direito tribut+írio 18 aulas - 483 p+íginas

703
Direito Tributário www.cursoenfase.co m.br 1 O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. Sumário 1. Introdução...........................................2 2. Legislação Tributária................................3 2.1 Fontes Formais.....................................3 2.2. Lei e Legislação..................................3 2.3 Papel da Lei Tributária............................4 2.4 Exceções ao Princípio da Legalidade................5 2.5 Princípio do Paralelismo das..................Formas 6 2.6 Lei Complementar e Direito Tributário..............7 2.7 Tratados Internacionais...........................11 2.8 Resoluções do Senado Federal......................13 2.9 Decretos..........................................17 2.10 Normas Complementares...........................17 2.11 Princípio da Legalidade e Poder Regulamentar....18 3. Aplicação da Legislação.............................18

Upload: admalexandre

Post on 06-Sep-2015

39 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

sas

TRANSCRIPT

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Sumrio1. Introduo22. Legislao Tributria32.1 Fontes Formais32.2. Lei e Legislao32.3 Papel da Lei Tributria42.4 Excees ao Princpio da Legalidade52.5 Princpio do Paralelismo dasFormas62.6 Lei Complementar e Direito Tributrio72.7 Tratados Internacionais112.8 Resolues do Senado Federal132.9 Decretos172.10 Normas Complementares172.11 Princpio da Legalidade e Poder Regulamentar183. Aplicao da Legislao18

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.1. IntroduoAntigamente, com a proclamao da Repblica e com a instituio do modelo federativo, os Estados eram responsveis pelas instituies da maioria da carga tributria. Cada Estado fazia sua prpria norma sem nenhuma preocupao de uniformizao entre eles, como por exemplo, o imposto de exportao, pois no era de competncia da Unio e sim dos Estados.Com a Constituio de 1946 comeou-se a perceber em uma uniformizao dos Estados, todavia, houve uma atribuio maior para a Unio ao ponto dela poder instituir o mesmo tributo dos Estados e estes no receberem nada.Atualmente, a competncia concorrente em termos legislativos e cabe a Unio traar normas gerais no avanando em termos prticos de cada Estado, porm determinando o mnimo de uniformidade. Isto ficou bem visto com a lei de finanas pblicas (lei 4.320/64) e com a Emenda Constitucional n18/65, que reorganiza o sistema tributrio. E com todos estes movimentos nasceu a necessidade de se elaborar um Cdigo Tributrio. (art.12, do CTN)Art. 1 Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional n. 18, de 1 de dezembro de 1965, o sistema tributrio nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5, inciso XV, alnea b, da Constituio Federal, as normas gerais de direito tributrio aplicveis Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, sem prejuzo da respectiva legislao complementar, supletiva ou regulamentar.Com a Promulgao da Carta Magna de 1988, o Cdigo Tributrio Nacional foi recepcionado como lei complementar, na forma do art.146, da CRFB.Art. 146. Cabe lei complementar:I - dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios;II - regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar;III - estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente sobre:a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes;b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios;c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.d) definio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.imposto previsto no art. 155, II, das contribuies previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuio a que se refere o art. 239. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)O CTN dividido em dois livros, tais como: o sistema tributrio nacional, e a partir do art. 96, as normas gerais do Direito Tributrio, e estas so divididas em quatro ttulos: legislao tributria, obrigao tributria, crdito tributrio e administrao tributria.2. Legislao TributriaO CTN est preocupado na identificao das fontes, porm no plano infraconstitucional.2.1 Fontes FormaisA fonte primria por excelncia a Constituio Federal. Contudo, so consideradas fontes formais Constitucionais: Constituio, Emendas Constitucionais e o ADCT; assim como, as Constituies Estaduais e suas emendas e as Leis orgnicas dos Municpios.As Constituies Estaduais no possuem um campo de criao abrangente no que tange na inovao do sistema tributrio, o que acarreta a denominada norma de reproduo obrigatria em suas Constituies no seu campo de atuao.J as fontes formais infraconstitucionais so classificadas em legais, que abrangem leis ordinrias, leis complementares, medidas provisrias, decretos legislativos, resolues do Senado Federal e leis delegadas; e as infra-legais, como: decretos e normas complementares.2.2. Lei e LegislaoNo art.96, do CTN h a identificao das normas que envolvem o sistema tributrio e suas fontes, e preocupa-se com o campo infraconstitucional.Salienta-se a preocupao com as nomenclaturas estipuladas no CTN. A "lei" um dos elementos da legislao, e trata-se de matria de reserva legal, ao passo que quando se faz referncia "legislao" no ser esta matria de reserva legal, podendo-se utilizar outras fontes.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Art. 96. A expresso "legislao tributria compreende as leis, os tratados e as convenes internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relaes jurdicas a eles pertinentes.2.3 Papel da Lei TributriaO papel da lei tributria explicar dentro do campo da legalidade constitucional do art.150, I, da CRFB o que precisa est neste contedo tributrio, conforme o art.97, do CTN.A expresso "somente" no caput do art.97, do CTN quer dizer matria de reserva legal ou legalidade estrita.A lei tributria para constituir (exigir ou aumentar) um tributo dever conter em lei: sua instituio, majorao, a definio do fato gerador e elementos da obrigao principal, definio da alquota e base de clculo.Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:I - a instituio de tributos, ou a sua extino;II - a majorao de tributos, ou sua reduo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;III - a definio do fato gerador da obrigao tributria principal, ressalvado o disposto no inciso I do 3 do artigo 52, e do seu sujeito passivo;IV - a fixao de alquota do tributo e da sua base de clculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;V - a cominao de penalidades para as aes ou omisses contrrias a seus dispositivos, ou para outras infraes nela definidas;VI - as hipteses de excluso, suspenso e extino de crditos tributrios, ou de dispensa ou reduo de penalidades. 1 Equipara-se majorao do tributo a modificao da sua base de clculo, que importe em torn-lo mais oneroso. 2 No constitui majorao de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualizao do valor monetrio da respectiva base de clculo.Art. 150. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabelea;

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.De acordo com o art.97, 2, do CTN no constitui majorao de tributo a mera atualizao do valor monetrio da respectiva base de clculo. Ou seja, no representa majorao.Conforme entendimento do STJ com a smula 160, defeso ao Municpio, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao ndice oficial de correo monetria. defeso, ao Municpio, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao ndice oficial de correo monetria.2.4 Excees ao Princpio da LegalidadeDe acordo com o art.153, 1, da CRFB, so excees ao princpio da legalidade em sentido estrito mediante ato do poder executivo, atendidos os limites estabelecidos em lei: alterar as alquotas do II, IE, IPI, IOF; alterar as alquotas, reduo e restabelecimento da CIDE combustveis (art.177, 4, I "b", da CRFB); e ainda das obrigaes acessrias (art.113, 2, c/c art.160, do CTN) e prazo de pagamento.O art.160, do CTN estipula o tempo do pagamento, e faz referncia a legislao tributria, ou seja, esta matria no necessita de reserva legal.CTN, Art. 113. A obrigao tributria principal ou acessria. 1 A obrigao principal surge com a ocorrncia do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria e extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente. 2 A obrigao acessria decorre da legislao tributria e tem por objeto as prestaes, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos. 3 A obrigao acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria.CTN, Art. 160. Quando a legislao tributria no fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crdito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lanamento.Pargrafo nico. A legislao tributria pode conceder desconto pela antecipao do pagamento, nas condies que estabelea.Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre: I - importao de produtos estrangeiros;

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.II - exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;III - renda e proventos de qualquer natureza;IV - produtos industrializados;V - operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores mobilirios;VI - propriedade territorial rural;VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 1 - facultado ao Poder Executivo, atendidas as condies e os limites estabelecidos em lei, alterar as alquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.Art. 177. Constituem monoplio da Unio: 4 A lei que instituir contribuio de interveno no domnio econmico relativa s atividades de importao ou comercializao de petrleo e seus derivados, gs natural e seus derivados e lcool combustvel dever atender aos seguintes requisitos: (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)I - a alquota da contribuio poder ser: (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)a) diferenciada por produto ou uso; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)b) reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, no se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)II - os recursos arrecadados sero destinados: (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)a) ao pagamento de subsdios a preos ou transporte de lcool combustvel, gs natural e seus derivados e derivados de petrleo; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indstria do petrleo e do gs; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)2.5 Princpio do Paralelismo das FormasDe acordo com este princpio se alei instituiu um tributo, ser a lei que ir dispensar, assim como concesso de benefcios fiscais, reduo ou extino e na disciplina de casos de suspenso, excluso e extino. Isto posto, o termo "lei" dever ser interpretado no seu

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.sentido tcnico, restritivamente, em ateno ao princpio da legalidade, conforme o julgado do informativo 325, do STJ a seguir:ISENO. RESOLUO LEGISLATIVA. PRINCPIO DA LEGALIDADE.No vlida a resoluo legislativa que aprova convnio para conceder iseno tributria. O termo"lei" contido no art. 176 do CTN deve ser interpretado restritivamente em ateno ao princpio da legalidade. Tem-se como exceo apenas a hiptese do art 155, 2, XII, g, da CF/1988, que trata da iseno de ICMS concedida por convnio firmado entre todos os estados (art.150, 6, da mesma constituio).E, ainda, a instituio de tributos mediante Medida Provisria era controvertida na doutrina, no entanto, o STF entendeu que no haveria problema na utilizao de Medida Provisria em matria tributria, respeitado os requisitos, tais como: vigncia e aplicao sobre fatos geradores futuros, necessidade de converso em lei e combinao do principio da anterioridade, conforme art.62, 2, da CRFB."Legitimidade, ao primeiro exame, da instituio de tributos por Medida Provisria com fora de lei, e, ainda, do cometimento da fiscalizao de contribuies previdencirias Secretaria da Receita Federal." (STF, ADI 1417-MC, Rel. Min. Octavio Gallotti, j. em 7-396, DJ de 24-5-96). No mesmo sentido: RE 479.134-AgR, Rel. Min. Seplveda Pertence, j. em 26-6-07, DJ de 17-8-07.Art. 62. Em caso de relevncia e urgncia, o Presidente da Repblica poder adotar medidas provisrias, com fora de lei, devendo submet-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)(...) 2 Medida provisria que implique instituio ou majorao de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, s produzir efeitos no exerccio financeiro seguinte se houver sido convertida em lei at o ltimo dia daquele em que foi editada.(Includo pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)(...)2.6 Lei Complementar e Direito TributrioConforme o art.146, da CRFB, a lei complementar serve para regular as seguintes matrias em Direito Tributrio, so elas: Conflito de competncia; Normas gerais; Regular limitaes constitucionais;

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais. Ato cooperativo das cooperativas; Prevenir desequilbrio na concorrncia; (art.146-A, da CRFB) Matrias especficas (ITCMD, ICMS, ISS); (art.155, 1, 155, 2, XII e 156, III e 3, da CRFB)Art. 146. Cabe lei complementar:I - dispor sobre conflitos de competncia, em matria tributria, entre a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios;II - regular as limitaes constitucionais ao poder de tributar;III - estabelecer normas gerais em matria de legislao tributria, especialmente sobre:a) definio de tributos e de suas espcies, bem como, em relao aos impostos discriminados nesta Constituio, a dos respectivos fatos geradores, bases de clculo e contribuintes;b) obrigao, lanamento, crdito, prescrio e decadncia tributrios;c) adequado tratamento tributrio ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.d) definio de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuies previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuio a que se refere o art. 239. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de19.12.2003)Pargrafo nico. A lei complementar de que trata o inciso III, d, tambm poder instituir um regime nico de arrecadao dos impostos e contribuies da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, observado que: (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)I - ser opcional para o contribuinte; (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de19.12.2003)II - podero ser estabelecidas condies de enquadramento diferenciadas por Estado; (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)III - o recolhimento ser unificado e centralizado e a distribuio da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados ser imediata, vedada qualquer reteno ou condicionamento; (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)IV - a arrecadao, a fiscalizao e a cobrana podero ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional nico de contribuintes. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Art. 146-A. Lei complementar poder estabelecer critrios especiais de tributao, com o objetivo de prevenir desequilbrios da concorrncia, sem prejuzo da competncia de a Unio, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993) 1. O imposto previsto no inciso I: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)I - relativamente a bens imveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situao do bem, ou ao Distrito FederalII - relativamente a bens mveis, ttulos e crditos, compete ao Estado onde se processar o inventrio ou arrolamento, ou tiver domiclio o doador, ou ao Distrito Federal;III - ter competncia para sua instituio regulada por lei complementar:a) se o doador tiver domicilio ou residncia no exterior;b) se o de cujus possua bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventrio processado no exterior; 2. O imposto previsto no inciso II atender ao seguinte: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)XII - cabe lei complementar:a) definir seus contribuintes;b) dispor sobre substituio tributria;c) disciplinar o regime de compensao do imposto;d) fixar, para efeito de sua cobrana e definio do estabelecimento responsvel, o local das operaes relativas circulao de mercadorias e das prestaes de servios;e) excluir da incidncia do imposto, nas exportaes para o exterior, servios e outros produtos alm dos mencionados no inciso X, "a";f) prever casos de manuteno de crdito, relativamente remessa para outro Estado e exportao para o exterior, de servios e de mercadorias;g) regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados.h) definir os combustveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidir uma nica vez, qualquer que seja a sua finalidade, hiptese em que no se aplicar o disposto no inciso

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.X, b; (Includa pela Emenda Constitucional n 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional n 33, de 2001)i) fixar a base de clculo, de modo que o montante do imposto a integre, tambm na importao do exterior de bem, mercadoria ou servio. (Includa pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)Art. 156. Compete aos Municpios instituir impostos sobre:I - propriedade predial e territorial urbana;II - transmisso "inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio;III - servios de qualquer natureza, no compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993) 3 Em relao ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe lei complementar: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 37, de 2002)I - fixar as suas alquotas mximas e mnimas; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 37, de 2002)II - excluir da sua incidncia exportaes de servios para o exterior. (Includo pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)III - regular a forma e as condies como isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados. (Includo pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)So tributos institudos por Lei Complementar, sempre: Emprstimo Compulsrio (art.148, da CRFB); Imposto Grandes Fortunas (art.153, VII, da CRFB); Imposto Residual (art.154, I, da CRFB); Contribuies Residuais da Seguridade (art.195, 4, da CRFB)Art. 148. A Unio, mediante lei complementar, poder instituir emprstimos compulsrios:I - para atender a despesas extraordinrias, decorrentes de calamidade pblica, de guerra externa ou sua iminncia;II - no caso de investimento pblico de carter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b"Pargrafo nico. A aplicao dos recursos provenientes de emprstimo compulsrio ser vinculada despesa que fundamentou sua instituio.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Art. 153. Compete Unio instituir impostos sobre:I - importao de produtos estrangeiros;II - exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;III - renda e proventos de qualquer natureza;IV - produtos industrializados;V - operaes de crdito, cmbio e seguro, ou relativas a ttulos ou valores mobilirios;VI - propriedade territorial rural;VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.Art. 154. A Unio poder instituir:I - mediante lei complementar, impostos no previstos no artigo anterior, desde que sejam no-cumulativos e no tenham fato gerador ou base de clculo prprios dos discriminados nesta Constituio;II - na iminncia ou no caso de guerra externa, impostos extraordinrios, compreendidos ou no em sua competncia tributria, os quais sero suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criao.Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e das seguintes contribuies sociais: 4 - A lei poder instituir outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.2.7 Tratados internacionaisPartindo-se do pressuposto da internacionalizao do tratado, os tratados e convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna, e sero observados pela que lhes sobrevenha (decreto legislativo e decreto ratificador), conforme determina o art.98, do CTN.Art. 98. Os tratados e as convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna, e sero observados pela que lhes sobrevenha.Por tanto, a legislao tributria dever obedecer aos tratados e convenes internacionais, da por que, adota-se a teoria da supralegalidade.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.De acordo com a Constituio da Repblica vedado a concesso de iseno heternoma, conforme art.151, III. Contudo, no que se refere aos tratados na concesso de iseno esta posio no prevalece uma vez que o Presidente da Repblica est na posio de chefe de Estado representando a Repblica Federativa e no a Unio. Assim, poder um tratado conceder iseno de competncia dos estados ou Municpios, conforme julgado do STF a seguir:Art. 151. vedado Unio:I - instituir tributo que no seja uniforme em todo o territrio nacional ou que implique distino ou preferncia em relao a Estado, ao Distrito Federal ou a Municpio, em detrimento de outro, admitida a concesso de incentivos fiscais destinados a promover o equilbrio do desenvolvimento scio-econmico entre as diferentes regies do Pas;II - tributar a renda das obrigaes da dvida pblica dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, bem como a remunerao e os proventos dos respectivos agentes pblicos, em nveis superiores aos que fixar para suas obrigaes e para seus agentes;III - instituir isenes de tributos da competncia dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios.DIREITO TRIBUTRIO. RECEPO PELA CONSTITUIO DA REPBLICA DE 1988 DO ACORDO GERAL DE TARIFAS E COMRCIO. ISENO DE TRIBUTO ESTADUAL PREVISTA EM TRATADO INTERNACIONAL FIRMADO PELA REPBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. ARTIGO 151, INCISO III, DA CONSTITUIO DA REPBLICA. ARTIGO 98 DO CDIGO TRIBUTRIO NACIONAL. NO CARACTERIZAO DE ISENO HETERNOMA. RECURSO EXTRAORDINRIO CONHECIDO E PROVIDO. 1. A iseno de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas e Comrcio para as mercadorias importadas dos pases signatrios quando o similar nacional tiver o mesmo benefcio foi recepcionada pela Constituio da Repblica de 1988. 2. O artigo 98 do Cdigo Tributrio Nacional "possui carter nacional, com eficcia para a Unio, os Estados e os Municpios" (voto do eminente Ministro Ilmar Galvo). 3. No direito internacional apenas a Repblica Federativa do Brasil tem competncia para firmar tratados (art. 52, 2, da Constituio da Repblica), dela no dispondo a Unio, os Estados-membros ou os Municpios. O Presidente da Repblica no subscreve tratados como Chefe de Governo, mas como Chefe de Estado, o que descaracteriza a existncia de uma iseno heternoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituio. 4. Recurso extraordinrio conhecido e provido. (STF RE n. 229.096-rs Rel. P/ O Acrdo: Min. Crmen Lcia - Infor. 476 e publicado Ementa no Infor. n 501)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.2.8 Resolues do Senado FederalAs resolues do Senado Federal possuem competncia para tratar das seguintes matrias: definir limites e alquotas de impostos estaduais, conforme art.155, da CRFB.As resolues do Senado Federal tratam de impostos tipicamente estaduais e regulam as seguintes alquotas: Alquotas mximas do ITCMD; (art.155, 1, da CRFB) Alquotas interestaduais do ICMS; (art.155, 2, da CRFB) Alquotas mximas e mnimas do ICMS; (art.155, 2, da CRFFB) Alquotas mnimas do IPVA; (art.155, 6, da CRFB)Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)I - transmisso causa mortis e doao, de quaisquer bens ou direitos; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)III - propriedade de veculos automotores. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993) 1. O imposto previsto no inciso I: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)I - relativamente a bens imveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situao do bem, ou ao Distrito FederalII - relativamente a bens mveis, ttulos e crditos, compete ao Estado onde se processar o inventrio ou arrolamento, ou tiver domiclio o doador, ou ao Distrito Federal;III - ter competncia para sua instituio regulada por lei complementar:a) se o doador tiver domicilio ou residncia no exterior;b) se o de cujus possua bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventrio processado no exterior;IV - ter suas alquotas mximas fixadas pelo Senado Federal; 2. O imposto previsto no inciso II atender ao seguinte: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 3, de 1993)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.I - ser no-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao relativa circulao de mercadorias ou prestao de servios com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal;II - a iseno ou no-incidncia, salvo determinao em contrrio da legislao:a) no implicar crdito para compensao com o montante devido nas operaes ou prestaes seguintes;b) acarretar a anulao do crdito relativo s operaes anteriores;III - poder ser seletivo, em funo da essencialidade das mercadorias e dos servios;IV - resoluo do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da Repblica ou de um tero dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecer as alquotas aplicveis s operaes e prestaes, interestaduais e de exportao;V - facultado ao Senado Federal:a) estabelecer alquotas mnimas nas operaes internas, mediante resoluo de iniciativa de um tero e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;b) fixar alquotas mximas nas mesmas operaes para resolver conflito especfico que envolva interesse de Estados, mediante resoluo de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois teros de seus membros;VI - salvo deliberao em contrrio dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alquotas internas, nas operaes relativas circulao de mercadorias e nas prestaes de servios, no podero ser inferiores s previstas para as operaes interestaduais;VII - em relao s operaes e prestaes que destinem bens e servios a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-:a) a alquota interestadual, quando o destinatrio for contribuinte do imposto;b) a alquota interna, quando o destinatrio no for contribuinte dele;VIII - na hiptese da alnea "a" do inciso anterior, caber ao Estado da localizao do destinatrio o imposto correspondente diferena entre a alquota interna e a interestadual;IX - incidir tambm:a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa fsica ou jurdica, ainda que no seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o servio prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domiclio ou o estabelecimento do destinatrio da mercadoria, bem ou servio;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.b) sobre o valor total da operao, quando mercadorias forem fornecidas com servios no compreendidos na competncia tributria dos Municpios;X - no incidir:a) sobre operaes que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre servios prestados a destinatrios no exterior, assegurada a manuteno e o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operaes e prestaes anteriores; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)b) sobre operaes que destinem a outros Estados petrleo, inclusive lubrificantes, combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e energia eltrica;c) sobre o ouro, nas hipteses definidas no art. 153, 5;d) nas prestaes de servio de comunicao nas modalidades de radiodifuso sonora e de sons e imagens de recepo livre e gratuita; (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)XI - no compreender, em sua base de clculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operao, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado industrializao ou comercializao, configure fato gerador dos dois impostos;XII - cabe lei complementar:a) definir seus contribuintes;b) dispor sobre substituio tributria;c) disciplinar o regime de compensao do imposto;d) fixar, para efeito de sua cobrana e definio do estabelecimento responsvel, o local das operaes relativas circulao de mercadorias e das prestaes de servios;e) excluir da incidncia do imposto, nas exportaes para o exterior, servios e outros produtos alm dos mencionados no inciso X, "a";f) prever casos de manuteno de crdito, relativamente remessa para outro Estado e exportao para o exterior, de servios e de mercadorias;g) regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados.h) definir os combustveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidir uma nica vez, qualquer que seja a sua finalidade, hiptese em que no se aplicar o disposto no inciso X, b; (Includa pela Emenda Constitucional n 33, de 2001) (Vide Emenda Constitucional n 33, de 2001)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.i) fixar a base de clculo, de modo que o montante do imposto a integre, tambm na importao do exterior de bem, mercadoria ou servio. (Includa pela Emenda Constitucional n 33, de 2001) 3 exceo dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poder incidir sobre operaes relativas a energia eltrica, servios de telecomunicaes, derivados de petrleo, combustveis e minerais do Pas. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 33, de 2001) 4 Na hiptese do inciso XII, h, observar-se- o seguinte: (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)I - nas operaes com os lubrificantes e combustveis derivados de petrleo, o imposto caber ao Estado onde ocorrer o consumo; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)II - nas operaes interestaduais, entre contribuintes, com gs natural e seus derivados, e lubrificantes e combustveis no includos no inciso I deste pargrafo, o imposto ser repartido entre os Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcionalidade que ocorre nas operaes com as demais mercadorias; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)III - nas operaes interestaduais com gs natural e seus derivados, e lubrificantes e combustveis no includos no inciso I deste pargrafo, destinadas a no contribuinte, o imposto caber ao Estado de origem; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)IV - as alquotas do imposto sero definidas mediante deliberao dos Estados e Distrito Federal, nos termos do 2, XII, g, observando-se o seguinte: (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)a) sero uniformes em todo o territrio nacional, podendo ser diferenciadas por produto; (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)b) podero ser especficas, por unidade de medida adotada, ou ad valorem, incidindo sobre o valor da operao ou sobre o preo que o produto ou seu similar alcanaria em uma venda em condies de livre concorrncia;(Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)c) podero ser reduzidas e restabelecidas, no se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001) 5 As regras necessrias aplicao do disposto no 4, inclusive as relativas apurao e destinao do imposto, sero estabelecidas mediante deliberao dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do 2, XII,g. (Includo pela Emenda Constitucional n 33, de 2001)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais. 6 O imposto previsto no inciso III: (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)I - ter alquotas mnimas fixadas pelo Senado Federal; (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)II - poder ter alquotas diferenciadas em funo do tipo e utilizao.(Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003)2.9 DecretosTrata-se de fonte secundria. So matrias de competncia do chefe do Poder Executivo, e possuem as funes de regulamentar as leis e aprovar regulamentos dos impostos.Por tanto, entende-se que o decreto restrito a regulamentao da lei, conforme art.99, do CTN.Art. 99. O contedo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em funo das quais sejam expedidos, determinados com observncia das regras de interpretao estabelecidas nesta Lei.2.10 Normas ComplementaresAs normas complementares so de competncia dos rgos e autoridades subordinadas ao chefe do Poder Executivo, como exemplo, portaria do Ministro da Fazenda, do secretrio da Fazenda, entre outros. (art.100, do CTN)Art. 100. So normas complementares das leis, dos tratados e das convenes internacionais e dos decretos:I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;II - as decises dos rgos singulares ou coletivos de jurisdio administrativa, a que a lei atribua eficcia normativa;III - as prticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;IV - os convnios que entre si celebrem a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios.Pargrafo nico. A observncia das normas referidas neste artigo exclui a imposio de penalidades, a cobrana de juros de mora e a atualizao do valor monetrio da base de clculo do tributo.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.As normas complementares devero obedecer as leis e eventuais decretos, e sero aprovadas pelos rgos e autoridades, conforme ordens do Chefe do Poder Executivo.As funes das normas complementares so: de regulamentar as leis e os decretos e resolver casos individuais.2.11 Princpio da Legalidade e Poder RegulamentarO entendimento consolidado no sentido de inexistncia da figura do decreto autnomo no Direito Tributrio, o que determina o art.99, do CTN.Art. 99. O contedo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em funo das quais sejam expedidos, determinados com observncia das regras de interpretao estabelecidas nesta Lei.Quando na observao das normas complementares, determina o art.100, pargrafo nico, do CTN, que no haver a imposio de penalidades, cobrana de juros e a atualizao monetria.Art. 100. So normas complementares das leis, dos tratados e das convenes internacionais e dos decretos:Pargrafo nico. A observncia das normas referidas neste artigo exclui a imposio de penalidades, a cobrana de juros de mora e a atualizao do valor monetrio da base de clculo do tributo.Observao: As fontes materiais do Direito Tributrio so os fatos reveladores de riqueza.3. Aplicao da LegislaoA vigncia espacial no Direito Tributrio regulada pelo princpio da territorialidade. Contudo, poder viger tambm pelo princpio da extraterritorialidade, excepcionalmente, conforme art.102, do CTN. Quanto vigncia temporal da legislao tributria, esta limitada pelo princpio da anterioridade tributriaArt. 102. A legislao tributria dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios vigora, no Pas, fora dos respectivos territrios, nos limites em que lhe reconheam extraterritorialidade os convnios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela Unio.A aplicao da lei no tempo, em regra, aplica-se a partir da vigncia da norma eficaz, aos fatos geradores futuros e pendentes, devendo-se analisar o tributo em questo. (Art.105, do CTN)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Contudo, h duas excees que admitem a retroatividade da legislao tributria, so elas: retroatividade benigna (penalidades e infraes) e leis interpretativas. (art.106, do CTN)Art. 105. A legislao tributria aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrncia tenha tido incio mas no esteja completa nos termos do artigo 116.Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretrito:I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluda a aplicao de penalidade infrao dos dispositivos interpretados;II - tratando-se de ato no definitivamente julgado:a) quando deixe de defini-lo como infrao;b) quando deixe de trat-lo como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, desde que no tenha sido fraudulento e no tenha implicado em falta de pagamento de tributo;c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prtica.A lei interpretativa consiste em uma lei puramente interpretativa, no podendo esta inovar no ordenamento jurdico, e desta forma s se aplica a retroatividade da lei interpretativa se no criar novidades, mesmo que auto se proclame uma lei interpretativa.DIREITO TRIBUTRIO - LEI INTERPRETATIVA - APLICAO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR N 118/2005 - DESCABIMENTO - VIOLAO SEGURANA JURDICA - (...) Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientao da Primeira Seo do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lanamento por homologao, o prazo para repetio (...) A LC 118/05, embora tenha se auto- proclamado interpretativa, implicou inovao normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurdico deve ser considerada como lei nova. Inocorrncia de violao autonomia e independncia dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa tambm se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto sua natureza, validade e aplicao. A aplicao retroativa de novo e reduzido prazo para a repetio ou compensao de indbito tributrio estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretenses deduzidas tempestivamente luz do prazo ento aplicvel, bem como a aplicao imediata s pretenses pendentes de ajuizamento quando da publicao da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transio, implicam ofensa ao princpio da segurana jurdica em seus contedos de proteo da confiana e de garantia do acesso Justia. (STF- RE 566.621, Pleno, Rel. Min. Ellen Gracie, j. em 4.8.2011)

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.A retroatividade benigna aplica-se ao ato ou fato pretrito, tratando-se de ato no julgado definitivamente, no consolidado. Podendo ser aplicada no curso de um processo administrativo e at mesmo de ofcio. Podendo ainda a retroatividade quando a lei nova deixe de defini-lo como infrao; quando deixe de trat-lo como contrrio a qualquer exigncia de ao ou omisso, desde que no tenha sido fraudulento e no tenha implicado em falta de pagamento de tributo; quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prtica.Observao: A retroatividade ser quanto s penalidades e no dos tributos, que por sua a lei do momento da ocorrncia do fato gerador. E, desta forma, no h que se falar em cominao de leis penais, o que no admitido no ordenamento brasileiro. O que ocorre nesta hiptese a retroatividade das penalidades, retroagindo a parte penal, mas a parte de legislao tributria no.O princpio da irretroatividade aplicvel ao Direito Tributrio, no entanto, varivel dependendo do tributo estudado em questo.Os fatos pendentes so aqueles iniciados e no terminados, so negcios jurdicos que se prolonga no tempo.A problemtica maior quanto a este tema est no imposto de renda de pessoa fsica, pois os fatos geradores so do ano todo e completa-se no dia 31 de dezembro, no imposto de renda de pessoa jurdica, que o fato gerador completa-se com o lucro da empresa at dia 31 de dezembro. A lei aplicvel nestes casos a lei fechada no exerccio, ou seja, a ltima lei vigente daquele ano.A smula 584, do STF tenta externar que a lei aplicvel no imposto de renda aquela lei vigente no encerramento do exerccio.Smula 584, do STF:Direito Tributrio

Direito Tributrio

Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exerccio financeiro em que deve ser apresentada a declarao.www.cursoenfase.com.br2

www.cursoenfase.com.br1

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Sumrio1. Obrigao tributria21.1 Conceito21.2 Elementos da obrigao tributria31.3 Obrigao principal e acessria31.4 Fato Gerador81.4.1 Fato gerador e obrigaoprincipal81.4.2 Fato gerador: Momentoda Ocorrncia111.4.3 Evaso e Eliso141.4.4 Princpio do "Non Olet":151.5 Sujeitos da Obrigao Tributria16Direito Tributrio

Direito Tributrio

Direito Tributrio

1.5.1 Sujeito ativo161www.cursoenfase.com.br

www.cursoenfase.com.br4

www.cursoenfase.com.br3

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.1. Obrigao tributria1.1 ConceitoObrigao tributria a relao jurdica que tem por objeto uma prestao, positiva ou negativa, prevista na legislao tributria (Leis, Decretos...), a cargo de um particular e a favor do Estado, traduzida em pagar tributo ou penalidade ou em fazer alguma coisa no interesse do Fisco ou ainda em abster-se de praticar determinado ato, nos termos da lei.A disciplina do CTN em relao s obrigaes tributrias , basicamente, a aplicao da teoria proveniente do direito civil, com algumas adaptaes especficas por conta de ser o vnculo de direito pblico e de carter obrigatrio.Ademais, em relao s obrigaes do direito civil, o interesse a prevalecer do cumprimento da obrigao, enquanto que em direito tributrio, o interesse a prover o interesse arrecadador. Destaca-se que muitas das normas da obrigao tributria tm como finalidade cumprir o interesse arrecadatrio.Assim, em sntese, absorve-se a concepo do direito civil, mas considerando as peculiaridades do direito pblico.Toda a construo de deveres no caso da obrigao tributria no fruto da autonomia da vontade, mas sim imposio legal, sendo o objetivo mais marcante o pagamento dos tributos.Esclarece-se que o tributo, ao longo da histria, teve muitas concepes. O Estado de Direito, para evitar abusos, deu um arcabouo jurdico ao pagamento do tributo, e estabelecendo a lgica do direito obrigacional, mas dentro da ideia do Estado de Direito. Assim, o tributo deixa de ser uma expropriao ou sacrifcio para virar uma obrigao. Portanto, a essncia basicamente de construo desse vnculo obrigacional. Nesse contexto, devem-se recuperar os conceitos do direito obrigacional civil.Essa concepo obrigacional est intimamente relacionada, inclusive, ao conceito legal de tributo, trazida pelo art. 3 do CTN.CTN, Art. 3 Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.H vrias formas de identificao da obrigao tributria. Para que o vnculo que o particular tem com o Estado se mantenha, necessrio que a obrigao tributria no se restrinja obrigao de pagar, o seja, so necessrias outras obrigaes como a de declarar. Nesse sentido, a construo de obrigao de fazer fundamental para que haja a possibilidade do dever de pagar o tributo. Dessa forma tambm se assegura direitos do

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.contribuinte. Como exemplo disso tem-se a declarao de imposto de renda, indispensvel para verificao se h ou no fato gerador do pagamento do respectivo tributo.1.2 Elementos da obrigao tributriaToda relao obrigacional tem, basicamente, quatro elementos. Destaca-se que o que os civilistas chamam de credor ou devedor, os tributaristas chamam de sujeito ativo ou passivo.a) Sujeito ativo: a pessoa jurdica de direito pblico competente para exigir o cumprimento dos tributos; o sujeito ativo da obrigao tributria sempre o Estado.b) Sujeito passivo: a pessoa obrigada ao cumprimento da prestao tributria;Genericamente, o particular que cumprir a obrigao tributria. Destaca-se, porm, que atualmente h diversos tributos que no recaem somente sobre particulares, mas tambm em relao a pessoas jurdicas de direito pblico. Ressalta-se que no se deve utilizar, genericamente, o termo "contribuinte", vez que o CTN utiliza de forma tcnica e restrita esse termo.Exemplo: contribuio previdenciria para o ente pblico que optar como Regime Jurdico nico a CLT.c) Causa: a lei, em razo do princpio da legalidade tributria.A doutrina muito debateu a causa da relao tributria. Entendeu-se que deveria separar uma causa imediata de uma mediata. Toda a construo deriva da lei, sendo, assim, a construo nascedouro est nessa norma jurdica. Ocorre que essa obrigao que est na lei, ainda assim, muito abstrata, visto que depende da ocorrncia do fato gerador que est na norma.Causa mediata -> lei (hiptese genrica de incidncia)Causa imediata -> quando o sujeito cumpre o fato jurdico que est na norma.d) Objeto, a lei, o cumprimento de uma prestao positiva ou negativa determinada pela lei;1.3 Obrigao principal e acessria

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.1

Obrigao tributria: nasce com a ocorrncia do fato gerador1 previsto na norma.Obrigao principal: pagar tributo ou penalidade pecuniria (multa).Exemplo: pagar IR, IPTU, ICMS, contribuies etc.Em tese, quando se pensa em obrigao principal tem-se que pensar em obrigao de pagar tributo. Ocorre que a obrigao principal no se restringe ao pagamento de tributo. Em que pese obrigao de pagar tributo no ser penalidade, pode ser que, da relao tributria surja alguma penalidade. Sendo assim, apesar de tributo e multa no se confundirem, o tributo e a multa tem a mesmo regulamento.Observao: no processo falimentar, atualmente, h tratamento jurdico distinto ao tributo e multa tributria. De qualquer forma, porm, no cotidiano tributrio, essa no a regra cotidiana, apesar de, repita-se, tributo e multa no se confundirem, isso porque ambas so obrigaes pecunirias.Destaca-se que h multas tributrias que tm relevncia pecuniria muito evidente, como os casos em que a multa tributria que pode chegar a 200% do valor do tributo.Obrigao acessria: fazer, no fazer ou tolerar, em favor da Administrao Tributria.Exemplo: declarar IR, ITRE, emisso de notas fiscais e manter escriturao fiscal e etc.No passado, defendia-se que as obrigaes acessrias deveriam se denominadas obrigaes instrumentais, por melhor representar o que a obrigao acessria.As obrigaes acessrias podem ser positivas ou negativas.Exemplos de obrigao acessria positiva: emisso de notas fiscais, entrega de declarao (imposto de renda ou outros), inscrio no cadastro de contribuintes, etc.Exemplos de obrigao acessria negativa: no rasurar, no transportar mercadoria sem nota fiscal ou documentao inidnea, no receber produtos cuja procedncia no possa ser comprovada, tolerar a ao da fiscalizao no seu estabelecimento etc.Destaca-se que as obrigaes acessrias, muitas vezes, so fixadas de maneira indireta e que no fixada em relao quele que cumprir a obrigao principal.Exemplo1: como o fisco consegue saber que a pessoa vive de renda? As administradoras de bens tm que fazer declaraes dos bens e das pessoas proprietrias dos bens administrados por elas. [footnoteRef:1] [1: H tributos que so cotidianos, enquanto que h outros que so menos recorrentes, razo pela qual,ao pensar em obrigao tributria, precisa-se identificar o fato gerador.]

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Exemplo2: as instituies financeiras e administradoras de carto de crdito precisam declarar ao fisco o valor transacionado pelas pessoas. Assim, com base nessas informaes recebidas, possvel o fisco ter ideia, por exemplo, se a renda declarada por um autnomo verdadeira, a depender de ser ou no condizente com seus gastos mensais.Em sntese:1) Obrigao Principal: quando envolver o "dar" e se cumpre com a tradio de numerrio pecunirio.2) Acessria: quando envolver uma obrigao comportamental e se cumpre com uma obrigao de fazer ou no fazer.Consequncias: pode haver obrigao tributria acessria sem a principal[footnoteRef:2] [2: A vistoria do DETRAN/RJ no obrigao tributria, mas mera exigncia administrativa.]

Exemplo: obrigao de fiscalizao - ao entrar em qualquer pas tem que sofrer a fiscalizao da aduana.No que tange crtica da referente nomenclatura "obrigao acessria", vez que existe mesmo sem a obrigao principal, importante observar que, o prprio direito civil, na concepo do CC/02, no se restringe obrigao principal. H a possibilidade de existirem obrigaes de fazer, sem que haja a obrigao principal. So os deveres anexos da boa-f objetiva.ESTRUTURA DAS OBRIGAES

PRINCIPALACESSRIA

Art. 113, 1 do CTNArt. 113, 2 do CTN

Obrigao de dar (pecnia)Deveres instrumentais

Objeto -> pagamentoObjeto -> prestaes de fazer (positiva) e

no fazer (negativa)

Reserva legal absoluta.Previso - legislao.

Destaca-se que, em relao s obrigaes acessrias, no precisa de lei em sentido estrito, mas sim de legislao tributria, ou seja, qualquer norma pode definir as obrigaes

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.acessrias, inclusive atos administrativos infralegais. O exemplo j dado quanto s declaraes de administradoras de bens previsto em instruo normativa e no em lei. De qualquer forma, ainda que no haja reserva legal, ela pode ser trazida por lei.Atente-se que, em que pese a obrigao acessria no precisar de previso em lei, a multa quanto ao seu descumprimento, por ser obrigao principal, precisa respeitar a reserva legal.Obrigao Tributria

Obrigao Principal Pagamento de tributo Pagamento de penalidade pecuniria

Obrigao Acessria Emisso de Documento Fiscal Escriturao Contbil (Livro Dirio) Escriturao Fiscal Entrega de Declaraes Prestao de Informaes ao Fisco

Insista-se que a doutrina se preocupa em evidenciar a autonomia das obrigaes, razo pela qual a obrigao acessria no precisa ter uma obrigao principal referente. Nesse contexto, possvel, na forma do art. 194, p. . do CTN, que a fiscalizao se d inclusive em relao queles que no tm obrigao principal.CTN, Art. 194. A legislao tributria, observado o disposto nesta Lei, regular, em carter geral, ou especificamente em funo da natureza do tributo de que se tratar, a competncia e os poderes das autoridades administrativas em matria de fiscalizao da sua aplicao.Pargrafo nico. A legislao a que se refere este artigo aplica-se s pessoas naturais ou jurdicas, contribuintes ou no, inclusive s que gozem de imunidade tributria ou de iseno de carter pessoal.Da mesma forma, conforme art. 175, p., do CTN, a extino da obrigao principal no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias. Da mesma forma, a obrigao acessria persiste havendo a suspenso da exigibilidade da obrigao principal.CTN, Art. 175. Excluem o crdito tributrio:I - a iseno;

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.II - a anistia.Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal cujo crdito seja excludo, ou dela conseqente.Esse entendimento repercute, com mais intensidade, no caso das imunidades tributrias.Destaca-se haver jurisprudncia sobre o tema: Inf. 668 do STF - RE 250844.Exigir de entidade imune a manuteno de livros fiscais consentneo com o gozo da imunidade tributria. Essa a concluso da 1- Turma ao negar provimento a recurso extraordinrio no qual o recorrente alegava que, por no ser contribuinte do tributo, no lhe caberia o cumprimento de obrigao acessria de manter livro de registro do ISS e autorizao para a emisso de notas fiscais de prestao de servios. (...). O Min. Luiz Fux explicitou que, no Direito Tributrio, inexistiria a vinculao de o acessrio seguir o principal, porquanto haveria obrigaes acessrias autnomas e obrigao principal tributria. Reajustou o voto o Min. Marco Aurlio, relator. (STF - RE 250844, rel. Min. Marco Aurlio, j. em 29.5.2012 noticiado no Informativo 668> Questo CESPE: Admita-se que no dia 01/07, publicada uma lei instituindo o CPMF, contribuio para a seguridade social. No art. 1 da aludida lei determina-se o que se entende por fato gerador e, no art. 2 estabelece que as instituies financeiras tem a obrigao de declarao semanal das movimentaes financeiras. Quando pode ser exigida a obrigao?Perceba-se que h duas obrigaes envolvidas nessa hiptese. Por ser contribuio para a seguridade social pode ser exigida no mesmo exerccio financeiro, desde que respeitada anterioridade de 90 dias. Trata-se da obedincia nonagesimal. Esclarece-se, porm, que a anterioridade, seja ela a nonagesimal ou a plena, no afeta a obrigao acessria, por restringir-se ao que concerne ao pagamento.Havia ainda uma maldade na questo uma vez que trouxe a data da publicao da lei, nada estabelecendo quanto ao prazo de vigncia, razo pela qual teria que ser aplicado ao caso o prazo de 45 dias de vacatio legis.Destaca-se que no h vedao existncia de obrigao acessria sem a existncia de obrigao principal. Inclusive, h utilidade prtica em obter essas informaes prvias para que o fiscal possa estabelecer o mapeamento tributrio.Descumprimento da obrigao acessria

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.O descumprimento da obrigao acessria tratado no art. 113, 3 do CTN, que assim dispe:CTN, Art. 113. A obrigao tributria principal ou acessria.(...)A obrigao acessria, pelo simples fato da sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria. importante destacar que a penalidade no se restringe penalidade pecuniria.Exemplo: no SIMPLES a penalidade mais grave no a multa, mas sim a excluso da microempresa ou empresa de pequeno porte do regime tributrio diferenciado.Destaca-se que o termo "converte-se" no o mais adequado. Isso porque se h uma obrigao acessria que no cumprida, a obrigao acessria no se extingue com a multa. Apenas o descumprimento faz nascer a penalidade. De qualquer forma, na prtica tributria, o termo no gera maiores controvrsias. Ratifique-se, porm, que no descumprimento de uma obrigao positiva, a acessria no desaparecer com a imposio da penalidade imposta.1.4 Fato GeradorA hiptese do fato gerador prevista na norma jurdica tributria.Ademais, tanto obrigaes acessrias quanto principais nascem no momento da ocorrncia do fato gerador, mas muito mais marcante na obrigao principal.A regra-matriz a representao de uma norma de conduta que leva o contribuinte a entregar dinheiro ao Estado.O contribuinte s entrega o dinheiro ao Estado se tiver um motivo. Os motivos da entrega esto descritos nos critrios apontados na regra-matriz de incidncia.1.4.1 Fato gerador e obrigao principal Previso legal: art. 114, CTN.CTN, Art. 114. Fato gerador da obrigao principal a situao definida em lei como necessria e suficiente sua ocorrncia. O fato gerador possui dois significados:

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.-Hiptese de incidncia: descrio legal do fato que, uma vez ocorrido, dar nascimento obrigao tributria.- Fato jurdico-tributrio: ocorrncia efetiva do fato descrito na lei tributria.A doutrina nacional que se preocupa em distinguir o fato gerador da hiptese de incidncia, a linguagem do CTN no tcnica dessa forma.Observao: h dois livros clssicos de direito tributrio sobre fato gerador: 1)"Fato Gerador da Obrigao Tributria", de Amilcar de Arajo Falco ( uma obra que inspirou o atual CTN e foi a primeira pessoa que organizou a ideia de que o fato gerador envolve muitos componentes); 2) Hiptese de incidncia tributria. Geraldo Ataliba (mostra a importncia de distinguir a hiptese de incidncia e o fato jurdico tributrio). importante perceber que a previso legal no se confunde com o fato jurdico. O dever nasce com o fato jurdico, mas a previso legal j existia.IiPreviso em leiFato JurdicoliArt. 114 - tem que trazer todos os elementos obrigao in concreto 1Tipicidade FechadaAspectos do fato gerador:I. Aspecto material: descrio da situao geradora da obrigao tributria;II. Aspecto espacial3: onde a ocorrncia da situao geradora da obrigao tributria ser relevante;Exemplo: quanto ao imposto territorial, a norma tributria estabelece que o aspecto espacial ocorre na sede da fazenda.III. Aspecto temporal: quando se deve considerar ocorrida a situao geradora da obrigao tributria;A lei aplicvel a do momento em que ocorre o fato gerador.Discusso atual quanto ao tema: onde se d a ocorrncia do fato gerador do ISS quanto s compras3

pela internet.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Exemplo: imposto de importao. O aspecto material ocorre com a entrada do produto no territrio nacional. Ocorre que essa entrada fsica ou quando h o ato formal para o embarao aduaneiro? Ocorre com a entrada formal. A importncia em se estabelecer, com preciso, o aspecto temporal do fato gerador que pode ter havido mudana da alquota:Alquota:32%^70%PortoDesembarao aduaneiroSendo assim, o legislador tem que estabelecer, com muito cuidado todos os elementos constitutivos do tributo.A tendncia dos tributos adotar como, no aspecto temporal, a entrada formal e no elemento fsico. Especialmente quanto ao aspecto temporal, alguns tributos so muito sensveis, porque marcam a incidncia da alquota aplicvel.IV. Aspecto pessoal: quem est obrigado ao pagamento (sujeito passivo), e em favor de quem (sujeito ativo);V. aspecto quantitativo: qual o montante devido da obrigao tributria.LEHIPTESE DE ICIDNCIAFATO GERADOROCORRNCIAOBRIGAO TRIBUTRIA

Destaca-se que, de acordo com os aspectos do fato gerador, o direito tributrio adota uma tipicidade muito fechada do que a do direito penal.Talvez a maior dificuldade que o direito tributrio tem atualmente que, muitas vezes, chegam aos tribunais, principalmente no STJ, questes referentes aos aspectos do fato gerador de referente a tributos especficos. A compreenso das questes que envolvem fato gerador e obrigao principal auxilia o entendimento das decises jurisprudenciais. Exemplifica-se isso com a discusso relativa ao dano moral e imposto de renda. Sabe-se que no pode cobrar imposto de renda do dano moral, conforme smula 498 do STJ.Smula n. 498 - No incide imposto de renda sobre a indenizao por danos morais.O diferencial, porm, saber que a discusso envolve um dos aspectos do fato gerador. Em especfico, o aspecto material do Imposto de Renda, o qual, conforme art. 43 do CTN aferir o que renda (capital e trabalho) e provento (acrscimo).

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.CTN, Art. 43. O imposto, de competncia da Unio, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisio da disponibilidade econmica ou jurdica:I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinao de ambos;II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acrscimos patrimoniais no compreendidos no inciso anterior. 1o A incidncia do imposto independe da denominao da receita ou do rendimento, da localizao, condio jurdica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepo. (Includo pela Lcp n 104, de 10.1.2001) 2o Na hiptese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei estabelecer as condies e o momento em que se dar sua disponibilidade, para fins de incidncia do imposto referido neste artigo. (Includo pela Lcp n 104, de 10.1.2001)Como no dano moral no h renda nem provento, no h incidncia de imposto de renda. Isso ocorre no porque o legislador no quis, mas sim porque no se enquadra no aspecto material.Observao: cuidado quando o direito tributrio utiliza conceitos do direito civil. Conforme art. 109, do CTN, quando isso acontecer, a lei tributrio apenas estabelecer efeitos no podendo mudar definio e conceito (art. 110 do CTN). Nesse sentido, portanto, no pode o direito tributrio estabelecer o conceito de estabelecimento, o qual j trazido pelo direito civil.CTN, Art. 109. Os princpios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definio, do contedo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas no para definio dos respectivos efeitos tributrios.Art. 110. A lei tributria no pode alterar a definio, o contedo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituio Federal, pelas Constituies dos Estados, ou pelas Leis Orgnicas do Distrito Federal ou dos Municpios, para definir ou limitar competncias tributrias.Exemplos de discusso quanto ao aspecto temporal do momento de incidncia:1. Quando incide o ICMS no leasing? Depende se o leasing financeiro ou no. Sendo assim, tem que primeiro entender o que leasing.2. Qual o momento temporal do ICMS na venda a contento? Para responder, precisa se recorrer ao direito civil para saber.1.4.2 Fato gerador: Momento da OcorrnciaA lei costuma definir, mas se no o fizer:

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais. Situao jurdica: constituio definitiva, conforme direito aplicvel. Situao de fato: circunstncias materiais necessrias produo dos efeitos prprios.Esclarece-se que o momento de ocorrncia do imposto sobre a propriedade convencionou-se ser em 1 de janeiro, uma vez que o fato gerador continuado. Em relao aos impostos que envolvem a transferncia do bem, para saber o momento de ocorrncia, deve-se pensar quando se d essa transferncia, que, conforme lies de direito civil, como regra, sendo o bem mvel, ocorrer com a tradio e, sendo o bem imvel, ocorrer com o registro. Destaca-se que, conforme j visto, os art. 109 e 110 do CTN estabelecem que a lei tributria no pode alterar a definio, o contedo e alcance dos institutos, regulamentados pelo direito privado.Exemplo: em uma separao judicial, consignou-se em assentada da audincia que os bens seriam transferidos para o nome dos filhos. Ocorre em momento posterior no mesmo processo, chegou-se a outra soluo para a partilha dos bens. Conforme julgado por tribunal superior brasileiro, nessa hiptese no ocorreu o fato gerador do imposto de transmisso, visto que a transmisso de bens imveis, na forma prevista em lei civil ocorre somente com o registro ou a tradio, ou seja, a assentada em audincia no transfere a propriedade.O momento de ocorrncia do fato gerador nos Negcios Jurdicos Condicionaisocorre:a. Implemento da condio, se for suspensiva;b. Celebrao do negcio (ou ato) se for resolutria.Exemplo1: venda a contento. O art. 507 do CC estabelece que a venda a contento se realiza com uma situao suspensiva. Sendo assim, o fato gerador se d no futuro, quando se manifesta o agrado.CC, Art. 507. O direito de retrato, que cessvel e transmissvel a herdeiros e legatrios, poder ser exercido contra o terceiro adquirente.Exemplo2: promessa de compra e venda no transfere a propriedade, s ocorre com a escritura. H condio suspensiva.Exemplo3: no que toca propriedade resolvel, como hipoteca, trata-se de condio resolutiva, razo pela qual o fato gerador ocorre com a prtica do negcio.Exemplo4: leasing. O leasing clssico o aluguel com a opo de compra, ao final. tpico caso de condio suspensiva. No leasing financeiro o fato gerador ocorre com a celebrao do contrato, sendo assim h condio resolutiva.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Observao: o estudo do leasing importante porque o caso de maior repercusso financeira julgado pelo STF. Caso TAM X Estado de SP. O estado de SP entendia que j tinha ocorrido o fato gerador do ICMS. J a Cia area defendia que, como era leasing clssico ainda no tinha ocorrido o fato gerador.EMENTA: RECURSO EXTRAORDINRIO. ICMS. NO-INCIDNCIA. ENTRADA DE MERCADORIA IMPORTADA DO EXTERIOR. ART. 155, II DA CB. LEASING DE AERONAVES E/OU PEAS OU EQUIPAMENTOS DE AERONAVES. OPERAO DE ARRENDAMENTO MERCANTIL.1. A importao de aeronaves e/ou peas ou equipamentos que as componham em regime de leasing no admite posterior transferncia ao domnio do arrendatrio.2. A circulao de mercadoria pressuposto de incidncia do ICMS. O imposto diz o artigo 155, II da Constituio do Brasil sobre "operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior".3. No h operao relativa circulao de mercadoria sujeita incidncia do ICMS em operao de arrendamento mercantil contratado pela indstria aeronutica de grande porte para viabilizar o uso, pelas companhias de navegao area, de aeronaves por ela construdas.4. Recurso Extraordinrio do Estado de So Paulo a que se nega provimento e Recurso Extraordinrio de TAM - Linhas Areas S/A que se julga prejudicado. (RE 461968, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 30/05/2007, DJe-087 DIVULG 23-08-2007 PUBLIC 24-08-2007 DJ 24-08-2007 PP-00056 EMENT VOL-02286-14 PP-02713 RDDTn. 145, 2007, p. 228 RDDTn. 146, 2007, p. 151-156)Saliente-se que, em uma prova mais simples, ser cobrado o contedo do art. 116 e 117 do CTN, enquanto que uma prova mais elaborada dar um caso concreto para saber se houve o elemento temporal do fato gerador.CTN, Art. 116. Salvo disposio de lei em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:I - tratando-se de situao de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produza os efeitos que normalmente lhe so prprios;II - tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que esteja definitivamente constituda, nos termos de direito aplicvel.Pargrafo nico. A autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria. (Includo pela Lcp n 104, de 10.1.2001)Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposio de lei em contrrio, os atos ou negcios jurdicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:I - sendo suspensiva a condio, desde o momento de seu implemento;

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.II - sendo resolutria a condio, desde o momento da prtica do ato ou da celebrao do negcio.1.4.3 Evaso e Eliso[footnoteRef:3] [3: O provo do MPRJ cobrou, recentemente, qual a diferena entre evaso e eliso.]

Eliso Fiscal a economia tributria resultante da adoo da alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei. Esta legtima e lcita.Em outros termos: alternativas lcitas e vlidas que permitem o contribuinte ter consequncia vantajosa do ponto de vista tributrio. Evaso FiscalConsiste em prtica contrria lei. Geralmente cometida aps a ocorrncia do fato gerador da obrigao tributria, objetivando reduzi-la ou ocult-la.Observao^ a evaso sempre ilegal. Destaca-se, porm, que pode haver ilcito tributrio, sem que haja ilcito penal. Isso porque o ilcito tributrio objetivo.Observao2: eluso. Parte da doutrina diferencia eliso de eluso. A ltima a conduta que tem por finalidade obter vantagem tributria. Exemplo de eluso seria a exigncia do tomador de servio para que o prestador constitua uma pessoa jurdica. Na prtica, porm, eluso e eliso no tm grandes diferenas, salvo quanto ao fato de eluso ter finalidade especfica de vantagem tributria. Norma antielisivaPreviso legal: art. 116, p.. do CTN.CTN, Art. 116. Salvo disposio de lei em contrrio, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:(...)Pargrafo nico. A autoridade administrativa poder desconsiderar atos ou negcios jurdicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrncia do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigao tributria, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinria. (Includo pela Lcp n 104, de 10.1.2001)Destaca-se que a norma antielisiva no tem como finalidade acabar com a eliso, mas sim evitar o abuso de formas.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais. importante esclarecer que essa norma foi includa em 2001, como resposta insatisfao dos agentes fiscais, ou seja, a norma adveio da Receita Federal, mas o Congresso Nacional incluiu a expresso "a serem estabelecidos em lei ordinria". Em outros termos, no norma de eficcia imediata, mas sim de eficcia limitada, dependendo de regulamentao.Como essa norma regulamentadora no foi elaborada pelo Congresso Nacional, foi editada uma MP que foi, porm, rejeitada pelo Congresso Nacional, que entendeu que estava sendo atribudo muito poder ao fiscal. Esse veto exteriorizou, mais uma vez, que a inteno do legislador entender que a norma de eficcia limitada, no autoaplicvel, dependendo de regulamentao.1.4.4 Princpio do "Non Olet":A definio legal do fato gerador interpretada abstraindo-se (art. 118 do CTN):1. Da validade jurdica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. (CTN, art. 118, I).2. Dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. (CTN, art. 118, II).Exemplo1: pessoa que pratica "gato de energia eltrica", ainda que a conduta seja ilcita, h circulao de mercadoria, razo pela qual se opera a consequncia tributria que ter que ser suportada.Exemplo2:na hiptese do "mensalo", se entendida como doao nocompatibilizada, independente das consequncias penais/administrativas/polticas, em mbito tributrio, tem que haver incidncia tributria.Exemplo3: mercadoria que fruto de receptao anterior e circula incide ICMS nessa transao (cenrio cobrado em prova recente da ESAF).Exemplo4: linha telefnica foi clonada, do ponto de vista do servio de comunicao, tem que haver incidncia do ICMS.Exemplo5: doao inoficiosa - ato, para o direito civil, ato anulvel, mas, no que toca ao direito tributrio, pode ser cobrado o imposto de doao.Destaca-se que em uma traduo literal de pecunia non olet significa que "o dinheiro no tem cheiro", ou seja, exige-se a consequncia tributria independente da ilicitude ou do "cheiro" da transao anterior.Jurisprudncia do STF sobre o non olet, publicado no Informativo 637 do STF.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais."Non olet" e atividade ilcita possvel a incidncia de tributao sobre valores arrecadados em virtude de atividade ilcita, consoante o art. 118 do CTN ("Art. 118. A definio legal do fato gerador interpretada abstraindo-se: I - da validade jurdica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos"). Com base nessa orientao, a 1- Turma conheceu parcialmente de habeas corpus e, na parte conhecida, por maioria, denegou a ordem. Na espcie, o paciente fora condenado pelo crime previsto no art. 1, I, da Lei 8.137/1990 ("Art. 1 Constitui crime contra a ordem tributria suprimir ou reduzir tributo, ou contribuio social e qualquer acessrio, mediante as seguintes condutas: I - omitir informao, ou prestar declarao falsa s autoridades fazendrias") e sustentava a atipicidade de sua conduta, porque inexistiria obrigao tributria derivada da contraveno penal do jogo do bicho (Decreto-Lei 6.259/44, art. 58). O Min. Dias Toffoli, relator, assinalou que a definio legal do fato gerador deveria ser interpretada com abstrao da validade jurdica da atividade efetivamente praticada, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Ressaltou que a possibilidade de tributao da renda obtida em razo de conduta ilcita consubstanciar-se-ia no princpio do non olet. Assim, concluiu que o ru praticara sonegao fiscal, porquanto no declarara suas receitas, mesmo que resultantes de ato contravencional. O Min. Luiz Fux aludiu ao carter sui generis da teoria geral do direito tributrio. Acrescentou que seria contraditrio o no-pagamento do imposto proveniente de ato ilegal, pois haveria locupletamento da prpria torpeza em detrimento do interesse pblico da satisfao das necessidades coletivas, a qual se daria por meio da exao tributria. Vencido o Min. Marco Aurlio, que concedia a ordem por entender que recolhimento de tributo pressuporia atividade legtima. Precedente citado:HC 77530/RS (DJU de 18.9.98).HC94240/SP. rel. Min. Dias Toffoli, 23.8.2011. HC-94240)Destaca-se, por fim, que, em que pese muito se falar do non olet em imposto de renda, a ele no se restringe.1.5 Sujeitos da Obrigao T ributria1.5.1 Sujeito ativoSujeito Ativo: Pessoa de direito pblico titular da competncia para exigir seu cumprimento. (Capacidade Tributria Ativa).Cuidado porque a competncia para legislar est na CRFB, indelegvel e no se modifica. No confundir com o sujeito ativo porque se refere quele que exige, por meio da prtica de atos administrativos, o cumprimento da obrigao tributria. Em outros termos, quem pratica atos administrativos para arrecadao e fiscalizao. Deve-se observar que essa funo administrativa pode ser delegada. Sendo assim, tem-se que combinar o art. 119 do art. 7 do CTN.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.CTN, Art. 7 A competncia tributria indelegvel, salvo atribuio das funes de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria, conferida por uma pessoa jurdica de direito pblico a outra, nos termos do 3 do artigo 18 da Constituio.CTN, Art. 119. Sujeito ativo da obrigao a pessoa jurdica de direito pblico, titular da competncia para exigir o seu cumprimento.O teor legal distingue quem tem:1. Competncia tributria -> legislar.2. Capacidade tributria -> prtica de atos concretos, o que pode ser delegado.Essa distino importante para o foco dessa turma porque, no mbito da Unio, a qualidade de sujeito ativo muito delegada.Exemplo: todas as agncias reguladoras tm uma taxa, e a capacidade tributria em relao a essas taxas exercida pela prpria agncia reguladora. importante observar que, conforme dispe o art. 7 do CTN, a capacidade tributria pode ser delegada e depois retomada.Exemplo: contribuio previdenciria que j foi delegada ao INSS, mas foi retomada (concentrada) pela Unio.Em sntese: a capacidade uma consequncia da competncia.Observao: prova da Procuradoria da Fazenda Nacional j trouxe a seguinte afirmativa: "a competncia um corolrio da capacidade." A afirmativa incorreta, visto que o correto contrrio, ou seja, a capacidade corolrio da competncia.Sujeito Ativo ^ Subrogao:CTN, Art. 120. Salvo disposio de lei em contrrio, a pessoa jurdica de direito pblico, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislao tributria aplicar at que entre em vigor a sua prpria.Conforme disciplina o art. 120 do CTN, cabvel subrogao: Em caso de desmembramento (nova pessoa poltica) Assume sujeio ativa no lugar da pessoa anterior Adota a legislao da pessoa anterior, at criar a sua prpria.Essa hiptese rara de cobrana em provas, visto que no recorrente na prtica tributria atual.O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Sumrio1. Obrigao Tributria21.1 Sujeitos da Obrigao Tributria21.1.1 Sujeito Passivo21.1.1.1 Solidariedade Passiva51.1.1.2 Capacidade Passiva71.1.1.3 Domiclio71.1.1.4 Responsabilidade passiva indireta101.1.1.4.1 Responsabilidade por Transferncia 11Direito Tributrio

Direito Tributrio

Direito Tributrio

1.1.1.4.2 Responsabilidade por Substituio Tributria 121www.cursoenfase.com.br

www.cursoenfase.com.br6

www.cursoenfase.com.br5

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.1. Obrigao Tributria1.1 Sujeitos da Obrigao Tributria1.1.1 Sujeito PassivoSujeito passivo o obrigado ao cumprimento da obrigao tributria.Como se trata de obrigao de natureza pblica, o olhar de estruturao normativa, ou seja, para que a estrutura funcione, ser de forma a facilitar a satisfao do credor pblico. Sendo assim, a escolha do devedor da obrigao ser a mais ampla possvel. Destaca-se que a indicao de quem o sujeito passivo realizada por aquele que tem competncia para instituir os tributos.Esclarea-se que, inicialmente, os tributos no foram estudados pelos juristas, mas sim, por economistas. Nesse contexto, Adam Smith foi o primeiro a estudar a organizao tributria, identificando que um dos princpios para a tributao era o da praticidade: quanto mais fcil for o cumprimento da obrigao, melhor ser para o recolhimento da tributao. Por essa razo, pode-se perceber que na maioria dos tributos no h o recolhimento direto do tributo pela pessoa fsica.Exemplo: o pagamento do imposto de renda, como regra, no realizado por DARF. Isso porque quem tem o dever jurdico na norma de recolhimento do tributo no a pessoa fsica.Salienta-se que quando se pensar em pagar, na tica da obrigao principal, deve-se saber quem que tem o dever legal de fazer o pagamento.Exemplo: quem paga o ICMS? Em que pese o consumidor suportar o nus financeiro fiscal, quem realiza o pagamento o comerciante.Sendo assim, quem tem o dever jurdico de realizar o pagamento estabelecido por lei, sendo tambm sujeito passivo.> Obrigao Principal:o Contribuinte: relao pessoal e direta com o fato gerador; o Responsvel: pessoa no relacionada, obrigada por Lei.Contribuinte o sujeito passivo que tem relao direta com o fato gerador, ao passo que o responsvel aquele que no tem o vnculo direto, mas responsvel pelo pagamento.Exemplo1: contribuies previdencirias, a responsabilidade ser da fonte pagadora e no do empregado. A relao mais complicada do empregado domstico, uma vez que o responsvel tributrio ser pessoa fsica.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Exemplo2: o art. 45 do CTN aborda o sujeito passivo do imposto de renda, estabelecendo, no caput, quem o contribuinte e, no pargrafo nico, que a fonte pagadora pode ser responsvel.CTN, Art. 45. Contribuinte do imposto o titular da disponibilidade a que se refere o artigo 43, sem prejuzo de atribuir a lei essa condio ao possuidor, a qualquer ttulo, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributveis.Pargrafo nico. A lei pode atribuir fonte pagadora da renda ou dos proventos tributveis a condio de responsvel pelo imposto cuja reteno e recolhimento lhe caibam.Cuidado! A responsabilidade, na teoria das obrigaes, utilizada como dever. Ocorre que, na hiptese tributria, responsvel aquele que, ainda que no tenha relao direta com o fato gerador, tem maior facilidade para o recolhimento dos tributos.Os conceitos relativos aos sujeitos passivos esto no art. 121 do CTN. Inclusive, o art. 97 do CTN afirma que matria relativa ao sujeito passivo tem que estar na lei.CTN, Art. 121. Sujeito passivo da obrigao principal a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniria.Pargrafo nico. O sujeito passivo da obrigao principal diz-se:I - contribuinte, quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador;II - responsvel, quando, sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa de lei.CTN, Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:(...)III - a definio do fato gerador da obrigao tributria principal, ressalvado o disposto no inciso I do 3 do artigo 52, e do seu sujeito passivo;> Obrigao Acessria:o No h identidade (necessria) com o sujeito passivo da obrigao principal;o Pessoa obrigada a fazer ou no fazer no relacionada, obrigada por Lei.O que se tem que ter cautela, em relao ao sujeito passivo da relao, que no h uma natural identidade entre a obrigao principal e a acessria. Sendo assim, pode haver uma obrigao acessria que nada tenha de relacionado ao sujeito passivo da obrigao principal.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Exemplo[footnoteRef:4]: como explorado na aula anterior, as instituies financeiras tm como obrigao acessria a de declarar ao fisco as informaes de seus clientes. Essa obrigao acessria no tem nenhuma obrigao principal relacionada. Outro exemplo das administradoras de imveis, que tambm tm a obrigao acessria de declarar ao fisco as informaes sobre os seus clientes e os imveis administrados. [4: Exemplos explorados na aula 02 de Direito Tributrio.]

Ateno! A expresso contribuinte refere-se apenas obrigao principal. Na obrigao acessria utiliza-se, simplesmente, sujeito passivo.Ademais, a obrigao acessria no depende de lei, mas qualquer norma. Sendo assim, a sujeio passiva no depende de lei.Capacidade Passiva X Convenes Particulares (art. 123 do CTN)Art. 123. Salvo disposies de lei em contrrio, as convenes particulares, relativas responsabilidade pelo pagamento de tributos, no podem ser opostas Fazenda Pblica, para modificar a definio legal do sujeito passivo das obrigaes tributrias correspondentes.Conclui-se, assim, que se a lei define o sujeito passivo, pode-se pactuar que outro ter a responsabilidade desse pagamento, ocorre que essa disposio apenas vincular os sujeitos envolvidos naquela relao.Exemplo1: Fisco ^(1 vnculo) -> Pessoa ->(2 vnculo) -> TerceiroO primeiro vnculo pblico, relao tributria prevista em lei. J o segundo vnculo privado, que pode ser realizado, por exemplo, por contrato. Esse vnculo no vincula o fisco.Exemplo2: duas empresas celebram um protocolo de incorporao, o qual foi aprovado na assembleia de acionistas, tendo virado um negcio jurdico entre eles, estabelecendo que a empresa incorporadora no se responsabilizaria pelos tributos. Esse negcio jurdico celebrado no vincula o fisco.Art. 121 CTN => pessoa obrigada ao pagamento do tributo Reserva legal Invalidade (perante o fisco) das convenes particulares Contribuinte, como pessoa que realiza o fato geradorResponsvel, com atribuio de dever de pagamento, sem status de contribuinte.

O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementao do estudo em livros doutrinrios e na jurisprudncia dos Tribunais.Dessa sujeio passiva, o CTN identifica algumas consequncias. A primeira delas a solidariedade.1.1.1.1 Solidariedade PassivaCTN, Art. 124. So solidariamente obrigadas:I - as pessoas que tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal;II - as pessoas expressamente designadas por lei.Pargrafo nico. A solidariedade referida neste artigo no comporta benefcio de ordem.A solidariedade passiva se opera quando h mais de um sujeito passivo para a mesma obrigao.No caso tributrio, somente existe solidariedade no polo passivo das relaes. Isso porque no polo ativo sempre o credor nico que tem a capacidade de exigir.Admite-se que possvel a solidariedade ser extrada, no s da lei, mas tambm do interesse comum sobre o fato gerador. A doutrina entende que h solidariedade:a) De direito -> quando proveniente da lei;b) De fato -> quando proveniente de interesse comum sobre o fato gerador.Exemplo1: a solidariedade no caso do prestao de servio de advocacia, cuja procurao traz mais de um advogado. Nessa hiptese, como todos os advogados so prestadores de servio, h solidariedade passiva quanto o recolhimento do ISS.Cumpre esclarecer que a responsabilidade derivada de interesse comum no significa desconsiderar a personalidade jurdica da empresa envolvida.Exemplo2: sonegao de imposto de importao. Empresa XPTO importa um produto que custa dez mil dlares, declarando que custa mil e recolhendo o imposto relativo a esse valor. Suponha-se que a empresa XPTO somente vendia seus produtos para a empresa Beta. Inicialmente, no se verificou nada de irregular. Ao investigar melhor, perceb