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O Sindiversões funciona de 2ª a 6ª, das 9 às 17 horas, sem interrupções. Jornal Sede: Av. Prestes Maia, 241 - 11º Andar - Conj. 1116 a 1127 _ Sta. Ifigênia - Cep :01031-902 — São Paulo — SP Telefax: (11) 3227-7866 / 3227-9477 / 3315-9376 ÓRGÃO I NFORMATIVO DO S INDICATO DOS E MPREGADOS EM C ASAS DE DIVERSÕES DE S ÃO PAULO E REGIÃO. Edição Trimestral Diretor Resp.: Elisson Zapparoli E-mail: [email protected] — Site: www.sindiversoes.com.br Jorn. Resp.: Benedito Aparecido da Silva (MTb 17.598) E-mail: [email protected] S INDIVERSÕES Nº 18 - Out / Nov / Dez 2009 A Comissão de Constitui- ção e Justiça da Câmara apro- vou, no dia 16 de setembro, a legalização dos bingos e dos caça-níqueis. Os críticos des- sa proposta afirmam que ela pode facilitar a lavagem de di- nheiro do crime organizado. Sindicalistas e trabalhado- res acompanharam a votação. Do lado patronal, alguns do- nos de bingos favoráveis a le- galização, também marcaram presença na votação que teve 40 votos a favor e 7 contra.. Os bingos e caça-níqueis foram proibidos por uma me- dida provisória do governo em 2004. Muitos recorreram à Jus- tiça para manter as atividades, mas o Supremo Tribunal Fede- ral confirmou a proibição ao decidir que a permissão para os bingos é de responsabilida- de exclusiva da União. Muitas casas de jogos fun- cionam clandestinamente ou- tras com liminares concedidas por juízes estaduais. De acordo com o projeto, além de impostos, os bingos terão que pagar ao governo uma taxa de funcionamento, também conhecida por royal- ties. O dinheiro arrecadado se- rá aplicado em saúde, esporte, cultura e segurança pública. Os bingos terão que ser cre- denciados pela Receita Federal e os ganhadores deverão ser identificados em tempo real na Receita e no Conselho de Controle de Atividades Finan- ceiras, Coaf. A proposta estabelece que cada grupo empresarial não tenha mais que três bingos. E as casas de jogos não poderão funcionar a menos de 500 me- tros de escolas e igrejas. Elisson Zapparoli, presiden- te do Sindiversões e um dos fer- renhos defensores da legaliza- ção, sustenta que os bingos vão criar empregos: “Serão mais de 120 mil empregos diretos em Mais um passo importante todo o pais e mais ou menos 200 mil empregos indiretos. Isso é importante para um país que atravessou uma crise financeira mundial e precisa urgentemen- te criar novos empregos” . Do outro lado estão os crí- ticos e puritanos que temem que o projeto de legalização dos bingos seja usados para a prática de crimes, como a lava- gem de dinheiro: “Não há ne- nhum mecanismo previsto de combate à lavagem de dinhei- ro, ou seja, esses bingos po- derão se tornar, sem nenhum rigor, sem nenhuma cautela, em grandes lavanderias, sem que nós tenhamos utilizado a experiência que vários países têm em relação ao combate a esse tipo de situação” , argu- menta o deputado Jose Eduar- do Cardozo (PT–SP). O projeto, agora, vai a ple- nário. Depois de aprovado na Câmara, o projeto terá que se- guir para o Senado. De acordo com o projeto só poderá haver um estabelecimento para cada 150 mil habitan- tes. Trabalhadores exigem “BINGOS JÁ” .. Foto: Paulo Britos - CONTRATUH CCJ da Câmara aprova legalização dos bingos Poderes – O Ministério da Fazenda e a Receita Federal terão poder de polícia na fiscalização. Controle – As operações dos bingos devem ser transmitidas on-line à Receita Federal Valor - 70% da arrecadação deve ser pa- ga em prêmios. Retorno – O poder público receberá royalties mensais de 17% da receita (des- contados prêmios e tributos). Uma parte será aplicado em programas de saúde, esporte, cultura e segurança pública. Vicio – Prevê o cadastro nacional de de- pendentes de jogos. As apostas devem ser pagas à vista para evitar endivida- mento. Proibição - Proíbe a realização de bin- gos que visem lucro e distribuam carros e outros prêmios de alto valor. Os bingos só poderão funcionar em um raio de 500 metros das escolas e igrejas. Atribuições – Cada cidade só pode ter no máximo um bingo para cada 150 mil habitantes e os bingos terão que em- pregar no mínimo 50 funcionários para cada 350 cadeiras. As regras do jogo

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Page 1: Diretor Resp.: Elisson Zapparoli CCJ da Câmara aprova ...sindiversoes.com.br/Diversoes_18.pdf · Do outro lado estão os crí-ticos e puritanos que temem que o projeto de legalização

O Sindiversões funciona de 2ª a 6ª, das 9 às 17 horas, sem interrupções.

JornalSede: Av. Prestes Maia,

241 - 11º Andar - Conj. 1116 a 1127 _ Sta. Ifigênia -

Cep :01031-902 — São Paulo — SP

Telefax: (11) 3227-7866 / 3227-9477 / 3315-9376

ÓRGÃO INFORMATIVO DO SINDICATO DOS EMPREGADOS EM CASAS DE DIVERSÕES DE SÃO PAULO E REGIÃO.Edição Trimestral

Diretor Resp.: Elisson ZapparoliE-mail: [email protected] — Site: www.sindiversoes.com.br

Jorn. Resp.: Benedito Aparecido da Silva (MTb 17.598)E-mail: [email protected]

SINDIVERSÕESNº 18 - Out / Nov / Dez 2009

A Comissão de Constitui-ção e Justiça da Câmara apro-vou, no dia 16 de setembro, a legalização dos bingos e dos caça-níqueis. Os críticos des-sa proposta afirmam que ela pode facilitar a lavagem de di-nheiro do crime organizado.

Sindicalistas e trabalhado-res acompanharam a votação. Do lado patronal, alguns do-nos de bingos favoráveis a le-galização, também marcaram presença na votação que teve 40 votos a favor e 7 contra..

Os bingos e caça-níqueis foram proibidos por uma me-dida provisória do governo em 2004. Muitos recorreram à Jus-tiça para manter as atividades, mas o Supremo Tribunal Fede-ral confirmou a proibição ao decidir que a permissão para os bingos é de responsabilida-de exclusiva da União.

Muitas casas de jogos fun-cionam clandestinamente ou-tras com liminares concedidas

por juízes estaduais.De acordo com o projeto,

além de impostos, os bingos terão que pagar ao governo uma taxa de funcionamento, também conhecida por royal-ties. O dinheiro arrecadado se-rá aplicado em saúde, esporte, cultura e segurança pública. Os bingos terão que ser cre-denciados pela Receita Federal e os ganhadores deverão ser identificados em tempo real na Receita e no Conselho de Controle de Atividades Finan-ceiras, Coaf.

A proposta estabelece que cada grupo empresarial não tenha mais que três bingos. E as casas de jogos não poderão funcionar a menos de 500 me-tros de escolas e igrejas.

Elisson Zapparoli, presiden-te do Sindiversões e um dos fer-renhos defensores da legaliza-ção, sustenta que os bingos vão criar empregos: “Serão mais de 120 mil empregos diretos em

Mais um passo importante

todo o pais e mais ou menos 200 mil empregos indiretos. Isso é importante para um país que atravessou uma crise financeira mundial e precisa urgentemen-te criar novos empregos”.

Do outro lado estão os crí-ticos e puritanos que temem que o projeto de legalização dos bingos seja usados para a prática de crimes, como a lava-gem de dinheiro: “Não há ne-nhum mecanismo previsto de combate à lavagem de dinhei-ro, ou seja, esses bingos po-derão se tornar, sem nenhum rigor, sem nenhuma cautela, em grandes lavanderias, sem que nós tenhamos utilizado a experiência que vários países têm em relação ao combate a esse tipo de situação”, argu-menta o deputado Jose Eduar-do Cardozo (PT–SP).

O projeto, agora, vai a ple-nário. Depois de aprovado na Câmara, o projeto terá que se-guir para o Senado.

De acordo com o projeto só poderá haver um estabelecimento para cada 150 mil habitan-

tes. Trabalhadores exigem “BINGOS JÁ”..

Foto

: Paulo

Brito

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NTR

ATUH

CCJ da Câmara aprova legalização dos bingos

Poderes – O Ministério da Fazenda e a Receita Federal terão poder de polícia na fiscalização.Controle – As operações dos bingos devem ser transmitidas on-line à Receita FederalValor - 70% da arrecadação deve ser pa-ga em prêmios.Retorno – O poder público receberá royalties mensais de 17% da receita (des-contados prêmios e tributos). Uma parte será aplicado em programas de saúde, esporte, cultura e segurança pública.Vicio – Prevê o cadastro nacional de de-pendentes de jogos. As apostas devem ser pagas à vista para evitar endivida-mento.

Proibição - Proíbe a realização de bin-gos que visem lucro e distribuam carros e outros prêmios de alto valor. Os bingos só poderão funcionar em um raio de 500 metros das escolas e igrejas.Atribuições – Cada cidade só pode ter no máximo um bingo para cada 150 mil habitantes e os bingos terão que em-pregar no mínimo 50 funcionários para cada 350 cadeiras.

As regras do jogo

Page 2: Diretor Resp.: Elisson Zapparoli CCJ da Câmara aprova ...sindiversoes.com.br/Diversoes_18.pdf · Do outro lado estão os crí-ticos e puritanos que temem que o projeto de legalização

SINDIVERSÕES02 Out / Nov / Dez 2009

DiretoriaEFETIVOS - Elisson Zapparoli, Paulo Sérgio Marques, Luiz Tanaka, Francisco de Assis dos Santos e Benedito Aparecido.DIRETORIA - SUPLENTES - Daniel Leite Patines, Edu-ardo Pedro da Silva e Severino João dos Santos.CONSELHO FISCAL - EFETIVOS - Nilo José Vieira, Neide Nadai e Altìno de Paula Bezerra. CONSELHO FISCAL - SUPLENTES - Raimundo Perei-

ra Amurim e Anderson Vasconcelos da Silva.DELEGADOS AO CONSELHO DA FEDERAÇÃO - Elisson Zapparoli e Reginaldo Gomes de Araújo.DELEGADOS AO CONSELHO DA FEDERAÇÃO - SUPLENTES - Paulo Sérgio Marques e Arnaldo Pru-dëncio de Queiroz.DELEGADO A CONFEDERAÇÃO - Elisson Zapparoli.DELEGADO A CONFEDERAÇÃO - SUPLENTE - Francisco de Assis dos Santos.

Elisson Zapparoli é presidente do Sindiversões, diretor executivo para assuntos de diversões e tu-

rismo da Contratuh e diretor secretário da Fethesp.

Elisson Zapparoli

Foto

: Nak

ano

Importante ano para nossa

categoria

Motorista poderá portar cópia do certificado de licenciamento do veículo

O Senado aprovou na noite do dia 16 de setembro um projeto de lei que unifica os documentos de identifi-cação. O Projeto de Lei da Câ-mara (PLC) 46/03, que agora vai à sanção presidencial, de-termina que o Cadastro de Pessoa Física (CPF), a Cartei-ra de Trabalho e Previdência Social (CTPS), a Carteira Na-cional de Habilitação (CNH) e o passaporte passem a ter

Senado aprova projeto que prevê único número para documentos de identificação

o mesmo número do Regis-tro da Identidade Civil (RG).

O projeto também exi-ge que a carteira de iden-tidade contenha o tipo e o fator sanguíneo do titular e permite, a pedido do dono do documento, a inclusão de carimbo para comprovar deficiência física. A deficiên-cia deverá ser atestada por autoridade de saúde com-petente.

De acordo com o relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cida-dania (CCJ), Almeida Lima (PMDB-SE), o projeto tem por objetivo evitar fraudes e aperfeiçoar a identifica-ção civil. O senador também destacou que a exigência de registrar o fator sanguínio na carteira de identidade irá fa-cilitar o atendimento médico em casos de emergência.

Jornal do Senado - O Plenário do Senado aprovou o PLC 155/08, que permite aos motoristas utilizarem cópia autenticada do Cer-tificado de Licenciamento Anual de Veículo. Resolução do Contran, de 2007, deter-minava que a fiscalização considerasse apenas o do-cumento original.

A proposta, do deputa-

do Eliseu Padilha e relatada na CCJ por Neuto de Conto (PMDB-SC), altera artigo do Código de Trânsito Brasileiro permitindo o porte de cópia do referido documento em substituição ao original, des-de que autenticada em car-tório ou pela repartição de trânsito que o expediu.

Para Neuto de Conto, “com os recursos propicia-

Empregado poderá escolher o banco onde quer receber o salário

Jornal do Senado - O direito de escolher em que banco, agência e conta o trabalhador quer receber o salário pode estar mais per-to. A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou proje-to que tira do empregador o poder de impor o banco ao empregado. Já o Servidor público só terá a conta-sala-rios a partir de 2012.

Pelo texto aprovado, do relator Inácio Arruda (PCdoB-CE), caberá ao trabalhador privado e ao aposentado ou pensionista indicar a institui-ção bancária de sua prefe-rência para receber seus ven-cimentos. Arruda se baseou em dois projetos de 2004 (PLSs176 e 340), dos senado-

res Romeu Tuma (PTB-SP) e Aloizio Mercadante (PT-SP).

Segundo Mercadante, atribuir ao empregador a es-colha de uma única institui-ção financeira para gerenciar a folha de pagamento é uma reserva de mercado que fa-vorece os bancos. Como os empregados representam um mercado cativo, a concor-rência deixa de existir, fazen-do com que as instituições cobrem tarifas e juros maio-res do que cobrariam se os assalariados pudessem esco-lher outro banco.

– A legislação que rege o pagamento dos salários dos empregados é uma violação do direito individual – afirma.

Para Inácio Arruda, o pro-

jeto vai facilitar a vida dos tra-balhadores. O empregador escolhe o banco de sua con-veniência, que proporcione mais ganho e comodidade para a empresa. Porém, diz, o ideal é que o trabalhador possa escolher a agência mais próxima do seu local de trabalho ou da sua casa, o que beneficiaria inclusive as suas atividades profissionais.

Hoje, através da Resolu-ção 3.402/06, os bancos es-tão proibidos de cobrar tari-fas sobre as contas-salário. A resolução, que não tem força de lei, resolveu o problema das tarifas, mas não garantiu o direito de escolha, comenta Elisson Zapparoli, presidente do Sindiversões.

dos pela tecnologia da infor-mática, o poder público tem acesso a modernos meios de comunicação que oferecem informações sobre eventu-ais irregularidades relativas a veículos ou motoristas, de modo que a atividade de fiscalização pode ser plena-mente exercida sem criar transtornos ou despesas adi-cionais para os cidadãos”.

A partir de setembro do ano pas-sado o mundo viveu uma das piores crises financeiras já vista na história. Numa economia globalizada, ela se

espalhou como o fogo se espalha num monte de palha seca. Em al-

guns países, como veio, também se foi. Aqui no Brasil as autoridades se vangloriam da estabilidade da eco-

nomia, tanto que em muitos setores, entre eles o de entretenimento, a

crise passou longe.No mês em que o Sindiversões

completa o seu Jubileu de Ouro, demos início a nossa campanha

salarial e se o setor não sofreu com a crise, queremos a nossa parte

no bolo. Por isso já dissemos aos patrões que não abrimos mão das

nossas conquistas e queremos reajustes que amenizem as perdas provocadas pela histeria de quem

apostou nas consequências nefastas da crise.

Como o país voltou a estabilida-de e foi um dos primeiros a retomar

o crescimento, também não abrimos mão dos empregos extintos com pirotecnia eletrônica à época do

fechamento dos bingos. Estamos quase atravessando a escuridão,

mas já há muita gente querendo ser a luz do fim do túnel.

Se até o final do ano o Congres-so aprovar a redução da jornada

para 40 horas semanais e os deputa-dos confirmarem a legalização dos

Bingos, o Jubileu do Sindiversões entra para a história como o ano em

que os trabalhadores e, particular-mente os da nossa categoria, obtive-

ram grandes conquistas. Nesta caminhada, o apoio dos

companheiros que desde o início acompanham a nossa batalha pela legalização têm sido fundamental

para chegarmos à vitória final.

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SINDIVERSÕES 03Out / Nov / Dez 2009

Horário de refeiçãoDe acordo com o Artigo 71 da CLT,

“Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 horas, é obrigató-ria a concessão de um intervalo para re-pouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de uma hora e, salvo acordo es-crito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de duas horas. Não excedendo de 6 horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 minutos quando a duração ultrapas-sar 4 horas”.”

Já o parágrafo segundo do Artigo 230 determina que “as empresas não poderão organizar horários que obri-guem os empregados a fazer a refeição do almoço antes das 10 e depois das 13 horas e a de jantar antes das 16 e de-pois das 19:30 horas”.

Feriadão

Quem tem dinheiro na caderne-ta de poupança tem que ficar prepar-do. O governo vai cobrar imposto de quem tem mais de R$ 50 mil deposita-dos na poupança e incidir apenas so-bre os rendimentos.

A taxa proposta é de 22,5%. Se for aprovado, o novo imposto não vai atingir todas as contas. O poupador vai pagar todo esse imposto, mas apenas sobre os rendimentos das cadernetas que ultrapassarem R$ 50 mil.

A antecipação da maioria dos fe-riados que ocorrerem no meio da se-mana para as segundas-feiras pode-rá ser transformada em lei. O projeto é do deputado Milton Monti (PR-SP) e foi aprovado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). A matéria segue para o Senado e se aprovada vai à sanção pre-sidencial.

Com exceção dos dias 1º de janei-ro, Carnaval, Sexta-feira Santa, 7 de se-tembro e 25 de dezembro, todos os fe-riados seriam antecipados. Havendo mais de um mesma semana, o segun-do passará para a semana seguinte.

Mais imposto

Foto: Paulo Britos / CONTRATUH

Redução da jornada volta ao debate

A redução da jornada sema-nal de trabalho de 44 para 40 horas foi aprovada, no dia 30 de junho, pela Comissão Especial da Câmara que analisou o mérito da proposta de emenda à Constitui-ção (PEC 231/95). De autoria dos ex-deputados e hoje senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), a PEC foi relatada pelo deputado Vicentinho (PT-SP), que deu parecer favorável à pro-

posta. O parecer foi aprovado por unanimidade na Comissão Espe-cial. Além de reduzir a jornada de trabalho, a PEC aumenta de 50% para 75% o valor a ser acrescido na remuneração das horas extras. Cerca de mil representantes de entidades sindicais, acompanha-ram a discussão e a aprovação do parecer de Vicentinho.

No dia 25 de agosto, numa nova demonstração de união, as

centrais sindicais lotaram as gale-rias da Câmara para acompanhar os debates da Comissão Geral onde os deputados discutiam os prós e contras da redução da jornada. Aprovada na comissão, a PEC terá que ser votada em dois turnos no plenário da Câmara. Para ser aprovada, são necessá-rios no mínimo 308 votos favorá-veis. Aprovada na Câmara, a PEC será encaminhada para discussão e votação no Senado Federal. O senador Inácio Arruda, que acom-panhou a votação da PEC de sua autoria, espera que a matéria seja votada o quanto antes na Câma-ra. Segundo ele, os defensores do projeto pretendem promover uma grande articulação e colocar na Casa milhares de pessoas para acompanhar o processo.

Um estudo do Dieese, depar-tamento de assessoria econômica dos trabalhadores, mais de 2 mi-lhões de novos postos de trabalho deve ser gerado caso a proposta seja aprovada. A medida deve en-trar em discussão ainda este mês na Câmara Federal.

Meio esquecida nos últimos meses, a redução da jornada voltou a ser prioridade para centrais.

Com luta Sindiversões completa Jubileu de OuroNo dia 26 de agosto o Sindiversões com-

pletou o Jubileu de Ouro. São 50 anos de lutas e conquistas em favor dos trabalhadores que atu-am no setor de entretenimento, importante seg-mento econômico de geração de divisas para a nossa Cidade.

Como o maior Sindicato na área de entrete-nimento do país, apostamos que até o final do ano, com a reabertura dos bingos que também integram as atividades do Sindiversões, mais 120 mil companheiros vão integrar a nossa grande família em todo o País.

Nesta data importante cumprimentamos todos os trabalhadores da categoria e reafirma-mos o nosso compromisso de não abandonar a luta até a vitória final que é a conquista dos em-pregos ceifados com o fechamento dos bingos.

Visando estabelecer os novos índices de reajustes salariais para os próximos 12 meses, a direto-ria do Sindiversões já iniciou as negociações com todos os sin-dicatos patronais e empresas da categoria. Até o fechamento des-ta edição nada foi definido. Os resultados das diversas negocia-ções estarão disponíveis no Site do Sindiversões, bem como em circulares que serão distribuídas nas empresas.

Entre as principais reivin-dicações da categoria estão: a reposição salarial, aumento real; participação nos lucros ou re-sultados (PLR; auxílio-creche; fim do assédio moral; cesta básica; fim das demissões sem motivo; e redução da jornada para 40 ho-ras sem a redução dos salários, projeto que está na Câmara dos Deputados e que “nós queremos ver incorporado à CCT para ga-rantir melhorias nas condições

de saúde dos trabalhadores amenizando os riscos de aci-dentes e doenças “ocupacionais, como as Lesões por esforços re-petitivos (Lers) que são agrava-das pelas longas jornadas” disse Elisson Zapparoli, presidente do Sindiversões. Já entregamos a pauta, mas se o trabalhador qui-ser um reajuste condizente com a realidade, ele tem estar atento e atender as convocatórias do Sindicato, finaliza o presidente.

Nossa pauta já foi entregueCampanha Salarial 2009/ 2010

Redução da jornada

Imposto justoO número de acidentes de traba-

lho no Brasil aumentou e muito. Uma pesquisa do Ministério do Trabalho apontou que a falta de equipamen-tos de segurança é uma das princi-pais causas dos acidentes de trabalho. Agora, para incentivar a prevenção o governo vai mexer no bolso das em-presas. Quem não reduzir os números vai pagar mais imposto.

O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu os proces-sos que pedem ao Tribunal Superior Eleitoral a cassação do mandato de go-vernadores, senadores e deputados fe-derais, apanhados em falcatruas nas eleições passadas. O pedido foi apre-sentado por cinco partidos que consi-deram que o julgamento deve ser dos tribunais regionais eleitorais.

Se o plenário do Supremo confir-mar a decisão de Eros Grau, será aberto um precedente perigoso que possibili-ta a políticos cassados pelo TSE retoma-rem os cargos.

Retrocesso

No ano do Jubileu de Ouro diretoria do Sindiversões está empenhada na recuperação dos empregos perdidos com a proibição dos Bingos.

Foto: Nakano

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SINDIVERSÕES04 Out / Nov / Dez 2009

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O Sindiversões também está na Internetwww.sindiversoes.com.br

Direito da gestante

Pis

CEF começa a pagar o PIS

Nascidos em a partir de prazo máximo julho 11/08/2009 30/06/2010 agosto 19/08/2009 30/06/2010 setembro 26/08/2009 30/06/2010 outubro 10/09/2009 30/06/2010 novembro 15/09/2009 30/06/2010 dezembro 22/09/2009 30/06/2010 janeiro 08/10/2009 30/06/2010 fevereiro 15/10/2009 30/06/2010 março 22/10/2009 30/06/2010 abril 11/11/2009 30/06/2010 maio 18/11/2009 30/06/2010 junho 25/11/2009 30/06/2010

Desde o dia 11 de agosto a Caixa Economica Federal está pagando o abono salarial rela-tivo ao exercício 2009/2010. O abono, no valor de um salário mínimo (R$ 465), é concedido a todo trabalhador que tra-balhou com carteira assinada por pelo menos 30 dias ou que tenha sido nomeado efe-tivamente em algum cargo público e que tenha recebido em média até dois salários mínimos no período. Veja a tabela ao lado.

Tabela de pagamento

Crime

O assédio sexual é uma prática reconhecida nos locais de trabalho, único local reco-nhecido pela lei e passível de punição. “Segundo o artigo 216-A do Código Penal Brasi-leiro, o assédio sexual consiste em constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual”.

Para cientistas que investi-gam o assunto, existem vários motivos para uma pessoa pra-ticar o assédio, entre elas pro-blemas mentais, traumas, falta de noção de limites e até mes-mo luta por poder. Não existe uma relação entre assediador e assediado. O assediador sem-pre procura a sua vítima e esta, nem tem conhecimento disso e muitas vezes demora a per-ceber o assédio,

Desde maio de 2001 o

assédio sexual é tratado como crime, punido com detenção, de um a dois anos.

Apesar de rigorosa, a lei deixou uma brecha, quando determina que a pessoa que praticou o crime deve ser um superior da vítima dentro da hierarquia da empresa. Ou seja, as pessoas que exercem a mes-ma função ou cargo inferior estariam “livres” deste artigo do Código Penal.

Outro problema comum é a confusão entre assédio moral com assédio sexual. O assédio moral que se caracte-riza por uma conduta que cos-tuma menosprezar a pessoa, transformá-la num robô. Em qualquer destes casos o Sindi-cato deve ser avisado para que medidas cabíveis possam ser tomadas

Assédio sexual é crime

Adicional transferênciaA transferência para

trabalhar em local di-ferente do que constar do contrato de trabalho, somente pode ocorrer com a concordância do empregado, salvo se no contrato de trabalho já houver previsão de trans-ferência e essa previsão for necessária.

Mesmo sem previsão e se houver comprovada necessidade de serviço o empregador poderá de-terminar que o emprega-do exerça a sua função em outro local que não seja o de contratação, mas terá que pagar os dias traba-lhados fora do local com acréscimo de 25%.

Quando a transferên-cia ocorrer em definitivo, a empresa deverá pagar as despesas da transferência.

A transferência do em-pregado em definitivo ou provisoriamente somente pode ocorrer dentro da-quilo que expressamente dispõe os Artigos 468 e 469 da CLT.

Direitos dos trabalhadores

A situação dos trabalhadores da Fundação Parque Zoológico está cada vez mais difícil, tendo em vista a ação dos dirigentes do zoo-lógico de São Paulo, que agora es-tão pressionando os trabalhadores para que compareçam ao sindicato e ali solicitem o cancelamento de sua inscrição associativa.

Isto ocorre porque entende aquela diretoria que os emprega-dos deverão ser assistidos pelo Sin-dicato dos Servidores Públicos por serem eles trabalhadores em uma fundação de direito público.

Ocorre que esse não é o enten-dimento do Poder Judiciário, pois na realidade a fundação parque zoológico de São Paulo, tem rendi-mentos próprios de suas atividades, o que a exclui do entendimento de que seja considerada da forma que

pretende ela, mas sim como funda-ção de direito privado e, tanto isso é verdade que o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho de São Pau-lo, aceitou a sua competência para apreciar e julgar o dissídio coletivo, garantindo todas as conquistas an-teriores dos trabalhadores do Zoo-lógico.

Portanto, o que pretende a Fundação Parque Zoológico é fa-zer com que os trabalhadores per-cam as conquistas e recomecem novas lutas em outra categoria profissional.

Vamos impedir de todas as for-mas possíveis tal procedimento, in-clusive já existe em tramitação na Justiça do Trabalho um processo em que será discutido esse proce-dimento nefasto e com visível pre-juízo para a classe operária.

Aumenta a pressão da direção do Zoo sobre os trabalhadores

Estabilidade da gestante começa na gravidez

A legislação garante a trabalhadora gestante uma estabilidade no emprego a partir da confirmação da gra-videz. Determina ainda que o período de licença-materni-dade da empregada gestante é de 120 dias, sem prejuízo do emprego ou do salário.

O Artigo 10, II, “b” do Ato das Disposições Constitucio-nais Transitórias da Constitui-ção Federal de 1988, vai mais longe e confere à empregada gestante a estabilidade pro-visória, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.

Outro mecanismo que favorece as trabalhadoras é a Lei 11.770/2008, que instituiu o Programa Empresa Cidadã, e que possibilita a prorroga-ção por 60 dias desde que a

empregada se manifeste ou ainda quando a própria em-presa aderir voluntariamente ao programa.

Apesar dos mecanismos de proteção, muitas empre-sas fazem vistas grossas e op-tam pelo desligamento arbi-trário. É bom lembrar que a demissão da empregada grá-vida torna-se um risco para o empregador. A legislação busca assegurar não só a ga-rantia do emprego, mas tam-bém as condições básicas de sustento ao recém nasci-do, pelo período de, no míni-mo, cinco meses após o par-to. Se alguma companheira perdeu o emprego durante a gravidez, procure o Sindica-to. Providências enérgicas se-rão adotadas para preservar o seu direito.