direito processual civil junto c o livro

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Introduo ao Estudo do Direito Processual Civil

Prof Srgio Zocratto

1. Direito, lide e processo.> Hoje, se h um conflito entre duas pessoas, o direito impe que, se se quiser por fim a essa situao, seja chamado o Estado-juiz, o qual vir dizer qual a vontade do ordenamento jurdico para o caso concreto (declarao) e, se for o caso, fazer com que as coisas se disponham, na realidade prtica, conforme essa vontade (execuo)a) Direito

I - ser socivel = relaes sociais e jurdicas.

> S se pode ir ao poder judicirio quando se tem um prejuzo.

> A relao jurdica a consequncia que a lei traz.

II - Fases do Estado = Rapina/ Estado de polcia/ Estado de direito

No primeiro momento da vida em sociedade as regras se estabeleceram atravs da fora (rapina). Mas verificou-se que esse no era um bom sistema. Ento um grupo de indivduos criou o Estado, escrevendo regras de convivncia (direito) para que possam ser cumpridas (Estado de Polcia), porm, esses que criaram se sentiam superiores e desrespeitavam as regras, e como era necessrio a igualdade de condies, entra-se no estado do direito, onde as leis so abstratas e gerais, valem para todos, inclusiva para quem as criou.

III - Conceitos

1- Natural = antecede a lei.

> Mas esse direito no se sustenta por si s (s em alguns pases que tem sistema commom law) necessitando do:

2 - Positivo (objetivo) - ordenamento jurdico/ fato social (realidade, retrata a sociedade).

3 - Subjetivo = Incidncia (faculdade)

> Na medida em que se estabelece um regramento jurdico, se causa uma incidncia. Se algum te causa um prejuzo, voc PODE buscar a indenizao, voc PODE ingressar com uma ao.4 - Pblico Subjetivo = Exigir.

> Deve-se exigir a prestao do Estado.

> Capacidade postulatria = vc precisa de um profissional do direito p entrar com uma ao

5 - Civil = Equilbrio das relaes.IV - Justia = sentimento pessoal

b) Lide (conflito que se estabelece entre a parte)

O conflito pode ser anterior ao processo e o conflito pode ser no momento que o processo estabelecido.

- Relao jurdica = conceito e elementos

* > RJ o envolvimento que existe entre pessoas. Toda relao jurdica tem dois elementos: vnculo (elemento que mostra o envolvimento jurdico entre duas ou mais pessoas) e a exigibilidade (o elemento que mostra o momento de cumprimento da obrigao. o vencimento que vc tem para pagar, a data de fazer/no fazer)> Relao jurdica: Une dois ou mais sujeitos, atribuindo-lhes poderes, direitos, faculdades e os correspondentes deveres, obrigaes, sujeies, nus;- Convivncia social = colaborao (quando voc paga e espera receber. isso que o legislador espera. A lei est l p eventualidades) / disputa (ainda que legal)

> Conceitos (lide)

1 - Carnelutti = o conflito de interesses qualificado pela pretenso resistida (fora do processo. O conflito se estabelece fora)

> No qualquer interesse, ele tem que ser qualificado por essa resistncia.

- lide social (conceito sociolgico) > fora do processo mrito do processo = pedido. o que vc quer do poder judicirio.

Para que a lide se estabelea, vc deve entrar com a ao.

((conceito mais tcnico))

- art 128 CPC - Art. 128. O juiz decidir a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questes, no suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.> deciso: limites que foi proposta a ao. (se vc quer o dinheiro do inquilino, o juz no pode despejar o inquilino sem que vc tenha pedido)

- art 330 CPC Art. 330.O juiz conhecer diretamente do pedido, proferindo sentena: (Redao dada pela Lei n 5.925, de 1.10.1973)

I- quando a questo de mrito for unicamente de direito, ou, sendo de direito e de fato, no houver necessidade de produzir prova em audincia;

II- quando ocorrer a revelia (art. 319).

> Julgamento antecipado da lide (quando vc vai ao poder judicirio o juiz recebe a petio inicial e verificar a defesa ele j pode julgar, e estar julgando antecipadamente)

* Questo = ao julgar o mrito da questo (ponto controvertido) o juiz resolve a lide ou o conflito?

O juiz resolve a lide, e o conflito no, j que este subjetivo, interno. Porm a deciso judicial deve ser respeitada.

c) Processo

> as leis so postas, e se h a incidncia, vc deve voltar a sua situao anterior, ou seja aplicar o poder judicirio por meio do processo p pegar suas coisas de volta.

> Jurisdio> A atividade mediante a qual os juzes estatais examinam as pretenses e resolvem os conflitos d-se o nome de jurisdio.

> Jurisdio = Instrumento por meio do qual os orgos jurisdicionais atuam para pacificar as pessoas conflitantes, eliminando os conflitos e fazendo cumprir o preceito jurdico pertinente a cada caso que lhes apresentado em busca de soluo. Seu exerccio precisa ser provocado. A jurisdio se exerce atravs do processo.> Legislao e jurisdio

> A legislao estabelece normas que devem reger as mais variadas relaes da sociedade, dizendo o que lcito e ilcito, atribuindo direitos, obrigaes, etc. Na jurisdio, o Estado busca a realizao prtica daquelas normas em caso de conflito entre pessoas, segundo o modelo pertinente quele caso concreto e desenvolvendo medidas para que esse preceito seja efetivado.

> Estado diz o que direito

- mtodo de trabalho = so atos organizativos p que vc tenha um resultado.

- composio da lide (soluo/soberania) = vai solucionar o caso dentro da soberania que lhe dado, j que o Estado atraiu p si essa responsabilidade.

- conceito/ condies/ pressupostos

> instrumento destinado aplicao do direito, e p isso vc precisa caminhar nas condies da ao.

> O processo necessariamente formal, por que suas formas constituem o modo pelo qual as partes tm a garantia da legalidade e imparcialidade no exerccio da jurisdio.

> Existem diversas dificuldades no processo (sua durao, seu custo), e por isso, esto sendo cada vez mais procurados meios alternativos para a soluo de conflitos. Essas vertentes no apresentam o formalismo processual; essa desformalizao uma tendncia quando se trata de dar rpida soluo aos litgios, constituindo fator de celebridade.

So os meios alternativos de pacificao social: conciliao, mediao e arbitramento.> Condies: 1) titular do direito 2) interesse processual 3) que o objeto seja lcito

Ento cai nos = > Pressupostos (objetivos e subjetivos)

1) provocao (estado inerte ele tem que ser provocado) 2) convocao (vc s tem processo em uma relao jurdica, ou seja, necessrio um vnculo)

> Para a efetividade do processo:

a. Admisso ao processo = ingresso em juzo.

b. Modo-de-ser do processo = no desenrolar de todo processo preciso que a ordem legal de seus atos seja observada (devido processo legal), que as partes tenham oportunidade de participar em dilogo com o juiz (contraditrio) e que o juiz seja participativo na busca de elementos para sua prpria instruo.

c. Justia das decises

d. Efetividade das decises

- Finalidade da justia pblica: tutela (valores e bens/subsistncia)

> proteo de bens (bens que so limitados)2. Formas de soluo dos litgios> Autocomposio e autotutela

> Impe o sacrifcio de interesse alheio.

2.1. Autotutela (se tem UMA vontade)

- Tutela = proteo de um (suposto) direito

- Soluo = autoridade pblica/soberania. O Estado resolve os conflitos.

- Proibio = usurpao de funo pblica/imposio. Na medida em que vc resolve seu conflito, vc est usurpando uma funo pblica. O juiz quando julga um agente pblico, no pode julgar como pessoa.

O homem pode usar da fora para exigir um direito que pensa que tem?

A autotutela (exerccio arbitrrio das prprias razes, usando a fora) vetada pelo cdigo. Na autotutela temos apenas o desforo:

- p. 1 art 1210 CC = Na manuteno ou restituio na posse = desforo (ato de defesa)

S se pode usar a autotutela como reao (desforo).Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbao, restitudo no de esbulho, e segurado de violncia iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

1oO possuidor turbado, ou esbulhado, poder manter-se ou restituir-se por sua prpria fora, contanto que o faa logo; os atos de defesa, ou de desforo, no podem ir alm do indispensvel manuteno, ou restituio da posse.

2oNo obsta manuteno ou reintegrao na posse a alegao de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.

- Imediatividade = fora/ contando que faa logo - O desforo s pode ocorrer na hora em que foi retirada a posse

- Excesso = responsabilidade.

> Abuso do direito. O bandido rouba a carteira e sai correndo, e quem foi roubado atira e mata o bandido (excesso). Um policial nessa situao, no tem a necessidade de tirar a vida da pessoa, pode dar um tiro na perna. Patrimnio (do homem) x Vida(do bandido).

No existe autotutela no nosso ordenamento. S o desforo.> A autotutela definida como crime, quando praticada pelo particular (exerccio arbitrrio das prprias razes,art 345 CP) seja pelo prprio Estado (exerccio arbitrrio ou abuso de poder, art 350).

> Apesar da enrgica repulsa autotutlea como meio ordinrio para a satisfao de pretenses em benefcio mais forte ou astuto, a lei abre excees a sua proibio. Ex: Direito de reteno, o desforo imediato, entre outras.

> So duas as razes pelas quais se admite a conduta unilateral invasora da esfera jurdica alheia nesses casos excepcionais: a) a impossibilidade de estar o Estado-juiz presente sempre que um direito esteja sendo violado ou prestes a s-lo; b) a ausncia de confiana de cada um no altrusmo alheio.

2.2. Autocomposio (DUAS vontades)> Autocomposio: uma das partes em conflito, ou ambas, abrem mo do interesse ou de parte. So trs as formas de autocomposio:

a. Desistncia = renncia pretenso

b. Submisso = renncia resistncia oferecida pretenso.

c. Transao = concesses recprocas.

> So parciais, no sentido de que dependem da vontade e da atividade de uma ou de ambas as partes envolvidas.> A autocomposio, considerada legtimo meio alternativo de soluo dos conflitos, estimulado pelo direito mediante as atividades consistentes na conciliao. admitida sempre que no se trate de direitos to intimamente ligados ao prprio modo de ser da pessoa, que a sua perda a degrade a situaes intolerveis.

> Trata-se dos chamados direitos de personalidade (vida, liberdade, honra, propriedade intelectual, etc). Quando a causa versar sobre interesses dessa ordem, diz-se que as partes no tem disponibilidade de seus prprios interesses (matria penal, direito de famlia, etc).

> Sendo disponvel o interesse material, admite-se a autocomposio, em qualquer de suas trs frmulas clssicas: transao, submisso e desistncia.

I - Conceito = ato jurdico bilateral em juzo ou fora dele, auxiliado ou no / eficcia jurdica. Quando uma pessoa se une a outra p resolver uma questo, essa questo resolvida tem que ter eficcia jurdica (p os dois).II - TiposA - Negociao = s os interessados.

B - Mediao - Atividade tcnica auxiliada (3o. de confiana, espera-se que seja imparcial) - vc compra um carro, ele parece com problema, mas nem o vendedor nem o comprador entendem a respeito de carros, ento se constitui um terceiro tcnico (mecnico) que os auxilia. A funo desse mediador (que tem q entender do assunto) no que eles faam um acordo, e sim aproxim-los p mostrar o q est acontecendo. - Requisitos = capacidade (de exerccio de direito) e direito patrimonial disponvel (validade)

- Finalidade = prevenir conflitos/ aproximao das partes (amor) / no pode sugerir acordo, mas esse pode surgir.- Judicial = setores de mediao extras no tem ao. Alguns tribunais esto estabelecendo a mediao, para depois tentar o acordo. O judicirio chama as partes p conversar

- Acordo? Sim. Positivo/ Ttulo de crdito

Se na mediao surgir um acordo, e nesse acordo surgir um instrumento, esse instrumento surgir como ttulo executivo. Se o que est nesse instrumento for desrespeitado, a parte prejudicada pode recorrer aos tribunais.> A mediao assemelha-se a conciliao: os interessados utilizam a intermediao de um terceiro, particular, para chegarem pacificao de seu conflito. Distingue-se dela somente por que a conciliao busca sobretudo o acordo entre as partes, enquanto a mediao objetiva trabalha o conflito, surgindo o acordo com mera consequncia.Resoluo no. 125do CNJ (poltica judiciria/ mediao e conciliao)

C - Conciliao (arts. 447 a 449 CPC).

Art. 447.Quando o litgio versar sobre direitos patrimoniais de carter privado, o juiz, de ofcio, determinar o comparecimento das partes ao incio da audincia de instruo e julgamento.

Pargrafo nico. Em causas relativas famlia, ter lugar igualmente a conciliao, nos casos e para os fins em que a lei consente a transa

_Art. 448. Antes de iniciar a instruo, o juiz tentar conciliar as partes. Chegando a acordo, o juiz mandar tom-lo por termo._

Art. 449. O termo de conciliao, assinado pelas partes e homologado pelo juiz, ter valor de sentena.

- Atividade auxiliada ou no (3o imparcial/confiana) (diferente da mediao, onde o 3o pode estar l ou no)

- Finalidade: acordo/ encerramento do processo.

- Requisitos = capacidade e Dir. Patrimonial disponvel (validade).- Obrigatria (judicial) deve haver a tentativa de conciliao/ facultativa (extras/transao)

No poder judicirio = conciliao. Sem a presena do juiz, fora do PJ = transao.

- Homologao (o juiz pode homologar em um acordo, investigando se no h prejuzo p as partes) / Valor de sentena, ento um ttulo executivo judicial. / 475 - n CPC

- Efeito da homologao = extino Art. 268, III, CPC. (cuidado = exemplo de processo de 100mil p acordo de 30 mil, onde a parte devedora age de m-f pensando em no pagar o acordo, s em diminuir o valor p eventual cobrana nos bens, etc.).- Projeto CPC> O CPC atribui ao juiz o dever de tentar a qualquer tempo conciliar as partes e em seu procedimento ordinrio inclui-se uma audincia de conciliao [audincia preliminar] e pode vir a tentar conciliao em todas as audincias e em qualquer tempo. A lei dos juizados especiais particulamente voltada conciliao como meio de soluo de conflitos, dando a ela destaque ao instituir uma fase conciliatria no procedimento que disciplina.

> A conciliao pode ser extraprocessual ou endoprocessual. Em ambos os casos, visa a induzir as prprias pessoas em conflito a ditar a soluo para sua pendncia. O conciliador procura obter uma transao entre as partes (mtuas concesses), ou a submisso de um pretenso do outro, ou a desistncia da pretenso. Tratando-se de conciliao endoprocessual, pode chegar-se ainda desistncia da ao, ou seja, revogao da demanda inicial para que o processo se extinga sem soluo.

2.3 Arbitragem (heterocomposio) - Lei 9307/

Inc. II,art 86do CPC - Salvo juzo arbitral.Art. 86.As causas cveis sero processadas e decididas, ou simplesmente decididas, pelos rgos jurisdicionais, nos limites de sua competncia, ressalvada s partes a faculdade de institurem juzo arbitral.> Heterocomposio = algum est decidindo pelas partes. como um juiz decidindo.

Autocomposio = vc resolve com um 3o auxiliando (conciliao) ou necessariamente com um 3o (mediao).

> Quem vai julgar, quem tem competncia, o poder judicirio. o Estado/juiz que resolver. O Estado vai processar e decidir, ou simplesmente decidir a no ser que as partes elejam um terceiro particular que resolver essa questo (rbitro).

- Meio de soluo de conflito/ privada.

> meio de soluo de conflito. Algum decidir por ns. Uma pessoa qualquer.

> a chamada justia privada, est sendo resolvida por um 3o.

- No composio/ ditada por 3o.

> Na arbitragem no composio, pq a vontade no das partes do 3o. Esse rbitro como um juiz. O 3o DECIDE.

- Requisitos: capacidade [de exerccio] e direito disponvel [o direito disponvel, patrimnio do qual voc pode dispor]- art 1o.

- Finalidade: celebridade e efetividade [graas disponibilidade eventual do 3o] > evita a morosidade da jurisdio. (demora)

> C/E = celebridade = resolvida rapidamente. O 3o pode resolver hoje, amanh, em uma semana.

Efetividade = como mais rpido, se vc processa por o $ de um carro por exemplo, em 10 anos o valor q vc pediu inicialmente ja n vale a mesma coisa, o carro n vale o msm, etc.

- Natureza jurdica [p q serve] = 3 posies:

a) Contratualista = a lei diz que o indivduo tem autonomia da vontade e pode escolher um o poder judicirio ou um 3o p resolver sua questo. "Livre arbtrio" -

b) jurisdicional [soberania] = por que a jurisdio soberana. O estado vai julgar. Quando o 3o assumir o processo ele vai assumir o mesmo caminho de um juiz, e nessa medida, j q ele vai usar o mesmo caminho que o juiz, jurisdio. Ele no pode ir pelo caminho que quer. Se o caminho q o juiz faz = jurisdio.

c) Mista (02 fases) = Prevalece no BR. Primeira fase voc tem a autonomia da vontade para escolher, feita a escolha, na segunda fase como vai se processar, como o 3o vai decidir, caminhando para a jurisdio.

- rbitro = pessoa fsica [pode ser analfabeto. P fazer a sentena, algum pode fazer por ele]/ cmara arbitral [instituies q so criadas p esta finalidade. Ao invs de procurar a PF, pode procurar a cmera]/ reas [questes trabalhistas, cveis, etc]

- Quanto custa a arbitragem? No barato. Mas mais rpido.

- Princpios processuais: p. 2, art. 21: Contraditrio/ Igualdade das partes/ Imparcialidade dos rbitros/ livre convencimento.> Contraditrio = tem que chamar as partes p suas respectivas respostas. (contestao, etc.)

>livre convencimento = ele vai ler o que cada um escreveu, ver o lado das partes e decidir.

- Conveno (art. 3o)

> Clusula arbitral (antes/ cheia ou vazia) e

> Compromisso arbitral (depois)

> A clusula arbitral a final do contrato "se surgir um conflito, decidiremos pela arbitragem". antes do conflito. Cheia ou vazia = cheia aquela que de antemo j est estabelecido quem ir resolver o conflito sobre x assunto, etc. Vazia = quando s diz que se resolver pela arbitragem, sem mais detalhes.

> Compromisso: contrato depois do conflito. Ele cheio, por que j est falando o procedimento, o conflito, etc.

- Trabalhista > na resciso

> No h disponibilidade. Durante o contrato de trabalho no possvel pq o direito n eh disponvel. Agora na resciso contratual possvel.

- Procedimento: partes ou rbitro

- no cabe na execuo ( coero/ s o Estado pode invadir o patrimnio)

O que garante o crdito do credor? Patrimnio. Se voc no paga em um processo, o juiz pode mandar penhorar os seus bens. Mas s o juiz pode fazer isso.

- Conciliao: tentativa obrigatria (se tiver acordo = homologao [ uma sentena, deciso])

- Deciso: sentena arbitral [soluciona como se fosse um juiz]

Requisitos:

> Condenatria = ttulo executivo judicial (art. 475 - N-CPC/ art. 31 do CC)

> quando o juiz vai decidir ele faz um relatrio, entra a segunda parte, a fundamentao, adaptando o fato lei e em terceiro entra na parte dispositiva, onde ele decide. Para condenar, para fazer, para no fazer.

Relatrio, fundamentao, dispositivo = OBRIGATRIO.

Se for condenatria um TEJ, de forma que se o devedor no pagar o rbitro no pode obrigar a pagar. No pode usar a coero.

- Prazo: parte/ 06 meses/ Prorrogao

A parte pode escolher o prazo da sentena. "Arbitro decida em X dias"

Se as partes no estabelecerem prazo = 6 meses.

Pode haver prorrogao? Sim.

- Homologao? No, pois no laudo.- Recurso: no cabvel/ confiana/ salvo: embargos de declarao - 5 dias per 30.

No cabe recurso na deciso.

Mas se decidimos uma questo que no direito disponvel = pode ser anulada.

Se for proferida uma deciso e ela est ambgua, um recurso, mas cabe para a arbitragem.

- Poder/fora = meios coercitivos do judicirio. Na arbitragem no h fora, apenas o poder.

* Questo: na arbitragem necessrio o concurso do poder judicirio?

Depende. Se tiver descumprimento da deciso que foi proferida, necessrio o PJ por que o rbitro no tem fora, s poder. Se a deciso foi cumprida, morreu.> Era um instituto em desuso no direito brasileiro, mas com a Lei da Arbitragem vai passando a ser efetivamente utilizada como meio alternativo para a pacificao de pessoas em conflito. S se admite esta em matria civil, na medida da disponibilidade dos interesses substanciais em conflito.

> O juzo arbitral delineado no direito brasileiro da seguinte forma: a) conveno de arbitragem (compromisso entre as partes ou clusula de contrato); b) limitao aos litgios relativos a direitos patrimoniais disponveis; c) restries eficcia da clusula compromissria inserida em contratos de adeso; d) capacidade das partes; e) possibilidade de escolherem as partes as regras de direito material a serem aplicadas na arbitragem (ex: se realize com base nos costumes e nos princpios gerais do direito); f) desnecessidade de homologao judicial da sentena arbitral; g) atribuio a esta os mesmos efeitos, entre partes, dos julgamentos proferidos pelo Poder Judicirio; h) possibilidade de controle jurisdicional ulterior; i) possibilidade de reconhecimento e execuo de sentenas arbitrais produzidas no exterior.

> Os rbitros no podem realizar a execuo de suas prprias sentenas.

2.4 PROCESSO

I - Conceito: Conjunto de atos tendentes a soluo de um conflito/ aplicao do direito.

> O processo um conjunto de atos, mas tendente a resolver um conflito (inqurito policial meramente informativo, o processo judicial tendente a resolver uma questo), a aplicao do direito.

II - Poder Judicirio/ Jurisdio

- atividade estatal (servio/soberania) / Unilateral - art. 1 CPC

> Poder judicirio um servio que o estado presta, pegou para si a responsabilidade de resolver, eles decidem e a cumprimos, mas no h discusso na sentena. A jurisdio ser resolvida pelos juzes.

- Tutela: bem da vida (legislador)

> Pretenso um bem da vida, que tudo aquilo que o legislador entende como necessrio para nossa subsistncia - patrimnio, vida, honra, dignidade.

Atividade (breve noo)

a. Relao jurdica - partes

> Relao jurdica o envolvimento entre pessoas, 2 elementos = vnculo (mostra o envolvimento) e exigibilidade (mostra o elemento de cumprimento (mostra o elemento de cumprimento da obrigao).

b. Provocao (ao/lide- CPC)/ petio (regra)/ exceo?

> Vou ao poder judicirio (que inerte), devo entrar com uma ao, uma petio (regra), a exceo o juizado especial, a justia do trabalho.

c. Capacidade postulatria (atos processuais)/ advogado - art 133 C.F/ Lei 8906/94 art 2o.

> Capacidade postulatria quem tem so os advogados. No h justia sem advogado.

d. Magistrado (relao angular): agente do estado/ soberania/ capacidade tcnica - fsica - psquica.

O juiz vai julgar nosso caso. Autor vai ao Estado para que este faa valer seu Direito. Juiz tem que mostrar conhecimento - concurso pblico, deve ter capacidade fsica e psquica.

3. Direito Material e Direito Processual

a. Direito Material (substancial/ objetivo) - o que se tem direito/ categorias

> Antecede a lei, posto, norma que diz aquele que voc tem direito, que o Estado tutela - Privado.

b. Direito Processual (formal)

- normas reguladoras (aplicao): como obter o direito/ direito pblico

> Normas de aplicao do direito, de como obter - pblico. Quem empresta tem que devolver seno o prejudicado pode ir ao judicirio. O caminho que o processo trilha p chegar o rito.

- incidncia: atividades dos sujeitos/ procedimento (rito) art. 275 CPC.

>Ordinria = o caminho, o procedimento que vai seguir o processo. (supera 60 salrios mnimos)

Sumrio = procedimento menor (batida de carro)

Juiz deve evitar atos inteis no processo.

- art 267, IV CPC: pressupostos.> Pressupostos = deve ter autor e ru, provocao, convocao (citando a outra parte)Art. 267. Extingue-se o processo, sem resoluo de mrito:(...)IV - quando se verificar a ausncia de pressupostos de constituio e de desenvolvimento vlido e regular do processo;> Chama-se de direito processual, o complexo de normas e princpios que regem tal mtodo de trabalho, ou seja, o exerccio conjugado da jurisdio pelo Estado-juiz, da ao pelo demandante e da defesa pelo demandado.

> Direito material o corpo de normas que discplinam as relaes jurdicas referentes a bens e utilidades da vida.

> O direito processual um instrumento a servio do direito material.

4. Autonomia, unidade, definio, fins e diviso do CPC.4.1 Autonomia = um corpo unitrio provido de leis prprias que regulam e disciplinam as atividades jurisdicionais

> Relao de direito processual precisa (s vezes) do direito material, mas o direito processual no precisa do material necessariamente.

a. Fases do processo

I - fase sincretista

- a ao era o prprio direito subjetivo material/ simples exerccio do direito/ novo direito material.

- a defesa era parte integrante da ao (prolongamento) no havia regras prprias.

> Quando algum violava um direito era uma ao s, um direito s, prolongamento do direito. Eram todos os direitos juntos, sem desmembrar. Um corpo s.

II - Fase autonomista: teoria do processo como relao jurdica

- cincia/ direito pblico

- no se vincula ao direito material (ex: ao declaratria negativa)

- categorias (?)

> V que no d p ser tudo junto, tem que desmembrar. O processo existe mesmo sem o direito material.

Categorias so diferentes = civil, processo civil.

III - Fase instrumentalista

- finalidade = tcnica de pacificao/ resultados efetivos

- evitar formalismos

- fase utilitarista - efetividade e utilidade/ celebridade.

> O processo tem uma finalidade que pode valer mesmo que eu no siga as regras.

A sentena arbitral no precisa ser homologada (o juiz precisa saber da deciso tomada pelo rbitro - no precisa), pois tida como verdadeira. No conjunto probatrio talvez precise de percia, no pode decidir sozinho o juiz, o laudo deve ser homologada pelo juiz.

DPCAutonomia = processual existe mesmo sem direito material.

O direito de ao com a aplicao. Depois se desmembrou duas relaes jurdicas = direito material e direito processual.

A ao declaratria negativa = voc me deve alguma coisa, e se deve mesmo, houve uma incidncia. Quando a regra de direito posta, so teses. Quando ha incidncia, deve ser aplicado o processo.

Se algum diz que vc deve e vc no deve, quando vc declara que no deve, mostra que o direito processual existe sem a incidncia do direito material. 4.2 Unidade

- uma s cincia derivada do poder estadual, igual a jurisdio.

> A jurisdio dizer o direito. E como o Estado diz o direito? O processo.

4.3 Definio:

- Ramo do direito pblico [direito material = privado. Publico por que o Estado diz que se tiver incidncia do Direito Material, quem resolve o Estado] / regras e princpios que regem a atividade jurisdicional provocada pelas partes ou interessados [a jurisdio s vem ao mundo jurdico quando h uma provocao. O Estado inerte]/ exerccio pelo processo [como o Estado aplica o Direito? pelo processo]/ aplicao ao caso concreto da regra de direito material. [Quando se vai ao poder judicirio, vai pedir aquilo que est na lei. Substitui-se a vontade da parte pela vontade da lei, lei estabelecida no Direito material]

> provar a propriedade de um bem mvel em Direito Civil = com a tradio

> diferente entre parte x interessado = quando h conflito, falamos em partes. Quando falamos em interessados? Quando os interesses so convergentes.

- objeto do DPC - estudo dos Institutos fundamentais.

4.4 Fins- So os mesmo da jurisdio.

A. Sociais = pacificar com justia e educao.

B. Jurdicos = Vontade concreta da lei

C. Polticos = Afirmar a imperatividade do estado assegurar a liberdade e participao do cidado nos destinos da sociedade.

4.5 Diviso

- uno

- Mltiplas atividades humanas/ desempenho prtico e econmico = diferenciou os processos pelas mltiplas atividades humanas, p melhor desempenho prtico e econmico.

- Jurisdio comum e especial

- Justia Comum: civil e penal

- Justia Especial: trabalhista, eleitoral e militar. (trata de normas especficas)

5. Histria do Direito Processual e seus caracteres

5.1 Direito Romano = bero do PC

- Consideraes: Divindade [modo de controle da sociedade]/ Atividade pblica/ Regulamentao (processo)/ crimes/ conflitos civis/ incapazes/ sucesso/ etc.

A. Processo primitivo

(aes da lei)

- Provncia/ Justia privada

- Consuetudinrio/ Divindade

- 12 tbuas (preceitos)/ Oral e pessoal - actio/ solene (ritual)

(prova) - Convocao (pacte) = autor vai ao pretor, s que antes disso ele deveria chamar a parte contrria, leva-lo na presena no pretor, na qual o autor fala sobre a obrigao que lhe devida, se o ru no quisesse comparecer, o autor contava isso ao pretor, e o ru viria de qualquer maneira. (levar a parte ao pretor debaixo de vara, e o pretor verificava se tinha ao, verificava tambm o objeto e ento o pretor encaminhava as partes aos rbitros [pessoas entendidas do direito] A partes escolhiam um rbitro que faria a instruo processual. Aps a verificao da existncia do direito, saia a sentena. Com o descumprimento da sentena, a parte que ganhou falava que a sentena nao foi cumprida, e o pretor dava alvar para a parte ganhadora ir buscar com a fora o cumprimento da sentena. Se divide em fase de conhecimento e fase de execuo/ Solene (ritual) = o rito do processo.

- nus da prova: quem alega

- 2 fases: Pretor (ao e objeto)/ rbitro (instruo/ sentena)

- Inadimplemento: pretor/execuo "privada": bem/corpo.

Pretor: verificar se tinha ao

Arbitro: execuo e sentena> O processo civil romano desenvolvia-se, assim, em dois estgios: perante o pretor e perante o rbitro.> O legislador surgiu com a Lei das 12 tbuas

B) Perodo formulrio

- aes da lei [aes da lei direcionadas aos cidados romanos]/ frmulas escritas [direcionado aos povos conquistados]

- justia pblica e privada [aes da lei = privada; frmulas escritas = pblica]

- 2 fases/advogado = 2 fases permanecem (pretor: ao e objeto, arbitro: instruo processual). Surge a figura do advogado, que na verdade era o arbitro, que atuava como um ou como outro (eram conhecedores do direito).

- contraditrio [nasce o contraditrio. Princpio do contraditrio = cincia bilateral, ou seja, tudo o que posto em juzo contra voc, vc tem o direito de tomar cincia] / prova quem alega.- deciso: livre convencimento

- inadimplemento: pretor/ execuo (estado): pecnia e escravo

> descumpriu o que foi determinado pelo arbitro, com uma ao de execuo e avisa ao pretor, levando o cara de novo l. No h mais a morte, s a pecnia (bens) e a escravido.

C) Fase da cognio = bero do nosso direito.

- imprio romano

- justia pblica [estado assume para si a responsabilidade] / pretor (somente funo de magistrado)

- pedido escrito/ citao oral/ carta/ edital

- defesa escrita/ instruo (provas)

- sentena (livre consentimento)

- recurso: apelao (quem decide: imperador)

- descumprimento/ pretor/ execuo: bens/ escravo [mesma coisa do p. formulrio]

D) Queda/ Perodo medieval

- germnico (brbaros) - direito no desenvolvido/ costumes

- assembleias populares

- oral/ rgido/ juiz: direo dos debates [nica funo, quem decidia: assembleia]

- pacto [p o ru]: satisfao/ provar que no deve (acusatrio, prova negativa: quem prova o ru)..- testemunho: juramento [j valia, no era necessria a investigao]/ ordalas (fanatismo religioso) [presena de deus no julgamento]

- sentena solene

- inadimplemento: execuo (liberao dos meios institudos: bens e penas infamantes) [se no cumprir, j estava escrito na sentena "se no for cumprida a sentena pode fazer isso isso e isso]

- sem recurso

5.2 Direito Cannico.- Conjunto de leis/ nascimento: imprio romano

- Governo da organizao e seus membros

- Privilgio de foro (perseguidos/ escritos)

- fonte: vontade divina/ sagradas escrituras

> sistema inquisitivo

_Histria do Direito Processual

- Romano/queda

- cannico-lusitano (ordenaes/ escrito/ audincias/ testemunhas/ segredo de justia/contradio/ recurso de sentena e decises interlocutoras/ agravo)- brasileiro: ordenaes/ cdigo comercial/ regulamento 737/ cpc 1939/ cpc 1973

(livros I - conhecimento - modalidades [provimentos jurisdicionais] = declarao, constituio e condenao./ II execuo = quando eu vou ao judicirio com uma ao que no esta nos termos da lei, o estado tem que investigar. Quando estou com um documento passvel de execuo, no necessria a investigao, j que j se sabe quem est com a razo, bastando que o executado arque com o valor definido em sentena/ III Cautelar/ IV Procedimentos especiais (jurisdio voluntria e contenciosa)/ V - Posies finais e transies5. Princpios informadores do CPC

> Generalidades

A. Constituio: conjunto de leis que define a vida de uma nao.

> cada nao estabelece em seu territrio as regras de conduta que quer que sejam seguidas.

B. Princpios: so direitos gerais de um ordenamento jurdico, levados pelo constituinte ao status constitucional - No objetivam regular situaes especficas, mas lanar sua fora sobre o mundo jurdico/ base/ eficcia.

Ex = vida/ liberdade/ honra/ crena/ etc.

C. Garantias: instrumentos que asseguram os princpios enunciados/ proteo na prtica.

Ex = no haver pena de morte/ duplo grau de jurisdio.

> diferena princpio e garantia = garantia a proteo na prtica. Vai fazer valer o princpio.

D. Regras: espcies de norma/ hiptese de incidncia/ comprovao

Ex = fazer, no fazer, no pagar.> direita base (constituio), direito infraconstitucional. > o direito material diz como a vida deve ser feita, se houver violao desse dispositivo houve incidncia. A incidncia deve ser comprovada.

E. Confronto: choque (proporcionalidade/ razoabilidade)

I - Regras: (se no mesmo patamar)

- a mais recente

- especial e geral

Ex = sustentao oral (cpc/ estatuto da OAB)

II - Princpios: contexto. Os princpios esto no mesmo patamar.

Ex = testemunha de jeov: no permitem transfuso de sangue. A criana precisa de sangue e os pais no querem deixar, mas o que vem em primeiro lugar a vida, ento a transfuso feita. = Dignidade humana. O contexto que faz a diferena na aplicao de um princpio ou de outro.

> Princpios informadores do processo (existncia)

Obs: qualquer lugar do recurso/ estrutura do processo.

Para que haja a constatao da existncia do processo, verificamos os princpios:

A. Jurdico: qualquer demanda tem um cunho jurdico/ regras. Processo s existe se tem consequncia jurdica.

B. Econmico: Valor patrimonial (emergente = surgiu no ato esse dano)/ lucros cessantes = pagar o prejuzo sofrido com o dano (pagar ao taxista o que ele ganharia se vc no tivesse batido em seu txi). Todo processo tem valor patrimonial? Sim.C. Poltico: ser humano/ relaes/ conjunto de pessoas

Pressupostos processuais: 1) provocao 2) citao, convocao. necessrio haver uma relao entre 2pessoas ou mais.

D. Social: determinada sociedade.

Obs: Constitucional: determinada naoPrincpios fundamentais que do forma e carter aos sistemas processuais. A doutrina distingue osprincpios geraisdaquelas normas ideais que representam uma aspirao de melhoria. Por esse ngulo, quatro regras, sob o nome de 'princpios informativos':

a) o princpio lgico = seleo dos meios mais eficazes e rpidos de procurar e descobrir a verdade e evitar o erro.

b) princpio jurdico = igualdade no processo e justia na deciso

c) princpio poltico = o mximo de garantia social, com o mnimo de sacrifcio individual da liberdade

d) princpio econmico = processo acessvel a todos, com vista ao seu custo e sua durao.6.1 Princpios constitucionais

Princpios informadores: JEPS [fim da aula acima]

A - Devido processo legal - art 5, LIV - CF

- Principio/garantia

- Base do estado democrtico de direito

- privao (perdas): vida, liberdade e propriedade (tutela: etapas da lei/obrigatoriedade)

B - Isonomia das partes

- Processo: igualdade/equilbrio- Material (social) - p 1, art. 5o CF

- Formal (lei) - art. 5 caput, todos so iguais perante a lei.

- Isonomia: Observncia das desigualdades materiais para, na lei, promover compensao, visando o equilbrio.

Ex = prazos/idade/preso

C - Contraditrio e ampla defesa, art. 5 LV CF

I - Contraditrio

a. Antigamente: informao e reao informais: cincia bilateral (todos os atos)

> Faz surgir o processo (processo s surge com a citao da outra parte)

> No absoluto: diferido

Ex: antecipao de tutela ("inaudita altera parte") > possvel que o juiz te d alguma coisa sem a existncia da outra parte. Por que se no o bem pode ser perdido sem a tutela antecipada.

> Reao: Abrange a defesa (alegaes e produo de prova)

b. Hoje: + a participao: Direito de exigir anlise e deliberao sobre as alegaes e provas (deferir/indeferir)

c. Obrigatoriedade: ouvir a parte contrria, antes de proferir deciso.

- Finalmente: pleno exerccio do direito de defesa e pronunciamento.

- no haver privilgios de qualquer sorte

II - Ampla defesa> usar os meios lcitos permitidos no processo/limitado.

- dependendo do conceito utilizado abrange o contraditrio

- Direito de se defender (real/formal)

D) Direito de ao (direito de petio, inafastabilidade da tutela jurisdicional)

1. Petio [sempre o interessado]

- direito subjetivo de pedir (reclamao/representao)

- defesa de interesses: legalidade/abuso de poder (interessado)

- sem condio ou taxa

2. Ao (art 5o. XXXV, CF)

- direito pblico subjetivo de pedir (exigir a tutela)

- judicirio (em face de 3o)/ leso [j concretizou] ou ameaa [est em vias de] (ao direito)

- tutela adequada (definitiva ou antecipada) [definitiva: ao final do processo/antecipada: durante o processo]

- condio e taxa [condio: legitimidade, interesse processual, pedido juridicamente possvel. Taxa = custas processuais]

3. Inafastabilidade da jurisdio (inc XXXV, art 5o CF)

- Estado (soberania)/ fora de coisa julgada

- imparcialidade

- exceo: arbitragem

4. Objetivo: assistncia judiciria integral e gratuita (justia efetiva)

E) Motivao das decises (art 93, IX e X, CF)

- decises judiciais

- estado democrtico de direito (art 1o, CF)

- publicidade/fundamentao

- sigilo (garantia)

- qualquer tipo de deciso

- pena: nulidade

F) Durao razovel do processo (inc VIII, art 5 CF)

- garantia/emenda 45/2004 - CF

- tempo adequado (?)- celebridade/efetividade

- no pressa

- aplicabilidade: todos os operadores do direito.

DPC

Princpios

G) Juiz natural art. 5o XXVII e LIII - CF.

- garantia

I - Objeto

a) prvia existncia do rgo ao fato (vedao de tribunal de exceo)

b) respeito as regras objetivas de competncia (investidura e competncia)

II - Subjetivo> imparcialidade do julgador (justa composio)

- S os rgos criados pela CF podem fazer valer o direito. Vedao: tribunais de exceo (no h prvia competncia jurisdicional)

H) Imparcialidade do juiz

- garantia de justia para as partes

- inrcia da jurisdio

- figura entre as partes e acima delas

- impedimento [se o juiz parente da parte, p ex. Ou tem relao com o processo, situaes palpveis] /suspenso [subjetivo. envolve amizade ou inimizade. Pq ele estaria julgando como pessoa fsica]

- neutralidade? Ele sai da neutralidade. Ele participa da relao processual.

I) Provas ilcitas (inadmissibilidade) Art 5o, LVI, CF

- principio da liberdade das provas

- CF: meios legas e moralmente legtimos

- objeto da prova? fatos.

- ilcita: produo (material), contendo invlido. Ex: produo de doc sob tortura.

- ilcita: obteno (formal). Meios no permitidos. Contedo certo. Ex = conversa telefnica [gravada por um 3o], violao de domiclio.

- ilegtima: processual. Ex: oitiva de pessoa que no pode depor/interrogatrio sem advogado.

- art 333. CPC - nus da prova autor/ru.

ao autor cabe provas dos atos constitutivos do direito. Ao ru prova aos atos impeditivos, extintivos, modificativos..

J) Publicidade

- transferncia dos atos do estado.

- objetivo: conhecimento e controle (fiscalizao)

- pena: nulidade

- segredo de justia e restrio/defesa da intimidade (aes de estado)

- sigilo ou interesse social.

- no pode prejudicar interesse pblico.

> quem so os sujeitos da relao jurdica de direito processual? Autor, ru [partes] agente do estado, testemunhas, perito.

> dar pra saber qual a parte ganhadora em um processo?

Depende. Processo que comea na fase de execuo o juiz j sabe tudo o que aconteceu.J) Publicidade

- transferncia dos atos do estado.

- objetivo: conhecimento e controle (fiscalizao)

- pena: nulidade

- segredo de justia e restrio/defesa da intimidade (aes de estado)

- sigilo ou interesse social.

- no pode prejudicar interesse pblico.

5.2 Princpios infraconstitucionais

A) Lealdade processual

- juiz: reprimir atos aleatrios

- objetivo: evitar protelao (fraude/inrcia)

- fraude: credores [se livrar de seus bens antes do processo comear, sabendo que isso vai acontecer]/execuo [se livrar dos seus bens depois do incio do processo]

- malcia: omisso ou comisso

- no identificao de bens (multa)

- Advogado: contribuio significativa.

B) Proporcionalidade e razoabilidade

I - Proporcionalidade

- limitao aos rigores da lei - penalidades/justa soluo

- adequao e necessidade

- extenso do dano: material/moral/esttico (reduo/desproporo)

Ex: execuo

II - Razoabilidade

- Hierarquia = coliso de princpios e valores

- Evitar condutas absurdas e incoerentes

C) Livre convencimento

- valorar racionalmente as provas

- vincula o convencimento ao material probatrio

- obrigao de fundamentar a deciso

(possibilidade de aferir o desenvolvimento do raciocnio e as razes do convencimento)

7. Institutos fundamentais do Direito Processual Civil

- categorias: civil/processo.

- quadrinmio: ao/jurisdio/processo/defesa [estudar conceito de cada um = PROVA]

Aqueles que do mais importncia ao estado comeam pela jurisdio. Aqueles que do mais importncia ao jurisdicional comeam pela ao. Aqueles que falam de ao esto tambm falando de defesa. Ao + seus institutos, defesa + seus institutos.

(Os mais antigos usavam o trinmio: ao/jurisdio/processo)

7.1 Ao

I - Conceito: Direito pblico subjetivo de exigir o exerccio da funo jurisdicional/Direito de romper a inrcia.

II - Postulao (provocao)/ Imparcialidade, art 2o. CPC

- ao [ o direito pblico subjetivo (pq podemos exigir do estado soluo) de romper a inrcia do Estado] /demanda [relao de litigio que se estabelece entre autorxru] / processo

- petio: regra p tirar o estado da inrcia. (adv) / exceo: oral (na justia trabalhista e no JEC cvel se pode fazer oralmente)

> Natureza jurdica

Teorias

I - Civilista/Imanentista: a ao era o prprio direito material/resposta a violao/confuso direito material e direito de ao

> No era capaz de explicar a ao meramente declaratria negativa, j que sempre se vinculava ao direito material.

II - Concretista = diferenciou o direito de ao do material/ Pretenso/s tem ao se a sentena for favorvel. "me traga o fato concreto que te dou o direito"

> Se desfavorvel no tem ao. Se vc no tem esse direito, ele no consegue explicar o que era aquilo [ao desfavorvel]. A ao s trazia resultado favorvel.

> No explica qual o instrumento na sentena desfavorvel. De forma que n era possvel ao ru entrar com uma apelao.

III - Abstrata da ao: O que se imagina ter/ Autonomia/ Direitos: jurisdio [ter acesso ao Poder Judicirio] e depois pretenso/ provocao/ Provimento favorvel ou no.

IV - Ecltica: dualista.

> Provimento

> Restries ou condies art 2o. e 3o. do CPC

> Finalidade: Abuso do direito

> Garantia: Acesso - inc. XXXV, art 5o. CF

> Excees [existem algumas situaes onde vc tem que buscar algumas coisas extrajudiciais p poder entrar c processo]: Tributos/ Desporto [jogador de futebol tem que buscar o seu direito primeiro na justia esportiva, antes de vir a normal]/ Comisso de conciliao prvia/ Novo CPC

7.1.2 - Elementos, condies da ao e classificao.I - elementos da ao

- so componentes mnimos que descrevem a identidade da ao - p. 20, 301 CPC/ latispendncia

A) Partes: autor e ru?

B) Causa de pedir: fatos e fundamentos jurdicos do pedido (justificativa)

- Elemento ftico e qualificao jurdica

Causa de pedir:

- Prxima: fundamento jurdico do pedido (adequao da lei ao fato)

- Remota: Fatos constitutivos/gerador do direito (o fato gerador pode ser um contrato, p ex, o fato que gera o direito)

Obs: No se exige do autor indicao do texto de lei pq ele pode no existir.

C) Pedido - objeto (pretenso)

- Imediato: Providncia estatal (provimento)

- Mediato: Bem da vida

- Certo ou determinado

- Especificaes

- Genrico

Ao direito publico subjetivo = o direito de exigir a tutela jurisdicional.

II - Condies da ao = componentes, ou situaes que devem existir para que o estado identifique e julgue o mrito da ao/ requisitos.

- art 3o. CPC - p propor e contestar a ao necessrio ter interesse e legitimidade.

- visa evitar desperdcio de tempo e de atividade jurisdicional (teoria ecltica)

- no existncia: extino sem julgamento do mrito/acesso foi garantido.

A - Legitimidade das partes

1) Conceito: aspecto subjetivo da relao jurdica processual/ titularidade do bem jurdico.

2) Titularidade ativa e passiva da demanda (polos/partes)

3) Ordinria: coincidncia entre o plano material e o plano processual. Ex: R.J. AxB/AxB

4) Extraordinria (art 6o CPC): a ruptura entre o plano material e o processual (previso legal)

> Atuao em nome prprio p preservar direito alheio.

Ex: Sindicato/OAB.

B - Interesse processual de agir

anlise: necessidade e adequao

- necessidade/utilidade: risco de prejuzo/no satisfao espontnea/ interferncia do PI

- adequao: escolha da tutela pertinente/ caso concreto

C - Possibilidade jurdica do pedido

- licitude do objeto

PRINCPIOS DPC SEGUNDO O LIVRO.

> Princpios:

a) Princpio da imparcialidade do juiz = A imparcialidade do juiz pressuposto para que a relao processual se instaure validamente.

O princpio do juiz natural apresenta um duplo significado: no primeiro consagra a norma de que s juiz o rgo investido de jurisdio; no segundo impede a criao de tribunais ad hoc e de exceo. E as mais modernas tendncias tambm englobam que h a proibio de substituir o juiz constitucionalmente competente.

b) Princpio da igualdade = A igualdade perante a lei premissa para a afirmao de igualdade perante o juiz. As partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitrio, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juzo suas razes.

Hoje, reala-se o conceito realista que pugna pela igualdade proporcional: tratamento igual aos substancialmente iguais. A aparente quebra do princpio da isonomia obedece exatamente ao princpio da igualdade real e proporcional: tratamento desigual aos desiguais.

> No processo civil legitimam-se normas e medidas destinadas a reequilibrar as partes e permitir que litiguem emparidade em armas.

c) Princpio do contraditrio e da ampla defesa = A bilateralidade da ao, gera bilateralidade do processo. Em todo processo contencioso h pelo menos duas partes: autor x ru.

O juiz, por fora da imparcialidade, ouvindo uma, no pode deixar de ouvir a outra; somente assim se dar a ambas a possibilidade de expor suas razes. Somente pela soma da parcialidade das partes (uma apresentando a tese, a outra a anttese) o juiz pode corporificar a sntese.

> Em decorrncia desses princpios, necessrio que se d cincia a cada litigante dos atos, por meios de: citao, intimao e notificao.

d) Princpio da ao [ou da demanda] = ao: o direito (ou poder) de ativar os orgos jurisdicionais, visando satisfao de uma pretenso. A jurisdio INERTE, exige a provocao do interessado.

e) Princpios da disponibilidade e da indisponibilidade [este ultimo, processo penal] = possibilidade de apresentar ou no sua pretenso em juzo, bem como de apresent-la da maneira que melhor lhe aprouver e renunciar a ela ou certas situaes processuais.

f) Princpio dispositivo e princpio da livre investigao das provas = dispositivo: o juiz depende, na instruo da causa, da iniciativa das partes quanto s provas e s alegaes que fundamentaro a deciso.

> O CPC manteve a tendncia publicista, que abandona o rigor do princpio dispositivo, permitindo ao juiz participar da colheita das provas necessrias ao completo esclarecimento da verdade, como ainda reforou os poderes diretivos do magistrado. O sistema adotado apresenta uma conciliao do princpio dispositivo com o princpio da livre investigao judicial.

g) Princpio da persuaso racional do juiz = tal princpio regula a apreciao e a avaliao das provas existentes nos autos, para convencer o juiz de sua causa de acordo com o ordenamento jurdico.

h) Princpio da exigncia de motivao das decises judiciais = Fundamentao do juiz a respeito de sua deciso.

i) Princpio da publicidade = O princpio da publicidade do processo constitui uma preciosa garantia do indivduo no tocante ao exerccio da jurisdio. A presena do pblico nas audincias e a possibilidade do exame dos autos por qualquer pessoa representam o mais seguro instrumento de fiscalizao popular sobre a obra dos magistrados, promotores, advogados.

j) Princpio da lealdade processual = O princpio que impe deveres de moralidade e probidade sobre todos aqueles que participam do processo (partes, juzes, advogados, etc)

> O desrespeito ao dever de lealdade processual se traduz em ilcito processual ao qual correspondem sanes processuais.

k) Princpios da economia e da instrumentalidade das formas = economia: deve haver uma necessria proporo entre fins e meios, para equilbrio do binmio custo benefcio.

l) princpio do duplo grau de jurisdio = esse princpio indica a possibilidade de reviso, por via de recurso, das causas j julgadas pelo juiz de primeiro grau, atravs do juiz de segundo grau, em um novo julgamento.

> H necessidade de nova provocao jurisdicional, j que s se efetiva o duplo grau de jurisdio atravs de recurso apresentado pela parte.

> As garantias do processo legal

> O conjunto de garantias constitucionais que, de um lado, asseguram s partes o exerccio de suas faculdades e poderes processuais, e do outro, so indispensveis ao correto exerccio da jurisdio. (juiz competente, contraditrio, ampla defesa, isonomia processual, etc)

> Acesso a justia

> O direito de ao, direito de acesso justia para defesa de direitos individuais violados, foi ampliado, pela CF/88, via preventiva, para englobar ameaa. Vide inc XXXV do art 5o.

> CONCEITOS: jurisdio, ao, exceo. > Jurisdio = ao mesmo tempo poder, funo e atividade. Como poder: manifestao do poder estatal, conceituado como capacidade de decidir imperativamente e impor decises. Como funo: expressa o encargo que tm os orgos estatais de promover a pacificao de conflitos interindividuais, mediante a realizao do direito justo e atravs do processo. Como atividade: o complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a funo que a lei lhe concede.

> Ao = o direito ao exerccio da atividade jurisdicional. Mdiante o exerccio da ao provoca-se a jurisdio, que por sua vez se exerce atravs daquele complexo de atos que o processo.

> Exceo = em sentido amplo, o poder jurdico que possibilita o ru a opor-se ao movida pelo autor. direito pblico subjetivo.

> O acolhimento do pedido do autor leva a interferir na esfera jurdica do ru, cuja liberdade sofre uma limitao ou uma vinculao de direito. A demanda inicial apresenta-se, pois, como pedido que uma pessoa faz aao rgo jurisdicional de um provimento destinado a operar na esfera jurdica de outra pessoa = bilateralidade da ao.

> Processo: o instrumento atravs do qual a jurisdio opera.

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