direito previdenciário p/ inss (com prof. ivan kertzman) · meus guerreiros, hoje vamos estudar...
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Aula 02
Direito Previdencirio p/ INSS (com Prof. Ivan Kertzman)
Professor: Ivan Kertzman
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Direito Previdencirio para o Concurso para Tcnico do Seguro SocialCurso Terico + Exerccios
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AULA 02
SUMRIO PGINA1. Apresentao da Aula 12. Segurados do RGPS Viso Geral 23. Empregados 44. Empregados Domsticos 155. Contribuintes Individuais 176. Trabalhadores Avulsos 277. Segurados Especiais 288. Segurados Facultativos 369. Filiao X Inscrio 3810. Segurados Excludos do RGPS11. Empregador Domstico 4012. Empresas e Equiparadas 4013. Exerccios para a Fixao do Aprendizado 43Anexo I Textos do Lei 8.212/91, do Decreto 3.048/99e da IN 971/09
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1. APRESENTAO DA AULA
Meus guerreiros, hoje vamos estudar durante a nossa aula um tema
bastante importante para quem objetiva a aprovao no concurso para
Tcnico do Seguro Social: conceito e categoria de segurados e tomadores
de servio.
Na prova do concurso para Tcnico do INSS devem ser cobradas questes
sobre os segurados da previdncia social. Por isso, temos que chegar
afiados neste assunto na data do certame...
Os segurados do RGPS esto definidos tanto no art. 12, da Lei 8.212/91,
quanto no art. 11, da Lei 8.213/91, que repete integralmente o texto da
Lei 8.212/91, assim como no art. 9, do Regulamento da Previdncia
Social RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99.
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Observem que existem diferenas de redao entre o texto que
encontrado nas Leis 8.212 e 8.213 e o que est no RPS. O concurso para
o INSS pode utilizar qualquer um dos textos normativos, mas na maioria
das vezes usa o texto do Regulamento da Previdncia Social.
Assim, como metodologia da nossa aula, trabalharemos na maioria das
vezes com o texto do RPS, mas no item final da aula de hoje,
disponibilizaremos o texto legal do art. 12, da Lei 8.212/91 e do art. 9,
do RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99, assim como o art. 6, da IN
971, da RFB, que trata tambm de segurados.
Recomendo a todos vocs que leiam atentamente os textos legais
disponibilizados nas nossas aulas. Quando disponibilizo o texto da lei,
acredito que ele importante para a preparao do aluno. A leitura de
todo o Decreto 3.048 fatigante e no levaria o aluno ao resultado
almejado, mas alguns artigos devem ser obrigatoriamente estudados. O
meu papel como capito desta tropa , justamente, mostrar os atalhos
existentes para chegarmos com menos esforo ao nosso objetivo.
2. SEGURADOS DO RGPS VISO GERAL
Os segurados do RGPS so as pessoas que mantm vinculo jurdico com o
Regime Geral da Previdncia Social, contribuindo para o sistema e
fazendo jus ao gozo de benefcios e servios da previdncia social.
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Todos os trabalhadores que exercem atividade remunerada e no
possuem vnculo com algum regime prprio de previdncia social so
obrigatoriamente filiados ao Regime Geral de Previdncia Social.
Como estudado na aula demonstrativa, mesmo os que no trabalham
podem fazer parte do RGPS se optarem por filiar-se na qualidade se
segurado facultativo, contribuindo para o INSS e passando a ter direito s
prestaes previdencirias.
Desta forma, meus amigos, todos os que trabalham so segurados
obrigatrios da Previdncia Social e para ela devem contribuir. Se no
forem vinculados a regime prprio, sero segurados obrigatrios do
RGPS.
Nesta linha, todos os trabalhadores so classificados em apenas cinco
categorias de segurados obrigatrios:
1) Empregados;
2) Empregados domsticos;
3) Contribuintes individuais;
4) Trabalhadores avulsos;
5) Segurados especiais.
Trabalhou, sem vinculo com RPPS, deve ser enquadrado em uma destas
cinco categorias. Se no trabalhar, ainda pode optar por fazer parte do
RGPS, contribuindo como segurado facultativo.
Os segurados obrigatrios so os trabalhadores maiores de 16 anos, salvo
os contratados como aprendizes, que podem iniciar as atividades desde
os 14 anos de idade.
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Os dependentes dos segurados tambm tm direito a usufruir prestaes
previdencirias. A legislao define quem so os dependentes, no poden-
do estes ser inscritos pela vontade do segurado. Neste curso estudaremos
apenas os segurados, pois os seus dependentes no fazem parte do
programa deste concurso.
Nesta aula, estudaremos o rico detalhamento legal das categorias de
segurados, enquadrando cada trabalhador em sua categoria. Esta
justamente a forma que este assunto cobrado nas provas de concurso
pblico.
3. EMPREGADOS
Logo agora, gostaria de chamar a ateno de todos vocs de que a
categoria dos empregados previdencirios muito mais ampla que a
definio de empregado do direito do trabalho, contida na CLT.
Podemos afirmar, ento, que o empregado celetista do Direito do
Trabalho apenas um dos diversos exemplos de empregados do RGPS.
Assim, todo empregado celetista enquadrado na categoria dos
empregados do RGPS, mas existem diversos trabalhadores que so
classificados como empregados do ponto de vista previdencirio, mas no
so empregados para o Direito do Trabalho.
Art. 9, I, a, RPS
I. Aquele que presta servio de natureza urbana ou rural empre-
sa, em carter no eventual, com subordinao e mediante
remunerao, inclusive como diretor empregado.
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Aqui se encontra justamente o empregado celetista, que exige para a
caracterizao do vnculo empregatcio os quatro pressupostos da relao
de emprego:
a) no eventualidade ou habitualidade;
b) pessoalidade da prestao do servio;
c) subordinao;
d) Onerosidade, ou seja, o recebimento de remunerao.
Consideram-se habituais as atividades que sejam exercidas com periodi-
cidade certa, no necessitando sejam exercidas diariamente. Um mdico
que d um planto por semana em um determinado hospital privado
preenche o requisito da no eventualidade, pois a periodicidade da
prestao de servio semanal. Se possuir as outras 3 caractersticas da
relao de emprego, poder ser considerado empregado.
A pessoalidade na prestao de servios , tambm, requisito funda-
mental para a caracterizao do trabalhador empregado. O contrato
demanda que a atividade profissional seja executada pela pessoa
contratada, no podendo ser repassada para terceiros. Se um trabalhador
puder mandar outra pessoa para lhe substituir, sem maiores
formalidades, jamais poder ser considerado empregado, pois faz parte
da caracterstica da relao de emprego, o exerccio do trabalho de forma
pessoal.
O trabalho do empregado dirigido e comandado por um superior hierr-
quico, que tem o poder de ordenar a forma de execuo das tarefas. O
superior hierrquico no necessariamente sabe mais do ofcio a ser
realizado que o seu subordinado, mas pode indicar a forma que o trabalho
ser realizado (por onde deve comear, quais sero os passos seguintes e
por onde terminar). No existe empregado sem subordinao jurdica.
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Obviamente, a remunerao do servio prestado obrigatria para que
se enquadre o segurado na categoria de empregado. at possvel a
existncia de atividade lcita sem remunerao (voluntariado), mas, neste
caso, jamais ter se caracterizado a relao de emprego.
Os trabalhadores contratados pelas Estatais (empresas pblicas, funda-
es ou sociedades de economia mista) tambm so regidos pela
Consolidao das Leis Trabalhistas (CLT), sendo considerados segurados
empregados (empregados da Caixa Econmica Federal, da Petrobrs e do
Banco do Brasil, por exemplo).
Art. 6, II, da IN 971/09
II. O aprendiz, maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos,
ressalvado o portador de deficincia, ao qual no se aplica o limite
mximo de idade, sujeito formao tcnica-profissional
metdica, sob a orientao de entidade qualificada;
At a publicao da Medida provisria 251, convertida na Lei 11.180, de
23/09/05, que alterou a redao dos artigos 428 e 433 da CLT, a idade
permitida para o aprendizado variava entre 14 e 18 anos. Por isso,
chamava-se este estudante-trabalhador de menor aprendiz. Atualmente,
o aprendiz pode ter idade entre 14 e 24 anos, salvo se portador de
deficincia, que no tem idade limite.
O aprendiz considerado empregado para fins previdencirios. Constitui a
nica classe de segurado que pode inscrever-se antes de completar 16
anos de idade.
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Art. 9, I, b, RPS
III. Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporrio,
por prazo no superior a trs meses, prorrogvel, presta servio
para atender a necessidade transitria de substituio de pessoal
regular e permanente ou a acrscimo extraordinrio de servio de
outras empresas, na forma da legislao prpria.
O nosso sistema jurdico permite a contratao de trabalhadores
temporrios que no geram vnculo de emprego com o contratante, desde
que contratados seguindo algumas formalidades legais:
a) A contratao no pode ser direta, devendo ser efetuada por meio
de uma empresa de trabalho temporrio. Esta empresa
especializada no fornecimento de trabalhadores temporrios aos
seus diversos clientes;
b) O prazo inicial do contrato no pode ser superior a trs meses,
podendo este ser prorrogado com a autorizao de rgo local do
Ministrio do Trabalho e Emprego;
c) A contratao s pode ser efetuada em duas situaes:
c1. para atender a necessidade transitria de substituio de
pessoal regular e permanente. Assim, se um empregado
regular da empresa est em auxlio-doena, pode ser
contratado, por meio de empresa de trabalho temporrio, um
trabalhador temporrio para substitu-lo.
c2. para atender a necessidade de acrscimo extraordinrio
de servio, como ocorre, por exemplo, com algumas lojas de
departamento na poca que antecede o natal ou com
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empresas fabricantes de chocolates no perodo anterior a
pascoa.
Art. 9, I, c, RPS
IV. O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no
Brasil para trabalhar como empregado no exterior, em sucursal ou
em agncia de empresa constituda sob as leis brasileiras e que
tenha sede e administrao no pas.
fcil de notar que, de acordo com o texto da Lei, tanto o brasileiro
quanto o estrangeiro que so domiciliados e contratados no Brasil para
trabalhar no exterior, em uma sucursal ou agncia de empresas constitu-
das sob as leis brasileiras, sero considerados empregados.
Esta regra busca dar proteo ao trabalhador que seja contratado no
Brasil e transferido para um pas estrangeiro. Para deixar bem claro este
objetivo protetivo, sempre que ensino este assunto costumo dar o
exemplo real de meu irmo. Ele foi contratado em Salvador para
trabalhar em uma grande construtora brasileira, em uma obra no Esprito
Santo, fincando 1 ano neste estado. Foi, em seguida, transferido para
uma obra no Rio de Janeiro. Aps dois anos nesta obra, um grande
Diretor desta empresa, observando o trabalho dele, falou: Este menino
vai longe. Cumprindo a sua promessa, mandou meu irmo para a
Angola, onde trabalhou por 5 anos, partindo em seguida para a
Venezuela, trabalhando mais 3 anos neste pas, e, em seguida, para o
Panam, onde ficou por 4 anos. No meio de 2013, ele foi transferido,
mais uma vez, agora para Guin Equatorial, na frica.
Se no fosse esta regra protetiva, meu irmo no teria direito a se
aposentar em qualquer dos pases onde trabalhou, pois jamais formaria o
tempo de contribuio necessrio para a concesso deste benefcio.
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Art. 9, I, d, RPS
V. O brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil
para trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exte-
rior, com maioria de capital votante pertencente empresa cons-
tituda sob as leis brasileiras, que tenha sede e administrao no
pas e cujo controle efetivo esteja em carter permanente sob a
titularidade direta ou indireta de pessoas fsicas domiciliadas e
residentes no Brasil ou de entidade de direito pblico interno.
Essa situao muito parecida com a que acabamos de estudar, tendo
com nica diferena que transferncia para o exterior ocorre para uma
empresa do grupo empresarial cujo controle acionrio pertena a empresa
brasileira. o caso de trabalhadores transferidos para empresas do
mesmo grupo econmico situadas no exterior.
Na situao anterior, a transferncia ocorreu para uma sucursal da
mesma empresa situada em outro pas.
Art. 9, I, e, RPS
VI. Aquele que presta servio no Brasil a misso diplomtica ou a
repartio consular de carreira estrangeira ou a rgos a elas
subordinados ou a membros dessa misso ou repartio, excludo
o no-brasileiro sem residncia permanente no Brasil e o brasilei-
ro amparado pela legislao previdenciria do pas da respectiva
misso diplomtica ou da repartio consular.
Os funcionrios contratados para trabalhar nos consulados e embaixadas
de outros pases em funcionamento no Brasil so segurados empregados,
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excetuando-se os estrangeiros no residentes e os brasileiros cobertos
pela Previdncia do pas representado.
Art. 9, I, f, RPS
VII. O brasileiro civil que trabalha para a Unio no exterior, em
organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efeti-
vo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo se segurado na
forma da legislao vigente do pas do domiclio ou se amparado
por regime prprio de previdncia social.
Meus amigos, percebam que nessa situao esto abrangidos apenas
brasileiros, ao contrrio das expatriaes efetuadas pelas empresas pri-
vadas, nas quais, mesmo os estrangeiros residentes no Brasil, continuam
vinculados ao RGPS.
Se a Unio contratar um trabalhador brasileiro para represent-la no
exterior, em um organismo oficial internacional do qual o Brasil seja
membro efetivo, como a Organizao das Naes Unidas (ONU) ou a
Corte Internacional de Justia, independentemente de a contratao ter
ocorrido no Brasil ou no pas onde se situa o rgo, esse trabalhador ser
vinculado ao RGPS, na qualidade de empregado.
01008991538
Notem que tal trabalhador deve ser contratado para representar os
interesses da Unio no organismo oficial internacional (ONU, por
exemplo). Caso o brasileiro seja contratado pelo prprio organismo, sem
que seja representante oficial do governo brasileiro, ser vinculado ao
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RGPS, na condio de contribuinte individual, como ser visto ainda nesta
aula.
Art. 9, I, j, RPS
VIII. O servidor civil titular de cargo efetivo ou o militar da Unio,
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municpios, includas suas
autarquias e fundaes de direito pblico, desde que, nessa
qualidade, no esteja amparado por regime prprio de previdncia
social.
J estudamos na nossa primeira aula que a Unio, todos os Estados mem-
bros e o Distrito Federal possuem regimes prprios de previdncia social.
Os servidores de cargo efetivo de Municpios que no instituram seus
regimes prprios so, ento, vinculados ao RGPS na categoria dos
empregados.
Art. 9, I, i, RPS
IX. O servidor da Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio,
includas suas autarquias e fundaes, ocupante, exclusivamente,
de cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exo-
nerao.
Os servidores de todos os entes federativos ocupantes de cargo em
comisso de livre nomeao ou exonerao so considerados empregados
para o Direito Previdencirio.
So exemplos de cargos de comisso de livre nomeao ou exonerao: o
assessor parlamentar dos deputados e vereadores, o ministro de Estado e
o secretrio estadual ou municipal.
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Tais trabalhadores so enquadrados como empregados, gozando de todos
os benefcios pertinentes a essa categoria e contribuindo da mesma forma
que qualquer empregado.
Se o ocupante de cargo de ministro de Estado, de secretrio estadual,
distrital ou municipal estiver amparado por regime prprio de previdncia
social em razo do exerccio de cargo efetivo do qual se tenha afastado
para assumir essa funo, este continuar vinculado ao regime prprio de
origem, no sendo enquadrado como empregado do RGPS. o exemplo
do servidor pblico que aceita o convite para ser Secretrio da Fazenda
do Estado da Bahia. Ele continuar vinculado ao RPPS de origem, no se
enquadrando como empregado do RGPS.
Art. 9, I, l, RPS
X. O servidor contratado pela Unio, Estado, Distrito Federal ou
Municpio, bem como pelas respectivas autarquias e fundaes,
por tempo determinado, para atender a necessidade temporria
de excepcional interesse pblico, nos termos do inciso IX do arti-
go 37 da Constituio Federal.
Este texto trata do trabalhador contratado pelos estes federativos para
trabalhar temporariamente no servio pblico na forma do chamado
Regime Especial de Direito Administrativo REDA.
Tais trabalhadores so considerados empregados, j que no podem ser
vinculados aos respectivos regimes prprios por eles institudos, por no
serem detentores de cargo efetivo.
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Art. 9, I, m, RPS
XI. O servidor da Unio, Estado, Distrito Federal ou Municpio,
includas suas autarquias e fundaes, ocupante de emprego
pblico.
Os servidores contratados pelos entes federativos ocupantes de empregos
pblicos so considerados empregados. Tais servidores so contratados
para cargos que no so de carreira tpica de Estado, pois estes devem
ser ocupados por servidores pblicos de cargo efetivo, sendo amparados
por Regime Prprio de Previdncia Social.
Art. 9, I, p, RPS
XII. O exercente de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou
municipal, desde que no amparado por regime prprio de previ-
dncia social.
Os vereadores, prefeitos, deputados, governadores, etc. eleitos nas urnas
so considerados empregados se no estiverem amparados por regime
prprio.
Observe que, se um servidor pblico vinculado Regime Prprio eleito
vereador de um municpio, ele continua vinculado ao RPPS de origem.
At 1997, existia o Instituto de Previdncia do Congressista (IPC), que
fornecia vantagens absurdas para deputados federais e senadores,
possibilitando-lhes aposentar-se com apenas oito anos de mandato, com
as regras do regime prprio. Essas aposentadorias privilegiadas ainda so
residualmente concedidas aos parlamentares que estavam exercendo
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seus mandatos na poca da extino do IPC, por causa da regra de
transio criada na ocasio.
Atualmente, os parlamentares que no estiverem abrangidos por regime
prprio so considerados empregados. Os servidores de cargo efetivo
cobertos por regime prprio, quando eleitos, continuam vinculados ao
respectivo regime.
Na hiptese de o servidor pblico vinculado ao regime prprio de previ-
dncia social exercer, concomitantemente, mandato eletivo no cargo de
vereador, ser obrigatoriamente filiado ao RGPS, em razo do cargo eleti-
vo. Nesse caso, como exerce as duas atividades, ser filiado aos dois
regimes.
Art. 6, XXVII, da IN 971/09
XIII. O diretor empregado de empresa urbana ou rural, que, parti-
cipando ou no do risco econmico do empreendimento, seja con-
tratado ou promovido para cargo de direo de sociedade anni-
ma, mantendo as caractersticas inerentes relao de emprego.
Os diretores contratados ou empregados promovidos para cargo de dire-
o de sociedade annima, desde que mantenham relao de emprego,
so regidos pela CLT e considerados empregados.
J os diretores de sociedades annimas eleitos para cargo de direo em
assembleia no sero considerados empregados se tiverem seus contra-
tos de trabalho suspensos.
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Art. 9, I, o, RPS
XIV. O escrevente e o auxiliar contratados por titular de servios
notariais e de registro a partir de 21 de novembro de 1994, bem
como aquele que optou pelo Regime Geral de Previdncia Social,
em conformidade com a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994.
Percebam que a legislao somente considerou empregados o escrevente
e o auxiliar contratados por titular de servios notariais. O notrio, o
tabelio e o oficial de registro que detm a delegao do cartrio (ou
seja, titulares de servios notariais) so considerados, como ser visto,
contribuintes individuais.
4. EMPREGADOS DOMSTICOS
Arts. 12, II, Lei 8.212/91, e 9., II, Decreto 3.048/99
Amigos, depois da recm aprovada Emenda Constitucional dos
Domsticos, este um dos temas mais comentados por todos. Eu no
paro de responder perguntas sobre os novos direitos trabalhistas dos
empregados domsticos...
Para nosso curso, todavia, no houve qualquer alterao na conceituao
do empregado domstico e o nico benefcio criado (salrio-famlia) ainda
no foi regulamentado, mas, possivelmente ele ser at a data do edital.
Ficarei atento para incluir no decorrer deste curso as possveis novidades
acerca deste tema. Vejamos, ento, a conceituao.
Empregado domstico o trabalhador que presta servios de natureza
contnua, mediante remunerao, a pessoa, a famlia ou a entidade
familiar, no mbito residencial desta, em atividade sem fins lucrati-
vos.
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O prprio texto acima j indica as caractersticas da relao de emprego
domstico:
1) O trabalhador deve prestar servio de natureza contnua;
2) O servio deve ser prestado pessoa fsica ou famlia;
3) A prestao de servio deve se dar no mbito residencial;
4) No pode haver finalidade lucrativa na atividade prestada pelo
empregado domstico.
A continuidade da prestao do servio requisito indispensvel
caracterizao do trabalho domstico. Os empregados celetistas no
possuem a caracterstica da continuidade, apenas sendo exigida a no
eventualidade. Enquanto a no eventualidade a periodicidade certa,
mesmo que ela ocorra uma vez por ms, a continuidade exige um certo
nmero de dias semanais de trabalho.
Assim, para que o trabalhador seja considerado empregado domstico,
necessrio que labore ao menos trs dias por semana, segundo
jurisprudncia majoritria. Observem, meus amigos, que atualmente
alguns tribunais entendem que a continuidade somente se caracteriza
quando o trabalhador domstico labora 3 vezes por semana. Se o
trabalhador laborar menos vezes por semana que o limite exigido para
considerar o trabalho contnuo (3 vezes, para a jurisprudncia
majoritria), no considerado empregado domstico, mas prestador de
servios enquadrado na categoria dos contribuintes individuais (diarista).
A regulamentao dos novos direitos do empregador domstico, j
aprovada no Senado, pretende acabar com esta polmica, confirmando
que a empregada domstica deve trabalhar, no mnimo, 3 vezes por
semana. Vamos aguardar a aprovao definitiva pelo Congresso
Nacional...
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No existe empregado domstico de pessoa jurdica ou de empresa, uma
vez que uma das caractersticas do emprego domstico que o
contratante seja pessoa fsica ou famlia.
Trabalhar em mbito residencial significa prestar servios tipicamente
domsticos, independentemente de este servio ser prestado dentro ou
fora da residncia. Desta forma, alm dos tradicionais empregados
domsticos (caseiro, arrumadeira, cozinheira e bab), existem outros
que, apesar de no trabalharem dentro da casa do patro so assim con-
siderados: o motorista particular, o marinheiro de barco de famlia e,
mesmo, o piloto de jatinho ou de helicptero particular. At mesmo uma
enfermeira ou um mdico particular contratado por um milionrio para
trabalhar em sua residncia tratando da sade do seu pai enfermo ser
considerado empregado domstico, independentemente de sua formao,
pois atender a todas as caractersticas desta contratao.
Meus caros amigos, o domstico deve trabalhar na residncia do contra-
tante, em atividades sem fins lucrativos. Pode-se afirmar, dessa forma,
que a cozinheira, ajudante da patroa na preparao de docinhos para fes-
tas de aniversrios infantis ser considerada empregada e no empregada
domstica, se a patroa auferir alguma renda com esta atividade.
5. CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS
Arts. 12, V, Lei 8.212/91, e 9., V, Decreto 3.048/99
Meus amigos, a categoria dos contribuintes individuais foi criada pela Lei
9.876/99, mediante a fuso de trs antigas categorias: autnomos,
empresrios e equiparados a autnomos.
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Ela envolve uma srie de subgrupos, como veremos agora.
Art. 9, V, a, RPS
I. a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade
agropecuria, a qualquer ttulo, em carter permanente ou
temporrio, em rea superior a 4 (quatro) mdulos fiscais; ou,
quando em rea igual ou inferior a 4 (quatro) mdulos fiscais ou
atividade pesqueira, com auxlio de empregados ou por intermdio
de prepostos; ou ainda nas hipteses em que o trabalhador rural
no puder ser enquadrado como segurado especial;
Aqui se encontra o produtor rural pessoa fsica, o chamado fazendeiro,
alterado pela Lei 11.718, de 20/6/2008. Antes da modificao, a
contratao de empregados era requisito obrigatrio para caracterizar
estes segurados como contribuintes individuais. Atualmente, mesmo que
o produtor rural no possua empregados, se tiver uma propriedade de
rea superior a quatro mdulos fiscais, ser enquadrado como
contribuinte individual.
J em propriedades agropecurias de rea igual ou inferior a quatro
mdulos fiscais, em regra, o trabalhador rural ser considerado segurado
especial, podendo at contar com empregados safristas, na forma da Lei
11.718. Ainda nesta aula, estudaremos com mais detalhes a categoria
dos segurados especiais.
J na atividade pesqueira, como o critrio do tamanho da propriedade no
pode ser utilizado, o trabalhador somente ser contribuinte individual se
contar com empregados, ou, ainda, nos casos em que descumprir um dos
requisitos para o enquadramento como segurado especial.
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Mas o que mdulo fiscal? Mdulo fiscal uma unidade de medida
expressa em hectares, fixada para cada municpio, que indica o tamanho
mnimo de uma propriedade rural capaz de garantir o sustento de uma
famlia que exerce atividade rural naquele municpio. Para definio de
mdulos fiscais, so considerados os seguintes fatores:
tipo de explorao predominante no municpio;
renda obtida com a explorao predominante;
outras exploraes existentes no municpio que, embora no
predominantes, sejam significativas em funo da renda ou da rea
utilizada;
O mdulo fiscal serve de parmetro para classificao do imvel rural
quanto ao tamanho, na forma da Lei 8.629, de 25/2/93, que considera a
pequena propriedade o imvel rural de rea compreendida entre 1 e 4
mdulos fiscais.
Art. 9, V, b, RPS
II. A pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade de
extrao mineral garimpo , em carter permanente ou tempo-
rrio, diretamente ou por intermdio de prepostos, com ou sem o
auxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de
forma no contnua.
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O garimpeiro sempre ser considerado contribuinte individual, mesmo
que no conte com o auxlio de empregados.
Meus guerreiros, no caiam na pegadinha que coloca o garimpeiro como
segurado especial. Quando estudarmos a categoria dos segurados
especiais, vou retomar este ponto, pois diversas provas de concurso
insistem em incluir o garimpeiro entre os segurados especiais.
Art. 9, V, c, RPS
III. O ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de
vida consagrada, de congregao ou de ordem religiosa.
Os padres, pastores, rabinos e demais lderes religiosos so classificados
como contribuinte individual, pois so ministros de confisso religiosa.
Por eu ser da Bahia, sempre que dou aula em outros Estados os alunos
me perguntam: professor, o pai de santo ministro de confisso
religiosa? Eu respondo sem titubear: se o pai de santo ministro de
confisso religiosa eu sinceramente no sei, mas posso afirmar com
100% de certeza que ele contribuinte individual. Queriam que ele fosse
empregado de quem? De Oxssi ou de Oxal?
Conto esta estria para passar um macete para vocs: sempre que
vocs no conseguirem enquadrar muito bem o segurado em qualquer
das categorias, muito provavelmente ele um contribuinte individual,
pois esta categoria a que engloba os mais diversificados grupos de
trabalhadores.
Art. 9, V, d, RPS
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IV. O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo ofi-
cial internacional do qual o Brasil membro efetivo, ainda que l
domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime pr-
prio de previdncia social.
Percebam, meus caros, que essa definio bastante semelhante a uma
das espcies de empregado. A diferena existente que, para ser consi-
derado contribuinte individual, o brasileiro deve trabalhar para o pr-
prio organismo oficial do qual o Brasil seja membro efetivo. Caso
represente os interesses do governo, ou seja, tenha sido contratado pela
Unio para representar o pas no organismo internacional, ser enqua-
drado como empregado.
,
Art. 9, V, e, f, g, h, RPS
V. O titular de firma individual urbana ou rural, o diretor no
empregado, o membro de conselho de administrao na sociedade
annima, todos os scios nas sociedades em nome coletivo e de
capital e indstria, o scio gerente e o scio cotista que recebam
remunerao decorrente de seu trabalho e o administrador no
empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada,
urbana ou rural.
Todos os empresrios so considerados contribuintes individuais., Notem
que o scio gerente ou o scio cotista somente sero considerados contri-
buintes individuais se receberem remunerao pelo seu trabalho ( pr-
labore). No recebendo remunerao, no sero segurados obrigatrios
do RGPS.
O novo Cdigo Civil criou a figura do administrador no empregado da
sociedade limitada, o qual deve ser enquadrado como contribuinte indivi-
dual.
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O diretor no empregado de sociedade annima tambm considerado
contribuinte individual, no mantendo as caractersticas de relao de
emprego.
Art. 9, V, i, RPS
VI. O associado eleito para cargo de direo em cooperativa, asso-
ciao ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como
o sndico ou administrador eleito para exercer atividade de dire-
o condominial, desde que recebam remunerao.
O associado eleito para direo de uma cooperativa, associao ou
entidade de qualquer natureza classificado como contribuinte individual
se receber remunerao.
O sndico de condomnio que recebe remunerao tambm se enquadra
nessa categoria, e at mesmo a iseno do pagamento da taxa
condominial considerada remunerao pelo Fisco.
Art. 9, V, i, RPS
VII. Quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter
eventual, a uma ou mais empresas, sem relao de emprego.
Este subgrupo a dos autnomos. A principal caracterstica dessa presta-
o de servios a eventualidade. Qualquer trabalhador que presta
servios eventuais s empresas ser considerado contribuinte individual.
Art. 9, V, j, RPS
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VIII. A pessoa fsica que exerce, por conta prpria, atividade eco-
nmica de natureza urbana, com fins lucrativos ou no.
Nesta subcategoria dos contribuintes individuais, esto representados os
autnomos que prestam servios por conta prpria a pessoas fsicas ou
jurdicas, como os advogados, mdicos, dentistas com consultrio particu-
lar, taxistas, camels etc.
Art. 9, V, m, RPS
IX. O aposentado de qualquer regime previdencirio nomeado
magistrado classista temporrio da Justia do Trabalho ou nomea-
do magistrado da Justia Eleitoral.
A Emenda Constitucional 24, de 9 de dezembro de 1999, extinguiu a
categoria de magistrado classista temporrio da Justia do Trabalho,
assegurando, entretanto, o cumprimento dos mandatos em exerccio.
Atualmente, como todos os mandatos de classistas j se expiraram, no
mais existe a representao vogal na Justia do Trabalho. Como, no
entanto, este texto do Regulamento da Previdncia Social ainda est
vigente, algumas questes de concurso pblico ainda insistem em trazer
perguntas referentes categoria previdenciria dos juzes classistas.
Art. 9, V, n, e 15, IV, RPS
X. O cooperado de cooperativa de produo ou de trabalho que,
nessa condio, presta servio sociedade cooperativa mediante
remunerao ajustada ao trabalho executado.
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Cooperativa de produo a sociedade que detm os meios de produo,
e seus associados contribuem com servios laborativos ou profissionais
para a produo em comum de bens ou servios.
Cooperativa de trabalho, tambm denominada cooperativa de mo-de-
obra, a sociedade formada por operrios, artfices, pessoas da mesma
profisso ou ofcio ou de vrios ofcios de uma mesma classe que, na
qualidade de associados, prestam servios a terceiros, por seu
intermdio.
Art. 9, 15, X, RPS
XI. O mdico-residente contratado na forma da Lei 6.932/81, alte-
rada pela Lei 8.138/90.
O enquadramento do mdico-residente como contribuinte individual tem
sido objeto de questionamento em diversas provas de concurso pblico.
Art. 9, 15, XIV, RPS
XII. O rbitro de jogos desportivos e seus auxiliares, desde que
atuem em conformidade com a Lei 9.615, de 24 de maro de 1998.
Os rbitros de jogos e seus auxiliares (bandeirinhas, juiz reserva, etc.)
so contribuintes individuais.
Art. 9, 15, I, RPS
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XIII. O condutor autnomo de veculo rodovirio, assim conside-
rado o que exerce atividade profissional sem vnculo empregat-
cio, quando proprietrio, coproprietrio ou promitente comprador
de um s veculo.
O condutor autnomo o profissional que realiza fretes e carretos com
veculo particular, cobrando por esse servio sua remunerao. A
legislao previdenciria presume que a maior parte do valor recebido
pela prestao do servio destinada manuteno do veculo e apenas
uma pequena parte considerada remunerao do trabalhador.
Art. 9, 15, VII, RPS
XIV. O notrio ou tabelio e o oficial de registros ou registrador,
titular de cartrio, que detm a delegao do exerccio da ativida-
de notarial e de registro, no remunerados pelos cofres pblicos,
admitidos a partir de 21 de novembro de 1994.
Meus amigos, a legislao considerou empregado o escrevente e o auxi-
liar contratados pelo titular de servios notariais. Fazendo a comparao
com uma empresa, para facilitar a memorizao, como se o notrio, o
tabelio e o oficial de registro (titulares) fossem os scios, e o escrevente
e o auxiliar por eles contratados, os empregados.
XV - O Micro Empreendedor Individual - MEI de que tratam os
arts. 18-A e 18-C, da Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro
de 2006, que opte pelo recolhimento dos impostos e contribuies
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais.
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De acordo com o art. 18-A, da LC 123, o Micro Empreendedor Individual -
MEI poder optar pelo recolhimento dos impostos e contribuies
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais,
independentemente da receita bruta por ele auferida no ms.
Micro empreendedor individual o empresrio individual que tenha
auferido receita bruta, no ano-calendrio anterior, de at R$ 60.000,00,
optante pelo Simples Nacional. Quando o MEI iniciar as atividades no
curso do ano, o limite ser de R$ 5.000,00 por ms de exerccio da
atividade, consideradas as fraes de meses como um ms inteiro.
O MEI recolhe valor fixo mensal correspondente soma das seguintes
parcelas:
a) R$ 36,20 (5% x 1 salrio mnimo), a ttulo da contribuio
previdenciria simplificada;
b) R$ 1,00, a ttulo de ICMS, caso seja contribuinte deste tributo;
c) R$ 5,00, a ttulo de ISS, caso seja contribuinte deste tributo
No poder optar por esta sistemtica de recolhimento o MEI:
I - que atue como prestador de servios, salvo autorizao relativa aexerccio de atividade isolada, na forma regulamentada pelo ComitGestor;
II que possua mais de um estabelecimento;
III que participe de outra empresa como titular, scio ou
administrador; ou
IV que contrate empregado.
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Observe-se que o art. 18-C, da LC 123 dispe que poder se enquadrar
como MEI o empresrio individual que possua um nico empregado que
receba apenas 1 salrio mnimo ou o piso salarial da categoria
profissional.
Para os casos de afastamento legal do nico empregado do MEI, ser
permitida a contratao de outro empregado, inclusive por prazo
determinado, at que cessem as condies do afastamento(LC
139/2011).
6. TRABALHADOR AVULSO
Arts. 12, VI, Lei 8.212/91, e 9., VI, Decreto 3.048/99
Trabalhador avulso aquele que, sindicalizado ou no, presta servios
de natureza urbana ou rural, sem vnculo empregatcio, a diversas
empresas, com a intermediao obrigatria do sindicato da
categoria, ou, quando se tratar de atividade porturia, do rgo gestor
de mo-de-obra (OGMO).
Meus amigos, fiquem atentos para os seguintes pontos:
1) O avulso o trabalhador contratado com a intermediao do
sindicato ou do OGMO. A contratao no se d diretamente pela
empresa, devendo esta ser intermediada.
2) Apesar de a intermediao do sindicato (para os avulsos no
porturios) ou do OGMO (para avulsos porturios) ser obrigatria
para a caracterizao do trabalhador avulso, no necessrio que
tais trabalhadores sejam sindicalizados;
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3) O trabalhador avulso pode exercer atividade urbana (porturia) ou
rural (ensacador de caf).
So exemplos de trabalhadores avulsos porturios aqueles que exercem
atividade porturia de capatazia, estiva, conferncia e conserto de carga,
vigilncia de embarcao e de servios de bloco, na rea dos portos orga-
nizados e de instalaes porturias de uso privativo.
Entre os avulsos no porturios esto o trabalhador de carga e descarga
(estiva) de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvo e minrio,
o ensacador de caf, cacau, sal e similares, o trabalhador na indstria de
extrao de sal etc.
7. SEGURADO ESPECIAL
Arts. 195, 8., CF, 12, VII, Lei 8.212/91, e 9., VI, Decreto
3.048/99
O segurado especial, como o prprio nome j diz, recebe um tratamento
especial pela legislao previdenciria, como veremos no decorrer do
nosso curso. S para vocs terem uma ideia deste tratamento
diferenciado, ele pode obter os seus benefcios no valor de um salrio
mnimo, sem que necessite comprovar contribuio, bastando a
comprovao do tempo de atividade rural. Mais adiante iremos estudar
com muito mais detalhes as regras para concesso de benefcio para
estes segurados.
O segurado especial o nico segurado definido no texto constitucional,
conforme segue:
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O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatrio rurais e o pescador
artesanal, bem como os respectivos cnjuges, que exeram suas
atividades em regime de economia familiar, sem empregados
permanentes, contribuiro para a seguridade social mediante a
aplicao de uma alquota sobre o resultado da comercializao da
produo e faro jus aos benefcios, nos termos da lei.
Vejam, meu amigos, que o segurado especial o pequeno produtor rural
que usa a terra como seu meio de sustento e de sua famlia. Ao invs de
contriburem para a previdncia pagando contribuies mensais,
contribuem destinando um percentual da venda de seus produtos.
Ocorre que, mesmo que no recolham as contribuies sobre a
comercializao de sua produo, podem usufruir dos benefcios, somente
bastando comprovar que exerceram atividade rural. realmente um
tratamento bastante especial!
O enquadramento previdencirio dos trabalhadores rurais foi
significativamente alterado pela Lei 11.718, de 20/6/08. Antes dessa Lei,
o segurado especial no podia contar com o auxlio de empregados,
mesmo que contratados apenas para o perodo da safra. Era permitido
apenas o auxlio eventual de terceiros, entendido este como o regime
de mtua colaborao, no remunerado.
Notem, meus caros alunos, que o texto constitucional somente probe a
contratao de empregados permanentes. A Lei 11.718/08 corrigiu esta
distoro, permitindo aos segurados especiais a contratao de alguns
empregados temporrios, como veremos ainda neste tpico.
Atualmente, de acordo com a redao do artigo 12, VII, da Lei 8.212/91:
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Considera-se segurado especial: a pessoa fsica residente no imvel
rural ou em aglomerado urbano ou rural prximo a ele que,
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o
auxlio eventual de terceiros a ttulo de mtua colaborao, na condio
de:
a) produtor, seja proprietrio, usufruturio, possuidor, assentado,
parceiro ou meeiro outorgados, comodatrio ou arrendatrio rurais, que
explore atividade:
1. agropecuria em rea de at 4 (quatro) mdulos fiscais; ou
2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exera suas atividades nos
termos do inciso XII do caput do artigo 2. da Lei 9.985, de 18 de julho
de 2000, e faa dessas atividades o principal meio de vida;
b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faa da pesca profisso
habitual ou principal meio de vida; e
c) cnjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 anos de idade ou
a este equiparado, do segurado de que tratam as alneas a e b deste
inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar
respectivo.
Entende-se como regime de economia familiar a atividade em que o
trabalho dos membros da famlia indispensvel prpria subsistncia e
ao desenvolvimento socioeconmico do ncleo familiar e exercido em
condies de mtua dependncia e colaborao, sem a utilizao de
empregados permanentes.
Uma das alteraes promovidas pela Lei 11.718 a exigncia de que o
segurado especial resida em imvel rural ou conglomerado urbano
prximo a ele. No ordenamento anterior, no havia tal exigncia, mas
como havia muitas pessoas que trabalhavam e residiam nas cidades e
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tentavam se passar como segurados especiais para gozar dos benefcios
sem comprovar contribuio, foi inserida tal exigncia na Lei.
Atualmente, para que o segurado especial agropecuarista seja assim
classificado, necessrio que exera a sua atividade rural em propriedade
que tenha rea igual ou inferior a quatro mdulos fiscais. J vimos
que, em propriedades rurais de rea superior a esta, o trabalhador rural
ser considerado contribuinte individual.
Nas atividades de seringueiro, pescador artesanal ou extrativista vegetal,
no h limitao do tamanho da propriedade, pois estes exercem as suas
atividades em rea de domnio pblico.
O pescador artesanal tambm classificado como segurado especial. O
Regulamento da Previdncia Social, aprovado pelo Decreto 3.048/99 (art.
9, 14), define o pescador artesanal como aquele que, individualmente
ou em regime de economia familiar, faz da pesca sua profisso habitual
ou meio principal de vida, desde que:
I no utilize embarcao;
II utilize embarcao de at 6 toneladas de arqueao bruta, ainda que
com auxlio de parceiro;
III na condio, exclusivamente, de parceiro outorgado, utilize
embarcao de at 10 toneladas de arqueao bruta.
Observe-se que, para serem considerados segurados especiais, o cnjuge
ou companheiro e os filhos maiores de 16 anos ou os a estes equiparados
devero ter participao ativa nas atividades rurais do grupo familiar.
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Em relao nova autorizao de contratao de trabalhadores
temporrios, a redao do 8, da Lei 8.212/91, includo pela Lei
11.718/08 (recm-alterada pela MP 619/2013), bastante confusa. O
novo texto permite que o grupo familiar utilize-se de empregados
contratados por prazo determinado ou trabalhadores autnomos rurais,
razo de no mximo cento e vinte pessoas por dia no ano civil, em
perodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em
horas de trabalho, no sendo computado nesse prazo o perodo de
afastamento em decorrncia da percepo de auxlio-doena.
Apesar de muito confusa esta redao, o que o texto possibilita a
contratao de 120 empregados em apenas um dia do ano civil, no
perodo da safra, ou em uma proporo equivalente a esta. Logo, o
segurado especial pode, por exemplo, contratar apenas um empregado
durante apenas 120 dias, assim como pode contratar e 2 empregados
durante apenas 60 dias ou, da mesma forma, contratar 4 empregados por
30 dias. Nesses trs exemplos, foi mantida a mesma proporo em horas
de trabalho.
A Lei 11.718 trouxe tambm uma srie de novas situaes em que no
descaracterizada a condio de segurado especial, conforme segue:
I a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meao ou
comodato, de at 50% de imvel rural cuja rea total no seja superior a
quatro mdulos fiscais, desde que outorgante e outorgado continuem a
exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de
economia familiar;
II a explorao da atividade turstica da propriedade rural, inclusive
com hospedagem, por no mais de 120 dias ao ano;
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III a participao em plano de previdncia complementar institudo por
entidade classista a que seja associado, em razo da condio de
trabalhador rural ou de produtor rural em regime de economia familiar;
IV ser beneficirio ou fazer parte de grupo familiar que tem algum
componente que seja beneficirio de programa assistencial oficial de
governo;
V a utilizao pelo prprio grupo familiar, na explorao da atividade,
de processo de beneficiamento ou industrializao artesanal, desde que
no esteja sujeito incidncia de IPI.
VI a associao em cooperativa agropecuria e;
VII - a incidncia do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre
o produto das atividades desenvolvidas em empresas agrgolas que o
segurado tenha participao (inciso recm-includo pela MP 619/2013).
A Lei 11.718 acrescentou, ainda, o 10, ao artigo 12, da Lei 8.212/91,
dispondo que no segurado especial o membro de grupo familiar que
possuir outra fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
I benefcio de penso por morte, auxlio-acidente ou auxlio-recluso,
cujo valor no supere o do menor benefcio de prestao continuada da
Previdncia Social;
II benefcio previdencirio pela participao em plano de previdncia
complementar institudo por entidade classista a que seja associado, em
razo da condio de trabalhador rural ou de produtor rural em regime de
economia familiar;
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III exerccio de atividade remunerada em perodo de entressafra ou do
defeso, no superior a 120 dias, corridos ou intercalados, no ano civil,
devendo, no entanto, contribuir para a previdncia social de acordo com a
atividade que exerce;
IV exerccio de mandato eletivo de dirigente sindical de organizao da
categoria de trabalhadores rurais;
V exerccio de mandato de vereador do municpio onde desenvolve a
atividade rural, ou de dirigente de cooperativa rural constituda
exclusivamente por segurados especiais, devendo, todavia, contribuir de
acordo com as respectivas categorias previdencirias;
VI parceria ou meao outorgada;
VII atividade artesanal desenvolvida com matria-prima produzida pelo
respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada matria-prima de outra
origem, desde que a renda mensal obtida na atividade no exceda ao
menor benefcio de prestao continuada da Previdncia Social;
VIII atividade artstica, desde que em valor mensal inferior ao menor
benefcio de prestao continuada da Previdncia Social.
Caros amigos, transcrevi este texto legal, pois ele tem sido alvo de
questionamento em algumas provas. Sugiro que leiam atentamente...
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O segurado especial fica excludo dessa categoria (art. 12, 11, da Lei
8.212/91):
I a contar do primeiro dia do ms em que:
a) deixar de satisfazer as condies para o enquadramento de segurado
especial, ou exceder qualquer dos limites estabelecidos para outorga de
parceria meao ou comodato;
b) se enquadrar em qualquer outra categoria de segurado obrigatrio do
Regime Geral de Previdncia Social, ressalvado as hipteses previstas
pela Lei (exerccio do cargo de vereador, explorao de atividade turstica,
atividade artstica, etc.);
c) se tornar segurado obrigatrio de outro regime previdencirio;
II a contar do primeiro dia do ms subsequente ao da ocorrncia,
quando o grupo familiar a que pertence exceder o limite de:
a) utilizao de trabalhadores razo de no mximo 120 pessoas/dia no
ano civil, em perodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo
equivalente em horas de trabalho;
b) 120 dias em atividade remunerada corridos ou intercalados;
c) 120 dias de hospedagem em sua propriedade rural.
d) participar de sociedade empresria, de sociedade simples, como
empresrio individual ou como titular de empresa individual de
responsabilidade limitada em descordo com as limitaes impostas pela
lei.
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Este ltimo inciso foi recm-includo pela MP 619/2013, que possibilitou a
participao do segurado especial em sociedade empresria, em
sociedade simples, como empresrio individual ou como titular de
empresa individual de responsabilidade limitada de objeto ou mbito
agrcola, agroindustrial ou agroturstico, considerada microempresa nos
termos da Lei Complementar 123/06.
Neste caso, o segurado no ser excluindo da condio de especial, desde
que mantenha o exerccio da sua atividade rural na forma de segurado
especial e a pessoa jurdica componha-se apenas de segurados de igual
natureza e sedie-se no mesmo Municpio ou em Municpio limtrofe quele
em que eles desenvolvam suas atividades.
8. SEGURADO FACULTATIVO
Arts. 14, Lei 8.212/91, e 11, Decreto 3.048/99
O segurado facultativo o que no trabalha, ou seja, o que no exerce
qualquer atividade remunerada que o vincule obrigatoriamente ao siste-
ma previdencirio e opta por recolher contribuies previdencirias para
ser protegido pela previdncia social.
A filiao como segurado facultativo somente pode ser feita a partir dos
16 anos de idade, de acordo com o art. 11, do Decreto 3.048/99.
Ressalto, contudo, que o texto do art. 14, da Lei 8.212/91 ainda dispe
que o segurado pode contribuir como facultativo a partir dos 14 anos de
idade. Tal divergncia justificada porque a EC 20/98 alterou a idade
mnima do trabalhador dos 14 para os 16 anos. Como o segurado
facultativo somente existe para possibilitar a contribuio de quem no
seja segurado obrigatrio, entendo que o art. 14, da Lei 8.212/91 foi
revogado tacitamente pela EC 20/98. Por isso o Decreto afirma que a
idade mnima para filiao como segurado facultativo 16 anos.
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Meus amigos, prestem ateno para as questes de concurso que
perguntam ao candidato sobre o texto da lei. Se a questo afirmar que de
acordo com a Lei 8.212/91, a idade mnima para filiao como facultativo
14 anos, obviamente, deve ser considerada correta. No devemos
brigar contra o texto legal!!!
vedada a filiao ao Regime Geral de Previdncia Social, na qualidade
de segurado facultativo, de pessoa participante de regime prprio de
previdncia social, salvo na hiptese de afastamento sem vencimento e
desde que no permitida, nessa condio, contribuio ao respectivo
regime prprio.
No possvel, ento, que um servidor pblico vinculado Regime
Prprio, contribua como segurado facultativo do RGPS para obter mais um
benefcio. Se este mesmo servidor trabalhar em atividade que o sujeite
filiao ao RGPS, bom que se relembre, ele ser segurado obrigatrio
tambm do RGPS e ter direito a benefcios nos dois regimes. O que a lei
veda somente a filiao de quem j participa de Regime Prprio, na
qualidade de facultativo do Regime Geral.
A filiao do segurado facultativo efetivada com a sua inscrio e
recolhimento da primeira contribuio em dia. No permitida a
retroao das contribuies do segurado facultativo, relativas a compe-
tncias anteriores data da inscrio.
So exemplos de segurados que podem filiar-se facultativamente, de
acordo com o art. 11, 1, do RPS, a dona-de-casa, o sndico de condom-
nio, quando no remunerado, o estudante, o brasileiro que acompanha
cnjuge que presta servio no exterior, aquele que deixou de ser segura-
do obrigatrio da Previdncia Social e o bolsista.
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O segurado recolhido priso que exerce atividade remunerada dentro ou
fora da unidade carcerria (regime fechado ou semiaberto), atualmente
somente pode contribuir como segurado facultativo. Antes da alterao
promovida pelo Decreto 7.054, de 28/12/09, o preso que prestasse
servio remunerado era enquadrado como contribuinte individual.
9. FILIAO X INSCRIO
Arts. 14, Lei 8.212/91, e 11, 2. a 4., 18 a 20, Decreto
3.048/99
A inscrio o ato formal que identifica o segurado na Previdncia Social,
representando o mero cadastro no INSS. J a filiao ao regime previden-
cirio o marco da relao jurdica entre os segurados e a previdncia
social, do qual decorrem direitos e obrigaes.
Filiao o vnculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para
a previdncia social e esta, do qual decorrem direitos e obrigaes.
E quando que ocorre o marco da relao jurdica entre o segurado
obrigatrio e a previdncia social? Obviamente, quando o segurado
exerce atividade remunerada. Por isso, podemos afirmar que todos que
trabalham so filiados previdncia social. Assim, possvel concluir que
a filiao do segurado obrigatrio ocorre automaticamente com o
trabalho, sendo que a sua inscrio pode ser efetuada logo no incio da
atividade ou depois deste momento.
Meus amigos, o segurado pode estar trabalhando e filiado previdncia,
mas no estar inscrito. o que ocorre com diversos segurados que
trabalham no mercado informal, mas no contribuem para a previdncia
social. Isso permite que qualquer segurado obrigatrio efetue
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recolhimentos em atraso relativos a perodos anteriores inscrio, desde
que comprove ter exercido atividade remunerada.
Para os efeitos da previdncia social, considera-se inscrio do segurado o
ato pelo qual este cadastrado no Regime Geral de Previdncia Social,
mediante comprovao dos dados pessoais e de outros elementos neces-
srios e teis a sua caracterizao.
A inscrio do segurado empregado e do trabalhador avulso ser efetuada
diretamente pela empresa ou rgo gestor de mo-de-obra no prprio
documento declaratrio enviado mensalmente Previdncia (Guia de
Recolhimento do FGTS e Informaes Previdncia Social GFIP). A dos
demais segurados deve ser feita por estes no INSS, por meio de suas
agncias, pela internet ou pelo atendimento telefnico da Previdncia
Social.
Para os segurados facultativos, entretanto, a filiao ato volitivo e
somente se concretiza aps a inscrio e o recolhimento da primeira con-
tribuio, no podendo as contribuies retroagir a perodos anteriores a
sua inscrio.
Nunca demais lembrar, meus amigos, que o segurado filiado a regime
prprio que exerce, ao mesmo tempo, atividade remunerada abrangida
pelo RGPS, ser filiado obrigatoriamente aos dois regimes. O aposentado
que retorna ao trabalho tambm filiado obrigatrio do RGPS.
A idade mnima para inscrio de 16 anos, salvo para o aprendiz, que
pode exercer atividade laborativa desde os 14 e efetuar inscrio como
empregado.
A inscrio do dependente efetuada no momento do requerimento do
benefcio a que tiver direito.
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No momento da inscrio, atribudo ao segurado um nmero. Este pode
ser o nmero do PIS Programa de Integrao Social, quando o segurado
for empregado, ou o NIT - Nmero de Identificao do Trabalhador
prprio da Previdncia Social. A inscrio utilizada pode ainda ser o
nmero do Programa de Formao do Patrimnio do Servidor Pblico
(Pasep) ou o do Sistema nico de Sade (SUS).
A legislao permite a inscrio post mortem do segurado especial,
desde que estejam presentes os pressupostos da filiao. Ou seja, o
dependente do segurado especial falecido pode comprovar a sua condio
de trabalhador rural em regime de economia familiar e inscrever o
segurado na previdncia para fins de requerimento de benefcio de
penso por morte.
Os dados constantes do sistema do INSS (Cadastro Nacional de
Informaes Sociais CNIS) relativos a vnculos, remuneraes e
contribuies valem como prova de filiao previdncia social, tempo de
contribuio e salrios-de-contribuio.
O segurado poder solicitar, a qualquer momento, a incluso, excluso ou
retificao das informaes constantes do CNIS, com a apresentao de
documentos comprobatrios dos dados divergentes, independentemente
de requerimento de benefcio.
Informaes inseridas extemporaneamente no CNIS, independentemente
de serem inditas ou retificadoras de dados anteriormente informados,
somente sero aceitas se corroboradas por documentos que comprovem a
sua regularidade.
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10. SEGURADOS EXCLUDOS DO RGPS
Caros guerreiros, nos ltimos editais dos concursos do INSS apareceu um
tpico um pouco esquisito: Segurados Excludos do RGPS.
No h na legislao qualquer artigo que trate do tema, mas, como
sempre recebo inmeros e-mails com perguntas sobre este tpico do
edital, decidi, neste curso abrir um pequeno tpico para antecipar
possveis questionamentos.
Os segurados excludos do RGPS j foram estuados nesta aula e abaixo
consta o resumo:
a) os segurados vinculados a RPPS que no exercem outra atividade
que o vinculem ao RGPS so excludos deste ltimo;
b) quem no exerce atividade remunerada e nem deseja contribuir
como segurado facultativo tambm fica excludo do RGPS;
Estas so as nicas duas possibilidades de segurados serem excludos do
RGPS, pois os demais, se assim desejarem, podem contribuir como
facultativo.
11. EMPREGADOR DOMSTICO
Arts. 15, II, Lei 8.212/91, e 12, II, Decreto 3.048/99
Empregador domstico a pessoa ou a famlia que admite, a seu servio,
mediante remunerao, empregado domstico para auxiliar no desempe-
nho das atividades residenciais, sem finalidade lucrativa.
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12. EMPRESAS E EQUIPARADAS
Empresa a firma individual ou sociedade que assume o risco de ativida-
de econmica urbana ou rural, com fins lucrativos ou no, bem como os -
rgos e entidades da administrao pblica direta, indireta e fundacio-
nal.
Podemos perceber que, neste conceito, at mesmo um Municpio ou um
Estado so considerados empresas, possuindo todas as obrigaes perti-
nentes, devendo efetuar declaraes e recolher contribuies quando da
contratao de segurados vinculados ao RGPS.
Equiparam-se empresa, para fins previdencirios:
I. O contribuinte individual, em relao a segurado que lhe presta ser-
vio O advogado, proprietrio de escritrio no cadastrado como pessoa
jurdica, que contrata uma secretria para auxili-lo no desempenho de
seu trabalho equipara-se empresa, devendo cumprir todas as obriga-
es relativas ao vnculo jurdico firmado com a Previdncia Social.
II. A cooperativa, a associao ou a entidade de qualquer natureza ou
finalidade, inclusive a misso diplomtica e a repartio consular de car-
reiras estrangeiras.
III. O operador porturio e o rgo gestor de mo-de-obra.
IV. O proprietrio ou dono de obra de construo civil, quando pessoa
fsica, em relao a segurado que lhe presta servio A pessoa fsica que,
diretamente, contrata segurado para edificar sua obra de construo civil
equipara-se empresa.
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A matrcula da empresa, assim como a inscrio do segurado, um
cadastramento para fins de controle de arrecadao. Ser feita:
a) simultaneamente com a inscrio no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurdica (CNPJ);
b) perante o INSS, no prazo de 30 dias contados do incio de suas ati-
vidades, quando no sujeita inscrio no CNPJ.
Em caso de omisso, a SRFB efetuar a matrcula de ofcio.
As obras de construo civil, sejam elas executadas por pessoas fsicas ou
jurdicas, devem ser inscritas na Receita Federal, no prazo de 30 dias,
desde o incio dos trabalhos, j que no possuem inscrio especfica no
CNPJ, sendo atribudo um nmero CEI Cadastro Especfico do INSS. O
mesmo prazo deve ser atendido pelos contribuintes individuais que con-
tratem segurados.
Somente o empregador domstico que optar pelo pagamento do FGTS de
seu empregado dever providenciar sua matrcula no CEI. Caso no seja
optante do FGTS, recolher suas contribuies como tomador de servio,
valendo-se do Nmero de Identificao do Trabalhador (NIT) de seu
empregado.
13 Exerccios para a Fixao do Aprendizado
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Questo 1
FCC - Tcnico do Seguro Social INSS/2012
Joo exerce individualmente atividade de pescador artesanal e possuiembarcao com 5 toneladas de arqueao bruta, com parceiro eventual,que o auxilia. Nessa situao, Joo
(A) segurado facultativo.(B) segurado especial.(C) contribuinte individual.(D)trabalhador avulso.(E) no segurado da Previdncia Social.
Questo 2
NCADE Advogado 2011 Fundao Carlos Chagas
De acordo com a Lei no 8.212/91, so segurados obrigatrios da
Previdncia Social na qualidade de segurado especial
A) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde
que no vinculado a regime prprio de previdncia social.
B) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para
trabalhar como empregado em sucursal ou agncia de empresa nacional
no exterior.
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C) o servidor pblico ocupante de cargo em comisso, sem vnculo efetivo
com a Unio, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundaes
Pblicas Federais.
D) a pessoa fsica residente no imvel rural que, individualmente, ainda
que com o auxlio eventual de terceiros a ttulo de mtua colaborao, na
condio de pescador artesanal faa da pesca profisso habitual.
E) o ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida
consagrada, de congregao ou de ordem religiosa.
Questo 3
Auditor-Fiscal da Receita Federal rea Tributria e Aduaneira 2005/2006 -
ESAF
A Lei de Benefcios da Previdncia Social (Lei n. 8.213/91), no art. 11,
elenca como segurados obrigatrios da Previdncia Social na condio de
empregado, entre outros, as seguintes pessoas fsicas, exceto:
a) Aquele que presta servio de natureza urbana ou rural empresa, em
carter no eventual, sob sua subordinao e mediante remunerao,
inclusive como diretor empregado.
b) Aquele que, contratado por empresa de trabalho temporrio, definida
em legislao especfica, presta servio para atender a necessidade
transitria de substituio de pessoal regular e permanente ou a
acrscimo extraordinrio de servio de outras empresas.
c) O brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para
trabalhar como empregado em empresa domiciliada no exterior, cuja
maioria do capital votante pertena a empresa brasileira de capital
nacional.
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d) O empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em
funcionamento no Brasil, ainda que coberto por regime prprio de
previdncia social.
e) O exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde
que no vinculado a regime prprio de previdncia social.
Questo 4
Auditor-Fiscal da Receita Federal rea da Tecnologia da
Informao 2005/2006 - ESAF
A Lei de Benefcios da Previdncia Social (Lei n. 8.213/91), no art. 11,
elenca como segurados obrigatrios da Previdncia Social na condio de
contribuinte individual, entre outros, as seguintes pessoas fsicas, exceto:
a) O brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial
internacional do qual o Brasil membro efetivo, ainda que l domiciliado,
e contratado, e que coberto por regime prprio de previdncia social.
b) A pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade de extrao
mineral garimpo, em carter permanente ou temporrio, diretamente
ou por intermdio de prepostos, com ou sem o auxlio de empregados,
utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no contnua.
c) O ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida
consagrada, de congregao ou de ordem religiosa.
d) Quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual,
a uma ou mais empresas, sem relao de emprego.
e) A pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade
agropecuria ou pesqueira, em carter permanente ou temporria,
diretamente ou por intermdio de prepostos e com auxlio de
empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda que de forma no
contnua.
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Questo 5
Tcnico da Receita Federal rea Tributria e Aduaneira 2006 -
ESAF
Segundo a consolidao administrativa das normas gerais de tributao
previdenciria e de arrecadao das contribuies sociais administradas
pela Secretaria da Receita Previdenciria SRP, deve contribuir
obrigatoriamente na qualidade de segurado-empregado:
( ) o diretor empregado que seja promovido para cargo de direo de
sociedade annima, mantendo as caractersticas inerentes relao de
trabalho?
( ) o trabalhador contratado em tempo certo, por empresa de trabalho
temporrio?
( ) aquele que presta servios de natureza contnua, mediante
remunerao, pessoa, famlia ou entidade familiar, no mbito
residencial desta, em atividade sem fins lucrativos?
a) Sim, sim, sim
b) Sim, no, no
c) Sim, no, sim
d) Sim, sim, no
e) No, no, no
Questo 6
Mdico-Perito da Previdncia Social 2006 Fundao Carlos
Chagas
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Considera-se empregado toda pessoa fsica
a) Que prestar servio de natureza eventual ou no a empregador,
com exclusividade, sob dependncia deste e mediante salrio.
b) Que prestar servio de natureza eventual a empregador, sob
dependncia deste e mediante salrio.
c) Ou jurdica que prestar servio de natureza no eventual a
empregador, sob dependncia deste e mediante salrio.
d) Que prestar servio de natureza no eventual a empregador, sob
dependncia deste e mediante salrio.
e) Ou jurdica que prestar servio de natureza no eventual a
empregador, com exclusividade, sob dependncia deste e mediante
salrio.
Questo 7
Especialista em Previdncia Social da Rio Previdncia 2010 -
CEPERJ
Creso foi aprovado para concurso pblico para ingresso nos quadros da
empresa municipal de Bom Jardim, tendo sido contratado pelo regime
celetista. Nunca contribuiu com a denominada previdncia complementar.
Ao requerer a sua aposentadoria, o seu regime ser o:
a) especial
b) geral
c) complementar
d) prprio
e) estatutrio
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Questo 8
Auditor do Trabalho 2010 ESAF
Com relao aos segurados facultativos, luz da legislao previdenciria
vigente, assinale a opo correta.
a) Pode ser menor de 14 anos.
b) Pode ser segurado empregado.
c) Pode ser aquele que deixou de ser segurado obrigatrio da Previdncia
Social.
d) Pode ser segurado especial.
e) Pode ser segurado contribuinte individual.
Questo 9
Analista do Seguro Social Assistente Social 2009 FUNRIO
So segurados obrigatrios da Previdncia Social, na condio de
contribuintes individuais, as seguintes pessoas fsicas:
A) o ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida
consagrada, de congregao ou de ordem religiosa.
B) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde
que no vinculado a regime prprio de previdncia social.
C) aquele que presta servio de natureza contnua pessoa ou famlia, no
mbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos
D) o pescador artesanal ou a este assemelhado que faa da pesca
profisso habitual ou principal meio de vida.
E) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em
funcionamento no Brasil, salvo quando coberto por regime prprio de
previdncia social.
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Questo 10
Defensor Pblico do Estado do Par 2009 Fundao Carlos
Chagas
So segurados obrigatrios do regime geral de previdncia social:
a) a dona de casa e o estudante, desde que maiores de 16 (dezesseis)
anos de idade.
b) os servidores pblicos autrquicos ocupantes de cargo de provimento
efetivo em Municpios que tenham institudo regime prprio.
c) os trabalhadores autnomos, empresrios e ministros de confisso
religiosa.
d) os desempregados, nos 12 (doze) meses que se seguem sua
dispensa pela empresa.
e) os consumidores de planos de previdncia privada administrados por
entidades abertas de previdncia complementar.
Gabarito Fundamentado
Questo 1 - B
A questo refere-se definio de pescador artesanal, subespcie dos
segurados especiais (vide art. 9, VII, b, RPS), constante no art. 9, 14,
do Regulamento da Previdncia Social RPS, aprovado pelo Decreto
3.048/99. Vejamos o texto:
14. Considera-se pescador artesanal aquele que,individualmente ou em regime de economia familiar, faz dapesca sua profisso habitual ou meio principal de vida, desdeque:
I - no utilize embarcao;
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II - utilize embarcao de at seis toneladas dearqueao bruta, ainda que com auxlio de parceiro;
III - na condio, exclusivamente, de parceiro outorgado,utilize embarcao de at dez toneladas de arqueao bruta.
Como Joo utilizou uma embarcao que est dentro dos limites exigidos
para que ele seja considerado segurado especial, a alternativa B est
correta.
Questo 2 - D
A, errada, empregado;
B, errada, empregado;
C, est errada, empregado;
D, correta, previsto no art. 12, VII, b, da Lei 8.212/91;
E, errada, contribuinte individual.
Questo 3 - D
A, certa, vide art. 11, I, a, da Lei 8.213/91;
B, certa, vide art. 11, I, b, da Lei 8.213/91;
C, certa, vide art. 11, I, f, da Lei 8.213/91;
D, errada salvo quando coberto;
E, certa, vide art. 11, I, j, da Lei 8.213/91.
Questo 4 A
A) Errado - Salvo quando coberto.
B) Certo, vide art. 12, V, b, da Lei 8.212/91;
C) Certo, vide art. 12, V, c, da Lei 8.212/91
D) Certo, vide art. 12, V, g, da Lei 8.212/91
E) Certo, vide art. 12, V, a, da Lei 8.212/91
-
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Questo 5 D
I Sim, vide art. 9, V, f, do RPS;II Sim, vide art. 9, I, b, do RPS;III No, vide art. 9, II, do RPS;
Questo 6 D
A) errado (natureza contnua, no eventual) - Vide art. 9, I, a, doRPS;
B) errado (natureza contnua, no eventual) - Vide art. 9, I, a, doRPS.
C) errado (pessoa fsica, apenas) - Vide art. 9, I, a, do RPS.D) certo - Vide art. 9, I, a, do RPS.E) errado (pessoa fsica, apenas, e no necessita de exclusividade)
- Vide art. 9, I, a, do RPS.
Questo 7 B
Vide art. 12, I, a, da Lei 8.212/91.
Questo 8 C
A) Errado, somente a partir dos 16 anos - Vide art. 11, do RPS.B) Errado, no pode exercer qualquer atividade que o vincule
previdncia social.C) Certo, vide art. 11, do RPS.D) Errado, no pode exercer qualquer atividade que o vincule
previdncia social.E) Errado, no pode exercer qualquer atividade que o vincule
previdncia social.
Questo 9 A
A, certa, vide art. 12, V, c, da Lei 8.212/91;
B, errado, pois empregado;
C, errado, pois empregado domstico;
D, errado, pois segurado especial;
E, errado, pois empregado.
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Questo 10 C
A, errado, pois facultativa;
B, errado, pois so filiados a RPPS do municpio;
C, certo, pois so contribuintes individuais
D, errado, no so segurados obrigatrios;
E, errado, pois no so segurados obrigatrios por consumir planos.
ANEXO I TEXTOS DO LEI 8.212/91, DO DECRETO 3.048/99 E DA
IN 971/09
LEI 8.212/91
Art. 12. So segurados obrigatrios da Previdncia Social as seguintes pessoas fsicas:
I - como empregado:
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a) aquele que presta servio de natureza urbana ou rural empresa, em carter no eventual,sob sua subordinao e mediante remunerao, inclusive como diretor empregado;
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporrio, definida em legislaoespecfica, presta servio para atender a necessidade transitria de substituio de pessoal regular epermanente ou a acrscimo extraordinrio de servios de outras empresas;
c) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregadoem sucursal ou agncia de empresa nacional no exterior;
d) aquele que presta servio no Brasil a misso diplomtica ou a repartio consular de carreiraestrangeira e a rgos a ela subordinados, ou a membros dessas misses e reparties, excludos ono-brasileiro sem residncia permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislaoprevidenciria do pas da respectiva misso diplomtica ou repartio consular;
e) o brasileiro civil que trabalha para a Unio, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ouinternacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que l domiciliado e contratado, salvo sesegurado na forma da legislao vigente do pas do domiclio;
f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregadoem empresa domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertena a empresa brasileira decapital nacional;
g) o servidor pblico ocupante de cargo em comisso, sem vnculo efetivo com a Unio,Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundaes Pblicas Federais; (Alnea acrescentada pelaLei n 8.647, de 13.4.93)
h) (Execuo suspensa pela Resoluo do Senado Federal n 26, de 2005)
i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil,salvo quando coberto por regime prprio de previdncia social; (Includo pela Lei n 9.876, de 1999).
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que no vinculado aregime prprio de previdncia social; (Includo pela Lei n 10.887, de 2004).
II - como empregado domstico: aquele que presta servio de natureza contnua a pessoa oufamlia, no mbito residencial desta, em atividades sem fins lucrativos;
III - (Revogado pela Lei n 9.876, de 1999).
IV - (Revogado pela Lei n 9.876, de 1999).
a) quem presta servio de natureza urbana ou rural, em carter eventual, a uma ou maisempresas, sem relao de emprego;
b) a pessoa fsica que exerce, por conta prpria, atividade econmica de natureza urbana, comfins lucrativos ou no;
V - como contribuinte individual: (Redao dada pela Lei n 9.876, de 1999).
a) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade agropecuria, a qualquer ttulo, emcarter permanente ou temporrio, em rea superior a 4 (quatro) mdulos fiscais; ou, quando emrea igual ou inferior a 4 (quatro) mdulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxlio de empregadosou por intermdio de prepostos; ou ainda nas hipteses dos 10 e 11 deste artigo; (Redao dadapela Lei n 11.718, de 2008).
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b) a pessoa fsica, proprietria ou no, que explora atividade de extrao mineral - garimpo, emcarter permanente ou temporrio, diretamente ou por intermdio de prepostos, com ou sem oauxlio de empregados, utilizados a qualquer ttulo, ainda qu