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Publicação quadrimestral | Hesketh Advogados Conselho Diretor Tito Hesketh, Fernanda Hesketh, Alessandra Ourique, Alessandra Gotti Coordenação Editorial Tito Hesketh Participam desta edição os colegas Alessandra Gotti, Alessandra Ourique, Aline Corsetti, Chadya Taha Mei, Carolina Yara Franco, Luiz Felipe Caram Lascalla, Renan Pagamice, Tatiana Garlando; e Sheila Magri, jornalista, sócia de MACOB Communications Edição e arte Prata Design Foto: Shutterstock CONTA-GOTAS Isenção revogada STF definiu a incidência da COFINS para as sociedades civis prestadoras de serviço desde 2008. Cobrança indevida STF determina que os Estados restituam “ICMS- Substituição Tributária” recolhido a maior. Base de cálculo cabe à União STF entende ser inconstitucional legislação que indiretamente reduz o percentual mínimo do ISS. Aguardando o martelo STJ define que o ICMS compõe a base de cálculo de PIS/COFINS. Agora falta o STF se pronunciar de forma definitiva. Vai e volta Novamente na pauta do STJ o IPI na importação de carro para uso próprio. Mercadoria ou propriedade intelectual? Ajuizada ação no STF para discutir a tributação de operações com software pelo ICMS. Público x privado STJ define que a prescrição de cobrança da Fazenda Pública depende de origem do crédito. DIREITO TRIBUTÁRIO SÃO PAULO | ANO 2 | N O 6 | NOVEMBRO 2016 HESKETH.COM.BR Imprimir em PDF Quer colaborar com a H Lettera? Envie sugestões para [email protected] Consulte nosso site www.hesketh.com.br Av. Paulista, 2073 Horsa II Conjunto Nacional 20º andar conj. 2001 CEP 01311 940 São Paulo SP Brasil 55 11 3179 0755 | 55 11 3179 0733 | 55 11 3186 8337 A seguradora resolve rescindir o contrato. E agora? para ler mais, clique aqui Nova convenção, de Haia, em vigor no país para ler mais, clique aqui para ler mais, clique aqui Imposto sobre heranças e doações para ler mais, clique aqui para ler mais, clique aqui Célula de Soluções Estratégicas, do CRASP, conta com Hesketh Por mais transparência e melhor governança Direitos de herança na união estável No Supremo Tribunal Federal, a igualdade entre companheiros e cônjuges O STF discute atualmente a equiparação, nos direitos sucessórios, dos companheiros que vivem em união estável às pessoas casadas. A Corte está em vias de declarar a inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil que trata da sucessão entre companheiros. Até o momento, sete dos onze ministros votaram pela inconstitucionalidade, mas o julgamento foi suspenso na sessão de 31/8/2016 para vista do ministro Dias Toffoli. Pelo artigo 1.790 do Código Civil os direitos hereditários do companheiro sobrevivente recaem apenas sobre os bens adquiridos onerosamente durante a união, se houver, independentemente do regime de bens, e assim mesmo em concorrência com seus filhos comuns ou exclusivos, seus ascendentes e colaterais até o 4º grau (irmãos, tios ou sobrinhos do falecido), cabendo-lhe nesta última hipótese apenas um terço de tais bens. Se houver no patrimônio apenas bens exclusivos, ou anteriores à união, o companheiro sobrevivente nada herda, sendo tais bens distribuídos entre parentes distantes do falecido, e, inexistindo estes, ou não sendo conhecidos, a herança do companheiro falecido é declarada vacante, passando os bens para a propriedade do município em que situados, ou à União Federal. FAMÍLIA E SUCESSÕES por Luiz Felipe Caram Lascalla e Mariana Turra Ponte DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL DIREITO CIVIL E DEFESA DO CONSUMIDOR Como é a sucessão entre cônjuges casados As pessoas casadas, segundo o art. 1.829, participam da herança do cônjuge, por regras diferentes. Como? Concorrem (herdam em conjunto) com os descendentes do falecido, salvo se o casamento for no regime da comunhão universal, ou de separação obrigatória. No regime da comunhão parcial, a herança recai sobre os bens particulares do falecido, e no regime da separação convencional também são assegurados direitos hereditários ao sobrevivente, apesar de opiniões contrárias. Se não houver descendentes, há concorrência com os ascendentes em igualdade de condições. E, se o falecido não deixou ascendentes nem descendentes, o cônjuge recebe a herança por inteiro. De qualquer modo, havendo cônjuge sobrevivente, os colaterais estão totalmente afastados da herança. Com a declaração pelo STF da inconstitucionalidade do artigo 1.790 do Código Civil, haverá a equiparação dos companheiros no regime de união estável às pessoas casadas, no tocante a direitos sucessórios, e ficam, todos, nas regras do art. 1.829. Diante de mudanças tão significativas, os testamentos devem ganhar cada vez mais espaço nos planejamentos patrimoniais das famílias. NOTA INSTITUCIONAL NOTA INSTITUCIONAL

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Page 1: Direitos de herança na união estável - hesketh.com.brhesketh.com.br/newsletters/newsletter06/newsletter06.pdf · que o ICMS compõe a base de cálculo de PIS/COFINS. Agora falta

Publicação quadrimestral | Hesketh AdvogadosConselho Diretor Tito Hesketh, Fernanda Hesketh, Alessandra Ourique, Alessandra GottiCoordenação Editorial Tito HeskethParticipam desta edição os colegas Alessandra Gotti, Alessandra Ourique, Aline Corsetti, Chadya Taha Mei, Carolina Yara Franco, Luiz Felipe Caram Lascalla, Renan Pagamice, Tatiana Garlando;e Sheila Magri, jornalista, sócia de MACOB CommunicationsEdição e arte Prata DesignFoto: Shutterstock

CONTA-GOTAS

Isenção revogada STF definiu a incidência da COFINS para as sociedades civis prestadoras de serviço desde 2008.

Cobrança indevida STF determina que os Estados restituam “ICMS-Substituição Tributária” recolhido a maior.

Base de cálculo cabe à União STF entende ser inconstitucional legislação que indiretamente reduz o percentual mínimo do ISS.

Aguardando o martelo STJ define que o ICMS compõe a base de cálculo de PIS/COFINS. Agora falta o STF se pronunciar de forma definitiva.

Vai e volta Novamente na pauta do STJ o IPI na importação de carro para uso próprio.

Mercadoria ou propriedade intelectual? Ajuizada ação no STF para discutir a tributação de operações com software pelo ICMS.

Público x privado STJ define que a prescrição de cobrança da Fazenda Pública depende de origem do crédito.

DIREITO TRIbuTáRIO

S ã O P A U L O | A N O 2 | N O 6 | N O V e M B R O 2 0 1 6 H e S k e T H . C O M . B R

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Envie sugestões para [email protected] Consulte nosso site www.hesketh.com.br

Av. Paulista, 2073 Horsa II Conjunto Nacional20º andar conj. 2001 CEP 01311 940 São Paulo SP Brasil55 11 3179 0755 | 55 11 3179 0733 | 55 11 3186 8337

A seguradora resolve rescindir o contrato. e agora?para ler mais, clique aqui 

Nova convenção, de Haia, em vigor no paíspara ler mais, clique aqui 

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Imposto sobre heranças e doaçõespara ler mais, clique aqui 

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Célula de Soluções estratégicas, do CRASP, conta com Hesketh

Por mais transparência e melhor governança

Direitos de herança na união estávelNo Supremo Tribunal Federal, a igualdade entre companheiros e cônjuges

O STF discute atualmente a equiparação, nos direitos sucessórios, dos companheiros que vivem em união estável às pessoas casadas.

A Corte está em vias de declarar a inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil que trata da sucessão entre companheiros. Até o momento, sete dos onze ministros votaram pela inconstitucionalidade, mas o julgamento foi suspenso na sessão de 31/8/2016 para vista do ministro Dias Toffoli.

Pelo artigo 1.790 do Código Civil os direitos hereditários do companheiro sobrevivente recaem apenas sobre os bens adquiridos onerosamente durante a união, se houver, independentemente do regime de bens, e assim mesmo em concorrência com seus filhos comuns ou exclusivos, seus ascendentes e colaterais até o 4º grau (irmãos, tios ou sobrinhos do falecido), cabendo-lhe nesta última hipótese apenas um terço de tais bens.

Se houver no patrimônio apenas bens exclusivos, ou anteriores à união, o companheiro sobrevivente nada herda, sendo tais bens distribuídos entre parentes distantes do falecido, e, inexistindo estes, ou não sendo conhecidos, a herança do companheiro falecido é declarada vacante, passando os bens para a propriedade do município em que situados, ou à União Federal.

famílIa E sucEssõEs

por Luiz Felipe Caram Lascalla e Mariana Turra Ponte

DIREITO cIVIl E pROcEssO cIVIl

DIREITO cIVIl E DEfEsa DO cONsumIDOR

Como é a sucessão entre cônjuges casados

As pessoas casadas, segundo o art. 1.829, participam da herança do cônjuge, por regras diferentes. Como? Concorrem (herdam em conjunto) com os descendentes do falecido, salvo se o casamento for no regime da comunhão universal, ou de separação obrigatória. No regime da comunhão parcial, a herança recai sobre os bens particulares

do falecido, e no regime da separação convencional também são assegurados direitos hereditários ao sobrevivente, apesar de opiniões contrárias. Se não houver descendentes, há concorrência com os ascendentes em igualdade de condições. E, se o falecido não deixou ascendentes nem descendentes, o cônjuge recebe a herança por inteiro. De qualquer modo, havendo cônjuge sobrevivente, os colaterais estão totalmente afastados da herança.

Com a declaração pelo STF da inconstitucionalidade do artigo 1.790 do Código Civil, haverá a equiparação dos companheiros no regime de união estável às pessoas casadas, no tocante a direitos sucessórios, e ficam, todos, nas regras do art. 1.829.

Diante de mudanças tão significativas, os testamentos devem ganhar cada vez mais espaço nos planejamentos patrimoniais das famílias.

NOTa INsTITucIONal

NOTa INsTITucIONal

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A seguradora resolve rescindir o contrato. e agora?A controvérsia existe e a jurisprudência diverge

Alguém contrata um seguro de vida, paga as mensalidades durante anos e, em dado momento, a seguradora comunica que não o renovará, frustrando as expectativas do segurado de deixar para a família a indenização por sua morte. É lícita, ou não, essa rescisão unilateral da seguradora?

A questão é complexa e não faltam argumentos respeitáveis para sustentar as duas respostas.

Dois acórdãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em sua 2ª Seção, enfrentam o tema mas com votos e conclusões díspares.

Recurso Especial 1.073.595/MG(Relatora ministra Nancy Andrighi)Durante anos o reclamante contratara da seguradora o seguro individual e havia oito que aderira à apólice coletiva, até ser notificado que esta não seria mais renovada. Em 2011 decidiu-se ― por maioria de votos ― que é ilegítimo a seguradora pôr fim unilateralmente ao contrato de seguro. Este tem características próprias, protegidas por princípios como boa-fé, confiança, lealdade e cooperação. Se, com o tempo, são necessários novos cálculos atuariais, não pode a seguradora simplesmente negar-se a renovar, devendo demonstrar ao segurado a inviabilidade dos parâmetros contratados e a ele submeter opções, mas com o foco em que “aumentos necessários para o reequilíbrio da carteira têm de ser estabelecidos de maneira suave e gradual, mediante um

cronograma extenso”. Com isso, como parceiros, seguradora e segurado se acertam para prevenir desequilíbrio contratual. Modificar abruptamente a relação jurídica continuada, com simples notificação, ofende o sistema de proteção ao consumidor.

Recurso Especial 880.605/RN (Relator ministro Massami Uyeda)Tratava-se também de seguro em grupo, mas neste caso a decisão da maioria, em 2012, tomou direção contrária. Sendo o contrato por prazo determinado (não vitalício), se, durante o período de vigência, ocorrer o sinistro (morte), a seguradora dará a cobertura, mas não está obrigada a renovar o contrato se há cláusula permitindo a rescisão mediante notificação prévia. Tal ato não foi considerado abusivo, mas faculdade legítima.

Pode-se observar um equívoco importante: embora no REsp 880.605 tenha sido dito que o caso do REsp 1.073.595 era diferente, porque se referia a seguro de vida individual, o objeto, na verdade, também era uma apólice coletiva. E, pior, parece que os dois acórdãos têm sido seguidos como paradigmas, um contra a rescindibilidade, outro a favor, como se fossem tipos de seguros diferentes. Isso pode gerar confusões e incertezas, já que a 2ª Seção é exatamente o órgão do STJ ao qual compete proferir decisões paradigmas como uniformização da jurisprudência.

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DIREITO cIVIl E DEfEsa DO cONsumIDOR

por Chadya Taha Mei

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Imposto sobre heranças e doações Governo Federal quer cobrar um adicional para a União

em benefício da União Federal, fato é que ela deu início, também, a um movimento geral para garantir maior arrecadação em tempos de crise. Desde o ano passado alguns Estados (como Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Sul) já promoveram alterações legislativas para aumentar, até o teto, a alíquota do ITCMD, mediante o estabelecimento de alíquotas progressivas, ou seja, variáveis de acordo com o valor da herança ou doação.

Nesse contexto, tem sido grande a busca de planejamentos objetivando amenizar o aumento da carga tributária, seja no âmbito empresarial ou familiar (planejamento sucessório). Porém, outros fatores, além do ITCMD, devem ser estudados para implantação de um planejamento, que requer avaliação multidisciplinar para que atinja seu objetivo de modo eficaz e com segurança jurídica.

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DIREITO TRIbuTáRIO

Está em pauta, no Senado Federal, a Proposta de Emenda Constitucional nº 96/2015 (PEC 96) que objetiva instituir um tributo federal, com alíquotas progressivas de até 27,5%, como adicional ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), que é recolhido pelos Estados. A ideia é que esse adicional incida sobre grandes heranças e doações, que, comparativamente a outros países, têm, no Brasil, tributação considerada baixa.

Atualmente, o ITCMD tem um teto, a alíquota máxima de 8%, nos termos da Constituição Federal, sendo competência dos Estados a fixação das alíquotas para as heranças e doações ocorridas em seu território. No Estado de São Paulo, a alíquota atualmente é única, 4%.

Em que pese a potencial discussão sobre a inconstitucionalidade da PEC 96, um projeto

por Aline Corsetti e Renan Pagamice

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A Resolução do Conselho Nacional de Justiça nº 228, de 22 de junho de 2016, que regulamenta a aplicação da Convenção, indica as autoridades competentes para a aposição da Apostila (art.6º), o modelo a ser utilizado e as informações necessárias (art.7º), a forma de emiti-la pelo sistema eletrônico “SEI Apostila” (art.8º, §1º), bem como instruções para a impressão em papel seguro fornecido pela Casa da Moeda do Brasil (art. 8, §3º).

A novidade do sistema promete mais eficácia no sentido de desburocratização e consequente agilização de atos jurídicos entre pessoas dos países signatários. Mas, se o objetivo, por exemplo, for a solicitação de cidadania estrangeira, a aposição da Apostila nada influenciará na análise do pedido, cujos trâmites cabem, exclusivamente, ao governo estrangeiro; entretanto, simplificará sobremaneira o processo de legalização dos documentos necessários a serem apresentados.

Por fim, uma ressalva: a Convenção da Apostila não se aplica, por exceção, a documentos elaborados por agentes diplomáticos ou consulares, nem a documentos administrativos relacionados diretamente a operações comerciais ou aduaneiras.

Nova convenção internacional está em vigor no Brasil Agora ficou mais simples certificar a autenticidade de documentos estrangeiros

A partir de agosto de 2016, passou a vigorar no Brasil, nos termos do Decreto nº 8.660, de 29/1/2016, a Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, firmada em Haia em 5/10/1961. Em vez da autenticação diplomática ou consular, a Convenção propõe substituí-la, entre os seus 112 países signatários, por uma espécie de certificado denominado “Apostila”, que atestará a autenticidade da assinatura, da função ou do cargo exercido pelo signatário de tais documentos, bem como do selo ou do carimbo neles aposto.

São considerados documentos públicos: (i) documentos provenientes de uma autoridade ou de um funcionário dependente de qualquer jurisdição do país, compreendidos os provenientes do Ministério Público, de um escrivão de direito ou de um oficial de diligências; (ii) documentos administrativos; (iii) atos notariais; e (iv) declarações oficiais tais como menções de registro, vistos para data determinada e reconhecimento de assinatura, inseridos em atos de natureza privada. Observe-se que, para o apostilamento, não é necessária a apresentação do original, mas tão somente as cópias autenticadas.

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por Carolina Yara Franco e Tatiana Garlando

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Célula de Soluções estratégicas, do CRASP, conta com Hesketh

A advogada Alessandra Gotti, sócia de Hesketh Advogados e articuladora da Célula de Soluções estratégicas do CRASP-GeAL, ministrou palestra para mais de 50 executivos na sede do Conselho Regional de Administração no dia 31 de outubro de 2016.

O evento marcou o lançamento da Célula de Soluções Estratégicas, pertencente ao GEAL – Grupo de Administração Legal, um dos núcleos de excelência do CRA-SP. Na ocasião, estavam presentes autoridades do Judiciário federal e estadual, administradores, advogados, sociedade civil, o presidente do CRA-SP, Roberto Cardoso, o coordenador do GEAL e conselheiro do CRA-SP, Rogério Góes, e os sócios, coordenadores e advogados de Hesketh Advogados, Tito Hesketh, Fernanda Hesketh, Tatiana Garlando, Chadya Taha, Roberta Pastore e Ana Claudia Pires Teixeira, essa última também membro integrante da Célula de Soluções Estratégicas.

Discorrendo sobre o tema “Grandes questões, soluções estratégicas”, Alessandra Gotti detalhou o panorama dos direitos sociais no Brasil com enfoque no papel do Estado e na apresentação de caso de sucesso envolvendo a participação do Judiciário. Trata-se da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que, usando uma modelagem inovadora, determinou ao Executivo a apresentação de um plano de expansão para criar 150 mil vagas na educação infantil, no município de São Paulo. O cronograma é acompanhado de perto pela Coordenação da Infância e Juventude, assessorada por um comitê integrado por especialistas, pelo Ministério Público, pela Defensoria, pelo terceiro setor, por movimentos sociais e pela Hesketh Advogados.

A proposta de trabalho da Célula de Soluções Estratégicas é, através de um grupo multidisciplinar, refletir sobre arranjos criativos para abordar, de maneira estratégica, problemas recorrentes em nossa sociedade, a exemplo da falta de vagas em creches e de medicamentos na rede pública, que geram uma grande judicialização.

O papel do estado na promoção dos direitos sociais foi o foco da palestra de Alessandra Gotti (acima) durante o lançamento da Célula de Soluções estratégicas no CRA-SP. entre os presentes, o evento contou com a participação de Roberto Cardoso (presidente do CRASP), no alto; e de Rogério Goes (conselheiro do CRA-SP e coordenador do GeAL), Paulo Sergio Domingues (desembargador do TRF-3ª Região) e Tito Hesketh (sócio fundador de Hesketh Advogados), no centro.

por Sheila Magri*

* Jornalista, sócia de MACOB Communications e membro integrante da Célula de Soluções Estratégicas.

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Por mais transparência e melhor governançaLei das Estatais vem se somar aos esforços de combate à corrupção

Em Simpósio Nacional da ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, realizado no dia 07/10 com o apoio dos governos de São Paulo e Paraná, Sabesp, Sanepar e outras entidades, tendo como tema ”Impactos das Novas Leis no Saneamento Ambiental”, nossa sócia Dra. Alessandra Ourique discursou sobre as inovações trazidas pela lei 13.303/2016 (“Lei das Estatais”) às empresas públicas e sociedades de economia mista.

Essa lei regulamenta o art. 173, § 1º da Constituição Federal, dispondo sobre o estatuto jurídico dessas empresas e de suas subsidiárias, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.

Com preocupação também “moralizante”, busca contribuir para o combate à corrupção e à má gestão, impondo às estatais mecanismos de transparência e governança.

As adaptações necessárias estabelecidas pela lei deverão ocorrer no prazo de 24 meses, sendo de aplicação imediata às novas empresas constituídas.

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