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MANUAL DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO Atualização da 9ª para a 10ª edição Hugo Goes Orientações: Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método: 1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde. Atualizado conforme: Emenda Constitucional nº 88, de 07/05/2015; Lei Complementar nº 150, de 1º/06/2015; Lei nº 13.135, de 17/06/2015; Medida Provisória nº 676, de 17/06/2015; Lei nº 13.137, de 19/06/2015; Medida Provisória nº 680, de 06/07/2015; Lei nº 13.146, de 06/07/2015. Página 68 – Alterar o verde. Temos várias leis sobre Previdência Social. As principais são as Leis 8.212/91 (custeio) e 8.213/91 (benefícios); as Leis Complementares 108 e 109, ambas de 29/5/2001, determinam regras sobre Previdência Complementar; o Decreto 3.048/99 aprova o Regulamento da Previdência Social; a Instrução Normativa INSS 77, de 21/01/2015, estabelece critérios a serem adotados pela área de benefício; a Instrução Normativa RFB 971, de 13/11/2009, dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social. Páginas 94 e 95 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 2.1.2 Segurado empregado doméstico É aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos (RPS, art. 9º, II).

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MANUAL DE DIREITO PREVIDENCIÁRIO Atualização da 9ª para a 10ª edição

Hugo Goes Orientações: Para realizar as alterações, usaremos o seguinte método:

1. Os textos que serão EXCLUÍDOS estão tachados e realçados em vermelho. 2. Os textos que serão ACRESCENTADOS estão realçados em azul. 3. Os textos que serão MODIFICADOS estão realçados em verde.

Atualizado conforme: Emenda Constitucional nº 88, de 07/05/2015;

Lei Complementar nº 150, de 1º/06/2015; Lei nº 13.135, de 17/06/2015;

Medida Provisória nº 676, de 17/06/2015; Lei nº 13.137, de 19/06/2015;

Medida Provisória nº 680, de 06/07/2015; Lei nº 13.146, de 06/07/2015.

Página 68 – Alterar o verde.

Temos várias leis sobre Previdência Social. As principais são as Leis 8.212/91 (custeio) e 8.213/91 (benefícios); as Leis Complementares 108 e 109, ambas de 29/5/2001, determinam regras sobre Previdência Complementar; o Decreto 3.048/99 aprova o Regulamento da Previdência Social; a Instrução Normativa INSS 77, de 21/01/2015, estabelece critérios a serem adotados pela área de benefício; a Instrução Normativa RFB 971, de 13/11/2009, dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária e de arrecadação das contribuições sociais destinadas à Previdência Social.

Páginas 94 e 95 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 2.1.2 Segurado empregado doméstico

É aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividade sem fins lucrativos (RPS, art. 9º, II).

Atividade sem fins lucrativos e continuidade do serviço são pressupostos do emprego doméstico. Se um empregado doméstico passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passa a ser considerado segurado empregado. Já se a prestação do serviço doméstico for descontínua (é o caso da diarista), o trabalhador também não será empregado doméstico, mas sim contribuinte individual.

Se para a caracterização da relação de emprego genérica exige­se a não eventualidade (art. 3º da CLT), para o vínculo de emprego doméstico faz­se necessário que a prestação de serviços tenha natureza contínua. A continuidade pressupõe a ausência de interrupção, enquanto a não eventualidade diz respeito ao serviço que se vincula aos fins normais da atividade da empresa. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do TST:

Recurso de revista. Diarista doméstica. Labor até dois dias da semana. Relação de emprego. Inexistência. Empregado doméstico é a pessoa física que presta, com pessoalidade, onerosidade e subordinadamente, serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, em função do âmbito residencial destas. Incontroversos os demais elementos fático­jurídicos, porém comprovando­se o labor por somente dois dias na semana, configura­se o caráter descontínuo da prestação de trabalho, fora do pressuposto específico da Lei nº 5859/72. Recurso de revista não conhecido. (Processo: RR – 10600 – 44.2006.5.01.0058 Data de Julgamento: 06/10/2010, Relator Ministro: Mauricio Godinho Delgado, 6ª Turma, Data de Publicação: DEJT 22/10/2010.)

Esclareça­se, entretanto, a título de curiosidade, que na legislação não existe um

número cabalístico de vezes em que a diarista pode trabalhar na residência para que não reste configurado o vínculo de emprego. O juiz analisará cada caso, com base nas provas acostadas ao processo. No entanto, recentes decisões da Justiça do Trabalho passaram a considerar que o requisito da continuidade somente é atendido quando o trabalho ocorre por, no mínimo, 4 dias da semana. Nesse sentido, confira a seguinte Súmula do TRT da 1ª Região:

Súmula nº 19: Trabalhador doméstico. Diarista. Prestação laboral descontínua. Inexistência de vínculo empregatício. A prestação laboral doméstica realizada até três vezes por semana não enseja configuração do vínculo empregatício, por ausente o requisito da continuidade previsto no art. 1º da Lei 5.859/72.

É aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de

finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana (Lei Complementar 150/2015, art. 1º).

É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico (Lei Complementar 150/2015, art. 1º, parágrafo único).

A continuidade do serviço é o primeiro pressuposto do emprego doméstico. Se para a caracterização da relação de emprego genérica exige­se a não eventualidade (art. 3º da CLT), para o vínculo de emprego doméstico faz­se necessário que a prestação de serviços tenha natureza contínua. A continuidade pressupõe a ausência de interrupção, enquanto a não eventualidade diz respeito ao serviço que se vincula aos fins normais da atividade da empresa.

Nos termos da Lei Complementar 150/2015, para que haja continuidade é necessário que haja prestação serviços por mais de 2 (dois) dias por semana. Comprovando­se o labor por somente dois dias na semana, configura­se o caráter descontínuo da prestação de trabalho. Se

a prestação do serviço doméstico for descontínua (é o caso da diarista), o trabalhador não será empregado doméstico, mas sim contribuinte individual.

O segundo pressuposto do emprego doméstico é a subordinação. O empregado doméstico está sujeito ao poder de direção do empregador. O empregado se sujeita a receber ordens do empregador, a ser comandado pelo empregador.

O terceiro pressuposto do emprego doméstico é a onerosidade. O empregado doméstico presta serviço mediante remuneração. O empregado doméstico tem o dever de prestar os serviços e o empregador doméstico, em contrapartida, deve pagar a remuneração em retribuição aos serviços prestados.

O quarto pressuposto do emprego doméstico é a pessoalidade. Dessa forma, não pode o empregado domésticos se fazer substituir por outro trabalhador. Sendo personalíssima a obrigação de prestar os serviços, não se transmite a herdeiros e sucessores.

Atividade sem fins lucrativos também é um critério de caracterização da relação de emprego doméstico. Mesmo que os pressupostos acima mencionados estejam presentes, mas se o trabalhador passa a ser utilizado em atividade geradora de lucro para o empregador, passa a ser considerado segurado empregado.

Por exemplo, caso a dona de casa determine à sua doméstica que a auxilie na confecção de doces e salgados para vendas, esta segurada deixará de ser enquadrada como doméstica e passará a ser segurada empregada. A sua patroa, por conseguinte, será equiparada a empresa perante a previdência e não empregadora doméstica.

Páginas 103 e 104 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.1.4.4 Pescador artesanal

Considera­se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que não utilize embarcação; ou utilize embarcação de até seis toneladas de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro; ou, na condição exclusiva de parceiro outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta, (RPS, art. 9º, §14). Se a embarcação exceder os limites estabelecidos, o pescador torna­se contribuinte individual.

Entende­se por tonelagem de arqueação bruta a expressão da capacidade total da embarcação constante da respectiva certificação fornecida pelo órgão competente. Os órgãos competentes para certificar a capacidade total da embarcação são: a capitania dos portos, a delegacia ou a agência fluvial ou marítima, sendo que, na impossibilidade de obtenção da informação por parte desses órgãos, será solicitado ao segurado a apresentação da documentação da embarcação fornecida pelo estaleiro naval ou construtor da respectiva embarcação.

Considera­se pescador artesanal aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que:

I ­ não utilize embarcação; ou II ­ utilize embarcação de pequeno porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 29 de junho de 2009.

De acordo com a Lei 11.959/2009, art. 10, § 1º, as embarcações que operam na pesca comercial se classificam em:

I – de pequeno porte: quando possui arqueação bruta ­ AB igual ou menor que 20 (vinte); II – de médio porte: quando possui arqueação bruta ­ AB maior que 20 (vinte) e menor que 100 (cem); III – de grande porte: quando possui arqueação bruta ­ AB igual ou maior que 100 (cem).

Assim, para o pescador ser considerado segurado especial, ele deve, individualmente

ou em regime de economia familiar, fazer da pesca sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: (a) não utilize embarcação; ou (b) utilize embarcação com arqueação bruta menor ou igual a 20 (vinte).

Será considerado como contribuinte individual o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação que possui arqueação bruta maior que 20 (RPS, art. 9º, § 15, XI).

Arqueação bruta (AB) é a expressão do tamanho total de uma embarcação, de parâmetro adimensional, determinada de acordo com o disposto na Convenção Marítima Internacional sobre arqueação de Navios (1969) e normas nacionais, sendo função do volume de todos os espaços fechados.

Consideram­se assemelhados a pescador artesanal, dentre outros, o mariscador, o caranguejeiro, o eviscerador (limpador de pescado), o observador de cardumes, o pescador de tartarugas e o catador de algas (IN RFB 971/2009, art. 10, §6º).

O quadro a seguir facilitará o entendimento da situação previdenciária do pescador que exerce sua atividade individualmente ou em regime de economia familiar:

Forma de trabalho Capacidade da embarcação Espécie de segurado

Por conta própria

Sem embarcação Especial

Até 6 toneladas Especial

Mais de 6 toneladas Contribuinte individual

Com contrato de parceria ou meação

Até 6 toneladas Outorgante Especial (obs.)

Outorgado Especial

Mais de 6 até 10 toneladas

Outorgante Contribuinte individual

Outorgado Especial

Mais de 10 toneladas Outorgante Contribuinte individual

Outorgado Contribuinte individual

Observação:

Na tabela anterior, o parceiro outorgante que é considerado segurado especial (embarcação de até 6 toneladas de arqueação bruta) não explora a atividade pesqueira por intermédio do parceiro outorgado, mas sim, com o auxílio do parceiro outorgado.

O pescador profissional que exerça sua atividade exclusiva e ininterruptamente, de

forma artesanal, individualmente ou em regime de economia familiar, fará jus ao benefício de seguro­desemprego, no valor de um salário mínimo mensal, durante o período de defeso de atividade pesqueira para a preservação da espécie (Lei 10.779/2003, art. 1º). Cabe ao INSS receber e processar os requerimentos e habilitar os beneficiários. Para fazer jus ao seguro­desemprego, o pescador não poderá estar em gozo de nenhum benefício decorrente de programa de transferência de renda com condicionalidades ou de benefício previdenciário ou assistencial de natureza continuada, exceto pensão por morte e auxílio­acidente (Lei 10.779/2003, art. 2º, §1º).

Página 121 – Acrescentar o azul.

A pessoa que presta esse tipo de serviço é normalmente conhecida como diarista. Nos termos do art. 1º da Lei Complementar 150/2015, para que haja continuidade é

necessário que o serviço domésticos seja prestado ao mesmo empregador por mais de 2 (dois) dias por semana. Comprovando­se o labor por somente dois dias na semana, configura­se o caráter descontínuo da prestação de serviço. Se a prestação do serviço doméstico for descontínua (é o caso da diarista), o trabalhador não será empregado doméstico, e sim contribuinte individual.

XX. o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório, que detêm a delegação do exercício da atividade notarial e de registro, não remunerados pelos cofres públicos, admitidos a partir de 21 de novembro de 1994.

Páginas 122 e 123 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O médico­residente que desenvolve suas atividades de acordo com a Lei 6.932/81 é considerado segurado obrigatório do RGPS na categoria de contribuinte individual. Mas se prestar os serviços em desacordo com a Lei 6.932/81 será considerado segurado empregado (Instrução Normativa SRP 03, de 14/7/2005, RFB 971/2009, art. 6º, XXV).

XXIV. o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação com mais de seis toneladas de arqueação bruta. Não obstante, se o pescador atuar, exclusivamente, como parceiro outorgado, exercendo suas atividades individualmente ou em regime de economia familiar, somente será considerado contribuinte individual se a embarcação tiver capacidade para mais de dez toneladas de arqueação bruta.

O trabalhador aqui descrito não é considerado segurado especial, e sim contribuinte individual, em razão da capacidade da sua embarcação ultrapassar o limite máximo de seis toneladas de arqueação bruta.

Mas quando o pescador atua, exclusivamente, na condição parceiro outorgado, se exercer sua atividade individualmente ou em regime de economia familiar, será considerado segurado especial, desde que sua embarcação não ultrapasse o limite máximo de dez toneladas de arqueação bruta. Se ultrapassar tal limite, o pescador será considerado contribuinte individual, mesmo que trabalhe individualmente ou em regime de economia familiar.

XXIV. o pescador que trabalha em regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação de médio ou grande porte, nos termos da Lei nº 11.959, de 2009.

De acordo com a Lei 11.959/2009, art. 10, § 1º, as embarcações que operam na pesca

comercial se classificam em: I – de pequeno porte: quando possui arqueação bruta ­ AB igual ou menor que 20 (vinte); II – de médio porte: quando possui arqueação bruta ­ AB maior que 20 (vinte) e menor que 100 (cem); III – de grande porte: quando possui arqueação bruta ­ AB igual ou maior que 100 (cem).

Assim, será considerado como contribuinte individual o pescador que trabalha em

regime de parceria, meação ou arrendamento, em embarcação que possui arqueação bruta maior que 20 (vinte).

Arqueação bruta (AB) é a expressão do tamanho total de uma embarcação, de parâmetro adimensional, determinada de acordo com o disposto na Convenção Marítima Internacional sobre arqueação de Navios (1969) e normas nacionais, sendo função do volume de todos os espaços fechados.

XXV. o incorporador de que trata o art. 29 da Lei 4.591/64.

Página 112 – Acrescentar o azul.

Não se considera como remuneração direta ou indireta os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado (Lei 8.212/91, art. 22, §13). Os valores despendidos, ainda que pagos de forma e montante diferenciados, em pecúnia ou a título de ajuda de custo de moradia, transporte, formação educacional, vinculados exclusivamente à atividade religiosa não configuram remuneração direta ou indireta (Lei 8.212/91, art. 22, § 14, II). Nesse caso, já que não recebem remuneração, a base de cálculo das contribuições previdenciárias destes religiosos será o valor por eles declarado, observados os limites mínimo e máximo do salário de contribuição (IN RFB 971/2009, art. 55, §11).

Página 126 – Acrescentar o azul.

O Microempreendedor Individual – MEI é segurado obrigatório do RGPS, na qualidade de contribuinte individual (RPS, art. 9º, V, “p”).

XXXI ­ O médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil

De acordo com o art. 20 da Lei 12.871/2013, o médico participante do Projeto Mais Médicos para o Brasil enquadra­se como segurado obrigatório do RGPS, na condição de contribuinte individual. Mas nos termos do parágrafo único do referido artigo, são ressalvados dessa obrigatoriedade os médicos intercambistas: (I) selecionados por meio de instrumentos de cooperação com organismos internacionais que prevejam cobertura securitária específica; ou (II) filiados a regime de seguridade social em seu país de origem, o qual mantenha acordo internacional de seguridade social com a República Federativa do Brasil.

2.1.6 Situações específicas

Página 130 – Acrescentar o azul. 2.3 Dependentes

De acordo com o art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes do segurado, considerados beneficiários do RGPS, dividem­se em três classes:

• Classe I: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; • Classe II: os pais; • Classe III: o irmão, não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, deu uma nova redação aos incisos I e III do art. 16

da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte:

I ­ o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; [...]

III ­ o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;

Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após

decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.

Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições, ou seja, o benefício (pensão por morte ou auxílio­reclusão) será dividido em cotas iguais. Quando o direito de um dependente cessar, a sua cota reverterá em favor daqueles que permanecerem com o direito.

Página 148 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 42. (DPE­RR/Cespe/2013 ­ adaptada) É considerado segurado obrigatório da previdência social como a) contribuinte individual o brasileiro civil que trabalhe no exterior para organismo oficial internacional de que o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado e coberto por regime próprio de previdência social. b) trabalhador avulso quem preste, a diversas empresas, com vínculo empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos em regulamento. c) empregado aquele que preste serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter eventual ou não, sob sua subordinação e mediante remuneração. d) empregado o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no exterior para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior. e) empregado doméstico aquele que preste serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos. e) empregado doméstico aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. 43. (Defensor Público/DPE­TO/Cespe/2013) Acerca das normas que regulam os segurados e dependentes do RGPS, assinale a opção correta.

Página 151 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 49. (Analista Legilativo/AL­PB/FCC/2013 ­ adaptada) A Lei nº 8.213/91 institui o Plano de Benefícios da Previdência Social, inserindo o Regime Geral da Previdência Social, tendo como beneficiários segurados e dependentes. Nos termos do referido diploma legal, é INCORRETO afirmar que a) será segurado obrigatório como empregado o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de previdência social.

b) será segurado obrigatório como empregado doméstico aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos. b) será segurado obrigatório como empregado doméstico aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana. c) será beneficiário do Regime Geral, como dependente do segurado, o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente. d) são excluídos do Regime Geral de Previdência Social, desde que amparados por regime próprio de previdência social, o servidor civil ocupante de cargo efetivo ou o militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das respectivas autarquias e fundações. e) será segurado facultativo na qualidade de segurado especial, o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa. 50. (DPE­TO/Cespe/2013) Com relação às normas que regem o RGPS, assinale a opção correta. a) A idade mínima para a filiação no RGPS é dezesseis anos de idade, não prevendo a lei qualquer exceção. b) Considera­se presumida, não necessitando, portanto, de comprovação, a dependência econômica do cônjuge, do companheiro, da companheira, dos pais e dos filhos não emancipados. c) A perda da qualidade de segurado implica a perda automática das contribuições efetuadas no período anterior, para fins de carência. d) Para efeito do cálculo do salário de benefício na aposentadoria por tempo de contribuição, o valor do fator previdenciário será inversamente proporcional ao tempo de contribuição. e) Considere que, ao contratar um empregado doméstico, o empregador tenha recolhido sem atraso a primeira contribuição. Nessa situação, as contribuições referentes às competências posteriores serão sempre consideradas para efeito de carência, ainda que pagas com atraso. e) É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico. 51. (Receita Federal/ESAF/2012) É segurado facultativo da Previdência Social:

Páginas 176 a 178 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Distribuição dos benefícios e serviços, segundo a categoria dos beneficiários:

Prestação Segurado

Dependente Empregado Contribuinte Especial

e trabalhador avulso

individual, doméstico e facultativo

Benefícios

Aposentadoria por invalidez Sim Sim Sim Não

Aposentadoria por idade Sim Sim Sim Não

Aposentadoria por tempo de contribuição Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não

Aposentadoria especial Sim Não (Obs. 3) Não Não

Aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência

Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não

Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência

Sim Sim Sim Não

Auxílio­doença Sim Sim Sim Não

Auxílio­acidente Sim Não Sim Não

Salário­família Sim Não Não Não

Salário­maternidade Sim Sim Sim Não

Pensão por morte Não Não Não Sim

Auxílio­reclusão Não Não Não Sim

Serviços

Reabilitação profissional Sim Sim Sim Sim

Serviço Social Sim Sim Sim Sim

Benefícios Segurado

Dependente

Empregado e trabalhador avulso

Empregado doméstico

Contribuinte individual e facultativo

Segurado especial

Aposentadoria por invalidez Sim Sim Sim Sim Não

Aposentadoria por idade Sim Sim Sim Sim Não

Aposentadoria por tempo de contribuição

Sim Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não

Aposentadoria especial Sim Não Não

(Obs. 3) Não Não

Aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência

Sim Sim Sim (Obs. 1) Obs. 2 Não

Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência

Sim Sim Sim Sim Não

Auxílio­doença Sim Sim Sim Sim Não

Auxílio­acidente Sim Sim Não Sim Não

Salário­família Sim Sim Não Não Não

Salário­maternidade Sim Sim Sim Sim Não

Pensão por morte Não Não Não Não Sim

Auxílio­reclusão Não Não Não Não Sim

Observação: 1) O segurado contribuinte individual, que trabalhe por conta própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado, o microempreendedor individual e o segurado facultativo que contribuam com a alíquota de 11% ou 5% sobre um salário mínimo não farão jus à aposentadoria por tempo de contribuição (Lei 8.213/91, art. 18, §3º), nem à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência (RPS, art. 70­B e art. 199­A). 2) O segurado especial somente terá direito à aposentadoria por tempo de contribuição e à aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência se contribuir,

facultativamente, com a alíquota de 20% sobre o salário de contribuição (RPS, art. 39, §2º, II e art. 70­B, parágrafo único). 3) A pessoa física filiada a cooperativa de trabalho ou de produção, mesmo sendo considerada contribuinte individual, faz jus ao benefício da aposentadoria especial.

Distribuição dos serviços, segundo a categoria dos beneficiários:

Serviços

Segurado

Dependente Empregado e trabalhador avulso

Empregado doméstico

Contribuinte individual e facultativo

Segurado especial

Reabilitação profissional Sim Sim Sim Sim Sim

Serviço Social Sim Sim Sim Sim Sim

1 Conceitos introdutórios [...]

Segurado Data de início da contagem da carência

Empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso Data de filiação ao RGPS

Empregado doméstico, Contribuinte individual e facultativo, inclusive o segurado especial que contribui, facultativamente, com 20% sobre o salário de contribuição

Data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para efeito de carência as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores a essa data

Segurado especial que não contribui, facultativamente, com 20% sobre o salário de contribuição

A partir do efetivo exercício da atividade rural, devidamente comprovada

Páginas 179 e 180 – Excluir o Vermelho. Excluir também a NOTA DE RODAPÉ.

No caso de empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo, para cômputo do período de carência, só serão consideradas as contribuições realizadas a contar da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso (Lei 8.213/91, art. 27, II). No

entanto, sendo paga a primeira contribuição sem atraso, as contribuições referentes a competências posteriores, mesmo que sejam pagas com atraso, serão consideradas para efeito de carência. Nesse sentido, confira o seguinte julgado do STJ:

Previdenciário. Aposentadoria por idade. Trabalhadora urbana. Cumprimento da carência. Aproveitamento de contribuições recolhidas com atraso (art. 27, II, da Lei nº 8.213/91). Benefício devido. 1. Para a concessão de aposentadoria urbana por idade devem ser preenchidos dois requisitos: idade mínima (65 anos para o homem e 60 anos para a mulher); e carência – recolhimento mínimo de contribuições. 2. O recolhimento com atraso não impossibilita o cômputo das contribuições para a obtenção do benefício. 3. É da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso que se inicia a contagem do período de carência quando se tratar de empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo, empresário e trabalhador autônomo. Isso segundo a exegese do art. 27, II, da Lei nº 8.213/91. 4. No caso, o que possibilita sejam as duas parcelas recolhidas com atraso somadas às demais com o fim de obtenção da aposentadoria por idade é o fato de a autora não ter perdido a qualidade de segurada e de o termo inicial da carência ter­se dado em 1º.1.91. 5. Recurso especial conhecido e provido. 1 No tocante ao período no qual o segurado esteve em gozo de benefício por

incapacidade, o STJ tem entendido que, além de contar como tempo de contribuição, também é possível a contagem para fins de carência, desde que intercalado com períodos contributivos. Nesse sentido, confira o seguinte julgado:

Página 183 – Excluir o Vermelho; Alterar o verde.

Benefício Carência

Aposentadoria por idade, por tempo de contribuição, especial e da pessoa com deficiência.

Em regra, 180 contribuições mensais.

Aposentadoria por invalidez e auxílio­doença. Em regra, 12 contribuições mensais.

Salário­maternidade. Para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa: 10 contribuições mensais.

Pensão por morte Em regra, 24 contribuições mensais.

Auxílio­reclusão 24 contribuições mensais.

1 STJ, REsp 642243/PR, Rel. Min. Nilson Naves, 6ª T, DJ 05/06/2006, p. 324.

As prestações (benefícios e serviços) que não constam da tabela acima independem de carência. Em relação ao salário­maternidade, apenas os segurados contribuintes individuais, especiais e facultativos necessitam cumprir carência. Os segurados empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos terão direito ao salário­maternidade sem ser exigida qualquer carência.

Já vimos que para o segurado especial, a carência é o número de meses de efetivo exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, necessário para a concessão de um benefício. Assim, para ter direito ao salário­maternidade, por exemplo, o segurado especial não precisa comprovar o recolhimento de 10 contribuições mensais: basta comprovar 10 meses de efetivo exercício de atividade rural.

Páginas 184 e 185 – Acrescentar o azul; Excluir o Vermelho.

Não será exigida a carência de 12 contribuições para a aposentadoria por invalidez e para o auxílio­doença motivados por acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar­se ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, e contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art. 151).

Em se tratando de aposentadoria por invalidez e auxílio­doença, para que haja a dispensa da carência, não é necessário que o acidente seja acidente de trabalho. A lei refere­se a acidente de qualquer natureza ou causa. Entende­se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos ou biológicos), que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade laborativa.

De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio­reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílio­reclusão, inclusive quanto à carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carência a concessão de pensão por morte, auxílio­reclusão, salário­família e auxílio­acidente. Mas, na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou da seguinte forma:

Lei 8.213/91 Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I – salário­família e auxílio­acidente; [...]

Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além da pensão por morte, o auxílio­reclusão também passou a exigir carência de 24 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80). Mas vale frisar que a pensão por morte independe de carência nos casos:

I – em que o segurado esteja em gozo de auxílio­doença ou de aposentadoria por invalidez; e II – de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho.

Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito do

segurado ele estava em gozo de auxílio­doença ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII).

1.1.4 Perda da qualidade de segurado

Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa perda somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do benefício a ser requerido. Essa exigência, contudo, não se aplica aos benefícios de aposentadoria por idade, especial e por tempo de contribuição, pois a partir da vigência da Lei 10.666/2003, a perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão destes benefícios.

Conclui­se, portanto, que quando se trata de aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e especial, as contribuições efetuadas antes da perda da qualidade de segurado sempre serão contadas para fins de carência.

Todavia, nos casos em que seja exigida carência para a concessão dos benefícios de aposentadoria por invalidez, auxílio­doença, pensão por morte, auxílio­reclusão e salário­maternidade, as contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado somente serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação ao RGPS, com, no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência do respectivo benefício.

Páginas 190 e 191 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Benefício Salário de benefício (SB)

Aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria da pessoa com deficiência.

Média aritmética simples dos maiores salário de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. O fator previdenciário é obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição e facultativo na aposentadoria por idade e na

aposentadoria da pessoa com deficiência. Na aposentadoria por idade e na aposentadoria da pessoa com deficiência, o fator previdenciário só será aplicado se resultar em renda mensal de valor mais elevado.

Aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxílio­doença e auxílio­acidente.

Média aritmética simples dos maiores salário de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo.

[...]

Quando se trata de aposentadoria por tempo de contribuição, para efeito do cálculo do salário de benefício, faz­se a média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição e, em seguida, multiplica­se essa média pelo fator previdenciário. Mas o segurado poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for igual ou superior a:

Data do requerimento da aposentadoria

Idade + tempo de contribuição

Tempo mínimo de contribuição

Homem Mulher Homem Mulher

Até 31/12/ 2016 95 85

35 30

De 1º/01/2017 a 31/12/2018 96 86

De 1º/01/2019 a 31/12/2019 97 87

De 1º/01/2020 a 31/12/2020 98 88

De 1º/01/2021 a 31/12/2021 99 89

A partir de 1º/01/2022 100 90

Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do

professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Por exemplo, se uma professora tiver 25 anos de contribuição e 55 anos de idade, para fins de enquadramento na tabela acima ela terá 85 pontos (25 + 55 + 5). Isso ocorre porque o tempo mínimo de contribuição desses professores é reduzido em 5 anos (CF, art. 201, § 8º).

Para os benefícios de aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxílio­doença e auxílio­acidente, o salário de benefício é a média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição. Não há a aplicação do fator previdenciário.

Páginas 192 a 193 – Acrescentar o azul; Excluir o vermelho; Alterar o verde.

5º passo: multiplicar o resultado obtido no passo anterior por 91% (aqui, encontramos o valor da renda mensal inicial do auxílio­doença). Mas vale frisar que o auxílio­doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários­de­contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, ou, se não alcançado o número de doze, a média aritmética simples dos salários­de­contribuição existentes (Lei 8.213/91, art. 29, § 10).

O valor do salário de benefício não será inferior ao de um salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário de contribuição na data de início do benefício.

Não será considerado, no cálculo do salário de benefício, o aumento dos salários de contribuição que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 meses imediatamente anteriores ao início do benefício, salvo se homologado pela Justiça do Trabalho, resultante de promoção regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislação do trabalho, de sentença normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria respectiva (Lei 8.213/91, art. 29, § 4º).

Se, no período básico de cálculo, o segurado tiver recebido benefício por incapacidade, considerar­se­á como salário de contribuição, no período, o salário de benefício que serviu de base para o cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e nas mesmas bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao salário mínimo nem superior ao limite máximo do salário de contribuição.

Para fins de apuração do salário de benefício de qualquer aposentadoria precedida de auxílio­acidente, o valor mensal deste será somado ao salário de contribuição antes da aplicação da correção, não podendo o total apurado ser superior ao limite máximo do salário de contribuição. Para o segurado empregado, inclusive o doméstico, o trabalhador avulso e o segurado especial, o valor mensal do auxílio­acidente integra o salário­de­contribuição, para fins de cálculo do salário­de­benefício de qualquer aposentadoria (Lei 8.213/91, art. 31 c/c art. 34, II). No caso de segurado especial que não contribui, facultativamente, com alíquota de 20% sobre o salário de contribuição, o valor da aposentadoria será: um salário mínimo somado ao valor do auxílio­acidente vigente na data de início da referida aposentadoria (RPS, art. 36, § 6º).

No cálculo do salário de benefício dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, serão considerados os salários de contribuição referentes aos meses de contribuições devidas, ainda que não recolhidas pela empresa ou pelo empregador doméstico. Para os demais segurados somente serão computados os salários de contribuição referentes aos meses de contribuição efetivamente recolhida (Lei 8.213/91, art. 34).

No caso de segurado empregado, empregado ou de trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor dos seus salários de contribuição no período básico de cálculo, considerar­se­á para o cálculo do benefício, no período sem comprovação do valor do salário de contribuição, o valor do salário mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição (Lei 8.213/91, art. 35).

Ao segurado empregado, inclusive o doméstico, e ao trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condições para a concessão do benefício pleiteado, mas não possam comprovar o valor de seus salários de contribuição no período básico de cálculo, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentação de prova dos salários de contribuição (Lei 8.213/91, art. 35).

Para o segurado empregado doméstico que, mesmo tendo satisfeito as condições exigidas para a concessão do benefício requerido, não possa comprovar o efetivo recolhimento das contribuições devidas, será concedido o benefício de valor mínimo, devendo sua renda ser recalculada quando da apresentação da prova do recolhimento das contribuições. [...]

Benefício Salário de benefício (SB)

Aposentadoria por idade e aposentadoria por tempo de contribuição.

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, multiplicada pelo fator previdenciário. O fator previdenciário é obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição e facultativo na aposentadoria por idade. Na aposentadoria por idade, o fator previdenciário só será aplicado se resultar em renda mensal de valor mais elevado.

Aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxílio­doença e auxílio­acidente.

Média aritmética simples dos maiores salário de contribuição correspondentes a 80% de todo o período contributivo.

Página 206 – Acrescentar o azul.

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho (Lei 8.213/91, art. 19).

Páginas 208 e 209 – Acrescentar o azul; Alterar o verde.

A perícia médica do INSS considerará caracterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo técnico epidemiológico entre o trabalho e o

agravo, decorrente da relação entre a atividade da empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elencada na Classificação Internacional de Doenças – CID, em conformidade com o disposto na Lista B do anexo II do Regulamento da Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 21­A). Ou seja, o nexo técnico epidemiológico – NTE permite que a perícia médica do INSS reconheça determinada incapacidade como acidentária, mesmo que a empresa ou do empregado doméstico não tenham feito nenhuma Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT à Previdência Social. Mas a empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso com efeito suspensivo, da empresa, do empregador doméstico ou do segurado, ao Conselho de Recursos da Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 21­A, §2º). [...]

A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social (Lei 8.213/91, art. 22). Receberão cópia fiel desta comunicação o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria (Lei 8.213/91, art. 22, §1º).

Página 213 – Acrescentar o azul; Excluir o vermelho.

O período de carência para a concessão da aposentadoria por invalidez é, em regra, de 12 contribuições mensais. Todavia, a concessão independe de carência nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar­se ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, e contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art. 151).

Página 217 – Alterar o verde; Excluir o vermelho.

2.1.6 Data de início da aposentadoria por invalidez

I. Quando for precedida de auxílio­doença: dia imediato ao da cessação do auxílio­doença. II. Quando não for precedida de auxílio­doença: a) Para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e b) Para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias. Conforme jurisprudência do STJ, o termo inicial do benefício de aposentadoria por

invalidez, quando não houver sido precedido por auxílio­doença, e na ausência de prévio requerimento administrativo, é a data da citação do INSS, dado ser este o momento em que a autarquia previdenciária toma efetivo conhecimento da pretensão do beneficiário, autor da ação judicial. 2

Durante os primeiros 15 dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário integral (Lei 8.213/91, art. 43, §2º).

Página 220 – Acrescentar o azul; Alterar o verde; Excluir o vermelho.

Carência

Em regra, 12 contribuições mensais. Todavia, quando a invalidez for decorrente de acidente, doença profissional ou do trabalho ou de alguma doença especificada em lista do MPS elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, não será exigida a carência.

Data do início do benefício

I. Precedida de auxílio­doença – dia imediato ao da cessação do auxílio­doença. II. Não precedida de auxílio­doença: a) para o segurado empregado: a contar do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e b) para os demais segurados: a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.

Página 234 – Acrescentar o azul; Alterar o verde; Excluir o vermelho.

2 STJ, AgRg no Ag 1090820 / SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 5ª Turma, DJe 25/10/2012.

Para o segurado filiado à Previdência Social até 28/11/99, véspera da publicação da Lei 9.876/99, só serão considerados para o cálculo do salário de benefício os salários de contribuição referentes às competências de julho de 1994 em diante. As competências anteriores a julho de 1994 são, assim, desprezadas para efeito do cálculo do salário de benefício.

O segurado que preencher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuição poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, no cálculo de sua aposentadoria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as frações, na data de requerimento da aposentadoria, for:

Data do requerimento da aposentadoria

Idade + tempo de contribuição

Tempo mínimo de contribuição

Homem Mulher Homem Mulher

Até 31/12/ 2016 95 85

35 30

De 1º/01/2017 a 31/12/2018 96 86

De 1º/01/2019 a 31/12/2019 97 87

De 1º/01/2020 a 31/12/2020 98 88

De 1º/01/2021 a 31/12/2021 99 89

A partir de 1º/01/2022 100 90

Serão acrescidos cinco pontos à soma da idade com o tempo de contribuição do

professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exercício de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. Por exemplo, se uma professora do ensino fundamental tiver 25 anos de contribuição e 55 anos de idade, para fins de enquadramento na tabela acima ela terá 85 pontos (25 + 55 + 5). Isso ocorre porque o tempo mínimo de contribuição desses professores é reduzido em 5 anos (CF, art. 201, § 8º).

2.3.5 Aposentadoria proporcional

Página 273 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.6 Auxílio­doença De acordo com o art. 60 da Lei 8.213/91, o auxílio­doença será devido ao segurado que

ficar incapacitado para o seu trabalho ou a sua atividade habitual, desde que cumprido, quando for o caso, o período de carência.

I – ao segurado empregado, a partir do trigésimo primeiro dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de quarenta e cinco dias; e II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de trinta dias.

O auxílio­doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o

período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos (Lei 8.213/91, art. 59).

Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º).

Página 274 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.6.2 Verificação da incapacidade

A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado pela perícia médica do INSS. Mas nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (Lei 8.213/91, art. 60, § 5º). No entanto, o INSS, a seu critério e sob sua supervisão, poderá, na forma do regulamento, realizar perícias médicas:

I – por convênio ou acordo de cooperação técnica com empresas; e II – por termo de cooperação técnica firmado com órgãos e entidades públicos, especialmente onde não houver serviço de perícia médica do INSS.

O segurado em gozo de auxílio­doença está obrigado, independentemente de sua idade

e sob pena de suspensão do benefício, a submeter­se a exame médico a cargo da Previdência Social, processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são facultativos (RPS, art. 77). Não cessará o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por invalidez (Lei 8.213/91, art. 62).

Página 276 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

O período de carência para a concessão do auxílio­doença é, em regra, de 12

contribuições mensais. Todavia, a concessão independe de carência nos casos em que a incapacidade for decorrente de acidente de qualquer natureza ou causa, de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar­se ao RGPS, for acometido de alguma das seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado de doença de Paget (osteíte deformante), AIDS, e contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada ou hepatopatia grave tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada (IN INSS 77/2015, anexo XLV Lei 8.213/91, art. 26, II c/c art. 151).

Em casos de acidente, para que haja a dispensa da carência, não é necessário que

seja acidente de trabalho. A lei refere­se a acidente de qualquer natureza ou causa.

Páginas 277 a 278 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

O auxílio­doença será devido:

I – ao segurado empregado, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.

Tratando­se de segurado empregado, se requerido até o 30º dia do afastamento, o

auxílio­doença será devido a contar do 16º dia do afastamento da atividade. É assim porque durante os primeiros 15 dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de doença ou de acidente de trabalho ou de qualquer natureza, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Quando o auxílio­doença for requerido pelo empregado após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.

Para os demais segurados, se requerido até o 30º dia do afastamento, o auxílio­doença será devido a partir da data do início da incapacidade. Quando requerido após o 30º dia do afastamento, o benefício será devido a contar da data do requerimento.

Quando o empregado acidentado não se afastar do trabalho no dia do acidente, os 15 dias de responsabilidade da empresa pela sua remuneração integral são contados a partir da data do afastamento.

Cabe à empresa que dispuser de serviço médico próprio ou em convênio o exame médico e o abono das faltas correspondentes aos primeiros 15 dias de afastamento. A empresa somente deverá encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 dias (Lei 8.213/91, art. 60, §4º).

2.6.9 Cessação do benefício

O auxílio­doença cessa:

a) pela recuperação da capacidade para o trabalho; b) pela transformação em aposentadoria por invalidez; c) pela transformação em auxílio­acidente de qualquer natureza, neste caso se, após a consolidação decorrente de acidente de qualquer natureza, resultar sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia; ou d) com a morte do segurado.

O segurado que durante o gozo do auxílio­doença vier a exercer atividade que lhe

garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade (Lei 8.213/91, art. 60, § 6º). Mas caso o segurado, durante o gozo do auxílio­doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas (Lei 8.213/91, art. 60, § 7º).

Exemplo: Joaquim, empregado de uma fábrica de agrotóxicos, está recebendo auxílio­doença, pois ficou incapacitado para o trabalho por mais de 15 dias consecutivos. A incapacidade foi motivada por uma “bronquite crônica asmática”. Durante o gozo do auxílio­doença, Joaquim passou a exercer pequena atividade comercial como vendedor ambulante. Nesse caso, deverá ser analisada a sua incapacidade em relação a cada uma das atividades por ele exercidas. Se ficar constatado que ele já está apto a exercer ambas as atividades, o auxílio­doença será cancelado. Mas se ficar constatado que ele continua incapacitado para a atividade que exerce na fábrica de Agrotóxicos, o auxílio­doença continuará sendo pago em relação a essa atividade.

O segurado em gozo de auxílio­doença, insuscetível de recuperação para sua atividade

habitual, deverá submeter­se a processo de reabilitação profissional para exercício de outra atividade, não cessando o benefício até que seja dado como habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez.

Páginas 280 e 281 – Alterar o verde; Acrescentar o azul.

Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º). Assim, neste período, ocorre a interrupção do contrato de trabalho.

A partir do 16º dia do afastamento da atividade, o segurado empregado em gozo de auxílio­doença será considerado pela empresa como licenciado (Lei 8.213/91, art. 63). Assim, neste caso, ocorre a suspensão do contrato de trabalho, pois não há pagamento de salário pela empresa.

De acordo com o disposto no art. 118 da Lei 8.213/91, “o segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio­doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio­acidente”.

Quadro­resumo – Auxílio­doença

Fato gerador Incapacidade temporária para o trabalho ou para a atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos.

Beneficiários Todos os segurados.

Carência

Em regra, 12 contribuições mensais. Todavia, quando a incapacidade for decorrente de acidente, doença profissional ou do trabalho ou de alguma doença especificada em lista do MPS elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social, não será exigida a carência.

Renda mensal 91% do salário de benefício, não podendo exceder a média aritmética dos últimos 12 salários­de­contribuição ou, se não alcançado o número de 12, a média aritmética dos salários­de­contribuição existentes.

Início do benefício

I – ao segurado empregado, a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias; e II – aos demais segurados, a partir do início da incapacidade ou da data de entrada do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.

Cessação do benefício

(a) Recuperação da capacidade; (b) transformação em aposentadoria por invalidez; (c) transformação em auxílio­acidente ou (d) morte do segurado.

Páginas 286 e 287 – Acrescentar o azul; Alterar o verde; Excluir o vermelho.

2.7.4 Beneficiários

De acordo com o §1º do art. 18 da Lei 8.213/91, somente poderão beneficiar­se do auxílio­acidente os seguintes segurados:

a) Empregado; b) Empregado doméstico;

c) Trabalhador avulso; e d) Segurado especial.

A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregados

domésticos o direito ao seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7º, XXVIII). Mas este direito ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. É provável que a lei que irá regulamentar o seguro contra acidentes de trabalho dos empregados domésticos estenda o benefício do auxílio­acidente a essa categoria de trabalhadores. Mas enquanto isso não ocorrer, os empregados domésticos permanecerão sem fazer jus ao auxílio­acidente.

Na hipótese de o trabalhador ter exercido, durante sua vida profissional, diversas atividades, enquadrando­se em diferentes categorias de segurado, para fins de concessão do auxílio­acidente, considerar­se­á a atividade exercida na data do acidente (RPS, art. 104, §8º). Assim, para que o benefício seja concedido é necessário que, na data do acidente, o trabalhador esteja exercendo alguma atividade que o enquadre como segurado empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico ou segurado especial.

Página 290 – Acrescentar o azul.

Beneficiários Empregado, trabalhador avulso, empregado doméstico e segurado especial.

Páginas 291 a 293 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde. Excluir também a NOTA DE RODAPÉ. 2.8 Salário­família

O salário­família será devido, mensalmente, aos segurados empregado, empregado doméstico e ao trabalhador avulso que tenham salário de contribuição inferior ou igual a R$1.089,72, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer 3

condição, até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade (RPS, arts. 81 e 83).

3 Valor atualizado, a partir de 1º/01/2015, pela Portaria MPS/MF nº 13, de 09/01/2015.

Equiparam­se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação (RPS, art. 16, §3º).

A invalidez do filho ou equiparado maior de 14 anos de idade deve ser verificada em exame médico­pericial a cargo da Previdência Social (RPS, art. 85).

De acordo com o art. 7º, XII, da Constituição Federal, o salário­família será pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei. Assim, cabe à lei definir o que seja trabalhador de baixa renda. Essa lei ainda não existe. Mas de acordo com o art. 13 da Emenda Constitucional 20/98, “até que a lei discipline o acesso ao salário­família e auxílio­reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefícios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do regime geral de previdência social”.

Os R$360,00 citados pela art. 13 da EC 20, corrigidos pelos mesmos índices de reajuste aplicados aos demais benefícios do RGPS, correspondem, atualmente, a R$1.089,72.

2.8.1 Beneficiários

De acordo com a Lei 8.213/91, os beneficiários do salário­família são os seguintes:

a) Segurado empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso (caput do art. 65); b) O aposentado por invalidez ou por idade (art. 65, parágrafo único); e c) Os demais aposentados com 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos ou mais, se do feminino (art. 65, parágrafo único).

A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregados

domésticos o direito ao salário­família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei (CF, art. 7º, XII). Mas este direito ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. Enquanto isso não ocorrer, os empregados domésticos permanecerão sem fazer jus ao salário­família.

No tocante aos aposentados, o Regulamento da Previdência Social (RPS) faz algumas restrições. De acordo com o art. 82 do RPS, os beneficiários do salário­família seriam os seguintes:

Página 295 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul; Alterar o verde.

2.8.4 Pagamento do salário­família

De acordo com o disposto no art. 82 do RPS, o As cotas do salário­família será pago serão pagas mensalmente:

I. ao empregado, pela empresa, juntamente com o respectivo salário; II. ao empregado doméstico, pelo empregador doméstico, juntamente com o respectivo salário; III. ao trabalhador avulso, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, mediante convênio; IV. ao empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso aposentados por invalidez ou em gozo de auxílio­doença, pelo INSS, juntamente com o benefício; V. ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos, se do sexo masculino, ou 55 anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria; e VI. aos demais empregados, empregados domésticos e trabalhadores avulsos aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria.

No caso do item I, quando o salário do empregado não for mensal, o salário­família será

pago juntamente com o último pagamento relativo ao mês. As cotas do salário­família, pagas pela empresa ou pelo empregador doméstico,

deverão ser deduzidas quando do recolhimento das contribuições previdenciárias sobre a folha de salário (RPS, art. 82, §4º). O salário­família é um benefício previdenciário, sendo, por isso, um encargo financeiro da Previdência Social. Embora o pagamento seja efetuado pela empresa e pelo empregador doméstico juntamente com o salário do empregado segurado, ela tem o direito de reembolsar­se do valor despendido, efetuando a compensação quando do recolhimento das contribuições devidas à Previdência Social.

O salário­família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela empresa, pelo empregador doméstico, pelo sindicato ou órgão gestor de mão de obra, conforme o caso, e do mês da cessação de benefício pelo INSS, independentemente do número de dias trabalhados ou em benefício (RPS, art. 86).

Página 298 – Acrescentar o azul; Alterar o verde.

Beneficiários

a) Segurados empregado, empregado domésticos e trabalhador avulso; b) Aposentado por invalidez ou por idade; e c) Demais aposentados a partir dos 65 anos de idade, se homens, ou 60 anos de idade, se mulheres.

Pagamento Será pago mensalmente: a) Pela empresa – ao empregado em atividade; b) Pelo empregador doméstico ­ ao empregado doméstico em atividade;

c) Pelo sindicato ou OGMO – ao trabalhador avulso em atividade; d) Pelo INSS – ao segurado que tenha direito ao salário­família e esteja em gozo de auxílio­doença ou aposentadoria.

Páginas 314 e 315 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

III. o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (classe III).

Não terá direito a pensão por morte o condenado pela prática de crime doloso de que

tenha resultado a morte do segurado (Lei 8.213/91, art. 74, §1º). O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício da pensão por

morte se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que:

I – o óbito do segurado seja decorrente de acidente posterior ao casamento ou ao início da união estável; ou II – o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico­pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao óbito.

Perde o direito à pensão por morte, após o trânsito em julgado, o condenado pela

prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado (Lei 8.213/91, art. 74, § 1º).

Perde o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual será assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa (Lei 8.213/91, art. 74, § 2º).

A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das classes seguintes (Lei 8.213/91, art. 16, §1º). Assim, existindo algum dependente da classe I, os das classes II e III não terão direito à pensão por morte. Os dependentes da classe III só terão direito à pensão por morte se não houver dependentes das classes I ou II. Por isso, os pais (classe II) ou irmãos (classe III) deverão, para fins de concessão da pensão por morte, comprovar a inexistência de dependentes preferenciais, mediante declaração firmada perante o INSS (RPS, art. 24).

Páginas 322 a 324 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.10.4 Carência

Em regra, a carência da pensão por morte é de 24 contribuições mensais. Mas esse benefício independe de carência nos casos:

I – em que o segurado esteja em gozo de auxílio­doença ou de aposentadoria por invalidez; e II – de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. Ou seja, na pensão por morte, a carência não será exigida se na data do óbito do segurado ele estava em gozo de auxílio­doença ou de aposentadoria por invalidez (Lei 8.213/91, art. 25, IV) ou se o óbito do segurado for decorrente de acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho (Lei 8.213/91, art. 26, VII).

A concessão da pensão por morte independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, I).

2.10.5 Renda mensal inicial

O valor mensal da pensão por morte será de 50% do valor da aposentadoria que o

segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco (Lei 8.213/91, art. 75). A cota individual cessa com a perda da qualidade de dependente (Lei 8.213/91, art. 75, §1º).

O valor mensal da pensão por morte será acrescido de mais uma cota individual de 10% (uma cota extra), rateada entre os dependentes, no caso de haver filho do segurado ou pessoa a ele equiparada, que seja órfão de pai e mãe na data da concessão da pensão ou durante o período de manutenção desta, observado o seguinte:

I – o limite máximo de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento; II – essa cota extra de 10% cessará quando esse filho órfão se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; III – o acréscimo dessa cota extra de 10% não será aplicado quando for devida mais de uma pensão aos dependentes do segurado (Lei 8.213/91, art. 75, § 3º).

Se o segurado falecido já era aposentado, os percentuais anteriores serão aplicados

sobre o valor da aposentadoria que ele recebia. Mas se o segurado não era aposentado, tais percentuais serão aplicados sobre o valor da aposentadoria que ele teria direito se estivesse

aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Em outras palavras, podemos dizer que, nesse caso, os referidos percentuais incidirão sobre o salário de benefício. Esse salário de benefício será calculado da mesma forma daquele usado para fins de cálculo da aposentadoria por invalidez. O seja, esse salário consiste na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo.

A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em parte iguais (Lei 8.213/91, art. 77). Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento (Lei 8.213/91, art. 77, §1º).

Exemplo 1: João, segurado aposentado pelo RGPS, era casado com Maria há 10 anos. Eles tinham dois filhos em comum: Aninha com 17 anos de idade e Pedrinho com 20 anos de idade. João recebia uma aposentadoria no valor de R$3.000,00. O segurado faleceu em abril de 2015. Nesse caso, o valor global da pensão por morte será R$2.400,00 (80% da aposentadoria que o segurado recebia), pois há três dependentes (Maria, Aninha e Pedrinho). Inicialmente, a parte individual de cada dependente será R$800,00. Mas em 1º de agosto de 2015 Pedrinho completa 21 anos de idade. Nesse caso, a partir de agosto de 2015, o valor global da pensão por morte será R$2.100,00 (70% da aposentadoria que o segurado recebia), pois agora só há dois dependentes com direito ao benefício (Maria e Aninha). A partir de agosto de 2015, a parte individual de cada dependente será R$1.050,00. Exemplo 2: Pedro é segurado obrigatório do RGPS. Há sete anos, Maria divorciou­se de Pedro, passando a receber uma pensão alimentícia equivalente a 10% do salário de Pedro. Posteriormente, Pedro, que há três anos se encontrava em união estável com Lúcia, sem ter filhos de ambos os relacionamentos, faleceu. Nessa situação, Maria e Lúcia terão direito à pensão por morte, cujo valor global corresponderá a 70% do salário de benefício e será dividida em partes iguais. Ocorrendo a morte de uma das beneficiárias, a outra passará a receber a pensão por morte no valor de 60% do salário de benefício. Observa­se que não existe nenhuma relação entre o valor da pensão alimentícia que Maria recebia com o valor da pensão por morte que ela passou a receber após o óbito de Pedro. O fato de Maria ser beneficiária de pensão alimentícia apenas assegura o direito ao recebimento da pensão por morte. Vale dizer, havendo mais de um dependente com direito ao benefício, a divisão das cotas da pensão por morte ocorrerá sempre em partes iguais.

O valor mensal da pensão por morte será de 100% do valor da aposentadoria que o

segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento(Lei 8.213/91, art. 75).

Se o segurado falecido já era aposentado, a renda mensal inicial da pensão por morte será de 100% do valor da aposentadoria que ele recebia. Mas se o segurado não era

aposentado, o valor da pensão por morte será de 100% do valor da aposentadoria que ele teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Vale dizer, se o segurado falecido não era aposentado, para efeito de cálculo da pensão por morte, utiliza­se a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 100% do salário de benefício.

Na redação original do art. 75 da Lei 8.213/91, o valor da pensão por morte era 80% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou a que teria direito, se estivesse aposentado na data do seu falecimento, mais tantas parcelas de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os seus dependentes, até o máximo de 2 (duas). A Lei 9.032/95 fixou a pensão por morte em 100% do salário de benefício. A atual regra de cálculo foi instituída pela Lei 9.528/97. Diante das diversas mudanças nas regras de cálculo, saliente­se que “a lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é aquela vigente na data do óbito do segurado” (Súmula 340 do STJ).

A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em parte iguais (Lei 8.213/91, art. 77). Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão cessar (Lei 8.213/91, art. 77, §1º).

Exemplo 1: João, segurado do RGPS, faleceu, deixando sua esposa, Maria, e dois filhos não emancipados menores de 21 anos. Nesse caso, cada um dos dependentes receberá 1/3 do valor total da pensão por morte. Quando o filho mais velho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emancipar­se), a sua parte na pensão reverterá em favor dos demais dependentes, que passarão a receber, cada um, 1/2 do valor total da pensão. Quando o segundo filho completar 21 anos (ou, se antes disso, morrer ou emancipar­se), a pensão passará a ser recebida, integralmente, por Maria (esposa do segurado falecido). Quando Maria morrer, o benefício será encerrado. Exemplo 2: Pedro é segurado obrigatório do RGPS. Maria divorciou­se de Pedro, passando a receber uma pensão alimentícia equivalente a 10% do salário de Pedro. Posteriormente, Pedro, que se encontrava em união estável com Lúcia, sem ter filhos de ambos os relacionamentos, faleceu. Nessa situação, Maria e Lúcia terão direito à pensão por morte, que será dividida em partes iguais. Ocorrendo a morte de uma das beneficiárias, a outra passará a receber a pensão por morte de forma integral. Observa­se que não existe nenhuma relação entre o valor da pensão alimentícia que Maria recebia com o valor da pensão por morte que ela passou a receber após o óbito de Pedro. O fato de Maria ser beneficiária de pensão alimentícia apenas assegura o direito ao recebimento da pensão por morte. Vale dizer, havendo mais de um dependente com direito ao benefício, a divisão das cotas da pensão por morte ocorrerá sempre em partes iguais.

Seguindo a linha de raciocínio desenvolvida no exemplo supra, confira o seguinte

julgado do STJ:

Páginas 325 a 328 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.10.6 Cessação do pagamento da cota individual

O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa:

I. pela morte do pensionista (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, I); II. para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, II); III. para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, III); IV. pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos (RPS, art. 114, IV). Todavia, a pensão não cessará quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro. (RPS, art. 114, § 2º). V. pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira, nos termos do § 5º do art. 77 da Lei 8.213/91.

De acordo com o §5º do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de duração da pensão por

morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira, inclusive na hipótese de que trata o §2º do art. 76, será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado, conforme tabela abaixo:

Expectativa de sobrevida à idade x do cônjuge, companheiro ou companheira,

em anos (E(x))

Duração do benefício de pensão por morte (em anos)

55 < E(x) 3

50 < E(x) ≤ 55 6

45 < E(x) ≤ 50 9

40 < E(x) ≤ 45 12

35 < E(x) ≤ 40 15

E(x) ≤ 35 vitalícia

A expectativa de sobrevida será obtida a partir da Tábua Completa de Mortalidade – ambos os sexos – construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, vigente no momento do óbito do segurado instituidor. Apenas para termos uma ideia a respeito dessa tábua e podermos elaborar alguns exemplos, relacionamos a seguir algumas idades com suas respectivas expectativas de sobrevida:

Tábua de expectativa de vida – IBGE 2013 – ambos os sexos

Idade exata

Expectativa de vida Idade

exata Expectativa de vida

21 anos 55,8 anos 35 anos 43,0 anos

22 anos 54,9 anos 36 anos 42,1 anos

23 anos 54,0 anos 37 anos 41,2 anos

24 anos 53,1 anos 38 anos 40,3 anos

25 anos 52,2 anos 39 anos 39,4 anos

26 anos 51,3 anos 40 anos 38,5 anos

27 anos 50,4 anos 41 anos 37,6 anos

28 anos 49,4 anos 42 anos 36,7 anos

29 anos 48,5 anos 43 anos 35,8 anos

30 anos 47,6 anos 44 anos 35,0 anos

31 anos 46,7 anos 45 anos 34,1 anos

Exemplo: Joaquim recebe aposentadoria paga pelo RGPS no valor de R$2.000,00. Ele é casado com Maria há três anos. Joaquim faleceu em março de 2015 e Maria é sua única dependente. Nesse caso, o valor mensal da pensão por morte que será recebida por Maria é de R$1.200,00 (60% da aposentadoria que o segurado recebia). Por quantos anos Maria terá direito de receber a referida pensão por morte? Se na data do óbito de Joaquim Maria tivesse, por exemplo: a) 21 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 55,8 anos. Nesse caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 3 anos. b) 25 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 52,2 anos. Nesse caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 6 anos. c) 30 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 47,6 anos. Nesse caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 9 anos. d) 35 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 43 anos. Nesse caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 12 anos. e) 40 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 38,5 anos. Nesse caso, ela teria direito de receber a pensão por morte durante 15 anos. f) 45 anos de idade, sua expectativa de sobrevida seria de 34,1 anos. Nesse caso, a pensão por morte de Maria seria vitalícia. O cônjuge, o companheiro ou a companheira considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico­pericial a cargo do INSS, por acidente ou doença ocorrido entre o casamento ou início da união estável e a cessação do pagamento do benefício,

terá direito a pensão por morte vitalícia (Lei 8.213/91, art. 77, §7º).

A parte individual da pensão do dependente (filho ou irmão) com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente, que exerça atividade remunerada, será reduzida em 30%, devendo ser integralmente restabelecida em face da extinção da relação de trabalho ou da atividade empreendedora (Lei 8.213/91, art. 77, §4º). O valor dessa redução de 30% não reverterá para os demais dependentes (IN INSS 77/2015, art. 375, § 8º).

De acordo com o § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91, o direito à percepção de cada cota individual cessará:

I ­ pela morte do pensionista; II ­ para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; III ­ para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV ­ para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; V ­ para cônjuge ou companheiro: a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas “b” e “c”; b) em 4 meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido 18 contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 anos antes do óbito do segurado (essa regra não será aplicada se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho); c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 contribuições mensais e pelo menos 2 anos após o início do casamento ou da união estável:

Idade do cônjuge ou companheiro na data do óbito do segurado

Duração da cota individual da pensão por morte do cônjuge ou companheiro

Menos de 21 anos 3 anos

Entre 21 e 26 anos 6 anos

Entre 27 e 29 anos 10 anos

Entre 30 e 40 anos 15 anos

Entre 41 e 43 anos 20 anos

44 anos ou mais Vitalícia

Após o transcurso de pelo menos 3 anos e desde que nesse período se verifique o

incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser fixadas, em números inteiros, novas idades para a tabela acima, em ato do Ministro de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores ao referido incremento (Lei 8.213/91, art. 77, § 2º­B).

Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 contribuições mensais ou da comprovação de 2 anos de casamento ou de união estável. Ou seja, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, mesmo que ele tenha menos de 18 contribuições mensais ou menos de 2 anos de casamento ou de união estável, o prazo de duração da pensão não será de apenas 4 meses. Nesse caso, o prazo de duração da pensão por morte obedecerá as regras contidas na alínea “a” ou na alínea “c”, ambas do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91.

O tempo de contribuição a Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91.

A regra estabelecida no inciso IV do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91 somente entrará em vigor: (a) em relação às pessoas com deficiência intelectual ou mental, no dia 18/06/2017; (b) em relação às pessoas com deficiência grave, 180 dias depois da publicação da Lei 13.135, de 17 de junho de 2015.

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, deu uma nova redação ao inciso II do § 2º do art. 77 da Lei 8.213/91. A nova redação é a seguinte:

“II ­ para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um) anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;”

Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após

decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.

Reverterá em favor dos demais dependentes da mesma classe a cota individual daquele cujo direito à pensão por morte cessar (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º).

2.10.7 Cessação do benefício

Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada (Lei

8.213/91, art. 77, §3º).

No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente, ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má­fé (Lei 8.213/91, art. 78, §2º). Note­se que, neste caso, o pagamento da pensão por morte de todos os dependentes cessará na mesma data.

Quadro­resumo – Pensão por morte

Fato gerador

a) Morte do segurado; b) Sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária; c) Desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, mediante apresentação de prova hábil. Neste caso, é dispensada a decisão judicial.

Beneficiários Os dependentes do segurado falecido (respeitada a ordem das classes).

Carência

Em regra, 24 contribuições mensais. Independe de carência nos casos: (I) em que o segurado esteja em gozo de auxílio­doença ou de aposentadoria por invalidez; e (II) de acidente do trabalho e doença profissional ou do trabalho. Não é exigida.

Renda mensal

50% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

Início do pagamento do benefício

I. Regra geral: a) data do óbito, quando requerido até 30 dias depois deste b) data do requerimento, quando requerido após os 30 dias II. Nos casos de morte presumida: a) data da sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária; ou b) data da ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe, acidente ou desastre, mediante prova hábil.

Cessação do pagamento da cota individual

a) Pela morte do pensionista; b) Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; c) Para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da

interdição; d) Pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos; e) pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge, companheiro ou companheira. I ­ pela morte do pensionista; II ­ para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; III ­ para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV ­ para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; V ­ para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento.

Cessação do benefício

a) Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada; b) No caso de morte presumida, verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente.

Páginas 334 a 339 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

Aplicam­se ao auxílio­reclusão as normas referentes à pensão por morte, sendo necessária, no caso de qualificação de dependentes após a reclusão ou detenção do segurado, a preexistência da dependência econômica (RPS, art. 116, §3º). Se, por exemplo, a realização do casamento ou constituição de união estável ocorrer durante o recolhimento do segurado à prisão, o auxílio­reclusão não será devido ao seu cônjuge, considerando a dependência superveniente ao fato gerador (IN INSS 77/2015, art. 388).

O cônjuge, companheiro ou companheira não terá direito ao benefício do auxílio­reclusão se o casamento ou o início da união estável tiver ocorrido há menos de dois anos da data do óbito do instituidor do benefício, salvo nos casos em que o cônjuge, o companheiro ou a companheira for considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade remunerada que lhe garanta subsistência, mediante exame médico­pericial a cargo do INSS, por doença ou acidente ocorrido após o casamento ou início da união estável e anterior ao recolhimento à prisão. Essa é uma regra aplicada à pensão por morte (Lei 8.213/91, art. 74, §2º), mas como o art. 80 da Lei 8.213/91 estabelece que o auxílio­reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte, entendo que tal regra também deva ser aplicada ao auxílio­reclusão.

O filho nascido durante o recolhimento do segurado à prisão terá direito ao benefício de auxílio­reclusão a partir da data de seu nascimento (IN INSS 77/2015, art. 387).

O exercício de atividade remunerada pelo segurado recluso em cumprimento de pena, em regime fechado ou semiaberto, que contribuir na condição de contribuinte individual ou facultativo, não acarreta perda do direito ao recebimento do auxílio­reclusão pelos seus dependentes (Lei 10.666/2003, art. 2º, caput).

2.11.2 Carência

De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio­reclusão será devido nas mesmas

condições da pensão por morte. Assim, as regras relativas à pensão por morte, no que couber, também serão aplicadas ao auxílio­reclusão, inclusive quanto à carência. Na redação original do art. 26, I, da Lei 8.213/91, independia de carência a concessão de pensão por morte, auxílio­reclusão, salário­família e auxílio­acidente. Mas, na redação que a Medida Provisória 664/2014 deu a esse dispositivo, o texto ficou da seguinte forma:

Lei 8.213/91 Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I – salário­família e auxílio­acidente; [...]

Assim, diante da alteração promovida pela Medida Provisória 664/2014, além da

pensão por morte, o auxílio­reclusão também passou a exigir carência de 24 contribuições mensais (Lei 8.213/91, art. 25, IV; art. 26, I; art. 80).

A concessão do auxílio­reclusão independe de carência (Lei 8.213/91, art. 26, I).

2.11.3 Requerimento do benefício [...]

2.11.5 Renda mensal inicial De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio­reclusão será devido nas mesmas

condições da pensão por morte. De acordo com o art. 75 da Lei 8.213/91, o valor mensal da pensão por morte corresponde a cinquenta por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de dez por cento do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.

Mas, se o segurado que foi recolhido à prisão já for aposentado, os seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio­reclusão. Assim, adaptando o disposto no art. 75 da Lei 8.213/91 ao auxílio­reclusão, podemos dizer que o valor mensal do auxílio­reclusão corresponde a 50% do valor da aposentadoria que o segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu recolhimento à prisão, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco.

De acordo com o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio­reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Por isso, o Regulamento da Previdência Social determina que:

“O valor mensal da pensão por morte ou do auxílio­reclusão será de cem por cento do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento” (RPS, art. 39, § 3º).

Mas quando aplicado ao auxílio­reclusão, o § 3º do art. 39 do RPS apresenta algumas

imprecisões. Se o segurado que foi recolhido à prisão já era aposentado, os seus dependentes não terão direito ao recebimento do auxílio­reclusão. Assim, o melhor é dizer que a renda mensal inicial do auxílio­reclusão será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado teria

direito, se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão. Ou seja, para efeito de cálculo do auxílio­reclusão, utiliza­se a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez, que corresponde a 100% do salário de benefício.

A respeito deste tema, no concurso para Defensor Público da União, realizado em 2007, o Cespe/UnB elaborou a seguinte questão:

“Considere que Silvano seja segurado não aposentado da previdência social e tenha sido condenado pela prática de crime que determinou o início do cumprimento da pena em regime fechado. Nessa situação, a renda mensal inicial do auxílio­reclusão devida aos dependentes é calculada de acordo com o modelo de cálculo a ser utilizado em caso de aposentadoria por invalidez.” A questão acima foi considera como certa, pois a renda mensal inicial do

auxílio­reclusão é calculada de acordo com a mesma regra de cálculo da aposentadoria por invalidez. Vale dizer, a renda mensal inicial do auxílio­reclusão é de 100% do salário de benefício, pois este é o valor da renda mensal inicial da aposentadoria por invalidez.

Havendo mais de um dependente com direito ao auxílio­reclusão, o benefício será rateado entre todos, em partes iguais. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito ao benefício cessar, mas sem o acréscimo da correspondente cota individual de dez por cento (Lei 8.213/91, art. 77, § 1º). [...]

2.11.8 Suspensão do benefício

No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado (RPS, art. 117, §2º).

Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, o mesmo será considerado para a verificação da perda ou não da qualidade de segurado (RPS, art. 117, §3º).

Os pagamentos do auxílio­reclusão serão suspensos na hipótese em que o segurado, com a concordância dos dependentes, faça opção pelo recebimento do auxílio­doença. Nesse caso, o auxílio­reclusão será restabelecido no dia seguinte à cessação do auxílio­doença (IN INSS 77/2015, art. 395).

Os pagamentos do auxílio­reclusão também serão suspensos se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela autoridade competente, para prova de que o segurado permanece recolhido à prisão (IN INSS 77/2015, art. 395, II).

2.11.9 Cessação do pagamento da cota individual

O pagamento da cota individual do auxílio­reclusão cessa:

a) pela morte do dependente (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, I); b) para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, II);

c) para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição (Lei 8.213/91, art. 77, §2º, III).

De acordo com o §5º do art. 77 da Lei 8.213/91, o tempo de duração da pensão por

morte devida ao cônjuge, companheiro ou companheira será calculado de acordo com sua expectativa de sobrevida no momento do óbito do instituidor segurado. Entendo que essa regra também deva ser aplicada ao auxílio­reclusão, pois, conforme o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio­reclusão será devido, nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, entendo que o decurso do prazo previsto no §5º do art. 77 da Lei 8.213/91 é causa de cessação do pagamento da cota individual do auxílio reclusão ao cônjuge, companheiro ou companheira. No caso do auxílio­reclusão, deve ser observada a expectativa de sobrevida do cônjuge, companheiro ou companheira no momento em que o segurado for recolhido à prisão.

Conforme o art. 80 da Lei 8.213/91, o auxílio­reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte. Assim, nas mesmas hipóteses em que cessa cada cota individual da penão por morte também cessa cada cota individual do auxílio­reclusão.

2.11.10 Cessação do benefício

O auxílio­reclusão cessa (para todos os dependentes):

a) Na data do livramento do segurado; b) Na data do falecimento do segurado (neste caso o auxílio­reclusão será automaticamente convertido em pensão por morte); c) Se o segurado passar a receber aposentadoria; ou d) Se o segurado passar a cumprir pena em regime aberto, trabalhando para determinada empresa com vínculo trabalhista. Neste caso, os dependentes não terão mais direito ao auxílio­reclusão, pois o art. 80 da Lei 8.213/91 é claro ao determinar que este benefício seja devido apenas na hipótese de o segurado recolhido à prisão não receber remuneração da empresa.

I ­ com a extinção da última cota individual; II ­ se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou recluso passar a receber aposentadoria; III ­ pelo óbito do segurado (nesse caso o auxílio­reclusão será automaticamente convertido em pensão por morte); IV ­ na data da soltura; V ­ quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumprimento da pena em regime aberto.

Quadro­resumo – Auxílio­reclusão

Fato gerador Recolhimento à prisão do segurado de baixa renda que não receber remuneração da empresa nem estiver em gozo de auxílio­doença, de aposentadoria ou de abono de permanência em serviço.

Beneficiários Os dependentes do segurado recolhido à prisão (respeitada a ordem das classes).

Carência 24 contribuições mensais. Não é exigida.

Renda mensal

50% do valor da aposentadoria que o segurado teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria quantos forem os dependentes do segurado, até o máximo de cinco. 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data em que foi recolhido à prisão.

Início do benefício

Data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 30 dias depois desta, ou na data do requerimento, se posterior.

Período de duração

O auxílio­reclusão será mantido enquanto o segurado permanecer detento ou recluso.

Suspensão do benefício

No caso de fuga, o benefício será suspenso, e, se houver recaptura do segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda mantida a qualidade de segurado. Os pagamentos do auxílio­reclusão serão suspensos nos casos de: I ­ fuga do segurado; II ­ opção pelo recebimento do auxílio­doença; III ­ o beneficiário deixar de apresentar atestado trimestral de que o segurado permanece recolhido à prisão.

Cessação do pagamento da cota individual

a) Pela morte do dependente; b) Para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de ambos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente; c) Para o pensionista inválido pela cessação da invalidez e para o pensionista com deficiência intelectual ou mental, pelo levantamento da interdição. I ­ pela morte do pensionista; II ­ para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência; III ­ para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez; IV ­ para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; V ­ para cônjuge ou companheiro, pelo decurso do prazo de recebimento.

Cessação do benefício

a) Na data do livramento do segurado; b) Na data do falecimento do segurado;

c) Se o segurado passar a receber aposentadoria; ou d) Se o segurado passar a cumprir pena em regime aberto, trabalhando para determinada empresa com vínculo trabalhista. I ­ com a extinção da última cota individual; II ­ se o segurado passar a receber aposentadoria; III ­ pelo óbito do segurado; IV ­ na data da soltura; V ­ quando o segurado deixar a prisão por livramento condicional ou por cumprimento da pena em regime aberto.

Página 344 – Acrescentar o azul.

O Ministério do Trabalho e da Previdência Social deverá gerar estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por reabilitados e deficientes habilitados, fornecendo­as, quando solicitadas, aos sindicatos ou entidades representativas dos empregados (Lei 8.213/91, art. 93, §2º).

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, alterou a redação dos §§ 1º e 2º e acrescentou o § 3º ao art. 93 da Lei 8.213/91. A redação dos referidos parágrafos é a seguinte:

§ 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo determinado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário reabilitado da Previdência Social. § 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência Social, fornecendo­os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados. § 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a contratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com deficiência de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto­Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após

decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. 3.2 Serviço social

Páginas 350 a 351 – Acrescentar o azul.

A tutela e a curatela serão sempre declaradas por decisão judicial, servindo, como prova de nomeação do representante legal, o ofício encaminhado pelo Poder Judiciário à unidade do INSS.

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, acrescentou à Lei 8.213/91 o seguinte artigo: “Art. 110­A. No ato de requerimento de benefícios operacionalizados pelo INSS, não será exigida apresentação de termo de curatela de titular ou de beneficiário com deficiência, observados os procedimentos a serem estabelecidos em regulamento.”

Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após

decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. 8 Desaposentação

Páginas 355 a 356 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) cento e vinte dias, independente da idade da criança adotada. 87. (Analista/TRF da 2ª Região/FCC/2007) Considere as seguintes assertivas a respeito do salário­família: I. O salário­família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive ao doméstico e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos. II. O aposentado por invalidez ou por idade e os demais aposentados com sessenta e cinco anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou sessenta anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário­família, pago juntamente com a aposentadoria. III. A empresa conservará durante quinze anos, obrigatoriamente, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidões correspondentes, para exame pela fiscalização da Previdência Social. IV. A cota do salário­família não será incorporada ao salário ou ao benefício. Está correto o que se afirma, APENAS em a) I, II e III. b) I e III. c) I e IV. d) II e IV. e) II, III e IV. 87. (Advogado da CETESB/VUNESP/2009) Quanto ao período de carência para a concessão de benefícios previdenciários, está correto: a) aposentadoria por invalidez: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais. b) auxílio­doença: 10 (dez) meses. c) auxílio­reclusão: 12 (doze) meses. d) pensão por morte, salário­família e auxílio­acidente: independem de carência. e) salário­maternidade de empregada doméstica: 12 (doze) meses. 88. (Analista/TRF da 4ª Região/FCC/2007) O salário­maternidade

Página 361 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) O retorno do aposentado à atividade exercida não prejudica o recebimento de sua aposentadoria, que, em qualquer caso, será mantida no seu valor integral. 102. (DPE­TO/Cespe/2013) No que concerne ao acidente do trabalho sob o RGPS, assinale a opção correta de acordo com a lei de regência. a) O prazo para a empresa comunicar o acidente do trabalho ao órgão da previdência social é de uma semana após o ocorrido; em caso de morte, tal prazo é de três dias. b) Considera­se acidente do trabalho o que ocorra pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. c) Não se equipara a acidente do trabalho a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício da atividade, caso se comprove o fornecimento, pelo empregador, do adequado equipamento de proteção individual. d) Não se equipara a acidente do trabalho o acidente sofrido pelo segurado fora do local e horário de trabalho, ainda que na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa. e) Da comunicação do acidente do trabalho ao órgão da previdência social, que somente pode ser feita pela empresa, receberão cópia fiel o acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria. 102. (FCC ­ 2012 ­ TRF ­ 2ª REGIÃO) De acordo com a Lei nº 8.213/1991, a concessão da pensão por morte e do auxílio reclusão a) dependem do período de carência de 6 meses. b) independem de carência. c) dependem do período de carência de 12 e 3 meses, respectivamente. d) dependem do período de carência de 3 e 12 meses, respectivamente. e) dependem do período de carência de 12 meses. 103. (INSS/FCC/2012) Lúcia exerce a atividade de professora do ensino fundamental desde dezembro de 1986, tem 56 anos de idade e pretende obter benefício previdenciário em dezembro de 2011. Nessa situação, segundo o INSS, Lúcia tem direito a

Página 362 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) Salário­família. 106. (Técnico Previdenciário/INSS/Cesgranrio/2005) Período de carência é o número de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício. O dia de início da contagem do período de carência é o(a): a) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, para o segurado empregado doméstico. b) primeiro dia do mês de filiação ao Regime Geral de Previdência Social, para todos os segurados, obrigatórios ou facultativos.

c) primeiro dia do mês em que se iniciou a execução de atividade remunerada, como segurado empregado, sendo presumida a contribuição. d) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para o trabalhador avulso. e) data do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, para todos os segurados, obrigatórios ou facultativos. 106. (FCC ­ 2012 ­ TRF ­ 2ª REGIÃO) Joaquim, segurado da previdência social, faleceu deixando apenas sua esposa Gabriela. Manoel, também segurado da previdência social, faleceu deixando apenas sua esposa Fábia. Considerando que Gabriela requereu o benefício previdenciário da pensão por morte no décimo sexto dia após óbito de Joaquim e Fábia o requereu no trigésimo sexto dia do óbito de Manoel, a pensão por morte será devida a contar a) da data do óbito. b) da data do requerimento. c) da data do óbito e da data do requerimento, respectivamente. d) do dia seguinte à data do óbito. e) do dia seguinte à data do óbito e da data do deferimento da concessão, respectivamente. 107. (TST/FCC/2012) Conforme previsão contida no Regime Geral da Previdência Social é permitido o recebimento conjunto dos seguintes benefícios da Previdência Social:

Página 365 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) comprovado mediante prova testemunhal, baseada em início de prova material. 115. (Analista Previdenciário/INSS/Cesgranrio/2005) A respeito das prestações previdenciárias do Regime Geral de Previdência Social, assinale a afirmativa correta. a) A reabilitação profissional, serviço abrangido pelo Regime Geral de Previdência Social, compreende, entre outros serviços, o reembolso das despesas realizadas para a aquisição de próteses ou de órteses e outros recursos materiais não prescritos ou não autorizados pelas unidades de reabilitação profissional do INSS. b) A cota do salário­família será incorporada, para qualquer efeito, ao salário ou ao benefício. c) O auxílio­reclusão será devido nas mesmas condições da pensão por morte aos dependentes do segurado recolhido à prisão, bastando que o detento ou o recluso seja segurado do Regime Geral, sendo indiferente se o mesmo estiver em gozo de qualquer benefício previdenciário. d) O salário­família será devido, mensalmente, ao segurado empregado, ao segurado doméstico e ao segurado trabalhador avulso, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados nos termos da legislação previdenciária. e) Os serviços de habilitação e reabilitação profissional serão prestados pelo INSS aos segurados, inclusive aposentados, e, de acordo com as possibilidades administrativas, técnicas, financeiras e as condições locais do órgão, aos seus dependentes. 115. (FCC ­ 2012 ­ INSS) Cecília filiou­se pela primeira vez à Previdência Social na qualidade de segurada empregada em razão de contrato de trabalho firmado com a empresa Alfa Comunicações. Após 11 (onze) meses de labor, Cecília pediu demissão para cursar pós­graduação no exterior, com duração de 3 (três) anos. Durante o curso Cecília não

contribuiu para a Previdência Social. Um mês antes do término do curso, Cecília veio a falecer. Passados 2 (dois) anos do óbito de Cecília, seu marido Joaquim requereu administrativamente o benefício da pensão por morte, sendo indeferido o seu pedido. Neste caso, o indeferimento do benefício da pensão por morte se justifica em razão de que a) apenas a esposa pode postular o benefício da pensão por morte do marido. b) não foi cumprido o período de carência previsto em lei para ser concedido o benefício da pensão por morte. c) Joaquim não era segurado do Regime Geral da Previdência Social. d) Joaquim não comprovou a sua dependência econômica em relação à Cecília. e) Cecília já havia perdido a qualidade de segurada antes da solicitação do benefício. 116. (TRT­4ª/FCC/2012) Após trabalhar como empregado por 20 anos para uma mesma empresa e por 16 anos para outra (com todas as contribuições previdenciárias oportunamente recolhidas), segurado do INSS fica desempregado e sem recolher qualquer contribuição por mais de 5 anos, ao final dos quais vem a falecer, deixando esposa (que é empregada) e sua mãe (de 66 anos de idade). Nessa situação, a lei prevê, quanto ao benefício pensão por morte, que

Página 368 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) é gerado, igualmente, pela adoção ou guarda judicial para fins de adoção. 124. Vanderley e Odilon são “muito unidos” e vão ao Maracanã todo domingo. Há três meses, eles conseguiram seus primeiros empregos num restaurante natural cuja proposta é “cada um come o que gosta”. Eles ganham a mesma remuneração no valor de R$1.000,00. Há dois meses, Wanderley casou com Iolanda e Odilon casou com Adelina. Se em abril de 2015, num dia de domingo, em pleno Maracanã, Wanderley assassinar Odilon e se, em razão do crime cometido, Wanderley for recolhido à prisão em regime prisional fechado: a) Iolanda terá direito a auxílio­reclusão e Adelina terá direito a pensão por morte. b) Iolanda terá direito a auxílio­reclusão, mas Adelina não terá direito a pensão por morte. c) Adelina terá direito a pensão por morte, mas Iolanda não terá direito a auxílio­reclusão. d) Adelina e Iolanda não terão direito a nenhum benefício, pois Wanderley e Odilon não tinham cumprido o período de carência. e) O valor mensal da pensão por morte que Adelina terá direito será de 50% da aposentadoria que Odilon teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. O valor do auxílio­reclusão que Iolanda terá direito será de 100% da aposentadoria que Wanderley teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu recolhimento à prisão. 124. (FCC ­ 2012 ­ INSS) Por motivo de disputa relacionada ao trabalho, o empregado Antunes sofre agressão física intencional de terceiro, Marcos, no refeitório da empresa durante o seu horário de almoço. Em razão da desavença Antunes fraturou um dedo da mão direita, o que lhe ocasionou uma redução temporária da capacidade de trabalho. Nesta situação, nos termos da legislação previdenciária, pode­se afirmar que Antunes a) não sofreu acidente de trabalho por estar em horário de refeição, portanto não estar trabalhando.

b) não sofreu acidente de trabalho porque a agressão foi provocada por terceiro e não colega de trabalho ou outro empregado da empresa. c) é portador de doença profissional que se equipara a acidente de trabalho. d) sofreu evento equiparado a acidente de trabalho para os efeitos da Lei nº 8.213/91. e) não sofreu acidente de trabalho porque a lesão foi pequena e a redução da capacidade de trabalho foi temporária. 125. (TCE­PR/FCC/2011) Equipara­se ao acidente do trabalho, para efeitos da Lei nº 8.213/91, em regra, o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho,

Página 372 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) Na aposentadoria por idade e na aposentadoria da pessoa com deficiência, sua aplicação é facultativa, não podendo reduzir o valor do benefício. 133. (Juiz Federal/TRF da 5ª Região/Cespe/UnB/2005) A respeito dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, julgue os itens que se seguem. I. Precede, necessariamente, à aposentadoria por invalidez, o benefício do auxílio­doença, que será concedido ao segurado considerado incapaz e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. II. O valor do benefício da aposentadoria por invalidez de segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa deve ser acrescido de 25%, sendo esse acréscimo devido mesmo em situações em que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal. III. A aposentadoria por idade é devida ao segurado que, cumprida a carência exigida pela Lei 8.213/1991, completar 70 anos de idade, se homem, e 65, se mulher. No caso de trabalhadores rurais, essas idades são reduzidas para 60 e 55 anos, respectivamente. IV. Ao empregado doméstico não é devido o salário­família. Os itens que estão certos são: a) I e II b) II e III c) III e IV d) I e III e) II e IV 133. (FCC ­ 2012 ­ INSS) Conforme prevê a legislação previdenciária, em relação ao benefício da aposentadoria por invalidez é correto afirmar que a) durante os primeiros trinta dias de afastamento da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa pagar ao segurado empregado o salário. b) por sua natureza em nenhuma situação dependerá de período de carência. c) será devida apenas se o segurado estiver em gozo de auxílio­doença. d) não é devida ao segurado empregado doméstico. e) a sua concessão dependerá da verificação da condição de incapacidade mediante exame médico­pericial a cargo da Previdência Social. 134. Assinale a assertiva correta acerca dos benefícios do RGPS:

Página 389 – Alterar o verde.

A incidência não cumulativa pode ocasionar uma situação interessante, que será demonstrada através do seguinte exemplo: João recebe uma remuneração mensal de R$2.332,00, e Pedro, R$2.331,00. Apesar de João ter uma remuneração maior que a de Pedro, após o desconto da contribuição previdenciária, sua remuneração líquida será menor que a de Pedro. Vejamos:

Empregado Remuneração Alíquota Contribuição do segurado

Remuneração líquida

João R$2.332,00 11% R$256,52 R$2.075,48

Pedro R$2.331,00 9% R$209,79 R$2.121,21

Página 391 – Alterar o verde.

A contribuição do empregado doméstico é descontada pelo empregador doméstico, devendo ser recolhida até o dia 7 do mês seguinte.

Página 402 – Alterar o verde.

Quando se enquadra como microempreendedor individual (MEI)

Não 5% sobre o salário mínimo Dia 20

Página 409 – Alterar o verde.

Empregado doméstico O empregador doméstico Até o dia 7 do mês seguinte

Página 411 – Acrescentar o azul.

IV. quinze por cento sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.

A Medida Provisória 680, de 6 de julho de 2015, deu nova redação ao inciso II do art. 22

da Lei 8.212/91. A nova redação é a seguinte:

“I ­ vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego ­ PPE, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa.” Mas , conforme o art. 9º da Medida Provisória 680/2015, a referida mudança legislativa

somente entrará em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação. A Medida Provisória 680/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. Assim, a mencionada mudança legislativa somente entrara em vigor no dia 01/11/2015.

2.3.2.1 Contribuição da empresa sobre a remuneração de empregados e trabalhadores avulsos

Página 433 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. ATENÇÃO: Excluir também a NOTA DE RODAPÉ.

b) 0,1% para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Esta contribuição é devida em substituição à contribuição da empresa para o RAT de 1%, 2% ou 3% sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas aos segurados empregados e trabalhadores avulsos, prevista no art. 22, II, da Lei 8.212/91.

Apesar do acima exposto, vale frisar que o STF, no julgamento do RE 596177/RS,

considerou como inconstitucional a contribuição do empregador rural pessoa física incidente sobre a comercialização da produção rural. Confira o julgado:

Ementa: Constitucional. Tributário. Contribuição social previdenciária. Empregador rural pessoa física. Incidência sobre a comercialização da produção. Art. 25 da Lei nº 8.212/1991, na redação dada pelo art. 1º da Lei nº 8.540/1992. Inconstitucionalidade. I – Ofensa ao art. 150, II, da CF em virtude da exigência de dupla contribuição caso o produtor rural seja empregador. II – Necessidade de lei complementar para a instituição de nova fonte de custeio para a seguridade social. III – RE conhecido e provido para

reconhecer a inconstitucionalidade do art. 1º da Lei nº 8.540/1992, aplicando­se aos casos semelhantes o disposto no art. 543­B do CPC. 4

No julgamento do RE 596.177/RS, o STF considerou como inconstitucional a

contribuição do empregador rural pessoa física incidente sobre a comercialização da produção rural, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91, na redação dada pelo art. 1º da Lei 8.540/92. Acontece que a redação do art. 25 da Lei 8.212/91 que, atualmente, está em vigor é a dada pela Lei 10.256/2001. A discussão do tema com enfoque na Lei 10.256/2001 teve sua repercussão geral reconhecida pelo STF nos autos do RE 718.874/RS. Até a data da publicação da presente edição desta obra, o RE 718.874/RS ainda estava pendente de julgamento pelo STF.

A contribuição do empregador rural pessoa física, aqui estudada, não incide sobre as receitas decorrentes de exportação de produtos, cuja comercialização ocorra a partir de 12 de dezembro de 2001, por força do disposto no inciso I do §2º do art. 149 da Constituição Federal, alterado pela Emenda Constitucional 33/2001 (IN RFB 971/2009, art. 170).

Páginas 442 a 444 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul.

2.3.3 Contribuição previdenciária do empregador doméstico

Base de cálculo Alíquota

Salário de contribuição do empregado doméstico a serviço do empregador doméstico 12%

A contribuição do empregador doméstico é de 12% do salário de contribuição do

empregado doméstico a seu serviço (Lei 8.212/91, art. 24). Atente­se para o fato de que a base de cálculo da contribuição do empregador

doméstico não é a remuneração paga ao empregado doméstico, e sim o salário de contribuição do empregado doméstico. A observação é necessária para que não se confunda com a contribuição da empresa incidente sobre a remuneração dos empregados, trabalhadores avulsos ou contribuintes individuais. Quando se trata da contribuição da empresa, a base de cálculo é a remuneração total dos empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais. Quando se trata de empregador doméstico, a base de cálculo da contribuição é o salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço.

A responsabilidade pelo recolhimento das contribuições é do empregador doméstico, que ficará com a obrigação de descontar a contribuição do empregado doméstico a seu serviço e recolhê­la, juntamente com a parcela a seu cargo, até o dia 15 do mês seguinte ao da competência (Lei 8.212/91, art. 30, V).

4 STF, RE 596177/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 29/08/2011.

Se, por exemplo, a empregada doméstica tem uma remuneração mensal de R$5.000,00, a contribuição do empregador doméstico será de R$559,65 (que corresponde a 12% de R$4.663,75). A contribuição que o empregador doméstico descontará da empregada doméstica será de R$513,01 (que corresponde a 11% de R$4.663,75). Neste caso, o empregador doméstico recolherá aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, o valor de R$1.072,66 (que corresponde à soma das duas contribuições).

Se no exemplo anterior a remuneração mensal da empregada doméstica fosse R$1.000,00, a contribuição do empregador doméstico seria de R$120,00 (correspondente a 12% de R$1.000,00). A contribuição que o empregador doméstico descontaria da empregada doméstica seria de R$80,00 (correspondente a 8% de R$1.000,00). Neste caso, o empregador doméstico recolheria aos cofres da Previdência Social, até o dia 15 do mês seguinte, a quantia de R$200,00 (correspondente à soma das duas contribuições).

Quando a empregada doméstica estiver em gozo de salário­maternidade, o empregador ficará com a obrigação do recolhimento apenas de sua cota patronal, ou seja, os 12% incidentes sobre o salário de contribuição.

Quando o salário de contribuição do empregado doméstico for igual a um salário mínimo, o empregador doméstico pode optar pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia 15 do mês seguinte ao de cada trimestre civil, prorrogando­se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia 15.

Quando o salário de contribuição do empregado doméstico for menor que um salário mínimo mensal (nos casos de admissão, dispensa, falta não justificada ou fração de salário em razão de gozo de benefício), o empregador doméstico também pode optar pelo recolhimento trimestral.

O empregador doméstico não está obrigado a apresentar GFIP. Todavia, caso o empregador opte por recolher o FGTS para o seu empregado doméstico, deverá: (a) Efetuar a matrícula CEI; e (b) Preencher e entregar a GFIP – Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social.

A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregadores domésticos a obrigatoriedade de recolhimento do FGTS. Mas este direito dos empregados domésticos ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. Quando isso acontecer, a entrega da GFIP passará a ser obrigatória para o empregador doméstico.

Vale ainda frisar que o Decreto 8.373, de 11 de dezembro de 2014, instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial. As informações prestadas por meio do eSocial substituirão as constantes na GFIP, na forma a ser disciplinada no Manual de Orientação do eSocial (Decreto 8.373/2014, art. 2º, §3º).

De acordo com o art. 34 da Lei Complementar 150/2015, o Simples Doméstico assegurará o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes valores:

I ­ 8% a 11% de contribuição previdenciária, a cargo do segurado empregado doméstico, nos termos do art. 20 da Lei 8.212/91; II ­ 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei 8.212/91; III ­ 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho; IV ­ 8% de recolhimento para o FGTS; V ­ 3,2%, na forma do art. 22 desta Lei; e VI ­ imposto sobre a renda retido na fonte de que trata o inciso I do art. 7º da Lei 7.713/88, se incidente.

O empregador doméstico é obrigado a recolher os valores acima até o dia 7 do mês

seguinte ao da competência (LC 150/2015, art. 35). O inciso I do art. 34 da LC 150/2015 refere­se à contribuição que o empregador

doméstico descontará do segurado empregado doméstico. Essa contribuição, como visto anteriormente, corresponde a 8%, 9% ou 11% sobre o salário­de­contribuição do segurado.

Os valores previstos nos incisos IV a VI do art. 34 da LC 150/2015 não se referem a contribuições previdenciárias.

As contribuições previdenciárias patronais, a cargo do empregador doméstico, são as previstas nos incisos II e III do art. 34 da Lei Complementar 150/2015. Assim, as contribuições previdenciárias a cargo do empregador doméstico são as seguintes:

a) 8% de contribuição patronal previdenciária para a seguridade social, a cargo do empregador doméstico, nos termos do art. 24 da Lei 8.212/91; b) 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho.

De acordo com o § 1º do art. 34 da Lei Complementar 150/2015, as contribuições

incidem sobre a remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada empregado [doméstico], incluída na remuneração a gratificação de Natal (13º salário). Assim, podemos resumir as contribuições patronais previdenciárias do empregador doméstico por meio do seguinte quadro:

Contribuições patronais previdenciárias do empregador doméstico

Destinação Alíquota Base de cálculo

Para a seguridade social 8% Remuneração paga ou devida a cada empregado doméstico, incluída na remuneração a gratificação natalina

Para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho 0,8%

O empregador doméstico fornecerá, mensalmente, ao empregado doméstico cópia do

documento de arrecadação do Simples Domestico.

Conforme o art. 31 da Lei Complementar 150/2015, o Simples Doméstico deverá ser regulamentado no prazo de 120 dias a contar da data de entrada em vigor dessa Lei. O Simples Doméstico será disciplinado por ato conjunto dos Ministros de Estado da Fazenda, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego que disporá sobre a apuração, o recolhimento e a distribuição dos recursos recolhidos (LC 150/2015, art. 32).

As contribuições previdenciárias do empregador doméstico, na forma aqui descritas, somente serão devidos após 120 dias da data de publicação da Lei Complementar 150/2015. A Lei Complementar 150/2015 foi publicada no dia 2 de junho de 2015. Assim, somente a partir da competência outubro de 2015 começará essa nova forma de cálculo das contribuições previdenciárias do empregador doméstico. Até setembro de 2015, a contribuição patronal do empregador doméstico permanecerá no valor de 12% do salário­de­contribuição do empregado doméstico a seu serviço (Lei 8.212/91, art. 24).

2.3.3.1 Dedução da contribuição previdenciária do empregador doméstico no

imposto de renda

De acordo com a Lei 9.250/95, art. 12, VII, até o exercício de 2019, ano­calendário de 2018, a contribuição patronal paga à Previdência Social pelo empregador doméstico poderá ser deduzida do seu Imposto de Renda. T odavia, esta dedução está limitada: (a) a um empregado doméstico por declaração, inclusive no caso da declaração em conjunto; (b) ao valor recolhido no ano­calendário a que se referir a declaração. A dedução da contribuição previdenciária do empregador doméstico no imposto de renda não poderá exceder: (a) ao valor da contribuição patronal calculada sobre um salário mínimo mensal, sobre o 13º salário e sobre a remuneração adicional de férias, referidos também a um salário mínimo; (b) ao valor do imposto apurado, deduzidos os valores de que tratam os incisos I a IV do art. 12 da Lei 9.250/95. A dedução em tela aplica­se somente ao modelo completo de Declaração de Imposto de Renda das Pessoas Físicas.

2.3.3.2 Seguro contra acidentes de trabalho para o empregado doméstico

A Emenda Constitucional 72, de 2 de abril de 2013, estendeu aos empregados domésticos o direito ao seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7º, XXVIII). Mas este direito ainda está pendente de regulamentação, que será feita mediante lei a ser editada pelo Congresso Nacional. É provável que a lei que irá regulamentar o seguro contra acidentes de trabalho dos empregados domésticos institua mais uma contribuição previdenciária a cargo do empregador doméstico, para financiar o referido seguro. Mas enquanto isso não ocorrer, a contribuição previdenciária do empregador doméstico continuará sendo apenas 12% do salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço.

2.3.4 Contribuição previdenciária decorrente de ação trabalhista

Página 448 – Alterar o verde.

Para as pessoas jurídicas em geral, sobre o valor da base de cálculo incidirá alíquota de 9%. Contudo, a alíquota será de 20% para as seguintes pessoas jurídicas: (I) empresas de seguros privados; (II) empresas de capitalização; (III) bancos de qualquer espécie; (IV) distribuidoras de valores mobiliários; (V) corretoras de câmbio e de valores mobiliários; (VI) sociedades de crédito, financiamento e investimentos; (VII) sociedades de crédito imobiliário; (VIII) administradoras de cartões de crédito; (IX) sociedades de arrendamento mercantil; (X) cooperativas de crédito; (XI) associações de poupança e empréstimo (Lei 7.689/88, art. 3º).

Página 463 – Alterar o verde.

XIV. Pagamento relativo aos 15 primeiros dias de afastamento do empregado por motivo de doença ou acidente do trabalho. Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por

motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral (Lei 8.213/91, art. 60, §3º).

Nos termos do art. 60, §3º, da Lei 8.213/91, a natureza salarial do pagamento em tela é incontestável. Assim, levando em consideração a literalidade da Lei, incide contribuição previdenciária sobre o salário recebido pelo empregado referente aos 15 primeiros dias de afastamento por motivo de doença ou acidente. Mas no julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela não incidência de contribuição previdenciária sobre a importância paga nos quinze dias que antecedem o auxílio­doença. De acordo com o entendimento do STJ, não obstante nesse período haja o pagamento efetuado pelo empregador, a importância paga não é destinada a retribuir o trabalho, sobretudo porque no intervalo dos quinze dias consecutivos ocorre a interrupção do contrato de trabalho, ou seja, nenhum serviço é prestado pelo empregado. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543­C), passando a ser considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543­C, §7º).

Em prova de concurso, caso a questão mencione a jurisprudência, o candidato deve posicionar­se a favor da não incidência de contribuição previdenciária sobre o valor recebido pelo empregado referente aos 15 primeiros dias de afastamento por motivo de doença ou acidente.

Página 472 – Acrescentar o azul.

No julgamento do REsp 1.230.957/RS, a egrégia Primeira Seção do STJ, na sessão realizada no dia 26/02/2014, decidiu pela incidência de contribuição previdenciária sobre o salário­paternidade. Vale frisar que o REsp 1.230.957/RS foi submetido à sistemática de julgamento dos recursos repetitivos (CPC, art. 543­C), passando a ser considerado como paradigma a ser observado pelas instâncias inferiores, quando se depararem com questão idêntica (CPC, art. 543­C, §7º). Salário­paternidade refere­se ao valor recebido pelo empregado durante os cinco dias de afastamento em razão do nascimento de filho (arts. 7º, XIX, da CF;

473, III, da CLT; e 10, §1º, do ADCT). Ao contrário do que ocorre com o salário­maternidade, o salário­paternidade constitui ônus da empresa, ou seja, não se trata de benefício previdenciário. Desse modo, em se tratando de verba de natureza salarial, é legítima a incidência de contribuição previdenciária. Ademais, ressalte­se que o salário­paternidade deve ser tributado, por se tratar de licença remunerada prevista constitucionalmente, não se incluindo no rol dos benefícios previdenciários.

XXVIII. O valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego (PPE)

O PPE foi instituído pela Medida Provisória 680, de 6 de julho de 2015. As empresas

que aderirem ao PPE poderão reduzir, temporariamente, em até trinta por cento, a jornada de trabalho de seus empregados, com a redução proporcional do salário (MP 680/2015, art. 3º). Os empregados que tiverem essa redução do salário farão jus a uma compensação pecuniária equivalente a 50% do valor da redução salarial e limitada a 65% do valor máximo da parcela do seguro­desemprego, enquanto perdurar o período de redução temporária da jornada de trabalho. Incidirá contribuição previdenciária sobre o valor da referia compensação pecuniária (Lei 8.212/91, art. 28, § 8º, “d”).

O valor da mencionada compensação pecuniária foi acrescentado à Lei nº 8.212/91 (art. 28, § 8º, “d”), pela Medida Medida Provisória 680, de 6 de julho de 2015. Mas vale frisar que, conforme o art. 9º da Medida Provisória 680/2015, essa mudança legislativa somente entrará em vigor no primeiro dia do quarto mês subsequente ao de sua publicação. A Medida Provisória 680/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015. Assim, a mencionada mudança legislativa somente entrará em vigor no dia 01/11/2015.

4.2.2 Parcelas não integrantes do salário de contribuição

Página 496 – Alterar o verde; Excluir o vermelho.

O empregador doméstico é obrigado a arrecadar a contribuição do segurado empregado doméstico a seu serviço e recolhê­la, assim como a parcela a seu cargo, cabendo­lhe durante o período da licença­maternidade da empregada doméstica apenas o recolhimento da contribuição a seu cargo (RPS, art. 216, VIII). Estas contribuições devem ser recolhidas até o dia sete do mês seguinte, prorrogando­se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia sete.

É facultado aos segurados contribuinte individual e facultativo, cujos salários de contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, optarem pelo recolhimento trimestral das contribuições previdenciárias, com vencimento no dia quinze do mês seguinte ao de cada trimestre civil, prorrogando­se o vencimento para o dia útil subsequente quando não houver expediente bancário no dia quinze (RPS, art. 216, §15). Esta faculdade também é dada ao empregador doméstico relativamente aos empregados domésticos que lhes prestam serviço, cujos salários de contribuição sejam iguais ao valor de um salário mínimo, ou inferiores nos

casos de admissão, dispensa ou fração do salário em razão de gozo de benefício (RPS, art. 216, §16). 6 Prazo de recolhimento

Página 497 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. ATENÇÃO: acrescentar também a NOTA DE RODAPÉ.

Prazo de recolhimento Contribuições

Dia 15 do mês seguinte ao da competência, prorrogando­se para o dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário naquele dia.

a) As contribuições do contribuinte individual; quando recolhidas pelo próprio segurado; b) As contribuições do segurado facultativo; c) As contribuições descontadas do segurado empregado doméstico; d) As contribuições a cargo do empregador doméstico.

Até dia 20 de dezembro, antecipando­se para o dia útil imediatamente anterior quando não houver expediente bancário naquele dia.

Contribuição incidente sobre o valor do 13º salário. Obs.: no caso de rescisão de contrato de trabalho, as contribuições devidas serão recolhidas até o dia 20 do mês seguinte ao da rescisão, computando­se em separado a parcela referente ao 13º salário.

Até 2 dias úteis após a realização do evento.

A contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta de espetáculos desportivos.

Até dia 7 do mês seguinte ao da competência. Se não houver expediente bancário, o recolhimento deverá ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior. (Lei 8.212/91, art. 32­C, §§3º e 5º)

a) Contribuição recolhida pelo segurado especial incidente sobre a receita bruta da comercialização da produção rural (Lei 8.212/91, art. 25); b) Contribuição arrecadada pelo segurado especial dos trabalhadores a seu serviço.

Até dia 7 do mês seguinte ao da competência, prorrogando­se para o dia útil subsequente, quando não houver expediente bancário naquele dia (Lei 8.212/91, art. 30, V, c/c § 2º, I).

a) Contribuição do segurado empregado doméstico; b) Contribuição patronal do empregador doméstico.

Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, prorrogando­se para o dia útil subsequente,

A contribuição do Microempreendedor Individual (MEI) de 5% incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição, recolhida na condição de segurado

quando não houver expediente bancário naquele dia (Resolução CGSN 94/2011, art. 38).

contribuinte individual (Lei 8.212/91, art. 21, § 2º, II, “a”)..

Até o dia 20 do mês seguinte ao da competência, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia.

a) As contribuições descontadas dos segurados empregados e trabalhadores avulsos; b) As contribuições descontadas do contribuinte individual (inclusive as descontadas do cooperado pela cooperativa de trabalho); c) As contribuições da empresa incidentes sobre a remuneração de segurados empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual; d) As contribuições da empresa (15%) incidentes sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de serviço, relativo a serviços que lhe tenham sido prestados por cooperados, por intermédio de cooperativas de trabalho; e) As retenções de 11% sobre o valor dos serviços contidos em nota fiscal prestados mediante cessão de mão de obra ou empreitada; f) As contribuições incidentes sobre a comercialização da produção rural (exceto as recolhidas pelo segurado especial); g) A contribuição de 5% incidentes sobre patrocínio, licenciamento de uso de marcas e símbolos, publicidade, propaganda e transmissão de espetáculos; h) Contribuição previdenciária patronal do Microempreendedor Individual (MEI) de 3% incidente sobre o salário de contribuição do empregado que lhe presta serviço; i) Contribuição que o MEI desconta do seu empregado.

Página 506 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) a remuneração registrada na Carteira de Trabalho para o empregado doméstico. 152. A base de cálculo da contribuição do empregador doméstico é: a) A remuneração total do empregado doméstico a seu serviço. b) O salário mínimo. c) O valor total do salário registrado na carteira profissional do empregado doméstico a seu serviço. d) O salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço. e) O salário­base do empregado doméstico a seu serviço. 152. De acordo com a lei Complementar nº 150/2015, são obrigações previdenciárias do empregador doméstico, exceto:

a) Arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência. b) Recolher contribuição patronal previdenciária para a seguridade social no valor de 8% sobre a a remuneração paga ou devida no mês anterior ao empregado doméstico que lhe presta serviço. c) Recolher contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho, com alíquota de 0,8% incidente sobre a a remuneração paga ou devida no mês anterior ao empregado doméstico que lhe presta serviço. d) Recolher contribuição patronal previdenciária, com alíquota de 12% incidente sobre o salário­de­contribuição do empregado doméstico a seu serviço. e) Fornecer, mensalmente, ao empregado doméstico cópia do documento de arrecadação das contribuições previdenciárias, impostos e depósitos incidentes sobre a remuneração do empregado doméstico. 153. Em regra, a base de cálculo da contribuição dos segurados é o salário de contribuição. No entanto, há uma exceção a essa regra. Essa exceção refere­se ao segurado

Página 517 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. e) nenhum 176. (Juiz Federal/TRF da 5ª Região/Cespe/UnB/2005) Julgue os seguintes itens: I . A alíquota de contribuição do segurado contribuinte individual e facultativo é de 20% sobre o respectivo salário de contribuição. II. A contribuição do empregador doméstico é de 12% do salário de contribuição do empregado doméstico a seu serviço. III. As diárias recebidas pelo segurado empregado durante o mês, independentemente de seu valor, integram o salário de contribuição. Os itens que estão certos são: a) I e II b) II e III c) I e III d) todos e) nenhum 176. (FUNDATEC – 2010 – PGE­RS) Assinale a alternativa incorreta: a) É vedada à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a cobrança de contribuição social de Seguridade Social no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que a instituiu ou aumentou. b) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios podem instituir contribuição a ser cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de regime próprio de previdência. c) A contribuição social de Seguridade Social só pode ser exigida 90 (noventa) dias após a data da publicação da lei que a instituiu ou modificou. d) Compete exclusivamente à União instituir contribuição social para o custeio do Regime Geral de Previdência Social. e) As entidades beneficentes de assistência social, desde que atendidas as exigências estabelecidas em lei, são isentas de contribuição para a Seguridade Social.

177. (AGU/Cespe/2002) Julgue os seguintes itens:

Páginas 701 e 702 – Excluir o vermelho; Acrescentar o azul. 3.2 Aposentadoria compulsória

O servidor, homem ou mulher, será aposentado compulsoriamente aos setenta anos de idade. Nesta espécie de aposentadoria, não há a exigência de o servidor ter tempo mínimo de dez anos de exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo. Estes requisitos são exigidos somente para as aposentadorias voluntárias.

Os servidores abrangidos por RPPS serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar (CF, art. 40, § 1º, II).

Até que entre em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União aposentar­se­ão, compulsoriamente, aos 75 anos de idade (CF, ADCT, art. 100).

Ou seja, para os os Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Contas da União, já está vigorando a aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.

Para os demais servidores abrangidos por RPPS, a aposentadoria compulsória continua sendo aos 70 anos de idade. Somente passará para 75 anos depois que entrar em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal.

O quadro abaixo apresenta um resumo da aposentadoria compulsória:

SERVIDOR IDADE DA APOSENTADORIA COMPULSÓRIA

Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e do TCU

Já está vigorando a aposentadoria compulsória aos 75 anos de idade.

Demais servidores abrangidos por RPPS

Antes de entrar em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal. 70 anos

Depois de entrar em vigor a lei complementar de que trata o inciso II do § 1º do art. 40 da Constituição Federal. 75 anos

Na aposentadoria compulsória, não há a exigência de o servidor ter tempo mínimo de

dez anos de exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo. Estes requisitos são exigidos somente para as aposentadorias voluntárias.

Os proventos da aposentadoria compulsória são calculados de modo proporcional ao tempo de contribuição.

Página 785 – Acrescentar o azul.

O benefício de prestação continuada não gera direito a pagamento de abono anual (gratificação natalina ou 13º salário).

A Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, alterou a redação dos §§ 2º e 9º e acrescentou o § 11 ao art. 20 da Lei 8.742/93. A redação dos referidos parágrafos é a seguinte:

§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera­se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. [...] § 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da renda familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo. [...] § 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade, conforme regulamento.”

Mas a Lei 13.146/2015, conforme o seu art. 127, somente entrará em vigor após

decorridos 180 dias de sua publicação oficial. A Lei 13.146/2015 foi publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de julho de 2015.

6.2 Benefícios eventuais