 do RISTJ e da Súmula n.

456/STF. 4. Em que pese ser possível a fixação de prazo mínimo de permanência, na hipótese dos autos, o contrato de "comodato" de estações móveis entabulado entre as partes estabeleceu a vigência por 24 (vinte e quatro) meses, distanciando-se das determinações regulamentares da ANATEL (Norma Geral de Telecomunicações n. 23/96 e Resolução 477/2007), de ordem a tornar tal estipulação, inequivocamente, abusiva, haja vista atentar contra a liberdade de escolha do consumidor, direito básico deste. 5. Recurso especial desprovido.8 (original sem grifo ou destaque) 148. Na mesma direção, as empresas não se comprometeram a reduzir pela metade a multa rescisória ou fornecer outro aparelho nos casos de perda ou furto do equipamento. Isto porque se o consumidor ficar sem celular em decorrência de caso fortuito ou força maior, devidamente comprovado, a empresa de telefonia deve fornecer gratuitamente outro aparelho pelo restante do período de carência ou, alternativamente, reduzir pela metade o valor da multa a ser paga pela rescisão do contrato. Neste sentido o REsp 1.087.783 de lavratura da Ministra Nancy Andrighi do Superior Tribunal de Justiça: DIREITO CIVIL, PROCESSUAL CIVIL E DO CONSUMIDOR. SENTENÇA EXTRA PETITA. DECISÃO FUNDADA EM FATOS LIGADOS À CAUSA DE PEDIR. INEXISTÊNCIA. CONEXÃO. DISCRICIONARIEDADE DO JUIZ NA SUA DETERMINAÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS. POSSIBILIDADE. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL PESSOAL COM PRAZO MÍNIMO DE VIGÊNCIA. PERDA DO APARELHO POR CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. ANATEL. LEGITIMIDADE PASSIVA. INEXISTÊNCIA. REVISÃO DO CONTRATO. CABIMENTO, PARA DETERMINAR A DISPONIBILIZAÇÃO DE OUTRO APARELHO PELA OPERADORA OU, ALTERNATIVAMENTE, A RESOLUÇÃO DO CONTRATO COM REDUÇÃO, PELA METADE, DA MULTA RESCISÓRIA. - Não há de se falar em julgamento extra petita quando o acórdão decide sobre matéria versada na causa de pedir e a condenação se atém aos limites objetivos da lide, tampouco quando o Juiz examina o pedido e aplica o direito com fundamentos diversos dos fornecidos na petição inicial ou mesmo na apelação, desde que baseados em fatos ligados à causa de pedir. Precedentes. - O escopo art. 103 do CPC, além da evidente economia processual, é, principalmente,

8 Superior Tribunal de Justiça - Processo REsp 1097582 / MS - RECURSO ESPECIAL 2008/0237143-0 - Relator: Ministro MARCO BUZZI - Órgão Julgador: T4 - QUARTA TURMA - Data do Julgamento: 19/03/2013 - Data da Publicação/Fonte: DJe 08/04/2013 RSTJ vol. 230 p. 645.

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evitar a prolação de decisões contraditórias ou conflitantes. Com vistas a dotar o instituto de efetividade, evitando a reunião desnecessária - ou até mesmo imprópria - de ações, o art. 105 do CPC confere certa margem de discricionariedade ao Juiz para que avalie a conveniência na adoção do procedimento de conexão. - As hipóteses enumeradas no art. 46 do CPC são de litisconsórcio facultativo, cuja formação, de regra, cabe ao autor da ação. A iniciativa do próprio réu é excepcional, por intermédio do chamamento ao processo, cujas hipóteses de cabimento são apenas aquelas previstas no art. 77 do CPC. - Considerando que a relação de direito material objeto da ação é, exclusivamente, aquela estabelecida por força de um vínculo contratual, entre a concessionária e o usuário do serviço de telefonia, não pode a ANATEL ser litisconsorte, nem facultativo e muito menos necessário. A ANATEL, concedente do serviço público, não faz parte desse contrato e nem, portanto, da relação jurídica dele decorrente. - A ação civil pública é instrumento processual apto a propiciar a tutela coletiva do consumidor. Como todo instrumento, submete-se ao princípio da adequação, a significar que deve ter aptidão suficiente para operacionalizar, no plano jurisdicional, a devida e integral proteção do direito material. Somente assim será instrumento adequado e útil. Por isso, na exegese do art. 3º da Lei 7.347/85, a conjunção “ou” deve ser considerada com o sentido de adição (permitindo a cumulação dos pedidos) e não o de alternativa excludente (o que tornaria a ação civil pública instrumento inadequado a seus fins). Precedentes. - A perda de aparelho celular (vinculado a contrato de prestação de serviço de telefonia móvel pessoal com prazo mínimo de vigência), decorrente de caso fortuito ou força maior, ocasiona onerosidade excessiva para o consumidor, que, além de arcar com a perda do aparelho, pagará por um serviço que não poderá usufruir. Por outro lado, não há como negar que o prazo de carência fixado no contrato de prestação de serviços tem origem no fato de que a aquisição do aparelho é subsidiada pela operadora, de modo que a fidelização do cliente visa a garantir um mínimo de retorno do investimento feito. Tal circunstância exige a compatibilização dos direitos, obrigações e interesses das partes contratantes à nova realidade surgida após a ocorrência de evento inesperado e imprevisível, para o qual nenhuma delas contribuiu, dando ensejo à revisão do contrato, abrindo-se duas alternativas, a critério da operadora: (i) dar em comodato um aparelho ao cliente, durante o restante do período de carência, a fim de possibilitar a continuidade na prestação do serviço e, por conseguinte, a manutenção do contrato; ou (ii) aceitar a resolução do contrato, mediante redução, pela metade, do valor da multa devida, naquele momento, pela rescisão. - Embargos de declaração manifestados com notório propósito de

prequestionamento não têm caráter protelatório. Súmula 98/STJ. Recurso especial parcialmente provido.9 (original sem grifo ou destaque) 149. Ademais, as operadoras ainda não concordaram em se comprometer a não condicionar a habilitação de linha no plano básico à apresentação de comprovantes de crédito no nome do interessado. 150. Aludida prática desrespeita o consumidor/usuário na medida em que descumpre a função social e essencial do serviço. Entendeu o Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp 984005 que o direito das empresas de atuarem livremente no mercado sem a intervenção estatal deve ser harmonizado com o direito do consumidor de não ser discriminado quanto às condições de acesso e fruição do serviço. 151. Destarte, segundo o Ministro Relator Teori Albino Zavascki, ainda quando era ministro do Superior Tribunal de Justiça, o princípio da livre iniciativa - ou da intervenção estatal mínima, ou do regime privado do serviço - não é absoluto. Pelo contrário, como todo princípio, asseverou o Ministro, “ele assume, por sua natureza, caráter relativo, uma vez que sua aplicação não dispensa, nem pode dispensar, um sistema metódico de harmonização com outros princípios de mesma hierarquia, igualmente previstos na própria Lei 9.472, como o do respeito ao usuário e a função social do serviço de telefonia (artigo 127)”. Senão, vejamos a ementa do referido acordão: PROCESSUAL CIVIL, ADMINISTRATIVO E CONSUMIDOR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. TUTELA JURÍDICA DOS CONSUMIDORES. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE ATIVA. SERVIÇO DE TELEFONIA MÓVEL. PLANO BÁSICO DE SERVIÇO ("CELULAR PÓS PAGO"). NEGATIVA DE ACESSO A CONSUMIDOR EM SITUAÇÃO DE INADIMPLÊNCIA PERANTE TERCEIROS. DISPONIBILIZAÇÃO APENAS DO PLANO ALTERNATIVO ("CELULAR PRÉ-PAGO"). TRATAMENTO DISCRIMINATÓRIO. 1. O Ministério Público está legitimado a promover judicialmente a defesa de direitos dos consumidores, inclusive os individuais homogêneos, quando a lesão deles, visualizada em sua dimensão coletiva, pode comprometer interesses sociais relevantes. Aplicação dos artigos 127 e 129, III, da Constituição da República, e 81 e 82, I, do Código de Defesa do Consumidor. Precedentes. 2. Ao considerar ilegítimo o tratamento discriminatório dado a consumidores de telefonia móvel situação de inadimplência perante terceiros (cujo acesso seria restrito ao plano "pré-pago", mas não ao "pós-pago"), o acórdão recorrido não negou a competência regulatória conferida à

9 Superior Tribunal de Justiça - Processo REsp 1087783 / RJ - RECURSO ESPECIAL 2008/0192563-0 - Relatora: Ministra NANCY ANDRIGHI - Órgão Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA - Data do Julgamento: 01/09/2009 - Data da Publicação/Fonte: DJe 10/12/2009.

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Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL pela Lei 9.472/97. Não se pode confundir a competência para expedir normas - que o acórdão não infirmou -, com a legitimidade da própria norma editada no exercício daquela competência - essa sim negada pelo acórdão. 3. Não se pode afirmar, também, que, ao assim decidir, o acórdão tenha violado o princípio da livre iniciativa ou o da intervenção estatal mínima ou o do regime privado da prestação do serviço, enunciados nos artigos 126 a 128 da Lei 9.472/97. Tais princípios, de origem constitucional, não têm caráter absoluto. Pelo contrário, como todo o princípio, a relatividade é da sua natureza, uma vez que sua aplicação não dispensa, nem pode dispensar, um sistema metódico de harmonização com outros princípios da mesma hierarquia, igualmente previstos naquela Lei, como o do respeito ao usuário e da função social do serviço de telefonia (art. 127). Deverão ser também harmonizados com os direitos dos usuários, notadamente o "de não ser discriminado quanto às condições de acesso e fruição do serviço" (artigo 3º, III), bem como com o das obrigações das prestadoras, nomeadamente as de universalização do serviço, assim consideradas "as que objetivam possibilitar o acesso de qualquer pessoa ou instituição de interesse público a serviço de telecomunicações, independentemente de sua localização e condição sócio-econômica, bem como as destinadas a permitir a utilização das telecomunicações em serviços essenciais de interesse público" (artigo 79, § 1º). Registre-se que a Lei, em seu artigo 126, enfatiza expressamente que os serviços de telecomunicações são ainda submetidos aos princípios constitucionais da atividade econômica, entre os quais se insere o da defesa do consumidor (artigo 170 da Constituição da República). 4. Na verdade, a controvérsia a respeito da legitimidade ou não do tratamento discriminatório a consumidores em situação de inadimplência "perante terceiros" assumiu, no caso, um perfil eminentemente constitucional, não só por exigir juízo de ponderação e de harmonização entre os princípios e valores decorrentes da Constituição, mas sobretudo porque seu desenlace envolve necessariamente juízo sobre a adequada aplicação do princípio constitucional da isonomia. 5. Recursos especiais desprovidos.10 (original sem grifo ou destaque) 152. Ante o exposto, recomenda-se que, na linha do que será proposto ao final do presente relatório, a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa analise a possibilidade de serem propostas medidas administrativas ou judiciais

10 Superior Tribunal de Justiça - Processo REsp 984005 / PE - RECURSO ESPECIAL 2007/0219015-0 - Relator: Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI - Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA - Data do Julgamento: 13/09/2011 - Data da Publicação/Fonte: DJe 26/10/2011.

visando obrigar as operadoras de telefonia a: a) não alterar unilateralmente os contratos; b) não considerar a inércia do consumidor ao receber uma oferta de produto ou serviço como aceite; c) não exigir prazo de fidelidade superior a 12 (doze) meses; d) reduzir pela metade a multa rescisória ou fornecer outro aparelho nos casos de perda ou furto do equipamento e e) não condicionar a habilitação de linha no plano básico à apresentação de comprovantes de crédito no nome do interessado. IV - ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS ESTATAIS IV.I - Procon Estadual 153. Durante a oitiva dos representantes do Procon Estadual foi verificado que aquela autarquia estadual vem atuando de modo condigno com a sua finalidade, buscando solucionar da forma mais célere e eficaz os problemas e queixas dos consumidores capixabas junto às operadoras de telefonia. 154. O Procon Estadual expôs que as principais reclamações feitas pelos usuários do serviço de telefonia, pelo menos no que tange as realizadas perante aquela autarquia, estão relacionadas a cobrança indevida e a má prestação dos serviços de atendimento ao consumidor. 155. Ademais, os ilustres representantes ainda esclareceram que ainda falta uma política pública mais abrangente para divulgação e conscientização dos direitos dos consumidores, pois, apesar deles os seus direitos violados, por uma questão cultural ou mesmo por falta de conhecimento, o número de reclamações que chegam até o Procon Estadual representa apenas uma fração mínima do que realmente passam os consumidores. 156. Conforme alertado pela Sra. Anelisa Real de Carvalho, Gerente de Atendimento do PROCON Estadual: “Queria chamar atenção também para o fato de que quando o consumidor busca o Procon, já está extremamente insatisfeito com a empresa. Ele tentou na loja, tentou no SAC da empresa e busca o Procon como um apoio”. (fl. 060) 157. Ao final, a Sra. Anelisa Real de Carvalho ainda aponta a total inversão de papéis a qual está sendo submetido o Procon Estadual: Infelizmente o Procon está funcionando com um SAC das empresas de telefonia. Na maioria das empresas, o que a gente esbarra é que essas empresas, além do SAC não funcionar adequadamente, o canal de atendimento do Procon, que a gente chama de Procon Fone, diretamente com a empresa; na maioria das vezes é deficitário ou a empresa pede um prazo maior para resolver essa demanda. Aí, a gente tem que abrir um procedimento e o mais célere dos procedimentos no Procon é de dez a quinze dias. Esse consumidor já tentou na loja, já tentou no SAC, aí eu chego e viro para ele e falo: o senhor vai ter que aguardar, infelizmente, mais dez dias para ter o seu problema solucionado; problema

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simples como cancelamento da linha telefônica, desbloqueio da linha, uma cobrança indevida que está clara. O consumidor pagou a conta e está sendo cobrado em duplicidade. Então, essas coisas simples que poderiam resolver no SAC, que é o sonho do Procon de todos os consumidores, ou então resolver num canal de atendimento do Procon Fone. (fl. 060) (original sem grifo ou destaque) 158. Dentre as principais iniciativas realizadas pelo Procon Estadual, destaca-se a ferramenta Procon Fone idealizada com a empresa Vivo. Por meio desse canal direto da operadora, o Procon Estadual consegue um nível razoável de solução das queixas apresentadas sendo em muitos casos desnecessária a abertura de custosos processos administrativos. 159. Outra iniciativa que merece destaque é a realizada junto ao Poder Judiciário que estabeleceu que os acordos celebrados perante aquela autarquia estadual serão homologados judicialmente e valerão como título executivo judicial, o que certamente dará maior legitimidade e agilidade ao atendido aos consumidores capixabas. 160. No que se refere às multas administrativas aplicadas, o Procon Estadual esclareceu que apesar da sua reiterada imposição, a grande maioria não é paga pelas empresas de telefonia que utilizam de seu corpo jurídico para propor ações anulatórias com o objetivo de procrastinar o máximo possível o seu pagamento. IV.II - Poder Executivo Estadual 161. Além de atuar por meio de seus órgãos de fiscalização e repressão, em especial o Procon Estadual e a Delegacia de Defesa do Consumidor, o Poder Executivo Estadual tem contribuído para a democratização e a universalização do acesso ao serviço de telefonia móvel no Estado. 162. Neste tocante louva-se o Programa “Comunicação no Campo” que busca mediante a outorga de crédito de ICMS incentivar a interiorização do serviço de telefonia móvel e internet 3G em especial em comunidades que não são economicamente atrativas sob o ponto de vista da ótica econômica. 163. Como se sabe o acesso à telefonia móvel e internet 3G garante não apenas aos usuários a possibilidade de se comunicar, mas também representa uma nota na concretização da cidadania plena ao permitir que aquela população tenha acesso as informações indispensáveis para o desenvolvimento regional, inclusive possibilitando que o produtor rural saiba em tempo real, por exemplo, o preço da mercadoria que cultiva ou se as estradas rurais estão em plena condição de rodagem. 164. Por essa razão que se roga às empresas de telefonia que ainda não se sensibilizaram com a necessidade de interiorização do serviço de telefonia no Estado do Espírito Santo que intensifiquem as instalações dessas antenas de transmissão, ampliando

o número de comunidades já atendidas pelo Programa “Comunicação no Campo”.

IV.III - Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) 165. De início é indispensável que esta Comissão Parlamentar de Inquérito esclareça aos demais pares e a quem interessar todos os contornos que envolvem a atuação da Anatel no que tange ao seu dever institucional sendo necessário que primeiro seja feito um apanhado de sua história desde a sua criação até os dias atuais. 166. Logo nos primeiros anos da reestruturação econômica ocorrida no Brasil após a implantação do Plano Real em 1994 ficou evidente a falência dos serviços públicos ofertados pelo Estado. Adquirir uma simples linha telefônica era extremante caro, a distribuição de energia elétrica era irregular, mal havia regulamentação dos planos de saúde e as empresas estatais estavam na beira da falência. Percebeu-se que era preciso naquela ocasião diminuir o tamanho do Estado em certos setores a fim de que iniciativa privada modernizasse determinados campos da economia. 167. Dentro desse panorama socioeconômico foi promulgada a Emenda Constitucional nº 08/1995, norma constitucional responsável pela eliminação do monopólio na exploração dos serviços públicos a empresas sob o controle acionário estatal, permitindo a privatização e introduzindo naqueles setores o regime de competência. Assim, o Estado brasileiro passou da função de provedor para a de regulador dos serviços. 168. Com efeito, com a edição da Lei nº 9.472/1997 foi criada a Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel, a primeira agência reguladora a ser instalada no Brasil. 169. Nos termos do art. 19 da referida Lei nº 9.472/1997 compete a Anatel: Art. 19. À Agência compete adotar as medidas necessárias para o atendimento do interesse público e para o desenvolvimento das telecomunicações brasileiras, atuando com independência, imparcialidade, legalidade, impessoalidade e publicidade, e especialmente: I - implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de telecomunicações; II - representar o Brasil nos organismos internacionais de telecomunicações, sob a coordenação do Poder Executivo; III - elaborar e propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro de Estado das Comunicações, a adoção das medidas a que se referem os incisos I a IV do artigo anterior, submetendo previamente a consulta pública as relativas aos incisos I a III; IV - expedir normas quanto à outorga, prestação e fruição dos serviços de telecomunicações no regime público; V - editar atos de outorga e extinção de direito de exploração do serviço no regime público;

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VI - celebrar e gerenciar contratos de concessão e fiscalizar a prestação do serviço no regime público, aplicando sanções e realizando intervenções; VII - controlar, acompanhar e proceder à revisão de tarifas dos serviços prestados no regime público, podendo fixá-las nas condições previstas nesta Lei, bem como homologar reajustes; VIII - administrar o espectro de radiofrequências e o uso de órbitas, expedindo as respectivas normas; IX - editar atos de outorga e extinção do direito de uso de radiofreqüência e de órbita, fiscalizando e aplicando sanções; X - expedir normas sobre prestação de serviços de telecomunicações no regime privado; XI - expedir e extinguir autorização para prestação de serviço no regime privado, fiscalizando e aplicando sanções; XII - expedir normas e padrões a serem cumpridos pelas prestadoras de serviços de telecomunicações quanto aos equipamentos que utilizarem; XIII - expedir ou reconhecer a certificação de produtos, observados os padrões e normas por ela estabelecidos; XIV - expedir normas e padrões que assegurem a compatibilidade, a operação integrada e a interconexão entre as redes, abrangendo inclusive os equipamentos terminais; XV - realizar busca e apreensão de bens no âmbito de sua competência; XVI - deliberar na esfera administrativa quanto à interpretação da legislação de telecomunicações e sobre os casos omissos; XVII - compor administrativamente conflitos de interesses entre prestadoras de serviço de telecomunicações; XVIII - reprimir infrações dos direitos dos usuários; XIX - exercer, relativamente às telecomunicações, as competências legais em matéria de controle, prevenção e repressão das infrações da ordem econômica, ressalvadas as pertencentes ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE; XX - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministério das Comunicações, a declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação ou instituição de servidão administrativa, dos bens necessários à implantação ou manutenção de serviço no regime público; XXI - arrecadar e aplicar suas receitas; XXII - resolver quanto à celebração, alteração ou extinção de seus contratos, bem como quanto à nomeação, exoneração e demissão de servidores, realizando os procedimentos necessários, na forma em que dispuser o regulamento; XXIII - contratar pessoal por prazo determinado, de acordo com o disposto na Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993; XXIV - adquirir, administrar e alienar seus bens; XXV - decidir em último grau sobre as matérias de sua alçada, sempre admitido recurso ao Conselho Diretor;

XXVI - formular ao Ministério das Comunicações proposta de orçamento; XXVII - aprovar o seu regimento interno; XXVIII - elaborar relatório anual de suas atividades, nele destacando o cumprimento da política do setor definida nos termos do artigo anterior; XXIX - enviar o relatório anual de suas atividades ao Ministério das Comunicações e, por intermédio da Presidência da República, ao Congresso Nacional; XXX - rever, periodicamente, os planos enumerados nos incisos II e III do artigo anterior, submetendo-os, por intermédio do Ministro de Estado das Comunicações, ao Presidente da República, para aprovação; XXXI - promover interação com administrações de telecomunicações dos países do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, com vistas à consecução de objetivos de interesse comum. 170. Do exposto conclui-se que à Anatel é concedida a missão institucional de regulamentar, outorgar e fiscalizar o setor de telecomunicações, promovendo o seu desenvolvimento por todo o país de modo a dotá-lo de uma moderna e eficiente infraestrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos em todo o território nacional. 171. No tocante à forma de exploração adotada, optou-se pela autorização sob o regime da livre concorrência, aonde seria garantido aos exploradores do serviço a ampla e justa competição, conforme determina o art. 6º c/c art. 131, ambos da Lei Federal nº 9.472/1997 que assim preveem: Art. 6° Os serviços de telecomunicações serão organizados com base no princípio da livre, ampla e justa competição entre todas as prestadoras, devendo o Poder Público atuar para propiciá-la, bem como para corrigir os efeitos da competição imperfeita e reprimir as infrações da ordem econômica. Art. 131. A exploração de serviço no regime privado dependerá de prévia autorização da Agência, que acarretará direito de uso das radiofrequências necessárias. § 1° Autorização de serviço de telecomunicações é o ato administrativo vinculado que faculta a exploração, no regime privado, de modalidade de serviço de telecomunicações, quando preenchidas as condições objetivas e subjetivas necessárias. 172. Ademais, incumbe alertar que vige na exploração do serviço de telefonia o sistema da livre tarifa cabendo ao mercado regular o seu valor. Deste modo, diferentemente do que ocorre no setor de distribuição de energia elétrica, por exemplo, em que a fixação da tarifa passa pelo controle rígido da Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel, no caso das operadoras de telefonia não há esse tipo de controle. 173. Resultado direto dessa política e da falta de fiscalização pela Anatel é fato de que os brasileiros pagam, frise-se, a segunda tarifa mais cara do mundo, sendo a contraprestação do serviço pífia.

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174. Em que pese o inegável avanço que o Brasil teve a partir da privatização do setor com um aumento exponencial da oferta de serviços e democratização do seu acesso, é igualmente incontestável a inércia da Anatel frente os abusos perpetrados pelas empresas de telefonia no que tange a violação aos direitos dos consumidores/usuários. 175. Inúmeras são as denúncias noticiadas pela mídia envolvendo a benevolência da Anatel junto às operadores de telefonia. Casos que envolvem desde o oferecimento de propina até a mudança de dados de relatórios com vista a escamotear as reais falhas das empresas. 176. Aliás, foi justamente diante dessas denúncias, dessa inércia e em razão dos danos causados aos consumidores que surgiu o movimento nacional das Assembleias Legislativas Estaduais que criaram dentro de suas respectivas competências, Comissões Parlamentares de Inquérito a fim de que fossem apurados os danos causados aos consumidores. 177. Isto posto, apesar de deter mecanismos rígidos de controle que variam desde a mera advertência, suspensão de vendas de novas linhas ou até a caducidade da autorização, esta última significa a perda do direito de explorar o serviço, a Anatel quando muito se limita a aplicar multas que a despeito de serem em alguns casos milionárias, representam muito pouco perante o faturamento dessas empresas. 178. Apenas a título ilustrativo, em 1997, ano de criação da Anatel, o Brasil possuía 800.000 (oitocentas mil) linhas de telefonia móvel sendo que atualmente esse número supera os 265.000.000 (duzentos e sessenta e cinco milhões). Em idêntica toada, em 2000 o país tinha 200.000 (duzentos mil) linhas de telefonia fixa e nos dias atuais esse número chega perto de 20.000.000 (vinte milhões). No que se refere a banda larga, última fronteira do mercado, de 2008 a 2012 houve um salto de 4.000.000 (quatro) milhões de usuários para 52.000.000 (cinquenta e dois milhões). 179. Na contramão desse aumento foi apurado que nesse mesmo período o setor elevou em apenas 63% (sessenta e três por cento) os seus investimentos sendo que no mesmo período houve um crescimento de 237% (duzentos e trinta e sete por cento) no faturamento global das empresas, o que em números absolutos representa um total aproximado de R$ 219.000.000.000 (duzentos e dezenove bilhões de reais). 180. A disparidade entre o aumento de consumidores e baixo investimento do setor resulta na ineficiência da prestação do serviço e em danos aos consumidores o que ao fim e acaba por desembocar nos milhares de processos ajuizados no já exacerbado Poder Judiciário e nos ainda deficitários Procon’s. 181. Justamente diante desse panorama é que se espera que a Anatel passe a atuar de forma mais incisiva, combatendo os abusos realizados pelas

operadoras de telefonia, as punindo na mesma proporção como ocorre, por exemplo, com os planos de saúde sob a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. 182. Incumbe destacar que quase que mensalmente a ANS suspende a venda de planos de saúde que não atingem as metas de atendimento e/ou apresentam altos números de reclamações junto àquela agência federal não obstante ainda impor multas pesadas sobre os infratores. 183. Ilustrando o dito acima, e num caminho diametralmente oposto, o representante da Anatel assim respondeu quando perguntado sobre o controle acerca da tecnologia empregada no Brasil e nível de atualização dos equipamentos das operadoras de telefonia: Deputado Estadual Sandro Locutor, presidente da CPI - Nos últimos vinte anos, a informação que temos é que houve uma evolução tecnológica muito grande e a legislação não se atualizou. Isso a torna, de fato muito defasada. Isso é fato? Há uma legislação que fiscaliza? Vocês, da Anatel, entendem que há uma defasagem nas normatizações, na legislação? Isso dificulta o trabalho de vocês? Maxwel de Souza Freitas, representante da Anatel - Então, em relação à atualização tecnológica, acho que isso é fato no mundo inteiro. A tecnologia sempre vai evoluir muito mais rápido que a regulamentação. Todo órgão regulador do mundo inteiro estará correndo atrás da tecnologia porque o setor privado é muito mais dinâmico, ou seja, ele vai inovando e o órgão regulador não tem tempo, nem atribuição para ficar vendo o que as empresas estão fazendo para antecipar. A Anatel não interfere, diretamente, na tecnologia utilizada pelas operadoras. (fl. 178) (original sem grifo ou destaque) 184. É no mínimo preocupante que a agência reguladora afirme categoricamente que “não tem tempo, nem atribuição para ficar vendo o que as empresas estão fazendo para antecipar” (fl. 178). Ora, a impressão que fica é de um verdadeiro descalabro no setor uma vez que, segundo as palavras do representante local da própria Anatel, são as próprias operadoras que ditam as regras e estabelecem qual seria o seu ideal de prestação de um serviço adequado. 185. Mas não para por aqui. Mais adiante o representante da Anatel esclareceu para esta Comissão o seguinte: Deputado Sandro Locutor, presidente da CPI - Quem regula isso, em nível de Brasil, de governo? Maxwel de Souza Freitas, representante da Anatel - Então, a regulação direta da tecnologia, ela não tem. Assim, se uma operadora quiser usar uma tecnologia diferente, ela pode usar, só tem que respeitar o direito do usuário. Ela não pode chegar e mudar a tecnologia, e lançar o ônus para o usuário. Mas como a gente está em um mercado competitivo, não é? É uma empresa chegar e

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mudar a tecnologia, ela pode ver que é uma perda competitiva para ela. Então, acho que ela não vai querer mudar. (fl. 178) (original sem grifo ou destaque) 186. O que se extrai dos depoimentos prestados é que se faz premente a necessidade de adoção de um novo marco regulatório para telefonia no Brasil e que a Anatel passe a exercer o seu papel fiscalizatório e puna as empresas que continuarem a violar os direitos dos consumidores/usuários. 187. No que tange as pouquíssimas ações punitivas realizadas pela Anatel, o seu próprio representante foi categórico ao reconhecer que: Deputado Estadual Sandro Locutor, presidente da CPI - [...] Têm informações, inclusive na própria Veja da semana passada que alguns números são mascarados, os números de rejeição da qualidade do serviço. Está na Revista Veja da última semana que os números são mascarados, principalmente os números de rejeição. Por que isso? A Anatel aplica multa, não recolhe as multas. Aqui diz que algumas são até perdoadas. Como assim? O serviço é de péssima qualidade e a Anatel tem o poder de perdoar essas multas? Queria entender um pouquinho isso. Maxwel de Souza Freitas, representante da Anatel - Sobre esse assunto eu só posso falar, em linhas gerais, que a Anatel já percebeu essa ineficácia da multa. A Anatel tem um relatório de multas aplicadas e já percebeu que a aplicação da multa não gera o efeito desejado que é a melhoria da qualidade. Há alguns anos a Anatel vem mudando o seu procedimento. Ela alterou os regulamentos de qualidade, colocou mais indicadores, tem mudado o procedimento e tem mudado a sua forma de atuação. Já num processo que já está alguns anos, foi essa reestruturação da agência. Hoje, a agência tem uma superintendência para cuidar só de controle de obrigações. [...] (fl. 182) (original sem grifo ou destaque) 188. No que se refere às raríssimas suspensões determinadas pela Anatel, assim caracterizou o seu representante: Deputado Estadual Sandro Locutor, presidente da CPI - Mas essa suspensão foi um prazo muito irrisório, foram alguns dias, não é? Maxwel de Souza Freitas, representante da Anatel - É porque... é assim. A suspensão acredito que foi aquele choque, ou seja, para marcar uma transição, ou seja, as operadoras apresentaram seus planos de metas e a partir daí que foi retomada a comercialização. (fl. 182) (original sem grifo ou destaque) 189. Com a devida vênia, enquanto a Anatel caracteriza as gravíssimas violações aos direitos dos consumidores e a aplicação de uma suspensão de pouquíssimos dias de “choque para marcar uma transição”, entendemos que às operadoras deveriam ser aplicados os rigores da lei.

190. Isto porque quem sofre lá na ponta dessa relação quase paternal entre agência reguladora e as operadoras de telefonia são os consumidores que são obrigados a pagar tarifas altíssimas, recebem um serviço de péssima qualidade e ainda são tratados com total descaso quando cobram seus direitos de consumidor. 191. Com efeito, diante de todos os fatos acima narrados e das provas colacionadas no decorrer da instrução do presente relatório, não há dúvida de que se faz premente a necessidade de adoção de um novo marco regulatório para telefonia no Brasil, conforme será proposto ao final deste relatório, e que a Anatel passe a exercer efetivamente o seu papel, fiscalizando e punindo as operadoras que continuarem a violar os direitos dos consumidores/usuários. IV.IV - Defensoria Pública Estadual 192. A Defensoria Pública Estadual, órgão autônomo de assessoramento e defesa da população economicamente hipossuficiente no Brasil, possui previsão normativa no art. 134 da Constituição da República que assim dispõe: Art. 134. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV. 193. Assim sendo, a missão institucional da Defensoria Pública é acolher e orientar juridicamente o hipossuficiente econômico, aquele que na maioria das vezes mais sofre com os abusos realizados pelos detentores de poder e que não têm a real dimensão e conhecimento de seus direitos básicos. 194. Observando as ações feitas pela Defensoria Pública Estadual no que tange a matéria, verificou-se que a Defensoria vem exercendo um papel fundamental na defesa dos consumidores capixabas seja por meio de ações individuais seja através do manejo de ações coletivas. 195. No plano individual foi constatado que, apesar da deficiência orçamentária e da falta de pessoal, há um acompanhamento na seara administrativa e os atendidos recebem orientação jurídica para que possam buscar seus direitos inclusive junto ao Poder Judiciário se assim for necessário. 196. No campo das ações coletivas, conforme informado pelo defensor público que depôs perante esta Comissão, foram propostas algumas ações civis públicas em face das operadoras de telefonia se destacando a proposta na Comarca de Santa Teresa na qual se pleiteou a efetiva e ampla cobertura do sinal de telefonia móvel. 197. Ademais, dentre as iniciativas apresentadas pela Defensoria Pública Estadual destaca-se o convênio celebrado junto ao Procon Estadual. Por meio do referido convênio o Procon Estadual se compromete a fornecer os dados relativos as reclamações mais frequentes feitas perante aquela autarquia e a Defensoria Pública por sua vez se

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obriga a solucionar as reclamações propostas primeiro na seara administrativa e, caso seja necessário, por meio de ações judiciais individuais e coletivas. 198. Percebe-se do exposto que a Defensoria Pública Estadual vem exercendo um papel fundamental para a concretização dos direitos dos consumidores espírito-santenses, atuando de modo firme em face de todos os abusos realizados pelas empresas de telefonia. IV.V - Delegacia de Defesa do Consumidor 199. A Delegacia de Defesa do Consumidor encontra previsão normativa no disposto no art. 8º, IV, ‘d’, ‘d.14’ da Lei Complementar Estadual nº 04/1990 que assim prevê: Art. 8º - A estrutura organizacional básica da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo é a seguinte: [...] IV - a Nível de Execução: [...] d) Superintendência de Polícia Especializada, composta de: [...] d.14) Delegacia de Defesa do Consumidor; (original sem grifo ou destaque) 200. Não obstante a sua importância na defesa dos direitos dos consumidores, no que tange a apuração dos crimes previstos no CDC, apurou-se que ainda falta ao Estado do Espírito Santo estruturá-la com os equipamentos e quantitativo de servidores necessários para o pleno desenvolvimento dos trabalhos. 201. Ademais, em um depoimento esclarecedor o delegado titular da Delegacia de Defesa do Consumidor Wanderson Prezotti apontou que o consumidor em geral desconhece que parte das infrações cometidas em seu desfavor constitui crime o que faz com que em inúmeros casos os delitos penais não sejam apurados por falta de uma representação criminal: Wanderson Prezotti, delegado de polícia titular pela Delegacia de Defesa do Consumidor - Na Delegacia de Defesa do Consumidor, temos poucas demandas infelizmente, apesar do volume de reclamações ser grande. Temos um Centro Integrado de Defesa do Consumidor, Procon, Delegacia de Defesa do Consumidor, Ministério Público, Sindec. O Procon tem um número excessivo de reclamações. E vislumbro a situação de que o consumidor está mais preocupado em estar ressarcido de um prejuízo pequeno do que efetivamente exercer um direito seu, que é se valer das telecomunicações, da comunicação com qualquer um em qualquer local desse País. [...] Estava ouvindo a leitura das atas anteriores, e acho que foi o Defensor Público informando que a publicidade das operadoras é de cobertura em todo o Estado, não é? Infelizmente isso não acontece hoje, e é uma forma até de alertar as operadoras e os consumidores que isso constitui infração penal, é publicidade enganosa. Pode ser tipificada em dois artigos, dependendo da situação onde o consumidor

se enquadrar: se ele efetivamente for levado a consumir esse produto por causa dessa informação equivocada ou omissão de informação, a operadora vai responder a um tipo de delito; se ele simplesmente for um pouco disperso, vai responder por outro tipo de delito. Mas isso não chega à Delegacia, Senhor Deputado. Isso não chega à Delegacia, porque vão direto ao Procon. Se não, ao Juizado. E é o que nosso Defensor estava informando, não é? Abarrota o Judiciário, devido a uma prestação de serviço de má qualidade. [...] (fl. 295) (original sem grifo ou destaque) 202. Especificamente sobre a estrutura da Delegacia de Defesa do Consumidor, apontou que: Wanderson Prezotti, delegado de polícia titular pela Delegacia de Defesa do Consumidor - As demandas do Centro Integrado são geradas pelos consumidores. Acredito que a estrutura da Delegacia precisa melhorar um pouco para poder atender melhor a essa demanda do Sindec. Dentro do possível, estamos atendendo a todas essas demandas. (fl. 297) (original sem grifo ou destaque) 203. Acerca da falta de conhecimento dos consumidores sobre a natureza criminal das infrações, assim se pronunciou o ilustre delegado: Wanderson Prezotti, delegado de polícia titular pela Delegacia de Defesa do Consumidor - Olha, a percepção que eu tenho... Eu estou há um ano e meio à frente da delegacia. Surpreendeu-me, inicialmente, o volume de trabalho, porque a delegacia é bastante demandada, mas eu concordo que ela é pouco demandada frente às lesões que os consumidores vêm sofrendo na sociedade. Isso aí é uma realidade. O que acontece muitas vezes é que o consumidor que chega à delegacia, ele não tem plena ciência dos direitos dele. É aquela confusão que eu estava mencionando há pouco, aquela linha divisória entre o que é parte criminal, o que é parte administrativa e o que é parte cível. Não raras vezes o consumidor chega à delegacia falando assim: Olha, quero meu dinheiro de volta. Tenho que informar que o dinheiro de volta a delegacia não vai trazer, que só quem vai trazer esse dinheiro de volta ou é o Judiciário ou é o Procon, com uma forma de acordo. Dentro da delegacia só se apura a parte criminal, que realmente é... Muitas vezes eles buscam um acordo dentro da delegacia, uma composição entre as partes, e eles acabam desistindo de prosseguir com as demandas. Não raras vezes isso acontece. Eu tenho bancas de advogados de algumas operadoras que frequentam a delegacia semanalmente para saber se possui alguma demanda lá dentro, em uma tentativa de fazer a composição entre o consumidor e evitar que essa demanda chegue até o Judiciário na forma de alguma denúncia crime contra a operadora. É um apagar de incêndio. É aquilo que eu estava falando agora há pouco. Se todos os consumidores tivessem a plena ciência de que ele não consegue

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falar, que ele não consegue acessar a internet, não é por causa do aparelho dele, que é por causa de uma má prestação de serviço, que a operadora que ele escolheu não está fornecendo a ele, a delegacia iria trabalhar só fiscalizando e apurando infrações contra as telecomunicações, as telefonias, porque é muito grande o volume no Procon. Esse volume ainda não desceu para a delegacia, repito. Então, o que tem lá são algumas coisas pontuais para a apuração de uma cobrança indevida, cobrança abusiva, alguma coisa nesse sentido. (fls. 298/299) (original sem grifo ou destaque) 204. Conclui-se, portanto, que ainda é preciso intensificar a apuração no campo criminal das infrações cometidas pelas empresas que violam os direitos do consumidor, sendo indispensável que o Estado do Espírito Santo estruture de forma mais adequada a Delegacia de Defesa do Consumidor fornecendo aos delegados de polícia e aos demais servidores os equipamentos e efetivo necessário para o pleno desenvolvimento dos seus trabalhos. 205. Por fim, deve ser ressaltada a atuação da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo, em especial a Delegacia de Defesa do Consumidor, na concretização da defesa do consumidor, a qual, apesar da parca estrutura existente, realiza um trabalho digno de nota que merece ser elogiado por esta Comissão Parlamentar de Inquérito. IV. VI - Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal 206. A Constituição da República de 1988 prevê em seu art. 129, III que, dentre outras funções institucionais, compete ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública na defesa dos interesses difusos e coletivos dos consumidores: Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: [...] III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; (original sem grifo) 207. Adiantando o tema que será tratado no capítulo seguinte, mas que se revela como de necessário esclarecimento, cabe destacar que se encontra abarcado no conceito de direitos coletivos os direitos individuais homogêneos por representarem, estes últimos, subespécie do primeiro. Neste sentido a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - LEGITIMIDADE - MINISTÉRIO PÚBLICO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA - INTERESSES DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. O Tribunal, no Recurso Extraordinário nº 163.231/SP, concluiu pela legitimidade do Ministério Público para o

ajuizamento de ação civil pública, com vistas à defesa dos interesses de uma coletividade, mesmo no caso de interesses homogêneos de origem comum, por serem subespécies de interesses coletivos.11 (original sem grifo ou destaque) 208. Assim sendo, apesar de possuir a incumbência acima referida o próprio texto constitucional limita a atuação do Ministério Público, determinando que a sua intervenção somente deva ocorrer quando estiverem em jogo os interesses difusos e coletivos nada podendo fazer nos casos em que o cotejo se restringe a questões de índole individual. 209. Desse modo, extremamente oportuna a manifestação da Promotora de Justiça Sandra Lengruber da Silva em seu depoimento prestado a Comissão Parlamentar de Inquérito: Sandra Lengruber da Silva, promotora de justiça - Primeiramente, queria só fazer uma distinção da denúncia que chega para o Ministério Público e ao mesmo tempo do que chega para os Procon’s e para a Defensoria Pública, porque o Ministério Público, na esfera do direito do consumidor, só tem atribuição para investigar e atuar naquilo que diz respeito a lesões coletivas que denominamos metas individuais. Então, esses problemas de cobrança indevida, casos pontuais de reclamação do consumidor não são atendidos pelo Ministério Público, para a gente ter uma ideia do que podemos trazer aqui. (fl. 541) (original sem grifo ou destaque) 210. Não obstante o impedimento constitucional acima destacado, o Ministério Público Estadual vem atuando de forma integrada e intensa junto aos demais órgãos de defesa do consumidor com vista a garantir a proteção aos direitos dos consumidores em relação aos abusos eventualmente perpetrados pelas operadoras de telefonia, conforme exposto pela Promotora de Justiça Sandra Lengruber da Silva: Sandra Lengruber da Silva, Promotora de Justiça - Ao mesmo tempo, existe o trabalho em conjunto com os Procon’s municipais e com o Procon estadual, com a Delegacia do Consumidor, que soube que também já esteve presente em outra oportunidade. Com a Defensoria a gente tem o Condecom, que é o conselho estadual. Então a gente tem a oportunidade de discutir esses temas. Ao mesmo tempo, a gente tem o conhecimento do que é recebido pelos demais órgãos no que tange a essa matéria, trazendo o destaque que nossa atribuição diz respeito às questões de cunho coletivo.(fl. 541) (original sem grifo ou destaque) 211. No que tange a falta de transparência dos dados fornecidos pela Anatel ao Ministério Público Estadual e a inércia daquela agência reguladora, a

11 Supremo Tribunal Federal - AI 559141 AgR / PE - PERNAMBUCO - AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - Relator: Min. MARCO AURÉLIO - Julgamento: 21/06/2011 - Órgão Julgador: Primeira Turma - Publicação: DJe-155 DIVULG 12-08-2011 PUBLIC 15-08-2011 EMENT VOL-02565-01 PP-00147.

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Promotora de Justiça Sandra Lengruber da Silva foi enfática ao apontar que: Sandra Lengruber da Silva, promotora de justiça - A gente tem algumas investigações no âmbito do Ministério Público. Já foi solicitada cópia de um relatório de inquérito civil que a gente tem. Pelo que estou me recordando, foi pela Comissão de Defesa do Consumidor, mas a gente tem documentos que a gente pode trazer para a CPI posteriormente. Tem uma questão para a gente que incomoda e vem sendo discutida com a Anatel. Também já tivemos a oportunidade de discutir com operadoras que é o parâmetro, o critério utilizado para a Anatel, para concluir se a prestação do serviço é regular ou irregular. [...] Nós, do Ministério Público, temos a mesma sensação. Exatamente em razão dessa dificuldade de compreensão desses dados, até dos relatórios que nos chegam, a alternativa que nós encontramos é de realizar reuniões com os técnicos da Anatel para que a gente possa fazer as perguntas no nosso linguajar e para que eles consigam responder, vamos dizer assim, traduzir aquela informação. É o caminho que eu tenho encontrado. Mas que realmente é muito difícil isso chegar à compreensão daquele maior interessado, realmente é muito difícil. (fls. 550, 551 e 557) (original sem grifo ou destaque) 212. No Ministério Público Federal encontram-se abertas e em andamento aproximadamente 14 (quatorze) procedimentos relacionados ao serviço de telefonia e há ainda na 3ª Câmara de Coordenação e Revisão - Consumidor e Ordem Econômica do Ministério Público Federal uma equipe técnica que visa mapear os atos regulatórios da telecomunicação e traçar o perfil das operadoras do setor com o objetivo de realizar o monitoramento ativo das políticas públicas que estão sendo desenvolvidas no setor de telecomunicações para, em caso de averiguação de irregularidade, fornecer aos Procuradores da República apoio e material em relação à matéria. 213. Ante todo o exposto, verifica-se que tanto o Ministério Público Estadual como o Ministério Público Federal estão atentos ao tema objeto do presente relatório circunstanciado e vem adotando as medidas que entendem cabíveis sempre na busca da concretização da defesa do consumidor. IV.VII - Procon’s municipais 214. O Código de Defesa do Consumidor em seu art. 105 institui o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor nos seguintes termos: Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e as entidades privadas de defesa do consumidor. 215. A inclusão dos Procon’s municipais foi proposital e visa garantir o atendimento dos consumidores nos mais de 5.000 (cinco) mil

municípios existentes no país diante da impossibilidade financeira dos órgãos estaduais e federal em assumirem tal ônus. 216. Contudo, passados mais de 20 (vinte) anos desde a edição da Lei Federal nº 8.078/1990 (Código de Defesa do Consumidor), pelo que se pode apurar ainda há um longo caminho a ser percorrido, ao menos aqui no Estado do Espírito Santo. 217. Esta Comissão Parlamentar de Inquérito verificou que, além de ter sido poucos os municípios capixabas que instituíram os seus respectivos Procon’s, boa parte dos que fizeram ainda não os aparelharam com equipamentos e pessoal necessário para que se possa obter um trabalho eficaz de atendimento aos consumidores. 218. A propósito, vale destacar a manifestação da promotora de justiça Sandra Lengruber da Silva sobre o tema: Sandra Lengruber da Silva, promotora de justiça - Também gostaria de aproveitar essa oportunidade para falar aqui a questão do trabalho dos Procons, principalmente municipais. É uma questão de política institucional, na esfera do consumidor do Ministério Público, de que o Ministério Público e o Procon Estadual... Temos percorrido os municípios, visitado os Procons já existentes, verificado as dificuldades desses Procons, tentado colaborar o máximo com o que a gente pode. A gente já esteve em vários municípios. Na semana passada, a gente esteve no Município de Serra. Esta semana a gente estará em Cariacica. Já estivemos no Interior. Já estivemos em conversa com Prefeitos. Então também para colocar a importância desse tema. Principalmente em municípios grandes, que ainda não têm essa forma de atendimento ao consumidor, também noticiar as autoridades. (fls. 554/555) 219. No mesmo sentido a manifestação da representante do Procon de Guarapari que, diga-se de passagem, reconheceu os avanços experimentados naquele município: Deputado Estadual Sandro Locutor, presidente da CPI - A Senhora considera que o Procon do Município de Guarapari possui estrutura necessária para atender a demanda do Município? Rosana Silva Souza Pinheiro, representante do Procon de Guarapari - Senhor Presidente, serei muito sincera, não temos estrutura. Para V. Ex.ª ter ideia, hoje, encontramos apenas duas linhas telefônicas no Município de Guarapari, somente. Perguntamos a V. Ex.ª, qual é o instrumento do sujeito que trabalha no interior? É a enxada. Qual é o instrumento eficaz do Procon? É o telefone. E nós temos apenas duas linhas de telefone que não fazem ligação para celular. Ontem, um consumidor chegou ao Procon para fazer uma reclamação. E como bem foi dito pelo Senhor Deputado Paulo Roberto, precisava ser feita uma ligação para celular. O celular hoje é um produto essencial, ninguém dá mais o telefone residencial. Tudo é celular.

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Precisávamos, para fazer o atendimento dele, ligar para um celular, mas o Procon não tinha como ligar para celular. Usei o meu particular para fazer o atendimento daquele consumidor. O Procon é até elogiado pelo Judiciário, dentro da nossa limitação, pelo que nós fazemos. Diria que, hoje, oitenta e cinco por cento dos casos são resolvidos no Procon. Se não são resolvidos nesse período que estou lá, e falo isso com orgulho, porque abraçamos dentro das nossas limitações, que são difíceis, pois a demanda cresceu muito. Deputado Estadual Sandro Locutor, presidente da CPI - Que tipo de apoio o Procon Municipal recebe do Procon Estadual? Rosana Silva Souza Pinheiro, representante do Procon de Guarapari - Tive até uma reunião com o Senhor Ademir Cardoso, e S. S.ª se colocou à disposição de estar implantando o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, Sindec. Tivemos uma reunião juntamente com a Secretária Nacional do Consumidor, a Senhora Juliana Pereira da Silva. Isso não faz muito tempo, acho que um mês ou um mês e meio atrás. O Senhor Ademir Cardoso se colocou à disposição, primeiro, para implantação do Sindec. Mas para que haja essa implantação do Sindec, se faz necessário que o Procon Municipal tenha computadores bons e que, realmente, sejam capazes de comportar esse sistema. E nós não temos. S. S.ª se colocou também à disposição de nos ajudar naquilo que for necessário. Estou preparando um ofício para S. S.ª, e está até pronto, só depende de nossa Secretária, a Senhora Maria Helena, nos autorizar para que eu possa estar fazendo os devidos pedidos de, por exemplo, um computador, e não sei se poderia nos ajudar, mas o Senhor Ademir Cardoso se colocou bem à disposição de nos ajudar. (fl. 806) 220. Ante todo o exposto, verifica-se que apesar dos avanços observados nos últimos anos ainda há muito a ser feito no que tange a criação e o desenvolvimento dos Procon’s municipais.

V - MEDIDAS CABÍVEIS V.I - Os direitos difusos, coletivos stricto sensu e individuais homogêneos 221. A experiência demonstra que os métodos tradicionais de litígio e combate das práticas abusivas realizadas em detrimento dos direitos dos consumidores não atendiam as demandas da sociedade moderna. Se de um lado os órgãos de controle não possuem mecanismos de prevenção, fiscalização e punição efetivas, do outro lado, os grandes conglomerados empresariais veem nessa deficiência uma oportunidade para aumentar ainda mais seus lucros, importando-se pouco com o preço a ser pagos pelos consumidores. 222. Foi a partir dessa perspectiva que nasceu a ideia dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos os quais são conceituados pelo Código de Defesa do Consumidor nos seguintes termos:

Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base; III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum. (original sem grifo) 223. Em síntese, notou-se que determinadas práticas abusivas, apesar de renderem altas quantias para as empresas, sob o ponto de vista individual pouco representava para os consumidores, o que fazia com que muitos não exercessem o seu direito. 224. Exemplificando. Imaginemos que uma empresa que venda pacotes de 01 kg (um quilo) de feijão, visando aumentar sua margem de lucro, diminua 100 g (cem gramas) de cada pacote, mantendo inalterado o preço de, por exemplo, R$ 3,00 (três reais) e o peso de 01 kg (um quilo) disposto na embalagem. 225. Agora imaginemos que essa empresa venda 300.000 kg (trezentos mil quilos) de feijão por mês. Realizando uma operação matemática simples, verificaríamos que com a subtração dos 100 g (cem gramas) por embalagem aquela empresa aumentaria o seu lucro em R$ 90.000,00 (noventa mil reais) por mês ou R$ 1.080.000,00 (um milhão e oitenta mil reais) por ano. 226. Com efeito, fica evidente que se observarmos sob o ponto de vista individual cada consumidor terá um prejuízo de apenas R$ 0,30 (trinta centavos de real) por pacote, o que possivelmente faria com que ele simplesmente “deixasse para lá” tal fato. Em contrapartida, aquela mesma empresa embolsaria em um ano mais de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) apostando que os consumidores tomariam essa postura. 227. A partir do quadro delineado, em especial com a edição da Lei Federal nº 7.347/1985 (Lei da Ação Civil Pública) e posteriormente com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e do Código de Defesa de Consumidor logo em seguida, é que foram reconhecidos os direitos difusos e coletivos e criados os seus mecanismos de concretização, permitindo-se que os órgãos de defesa do consumidor, por meio de uma única ação, impedissem tais práticas e ao mesmo tempo garantissem a restituição daqueles valores aos consumidores lesados. 228. Agora imaginemos que ao invés de feijão a empresa seja uma operadora de telefonia e vise

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cobrar indevidamente uma taxa de R$ 3,00 (três reais) por mês de seus consumidores. É evidente que nenhum consumidor irá se dispor a ir até o Procon ou mesmo ingressar com uma ação judicial para reaver tal valor. No máximo ligará para o SAC e caso a sua reclamação não seja atendida “deixará para lá”. 229. Ocorre que se pegarmos aqueles meros R$ 3,00 (três reais) e multiplicarmos por um número razoável de usuários de telefonia no Estado do Espírito, imaginem 500.000 (quinhentos mil) pessoas, teríamos que graças a essa cobrança indevida de meros R$ 3,00 (três reais), aquela empresa lucraria R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) ao mês ou R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais) ao ano. 230. De qualquer sorte, se daqueles milhares de consumidores alguns poucos “guerreiros” procurarem os Procon’s ou ingressarem com ações judiciais ainda assim o valor a ser restituído é ínfimo se comparado com o lucro obtido pelas empresas. Conclusão: continuaria a valer a pena o exercício desse tipo de prática abusiva e predatória. 231. Visando tutelar esses direitos metaindividuais, a Lei da Ação Civil Pública prevê dois mecanismos de controle de tais práticas quando atingidos os direitos difusos e coletivos: a) possibilidade de celebração de um Termo de Ajuste de Conduta; e b) propositura de ações civil públicas. 232. No caso das infrações apuradas por esta Comissão Parlamentar de Inquérito tem-se que todas elas ou se enquadram no conceito de interesses difusos e coletivos ou direitos metaindividuais o que autoriza a adoção das medidas a serem propostas nos tópicos seguintes.

V.II - Termo de Ajuste de Conduta - TAC 233. A possibilidade e legitimidade dos órgãos públicos para celebrarem Termo de Ajuste de Conduta encontram-se previstas no art. 5º, § 6° da Lei Federal nº 7.347/1985 nos seguintes termos: Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: [...] § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial. 234. Com efeito, a Lei da Ação Civil Pública permite que apenas os órgãos públicos legitimados para propor a ação civil pública podem celebrar Termo de Ajuste de Conduta. 235. Os legitimados para propor ações civis pública estão relacionados no disposto no art. 5º da Lei nº 7.347/1985 c/c art. 82 do Código de Defesa do Consumidor, in verbis: Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007). I - o Ministério Público; II - a Defensoria Pública; III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; V - a associação que, concomitantemente: a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: I - o Ministério Público, II - a União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal; III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código; IV - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por este código, dispensada a autorização assemblear. 236. Portanto, conclui-se ser plenamente possível que o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública Estadual, a Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo, os Procon’s Estadual e municipais e a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa celebrem um Termo de Ajuste de Conduta junto às operadoras de telefonia a fim de que as irregularidades apuradas sejam corrigidas, cessando, destarte, os danos aos consumidores. 237. No que tange a participação da Comissão de Defesa do Consumidor, invoca-se para validar a sua legitimidade o previsto no art. 44 c/c art. 55 e art. 278 e ss. do Regimento Interno da Assembleia Legislativa que autorizam a referida Comissão atuar na defesa dos interesses e direitos difusos e coletivos dos consumidores. 238. Corroborando o acima exposto à uníssona jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça: ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. COBRANÇA DE TARIFA MÍNIMA NO FORNECIMENTO DE GÁS. AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. DEFESA DO CONSUMIDOR. LEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM. PRECEDENTES. 1. O art. 82, III, do CDC confere legitimação para o ajuizamento de demandas coletivas às "entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica, especificamente destinados a defesa dos interesses e direitos" para a tutela de interesses individuais homogêneos dos consumidores. 2. "Os órgãos que integram a Administração Pública direta ou indireta são legitimados para a

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defesa dos interesses transindividuais dos consumidores por força da prerrogativa que lhes é conferida pelo art. 82, III, do CDC, que deve sempre receber interpretação extensiva, sistemática e teleológica, de modo a conferir eficácia ao preceito constitucional que impõe ao Estado o ônus de promover, 'na forma da lei, a defesa do consumidor.'" (REsp 1.002.813/RJ, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, DJe 17/6/11) 3. A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro detém legitimidade para a propositura de demanda coletiva visando a defesa do consumidor. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.12 (original sem grifo ou destaque) 239. Independentemente da possibilidade da própria Comissão de Defesa do Consumidor assinar um Termo de Ajuste de Conduta com as operadoras, visando dar maior amplitude ao debate e garantir a participação de todas as entidades e órgãos públicos com interesse na solução das questões abordadas por esta CPI, foram convidados o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal, a Defensoria Pública Estadual e o Procon Estadual para juntos desta CPI celebrarem o Termo de Ajuste de Conduta, que veio a receber o título de Termo de Compromisso, o qual pode ser considerado um marco inédito para história desta Casa Legislativa. V.III - Ação Civil Pública 240. Não obstante a realização do aludido Termo de Compromisso à luz do exposto em linhas anteriores, nada impede que a Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa, observado o disposto no art. 278 e ss. do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, separadamente ou em conjunto com o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, a Defensoria Pública Estadual, a Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo, os Procon’s Estadual e municipais e demais órgãos públicos legitimados, proponha as ações civis públicas cabíveis em face das operadoras de telefonia que insistirem em descumprir o que determina o Código de Defesa do Consumidor, as Resoluções da Anatel e a legislação regente, caso continuem a cometer as infrações apuradas por esta Comissão Parlamentar de Inquérito. VI - CONCLUSÕES 241. De início é importante que se ressalte que o objetivo da presente Comissão Parlamentar de Inquérito nunca foi apontar culpados ou expor

12 Superior Tribunal de Justiça - Processo AgRg no REsp 928888 / RJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2007/0041313-1 - Relator: Ministro SÉRGIO KUKINA - Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA - Data do Julgamento: 16/05/2013 - Data da Publicação/Fonte: DJe 21/05/2013.

aleatoriamente os problemas que os consumidores do serviço de telefonia enfrentam diariamente. 242. Na realidade, os objetivos principais desta Comissão foram: a) verificar a qualidade do serviço prestado pelas operadoras; b) diagnosticar as principais reclamações dos consumidores; c) apurar eventuais danos aos consumidores e apontar a responsabilidade das operadoras; d) averiguar os avanços que as operadoras têm alcançado para por fim as infrações eventualmente cometidas; e) avaliar a atuação dos órgãos de defesa consumidor; e f) retratar e analisar o atual modelo de exploração do serviço de telefonia no Brasil. 243. Dentro dessa ideia basilar tentou-se primeiro ouvir os principais interessados, os consumidores capixabas. Para tanto foram realizadas sessões ordinárias, extraordinárias e audiências públicas no interior do Estado, além de terem sido convidados a depor diversos órgãos de defesa do consumidor, tais como o Procon Estadual e Municipal, a Defensoria Pública Estadual, a Delegacia de Defesa do Consumidor, o Ministério Público Estadual dentre outros que traçaram um panorama das principais reivindicações dos consumidores e apresentaram as ações que cada um daqueles órgãos estão executando. 244. Com base nos depoimentos colhidos e nos dados apresentados no decorrer dos trabalhos foi possível apurar que de fato há muito a ser feito no que tange a melhoria da qualidade do serviço de telefonia prestado no Estado do Espírito Santo. Basicamente diagnosticamos as seguintes e principais reclamações e violações aos direitos dos consumidores: a) ausência ou demora na resposta para as reclamações formuladas pelos consumidores; b) falha na cobertura do sinal e queda das ligações; c) vendas de planos e linhas em locais em quem sequer há a prestação do serviço; e d) cobranças indevidas, alteração unilateral de planos, multas abusivas em caso de cancelamento e os planos de fidelidade. 245. As provas inequívocas das infrações acima apontadas foram largamente demonstradas em seus respectivos subtópicos e revelaram as graves falhas das operadoras de telefonia na prestação do serviço principalmente se observado o valor da tarifa cobrada - segunda maior do mundo. 246. Não obstante, esta Comissão cumprindo o seu papel de zelar pela proteção aos direitos dos consumidores capixabas e apurar a responsabilidade por eventuais danos, sempre de forma isenta, também verificou e elogia os avanços feitos pelas operadoras de telefonia em alguns setores. Neste campo, reiteramos a necessidade de ampliação e intensificação da ferramenta Procon Fone operacionalizada entre o Procon Estadual e a operadora Vivo. 247. Outra ferramenta que merece destaque é o Projeto Carrapato da operadora Claro que visa por meio de aprimoramento do seu serviço de atendimento ao consumidor solucionar as reclamações redundantes dos consumidores. A ideia

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do aludido projeto é implantar dentro do centro de atendimento ao consumidor da própria empresa monitores que fiscalizam os próprios atendentes do SAC verificando se os protocolos de atendimento ao cliente estão sendo respeitados. 248. Na mesma linha, ainda que tenha havido resistência em pontos considerados fulcrais por esta CPI e pelos órgãos de defesa do consumidor, deve ser ressaltado o avanço obtido com a assinatura do Termo de Compromisso, o qual será melhor explicitado no subtópico ulterior. 249. Igualmente merecedor de elogios foi a criação do Programa “Comunicação do Campo” pelo Poder Executivo Estadual que em sua primeira etapa contou com a adesão apenas da operadora Vivo que instalou em localidades remotas do Estado 10 (dez) ERB’s / antenas de transmissão. Segundo consta, na segunda etapa do referido programa serão beneficiadas outras 71 (setenta e uma) novas localidades do interior capixaba, fazendo que com os benefícios e desenvolvimento advindos com o acesso ao serviço de telefonia móvel e 3G sejam ampliados para outros milhares de pessoas. 250. Em relação aos órgãos de defesa do consumidor foi verificado que a atuação deles apesar de intensa, ainda não é o suficiente para que as violações aos direitos do consumidor cessem. Além de uma maior integração entre eles, é preciso que haja uma pulverização dos Procon’s municipais, uma vez que no Estado do Espírito Santo ainda são poucos os municípios que os criaram e ainda assim os que existem não possuem os equipamentos e pessoal necessário para prestar um serviço adequado para os consumidores. 251. No caso do Procon Estadual, sempre presente as reuniões em que foi convidado, deve ser feita uma menção honrosa pelo trabalho apresentado. O caráter inovador das medidas propostas e convênios celebrados junto às empresas contribuem de modo surpreendente e rápido para a solução das reclamações feitas pelos consumidores naquela autarquia. 252. Se para aqueles órgãos ficam os elogios, o mesmo não pode ser dito à Agência Nacional de Telecomunicação - Anatel. Primeiro é indispensável destacar que o seu Superintendente Nacional apesar de convidado sequer compareceu a esta Comissão. Ademais, verificamos que parte considerável da culpa pela baixa qualidade do serviço de telefonia prestado pelas operadoras tem como fundamento a inoperância, a inércia e a falta de organização da Anatel para fiscalizar e combater as eventuais falhas do sistema. 253. Foi constatado que a Anatel, diferentemente de outras agências reguladoras federais, não fiscaliza adequadamente os serviços prestados pelas empresas de telefonia e os seus planos de metas são bem aquém do que determina a legislação de regência. 254. Não obstante, vê-se como importante a nova regulamentação propagada pelo Conselho Diretor da

Anatel no último dia 20/02/2014 que, dentre outras obrigações, prevê: cancelamento automático de serviços, retorno obrigatório de ligações das operadoras, caso haja interrupção da ligação junto aos call centers, mecanismos simplificados para contestar cobranças, validade mínima para os créditos dos celulares pré-pagos, tratamento isonômico entre novos e antigos assinantes, maior facilidade na comparação de preço e o fim da cobrança antecipada. 255. Certamente tal posicionamento adotado pela Anatel, em favor dos interesses dos consumidores, é, também, fruto do trabalho desenvolvido pelas Comissões Parlamentares de Inquérito instaladas em 18 (dezoito) Estados da Federação. A atuação dos Deputados Estaduais desses Estados, exercendo o seu papel fiscalizador, representou um verdadeiro levante dos consumidores e gerou uma pressão junto à Anatel que se viu obrigada a garantir avanços no atendimento aos consumidores e melhoria na prestação do serviço, inclusive com alterações regulatórias. 256. Entretanto, não basta a edição de novas regras se o controle e fiscalização do seu cumprimento permanecer no estágio atual. É necessário que a Anatel melhore e muito a sua atuação a fim de que essas novas obrigações não sigam o mesmo caminho das já existentes, ou seja, se tornem um regulamento que pouco cumprido pelas operadoras de telefonia, o que faz com que boa parte dos direitos dos consumidores exista somente no papel. 257. Ademais, é preciso que o Governo Federal faça uso do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações - Fistel. Estima-se que por ano referido fundo arrecade mais de R$ 4.000.000.000,00 (quatro bilhões de reais) que deveriam, nos termos do disposto no art. 1º da Lei Federal nº 5.070/1996, ser destinados “a prover recursos para cobrir despesas feitas pelo Governo Federal na execução da fiscalização de serviços de telecomunicações, desenvolver os meios e aperfeiçoar a técnica necessária a essa execução”. Contudo, sabe-se que ao invés de utilizar estes recursos para realizar tais investimentos, o Governo Federal utiliza aquele montante para alimentar o superávit primário de suas contas. 258. Na mesma linha segue os recursos existentes no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações - FUST e no Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (FUNTTEL) que simplesmente ou são pouco utilizados ou servem apenas como instrumentos contábeis para o Governo Federal, como dito no item anterior, alimentar o superávit primário de suas contas públicas. 259. Com efeito, pelos motivos acima expostos além de outros presentes no bojo deste relatório, será reforçada a necessidade de ser feito um novo marco regulatório da telefonia aonde, diferentemente do que ocorre atualmente, os interesses dos consumidores

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prevaleçam frente ao poderio econômico das operadoras. 260. Por fim, esta Comissão Parlamentar de Inquérito percebeu que falta ao consumidor capixaba o conhecimento necessário dos seus direitos a fim de que possa efetivamente exercitá-los. Neste ponto deve ser reconhecida uma atuação tímida, por parte do Estado e dos órgãos de defesa do consumidor, para divulgação e difusão, junto à população capixaba, sobre os direitos dos consumidores e em quais hipóteses é possível que eles possam requerer a reparação de danos. Com efeito, ao final deste relatório, será proposto uma série de recomendações que certamente contribuirão para disseminar as garantias previstas no Código de Defesa do Consumidor. VII - RECOMENDAÇÕES VII.I - Celebração do Termo de Compromisso 261. Conforme esclarecido no tópico V, as infrações aos direitos dos consumidores apuradas por esta Comissão Parlamentar de Inquérito se enquadram no conceito de direitos coletivos lato sensu, sendo plenamente cabível a celebração de um Termo de Compromisso pelos órgãos com competência constitucional e legal para tanto junto às empresas de telefonia disposta a cumprir o que determina a legislação de regência 262. Diante dessa perspectiva, iniciou-se uma série de tratativas junto as operadoras de telefonia, sob a coordenação do relator da CPI Deputado Paulo Roberto, devendo ser expressamente elogiada a atuação da Dra. Sandra Lengruber da Silva, Promotora de Justiça do Ministério Público Estadual, do Dr. Lucas Marcel Pereira Matias, Defensor Público Estadual, do Dr. Ademir Cardoso, Presidente do Procon Estadual e dos Procuradores da Assembleia Legislativa Drs. Eduardo Rocha Lemos e Léa Helena Lyrio Peres, os quais em conjunto com os membros desta Comissão Parlamentar de Inquérito, Deputados Estaduais Sandro Locutor, Da Vitória e Genivaldo Lievore foram fundamentais para que conseguíssemos chegar ao denominador comum, ainda que não seja o ideal sob o ponto de vista da defesa do consumidor. 263. Cabe ainda enaltecer a importância da cobertura jornalística feita pelos meios de comunicação do Estado no decorrer dos trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito. O papel primordial da imprensa ao divulgar as ações adotadas por esta CPI e pelos órgãos de defesa do consumidor foi de grande valia, pois, expôs flagrantemente para a sociedade os abusos cometidos e as dificuldades experimentadas pelos consumidores capixabas. 264. Trata o Termo de Compromisso de mais um passo fundamental para a atuação desta Casa

de Leis na busca da defesa intransigente dos direitos do consumidor e que certamente entrará para os anais da Assembleia Legislativa. Neste ponto, importante esclarecer que, por sua própria natureza, o Termo de Compromisso é um acordo, celebrado de modo consensual, não havendo como impor aos celebrantes qualquer obrigação sem a sua anuência. Assim, apesar da tentativa desta Comissão e dos órgãos de defesa do consumidor de acrescentar outras obrigações no referido termo, esbarrou-se na negativa das operadoras em aceitá-las. 265. Ainda assim, mesmo que algumas das obrigações previstas na legislação de regência não tenham sido contempladas no termo, por intransigência exclusiva das operadoras, não há impedimento legal para que a própria Assembleia Legislativa e os órgãos de defesa do consumidor continuem a fiscalizar e requeiram, inclusive judicialmente, que as obrigações não abarcadas no termo sejam cumpridas pelas empresas de telefonia. Em síntese, não há prejuízo algum com a sua celebração, pelo contrário, apenas avanços. 266. Com a celebração do aludido termo, cuja cópia acompanha o presente relatório circunstanciado, obrigou-se as empresas de telefonia a: a) disponibilizar gratuitamente em todos os seus canais de comunicação com seus consumidores a possibilidade de serem feitas solicitações, reclamações e pedidos de cancelamento de serviços, gerando prontamente um número de protocolo, cujo número deve ser encaminhado imediatamente ao consumidor, por meio de resposta automática via SMS, via e-mail, meio físico ou qualquer outro meio hábil, por meio do qual o consumidor terá acesso ao conteúdo de sua solicitação ou reclamação ao menos pela mesma via solicitada; b) instituir, no prazo de até 120 (cento e vinte) dias, chat on-line para formalização de reclamações e solicitações, disponibilizando em todos os meios de comunicação com os consumidores, exceto publicidades, informações sobre como obter o histórico das reclamações intrinsecamente ligadas ao consumidor; c) criar, no prazo de até 90 (noventa) dias, uma ferramenta de comunicação direta e exclusiva, por meio de canal 0800, para atendimento aos Procon’s Estadual e dos Municípios do Estado do Espírito Santo, com a finalidade de solucionar de forma célere e com caráter conciliatório as demandas apresentadas de cunho individual e de prestar as informações quando solicitadas; d) instalar, no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias, postos físicos de atendimento ou setores de relacionamento para recebimento de solicitações, reclamações e cancelamentos, quer através de lojas próprias, Correios, agentes autorizados exclusivos ou outros,

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ao consumidor para as empresas Claro, Oi e Vivo ao menos nos Municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, São Mateus, Colatina, Guarapari, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim, e para a empresa TIM nos Municípios de Vitória, Vila Velha, Serra, Sooretama, Itaguaçu, Afonso Cláudio, Baixo Guandu, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim; e) informar aos revendedores exclusivos que não recepcionam reclamações, por meio de sua rede de comunicação própria com fornecedores, que deverão esclarecer de forma direta e transparente aos consumidores que aqueles estabelecimentos comerciais não detêm capacidade para resolver as reclamações atinentes aos serviços prestados, devendo o consumidor procurar os canais de comunicações ofertados pelas empresas de telefonia caso necessite; f) promover, em ação conjunta, um grande mutirão no Estado do Espírito Santo, a comportar estrutura mínima de local e pessoal, durante todo o horário comercial de cada estabelecimento, atingindo os Municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, São Mateus, Colatina, Guarapari, Linhares, Cachoeiro de Itapemirim e Venda Nova do Imigrante, através de suas lojas próprias e revendas não próprias, exclusivas de cada operadora de telefonia ou outros pontos de atendimento previamente determinados e amplamente divulgados por elas de 01 a 18 de abril de 2014, para recebimento de reclamações de usuários e resposta das reclamações já propostas juntos aos órgãos de defesa do consumidor objetivando a resolução de conflitos; e g) criar ou manter, no prazo de até 60 (sessenta) dias, em seus endereços eletrônicos, links de consulta dos mapas de cobertura, anunciar em suas lojas próprias e agentes autorizados/revendas através de cartazes e a fazer constar nos seus contratos informações de forma clara e precisa a relação das áreas de cobertura do serviço quando da venda de linhas de telefonia e internet. 267. Em caso de descumprimento de qualquer uma das cláusulas do Termo de Compromisso pelas operadoras de telefonia será imposta uma multa diária de 10.000 (dez mil) VRTE’s, R$ 25.510,00 (vinte e cinco mil quinhentos e dez reais), limitada a 90 (noventa) dias, o que apenas por hipótese, no caso de incidência de descumprimento de todas as cláusulas por todas as operadoras, poderá gerar sanções superiores a R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais). 268. Do exposto conclui-se que foi um avanço significativo não apenas os trabalhos e fatos apurados, mas também as conclusões e medidas concretizadas por esta Comissão em conjunto com os demais órgãos de defesa do consumidor que, no cumprimento das suas obrigações legais, visando sempre a proteção dos direitos dos consumidores,

garantiram aos consumidores capixabas um tratamento digno frente aos abusos perpetrados pelas operadoras de telefonia. VII.II - Propositura de ações civis públicas 269. Conforme exposto no subtópico acima, recomenda-se que a Comissão de Defesa do Consumidor, nos termos do art. 278 e seguintes do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, separadamente ou em conjunto com o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, a Defensoria Pública Estadual, a Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo, os Procon’s Estadual e municipais e demais órgãos públicos legitimados, proponha as ações civis públicas cabíveis em face das operadoras de telefonia que insistirem em não cumprir o que determina o Código de Defesa do Consumidor, Resoluções e Planos de Meta da Anatel, além dos demais dispositivos previstos na legislação de regência. 270. Assim sendo, dando enfoque à falta de infraestrutura necessária para o atendimento ao consumidor, com especial destaque a falta de antenas, recomenda-se à Comissão de Defesa do Consumidor que, separadamente ou em conjunto com o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, a Defensoria Pública Estadual, a Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo, os Procon’s Estadual e municipais e demais órgãos públicos legitimados, analise a possibilidade de serem propostas ações civis públicas com vista a obrigar as empresas de telefonia a instalarem antenas na proporção do número de linhas habilitadas, requerendo, inclusive, se for necessário, a suspensão das vendas de novas linhas até o atingimento da meta estabelecida. VII.III - Aprimoramento das atribuições e composição do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor e maior integração e desenvolvimento dos Procon’s municipais 271. Mencionado tanto pelo delegado titular da Delegacia de Defesa do Consumidor quanto pela promotora de justiça responsável pelo Centro de Apoio de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual, o Centro Integrado de Defesa do Consumidor, composto pelo Procon Estadual, o Centro de Apoio de Defesa ao Consumidor do Ministério Público Estadual (CADC/MP-ES) e a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), é um excelente exemplo de que para atingir a promoção plena dos direitos dos consumidores é preciso que os órgãos estatais façam um intercâmbio perene de informações e experiência a fim de que, em conjunto, possam fazer um diagnóstico preciso das principais questões que afligem os consumidores capixabas.

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272. Assim sendo, recomenda-se que a Comissão de Defesa do Consumidor prepare um indicativo de projeto de lei para ser encaminhado para o Poder Executivo visando criar mecanismos efetivos de integração entre os órgãos de defesa do consumidor que compõem o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor (Sidecon-ES). VII.IV - Criação de um programa estadual para aparelhar, treinar e qualificar os Procon’s Estadual e municipais e a Delegacia de Defesa do Consumidor 273. Consoante dito em linhas anteriores, a atuação dos Procon’s municipais e Estadual, Delegacia de Defesa do Consumidor e dos demais órgãos públicos que atuam nessa seara é de fundamental importância para que o Sistema Estadual de Defesa do Consumidor (Sidecon-ES) possa funcionar de forma plena. 274. Entretanto, apurou-se que a criação de novos Procon’s municipais e a melhoria do atendimento dos já existentes esbarram na falta de recursos dos municípios capixabas para investir nesse tipo de serviço. Ademais, deve ser reconhecida a precária situação da estrutura da Delegacia de Defesa do Consumidor que funciona em condições muito abaixo do desejável. 275. Assim sendo, recomenda-se que a Comissão de Defesa do Consumidor prepare um projeto de lei autorizando o Poder Executivo a criar um programa estadual para aparelhar, treinar e qualificar os Procon’s municipais, a Delegacia de Defesa do Consumidor e demais órgãos públicos que atuam nessa área, podendo ser utilizados os recursos existentes no Fundo Estadual de Defesa do Consumidor. 276. Ademais, tendo em vista que o setor de telefonia é o que demanda maior número de atendimentos junto aos Procon’s, sugere-se ao Procon Estadual a implementação de uma Câmara de Conciliação exclusiva para o atendimento a fim se dar celeridade na resolução das reclamações relacionadas aos serviços prestados pelas operadoras de telefonia. VII.V - Criação de um programa semanal na TV ALES que trate especificamente dos direitos do consumidor 277. Visando ampliar a conscientização o consumidor capixaba dos seus direitos, tendo em vista a estrutura de pessoal e equipamentos da TV ALES, especialmente agora com o início da sua transmissão em canal aberto, recomenda-se que a Mesa Diretora juntamente com a Secretaria de Comunicação desta Casa de Leis criem um programa semanal voltado ao consumidor com uma linguagem simples, acessível à população capixaba.

278. Para tanto, sugere-se que na equipe de produção tenha um profissional especializado na área para assessorar os servidores e jornalistas da TV ALES, podendo a Procuradoria-Geral da Assembleia, por meio do Centro de Estudo e Pesquisa da Procuradoria, indicar o nome de um Procurador para assessorar juridicamente o programa. VII.VI - Criação do Dia Estadual da Conciliação com as Operadoras de Telefonia 279. Dentro dessa ideia de ampliar a conscientização do consumidor capixaba acerca dos seus direitos, observando o elevado número de demandas junto ao Procon Estadual e municipais, bem como no Poder Judiciário, recomenda-se que seja criado o Dia Estadual da Conciliação com as Operadoras de Telefonia que servirá como marco para que na data escolhida sejam feitos mutirões em todo o Estado do Espírito Santo para atendimento e resoluções das reclamações dos consumidores assim como ocorre na prestigiada e exitosa Semana Nacional de Conciliação promovida pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ. VII.VII - Inclusão na pauta permanente da Comissão de Defesa do Consumidor a fiscalização e apuração das infrações perpetradas pelas Operadoras de Telefonia 280. Recomenda-se a inclusão na pauta de atuação da Comissão de Defesa do Consumidor como tema perene a fiscalização e controle das eventuais infrações cometidas contra os direitos dos consumidores realizadas pelas operadoras de telefonia que prestam serviço no Estado do Espírito Santo. 281. Ademais, sugere-se que a Comissão de Defesa do Consumidor em conjunto com as Comissões de Saúde e Saneamento e a de Proteção ao Meio Ambiente e a Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo - AMUNES verifiquem quais medidas podem ser adotadas a fim de viabilizar e facilitar, dentro dos parâmetros legais, a instalações de novas antenas de transmissão no nosso Estado, inclusive viabilizando a instalações de antenas móveis para atender as demandas sazonais nos municípios com vocação turística. VII.VIII - Criação do Código de Defesa do Consumidor comentado e um sistema “push” de notícias e julgamentos relacionados aos direitos do consumidor 282. Ainda na linha de difundir os direitos dos consumidores, visando torna-los mais acessíveis para grande parte da população, recomenda-se que a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, por meio do Centro de Pesquisa e Estudo da

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Procuradoria e da Comissão de Defesa do Consumidor, elabore e disponibilize em link próprio, o Código de Defesa do Consumidor comentado. 283. A presente proposta tem como objetivo esclarecer e expor ao consumidor os seus direitos de uma maneira mais acessível evitando-se ao máximo linguajar jurídico. Vale lembrar que o próprio Código de Defesa do Consumidor determina que os estabelecimentos comerciais disponibilizem um exemplar seu para consulta. Contudo, para o homem médio o texto ali disposto é de difícil compreensão, sendo praticamente inútil sob o ponto de vista prático a sua disponibilização. 284. Com a edição e a disponibilização eletrônica de um Código de Defesa do Consumidor comentado além de ser mais simplificado do que texto original, ainda serão compiladas as principais decisões judiciais sobre os diversos temas ali tratados, garantindo-se ao leitor uma ferramenta poderosa na busca de seus direitos. 285. Também a cargo do Centro de Pesquisa e Estudo da Procuradoria e da Comissão de Defesa do Consumidor, recomenda-se ainda a criação de um sistema “push” de notícias e decisões judiciais que serão encaminhadas semanalmente as pessoas que se cadastrarem. Trata-se de um mecanismo simples, sem custos e extremamente válido que permitirá o envio semanal de informativos contendo as principais decisões judiciais e notícias envolvendo os direitos do consumidor do país inteiro. VII.IX - Realização de cursos na Escola do Legislativo sobre os direitos dos consumidores 286. Seguindo o exposto nas recomendações anteriores, na busca de ampliar e propagar os direitos dos consumidores recomenda-se que Escola do Legislativo oferte periodicamente cursos sobre o tema, inclusive ampliando o seu acesso a todos os interessados, caso a totalidade de vagas não seja preenchida. 287. Neste ponto ressalta-se que o Estado do Espírito Santo detém competência legislativa para editar leis que versem sobre responsabilidade por dano ao consumidor, produção e consumo nos termos do disposto no art. 22, V e VIII da Constituição Federal, portanto, a participação dos servidores da Assembleia Legislativa nesses cursos seria de fundamental importância. VII.X - Expansão da ferramenta Procon Fone para as demais operadoras de telefonia, prestadores de serviço e fornecedores de produtos 288. Não obstante o disposto no item VII.I, recomenda-se que o Procon Estadual e os Procon’s municipais expandam a ferramenta do Procon

Fone e celebrem convênios com os prestadores de serviço e fornecedores de produtos voltados para o setor de telefonia, para que instituam em seus serviços de atendimento ao consumidor essa poderosa e eficaz linha direta de solução das reclamações dos consumidores. VII.XI - Expansão do Programa Comunicação no Campo 289. Igualmente merecedor de elogios foi a criação do Programa “Comunicação no Campo” pelo Poder Executivo que em sua primeira etapa contou com a adesão apenas da operadora Vivo, instalando em localidades remotas do Estado 10 (dez) torres com antenas de transmissão de telefonia móvel e internet 3G. Numa segunda etapa do programa serão beneficiadas outras 71 (setenta e uma) localidades do interior fazendo que com os benefícios e desenvolvimento advindos com o acesso do serviço de telefonia móvel e internet 3G sejam ampliados para essas novas comunidades, atendendo a milhares de capixabas. 290. Não obstante o disposto na sugestão feita no subtópico VII.I, recomenda-se que as operadoras de telefonia que ainda não se sensibilizaram com a necessidade de interiorização do serviço de telefonia no nosso Estado, intensifiquem as instalações dessas antenas, ampliando o número de comunidades não atendidas pelo Programa “Comunicação no Campo”. VII.XII - Necessidade de um novo marco regulatório da telefonia 291. Ao longo dos trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito ficou devidamente demonstrada a premente necessidade da União numa ação conjunta entre a Presidência da República e o Congresso Nacional editarem um novo marco regulatório da telefonia. 292. Atualmente, não há dúvida de que o serviço de telefonia e acesso a internet são considerados como essenciais para o cidadão uma vez que os seus papéis na sociedade moderna como ferramenta socializadora dos indivíduos é de indiscutível importância. Não é exagero dizer que é ao redor do serviço de telefonia e da rede mundial de computadores que a economia e as relações sociais se desenvolvem em alguns casos com maior ou menor intensidade. E num futuro muito próximo, a demanda por esse serviço caminha para uma expansão da comercialização de smartfones com novos aplicativos, GPS, rastreadores de veículos, sem falar no crescente uso das máquinas de cartão de crédito e débito. 293. A tecnologia empregada nesse tipo de serviço e a sua evolução requerem um novo olhar dos órgãos públicos diferentemente do que havia

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quando da edição da Lei das Telecomunicações em 1997. O cenário econômico do Brasil e os mecanismos regulamentares imaginados naquela época hoje estão ultrapassados, pois, o desenvolvimento tecnológico e a ampliação da dependência do serviço de telefonia se intensificaram numa progressão geométrica surpreendente. 294. Se logo após a implantação do Plano Real o cenário das contas do Brasil era um, atualmente a estabilidade econômica é uma realidade que permite uma maior margem de negociação junto aos investidores nacionais e internacionais. Se em 1997 o custo para aquisição de uma linha fixa era altíssimo e o serviço de telefonia móvel inacessível, hoje a realidade é absolutamente diferente sendo possível comprar um chip de telefonia até mesmo numa banca de jornal. 295. Analisando a legislação editada a época da privatização do serviço de telefonia verificamos que a preocupação era evitar a falência do sistema ante a impossibilidade do Governo Federal investir naqueles setores em que detinha o monopólio. Os serviços prestados eram ainda piores do que hoje, havia um verdadeiro caos. Deste modo, optou-se pela exploração do serviço por meio de autorização e o regime tarifário livre sem que houvesse um controle efetivo do Estado. 296. Entretanto, a experiência demonstra que a realidade de hoje exige um novo posicionamento do Estado, a liberdade concedida às operadoras de telefonia resultou nos abusos descritos ao longo do presente relatório e a inércia da Anatel escancara a necessidade de repensarmos um novo modelo de fiscalização e regulamentação mais rígido. 297. A ausência de metas objetivas e concretas, a falta de apuração das irregularidades apontadas pelos consumidores e órgãos de defesa do consumidor, suspeitas de conluio em alguns casos de diretores da Anatel e as operadoras e a falta de transparência das ações executadas pela agência reguladora demonstram que é preciso repensar o marco regulatório estabelecido com a edição da Lei Geral das Telecomunicações. 298. Dentre outras mudanças, na linha do movimento nacional liderado pela Unale, propomos a implementação dos seguintes pontos no novo marco regulamentatório: a) Igualdade entre as tarifas dos serviços de telefonia pré e pós-pago; b) fim da tarifa básica da telefonia fixa; c) eliminação da tarifa de interconexão; d) disponibilidade detalhada da conta do pré-pago (online); e) desoneração dos tributos incidentes na conta telefônica; f) aumento do percentual de exigência às operadoras por parte da Anatel das áreas de cobertura para celulares e banda larga em municípios, nos mesmos parâmetros das zonas urbanas e rurais; f) venda de novas linhas de celulares limitada ao número de canais/sites disponíveis; g) criação de um mecanismo de "aceite" do usuário, na relação com a operadora, quando houver contratação de novos planos ou mudança dos mesmos; h) eliminação da tarifa de deslocamento, quando o usuário está em outra área de cobertura.

VII.XIII - Encaminhamento do relatório aos órgãos de defesa do consumidor e sua disponibilização eletrônica no site da Assembleia Legislativa 299. Recomenda-se o encaminhamento de cópia integral do presente relatório circunstanciado aos órgãos de defesa do consumidor atuantes no Estado do Espírito Santo, em especial para o Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, a Defensoria Pública Estadual, Delegacia de Defesa do Consumidor, Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo e Procon’s Estadual e municipais, bem como, para a Anatel, Ministério das Comunicações, Senado e Câmara Federal, Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor e Unale. Importante também, a disponibilização eletrônica no site da Assembleia Legislativa, para todos os interessados. 300. Por fim, no que se refere ao Ministério Público Federal, pede-se uma atenção especial em face da omissão da Anatel, diante das provas colacionadas por esta Comissão Parlamentar de Inquérito, uma vez que restou devidamente comprovado que as operadoras de telefonia descumprem pontos fulcrais dos atos regulatórios expedidos pela própria Anatel. Há de ser verificado ainda, se não é o caso de responsabilização da Direção Nacional da Anatel frente a sua conduta omissiva, pela sua não colaboração junto aos trabalhos desta Comissão. Face ao exposto, após os trabalhos procedidos, com a análise minuciosa dos documentos apensados ao presente processo, os quais foram devidamente escriturados cronologicamente, apresento o relatório circunstanciado da presente CPI da Telefonia, bem como, as recomendações constantes do mesmo, aos Doutos Membros que compõem a referida Comissão, para análise, apreciação e votação final.

PARECER DA COMISSÃO

A Comissão Parlamentar de Inquérito, criada pela Resolução n.º 3.376/13, para apurar a responsabilidade por danos causados ao consumidor na prestação inadequada de serviços de Telefonia oferecidos pelas operadoras que atuam no Estado do Espírito Santo, delibera por unanimidade acompanhar o Relator e aprovar na íntegra o Relatório Final, bem como, todas as recomendações constantes do mesmo, para as providências cabíveis, com a documentação pertinente em anexo. Sala das comissões, em 25 de fevereiro de 2014.

Deputado Sandro Locutor (Presidente) Deputado Da Vitória (Vice-Presidente)

Deputado Paulo Roberto (Relator) Deputado Genivaldo Lievore (Membro Efetivo)

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48 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 49

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 53

ATOS ADMINISTRATIVOS

ATOS DA MESA DIRETORA

ATO Nº 135

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

EXONERAR, na forma do artigo 61, § 2º,

alínea “a”, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, ARNALDO LOUREIRO DA SILVA, do cargo em comissão de Coordenador-Geral de Gabinete de Representação Parlamentar, código CGGRP, do gabinete do Deputado José Carlos Elias, contida no processo nº 140557/2014, a partir de 01.04.2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em

12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 136

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, FILOMENA PEREIRA DA SILVA, para exercer o cargo em comissão de Adjunto de Gabinete de Representação Parlamentar, código ADGRP, no gabinete do Deputado Jamir Malini, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140534/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 137

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

EXONERAR, na forma do artigo 61, § 2º, alínea “a”, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, SAGIANO DE SOUZA SANTANA, do cargo em comissão de Assistente de Gabinete de Representação Parlamentar, código ASGRP, do gabinete do Deputado Glauber Coelho, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140522/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 138

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

EXONERAR, na forma do artigo 61, § 2º, alínea “a”, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, JANE MENDONCA VIOLA, do cargo em comissão de Adjunto de Gabinete de Gabinete de Representação Parlamentar, código ADGRP, do gabinete do Deputado Atayde Armani, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140492/2014, a partir de 28.02.2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 139

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

EXONERAR, na forma do artigo 61, § 2º, alínea “b”, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, FABIO LÚCIO RODRIGUES, do cargo em comissão de Técnico Júnior de Gabinete de Representação Parlamentar, código TJGRP, do gabinete do Deputado José Carlos Elias, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140537/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

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54 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 140

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

EXONERAR, na forma do artigo 61, § 2º, alínea “a”, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, ADRIANA DUTRA BARBOZA, do cargo em comissão de Técnico Júnior de Gabinete de Representação Parlamentar, código TJGRP, do gabinete da Deputada Lúcia Dornellas, por solicitação da própria Deputada, contida no processo nº 140535/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 141

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

EXONERAR, na forma do artigo 61, § 2º, alínea “a”, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, AMANDA GAMA, do cargo em comissão de Assessor Sênior da Secretaria, código ASS, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 142

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de

1994, TIAGO DE SOUZA MARTINS, para exercer o cargo em comissão de Supervisor de Gabinete do Líder do Governo, código SGLG, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 143

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, MILENE GODOY BERNARDINO, para exercer o cargo em comissão de Assessor Sênior da Secretaria, código ASS, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 144

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, ROSANA DOS SANTOS BARCELOS, para exercer o cargo em comissão de Adjunto de Gabinete de Representação Parlamentar, código ADGRP, no gabinete do Deputado Marcelo Santos, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140570/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 55

ATO Nº 145

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, AMANDA GAMA, para exercer o cargo em comissão de Adjunto de Gabinete de Representação Parlamentar, código ADGRP, no gabinete do Deputado Atayde Armani, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140493/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 146

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, CHRISTIAN FELIPE VIEIRA DO NASCIMENTO, para exercer o cargo em comissão de Adjunto de Gabinete de Representação Parlamentar, código ADGRP, no gabinete do Deputado Atayde Armani, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140495/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 147

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar nº 46, de 31 de janeiro de 1994, FABIO LUCIO RODRIGUES, para exercer o cargo em comissão de Técnico Sênior de Gabinete de Representação Parlamentar, código TSGRP, no

gabinete do Deputado José Carlos Elias, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 140538/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 148

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

TORNAR SEM EFEITO o Ato nº 2003, publicado no Diário do Poder Legislativo em 27.01.2014, que nomeou, JAQUELINE CARDIAL DA SILVA, para exercer o cargo em comissão de Supervisor de Gabinete do Líder do Governo, código SGLG, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 149

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 17, inciso X do Regimento Interno, e conforme consta no Processo Administrativo nº 140139/2014, resolve:

Efetuar o enquadramento dos servidores titulares do cargo efetivo de Consultor Parlamentar Temático da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, de acordo com a Lei Complementar nº 708/2013, alterada pela Lei Complementar nº 717/2013, tendo em vista o disposto no art. 14 da Lei Complementar nº 762/2014, e em conformidade com os dados fornecidos pela CGDV, a partir de 14/01/2014, conforme tabela abaixo:

Matrícula Nome do Servidor Cargo Classe

203398 ELANE DE CERQUEIRA CRUZ

CONSULTOR PARLAMENTAR TEMÁTICO

II

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56 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

201314 LAURENY SANTOS DE OLIVEIRA

CONSULTOR PARLAMENTAR TEMÁTICO

III

035984 MARCOS PONTES DE AQUINO

CONSULTOR PARLAMENTAR TEMÁTICO

IV

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em

12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 150

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONCEDER 05% (cinco por cento), a partir de 10/02/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus MÔNICA MOREIRA, matrícula nº 206808, Assistente de Gabinete de Representação Parlamentar - ASGRP.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 151

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONCEDER 05% (cinco por cento), a partir de 24/02/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus JULIANA VIEIRA VOSS SCALFONI, matrícula nº 206739, Coordenador Especial da Escola do Legislativo - CEEL, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 152

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONCEDER 05% (cinco por cento), a partir de 20/02/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus LAURO LUIZ DE SOUZA LINS, matrícula nº 203709, Assistente de Gabinete de Representação Parlamentar - ASGRP.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 153

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONCEDER 05% (cinco por cento), a partir de 07/02/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus BRENDA DE OLIVEIRA CARVALHO, matrícula nº 206789, Assessor Júnior da Supervisão da Comissão de Educação - AJSCE, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 154

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONCEDER 5% (cinco por cento), a partir de 20/05/2011 (Data da protocolização do pedido

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 57

de averbação) a 01/01/2013 (data da exoneração da servidora), de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, de ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus MARIA DA PENHA MAJESKI DE JESUS PEREIRA, matrícula nº 207639, Exonerada do cargo de Técnico Júnior de Gabinete de Representação Parlamentar - TJGRP.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 155

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CONCEDER 05% (cinco por cento), a partir de 10/02/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus GRACIELA DOS SANTOS FRISSO, matrícula nº 206805, Técnico Júnior de Gabinete de Representação Parlamentar - TJGRP.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 156

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

ELEVAR para 36,24% (trinta e seis vírgula vinte e quatro por cento) a partir de 16/02/2014, na forma do artigo 108 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE ASSIDUIDADE a que faz jus CARLI MARGARIDA GUARNIER SILVA, matrícula nº 016569, Procurador - EP, da Secretaria da Assembleia Legislativa, referente ao 3º decênio de 19/02/2004 a 15/02/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 157

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

ELEVAR para 60% (sessenta por cento), a partir de 17/02/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus OLIMPIO VIANA MORAES, matrícula nº 203516, Técnico Legislativo Sênior - ETLS, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 158

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve: ELEVAR para 37% (trinta e sete por cento), a partir de 18/02/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus AGNALDO DOS SANTOS MOTTA, matrícula nº 201075, Técnico Legislativo Sênior - ETLS, da Secretaria da Assembleia Legislativa

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 159

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

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58 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

ELEVAR para 36,35% (trinta e seis vírgula trinta e cinco por cento) a partir de 27/01/2014, na forma do artigo 108 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE ASSIDUIDADE a que faz jus ANGELA CAROLINA DE OLIVEIRA MENDONÇA, matrícula nº 200602, Técnico Legislativo Sênior - ETLS, da Secretaria da Assembleia Legislativa, referente ao 3º decênio de 30/01/2004 a 26/01/2014.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 160

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve: ELEVAR para 49,5% (quarenta e nove vírgula cinco por cento), a partir de 15/01/2014, de acordo com o art. 106 da Lei Complementar nº 46/94, o ADICIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO, a que faz jus MARIA RITA DE PAULA, matrícula nº 028730, Técnico Legislativo Júnior - ETLJ, da Secretaria da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 161

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 17, inciso X do Regimento Interno, resolve:

Efetuar o enquadramento pela modalidade de remuneração por subsídio do servidor ALÉCIO JOCIMAR FÁVARO, matrícula 203268, no cargo de PROCURADOR DE 3ª CATEGORIA, de acordo com o art. 7º da Lei Complementar nº 708/2013, alterada pela Lei Complementar nº 717/2013, com efeitos financeiros a partir de 01/04/2013.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 12 de março de 2014.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATOS DO SUBDIRETOR-GERAL

RESUMO DO CONVÊNIO DE CESSÃO DE

SERVIDOR - BANESTES EXTERNO

A Subdireção Geral da Secretaria – Setor de Contratos e Convênios da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo em atendimento ao que dispõe o parágrafo único do artigo 61 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, torna pública a celebração do Convênio, conforme descrito abaixo: CEDENTE: BANCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - BANESTES CESSIONÁRIA: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. OBJETO: Cessão do servidor Mauro Ferreira de Rezende a partir 01/02/2014 até 31/01/2015. PROCESSO: 110608 VIGÊNCIA: O prazo de vigência contratual será de 12 (doze) meses.

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 12 de março de 2014.

OCTAVIO LUIZ ESPINDULA Subdiretor-Geral da Secretaria

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

13 DE MARÇO (QUINTA-FEIRA)

10 horas – Audiência Pública da Comissão de Infraestrutura

Tema: A regulamentação das atividades profissionais de despachantes de trânsito, perante o Departamento de Trânsito do ES.

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 59

Local: Auditório Hermógenes Lima da Fonseca 13 horas – Seminário de Orientação Profissional do Cress Local: Auditório Hermógenes Lima da Fonseca 19 horas – Audiência Pública da Comissão de Segurança Tema: Construção de uma delegacia, nomeação de delegado titular para o município de Itarana, em decorrência dos altos índices de violência. Local: Câmara Municipal de Itarana. Rua Estevão Colnago, 65. 14 DE MARÇO (SEXTA-FEIRA)

19 horas – Audiência Pública da Comissão de Política Sobre Drogas Tema: Dependência química, prevenção, acolhimento, tratamento e programa de governo Rede Abraço. Local: Câmara Municipal de Mimoso do Sul -- Secretaria de Comunicação Social Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) www.al.es.gov.br www.facebook.com/parlamentocapixaba www.twitter.com/assembleia_es (27) 3382-3507 / 3382-3550

• QUINTA-FEIRA - 13.03.14 •

HORA PROGRAMAS SINOPSES

07H00 STJ: STJ CIDADÃO As leis que regulamentam e punem os comportamentos abusivos em

relação aos animais. O direito dos animais é o assunto tratado no programa de hoje.

07h30 SESSÃO ESPECIAL DA COMISSÃO DE FINANÇAS

Presença do Governador do Estado, Renato Casagrande, para prestação de contas.

12H00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS

O programa mostra uma reportagem especial sobre a cultura, história e economia do município de Santa Leopoldina.

12H30

MPT – TRABALHO LEGAL

O programa tem como objetivo de facilitar o entendimento das regras do mundo do trabalho. Os assuntos principais desta edição são: Os idosos no mercado de trabalho e o assédio sexual no ambiente de trabalho.

13H00 UNIDIVERSIDADE O programa traz: “Desconstruindo a cura gay”

13H30 OPINIÃO Professora de Ciências Sociais da UFES, Cristiana Lozecann, fala

sobre as manifestações que ganharam as ruas do Brasil a partir de junho de 2013.

14H00 PANORAMA Telejornal com as principais notícias do legislativo.

14H15 AÇÃO PARLAMENTAR

Deputado Roberto Carlos (PT) fala sobre a implantação da Lei de Acesso à Informação no Legislativo Capixaba e ainda a luta por uma instituição de ensino superior estadual.

14H45 BIOGRAFIA Jones dos Santos Neves governou duas vezes o estado do Espírito

Santo, primeiramente como interventor federal em 1945, e depois como governador eleito, de 1951 a 1952.

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60 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

15H00 TRIBUNAL DE CONTAS DO ES

Trabalhos do Tribunal de Contas do ES

18H00 AÇÃO PARLAMENTAR

Deputado Roberto Carlos (PT) fala sobre a implantação da Lei de Acesso à Informação no Legislativo Capixaba e ainda a luta por uma instituição de ensino superior estadual.

18H30 UM DEDO DE PROSA

Vitor Nogueira é jornalista e fotógrafo. A cultura capixaba sua grande inspiração. Sua última publicação se chama “Impressões”, uma obra composta de 62 fotografias da natureza e do folclore do Espírito Santo, acompanhadas de poemas do autor.

19H00 MPF: INTERESSE PÚBLIC

O programa abordará o problema do sistema prisional brasileiro, abarrotado e violento.

19H30 TV ESCOLA O programa explica como participar de um processo legislativo

20H00 MUNICÍPIOS CAPIXABAS

O programa mostra uma reportagem especial sobre a cultura, história e economia do município de Santa Leopoldina.

20H30 UNIDIVERSIDADE O programa traz: “desconstruindo a cura gay”

21H00 PERSONALIDADES Conheça mais sobre trajetória do compositor Raul Sampaio.

21H30 MPT – TRABALHO LEGAL

O programa tem como objetivo de facilitar o entendimento das regras do mundo do trabalho. Os assuntos principais desta edição são: Os idosos no mercado de trabalho e o assédio sexual no ambiente de trabalho

22H00 PANORAMA Telejornal com as principais notícias do legislativo.

22H15 MP COM VOCÊ A Promotora Paula Fernanda Almeida de Pazolini fala sobre o

projeto de ressocialização de egressos do sistema penitenciário. Fala também sobre a atuação do júri dentro do Ministério Público.

22H45

OPINIÃO Professora de Ciências Sociais da UFES, Cristiana Lozecann, fala sobre as manifestações que ganharam as ruas do Brasil a partir de junho de 2013.

23H15

AÇÃO PARLAMENTAR

Deputado Roberto Carlos (PT) fala sobre a implantação da Lei de Acesso à Informação no Legislativo Capixaba e ainda a luta por uma instituição de ensino superior estadual.

23H45

MEMÓRIAS DA DEMOCRACIA

O Ministro Paulo Brossard, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral de 1992 a 1993, conta um pouco da história da Justiça Eleitoral e fala sobre temas atuais como a reforma eleitoral e os partidos políticos.

00H15 SBC: DE CORAÇÃO DR. Luis Otávio Caboclo fala sobre a epilepsia.

Legenda: (R) - REPRISE; (V) - AO VIVO;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 61

ATAS DAS SESSÕES E DAS REUNIÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES

COMISSÃO DE FINANÇAS,

ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS. PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 10 DE FEVEREIRO DE 2014.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos da Comissão de Finanças.

Solicito à Senhora Secretária que proceda à leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS:

Ofício n.º 548/2013, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando cópia da celebração de convênio que especifica: Resumo do Termo de Convênio nº 023/2013 - Associação Recreativa e Cultural Mocidade Unida da Gloria - Objeto: cooperação técnico cultural financeira, entre os partícipes, no sentido de viabilizar apoio para a aquisição de Instrumentos Musicais e Microfones para a Associação Recreativa e Cultural Mocidade Unida da Glória, no Município de Vila Velha/ES - Valor Total: R$ 30.000,00.

Ofício n.º 509/2013, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando cópia do Resumo do Termo de Convênio que especifica: Resumo do Termo de Convênio n.º 015/2013 - Associação da Cultura Italiana de Cariacica - objeto: cooperação técnica, cultural e financeira entre os partícipes para a aquisição de material permanente e de material de consumo para a Associação da Cultura Italiana de Cariacica - Valor total: R$ 15.000,00.

Ofício n.º 523/2013, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando cópia do Resumo do Termo de Convênio que especifica: Resumo do Termo de Convênio n.º 024/2013 - Instituto Geração - Centro Cultural e Audiovisual de Estudos, Pesquisas, Eventos, Projetos, Informação e Meio Ambiente - objeto: cooperação técnica, cultural e financeira entre os partícipes, no sentido de

viabilizar apoio para a realização do 20.º Vitória Cine Vídeo - 17.ª Mostra Competitiva Nacional - Valor total: R$ 448.504,85.

Ofício n.º 505/2013, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando o Resumo do Termo de Convênio que especifica: Resumo do Termo de Convênio n.º 014/2013 - Associação Desportiva, Cultural, Social e Educacional de Capoeira e Artes Afro-Brasileiras Aliança - objeto: cooperação técnica, cultural e financeira entre os partícipes para a realização do Projeto Capoeira - Cultura Presente - Valor Total: R$ 278.069,15.

Ofício n.º 502/2013, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando o Resumo dos Termos de Convênio que especifica: Resumo do Termo de Convênio n.º 012/2013 - Instituto Modus Vivendi de Desenvolvimento Social, Cultural e Ambiental - objeto: cooperação técnica, cultural e financeira entre os partícipes para a Edição e Publicação do livro In Nomine Domini - Valor Total: R$ 27.800,00.

Ofício n.º 490/2013, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando o Resumo do Termo de Convênio que especifica: Resumo do Termo n.º 019/2013 - Associação Circense Anjos do Picadeiro - objeto: cooperação técnica, cultural e financeira entre os partícipes para a Realização do Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória - 9.ª Edição - Valor Total: R$ 500.000,00.

Processo Administrativo n.º 133769/2013, do Tribunal de Contas do Espírito Santo, encaminhando para apreciação o Relatório de Atividades deste Tribunal de Contas, referente ao 3.º trimestre de 2013.

Mensagem n.º 321/2013, do Governador do Estado, encaminhando cópias dos Regimes de Obrigações Acessórias - Reoa’s, bem como Termos de Acordo, que relaciona: REOA n.º 017/2013 - Beneficiária: Cia. Siderúrgica Santa Bárbara; Termo de Acordo Sefaz n.º 141/2013 - Beneficiária: RDG Aços do Brasil S/A; Termo de Acordo Sefaz n.º 142/2013 - Beneficiária: RDG Aços do Brasil S/A; Termo de Acordo Sefaz n.º 143/2013 - Beneficiária: RDG Aços do Brasil S/A; Termo de Acordo Sefaz n.º 144/2013 - Beneficiária: RDG Aços do Brasil S/A; Termo de Acordo Sefaz n.º 149/2013 - Beneficiária: Intercom Comércio Internacional Ltda;

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62 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Termo de Acordo SEFAZ n.º 150/2013 - Beneficiária: Atacadão Distribuição Comércio e Indústria Ltda;

Mensagem n.º 310/2013, do Governador do Estado, encaminhando cópias dos Termos de Acordo e Termos Aditivos aos Termos de Acordo que especifica; REOA n.º 016/2013 - Beneficiária: Itautec S/A Grupo Itautec; Termo de Acordo Sefaz n.º 140/2013 - Beneficiária: VIX Comércio de Produtos Farmacêuticos e Hospitalares Ltda.; Termo de Acordo Sefaz n.º 145/2013 - Beneficiária: Fort Flex Comercial Ltda.; Termo Aditivo ao Termo de Acordo Invest-ES n.º 015/2004 - Beneficiária: Diancogrês Cerâmica S/A; Termo Aditivo ao Termo de Acordo Invest-ES n.º 023/2004 - Beneficiária: Incesa Revestimento Cerâmico Ltda. Termo Aditivo ao Termo de Acordo Invest-ES n.º 192/2010 - Beneficiária: Juli Sling do Brasil Ltda.

Ofício n.º 529/2013 do Secretário-Geral das Seções do Tribunal de Contas do Espírito Santo, encaminhando cópia da decisão do voto do relator, Conselheiro Domingos Augusto Taufner, do Relatório de Análise Fiscal RA-F n.º 14/2013 e do Apêndice -A.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Registro a presença dos Senhores Deputados Euclério Sampaio e Luzia Toledo e do Senhor Humberto Alves de Souza, o Betinho, Prefeito de Apiacá. Comunico aos Senhores Deputados que não há quorum para entrarmos da Ordem do Dia e votarmos os projetos em pauta. Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 13h 51min. _______________________________________________

COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS. SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 17 DE FEVEREIRO DE 2014.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus declaro abertos os trabalhos da Comissão de Finanças.

Convido a Senhora Secretária a proceder à leitura da ata da primeira reunião ordinária, realizada em 10 de fevereiro de 2014. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Não havendo quorum para votação da ata, solicito à Senhora Secretária que proceda à leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê: EXPEDIENTE: CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: Comunicado 0/2013 - Ministério da Educação - Comunicado do Presidente do Fundo Nacional de Educação, comunicando a liberação de recursos financeiros que especifica: Comunicado N.º AL143122/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF São Sebastião do Norte - R$ 26.323,49; Comunicado N.º AL143123/2013 - Beneficiária: Unidade Executora Complexo Esportivo Soteco - R$ 46.314,30; Comunicado N.º AL143124/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Rita de Cássia Oliveira -R$ 28.825,26; Comunicado N.º AL143117/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Zenóbia Leão -R$ 5.502,29; Comunicado N.º AL143118/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF de São Sebastião -R$ 34.760,00; Comunicado N.º AL143113/2013 - Beneficiária: Conselho de Escola da Escola Pluridocente Córrego do Cedro -R$ 3.003,11; Comunicado N.º AL143104/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG XIII de Setembro - R$ 26.480,00; Comunicado N.º AL143105/2013 - Beneficiário: Registro do Estatuto do Conselho de Escola da EPSG- Domingos Jos -R$ 16.227,22; Comunicado N.º AL143106/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPSG Ana Monteiro de Paiva -R$ 8.137,17; Comunicado N.º AL143107/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Ilha da Jussara - 56.554,28; Comunicado AL143108/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EEEFM Judith da Silva Goes Coutinho -R$ 20682,83; Comunicado N.º AL143109/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Professora Valda Costa Severo - R$ 21.169,04;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 63

Comunicado N.º AL143110/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Elza Roni Scarpati - R$ 38.700,00; Comunicado N.º AL143111/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola de 1.º Grau Gironda - R$ 30.260,00; Comunicado N.º AL143113/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Anisio Teixeira - R$ 28.120,00; Comunicado N.º AL143103/2013 - Beneficiário: Conselho da EEEFM Aladim Silvestre de Almeida - R$ 13.064,42; Comunicado N.º AL143114/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Maria da Paz Pimentel - R$ 23.900,00; Comunicado N.º AL143115/2013 - Beneficiário: Conselheiro de Escola de 1.º Grau Prof.a Amelia Toledo do Rosário - R$ 26.884,84; Comunicado N.º AL143116/2013 - Beneficiário: Conselho Escola de EPG Dr. Emilio Roberto Zanotti - R$ 10.142,94; Comunicado N.º AL143217/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Grande Maruípe -R$ 32.900,00; Comunicado N.ºAL143218/2013 - Beneficiária: Assoc. Escola Comunid. AEC da Escola Comunitária Rural Mun - R$ 30.660,00; Comunicado N.º AL143119/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Prof.º Darcy Ribeiro - R$ 25.854,59; Comunicado N.º AL143120/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Dom Helder Pessoa Câmara - R$ 27.263,34; Comunicado N.º AL143222/2013 - Beneficiário: Conselho Escola R da EM Pluridocente Indígena Três Palmeiras - R$ 23.360,00; Comunicado N.º AL143223/2013 - Beneficiária: Unidade Executora da EMEF Pedro Palácios - R$ 24.235,09; Comunicado N.º AL143224/2013 - Beneficiária: Assoc. Promocional em Comunitária Rural PE Fulgencio do Men. - R$ 31.500,00; Comunicado N.º AL143219/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF João Manoel Meneghelli - R$ 42.200,00; Comunicado N.ºAL143220/2013 - Beneficiária: Assoc. de Alunos, Funcionários e Pais de Alunos da EMEI E - R$ 24.960,00; Comunicado N.º AL143221/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Prof.a Eulalia Falquetto Gusmann - R$ 44.394,92; Comunicado N.º AL143212/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Valeriana Rosa Cezar - R$ 29.200,00; Comunicado N.º AL143213/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola

Pluridocente Mun. São João Peq - R$ 34.700,00; Comunicado N.º AL143215/2013 - Beneficiária: EMPEIEF Quateirão - R$ 41.640,00; Comunicado N.º AL143216/2013 - Beneficiária: APAE de Viana - R$ 5.080,00; Comunicado N.º AL143208/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Sítio Terra Vermelha - R$ 35.150,00; Comunicado N.º AL143209/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EMEF Adelson Del Santo -R$ 37.495,86; Comunicado N.º AL143210/2013 - Beneficiária: EP Mul Rotary Club - R$ 33.660,00; Comunicado N.º AL143211/2013 - Beneficiário: UEX - Conselho da EM Pluridocente do EF Amarelos - R$ 38.620,00; Comunicado N.º AL143205/2013 - Beneficiária: Assoc. Escola Comunid. AEC da EMEF Prof.a Herineia Lima Oli - 42.100,00; Comunicado N.º AL143206/2013 - Beneficiário: Cons. de Escola da EMEF Prof.a Iolanda Schineider Rangel da S - R$ 10.244,93; Comunicado N.º AL143207/2013 - Beneficiária: caixa Escolar Escola Parque - R$ 35.785,55; Comunicado N.º AL143163/2013 - Beneficiária: Assoc dos Alunos, Funcionários e Pais da Escla Zuleika FL - R$ 32.200,00; Comunicado N.º AL143201/2013 - Beneficiário: Conselho Escolar da Escola Municipal Pluridocente Mar Azul - R$ 26.840,00; Comunicado N.º AL143202/2013 - Beneficiário: AEC do Consórcio das Esc EMEIEF Antonio Maciel Filho, EUM Ca - R$ 80.880,00; Comunicado N.º AL143203/2013 - Beneficiária: Associação Escola Comunidade AEC da EMEF Ayrton Senna - R$ 46.220,029; Comunicado N.º AL143204/2013 - Beneficiária: associação Escola Comunid AEC EMEF Roseli Pires Clemente - R$ 21.640,04; Comunicado N.º AL143197/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPSG Major Alfredo Pedro Rabaioli - R$ 33.051,60; Comunicado N.º AL143190/2013 - Beneficiário: Cons dde Escola da Em de 1.º Grau Erasmo Braga de Barra de São - R$ 18.246,68; Comunicado N.º AL143191/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Paulo Reglus Neves Freire - R$ 14.644,93;

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64 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Comunicado N.º AL143192/2013- Beneficiário: Conselho da Escola Municipal de Educação Básica Alto Niterói - R$ 38.820,00; Comunicado N.º AL1431936/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de Ens. Médio Elza Lemos Andreatta - R$ 21.200,00; Comunicado N.º AL143194/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da EE de Ens Médio Prof.a Antonieta Banhos Fe - R$ 1.870,00; Comunicado N.º AL143195/2013 - Beneficiária: EEEFM Ewerton Montenegro Guimarães - R$ 19.900,00; Comunicado N.º AL143196/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Augusto de Oliveira - R$ 8.508,17; Comunicado N.º AL143198/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Gov. Christiano Dias Lopes Filho -R$ 71.640,78; Comunicado N.º AL143199/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Valdici Alves Baier - R$ 27.508,29; Comunicado N.º AL143200/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola de Ensino Fundamental Vilmo Ornelas Sarlo - R$ 19.400,00; Comunicado N.º AL143186/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Octacilio Lomba - R$ 14.688,46; Comunicado N.º AL143187/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Flor de Cactos - 53.694,91; Comunicado N.º AL143188/2013 - Beneficiária: Assoc. de Alunos, Funcionários e Pais de Alunos da EM Prof - R$ 34.920,00; Comunicado N.º AL143189/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola EMPEF Fazenda Floresta - R$ 19.619,20; Comunicado N.º AL143183/2013 - Beneficiária: Assoc. dos Alunos, Funcionários e Pais de Alunos da EM Lime - R$ 36.540,00; Comunicado N.º AL143184/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF e Médio Virginia Nova - R$ 32.660,00; Comunicado N.º AL143185/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Lenir Borlot - R$ 11.504,03; Comunicado N.º AL143180/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Ismenio de Almeida Vidigal - R$ 42.074,81; Comunicado N.º AL143181/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Amilton Monteiro da Silva - R$ 29.900,00; Comunicado N.º AL143182/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Amenophis de Assis - R$ 22.044,40; Comunicado N.º AL143177/2013 - Beneficiária: Assoc Escola Comunid. AEC

do Consorcio das Esc. EUM Arueir - R$ 26.960,00; Comunicado N.º AL143178/2013 - Beneficiária: Assoc Escola Comunid. AEC do Consórcio das Esc. EUm Correg - R$ 24.360,00; Comunicado N.º AL143179/2013 - Beneficiária: EMEI e Ensino Fundamental João Gabriel - R$ 14.647,15; Comunicado N.º AL143174/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola Professora Eliana Correa Pinafo - R$ 31.592,30; Comunicado N.º AL143175/2013 - Beneficiária: Assoc Escola Comunid AEC do Consórcio das Esc EPM Km 20 - R$ 49.400,00; Comunicado N.º AL143176/2013 - Beneficiária: AEC do Consórcio das Esc. C Seco Sta Rosa de Lima São Jor - R$ 44.740,00; Comunicado N.º AL143170/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola de Ensino Fundamental Bairro Brasília - R$ 25.662,64; Comunicado N.º AL143171 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Santa Catarina - R$ 5.988,44; Comunicado N.º AL 143172/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola Municipal Luciene Matos Ferreira - R$ 18.291,54; Comunicado N.º AL 143173/2013 - Beneficiária: AEC Escola Municipal de Ensino Fundamental - EMEF Km 35 - R$ 26.232,22; Comunicado N.º AL143167/2013 - Beneficiária: unidade Executora do Conselho de EMEF Darcy Ribeiro - R$ 60.170,62; Comunicado N.º AL143168/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar São João Chrisostomo - R$ 3.654,94; Comunicado N.º AL143169/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Arthur da Costa e Silva - R$ 32.601,04; Comunicado N.º AL143929/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF e Médio Maracanã - R$ 27.066,85; Comunicado N.º AL143164/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Adão Benezath - R$ 27.509,20; Comunicado N.º AL143165/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola Pluridocente João Lauvers - R$ 37.740,00; Comunicado N.º AL143166/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola Pluridocente Garrafão - R$ 42.340,00; Comunicado N.º AL142925/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Catharina Chequer - R$ 23.728,18; Comunicado N.º AL142926/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da Escola de Primeiro Grau Prof.a Adevalni AZ - R$ 6.489,88;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 65

Comunicado N.º AL142927/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola Municipal João Bastos - R$ 27.400,00; Comunicado N.º AL142928/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola de Peimeiro e Segundo Graus Silvio R - R$ 22.3440,41; Comunicado N.º AL142921/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEF e Médio Professor Hermann Berger - R$ 33.160,00; Comunicado N.º AL142922/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEF Carolina Passos Gaigher - R$ 21.467,25; Comunicado N.º AL142/923/2013 - Beneficiário: Conselho da EMEF João Bastos Bernardo Vieira - R$ 28.696,23; Comunicado N.º AL142924/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEF Professor Lellis - R$ 24.900,00; Comunicado N.º AL142917/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Reverendo Waldomiro Martins Ferreira - R$ 38.870,00; Comunicado N.º AL142918/2013 - Beneficiária: APM Esc. Munic. de Ens.Inf. e Fund. Isabel Costa Baptista - R$ 28.200,00; Comunicado N.º AL142919/2013 - Beneficiária: EMEF EMEF João Neves Pereira - R$ 33.400,00; Comunicado N.º AL142920/2013 - Beneficiária: APAE de Santa Maria do Jetiba - R$ 4.180,00; Comunicado N.º AL142912/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Luiz Emanoel Vellozo - R$ 17.604,29; Comunicado N.º AL142913/2013 - Beneficiário: Conselho da EMEI e Ensino Fundamental Antonio Sasso - R$ 14.178,59; Comunicado N.º AL142914/2013 - Beneficiário: Conselho da EMEF São Marcos - R$ 3.507,34; Comunicado N.º AL142915/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEI e EF Frei Juan Echavarri Asiain - R$ 11.255,36; Comunicado N.º AL142916/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Ulysses Alvares - R$ 41.466,32; Comunicado N.º AL142911/2013- Beneficiária: Caixa Escolar Naydes Brandão - R$ 18.404,08; Comunicado N.º AL142910/2013 - Beneficiária: Escola Estadual da EF e Médio Rosa Maria Reis - R$ 6.037,80; Comunicado N.º AL142909/2013 - Beneficiário: Cons. de Escola da Escola de 1.º e 2.º Graus Silvio Egito Sobr. - R$ 6.838,65; Comunicado N.º AL142905/2013 - Beneficiária: Associação Escola Comunid. AEC EM de Primeiro Grau Aviação - R$ 24.680,43;

Comunicado N.º AL142906/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola de 1.º Grau Bernadino Monteiro - R$ 20.300,00; Comunicado N.º AL142907/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPSG Pedro de Alcantara Galveas - R$ 2.038,96; Comunicado N.º AL142908/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Frederico Boldt - R$ 27.440,00; Comunicado N.º AL143051/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Marina Barcellos Silveira - R$ 38.408,52; Comunicado N.º AL143052/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola de 1.º Grau Newro Ferreira de Almeida - R$ 19.585,93; Comunicado N.º AL143053/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EPSG Saturnino Rangel Mauro - R$ 5.823,77; Comunicado N.º AL142904/2013 - Beneficiária: AEC EMEF Maria Aparecida dos Santos Silva Filadelfo - R$ 35.000,00; Comunicado N.º AL143047/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da EE de EF e Médio Joaquim Caetano de Pai - R$ 14.147,24; Comunicado N.º AL143048/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Coramara - R$ 25.829,72; Comunicado N.º AL143049/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola Municipal Santo Antonio - R$ 31.400,00; Comunicado N.º AL143050/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de 1.º e 2.º Graus José Giestas - R$ 897,41; Comunicado N.º AL143043/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de EF e Médio Aguia Branca - R$ 20.800,00; Comunicado N.º AL143044/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola Estadual de EF Campinho - R$ 4.165,56; Comunicado N.º AL143045/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.P.G. Adalberto Queiroz - R$ 5.626,97; Comunicado N.º AL143046/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Professora Efigenia Sizenando - R$ 23.925,29; Comunicado N.º AL143040/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Ventino da Costa Brandão - R$ 26.215,85; Comunicado N.º AL143041/2013 - Beneficiário: Cons de Escola de 1.º Grau Prof. Elpidio Campos de Oliveira - R$ 21.700,00; Comunicado N.º AL143042/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola Estadual de Ensino Fundamental - R$ 29.060,00; Comunicado N.º AL143037/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola Estadual de EF Cid Adalberto dos Reis - R$ 5.761,07;

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66 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Comunicado N.º AL143038/2013 - Beneficiária: EMEF Angelo Recla - R$ 14.052,83; Comunicado N.º AL143039/2013 - Beneficiário: Conselho Escolar da E.E.E.F. Professor Manoel Abreu - R$ 11.9135,38; Comunicado N.º AL143034/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF e Médio Presidente Luebke - R$ 25.000,00; Comunicado N.º AL143035/2013 - Beneficiária: CCE EMEB Professora Juracy Cruz - R$ 34.168,30; Comunicado N.º AL143036/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Auto Guimarães e Souza - R$ 4.118,06; Comunicado N.º AL143030/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola Municipal Cachoeirinha de Itaúnas - R$ 29.500,00; Comunicado N.º AL143031/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPSG Claudionor Ribeiro - R$ 12.581,00; Comunicado N.º AL143032/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola EPG José Rodrigues Coutinho - R$ 18.507,87; Comunicado N.º AL143033/2013 - Beneficiário: Conselho da EEEFM Fazenda Campores - R$ 22.560,00; Comunicado N.º AL143026/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da Escola de 1.º e 2.º Graus Clotilde Rato - R$ 12.035,66; Comunicado N.º AL143027/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPSG Ary Parreiras - R$ 12.408,52; Comunicado N.º AL143028/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da EE de EF e Médio Antonio Jacques Soares - R$ 22.700,00; Comunicado N.º AL143029/2013- Beneficiário: Conselho de Escola de 1.º Grau Quintiliano de Azevedo - R$ 26.156,38; Comunicado N.º AL143022/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.E.E.F. Daniel Comboni - R$ 22.774,92; Comunicado N.º AL143023/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.E.E.F. Monteiro da Silva - R$ 25.000,00; Comunicado N.º AL143024/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Sebastiana Grilo - R$ 26.883,51; Comunicado N.º AL143025/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEI e Ensino Fundamental Limoeiro - R$ 14.063,93; Comunicado N.º AL143018/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Maria Angelica Marangoni Sant Ana - R$ 15.124,11; Comunicado N.º AL143019/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.E.E.F.M. Antonio Lemos Junior - R$ 30.998,66;

Comunicado N.º AL143020/2013 - Beneficiária: Escola Municipal de Ensino Fundamental João Paulo Sobrinho - R$ 24.275,00; Comunicado N.º AL143021/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF Pedro José Vieira - R$ 23.100,00; Comunicado N.º AL143014/2013- Beneficiário: CCE EMEB Zilah Lima de Moura - R$ 17.891,42; Comunicado N.º AL143015/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola de 1.º e 2.º Graus de Presidente Kennedy - R$ 13.486,90; Comunicado N.º AL143017/2013- Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Almirante Barroso - R$ 12.831,70; Comunicado N.º AL143016/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.P.G. Prof. Deolnda Lage - R$ 28.352,89; Comunicado N.º AL143011/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPSG Luiz Jouffroy - R$ 23.500,00; Comunicado N.º AL 143012/2013 - Beneficiário: Cons de Escola de 1.º Grau Lions Sebastião de Paiva Vidaurre - R$ 26.653,20; Comunicado N.º AL143013/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Wilson Rezende - R$ 27.135,65; Comunicado N.º AL143008/2013- Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Dr. Aristides Alexandre Campos - R$ 12.880,088; Comunicado N.º AL 143009/2013 - Beneficiário; Cons de Escola da Escola de 1.º e 2.º Graus Padre Afonso Braz - R$ 29.400,00; Comunicado N.º AL143010/2013- Beneficiário: Conselho Escola-EPSG polivalente de Linhares I - R$ 9.770,48 e R$ 40.000,00. Comunicado N.º AL143005/2013 - Beneficiário: Conselho fr Escola da E.E.E.F.M. Horácio Plinio - R$ 13.718,05; Comunicado N.º AL143004/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Presidente Costa e Silva - R$ 24.415,98; Comunicado N.º AL143006/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Dinorah Almeida Rodrigues - R$ 2.441,66; Comunicado N.º AL143007/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Professora Nea Monteiro Costa - R$ 17.950,69; Comunicado N.º AL143000/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Feu Rosa - R$ 14.392,00; Comunicado N.º AL143001/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da Escola PSG Prof.a Maria Trindade de Olivei - R$ 17.800,00;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 67

Comunicado N.º AL143002/2013 - Beneficiária: EMEF Irma Adelaide Bertochi - R$ 7.840,37; Comunicado N.º AL143003/2013- Beneficiário: Conselho de Escola de 1.º Grau Pedro Canario Ribeiro - R$ 24.700,00; Comunicado N.º AL142996/2012- Beneficiário: Conselho de Escola de 1.º Grau Prof. Hosana Salles - R$ 23.154,71; Comunicado N.º AL142997/2013 - Beneficiário: Conselho Escolar da EMEF Narciso Araujo - R$ 3.905,84; Comunicado N.º AL142998/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EMEF Prof.a Maria da Penha Pazito Ventura - R$ 3.407,83; Comunicado N.º AL142999/2013 - Beneficiário: Conselho Escolar da EMEF Prof.a Maria Ines Della Valentina - R$ 34.720,00; Comunicado N.º AL142993/2013 - Beneficiário: Conselho Escola da Escola de 1.º Grau Padre Antunes Siqueira - R$ 17.894,22; Comunicado N.º AL142994/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.P.S.G Jesus Cristo Rei - R$ 4.504,52; Comunicado N.º AL142995/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Regina Bolssanello Fornazier - R$ 23.100,00; Comunicado N.º AL142989/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola Municipal São Vicente de Paula - R$ 20.600,00; Comunicado N.º AL142990/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Adolfina Zamprogno - R$ 19.221,24; Comunicado N.º AL142991/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da Escola de EF e Médio Sem Dirceu Cardoso - R$ 22.429,69; Comunicado N.º AL142992/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.P.G. Antonio Esteves - R$ 10.685,15; Comunicado N.º AL143098/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Alegre - R$ 28.579,71; Comunicado N.º AL143099/2013 - Beneficiária: EMEF - Roberto Moreira - R$ 27.801,17; Comunicado N.º AL143100/2013 - Beneficiária: Escola Estadual de Ensino Fundamental Rotary - R$ 16.873,43; Comunicado N.º AL143101/2013 - Beneficiária: Escola Municipal de Ensino Fundamental Chumbado - R$ 39.520,00; Comunicado N.º AL143095/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF Zuleima Fortes Faria - R$ 22.612,12; Comunicado N.º AL143096/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Lions Club de Colatina - R$ 18.111,82;

Comunicado N.º AL143097/2013 - Beneficiário: CCE EMEB Prof. Florisbelo Neves - R$ 6.410,27; Comunicado N.º AL143092/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E E E F Jones José do Nascimento - R$ 8.994,00; Comunicado N.º AL143093/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Professor Domingos Ubaldo - R$ 26.045,65; Comunicado N.º AL143094/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Elice Baptista Gaudio - R$ 29.055,55; Comunicado N.º AL143089/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPSG Sirena Rezende Fonseca - R$ 25.300,00; Comunicado N.º AL143090/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Orestes Souto Novaes - R$ 8.378,74; Comunicado N.º AL143091/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Alfredo Lemos - R$ 13.590,84; Comunicado N.º AL143086/2013 - Beneficiária: Escola Estadual de EF e Médio Arquimino Mattos - R$ 22.876,97; Comunicado N.º AL143087/2013- Beneficiário: Conselho de Escola EEEF Jardim Feliz - R$ 3.510,61; Comunicado N.º AL143088/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola de Escola da EEEFM Nossa Senhora da Conceição - R$ 5.380,33; Comunicado N.º AL143082/2013- Conselho de Escola da EEEFM Joassuba - R$ 3.031,73; Comunicado N.º AL143083/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Felicio Melotti - R$ 28.660,00; Comunicado N.º AL143084/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.E.E.F. Vargem Alegre - 4.606,22; Comunicado N.º AL143085/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EPSG Prof Maria de Lourdes Santos Silva - R$ 5.571,39; Comunicado N.º AL143076/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.P.G. Floresta do Sul - R$ 18.774,46; Comunicado N.º AL143077/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Guilherme Santos - R$ 38.389,13; Comunicado N.º AL143078/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Mario Casanova - R$ 42.900,00; Comunicado N.º AL143079/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola E.M. Barra de Itaperuna - 22.200,00; Comunicado N.º AL143080/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EEEFM Sebastião Coimbra Elizeu - R$ 19.276,08; Comunicado N.º AL143081/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola de 1 e 2

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68 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Grau Professora Petronilhavidigal - R$ 13.609,36; Comunicado N.º AL143072/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de Primeiro Grau São Geraldo - R$ 18.835,82; Comunicado N.º AL143073/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Prof. Paulo Cesar Vinha - R$ 90.629,85; Comunicado N.º AL143074/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da Escola de Primeiro Grau CI de Educ Rural - R$ 37.520,00; Comunicado N.º AL143075/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola E.E.E.F.M Merces Garcia Vieira - R$ 38.100,00; Comunicado N.º AL143067/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Oscar de Almeida Gama - R$ 6.992,75; Comunicado N.º AL143068/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EPG Elisiario Ferreira Filho -R$ 25.000,00; Comunicado N.º AL143069/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EPG Professora Mariuza Sechin - R$ 19.742,48; Comunicado N.º AL143070/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Afonso Cláudio - R$ 8.878,69; Comunicado N.º AL143071/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Professor Luiz Malizeck - R$ 35.639,20; Comunicado N.º AL143063/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da EE de EF Prof Josué Baldotto Itaran - R$ 22.580,00; Comunicado N.º AL143064/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola de 1.º e 2.º Graus Antonio Acha - R$ 29.300,00; Comunicado N.º AL143065/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da E.P.S.G. José Roberto Christo - R$ 2.738,46; Comunicado N.º AL143066/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola de Primeiro Grau Fraternidade e Luz - R$ 9.458,51; Comunicado N.º AL143058/2012 - Beneficiário: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Virginio Pereira - R$ 4.302,06; Comunicado N.º AL143059/2013 - Conselho de Escola da E.E.E.F.M. Ecoporanga - R$ 27.500,00; Comunicado N.º AL143060/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Laranjeiras - R$ 13.308,70; Comunicado N.º AL143061/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEF Manoel Rozindo da Silva - R$ 5.486,87; Comunicado N.º AL143062/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEF monte Senir - R$ 13.711,80; Comunicado N.º AL143054/2013- Beneficiário: Conselho de Escola da E.P.G. Gladiston Regis Barbosa - R$ 7.482,78;

Comunicado N.º AL143055/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Leogildo Severiano de Souza - R$ 24.540,00; Comunicado N.º AL143056/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola de 1 e 2 Grau Zache Moreira da Fraga - R$ 18.680,00; Comunicado N.º AL143057/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola EPSG Henrique Coutinho - R$ 34.500,00; Comunicado N.º AL142986/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Dermeval Leite Ribeiro - R$ 5.410,61; Comunicado N.º AL142987/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EPG Pro Augusto Carvalho - R$ 6.699,93; Comunicado N.º AL142988/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEFM Alvaro Castelo - R$ 23.800,00; Comunicado N.º AL142984/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EMEF Jeronimo Monteiro - R$ 30.220,00; Comunicado N.º AL142985/2013 - Beneficiário: Conselho da Escola da EEEFM Mestre Alvaro - R$ 18.836,81; Comunicado N.º AL142981/2013 - Beneficiária: Caixa Escolar Pedro Herkenhoff - R$ 29.900,00; Comunicado N.º AL142982/2013 - Beneficiário: Cons de Escola E.E.E.F.M. Maria de Lourdes Poyares Labuto - R$ 5.597,70; Comunicado N.º AL142983/2013 - Beneficiária: Escola Estadual de EGF Prof. Urbana Penha Costa - R$ 30.183,37; Comunicado N.º AL142978/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da EE de EF e Médio Prof.a Aleyde Cosme - R$ 20.100,00; Comunicado N.º AL142979/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola do CEIER de Boa Esperança - R$ 35.020,00; Comunicado N.º AL142980/2013 - Beneficiária: EEEF Prefeito José Maria Miguel Feu Rosa - R$ 13.190,56; Comunicado N.º AL143976/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EEEFM Prof.a Carolina Pichler - R$ 22.300,00; Comunicado N.º AL142977/2013 - Beneficiário: Cons da Escola de Primeiro e Segundo Grau Agenor de Souza Le - R$ 3.686,79; Comunicado N.º AL142973/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da Escola de 1.º e 2.º Graus Corrego Sta Maria - R$ 24.360,00; Comunicado N.º AL142974/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF e Médio Aristeu Aguiar - R$ 40.540,00; Comunicado N.º AL142975/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF e Médio Arariboia - R$ 21.800,00; Comunicado N.º AL142970/2013 - Beneficiário: Conselho de Escola da EE de EF e Médio Alto Jatibocas - R$ 26.560,00;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 69

Comunicado N.º AL142971/2013 - Beneficiário: CCE EMEB São Vicente - R$ 29.640,00; Comunicado N.º AL142972/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da EE de EF e Médio Leopoldino Rocha E.E.E.F. - R$ 24.300,00; Comunicado N.º AL142485/2013 - Beneficiária: Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo - R$ 33,79, R$ 3.972,50, R$ 7.282,68 e R$ 3.972,50; Comunicado N.º AL142967/2013 - Beneficiário: Cons de Escola da Escola de Primeiro Grau Maria Clementina - R$ 18.186,13. Comunicado N.º AL142968/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Eliseu Lofego - R$ 33.389,57; Comunicado N.º AL142969/2013 - Entidade: CCE EMEB Oswaldo Machado - R$23.967,84; Comunicado N.º AL143138/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EM de Ensino Fundam Recreio - R$42.340,00; Comunicado N.º AL143139/2013 - Entidade: Caixa Escolar Brunella II - R$9.097,20; Comunicado N.º AL143140/2013 - Entidade: Conselho da EMEF Humberto de Campos - R$16.372,83; Comunicado N.º AL143141/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola Estadual de Ef Araguaia - R$31.760,00; Comunicado N.º AL143142/2013 - Entidade: EUX do Conselho de Escola da EMEI e EF Jose Alberico Lantiman - R$36.840,00; Comunicado N.º AL143135/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Herbert de Souza - R$42.406,78; Comunicado N.º AL143136/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Abel bezerra - R$10.171,81; Comunicado N.º AL143137/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Leonel de Moura Brizola - R$34.960,00; Comunicado N.º AL143132/2013 - Entidade: CCE EMEB Monte Alegre - R$16.769,52; Comunicado N.º AL143133/2013 - Entidade: CCE EMEB Maria das Dores Pinheiros amaral - R$33.183,74; Comunicado N.º AL143134/2013 - Entidade: Centro Municipal de Educação Básica Alvaro Souza - R$26.400,00; Comunicado N.º AL143129/2013 - Entidade: Caica Escolar Joffre Fraga - R$66.949,30; Comunicado N.º AL143130/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Estadual de EF Coutinho - R$30.060,00; Comunicado N.º AL143131/2013 - Entidade: Conselho da EEEF Excelentíssima Senhora Presidenta Dilma Rousseff. Jose Moyses - R$24.570,11;

Comunicado N.º AL143125/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Jorge Amado - R$14.325,14; Comunicado N.º AL143126/2013 - Entidade: Cons de Escola da Escola Pluridocente Wellington Ferreira B - R$27.182,47; Comunicado N.º AL143127/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Aldary Nunes - R$11.690,18; Comunicado N.º AL143128/2013 - Entidade: AEC Associação Escola Comunidade da EMEF Ouro Negro- R$31.400,00; Comunicado N.º AL143121/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Munic. De Ens. Fund. Teotonio Rafael - R$26.540,00; Comunicado N.º AL142964/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de Primeiro e Segundo Graus Liceu - R$23.100,00; Comunicado N.º AL142964/2013 - Entidade: Conselho de Escola de 1.º Grau General Tiburcio - R$2.955,70; Comunicado N.º AL142966/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EPSG São Jorge - R$32.960,00; Comunicado N.º AL142961/2013 - Entidade: Conselho de Escola Estadual de EF Prof.a Regina Banhos Paixão - R$4.541,02; Comunicado N.º AL142962/2013 - Entidade: Conselho de Escola da E.E.E.F.M. Zumbi dos Palmares - R$13.720,12; Comunicado N.º AL142963/2013 - Entidade: Conselho de Escola Municipal José Francisco da Fonseca - R$31.000,00; Comunicado N.º AL142957/2013 - Entidade: Conselho de Escola da E.E..EF.M. Maria de Abreu Alvim - R$20.928,57; Comunicado N.º AL142958/2013 - Entidade: Caixa Escolar Antonia Malbar - R$22.091,17; Comunicado N.º AL142959/2013 - Entidade: Conselho de Escola da E.P.S.G. Américo Silvares - R$4.814.94; Comunicado N.º AL142960/2013 - Entidade: Conselho de Escola de Primeiro Grau Deocleciano de Ol - R$40.600,00; Comunicado N.º AL142953/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Marcondes de Souza - R$33.459,96; Comunicado N.º AL142954/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EPG Stellita Ramaos - R$14.849,18; Comunicado N.º AL142955/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EPG Presidente Castelo Branco - R$33.300,00; Comunicado N.º AL142956/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola Estadual de EF Egidio Bordoni - R$33.600,00; Comunicado N.º AL142949/2013 - Entidade: Conselho de Escola de 1.º e 2.º

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70 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Graus Prof. Celia Teixeira Do Ca - R$21.700,00; Comunicado N.º AL142950/2013 - Entidade: Caixa Escola Professor Ernani Souza - R$33.300,00; Comunicado N.º AL142951/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Fazenda Emílio Schroeder - R$24.060,00; Comunicado N.º AL142952/2013 - Entidade: Conselho da E.E.E.F. Fazenda Antonio Cirilo - R$6.943,57; Comunicado N.º AL142944/2013 - Entidade: Conselho de Escola - R$31.769,25; Comunicado N.º AL142945/2013 - Entidade: CCE EMEB Luiz Pinheiro - R$23.213,41; Comunicado N.º AL142946/2013 - Entidade: Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio - EEEFM - R$34.292,75; Comunicado N.º AL142947/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Professora Maria Magdalena Pisa - R$24.492,97; Comunicado N.º AL142948/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EEEFM Governador Lindenberg - R$21.576,70; Comunicado N.º AL142939/2013 - Entidade: Conselho de Escola da E.E.E.F. Patrimônio Prata dos Baianos - R$10.639,25; Comunicado N.º AL142940/2013 - Entidade: Conselho de Escola da E.E.E.F.M. José Teixeira Fialho - R$17.100,00; Comunicado N.º AL142941/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de Primeiro Grau Maria Ericina Stos - R$4.279,62; Comunicado N.º AL142942/2013 - Entidade: Conselho de Escola de Grau Marlene Brandão - R$23.960,00; Comunicado N.º AL142943/2013 - Entidade: Conselho de Escola da E P G Professor João Das Dores - R$123,88; Comunicado N.º AL142935/2013 - Entidade: Caixa Escola Senado João de Medeiros Calmon - R$37.442,10; Comunicado N.º AL142936/2013 - Entidade: Conselho Escolar Prefeito Nelio Ribeiro Nogueira - R$31.671,84; Comunicado N.º AL142937/2013 - Entidade: Caixa Escolar Ofélia Escobar - R$41.427,75; Comunicado N.º AL142938/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º e 2.º Graus Joao Bley - R$20.981,94; Comunicado N.º AL143162/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Manoel Vieira Lessa - R$35.220,00; Comunicado N.º AL142933/2013 - Entidade: Caixa Escolar Joao Goulart - R$65.923,54; Comunicado N.º AL142934/2013 - Entidade: Caixa Escolar maria Luiza Dos Santos Vellozo - R$46.600,00; Comunicado N.º AL143158/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMPEF Bernardo Leonor Effegen - R$24.680,00;

Comunicado N.º AL143159/2013 - Entidade: APAE de Vila Velha - R$7.420,00; Comunicado N.º AL143160/2013 - Entidade: Caixa Escolar Leonor De Moura Brizola - R$43.068,08; Comunicado N.º AL143161/2013 - Entidade: CCE EMEB Padre Gino Zatelii - R$23.285,58; Comunicado N.º AL143152/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EM de EI e Fund Jose Campos Nogueira - R$29.460,00; Comunicado N.º AL143153/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola Pluridocente de Santa Lucia - R$21.080,00; Comunicado N.º AL143154/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola Pluridocente São Paulo - R$19.980,00; Comunicado N.º AL143155/2013 - Entidade: Conselho Escolar da EMEF Indigena Dorvelina Coutinho - R$28.120,00; Comunicado N.º AL143156/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Em Elizabeth Trzoseki da Silva - R$37.800,00; Comunicado N.º AL143157/2013 - Entidade: AEC Assoc Escola Comunid E.M.E.I.E.F. Zumbi dos Palmares - R$24.546.49; Comunicado N.º AL143147/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Lagoa Juparana - R$26.840,00; Comunicado N.º AL143146/2013 - Entidade: CMEIEF Alcides Marinato - R$9.266,43; Comunicado N.º AL143148/2013 - Entidade: C.E. da EMEIEF - Josepha Miranda de Carvalho de Brito - R$28.16,00; Comunicado N.º AL143149/2013 - Entidade: C.E. da EMPEF Desengano - R$29.940,00; Comunicado N.º AL143150/2013 - Entidade: C.E. da EMPEF Manoel Marcondes de Souza - R$28.060,00; Comunicado N.º AL143151/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola Municipal Sebastião Albano - R$32.100,00; Comunicado N.º AL142930/2013 - Entidade: UEX do Conselho de EMEF Marinalva Aragão Amorim - R$51.957,70; Comunicado N.º AL142931/2013 - Entidade: Caixa Escolar Professor Thelmo Torres - R$18.277,80; Comunicado N.º AL143143/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEIEF Maria Lino Ramos - R$30.540,00; Comunicado N.º AL143144/2013 - Entidade: Conselho de Escola Pluridocente Municipal Quinze de Outubro - R$24.740,00 Comunicado N.º AL143145/2013 - Entidade: Conselho de Escola Pluridocente Municipal Pontes do Pancas - R$24.660,00;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 71

Comunicado N.º AL149332/2013 - Entidade: Caixa Escolar Alger Ribeiro Bossois - R$42.849,45; Comunicado N.º AL142872/2013 - Entidade: Conselho de Escola da ENEIEF Darlene Maggioni Franquini - R$34.102,52; Comunicado N.º AL14/2013 - Entidade: EMEI e Ensino Fundamental Arlindo Gobbi - R$39.520,00; Comunicado N.º AL142870/2013 - Entidade: Cons de Escola da UEX da EMEIEF Florisbela Bandeir - R$46.455,01; Comunicado N.º AL142869/2013 - Entidade: Escola Municipal de 1.º Grau Francisco Araujo - R$34.869,00; Comunicado N.º AL142867/2013 - Entidade: Conselho Escolar Caboco Bernado - R$17.502,70; Comunicado N.º AL142866/2013 - Entidade: EMEF Francisco José Mattedi - R$28.920,00; Comunicado N.º AL142862/2013 - Entidade: AEC Associação Escola Comunidade Epg Victor Hugo - R$30.440,00; Comunicado N.º AL142863/2013 - Entidade: Associação Pestalozzi de Aguiar Branca - R$6.040,00; Comunicado N.º AL142864/2013 - Entidade: APAE Aracruz - R$5.320,00; Comunicado N.º AL142865/2013 - Entidade: EMEI e Ensino Fundamental Bem Viver - R$13.063,61; Comunicado N.º AL142855/2013 - Entidade: EMEI e Ensino Fundamental Jorge Boueri Sobrinho - R$50.023,35; Comunicado N.º AL142856/2013 - Entidade: Escola Municipal de 1.º Grau Eli Lou Dias - R$22.774,84; Comunicado N.º AL142857/2013 - Entidade: Escola Municipal de 1.º Grau Coronel Ant Honorio - R$39.300,00; Comunicado N.º AL142858/2013 - Entidade: Assoc Escola Com AEC - EPPG José Jorge Hadad - R$24.700,00; Comunicado N.º AL142859/2013 - Entidade: AEC Escola Mun de Ens Fun EMEF Golfinho - R$25.300,00; Comunicado N.º AL142860/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Prof.a Amelia Loureiro Barroso - R$45.328,52; Comunicado N.º AL142861/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Prof.a Valeria Maria Miranda - R$7.297,22; Comunicado N.º AL142851/2013 - Entidade: Assoc Esc Com Isaura Marques da Silva - R$13.614,16; Comunicado N.º AL142852/2013 - Entidade: Assoc Esc Com de Alto Pongal - R$38.000,00;

Comunicado N.º AL142853/2013 - Entidade: Assoc Promoc da Educa Rural de B S Franc - Aperba - R$40.320,00; Comunicado N.º AL142854/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Varzem Ribeiro - R$29.600,00; Comunicado N.º AL142846/2013 - Entidade: Cons de Escola EMEF Godofredo Chaves Baiao - R$9.652,08; Comunicado N.º AL142847/2013 - Entidade: Cons de Escola da EE DE EF e Medio Vera Cruz - R$20.562,40; Comunicado N.º AL142848/2013 - Entidade: Cons de Escola da EEEFM Eurico Salles - R$23.100,00; Comunicado N.º AL142849/2013 - Entidade: Cons de Escola EMEF Professora Maria aparecida Lavagnoli - R$43.202,72; Comunicado N.º AL142850/2013 - Entidade: Escola de 1.º Grau Jaqueira - R$20.880,00; Comunicado N.º AL142842/2013 - Entidade: Cons da EMEF Adwalter Soares - R$37.700,00; Comunicado N.º AL142843/2013 - Entidade: Cons de Escola Estadual de EF Dr. Jones dos Santos Neves - R$25.700,00; Comunicado N.º AL142844/2013 - Entidade: Cons da EMEF Dalla Bernadina - R$3.339,79; Comunicado N.º AL142845/2013 - Entidade: Cons de Escola da EEEFM São Domingos - R$22.032,94; Comunicado N.º AL142838/2013 - Entidade: Cons de Escola da Esc de Ef e Medio S G Palha- R$34.460,00; Comunicado N.º AL142839/2013 - Entidade: Unid. Exec. Da Emizada de Edu. Inf. E Ens. Fund. Gov. Lacerda de - R$18.178,14; Comunicado N.º AL142840/2013 - Entidade: Cons de Escola da Escola de Primeiro Grau Mun. Ernesto Cobra - R$10.060,00; Comunicado N.º AL142841/2013 - Entidade: Conselho de EMEF Amelio Forechi - R$24.720,45; Comunicado N.º AL142832/2013 - Entidade: Caixa Escola Paulo mares Guia - R$8.934,48; Comunicado N.º AL142833/2013 - Entidade: Caixa Escola Gil Bernardes - R$25.363,95; Comunicado N.º AL142834/2013 - Entidade: Caixa Escola Prof. Nice de Paula Agostini Sobrinho - R$34.300,00; Comunicado N.º AL142835/2013 - Entidade: Caixa Escola Macionilia Mauricio Bueno - R$48.286,42; Comunicado N.º AL142836/2013 - Entidade: Caixa Escola Irma Feliciana Garcia - R$22.651,19;

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72 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Comunicado N.º AL142837/2013 - Entidade: Associação Escola Comunidade AEC EPG Itamira- R$25.915,50; Comunicado N.º AL142828/2013 - Entidade: Caixa Escola Jose Elias de Queiroz - R$44.900,00; Comunicado N.º AL142829/2013 - Entidade: Caixa Escola Ana Bernardes Rocha - R$22.030,94; Comunicado N.º AL142830/2013 - Entidade: Assoc Escola Comunidade da Escola Experimental de 1.º Grau Pro - R$16.666,09; Comunicado N.º AL142831/2013 - Entidade: Caixa Escola Maria Emelina Mascarenhas Barcellos - R$41.910,95; Comunicado N.º AL142821/2013 - Entidade: AEC - Associação Escola Comunidade - R$9.724,86; Comunicado N.º AL142819/2013 - Entidade: Caixa Escola Tancredo de Almeida Neves Cariacica - R$32.922,14; Comunicado N.º AL142826/2013 - Entidade: Caixa Escola Antonio Bezerra de Farias- R$49.102,06; Comunicado N.º AL142827/2013 - Entidade: Caixa Escola Juiz Jairo de Mattos Pereira - R$54.255,61; Comunicado N.º AL142822/2013 - Entidade: Associação Escola Comunidade Escola Municipal de 1.º e 2.º Graus - R$30.200,00; Comunicado N.º AL142825/2013 - Entidade: Caixa Escola Dr. Tancredo de Almeida Neves - R$24.225,41; Comunicado N.º AL142814/2013 - Entidade: Conselho de Escola de 1.º Grau Constantino Jose Vieira - R$28.027,77; Comunicado N.º AL142816/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Indígena Caeira Velha - R$34.120,00; Comunicado N.º AL142817/2013 - Entidade: Conselho Escolar da CMEB Honorário Nunes de Jesus - R$24.900,00; Comunicado N.º AL142824/2013 - Entidade: Caixa Escola Espaço Real - R$14.977,80; Comunicado N.º AL142810/2013 - Entidade: Conselho de Escola 1.º Grau Dorival Brandão - R$15.088,31; Comunicado N.º AL142811/2013 - Entidade: Conselho de Escola de 1.º Grau Dr. Tanquedo de Almeida Neves - R$24.202,20; Comunicado N.º AL142812/2013 - Entidade: Conselho de Escola de 1.º Grau Adamastor Furtado - R$20.769,98; Comunicado N.º AL142813/2013 - Entidade: Caixa Escola Joao Pedro da Silva - R$14.814,76; Comunicado N.º AL142805/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Irma

jacinta Soares de Souza Lima- R$15.965,99; Comunicado N.º AL142806/2013 - Entidade: Conselho ds EMEF Benedito Bragato - R$13.742,64; Comunicado N.º AL142807/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Francisco de Assis Pereira - R$6.857,22; Comunicado N.º AL142808/2013 - Entidade: Conselho de Escola Alvimar Silva - R$564,54; Comunicado N.º AL142809/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Marcilio de Noronha - R$30.444,21; Comunicado N.º AL142800/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Aureniria Correa Pimentel - R$43.533,81; Comunicado N.º AL142801/2013 - Entidade: Conselho de Escolada EMEF Dr Hélio Ferraz- R$302,34; Comunicado N.º AL142802/2013 - Entidade: Caixa Escola Maria Augusta Tavares - R$24.906,48; Comunicado N.º AL142803/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Jonas Farias - R$26.871,96; Comunicado N.º AL142804/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Marechal Mascarenhas de Moraes - R$36.911,20; Comunicado N.º AL142796/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Governador carlos Lindemberg - R$21.159,34; Comunicado N.º AL142797/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF São Marcos - R$121.328,92; Comunicado N.º AL142798/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Castanha - R$18.063,92; Comunicado N.º AL142799/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Antonio Vieira de Rezende - R$29.783,96; Comunicado N.º AL142795/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Irma Dulce - R$18.623,69; Comunicado N.º AL142791/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Euzelia Lyrio - R$ 17.527,75; Comunicado N.º AL142792/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Divinópolis - R$1.759,95; Comunicado N.º AL142793/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Lacy Zuleica Nunes - R$28.172,94; Comunicado N.º AL142794/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF padre Gabriel - R$26.500,00; Comunicado N.º AL142790/2013 - Entidade: Caixa Escola Valdeci Cezario - R$34.014,34; Comunicado N.º AL142786/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Prof Vercenilio da silva Pascoal - R$7.734,73;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 73

Comunicado N.º AL142787/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Prof Alba Lilia Castelo Michel - R$19.192,49; Comunicado N.º AL14288/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Sonia Regina Gomes Rezende Franco - R$12.075,76; Comunicado N.º AL142789/2013 - Entidade: Caixa Escola Leonilda das Graças Langa - R$13.848,04; Comunicado N.º AL142782/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Juscelino Kub. De Oliveira - R$28.795,52; Comunicado N.º AL14278/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Eliane Rodrigues dos Santos - R$3.181,15; Comunicado N.º AL142784/2013 - Entidade: Caixa Escola Ayrton Senna - R$15.150,16; Comunicado N.º AL142785/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF São Vicente de Paulo - R$32.236,56; Comunicado N.º AL142778/2013 - Entidade: Associação de Apoio a Escola Minervina da Silva Araujo - R$36.820,00; Comunicado N.º AL142779/2013 - Entidade: Associação de Apoio a Escola de Pre e 1 Guau São Serbastião - R$31.600,00; Comunicado N.º AL142780/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Aristobolo Barbosa Leão- R$3896,57; Comunicado N.º AL142781/2013 - Entidade: Unidade Executora da EMEF Maria Ramalhete Correa - R$56.174,74; Comunicado N.º AL142774/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEIEF XXIII - R$40.668,29; Comunicado N.º AL142775/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEIEF Julia de Cravalho Fischer - R$27.271,46; Comunicado N.º AL142776/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Arthur da Costa e Silva - R$30.900,00; Comunicado N.º AL142777/2013 - Entidade: Associação Escola Comunidade EM de 1.º Grau Guriri - R$32.062,09; Comunicado N.º AL142769/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Heloisa Abreu judice de Mattos - R$34.400,00; Comunicado N.º AL142770/2013 - Entidade: Caixa Escola Antônio de Oliveira - R$32.526,36; Comunicado N.º AL142771/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Tancredo de Almeida Neves - R$5.017,30; Comunicado N.º AL142772/2013 - Entidade: AEC EMEF Cricare - R$21.389,79; Comunicado N.º AL142773/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEIEF Presidente Kennedy - R$23.792,12; Comunicado N.º AL142765/2013 - Entidade: Centro Mun de Educação Básica Esther Nascimento dos Santos- R$38.780,00;

Comunicado N.º AL142766/2013 - Entidade: Cons. Esc. EMEF Novo Iraja - R$28.420,00; Comunicado N.º AL142767/2013 - Entidade: Conselho Escolar EM Ef Euripedes Nunes Loureiro - R$25.800,00; Comunicado N.º AL142768/2013 - Entidade: Cons. Esc. EMEF Itaparica - R$33.920,00; Comunicado N.º AL142760/2013 - Entidade: AEC EMEF EMEF Mercedes de Aguiar - R$36.566,90; Comunicado N.º AL142761/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Anacleta Shneider Lucas - R$18.126,88; Comunicado N.º AL142762/2013 - Entidade: AEC EMEI e EF Maria Francisca Nunes Coutinho - R$29.131,21; Comunicado N.º AL142763/2013 - Entidade: Conselho de Escola da Escola de 1.º Grau Jose Mambrini - R$30.020,00; Comunicado N.º AL142764/2013 - Entidade: Cons Esc EMEF Nova Santa Cruz - R$28.300,00; Comunicado N.º AL142756/2013 - Entidade: AEC Escola Municipal de Ens Fun EMEF Bom Sucesso - R$19.203,05; Comunicado N.º AL142757/2013 - Entidade: AEC EMEF EMEF Prof Joao Pinto Bandeira - R$20.207,12; Comunicado N.º AL142758/2013 - Entidade: Cons Escolar Dailson Donatti - R$42.075,06; Comunicado N.º AL142759/2013 - Entidade: Cons Escolar Hermogenes Lima da Fonseca - R$36.700,00; Comunicado N.º AL142753/2013 - Entidade: Cons de Escola e Pré- Escola da Escola de 1.º e 2.º Graus Pres C - R$56.362,74; Comunicado N.º AL142754/2013 - Entidade: Caixa Escolar Graciano Neves - R$51.074,43; Comunicado N.º AL142755/2013 - Entidade: UEX do Conselho de EMEI e EF Maria Veloso Calmon - R$43.692,81; Comunicado N.º AL142748/2013 - Entidade: AEC Escola de Pre 1.º e 2.º Graus Rr. Arnobio Alves de Holanda - R$31.900,00; Comunicado N.º AL142749/2013 - Entidade: Cons de Escola da EMEF Edna de Mattos Siqueira Gaudio - R$7.310,05; Comunicado N.º AL142750/2013 - Entidade: Conselho Escolar Itaunas - R$35.438,82; Comunicado N.º AL142751/2013 - Entidade: Conselho Escolar de Aluizio Feu Smiderle - R$39.146,30; Comunicado N.º AL142752/2013 - Entidade: Conselho Escolar Gentil Lopes da Cunha - R$34.920,53; Comunicado N.º AL142744/2013 - Entidade: C.E. da EMEIEF - Elvira Meale Lesqueves - R$37,500,00; Comunicado N.º AL142745/2013 - Entidade: AEC E.M.P.G. Maria da Cunha Fundao - R$26.334,65;

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74 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Comunicado N.º AL142746/2013 - Entidade: Escola Municipal de 1.º Grau cândida Soares Machado - R$49.123,05; Comunicado N.º AL142747/2013 - Entidade: Unidade Executora do Conselho de ENEF Rosa Simoes de Almeida - R$56.896,57; Comunicado N.º AL142741/2013 - Entidade: Conselho da EM do Ensino Fundamental Constantino Jose Vieira - R$42.516,33; Comunicado N.º AL142742/2013 - Entidade: EMEF EMEF Professor Albetrto Stange Junior - R$38.400,00; Comunicado N.º AL142743/2013 - Entidade: Conselho de Escola Prefeito Roberto Calmon - R$36.719,81; Comunicado N.º AL142737/2013 - Entidade: Conselho Escolar Tama Drumond Pestana - R$29.800,00; Comunicado N.º AL142738/2013 - Entidade: EMEF Antonio Fernandes de Almeida - R$19.460,46; Comunicado N.º AL142739/2013 - Entidade: Conselho Escolar Paulo Freire - R$27.400,00; Comunicado N.º AL142740/2013 - Entidade: EMEF Manoel Martins - R$33.116,38; Comunicado N.º AL142733/2013 - Entidade: AEC EMEF - EMEF Santa Terezinha - R$16.818,72; Comunicado N.º AL142734/2013 - Entidade: AEC EMEF Lilazina Gomes de Souza - R$29.800,00; Comunicado N.º AL142735/2013 - Entidade: Conselho Escolar Marilia de Rezende - R$27.225,95; Comunicado N.º AL142736/2013 - Entidade: Assoc Escola Comunidade AEC EMEF Marizete Venancio do Nasc - R$22,053,22; Comunicado N.º AL142729/2013 - Entidade: Esc Mun de Ens Fund Jose Aloisio Simon - R$27.560,00; Comunicado N.º AL142730/2013 - Entidade: AEC EMEF EMEF Anedina Almeida Santos - R$21.284,49; Comunicado N.º AL142731/2013 - Entidade: Assoc Escola Com da Escola de 1.º Grau Mãe-Bá - R$38.600,00; Comunicado N.º AL142732/2013 - Entidade: AEC EMEF Vereador Laurindo Samaritano - R$38.500,00; Comunicado N.º AL142724/2013 - Entidade: CCE EMEB Luiz Semprini - R$20.098,22; Comunicado N.º AL142725/2013 - Entidade: CCE EMEB Prof. Deusdedit Baptista - R$354,43; Comunicado N.º AL142726/2013 - Entidade: CCE EMEB Anacleto Ramos - R$22.462,94; Comunicado N.º AL142727/2013 - Entidade: CCE EMEB Anisio Vieira de Almeida Ramos - R$33.387,49;

Comunicado N.º AL142728/2013 - Entidade: CCE EMEB Jenny Guardia - R$32.137,78; Comunicado N.º AL142719/2013 - Entidade: Cons de Escola da E.P.G. Jose Zamprogno - R$8.838,78; Comunicado N.º AL142720/2013 - Entidade: CCE EMEB Monteiro Lobato - R$28.978,38; Comunicado N.º AL142721/2013 - Entidade: CCE EMEB Stael de Medeiros Teixeira - R$28.767,56; Comunicado N.º AL142722/2013 - Entidade: CCE EMEB Professor Pedro Estelita Herkenhoff - R$39.531,61; Comunicado N.º AL142723/2013 - Entidade: CCE EMEB Julieta Deps Tallon - R$14.452,35; Comunicado N.º AL142715/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EPSG Jose Pinto Coelho - R$1.937,21; Comunicado N.º AL142716/2013 - Entidade: Conselho da EMEF Oseas Rangel de Amorim - R$6.811,91; Comunicado N.º AL142716/2013 - Entidade: Cons da EMEF Oseas de Amorim - R$6.811;91; Comunicado N.º AL142717/2013 - Entidade: Conselho da EMEF Maria Ortiz - R$18.640,16; Comunicado N.º AL142718/2013 - Entidade: Cons de Escola de E.E.E.F.M. Alarico Jose de Lima - R$17.292,22; Comunicado N.º AL142710/2013 - Entidade: APAE de Afonso Claudio - R$2.320,00; Comunicado N.º AL142711/2013 - Entidade: Sociedade Pestalozzi de Rio Novo do sul - R$1.480,00; Comunicado N.º AL142712/2013 - Entidade: Secretaria de Educação do Estado do Espirito Santo - R$2.350.146,00; Comunicado N.º AL142713/2013 - Entidade: Assoc Pestalozze de Itarana - R$1.180,00; Comunicado N.º AL142714/2013 - Entidade: EMEF - Escola Municipal de Ens Fund Jose Modeneze - R$25.610,68; Comunicado N.º AL142823/2013 - Entidade: Cons de Escola da EMEF Domingos Martins - R$20.685,69; Comunicado N.º AL142708/2013 - Entidade: APAE de Cachoeiro de Itapemirim - R$11.620,00; Comunicado N.º AL142709/2013 - Entidade: Sociedade Pestalozze de vargem Alta - R$2.260,00; Comunicado N.º AL142818/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Jose Aureo Monjardim - R$22.544,81; Comunicado N.º AL142903/2013 - Entidade: AEC EMEF EMEF Corrego do Milanez - R$17.925,79; Comunicado N.º AL142900/2013 - Entidade: Cons de escola EPG benedita Martins de Souza - R$24.271,66;

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 75

Comunicado N.º AL142901/2013 - Entidade: UEX do Cons de E.M.E.I.E.F. Batista Celestino - R$22.260,00; Comunicado N.º AL142902/2013 - Entidade: AEC do Consorcio das Esc. C. Sta Maria, Sta Mata Sede, C. Gra - R$47.620,00; Comunicado N.º AL142897/2013 - Entidade: Conselho de Escola da EMEF Joao Calmon - R$26.200,00; Comunicado N.º AL142898/2013 - Entidade: CCE EMEB Luiz Marques Pinto - R$16.334,91; Comunicado N.º AL142899/2013 - Entidade: EMEI e Ensino Fund Adalgiza Fernandes Marvilla - R$50.656,98; Comunicado N.º AL142893/2013 - Entidade: Esc de Ens Fund São Salvador - R$21.880,00; Comunicado N.º AL142894/2013 - Entidade: C.E. da EMEIEF - Norma Vicente Ferreira - R$25.280,00; Comunicado N.º AL142895/2013 - Entidade: C.E. da EMEIEF - Luiz Joao Gomes - R$3.015,81; Comunicado N.º AL142896/2013 - Entidade: C.E. EMEIEF - Florencio Bento Alves - R$701,59; Comunicado N.º AL142889/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Professor Joao Bandeira - R$18.757,42; Comunicado N.º AL142890/2013 - Entidade: Cons de Escola da EMEF Padre Anchieta - R$16.623,83; Comunicado N.º AL142891/2013 - Entidade: Cons de Escola da EMEF Suzete Cuendet - R$10.279,46; Comunicado N.º AL142892/2013 - Entidade: APAE de Irupi - R$2.140,00; Comunicado N.º AL142885/2013 - Entidade: Assoc Escola Comunidade AEC EM de Primeiro Grau Vila Verde - R$31.435,66; Comunicado N.º AL142886/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Dalzira Meriguetti Merisio - R$30.240,00; Comunicado N.º AL142887/2013 - Entidade: Cons de Esc da EPG Valdicio Barbosa dos Santos - R$29.580,00; Comunicado N.º AL142888/2013 - Entidade: APAE de Rio Bananal - R$2.380,00; Comunicado N.º AL142881/2013 - Entidade: AEC EMEI e Ensino Fundamental EMEIEF Dora Arnizaut Silvares - R$2.578,36; Comunicado N.º AL128824/2013 - Entidade: AEC Escola Municipal de Ens Fund Paulista - R$16.666,78; Comunicado N.º AL142883/2013 - Entidade: Assoc Esc Com AEC EM de 1.º Grau São Pio X - R$28.769,18; Comunicado N.º AL142884/2013 - Entidade: Assoc Escola Com AEC da EM de 1.º Grau Valerio Coser - R$32.515,92;

Comunicado N.º AL142878/2013 - Entidade: Cons da Escola Plu Sitio Rupf - R$24.680,00; Comunicado N.º AL142879/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Orlandina D Almeida Lucas - R$4.164,44; Comunicado N.º AL142880/2013 - Entidade: Caixa Escola nair Dias Barbosa - R$45.000,00; Comunicado N.º AL142875/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Prof Naly Encarnação Miranda - R$8.847,52; Comunicado N.º AL142876/2013 - Entidade: Cons de Esc da EMEF Irma Cleuza carolina Rody ;Coelho - R$28.800,00; Comunicado N.º AL142877/2013 - Entidade: Assoc Escola Comunidade Roque Telles Guimaraes - R$38.800,00; Comunicado N.º AL142873/2013 - Entidade: Cons de Esc da em Neuza Fernandes da Silva - R$16.431,10; Comunicado N.º AL142874/2013 - Entidade: Cons de Esc da Esc de 1.º Grau Prof.a Divaneta Lessa Mo - R$31.730,61;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 1544/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhando cópias de convênios que especifica: Convênio N.º 036/2013. Convênio CEDURB e o Município de Linhares. Objetivo: Urbanização e revitalização da Avenida do Sol, compreendendo serviços de pavimentação, drenagem, calçadas, iluminação pública e outras obras complementares e especiais para benefícios de famílias carentes da região e limítrofes no distrito de Pontal do Ipiranga, no Município de Linhares- Valor R$ 9.873.551,80;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 1363/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhando cópias de celebração de convênios que especifica: Convênio N.º 009/2013. Convênio celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Serra/ES objetivando o programa de reabilitação da malha viária urbana dos Bairros Serra Dourada I e II no Município de Serra/Espírito Santo. Valor R$ 5.052.419,88;

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76 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Ciente. À Supervisão da Comissão.

Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 1366/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhando cópias de celebração de convênios que especifica: Convênio N.º 008/2013. Convênio celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Atílio Vivácqua/ES, objetivando a execução de Obras de Pavimentação da rua Cofril, implantação de passeios em suas laterais e ampliação de redes de galerias de águas pluviais no Bairro Baixa Bonita no Município de Atílio Vivácqua/ES R$ 543.264,31;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 1401/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhando cópias de celebração de convênios que especifica: Convênio N.º 013/2013. Convênio celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Cachoeiro de Itapemirim/ES, objetivando a execução de Obras de Pavimentação e Drenagem nas ruas José Olímpio Gomes, Helena Paz Marconde de Souza no Bairro Alto União e Rua Júlio Cezar Santos no Bairro Monte Belo no Município de Cachoeiro de Itapemirim/ES R$ 890.631,88;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 1398/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhando cópias de celebração de convênios que especifica: Convênio N.º 007/2013. Convênio celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Cachoeiro de Itapemirim/ES, objetivando a execução de Obras de Pavimentação e Drenagem nas ruas do Bairro Nossa Senhora da Penha, no Município de Cachoeiro de Itapemirim/ES R$ 251.220,82;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Ofício n.º 1255/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhando cópias de celebração de Convênios que especifica: Convênio n.º 010/2013, celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Barra de São Francisco, objetivando a execução de Obras de Pavimentação e Drenagem de vias Urbanas do Município de Barra de São Francisco/ES - Valor R$ 2.340.490,71;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 1252/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhado cópias de celebração de convênios que especifica: Convênio n.º 011/2013, celebrado entre o estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Barra de São Francisco, objetivando a Execução de Obras de Pavimentação e Drenagem de vias Urbanas do Município de Barra de São Francisco/ES - Valor R$ 1.436.465,95;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 1249/2013, do Secretário de Estado de Saneamento, encaminhando cópias da celebração de Convênios que especifica: Convênio n.º 012/2013, celebrado entre o Estado do Espírito Santo, por intermédio desta Secretaria e o Município de Barra de São Francisco, objetivando a Execução de Obras de Pavimentação e Drenagem de vias Urbanas do Município de Barra de São Francisco/ES - Valor R$ 3.391.436,08;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 343/2013, do BNDES, comunicando a liberação de recursos financeiros que especifica: - Valor Total R$ 4.961.500,78;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê:

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 77

Ofício n.º 366/2013, do BNDES, comunicando a liberação de recursos financeiros que especifica: - Valor total R$ 78.147.978,15;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 17/2014, do Ministério da Integração Nacional, comunicando a liberação de recursos financeiros que especifica: R$ 5.000.000,00;

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 17/2014, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando resumo do termo de convênio que especifica: Convênio 026/2012 - Fundação IADE - Objeto: aquisição de um veículo utilitário para a Fundação IADE no Município de Colatina - Valor total R$ 50.000,00. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 592/2013, do Secretário de Estado da Cultura, encaminhando resumo do termo de convênio que especifica: Convênio n.º 017/2013 - Associação Desportiva, Cultural, Social e Educacional de Capoeira e Artes Afro-Brasileiras Aliança - objeto: realização do Projeto Capoeira Ginga de Paz , 2013 - Valor total R$ 49.980,00.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 33/2014, do Tribunal de Contas, encaminhando cópia da prestação de contas bimestral, atividades referente aos meses de novembro e dezembro de 2014.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Mensagem n.º 21/2014 , do Governador do Estado, encaminhando Relatório de Créditos Suplementares e Especiais abertos no período de setembro a dezembro de 2013, em cumprimento ao § 6.º do artigo 17 da Lei n.º 9.890/2012.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: OF/GAB/SEFAZ n.º 004/2014, do Secretário de Estado da Fazenda, solicitando a essa Comissão o agendamento das Audiências Públicas, a serem realizadas referentes ao último quadrimestre do exercício de 2013 e referentes ao presente exercício, para que o Governo do estado apresente a avaliação das metas fiscais em cumprimento ao § 4.º do artigo 9.º da Lei Complementar n.º 101, de 04/05/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ciente. À Supervisão da Comissão. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: Projeto de Lei n.º 413/2012. Autora: Senhora Deputada Aparecida Denadai. Ementa: Obriga os Hospitais Particulares a divulgarem em local de fácil visualização, quadro contendo a atualização de leitos disponíveis. Projeto de Lei n.º 050/2013. Autor: Senhor Deputado Glauber Coelho. Ementa: Dispõe sobre a presença de profissionais treinados em primeiros socorros nos eventos realizados no Estado do Espírito Santo. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS: Projeto de Lei n.º 413/2012 - Análise de Mérito. Autora: Senhora Deputada Aparecida Denadai. Ementa: Obriga os Hospitais Particulares a divulgarem em local de fácil visualização, quadro contendo a atualização de leitos disponíveis. Relator: Senhor Deputado Euclério Sampaio. Entrada na Comissão: 10/02/2014. Prazo do Relator: 03/03/2014.

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78 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Prazo da Comissão: 10/03/2014. Projeto de Lei n.º 050/2013 - Análise de Mérito. Autor: Senhor Deputado Glauber Coelho. Ementa: Dispõe sobre a presença de profissionais treinados em primeiros socorros nos eventos realizados no Estado do Espírito Santo. Relator: Senhor Deputado Euclério Sampaio. Entrada na Comissão: 10/02/2014. Prazo do Relator: 03/03/2014. Prazo da Comissão: 10/03/2014. PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão a ata. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. ATAYDE ARMANI - Pela

aprovação. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Pela

aprovação. O SR. JAMIR MALINI - Pela aprovação. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Ata aprovada como lida. Antes de passar à Ordem do Dia quero

deliberar sobre a audiência pública com a finalidade de apresentação e avaliação das metas fiscais pelo Governo do Estado, referente ao último quadrimestre do exercício de 2013 e ao presente exercício, em cumprimento ao Parágrafo 4.º, art. 9.º da Lei Complementar n.º 101/2000, que é a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em discussão. (Pausa) O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Senhor

Presidente, pela ordem! V. Ex.ª disse que quer discutir uma data?

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Estou propondo para o dia 24 de fevereiro. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Qual

horário? Horário normal? O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Horário normal. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Então está

bom.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Recebemos um ofício do Senhor Maurício Duque, Secretário de Estado da Fazenda, datado de 7 de janeiro de 2014. Estamos propondo a esta Comissão para ouvir o secretário em uma audiência pública, no dia 24 de fevereiro, às 13h. Não é no horário na Comissão não. Meia hora antes para ganharmos tempo.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Favorável. O SR. ATAYDE ARMANI - Favorável. O SR. JAMIR MALINI - Favorável. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Também sou favorável. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Senhor

Presidente, pela ordem! V. Ex.ª sabe me dizer o dia que o Senhor Governador prestará contas nesta Casa?

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Não. Ainda não fomos informados. A audiência pública foi aprovada nesta

Comissão. Vamos ouvir o secretário no dia 24 de fevereiro, às 13h, neste local.

Ordem do Dia. Redistribuirei os projetos do Senhor

Deputado José Esmeraldo para o Senhor Deputado Atayde Armani.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Atayde Armani para relatar.

O SR. ATAYDE ARMANI - Proposta de

Emenda Constitucional n.º 04/2013, de autoria do Senhor Deputado Gildevan Fernandes, alterando o art. 100 da Constituição, acrescentando:

Art.100-A. Compete ao Poder Executivo garantir a capacitação dos conselheiros representantes da sociedade civil nos Conselhos de Políticas Públicas do Estado. § 1º O processo de capacitação deve ser contínuo e permanente para garantir a formação dos conselheiros representantes da sociedade civil. § 2º Lei específica regulará os processos formais de capacitação e construção de conhecimento dos conselheiros nos Conselhos de Políticas Públicas do Estado.”

A Comissão de Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas é pela aprovação da Proposta de Emenda a

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 79

Constituição Estadual n.º 04/2013, de autoria do Senhor Deputado Gildevan Fernandes. Este é o parecer, Senhor Presidente. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com o relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Atayde Armani.

O SR. ATAYDE ARMANI - O Projeto de

Lei n.º 258/2012, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza, dá nova redação ao inciso I dos artigos 2.o e 5.o da Lei n.º 9.365, de 18.12.2009, que criou o Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte e Lazer e o Fundo de Incentivo ao Esporte e Lazer do Estado do Espírito Santo.

Segundo o Projeto de Lei do Senhor Deputado Claudio Vereza, o inciso I do art. 2.o da Lei Estadual n.º 9.365/2009 passa a vigorar com a seguinte redação:

I - descentralização administrativa e apoio institucional às federações esportivas e as entidades de pessoas com deficiência com área de atuação no paradesporto;

Também o inciso I do art. 5.o da Lei Estadual

n.º. 9.365 passa a vigorar com a seguinte redação:

I - o treinamento e a participação de atletas, técnicos e equipes esportivas em competições;

O Projeto é de suma importância. O Senhor Deputado Claudio Vereza sempre preocupado com a área da deficiência física. Parabenizo S. Ex.ª pelo grande trabalho que fez ao longo da sua vida nesta área. Sou testemunha e já fui companheiro de S. Ex.a

em várias lutas como essa. A Comissão de Finanças, Economia,

Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 258/2012, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Claudio Vereza. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação.

Como votam os Senhores Deputados? O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com o relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Atayde Armani.

O SR. ATAYDE ARMANI - O Projeto de

Lei n.º 058/2013, de autoria da Senhora Deputada Lúcia Dornellas, dispõe sobre a devolução do valor da matrícula nos estabelecimentos de ensino superior, nas situações em que especifica.

Art. 1.º - Os estabelecimentos de ensino superior ficam obrigados a devolver aos alunos que desistam do curso, o valor integral da matrícula, descontado apenas a taxa de administração, que não pode ser superior a 10% do valor da matrícula.

§ 1.º - A desistência deve ocorrer em até 7 (sete) dias antes do inícios das aulas. § 2.º - A devolução da matrícula ocorrerá no prazo máximo de 7 (sete) dias após a solicitação de reembolso.

Senhor Presidente, após ouvir a Comissão de

Justiça, que foi pela constitucionalidade e legalidade, esta Comissão também é pela aprovação da matéria.

A Comissão de Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 58/2013, de autoria da Senhora Deputada Lúcia Dornellas. Este é o parecer, Senhor Presidente.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com o

relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Não há mais projetos a serem relatados pelo

Senhor Deputado Atayde Armani. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério Sampaio para relatar.

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80 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Projeto de Lei n.º 61/2013, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, que dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas projetistas e de construção civil proverem em seus empreendimentos dispositivos para dispensa dos óleos vegetal ou animal e gorduras de uso culinário.

O parecer da Comissão de Finanças é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 61/2013, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, com adoção da emenda modificativa apresentada na Comissão de Justiça.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. ATAYDE ARMANI - Com o relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Euclério Sampaio. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Projeto de Lei n.º 32/2013, de autoria do Senhor Deputado Dary Pagung, que dispõe sobre a formatação de preços ao consumidor de combustível no Estado do Espírito Santo.

O parecer desta Comissão de Finanças é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 32/2013.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. ATAYDE ARMANI - Com o relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Euclério Sampaio. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Projeto de Lei n.º 205/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai, que dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas de Call Center encaminharem os contratos por escrito ao contratante de bens e de serviços, na forma como especifica.

Nosso parecer é pela aprovação, na forma da Emenda Substitutiva n.º 01/2012, aprovada na Comissão de Justiça.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. ATAYDE ARMANI - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Projeto de Lei n.º 454/2012, de autoria do Senhor Deputado José Esmeraldo, que estabelece a fixação de avisos com informações sobre o seguro obrigatório de danos pessoais, causados por veículos automotores de vias terrestres - Dpvat - em estabelecimentos de saúde pública ou privada.

Nosso parecer é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 454/2012.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. JAMIR MALINI - Com o relator.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. ATAYDE ARMANI - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Continua com a palavra o Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Projeto de Lei n.º 366/2012, de autoria do Senhor Deputado Roberto Carlos, que dispõe sobre as normas gerais relativas a concursos públicos no âmbito do Estado do Espírito Santo, instituindo o Estatuto dos Candidatos a Concursos Públicos, e dá outras providências.

Nosso parecer é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 366/2012, com adoção do substitutivo apresentado pelo próprio autor, bem como emenda modificativa apresentada pelo Senhor Deputado Sandro Locutor e emenda modificativa proposta pela Comissão de Justiça.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 81

Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. ATAYDE ARMANI - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. JAMIR MALINI - Com o relator.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade.

Agradecemos ao Senhor Deputado Euclério Sampaio a relatoria de todos os projetos que estavam em suas mãos e a dos que foram designados à Senhora Deputada Lúcia Dornellas.

Concedo a palavra à Senhora Deputada Luzia Toledo para relatar.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Cumprimento o

Senhor Deputado Dary Pagung, Presidente desta Comissão, e os Senhores Deputados Jamir Malini, Euclério Sampaio e Atayde Armani.

Estive com o Senhor Deputado Atayde Armani no fim de semana. Foi um fim de semana venturoso, com muito trabalho, maravilhoso. Parabenizo S. Ex.ª por isso.

Cumprimentamos também os técnicos de nossa Comissão com muito prazer, todas e todos, nosso procurador, enfim.

Senhor Presidente Dary Pagung, tenho em mãos o Projeto de Lei n.º 27/2012, de autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules, cuja ementa dispõe sobre a confecção de carimbos e receituários para profissionais liberais. O parecer já passou pela Comissão de Justiça. É um assunto extremamente importante, que vem contribuir com a qualidade de vida da nossa população; vem em socorro da população. O próprio autor fez a emenda modificativa no art. 6.º dos autos, conforme orientação da outra Comissão, e retornou ao Procurador vinculado para reexame da matéria, que manteve o parecer jurídico pela aprovação. Senhor Presidente, o nosso parecer é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 027/2012, de autoria do nosso querido Senhor Deputado Doutor Hércules, que dispõe sobre a confecção de carimbos e receituários para profissionais liberais.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com a relatora.

O SR. JAMIR MALINI - Com a relatora. O SR. ATAYDE ARMANI - Com a

relatora.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto da relatora. O parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Finanças.

Continua com a palavra a Senhora Deputada Luzia Toledo.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Projeto de Lei

n.º 095/2012, de autoria do Senhor Deputado Claudio Vereza, que altera os termos da Lei n.º 7.812/2004, que dispõe sobre a proibição de pessoas jurídicas de direito público e privado que prestam serviços na área da saúde de exigirem do consumidor, para fins de prestação e ou garantia de atendimento, cheque caução.

A Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos exarou o parecer pela aprovação, assim como teve seu parecer aprovado na Comissão de Justiça pela constitucionalidade, legalidade e juridicidade da proposição. A Comissão de Saúde também foi pela aprovação.

Senhor Presidente, o nosso parecer, sem dúvida, acompanhando as demais Comissões, é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 095/2012.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com a relatora.

Parabenizo tanto a relatora como o autor do projeto. Isso é muito importante, porque na hora em que a família chega desesperada, são exigidos mundos e fundos. E para salvarmos a vida de um ente querido, não pensamos ao acatarmos uma arbitrariedade dessas.

O SR. JAMIR MALINI - Com a relatora. O SR. ATAYDE ARMANI - Com a

relatora.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto da relatora. O parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Finanças.

Continua com a palavra a Senhora Deputada Luzia Toledo.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Projeto de Lei

n.º 178/2012, de autoria do Senhor Deputado Esmael de Almeida, que reconhece a Música Gospel e os eventos a ela relacionados como manifestação cultural.

O Projeto de Lei tramitou nas outras Comissões, inclusive na Comissão de Constituição e Justiça, que foi pela legalidade da matéria. Na Comissão de Cultura, da qual sou a Presidenta,

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também fomos pela aprovação. Portanto, nesta Comissão, não seremos diferentes.

Acho que é um projeto importante. Claro que as manifestações musicais, sejam elas Gospel ou de outra natureza, são manifestações culturais. Parabenizo o autor.

Senhor Presidente, o nosso parecer é pela aprovação do Projeto de Lei n.º 178/2012.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada.

Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com a relatora.

O SR. JAMIR MALINI - Com a relatora. O SR. ATAYDE ARMANI - Com a

relatora. O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG)

- A Presidência acompanha o voto da relatora. O parecer foi aprovado à unanimidade pela

Comissão de Finanças. Continua com a palavra a Senhora Deputada

Luzia Toledo. A SR.ª LUZIA TOLEDO - O Projeto de Lei

n.º 146/2013, de autoria da Senhora Deputada Lúcia Dornellas, dispõe sobre a divulgação do serviço de disque-denúncia nacional de violência contra a mulher, no âmbito do Estado do Espírito Santo.

O projeto foi encaminhado para a Comissão de Justiça, onde recebeu parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa. Na Comissão de Defesa da Cidadania e Direitos Humanos recebeu parecer pela aprovação da matéria.

Procederei à leitura de um trecho da justificativa do Projeto de Lei n.º 146/2013:

[...] A Lei Maria da Penha, que completa 7 anos em agosto de 2013, especifica cinco formas de violência contra a mulher: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Como forma de reforçar a eficácia desta Lei, surgiu o Disque 180.

O Disque Denúncia Nacional de Violência Contra a Mulher - Disque 180 - funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional. [...]

Todos já sabem que existe o Disque 180, um

disque-denúncia nacional, para casos de violência

doméstica, aquela que acontece sobre o mesmo teto que o marido, o companheiro, os filhos, os pais, o irmão ou o cunhado.

Parabenizamos a Senhora Deputada Lúcia Dornellas. Estamos em meados de fevereiro e dia 8 de março é o Dia Internacional da Mulher. Que bom esta Comissão poder aprovar neste momento um projeto como esse, até porque o Estado do Espírito Santo continua sendo campeão no índice de violência contra a mulher. Não sabemos o que podemos fazer e não temos conseguido pernas, por mais que se fale, busque mecanismos, vá ao interior e rode a Grande Vitória, infelizmente a violência contra a mulher continua.

Temos que realmente buscar esses mecanismos. Voltamos a falar do Botão do Pânico - parabenizamos o Senhor Desembargador Pedro Valls Feu Rosa por essa iniciativa -, pois se bem usado, com certeza serviria não apenas para combater a violência contra a mulher, mas todo o tipo de violência que ocorre, como a violência contra o idoso, entre outras. Temos que ampliar os mecanismos e esta Casa tem sido parceira e continuará sendo.

Nosso parecer é favorável ao Projeto de Lei n.º 146/2013 e com muito prazer parabenizamos a Senhora Deputada Lúcia Dornellas.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(DARY PAGUNG) - Em discussão o parecer. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. ATAYDE ARMANI - Com a

relatora. O SR. JAMIR MALINI - Com a relatora. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com a

relatora. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(DARY PAGUNG) - A Presidência acompanha o voto da relatora.

O parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Finanças.

Não há mais projeto a ser relatado. Comunico à Senhora Deputada Luzia Toledo que, na Fase das Comunicações, trouxemos para aprovação a realização de uma audiência pública, com a finalidade de dar apresentação e avaliação das metas fiscais do Governo do Estado, com a presença do Senhor Secretário Maurício Duque, no dia 24 de fevereiro de 2014, às 13h.

O SR. ATAYDE ARMANI - Senhor Presidente, pela ordem! É de suma importância que fosse convidado o maior número de pessoas, inclusive as pessoas que lidam na área técnica e

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 83

financeira da Assembleia Legislativa, para assistirem à prestação de contas do Secretário da Fazenda e também pessoas dessa área do Tribunal de Contas.

Também esclarecemos que quando a Senhora Deputada Luzia Toledo disse que passamos um final de semana maravilhoso, de fato foi, mas que ninguém pense mal que de repente tenha sido em uma ilha paradisíaca ou qualquer coisa assim. Passamos um final de semana maravilhoso, mas foi trabalhando, exercendo nosso mandato, principalmente nos Municípios de Santa Maria de Jetibá e Santa Leopoldina, onde entregamos vários equipamentos agrícolas aos prefeitos e às associações daqueles municípios.

Senhor Presidente, tivemos o prazer e o privilégio da Senhora Deputada Luzia Toledo estar conosco, como sempre esteve. Sempre dizemos que V. Ex.ª é uma das poucas Deputadas onipresentes em todo o Estado. Agradecemos à Senhora Deputada Luzia Toledo e ao Vice-Governador e Governador em exercício, Givaldo Vieira, a entrega dos equipamentos naqueles municípios, o que nos engrandeceu juntamente com aquela população. Particularmente, este Deputado ainda se engrandeceu mais com a presença da amiga, Senhora Deputada Luzia Toledo. Muito obrigado.

A SR.ª LUZIA TOLEDO - Senhor Presidente, rapidamente não posso deixar de me manifestar diante da delicadeza do Senhor Deputado Atayde Armani.

Digo a todos os presentes, funcionários desta Casa, nossos amigos e amigas e aos telespectadores, que é muito bom, em uma Casa política como é a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, os Senhores Deputados terem uma relação verdadeira. É muito bom porque somos representantes do povo capixaba e quando chegamos a um município onde temos um Deputado mais votado, mais proclamado, mais querido, como é o caso do Senhor Deputado Atayde Armani, no Município de Santa Maria de Jetibá, somos recebidos por S. Ex.ª e por todos os demais com a mesma alegria e o mesmo tratamento. Isso é gentileza.

Sempre exerço a lei da gentileza, que deve estar presente em todos nós, em todas as pessoas de todos os níveis. Não custa nada falar muito obrigado, um abraço, chegue bem, vai com Deus, enfim, atitudes que nos fazem diferentes e Deus abençoa. Senhor Deputado Atayde Armani, muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (DARY PAGUNG) - Agradeço ao Senhor Deputado Paulo Roberto, que hoje não tinha projeto para relatar; e ao Senhor Deputado Jamir Malini, que compareceu a esta reunião como suplente.

Senhor Deputado Atayde Armani, também gostaria de dizer que a região serrana de Santa Maria de Jetibá é muito bonita e com a companhia da Senhora Deputada Luzia Toledo, uma pessoa que faz parte do Estado do Espírito Santo, se torna ainda mais bonita.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a próxima, extraordinária, dia 24 de fevereiro, às 13h, no Plenário Rui Barbosa.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 14h04min. _______________________________________________

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS. PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 11 DE FEVEREIRO DE 2014.

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- Havendo número legal, invocando a proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos da Comissão de Política Sobre Drogas.

A Presidenta informa que dispensará a leitura da ata. (Pausa)

Não temos Expediente para ser apreciado e deliberado.

Passa-se à Ordem do Dia. ORDEM DO DIA: Presença do Psicanalista, Doutor em Dependência Química, José Francisco Veloso, palestrando sobre CRACK E OUTRAS DROGAS O QUE VOCÊ PRECISA SABER. Convido para compor a Mesa o Senhor José

Francisco Veloso para proferir esta palestra importante, nesta manhã de hoje, na reunião da Comissão de Política sobre Drogas. (Pausa)

(Toma assento à Mesa o

referido convidado) A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- Concedo a palavra ao Senhor José Francisco Veloso.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO -

Bom-dia, Senhora Deputada e demais presentes. É uma honra participar desta reunião e falar sobre o crack e outras drogas.

Entendo, pela minha experiência de trinta e nove anos, que quem fala sobre drogas não pode simplesmente apontar defeitos e dificuldades e não apontar uma solução. Estou nesta reunião, sem falsa modéstia, para apontar soluções e dizer aquilo que achei em trinta e nove anos de trabalho, pesquisa e estudos.

Senhora Deputada, Senhoras, Senhores, aqueles que nos assistem pela televisão, acho que a

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maior arma contra as drogas é a prevenção. É mais barato. Para terem uma ideia, o Governo gastará mil e quinhentos reais por mês, durante doze meses, na tentativa de recuperar um dependente químico, mas provavelmente não recuperará a todos. E gastará cento e cinquenta reais por ano, por cada aluno e professor que passar por um trabalho de prevenção, reorientação e educação nesta área. É mais barato fazer uma prevenção.

Como disse em entrevista anterior, a prevenção é a única arma que acaba com o tráfico. Com a prevenção, não teremos um comprador no mercado futuro. Se não tem quem compra, não encontraremos alguém que venda. A prevenção mata o tráfico. E vamos continuar trabalhando, sim, na recuperação. Mas o meu alvo, hoje, nesta Assembleia Legislativa, nesta comissão, é para instar a fazer o trabalho de prevenção em todo o Estado do Espírito Santo, usando de todas as maneiras.

Faço um apelo a V. Ex.ª, Senhora Deputada Janete de Sá, assim como a outros Deputados para que façam isso com a maior urgência possível porque nesse exato momento o tráfico é ousado, não tem escrúpulos e está na porta das escolas, colégios e faculdades fazendo a sua captação e seu trabalho.

O tráfico não tira férias, não tem final de ano, natal ou ano novo. Está sempre presente. Não podemos ficar apenas na área da intelectualização do assunto e sim na área da ação. Vamos fazer isso o mais rápido possível e vamos educar as nossas crianças.

Quero mostrar aos senhores, alguns vídeos que trouxe. Depois discutiremos mais sobre esse assunto.

Peço ao nosso assessor que coloque no ar o primeiro vídeo. Quero chamar a atenção dos senhores porque esse vídeo é de 1974. (Pausa)

(É exibido o vídeo) O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Senhora Deputada e demais presentes, em 1974 a Seagram, que era a maior produtora de uísque e bebida alcoólica no mundo, se preocupava em fazer propaganda não contra o álcool e sim preparando o mercado, futuro consumidor.

O álcool é a droga que mais mata no mundo e é de um cinismo muito grande. Chamo de cinismo muito grande quando vemos na televisão a propaganda de cerveja e outras bebidas onde rapidamente aparece aquela frase: Beba moderadamente.

As indústrias de bebida não querem que bebamos moderadamente e sim desbragadamente porque se bebermos moderadamente ela não terá lucros e os acionistas não receberão. Quer dizer, é mentira!

Senhora Deputada Janete de Sá, fui deputado no Estado do Rio de Janeiro, onde havia uma lei de minha autoria - não sei se ainda tem - que proíbe a venda e consumo de bebida alcoólica em estádios de

futebol. Essa lei foi suspensa por dois meses porque a Fifa quer que venda álcool.

Segundo o padrão Fifa o álcool não vicia ninguém e não faz mal.

Continuaremos com o próximo vídeo, mas antes quero chamar a atenção dos senhores para o seguinte: esse é um vídeo feito pela Rede Globo do Estado do Rio Grande do Sul, a RBS de Porto Alegre. Esse vídeo é altamente instrutivo, fala claramente. E foi feito há cinco anos. Ele fala sobre o crack. (Pausa)

(É exibido o vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Já está em dois milhões no Rio Grande do Sul. Solicito ao nosso assessor que continue a exibir o vídeo. (Pausa)

(Continua a exibição do vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Daqui a pouco mostrarei duas entrevistas feitas pelos jornais A Gazeta e A Tribuna sobre o oxi e o crack. O crack não existe, é cocaína usada de maneira diferente. A cocaína pode ser usada cheirando, esfregando na gengiva, aplicada na veia, misturada no álcool, como supositório e usada no crack ou no oxi, que é uma quantidade muito pequena, muito ínfima misturada ao bicarbonato e outros produtos que o tráfico acaba fazendo e vendendo bem barato. A rapidez é essa que o Grupo RBS mostrou. Fumou, vai para os alvéolos pulmonares onde o sangue passa rapidamente e chega rapidamente ao cérebro. Como o mundo das drogas é imediatista, a pessoa quer prazer e alivio imediato. Ela vai Fumar uma pedra e rapidamente terá esse prazer e alívio, anestesia para seus males, suas dores emocionais e existenciais. Logo depois a pessoa vai querer outra pedra, depois outra pedra e na quarta, o traficante já estará vendendo uma pedra sem cocaína e a pessoa continua fumando a pedra e continua tendo um barato, porque o start psíquico foi acionado. Gostaria que nosso assessor colocasse o vídeo das entrevistas sobre o Crack ES. (Pausa)

(É exibido o vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Este vídeo é bastante esclarecedor. Vou falar em tom jocoso, o assunto é sério, mas quero colocar uma coisa engraçada. O maior problema que tenho nesses trinta e nove anos de trabalho com dependente químico chama-se mãe. A mãe, às vezes, quer que eu ajude o filho, mas quando digo que o filho precisa ser internado, ela não quer. Aceita, mas na hora de ir embora, na hora que o filho tem que ser internado, ela não deixa, porque o filho chora, tenha a idade que tiver, e a mãe acaba se comovendo. A avó então é outro problema muito sério, elas dão dinheiro para comprar droga. E sobre essa coisa se eu não der, ele

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 85

vai roubar, ela esquece que ele está roubando a casa. É preciso que a família se una e entenda também que é para se tomar uma atitude definitiva, uma atitude realmente muito segura de se colocar limites na família. Hoje em dia, os filhos são criados sem limites. Não há limites. E como não tenho muito tempo, não vou dissertar sobre isso.

Os senhores viram nessa entrevista que dei, saiu no jornal Bom Dia Espírito Santo, também no Jornal Hoje e depois no Jornal Nacional, que o mundo das drogas não escolhe realmente a área da sociedade. Quem tem dinheiro, manda o filho para um centro de recuperação, para uma clínica em São Paulo, o que é caríssimo. Quem não tem, vai para onde? Há pouco tempo, vi uma autoridade do Estado, dizendo que o Estado tem quinhentas e setenta vagas para tratamento de dependentes químicos. Não é verdade. É mentira, não tem nenhuma. As quinhentas e setenta vagas existem para tratamento de pessoas que são loucas varridas, com problemas psiquiátricos sérios. É claro que se o dependente químico não for tratado, pode se tornar um paciente psiquiátrico definitivo, mas dizer que há quinhentas e setenta vagas, não é verdade.

Temos que dizer a verdade sem escrúpulos e sem medo de qualquer tipo de reação, porque é verdade. E é conhecendo a verdade... a verdade liberta, a verdade aponta caminhos. E estou aqui para dizer a verdade para vocês.

O próximo vídeo a ser exibido é sobre o oxi, que seria o primo do crack. Essas cenas foram feitas na minha mesa, no meu consultório, em Vila Velha. (Pausa)

(É exibido o vídeo) O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Os

senhores podem notar pela minha cara que estou sorrindo, porque me lembrei do casal de filhos que esse dependente tem. Quando me encontram, abraçam-me. Apesar de serem crianças, sabem muito bem o que fizemos pelo pai deles. O pai continua me dando trabalho, mas sempre dou atenção a ele. Eles precisam disso. Alguns precisarão de atenção pelo resto da vida e, enquanto tiver vida, continuarei trabalhando e falando onde quer que me disponibilizem o microfone, como V. Ex.as fazem neste momento, Senhora Deputada Janete de Sá.

Quero fazer um esclarecimento sobre o oxi e o crack. O oxi não pegou como moda, por conta do querosene. A diferença do crack é que o dependente químico tem de estar com o isqueiro sempre acendendo a pedra, visto que ela não fica acesa direto. Na Bolívia, inventaram colocar o querosene, substancia que queima direto; no entanto, solta fuligem. Solta um cheiro diferente e queima mais por dentro. Por isso, não pegou muito. O dependente mencionou no vídeo - por falta de conhecimento - que o oxi é mais forte. Ele não é

mais forte. A cal colocada na oxi, bem como no crack, é virgem e queima. Se colocar água ela queima. Portanto, é um produto de muito calor. E, o oxi não pegou exatamente por isso. Agora, os senhores assistirão a um vídeo mais longo. Se a Senhora Deputada Janete de Sá achar melhor, logo após essa apresentação, passarei à fase das perguntas. Fala-se da cocaína. Como ela é feita? Onde é feita? Os senhores verão a produção da cocaína no interior da Columbia. Um filme real, em uma fazenda normal.

Esses não são traficantes, são agricultores e estão colhendo folhas da coca. Enchem sacos e sacos da folha da coca.

Neste momento do vídeo, crianças que ficavam pisando. Hoje, usam motosserra para triturar a folha. Notem a quantidade de folhas. É um laboratório muito bem higienizado. Notem que no chão tem um tapete de plástico preto, uma lona, e eles começam a fazer a mistura.

A primeira coisa que eles colocam é a soda cáustica. Anotem quantas coisas são usadas para fazer a cocaína. Tem amônia, gasolina e aquele monte de folhas molhadas com aquele material. Colocam a cal virgem, gasolina, ácido sulfúrico; e não acabou. Tudo isso para fazer a cocaína.

As folhas começam a desaparecer. São colocadas dentro de bombonas. Agora, colocam gasolina reciclada, gasolina fresca e aquilo vira uma espécie de sopa, que fica guardada como se estivesse cozinhando, com o tempo. Agora vão almoçar, e horas depois, ou dias depois, voltam a trabalhar no laboratório. Colocam mais ácido sulfúrico e começam a fazer uma mistura.

Fazem a primeira coagem com um pano em cima de uma lata. Lembram-se daquele monte de folhas? Virou isso. Agora estão removendo as impurezas. Sofre uma nova filtragem e a cocaína começa a aparecer. Sofre de novo uma nova coagem. Notem como está a cor do pano. Notem a cor do líquido.

Já está no final para o terceiro tempo da filtragem, quase finalizando o trabalho deles. Colocam mais amônia para precipitar a fórmula e dar cor. O sulfato começa a aparecer. Já estão finalizando. A cor começa a aparecer diferente. Sofre a última filtragem. Olhem a cor do pano como está. É bem apertado. Na imagem não tem um quilo de cocaína. Estava mostrando a pura cocaína, a cocaína branca. Esta é vendida na Colômbia por oitocentos dólares o quilo. O traficante paga oitocentos dólares a esses homens e depois vende ao Brasil por cerca de dez mil dólares o quilo da cocaína pura. Lembro aos senhores que quando falo cocaína pura a ela foram adicionados este monte de ácidos e outras coisas mais. Esse pó chega ao Brasil por dez mil dólares o quilo e o traficante transforma um quilo em cem quilos, misturando bicarbonato, pó

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86 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

de mármore, cal virgem e até fezes brancas de pombo. Usam tudo que é branco e que pode ser misturar para multiplicar. Colocam acetona, fazem os papelotes, alguns outros misturam cal e bicarbonato para fazer crack. Ou seja, algo que custa oitocentos dólares rende, no Brasil, cerca de dez milhões de dólares.

Os senhores, os telespectadores, imaginem o que fazia no Estado do Espírito Santo aquele helicóptero que trouxe quinhentos quilos de cocaína pura. Afirmo, com quase certeza, que o Estado do Espírito Santo estava se tornando uma rota internacional, porque não se usa quinhentos quilos de cocaína no Estado. A droga era para, por meio de navios, imagino, ser exportada para Europa. O que me intriga é que não se fala mais nisso. A grande mídia, e ninguém mais, toca nesse assunto.

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- Estávamos falando exatamente isso. O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO -

Não se toca mais no assunto. Talvez porque esteja envolvido o Senador do Estado de Minas Gerais. Será porque pessoas grandes estão envolvidas?

Há pouco tempo, um canal, acho que o Discovery Chanel, trouxe uma reportagem que fala que somente os pobres estão presos. O grande traficante e os financiadores sempre dão um jeito de abafar. Por quê?

A Polícia Federal, a Polícia Militar e a Polícia Civil fizeram um trabalho tão bom para apreender aquele helicóptero com quinhentos quilos de cocaína e não se fala mais nisso? Por quê? Atingiu alguém muito grande tanto no Estado de Minas Gerais quanto no Estado do Espírito Santo? Que história é essa?

Claro que não é minha função fazer repressão, mas é minha função, como intelectual da área, questionar essas atitudes. Precisamos tomar atitudes mesmo.

Senhora Deputada Janete de Sá, quanto tempo ainda tenho para falar?

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- O Senhor tem meia hora. A reunião tem duração de uma hora, começamos às 11h30min e V. S.ª pode falar até 12h30min.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Exibiremos o próximo vídeo. Acho que o pessoal está meio catatônico. De tanto ouvir isso, estão meio que drogados.

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- Antes de V. S.ª exibir o próximo vídeo, agradecemos a presença dos procuradores presentes, o Doutor Raynes Viana de Vasconcelos, o Doutor José Arimathéa Campos Gomes e o Doutor Valmir Castro Alves. Muito obrigada por terem vindo. Hoje estamos com um grupo grande de procuradores desta

Casa de Leis em decorrência, inclusive, do assunto. Agradecemos também às peritas criminais do

nosso Estado, à Senhora Josidéia Barreto Mendonça, Perita Bioquímica Toxicologista da Polícia Técnico-Científica do Estado do Espírito Santo, à Senhora Fernanda Silveira, Perita Criminal e Presidenta da Associação dos Peritos Criminais do Estado do Espírito Santo, à Senhora Caline Airão Destefani, Perita Criminal, e à Senhora Raíssa Bolzan Marinho, Perita Criminal da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo. Agradecemos à Polícia Civil.

Doutor José Francisco Veloso, Perícia Criminal tem buscado se aperfeiçoar cada vez mais com novos equipamentos. Pena que ainda carecemos de boas instalações para fazermos o trabalho esperado pela sociedade.

Está presente um grupo bom de peritos criminais que têm nos auxiliado neste caminho de elucidar, inclusive, algumas mortes no trânsito e em tantas outras coisas que acabam sendo oriundas do vício nas drogas, e não propriamente do incidente e do fato ocorrido. Mas a droga está por trás, segundo avaliação de nossa perícia criminal, de muita criminalidade no Estado do Espírito Santo e muitas mortes, inclusive as de trânsito.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Senhora Deputada, senhores telespectadores, procuradores e funcionárias peritas presentes, o dependente químico, sob o efeito da droga, não é violento, mas é violento quando vai buscar a droga. Ele mata e é morto; faz qualquer coisa para conseguir a droga. Estando drogado, não é violento, está sob o efeito da droga. Por isso que a maioria dos homicídios hoje, no Estado do Espírito Santo e no Brasil todo, se dá entre dependentes químicos. A droga está sempre por detrás disso, tranquilamente. Assim como o pessoal do Black Bloc não está de cara limpa simplesmente fazendo aquelas coisas. Quero aproveitar a presença dos senhores procuradores nesta reunião - estou muito honrado com a presença dos senhores - para dizer, ao vivo e a cores, que dois anos atrás fiz uma denúncia ao Procurador-Geral, por escrito, com documento e tudo mais, sobre a compra que fiz no Shopping Praia da Costa, no Município de Vila Velha, de um paper hemp, o papel seda feito da maconha. Comprei com nota fiscal, paguei tudo direitinho e peguei a propaganda daquele material. No paper hemp vem escrito, em inglês: papel feito da mais pura maconha. Esse papel não foi feito para fazer curativo, mas para fumar maconha. E é um subproduto da maconha. Até onde sei, os senhores depois me digam se eu estiver errado, é proibido vender maconha e seus subprodutos. O Procurador-Geral dos senhores, na época, me telefonou - até me assustei, porque não achei que teria essa repercussão - me agradeceu muito, inclusive me fez algumas perguntas, abriu um processo, um inquérito, mandou para o Município de

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 87

Vila Velha, fui o único ouvido na Delegacia de Vila Velha, até agora. A notícia que tenho, até falei com a perita dos senhores, que o Delegado me disse que o material foi mandado para a perícia, se for verdadeiro aquilo. Ora, se o fabricante, o exportador está dizendo que é feito da mais pura maconha, é réu confesso, vai esperar o quê? Por que continua sendo vendido? Para mim, maconha e o papel feito da mais pura maconha, o paper hemp, é droga, é um problema, é no mínimo um incentivo ao uso das drogas. (Pausa)

(É exibido o vídeo) O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - O crack, costumo dizer, foi feito na cozinha do inferno, porque não há uma manipulação científica.

Na década de 80, nos guetos de Nova York, um grupo de dependentes químicos, que tinha pouca cocaína, teve a ideia de misturá-la com bicarbonato e colocar para ferver. Eles achavam que misturando o pouco de cocaína que tinham com um pouco de água tudo viraria cocaína. A água começou a ferver e eles ficavam por perto, pois estava frio, e já ficavam um pouco ligados com aquela fumaça. Quando a água secou, acabou, sobrou no fundo da lata uma pedra fina, tipo pedra fina de mármore. E quando eles pegaram aquela pedra e trouxeram-na ao ambiente normal, houve um choque térmico, a pedra quebrou e fez um barulho crack. A palavra crack vem do barulho da pedra quando é queimada e se quebra. Não é um trabalho científico. Apenas aconteceu. Ah! Explico uma questão antes: olha só o que era legal antigamente, hoje é ilegal. Esta é uma propaganda da Rede Bandeirantes há mais ou menos vinte e poucos anos, divulgando o Ecstasy como um remédio maravilhoso. Notem só esta propaganda. (Pausa)

(É exibido o vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Bom, isso era liberado. Só que o Ecstasy continua como a droga do sexo. Nas baladas, nas festas raves, os jovens usam, as meninas usam. Eles fazem sexo desenfreado e no dia seguinte ela não sabe com quem fez, e ele também não sabe com quem fez. O Ecstasy pode provocar no homem uma ereção de dez a doze horas, dependendo da quantidade que se usa.

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- Doutor, não faça propaganda, pelo amor de Deus, porque é complicado.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO -

Não. Mas uma grande autoridade de Brasília, não direi quem é, disse-me que usou sob orientação médica e ele teve uma ereção absurda que teve, horas

depois, de chamar o médico em casa para aplicar uma injeção para poder diminuir aquilo. O descontrolado que é o problema.

O Ecstasy, como é o Cialis, hoje, essas outras drogas para auxiliar na ereção e outras coisas mais, em algum momento é um remédio, um socorro. Mas Ecstasy usado nestas festas raves, como estou falando, provoca uma espécie de loucura, um desvario, em que a pessoas não sabem quanto ato de sexo fizeram; e fazem abertamente nas ruas. Existem vídeos no Youtube de meninas fazendo sexo com pessoas por causa do Ecstasy. Mas antigamente, há vinte e poucos anos, era um remédio divulgado pela televisão em canal aberto.

Acho que podemos eliminar, porque repetirá o mesmo vídeo da fabricação da cocaína. (Pausa)

(É exibido o vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO -

Gostaria que parassem a apresentação do vídeo por um momento. Este é um vídeo que captei da Folha de São Paulo, que mostra a cracolândia por dentro. Quando falo por dentro, é por que intelectuais e filósofos da área de dependência química, às vezes se dispõem a falar sobre dependência química, cracolândia, ação social, mas nunca foram ao local, nunca estiveram frente a frente com o dependente químico, nunca conversaram.

Certa vez estive num debate, no Rio de Janeiro, na Escola de Magistratura com o Senhor Fernando Gabeira. S. Ex.ª era a favor da liberação total das drogas. Eu era e sou contra. Houve um momento que o Senhor Fernando Gabeira falou alguma coisa e foi aplaudido por várias pessoas presentes. No momento seguinte, quando me concederam a palavra perguntei: de que estavam rindo? Falei: algum de vocês já esteve cara a cara com a mãe ou o pai de um dependente químico em alto desespero? Isso aqui não é piada!

Liberar todas as drogas no Brasil sob a bandeira de que se o álcool e o cigarro são liberados e liberar tudo nivelando por baixo? A sociedade se nivela por cima. Não é porque o sexo hoje está tão liberado, que todo mundo fará como bem quiser. Não é assim!

Não quero ver meus filhos e minhas netas completamente perdidos, porque tudo é liberado e não há limites. A sociedade mesmo tendo a lei, limites, já tem uma grande dificuldade de andar pelas ruas, fazer seu trabalho, montar uma empresa e legislar. Imaginem se não tivéssemos limites?

Esse vídeo foi feito há menos de vinte dias pela TV Folha de São Paulo e mostra a cracolândia por dentro. (Pausa)

(É exibido o vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Foi

quando o prefeito do Estado de São Paulo teve a infelicidade de passar alguns minutos na cracolândia,

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88 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

porque não tinha respostas... Levou sua equipe para mostrar e foi bom para S. Ex.ª.

(Continua a exibição do vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - A

moça do vídeo fala que é mãe, veio para o Estado de São Paulo para se prostituir e acaba dizendo...

(Para a exibição do vídeo)

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - É a

cracolândia vista por dentro. Eles não estão preocupados com camisinha, higiene ou banho. Vocês viram uma mulher lavando a roupa com água do chão do asfalto, água empoçada.

Eles não têm nenhuma dificuldade em defecar ou urinar na frente de todo mundo; não têm dificuldade de fazer sexo na frente de todo mundo. Isso acontece há trinta anos.

Há trinta anos venho avisando a todo o Brasil, porque viajo grande parte deste País palestrando e dizendo que o crack veio para ficar. É como uma favela, ou seja, se deixarmos alguém fazer um barraco em um morro de Vitória e não tomarmos nenhuma atitude, de repente terá mais outro barraco e mais outro e daqui a um ano terão trezentas casas e não tiraremos mais essas pessoas. A Cracolândia em São Paulo começou devagar, devagar e as pessoas achavam que era passageiro. A 1.ª Igreja Batista de São Paulo, hoje, se vê em um problema sério. É uma igreja elitizada e grande no centro de São Paulo. Mas tem uma grande dificuldade, pois no domingo à noite consegue fazer um culto muito pequeno porque a maioria dos membros da igreja não consegue chegar até o templo porque as ruas são tomadas. Os coletivos não passam no centro de São Paulo porque eles tomam conta. Avançaram naquele local. Não adianta prender porque prendemos trezentos, quinhentos deles, leva-se para a delegacia, eles já foram presos, isto é, já têm ficha na Polícia e não há como fazer.

O Governo de São Paulo teve a ideia agora de dar a eles um salário mensal, dar cama, comida em hotéis abandonados e reformados pelo governo. O que chamou minha atenção, Senhores Procuradores, que entendem muito bem disso, e telespectadores que estão me vendo pela televisão e especialistas, se não colocamos limites, eles terão um trabalho, receberão um dinheiro, mas não são obrigados a parar de usar crack. Olhem, então, estamos financiando o crack, isto é, dando dinheiro dos cofres públicos para o tráfico. Quer dizer, temos de colocar limites.

Nos meus pacientes eu coloco limites. Digo que farei assim, assim e assim, mas você terá de fazer isso assim, assim e assim, se não eu paro e não haverá nenhum relacionamento e tem dado certo. O que eles precisam é de limites. Os filhos malcriados, assim como esses jovens que me procuram - prestem bem atenção - de todo o Estado do Espírito Santo, têm um problema,

um histórico de desobediência e precisam de uma autoridade. Às vezes o pai e a mãe falam em casa aquilo que eles ouvem de mim, mas não os obedecem. A mim eles obedecerão. Há a maneira de falar e de abordar. O dependente químico é canalha, safado, sem-vergonha, bandido, ladrão. Até posso até falar isso para ele, no recôncavo do meu gabinete. Mas se o pai, a mãe ou outra pessoa falar, será chocante. Portanto, existe a maneira de falar, de conversar. No meu trabalho, apesar de ser um intelectual, um cientista da área, falo o idioma deles, ou seja, eu uso as expressões, as gírias deles. Entro no mundo deles para trazê-los para o meu mundo. É um trabalho muito difícil. Quero dizer para os senhores que o meu trabalho de prevenção é muito fácil, é muito gostoso de fazer e é mais barato. Ontem mesmo aceitei ir a Ilhéus, na Bahia, por cinco dias, para dar um curso para professores e falar sobre drogas para várias pessoas, líderes religiosos, sem cor denominacional, sem cor religiosa. O Brasil precisa aprender e está acordando para isso. Como disse momentos atrás, passei no final do ano passado onze dias em oito cidades no Rio Grande do Sul. Essas coisas que estão vendo neste momento, mostrei para eles de dez a doze horas de vídeo. Eles não sabiam disso. A sociedade não sabe. E para eu combater, legislar, Senhora Deputada Janete de Sá, preciso saber, conhecer como funciona. Aqui não vai uma crítica política, porque não conheço o Prefeito de Cariacica, não conheço os vereadores de Cariacica. Mas foi promulgada naquela cidade, recentemente, uma lei que obriga os alunos a fazerem exames antidoping. Será que não havia nenhum advogado para dizer que isso é inconstitucional e isso foi sancionado?

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ) - Felizmente o Prefeito voltou atrás.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO -

Voltou atrás. A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- S. Ex.ª não sancionou; como tem um prazo, a Câmara sanciona automaticamente; só que o Prefeito voltou atrás na questão e não é lei naquele município.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - É

preciso conhecer. O vereador foi até de boa vontade. Prefiro errar tentando fazer, a errar por omissão, errar por silêncio.

Um assunto como esse traz à baila uma discussão. Discutamos o que é certo, façamos o que é certo. Temos de discutir para fazer o que é certo. Agora, ao mesmo tempo em que discutimos, continuaremos fazendo.

Eu estou nessa área - repito - há trinta e nove anos, ou seja, faço esse meu trabalho e tem dado certo com centenas e centenas de vidas também no sentido da prevenção.

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 89

De vez em quando encontro pessoas na praia, quando estou correndo, ou encontro pessoas numa igreja ou num cinema e elas me perguntam: O Senhor se lembra de mim? Vinte anos atrás estive num congresso e o Senhor falou sobre drogas; aquilo para mim foi importante e repasso para os meus filhos. Puxa vida! É preciso realmente fazer divulgação e prevenção. Ensinar é mais barato. Repito: ensinar mata o tráfico no futuro. Agora, coloco-me à disposição, Senhora Deputada Janete de Sá, para fazerem perguntas. Estou vendo que o tempo já se foi e não tem mais tempo para outros vídeos.

Quero fazer uma consulta aos senhores se valeu à pena estarem aqui e também ao pessoal da televisão que está nos vendo e nos ouvindo agora, se valeu a pena?

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ) - Doutor José Francisco Veloso, com certeza, as informações que o Senhor traz são muito importantes para todos nós e para quem está nos assistindo. Mas também é muito importante o Senhor dizer de que maneira esse trabalho de prevenção pode ser feito. No que ele consiste? De que forma o Poder Legislativo pode contribuir nesse trabalho? Porque na Comissão de Política Sobre Drogas temos feito um trabalho de conscientização, um trabalho de informação à população sobre os problemas do vício: vício do álcool, vício das drogas lícitas e ilícitas. Em que isso pode acarretar no ser humano, na sua condição física, mental e psicológica? No que isso pode trazer prejuízos, tanto para o ser humano, como para a sociedade e para a sua família? Quais são os desdobramentos do envolvimento?

Temos feito um trabalho nesse sentido porque entendo que só é cidadã a pessoa que detém o conhecimento. Se não o detém, não tem como exigir ou cobrar porque não conhece a lei. Como irá falar de algo que não tem conhecimento? Então, a pessoa nem exige. A comissão tem feito esse trabalho informativo. O nosso objetivo em trazê-lo a esta Casa - e outros palestrantes virão falar das diversas questões que envolvem o problema das drogas - é porque o Senhor tem trabalhado no sentido de orientação.

É bom que estejamos todos atentos porque o Doutor Francisco Veloso não é um simples psicanalista, uma pessoa que gostou da área e decidiu, quando era muito jovem, fazer psicanálise porque via nessa profissão uma forma de ter recursos e de edificar a sua família. Não! O Doutor Francisco Veloso também é um ex-dependente. Não colocou sua vida nesta reunião. Mas é muito interessante porque já conversei com o Doutor Francisco que me fez um depoimento de sua vida. Ele passou por esses problemas que hoje ele estuda e busca dar sua contribuição para poder salvar algumas pessoas desse grave problema. Já sentiu esse problema na pele, já o vivenciou; e, fruto dessa vivência e de sua decisão de sair desse mundo das drogas e buscar uma vida na

qual pudesse realmente construir uma história positiva para a humanidade, ele teve a determinação de ingressar nessa profissão para ajudar outras pessoas e de dar sua contribuição para uma sociedade mais positiva, mais produtiva e mais solidária na qual saibamos conviver com esses problemas e também ajudar àqueles que não queiram conviver com esse problema.

Como sei que o Senhor tem experiência, gostaria que falasse um pouquinho nesse pouco tempo que dispomos - darei mais dez minutos para ver se conseguimos fechar a nossa reunião - sobre o que consiste esse trabalho de prevenção. Como pode ser feito? Como o Estado pode ajudar? O que a Assembleia Legislativa pode fazer? Porque não basta apenas fazer uma lei e as pessoas que estão na rua serem colocadas em apartamentos que não estão sendo usados - há até alguns prédios na Grande Vitória que são do Estado ou da União e não estão habitados. Colocar para quê? Para esconder da sociedade? O que, de fato, podemos fazer? Essa lei, por exemplo, em Cariacica, fiquei assustada quando vi esta lei. E os pais, menos informados, até estavam achando uma coisa muito boa fazer o exame antidoping em crianças da periferia, adolescentes pobres da periferia, porque nas escolas públicas desta região seria feito. Eles até estavam achando que podiam dar autorização para fazer e expor o seu filho ou filha a esta situação. Não estavam sabendo, primeiro, que essa criança é amparada pelo Conselho da Criança e do Adolescente. Existem leis que amparam uma criança. Ainda tem o problema de essa criança ficar marcada. Muitas vezes isso ocorre por uma experiência negativa na adolescência, que ela pode se livrar, como fez V. S.ª, que se livrou, e é um exemplo presente nesta reunião. Assim, para quê colocar um rótulo de uma lei? Colocar o rótulo numa criança pobre? Esse rótulo a criança pode carregá-lo para o resto da vida e poderá prejudicá-la na sua vida laboral, na sua educação. Isso marcará uma criança que poderá vir a ter problemas futuros de consequências inimagináveis, só aprofundando.

Mas, felizmente, o Senhor Geraldo Luzia Junior, o Juninho, prefeito de Cariacica, município onde nasci, teve essa percepção e rapidamente agiu no sentido de tirar de circulação essa discussão, pelo menos em âmbito de lei, de legislação. É claro que quanto a isso ainda tem toda uma tramitação legal, porque de fato a lei foi sancionada pela Câmara. Mas por conta até de ser uma questão completamente inconstitucional, basta que S. Ex.ª entre com uma ação de inconstitucionalidade, que tenho certeza que S. Ex.ª derruba, dentro da lei, uma questão como essa. E não quero desvalorizar o trabalho de vereador, mas, no meu entendimento, este foi infeliz, apesar de ter tido boa intenção, mas foi infeliz na proposição, pois não observou este lado de marcar um jovem no início de sua vida, e que isso pode

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trazer consequências profundas para o resto de sua existência. Felizmente não temos mais esta situação no Município de Cariacica. Só está sendo discutida e não está em vigor.

Agora, gostaria que V. S.ª falasse um pouco desse trabalho na área de prevenção e como podemos ajudar, porque gostaria muito de contribuir, enquanto Poder Legislativo. Acredito que outros deputados também gostariam de contribuir como servidores públicos e também os nossos Procuradores presentes nesta reunião. Temos três acompanhando-a e a obrigação é ter dois. Isso serve para ver como esta matéria motivou a todos e os profissionais desta Casa Legislativa vieram ouvir. Será muito útil se V. S.ª puder nos ajudar nesse caminho.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Até

porque as perícias sabem que existem drogas que se você usar hoje, amanhã, à tarde, ela não está mais no seu corpo. Mas existem drogas que levarão trinta dias para abandonar o seu corpo. É um negócio muito complexo fazer uma lei neste sentido. É preciso consultar pessoas, arranjar uma consultoria neste sentido para saber como é que funciona.

Não parece, mas sou um garotão; tenho sessenta e seis anos e sei que não parece. Mas dos dez aos vinte anos usei drogas no Município de Belo Horizonte. Era atleta do Clube Atlético Mineiro e quando me pegaram fumando um baseado, fui expulso do clube e fui morar na favela. Na véspera da tentativa do meu suicídio, alguém me levou numa Igreja Batista em troca de uma Coca-Cola e um sanduíche, e fui por causa da Coca-Cola e do sanduíche, não foi por causa de pastor de Igreja, não. A Igreja me deu todo o apoio e naquela época tinha só o curso primário, aos vinte anos de idade.

A minha vida foi restaurada e hoje sou doutor em dependência química. Moro no Estado do Espírito Santo e não pretendo sair deste Estado, muito embora tenha recebido várias propostas, e até do exterior para ir trabalhar. Mas não pretendo sair deste Estado. Houve uma mudança, mas foi também porque quis. Quando a pessoa quer, você muda a sua vida. Quando você não quer, não mudará.

Quanto ao Poder Legislativo, como disse, fui deputado no Estado do Rio de Janeiro e sei que a Assembleia Legislativa pode fazer um projeto de lei autorizativo. Autorizar o Poder Executivo. O Poder Legislativo não pode dar ordens ao Poder Executivo, como efetuar gastos, mas pode fazer um projeto de lei autorizativo, autorizando o mais rápido possível que o Poder Executivo implante na rede pública estadual a obrigatoriedade de um curso sobre drogas para os alunos. É um curso mesmo, fazendo parte da grade curricular. Eventualmente, de três em três meses, ou duas vezes por ano, fazer uma reciclagem para os professores, pois a maioria dos professores não sabem nada sobre drogas, não sabem como abordar e identificar se um aluno está sob o efeito de drogas, não sabem como ajudar.

É preciso procurar uma maneira também porque os procuradores sabem melhor que eu o quanto hoje é difícil trabalhar com menor e abordá-lo. O menor de repente faz uma denúncia acusando um professor ou qualquer outra coisa e não se pode fazer nada. Às vezes ao abordar um pai para dizer que seu filho usa drogas, ao invés de o pai agradecer, fica bravo com a pessoa. É um mundo fácil? Não! Se não houver amor, não funciona. Sugiro que a Assembleia Legislativa não só faça esse projeto de lei autorizativo, Senhora Deputada Janete de Sá, mas também chame o Governador para conversar sobre isso porque esse assunto urge, é para ontem e não para esperar o próximo ano para ver se poderá fazer alguma coisa. É preciso fazer um trabalho de atualização. Ano passado estive por duas vezes na Emescam com pessoas altamente intelectualizadas, que estão na escola de medicina. Queriam saber como funciona e como não é. Disse e repito: uma coisa é intelectualizar o assunto e outra é ver aquilo; o outro lado, por dentro da cracolândia, por dentro da droga. Como é isso? Trazer os intelectuais e filósofos dessa área para a realidade; sair um pouco do ar condicionado para trazer a realidade.

Há três anos estive nesta Casa de Leis para falar sobre drogas e na época acredito que o presidente desta Comissão era o atual prefeito de Vila Velha, se não me engano. Não lembro exatamente. Naquela manhã havia feito uma palestra em um colégio de crianças no município de Vila Velha e antes não sabia que palestraria para crianças, Senhoras e Senhores; telespectadores, deputados e demais autoridades presentes.

Havia-me preparado para falar para adolescentes, pré-adolescentes ou jovens, mas ao chegar naquele local encontrei crianças entre seis e nove anos. Pedi dez ou quinze minutos para me refazer, pois devido o fato de ser professor de oratória aprendi a improvisar. Fiz com que demorasse um pouquinho, deu para arrumar alguns desses vídeos para mostrar para aquelas crianças e falei como se fosse para adultos. Depois de uma hora, quando abri espaço para perguntas, uma menina de seis anos levantou e disse: Tio, o senhor teve crise de abstinência quando largou as drogas? Seis anos! A sua filha de seis anos...

Os senhores quando tinham seis anos sabiam o que era abstinência ou crise de abstinência? E ao final um menino de nove anos, com postura de macho, perguntou: Tio, já que o Senhor trabalha nessa área, queria que o Senhor fosse ao bairro onde moro, porque na porta do colégio estadual tem traficante que fica todo dia às 17h vendendo crack e não é incomodado. Por que o Senhor não vai prendê-los? Naquele dia eu viria nesta Casa de Leis. E antes de vir, fui até o traficante, comprei duas pedras e as trouxe para a palestra. Hoje não trouxe nenhuma. Naquele dia trouxe as duas pedras e após falar as

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 91

coloquei em cima da mesa e disse: Os senhores que nunca viram o crack, por favor, gostaria de apresentá-lo. A maioria presente realmente não sabia o que era e nunca o tinha visto de perto; nunca tinha cheirado ou pego aquilo em suas mãos. Precisamos trazer da discussão à realidade para fazer a prevenção. A pessoa que é educada e ensinada não usará droga e dirá: Não! Não basta simplesmente colocar propaganda na televisão e dizer: Diga não às drogas! Hoje os alunos querem saber por que têm que dizer não.

Tenho vídeos horrorosos e chocantes, que mostro mesmo - dependendo da idade dos alunos. Há professores que falam que não sabiam que existia isso.

Senhora Deputada Janete de Sá, por exemplo, estive em um grande colégio particular e na hora que estava palestrando para os alunos - deveria ter uns trezentos alunos, todos os professores e diretores - vi vários alunos com bonés escritos: 4:20. Pedi um boné emprestado e o coloquei na cabeça. Perguntei aos professores e diretores se sabiam o que queria dizer 4:20 no boné. Não sabiam!

Perguntei aos alunos se sabiam o que era 4:20 e a maioria sabia. Então, disse aos professores e à diretora do colégio que 4:20 é a hora internacional de fumar maconha.

Sei que a maioria dos telespectadores não sabia disso. Nas portas e muros dos colégios está escrito isto: 4:20

Hoje, vemos camelôs vendendo bonés onde está escrito 4:20. É a propagação da hora internacional de fumar maconha. Na Praia da Costa, perto de onde moro, às 4:20 se reúne uma galera, mas só eu sei o que isso significa, ninguém mais sabe disso. Então, é preciso dizer a verdade, mostrar e desmascarar.

Dias atrás escrevi um artigo no facebook, dias atrás, explicando o que é haxixe, porque o Jornal A Tribuna noticiou uma matéria dizendo que na Praia do Canto foram presos universitários vendendo haxixe. A maioria das pessoas não sabe o que é haxixe. As reportagens não explicam o que é; como é feita e quais são seus efeitos. Coloquei no meu facebook. Expliquei e coloquei fotos. É preciso conhecer para combater. Repito, é preciso conhecer para combater. Por que um país manda espiões para outro país? Para saber suas fortalezas, suas fraquezas, para saber como atacar e como fazer. Então é preciso conhecer para combater. Conhecimento, educação, prevenção, Poder Legislativo do Estado do Espírito Santo, por favor, se os Senhores Deputados abrirem essa porta, não a fechem; escancarem a porta; falem para os outros Deputados; falem para todas as pessoas. Independente de cor, credo, partido, é a sociedade que está sendo atacada, é o povo que está sendo atacado e neste momento temos que nos unir. No ano passado estive no Rio Grande do Sul

falando em oito grandes colégios da Igreja Católica Apostólica Romana. Não sou católico apostólico romano, sou Pastor da Igreja Batista por primeira formação. Eles adoraram a minha visita e querem que eu volte. A Prefeitura de Garibaldi me fez uma proposta para morar lá. É a sociedade, não é a igreja. Não é o povo, não é o partido, não é o Governo é a sociedade. Ou a sociedade se comove e se locomove contra essa situação ou teremos um Brasil cracolândia em todo o Brasil. O maior mal, a maior droga que existe no Brasil se chama indiferença.

Para encerrar minha fala, há tempos fui surpreendido com o vídeo do Chico Lang, grande comentarista de esporte da TV Gazeta de São Paulo. No meio do futebol, não sei o que deu nele quando disse: Quero falar uma coisa: Acabei internar meu filho agora, o Eduardo, de vinte e dois anos, porque está viciado em viciado em crack. Internei-o num Centro de recuperação evangélico, cristão em Campinas, porque não tenho dinheiro para pagar um hospital para ele. Por que estou dizendo isso? Nunca me preocupei com isso até que o crack entrou na minha família.

Temos a mania de não nos preocuparmos com as drogas quando não entram na nossa família. Essas são palavras do Senhor Chico Lang que estão no You Tube e repetidas também no meu facebook. Só nos preocupamos com a situação quando o crack entra na nossa família, no nosso condomínio, na nossa igreja, na nossa região. Aí nos preocupamos. Enquanto não chega até nós. Então, para não chegar até sua família, telespectador, para não chegar à sua casa, onde quer que more, estude, aprenda. Vamos realizar seminários em todo o Estado do Espírito Santo, patrocinado pela Assembleia Legislativa ou pelo Poder Executivo, a Procuradoria ou o Poder Judiciário, não interessa. Vamos fazer isso porque não é caro. Ensinar é mais barato que recuperar.

Que Deus nos abençoe! Muito obrigado, Senhora Deputada Janete de Sá, por este momento e pelo convite. Muito obrigado a todos os Senhores presentes e ao telespectador que nos assiste até este momento.

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ)

- Doutor José Francisco Veloso, nós é que agradecemos. Sinceramente, ficaria nesta reunião bem mais tempo só para ouvi-lo. Acredito, sim, que podemos ampliar este debate. Gostaria de convidá-lo para estar conosco mais vezes para que possamos mostrar o fruto das ações que estamos empreendendo neste caminho.

O Senhor falou de seminários. Temos várias audiências públicas marcadas no interior do Estado. A próxima acontecerá no dia 14 de fevereiro às 19h, na Câmara Municipal de Ibatiba, onde levaremos essa discussão para o interior do Estado. Estamos começando por regiões onde as incidências desse tipo de problema, o uso, homicídios, são mais elevadas. Estamos começando por essas regiões, mas a nossa

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ideia, o nosso objetivo é o de atingir os setenta e oito municípios, levando à discussão, envolvendo toda a comunidade; os juízes; promotores públicos locais; procuradores de prefeitura; poder público municipal, por intermédio das Câmaras de Vereadores; Poder Executivo; Poder Judiciário local; igrejas evangélicas; católicas; aqueles que professam a religião espírita; as comunidades que estão organizadas em associações de moradores; de pequenos produtores rurais e tantas outras; comunidades terapêuticas; todos aqueles alunos que queiram nos ajudar; precisamos também das polícias que deve estar envolvida nesse debate. É uma situação que tem que envolver a sociedade. Não vamos conviver sem as drogas. O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - V. Ex.ª me permite um aparte? A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ) - Pois não. O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Cem por cento das cidades do Estado do Espírito Santo estão com problemas de crack.

A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ) - Sabemos disso.

O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Não é nenhuma novidade isso. Para algumas pessoas pode ser novidade. Estar lá fazendo essas coisas é importantíssimo. Ouvi-los. A ação que se tomar em Vitória é a mesma ação que se irá tomar na menor da cidade do Estado do Espírito Santo. É a prevenção, o ensino. Então, por favor, V. Ex.ª que estará lá, diga isso para eles: vamos aprender e aprender como fazer. A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ) - Inclusive, Doutor José Francisco Veloso, pediremos em uma reunião com o nosso Secretário de Educação para, juntos, realizarmos um seminário para que possamos levar esse debate aos profissionais de educação. Já tem sido feita alguma coisa nesse caminho, mas observo que carece de mais aprofundamento. Não adianta se falar apenas na Rede Abraço, que é uma ferramenta muito pequena e frágil ainda, mas tem que se falar no fortalecimento das políticas, no fortalecimento do Suas, que são ferramentas de governo que podem contribuir. E também naquilo que o Governo Federal fez e que foi falho com relação a toda campanha de combate ao crack, que vimos que não prosperou e não deu em nada.

É preciso também que seja feita uma avaliação de onde erramos, para que se possa corrigir no âmbito do Governo Federal, porque é uma política pública que não depende apenas do Estado do Espírito Santo. É uma política pública ampla da esfera federal, estadual e municipal; tem que

envolver todos os agentes. Passarei ao Senhor a nossa agenda. Se puder, gostaria de contar com sua presença. Realizaremos reuniões na Grande Vitória. Trabalharemos esses seminários com Secretarias de Educação municipais e a estadual, porque alcança também a rede pública municipal. Nosso foco é voltado aos jovens e adolescentes. Pegar o menino no momento da descoberta. Tentaremos pegar um pouquinho antes deste momento da descoberta para podermos levar informações. Tentarei levar o Senhor, se puder contribuir, vendo como fazemos esse trabalho, para ser um dos nossos palestrantes, porque acredito que o Senhor dará uma grande contribuição. O SR. JOSÉ FRANCISCO VELOSO - Estarei à sua disposição, Senhora Deputada. A SR.ª PRESIDENTA - (JANETE DE SÁ) - Não havendo mais nada a tratar, vou encerrar a nossa reunião, agradecendo a todos os presentes, aos peritos criminais que estiveram conosco. Agradeço também ao Doutor José Francisco Veloso, que é psicanalista e doutor em dependência química pela sua contribuição, pedindo que volte mais vezes. Agradeço a nossa equipe de trabalho; os companheiros e companheiras da Comissão; os servidores desta Casa; procuradores da Assembleia Legislativa; taquigrafia; TV Assembleia que nos acompanha. Peço aos nossos telespectadores que nos assistem que acompanhem os trabalhos da Comissão de Política Sobre Drogas. Queremos debater desde o vício do álcool às drogas ilícitas, porque tudo começa com o álcool.

Finalizarei esta nossa reunião, falando de uma experiência - serei bem rápida. Há cerca de vinte dias que perdi um colega de infância. Nascemos na mesma rua e na casa dele deve ter uns oito filhos. Somos em quatro na nossa casa. Mas eles deviam ter uns oito filhos. Ele é o mais novo de uma família de oito irmãos. O pai dela, pelo o que me lembro, porque ainda era criança, e não falarei nomes para até mesmo preservar a identidade dessa família, era sempre buscado embriagado na rua pela mãe e pelos irmãos maiores. Ele era empregado de uma grande empresa no Estado de Minas Gerais. Uma grande empresa brasileira, uma das maiores. Mas ele tinha o vício do álcool e, por diversas vezes, os próprios filhos o pegavam na rua, sempre urinado e, às vezes, também defecava na roupa. Eles o traziam para casa e com vergonha do pai quanto àquela situação toda. E nesta família, muitos destes meninos tiveram alguns desajustes. Infelizmente, este colega foi encontrado morto, cerca de vinte dias atrás, estrangulado, esfaqueado; fizeram de tudo, com requintes de crueldade. Naturalmente, ele devia dever ao tráfico. Era uma pessoa pobre, devia dever ao tráfico e foi morto, encontrado afogado na maré que margeia o Município de Cariacica.

Era um colega de infância que, como eu, nasceu nas ruas do bairro de Itaquarí, no Município

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de Cariacica e que, infelizmente, por conta de todo um histórico, veio a morrer. Nada é por acaso. V. S.ª é psicanalista e sabe disso. Nada é por acaso. E por conta de todo um histórico, ele não conseguir se salvar do vício da droga e, jovem ainda, teve a sua vida ceifada. Não é alguém distante. Era um menino que estudava; estudou nas escolas que estudei, nas escolas públicas que meus irmãos estudaram, mas, infelizmente, não conseguiu vencer o problema das drogas. Caiu no crack e teve a sua vida ceifada ainda muito jovem, deixando filhos e esposa, que também é viciada.

Falei isso para V. S.ª ter uma noção de quanto esta situação está perto de nós. Quantos amigos de infância, perdemos para as drogas. É com este propósito, de diminuirmos essas perdas e vencermos este problema, que a Comissão de Políticas sobre Drogas está instalada na Assembleia Legislativa e, hoje, sob a nossa presidência, está aberta para V. S.ª e todos aqueles que nos ouvem e que quiserem vir a esta Casa Legislativa dar o seu depoimento, a sua contribuição, fazer alguma denúncia para que possamos levar às autoridades competentes para tomarmos as iniciativas cabíveis. Quem quiser contribuir pode procurar a Comissão de Políticas Sobre Drogas, que fica no Pilotis da Assembleia Legislativa, ou ir ao nosso gabinete, sala n.º 601, que será atendido e a sua denúncia será, com certeza, levada a sério e as providências serão tomadas. Obrigada a todos e que tenhamos um bom dia.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião. Encerra-se a reunião às 12h54min.

_______________________________________________

COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA. PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 10 DE FEVEREIRO DE 2014.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus declaro abertos os trabalhos da Comissão de Infraestrutura.

Cumprimentando o Senhor Deputado Jamir Malini, membro efetivo desta Comissão; o Senhor Umberto Messias de Souza Junior, Supervisor da Comissão de Infraestrutura; todos os servidores presentes; o corpo de Procuradores; a TV Assembleia; os auxiliares, enfim, todos.

Esta é a primeira reunião da Comissão de

Infraestrutura, iniciando o ano legislativo de 2014. Esperamos, mais uma vez, contar com a colaboração de todas as senhoras e de todos os senhores, como sempre contamos. Agradecemos aos senhores a contribuição que, até então, tem nos dado.

Convido a Senhora Secretária a proceder à leitura da ata da trigésima reunião ordinária, realizada em 16 de dezembro de 2013. (Pausa)

(A Senhora Secretária procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Em discussão a ata. (Pausa)

Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Pela

aprovação.

O SR. JAMIR MALINI - Pela aprovação. O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Ata aprovada como lida. Solicito à Senhora Secretária que proceda à leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: EXPEDIENTE: CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: Mensagem n.º 18/2014, do Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo, José Renato Casagrande, que em atenção ao ofício/Coinfra n.º 220/2013, apresenta a denominação das empresas que possuem contratos vigentes com a Cesan e os respectivos locais de obras.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Ciente.

Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Ofício/Setop/GS/n.º 005/2014, do Secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas, Senhor Fábio Ney Damasceno, que em atenção ao ofício/Coinfra n.º 093/2013, apresenta o estudo para a implementação do Sistema Transcol em todo município de Fundão, em consonância com a solicitação do Senhor Deputado Jamir Malini, membro desta Comissão.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Ciente. Encaminhar cópia ao Senhor Deputado Jamir Malini e oficiar o Município de

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94 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Fundão - Prefeitura Municipal e Câmara Municipal - comunicando que, a pedido do Senhor Deputado Jamir Malini, a Secretaria de Transportes e Obras Públicas se manifestou. Anexar também o teor do ofício.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício/Setop/GS n.º 220/2013, do Secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas, Senhor Fábio Ney Damasceno, que em atenção ao ofício/Coinfra n.º 227/2013, apresenta informação acerca da ausência de transporte entre os municípios de São Gabriel da Palha e Governador Lindemberg.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Ciente.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício n.º 359/2013/Ceturb, do Diretor de Planejamento da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória, Senhor Léo Carlos Cruz, que em resposta ao Ofício/Coinfra n.º 228/2013, apresenta a justificativa atinente aos problemas criados com a alteração do itinerário de diversas linhas do Bairro Vila Capixaba.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Ciente.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Ofício n.º 1441/2013/Sedurb, da Secretaria de Saneamento Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio n.º 014/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, tendo por objeto a execução de pavimentação e drenagem, no valor R$ 2.645.000,00 (dois milhões e seiscentos e quarenta e cinco mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Ciente.

Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Ofício nº 1447/2013/Sedurb - da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio nº 018/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, tendo

por objeto a execução de pavimentação e drenagem, no valor R$ 2.330.000,00 (dois milhões e trezentos e trinta mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Ciente. Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Ofício nº 1444/2013/Sedurb - da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio nº 017/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, tendo por objeto a execução de pavimentação e drenagem, no valor R$ 2.075.000,00 (dois milhões e setenta e cinco mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Ciente. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício nº 1541/2013/Sedurb - da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio nº 016/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de Vila Velha, tendo por objeto a implantação de drenagem pluvial, no valor R$ 4.147.000,00 (quatro milhões e cento e quarenta e sete mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Ciente. Solicito à Coordenação da Comissão que

agende data para que possamos fazer visita in loco, onde serão investidos esses quatro milhões, cento e quarenta e sete mil reais, tendo como objeto a implantação de drenagem pluvial no referido Município de Vila Velha.

Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

Ofício nº 1592/2013/Sedurb - da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio nº 037/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de Mucurici, tendo por objeto a execução de pavimentação, no valor R$ 315.000,00 (trezentos e quinze mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Ciente. Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 95

Ofício nº 1460/2013/Sedurb - da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio nº 015/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de Mucurici, tendo por objeto a execução de pavimentação, no valor R$ 301.000,00 (trezentos e um mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Ciente. Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício nº 1521/2013/Sedurb - da Secretaria

de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio nº 022/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de João Neiva, tendo por objeto contratação de empresa para elaboração de Projetos Executivos de Revitalização do Centro do município, no valor R$ 238.000,00 (duzentos e trinta e oito mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Ciente.

Continua a leitura do Expediente. A SR.ª SECRETÁRIA lê: Ofício nº 1518/2013/Sedurb - da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do convênio nº 021/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, tendo por objeto contratação de empresa para elaboração de Projetos Executivos de Revitalização do Centro do município, no valor R$ 256.000,00 (duzentos e cinquenta e seis mil reais).

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Ciente. Continua a leitura do Expediente.

A SR.ª SECRETÁRIA lê:

PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: Não houve no período.

PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS:

PROJETO DE LEI N.º 161/2013 AUTORA: Deputada Solange Lube EMENTA: Assegura condições de acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida na utilização dos serviços de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros e dá outras

providências. Relator: Deputado Marcelo Santos

PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período.

PROPOSIÇÃO BAIXADA DE PAUTA: Não houve no período.

ORDEM DO DIA:

PROJETO DE LEI Nº 492/2012 AUTOR: Deputado Gildevan Fernandes EMENTA: Dá nova redação ao artigo 1º da Lei 9.609, de 29.12.2010, elevando o percentual mínimo de imóveis populares patrocinados pelo Poder Público Estadual destinado às pessoas com deficiência ou aos seus familiares. Relator: Deputado Euclério Sampaio

COMUNICAÇÕES As que ocorrerem.

O SR. PRESIDENTE - (MARCELO

SANTOS) - Passamos então à Ordem do Dia. Concedo a palavra ao Senhor Deputado

Euclério Sampaio, designado relator do Projeto de Lei n.º 492/2012, de autoria do Senhor Deputado Gildevan Fernandes.

O Projeto dá nova redação ao artigo 1.º da Lei 9.609, de 29.12.2010, elevando o percentual mínimo de imóveis populares patrocinados pelo Poder Público Estadual destinado às pessoas com deficiência ou aos seus familiares.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Senhor Presidente, Deputado Marcelo Santos, Senhor Deputado Jamir Malini, servidores, procuradores e todos aqueles que nos assistem, relato que esse Projeto de Lei é bastante relevante e nosso parecer é pela sua aprovação. O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Entendo que o Senhor Deputado Gildevan Fernandes foi muito feliz em apresentar tal proposta, que tramita nesta Comissão, porque garante um percentual mínimo de dez por cento para que as unidades construídas por meio de programas habitacionais no Estado do Espírito Santo, promovidos pelo Governo do Estado, sejam destinadas a pessoas com deficiência ou a seus familiares conviventes. É uma forma de alcançarmos as pessoas com deficiência e, ao mesmo tempo, ajudar os familiares conviventes. Dessa forma, também me manifesto favoravelmente. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

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96 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (MARCELO SANTOS) - A presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Jamir Malini. (Pausa) O SR. PRESIDENTE - (JAMIR MALINI) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento.

O SR. JOSÉ ESMERALDO - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra.

O SR. PRESIDENTE - (JAMIR MALINI) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado José Esmeraldo. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Saúdo os que nos dão condições de trabalho, os funcionários desta Casa, e também o Senhor Deputado Jamir Malini, que preside esta comissão. Os outros dois não irei saudar, pois já se ausentaram. Repercutirei uma questão que vem se alongando há algum tempo, desde aquelas chuvas torrenciais que caíram no nosso Estado, que é exatamente a da ponte que liga Nova Venécia a Vila Pavão. É lamentável que aqueles moradores não tenham condições de ir e vir, Senhor Deputado Jamir Malini. Fiz uma fala ou duas falas no Plenário desta Casa e repercutirei sempre até que tomem providências no que tange à questão desta ponte, pois é um local onde passam milhares de pessoas. E desde as ocorrências das chuvas que tivemos a infelicidade de ter no Estado do Espírito Santo, exatamente às 4h da madrugada do domingo, a ponte veio a ruir. Era uma ponte de madeira. E não foi feito nada até a presente data. Fazemos um apelo às autoridades, principalmente ao Senhor Fábio Ney Damasceno, Secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas, para que tome providências com relação a esta questão. Esta é uma questão séria, os moradores estão em polvorosos, desesperados. Fizemos várias falas da tribuna da Assembleia Legislativa e, lamentavelmente, nada até o presente momento foi feito. Por isso, tomamos a liberdade nesta Comissão de Infraestrutura, Senhor Deputado Jamir Malini, de fazer este apelo ao Senhor Secretário Fábio Damasceno, para que S. Ex.ª providencie com urgência, urgentíssima a construção de uma nova ponte. Até mesmo porque existem, a menos de cem metros, várias colunas de pré-moldados, de concreto, que poderão ser colocadas no Rio Cricaré. Este é um apelo.

Voltaremos ao assunto novamente e falaremos pesado, porque falamos uma, duas, três vezes. O Deputado fiscaliza e tem obrigação de repercutir. Não temos medo de cara feia e muito menos de nenhum tipo de ameaça, não. Deixamos isso bem claro. No domingo estive no Município de Muniz Freire e fiquei também triste ao ver o trecho da estrada que liga a sede do município a Itaici. São dez quilômetros de estrada e, lamentavelmente, a ponte caiu também e uma pessoa faleceu, na basculante. E nada até agora, nenhuma providência foi tomada. São duas situações: uma de Vila Pavão a Nova Venécia; a outra situação é de do Município de Muniz Freire a Itaici. Os moradores têm que passar por dentro de terras, lugares horríveis, para chegarem a suas casas. Tomo a liberdade de fazer este apelo ao Senhor Secretário Fábio Damasceno, para que tome providências quanto à ponte de que liga Vila Pavão a Nova Venécia, que tem mais de três meses que foi levada pelas águas; e a ponte que liga o Município de Muniz Freire a Itaici, que é um local onde existem centenas de pessoas trabalhadoras, agricultores, que lamentavelmente não têm condições de chegar a suas casas, em função da ponte ter sido destruída e não foi reposta. Finalizo a minha fala, Senhor Deputado Jamir Malini, e agradeço V. Ex.ª. Não viria a esta reunião para não falar. O SR. PRESIDENTE - (JAMIR MALINI) - Parabenizo o Senhor Deputado José Esmeraldo pelo trabalho de fiscalizador, como Deputado do Estado do Espírito Santo. O empenho de S. Ex.ª faz a diferença. Na semana passada, estivemos com o Prefeito do Município de Ibiraçu, em Vitória. S. Ex.ª está conseguindo construir pontes, que caíram no município, com baixo custo e recurso próprio, usando resto de granito e outras coisas. Assim, barateia e agiliza. Agradeço a V. Ex.ª e a todos que permaneceram nesta reunião. Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião.

Encerra-se a reunião às 10h10min. _______________________________________________

COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO. PRIMEIRA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 04 DE FEVEREIRO DE 2014.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Havendo número legal, invocando a

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 97

proteção de Deus, declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido o Senhor Secretário a proceder à leitura da ata da vigésima reunião ordinária, realizada em 10 de setembro de 2013; da vigésima primeira reunião ordinária, realizada em 05 de novembro de 2013; da vigésima segunda reunião ordinária, realizada em 03 de dezembro de 2013; e da vigésima terceira reunião ordinária, realizada em 17 de dezembro de 2013. (Pausa)

(O Senhor Secretário procede à leitura das atas)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Essas foram as quatro últimas atas, que estavam pendentes de aprovação.

Em discussão as atas. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

A SR.ª JANETE DE SÁ - Pela aprovação.

O SR. GLAUBER COELHO - Pela

aprovação. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Aprovadas as atas como lidas.

Já fizemos um acordo de que o Senhor Deputado Nilton Baiano também assumirá a Comissão de Saúde.

Solicito ao Senhor Secretário que proceda à leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê: EXPEDIENTE:

CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: Ofício nº 0179/2013/GDGF, do Exmo. Deputado Gildevan Fernandes, justificando sua ausência na Reunião Ordinária da Comissão de Saúde, realizada no dia 10 de setembro. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: Abaixo assinado recebido de profissionais aprovados no concurso público da Prefeitura de Vila Velha conforme Edital de nº. 03/2012/PMVV/ES, de 25 de janeiro de 2012. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF. CASAN Nº. 27/2013, do Exmo. Presidente da Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, Deputado Rodrigo Coelho, em resposta ao pedido de informação formulado por essa Comissão a Secretária de Estado da Saúde, indagando sobre as providências que foram adotadas sobre a prática irregular da empresa NUTRISOLUTION. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

Ofício nº. 370/2013/GP, do Exmo. Prefeito de Vila Velha/ES, Sr. Rodney Rocha Miranda informando que estão organizando a política municipal de assistência farmacêutica, e que num futuro próximo poderão analisar a proposição relativa à entrega domiciliar de medicamento - Remédio em Casa. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente: O SR. SECRETÁRIO lê: OF./Nº 1249/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 012/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Barra de São Francisco, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem de vias urbanas do município no valor de R$ 3.391.436,08 (três milhões, trezentos e noventa e um mil, quatrocentos e trinta e seis reais e oito centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente: O SR. SECRETÁRIO lê:

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98 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

OF./Nº 1252/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 011/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Barra de São Francisco, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem de vias urbanas do município no valor de R$ 1.436.465,95 (um milhão, quatrocentos e trinta e seis mil, quatrocentos e sessenta e cinco reais e oito centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente: O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1255/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 010/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Barra de São Francisco, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem de vias urbanas do município no valor de R$ 2.340.490,71 (dois milhões, trezentos e quarenta mil, quatrocentos e noventa reais e setenta e um centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1366/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 008/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Atílio Vivácqua, objetivando a execução de obras de pavimentação da Rua Cofril, implantação de passeios em suas laterais e ampliação de redes de galerias de águas pluviais no Bairro Baixa Bonita do município no valor de R$ 543.264,31 (quinhentos e quarenta e três mil, duzentos e sessenta quatro reais e trinta e um centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF./Nº 1363/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 009/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Serra, objetivando o Programa de Reabilitação da malha viária urbana dos Bairros Serra Dourada I e II do município no valor de R$ 5.052.419,88 (cinco milhões, cinquenta e dois mil, quatrocentos e dezenove reais e oitenta e oito centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF./Nº 1401/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 013/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem nas Ruas José Olímpio Gomes, Helena Paz Marcondes de Souza do município no valor de R$ 890.631,88 (oitocentos e noventa mil, seiscentos e trinta e um reais e oitenta e oito centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF./Nº 1398/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 007/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem de Ruas no Bairro

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 99

Nossa Senhora da Penha no valor de R$ 251.220,82 (duzentos e cinquenta e um mil, duzentos e vinte reais e oitenta e dois centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Nossa Senhora da Penha é o nome do bairro. O Senhor Deputado Glauber Coelho chama a atenção porque é cachoeirense também.

Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Já levamos muitos recursos para aquela região. É preciso levar mais ainda, Senhor Deputado Glauber Coelho.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: Processo Administrativo nº. 133263/2013, requerendo providências cabíveis, junto ao Ministério Público Estadual, sobre os fatos narrados em favor do Dr. Vicente Paulo de Miranda. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Gostaria de fazer um comentário sobre isso, especialmente ao Senhor Deputado Glauber Coelho, que é de Cachoeiro de Itapemirim e conhece o Doutor Vicente Paulo de Miranda, que foi Superintendente da Santa Casa por muitos anos. S. S.ª fez um relato sobre a intervenção à época em que era superintendente da Santa Casa, e não está conformado com as decisões até hoje. Levamos o Doutor Vicente Paulo de Miranda duas vezes para conversar com o Doutor Eder Pontes, e o conselho dado foi o de encaminhar a questão ao Conselho Nacional do Ministério Público para providências. Os Deputados que quiserem conhecer o processo melhor poderão solicitar cópia à coordenação da Comissão de Saúde. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

Processo Administrativo nº. 133641/2013, do Conselho Regional de Medicina - CRM/ES, encaminhando denúncia da situação crítica vivenciada pela saúde pública deste Estado, o que, certamente, vem comprometendo a prática de uma medicina ética.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Os Deputados que quiserem conhecer esse relatório, inclusive com as fotos, poderão também solicitar à Comissão. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1447/2013/SEDURB/GABSEC, do

Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 018/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretaria, e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem de Ruas no Bairro Vila Rica no valor de R$ 2.330.015,48 (dois milhões, trezentos e trinta mil, quinze reais e quarenta e oito centavos).

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1444/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 017/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretaria, e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem de Ruas no Bairro Village da Luz no valor de R$ 2.075.656,98 (dois milhões, setenta e cinco mil, seiscentos e cinquenta e seis reais e noventa e oito centavos).

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as providências. Mais uma vez, o Senhor Deputado Glauber Coelho está de parabéns. Está levando muitos recursos para o Município de Cachoeiro do Itapemirim. Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1441/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 014/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretaria, e o Município de Cachoeiro de Itapemirim, objetivando a execução de obras de pavimentação e drenagem de Ruas no Bairro Nossa Senhora da Penha no valor de R$ 2.645.579,98 (dois milhões, seiscentos e quarenta e cinco mil, quinhentos e setenta e nove reais e noventa e oito

centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

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100 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

Mensagem nº. 284/2013, do Excelentíssimo Governador do Estado, em atenção ao requerimento de informação nº. 203/2013 formulado pela Comissão de Saúde sobre informações do Hospital Dr. Roberto Arnizaut Silvares - HRAS.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1518/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 021/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretaria e o Município de João Neiva, objetivando a contratação de empresa para a elaboração de Projetos Executivos de Revitalização do Centro do Município no valor de R$ 256.588,71 (duzentos e cinquenta e seis mil quinhentos e oitenta e oito reais e setenta e um centavos).

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1521/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 022/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretaria, e o Município de João Neiva, objetivando a contratação de empresa para a elaboração de Projetos Executivos de Revitalização do Centro do Município no valor de R$ 238.616,75 (duzentos e trinta e oito mil seiscentos e dezesseis reais e setenta e cinco centavos).

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Continua a leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1460/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 015/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretaria, e o Município de Mucurici, objetivando a execução de obras de pavimentação de ruas do Município no valor de R$ 301.909,35 (trezentos e um mil novecentos e nove reais e trinta e cinco centavos).

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

Processo Administrativo nº. 133560/2013, do Imº. Senhor Milton Cesar Valente da Costa, Secretário Executivo do Conselho Estadual de Saúde, solicitando a indicação de um membro da Comissão de Saúde e Saneamento, para representar a Assembleia Legislativa na Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador - CIST do Conselho Estadual da Saúde.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as devidas providências. Em seguida poderemos discutir com os nossos pares quem poderá representar a Comissão de Saúde. Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

OF./Nº 1592/2013/SEDURB/GABSEC, do Exmo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio nº 037/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretaria, e o Município de Mucurici, objetivando a execução de obras de pavimentação de ruas do Município no valor de R$ 315.482,54 (trezentos e quinze mil quatrocentos e oitenta e dois reais e cinquenta e quatro centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF./N.º 1544/2013/SEDURB/GABSEC, do Ex.mo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 101

de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio n.º 036/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Linhares, objetivando a Urbanização e Revitalização da Avenida do Sol, no Distrito de Pontal do Ipiranga, no valor de R$ 13.193.929,96 (treze milhões, cento e noventa e três mil, novecentos e vinte e nove reais e noventa e seis centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: OF./N.º 1541/2013/SEDURB/GABSEC, do Ex.mo. Sr. Iranilson Casado Pontes, Secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, encaminhando cópia do Convênio n.º 016/2013 celebrado entre o Estado do Espírito Santo, representado pela Secretária e o Município de Vila Velha, objetivando a implantação de Drenagem Pluvial no Bairro Santos Dumont, no valor de R$ 4.147.427,59 (quatro milhões, cento e quarenta e sete mil, quatrocentos e vinte e sete reais e cinquenta e nove centavos). O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: Ofício n.º 001/2014, do Il.mo. Sr. Luiz Nivaldo da Silva, Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado do Espírito Santo, solicitando o agendamento de audiência pública para debater sobre a importância da Rede Filantrópica na assistência à Saúde do Espírito Santo. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. O ofício está em nossas mãos. Depois discutiremos com os demais pares e com o Senhor Luiz Nivaldo da Silva, porque S. S.ª pede audiência pública e não sei se durante uma hora da nossa reunião S. S.ª poderá expor o assunto que deseja. Depois entraremos em contato e veremos um acordo com os nossos pares para saber se em uma hora dá tempo e se todos concordam. Depois votaremos este assunto.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê:

Documento do Presidente da Associação dos Médicos Legistas do Estado do Espírito Santo, Senhor Leonardo Garcia Wernersbach relatando o importante trabalho desempenhado pela Medicina Legal no Estado e o clima geral de insatisfação e proximidade de um colapso do sistema.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: Projeto de Lei N.º 212/2013 - Análise de mérito Autora: Deputada Solange Lube Ementa: Dispõe sobre o descarte ambientalmente adequado de filmes de radiografia usados e dá outras providências. Projeto de Lei N.º 337/2013 - Análise de Mérito Autor: Deputado Marcelo Santos Ementa: Institui o mês de novembro como o Mês de Combate ao Câncer de Próstata. Projeto de Lei N.º 255/2013 - Análise de Mérito Autor: Deputado Gildevan Fernandes Ementa: Dispõe sobre a proibição de venda de seringas descartáveis a menores de dezoito anos de idade no Estado do Espírito Santo. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Projeto de Lei N.º 176/2013 - Análise de Mérito Autor: Deputado Sandro Locutor Ementa: Determina a fixação de placas ou cartazes informativos sobre a possibilidade do pedido de reconhecimento de paternidade ser iniciado em qualquer cartório de registro civil. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Passa-se à Ordem do Dia. Temos na pauta o Projeto de Lei n.º

413/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Gildevan Fernandes para relatar.

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102 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor Presidente, temos em nossas mãos o Projeto de Lei n.º 413/2012, de autoria da Senhora Deputada Aparecida Denadai. Este projeto tem a seguinte ementa:

Dispõe sobre a obrigação dos Hospitais Particulares a divulgarem em local de fácil visualização, quadro contendo a atualização de leitos disponíveis.

Na era da informática, bom seria se tivéssemos isso tudo informatizado. Mas a preocupação da Senhora Deputada é pertinente. Faço até questão de ler os artigos que compõem este Projeto. O art. 1.º é a ementa que li, mas leio o seu parágrafo único, que diz:

Art. 1º (...) Parágrafo Único: O quadro de que trata o caput deste artigo deverá conter o número total de leitos ofertados pela unidade, dispondo sobre os leitos ocupados e disponíveis em cada setor, e será colocado junto à(s) recepção (ões), de forma a facilitar sua visualização. Art. 2º - A divulgação de que trata a presente Lei poderá ser feita através de cartazes ou qualquer meio eletrônico, tais como, televisores, computadores, dentre outros. Art. 3º - As unidades de saúde mencionadas nesta Lei deverão remeter, em tempo real, para as Secretarias de Saúde do Estado e do Município onde estiverem sediadas, bem como para a Secretaria de Fazenda deste último ente, a listagem de que trata o artigo 1º.

A iniciativa é louvável. A matéria já recebeu parecer pela constitucionalidade. Certamente, ao colocar em prática, teremos alguns momentos de dificuldades. Mas todos os avanços encontram, inicialmente, esses obstáculos.

Mas é algo que dará transparência à oportunidade de internação de pacientes nos hospitais públicos. Desta forma, relatamos pela aprovação do Projeto de Lei n.º 413/2012.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

A SR.ª JANETE DE SÁ - Com o relator. O SR. GLAUBER COELHO - Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado

Gildevan Fernandes, para relatar o Projeto de Lei n.º 50/2013, de autoria do Senhor Deputado Glauber Coelho.

O SR. GILDEVAN FERNANDES - O

Projeto de Lei n.º 50/2013 dispõe sobre a presença de profissionais treinados em primeiros socorros nos eventos realizados no Estado do Espírito Santo e dá outras providências, e é de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Glauber Coelho, meu amigo e irmão presente.

Faço questão de ler o Art. 1.º, que diz:

Art. 1º - Os eventos que tenham o patrocínio ou o apoio cultural do Governo do Estado deverão contar obrigatoriamente com as presenças de profissionais especializados em primeiros socorros, que ficarão disponíveis durante todo o evento. (...)

A matéria também é importante. O Senhor Deputado Glauber Coelho está muito mais apto a abordá-la e fazer uma explanação a todos os presentes. Parabenizamos S. Ex.ª pela iniciativa e relatamos pela aprovação do referido projeto.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. NILTON BAIANO - Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - O Senhor Deputado Nilton Baiano ainda não está oficialmente instalado em nossa Comissão, mas terá oportunidade de falar, como médico e como Deputado que é. Inclusive, já existe acordo entre a Mesa Diretora e a Comissão quanto a S. Ex.ª ser o próximo Deputado membro da nossa Comissão de Saúde.

Concedo a palavra ao Senhor Deputado Nilton Baiano.

O SR. NILTON BAIANO - Senhor

Presidente, cumprimento V. Ex.ª, os Senhores Deputados Gildevan Fernandes, Glauber Coelho e Janete de Sá e todos os presentes.

Gostaria de fazer uma indagação ao Senhor

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 103

Deputado Glauber Coelho. Não li o projeto e estou vendo só uma minuta que diz: profissionais treinados em primeiros socorros. Estes profissionais treinados estarão junto a alguma unidade de serviço ou a alguma unidade móvel, como ambulância?

Pelo que está escrito, somente o profissional estará presente no evento e isso não significa muito. Gostaria de fazer esta pergunta ao Senhor Deputado Glauber Coelho.

O SR. GLAUBER COELHO -

Necessariamente, Senhor Deputado Nilton Baiano, nossa intenção, quando apresentamos este projeto de lei, foi justamente compartilhar uma preocupação que temos, haja vista que o Governo do Estado tem sempre estado presente nos municípios, canalizando e destinando importantes recursos para a realização de eventos.

Ultimamente, há duas ou três semanas, presenciamos, por intermédio do Ministério Público, o fechamento de uma boate no Município de Guarapari. Só para exemplificar a V. Ex.ª, a boate tinha sua capacidade completamente exacerbada e, pelas informações que chegaram a nós, essa boate não tinha a estrutura possível e necessária de profissionais preparados e capacitados no que diz respeito aos primeiros socorros.

Claro que este episódio não tem nada a ver com nosso projeto de lei, mas é apenas para consubstanciar a preocupação que temos em relação a este volume absurda de eventos que acontecem no Estado do Espírito Santo com a presença de muitas pessoas. São dezenas, milhares de pessoas.

Esses eventos não possuem estrutura alguma. Estrutura sequer de material humano preparado e capacitado para cuidar de qualquer tipo de eventualidade.

Nossa intenção, na apresentação deste projeto de lei, é justamente sugerir e obrigar o Governo do Estado a, em qualquer tipo de convênio assinado com o município, onde houver recurso público, exigir das pessoas que promoverem e realizarem este tipo de evento montar essa estrutura, que ficará a cargo das pessoas que realizarão esse evento.

Se será uma estrutura móvel ou fixa, naturalmente os municípios terão que se responsabilizar para um evento dessa grandiosidade, para um evento desse porte. Essa foi a intenção.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Continua em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

A SR.ª JANETE DE SÁ - Com o relator. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator.

Aprovado o parecer à unanimidade. Continua com a palavra o Senhor Deputado Gildevan Fernandes. O SR. GILDEVAN FERNANDES - O Projeto de Lei n.º 63/2013, de autoria do Senhor Deputado Luiz Durão, dispõe sobre a faculdade de as pessoas obesas não passarem pela catraca nos transportes públicos intermunicipais do Estado do Espírito Santo. A presente proposta tramitou na Comissão de Justiça, recebendo parecer pela legalidade e constitucionalidade. A meu ver, a proposta é louvável, mas carece de alguns cuidados, talvez de algumas melhorias que facilitem sua aplicabilidade. Mas, para que tenhamos uma tramitação mais urgente, relataremos por sua aprovação e, posteriormente, sugeriremos ao autor algumas mudanças, para que a mesma tenha maior e melhor aplicabilidade. Nosso parecer é pela sua aprovação.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados?

A SR.ª JANETE DE SÁ - Com o relator. O SR. GLAUBER COELHO - Com o

relator.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - A Presidência acompanha o voto do relator. Aprovado o parecer à unanimidade. Limpamos a pauta. Temos que deliberar agora sobre a vinda do Senhor Secretário Tadeu Marino, para prestar conta do último quadrimestre do ano de 2013.

A data ficará em aberto e queria a sugestão de alguns colegas. Inicialmente, o Senhor Secretário Tadeu Marino tem preferência por uma quinta ou sexta-feira. Queria saber se algum colega tem alguma objeção. Tivemos algumas propostas, principalmente dos Senhores Deputados do interior do Estado e temos alguma dificuldade. Na parte da manhã, teríamos somente na segunda-feira, que não é bom para os Deputados do interior. Na terça-feira temos as reuniões das Comissões. Na quarta-feira temos a sessão ordinária, no Plenário Dirceu Cardoso. Quero saber a opinião principalmente dos Senhores Deputados Glauber Coelho e Gildevan Fernandes, que são do interior do Estado. O SR. GLAUBER COELHO - Senhor Presidente, sugiro a V. Ex.ª uma quarta-feira, na parte da tarde, haja vista o volume de demandas que temos em outros municípios do interior do Estado. Para nós, que já estamos na Grande Vitória de segunda a

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104 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

quarta-feira, seria mais factível participar de uma audiência desse porte, de prestação de contas do eminente Senhor Secretário de Estado da Saúde, em uma quarta-feira à tarde, caso seja possível. O SR. GILDEVAN FERNANDES - Também sugiro quarta-feira, às 14h.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Também quarta-

feira, à tarde. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - O Senhor Deputado Nilton Baiano ainda fará parte desta Comissão, mas ouviremos a sua opinião extraoficialmente.

O SR. NILTON BAIANO - Quarta-feira, à

tarde. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Quarta-feira à tarde. Também acompanho. Aprovado para uma quarta-feira à tarde. Saberemos do Senhor Secretário a possibilidade de fazer a prestação de contas em uma quarta-feira, à tarde.

Deliberaremos sobre a audiência pública do Presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado do Espírito Santo, Senhor Luiz Nivaldo da Silva, que acabamos de falar.

A Lei n.º 9.670 de 13/07/2011, de minha autoria, mostra o trabalho importante das filantrópicas e o Senhor Luiz Nivaldo solicita uma audiência nesta Comissão para o dia 11 de março, uma terça-feira e no horário da reunião ordinária da Comissão de Saúde.

Queremos ouvir a opinião da Senhora Deputada Janete de Sá, nossa vice-presidenta, e do Senhor Deputado Glauber Coelho.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Concordo. O SR. GLAUBER COELHO - Senhor Presidente, seria mais oportuno se o Senhor Luiz Nivaldo da Silva viesse à reunião da Comissão de Saúde e procurássemos entender se é cabível uma audiência pública com porte maior para dar mais ênfase e divulgar mais o assunto em uma segunda oportunidade. Em um primeiro momento o mais apropriado seria a vinda do Senhor Luiz Nivaldo da Silva à Comissão de Saúde para discorrer sobre esse assunto. Essa é a nossa sugestão. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Fica estabelecido que no dia 11 de março, às 9h a reunião será destinada somente às filantrópicas.

Solicito ao Senhor Deputado Glauber Coelho a gentileza de avisar ao seu pai, Senhor José Affonso Coelho, diretor do Hospital Evangélico de Cachoeiro; ao Senhor Winston Roberto Machado, diretor do

Hospital Infantil, e à Senhora Nercedes Cana, da Santa Casa. Deliberaremos ainda a audiência sobre o município de Vila Velha.

Senhora Deputada Janete de Sá, que mora no município de Vila Velha há bastante tempo, nesse recesso visitamos principalmente as obras de saneamento da Grande Terra Vermelha, região 5, e fotografamos não só os danos causados pelas enchentes, mas também uma obra de cinquenta e cinco milhões que o município está fazendo ao longo do bairro Ulysses Guimarães passando pelo bairro de Vinte e Três de Maio, vindo do Rio do Congo, que na verdade não é Canal do Congo e sim Rio do Congo. Estão fazendo o canal.

Estive com alguns ambientalistas, especialistas nessa área, que estão reclamando que estão fazendo um sistema de gabião, como aquele que fizeram em Alto Lage. É aquele compartimento de tela que jogam pedra marroada dentro e vão formando, assim como foi feito no Cobi de Baixo, onde foi assassinado o padre Gabriel Maire há muito tempo. Estão não só fazendo as laterais, mas fazendo também o fundo desses canais.

Oportunamente mostraremos essas fotos que tiramos em janeiro, mês passado. A reclamação é que o sistema gabião é para a contenção de encosta e não para a contenção de água dentro do rio, porque o lixo virá e agarrará. Essas telas com a maresia e com a ferrugem acabarão logo e desmoronarão também.

Eles também pensam que o pior é o fundo, porque quando a maré enche a água do mar entra pelo canal. O que acontece é que também estão usando o sistema gabião no fundo e quando a concha da retroescavadeira passar para limpar, desassorear os canais, arrancará também essas telas e isso não dará um bom resultado.

Estive com os Senhores Alberto Pego, Eduardo Pignaton, José Couto e também com muitas pessoas na Barra do Jucu. O Senhor Zé Couto conhece muito bem o sistema desde o dique estrada e desde o segundo dique em Vila Velha, na Avenida João Mendes, que começa na antiga rodoviária, no Hotel Olímpia. Passa por trás de Coqueiral de Itaparica, em Santa Mônica e Santa Inês, onde também é um dique.

O que aconteceu nessas enchentes é que os canais do lado do Rio do Congo foram esvaziando e ficou água presa, principalmente no Restaurante Perfil. O Bairro Praia das Gaivotas, que muita gente chama de parque, ficou cheio. Nos outros bairros, a água foi diminuindo, mas nesse bairro ficou presa.

Senhor Deputado Nilton Baiano, precisamos discutir sobre esse assunto, principalmente nós, que moramos no Município de Vila Velha. Não estamos desmerecendo os demais deputados. Estão convidados naturalmente.

É importante discutirmos e alertarmos as autoridades nesse sentido. No momento de desespero, o prefeito começou a abrir um canal, na esperança de

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 105

esvaziar a água e ajudar o povo de Vila Velha, que estava alagado.

Os Senhores Deputados foram fazer uma visita e viram que a Rodovia do Sol criou um dique imenso e aprisionou toda a água na Região 5, ao lado da Grande Terra Vermelha. Levantaram muito a altura e acabaram por enterrar ainda mais aquele povo. Visitamos também a Estrada do Dique, em Caçaroca e vimos que estavam medindo um grande empreendimento do Alphaville atrás do Bairro Darly Santos e Pontal das Graças. Deverão aterrar pelo menos quatro metros, porque essa é a altura do dique. É preciso que as autoridades tenham também essa preocupação. O Presidente Ivan Carlini está presente ainda? E os Vereadores de Vila Velha? Registramos a presença do Presidente Ivan Carlini, que foi falar com o Senhor Presidente Theodorico Ferraço. O SR. GILDEVAN FERNANDES - Senhor Presidente, quero apenas acrescentar que, em Rio Bananal, há uma construção com a utilização de gabião. A obra é no rio dentro da cidade de Rio Bananal. Valeria a pena conhecer quais foram as consequências. Essa obra foi construída há aproximadamente dez anos. É bom saber as consequências da utilização desse material naquele município. Terei que me ausentar para ir a uma audiência na Secretaria Estadual de Segurança Pública, mas quero registrar a presença do Senhor Nivaldo Toledo, Presidente da Câmara de Ecoporanga, juntamente com os Senhores Vereadores Robério Pinheiro e Denivaldo Alves Caldeira, conhecido como Lolo.

Ser vereador é difícil. Ser vereador no interior é muito mais difícil. Quando são vereadores trabalhadores, que estão sempre lutando, enfrentando esse trânsito maluco do interior até Vitória, merecem o nosso registro, agradecimento, solidariedade e empenho em atender às demandas do seu município.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Parabéns.

Agradecemos aos vereadores a presença. Tive pouca experiência como vereador, fui

vereador seis vezes e sei da luta e do trabalho. A primeira porta onde a necessidade bate é a porta do vereador. Parabéns. Agradecemos a visita.

Pedimos ao Senhor Deputado Gildevan Fernandes que documentasse essa experiência. Fica mais fácil para V. Ex.ª que está mais próximo do que para nós, que temos que nos deslocar. Traga informações para nós. Será uma contribuição muito boa. Muito obrigado.

A SR.ª JANETE DE SÁ - Senhor Presidente, terei que me ausentar porque tenho uma reunião agora.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Antes de se ausentar, vamos votar essa deliberação da audiência pública em data a ser marcada.

Como vota a Senhora Deputada? A SR.ª JANETE DE SÁ - Sou a favor. Precisamos sair para comparecer à reunião na

sala do Presidente. Convidamos, inclusive, V. Ex.ª, porque iremos tratar do porto de águas profundas no Município de Vila Velha.

Queremos também mandar um abraço para os Senhores Vereadores de Ecoporanga, um município que prestigiamos, que sofre ora com as águas, ora com a seca. Um município de muita pobreza e que tem o nosso carinho, a nossa consideração e o nosso apoio.

Mandamos um abraço para o povo de Ecoporanga.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Muito obrigado, Senhora Deputada Janete de Sá.

Agradeço mais uma vez aos vereadores de Ecoporanga.

Gostaria de registrar também que, no ano passado, destinei quinhentos mil reais da minha verba pessoal para ajudar a área de saúde do Município de Vila Velha

Senhor Deputado Nilton Baiano, este ano, destinamos recursos para seis ambulâncias para o Município de Vila Velha.

Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião. Encerra-se a reunião às 10h04min.

_______________________________________________

COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO. SEGUNDA REUNIÃO ORDINÁRIA, DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 11 DE FEVEREIRO DE 2014.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Havendo número legal, invocando a proteção de Deus declaro abertos os trabalhos desta Comissão.

Convido o Senhor Secretário a proceder à leitura da ata da primeira reunião ordinária, realizada em 04 de fevereiro de 2014. (Pausa)

(O Senhor Secretário procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Apreciaremos a ata assim que

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106 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

houver quorum. Convido o Senhor 1.º Secretário a proceder à

leitura do Expediente.

O SR. SECRETÁRIO lê: CORRESPONDÊNCIAS RECEBIDAS: OFÍCIO/N.º 1103 TR-DGI/SECEX/MI do Ilmo. Senhor José Pereira da Silva, Diretor do Departamento de Gestão Interna do Ministério de Estado da Integração Nacional, informando a liberação a favor do Governo do Estado a importância de R$ 6.648.042,00 (seis milhões, seiscentos e quarenta e oito mil e quarenta e dois reais) referentes à parcela única dos recursos aprovados pela Portaria n.º 627 de 26/12/2013, objetivando a execução de ações de socorro, assistências às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Ciente. À Secretaria da Comissão para as providências.

Continua a leitura do Expediente. O SR. SECRETÁRIO lê: PROPOSIÇÕES RECEBIDAS: Projeto de Lei n.º 355/2013 - Análise de mérito Autor: Deputado Doutor Hércules Ementa: Institui o Dia Estadual dos Motoristas Condutores de Ambulância do Estado do Espírito Santo. PROPOSIÇÕES DISTRIBUÍDAS AOS SENHORES DEPUTADOS: Projeto de Lei N.º 212/2013 - Análise de Mérito Autora: Deputada Solange Lube Relator: Deputado Glauber Coelho Ementa: Dispõe sobre o descarte ambientalmente adequado de filmes de radiografia usados e dá outras providências. Entrada na Comissão: 24/10/2013 Prazo do Relator: 18/02/2014 Prazo da Comissão: 25/02/2014 Projeto de Lei N.º 337/2013 - Análise de Mérito Autor: Deputado Marcelo Santos Relatora: Deputada Janete de Sá Ementa: Institui o mês de novembro como o Mês de Combate ao Câncer de Próstata. Entrada na Comissão: 27/11/2013 Prazo do Relator: 18/02/2014 Prazo da Comissão: 25/02/2014

Projeto de Lei N.º 255/2013 - Análise de Mérito Autor: Deputado Gildevan Fernandes Relator: Deputado Rodrigo Coelho Ementa: Dispõe sobre a proibição de venda de seringas descartáveis a menores de dezoito anos de idade no Estado do Espírito Santo. Entrada na Comissão: 11/12/2013 Prazo do Relator: 18/02/2014 Prazo da Comissão: 25/02/2014 PROPOSIÇÕES SOBRESTADAS: Não houve no período. PROPOSIÇÕES BAIXADAS DE PAUTA: Não houve no período. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Antes de passarmos para outro assunto, levo ao conhecimento dos Senhores - já o fiz extraoficialmente, mas agora faço oficialmente - que neste momento ocorre na Secretaria de Saúde uma reunião presidida pelo Senhor Tadeu Marino, Presidente do Conselho Estadual de Saúde e Secretário de Saúde com a diretoria do Hospital da Associação, do Hospital dos Ferroviários, do Município de Vila Velha, e com o Conselho Estadual de Saúde, com o Doutor José Adalberto Dazzi, representando o Ministério Público; a PGE, representado pelo Doutor Rodrigo Júdice; com os Senhores Enrielton Chaves, supervisor da Comissão de Saúde e Rafael Nunes Correa, me representando, pois fui incluído nesta comissão de transição da reabertura do Hospital dos Ferroviários.

O Governo fez essa requisição administrativa do Hospital, que tinha vários problemas, e vínhamos lutando muito tempo para a reabertura do Hospital.

Felizmente, no dia 02 de janeiro, em uma reunião com o Governador, no Palácio Anchieta, solicitei a S. Ex.ª, juntamente com o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, que estava presente também, a agilidade para a reabertura desse hospital, dada o iminente surto de dengue, em virtude das chuva. O que não foi mentira. Realmente ontem o Senhor Deputado Nilton Baiano fez um discurso sobre isso e poderá falar mais detalhadamente sobre o aumento da incidência de dengue no nosso Estado.

Doenças medievais ainda estão matando muitas pessoas. Ontem, complementando um pouco o discurso do Senhor Deputado Nilton Baiano, lembrava que, no ano passado, no Estado de Alagoas, oitenta e duas mil pessoas foram acometidas por um surto de náusea e desidratação por água contaminada.

Estamos no Século XXI e algumas pessoas não têm água tratada, água filtrada até hoje. Isso é lamentável quando o homem já foi à lua, quantos e quantos anos, uns estão morrendo ainda com água contaminada. Dessas oitenta e duas mil pessoas, cinquenta e cinco morreram. Imaginem os Senhores, Senhor Deputado Nilton Baiano, que é médico também, uma pessoa morrer por água contaminada,

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 107

porque não tinha cloro, não tinha filtro! Na verdade, é um absurdo.

O Hospital dos Ferroviários, do qual comecei falando, será reaberto. Hoje está tendo um debate com representantes da associação do hospital, da empresa que tinha um contrato, do Conselho de Saúde, do Ministério Público, da PGE, enfim. Essa reunião é para procurar, porque sempre procurei uma forma harmoniosa dessa transição do hospital, e que não haja nenhuma demanda jurídica para não atrasar mais a sua abertura.

Concedo a palavra para o Senhor Deputado Nilton Baiano.

O SR. NILTON BAIANO - Senhor

Presidente, cumprimento V. Ex.ª e todos os presentes. Falamos sobre isso ontem e, lendo um jornal

da Associação dos Moradores da Praia da Costa, surpreendi-me porque a grande imprensa não divulga os dados. Às vezes, não sei se a secretaria não informa ou se não tem interesse de divulgar. Surpreendi-me porque aquele jornal faz um levantamento há cinco anos, mostrando que a dengue tem aumentado de forma muito grande, por exemplo, no ano passado, ocorreram mais de oitenta e um mil casos com trinta e uma mortes. Fiquei assustado. São dados alarmantes e não li sobre isso na grande imprensa. O Governo do Estado do Espírito Santo tem que fazer alguma coisa. Quer dizer, não só estadual, mas os governos municipais e o Governo Federal.

Tem-se que investir mais, porque não é possível que isso aconteça. Como V. Ex.ª falou, é um absurdo, pois o homem foi até à lua e temos ainda tantas mortes por dengue. Sem contar essa questão do Nordeste, precisamente em Alagoas, onde várias pessoas morreram em função de a água estar contaminada. Surpreendi-me com esses dados e acho que temos que trabalhar nesse sentido.

No momento em que mais uma unidade será aberta, mesmo que não seja uma unidade de proteção e combate à dengue, será mais um hospital para entregar à população.

Lembro-me de quando foram fazer aquele contrato; consultaram-me em função da amizade que tenho com alguns diretores e os aconselhei a não assiná-lo. Falei que aquele contrato não deveria ser feito, porque tínhamos exemplos de outros locais, outros Estados, outros hospitais, de que aquilo não dava certo. Mas eles fizeram. Acredito até que a Secretaria de Estado da Saúde à época tenha forçado um pouco para que fizessem isso, e realmente fizeram. E o exemplo foi que aconteceram desvios e corrupções. As informações que temos é que disseram que existiam médicos que em duas horas atendiam a cento e quarenta pacientes. Ou seja, é impossível que isso aconteça. Um médico atender a cento e quarenta pacientes em duas horas? Não existe isso! Os problemas aumentaram culminando com o fechamento do hospital. V. Ex.ª falou que só de energia o hospital deve mais de um milhão.

No dia da solenidade em que foi anunciada a reabertura do hospital, na semana retrasada, eu estava presente. A preocupação é que o Governo do Estado do Espírito Santo disse que não assumirá passivo e só assumirá o ativo de agora para frente. Não assumirá o passivo. Com isso, certamente, os problemas daquele hospital continuarão.

Agora, é importante a abertura daquela unidade. São cinquenta leitos a partir do mês que vem e mais cinquenta leitos a partir do mês de junho. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o hospital passará a ter procedimentos mais na área de cirurgia. Nesse primeiro tempo, esses cinquenta leitos serão apenas para internação clínica. A partir do mês de junho, o hospital passará a fazer procedimentos cirúrgicos, o que é importante. Temos que discutir sobre essa questão da dengue. V. Ex.ª, Senhor Deputado Doutor Hércules, fala muito sobre isso, assim como o Senhor Deputado José Esmeraldo. Fiquei realmente muito preocupado.

A verdade é que a sociedade também tem uma grande parcela de culpa, porque ninguém dá muito valor a essa história. Só dá valor quando é acometido pela doença. Nunca tive, mas quem tem a doença sabe que é um negócio terrível. Não só o risco de óbito, mas dizem que é um quadro clínico em que a pessoa sofre muito. Na verdade, a sociedade não se preocupa muito com isso; andamos na rua e verificamos a quantidade de locais onde a dengue pode se desenvolver. A situação é esta. Quero externar minha preocupação com a questão da dengue. Acho que tem que conversar com o Secretário para saber se esses dados são verdadeiros e, se são verdadeiros, acho que o Estado tem que forçar a barra para trabalhar mais em outras campanhas.

Lembro-me de que quando fui Secretário da Saúde em 2002, naquela época, quando assumi o órgão, estava em trinta e nove mil casos; reduzimos para nove mil. Fizemos campanha, inclusive, de ir para rua, de ir para a praia. Um dia mesmo, estávamos em Jacaraípe e uma turista de Minas perguntou se eu era o Secretário de Saúde. Disse que sim e ela falou: nunca vi um negócio desses, Secretário de Saúde na praia distribuindo material. E conseguimos naquela oportunidade diminuir de trinta e sete mil casos para nove mil e zerar os óbitos. Naquele ano, não tivemos nenhum óbito.

Acho que esse trabalho tem que ser feito, porque, na verdade, esses dados são muito alarmantes. Muito obrigado, V. Ex.ª.

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Muito bem, Senhor Deputado Nilton Baiano. V. Ex.ª falou sobre a importância da população em também ajudar o poder público, porque se esperar somente pelo poder público, este não pode limpar o quintal da pessoa que tem os focos de dengue. Até pode, mas não tem capacidade, não tem pessoas para fazer esse trabalho. O que tem que acontecer é a população se conscientizar disso. São

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108 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

importantes também as campanhas maciças, porque esse mutirão que o Senhor Deputado Nilton Baiano fala, isso é muito importante, o próprio Secretário na rua, incentivando, dando exemplo para a população cuidar do seu quintal, do seu vaso de plantas dentro de casa; isso é importante.

O Governo tem que fazer mais campanhas maciças no rádio, na televisão, nas escolas com os professores, desde a primeira infância, as pessoas se conscientizarem dessa questão de ajudar o poder público. Na verdade, o fumacê - até apesentei juntamente com o Senhor Deputado Sandro Locutor uma indicação ao Governo - como o Prefeito Geraldo Luzia, o Juninho, fez em Cariacica, aquelas motos fumacê que podem entrar nos becos e vielas. Foi importante, mas, na verdade, temos que combater a larva antes do mosquito voar. É muito difícil combater o mosquito depois que voa.

Tive dengue; é uma coisa horrível mesmo. A primeira coisa que se perde é a vontade de viver, porque você fica numa situação que parece que levou uma surra, fica moído. Não tem vontade de comer, de viver, dor de cabeça, nos olhos, no corpo, enfim, é um quadro muito ruim, muito desagradável.

O SR. NILTON BAIANO - Senhor

Deputado, gostaria também de lembrar que tem um professor da Universidade Federal de Recife que desenvolveu uma tese criticando o fumacê, dizendo o seguinte: o fumacê causa alguns problemas. Destrói o mosquito da dengue e também os predadores do mosquito. Estes também são destruídos. Na época em que fui Secretário de Saúde, desenvolvemos um programa que incentivava a população não ter em sua casa recipiente que pudesse desenvolver o mosquito, baseado em outros Estados como, por exemplo, o Estado de Goiás, que foi mais avançado, sorteando até carro. Na época, compramos ventiladores, bicicletas e realizávamos sorteios da seguinte forma: Se chegássemos numa casa e não encontrássemos nenhum recipiente propenso ao desenvolvimento da larva do mosquito e na casa ao lado, seria entregue uma bicicleta ao morador. Esse ato gerou-nos um processo de improbidade administrativa que respondo até hoje. A justiça diz para eu devolver setenta e cinco mil reais. No dia da audiência o promotor disse que eu não devia somente setenta e cinco mil reais, pois havia a correção. Respondi-lhe: Doutor, quanto custa uma vida? Imagine se V. Ex.ª tem um filho de quatro anos e morre acometido de dengue. S. Ex.ª ficou calado. Até hoje respondendo esse processo de improbidade administrativa em função desse trabalho que realizamos na Secretaria da Saúde. O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR HÉRCULES) - Realmente é lamentável! A lei é burra neste sentido porque valoriza mais o que está escrito no texto legal do que a vida da pessoa que não tem preço.

São 9h27min Até o momento não temos quorum para deliberação. Na verdade, na Ordem do Dia da pauta não há nenhum projeto visto que votamos todos os projetos na última reunião desta Comissão. Senhor Deputado Nilton Baiano, há pouco conversei com o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde, S. Ex.ª concordou com o que foi acertado nesta reunião que é a prestação de contas em março, do último quadrimestre de 2013, numa quarta-feira, às 14h. Levaremos ao conhecimento de nossos pares a fim de decidirmos qual a quarta-feira melhor para todos os Deputados. Atendendo o apelo dos Senhores Deputados principalmente do interior, que reclamavam da prestação de contas ser realizada na quinta ou sexta-feira, quando se encontravam nos seus redutos políticos. Hoje, conversando também com o Senhor Aguiberto Oliveira Lima do Conselho Estadual de Saúde, foi alertado que a prestação de contas do secretário poderá ser feita depois que passar pelo Conselho Estadual da Saúde. Conversaremos mais uma vez com o Senhor Aguiberto Oliveira Lima e com o Senhor Tadeu Marino, Secretário de Estado da Saúde no sentido de cumprir esse rito. Repetindo, na reunião estava presente também o Senhor José Adalberto Dazzi, Procurador de Justiça, que tem sido um baluarte na área da Saúde. Qualquer manifestação da saúde que realizamos sempre se faz presente; como também o Doutor Rodrigo de Paula, representando a PGE; Doutor Jair Demuner, representando a Associação do Hospital dos Ferroviários bem como grande parte da diretoria e uma advogada desta associação representando a parte jurídica. Mesmo ainda sem quorum, continuaremos com esta reunião da Comissão de Saúde. Estou presente, assim como o Senhor Deputado Nilton Baiano, hoje, o primeiro a chegar. O Deputado que não comparecer fica com falta. Concordo que o deputado tem outras atribuições, mas também concordo que precisamos estar presente na reunião da Comissão de Saúde. Antes de encerrar a reunião, Senhor Deputado Nilton Baiano, informamos que aprovamos na Comissão de Saúde - e marcaremos a data - uma audiência pública em Vila Velha sobre saneamento, principalmente o Canal do Congo, Canal da Costa, Canal de Coqueiral, Canal Rio Marinho, que é um canal, e também o Rio Aribiri. Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a reunião e convoco os Senhores Deputados para a próxima, à hora regimental.

Está encerrada a reunião. Encerra-se a reunião às 09h32min.

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 109

DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 26 DE FEVEREIRO DE 2014.

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora regimental, para ensejar o início da sessão, comparecem os Senhores Deputados Da Vitória, Doutor Hércules, Elcio Alvares, Esmael de Almeida, Euclério Sampaio, Gilsinho Lopes, Jamir Malini, José Esmeraldo, Marcelo Santos, Nilton Baiano, Roberto Carlos, Sandro Locutor e Theodorico Ferraço)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão.

(Assume a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Roberto Carlos)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Convido o Senhor Deputado Roberto Carlos a proceder à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Roberto Carlos lê João, 3:16)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da décima sessão ordinária, realizada em 25 de fevereiro de 2014. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata) (Comparece o Senhor Deputado Genivaldo Lievore)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Aprovada a ata como lida. (Pausa) Solicito aos Senhores Deputados que se

encontram nas imediações ou em seus gabinetes que compareçam ao Plenário e registrem presença nos terminais eletrônicos. Faltam dois Senhores Deputados para o quorum mínimo de votação. Daqui a pouco teremos que votar o projeto do Tribunal de Justiça, para o que serão necessários pelo menos dezesseis Senhores Deputados. Neste momento há apenas quatorze Senhores Deputados em Plenário.

Reitero a solicitação aos Senhores Deputados que se encontram nas imediações ou em seus gabinetes que compareçam ao Plenário e registrem presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)

O SR. DA VITÓRIA – Senhor Presidente,

pela ordem! Acreditamos que os Senhores Deputados também se manifestarão, porque vemos o Senhor

Deputado Sandro Locutor caminhar até o microfone. Parabenizamos a Escola de Samba

Independente de Boa Vista, vencedora do carnaval 2014, antes de os Senhores Deputados representantes de Cariacica homenageá-la. Estávamos presente no sambódromo e vimos o carinho do Senhor Deputado Sandro Locutor, membro da diretoria da escola. A alegria de S. Ex.ª estava estampada em sua expressão facial. Assim como estavam felizes a Senhora Deputada Janete de Sá, o Senhor Deputado Gilsinho Lopes, a Senhora Deputada Lúcia Dornellas e o Senhor Deputado Hércules. Este de Vila Velha, mas tem carinho pela Boa Vista. S. Ex.ª também está querendo comemorar e tem todo o direito, porque já falou que torce muito pela Boa Vista.

Parabenizamos esse grande carnaval, liderado pela Prefeitura Municipal de Vitória. A Prefeitura de Cariacica também participou. Não temos dúvida de que os demais Senhores Deputados farão grande homenagem.

O Senhor Deputado Euclério Sampaio tem grande relação com a escola, assim como os Senhores Deputados José Esmeraldo e Marcelo Santos, que tem grande relação com a cidade de Cariacica.

Nossos parabéns à Escola de Samba Independente de Boa Vista.

O SR. SANDRO LOCUTOR – Senhor

Presidente, pela ordem! Senhor Deputado Theodorico Ferraço, Mesa Diretora, colegas Deputados, agradecemos ao Senhor Deputado Da Vitória, que acompanhou o desfile de perto, bem como aos Senhores Deputados Roberto Carlos, Jamir Malini, Dary Pagung, Lúcia Dornellas, Janete de Sá, Luzia Toledo, Claudio Vereza e Doutor Hércules; dava quorum no Sambão do Povo.

Felicitamos a Prefeitura de Vitória, na pessoa do Prefeito Luciano Rezende, membro do nosso partido PPS. O carnaval capixaba a cada dia valoriza mais a cultura capixaba. Já é considerado o terceiro maior do Brasil. São Paulo e Rio de Janeiro que se cuidem, porque o carnaval capixaba está se profissionalizando.

Senhor Presidente, desculpe-me, hoje pode tocar a buzina, bater o repique, o pandeiro e até mesmo vaiar, mas: Quem é que espalha o perfume no ar? Sou eu. Quem é que faz o meu povo sambar? Sou eu. Sou eu. É a Boa Vista, o meu grande amor, a essência do samba chegou!

Parabéns, Cariacica! Parabéns, comunidade de Boa Vista, a grande campeã do carnaval capixaba, expressão da maior cultura popular do Brasil. Um grande abraço.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Senhor Deputado Sandro Locutor, a voz de V. Ex.ª ecoa no coração de todos nós e dos capixabas. Recebemos uma mensagem do Chacrinha dizendo que não iria apertar a buzina, hoje, ao ouvir a voz de V. Ex.ª.

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110 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

(Comparece o Senhor Deputado Dary Pagung)

O SR. ROBERTO CARLOS – Senhor

Presidente, pela ordem! Registramos, com satisfação, a presença, nas galerias desta Casa, de vinte e oito alunos da série de aprendizagem da Escola Senac de Vitória, acompanhados dos professores Jackson Rodrigues Trega e Rosiani Grobério Benencá, pelo projeto Escolas no Legislativo. Desde a implantação do projeto, mais de quarenta e dois mil alunos conheceram o funcionamento do Poder Legislativo e as formas de participação nesta Casa.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Congratulamo-nos com os alunos e professores do Senac. Sejam muito bem-vindos a esta Casa. Que Deus ilumine a futura geração do povo do Espírito Santo. Muito obrigado pela presença.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – Senhor Presidente, pela ordem! Nesta sessão não utilizaremos termos pejorativos, mas ainda aguardamos alguns foliões, que estão de ressaca, para termos quorum e votarmos as matérias.

Adiantamos para V. Ex.ª que não seria bom suprimirmos a fase das Comunicações, mesmo porque teremos muito tempo. A pauta hoje está muito pequena e teremos muito tempo para fazermos a sessão extraordinária. Se precisarmos ficar até à tarde, ficaremos para aprovar o projeto que chegou referente ao Tribunal de Justiça. Estamos no Parlamento, que é Casa para falar. Inclusive, se os colegas já estivessem presentes a esta sessão poderíamos dar encaminhamento e votar. Mas ainda não há quorum para votar. Ainda faltam dois deputados. São 9h11min e lutamos para que não seja suprimida a fase das Comunicações.

Cheguei a esta Casa às 8h15min. Não fui mais rápido na digitação porque tem gente mais rápida no gatilho nesta Casa. Mas os seguranças e o pessoal do som são testemunhas de que cheguei às 8h15min.

Precisamos falar, principalmente sobre a questão do álcool e direção. Pedimos à querida operadora de câmera que dê um take neste jornal. Falaremos sobre isso: álcool e direção, pois continua essa matança. É preciso que seja dado um basta nisso e que se lute cada vez mais para diminuir a relação entre álcool e direção. Mais tarde falaremos sobre isso, se tiver oportunidade.

Neste momento só falta mais um deputado para dar quorum, isto é, só há quinze deputados e para votarmos precisamos de mais um.

(Comparece a Senhora Deputada Janete de Sá)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Já há quorum, pois a Senhora

Deputada Janete de Sá acaba de chegar e agora temos dezesseis Senhores Deputados.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – Senhor Presidente, pela ordem! Saúdo os alunos e professores da Escola Senac. Sejam bem-vindos.

Peço vênia ao Senhor Deputado Doutor Hércules, pois farei o requerimento de supressão da fase das Comunicações. Ninguém mais do que eu tem interesse em se manifestar, ainda mais em minha posição de insatisfação com relação ao governo, em face do nosso povo. Sou o primeiro inscrito, mas vence a maioria e respeito a vontade da maioria, Senhor Presidente. Há um projeto na pauta, de suma importância para o povo do nosso Estado, que trata sobre o Regimento de Custas.

Senhor Presidente, na forma regimental, com base no art. 129, parágrafo único, do Regimento Interno, requeiro a V. Ex.ª a supressão da Fase das Comunicações, a fim de passarmos imediatamente à Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – É regimental.

Colocaremos o requerimento de V. Ex.ª em votação em momento oportuno. Quem quiser votar contra, que vote, porque é democrático.

O SR. ROBERTO CARLOS – Senhor Presidente, pela ordem! Sigo o encaminhamento do Senhor Deputado Euclério Sampaio, embora reconheça a razão e a motivação da fala do Senhor Deputado Doutor Hércules. Ou seja, o Senhor Deputado Doutor Hércules tem razão porque a Fase das Comunicações é muito importante para o Deputado apresentar, em cinco minutos, uma reunião que teve com o secretariado ou outro tema importante. Mas esse projeto que trata das custas da Justiça vem travando o próprio cidadão de ter acesso à justiça. Foi uma mobilização muito forte da OAB e achamos que vale a pena fazermos esse sacrifício.

Senhor Presidente, estávamos inscritos para falar na Fase das Comunicações para fazermos uma declaração que certamente criará, não uma polêmica, mas é uma declaração que guardamos para falar hoje. O Senhor Deputado Euclério Sampaio se lançou candidato a Governador do Estado e temos respeito pelo mandato de S. Ex.ª e achamos que sua fala ontem foi convincente, do ponto de vista que S. Ex.ª tem de ser respeitado.

Hoje, Senhor Presidente, vimos nos lançar candidato a presidente. Somos candidato a presidente. Anunciaremos para o povo do Estado do Espírito Santo, anunciamos ao Senhor Maurício Duque e ao próprio Senhor Renato Casagrande, Governador do Estado do Espírito Santo, que estamos pleiteando a presidência do Rio Branco Atlético Clube e nos colocaremos à disposição deste clube centenário para, se tudo der certo, soerguer o futebol capixaba a partir do Rio Branco. Colocamos

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 111

isso para o Senhor Maurício Duque, que faz um excelente trabalho à frente deste clube. Dissemos a S. Ex.ª que gostaríamos de ser o presidente deste clube com seu apoio e com o seu grupo. Se formos presidente do Rio Branco, Senhor Deputado Theodorico Ferraço, contaremos com o apoio de V. Ex.ª, que tem boa penetração no setor produtivo. O que está faltando no futebol capixaba é o que está acontecendo com o carnaval. O povo do Estado do Espírito Santo gosta de carnaval e também gosta de futebol. Mas o futebol neste Estado não está à altura dos desejos do povo capixaba. Anunciamos a nossa candidatura a presidente do Rio Branco Atlético Clube.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Pedimos aos Senhores Deputados que deixem para fazer os pela ordem após a votação do regime de urgência do projeto do Judiciário. Por especial gentileza fazemos este apelo aos Senhores Deputados.

Convido o Senhor Deputado Roberto Carlos a assumir a 1.ª Secretaria e a proceder à leitura do Expediente. (Pausa)

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

OFÍCIO N.º 38/2014 Vitória, 25 de fevereiro de 2014. Senhor Presidente:

O Deputado infra-assinado, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais, requer a V.Exª. seja inscrito para fazer uso da TRIBUNA POPULAR, no dia 10 de março do corrente ano, o Sr. Paulo Cesar Froes, Presidente da Associação de Moradores do bairro Paul em Vila Velha, para falar sobre a desmontagem dos tanques de combustível e soda cáustica instalados em Paul, Vila Velha.

Atenciosamente,

JOSÉ ESMERALDO

Deputado Estadual Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Defiro.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

OFÍCIO S/Nº - 2014

Vitória, 25 de fevereiro de 2014. Senhor Presidente:

Solicito a V. Ex.ª que seja justificada minha ausência na Sessão Ordinária do dia 24 de fevereiro, nos termos do § 6º do artigo 305 do Regimento Interno.

Atenciosamente,

LUIZ DURÃO

Deputado Estadual Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Justificada a ausência, à Secretaria. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem

n.o 35/2014, do Governador do Estado, comunicando o seu comparecimento nesta Casa de Leis, no dia 10 de março de 2014, às 15 horas para prestação de contas relativa ao exercício de 2013, em conformidade com o artigo 91, XVII e art.1º da Lei n.o 7.920/2004. Publicada integralmente no DPL do dia 27 de fevereiro de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – O Regimento Interno diz que são trinta dias após a abertura dos trabalhos. Como temos o período de carnaval, submeteremos excepcionalmente à votação.

Em votação a Mensagem n.º 35/2014. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Ciente. À Secretaria. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem

n.o 036/2014, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 19/2013, de autoria do Deputado Esmael de Almeida, que institui a obrigatoriedade da afixação

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112 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

em lugar visível especificando o dia da última manutenção e data limite da próxima manutenção nos elevadores pelos respectivos condomínios, edificações residenciais e comerciais e dá outras providências. Publicada integralmente no DPL do dia 27 de fevereiro de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem

n.o 037/2014, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 90/2013, de autoria da Deputada Lúcia Dornellas, que dispõe sobre a obrigatoriedade de os estabelecimentos de frequentação coletiva em ambientes fechados afixarem cópia do laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros Militar do Estado e informarem sua lotação máxima e dá outras providências. Publicada integralmente no DPL do dia 27 de fevereiro de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem

n.o 038/2014, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 259/2012, de autoria do Deputado Claudio Vereza, que dá nova redação aos art. 3º e 4º da Lei Estadual n.º 9366/2009, que institui o Programa Bolsa-Atleta Capixaba. Publicada integralmente no DPL do dia 27 de fevereiro de 2014.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 400/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 324/2013 Autor: Deputado Estadual Jamir Malini Ementa: “Declara de utilidade pública o Instituto Social Esperança, localizado no Município de Vila Velha/ES”.

RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 324/2013, de autoria do

Deputado Jamir Malini, tem em sua ementa a seguinte redação: “Declara de utilidade pública o Instituto Social Esperança, localizado no Município de Vila Velha/ES”.

Em sua justificativa, o autor assevera que a referida entidade tem a finalidade de atender crianças na faixa etária de 07 a 14 anos de idade, nos turnos matutino e vespertino, oferecendo aulas de reforço escolar, artesanato para desenvolvimento psicomotor e de renda, aulas de violão, de vivencia em sociedade, esporte, além de alimentação e assistencia social e psicológica para as crianças.

A matéria foi protocolada em 08 de outubro de 2013, lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 14 de outubro de 2013 e, após, encaminhada a Procuradoria para exame e parecer, na forma do disposto no art. 121, do Regimento Interno (Resolução n° 2.700/09).

E, após, o Projeto de Lei veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, I do Regimento Interno (Resolução n° 2.700/09).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, DA JURIDICIDADE, DA LEGALIDADE E DA TÉCNICA LEGISLATIVA.

O Projeto de Lei nº 324/2013, de autoria do Deputado Jamir Malini, tem em sua ementa a seguinte redação: “Declara de utilidade pública o Instituto Social Esperança localizado, no Município de Vila Velha/ES”.

Sob o prisma da constitucionalidade, a propositura encontra-se ancorada no permissivo constitucional disposto no art. 25, § 1º, da CRFB, eis que trata de matéria de competência legislativa remanescente, conforme transcrevemos a seguir:

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.

Ademais, verificamos pela exegese das

regras constitucionais contidas nos arts. 55 e 56, que a propositura está em consonância com a Carta Estadual, e que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a lei ordinária, conforme dispõe o art. 61, III, da Constituição Estadual.

Quanto à iniciativa da matéria em apreço, encontra amparo no art. 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa concorrente para

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 113

legislar.

“Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

No que tange ao aspecto da

constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que a apreciação jurídica da matéria, é de competência da Comissão de Justiça, Serviço Público e Redação, nos termos do art. 41, I do Regimento Interno No entanto, a votação terminativa de Projetos de Lei que versem sobre declaração de utilidade pública é da competência da Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, na forma do art. 276 do Regimento Interno, sendo sua aprovação pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão, em votação nominal, conforme dispõe o art. 277, § 1º do RI e sua tramitação será especial, na forma do art. 148, III, do mesmo Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09).

O Projeto deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87, alterada pelas Leis nºs. 7.822/04, 8.120/05 e 8.802/08; que dispõe em seu art. 1º, in verbis:

“Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I – personalidade jurídica há mais de dois anos – através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II – efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade – através de documento expedido pelo Juiz de direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e copia do estatuto; (NR) III – não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto – através do balanço anual;

IV - registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social – CONEAS. (NR) §1º – O serviço desinteressado e gratuito à coletividade, a que se refere o inciso II deste artigo, será o prestado nas áreas educacional, cultural e artística, médica e de assistência social ou qualquer outra, desde que de natureza filantrópica e em caráter geral e indiscriminado. § 2º Não será exigido o requisito contido no inciso IV às entidades que não atuem na área de assistência social. (Incluído pela Lei nº 8.120, de 2005). § 3º Quando se tratar de sociedade civil, associação ou fundação que exerça atividade rural, o atestado de funcionamento referido no inciso II deste artigo poderá ser expedido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - INCAPER ou por sindicatos de trabalhadores que atuem na respectiva atividade. (Incluído pela Lei nº 8.802, de 2008).

Assim sendo, podemos asseverar que o

presente Projeto está em perfeita sintonia com a norma estadual específica, atendendo os requisitos estabelecidos nos incisos I, II, III, § 1º e § 3º do art. 1º, da lei supracitada, conforme comprovam os documentos colacionados aos autos às fls. 04 usque 42.

Ademais, sob o aspecto da constitucionalidade material (conteúdo, substância da norma) e legalidade o Projeto encontra consonância com os preceitos norteadores do direito positivo previstos constitucionalmente e simetricamente nas leis infraconstitucionais, bem como no regramento constante do Regimento Interno desta Casa de Leis.

No que se refere aos preceitos mencionados vale destacar o Princípio da Unidade Constitucional para tornar mais claro a aplicação da dimensão do peso e importância dos princípios constitucionais estabelecidos como cláusulas pétreas (art. 60, § 4º, IV e art. 5º da CF). Na temática atinente aos direitos e garantias fundamentais, os princípios constitucionais quando se confrontam devem ser conciliados, in casu, o princípio da livre iniciativa e o princípio da isonomia, segue-se como consequência lógica que este último condiciona o exercício do primeiro, atuando como limite estabelecido pela própria Lei Maior para impedir excessos e abusos.

Asseveramos, portanto, a compatibilidade da proposição e o respeito às normas, os princípios e os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição

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114 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Federal, porém outros princípios se encontram dispersos em todo texto constitucional, dentre esses estão os de natureza análoga aos direitos, liberdades e garantias previstos.

Esses princípios podem formular-se assim: o cidadão deve poder confiar em que aos atos ou as decisões públicas incidentes sobre os seus direitos, posições jurídicas e relações, praticados de acordo com as normas jurídicas vigentes, ligam-se os efeitos jurídicos duradouros, previstos ou calculados com base nessas mesmas normas e apontam basicamente para: A) a proibição de leis retroativas; B) inalterabilidade do caso julgado; C) a tendencial irrevogabilidade dos atos administrativos constitutivos de direitos. São, pois, respectivamente, os conhecidos: Direito Adquirido, Coisa Julgada e Ato Jurídico Perfeito, magistralmente definidos e conceituados pelo mestre Canotilho1.

Desta forma, podemos asseverar que a propositura não atinge Direito Adquirido, o Ato Jurídico Perfeito ou Coisa Julgada, eis que a novidade normativa ora em análise não atingirá a segurança jurídica imposta na pedra angular constitucional.

Com relação à vigência da lei no tempo, a proposta legislativa atende o requisito legal consoante dispõe o art. 8º da Lei Complementar nº 95/98, que diz: “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “Entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão”.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/1998, com introduções apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001, que rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu.

Insta frisar que acolhemos, de forma positiva e integral, o estudo técnico realizado pela Diretoria de Redação – DR – constante à fl. 45 dos autos.

Por todo o exposto, concluímos pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 324/2013, de autoria do Deputado Jamir Malini, razão pela qual sugerimos aos demais Pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 400/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 324/2013, de autoria do Deputado Jamir Malini.

Plenário Rui Barbosa, 19 de novembro de

2013.

ELCIO ALVARES Presidente

DA VITÓRIA Relator

MARCELO SANTOS SANDRO LOCUTOR

JOSÉ CARLOS ELIAS GILSINHO LOPES

1Gomes Canotilho, Direito Constitucional, p. 363/365.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 02/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 324/2013 Autor (a): Deputado Jamir Malini Assunto: Declara de Utilidade Pública o Instituto Social Esperança, localizado no Município de Vila Velha/ES.

I – RELATÓRIO

Trata-se de projeto de lei de iniciativa do Excelentíssimo Senhor Deputado Jamir Malini, que apresenta o seguinte assunto: declara de utilidade pública o Instituto Social Esperança, localizado no Município de Vila Velha/ES.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 120 do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admitiu a tramitação da proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.

Documentação anexada aos presentes autos (fls. 04/42).

A Diretoria de Redação elaborou estudo (fl. 45).

Parecer da Procuradoria desta Casa de Leis (fls. 46/50) pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa.

A matéria foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, na qual recebeu o Parecer nº 400/2013 pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa (fls.59/64).

Neste momento, compete à Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional o exame da presente proposição, em razão do que disciplina o art. 50-A do Regimento Interno desta Casa Legislativa.

É o relatório.

II – PARECER DO RELATOR

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 115

A presente propositura tem por finalidade declarar de Utilidade Pública o Instituto Social Esperança, localizado no Município de Vila Velha/ES.

A análise do Projeto de Lei nº 324/2013 importa na verificação de pertinência meritória no que tange a seu objeto, com fulcro no campo de atuação desta Comissão, mormente, delineada pelo que dispõe o art. 50-A do Regimento Interno. Vejamos:

Art. 50-A. À Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional compete opinar sobre: I - assuntos inerentes à política de Assistencial Social, Segurança Alimentar e Nutricional; II - acompanhamento da implementação e consolidação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS; III - ações voltadas para o combate às causas da miséria e da fome no âmbito do Estado do Espírito Santo; IV - ações que garantam mobilização e racionalização no uso dos recursos disponíveis; V - campanhas de conscientização da opinião pública, visando articular a união de esforços; VI - projetos que visem estudo e acompanhamento permanente de temas fundamentais na área de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional.

Com esse específico mister, cabe destacar que a justificativa do Autor revela importante informação, principalmente quando destaca que (fl. 03):

O INSTITUTO SOCIAL ESPERANÇA tem a finalidade de atender crianças na faixa etária de 07 à 14 anos de idade, nos turnos matutino e vespertino, oferecendo aulas de reforço escolar, artesanato para desenvolvimento psicomotor e de renda, aulas de violão, de vivencia em sociedade, esporte, além de alimentação e assistência social e psicológica para as crianças.

Neste sentido, conclui-se que a proposição

legislativa atende prontamente a análise de mérito concernente ao dispositivo retrocitado, haja vista que a declaração de utilidade pública potencializará a prestação dos serviços institucionais.

Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:

PARECER N.º 02/2014

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n.º 324/2013, na forma do art. 276 do Regimento Interno, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Jamir Malini.

Plenário “Deputada Judith Leão Castelo

Ribero”, 24 de fevereiro de 2014.

RODRIGO COELHO Presidente

PAULO ROBERTO Relator

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 395/2013

Proposição: Projeto de Lei n.º 338/2013 Autora: Deputada Estadual Luzia Toledo Assunto: Declara de utilidade pública a Associação

dos Artesões de Bom Jesus do Norte - ARTEBOM.

1. RELATÓRIO

Trata-se de projeto de lei de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo que visa declarar de utilidade pública a Associação dos Artesões de Bom Jesus do Norte - ARTEBOM nos seguintes termos:

Art. 1º Fica Declarado de Utilidade Pública A “ASSOCIAÇÃO DOS ARTESÕES DE BOM JESUS DO NORTE-ARTEBOM, fundada em 10.05.2005, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultural, assistencial e filantrópico, portadora do CNJ 07.630.000/0001-14, com endereço a Rua Cândido Peralva,45, Centro, Bom Jesus do Norte-ES, CEP:29.460-000. Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

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116 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

A matéria foi protocolada no dia 11/10/2013 (fl. 02) e lida no expediente da sessão ordinária do dia 15/10/2013 (fl. 02).

A Diretoria de Redação juntou o estudo de técnica legislativa de fl. 63, ofertando sugestões apenas no tocante a redação proposta sem alteração substancial do projeto de lei.

A Procuradoria da Assembleia Legislativa opinou pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa nos termos de seu parecer técnico legislativo.

Assim sendo, o presente projeto de lei foi encaminhado a esta Comissão para exame e parecer na forma do disposto no artigo 41 e incisos do Regimento Interno desta Casa.

É o relatório.

PARECER DO RELATOR

2.1 CONSTITUCIONALIDADE FORMAL Cumpre analisar no presente subtópico se as

normas previstas no Projeto de Lei nº 338/2013 a serem introduzidas no ordenamento jurídico estatual observam o que determina a Constituição Federal e Estadual com referência ao que a doutrina e jurisprudência veem denominando de constitucionalidade nomodinâmica. Ou seja, deve ser apurado se a lei ou ato normativo infraconstitucional não detém vício no seu processo de formação.

Segundo nos ensina José Joaquim Gomes Canotilho:

Os vícios formais [...] incidem sobre o acto normativo enquanto tal, independentemente do seu conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade formal, viciado é acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na forma final.1

Dentro do panorama de distribuição de

competências erigido pela CF/1988, em seu especial com base no que determina o princípio federativo estabelecido expressamente em seus arts. 1º2 e 253, tem-se que a autonomia legislativa de cada ente federativo é assegurada nos termos da Carta da República desde que atendidos os seus preceitos e princípios.

Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:

Os Estados-membros organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem (CF, art. 25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício dessa prerrogativa institucional (essencialmente limitada em sua extensão), aos

condicionamentos normativos impostos pela Constituição Federal, pois é nesta que reside o núcleo de emanação (e de restrição) que informa e dá substância ao poder constituinte decorrente que a Lei Fundamental da República confere a essas unidades regionais da Federação. Doutrina. Precedentes4. (original sem grifo)

Conclui-se do exposto que a República

Federativa do Brasil adotada o modelo federativo em que é impreterível que haja simetria entre o que determina a CF/1988 e a CE/1989. Assim, se porventura norma infra legal federal ou estadual for díspar em relação ao que determina a Carta Cidadã, estaremos diante de uma lei inconstitucional.

À luz do que se extrai do objeto da proposição legislativa, nota-se que a matéria afeta é afeta ao Estado do Espírito Santo uma vez que a declaração de utilidade pública é um ato de liberalidade da Administração Pública Estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no citado art. 25, § 1º, da Constituição Federal. Com efeito, tem-se que o Estado do Espírito Santo tem competência legislativa para tratar da matéria.

Em idêntica diretriz, observa-se que o projeto de lei não cria obrigação, cargos, funções ou empregos públicos, aumenta a remuneração dos servidores ou mesmo altera a organização administrativa dos demais Poderes. Destarte, apresenta-se plenamente possível que a Deputada Estadual proponente inicie o presente processo legislativo nos termos do disposto no art. 2º5 c/c art. 616, todos da CF/1988 e, por simetria, aos arts. 177 e 638, todos da CE/1989.

No tocante a espécie normativa adequada à matéria, em respeito ao princípio constitucional do paralelismo das formas, observa-se que o Projeto de Lei nº 338/2013 busca declarar como de utilidade pública a Associação dos Artesões de Bom Jesus do Norte - ARTEBOM, não se amoldado às hipóteses previstas no disposto no art. 68, parágrafo único9 da CE/1989. Assim, deve a matéria ser objeto de lei ordinária sendo a proposição constitucional neste aspecto.

No que diz respeito ao regime inicial de tramitação da matéria, do quórum para sua aprovação e do processo de votação a ser utilizado, O referido Projeto de Lei deve seguir o procedimento especial, conforme preceitua o artigo 148, inciso III do Regimento Interno (Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009), in verbis:

Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: [...]

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 117

III - especial.

Ademais, a aprovação da matéria deve se seguir a competência prevista nos termos do art. 276, inc. III, do Regimento Interno da ALES, combinado com o art. 60, § 2º, inciso XI, da Constituição Estadual. Portanto, o quórum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo processo de votação são os estabelecidos no artigo 277, § 1º, do mesmo Regimento Interno da ALES que aduz “o projeto de lei será aprovado pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão, em votação nominal”.

2.2 CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL

A análise da constitucionalidade material se refere à matéria, ao conteúdo do ato normativo, não podendo projeto de lei violar regras ou princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Portanto, não interessa averiguar, neste momento, o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas, de fato, o seu conteúdo.

Conforme leciona Luís Roberto Barroso: [...] a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo, substantiva entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com uma regra constitucional – e.g., a fixação da remuneração de uma categoria de servidores públicos acima do limite constitucional (art. 37, XI) – ou com um princípio constitucional, como no caso de lei que restrinja ilegitimamente a participação de candidatos em concurso público, em razão do sexo ou idade (art. 5º, caput, e 3º, IV), em desarmonia com o mandamento da isonomia. O controle material constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas.10 (original sem grifo ou destaque)

Analisando a matéria, infere-se que inexiste

qualquer inconstitucionalidade material no que tange à vigência da lei no tempo, pois, a vigência da proposição ocorrerá a partir de sua publicação, não se pretendendo sua retroatividade.

Por derradeiro, por não violar o princípio da isonomia ou pretender desconstituir ato jurídico “já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”, modificar “decisão judicial de que já não caiba recurso”, ou mesmo desrespeitar “direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como

aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”, não há falar em violação ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou ao direito adquirido, motivo pelo qual inexiste violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, tampouco a princípios, direitos e garantias previstos na Carta Magna.

Ademais, tem-se que o presente projeto de lei não visa alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação na lei no tempo.

2.3 JURIDICIDADE E LEGALIDADE

No que se refere à juridicidade, estabelece o Ato nº 2.517/2008 que deve ser analisado se a proposição preenche os demais requisitos previstos no Regimento Interno ou em legislação específica para a sua elaboração.

Neste prisma, a proposição em exame está em consonância com o Regimento Interno desta Assembleia Legislativa, em especial com as normas constantes dos arts. 142 a 144.

No tocante ao aspecto da legalidade, o Projeto deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87 (alterada pelas Leis nsº. 7.822/04, 8.120/05 e 8.802/08), que dispõe em seu art. 1º, in verbis:

Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I – personalidade jurídica há mais de dois anos – através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II – efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto; (NR) III – não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto – através do balanço anual; IV - registro no Conselho Municipal

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118 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social – CONEAS. (NR)

Desta forma, pode-se afirmar que o presente

Projeto de Lei guarda observância à norma estadual específica. Assim, os requisitos estabelecidos nos inciso I, II, III e IV da Lei em referência, estão devidamente cumpridos, conforme comprovam, respectivamente, os seguintes documentos:

1. Cópia do estatuto social da entidade nas fls. 42-53; 2. Certidão expedida em 21 de setembro de 2005 pelo Cartório de 1º Ofício de Bom Jesus do Norte, certificando a personalidade jurídica da Associação dos Artesões de Bom Jesus do Norte - ARTEBOM, na fl. 53. O mencionado registro comprova personalidade jurídica há mais de dois anos; 3. Atestado de Funcionamento expedido pelo Prefeito do Município de Bom Jesus do Norte/ES, na fl. 05, atestando o regular funcionamento da entidade desde 2005, comprovando personalidade jurídica há mais de dois anos; 4. Declaração do presidente em exercício da entidade na fl. 08, afirmando que não existe qualquer remuneração aos Dirigentes e Diretores, sendo vedada a distribuição de lucros, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio sob nehuma forma ou pretexto ou de quaisquer outras vantagens ou benefícios, conforme se despreende da leitura do disposto no art. 1º, §1º dos atos constitutivos juntados aos presentes autos (fl. 42). 5. Comprovante de inscrição no conselho municipal de assistência social de Castelo na fl. 19.

Pelo exposto, conclui-se pela juridicidade e

legalidade do projeto de lei.

2.4 TÉCNICA LEGISLATIVA Conforme se extrai do estudo de técnica

legislativa elaborado pela Diretoria de Redação a fl. 63, se faz necessário o ajuste do texto da proposição em análise a fim de adequá-la ao que determina a LC nº. 95/1998, razão pela qual adiro ao estudo técnico.

Cabe ressaltar que a LC nº. 95/1998 recomenda a previsão expressa da vigência da lei, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação. Com

efeito, a previsão de entrada em vigor na data da publicação atende ao disposto no referido artigo.

Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 395/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do projeto de lei nº 338/2013 de autoria da Excelentíssima Deputada Estadual Luzia Toledo com a adoção da redação proposta pelo estudo técnico de fl. 63.

Plenário Rui Barbosa, 19 de novembro de

2013. ELCIO ALVARES Presidente/Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS MARCELO SANTOS GILSINHO LOPES

DA VITÓRIA SANDRO LOCUTOR

1 CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993. 2 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos. 3 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 4 Supremo Tribunal Federal - ADI 507 / AM - AMAZONAS - Relator: Min. CELSO DE MELLO - Data do Julgamento: Julgamento: 14/02/1996 - Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Data da publicação: DJ 08-08-2003 PP-00085. 5Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 6Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 7Art. 17. São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 8 Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 119

requisitos estabelecidos nesta Constituição. 9Art. 68. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa e receberão numeração sequencial distinta da atribuída às leis ordinárias. Parágrafo único. São leis complementares, entre outras de caráter estrutural, as seguintes: I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração; II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar; III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo; IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade; V - organização do Ministério Público, da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública; VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo. 10Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 29.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 04/2014 Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 338/2013 Autora: Deputada Estadual Luzia Toledo Ementa: “Declara de utilidade pública a associação dos artesãos de Bom Jesus – artebom, localizada no município de Bom Jesus do Norte/es”.

RELATÓRIO

Trata-se de Projeto de Lei nº 338/2013, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo, que tem como finalidade declarar de utilidade pública a “Associação dos Artesãos de Bom Jesus – ARTEBOM, localizada no Município de Bom Jesus do Norte/ES”.

A proposição foi protocolizada no dia 11/10/2013, seguiu sua regular tramitação, tendo sido lida no expediente do dia 15/10/2013, sem restrições e posteriormente, publicada no Diário do Poder Legislativo DPL – edição do dia 24 de outubro de 2013.

Após, dando sequência ao trâmite regimental, a proposição legislativa foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, oportunidade em que recebeu o Parecer nº 395/2013 de fls. 91, manifestando pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa

técnica legislativa. Após, o Projeto de Lei ora em apreço veio a

esta Comissão para exame e parecer, nos termos do disposto no art. 276, inciso III, do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR A presente propositura tem por finalidade

declarar de utilidade pública a Associação dos Artesãos de Bom Jesus – ARTEBOM, localizada no Município de Bom Jesus do Norte/ES”.

Nesses termos, afere-se que o dispositivo previsto no art. 276, inciso III, do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/09), assim dispõe in verbis:

Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias: (...) III – Comissão de Saúde, Saneamento e Assistência Social – declaração de utilidade pública;

Igualmente, a análise do Projeto de Lei nº

338/2013 importa na verificação de pertinência meritória no que tange a seu objeto, com fulcro no campo de atuação desta Comissão, mormente, delineada pelo que dispõe o art. 50 - A do Regimento Interno. Vejamos:

Art. 50-A. À Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional compete opinar sobre: I - assuntos inerentes à política de Assistencial Social, Segurança Alimentar e Nutricional; II - acompanhamento da implementação e consolidação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS; III - ações voltadas para o combate às causas da miséria e da fome no âmbito do Estado do Espírito Santo; IV - ações que garantam mobilização e racionalização no uso dos recursos disponíveis; V - campanhas de conscientização da opinião pública, visando articular a

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120 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

união de esforços;

VI - projetos que visem estudo e acompanhamento permanente de temas fundamentais na área de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional.

Com esse específico mister, cabe destacar

que a Justificativa do autor revela importante informação, principalmente quando destaca o caráter de atividades a serem desenvolvidas pela Associação dos Artesãos de Bom Jesus do Norte-ARTEBOM a saber:

“A Associação dos Artesãos de Bom Jesus do Norte-ARTEBOM, foi fundada em 10.05.2005, pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultural, assistencial e filantrópico, portadora do CNJ 07.630.000/0001-14, com endereço a Rua Cândido Peralva,45, Centro, Bom Jesus do Norte-ES, CEP:29.460-000. Foi criada com o objetivo de prestar serviços que possam contribuir para o fomento e racionalização das explorações artesanais e manufaturas caseiras e para melhorar as condições de vida de seus associados; proporcionar a melhoria do convívio entre a classe de artesão, através da integração de seus associados. Combater à fome e a pobreza, assim como dar assistência à criança, ao adolescente, à maternidade e à velhice. Fomentar e assistir o artesão e produtor caseiro; proporcionar aos associados e seus dependentes, atividades econômicas, culturais, desportivas e sociais e outras atividades.”

Face ao exposto, esta relatoria propõe aos

doutos membros desta Comissão a adoção do seguinte parecer:

PARECER N.º 04/2014

A COMISSÃO DE ASSISTENCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 338/2013, de autoria do Senhora Deputada Luzia Toledo, nos termos do inciso III do art. 276 do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009).

Plenário “Deputada Judith Leão Castello

Ribeiro”, 24 de fevereiro de 2014.

RODRIGO COELHO Presidente

PAULO ROBERTO Relator

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 13/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 365/2013 Autor: Deputado Gilsinho Lopes Ementa: “Declara de utilidade pública a Associação dos Agricultores do Distrito de Duas Barras, localizada no Município de Iconha – ES”.

I - RELATÓRIO

O presente Projeto de Lei em epígrafe, de iniciativa do Exmº Senhor Deputado Gilsinho Lopes, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre “Declara de utilidade pública a Associação dos Agricultores do Distrito de Duas Barras, localizada no Município de Iconha – ES”.

A presente Associação, segundo o autor do Projeto, é uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, atuando há mais de 10 anos, com atividades de defesa de direitos sociais, formada por pequenos agricultores, produtores de culturas básicas, tendo por finalidade de representar e defender o interesse dos produtores rurais na solução de seus problemas, interesses e aspirações.

A beneficiária está inscrita junto ao CNPJ sob o nº 04.771.628/0001-41, com sua sede estabelecida na localidade do Distrito de Duas Barras, Município de Iconha/ES, estando em regular funcionamento há mais de dois anos, conforme Atestado firmado pelo Senhor Fábio Lopes Dalbom, Chefe do ELDR – Iconha – ES – Incaper, e, ainda, pela Certidão firmada pelo Exmº Senhor Prefeito Municipal do Município de Iconha/Es, também esta registrada como Pessoa Jurídica, junto ao Cartório do 1º Ofício - Registro Geral de Imóveis da comarca de Iconha – E. Santo.

A proposição que foi protocolizada no dia 04 de novembro de 2013, seguiu sua regular tramitação, tendo sido lida no expediente do dia 06 de novembro de 2013, não sendo publicada no Diário do Poder Legislativo DPL.

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 121

Encaminhado a douta Procuradoria para análise e parecer, na forma do artigo 121, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), recebeu parecer pela sua constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, vindo a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação e redação para análise e parecer, na forma do artigo 41, I, do Regimento Interno. (Resolução 2.700/2009)

Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo está instruído com os documentos necessários para o preenchimento dos requisitos legais e atende perfeitamente os dispositivos da Lei nº 3.979/87 e suas alterações.

Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o Parecer.

II – PARECER DO RELATOR

Da análise quanto ao aspecto da constitucionalidade formal e material, da juridicidade, da legalidade e da técnica legislativa

No que tange ao aspecto de

constitucionalidade material, vale frisar que a proposição está em plena consonância com os princípios e regras, implícitos e explícitos, das Constituições Federal e Estadual.

De maneira ampla, a delimitação do direito à liberdade de associação é regulamentada pela Constituição Federal em seu art. 5º, incisos XVII a XXI.

As Associações legalmente criadas, as quais estão amparadas pela norma constitucional estampada no artigo 5º, inciso XVIII, no Estado do Espírito Santo, são regulamentadas pela Lei Estadual de nº 3.979/87 e suas alterações.

O controle de constitucionalidade é verificar a compatibilidade de leis e atos normativos com a Constituição Federal, impedindo a subsistência da eficácia de normas que venham a contrariá-la, ou seja, o controle preventivo, que é aquele que acontece antes do nascimento da lei, impedindo que elas venham a nascer com um vício de inconstitucionalidade.

Do ponto de vista jurídico o projeto em exame, para fins de controle de constitucionalidade, é imprescindível examinar a existência de uma supremacia formal e a supremacia material, que é corolário do objeto clássico das Constituições – direitos e garantias fundamentais, estrutura do Estado e organização dos poderes.

O presente Projeto de Lei nº 365/2013, não sofre vício formal orgânico, que é aquele que está relacionado ao ente legislativo competente para legislar determinada matéria. Da mesma forma não sofre vício formal propriamente dito, formal subjetivo. Esta relacionado ao sujeito que inicia o processo legislativo.

No exame do Projeto quanto ao seu aspecto da constitucionalidade, juridicidade e legalidade, não há obstáculos a serem examinados. O Projeto de Lei nº 365/2013, ora em exame não tem impedimento no que diz respeito à competência legislativa remanescente, amparado nos dispositivos dos art. 25, § 1º; da Carta da Republica. Entende-se que a competência comum é prevista para aquelas matérias em que há coincidência entre os interesses geral, regional e local, revelando, por isso mesmo, temas de grande relevância social que devem ser amplamente tutelados por todos os entes federativos.

Ademais, verificamos pela exegese das regras constitucionais que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a lei ordinária, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com o art. 61, III, da Constituição Estadual.

A iniciativa é do Poder Legislativo, portanto, não existe usurpação de competência do Poder Executivo. Não existe óbice quanto ao artigo 63, parágrafo único, da Constituição Estadual. Também, na esfera da competência federal, no que dispõe o art. 61, § 1º da Constituição Federal. Regimentalmente, a matéria deve ser votada em turno único, sendo que na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, a votação é nominal por maioria simples. O regime inicial de tramitação será o especial, art. 148, inciso III.

Deve ser observado o quórum para aprovação da matéria, sendo nominal o respectivo processo de votação, que é o estabelecido no artigo 277, § 1º, do Regimento Interno da Augusta Casa Legislativa Capixaba. A votação será terminativa na Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, na forma do art. 276 do Regimento Interno. Assim, não incide em vício formal objetivo.

Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições Federal e Estadual, em especial os tratados no art. 5º da Carta Magna Federal. Assim, respeitados estão os princípios da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada.

Quanto à vigência do Projeto de Lei nº 365/2013, o artigo 2º atende perfeitamente a norma legal que regulamenta a matéria. Cabe destacar: a obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial, obedecido no que estabelece o próprio projeto de lei.

Preenchidos os requisitos legais determinados pelas Leis Estaduais de nºs. 3.979/87; 8.120/2005 e 8.802/2008, não há dúvidas de que a Associação dos Agricultores do Distrito de Duas Barras, localizada no Município de Iconha – ES, tem relevância para a comunidade do Distrito de Duas Barras, localizada no Município de Iconha/ES.

Em se tratando de matéria de cunho de relevância perante aquela comunidade, perfeitamente identificados no seu Estatuto, pelo que deve seguir

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122 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

sua trajetória normalmente, já que preenchidos estão os requisitos exigidos pela legislação que ampara o Projeto de Lei em comento. Ademais, a justificativa do autor que é conhecedor da região dá suporte necessário para que a matéria seja votada e aprovada, sem qualquer restrição.

Por técnica legislativa entende-se o emprego de fórmulas e métodos destinados a melhorar a qualidade da estruturação e da sistematização dos instrumentos normativos, assim como o uso da linguagem. Para melhor compreender este conceito, convém lançar mão de alguns dos princípios que instruem a técnica legislativa, quais sejam: o da generalidade, da clareza, da precisão, da unidade de objeto e o da logicidade.

Nessa linha de raciocínio, a técnica legislativa pode ser vista sob dois ângulos: um, mais abrangente, voltado para o sistema, que colima a chamada simplificação quantitativa do acervo legislativo; outro, mais limitado, cujo escopo é direcionado para o conteúdo e a coerência interna de norma específica, e que constitui a simplificação qualitativa.

Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com alterações introduzidas pela Lei Complementar Federal 107/2001, rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu, nota-se que foi elaborado estudo técnico pela Diretoria de Redação à fl.23, o qual o adoto.

Quanto à compatibilidade das normas que regulamentam a matéria objeto do presente Projeto de Lei 365/2013, não existem quaisquer impedimentos em relação ao Regimento Interno da ALES.

Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida, é constitucional, legal, jurídica e de boa técnica legislativa. Em consequência, opinamos pela possibilidade jurídica da regular tramitação do Projeto de Lei nº 365/2013, de autoria do Exmº Senhor Deputado Gilsinho Lopes, devendo ser aprovado com fundamento nos art. 25, § 1º, da Constituição Federal, art. 63 da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional pertinente, especialmente na Lei Estadual nº 3.979/87 e suas posteriores alterações.

Face ao exposto, esta relatoria propõe aos demais Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 13/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, do Projeto de Lei Exmº Senhor Deputado Gilsinho Lopes, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre “Declara de utilidade pública a

Associação dos Agricultores do Distrito de Duas Barras, localizada no Município de Iconha – ES”.

Plenário Rui Barbosa, 04 de fevereiro de 2014.

ELCIO ALVARES Presidente

SANDRO LOCUTOR Relator

CLAUDIO VEREZA LUZIA TOLEDO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 05/2014 Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 365/2013 Autor: Deputado Gilsinho Lopes Ementa: “Declara de utilidade pública a Associação dos Agricultores do Distrito de Duas Barras, localizado no Município de Iconha/ES”.

RELATÓRIO Trata-se de Projeto de Lei de nº 365/2013, de

autoria do Deputado Estadual Gilsinho Lopes, que tem como finalidade declarar de utilidade pública a Associação dos Agricultores do Distrito de Duas Barras, localizado no Município de Iconha/ES”, encaminhado a Comissão de Assistência Social, Segurança e Nutricional, para receber parecer.

O Projeto de Lei nº 365/2013, não foi, ainda, publicado no Diário do Poder Legislativo; foi a Diretoria de Redação, onde recebeu pequenas correções, as quais adoto, incorporando-as ao parecer.

Como se pode observar na justificativa o autor faz uma explanação sucinta mais objetiva dando conta das razões da proposição, as quais atende a finalidade do Projeto de Lei em comento.

A documentação necessária para a tramitação, avaliada no parecer emitido pelo Relator designado na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, não merece qualquer observação. Onde, ainda, recebeu parecer de nº 13/2014, pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa.

Veio a esta Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional para análise de mérito, designado pelo Presidente, coube-me a relatoria, pelo que passo a fazê-la sustentando no parecer o que segue.

É o relatório. PARECER DO RELATOR FUNDAMENTAÇÃO:

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 123

Estamos a examinar Projeto de Lei nº 365/2013, que visa tornar por Lei Estadual a Associação dos Agricultores do Distrito de Duas Barras, localizado no Município de Iconha/ES, em utilidade pública estadual.

Não restam dúvidas que o Projeto em análise tem sua importância na população rural do Município de Iconha, por se tratar de entidade que visa representar e defender o interesse dos produtores rurais na solução de seus problemas, que enquadra-se perfeitamente dentro do espírito daquelas pessoas que dependem de grande ajuda nas suas tarefas no campo, principalmente, no que diz respeito ao desenvolvimento rural sustentável e sua importância para o desenvolvimento local e a permanência dos agricultores no campo em função da preservação de seus recursos naturais.

Neste sentido o autor sustenta em sua justificativa que é de fundamental importância declarar de utilidade pública a Associação do Distrito de Duas Barras, alegando que somente com a Lei de utilidade pública a Associação poderá firmar parcerias com órgãos estaduais. No que pode se observar que os objetivos gerais estão expressos no estatuto da associação, revela a sua finalidade maior, a razão que os leva a buscar o direito de utilidade pública através de Lei Estadual.

Uma associação não anda sozinha, ela necessita de pessoas com iniciativa e compreensão, com atitudes e comportamentos que ajudem outras pessoas que atuam isoladamente, a perceber a importância de atuação em grupo, em coletividade.

A atuação da associação na representação de seus associados, por meio da participação e do exercício da cidadania, os transforma em atores políticos tirando-os da condição de pedintes sociais.

Com respaldo no que acima ficou exposto nasceu a Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, que está disciplina no art. 50-A e 276, III, do Regimento Interno – ALES.

Ao examinar atentamente o estatuto da Associação dos Produtores Rurais do Distrito de Duas Barras, verifica-se que o Projeto em análise enquadra-se perfeitamente dentro do previsto, o que nos leva a encaminhar nossa relatoria no sentido da Aprovação do Projeto de Lei 365/2013, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes.

Sendo assim, recomendamos aos demais membros desta douta Comissão de ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL , o seguinte:

PARECER N.º 05/2014

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela Aprovação do Projeto de Lei nº 365/2013, na forma do artigo 276 do Regimento Interno.

Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”, 24 de fevereiro de 2014.

RODRIGO COELHO

Presidente/Relator PAULO ROBERTO

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 410/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 377/2012 e Projeto de Lei n.º 310/2013 (apenso) Autoria do Projeto de Lei n.º 377/2012: Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo Autoria do Projeto de Lei n.º 310/2013 (apenso): Deputado Estadual Sandro Locutor Assunto: “Declara de Utilidade Pública o Instituto de Desenvolvimento Cultural, Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos) e dá outras providências.”

1. RELATÓRIO

Trata-se de projeto de lei de autoria da Mesa Diretora da ALES que visa declarar de utilidade pública o Instituto de Desenvolvimento Cultural, Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos), nos seguintes termos:

Art. 1º - Fica declarada, nos termos da Lei nº 3979, de 26 de novembro de 1987, a Utilidade Pública do Instituto de Desenvolvimento Cultural, Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos), pessoa jurídica de direito privado e interesse público, sem fins econômicos, com sede no município de Cachoeiro de Itapemirim-ES, e devidamente inscrita no CNPJ sob o nº 08.333.027/0001-08. Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

A matéria foi protocolada no dia 10/10/2012 (fl. 02) e lida no expediente da sessão ordinária do dia 15/10/2012 (fl. 02).

Ocorreu a publicação no Diário do Poder

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124 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Legislativo no dia 25/10/2012. A Diretoria de Redação juntou o estudo de

técnica legislativa de fl. 29, ofertando sugestões apenas no tocante a redação proposta sem alteração substancial do projeto de lei.

Foi solicitado pedido de diligência (fl. 30) por este Procurador, já que na documentação acostada anteriormente, não constava o balanço patrimonial atualizado do Instituto de Desenvolvimento Cultural, Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos).

Ato contínuo, a Secretaria Geral da Mesa à fl. 33, informou que a diligência solicitada foi cumprida no Projeto de Lei nº 310/2013 (apenso), contendo todos os documentos necessários para sua tramitação.

Com efeito, o presente processo legislativo foi encaminhado a esta Procuradoria para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41 do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/2009) e, distribuída a matéria, coube-me examiná-la e oferecer parecer técnico.

É o relatório. PARECER DO RELATOR

2.1 PRELIMINARMENTE

Cumpre enfatizar, que durante o lapso

temporal para se cumprir a diligência solicitada à fl. 30, foi protocolizado, pelo Ilustre Deputado Estadual Sandro Locutor, matéria de teor idêntico, o que acaba por atrair a incidência do art. 178 do Regimento Interno da ALES que aduz:

Art. 178. Havendo proposições versando sobre matérias idênticas ou correlatas, a mais nova será anexada à mais antiga, obedecendo a tramitação desta. Parágrafo Único. A anexação, se fará, de ofício, pelo Presidente da Assembleia Legislativa, ou a requerimento da comissão, ou de autor ou autores de qualquer das proposições, após parecer técnico.

Seguindo as normas regimentais, o Ilustre Presidente da ALES sugeriu o apensamento do Projeto de Lei nº 310/2013 ao Projeto de Lei nº 377/2012, por possuírem, ambos, o mesmo teor, devendo-se seguir, nesse caso, a ordem de tramitação.

2.2 CONSTITUCIONALIDADE FORMAL

Cumpre analisar no presente subtópico se as normas previstas no Projeto de Lei nº 377/2012 e seu apenso a serem introduzidas no ordenamento jurídico estatual observam o que determina a Constituição Federal e Estadual com referência ao que a doutrina e

jurisprudência veem denominando de constitucionalidade nomodinâmica. Ou seja, deve ser apurado se a lei ou ato normativo infraconstitucional não detém vício no seu processo de formação.

Segundo nos ensina José Joaquim Gomes Canotilho:

Os vícios formais [...] incidem sobre o acto normativo enquanto tal, independentemente do seu conteúdo e tendo em conta apenas a forma da sua exteriorização; na hipótese inconstitucionalidade formal, viciado é acto, nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na forma final.1

Dentro do panorama de distribuição de competências erigido pela CF/1988, em seu especial com base no que determina o princípio federativo estabelecido expressamente em seus arts. 1º2 e 253, tem-se que a autonomia legislativa de cada ente federativo é assegurada nos termos da Carta da República desde que atendidos os seus preceitos e princípios.

Nesse sentido, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, in verbis:

Os Estados-membros organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem (CF, art. 25), submetendo-se, no entanto, quanto ao exercício dessa prerrogativa institucional (essencialmente limitada em sua extensão), aos condicionamentos normativos impostos pela Constituição Federal, pois é nesta que reside o núcleo de emanação (e de restrição) que informa e dá substância ao poder constituinte decorrente que a Lei Fundamental da República confere a essas unidades regionais da Federação. Doutrina. Precedentes4. (original sem grifo)

Conclui-se do exposto que a República Federativa do Brasil adotada o modelo federativo em que é impreterível que haja simetria entre o que determina a CF/1988 e a CE/1989. Assim, se porventura norma infra legal federal ou estadual for díspar em relação ao que determina a Carta Cidadã, estaremos diante de uma lei inconstitucional.

À luz do que se extrai do objeto da proposição legislativa, nota-se que a matéria afeta é afeta ao Estado do Espírito Santo uma vez que a declaração de utilidade pública é um ato de liberalidade da Administração Pública Estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no citado art. 25, § 1º, da

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 125

Constituição Federal. Com efeito, tem-se que o Estado do Espírito Santo tem competência legislativa para tratar da matéria.

Em idêntica diretriz, observa-se que o projeto de lei não cria obrigação, cargos, funções ou empregos públicos, aumenta a remuneração dos servidores ou mesmo altera a organização administrativa dos demais Poderes. Destarte, apresenta-se plenamente possível que a Mesa Diretora inicie o presente processo legislativo nos termos do disposto no art. 2º5 c/c art. 616, todos da CF/1988 e, por simetria, aos arts. 177 e 638, todos da CE/1989.

No tocante a espécie normativa adequada à matéria, em respeito ao princípio constitucional do paralelismo das formas, observa-se que o Projeto de Lei nº 377/2012 e seu apenso visam declarar de utilidade pública o Instituto de Desenvolvimento Cultural, Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos), não se amoldado às hipóteses previstas no disposto no art. 68, parágrafo único9 da CE/1989. Assim, deve a matéria ser objeto de lei ordinária sendo a proposição constitucional neste aspecto.

No que diz respeito ao regime inicial de tramitação da matéria, do quórum para sua aprovação e do processo de votação a ser utilizado, o referido Projeto de Lei deve seguir o procedimento especial, conforme preceitua o artigo 148, inciso III do Regimento Interno (Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009), in verbis:

Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: [...] III - especial.

Ademais, a aprovação da matéria deve se seguir a competência prevista nos termos do art. 276, inc. III, do Regimento Interno da ALES, combinado com o art. 60, § 2º, inciso XI, da Constituição Estadual. Portanto, o quórum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo processo de votação são os estabelecidos no artigo 277, § 1º, do mesmo Regimento Interno da ALES que aduz “o projeto de lei será aprovado pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão, em votação nominal”.

2.3 CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL

A análise da constitucionalidade material se

refere à matéria, ao conteúdo do ato normativo, não podendo projeto de lei violar regras ou princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Portanto, não interessa averiguar, neste momento, o procedimento de elaboração da espécie normativa, mas, de fato, o seu conteúdo.

Conforme leciona Luís Roberto Barroso:

[...] a inconstitucionalidade material expressa uma incompatibilidade de conteúdo, substantiva entre a lei ou ato normativo e a Constituição. Pode traduzir-se no confronto com uma regra constitucional – e.g., a fixação da remuneração de uma categoria de servidores públicos acima do limite constitucional (art. 37, XI) – ou com um princípio constitucional, como no caso de lei que restrinja ilegitimamente a participação de candidatos em concurso público, em razão do sexo ou idade (art. 5º, caput, e 3º, IV), em desarmonia com o mandamento da isonomia. O controle material constitucionalidade pode ter como parâmetro todas as categorias de normas constitucionais: de organização, definidoras de direitos e programáticas.10 (original sem grifo ou destaque)

Analisando a matéria, infere-se que inexiste qualquer inconstitucionalidade material no que tange à vigência da lei no tempo, pois, a vigência da proposição ocorrerá a partir de sua publicação, não se pretendendo sua retroatividade.

Por derradeiro, por não violar o princípio da isonomia ou pretender desconstituir ato jurídico “já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou”, modificar “decisão judicial de que já não caiba recurso”, ou mesmo desrespeitar “direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem”, não há falar em violação ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou ao direito adquirido, motivo pelo qual inexiste violação ao art. 5º, XXXVI, da Constituição da República, tampouco a princípios, direitos e garantias previstos na Carta Magna.

Ademais, tem-se que o presente projeto de lei e o seu apenso não visam alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação na lei no tempo.

2.3 JURIDICIDADE E LEGALIDADE No que se refere à juridicidade, estabelece o

Ato nº 2.517/2008 que deve ser analisado se a proposição preenche os demais requisitos previstos no Regimento Interno ou em legislação específica para a sua elaboração.

Neste prisma, a proposição em exame está em consonância com o Regimento Interno desta Assembleia Legislativa, em especial com as normas

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126 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

constantes dos arts. 142 a 144. No tocante ao aspecto da legalidade, o

Projeto deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87 (alterada pelas Leis nsº. 7.822/04, 8.120/05 e 8.802/08), que dispõe em seu art. 1º, in verbis:

Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I – personalidade jurídica há mais de dois anos – através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II – efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto; (NR) III – não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto – através do balanço anual; IV - registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social – CONEAS. (NR)

Desta forma, pode-se afirmar que o presente

Projeto de Lei e seu apenso guarda observância à norma estadual específica. Assim, os requisitos estabelecidos nos inciso I, II, III e IV da Lei em referência, estão devidamente cumpridos, conforme comprovam, respectivamente, os seguintes documentos:

1. Cópia do estatuto social da entidade nas fls. 06-15 do Projeto de Lei nº 310/2013 (apenso) ; 2. Certidão expedida em 24 de setembro de 2013 pelo Cartório de 1º Ofício de Cachoeiro de Itapemirim, certificando a personalidade jurídica do Instituto

de Desenvolvimento Cultural, Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos), nas fls. 04-05 do Projeto de Lei nº 310/2013 (apenso). O mencionado registro comprova personalidade jurídica há mais de dois anos; 3. Atestado de Funcionamento expedido pelo Prefeito do Município de Cachoeiro de Itapemirim, na fl. 16 do Projeto de Lei nº 310/2013 (apenso), atestando o regular funcionamento da entidade há mais de 02 (dois) anos e atestado de funcionamento expedido pelo Juiz de Direito Diretor do Fórum, na fl. 17 do Projeto de Lei nº 310/2013 (apenso), atestando o regular funcionamento da entidade há mais de 02 (dois) anos. 4. Balanço patrimonial/anual nas fls. 31-33 do Projeto de Lei nº 310/2013 (apenso), que comprova a não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto; 5. Comprovante de inscrição no conselho municipal de assistência social de Cachoeiro de Itapemirim na fl. 34 do Projeto de Lei nº 310/2013.

Pelo exposto, conclui-se pela juridicidade e

legalidade do projeto de lei e seu apenso.

2.4 TÉCNICA LEGISLATIVA No que se refere à técnica legislativa, o Ato

nº 2.517/2008, em seu art. 9º, V, determina a verificação do atendimento aos preceitos da Lei Complementar Federal nº 95/1998 e suas alterações, concluindo pela adoção ou não do estudo técnico realizado na Diretoria de Redação.

Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a sua estruturação, artigo 3º, sua articulação e redação, respectivamente os artigos 10 e 11 todos da Lei Complementar nº 95/98.

Atendidas as regras do art. 7º da LC nº 95/1998, pois a matéria tratada não está disciplinada em outro diploma normativo, a proposição não contém matéria estranha ao seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou conexão, o âmbito de aplicação da lei está estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o conhecimento técnico ou científico da área respectiva, e o mesmo

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 127

assunto não está sendo disciplinado por mais de uma lei.

No mais, conforme se denota das fl. 29 do Projeto de Lei nº 377/2012, a Diretoria de Redação – DR, a quem compete oferecer sugestões e opinar sobre a matéria, já efetuou as correções devidas na redação do referido Projeto de Lei, com as quais estou de acordo, opinando-se pela adoção do estudo técnico.

Pelo exposto, a proposição possui boa técnica legislativa.

Isto posto, sugerimos aos nobres pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 410/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO, na forma do art. 41, I, do Regimento Interno, é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do projeto de lei nº 377/2012 e do projeto de lei nº 310/2013 (apenso), o primeiro de autoria da Egrégia Mesa Diretora da ALES e o segundo de autoria do Ilustre Deputado Estadual Sandro Locutor, com fundamentos no art. 2º11 c/c art. 6112, todos da CF/1988 e, por simetria, aos arts. 1713 e 6314, todos da CE/1989 e na legislação infraconstitucional, devendo seguir sua regular tramitação nesta Casa Legislativa, ressaltando que o projeto de lei nº 377/2012 começou a tramitar anteriormente, devendo, portanto, prevalecer, em atendimento a norma do art. 178 do Regimento Interno da ALES.

Plenário Rui Barbosa, 03 de dezembro de

2013.

ELCIO ALVARES Presidente

CLAUDIO VEREZA Relator

SANDRO LOCUTOR GILSINHO LOPES LUZIA TOLEDO

1 CANOTILHO, J.J. Gomes. Direito constitucional e teoria da Constituição, 6. ed. rev. Coimbra: Almedina, 1993. 2 Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos. 3 Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 4 Supremo Tribunal Federal - ADI 507 / AM - AMAZONAS - Relator: Min. CELSO DE MELLO - Data do Julgamento: Julgamento: 14/02/1996 - Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Data da publicação: DJ

08-08-2003 PP-00085. 5 Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 6 Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 7 Art. 17. São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 8 Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição. 9 Art. 68. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos membros da Assembleia Legislativa e receberão numeração sequencial distinta da atribuída às leis ordinárias. Parágrafo único. São leis complementares, entre outras de caráter estrutural, as seguintes: I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo ou aumento de sua remuneração; II - fixação ou modificação do efetivo da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar; III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo; IV - servidores públicos do Poder Executivo, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade; V - organização do Ministério Público, da Procuradoria Geral do Estado e da Defensoria Pública; VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo. 10 Barroso, Luís Roberto. O controle de constitucionalidade no direito brasileiro. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, p. 29. 11 Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 12 Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. 13 Art. 17. São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 14 Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao

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128 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 03/2014

Projeto de Lei n.º: 377/2012 de autoria da Egrégia Mesa Diretora Projeto de Lei n.º: 310/2013 de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Sandro Locutor (em apenso) Assunto: “Declara de Utilidade Pública o Instituto de Desenvolvimento Cultural Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos) e dá outras providências”.

I – RELATÓRIO

Trata-se de projeto de lei de iniciativa da Egrégia Mesa Diretora desta Casa de Leis e do Excelentíssimo Senhor Deputado Sandro Locutor, que apresenta o seguinte assunto: declara de utilidade pública o Instituto de Desenvolvimento Cultural Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos) e dá outras providências.

A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício de juízo de delibação que lhe impõe o art. 120 do Regimento Interno – Resolução nº 2.700/2009, proferiu o despacho da fl. 02, em que admitiu a tramitação da proposição entendendo, a priori, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou um dos demais vícios previstos na norma regimental.

Documentação anexada aos presentes autos (fls. 04/26).

A Diretoria de Redação elaborou estudo (fl. 29).

Procurador designado emitiu despacho à fl. 30.

Documentação juntada às fls. 31/32. Parecer da Procuradoria desta Casa de Leis

(fls. 35/43) pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa.

A matéria foi analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, na qual recebeu o Parecer nº 410/2013 pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa (fls. 57/67).

Neste momento, compete à Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional o exame da presente proposição, em razão do que disciplina o art. 50-A do Regimento Interno desta Casa Legislativa.

É o relatório.

II – PARECER DO RELATOR

A presente propositura tem por finalidade

declarar de Utilidade Pública o Instituto de Desenvolvimento Cultural Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos) e dá outras providências.

A análise das proposições importa na verificação de pertinência meritória no que tange a seu objeto, com fulcro no campo de atuação desta Comissão, mormente, delineada pelo que dispõe o art. 50-A do Regimento Interno. Vejamos:

Art. 50-A. À Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional compete opinar sobre: I - assuntos inerentes à política de Assistencial Social, Segurança Alimentar e Nutricional; II - acompanhamento da implementação e consolidação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS; III - ações voltadas para o combate às causas da miséria e da fome no âmbito do Estado do Espírito Santo; IV - ações que garantam mobilização e racionalização no uso dos recursos disponíveis; V - campanhas de conscientização da opinião pública, visando articular a união de esforços; VI - projetos que visem estudo e acompanhamento permanente de temas fundamentais na área de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional.

Com esse específico mister, cabe destacar que a justificativa revela importante informação, principalmente quando destaca que (fl. 03):

Tendo em vista a relevância dos serviços sociais prestados pelo Instituto de Desenvolvimento Cultural, Educacional e Social do Sul do Espírito Santo (Compassos), sediado no município de Cachoeiro de Itapemirim. E, em valorização à atenção prestada pelo Instituto à coletividade capixaba, especialmente na promoção da assistência social, educação, segurança alimentar, saúde, entre outros, de forma gratuita e desinteressada. Apresentamos o presente Projeto de Lei que reconhece a Utilidade Pública Estadual da referida instituição e contamos com o apoio dos ilustres pares para a aprovação do mesmo.

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 129

Neste sentido, conclui-se que a proposição legislativa atende prontamente a análise de mérito concernente ao dispositivo retrocitado, haja vista que a declaração de utilidade pública potencializará a prestação dos serviços institucionais.

Diante do exposto, somos pela adoção do seguinte:

PARECER N.º 03/2014

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA

SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 377/2012 de autoria da Ilustre Mesa Diretora desta Casa de Leis, e do Projeto de Lei n.º: 310/2013 de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Sandro Locutor, na forma do art. 276 do Regimento Interno.

Plenário “Deputada Judith Leão Castello

Ribeiro”, 24 de fevereiro de 2014.

RODRIGO COELHO Presidente/Relator

PAULO ROBERTO O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 19/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 417/2013 Autora: Deputada Estadual Solange Lube Ementa: “Declara de utilidade pública o Projeto Social Coração Aberto, situado no Município de Viana/ES”.

RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 417/2013, de autoria da Deputada Solange Lube, tem em sua ementa a seguinte redação: “Declara de utilidade pública o Projeto Social Coração Aberto, situado no Município de Viana/ES”.

Em sua justificativa, a autora assevera que o referido projeto tem como meta o combate às injustiças sociais; a realização de atendimento na área da assistência social, de forma temporária, às pessoas em situação de risco; defender a existência e, se possível, indicar profissionais para ministrarem aula de educação cristã nas escolas; adquirir e distribuir,

considerando sua finalidade, literatura cristã em geral nos órgãos públicos; desenvolver ações, dentro de suas finalidades, por meio de parcerias ou convênios com associações, igrejas, sindicatos, órgãos governamentais ou instituições do gênero.

Outro destaque relevante justificado foi a do objetivo de proporcionar o apoio, a criação, conservação, o mantimento, a fiscalização e administração de ações favoráveis ao meio ambiente, recursos hídricos, fauna e flora, com a finalidade de garantir a sobrevivência humana; buscar recursos financeiros para desenvolver programas, bem como liderar e apresentar programações nas áreas sociais, culturais e espirituais; combater a desnutrição, apoiando, criando, mantendo e administrando cozinhas didáticas e populares, como também fornecer alimentos através de restaurantes populares, refeitórios sociais e sistema de distribuição de volante; reivindicar direitos das pessoas da terceira idade e das pessoas portadoras de deficiência; bem como auxiliar, ajudar e executar campanhas sociais e culturais dos Governos Municipal, Estadual e Federal.

A matéria foi protocolada em 03 de dezembro de 2013, lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 04 de dezembro de 2013, encaminhada à Procuradoria para exame e parecer, na forma do disposto no art. 121 do Regimento Interno (Resolução n° 2.700/09).

E, após, o Projeto de Lei veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, I, do Regimento Interno (Resolução n° 2.700/09).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR

DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, DA JURIDICIDADE, DA LEGALIDADE E DA TÉCNICA LEGISLATIVA.

O Projeto de Lei nº 417/2013, de autoria da

Deputada Solange Lube, tem em sua ementa a seguinte redação: “Declara de utilidade pública a Projeto Social Coração Aberto, situado no Município de Viana/ES”.

Sob o prisma da constitucionalidade, a propositura encontra-se ancorada no permissivo constitucional disposto no art. 25, § 1º, da CRFB, eis que trata de matéria de competência legislativa remanescente, conforme transcrevemos a seguir:

“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados às

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130 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”.

Ademais, verificamos pela exegese das

regras constitucionais contidas nos arts. 55 e 56, que a propositura está em consonância com a Carta Estadual, e que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a lei ordinária, conforme dispõe o art. 61, III, da Constituição Estadual.

Quanto à iniciativa da matéria em apreço, encontra amparo no art. 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelece a iniciativa concorrente para legislar.

“Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.”

No que tange ao aspecto da

constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que a apreciação jurídica da matéria, é de competência da Comissão de Justiça, Serviço Público e Redação, nos termos do art. 41, I, do RI. No entanto, a votação terminativa de Projetos de Lei que versem sobre declaração de utilidade pública é da competência da Comissão de Assistência Social Segurança Alimentar e Nutricional, na forma do art. 276, III, do RI, sendo sua aprovação pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão, em votação nominal, conforme dispõe o art. 277, § 1º do RI e sua tramitação será especial, na forma do art. 148, III, do mesmo Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09).

O Projeto deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87, alterada pelas Leis nºs. 7.822/04, 8.120/05 e 8.802/08; que dispõe em seu art. 1º, in verbis:

“Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I – personalidade jurídica há mais de dois anos – através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II – efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade – através de documento expedido pelo Juiz de direito, pelo representante do Ministério Público

Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e copia do estatuto; (NR) III – não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto – através do balanço anual; IV - registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social – CONEAS. (NR) §1º – O serviço desinteressado e gratuito à coletividade, a que se refere o inciso II deste artigo, será o prestado nas áreas educacional, cultural e artística, médica e de assistência social ou qualquer outra, desde que de natureza filantrópica e em caráter geral e indiscriminado. § 2º Não será exigido o requisito contido no inciso IV às entidades que não atuem na área de assistência social. (Incluído pela Lei nº 8.120, de 2005). § 3º Quando se tratar de sociedade civil, associação ou fundação que exerça atividade rural, o atestado de funcionamento referido no inciso II deste artigo poderá ser expedido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - INCAPER ou por sindicatos de trabalhadores que atuem na respectiva atividade. (Incluído pela Lei nº 8.802, de 2008).

Assim sendo, podemos asseverar que o

presente Projeto está em perfeita sintonia com a norma estadual específica, atendendo os requisitos estabelecidos nos incisos I, II, III, § 1º e § 3º do art. 1º, da lei supracitada, conforme comprovam os documentos colacionados aos autos às fls. 04/21.

Ademais, sob o aspecto da constitucionalidade material (conteúdo, substância da norma), o Projeto encontra consonância com os preceitos norteadores do direito positivo previstos constitucionalmente e simetricamente nas leis infraconstitucionais, bem como no regramento constante do Regimento Interno desta Casa de Leis.

No que se refere aos preceitos mencionados vale destacar o Princípio da Unidade Constitucional para tornar mais claro a aplicação da dimensão do peso e importância dos princípios constitucionais estabelecidos como cláusulas pétreas (art. 60, § 4º, IV e art. 5º da CF). Na temática atinente aos direitos e garantias fundamentais, os princípios constitucionais

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 131

quando se confrontam devem ser conciliados, in casu, o princípio da livre iniciativa e o princípio da isonomia, segue-se como consequência lógica que este último condiciona o exercício do primeiro, atuando como limite estabelecido pela própria Lei Maior para impedir excessos e abusos.

Asseveramos, portanto, a compatibilidade da proposição e o respeito às normas, os princípios e os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal, porém outros princípios se encontram dispersos em todo texto constitucional, dentre esses direitos são os ditos direitos de natureza análoga aos direitos, liberdades e garantias previstos.

Esses princípios podem formular-se assim: o cidadão deve poder confiar em que aos atos ou as decisões públicas incidentes sobre os seus direitos, posições jurídicas e relações, praticados de acordo com as normas jurídicas vigentes, ligam-se os efeitos jurídicos duradouros, previstos ou calculados com base nessas mesmas normas e apontam basicamente para: A) a proibição de leis retroativas; B) inalterabilidade do caso julgado; C) a tendencial irrevogabilidade dos atos administrativos constitutivos de direitos. São, pois, respectivamente, os conhecidos: Direito Adquirido, Coisa Julgada e Ato Jurídico Perfeito, magistralmente definidos e conceituados pelo mestre Canotilho1.

Desta forma, podemos asseverar que a propositura não atinge Direito Adquirido, o Ato Jurídico Perfeito ou Coisa Julgada, eis que a novidade normativa ora em análise não atingirá a segurança jurídica imposta na pedra angular constitucional.

Com relação à vigência da lei no tempo, a proposta legislativa atende o requisito legal consoante dispõe o art. 8º da Lei Complementar nº 95/98 que diz: “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “Entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão”.

Com relação à técnica legislativa, constata-se que a Diretoria Legislativa de Redação – DLR sugeriu alterações no texto da propositura, atendendo assim o que dispõe a Lei Complementar Federal nº 95/1998, com alterações introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001, que regem sobre as redações normativas.

Insta frisar que acolhemos, de forma positiva e integral, o estudo técnico realizado pela Diretoria de Redação – DR – constante à fl. 24 dos autos.

Por todo o exposto, concluímos pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 417/2013, de autoria da Deputada Solange Lube, razão pela qual sugerimos aos demais Pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 19/2014

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 417/2013, de autoria da Deputada Solange Lube.

Plenário Rui Barbosa, 04 de fevereiro de

2014.

ELCIO ALVARES Presidente

LUZIA TOLEDO Relatora

CLAUDIO VEREZA SANDRO LOCUTOR

1 Gomes Canotilho, Direito Constitucional, p. 363/365.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 06/2014

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 417/2013 Autor: Solange Lube Ementa: “Declara de utilidade pública o Projeto Social Coração Aberto, situado no Município de Viana/ES”.

RELATÓRIO

O Projeto de Lei de nº 417/2013, de autoria da Deputada Estadual Solange Lube, que tem como finalidade declarar de utilidade pública Projeto Social Coração Aberto, situado no Município de Viana/ES, encaminhado a Comissão de Assistência Social, Segurança e Nutricional, para receber parecer.

O Projeto de Lei nº 417/2013, foi publicado no Diário do Poder Legislativo no dia 18 de dezembro de 2013, (fls.36/37); foi a Diretoria de Redação onde recebeu pequenas correções, as quais adoto, incorporando-as ao parecer.

Como se pode observar na justificativa a autora faz uma explanação sucinta mais objetiva dando conta das razões da proposição, as quais atende a finalidade do Projeto de Lei em comento.

A documentação necessária para a tramitação, avaliada no parecer emitido pelo Relator designado na Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, não merece qualquer observação. Onde, ainda, recebeu parecer de nº19/2014, pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, (fls.40/44).

Veio a esta Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional para análise de mérito, designado pelo Presidente, coube-me a relatoria, pelo que passo a fazê-la sustentando no parecer o que segue.

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132 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

É o relatório.

PARECER DO RELATOR FUNDAMENTAÇÃO: Estamos a examinar Projeto de Lei nº

417/2013, que visa tornar por Lei Estadual o, Projeto Social Coração Aberto, situado no Município de Viana/ES, em utilidade pública.

Não restam dúvidas que o Projeto em análise tem sua importância na população carente do Município de Viana, que enquadra-se perfeitamente no capítulo dos direitos fundamentais.

É bom relembrar que os direitos fundamentais enquanto expressão de direitos do ser humano, reconhecidos e positivados lançam suas raízes históricas nas declarações, e cartas socais elaboradas a partir do século XIII.

O Estado brasileiro é um Estado Social Democrático de Direito, visto que garante direitos e garantias fundamentais. Encontra-se esta forma de Estado, já no preâmbulo da Constituição de 1988.

O Professor José Afonso da Silva conceitua direitos sociais como: “Dimensão dos direitos fundamentais do homem, são prestações positivas, enunciadas em normas constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida dos mais fracos, direitos que tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais. São, portanto, direitos que se conexionam com o direito de igualdade. Valem como pressuposto do gozo dos direitos individuais na medida em que criam condições materiais mais propícias ao auferimento da igualdade real, o que, por sua vez, proporciona condição mais compatível com o exercício efetivo da liberdade.”(José Afonso da Silva. Curso de Direito Constitucional Positivo, 9ª ed.São Paulo:Malheiros, 1993,p.258.)

Com respaldo no que acima ficou exposto nasceu a Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, que está disciplina no art. 50-A e 276, III, do Regimento Interno – ALES.

Ao examinar atentamente o Estatuto do Projeto Coração Aberto, verifica-se que o mesmo enquadra-se perfeitamente dentro da tese do Professor José Afondo da Silva, o que nos leva a encaminhar nossa relatoria no sentido da Aprovação do Projeto de Lei 417/2013, de autoria da Deputada Estadual Solange Lube.

Sendo assim, recomendamos aos demais membros desta douta Comissão de ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL , o seguinte:

PARECER N.º 06/2014

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela Aprovação do Projeto de

Lei nº 417/2013, na forma do artigo 276 do Regimento Interno.

Plenário “Deputada Judith Leão Castello

Ribeiro”, 24 de fevereiro de 2014.

RODRIGO COELHO Presidente/Relator

PAULO ROBERTO

(Comparece a Senhora Deputada Luzia Toledo)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal.

Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA MESA DIRETORA

REQUERIMENTO DE URGÊNCIA N.º 15/2014 Senhor Presidente:

Os Deputados abaixo assinados, no uso de

suas prerrogativas regimentais, requer a V. Exª, depois de ouvido o Plenário, REGIME DE URGÊNCIA, para o Projeto de Lei nº 042/2014, oriundo de Mensagem do Tribunal de Justiça, que altera os artigos 4º, 6º e 8º da Lei nº 9.974/2013, que dispõe sobre dispõe sobre o Regimento de Custas.

Palácio Domingos Martins, 25 de fevereiro

de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1º Secretário

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Em discussão o Requerimento de Urgência n.o 015/2014, que acaba de ser lido. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovado. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 133

DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 105/2014

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria:

CRIAÇÃO DE UMA DELEGACIA DE TÓXICOS E ENTORPECENTES NO MUNICÍPIO DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM.

Sala das Sessões, 24 de fevereiro de 2014.

GLAUBER COELHO

Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

A criação dessa delegacia se faz necessária para oferecer mais segurança com o propósito de ajudar a combater com mais eficácia o tráfico de drogas em toda a Região Sul do Estado do Espírito Santo.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Em discussão a Indicação n.º 105/2014, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 106/2014

Senhor Presidente: O Deputado infra-assinado, no uso de suas

prerrogativas constitucionais e regimentais, especialmente a prevista no art. 174 do Regimento Interno, requer à Presidência da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, depois de ouvido o Plenário, que seja encaminhada ao Exmº Governador do Estado do Espírito Santo, Sr. Renato

Casagrande, com cópia ao Exm° Secretário Estadual de Esporte a seguinte Indicação:

- Na qualidade de Deputado Estadual eleito mais votado em Marataízes e em atenção ao pedido do vereador Aécio Melchiades de Souza, tomamos a liberdade de solicitar que seja analisada, por especial gentileza, a possibilidade de formalização de convênio com a Prefeitura Municipal de Marataízes para realização das seguintes obras: I - Projeto Praça Saudável e Campo Bom de Bola no Pontal da Barra, o terreno já encontra-se disponível com as ruas devidamente calçada. II - Iluminação, ampliação e melhoramento da arquibancada do campo de futebol Ipiranga na Barra, obra orçada em R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais).

Palácio Domingos Martins, 24 de fevereiro

de 2014.

THEODORICO FERRAÇO Deputado Estadual

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Em discussão a Indicação n.º 106/2014, que acaba de ser lida. (Pausa)

Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão.

Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. O SR. DARY PAGUNG – Senhor

Presidente, pela ordem! Comunicamos que a Comissão de Finanças aprovou a vinda do Secretário de Estado da Fazenda, Senhor Maurício Duque a esta Casa, para ser ouvido na Comissão, no próximo dia 10, às 13h, neste Plenário.

(Comparece a Senhora Deputada Lúcia Dornellas)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (ROBERTO

CARLOS) – Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que não há mais Expediente a ser lido.

* EXPEDIENTE PUBLICADO CONFORME CÓPIAS ENVIADAS PELOS RESPECTIVOS SETORES DE ORIGEM.

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134 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Não havendo mais Expediente a ser lido, submeterei ao Plenário o requerimento do Senhor Deputado Euclério Sampaio, feito anteriormente, que pede a supressão da fase das Comunicações.

Em votação o requerimento. Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovado, contra dois votos. Aprovado contra os votos dos Senhores

Deputados Doutor Hércules e Sandro Locutor.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – Senhor Presidente, pela ordem! Peço a palavra para justificação de voto.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. DOUTOR HÉRCULES – (Sem

revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, com a maxima venia, venho à tribuna para justificar o meu voto contra a supressão da fase das Comunicações. Este é um Parlamento; é a Casa de falar sobre as questões que estão acontecendo hoje, principalmente sobre a matança no trânsito, que se avoluma a cada dia com relação à combinação álcool e direção.

Não se trata de ficar contra nenhum projeto, trata-se de defender o meu direito de falar, porque cheguei às 8h15min e vim cedo para tentar falar. Então, suprimindo a minha fala, suprime-se a fala do cidadão que está morrendo no trânsito, vitimado por malucos, por assassinos que andam com carro matando os outros.

Assistimos, inclusive, agora - e é um projeto nosso, uma indicação nossa, à qual pedimos aos Deputados Federais e aos Senadores que a olhem com carinho, que se faça em Brasília uma lei que não se pode fazer nesta Casa, a fim de que se faça o teste de alcoolemia nos acidentados de veículos que chegam aos hospitais, porque acabamos de assistir ontem, a uma decisão que um juiz deu – o juiz tem suas razões de dar a decisão. O teste de alcoolemia foi feito vinte horas depois do acidente. Vinte horas depois já foi! Diremos o termo que se usa na medicina, Senhor Deputado Nilton Baiano, já saiu pela urina. O álcool já foi embora pela urina. É preciso que seja feito este teste de alcoolemia na hora que o acidentado chegar ao hospital. Que colham este sangue e encaminhem ao IML para que façam o teste de alcoolemia. Este exame deve ficar no local até como prova para aquele que não bebeu mostrar que aconteceu o acidente, mas que não bebeu.

Não queremos apenas penalizar as pessoas, mas também absolver aquele que não bebeu. Fazer um teste vinte horas depois do acidente acorrido é brincadeira com a população, principalmente com a

população responsável, que bebe e não dirige. Não queremos proibir os senhores de beber.

Podem beber! Mas se beber vá de táxi, de carona ou de ônibus, mas nunca dirigindo e matando os outros. É o que precisamos falar nesta Assembleia Legislativa. É o que precisamos fazer.

Votamos contra a supressão da fase das Comunicações e não contra algum colega ou nada. Votamos a favor de continuar falando, porque chegamos às 8h15min e queremos que V. Ex. as e a população vigiem quem sai por último deste Plenário. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Passa-se à Ordem do Dia.

Discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei n.º 12/2014, oriundo da Mensagem Governamental n.º 12/2014, que autoriza o Poder Executivo a doar à SUPPIN - Superintendência de Projetos de Polarização Industrial, dois terrenos rurais medindo, respectivamente, 47.720,00m² e 47.750,54m², situados no lugar denominado “Córrego Santa Filomena”, no Distrito Sede, Município de Vila Pavão. Publicado no DPL do dia 05/02/2014. Pareceres orais da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade, da Comissão de Cidadania e da Comissão de Agricultura, da Comissão de Infraestrutura e da Comissão de Finanças, todos pela aprovação. (A Presidência vem informar que o Projeto de Lei nº 12/2014, foi discutido e aprovado na Sessão Ordinária de terça-feira passada, dia 18/02, sem a apreciação da Emenda nº 01/2014, apresentada pelo Deputado Elcio Alvares. Por este motivo, a proposição será novamente apreciada pelo Plenário. Antes, porém, devemos providenciar o respectivo opinamento das Comissões Permanentes sobre a emenda apresentada). Após as Comissões de Justiça, de Cidadania e de Agricultura, relatarem a emenda pela sua constitucionalidade e aprovação, na Comissão de Infraestrutura, o Deputado Marcelo Santos se prevaleceu do prazo regimental para relatar a emenda na Sessão Ordinária do dia 24/02/14. (Prazo até o dia 10/03/2014).(Comissões de Infraestrutura e de Finanças).

Concedo a palavra à Comissão de Infraestrutura, para que esta ofereça parecer oral à emenda.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (MARCELO SANTOS) – Convoco os membros da Comissão de Infraestrutura, Senhores Deputados Euclério Sampaio, Jamir Malini, Genivaldo Lievore, Dary Pagung e José Esmeraldo.

Informo aos Senhores Deputados que na sessão ordinária do dia 24 de fevereiro de 2014 me prevaleci do prazo regimental para relatar o projeto, o que passarei a fazer neste momento. (Pausa)

Senhores membros da Comissão de Infraestrutura, trata-se do Projeto de Lei n.º 12/2014, que autoriza o Poder Executivo a doar à SUPPIN -

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 135

Superintendência de Projetos de Polarização Industrial, dois terrenos rurais medindo, respectivamente, 47.720,00m² e 47.750,54m², situados no lugar denominado “Córrego Santa Filomena”, no Distrito Sede, Município de Vila Pavão.

Na verdade, o que estamos analisando na Comissão de Infraestrutura é a Emenda n.º 01/2014, de autoria do Líder do Governo, Ex-Ministro Elcio Alvares, que acrescenta o art. 4.º ao Projeto de Lei n.º 12/2014, oriundo da Mensagem Governamental n.º 12/2014, com a seguinte redação:

Art. 4.º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Era o que faltava para que a devida matéria

pudesse atender a contento aos requisitos de uma lei legal.

O nosso parecer não poderia ser diferente, Senhor Deputado Roberto Carlos, que muito me emociona V. Ex.ª atentamente estar analisando a discussão na Comissão de Infraestrutura.

O nosso parecer é pela aprovação da Emenda n.º 01/2014, de autoria do ilustre Líder do Governo, Senhor Deputado Elcio Alvares. (Muito bem!) (Pausa)

Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – Com o

relator.

O SR. JAMIR MALINI – Com o relator.

O SR. GENIVALDO LIEVORE – Com o relator.

O SR. DARY PAGUNG – Com o relator.

O SR. JOSÉ ESMERALDO – Com o

relator.

O SR. MARCELO SANTOS – Senhor Presidente, a emenda foi aprovada à unanimidade pela Comissão de Infraestrutura.

Devolvo a emenda à Mesa. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – Senhor

Presidente, pela ordem! Tendo em vista à importância para o Estado do Espírito Santo o projeto que pretendemos votar, que dá acesso à Justiça a todo cidadão, requeiro a V. Ex.ª a supressão o Grande Expediente, para que possamos, imediatamente, convocar uma sessão extraordinária, onde poderemos falar à vontade e expressar nossa opinião. Peço a compreensão dos nobres colegas Deputados, pois ninguém mais do que eu gosta de falar, mas temos de

abrir mão de algo em prol da sociedade.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – É regimental.

Em votação o requerimento. Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovado, contra um voto. Concedo a palavra à Comissão de Finanças,

para que esta ofereça parecer oral à emenda. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – Convoco os membros da Comissão de Finanças, Senhores Deputados Euclério Sampaio, José Esmeraldo, Lúcia Dornelas, Luzia Toledo, Jamir Malini e Sando Locutor.

Avoco a emenda para relatar. (Pausa) Senhores membros da Comissão de Finanças

a Emenda n.º 01/2014, de autoria do Senhor Deputado Elcio Alvares, Líder do Governo, diz:

Acrescenta o art. 4.º ao Projeto de Lei n.º 12/2014, oriundo da Mensagem Governamental n.º 12/2014, com a seguinte redação: Art. 4.º - Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

O nosso parecer é pela aprovação. (Muito

bem!) (Pausa) Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com o

relator. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Com o

relator. A SRª. LÚCIA DORNELLAS - Com o

relator. A SRª. LUZIA TOLEDO - Com o relator O SR. JAMIR MALINI - Com o relator. O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. DARY PAGUNG – Senhor

Presidente, o parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Finanças.

Devolvo a emenda à Mesa.

(Comparece o Senhor Deputado Glauber Coelho)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

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136 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

FERRAÇO) – Em discussão o Projeto de Lei n.º 12/2014, com emenda apresentada (Pausa)

Não havendo oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

Em votação o Projeto de Lei n.º 12/2014 com adoção da emenda apresentada.

Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa)

Aprovado. À Comissão de Justiça para redação final. Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto

de Lei n.º 332/2013, do Deputado José Esmeraldo, que dispõe sobre a obrigatoriedade de informação sobre a pontuação das infrações de trânsito cometidas e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 24/10/2013.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes. Discussão especial, em 3.ª sessão, da

Proposta de Emenda Constitucional n.º 01/2014, da Mesa Diretora e outros, que altera os incisos XIX e XX, do art. 56, da Constituição do Estado no que dispõe sobre o processo de escolha dos Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. Publicada no DPL do dia 20/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes. Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto

de Lei Complementar n.º 10/2014, oriundo da Mensagem Governamental n.º 23/2014, que altera dispositivos da Lei Complementar n.º 82/1996, que autoriza o Poder Executivo a criar o Fundo de Defesa do Consumidor. Publicado no DPL do dia 06/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes. Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto

de Lei n.º 25/2014, oriundo da Mensagem Governamental n.º 25/2014, que dá nova redação aos artigos 2º e 3º da Lei n.º 9.742/2011, que autorizou o Poder Executivo a doar ao Município de Iconha, uma área de 10.000m2 (dez mil metros quadrados), destinada à implantação do Centro de Eventos Duas Barras, bem como a construção de um galpão com câmara, para climatização e conserva de produtos perecíveis. Publicado no DPL do dia 06/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes.

Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto

de Lei n.º 17/2014, do Deputado Esmael de Almeida, que institui a Semana Cultural Evangélica no Estado e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 11/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes. Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto

de Lei n.º 21/2014, do Deputado Sandro Locutor, que cria o cadastro de dados de documentos roubados, furtados ou extraviados no Estado. Publicado no DPL do dia 14/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes. Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto

de Lei n.º 20/2014, do Deputado Sandro Locutor, que proíbe a renovação automática dos contratos para fornecimento de produtos e serviços por assinatura no Estado. Publicado no DPL do dia 14/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 3.ª sessão. Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto

de Lei n.º 31/2014, do Deputado Esmael de Almeida, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos estabelecimentos que possuam praça ou espaço próprio para alimentação, a disponibilizar local preferencial para idosos, gestantes e pessoas com deficiência e dá outras providências. Publicado no DPL do dia 18/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 3.ª sessão. Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto

de Resolução n.º 01/2014, do Deputado Doutor Hércules, que revoga os § 6º, 7º e 8º do art. 305 da Resolução n.º 2.700/2009 - Regimento Interno, que dispõe sobre licença de Deputado. Publicado no DPL do dia 11/02/2014.

Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 3.ª sessão. O SR. SANDRO LOCUTOR – Senhor

Presidente pela ordem! Apenas para informar à Mesa Diretora e aos colegas Deputados que, ontem, concluímos o relatório final da CPI da Telefonia. Acabo de assinar o relatório final com os demais

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 137

membros da Comissão, que deverá ser protocolizado ainda hoje e encaminhando à Mesa Diretora, a fim de que se encaminhe aos órgãos e compreenda as recomendações por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Agradeço à Mesa Diretora, aos colegas Senhores Deputados que aprovaram esta minha iniciativa, pois, fui o proponente desta CPI, e aprovaram à unanimidade o requerimento de nossa autoria. Agradecer o apoio que esta Casa deu para que pudéssemos realizar o trabalho. Tivemos três audiências externas nos Municípios de Guarapari; Venda Nova do Imigrante e Ibatiba com a participação de várias pessoas.

Gostaria de agradecer aos funcionários desta Casa que atuaram na Comissão, sempre propensos a nos ajudar e a nos orientar. Agradeço muito também a V. Ex.ª. Ontem, ao final dos trabalhos, saí para prestigiar a apuração do desfile das escolas de samba, pois já estávamos nos trabalhos da CPI de 08h às 13h30m. Depois fomos direto para a reunião da Mesa Diretora e posteriormente na reunião com V. Ex.ª. Quando chegamos para a sessão ordinária já estava na fase do Grande Expediente.

Muitas vezes, Senhor Presidente, alguns Senhores Deputados – como, por exemplo, o Senhor Deputado Euclério Sampaio que usa muito a palavra -, ficam descumprindo o Regimento Interno com menos de cinco Deputados no Grande Expediente. Também é descumprimento do Regimento Interno, pois, para manter a sessão no Grande Expediente tem de ter, no mínimo, cinco Senhores Deputados. Às vezes ficam dois ou três deputados na sessão fazendo um pingue-pongue, que é de direito, mas não cumprem o Regimento desta Casa.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, extraordinária, hoje, às 9h44min, para a qual designo

EXPEDIENTE: O que ocorrer.

ORDEM DO DIA: Discussão única, em

regime de urgência, do Projeto de Lei n.o 42/2014.

Está encerrada a sessão.

Encerra-se a sessão às nove horas e trinta e quatro minutos. *De acordo com o registrado no painel eletrônico, deixaram de comparecer a presente sessão os Senhores Deputados Atayde Armani, Aparecida Denadai, Claudio Vereza, Freitas, Gildevan Fernandes, José Carlos Elias, Luiz Durão, Marcos Mansur, Paulo Roberto, Rodrigo Coelho e Solange Lube.

PRIMEIRA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 26 DE FEVEREIRO DE 2014.

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, para ensejar o início da sessão, comparecem os Senhores Deputados Da Vitória, Dary Pagung, Doutor Hércules, Elcio Alvares, Esmael de Almeida, Euclério Sampaio, Genivaldo Lievore, Glauber Coelho, Jamir Malini, Janete de Sá, José Esmeraldo, Lúcia Dornellas, Luiz Durão, Marcelo Santos, Nilton Baiano, Roberto Carlos, Sandro Locutor e Theodorico Ferraço)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão.

(Assume a 1.ª Secretaria, a convite do Presidente, o Senhor Deputado Dary Pagung e a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Roberto Carlos)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Convido o Senhor Deputado Roberto Carlos a proceder à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Roberto Carlos lê Isaías, 53:05)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da décima primeira sessão ordinária, realizada em 26 de fevereiro de 2014. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata) (Comparecem os Senhores Deputados Gildevan Fernandes e Luzia Toledo)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Aprovada a ata como lida. (Pausa)

Convido o Senhor 1.º Secretário a proceder à leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO – (DARY PAGUNG) – Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que não há Expediente a ser lido.

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Não havendo Expediente a ser lido, passa-se à Ordem do Dia, razão da convocação para esta sessão extraordinária.

Discussão única, em regime de urgência, do

Projeto de Lei n.o 42/2014, oriundo da Mensagem

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138 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

s/n.º/2014, do Tribunal de Justiça, que altera os artigos 4.º, 6.º e 8.º da Lei n.o 9.974/2013, que dispõe sobre o Regimento de Custas. Publicado no DPL do dia 26/02/2014. (Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania e de Finanças)

(Comparecem os Senhores Deputados Freitas, Aparecida Denadai e Paulo Roberto)

O SR. SANDRO LOCUTOR – Senhor

Presidente, pela ordem! Cometi uma injustiça, na sessão anterior, quando disse que o Senhor Deputado Euclério Sampaio havia falado sobre um tema que não falou. Por isso, Senhor Deputado Euclério Sampaio, peço desculpas a V. Ex.ª, neste momento.

Senhor Presidente, venho também retrucar a fala do Senhor Deputado Doutor Hércules, que disse que não estavam nesta Casa de Leis Deputados com ressaca.

Primeiro, S. Ex.ª tem que saber se eu bebo. Estava dando uma entrevista para a TV Ales. Saí do Plenário para ir ao salão anexo dar uma entrevista.

Senhor Presidente, reitero que esta Casa de Leis tem sim que cumprir seu Regimento quando ao final do Grande Expediente ficam presentes dois ou três deputados que acham que têm o direito de argumentar.

Concordo, mas também tem que ser feita verificação de quorum; do contrário, utilizam a TV Ales sem ter quorum suficiente. Então, ao final das sessões, no Grande Expediente, também tem que pedir verificação de quorum para que a sessão seja mantida.

Não estou aqui para fazer demagogia. Saí do Plenário para dar uma entrevista sobre um tema que tinha mencionado neste Plenário e fui solicitado pela TV Ales. E para falar que porventura esteja de ressaca, primeiro tem que saber se de fato bebo. O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor Presidente, pela ordem! O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) - Peço aos senhores deputados que por gentileza... O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor Presidente, pela ordem! O deputado citou o meu nome... O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) - Tudo bem, concederei a palavra a V. Ex.ª, mas primeiro farei um apelo ao Senhores Deputados, pois se todo mundo pedir Questão de Ordem não adiantará pedir Reunião Extraordinária para votar uma matéria da maior importância.

Rogo, por gentileza, aos Senhores Deputados, para que votemos a matéria. Em seguida franquearemos a palavra a todos.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor

Presidente, então já que...

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – A palavra será concedida a V. Ex.ª, mas por gentileza peço que não interrompa a reunião. Faço um apelo! Questão de Ordem... O SR. DOUTOR HÉRCULES - Mas não posso... O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Senhor Deputado Doutor Hércules, V. Ex.ª será o primeiro a ter a palavra...

O SR. DOUTOR HÉRCULES – Senhor Presidente, gostaria de me defender. Do contrário V. Ex.ª estará usando dois pesos e duas medidas. O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Senhor Deputado Doutor Hércules, V. Ex.ª terá dois minutos para se defender. O SR. DOUTOR HÉRCULES – Insistirei em pedir a palavra a V. Ex.ª. O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Senhor Deputado Doutor Hércules, Tudo bem, V. Ex.ª terá dois minutos de acordo com a Questão de Ordem. O SR. DOUTOR HÉRCULES – Primeiro o seguinte: A carapuça cabe em quem couber.

Sobre a questão da ressaca, se o deputado estava presente é porque não estava de ressaca, então não há motivo algum para melindrar.

Outra coisa: é só ficar na Sessão e pedir verificação de quorum, recomposição de quorum. É só isso! Se o Regimento Interno está sendo transgredido é porque não tem nenhum deputado presente para pedir recomposição de quorum. Então, ficaremos os quatro!

Quero que os deputados realmente melindrem e fiquem presentes até o final da sessão. Isso sim é o que gostaria que fizessem. Obrigado!

(Comparecem os Senhores Deputados Claudio Vereza e Gilsinho Lopes)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) - Concedo a palavra à Comissão de Justiça, para que esta ofereça parecer oral ao projeto.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (ELCIO ALVARES) – Convoco os membros da Comissão de Justiça, Senhores Deputados Claudio Vereza, Marcelo Santos, Luzia Toledo, Sandro Locutor, Gilsinho Lopes e Lúcia Dornellas.

Avoco o projeto para relatar. (Pausa) Senhores membros da Comissão de Justiça, o

Presidente Theodorico Ferraço agiu muito bem ao convocar uma sessão extraordinária, tomando todos os cuidados regimentais para que a matéria fosse examinada e debatida com amplitude.

O Projeto de Lei n.o 42/2014 veio à Comissão

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 139

de Justiça e duas razoes me levam a avocar a sua relatoria: o fato de ser um dos advogados mais antigos da Ordem, de registro n.º 511, e por ser o presidente da Comissão de Justiça. Portanto, estou usando a Tribuna para relatar o projeto, coisa que não faço.

Senhor Presidente, senhores membros da Comissão de Justiça e eminentes Deputados, estamos convocados, em sessão extraordinária, para examinar o Projeto de Lei n.º 42/2014, de autoria do Tribunal de Justiça, que altera os artigos 4º, 6º e 8º da Lei n.º 9.974/2013, que dispõe sobre o Regimento de Custas, que foi a Mensagem s/n. º 2014.

Pela ementa já verificamos a importância pela qual o regimento de custas é essencial na aplicação da justiça, principalmente considerando o lado das partes e do trabalho advocatício. Compareço a esta tribuna, conforme falei há pouco, pela dupla condição de advogado. A minha inscrição na Ordem é a de n.º 511. É uma das mais baixas em termos de inscrição. Hoje, temos cerca de quinze mil advogados no Estado do Espírito Santo. Orgulho-me muito da minha profissão. Acredito que operei duas coisas na minha vida com muita paixão: a advocacia e a política. Houve um determinado momento em que a política venceu a advocacia e deixei meu escritório para entrar na vida pública. A partir daí, os mandatos foram sucedendo e acabei acumulando o misto de advogado e de parlamentar. Em alguns momentos o exercício de mandato permite a advocacia, e assim fi-lo com muita tranquilidade, porque o ardor do advogado não cessa nunca. Quem é advogado sabe disso.

Vivi esse momento com uma ilustração que acho importante. Na Câmara Federal, no Senado e por onde percorri na condição de elemento portador de um mandato, ocupei cargos nas comissões de justiça, sendo que no Senado tive a oportunidade de presidir talvez o processo mais importante que já passou por aquela Casa, que foi o impeachment do Presidente Fernando Collor de Mello. Fui o Presidente e o Senador Antônio Mariz foi relator. Voltando a esta Casa, o que aconteceu? Aprovamos um projeto e este projeto provocou uma repercussão ruidosa nos meios forenses, principalmente na área advocatícia. Vários colegas ponderaram sobre o novo regimento de custas. E o Tribunal de Justiça, presidido pelo Desembargador Sérgio Bizzotto, tem demonstrado muita atenção. Senhor Presidente Theodorico Ferraço e eminentes Deputados, o Presidente Sérgio Bizzotto já veio em duas ocasiões a esta Casa, sendo que em uma delas foi para trazer o projeto do regimento de custas. S. Ex.ª asseverou, naquela ocasião, que precisava manter o diálogo permanente com o Poder Legislativo, porque entendia que isso era pressuposto da sua presidência. Se apanharmos os autos, verificaremos logo na fase exordial a mensagem do Presidente Sérgio Bizzotto. Convocamos a atenção dos nobres colegas porque neste assunto, em primeiro momento, parece que não vamos analisar a constitucionalidade do projeto. O projeto já teve sua análise feita

anteriormente. Agora vamos examinar o mérito, porque o mérito na verdade diz respeito ao valor que está sendo discutido. As razões da Presidência estão às folhas logo de início. Em seguida há uma participação da Diretoria de Redação da Assembleia Legislativa que incorporamos ao nosso relatório. É um trabalho que exalta a qualidade funcional dos integrantes da Assembleia Legislativa, e nessa ocasião, houve uma adequação do projeto às necessidades processuais e parlamentares. Isso também está feito de maneira muito clara, se incorpora no artigo. Sendo assim, torno a repetir, não vamos discutir esse projeto de imediato sobre a constitucionalidade. Ela é emergente em razão de termos aprovado anteriormente o projeto que continha valores. No momento, o que estamos fazendo? E isso diz bem o Presidente Sérgio Bizzotto, estamos corrigindo valores que serão examinados por nós no mérito. Votaremos esse projeto principalmente considerando o mérito.

A ação do Presidente do Tribunal de Justiça, Senhor Sérgio Bizzotto, e de todos que participaram desse trabalho foi exemplar. Foi exemplar porque consideraram que o acesso do povo à Justiça é fundamental no regime democrático. Está na Constituição. Com essas custas bastante accessíveis, teremos o exercício pleno da Justiça que todos almejamos.

Portanto, como relator na Comissão de Justiça, aprovo o projeto, porque a constitucionalidade é repetida. Quanto ao mérito dos valores, evidentemente que o meu nobre colega, Senhor Deputado Dary Pagung, e demais integrantes da Comissão de Finanças, darão a palavra final, porque são valores fixos de importâncias traduzidas em valores de custas.

Eminentes colegas, dou pela constitucionalidade, repetindo o que fizemos no projeto anterior que agora está sendo corrigido e acato inteiramente os números apresentados, até cumprimentando o Senhor Presidente Sérgio Bizzotto. Tenho a impressão de que esses números satisfazem principalmente os advogados, que são cumpridores de seus deveres e têm cuidados no exercício permanente da advocacia e da ministração da Justiça.

Neste instante, considero as razões expostas pelo Presidente Sérgio Bizzotto na peça exordial, como integrantes do relatório, como também convoco a atenção para o estudo da Diretoria de Redação, que está às folhas que adequam o projeto à nossa realidade processual. Dessa forma, então, meu parecer é pela aprovação do projeto como enviado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, frisando mais uma vez que sua constitucionalidade é emergente desde o momento em que aprovamos o projeto anterior. Agora competirá a nós decidirmos o mérito dos valores.

No meu modo de entender, como advogado e como Deputado, o Tribunal de Justiça agiu muito bem, porque compatibilizou números com a realidade do exercício efetivo da advocacia e a ministração da

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Justiça. (Muito bem!) (Pausa) Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. CLAUDIO VEREZA - Com o relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. MARCELO SANTOS - Com o

relator. O SR. SANDRO LOCUTOR – Com o

relator, fazendo justiça ao Desembargador Sérgio Bizzotto, que tomou essa decisão acertadamente.

O SR. GILSINHO LOPES – Com o relator. A SR.ª LÚCIA DORNELLAS – Com o

relator.

O SR. ELCIO ALVARES – Senhor Presidente, o parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Justiça. Devolvo o projeto à Mesa.

(Comparece o Senhor Deputado Rodrigo Coelho)

O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Concedo a palavra à Comissão de Defesa da Cidadania, para que esta ofereça parecer oral ao projeto. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (GENIVALDO LIEVORE) – Convoco os membros da Comissão de Defesa da Cidadania, Senhores Deputados Gildevan Fernandes, Claudio Vereza, Marcelo Santos e Gilsinho Lopes. Avoco o projeto para relatar. (Pausa) Senhores membros da Comissão de Defesa da Cidadania, o Projeto de Lei n.º 42/2014 é de autoria do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. Em conformidade com o parecer da Comissão de Justiça, que foi pela sua constitucionalidade, nosso parecer será pela aprovação, em virtude do acesso à justiça ser um direito sagrado do cidadão. Após o protagonismo da OAB para que fossem revistos os valores votados no ano passado, e considerando o direito de acesso à justiça, o direito à cidadania e à democracia, relatamos pela aprovação do projeto. (Muito bem!) (Pausa) Em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. GILDEVAN FERNANDES – Com o relator. O SR. CLAUDIO VEREZA – Com o relator.

O SR. MARCELO SANTOS – Com o relator. O SR. GILSINHO LOPES – Com o relator. O SR. GENIVALDO LIEVORE – Senhor Presidente, o parecer foi aprovado à unanimidade pela Comissão de Defesa da Cidadania. Devolvo o projeto à Mesa. O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO FERRAÇO) – Concedo a palavra à Comissão de Finanças, para que esta ofereça parecer oral ao projeto. O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DARY PAGUNG) – Convoco os membros da Comissão de Finanças, Senhores Deputados Paulo Roberto, Lúcia Dornellas, Euclério Sampaio, José Esmeraldo, Luzia Toledo e Sandro Locutor. Avoco o projeto para relatar. (Pausa) Senhores membros da Comissão de Finanças, o Projeto de Lei n.º 42/2014 altera os artigos 4.º, 6.º e 8.º da Lei n.º 9.974/2013, que dispõe sobre o Regimento de Custas do Tribunal de Justiça.

Senhor Presidente, a OAB levantou alguns dados importantes, que fizeram o Pleno do Tribunal de Justiça rever alguns artigos na Lei n.º 9.974. O Presidente Sérgio Bizzotto encaminhou a esta Casa essa mensagem muito importante, principalmente para os advogados capixabas. Foram alterados o art. 4.º, o caput e o § 1.º do art. 6.º e o art. 8.º da Lei n.º 9.974, que passará a ter nova redação. É importante este projeto de lei, que esta Casa vota em regime extraordinário. O nosso parecer é pela aprovação, conforme a Comissão de Justiça, que ofereceu parecer pela constitucionalidade. (Muito bem!) (Pausa)

Em discussão o parecer. (Pausa) O SR. RODRIGO COELHO – Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Rodrigo Coelho.

O SR. RODRIGO COELHO – (Sem

revisão do orador) – Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão de Finanças, ressaltamos um dado importante. Somos chamados para votar o Regimento de Custas do Tribunal de Justiça por conta de uma alteração que foi feita inicialmente e que ficou flagrantemente onerosa à população, no que diz respeito ao acesso à justiça.

Percebemos que o novo Regimento de Custas acabou restringindo o acesso à justiça, em dada conta. Agora, vem para esta Casa de Leis. Precisamos louvar a atitude do Desembargador Sérgio Bizzotto. Este projeto diminui as custas judiciais de dois para

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um e meio por cento e diminui o teto de cinquenta mil reais para dez mil reais, aproximadamente.

Votaremos pela aprovação do projeto, mas com uma ressalva importante. Este projeto beneficia mais aquelas pessoas que têm mais recursos financeiros e causas mais onerosas no Tribunal de Justiça. As causas que têm mais custos, caem cinco vezes. Ou seja, o teto cai de cinquenta mil reais para dez mil reais. Muitas causas das pessoas que têm recursos financeiros são acima desse teto de dez mil reais. Agora, as pessoas que têm ações menores, têm apenas a redução de um quarto do valor. Gostaríamos que as custas chegassem a um por cento do valor das causas e que o teto chegasse a dez mil reais. Mas, o teto não é o mais importante elemento de discussão deste projeto. O instrumento mais importante de discussão deste projeto é o valor percentual sobre as causas que tem as custas judiciais.

Fica o apelo. É claro que votaremos pela aprovação, porque há uma evolução. Reduzimos de dois para um e meio por cento. Mas gostaríamos que houvesse, nesta Casa Legislativa, um projeto que reduzisse para um por cento as custas judiciais do valor das causas, no âmbito do Tribunal de Justiça.

Fica o apelo ao Tribunal de Justiça para que esta matéria não seja finalizada. Faremos este avanço. Os deputados são sempre chamados ao avanço. Senhor Deputado Dary Pagung, vamos fazê-lo.

Fica um apelo e um alerta de que mais uma vez estamos privilegiando aqueles que mais têm condições, em detrimento daqueles que menos têm condições. As pessoas comuns, aquelas que ganham menos, têm as custas abaixo do teto proposto. Aqueles que têm altas ações serão diretamente beneficiados. Também gostaríamos desse benefício para aqueles que têm menos.

A nossa proposta nesta Casa de Leis, assim como a proposta de toda a categoria e de todos os advogados do Estado do Espírito Santo é que o valor das taxas judiciais do Tribunal de Justiça fosse de um por cento do valor das custas. Lembramos que quanto mais alto o valor dessas custas, mais teremos restrição ao acesso à justiça no Estado do Espírito Santo. Muito obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – O Senhor Deputado Rodrigo Coelho lembrou bem que o Presidente do Tribunal de Justiça está fazendo uma comissão para trabalhar mais ainda neste projeto de lei.

Continua em discussão o parecer. (Pausa) O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Euclério Sampaio.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – (Sem revisão do orador) – Senhor Presidente e senhores

membros da Comissão de Finanças, bom-dia a todos e a todas. Sobre o Projeto de Lei do Tribunal de Justiça, há um avanço muito grande. A fala do Senhor Deputado Rodrigo Coelho foi perfeita. O acesso já melhorou. O Projeto é relevante e Senhor Presidente ressaltou que uma comissão o estudará.

Senhor Deputado Dary Pagung, apesar de existir o instituto da Assistência Judiciária Gratuita, que beneficia quem não pode pagar as custas, é necessário que se reveja o projeto, porque mesmo para os mais humildes que podem pagar, os valores ficaram elevados. Já é um grande avanço. Temos que parabenizar Tribunal de Justiça por essa medida. Votaremos favoravelmente.

Estamos no nosso tempo e queremos nos posicionar, como todos o fizeram. Senhores Deputados, não discutiremos quem chega primeiro e quem sai por último. Senhora Deputada Janete de Sá, mesmo porque os Senhores Deputados têm outras atribuições: têm que ouvir o povo; têm reunião com o secretário. Atuam em seus mandatos.

Senhor Deputado Rodrigo Coelho, já vimos pessoa passar dez horas numa atividade e colocar uma lajota, e outra com dez minutos colocar cem lajotas. O que importa é a produtividade e o que fazem em prol da população. Isso é o que importa. Não é ficar sentado com medo de ir embora para casa. Então não nos importa o que cada um faz. Somos um dos que chega primeiro e nunca questionamos.

Outro assunto. Sempre fomos coerente durante nossos três mandatos.

Senhor Deputado Dary Pagung, V. Ex.ª está segurando o microfone, o que está me incomodando.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – Senhor Deputado Euclério Sampaio, não pretendo lhe incomodar. Só gostaria que V. Ex.ª se ativesse ao projeto.

O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO – Senhor

Deputado Dary Pagung, vou falar uma coisa a V. Ex.ª: sou membro efetivo da Comissão de Finanças. Todo mundo usou esta tribuna para falar sobre tudo. Então, também quero ter o mesmo direito, o direito isonômico como todos os Deputados.

Vejam como anda a situação em nosso Estado. O Senhor José Rosa Pereira se internou três vezes num hospital público para fazer uma cirurgia. Depois de internado por três vezes, foi dispensado sem fazer a cirurgia. Tenho um papel em mãos onde está escrito embaixo: Esta conta será paga com recursos públicos provenientes dos impostos e contribuições sociais.

Senhor Deputado Nilton Baiano, o cidadão necessita de uma cirurgia, se interna, gera-se uma conta e a cirurgia não foi efetivada. Interna-se novamente, manda a conta para o Estado, o hospital recebe e a cirurgia não é efetivada. Interna-se pela terceira vez, a mesma coisa. Senhor Deputado Paulo Roberto, não basta falar que milhões foram investidos na saúde se o povo está sofrendo e alguém recebendo.

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142 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Está em minhas mãos a comprovação das três internações, quero que a TV Ales filme. Todas as três vezes a pessoa ficou sem a cirurgia e o dinheiro foi para o ralo. Adianta investir? É a mesma coisa acontece com a segurança. O povo tem que estar inconformado mesmo.

Já vou encerrar, estou nos meus dez minutos e não vou interromper. E, se cortar, na próxima, pego um megafone e falo do mesmo jeito. Sou igual a todo mundo neste Plenário.

É isso que quero falar. Meus três mandatos foram coerentes. Não bajulei em um mandato e agora mudei minha posição. Senhor Deputado Freitas, o que quero falar é que cada um sabe da sua vida, cada um sabe da sua necessidade, sabe onde aperta para atender o povo do Espírito Santo, a sua base eleitoral, entendeu? Não vou ficar vigiando a, b ou c, cuido da minha vida e da minha consciência com o povo.

Senhor Deputado Dary Pagung, retornando ao projeto, ele é bom, é um avanço muito grande. Senhor Deputado Rodrigo Coelho, parabéns pela observação. O Presidente disse na reunião que está montando uma comissão para melhorar ainda mais o acesso do cidadão de nosso Estado à prestação jurisdicional. Obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. NILTON BAIANO – Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Nilton Baiano.

O SR. NILTON BAIANO – (Sem revisão

do orador) – Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão de Finanças, não usaremos o tempo todo, queremos apenas cumprimentar o Desembargador Sérgio Bizzotto e todos os Desembargadores do Tribunal de Justiça por terem encaminhado esse projeto, que entendemos ser importante, principalmente para as pessoas que têm processo na justiça.

Também queremos cumprimentar a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Espírito Santo, por ter iniciado está discussão, e o Tribunal de Justiça por ter encaminhado a esta Casa este projeto, que entendemos ser importante para a sociedade. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO –

(DARY PAGUNG) – Continua em discussão o parecer. (Pausa)

O SR. PAULO ROBERTO – Senhor

Presidente, pela ordem! Peço a palavra para discuti-lo.

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO – (DARY PAGUNG) – Concedo a palavra ao Senhor Deputado Paulo Roberto.

O SR. PAULO ROBERTO – (Sem revisão

do orador) – Senhor Presidente e Senhores membros da Comissão de Finanças, a tramitação do Projeto de Lei n.º 42/2014, oriundo do Tribunal de Justiça altera os artigos 4.º, 6.º e 8.º da Lei n.º 9974/2013. É importante o ano, 2013. Senhor Deputado Genivaldo Lievore, vou repetir: Lei n.º 9974/2013. Senhor Deputado Gilsinho Lopes, estamos alterando uma lei de 2013.

Fizemos questão de assomar a esta tribuna antes mesmo do processo de votação. Este projeto será submetido à aprovação, e achamos que será aprovado à unanimidade, senão pela grande maioria, e contará com nosso voto, Senhor Deputado Marcelo Santos.

Senhor Deputado Rodrigo Coelho, achamos que a tramitação deste projeto nesta Casa de Leis está sendo importante para fazermos uma análise. V. Ex.ª, ao falar antes de nós, já falou sobre o mérito e foi muito feliz. Não entrarei no mérito. Em uma pequena análise, V. Ex.ª observou que poderia ter dado ganho maior, principalmente àquelas pessoas com causas de valores menores que adentram no Poder Judiciário.

Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, público que nos assiste por meio da TV Assembleia e Senhor Deputado Dary Pagung, Presidente da Comissão de Finanças, ano passado este projeto tramitou nesta Casa de Leis em regime de urgência. Passou pelas comissões, inclusive pela Comissão de Finanças, e sequer houve uma análise, uma discussão ou aprofundamento. Papel que é nosso, legisladores desta Assembleia Legislativa.

Somos trinta Deputados. A Comissão de Finanças é composta por sete Deputados titulares, fora os suplentes. Nós, Assembleia Legislativa, esta Casa de Leis, atuais Deputados, sempre na visão de dar crédito de confiança ao que vem, somos submetidos a este papel, hoje, que não é tão nobre para esta Assembleia Legislativa.

Todos os que me antecederam nesta tribuna foram unanimes em dizer que foi a OAB que levantou ou detectou. Mas ninguém desta Assembleia Legislativa detectou. O projeto tramitou nesta Casa de Leis, passou pela Comissão de Justiça, pela Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos, pela Comissão de Finanças. Principalmente a Comissão de Finanças tem obrigação de analisar, de fazer contas, de pegar os assessores, que são nota dez e têm capacidade de se aprofundarem nas tabelas, nas contas e fazerem uma nota técnica para que os Deputados da Comissão de Finanças possam fazer crítica, crítica construtiva.

Como esta Casa é a Casa do Povo, é em nome do povo que estamos exercendo nosso mandato. É preciso ter cuidado.

Agora, somos submetidos novamente a um projeto que chegou segunda-feira, foi lido na sessão de ontem e, hoje, suprimiu-se a fase das Comunicações, acelerou-se tudo para se fazer uma

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 143

sessão extraordinária para votar esse projeto, sem análise profunda das comissões. Pergunto ao Senhor Deputado Dary Pagung, que é o Presidente da Comissão de Finanças, - depois V. Ex.ª poderá falar porque não cabem apartes neste momento -, alguém da Comissão de Finanças se debruçou para fazer uma nota técnica para os Senhores Deputados da Comissão? Certamente que não. Senhor Presidente, mais uma vez a Assembleia Legislativa está dando um voto de confiança e o que nos tranquiliza para votarmos hoje esse projeto, é que a imprensa, através da OAB, colocou alguns dados da Comissão.

Temos de parabenizar o Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Sérgio Bizzôtto pela sua atuação em mandar esse projeto para esta Casa. Ficamos sabendo, para quem lê os jornais, o quanto reduziu as taxas. O Senhor Deputado Rodrigo Coelho se debruçou com sua assessoria para pegar algumas informações. Mas é preciso, Senhor Presidente Dary Pagung, que nós Deputados não achemos que ficar na sessão uma hora, uma hora e meia ou duas horas seja uma coisa enfadonha. Somos eleitos para trabalhar como Deputados, para legislar; se for o caso, vir para a Tribuna fazer o debate, fazer a discussão. Não vemos problema nenhum se tiver outra sessão extraordinária para amanhã ou para hoje à tarde. Qual é o problema? Às vezes nos é pedido para não falar em certos momentos; ou quando alguém está falando, como é o caso do Senhor Deputado Euclério Sampaio, dizem que o Deputado está saindo um pouco do assunto. Mas o assunto que o Deputado está debatendo é importante para a população. O que não podemos é que um projeto de 2013, sobre o qual já estamos fazendo alteração em 2014, não tenha de voltar ainda neste mesmo ano para fazer outra alteração porque alguém da OAB, ou alguém da imprensa, ou alguém de outro setor descobre que houve algum erro. Por quê? Porque a Casa legislativa, que é o filtro maior no qual a população deposita confiança para fazer a pesquisa, fazer o aprofundamento para dirimir alguma dúvida, e de repente a população não possa pagar essa conta, a Casa não cumpriu e não fez o seu papel. Senhor Presidente, assomamos a esta Tribuna para fazer esse alerta. Daqui para frente, Senhor Deputado Dary Pagung, os Senhores que são presidentes das comissões, é preciso terem um pouco mais de paciência; é preciso termos um pouco mais de respeito com os colegas Deputados que querem debater, seja assunto do Tribunal de Justiça, seja assunto desta Casa, seja assunto do Poder Executivo, temos que debater, cada um dentro daquilo que considera importante.

Quantos projetos passam por esta Casa, Senhor Deputado Euclério Sampaio, e depois quando percebemos já acabou, por quê? Porque há pressa em tramitar o projeto, sem que ninguém debata e assim fica complicado. Perguntamos: quanto tempo a Comissão teve para fazer a discussão da matéria, Senhor Deputado Nilton

Baiano? A Comissão do Tribunal de Justiça deve ter levado, no mínimo, o mês de janeiro todo porque quando entrou em vigor essa lei, no início de 2014, foi quando se viu o custo que caiu para a população, para as pessoas que precisam da tutela do Poder Judiciário. O projeto chega a esta Casa e ela não pode ter um tempo para fazer um aprofundamento? Quantos funcionários temos? Quantos assessores na Comissão de Finanças? No mínimo temos quinze funcionários; profissionais gabaritados que poderiam aprofundar no estudo, preparando uma nota técnica que não foi preparada. Senhor Presidente, não negamos que o projeto, como nenhum deputado nega, trará benefício para grande parte da população – como disse o Senhor Deputado Rodrigo Coelho – mais para quem tem demanda de alto valor no Poder judiciário do que para aqueles que têm demanda de pequeno valor. Mas, de qualquer maneira, acreditamos que esse projeto é simbólico. Está sendo importante para reverter uma cultura arraigada nesta Casa de Leis de que os projetos não podem ser debatidos, têm de tramitar a toque de caixa e, com isso, a Assembleia Legislativa fica desguarnecida, passando certa vergonha por ter aprovado sem ter realizado o debate. Esse é um projeto que tem um impacto muito grande perante a população capixaba. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE DA COMISSÃO -

(DARY PAGUNG) - Senhor Deputado Paulo Roberto, esse projeto que originou a Lei n.º 9.974/2013, entrou em regime de urgência nesta Casa no ano passado e mais de dez deputados assinaram para que esse projeto entrasse em regime de urgência.

Continua em discussão o parecer. (Pausa) Encerrada. Em votação. Como votam os Senhores Deputados? O SR. PAULO ROBERTO - Com o

relator. A SR.ª LÚCIA DORNELLAS - Com o

relator. O SR. EUCLÉRIO SAMPAIO - Com o

relator. O SR. JOSÉ ESMERALDO - Com o

relator. A SR.ª LUZIA TOLEDO - Com o relator. O SR. SANDRO LOCUTOR - Com o

relator. O SR. DARY PAGUNG – Senhor

Presidente, o parecer foi aprovado à unanimidade

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144 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

pela Comissão de Finanças, com as correções técnicas.

Devolvo o projeto à Mesa. O SR. PRESIDENTE – (THEODORICO

FERRAÇO) – Em discussão o Projeto de Lei n.º 42/2014.

Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão.

Em votação o Projeto de Lei n.º 42/2014. Os Senhores Deputados que o aprovam,

permaneçam sentados. (Pausa) Aprovado. À Secretaria para extração de autógrafos. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a

presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, solene, dia 27 de fevereiro, às 19h, em comemoração aos cinquenta anos de serviços prestados da Câmara de Dirigentes Lojistas, conforme requerimento da Mesa Diretora, aprovado em Plenário, para qual designo Expediente: o que ocorrer e comunico que haverá sessão ordinária, dia 10 de março de 2014, cuja Ordem do Dia é a seguinte: Discussão única, nos termos do art. 66, § 6º, da Constituição Estadual, do veto total aposto ao Projeto de Lei n.o 43/2013; Discussão única, nos termos do art. 66, § 6º, da Constituição Estadual, do veto total, aposto ao Projeto de Lei Complementar n.o 33/2013; Discussão única, nos termos do art. 66, § 6º, da Constituição Estadual, do veto parcial aposto aos Projetos de Lei n.os 431/2013 e 319/2013; discussão única, nos termos do art. 66, § 6º, da Constituição Estadual, do veto total aposto ao Projeto de Lei n.o 380/2013; discussão única, nos termos do art. 66, § 6º, da Constituição Estadual, do veto total aposto aos Projetos de Lei n.os 78/2013; 148/2012, 361/2012 e 364/2013; discussão única, nos termos do art. 66, § 6º, da Constituição Estadual, do veto parcial aposto ao Projeto de Lei n.o 12/2011; discussão única, nos termos do art. 66, § 6º, da Constituição Estadual, do veto total aposto aos Projetos de Lei n.os 273/2013 e 60/2013; votação da redação final dos Projetos de Lei n.os 230/2012 e 453/2012; discussão única do Projeto de Lei n.o 172/2012; discussão prévia do Projeto de Lei n.o 334/2013; discussão se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, dos Projetos de Lei n.os 377/2012, 324/2013, 338/2013, 365/2013 e 417/2013; discussão especial, em 3ª sessão, dos Projetos de Lei n.os 20/2014 e 31/2014; discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Resolução n.o 01/2014; discussão especial, em 1.ª sessão, dos Projetos de Lei n.os 197/2013, 06/2014, 09/2014, 16/2014 e 33/2014; discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Resolução n.o 02/2014.

Está encerrada a sessão. Encerra-se a sessão às dez horas e trinta

e dois minutos.

*De acordo com o registrado no painel eletrônico, deixaram de comparecer a presente sessão os Senhores Deputados Atayde Armani, José Carlos Elias, Marcos Mansur e Solange Lube.

_________________________________________ SEGUNDA SESSÃO SOLENE DA

QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 27 DE FEVEREIRO DE 2014.

ÀS DEZENOVE HORAS E VINTE E

SETE MINUTOS, O SENHOR DEPUTADO ESMAEL DE ALMEIDA OCUPA A CADEIRA DA PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Senhoras e senhores, Deputados presentes e telespectadores da TV Assembleia, boa-noite.

É com satisfação que a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo recebe todos para esta sessão solene em Comemoração aos 50 anos de serviços prestados ao Estado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória – CDL.

Com inovação, empreendedorismo e ousadia, nascia em 18 de fevereiro de 1964 o Clube de Diretores Logistas, nome que, passados trinta anos, mudou para a atual Câmara de Dirigentes Logistas de Vitória. Era uma época de dificuldades para o comércio, mas também de desejo de mudança e de desenvolvimento por parte de um grupo de representantes do varejo. A vontade de crescimento e modernização era tanta que, três meses após a fundação, em uma iniciativa pioneira, montaram o Serviço de Proteção ao Crédito – SPC, principal atrativo para os comerciantes se associarem à entidade. Novas conquistas vieram com a automação comercial: a criação da Fundação CDL, que ministra capacitações na área de varejo; a mudança para a nova sede e, de lá para cá, uma série de conquistas pautadas no associativismo. Entre elas, a inauguração da CDL Jovem, que este ano completa dez anos de atuação na formação de líderes, difundindo sempre o empreendedorismo. Hoje a CDL completa suas Bodas de Ouro: são cinquenta anos de uma história de serviços prestados aos consumidores e empresariado local representando, integrando, alavancando negócios para o desenvolvimento sustentável de nossa capital e do Estado.

Informo que esta sessão é de iniciativa da Mesa Diretora desta Casa de Leis. Neste momento, são convidados à Mesa os Senhores Deputados

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 145

Esmael de Almeida e Doutor Hércules para os procedimentos regimentais de abertura dos trabalhos.

O SR. PRESIDENTE - (ESMAEL DE

ALMEIDA) - Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão e solicito ao Senhor Deputado Doutor Hércules que proceda à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Doutor Hércules lê Josué, 01:08)

O SR. PRESIDENTE - (ESMAEL DE ALMEIDA) - O Presidente, de ofício, dispensa a leitura da ata da sessão anterior. (Pausa)

Informo aos Senhores Deputados e demais presentes que esta sessão é solene, em comemoração aos cinquenta anos de serviços prestados ao Estado pela CDL - Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória.

Concedo a palavra ao cerimonialista, para conduzir a próxima fase desta sessão.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido para compor a Mesa o Senhor Carlo Fornazier, presidente da CDL; o Senhor José Lino Sepulcri, presidente da Federação do Comércio do Estado do Espírito Santo; o Senhor Leonardo Caetano Krohling, Secretário de Turismo de Vitória, representando o Senhor Luciano Rezende, Prefeito de Vitória; o Senhor Humberto de Freitas Cosate, ex-presidente da CDL; o Senhor Ilson Xavier Bozi, ex-presidente da CDL; o Senhor Estanislau Ventorim, ex-presidente da CDL; e o Senhor Adriano Gomes Onehsorge, presidente da CDL Jovem. (Pausa)

(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido todos para, de pé, ouvirmos a execução do Hino Nacional e o do Espírito Santo. (Pausa)

(É executado o Hino Nacional e o do Espírito Santo)

O SR. PRESIDENTE - (ESMAEL DE

ALMEIDA) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Doutor Hércules, para que eu possa fazer uso da palavra. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Esmael de Almeida.

O SR. ESMAEL DE ALMEIDA - (Sem revisão do orador) - Boa-noite a todos.

Saudamos a Mesa, começando pelo Senhor Deputado Doutor Hércules, um grande Deputado do Estado do Espírito Santo; o Senhor Carlo Fornazier, Presidente da CDL; o Senhor José Lino Sepulcri, Presidente da Fecomércio, nosso amigo; o Senhor Leonardo Caetano Krohling, Secretário de Turismo do Município de Vitória, representando o prefeito; o Senhor Humberto de Freitas Cosate, ex-presidente da CDL; o Senhor Ilson Xavier Bozi, ex-presidente da CDL; o Senhor Estanislau Ventorim, ex-presidente da CDL e o Senhor Adriano Gomes Onehsorge, Presidente da CDL Jovem.

Saudamos também essa brilhante e tão bonita Mesa, neste dia tão importante, nesta Casa de Leis; os servidores desta Casa que trabalham neste momento; os jornalistas presentes; os profissionais da nossa querida e eficiente TV Ales; alguns servidores da nossa equipe de trabalho; o professor Wanderley Nogueira. Estamos feliz em revê-lo nesta sessão. Saudamos todos os homenageados presentes.

Senhoras e senhores, temos sido, por diversas vezes, incompreendido ou questionado em nossas ações neste Parlamento quando realizamos sessões solenes. Mas, queremos dizer que elas fazem parte de nossa produção legislativa, de nossas ações.

Além da abordagem de temas relevantes que nos elegeram campeões de proposições, como educação, saúde, mobilidade urbana, meio ambiente e família, reconhecemos o trabalho e o desempenho de entidades, associações, igrejas e grupos de pessoas que trabalham em favor do crescimento e desenvolvimento social, cultural, político e econômico do Estado do Espírito Santo.

Cremos que reconhecer a participação de uma entidade no desenvolvimento do nosso Estado é o mínimo que esta Casa de Leis pode fazer. E se o fazemos neste dia, é porque estamos diante de uma das entidades mais antigas de Vitória, que congrega o empresariado unido em busca de objetivos coletivos. Referimo-nos à Câmara de Dirigentes Lojistas de Vitória, que desde o dia 18 deste mês registra em seus Anais uma concorrida e extensa agenda cultural e política para festejar seu Jubileu de Ouro; os seus cinquenta anos ajudando o Espírito Santo a crescer.

Não há como deixar de expressar a nossa alegria em compartilhar desses dias festivos, desses momentos ímpares na vida desses homens que têm brindado a sociedade da cidade de Vitória com uma folha de serviços de extrema qualidade, dedicados aos seus associados.

Afirmamos com convicção, que a CDL é motivo de orgulho para esta Assembleia

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146 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

Legislativa e para o povo desta capital, tal é a contribuição que nos foi dada ao longo desses cinquenta anos de atividades.

Poderíamos fazer um histórico da vida dos serviços prestados pela entidade no decorrer destes anos, mas deixamos essa avaliação para a diretoria, para aqueles que verdadeiramente foram imprescindíveis na caminhada da Entidade, na sua criação, nas lutas e nas conquistas até este importante momento.

Gostaria de destacar a importância do associativismo e a relevância do setor para a economia capixaba. Neste quadro, parabenizo os idealizadores do programa Feirão Recupere Seu Crédito, que ocorreu de 3 a 7 de dezembro do ano passado, no Masterplace Mall, localizado na Reta da Penha, em Vitória.

Organizado pelas Câmaras de Dirigentes Lojistas dos Municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica, o evento reuniu lojas, concessionárias de serviços essenciais, bancos, financeiras e o Serviço de Proteção ao Crédito - SPC. O objetivo das empresas participantes foi o mais nobre: oferecer condições especiais, como perdão de juros e multas e descontos sobre o valor principal da dívida, para incentivar o capixaba a recuperar a sua capacidade de compra.

Reitero minha admiração pela iniciativa, pelo impacto social positivo que o programa causou entre aqueles dispensados do pagamento de juros e multas. A medida, que oportunizou a regularização de dívidas, possibilitou o reequilíbrio financeiro dos devedores, evitou situações constrangedoras e reinseriu centenas de pessoas no acesso ao financiamento.

O resultado dessa iniciativa foi um início de ano sem pendências financeiras para muitas pessoas, além de conscientização sobre a importância do crédito e de seu uso planejado.

São atitudes e decisões humanas como estas, tomadas e levadas a termo pela CDL que nos levam a nos unir àqueles que sempre estiveram e estão voltados e preocupados em beneficiar e promover o coletivo e não grupos isolados.

Estas são algumas das fortes razões que nos levaram a sugerir esta Sessão Solene para homenagear esta Entidade e homenagear aqueles cujos sorrisos já foram apagados, mas que deixaram um legado de benfeitorias, e os que hoje lutam por dias melhores, que enfrentam crises e decisões muitas vezes equivocadas do Governo, como a tal da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF, que volta a preocupar nossos valorosos empresários e assustar o já combalido contribuinte com a perspectiva de seu retorno.

Agradeço a todos dos que aqui vieram prestigiar a Entidade. Agradeço aos dirigentes

lojistas o que representam para o Estado do Espírito Santo, a importante contribuição que dão ao Governo do Estado.

Quero dizer aos Senhores que estarei sempre de atalaia, à disposição dos Senhores. Que em tudo possamos ser dependentes de Deus porque, quanto mais dependentes de Dele nos tornarmos, mais felizes e abençoados seremos; mais felizes serão a nossa cidade, o nosso Estado e a nossa Nação.

A minha oração, presidente Carlo Fornazier, é que todos os sonhos e projetos que Deus tem para a nossa cidade e o nosso Estado, por meio da CDL, sejam alcançados no tempo oportuno. Que Deus abençoe a vida e a família de todos os Senhores. Muito obrigado. (Muito bem!) (Palmas)

O SR. PRESIDENTE - (DOUTOR

HÉRCULES) - Devolvo a presidência dos trabalhos ao seu Presidente, Senhor Deputado Esmael de Almeida. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (ESMAEL DE

ALMEIDA) - Assumo a presidência dos trabalhos. O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Neste momento, fará uso da palavra o Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. DOUTR HÉRCULES - (Sem revisão do orador) - Boa noite a todos.

Cumprimento meu colega, Senhor Deputado Esmael de Almeida; e o Senhor Carlo Fornazier, presidente da CDL.

A razão maior de estar nesta sessão solene é para fazer um agradecimento e ao mesmo tempo começar a pedir, mas não para mim. Agradecer à CDL o apoio recebido no ano passado, durante a campanha muito boa, o Novembro Azul, que a capitaneei neste Estado, e a Senhora Deputada Federal Rose de Freitas trouxe algumas manifestações de Brasília.

Senhor Carlo Fornazier, todos os anos faço nesta Casa as campanhas de combate ao fumo, lembrando em 31 de maio o Dia Internacional sem Tabaco, e de esclarecimento quanto ao vírus da Aids, no Dia Mundial de Combate à Aids, no dia 1.º de dezembro. Não dá para entender como no Brasil arrecadam-se seis bilhões de reais com o imposto sobre o tabaco e gastam-se vinte e dois bilhões com o tratamento do câncer originado do tabaco.

Fazemos esses movimentos. Também de esclarecimentos sobre a prevenção da diabetes, além do combate ao tabagismo – como citei -, caminhadas, pedalaços, enfim, os Senhores podem estar certos de que este ano vou pedir muito

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 147

mais. As eleições não vão atrapalhar, por exemplo, a campanha do Novembro Azul.

Quero abraçar também o Senhor Adriano Gomes Onehsorge, presidente da CDL Jovem; o Senhor Estanislau Ventorim, ex-presidente da CDL, muito boa sua presença; o Senhor Ilson Xavier Bozi, ex-presidente da CDL; o Senhor Humberto de Freitas Cosate, ex-presidente da CDL; o Senhor Leonardo Caetano Krohling, Secretário Municipal de Turismo de Vitória. Parabéns! V. Ex.ª leve o meu abraço ao Senhor Prefeito Luciano Rezende, pela realização do Carnaval, mostrando que o Espírito Santo tem um Carnaval à altura do povo brasileiro, quando não houve praticamente nenhuma ocorrência de violência. O Prefeito e toda sua equipe estão de parabéns.

Cumprimento ainda o Senhor José Lino Sepulcri, meu amigo antigo, a quem dou um abraço.

Peço permissão a todos, a máxima vênia para citar, pelo menos três nomes que estão na plateia, mas nem por isso são menos importantes que nós, da Mesa, que estamos aqui por acaso.

A família Dadalto. Conheço, vi o trabalho social da Fundação Antônio Dadalto. Fui amigo do Senhor Domingos Dadalto, que faleceu ainda novo, com trinta anos. Ele me deu um lustre de presente quando ainda morava em Cachoeiro de Itapemirim, e que está na minha casa até hoje.

A Fundação Antônio Dadalto faz um trabalho muito bom. Falei sobre isso; assisti à entrega de certificados de cursos oferecidos por essa entidade. E o Senhor Domingos Dadalto, como falei, deixou este mundo muito jovem ainda.

A família Sipolatti. O Doutor Valentim Sipolatti, um pediatra, é um verdadeiro missionário até hoje tratando das crianças, o que nos orgulha muito.

Temos que valorizar aqueles que falam a verdade, que escrevem a verdade, que têm coragem de escrever muita coisa que muitos não têm, é o querido Gutman Uchoa de Mendonça, colunista do jornal A Gazeta. Pedimos que S. S.ª se levante! Solicitamos a todos uma salva de palmas em sua homenagem. Ele escreve para o jornal A Gazeta e muita gente tem medo do que ele escreve, porque escreve a verdade! (Palmas)

Mas vim a esta Sessão Solene hoje para testemunhar; dar o meu testemunho; falar da minha admiração pelo trabalho social que a CDL faz. A organização não é só voltada para si, para as empresas, para o seu comércio, mas para o que faz para fora. O que faz não só para o Governo, para o Estado, para a União, para os municípios, de arrecadação de impostos, mas também a obra social da CDL é muito importante.

Senhor Deputado Esmael de Almeida, parabenizamos V. Ex.ª por presidir esta sessão. Comparecemos para falar rapidamente sobre isso e dizer da importância da Câmara de Dirigentes Lojistas, que certamente cada vez crescerá mais.

Senhor Gutman Uchoa de Mendonça, V. S.ª é um veterano jornalista. Farei uma homenagem ao Senhor Pedro Maia, na Barra do Jucu, no dia 09. Tenho que falar na primeira pessoa do singular porque estou organizando essa homenagem. Haverá uma camisa com o rosto do Pedro Maia, que não era tão bonito. Estará escrito assim: Naquela mesa está faltando ele. As crônicas que estão saindo no jornal A Tribuna, são crônicas guardadas e escritas há muitos anos.

Dia 09, portanto, na Barra do Jucu, estaremos homenageando o saudoso Pedro Maia.

Mais uma vez, coloco-me à disposição. A Comissão de Saúde e a Comissão de Defesa do Consumidor, da qual também sou membro, estão à disposição.

Junto com o Senhor Deputado Esmael de Almeida, queremos cada vez mais valorizar essa categoria e essa Câmara de Dirigentes Lojistas, que tem dado muito orgulho não só para o Estado do Espírito Santo, mas para o nosso País, porque está servindo de modelo para muitos estados.

Estou à disposição. Um grande abraço. Se Deus quiser, teremos uma sessão muito

boa mesmo. Obrigado. (Muito bem!) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido para fazer uso da palavra o Senhor Carlo Fornazier, Presidente da CDL Vitória.

O SR. CARLO FORNAZIER - (Sem revisão do orador) - Cumprimentamos primeiramente a Mesa, na pessoa do Senhor Deputado Esmael de Almeida, proponente desta sessão solene. Muito obrigado pela sua valorosa contribuição para podermos homenagear todas as pessoas presentes, representando todo o comércio varejista do Estado do Espírito Santo. Muito obrigado.

Senhor Deputado Doutor Hércules, certamente faremos ainda muitas campanhas e muitas ações como V. Ex.ª acabou de citar e esperamos que com bastante sucesso. Muito obrigado por suas gentis palavras.

Meu grande amigo José Lino Sepulcri, Presidente da Fecomércio, obrigado por sua presença prestigiando a todos nós.

Um agradecimento especial ao Senhor Humberto de Freitas Cosate, ex-presidente da CDL, e primeiro Presidente da CDL Vitória, para o qual peço uma salva de palmas. (Palmas!) Há

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148 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

cinquenta anos S. S.ª e outras pessoas fundavam a CDL. Então, realmente merecem toda a nossa estima. É a pessoa que, em seu nome, homenageamos todos os comerciantes e também comerciários, colaboradores que estão conosco todos os dias. Vamos nos lembrar deles também.

Senhor Humberto de Freitas Cosate, muito obrigado por sua presença.

O Senhor Ilson Xavier Bozi, ex-presidente da CDL, meu grande amigo, muito obrigado.

O Senhor Leonardo Caetano Krohling, Secretário de Turismo de Vitória, representando o prefeito, muito obrigado.

Agradeço ao Senhor Estanislau Ventorim, também ex-presidente da CDL Vitória, a quem tive a honra de suceder. E, mais recentemente, o Senhor Adriano Gomes Onehsorge, Presidente da CDL Jovem. Obrigado por sua presença.

Cumprimento todos os presentes a esta grande homenagem. A CDL Vitória acaba de completar cinquenta anos. Gostaria, desde já, de deixar explícito o orgulho que sinto em representar há quatro anos essa entidade que neste meio século de existência sempre amparou, defendeu e orientou os lojistas, uma função muito séria e importante para o desenvolvimento do Espírito Santo, afinal, o comércio é o principal empregador, sendo responsável pela renda de muitas famílias e justamente por isso precisa ser sempre forte, unido e promissor.

Por falar em união, este fator determinante projeta a CDL Vitória, que chega aos cinquenta anos com credibilidade e o respeito da sociedade. Para isso, sempre nos pautamos no associativismo.

A CDL defende que agindo em grupo os lojistas têm sempre mais benefícios, com maior capacidade de negociação com fornecedores, com troca de informações entre associados, a otimização dos investimentos e o treinamento dos funcionários. Além disso, essa representatividade permite que até nos momentos de retração e nos meses atípicos, com venda abaixo do esperado, a classe lojista se mostre na busca por soluções.

A CDL Vitória sempre buscou, nesses cinquenta anos, o estreitamento com o Poder Público Municipal e Estadual, além de uma maior atenção às representações institucionais e políticas.

Muitas foram as conquistas. Apoiamos o processo de automação comercial, criamos a Fundação CDL, que ministra cursos de capacitação da área do varejo, e também firmamos convênio com o Senac/Sesc para qualificação dos trabalhadores. Nos últimos anos, conquistamos a unificação das máquinas de cartões, a prorrogação do IPI reduzido e melhorias no

Simples Nacional, além da regulamentação do Cadastro Positivo, da Lei Geral das Microempresas para o Espírito Santo e da busca junto ao Governo Estadual para a racionalização dos impostos.

Com o intuito de reduzir a inadimplência, agindo em prol do consumidor e do comerciante, criamos o feirão Recupere seu Crédito, que apenas no ano passado atendeu cerca de vinte mil pessoas, recuperando o poder de compra da população. E para buscar soluções que levem à melhoria da segurança na capital, criamos no ano passado o Fórum Vitória, grupo de trabalho que se reúne mensalmente e é composto por representantes da CDL Vitória, da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Vitória, das Associações de Moradores de Parque Moscoso, da Praia do Canto e do Barro Vermelho, da Associação de Comerciantes da Vila Rubim, além das associações comerciais de Vitória, Jardim da Penha e Praia do Canto.

Somos responsáveis ainda pelo SPC, que é o maior banco de dados da América Latina e que foi, neste meio século, um instrumento muito eficaz para o lojista, garantindo vendas mais seguras e confiáveis e melhorando a relação de compra e venda. Além disso, o SPC contribui para a redução da inadimplência e exerce forte participação na estabilidade econômica.

Agora nossa meta é continuar agindo nessas frentes, incentivar a informatização do varejo e acompanhar de perto o avanço do comércio digital, bem como apoiar e participar ativamente das questões que envolvem o comércio tanto nas áreas de segurança, sustentabilidade e meio ambiente, quanto na economia política e tributos.

Para este ano, com a realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil e com o processo eleitoral, esperamos um crescimento na casa de quatro por cento em relação a 2013. É um crescimento morno, mas estamos otimistas e vamos fazer a nossa parte com atitudes conscientes e seguindo sempre o princípio do associativismo, que nos fez chegar aos cinquenta anos e que precisa ser comemorado, afinal é uma grande vitória.

Para terminar nossas palavras, queria dizer que estamos nesta Casa para homenagear todos os senhores, o Senhor Humberto de Freitas Cosate, os ex-presidentes, os diretores presentes e também nossos valorosos funcionários, que não medem esforços para que consigamos sempre ter uma casa ótima de debate, onde possamos aprender e desenvolver o nosso varejo.

Acho que isso é importante. Os senhores merecem isso. Espero que nossa entidade continue atuando por muitos e muitos anos, junto com outras entidades do comércio, como a Associação Comercial, que tem mais de cem anos, e a

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 149

Fecomércio, que este ano completará sessenta anos. Essa classe é a mais importante do Estado do Espírito Santo. Os Senhores estão de parabéns e presto minhas homenagens a todos. Muito obrigado. (Muito bem!)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Neste momento acontece ato de grande importância nesta sessão.

O Senhor Presidente Esmael de Almeida, designado pela Mesa Diretora; o Senhor Deputado Doutor Hércules e o Senhor Carlo Fornazier, presidente da CDL, procederão à entrega da Comenda do Mérito Empresarial Américo Buaiz.

Criada por meio da Resolução n.º 2.384/2007, a Comenda do Mérito Empresarial Américo Buaiz é concedida a empresários que se destacam em iniciativas voltadas para a responsabilidade social e empresarial.

Convido o Senhor Humberto de Freitas Cosate para, de acordo com a Resolução n.º 3.657, receber a Comenda do Mérito Empresarial Américo Buaiz das mãos do Senhor Presidente Esmael de Almeida, do Senhor Deputado Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S. S.ª. (Pausa)

O Senhor Humberto de Freitas Cosate é natural de Valença, Estado do Rio de Janeiro. Foi o primeiro presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas, de 1964 a 1966. Na época foi criada como Clube dos Diretores Lojistas de Vitória, no ano de 1964. O Senhor Humberto é uma personalidade relevante no processo de profissionalização do comércio lojista de Vitória; implantou novos métodos, modernizando a estrutura local.

(Procede-se à entrega da Comenda)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido para fazer uso da palavra o Senhor Humberto de Freitas Cosate.

O SR. HUMBERTO DE FREITAS COSATE - (Sem revisão do orador) - A atitude mais digna do homem é a vertical, por isso prefiro falar de pé.Tenho noventa e quatro anos. Até os noventa e dois anos nunca havia tomado um remédio. Há dois anos, tomo tanto remédio que vou morrer com saúde.

O ex-ministro Cândido Mota Filho dizia que qualquer discurso, qualquer fala, qualquer pronunciamento, para ser interessante tem que ser breve como um biquíni, deve cobrir somente o assunto. Como o assunto é o agradecimento, com duas palavras eu resolveria isso, mas prefiro me estender um bocadinho. Falarei algo sobre a

criação do clube e farei dois pedidos à diretoria do CDL.

Foi muito difícil a criação do Clube dos Diretores Lojistas de Vitória. Difícil mesmo! Eu procurava cada lojista e dizia a eles sobre o Clube, o que era, o nosso slogan e várias outras coisas. Eles diziam: temos três clubes aqui, não precisamos de mais clubes. Eu explicava a eles que não era esse o negócio, tínhamos o SPC para proteger o crédito e o comércio deles. _ Não, tenho crediário! Respondiam.

Até que um dia, por intermédio do Senhor Wilson Sily, conheci um menino - era nessa altura muito jovem, realmente -, cujo progenitor era um grande jornalista, diretor do jornal A Gazeta. Esse menino foi a sorte do Clube, porque sua criatividade, sua força, seu amor ao trabalho, e vinte e quatro horas transformava-se em quarenta e oito horas. Quero me referir à pessoa do Senhor Gutman Uchoa de Mendonça, que foi de uma valia extraordinária para o Clube. Sua iniciativa, criatividade e força fizeram com que em vez de seis chegamos a dezoito pessoas. E, em fevereiro de 1964, fizemos uma reunião na qual me nomeei presidente, escolhi a diretoria e fundamos assim o Clube.

No dia seguinte, o jornal A Gazeta, por intermédio do Clube comentava assim: Cosate eleito presidente do Clube dos Lojistas. Olha, foi uma dificuldade muito grande. A mensalidade era de cinco reais, com direito a almoço mensal, e mesmo assim havia reclamações.

Fui reeleito. Os primeiros presidentes não souberam conduzir o Clube e tive que voltar. E depois teve uma situação até bizarra. Um dos presidentes achava que o Clube era dele. Então, uma das funcionárias ia se casar, e S.S.ª deu a geladeira do Clube que a Mesbla tinha dado para o Clube de presente a essa funcionária. Com essa mentalidade, que dificuldade era trabalhar assim!

Então, queria pedir ao Clube - acho que tenho direito pela minha idade, e em breve passarei para o outro lado, mas não importa se eu morrer, não quero é deixar de viver! (Palmas) Em vez de dizer que fui o primeiro presidente, gostaria que falasse que fui o fundador. E, ao mesmo tempo, gostaria também que homenageassem o Senhor Gutman Uchoa de Mendonça, porque se não fosse com sua ajuda, realmente hoje, pelo menos por nosso intermédio, não comemoraríamos estes cinquenta anos. (Palmas)

Outro pedido que faço a essa mocidade que valorizou o Clube e colocou o Clube nessa altura, um Clube realmente forte, que se lembrassem de mim no centenário do Clube. Porque lá em cima - dizem que o outro lado é muito bom - se eu tiver algum lugar de destaque... Aliás, nunca ninguém voltou para reclamar, então realmente deve ser

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150 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

bom, peço para que esses diretores daqui a cinquenta anos, no centenário do Clube, lembrem-se de que o Cosate trabalhou muito pelo Clube. Muito obrigado a todos. (Muito bem!)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Agradecemos ao Senhor Humberto de Freitas Cosate, as palavras. Parabenizamos S. S.ª pela lucidez e pelo brilhantismo do discurso.

Neste momento, convidamos os Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e o Senhor Carlo Fornazier, Presidente da CDL, para se posicionarem à frente da Mesa para entrega da placa aos demais homenageados.

Convido o Senhor Estanislau Ventorim para receber uma placa alusiva aos 50 anos de serviços prestados ao Estado pela CDL das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S. S.ª. (Pausa)

O Senhor Estanislau Ventorim é natural de Venda Nova do Imigrante. Foi Presidente da CDL Vitória de 2008 a 2010. Teve a sua gestão marcada pela continuidade na implantação dos novos paradigmas de gestão e renovação dos quadros. Com os avanços da tecnologia da informação, deu continuidade às mudanças no serviço de proteção ao crédito, que gradativamente vem sendo reposicionado como centro de serviço. Recebeu a 50.ª Convenção Nacional do Comércio Lojista em Vitória, um dos eventos brasileiros mais relevantes do setor.

(O homenageado recebe a placa)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Ilson Xavier Bozi para receber uma placa alusiva aos 50 anos de serviços prestados ao Estado pela CDL das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S. S.ª. (Pausa)

O Senhor Ilson Xavier Bozi é natural de Colatina. Foi Presidente da CDL Vitória de 1996 a 2000. Em sua gestão, estão as obras e a inauguração da sede atual, na Avenida Princesa Isabel. Seu mandato está no cenário de estabilização da economia, a chegada dos cartões de crédito e maior disponibilização de informações sobre o crédito para a imprensa, sociedade e partes interessadas. Criou a fundação CDL focada na capacitação do lojista e seus colaboradores; lançou as bases para a mudança de paradigma na gestão da CDL que seriam implementadas nas gestões seguintes.

(O homenageado recebe a placa)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Rubens Nascimento Candido Tomaz, filho do Senhor Ismar Candido Tomaz, para receber uma placa alusiva aos 50 anos de serviços prestados ao Estado pela CDL das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo do homenageado. (Pausa)

O Senhor Ismar Candido Tomaz foi presidente da CDL Vitória por três mandatos, de 1986 a 1992. Sua gestão foi marcada pelo processo de informatização da CDL Vitória, transportando as informações dos clientes do suporte físico para o digital. Foi responsável pela abertura de várias CDLs pelo interior do Espírito Santo, dando estrutura para formar a Federação dos Dirigentes Lojistas do Espírito Santo.

(O convidado recebe a placa em nome do homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido a Senhora Janaína Barreto Pignaton, representante do Senhor Marcelo Sales Barbosa, para receber uma placa alusiva aos 50 anos de serviços prestados ao Estado pela CDL das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo do homenageado. (Pausa)

O Senhor Marcelo Sales Barbosa é formado em Economia. Foi presidente da CDL Vitória de 2006 a 2010, contribuindo para uma mudança de paradigma na gestão da entidade. Depois assumiu a Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Espírito Santo. Atua em nível nacional também na CNDL e SPC Brasil.

(A convidada recebe a placa em nome do homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Neste momento, os Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e o Senhor Carlo Fornazier darão início à entrega dos certificados aos homenageados.

Convido o Senhor Adriano Gomes Onehsorge, Presidente da CDL Jovem, para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

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Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014 Diário do Poder Legislativo - 151

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Claudio Pagiola Sipolatti para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Cleiton Ginaid de Souza para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Gutman Uchoa de Mendonça para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier.

Já devidamente referendado pelo Senhor Humberto de Freitas Cosate, S. S.ª recebe a homenagem da Assembleia Legislativa e da CDL Vitória. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Neste momento será feita uma homenagem in memoriam ao Senhor Jadyr da Silva Primo.

Convido a Senhora Marise, esposa, e o Senhor Rodolfo Primo, filho, para receberem o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(Os convidados recebem o certificado em nome do homenageado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Leonardo Caetano Krohling para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Lesio

Contarini Junior para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Renzo Nagem Nogueira para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Ricardo Ribeiro Barbosa para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Vinicius Lino Ventorim para receber o certificado das mãos dos Senhores Deputados Esmael de Almeida e Doutor Hércules e do Senhor Carlo Fornazier. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Feitas as homenagens, solicitamos aos integrantes da Mesa que retornem a seus lugares. (Pausa)

Convido para fazer uso da palavra, em nome dos homenageados, o Senhor Ilson Xavier Bozi.

O SR. ILSON XAVIER BOZI - (Sem

revisão do orador) - Senhoras e Senhores, boa-noite.

Saúdo a Mesa, na pessoa do brilhante Senhor Deputado Esmael de Almeida, proponente desta sessão; o Senhor Deputado Doutor Hércules, digno representante do povo canela verde; o Senhor Carlo Fornazier, Presidente da CDL Vitória, colega de comércio; o Senhor José Lino Sepulcri, brilhante presidente da Federação do Comércio; o Senhor Leonardo Caetano Krohling, Secretário Municipal de Turismo e Ex-Presidente

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152 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, quinta-feira, 13 de março de 2014

da CDL Jovem; o Senhor Adriano Gomes Onehsorge, Presidente da CDL Jovem; o Senhor Estanislau Ventorim, ex-presidente da CDL; e o Senhor Humberto de Freitas Cosate, ex-presidente da CDL, nosso grande amigo.

Saúdo todos os nossos colaboradores, todos os lojistas de um modo geral. E, evidentemente, os brilhantes diretores do Sesc/Senac, Senhores Gutman Uchoa de Mendonça e Dionísio Corteletti. Muito obrigado pela presença de todos.

A CDL de Vitória é uma das entidades mais importantes da qual já participamos até hoje. Conseguimos participar das comemorações dos trinta anos de fundação da CDL de Vitória, ainda como Clube de Diretores Lojistas, participamos das comemorações dos quarenta anos de fundação e, agora, estamos participando das homenagens pelos cinquenta anos de fundação da CDL Vitória.

O Senhor Humberto de Freitas Cosate falou sobre a dificuldade do início. Conhecemos isso bem porque também criamos a Associação dos Comerciantes de Material de Construção, há vinte e cinco anos, e tivemos a mesma dificuldade que V. S.ª teve na fundação da hoje Câmara de Dirigentes Logistas. Tivemos a mesma dificuldade. Sabemos o que é isso.

Mas é muito importante, e vale a pena lutar, fazer com que a nossa classe seja representada. Isso é muito importante para todos nós. Cada um de nós deve dar a sua colaboração. Sempre falamos que da vida só levamos a vida que a gente leva. Então é muito importante participar das entidades, participar do associativismo, porque só por meio do associativismo e da união entre as pessoas é que conseguimos fazer com que este Brasil seja um pouco melhor. Haja vista os trabalhos brilhantes que o Senhor Deputado Doutor Hércules tem feito em prol da saúde, sobretudo no combate ao tabagismo, assim como no combate a outras drogas proibidas. O fumo não é proibido, mas provavelmente faz tanto mal quanto as outras drogas. É importante trabalhar em prol da saúde. A saúde é muito importante.

O Senhor Humberto de Freitas Cosate disse que está tomando tanto remédio que provavelmente vai morrer com saúde. Mas, Humberto, a idade vai chegando e temos que realmente começar a ter nosso sustentáculo por meio de medicamentos para que possamos ter saúde e, com certeza, morrer com saúde. Isso é muito importante.

Digo a todos os jovens lojistas, em nome do Adriano Gomes Onehsorge, o presidente, e do Vinicius Lino Ventorim, o primeiro presidente da CDL Jovem, que os nossos jovens não podem

deixar essa chama se apagar; é da responsabilidade desses jovens elevarem cada vez mais as nossas entidades. Como são jovens eles têm muito caminho pela frente, não é, Humberto? O Humberto Cosate aos noventa e quatro anos está desfrutando de saúde, graças a Deus, mas esses jovens podem fazer um grande trabalho para a nossa sociedade e para as nossas entidades.

Muito obrigado por tudo. Muito obrigado, Senhor Deputado Esmael de Almeida, por esta sessão brilhante. (Muito bem!) (Palmas)

O SR. CERIMONIALISTA -

(SÉRGIO SARKIS FILHO) - Fará uso da palavra o Senhor Deputado Esmael de Almeida, Presidente desta sessão, para as considerações finais e o encerramento regimental desta sessão solene.

O SR. PRESIDENTE - (ESMAEL DE

ALMEIDA) - Estamos chegando ao final, encerrando esta brilhante sessão solene.

Gostaria de fazer uma pequena correção, ou grande, não sei, que cometi. Deixei de registrar a presença da minha querida esposa, a Doutora Izabel Marize de Almeida. Cometi essa falha, mas a corrijo neste momento. Estamos prestes a completar trinta e cinco anos de casados.

Não poderia deixar de agradecer também à CDL a oportunidade que sua diretoria me deu de estar participando, de uma maneira mais efetiva das comemorações das Bodas de Ouro dessa entidade que tanto orgulha o povo capixaba. Que Deus continua abençoando a CDL!

Ao término desta sessão a CDL oferecerá um coquetel no Salão Nobre desta Casa de Leis.

Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, especial, dia 10 de março de 2014, destinada ao comparecimento do Senhor Governador Renato Casagrande, em cumprimento ao disposto no art. 91, inciso 17, da Constituição Estadual, e no art. 1.º da Lei n.º 7.920/2004, para a qual designo Expediente: o que ocorrer, e comunico que haverá sessão ordinária dia 11 de março de 2014, cuja Ordem do Dia foi anunciada na sessão extraordinária, do dia 26 de fevereiro de 2014.

Encerra-se a sessão às vinte horas e

trinta e quatro minutos.

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HORÁRIO E LOCAL DAS REUNIÕES ORDINÁRIAS DAS COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E

REDAÇÃO Dia: terça-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,

ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS

Dia: segunda-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE

DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA

E DE LOGÍSTICA Dia: segunda-feira Horário: 9h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Dia: segunda-feira Horário: 10h30m Local: Plenário “Dirceu Cardoso”.

COMISSÃO DE CULTURA E DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Dia: segunda-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

Dia: segunda-feira Horário: 13h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Dia: terça-feira Horário: 9h Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA

E DOS DIREITOS HUMANOS Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Dia: terça-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E

PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA

Dia: terça-feira Horário: 13h30 Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA,

INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS

Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

SECRETARIA-GERAL

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral

CARLOS EDUARDO CASA GRANDE

Secretário-Geral da Mesa

JULIO CESAR BASSINI CHAMUN Procurador-Geral

MARCELO BOSIO MONTEIRO Secretário de Comunicação Social

RAULINO GONÇALVES FILHO Chefe de Gabinete da Presidência

OCTAVIO LUIZ ESPINDULA Subdiretor-Geral

PAULO DA SILVA MARTINS Subprocurador-Geral

DIRETORIAS LEGISLATIVAS

MARCELO SIANO LIMA Diretor das Comissões Parlamentares

MARCUS FARDIN DE AGUIAR Diretor de Processo Legislativo

RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA Diretor de Redação

JOÃO PAULO CASTIGLIONI HELAL Diretor da Procuradoria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

MARILUCE SALAZAR BOGHI Diretora de Taquigrafia Parlamentar

JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA DE SOUZA JÚNIOR Diretor de Tecnologia da Informação

ADRIANA DOS SANTOS FERREIRA FRANCO RIBEIRO Diretora de Documentação e Informação

JORGE ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA Diretor da Consultoria Temática

WILSON TEIXEIRA GAMA Diretor de Infraestrutura e Logística

LUIS CARLOS GIUBERTI Diretor de Segurança Legislativa

JANAÍNA DO NASCIMENTO VALOIS Diretora de Finanças