direitos reais de fruição - blog de apoio aos alunos da uedi · •se na servidão de passagem,...

41

Upload: nguyenhanh

Post on 10-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser
Page 2: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

Direitos Reais de Fruição

Direitos Reais de

Uso e Fruição

Enfiteuse

Usufruto

Uso

Habitação

Servidão

Page 3: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

Direitos Reais de Fruição

Direitos de Fruição

Usar Fruir

Page 4: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Direito Romano

• Servitus = escravidão

• Servidão predial

• servidões

• Servidão pessoal

• Usufruto, uso e habitação

• Servidão legal

• Direitos de vizinhança

Conceito

• Direito real sobre coisa imóvel, que impõe restrições em um prédio em proveito de outro, pertencente a diferente dono

• Prédio serviente

• Sofre a servidão

• Prédio dominante

• Recebe utilidade

• Art. 1.378

Page 5: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

características

• inalienabilidade

• é direito acessório ao da propriedade, não há como apartá-la

• indivisibilidade

• não pode ser instituída em parte ideal do prédio

• art. 1386, CCB

• atipicidade

• não são numerus clausus

• impresumibilidade

• art. 696 CCB/1916: “a servidão não se presume”

• o domínio presume-se pleno

Page 6: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Distinções

• Servidão x Direitos de Vizinhança

• D. v. são limitações impostas a todos os prédios, em razão da sua proximidade, e importam restrições recíprocas

• Servidão possui restrição unilateral, não há reciprocidade

• Servidão x Usufruto, uso e habitação

• Nos outros, há o caráter pessoal da concessão do direito, como se fosse uma servidão pessoal, um homem a serviço do outro

• Servidão x atos de tolerância

• Eles são precários e transitórios

Page 7: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Classificação (pelo modo de exercício)

• Servidões positivas

• Titular do prédio dominante pode praticar algum ato no prédio serviente

• Trânsito e de aqueduto

• Servidões negativas

• Titular do prédio serviente deve abster-se da prática de determinado ato

• Não construir ou não abrir janelas

• Servidões contínuas

• As que dispensam atos humanos para que sejam exercidas

• Energia elétrica, escoamento, passagem de água

• Servidões descontínuas

• As que dependem, para o seu exercício de atos permanentes do titular do prédio dominante

• Servidão de passagem

• Servidões aparentes

• As que se revelam por sinais exteriores, demonstrando que alguém concedeu visibilidade à propriedade

• Deferem tutela possessória

• Servidões não aparentes

• Não tem sinal externo de sua existência

• Proibição de edificar acima de determinada altura

Page 8: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Importância da classificação

• Identificação de conflitos possessórios

• Somente podem ser objeto de posse as servidõescontínuas e aparentes, ou também as descontínuas, desdeque seu título provenha da hipótese do art. 1.213, CCB.

• Somente as servidões aparentes são sujeitas a usucapião

• As servidões não aparentes somente se constituemmediante registro

• Art. 1.379

• Caracterizar aquelas que são passíveis de extinção pelo art. 1.389, III, CCB.

Page 9: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Modos de Constituição

• Negócios unilaterais

• Testamento

• Art. 1.378

• destinação do pai de família.

• o proprietário de dois prédios contíguos estabelecerá em um deles a serventia em favor dooutro, que ser transformará em servidão ao tempo da separação do domínio dos doisprédios.

• Contrato

• Necessita do registro, pois que gera apenas efeitos pessoais

• Art. 1227, CCB.

• Usucapião

• Art. 1.379, CCB.

• Somente cabível nas servidões aparentes

• Nas servidões não aparentes ou descontínuas somente se adquirem pelo registro, postoinsusceptíveis de posse

• Súmula 415, STF

• Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizadopor obras, etc., poderá ser suscetível de aquisição por usucapião

Page 10: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Exercício

• Deve ser exercitada nos limites da necessidade do prédio dominante e não admiteinterpretação extensiva

• Art. 1.385

• Dono do prédio dominante é responsável pelas despesas e obras necessárias aouso e a conservação da servidão

• Art. 1.381

• Dono do prédio serviente não pode prejudicar o possuidor do prédio dominante

• Art. 1.383

• Nenhuma obrigação positiva cabe ao dono do prédio serviente, exceto seconvencionado que caberá a ele arcar com os custos das obras

• Nesse caso, pode ele se esquivar da obrigação se abandonar a propriedade aodono do solo dominante

• Art. 1.382

• Possibilidade de remoção da servidão

• Art. 1.384

Page 11: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Servidão administrativa

• Não há existência de um prédio dominante, pois que dominante é a utilidade pública

Extinção da servidão

• Art. 1.387 a 1.389

Page 12: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO

Ações

• Petitórias

• Negatória

• Confessória

• Possessórias

• Manutenção

• Reintegração

• Interdito

• Tutela específica das obrigações de não fazer

• Art. 461, CPC

• Caso o possuidor do prédio dominante esteja usando indevidamente a servidão

Page 13: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

SERVIDÃO (JURISPRUDÊNCIA STJ)

DIREITO CIVIL. SERVIDÕES LEGAIS E CONVENCIONAIS. DISTINÇÃO. ABUSO DE DIREITO. CONFIGURAÇÃO.

• Há de se distinguir as servidões prediais legais das convencionais. As primeiras correspondemaos direitos de vizinhança, tendo como fonte direta a própria lei, incidindo independentementeda vontade das partes. Nascem em função da localização dos prédios, para possibilitar aexploração integral do imóvel dominante ou evitar o surgimento de conflitos entre osrespectivos proprietários.

• As servidões convencionais, por sua vez, não estão previstas em lei, decorrendo doconsentimento das partes.

• Na espécie, é incontroverso que, após o surgimento de conflito sobre a construção de murolindeiro, as partes celebraram acordo, homologado judicialmente, por meio do qual foramfixadas condições a serem respeitadas pelos recorridos para preservação da vista da paisagema partir do terreno dos recorrentes. Não obstante inexista informação nos autos acerca doregistro da transação na matrícula do imóvel, essa composição equipara-se a uma servidãoconvencional, representando, no mínimo, obrigação a ser respeitada pelos signatários doacordo e seus herdeiros.

• Nosso ordenamento coíbe o abuso de direito, ou seja, o desvio no exercício do direito, de modoa causar dano a outrem, nos termos do art. 187 do CC/02. Assim, considerando a obrigaçãoassumida, de preservação da vista da paisagem a partir do terreno dos recorrentes, verifica-se que os recorridos exerceram de forma abusiva o seu direito ao plantio de árvores,descumprindo, ainda que indiretamente, o acordo firmado, na medida em que, por viatransversa, sujeitaram os recorrentes aos mesmos transtornos causados pelo antigo muro dealvenaria, o qual foi substituído por verdadeiro “muro verde”, que, como antes, impede a vistapanorâmica. Recurso especial conhecido e provido.

• (REsp 935.474/RJ, Rel. Ministro ARI PARGENDLE19/08/2008, DJe 16/09/2008)R, Rel. p/ AcórdãoMinistra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em

Page 14: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO

conceito

• direito real temporário concedido a uma pessoa paradesfrutar um objeto alheio como se fosse próprio, contudosem alterar-lhe a substância

• usar e gozar coisa alheia sem alterar-lhe a substância

Ocorre um fracionamento da propriedade

• usufrutuário

• recebe os frutos naturais, industriais e civis, retirandoproveito econômico da coisa

• nu proprietário

• remanesce com a propriedade, com a faculdade dedisposição da coisa em sua própria substância

Page 15: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO

Características

• Temporário

• Não pode ultrapassar a vida do usufrutuário

• Art. 1.410, II

• Intuitu personae

• Morte usufrutuário autoriza ação de reintegração de posse pelo nu proprietário

• Com este remanesce a posse indireta

• Intransmissível

• Usufrutuário não pode alienar, gratuita ou onerosamente, o bem a terceiros

• Art. 1.393

• Excepcionalmente, admite-se a consolidação da propriedade plena pelo nu-proprietário, com a finalidade de resgate do domínio neste

• Art. 1.410, VI

• Há também possibilidade do usufrutuário renunciar o seu direito

• Art. 1.410, I

Page 16: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO

Distinção

• Locação e comodato

• Tem natureza obrigacional,portanto, possuem eficáciarelativa

• Usufruto é oponível erga omnes,dada a sua natureza de direito real

Page 17: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Objeto (art. 1390, CCB)

bem imóvel

• deve ser registrado no RI

• art. 1.391

• não há necessidade, se decorrer dopoder de família

• art. 1.689, I

• se o usufruto decorrer deusucapião, o registro serámeramente declaratório

bem móvel

• deve ser infungível e inconsumível

• usufrutuário deve conservar asubstancia da coisa

• art. 1.392, p. 1o

• se entre os acessórios houverbens consumíveis, há 2 soluções

• se for fungível

• deve restituir coisa domesmo gênero, quantidadee qualidade, como nocontrato de mútuo

• chamado de quase-usufruto ou usufrutoimpróprio

• se for infungível

• deve restituir o valor

Page 18: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Objeto (art. 1390, CCB)

florestas ou recursos minerais

• pode ter como objeto arboricultura de relevo econômico

• ou também explorar o subsolo

direitos

• pode recair sobre direitos de natureza real ou pessoal, desde que sejam transmissíveis

• superficiáriopode outorgar o usufruto do seu direito a terceiros

• art. 1.373

créditos

• usufrutuário pode cobrar o crédito do nu-proprietário e aplicar os recursos na forma do art. 1.395, guardando consigo os recursos obtidos com a aplicação

• se não fizer isso, responde na forma do art. 1.410, VII

Page 19: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Modo de Constituição

Usufruto legal

• Instituído pela lei com caráter protetivo, em benefício daqueles que estão em presumível estado de vulnerabilidade

• Art. 1.689

• Não cabe nos bens do art. 1.693

• Cessa nos casos do art. 1.635

Usufruto indígena

• As terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas são propriedade da União

• Art. 20, XI, CF

• Os indígenas possuem usufruto permanente sobre as riquezas do solo

• Art. 231, p. 2o, CF

• Responsabilidade da União pelos danos causados pelas queimadas dos indígenas

Page 20: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Modo de Constituição

Usufruto judicial

• A execução deve ser realizada da forma menos onerosa para o devedor

• Princípio da favor debitoris

• Art. 620, CPC

• É lícito que o credor obtenha a satisfação de seu crédito mediante ousufruto judicial, alternativa para a alienação em hasta pública ouadjudicação do bem

• Art. 716, CPC

• Usufruto tem natureza pro solvendo

• Somente libera o devedor se conseguir pagar o débito

• Caso contrário, o credor ainda pode levar o bem a hasta pública

• Se fosse pro soluto, uma vez transacionada, o devedor estaria liberado

• Pode-se dar mediante a retirada sobre o faturamento diário daempresa, mediante a nomeação de um administrador pelomagistrado

Page 21: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Modo de Constituição

Usufruto voluntário ou convencional

• Resulta de negócio jurídico, unilateral ou bilateral, inter vivos ou causamortis

• contrato ou testamento

• 2 formas de criação

• alienação

• nu-proprietário transfere o direito real de usufruto ao usufrutuário

• retenção do usufruto

• surge de forma inversa

• o proprietário estipula um contrato de doação e se reserva aousufruto do bem

• atenção para não configurar fraude contra credores

• art. 158

Page 22: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Modo de Constituição

usufruto misto por usucapião

• art. 1.391

• usufrutuário que recebeu posse a nondomino, através de usufruto celebrado com quem não era o verdadeiro dono do imóvel

• somente havia a intenção de ser usufrutuário e não dono, por isso não há que se falar em aquisição da propriedade nessa modalidade

Page 23: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Direitos do Usufrutuário

Direitos do Usufrutuário (art. 1.394, CCB)

PosseUso e

AdministraçãoPercepção dos

Frutos

Page 24: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO - Direitos do Usufrutuário

Direito à posse da coisa

• Usufrutuário tem posse justa e direta, como condição básica ao exercício do seu direito

• conseqüência do jus utendi e fruendi

• se o nu-proprietário se recusa a dar a posse, cabe a ação de imissão de posse

• já houve aquisição do direito real de usufruto

• tem ação possessória contra terceiros e contra o próprio nu-proprietário

• tem ação confessória

• espécie de reivindicatória do usufrutuário

Direito de Fruir

• Percebe os frutos naturais, civis e industriais, além dos produtos

• Usufruto pleno

• Sem restrições

• Usufruto restrito

• Há restrições à fruição do bem

• Direito aos frutos

• Art. 1.396 a 1.398

Page 25: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Obrigações do Usufrutuário (art. 1.400, CCB)

Inventariar os bens recebidos

• Descrever de forma pormenorizada os objetos e o estado em que se encontram

Dar caução real ou fidejussória

• Na hipótese do proprietário requerer estas garantias

• Se o usufrutuário não as puder dar, a administração volta ao nu-proprietário

• Art. 1.401

Conservar a coisa como bônus pater famílias e restituí-la no mesmo estado em que a recebeu

• Art. 1.403

Reparações extraordinárias e ordinárias que não forem a custo módico cabem ao nu-proprietário

• Art. 1.404

Page 26: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO - Extinção

quanto ao sujeito

• art. 1.410, I

• morte do usufrutuário

• usufruto simultâneo

• direito real é constituído em nome de várias pessoas

• art. 1.411

• se for constituído com cláusula de direito de acrescer, morto um dos usufrutuários, o respectivo direito acresce aos demais

• não há necessidade da cláusula no legado de usufruto

• art. 1.946

• por renúncia

• art. 1410, I

• deve se realizar pelo cancelamento, como ato de abdicação normal

• art. 167, §2º, Lei 6.015/73

• por culpa do usufrutuário, que deprecia o bem

• art. 1.410, VII

• ou no usufruto de crédito, o usufrutuário não aplicou os valores conforme o art. 1.395

Page 27: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO - Extinção

quanto ao objeto

• destruição total da coisa

• art. 1.410, V

• não haverá perda, mas sub-rogação real da coisa por indenização, nas hipóteses dos arts. 1.409 e 1.408

• indenização, no caso de desapropriação

• prêmio do seguro

• indenização paga pelo terceiro causador do dano

quanto à própria relação jurídica

• consolidação

• art. 1.410, VI

• termo

• art. 1.410, II

• implemento de condição resolutiva

• prescrição

• art. 1.410, VIII

• art. 205, prazo começa a correr do último ato de fruição

• cessação do motivo de que se origina

• art. 1.410, IV

• usufruto legal do pai sobre bens do filho

• resolução da propriedade

• quando instituído sobre propriedade resolúvel

• art. 1.359

• usufruto de empresa

• art. 1.410, III

Page 28: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Jurisprudência STJ

DIREITO CIVIL. USUFRUTO VIDUAL. PEDIDO DE EXTINÇÃO FORMULADO POR NU-PROPRIETÁRIO, COM FUNDAMENTO EM ACÚMULO, POR PARTE DOUSUFRUTUÁRIO, DE DÍVIDAS INCIDENTES SOBRE O IMÓVEL. PROCEDÊNCIA.

• - O CC/16 prevê, em seu art. 1.611, §1º, como causa para a extinção do usufrutovidual, apenas a 'cessação da viuvez'. Contudo, o usufruto, como gênero, subdivide-se nas espécies de convencional e legal. O usufruto vidual nada mais é que uma sub-espécie do usufruto legal, de modo que, além da hipótese de extinção disciplinadano art. 1.611, §1º, aplicam-se a ele também aquelas previstas no art.739 do CC/16.

• - O inc. IV do art. 739 do CC/16 determina a extinção do usufruto quando ousufrutuário "aliena, deteriora ou deixa arruinar os bens, não lhes acudindo com osreparos de conservação". O acúmulo de dívidas de responsabilidade do usufrutuáriosobre o imóvel inclui-se entre as causas de extinção descritas nesse inciso,notadamente na hipótese em que a desídia do usufrutuário chega a ponto de permitira propositura de ação de execução pelos credores, da qual resultaria o praceamentodo bem. A perda do imóvel em alienação judicial não se diferencia, do ponto de vistasubstancial, de sua deterioração ou de sua ruína.

• Recurso especial não conhecido.

• (REsp 1018179/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em21/08/2008, DJe 05/09/2008)

Page 29: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

USUFRUTO – Jurisprudência STJ

DIREITO CIVIL. PENHORA SOBRE NUA-PROPRIEDADE DEIMÓVEL, GRAVADO COM USUFRUTO VITALÍCIO. POSSIBILIDADE.

• - Da interpretação conjunta dos arts. 524 e 713 do CC/16, ficaevidente a opção do legislador pátrio em permitir a cisão, mesmoque temporária, dos direitos inerentes à propriedade: de um ladoo direito de uso e gozo pelo usufrutuário, e de outro o direito dedisposição e seqüela pelo nu-proprietário.

• - A nua-propriedade pode ser objeto de penhora e alienação emhasta pública, ficando ressalvado o direito real de usufruto,inclusive após a arrematação ou a adjudicação, até que haja suaextinção.

• Recurso especial não conhecido.

• (REsp 925.687/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRATURMA, julgado em 09/08/2007, DJ 17/09/2007 p. 275)

Page 30: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DO USO

Conceito

• Trata-se de direito real sobre coisaalheia, de fruição, em que sãotransferidos ao usuário,temporariamente, os poderes deusar e perceber os frutos da coisa,na medida das suas necessidades ede sua família.

Poderes de Uso e Fruição restritos

• Limitados às necessidades da família.

• Art. 1.412. O usuário usará da coisa e perceberá os seus frutos, quanto o exigirem as necessidades suas e de sua família.

• § 1o Avaliar-se-ão as necessidades pessoais do usuário conforme a sua condição social e o lugar onde viver.

• § 2o As necessidades da família do usuário compreendem as de seu cônjuge, dos filhos solteiros e das pessoas de seu serviço doméstico.

Page 31: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DO USO

Aplicação subsidiária das regras do Usufruto

•Art. 1.413. São aplicáveis ao uso, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.

Page 32: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DO USO - Jurisprudência

DIREITO CIVIL. LINHA TELEFONICA. USUCAPIÃO.POSSIBILIDADE. DIREITO DE USO.PRECEDENTES DO TRIBUNAL. RECURSOPROVIDO.

• - O DIREITO DE UTILIZAÇÃO DE LINHA TELEFONICA CARACTERIZA-SE COMO DIREITO REAL DE USO, SUSCEPTIVEL, PORTANTO, DE AQUISIÇÃO ATRAVES DE USUCAPIÃO.

• (REsp 90.687/RJ, Rel. MIN. SALVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, QUARTA TURMA, julgado em 28/05/1996, DJ 24/06/1996 p. 22775)

Page 33: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DA HABITAÇÃO

Conceito

• Direito real sobrecoisa alheia, defruição, gratuito,temporário, em quesão transferidosapenas a faculdade deusar para fins dehabitação própria e desua família.

Gratuidade e Utilização Restrita

• Art. 1.414. Quando o uso consistir no direito de habitar gratuitamente casa alheia, o titular deste direito não a pode alugar, nem emprestar, mas simplesmente ocupá-la com sua família.

Page 34: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DA HABITAÇÃO

Comunhão de Direito Real de Habitação

• Art. 1.415. Se o direito real de habitação for conferido a mais de uma pessoa, qualquer delas que sozinha habite a casa não terá de pagar aluguel à outra, ou às outras, mas não as pode inibir de exercerem, querendo, o direito, que também lhes compete, de habitá-la.

Page 35: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DA HABITAÇÃO

Aplicação subsidiária das regras do Usufruto

•Art. 1.416. São aplicáveis à habitação, no que não for contrário à sua natureza, as disposições relativas ao usufruto.

Page 36: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DA HABITAÇÃO - Jurisprudência

RECURSO ESPECIAL. CIVIL. DIREITO REAL DE HABITAÇÃO. CÔNJUGE SOBREVIVENTE. CODIFICAÇÃO ATUAL. REGIME

NUPCIAL. IRRELEVÂNCIA.RESIDÊNCIA DO CASAL.

• Segundo o artigo 1.831 do Código Civil de 2002, o cônjuge sobrevivente tem direito real de habitação sobre o imóvel em que residia o casal, desde que seja o único dessa natureza que integre o patrimônio comum ou particular do cônjuge falecido.

• Recurso não conhecido, com ressalva quanto à terminologia.

• (REsp 826.838/RJ, Rel. Ministro CASTRO FILHO, TERCEIRA TURMA, julgado em 25/09/2006, DJ 16/10/2006 p. 373)

Page 37: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DA HABITAÇÃO - Jurisprudência

CIVIL. DIVÓRCIO. NULIDADE. ALEGAÇÃO. JULGAMENTO DO MÉRITO. CELERIDADE EECONOMIA PROCESSUAL. ARTIGO 249, § 2º DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. PARTILHADE BENS. SEPARAÇÃO JUDICIAL. ACORDO HOMOLOGADO. DISSOLUÇÃO DECONDOMÍNIO. INADEQUAÇÃO DA VIA. ERRO DE DIREITO EM RELAÇÃO À PROVAABSTRATAMENTE CONSIDERADA. CONSTITUIÇÃO DE DIREITO REAL DE HABITAÇÃO.TRANSCRIÇÃO NO REGISTRO. DIREITO DE FAMÍLIA. PRESCINDIBILIDADE.

• I - Apesar de reconhecidas as apontadas nulidades, decorrentes da violação aos artigos 132e 535, I e II, do Código Processual, em homenagem aos princípios da celeridade e daeconomia processual, e nos exatos termos do artigo 249, §2º, da lei processual, em virtudedo exame meritório do recurso favorável à recorrente, não há necessidade de pronunciá-las, ou mesmo de determinar a repetição de qualquer ato processual.

• II - O acordo homologado judicialmente, nos autos de ação de divórcio, em que ficaconvencionado que um dos divorciandos permanecerá residindo num dos imóveis docasal, com isenção de quaisquer ônus, pelo tempo que desejar, renunciando, inclusive, aodireito à pensão, implica na constituição do direito real de habitação, sendodesnecessário o registro em cartório, conforme se extrai da redação dos artigos 715 c/c748 do Código Civil, bem como do artigo 167, I, 7, da Lei 6015/75. Recurso provido.

• (REsp 282.716/SP, Rel. Ministro CASTRO FILHO, TERCEIRA TURMA, julgado em21/02/2006, DJ 10/04/2006 p. 168)

Page 38: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR

Conceito

• Direito real sobre coisa alheia, deaquisição, derivado do contratode promessa de compra e vendaem que não se pactuou direito dearrependimento e devidamenteregistrado no Registro Geral deImóveis.

Requisitos do contrato:

• Requisitos gerais

• Ausência de pacto de arrependimento

• Registrado no RGI

• Art. 1.417. Mediante promessa de compra e venda, em que se não pactuou arrependimento, celebrada por instrumento público ou particular, e registrada no Cartório de Registro de Imóveis, adquire o promitente comprador direito real à aquisição do imóvel.

Page 39: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR

Direito à outorga da escritura definitiva

• Oponível erga omnes.

• Possibilidade de requerer adjudicação judicial

• Art. 1.418. O promitente comprador, titular de direito real, pode exigir do promitente vendedor, ou de terceiros, a quem os direitos deste forem cedidos, a outorga da escritura definitiva de compra e venda, conforme o disposto no instrumento preliminar; e, se houver recusa, requerer ao juiz a adjudicação do imóvel.

Page 40: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR -Jurisprudência

CIVIL. REGISTRO DE IMÓVEIS. AVERBAÇÃO DEPROTESTO CONTRA ALIENAÇÃO DE BENS.

• Duas sendo as promessas de compra e venda sobre omesmo imóvel, nada importa qual a respectivaordem cronológica; produz efeitos aquela que foiinscrita no Ofício Imobiliário, não podendo o outropromitente comprador averbar na matrícula doimóvel a pretensão que possa ter contra o promitentevendedor. Recurso ordinário provido.

• (RMS 21.479/MS, Rel. Ministro ARI PARGENDLER,TERCEIRA TURMA, julgado em 07/08/2007, DJe16/05/2008)

Page 41: Direitos Reais de Fruição - Blog de apoio aos alunos da UEDI · •Se na servidão de passagem, que é descontínua, houver um caminho individualizado por obras, etc., poderá ser

DO DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR -Jurisprudência

Direito civil. Recurso especial. Processo de execução de obrigação de fazer. Compromisso devenda e compra. Anuência em escritura definitiva de venda e compra a ser celebrada comterceiro. Possibilidade jurídica do pedido. Legitimidade ativa ad causam. Direito dearrependimento. Não pactuação. Execução do contrato já iniciada. Compromisso de comprae venda. Registro. Desnecessidade. Ação. Direito real imobiliário. Cônjuge. Citação.Litisconsórcio passivo necessário. Escritura definitiva a ser celebrada por terceiro. Meraaposição de anuência do réu. Desnecessidade de citação do cônjuge.

• - Celebrado o compromisso de compra e venda, ainda que não registrado, mas semcláusula de direito de arrependimento e pago o preço dos imóveis pelo promissário-comprador, é cabível a tutela jurisdicional que tenha por escopo a pretensão executiva desuprir, por sentença, a anuência do promitente-vendedor em outorgar a escrituradefinitiva de compra e venda do imóvel.

• - Se o promitente-vendedor não prometeu celebrar em seu nome o contrato definitivo decompra e venda, mas tão-somente apor anuência em escritura pública a ser outorgada porterceiro, desnecessária é a citação de sua mulher, que menos protegida estaria se citadafosse, hipótese em que poderia responder pelo descumprimento da obrigação de naturezapessoal assumida por seu cônjuge.

• - Recurso especial a que não se conhece.

• (REsp 424.543/ES, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em06/03/2003, DJ 31/03/2003 p. 217)