direito processual civil - teoria e exercÍcios p/ tribunais

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS P/ TRIBUNAIS DIREITO PROCESSUAL CIVIL Será um imenso prazer embarcar nessa com vocês! Começaremos juntos a estudar temas de Direito Processual Civil, visando aos concursos dos Tribunais. Trabalharemos os tópicos mais cobrados de Direito Processual Civil nos últimos certames. Não temos o objetivo de esgotar todos os assuntos possíveis de serem cobrados nas provas; pretendemos, sim, fazer um estudo, em bem orientado do Direito Processual Civil para Tribunais. Uma breve apresentação do professor: O Professor Gabriel Borges é formado em Direito e Jornalismo, pós- graduado em Direito Público. Cursou Mestrado em Relações Internacionais na Universidade Autónoma de Lisboa - Portugal. É Analista de Comércio Exterior, carreira do ciclo de gestão, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lotado no Gabinete do Ministro, onde atua como espécie de ghost writer (escritor fantasma), participando da equipe que prepara discursos em nome de autoridades do ministério. Trabalho que privilegia uma escrita fluente e de fácil entendimento. Esperamos que as técnicas de redação, usadas no dia-a-dia do Professor Gabriel Borges, deem leveza ao bem planejado Curso de Direito Processual Civil para os Tribunais. Faremos um curso bastante didático, deixando de lado a linguagem excessivamente técnica e a formalidade. Responderemos prontamente a qualquer dúvida que tenham! Utilizaremos recursos visuais: marcadores de texto, negrito, gráficos e tabelas, porque assim faremos bom uso do potencial MNEMÔNICO (que ajuda a memória) desse formato de aulas. Discutiremos em 9 aulas, além desta, os temas elencados nos últimos editais voltados para os concursos de Tribunais. Além do conteúdo, iremos comentar questões de provas passadas e questões inéditas (elaboradas pelo próprio professor). O objetivo é preparar o candidato para resolução de questões no grau de complexidade que as bancas têm atribuído aos certames mais concorridos. Daremos ênfase nas questões do Cespe e da FCC. Nesta aula - AULA DEMONSTRATIVA - abordaremos o tópico: Dos Atos Processuais . Prof. Gabriel Borges www.pontodosconcursos.com.br

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS P/ TRIBUNAIS

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Será um imenso prazer embarcar nessa com vocês! Começaremos juntos a estudar temas de Direito Processual Civil, visando aos concursos dos Tribunais. Trabalharemos os tópicos mais cobrados de Direito Processual Civil nos últimos certames.

Não temos o objetivo de esgotar todos os assuntos possíveis de serem cobrados nas provas; pretendemos, sim, fazer um estudo, em bem orientado do Direito Processual Civil para Tribunais.

Uma breve apresentação do professor:

O Professor Gabriel Borges é formado em Direito e Jornalismo, pós-graduado em Direito Público. Cursou Mestrado em Relações Internacionais na Universidade Autónoma de Lisboa - Portugal. É Analista de Comércio Exterior, carreira do ciclo de gestão, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lotado no Gabinete do Ministro, onde atua como espécie de ghost writer (escritor fantasma), participando da equipe que prepara discursos em nome de autoridades do ministério. Trabalho que privilegia uma escrita fluente e de fácil entendimento.

Esperamos que as técnicas de redação, usadas no dia-a-dia do Professor Gabriel Borges, deem leveza ao bem planejado Curso de Direito Processual Civil para os Tribunais.

Faremos um curso bastante didático, deixando de lado a linguagem excessivamente técnica e a formalidade. Responderemos prontamente a qualquer dúvida que tenham!

Utilizaremos recursos visuais: marcadores de texto, negrito, gráficos e tabelas, porque assim faremos bom uso do potencial MNEMÔNICO (que ajuda a memória) desse formato de aulas.

Discutiremos em 9 aulas, além desta, os temas elencados nos últimos editais voltados para os concursos de Tribunais. Além do conteúdo, iremos comentar questões de provas passadas e questões inéditas (elaboradas pelo próprio professor). O objetivo é preparar o candidato para resolução de questões no grau de complexidade que as bancas têm atribuído aos certames mais concorridos. Daremos ênfase nas questões do Cespe e da FCC.

Nesta aula - AULA DEMONSTRATIVA - abordaremos o tópico: Dos Atos Processuais.

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Vamos dar uma olhada no conteúdo de cada aula?

Conteúdo Programático do Curso de Direito Processual Civil

Aula 01: Da jurisdição e da ação: conceito, natureza e características; das condições da ação. Da competência: em razão do valor e da matéria; competência funcional e territorial; modificações de competência e declaração de incompetência.

Aula 02: Das partes e procuradores: da capacidade processual e postulatória; dos deveres e da substituição das partes e procuradores. Do litisconsórcio e da assistência. Da intervenção de terceiros: oposição, nomeação à autoria, denunciação à lide e chamamento ao processo. Do Ministério Público. Do Juiz.

Aula 03: Da formação, suspensão e extinção do processo. Do processo e do procedimento; dos procedimentos ordinário e sumário. Do procedimento ordinário: da petição inicial: requisitos, pedido e indeferimento.

Aula 04: Da resposta do réu: contestação, exceções e reconvenção. Da revelia. Do julgamento conforme o estado do processo.

Aula 05: Das provas: ônus da prova; depoimento pessoal; confissão; provas documental e testemunhal. Da audiência: da conciliação e da instrução e julgamento.

Aula 06: Da sentença e da coisa julgada. Da liquidação e do cumprimento da sentença. Da ação rescisória. Dos recursos: das disposições gerais.

Aula 07: Do processo de execução: da execução em geral; das diversas espécies de execução: execução para entrega de coisa, execução das obrigações de fazer e de não fazer. Dos embargos do devedor. Da execução por quantia certa contra devedor solvente. Da remição. Da suspensão e extinção do processo de execução.

Aula 08: Do processo cautelar; das medidas cautelares: das disposições gerais; dos procedimentos cautelares específicos: arresto, sequestro, busca e apreensão, exibição e produção antecipada de provas.

Aula 09: Dos procedimentos Especiais

ATENÇÃO

• Centro de Seleção e Promoção de Eventos - CESPE

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Uma das características do Cespe é a interdisciplinaridade das questões, por isso o candidato deve estar atento a todo o conteúdo programático do edital. Interpretar corretamente os enunciados das questões também é fundamental. O estudo do candidato deve abranger legislação, doutrina e jurisprudência. Recomendamos, contudo, que a leitura da legislação deve ser mais freqüente.

• Fundação Carlos Chagas - FCC

Em suas provas, ao contrário do Cespe, a FCC procura perguntar sobre todo o conteúdo programático. Assim, o candidato deve estudar todo o programa do edital e não somente os tópicos principais. É importantíssimo estar atento ao Código de Processo Civil, a banca costuma cobrar em suas questões o texto da lei.

Agora, ao Curso!

Esperamos que aproveitem os comentários e que possam lembrar, durante a prova, do que vamos discutir nestas aulas.

Então, embarquemos nessa!

CAPÍTULO I - ATOS PROCESSUAIS

Ato, de modo geral, e sem alongamento na realidade processual, refere-se a uma ação, a algo que está sendo feito ou pode ser feito por uma pessoa. Transpondo a premissa para a realidade da ciência jurídica, podemos definir o ato processual como o comportamento das partes, do magistrado e de todos os auxiliares da justiça no sentido de criar, de modificar ou de extinguir um direito dentro do outro. (Montenegro Filho, Misael. Curso de Direito Processual Civil, v1)

Assim, são atos processuais aqueles que podem criar, modificar ou extinguir direitos no curso do processo, procedentes das partes, dos agentes da jurisdição, ou, até mesmo, de terceiros.

Praticam atos processuais as partes, o juiz, os auxiliares. São eles que iniciam, desenvolvem e encerram o processo.

Não são esses atos, contudo, os únicos a produzirem efeitos processuais.

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Temos aqui uma primeira distinção, entre atos processuais, que são fruto de ação destinada a produzir efeitos no processo (a petição inicial e a sentença são exemplos de atos processuais) e fatos processuais, decorrentes de eventos que acabam por produzir efeitos no processo, ainda que de maneira não intencional (a morte da parte e o decurso do tempo são exemplos de fatos processuais). Assim, tanto os atos como os fatos processuais influenciam o processo, contudo os atos decorrem da manifestação do ser humano e os fatos independem da vontade da pessoa humana.

Não se fala em atos processuais quando praticados fora do processo, nem são todos os praticados dentro dele classificados como atos processuais.

1. Classificação dos atos processuais

Podem ser classificados de duas formas:

1. OBJETIVA (relativa ao objeto), os atos poderão ser:

a) de iniciativa: pretendem iniciar a relação processual - petição inicial.

b) de desenvolvimento: pretendem movimentar o processo. São os atos de instrução - provas e alegações - e de ordenação - impulso, formação, direção.

c) de conclusão: são os decisórios do juiz ou dispositivos das partes - a desistência, a renúncia, a sentença.

2. SUBJETIVA (relativa às pessoas). Classificação adotada pelo CPC.

a) Atos das partes (autor e réu):

Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

São praticados pelas próprias partes ou pelos seus advogados, de modo excepcional. Produzem efeitos imediatos, em geral, e em alguns casos necessitam de homologação para externalizarem seus efeitos.

Exemplo: A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença (Parágrafo único, art.158 do CPC).

b) Atos do juiz:

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Classificam-se como atos do juiz: a sentença, o despacho, as decisões interlocutórias.

c) Atos dos auxiliares da justiça:

Podemos destacar o escrivão ou chefe de secretária como a espécie, do gênero auxiliares da justiça, mais importante, pois responsabiliza-se pela guarda dos autos e cumprimento das ordens do magistrado, como a expedição de mandados judiciais. Seus atos podem ser classificados em atos de documentação e de comunicação.

OBJETIVA (objeto) Iniciativa, desenvolvimento e conclusão.

SUBJETIVA (pessoas) Das partes, do juiz e dos auxiliares da justiça.

BIZU

A inobservância dos prazos estabelecidos no CPC para o cumprimento dos atos do escrivão, não acarretará penalidades processuais ao auxiliar. No entanto, o escrivão poderá ser punido administrativamente ou ter que reparar a parte que se sente prejudicada por perdas e danos.

Obs: Veremos com mais rigor e aprofundamento, as características da classificação subjetiva dos atos processuais: das partes, do juiz, dos auxiliares de justiça.

2. Forma dos atos processuais

O CPC prevê o modo como devem ser praticados os atos. Quando há a exigência de que cumpram forma específica como condição de validade, falamos dos atos solenes. Quando não se exige uma forma pré-determinada para cumpri-los, falamos em atos não solenes.

Reparem que o legislador tratou de combater o formalismo excessivo, como apontam os seguintes artigos:

Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade.

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Ou ainda:

Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.

Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.

Vimos que no CPC vale o entendimento de que a forma é relevante, mas seu descumprimento não deve invalidar o ato, a menos que haja expressa previsão legal.

Contempla, assim, o princípio da instrumentalidade da forma.

Sobre a forma dos atos, também é importante sabermos que em 2006 foi inserido parágrafo único ao art. 154, possibilitando a comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos.

Para que isso ocorra, devem ser atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, validade jurídica e Interoperabilidade da Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

Que nome feio! O que é o ICP-Brasil? Não se preocupem em entender isso para a prova, mas é o sistema brasileiro de certificação digital.

No mesmo ano, inseriu-se o § 2° a esse artigo: "Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei."

Linguagem dos Atos Processuais

O ato jurídico é exteriorizado por linguagem oral ou

escrita. O ato oral precisa ser reduzido a termo pelo chefe de

secretaria.

O documento em língua estrangeira deve ser

acomp anhado por tradução, realizada por tradutor juramentado ou

indicad o pelo juiz. Para os atos orais em língua estrangeira, faz-se

necessário um intérprete. O mesmo valerá à linguagem mímica dos

surdos-mudos, Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Art. 156. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório

o uso do vernáculo. (erros gramaticais, desde que não prejudiquem a

compreensão, são toleráveis).

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3. Publicidade

Nosso código contempla o princípio da publicidade, ao determinar que os atos processuais são públicos (art. 150). Todavia, prevê que correrão em segredo de justiça (art. 155), os processos:

1. quando o interesse público o exigir;

2. que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

4. Quem pratica atos processuais

4.1. Atos das Partes

São praticados por: autor, réu, terceiros intervenientes ou ministério público.

• Esses atos, em regra, produzem efeitos imediatos (vejam o art. 158, CPC).

Devido ao princípio dispositivo, os atos praticados pelas partes são fundamentais na dinâmica dos processos. São eles que estimulam os atos judiciais e os atos dos auxiliares.

A petição inicial constitui o ato de maior relevância praticado pelo autor, pois, além de expor o objeto, a causa de pedir e o réu, ela limita a atuação do magistrado em respeito ao princípio da congruência.

Da parte do réu, a contestação é o ato de maior importância, pois questiona os argumentos apresentados na petição inicial.

As partes praticam uma série de outros atos no curso do processo. A grande maioria deles exercida por seus advogados.

Todavia, a parte poderá postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de falta de advogado na localidade, recusa ou impedimento dos que lá houver (art. 36 CPC).

Há também aqueles atos que devem ser praticados pela própria pessoa e não por seu procurador. São os de caráter personalíssimo, cujo exemplo seria o do depoimento pessoal.

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Porém, também nesse caso, há exceção. Quando se tratar de depoimento pessoal de pessoa jurídica, será realizado por representante legal ou por mandatário com poderes especiais.

Ainda sobre atos das partes, devemos ter em mente que:

- se não houver disposição em contrário, os atos das partes produzem de modo imediato a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais. Mas, a desistência da ação somente produzirá efeito depois de homologada por sentença. Ocorre o mesmo com a conciliação (art. 449) e com a transação (art.475-N, III).

- com o objetivo de que sejam formados autos suplementares, o CPC determinou que as petições e documentos que instruírem o processo serão sempre acompanhados de cópia, datada e assinada por quem os oferecer, sempre que não forem constantes de registro público.

- os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz, na falta dos autos originais.

4.2. Atos do Juiz

O juiz praticará atos decisórios e não-decisórios. Enquanto naqueles há conteúdo de comando, nestes há função administrativa somente.

Os atos decisórios, por sua vez, são subdivididos em propriamente ditos e executivos, de acordo com a natureza do processo -cognição ou execução.

Com os atos decisórios propriamente ditos, pretende-se declarar a vontade da lei para o caso em questão. Nos atos executivos, pretende-se também aplicar a vontade da lei, só que para satisfazer direito do credor, por meio de providências concretas sobre o patrimônio do devedor. Exemplos do último: atos que determinam a penhora, adjudicação, arrematação.

De modo não exaustivo, o CPC nomeou no art. 162 os atos do juiz.

Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 1° Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

§ 2° Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

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§ 3° São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.

As decisões interlocutórias resolvem questão pendente no processo, sem que ele (o processo) venha a acabar.

São exemplos da decisão interlocutória: antecipação de tutela, deferimento de liminar, deferimento ou não da oitiva de testemunhas, entre muitos outros.

Caberá agravo - retido ou de instrumento - para questionar a decisão interlocutória. E ela deve ser fundamentada.

O artigo 93 da CF, em seu inciso IX, dispõe, entre outras coisas, que serão fundamentadas todas as decisões dos órgãos do Poder Judiciário, sob pena de nulidade. •

Os despachos não causam gravame a uma das partes, somente dão andamento ao processo. Podem ser proferidos ex officio ou por requerimento das partes.

Em regra, não cabe recurso aos despachos (art. 504, CPC). Contudo, se causam algum dano ou afetam direito, não são de mero expediente (ordinatórios), e poderão ser recorridos.

Vamos lá! Não dispersem a atenção!

Deixamos de ler acima o § 4° do art. 162, para lê-lo agora:

§ 4° Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.

Vamos combinar esse parágrafo com o inciso XIV do art. 93 da CF:

XIV os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório.

Legal! Não é mesmo? Para diminuir a carga de trabalho do juiz, o CPC e a CF permitem que o escrivão ou o secretário, de ofício, pratiquem os atos ordinatórios, podendo ser revistos pelo juiz.

O legislador quis que todos os atos do juiz, não classificados como sentença ou decisão interlocutória, fossem considerados despacho. Mas, o conceito de despacho não alcança todos os atos possíveis de serem praticados pelo juiz, há também os atos administrativos do processo, sem caráter decisório.

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A exemplo dos incisos I e II do art. 446: Compete ao juiz em

especial:

I - dirigir os trabalhos da audiência;

II - proceder direta e pessoalmente à colheita das provas.

Sobre a forma dos atos do juiz, façam a leitura do seguinte arquivo:

Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.

Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.

Conceitos

Sentença: é o ato do juiz que implica alguma das situações

previstas nos arts. 267 e 269 do CPC (§1° do art. 162, CPC).

Acórdão: é o julgamento proferido por câmara, grupo de

câmara, turma, órgão especial, seção, plenário, ou seja, pelos órgãos

colegiados dos tribunais. Recebe a denominação de acórdão o julgamento

proferido pelos tribunais (art. 163, CPC)

Decisão Interlocutória: consiste no ato em que o juiz resolve

questão incidente, portanto, no curso do processo (§2° do art. 162, CPC).

Despachos: todos os demais atos do juiz praticados no

processo, de ofício ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não

estabelece outra forma. (art. 162, §3°, CPC).

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4.3. Atos dos Auxiliares da Justiça

Além do escrivão ou chefe de secretaria, são auxiliares da justiça o perito, o intérprete, o oficial de justiça, o administrador, o depositário e outros cujas atribuições são determinadas pelas normas de organização judiciária (art. 239).

Assim, o CPC assegura ao sistema o impulso oficial, de modo que, mesmo as partes estando inertes, os agentes do órgão judicial dão andamento ao processo.

Para cumprir esse objetivo, há o principal órgão auxiliar do juiz: o escrivão ou o chefe de secretaria. Suas funções estão definidas no CPC:

Art. 141. Incumbe ao escrivão:

I - redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, cartas precatórias e mais atos que pertencem ao seu ofício;

II - executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais atos, que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;

III - comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-lo, designar para substituí-lo escrevente juramentado, de preferência datilógrafo ou taquígrafo;

IV - ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam de cartório, exceto:

a) quando tenham de subir à conclusão do juiz;

b) com vista aos procuradores, ao Ministério Público ou à Fazenda

Pública;

c) quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor;

d) quando, modificando-se a competência, forem transferidos a outro juízo;

V - dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo (...)

BIZU

Atos de documentação representam por escrito a vontade das partes, terceiros que participam do processo e membros do órgão jurisdicional.

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Os atos ocorrem e depois são documentados. A sentença do juiz, por exemplo, somente terá existência jurídica depois de ter sido publicada e documentada nos autos.

A autuação é o primeiro ato de documentação do processo. Consiste em lavrar um termo à PI (petição inicial), indicando a natureza do feito, o número de registro, assentos do cartório, nome das partes e a data de início (art. 166, CPC).

No curso do procedimento, o escrivão irá realizar:

- Juntada (certifica ingresso de documento nos autos), vista (dá à parte acesso aos autos),

- Conclusão: certifica encaminhamento dos autos para deliberação do juiz e

- Recebimento: documenta retorno dos autos, que voltam a cartório, após vista ou conclusão.

O escrivão ou chefe de secretaria pratica, além dos atos de documentação, atos de comunicação - os principais: citação e intimação.

5. Comunicação dos atos

5.1. Intimação

Na definição do código: "é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa" (art. 234).

A partir da intimação, os prazos começam a correr. Salvo disposição em contrário, a intimação ocorre de ofício, não precisando ser provocada (art. 235). Pode ser realizada pelo escrivão ou pelo oficial de justiça, ou pode ser publicada na imprensa.

Em 2006, ocorreu relevante alteração na seção do código que trata das intimações, sendo incluídos dois parágrafos únicos:

As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei própria (parágrafo único, art. 237).

Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva (parágrafo único 238).

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Há também a possibilidade de a intimação ser realizada na própria audiência. Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença (§1°, art. 242).

• Mais alguns pontos:

No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial (art. 236).

§ 1° É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus advogados, suficientes para sua identificação.

§ 2° A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente.

5.2. Citação

É o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender (art. 213). Sem a citação a relação processual não se completará e a sentença será inútil.

Em qualquer momento, o réu poderá alegar independentemente de ação rescisória, nulidade da decisão do juiz pela falta de citação.

Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.

A citação é instituto tão indispensável ao princípio do contraditório no processo, que seu vício (se existir) o contamina por inteiro, sendo, inclusive, causa de nulidade irreparável. Assim, além de ser necessária, a citação tem que ser válida.

Mas, imaginemos uma situação em que a citação eivada de vícios produza seus efeitos - ocorrerá nulidade?

Resposta: não!

O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação (§1°, art. 214).

Nesse parágrafo o legislador foi como Neymar, Ronaldo - nos bons tempos - marcou um golaço! Se o objetivo da citação é estabelecer o contraditório mediante comparecimento do réu e, apesar de ela ter sido viciada ou mesmo ausente, o objetivo foi alcançado, bola pra frente!

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A citação será, em regra, dirigida ao réu em pessoa, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado (art. 215).

Se o réu estiver ausente, poderá ser feita na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação tiver origem em atos que eles praticaram (§1°, art. 215).

Art. 216 A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.

Mas, reparem que há situações em que o legislador quis preservar a intimidade do réu, ao determinar que (salvo para evitar perecimento de direito) não se fará a citação (art. 217):

I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;

II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 dias seguintes;

III - aos noivos, nos 3 primeiros dias de bodas;

IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado.

BIZU

A citação poderá ser classificada como pessoal ou ficta. A primeira, de regra, é realizada na própria pessoa do réu, como a citação por correio. A segunda, ficta, ocorre quando o réu não é encontrado pessoalmente, como a citação por edital.

Obs: Há casos em que a citação não é entregue ao réu ou ao seu representante pessoalmente e, ainda sim, será considerada uma citação pessoal. Exemplo clássico é a citação da pessoa jurídica.

Modos de realizar a citação

1- É a mais utilizada. Carta do escrivão enviada ao réu Pelo Correio pelo Correio. Há faculdade do autor em afastá-la.

2- Estará frustrada se o destinatário recusar-se a assinar o recibo, uma vez que o carteiro não tem fé pública.

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Por Oficial de Justiça

1- Prevalecem nos casos do art. 222 (em que não se aceita citação por Correio): a) nas ações de estado; b) quando for ré pessoa incapaz; c) quando for ré pessoa de direito público; d) nos processos de execução; e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; f) quando o autor a requerer de outra forma.

2- Quando frustrada a citação pelo correio (art. 224)

3- Citação com hora certa: Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar. (art. 227) É citação ficta, presumida.

Por Edital

1- Citação presumida. Far-se-á a citação por edital: I -quando desconhecido ou incerto o réu; II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; III - nos casos expressos em lei. (art. 231)

2- Considera-se inacessível, o país que recusar o cumprimento de carta rogatória. No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.

Meio Eletrônico

Depende de: 1- O tribunal estar adequadamente aparelhado e 2- prévio cadastro do réu para receber esse tipo de citação.

BIZU

O prazo começa a fluir no momento da juntada aos autos do documento que informa que a citação foi realizada. Quando a citação for por edital, ao terminar a dilação assinada pelo juiz.

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Efeitos da citação válida

1) Tornar prevento o juízo; 2) Induzir litispendência; 3) Fazer

litigiosa a coisa; e, ainda quando ordenada por juiz

incompetente; 4) Constituir em mora o devedor; 5) Interromper

a prescrição (art. 219 do CPC).

Os três primeiros são os chamados efeitos processuais da

citação. Para ocorrerem, exigem perfeita regularidade do ato (citação).

5.3. Cartas

Visam a produzir atos fora da sede do juízo. Podem ser: de ordem, rogatória ou precatória.

Será expedida carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela originar; carta rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais casos (art. 201).

São requisitos de qualquer das cartas:

1- A indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;

2- O inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao advogado;

3- A menção ao ato processual, a que pretende cumprir;

4- O encerramento com assinatura do juiz.

Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com despacho motivado:

I - quando não estiver revestida dos requisitos legais;

II - quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia;

III - quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.

Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de seu cumprimento, ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida à autoridade judiciária estrangeira, por via diplomática, depois de traduzida para a língua do país em que há de praticar-se o ato.

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Obs: A carta de ordem, a precatória ou a rogatória podem ser expedidas por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.

6. Prazos

Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei. Quando omissa, o juiz determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa (art. 177).

Prazos próprios são os fixados às partes; e impróprios, os fixados aos órgãos judiciários.

Classificam-se em: legais, quando definidos pela lei; judiciais, fixados pelo juiz (Ex: escolha da data da audiência); convencionais, definidos de comum acordo entre as partes.

6.1. Por sua natureza

São dilatórios quando, embora fixados em lei, puderem ser ampliados pelo juiz ou por convenção entre as partes.

Intuitivamente, portanto, peremptórios são aqueles que não podem ser ampliados, nem pelas partes nem pelo juiz.

0 CPC, contudo, permite que, em casos excepcionais, o juiz possa ampliar qualquer prazo.

Os prazos são, em regra, contados excluindo-se o dia inicial e incluindo-se o dia de vencimento. Além disso, considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento cair em feriado ou em dia em que (§1°, art.184):

1 - for determinado o fechamento do fórum;

II - o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

§ 2° Os prazos somente começam a correr do primeiro dia útil após a intimação.

BIZU

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A jurisprudência tem entendido que as regras de aplicação dos prazos processuais são restritivas, de modo que havendo dúvida sobre seu perecimento, deve-se considerar que não se perdeu.

Importante lermos com atenção o art. 188: Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.

6.2. Curso

Art. 178, CPC: O prazo, estabelecido pela lei ou pelo juiz, é contínuo, não se interrompendo nos feriados.

Como determina o artigo supracitado, o prazo é ininterrupto nos feriados. No entanto, a superveniência de férias e o recesso (de final de ano) suspendem o curso do prazo, o que lhe sobejarem recomeçam a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias.

Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte ou ocorrendo uma das duas hipóteses: morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador ou quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de suspeição ou impedimento do juiz. Casos em que o prazo será restituído por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

7. Nulidades

Não se confundem vícios e nulidades do ato processual. Ato viciado é ato imperfeito, praticado sem a devida observância da forma legal; enquanto o ato nulo será o que, além de imperfeito, já foi alcançado pela nulidade.

É questão de tempo, então, para o ato imperfeito tornar-se nulo?

Resposta: Não. Porque nem todo ato imperfeito se tornará nulo. Lembrem-se do princípio da instrumentalidade da forma, que citamos no tópico sobre a forma dos atos processuais. Lemos o art. 244, deem mais uma olhada nesse artigo.

7.1. Mera Irregularidade

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Tem vício de gravidade menor. Gerada por inobservância a regras sem importância para validade do ato. Não produz nulidade.

Exemplo: assinatura em petição com caneta de cor clara, quando a regra do art.169 é de que os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével.

7.2. Nulidades Relativas

Decorre de atos que podem produzir seus efeitos processuais se a parte não requerer sua nulidade. O defeito recai sobre interesses disponíveis, privados.

A sua convalidação se dará tácita ou expressamente por aceitação da parte. Assim, para que ocorra a nulidade, a parte deve manifestar-se, reivindicando a invalidação do ato.

A nulidade relativa não será decretada de ofício pelo juiz, como ocorre com a nulidade absoluta.

7.3. Nulidade Absoluta

Enquanto a nulidade relativa ocorre quando estão em questão faculdades processuais das partes, a nulidade absoluta contraria condições da ação e pressupostos processuais.

Como vimos, o juiz pode decretá-la de ofício, já que, por meio dela, busca-se a preservação de interesses de ordem pública, não de alcance privado somente. Pretende-se garantir o cumprimento das formas legais, com a garantia da boa administração jurisdicional.

7.4. Atos Inexistentes

Serão inexistentes os atos que não tiverem sequer os requisitos mínimos para sua formação. Jamais serão convalidados. Produzem resultados fáticos, mas no plano jurídico é como se não existissem. Podem ser arguidos a qualquer tempo por ação declaratória de inexistência de ato jurídico.

Exemplo é o do art. 37:

Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo (...).

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Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.

- Fluxograma comparativo das nulidades absoluta e relativa:

Prol

Preclusão

Consiste na perda do direito de agir, pelas partes ou,

mesmo, pelo juiz. Aliás, há doutrinadores que entendem ser o

processo, um desenrolar de preclusões.

Chiovenda elaborou a seguinte classificação:

Preclusão temporal: ocorre quando não se respeita

prazo processual e por esse motivo se perde o direito de agir.

Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar o ato (art. 138,

CPC).

Preclusão Lógica: decorre da impossibilidade de

contrariar conduta anterior. Assim, a parte que aceitar uma decisão,

não poderá contra ela recorrer (art. 503, CPC).

Preclusão Consumativa: vem da perda da escolha de

como agir, por já ter sido realizada. Exemplo: o autor deveria ter

apresentado o rol de testemunhas junto com a petição inicial, mas

não o fez. Ele tinha a faculdade de fazê-lo, mas não a utilizou.

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8. O Tempo e Lugar dos Atos Processuais

Em regra, realizam-se em dias úteis, das seis às 20 horas. A prática dos atos processuais aos sábados não é proibida, nada impede que um ato processual seja levado a efeito nesse dia, o que torna o sábado um dia útil. Contudo, de acordo com as regras administrativas dos órgãos judiciários, não há expediente forense aos sábados.

Não confundam horário para a prática de ato processual com horário de expediente forense.

O expediente forense pode encerrar-se às 17, 18 ou 19 horas. Havendo necessidade de praticar o ato por meio de petição, ela deverá ser apresentada no protocolo, no horário de expediente, nos termos das regras de organização judiciária local. Já o ato externo poderá ser praticado até as 20 horas, ou seja, sua prática pode extrapolar o horário de expediente.

Acrescenta-se que, de acordo com o art. 172, §1°do CPC, serão concluídos depois das 20 horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.

Excepcionalmente e mediante autorização expressa do juiz, a citação e a penhora poderão realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido no CPC, observando-se o art. 5°, XI, da CF: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

ATENÇÃO

De acordo com as normas de organização judiciária, os atos processuais dos Juizados Especiais podem ser realizados em horário noturno. (Lei 9.099/95, art. 12 do CPC).

Já no processo eletrônico, os atos processuais são considerados realizados no dia e hora de seu envio ao poder judiciário. De modo que, os atos processuais realizados por meio eletrônico não se sujeitam ao horário do expediente forense.

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ATENÇÃO

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Exemplo: considere a interposição de um recurso, cujo prazo se encerra no dia 05 de junho. Se a petição fosse apresentada de modo convencional, o prazo se esgotaria com o encerramento do expediente forense; contudo, por meio eletrônico, o advogado poderá enviá-la ao sistema até a meia-noite do dia 05 de junho.

• Considerações quanto ao lugar

Em regra, o lugar dos atos processuais é o da sede do juízo. Podem, todavia, ocorrer em outro lugar, por motivo de deferência - seriam os casos previstos no art. 411 do CPC: para inquirir: o Presidente da República, o procurador-geral da República, os senadores e deputados federais, entre outros;

De interesse da justiça - exemplos: enfermidade da pessoa, ou inspeção judicial.

Lembrem-se que os atos realizados fora dos limites territoriais da comarca são requisitados por carta precatória, rogatória ou de ordem.

9. Férias e Feriados Forenses

Os juízes, desembargadores e ministros têm direito a férias anuais de 60 dias.

As férias, em regra, eram gozadas coletivamente, de 2 a 31 de janeiro, e de 2 a 31 de julho. Com a aprovação da EC. N° 45/04, as férias coletivas foram vedadas nos juízos de primeiro grau e nos tribunais de segundo.

Persiste a seguinte regra: A atividade jurisdicional é ininterrupta, sendo que, nos dias em que não houver expediente forense comum, trabalharão em regime de plantão os juízes escalados, salvo nos tribunais superiores, neles as férias coletivas continuam a existir. Assim:Ministros gozam de férias coletivas; desembargadores e juízes, não.

Elpídio Donizetti explica que por duas razões a inclusão do inciso XII ao art. 93 da CF em nada mudou os artigos do CPC que dispõe sobre o assunto.

Vejamos:

"Primeiro porque, nos tribunais superiores, continua vigendo o regime de férias coletivas, aplicando-se, portanto, as disposições dos arts. 173 e 174 do CPC. O outro motivo da inalterabilidade é que, com a vedação das férias coletivas, tem-se adotado o "recesso de final de ano."

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A regra é que os atos processuais sejam praticados em dias úteis apenas, o que exclui as férias e os feriados. O CPC prevê exceções em seus arts. 173 e 174:

Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais. Excetuam-se:

I - a produção antecipada de provas (art. 846);

II - a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o seqüestro, a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos, a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos análogos.

Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias.

a

Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas:

I - os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento;

II - as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem como as mencionadas no art. 275;

III - todas as causas que a lei federal determinar.

QUESTÕES COMENTADAS

1. (TJDF - Cespe 2008) Mauro, advogado, tem domicílio em Brasília e exerce suas atividades de advocacia em seu único escritório, situado em Taguatinga. Trata-se de causídico que ostenta procuração por instrumento público com poderes especiais para receber citações em nome de François, seu cliente estrangeiro domiciliado em Paris.

A partir da situação hipotética acima, julgue o seguinte item.

Eventual citação de François feita na pessoa de Mauro no seu domicílio em Brasília seria nula, pois, por se tratar de relações concernentes à sua profissão, deveria ser realizada em Taguatinga.

Questão interessante essa. Ela sucinta dúvida sobre a citação do

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procurador. Se o advogado tem com seu cliente relação profissional, deve ele ser citado exclusivamente em seu escritório?

Mas o CPC, de modo inteligente e prático, não impõe essa restrição. Dispõe, sim, que: art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador legalmente autorizado.

§ 1o Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.

Resposta: Errado

2. (TRE BA - Cespe 2010) Com relação ao direito processual civil, julgue o item a seguir. •

A procuração geral para o foro, assinada pelo réu, habilita o seu advogado a ser intimado dos atos do processo, bem como a receber a citação inicial.

Reparem o que diz o art. 38 do CPC, sobre a procuração para o foro:

A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso.

Resposta: Errado

3. (TRE BA - Cespe 2010) Com relação ao direito processual civil, julgue o item a seguir.

Nas ações de estado, a citação deve ser feita pelo correio, para qualquer comarca do país.

De modo geral a citação ocorre pelo correio. O CPC elenca as exceções à regra, entre as quais as ações de estado.

Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto:

a) nas ações de estado;

b) quando for ré pessoa incapaz;

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c) quando for ré pessoa de direito público;

d) nos processos de execução;

e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;

f) quando o autor a requerer de outra forma.

Resposta: Errado

4. (TRT 5a Região - Cespe 2008) Antes da citação da parte ré, é defeso ao autor modificar a causa de pedir.

O art. 264 responde essa questão: feita a citação, é defeso ao autor modificar o pedido ou a causa de pedir, sem o consentimento do réu, mantendo-se as mesmas partes, salvo as substituições permitidas por lei.

Parágrafo único. A alteração do pedido ou da causa de pedir em nenhuma hipótese será permitida após o saneamento do processo.

São três os momentos para a estabilidade objetiva do processo:

1. Antes da citação: o autor tem plena liberdade para alterar o pedido ou a causa de pedir,

2. Até o saneamento do processo: estabilidade condicionada. Havendo concordância do réu, o autor pode alterar pedido e causa de pedir,

3. Após o saneamento do processo: não podem ser alterados pedido nem causa de pedir.

Resposta: Errado

5. (Elaborada pelo Professor) As intimações nas capitais dos estados e no Distrito Federal serão consideradas realizadas pela só publicação dos atos no órgão oficial, desde que desta constem os nomes das partes e de seus advogados.

Art. 236 do CPC (caput). No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.

Resposta: Certo

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6. (MPE RO - Cespe 2010) Com relação aos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Auto é um termo processual que se refere à narração, por escrito, das audiências.

b) É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou ampliar os prazos.

c) O prazo para o MP contestar deve ser computado em dobro.

d) Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil subsequente quando o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

e) A estrutura processual baseia-se no princípio da instrumentalidade das formas, de modo que, de acordo com o CPC, não se pode mitigar a incidência desse princípio em nenhuma hipótese.

Alternativa "a" está errada. Autos: conjunto de termos e demais atos do processo.

1. Autos originais: conjunto original de termos e demais atos do processo.

2. Autos suplementares: reprodução dos autos originais de formação obrigatória em todas as comarcas, com exceção do Distrito Federal e das Capitais, todavia essa obrigação quase nunca é cumprida. A utilidade de tais autos é a de substituir os originais em casos de extravio e de permitir o processamento da execução provisória.

Item "b" errado, pois as partes podem, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo dilatório.

- Conceito de prazos dilatórios: São dilatórios quando, embora fixados em lei, puderem ser ampliados pelo juiz ou por convenção entre as partes.

O item "c" está errado e versa sobre o prazo para o Ministério Público contestar e recorrer. Lembrem-se que o prazo será contado em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda ou o Ministério Público.

d) Assertiva está correta. O prazo será prorrogado, até o primeiro dia útil, se o vencimento cair em feriado ou o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

e) Errado. O CPC utiliza o princípio da instrumentalidade das formas - a formalidade exigida pelos atos para sua validade não possui caráter rígido.

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Art. 154, CPC: Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial.

Resposta: "d"

7. (DPU - Cespe 2010) Quanto ao tempo e ao lugar dos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Nos feriados, poderá ser realizada citação da parte, a fim de evitar-se o perecimento do direito.

b) Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis das 8 às 22 horas.

c) Os atos de jurisdição voluntária não se processarão durante as férias, mas o serão os necessários à conservação de direitos.

d) Se o ato a ser praticado pela parte em determinado prazo depender de petição, esta deverá ser apresentada até as 18 horas.

e) Durante as férias e nos feriados, o prazo para resposta do réu começará a correr no último dia destes períodos.

a) Esse é o item correto. Lembrem-se que durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais, salvo:

1) a produção antecipada de provas;

2) a citação, a fim de evitar o perecimento de direito.

Atenção!

• Feriados são os dias em que não há expediente forense (dias não-úteis), como nos domingos, festas nacionais.

b) O item está correto quando diz que os atos devem ser realizados em dias úteis, mas de modo errado em relação ao horário. Os atos podem ser realizados das 6 às 20 horas e não das 8 às 22 horas.

c) Item errado. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas: os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando possam ser prejudicados pelo adiamento.

d) Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá ser apresentada no protocolo, dentro do

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horário de expediente, nos termos da lei de organização judiciária local e não até as 18 horas. O item está errado.

e) Item errado. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias.

Resposta: "a"

8. (DPU - Cespe 2010) Considerando que, após instrução processual, tenha sido proferida decisão judicial que acatou preliminar de ilegitimidade da parte e extinguiu o processo sem resolução de mérito, assinale a opção que contém o tipo de ato praticado.

a) despacho

b) decisão interlocutória

c) acórdão

d) sentença

e) ato ordinatório

Despacho é ato do juiz que não seja sentença nem decisão interlocutória, praticado no processo, de ofício ou a requerimento da parte.

A decisão interlocutória é ato pelo qual o juiz decide questão no curso do processo (incidental). Não dão fim ao processo.

O acórdão é decisão dos tribunais, traz o dispositivo, que é a decisão em si mesma, relatório sobre o assunto e o voto.

A sentença é a decisão do juiz sobre os pedidos formulados na inicial, ainda que o processo prossiga. Contra ela sempre cabe recurso. Questiona-se, modernamente, o conceito de que aquele ato que extingue o processo.

Ato ordinatório é aquele que dá impulso ao processo, não tem conteúdo decisório.

Portanto, é caso de sentença.

Resposta: "d"

9. (DPU - Cespe 2010) Em determinado processo, no qual uma das partes apresente petição na qual renuncie ao prazo que lhe foi

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conferido para ter vista da última documentação lançada nos autos, a eficácia desse ato da parte

a) surtirá efeito sempre após o quinto dia contado da juntada aos autos.

b) dependerá de homologação judicial.

c) dependerá do conhecimento da parte adversa.

d) será imediata.

e) não será imediata porque unilateral.

De acordo com o art. 158 do CPC: Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

Assim, a letra "d" é a correta.

Resposta: "d"

10. (DPU - Cespe 2010) É situação que, por si só, excepciona a regra de que os atos processuais devem ser realizados na sede do juízo,

a) a inspeção judicial in loco.

b) o feriado forense.

c) o ato que ultrapasse o horário normal de funcionamento do fórum.

d) o interesse das partes.

e) a oitiva de menor.

Segundo o art. 176 do CPC, os atos processuais realizam-se, geralmente, na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.

Assim, entre os casos previstos pelo CPC, está o da alternativa "a": O juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer sobre fato, que interesse à decisão da causa (art. 440).

Ademais, a realização dos atos pode ser deslocada da sede do juízo quando a parte, ou a testemunha, por enfermidade, ou por outro motivo

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relevante, estiver impossibilitada de comparecer à audiência, mas não de prestar depoimento.

Além do deslocamento de caráter subjetivo, relativo à pessoa, previsto no art. 411 do CPC:

São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função:

I - o Presidente e o Vice-Presidente da República;

II - o presidente do Senado e o da Câmara dos Deputados;

III - os ministros de Estado;

IV - os ministros do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;

V - o procurador-geral da República;

VI - os senadores e deputados federais;

VII - os governadores dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal;

VIII - os deputados estaduais;

IX - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, os juízes dos Tribunais de Alçada, os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal;

X - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa ao agente diplomático do Brasil.

Resposta: "a"

11. (PGE AM - FCC 2010) No processo em que se usa meio eletrônico na comunicação de atos, observar-se-á a seguinte regra:

a) considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que se seguir ao considerado como data da publicação.

b) os prazos processuais terão início cinco dias após a disponibilização da informação no Diário de Justiça eletrônico.

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c) considera-se como data da publicação o dia da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que se seguir.

d) as cartas precatórias, rogatórias e de ordem não poderão ser feitas por meio eletrônico.

e) a publicação eletrônica substitui qualquer outro meio de publicação oficial e também as intimações ou vista pessoais, que a lei determinar.

Regida pela Lei n° 11.419 de 2006 - lei que modificou o CPC, sobre a comunicação de atos processuais por meio eletrônico é importante destacar que:

Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado na Internet, para publicação de atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações em geral (art. 4°).

§ 1° O sítio e o conteúdo das publicações deverão ser assinados digitalmente com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada.

§ 2° A publicação eletrônica substitui qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal.

§ 3° Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.

§ 4° Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

§ 5° A criação do Diário da Justiça eletrônico deverá ser acompanhada de ampla divulgação, e o ato administrativo correspondente será publicado durante 30 (trinta) dias no diário oficial em uso.

Essa é a redação do art. 4° da Lei 11.419/06. Reparem que o examinador copiou, na letra A, exatamente os parágrafos 3° e 4° da lei.

Resposta: "a"

12. (MPE AP - FCC 2009) A respeito da forma dos atos processuais, considere:

I. A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença.

II. Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do

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processo, resolve questão incidente.

III. Os atos ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, dependem de despacho do juiz, não podendo ser praticados de ofício pelo servidor. Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I b) III c) I e II d) I e III e) II e III

A primeira afirmativa está em conformidade com o parágrafo único do art. 158 do CPC:

Art. 158. Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença.

A segunda afirmativa está de acordo com o art. 162 e seu §2°

Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.

§ 2o Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.

A terceira afirmativa é a única errada porque segundo o § 4° do art. 162:

Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.

Resposta: "c"

13. (TRF - FCC 2007) Sobre a comunicação dos atos processuais, analise:

I. Quando a citação for feita por meio de oficial de justiça, o prazo começa a correr da data da juntada aos autos do mandado cumprido. II. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, aos noivos, nos dez primeiros dias de bodas. III. Em regra, a citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País. IV. A carta precatória tem caráter itinerante e somente depois de

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ordenado o cumprimento poderá ser apresentada a juízo diverso que dela consta, a fim de se praticar o ato. De acordo com o Código de Processo Civil, é correto o que consta APENAS em: a) I, II e III b) I, III e IV c) I e III d) II, III e IV e) II e III

Afirmativa I - correta, de acordo com o CPC:

Art. 241. Começa a correr o prazo:

II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado cumprido.

Afirmativa II - errada, porque não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito (art. 217,CPC):

(... )

III - aos noivos, nos 3 primeiros dias de bodas

Afirmativa III - correta: a citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País (art. 222, CPC).

Atentem-se para as seguintes exceções:

a) nas ações de estado;

b) quando for ré pessoa incapaz;

c) quando for ré pessoa de direito público;

d) nos processos de execução;

e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;

f) quando o autor a requerer de outra forma.

Afirmativa IV - errada, porque:

A carta tem caráter itinerante de fato e poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato, mas antes ou depois de ser ordenado o seu cumprimento - não somente depois. (art. 204, CPC)

Resposta: "c"

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14. (PGE RJ - FCC 2009) No tocante aos atos processuais, é INCORRETO afirmar:

a) A penhora poderá ser feita aos domingos, independentemente de autorização judicial, quando o adiamento puder causar grave prejuízo à parte ou à própria prestação jurisdicional.

b) Serão realizados em dias úteis das 6 às 20 horas, podendo ser concluídos após as 20 horas, se a interrupção prejudicar a diligência.

c) Pela intimação se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

d) A citação pelo correio não se admite na execução civil e nas ações de estado.

e) O ato será válido quando alcançar a finalidade, mesmo se realizado de forma diversa da prevista em lei, quando inexistir cominação de nulidade.

Nessa questão, o examinador quis testar o conhecimento do candidato sobre:

O tempo dos atos: a letra "a" contém erro, já que o § 2° do art. 172 diz exatamente o oposto - "A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, realizar-se em domingos e feriados (...)". A letra "b" fala exatamente do que dispõe o § 1° do mesmo artigo, portanto, está correta.

Intimação - a letra "c" tem o conceito legal de intimação (art. 234 do CPC), também está correta.

Exceções à citação pelo correio. A citação pelo correio é a regra, contudo não seguirá essa forma: a) nas ações de estado; b) quando for ré pessoa incapaz; c) quando for ré pessoa de direito público; d) nos processos de execução; e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; f) quando o autor a requerer de outra forma (art. 222 do CPC).

Princípio da instrumentalidade das formas, que diz: "Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial" (art. 154 do CPC)

Resposta: "a"

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15. (TJ SE - FCC 2009) Com relação à citação é correto afirmar:

a) Será considerada ineficaz se o réu não tiver colocado a nota de ciência no mandado. b) Poderá ser feita a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso. c) Será feita pelo correio quando for ré a pessoa jurídica de direito público. d) A interrupção da prescrição pela citação retroagirá à data da propositura da ação. e) A interrupção da prescrição pela citação retroagirá à data da propositura da ação.

A FCC adora copiar a letra da Lei. Essa questão é mais um exemplo disso.

Art. 219, § 1o, CPC. A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.

Resposta: "d"

16. (MPE SE - FCC 2009) Correm em segredo de justiça os processos

a) qualquer que seja a matéria neles tratada, se as partes, de comum acordo, requererem a manutenção do sigilo.

b) sempre que houver intervenção do Ministério Público, salvo nas ações coletivas.

c) somente quando o exigir o interesse público.

d) que dizem respeito a casamento, filiação, alimentos e guarda de menores.

e) apenas quando se tratar de ação de estado.

A publicidade dos atos processuais se constitui numa garantia para o cidadão, prevista constitucional e processualmente no ordenamento jurídico pátrio.

Mas, existem situações em que o sigilo interessa ao próprio cidadão, já que a publicidade poderia expor de modo indevido sua intimidade.

Assim, correm em segredo de justiça os processos:

I - em que o exigir o interesse público;

II - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em divórcio, alimentos e guarda de menores.

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Vejam que se encaixa nas situações descritas pelo art. 155 do CPC,

a letra "d".

Resposta "d"

17. (TRT CE - FCC 2009) No que concerne aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil, é certo que

a) decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa. b) podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo peremptório, mas a convenção só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. c) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas quarenta e oito horas. d) nas comarcas onde for difícil o transporte o juiz poderá prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de trinta dias. e) a parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

Afirmativa A: Art. 183 do CPC:

Decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa.

Resposta: "a"

18. (MPE SE - FCC 2009) Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual, cuja execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve ser requisitado através de carta

a) simples

b) registrada

c) precatória

d) rogatória

e) de ordem

A carta é modalidade de comunicação instituída pelo CPC. São as seguintes:

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Precatória: a diligência requisitada deve ser cumprida por juiz da mesma hierarquia. O juiz deprecante a expede e o juiz deprecado cumpre a carta;

De ordem: juiz de hierarquia superior expede a carta para que outro de hierarquia inferior pratique o ato;

Rogatória: são atos realizados em juízos de jurisdição diferentes (países diferentes) Ex.: réu domiciliado no exterior.

Depreendemos dessa explicação que o STF e o STJ não emitem carta precatória, já que todos os outros órgãos judiciários são a eles subordinados.

Resposta: "e"

19. (TRE AL - FCC 2010) Considere as seguintes assertivas a respeito dos atos processuais:

I. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios.

II. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

III. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas.

IV. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar e em quádruplo para recorrer.

De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

Importante esclarecer, "defeso" é sinônimo de proibido.

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O ato peremptório é aquele em que se perde o próprio direito de ação. Diz-se, ademais, como está na questão, que é aquele que não pode ser ampliado nem pelo juiz, nem pelas partes. O primeiro item está correto.

O item II está em confronto com o art. 185 do CPC - "não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de 5 dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte" -, portanto, errado.

O terceiro item fala exatamente o que dispõe o art. 192: "Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 24 horas"

O item IV está errado, porque na situação descrita o prazo será contado em dobro para contestar, recorrer e, em regra, para falar nos autos (art. 191 do CPC).

Resposta: "c"

20. No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil é correto afirmar que

a) o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte ou em caso de calamidade pública, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

b) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

c) o advogado que exceder o prazo legal para devolver os autos será intimado para devolução no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de perder o direito de vista fora de cartório e incorrer em multa, correspondente a dois salários mínimos vigentes na sede do juízo.

d) computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública, o Ministério Público, ou Empresa Pública.

e) se suspende o curso do prazo quando for oposta exceção de impedimento ou suspeição do juiz, devendo ser restituído o prazo por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

A letra "a" expõe uma regra e sua exceção: é defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios. O juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 dias. Em caso de calamidade pública, poderá ser excedido este limite para a prorrogação de

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prazos. (Art. 182 e seu parágrafo único).

A letra "b" teria que falar em 24 horas, que é o prazo previsto no art. 192 do CPC. Assim, há julgado que diz ser nula a audiência realizada sem a presença do advogado de uma das partes que fora intimado no dia em que a audiência se realizou. (1a Câm. Do TJ-SC, Relator Desembargador João Martins)

O erro na letra "c" está ao dizer a multa em que incorrerá o advogado na situação narrada na questão - que será de meio salário mínimo, não de dois (art. 192 do CPC).

Atenção! Não se fala em empresa pública nesses casos, o STJ já decidiu pela não aplicação da contagem em quádruplo para empresas públicas ao julgar recurso da Caixa Econômica Federal.

A letra "e" está validada pelo art. 180 combinado com o art. 265 do CPC, inciso III.

Resposta: "e"

21. (TRF 2a Região - Cespe 2009) No que diz respeito à invalidade dos atos processuais, assinale a opção correta.

a) A citação pode ser invalidada de ofício pelo magistrado a qualquer tempo, antes da sentença.

b) O juiz deve tentar aproveitar o ato processual defeituoso, independentemente do grau do defeito.

c) O juiz pode reconhecer de ofício a qualquer tempo, antes da sentença, a sua incompetência em razão da abusividade de uma cláusula de foro de eleição.

d) Decisão judicial proferida à revelia de réu que não foi citado não poderá ser invalidada após o prazo da ação rescisória.

e) A revogação da confissão pode ser feita por meio de petição dirigida ao juiz da causa, antes de proferida a sentença.

Questão importante para memorizarmos que o erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais (art. 250 do CPC).

Resposta: "b"

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22. (PC DF - FUNIVERSA 2009) Quanto aos atos processuais, assinale a alternativa correta.

a) Os atos e termos processuais dependem de forma determinada, reputando-se inválidos ou nulos aqueles que forem realizados de outra forma.

b) Os atos processuais são públicos. Assim, qualquer pessoa tem o direito irrestrito de consultar autos e pedir certidões de processos em trâmite.

c) Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Denomina-se sentença o ato do juiz que implica uma das hipóteses dos artigos 267 e 269 do Código de Processo Civil (CPC).

d) Pelo advento da Emenda Constitucional n.° 45, de 2004, as férias forenses foram extintas.

e) São considerados feriados os sábados, domingos e dias declarados por lei.

Vejam que o conteúdo das questões se repete mesmo entre bancas diferentes. A resposta correta é a letra "c" que tem a exata definição de sentença trazida no art. 162, § 1°: Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.

Resposta: "c"

23. (CGU - ESAF 2006) Assinale a opção correta.

a) São características dos atos processuais: apresentamse isoladamente, ligam-se pela unidade do escopo e são independentes.

b) Constituem princípios que regem a forma dos atos processuais: obrigatoriedade das formas, instrumentalidade das formas, a documentação, a publicidade, o interesse público e a obrigatoriedade do vernáculo.

c) Os atos das partes podem ser: postulatórios, dispositivos (unilaterais; concordantes) e contratuais.

d) É decisão definitiva a que decide a questão controvertida, de natureza processual, sem julgamento do mérito, depois de transitada em julgado.

e) A requisição feita por Membro de Tribunal (Desembargador) de ato processual a ser praticado em outro Estado da Federação deve ser

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dirigida a órgão da Primeira Instância (Juiz de Direito) por meio de Carta de Ordem.

Atos das partes (autor e réu): os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos processuais.

São praticados pelas próprias partes ou pelos seus advogados, de modo excepcional. Produzem efeitos imediatos, em geral, e em alguns casos necessitam de homologação para externalizarem seus efeitos.

Exemplo: A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença (Parágrafo único, art.158 do CPC).

Resposta: "c"

24. (DPU - Cespe 2010) Considerando a hipótese da existência de um ato processual cuja realização não esteja sujeita a qualquer prazo prescrito pela lei, assinale a opção correta.

a) Como não é estabelecido pela lei ou pelo juiz, esse prazo não é contínuo.

b) O prazo será determinado pelo juiz, levando-se em consideração a complexidade da causa.

c) O ato pode ser praticado até o momento exatamente anterior à próxima etapa procedimental do feito.

d) O silêncio da lei importa na obediência ao prazo geral de resposta do réu, qual seja, o de quinze dias.

e) A extinção do direito de praticar o ato nessa hipótese sempre dependerá de declaração judicial.

Regra geral os atos processuais serão realizados nos prazos determinados em lei. Caso a Lei seja omissa, o magistrado determinará os prazos, tendo em conta a complexidade da causa.

Devemos lembrar que na ausência de prazo legal e de prazo fixado judicialmente (pelo juiz), e somente nessas duas hipóteses, o prazo para realização de qualquer ato processual será de cinco dias.

Resposta: "b"

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25. (TRF 4a Região - FCC 2007) No que concerne à distribuição e ao registro analise:

I. Será cancelada a distribuição do feito que, em 10 dias, não for preparado no cartório em que deu entrada.

II. As causas de qualquer natureza distribuir-se-ão por dependência quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido.

III. O erro ou a falta de distribuição será corrigido pelo Juiz apenas se houver requerimento do interessado.

IV. Havendo reconvenção, não haverá necessidade de proceder à respectiva anotação pelo distribuidor, bastando uma certidão nos autos principais.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS em

a) II.

b) I e II.

c) II, III e IV.

d) III e IV.

e) IV.

Primeiramente vejamos:

Distribuição é o ato administrativo e material por meio de que os feitos judiciais são distribuídos, de modo equânime e alternado. É pratica de suma importância para a garantia do princípio do juízo natural. Segundo esse princípio, o juiz de uma causa e determinado de modo prévio, abstrato e objetivo pelas normas gerais de competência e organização judiciária.

O item "I" está incorreto, pois será cancelada a distribuição do feito que, em 30 dias não for preparado no cartório em que deu entrada e não em 10 como traz o item (art. 257, CPC).

O art. 257 trata das ações que têm sua distribuição cancelada por falta de preparo. Ai vocês me perguntam: o que é preparo?

Preparo é o adiantamento (pagamento) das despesas relativas ao processamento de determinado ato.

O item "II" está correto. Dá-se a distribuição por dependência às causas que devam ser julgadas simultaneamente com a principal já ajuizada,

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assim as causas posteriormente apresentadas se juntarão à principal. (art. 253 do CPC).

Trata-se de conexão, que é uma relação de semelhança entre demandas, que é considerada pelo direito positivo como apta para a produção de determinados efeitos processuais. No caso em tela, determina a distribuição por dependência. A mera semelhança de pedidos não fará incidir essa regra.

Passemos a leitura do art. 253 do CPC:

Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza:

I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada;

II - quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que sejam parcialmente alterados os réus da demanda;

III - quando houver ajuizamento de ações idênticas, ao juízo prevento.

O item "III" está errado, porque o magistrado pode fazê-lo de ofício, isto é, sem requerimento de qualquer das partes.

O item "IV" está errado, uma vez que o juiz determinará a anotação da reconvenção. Não é matéria do nosso curso, portanto, não estudem a reconvenção. Mas, para não os deixar curiosos e de maneira simplificada, a reconvenção é modalidade de resposta do réu em que além de contestar, ele alega novos fatos, promovendo uma espécie de nova ação dentro da contestação.

Resposta: "a"

RESUMO DA AULA DEMONSTRATIVA

- Conceito de Atos Processuais: SÃO ATOS PROCESSUAIS AQUELES QUE PODEM CRIAR, MODIFICAR OU EXTINGUIR DIREITOS NO CURSO DO PROCESSO, PROCEDENTES DAS PARTES, DOS AGENTES DA JURISDIÇÃO, OU, ATÉ MESMO, DE TERCEIROS.

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- São espécies de atos processuais: os atos das partes, do juiz e os atos praticados pelos auxiliares da justiça.

- Das partes: são realizados, em regra, pelos seus advogados por meio da petição inicial.

- Do juiz: materializam-se por meio dos pronunciamentos: nas sentenças, nos despachos e nas decisões interlocutórias. A CF determina que os pronunciamentos sejam fundamentados, sob pena de nulidade. Possuem caráter absoluto.

- Dos auxiliares da justiça: responsabiliza-se pela guarda dos autos e cumprimento das ordens do magistrado, como a expedição de mandados judiciais. Seus atos podem ser classificados em atos de documentação e de comunicação.

- Práticas dos atos processuais: devem ocorrer das 6 às 20 horas, em dias úteis. Poderá, em alguns casos serem realizados em horários diversos para evitar o perecimento do direito material disputado.

- Em regra devem ser praticados na sede do juízo.

- Forma: devido ao princípio da instrumentalidade das formas, a formalidade exigida pelos atos para sua validade não possui caráter rígido.

- Tempo e Lugar

- Prazos e Nulidades

QUESTÕES DA AULA DEMONSTRATIVA

1. (TJDF - Cespe 2008) Mauro, advogado, tem domicílio em Brasília e exerce suas atividades de advocacia em seu único escritório, situado em Taguatinga. Trata-se de causídico que ostenta procuração por instrumento público com poderes especiais para receber citações em nome de François, seu cliente estrangeiro domiciliado em Paris.

A partir da situação hipotética acima, julgue o seguinte item.

Eventual citação de François feita na pessoa de Mauro no seu domicílio em Brasília seria nula, pois, por se tratar de relações concernentes à sua profissão, deveria ser realizada em Taguatinga.

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2. (TRE BA - Cespe 2010) Com relação ao direito processual civil, julgue o item a seguir.

A procuração geral para o foro, assinada pelo réu, habilita o seu advogado a ser intimado dos atos do processo, bem como a receber a citação inicial.

3. (TRE BA - Cespe 2010) Com relação ao direito processual civil, julgue o item a seguir.

Nas ações de estado, a citação deve ser feita pelo correio, para qualquer comarca do país.

4. (TRT 5a Região - Cespe 2008) Antes da citação da parte ré, é defeso ao autor modificar a causa de pedir.

5. (Elaborada pelo Professor) As intimações nas capitais dos estados e no Distrito Federal serão consideradas realizadas pela só publicação dos atos no órgão oficial, desde que desta constem os nomes das partes e de seus advogados.

6. (MPE RO - Cespe 2010) Com relação aos atos processuais, assinale a opção correta.

a) Auto é um termo processual que se refere à narração, por escrito, das audiências.

b) É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou ampliar os prazos.

c) O prazo para o MP contestar deve ser computado em dobro.

d) Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil subsequente quando o expediente forense for encerrado antes da hora normal.

e) A estrutura processual baseia-se no princípio da instrumentalidade das formas, de modo que, de acordo com o CPC, não se pode mitigar a incidência desse princípio em nenhuma hipótese.

7. (DPU - Cespe 2010) Quanto ao tempo e ao lugar dos atos processuais, assinale a opção correta.

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a) Nos feriados, poderá ser realizada citação da parte, a fim de evitar-se o perecimento do direito.

b) Os atos processuais devem ser realizados em dias úteis das 8 às 22 horas.

c) Os atos de jurisdição voluntária não se processarão durante as férias, mas o serão os necessários à conservação de direitos.

d) Se o ato a ser praticado pela parte em determinado prazo depender de petição, esta deverá ser apresentada até as 18 horas.

e) Durante as férias e nos feriados, o prazo para resposta do réu começará a correr no último dia destes períodos.

8. (DPU - Cespe 2010) Considerando que, após instrução processual, tenha sido proferida decisão judicial que acatou preliminar de ilegitimidade da parte e extinguiu o processo sem resolução de mérito, assinale a opção que contém o tipo de ato praticado.

a) despacho

b) decisão interlocutória

c) acórdão

d) sentença

e) ato ordinatório

9. (DPU - Cespe 2010) Em determinado processo, no qual uma das partes apresente petição na qual renuncie ao prazo que lhe foi conferido para ter vista da última documentação lançada nos autos, a eficácia desse ato da parte

a) surtirá efeito sempre após o quinto dia contado da juntada aos autos.

b) dependerá de homologação judicial.

c) dependerá do conhecimento da parte adversa.

d) será imediata.

e) não será imediata porque unilateral.

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10. (DPU - Cespe 2010) É situação que, por si só, excepciona a regra de que os atos processuais devem ser realizados na sede do juízo,

a) a inspeção judicial in loco.

b) o feriado forense.

c) o ato que ultrapasse o horário normal de funcionamento do fórum.

d) o interesse das partes.

e) a oitiva de menor.

11. (PGE AM - FCC 2010) No processo em que se usa meio eletrônico na comunicação de atos, observar-se-á a seguinte regra:

a) considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que se seguir ao considerado como data da publicação.

b) os prazos processuais terão início cinco dias após a disponibilização da informação no Diário de Justiça eletrônico.

c) considera-se como data da publicação o dia da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico e os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que se seguir.

d) as cartas precatórias, rogatórias e de ordem não poderão ser feitas por meio eletrônico.

e) a publicação eletrônica substitui qualquer outro meio de publicação oficial e também as intimações ou vista pessoais, que a lei determinar.

12. (MPE AP - FCC 2009) A respeito da forma dos atos processuais, considere:

I. A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença. II. Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente. III. Os atos ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, dependem de despacho do juiz, não podendo ser praticados de ofício pelo servidor.

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Está correto o que se afirma SOMENTE em a) I b) III c) I e II d) I e III e) II e III

13. (TRF - FCC 2007) Sobre a comunicação dos atos processuais, analise:

I. Quando a citação for feita por meio de oficial de justiça, o prazo começa a correr da data da juntada aos autos do mandado cumprido. II. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, aos noivos, nos dez primeiros dias de bodas. III. Em regra, a citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País. IV. A carta precatória tem caráter itinerante e somente depois de ordenado o cumprimento poderá ser apresentada a juízo diverso que dela consta, a fim de se praticar o ato. De acordo com o Código de Processo Civil, é correto o que consta APENAS em: a) I, II e III b) I, III e IV c) I e III d) II, III e IV e) II e III

14. (PGE RJ - FCC 2009) No tocante aos atos processuais, é INCORRETO afirmar:

a) A penhora poderá ser feita aos domingos, independentemente de autorização judicial, quando o adiamento puder causar grave prejuízo à parte ou à própria prestação jurisdicional.

b) Serão realizados em dias úteis das 6 às 20 horas, podendo ser concluídos após as 20 horas, se a interrupção prejudicar a diligência.

c) Pela intimação se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa.

d) A citação pelo correio não se admite na execução civil e nas ações de estado.

e) O ato será válido quando alcançar a finalidade, mesmo se realizado de forma diversa da prevista em lei, quando inexistir cominação de nulidade.

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15. (TJ SE - FCC 2009) Com relação à citação é correto afirmar:

a) Será considerada ineficaz se o réu não tiver colocado a nota de ciência no mandado. b) Poderá ser feita a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso. c) Será feita pelo correio quando for ré a pessoa jurídica de direito público. d) A interrupção da prescrição pela citação retroagirá à data da propositura da ação. e) A interrupção da prescrição pela citação retroagirá à data da propositura da ação.

16. (MPE SE - FCC 2009) Correm em segredo de justiça os processos

a) qualquer que seja a matéria neles tratada, se as partes, de comum acordo, requererem a manutenção do sigilo.

b) sempre que houver intervenção do Ministério Público, salvo nas ações coletivas.

c) somente quando o exigir o interesse público.

d) que dizem respeito a casamento, filiação, alimentos e guarda de menores.

e) apenas quando se tratar de ação de estado.

17. (TRT CE - FCC 2009) No que concerne aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil, é certo que

a) decorrido o prazo, extingue-se, independentemente de declaração judicial, o direito de praticar o ato, ficando salvo, porém, à parte provar que o não realizou por justa causa. b) podem as partes, de comum acordo, reduzir ou prorrogar o prazo peremptório, mas a convenção só tem eficácia se, requerida antes do vencimento do prazo e se fundar em motivo legítimo. c) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas quarenta e oito horas. d) nas comarcas onde for difícil o transporte o juiz poderá prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de trinta dias. e) a parte não poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu favor.

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18. (MPE SE - FCC 2009) Se o processo tramita perante Tribunal de Justiça, o ato processual, cuja execução deva ser feita por Juiz de Comarca do interior do Estado, deve ser requisitado através de carta

a) simples

b) registrada

c) precatória

d) rogatória

e) de ordem

19. (TRE AL - FCC 2010) Considere as seguintes assertivas a respeito dos atos processuais:

I. É defeso às partes, ainda que todas estejam de acordo, reduzir ou prorrogar os prazos peremptórios.

II. Não havendo preceito legal nem assinação pelo juiz, será de dez dias o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.

III. Quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas vinte e quatro horas.

IV. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar e em quádruplo para recorrer.

De acordo com o Código de Processo Civil está correto o que se afirma APENAS em

a) I, II e III.

b) I, II e IV.

c) I e III.

d) II e IV.

e) III e IV.

20. No que se refere aos prazos, de acordo com o Código de Processo Civil é correto afirmar que

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a) o juiz poderá, nas comarcas onde for difícil o transporte ou em caso de calamidade pública, prorrogar quaisquer prazos, mas nunca por mais de 60 (sessenta) dias.

b) quando a lei não marcar outro prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento depois de decorridas 48 (quarenta e oito) horas.

c) o advogado que exceder o prazo legal para devolver os autos será intimado para devolução no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sob pena de perder o direito de vista fora de cartório e incorrer em multa, correspondente a dois salários mínimos vigentes na sede do juízo.

d) computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública, o Ministério Público, ou Empresa Pública.

e) se suspende o curso do prazo quando for oposta exceção de impedimento ou suspeição do juiz, devendo ser restituído o prazo por tempo igual ao que faltava para a sua complementação.

21. (TRF 2a Região - Cespe 2009) No que diz respeito à invalidade dos atos processuais, assinale a opção correta.

a) A citação pode ser invalidada de ofício pelo magistrado a qualquer tempo, antes da sentença.

b) O juiz deve tentar aproveitar o ato processual defeituoso, independentemente do grau do defeito.

c) O juiz pode reconhecer de ofício a qualquer tempo, antes da sentença, a sua incompetência em razão da abusividade de uma cláusula de foro de eleição.

d) Decisão judicial proferida à revelia de réu que não foi citado não poderá ser invalidada após o prazo da ação rescisória.

e) A revogação da confissão pode ser feita por meio de petição dirigida ao juiz da causa, antes de proferida a sentença.

22. (PC DF - FUNIVERSA 2009) Quanto aos atos processuais, assinale a alternativa correta.

a) Os atos e termos processuais dependem de forma determinada, reputando-se inválidos ou nulos aqueles que forem realizados de outra forma.

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b) Os atos processuais são públicos. Assim, qualquer pessoa tem o direito irrestrito de consultar autos e pedir certidões de processos em trâmite.

c) Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. Denomina-se sentença o ato do juiz que implica uma das hipóteses dos artigos 267 e 269 do Código de Processo Civil (CPC).

d) Pelo advento da Emenda Constitucional n.° 45, de 2004, as férias forenses foram extintas.

e) São considerados feriados os sábados, domingos e dias declarados por lei.

23. (CGU - ESAF 2006) Assinale a opção correta.

a) São características dos atos processuais: apresentamse isoladamente, ligam-se pela unidade do escopo e são independentes.

b) Constituem princípios que regem a forma dos atos processuais: obrigatoriedade das formas, instrumentalidade das formas, a documentação, a publicidade, o interesse público e a obrigatoriedade do vernáculo.

c) Os atos das partes podem ser: postulatórios, dispositivos (unilaterais; concordantes) e contratuais.

d) É decisão definitiva a que decide a questão controvertida, de natureza processual, sem julgamento do mérito, depois de transitada em julgado.

e) A requisição feita por Membro de Tribunal (Desembargador) de ato processual a ser praticado em outro Estado da Federação deve ser dirigida a órgão da Primeira Instância (Juiz de Direito) por meio de Carta de Ordem.

24. (DPU - Cespe 2010) Considerando a hipótese da existência de um ato processual cuja realização não esteja sujeita a qualquer prazo prescrito pela lei, assinale a opção correta.

a) Como não é estabelecido pela lei ou pelo juiz, esse prazo não é contínuo.

b) O prazo será determinado pelo juiz, levando-se em consideração a complexidade da causa.

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c) O ato pode ser praticado até o momento exatamente anterior à próxima etapa procedimental do feito.

d) O silêncio da lei importa na obediência ao prazo geral de resposta do réu, qual seja, o de quinze dias.

e) A extinção do direito de praticar o ato nessa hipótese sempre dependerá de declaração judicial.

25. (TRF 4a Região - FCC 2007) No que concerne à distribuição e ao registro analise:

I. Será cancelada a distribuição do feito que, em 10 dias, não for preparado no cartório em que deu entrada.

II. As causas de qualquer natureza distribuir-se-ão por dependência quando, tendo sido extinto o processo, sem julgamento de mérito, for reiterado o pedido.

III. O erro ou a falta de distribuição será corrigido pelo Juiz apenas se houver requerimento do interessado.

IV. Havendo reconvenção, não haverá necessidade de proceder à respectiva anotação pelo distribuidor, bastando uma certidão nos autos principais.

De acordo com o Código de Processo Civil, está correto o que consta APENAS em

a) II.

b) I e II.

c) II, III e IV.

d) III e IV.

e) IV.

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Jurisprudência

• Súmula 429 do STJ

A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de recebimento.

• Súmula 106 do STJ

Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou decadência.

• Citação - STJ

Julgamento: A validade da citação feita por meio da caixa postal de uma empresa.

Resultado: A citação foi considerada válida pela 3° turma do STJ, uma vez que a empresa não informa seu endereço para os consumidores e a caixa postal é o meio usado para que os clientes comuniquem com ela. Importante debate em que a 3° turma revê seu posicionamento para reconhecer a citação feita por caixa postal. (REsp 981.887/RS, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, Terceira Turma, Data do Julgado em 23/03/2010, DJe 01/07/2010)

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Pessoal! Trabalhamos antecipada e detidamente esse assunto (atos processuais) porque ele embasará a compreensão de toda a matéria. O Direito Processual funciona como um organismo... é integrado, sendo cada parte essencial para seu real entendimento.

Por isso, é importante que entendamos seus conceitos básicos para avançarmos. Se restou alguma dúvida, façam uma releitura!

Vamos pra frente, que atrás vem gente... e esse é nosso concorrente!

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL. CPC (1973). Código de Processo Civil, Brasília, DF, Senado, 1973.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, Senado, 1988.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS P/ TRIBUNAIS

DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil - Teoria Geral do Processo e Processo de Conhecimento. 12 ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.1.

DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil - Teoria da Prova, Direito Probatório, Teoria do Precedente, Decisão Judicial, Coisa Julgada e Antecipação dos Efeitos da Tutela. 2 ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.2.

DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil - Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processo nos Tribunais. 8 ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.3.

DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil - Processo Coletivo. 5 ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.4.

DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil - Execução. 2 ed. Salvador: Edições JUS PODIVM, 2010. v.5.

MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito Processual Civil, volume 1: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito Processual Civil, volume 2: teoria geral do processo e processo de conhecimento. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

MONTENEGRO FILHO, Misael. Processo Civil. 7 ed., Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2010.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil. 18. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1999, v1.

THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. 18. ed., Rio de Janeiro: Forense, 1999, v2.

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2010, v1.

GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Novo Curso de Direito Processual Civil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2010, v2.

ALVES, Leonardo Barreto Moreira; BERCLAZ, Márcio Soares. Ministério Público em Ação - Atuação prática jurisdicional e extrajurisdicional. Salvador: Juspodivm, 2010.

DONIZETTI, Elpídio; Curso Didático de Direito Processual Civil. 15. ed., São Paulo: Editora Atlas S.A. - 2010.

NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - TEORIA E EXERCÍCIOS P/ TRIBUNAIS

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 20.ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, v1.

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 18.ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, v2.

CÂMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil. 16.ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, v3.

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