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Direitos do Consumidor - Previsão Constitucional -O contrato de troca (ou escambo) é, provavelmente, um dos institutos jurídicos mais antigos da relação humana. O de venda, pela lógica, o sucede, tão logo haja o aparecimento da moeda como fator de troca. - É possível imaginar-se, portanto, que sempre houve alguém comprando alguma coisa de alguém que vendesse essa tal coisa. Se essa aquisição era para uso direto do comprador, ou de seus familiares, tratava- se de uma relação de consumo. - A Constituição Federal Brasileira de 1988 considerou como fundamental o direito do consumidor.

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Page 1: Direitos do Consumidor - Previsão Constitucional -O contrato de troca (ou escambo) é, provavelmente, um dos institutos jurídicos mais antigos da relação

Direitos do Consumidor - Previsão Constitucional

-O contrato de troca (ou escambo) é, provavelmente, um dos

institutos jurídicos mais antigos da relação humana. O de

venda, pela lógica, o sucede, tão logo haja o aparecimento da

moeda como fator de troca.

- É possível imaginar-se, portanto, que sempre houve alguém

comprando alguma coisa de alguém que vendesse essa tal

coisa. Se essa aquisição era para uso direto do comprador,

ou de seus familiares, tratava-se de uma relação de consumo.

- A Constituição Federal Brasileira de 1988 considerou como fundamental o direito do consumidor. Tanto é que, no art. 5°, inc. XXXII, estabeleceu em "norma de notório conteúdo programático" (CARVALHO FILHO, 2001, p. 19): o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor.

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• Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990

• visa proporcionar o atendimento das necessidades dos consumidores, levando-se em consideração sua dignidade, saúde e segurança, bem como a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, transparência e harmonia nas relações entre eles e seus fornecedores de produtos ou serviços.

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A publicação do Código de Defesa do Consumidor há pouco mais de uma década representa um marco histórico na luta pelo respeito aos direitos individuais, como aqueles consolidados na relação de consumo, a ser desenvolvida dentro de padrões éticos mínimos.

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Ao princípio privatista da autonomia de vontades se opõe uma nova teoria fundada a partir da responsabilidade civil objetiva e da consagração dos interesses e direitos difusos, relativizando os efeitos dos contratos em prol da prevalência de interesses coletivos privados.

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Ao normatizar novos princípios de comportamento consumeristico, o Código desencadeou um processo de mudança social do tipo que Celso Furtado chama de “projeto de autotransformação social”.

- Participação direta dos próprios cidadãos;- Identificar as características positivas da realidade,

que devem ser estimuladas,;- Os aspectos negativos, passíveis de modificação;- Apontar os meios de atuação direta da comunidade

no sentido da implementação das transformações necessárias

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O estudo dos efeitos sociais da Lei do Consumidor pode revelar aspectos fundamentais quanto ao modo de valoração ética das relações de consumo pelo cidadão brasileiro, suas tendências e, acima de tudo, planos de ação e posturas capazes de concretizar as condições desejáveis e eliminar as indesejáveis.

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A cultura brasileira guarda traços da moral escravocrata feudal, que acarreta a hierarquização das classes sociais e, com isso, a falta de respeito mútuo entre os cidadãos.

O Código do Consumidor, na medida em que impõe certos padrões de comportamento ético, vem contribuindo para a mudança dessa mentalidade, a afirmação da cidadania nacional e a garantia da efetividade do acesso à Justiça.

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Em última análise, ao ajudar a impulsionar o processo de transformação social e de definição do mosaico da nova sociedade de consumo brasileira, o Código concorre para a propagação das metas de lealdade e eficácia na produção e distribuição de bens e serviços.

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Pois bem, diante da constatação de que todos são consumidores em potencial e, mais do que isso, estão ética e sociologicamente integrados no cenário econômico da sociedade de consumo, pode-se calcular a importância do estudo e da regulamentação desse agente econômico — o consumidor—, bem como das relações e fenômenos a ele relacionados.

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Praticamente todos os setores da vida atual são, direta ou indiretamente, sustentados por relações de consumo de bens ou de serviços:

O lazer, o estudo, a saúde, a moradia, que engloba a locação de imóveis e a construção civil, a alimentação, etc.

Prestação de serviçosFornecedores de produtos

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Com a Revolução Industrial e a explosão demográfica, houve

nítida separação entre as atividades de produção e de

comercialização.

A demanda aumentou incrivelmente e gerou o chamado

consumo de massa, ou consumo em larga escala.

Hoje, mais uma modernidade: compras coletivas.

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A demanda passou a ser tão grande que os produtores se viram obrigados a dividir o processo produtivo em fases distintas e sucessivas, atribuidas a diferentes empresas industriais.

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A propaganda se desprendeu da atividade puramente comercial e criou seu próprio campo de atuação, com empresas especificas em cada ramo publicitário.

Como resultado, o consumidor não conhece mais o produtor da mercadoria que adquire. Normalmente, nem mesmo tem acesso ao conteúdo da embalagem, que vem lacrada; os defeitos só serão constatados depois da aquisição.

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O produtor, por sua vez, perdeu o controle sobre os bens que produz, pois a distribuição, comercialização e propaganda ficam a cargo dos importadores, comerciantes e publicitários.

O controle de qualidade do produtor fica, com isso, limitado ao término da fase do processo produtivo que a ele compete.

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A prestação de serviços tornou-se impessoal e ínformatizada.

O consumidor não mais contrata determinada pessoa para o serviço, como ocorria antes.

Os serviços são em parte realizados pelo próprio consumidor, em sistemas self service, muitas vezes por métodos mecânicos ou eletrônicos.

Quando o serviço envolve terceiros, o consumidor não conhece nem tem como escolher as pessoas que a empresa contratada enviará para realizar o serviço.

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Diante disso, tornou-se imprescindível a existência de normas destinadas a organizar esse complexo processo econômico, que começa no extrator da matéria-prima, passa pelos produtores primários e secundários e atravessa a rede mercantil-financeira-publicitária, até chegar ao consumidor final.

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A organização desse processo, com a definição das responsabilidades atribuíveis a cada participante, é necessária, não só para a proteção dos consumidores, mas para a própria viabilidade e sobrevivência do sistema.

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• RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMOÉ o negócio jurídico no qual o vínculo entre as partes

se estabelece pela aquisição ou utilização de um produto ou serviço, tendo o adquirente a qualidade de destinatário final e o vendedor a qualidade de fornecedor. (Jovi Vieira Barboza NOÇÕES E PRINCÍPIOS DE DIREITO DO CONSUMIDOR - Maringá, 2007)

Elementos da relação de consumo:

- produto,

- serviço,

- consumidor e

- fornecedor;

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CDC - Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.

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Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

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§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.

§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.

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Entidades que fiscalizam o direito do consumidor:

- SISTECON/PROCON: que agem quando são solicitadas, ou por iniciativa própria;- Poder Judiciário: que age se provocado, como um meio judicial de defesa do consumidor.

-Objetivos:- Harmonia entre consumidores e fornecedores - deve haver um equilíbrio entre a relação empresa/consumidor, tem que se levar em conta a vulnerabilidade do consumidor, porém não pode haver abuso de seus direitos. Para se obter o equilíbrio deve-se adotar os princípios da seriedade, da igualdade e da boa-fé.

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As Diretrizes Gerais da Política e do Direito do Consumidor

Antes de dissertarmos sobre a principiologia inserta no art. 4° do Código de Defesa do Consumidor Brasileiro, apontaremos abaixo os aspectos mais comuns de interesse da política tradicional de proteção ao consumidor:

a)Educação: uma importantíssima ferramenta de auxílio ao consumidor, busca torná-lo mais consciente de suas responsabilidades, direitos e obrigações, ajudando-o a exercer um papel atuante no mercado, protegendo-o dos enganos e fraudes, ao possibilitar o acesso efetivo à lei e aos mecanismos de reparação.

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b)Informação e conselhos: detalhar as informações e formas de uso sobre produtos e serviços, riscos e acidentes relacionados a eles, cláusulas contratuais, preços e tarifas, leis e regulamentos entre outros; rotulagem e empacotamento dos produtos, avisos e instruções de uso, revelação das cláusulas contratuais, concessão de períodos de controle, proibição de propaganda enganosa.

desenvolvimento de campanhas públicas de conscientização etc.

c)Proteção dos interesses econômicos dos consumidores: prevenção de comércio, propaganda e métodos de venda desleais, impedimento de cláusulas abusivas em contratos de consumo, regulamentação da especulação de preços, do crédito, dos empréstimos e de outras transações financeiras do consumidor, obrigações de garantia pós-venda, instituição de padrões de qualidade, entre outros.

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d)Segurança: proteção aos consumidores de produtos ou serviços: perigosos ou sem segurança: exigências de informações - planos de garantia de qualidade - obrigações de controle sobre processos de produção e distribuição - retirada de produtos quando nocivos aos consumidores e a terceiros - a realização de recalls - intercâmbio de sistemas de informações e supervisão das reservas de mercado - específicas regras de responsabilidade.

e)Compensação ao consumidor: tem como objetivo armar o consumidor de meios rápidos e acessíveis de assegurar seus direitos, definindo reparações civis, criminais e administrativas mais adequadas, - ações coletivas quando se sentirem lesados.

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f)Representação dos interesses coletivos dos consumidores: para promover e dar suporte aos grupos de consumidores, aumentando a participação de representantes de consumidores no processo de tomada de decisões.

g)Satisfação de necessidades básicas: como possibilitar a todos, o efetivo acesso a mercadorias e serviços básicos, dentre eles, água, energia, telecomunicações, educação, saúde etc.

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Elementos de uma relação jurídica:

• Objeto imediato (operação);

• Objeto mediato (a coisa); e

• Causa (efeito do fato jurídico).

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O objeto imediato é a operação porque configura-se no liame entre as partes (consumidor e fornecedor). É o ato, através do qual faz nascer a relação jurídica.

A coisa (o produto ou serviço) é o objeto mediato porque preenche a operação, isto é, através do objeto mediato se concretiza a operação, pois esta pode ter sido realizada até mesmo sem a presença do objeto mediato e este poderá vir a entrar em cena a posteriori.

A causa é o efeito, pois reflete as conseqüências que automaticamente se estabelecem através da prática da relação jurídica.

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Remuneração:

- Relação comercial pressupõe remuneração;- Filantropia: culpa, à má-fé e até o dolo;

- Amostra Grátis: indução em erro, boa-fé;- Serviços prestados gratuitamente, como é muito

comum na internet, esses são considerados serviços pagos, pois a propaganda é utilizada como ferramenta de geração de recursos para manutenção dessa prática comercial.

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PRINCÍPIOS – CONSUMIDOR

Ação governamental:DEVE SER - No sentido de proteger efetivamente o

consumidor, seja por iniciativa direta, incentivo à criação e desenvolvimento de associações, presença do Estado no mercado de consumo ou garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho (que por sinal fazer parte dos direitos básicos do consumidor).

Art. 5º, XXXII, da Constituição Federal: “O Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”.

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Proteção do Consumidor (Hipossuficiência)• A questão da hipossuficiência do Consumidor aparece no Art. 5º, 121 e no Art. 6º, VIII, quando reconhece a Lei que para a execução da política nacional de proteção às Relações de Consumo, o Poder Público garantirá a justiça gratuita ao consumidor carente, e, bem como, reconhece que, em determinados casos, haja necessidade de inversão do ônus da prova.

• Pode-se inferir, então, que o dispositivo prevê a presença da inversão do ônus da prova, mesmo quando o consumidor não seja hipossuficiente, bastando que haja a verossimilhança da alegação.

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Vulnerabilidade•O consumidor nem sempre é vulnerável.

•Pessoas jurídicas também são consumidoras, assim como seus grandes acionistas ou proprietários, todos eles, individualmente, poderão, conforme o caso, enquadrar-se na condição de consumidor.

•O fornecedor, normalmente, está mais preparado para o mercado do que o consumidor - princípio do capitalismo moderno: ”quem não tem competência não se estabelece”. vulnerabilidade do consumidor.

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•Visa reequilibrar a relação de consumo, reforçando a posição do consumidor e proibindo ou limitando certas práticas de mercado.

•Com a sofisticação da produção por parte das empresas, a desproporção acentuou-se, ficando o consumidor numa situação de inferioridade ainda maior, devido a dificuldade de informações e como reivindicar seus direitos.

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•BENJAMIN (2001, p. 325) :

“A vulnerabilidade é um traço universal de todos os consumidores, ricos ou pobres, educadores ou ignorantes, crédulos ou espertos.

Já a hipossuficiência é marca pessoal, limitada a alguns - até mesmo a uma coletividade - mas nunca a todos os consumidores”.

(BENJAMIN, Antônio Herman de Vasconcelos. Código Brasileiro de Defesa

do Consumidor Comentado pelos Autores do Anteprojeto. 7 .ED. São Paulo: Forense Universitária, 2001. PAG. 325)

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Abusividade (Arts. 6º, 39 e 51)

• Aparece para refrear o abuso do poderio econômico;

• Contratos leoninos;• Unilaterais;• Incompreensíveis;

• TR nas relações do SFH; Contrato de galonagem (. . .);

• Abuso da necessidade do consumidor em contratar.

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Inversão do Ônus da Prova

• Em determinados casos, basta que o consumidor prove o vínculo com o fornecedor e a este caberá provar que não causou o dano, pois, do contrário, poderá ser condenado a repará-lo.

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Princípio da Boa-Fé nas Relações de Consumo

- Práticas comerciais, a publicidade, e a proteção contratual;

- Nesse sentido, os componentes da relação consumerista devem buscar o objetivo comum de melhor e com mais eficiência, fazer circular produtos e serviços com objetivo da geração de riquezas e benefícios a todos os integrantes do mercado de consumo.

- Será a boa-fé, nos dizeres de Silvio Rodrigues (2002, p. 60): "um conceito ético, moldado nas idéias de proceder com correção, com dignidade, pautando sua atitude pelos princípios da honestidade, da boa intenção e no propósito de a ninguém prejudicar."

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Exemplo:

•Contratos de SFH•Objetivos do Sistema?•Necessidade da habitação;•Hipossuficiência•Contrato de adesão•Cláusulas técnicas: TR, Tabela Price. . .•Correção monetária?•Taxa de juros

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