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    Direito Penal I(Apontamentos do manual do Dr. Manuel Germano Marques da Silva)Noção de Direito Penal – é o sistema de normas jurídi as que atri!uem aos a"entes de

    erto omportamento omo pressuposto uma pena ou uma medida de se"uran#a riminalom onsequ$n ia. % Direito Penal tem omo &m a prote #'o a tutela de !ens jurídi os

    importantes para a onviv$n ia so ial. % Direito Penal pelo seu ar ter a*itivo s+ deve serusado omo medida e,trema pois as san#-es podem a e tar a li!erdade do a"ente.Noção de Crime – é o a to des rito e de larado passível de pena por lei e o /stado deperi"osidade ujos pressupostos sejam de&nidos por lei e a que sejam apli veis medidas dese"uran#a riminais.

    As normas penais, o facto ilícito e a sançãoA norma é a des ri#'o de um a to ilí ito e san ion vel. 0 a quali& a#'o de um a toquali& ado omo rime numa so iedade. % dever ser é a norma a viola#'o a esta é o crime

    e a onsequ$n ia jurídi a é a sanção.A norma penal e,prime um juí o de desvalor so!re o a to que des reve e rea&rma2o om apuni#'o dessa norma. A aus$n ia de uma norma que quali&que determinado a to omo

    rime esse a to n'o é san ion vel. Assim a norma tem tam!ém a un#'o de limitar o poderpunitivo do /stado ontra o ar!ítrio na apli a#'o de san#-es penais pela pr ti a de a tos quen'o estejam e,pressamente quali& ados omo rimes pelas normas penais nullum crimem,nulla poena sine lege

    O Direito Penal e o poder punitivo do Estado

    % jus puniendi é o Direito Penal em sentido su!je tivo ou seja é a a uldade que o /stadotem de esta!ele er quais os omportamentos 3umanos que s'o rimes amea#ar os a"entesdesse omportamento om penas e medidas de se"uran#a e apli ar san#-es a quem violar ospre eitos. % poder punitivo do /stado perspe tiva2se em dois momentos4

    1. % poder do /stado de de&nir os rimes e ominar as respe tivas san#-es e5. % poder do /stado de impor ao riminoso as san#-es pela viola#'o das normas

    % uso le"ítimo da or#a por parte do /stado para impor a san#'o é a e,press'o do poderso!erano do /stado4 a puni#'o é enomenolo"i amente mani esta#'o de poder mas étambém a rea rmação da força vinculante da norma!% undamento do jus puniendi est na reali a#'o dos &ns da tare a do /stado que umpre

    reali ar e na ne essidade de asse"urar através da un#'o politi o le"islativa (art. 6 da 78P)Arti"o 6. "#arefas fundamentais do Estado$S'o tare as undamentais do /stado4a) Garantir a independ$n ia na ional e riar as ondi#-es políti as e on+mi as so iais e ulturais que a promovam9!) Garantir os direitos e li!erdades undamentais e o respeito pelos prin ípios do /stado de direito demo r ti o9

    ) De ender a demo ra ia políti a asse"urar e in entivar a parti ipa#'o demo r ti a dos idad'os na resolu#'o dos pro!lemasna ionais9d) Promover o !em2estar e a qualidade de vida do povo e a i"ualdade real entre os portu"ueses !em omo a e e tiva#'o dosdireitos e on+mi os so iais ulturais e am!ientais mediante a trans orma#'o e moderni a#'o das estruturas e on+mi as eso iais9e) Prote"er e valori ar o patrim+nio ultural do povo portu"u$s de ender a nature a e o am!iente preservar os re ursos naturaise asse"urar um orre to ordenamento do territ+rio9

    ) Asse"urar o ensino e a valori a#'o permanente de ender o uso e promover a di us'o interna ional da lín"ua portu"uesa9") Promover o desenvolvimento 3armonioso de todo o territ+rio na ional tendo em onta desi"nadamente o ar terultraperi éri o dos arquipéla"os dos A#ores e da Madeira93) Promover a i"ualdade entre 3omens e mul3eres

    A onstitui#'o ondi iona a le"itimidade do poder prosse u#'o de determinados &ns e reali a#'o de determinados valores e prin ípios e vin ula o poder o!serv:n ia dedeterminadas re"ras e pro essos.

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    As in rimina#-es n'o s'o imut veis mas v'o2se alterando om as mudan#as da pr+priaso iedade pois omportamentos outrora lí itos s'o 3oje ilí itos omo tam!ém o inverso.

    0 ne ess rio que se esta!ele#a os pressupostos matérias e ormais da interven#'o do /stadono e,er í io do poder punitivo.

    O conceito de bem jurídico como objecto de tutela das normaspenaisA onstitui#'o é um ritério de pre er$n ia na es ol3a de ritérios a sele ionar de dados pré2

    jurídi os que devem materiali ar o on eito de !em jurídi o. 7ontudo é imposta ao le"isladora relev:n ia onstitu ional (e,plí ita ou implí ita) em en ontrar ritérios de determina#'o dos!ens jurídi os.

    O Direito Penal% Direito Penal a!ar a n'o s+ o Direito Penal material omo o direito pro essual penal odireito da e,e u#'o das penas e o direito peniten i rio. S'o ; ramos de direito aut+nomosmas atinentes ao rime e,istindo assim uma ne ess ria unidade./nquanto o Direito Penal tem que ver dire tamente om a ordena#'o da vida em so iedadequali& ando de orma "eral e a!stra ta os omportamentos 3umanos em un#'o dos !ens

    jurídi os que onsidera valiosos e pres revendo san#-es para os omportamentos lesivosdesses !ens o direito pro essual penal visa dis iplinar o pro edimento para averi"ua#'o ede is'o so!re a notí ia da o orr$n ia de um a to 3ist+ri o quali& ado omo rime e aapli a#'o da san#'o penal orrespondente ao seu a"ente.

    % Direito Penal uida de interesses undamentais da so iedade dei,ando a tutela dos valoresde menor import:n ia para outros ramos de direito. Assim a prote #'o da se"uran#a p

    % Direito Penal é direito p

    A maioria dos autores entende que o Direito Penal é direito p

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    omo direito p

    As san#-es penais distin"uem2se das san#-es ivis pelo se"uinte4 enquanto estas

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    @

    rea&rma#'o dos valores prosse"uidos ole tivamente da pr+pria moral so ial no queor ne ess rio para a manuten#'o e desenvolvimento da omunidade. Para as teorias

    de preven#'o "eral positiva a miss'o do Direito Penal proje ta2se undamentalmentena edu a#'o ole tiva e no oro intimo das pessoa pro urando edu a2las para a&delidade ao direito.

    O princípio da intervenção mínimaA preven#'o "eral do rime tem omo miss'o redu ir ao mínimo a pr+pria viol$n ia estatal.As intimida#-es porque limitadoras da li!erdade dos idad'os e as penas porque setradu em em so rimento in*i"ido aos delinquentes devem limitar2se ao mínimo indispens velpara a reali a#'o dos seus &ns.A dis iplina rí"ida do e,er í io do jus puniendi onstitui uma importante "arantia para aspessoas. A ormali a#'o que preside ao e,er í io do jus puniendi mostra2se omo ume,er í io limitado por "arantias esta!ele idas em avor do delinquente e das vítimas (vitimasindividuais ou a pr+pria omunidade). /ssa ormali a#'o e,pressa2se em prin ípios ormais emateriais4 le"alidade propor ionalidade 3umanidade i"ualdade e resso iali a#'o.

    As teorias do Direito Penal

    #eorias da retribuição – as teorias da retri!ui#'o enquanto le"itimadoras do Direito Penalassentam no pressuposto do desvalor metajurídi o dos omportamentos violadores dopre eito penal. /sta teoria on e!em a pena om &m em si mesmo isto é omo asti"o

    ompensa#'o repara#'o ou retri!ui#'o do mal do rime justi& ada pelo seu valor a,iol+"i ointrínse o independentemente da utilidade que poder resultar da puni#'o. A pena é rea #'oao mal do rime sem qualquer o!je tivo dire to4 pune2se porque a pena é justa em si. ?em

    omo ara terísti a omum o on eito de retri!ui#'o do mal om o mal. /st na !ase avin"an#a de san"ue omum em todas as so iedades primitivas. A ideia de retri!ui#'o est detal modo ínsita no on eito da pena que ora dessa ideia n'o é pens vel a pena.

    As ideias de retri!ui#'o entraram em rise na épo a do Iluminismo mas oram relan#adas nosé . I em duas vers-es lai as4

    1. A tese de ori&em antiana – se"undo a qual a pena é uma retri!ui#'o éti a justi& ada pelo valor moral da lei penal violada

    5. A tese de inspiração +e&eliana 2 se"undo a qual é uma retri!ui#'o jurídi a justi& ada pela ne essidade de reparar o direito violado om um viol$n ia ontr ria queresta!ele#a a ordem le"al.

    ?anto para as doutrinas da retri!ui#'o moral omo para as da retri!ui#'o jurídi a asproi!i#-es penais omo as penas t$m undamento em si mesmas4 no desvalor éti o ou emqualquer aso no desvalor metajurídi o assinado pelas primeiras ao rime em si e pelasse"undas viola#'o do dever "eral e meta le"al de o!ede er s leis.

    =um /stado de direito demo r ti o n'o se a eitam a reali a#'o de justi#a a!soluta essamiss'o a!e moral ou a reli"i'o mas n'o ao /stado. As senten#as n'o se pronun iam emnome de Deus mas em nome de povo e ao Direito a!e apenas a un#'o de asse"urar ae,ist$n ia da so iedade e dos seus interesses.

    #eorias de prevenção especial – as teorias de preven#'o espe ial prop-em2se desviar o3omem do rime pelos e eitos so!re o pr+prio delinquente a quem a pena é apli adadiversamente das teorias da preven#'o "eral que pretendem e,er er a sua in*u$n ia so!reas pessoas em "eral e n'o apenas so!re os que delinquiram. /stas doutrinas da preven#'o

    pelo mel3oramento do delinquente pela emenda s'o as mais anti"as desde a épo amedieval se"undo a qual os delinquentes podem ser n'o s+ asti"ados mas tam!émoa"idos pelo /stado a orri"irem2se. % &m da pena nestas doutrinas é a reedu a#'o e

    re upera#'o moral do delinquente.

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    2 ='o onta para o pra o da proi!i#'o o tempo em que o a"ente estiver privado da li!erdade por or#a de medida de oa #'opro essual pena ou medida de se"uran#a.

    H 2 7essa o disposto no n.E 1 quando pelo mesmo a to tiver lu"ar a apli a#'o da assa#'o ou da interdi#'o da on ess'o dotítulo de ondu#'o nos termos dos arti"os 1F1.E e 1F5.E

    ?endo sempre presente os &ns

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    H

    matar outra pessoa é punido com pena de prisão de / a '0 anos8 . /ste imperativo danorma pressup-e um prévio juí o de valor so!re o a to.% Direito Penal sur"e2nos em tr$s modalidades no sistema da ordem jurídi a4

    1. Como e9clusivo criador de normas para tutela de bens jurídicos – é o que severi& a quando a tutela do !em jurídi o s+ resulta da norma penal9

    5. Como concorrente, em pé de i&ualdade, com outros ramos do direito natutela dos bens jurídicos – quando os !ens jurídi os tam!ém se en ontramprote"idos por outros ramos de direito9

    ;. Como complemento da tutela concedida por outros ramos de direito – 3 asosem que o Direito Penal pare e n'o ter autonomia limitando2se a emprestar as suassan#-es a pre eitos ara terísti os de outros ramos omo su ede sempre que numa leiadministrativa se en ontra um arti"o punido por e,emplo om a pena do rime dedeso!edi$n ia a viola#'o dos seus pre eitos.

    O princípio da proporcionalidade, da ade:uação, da necessidade ?am!ém denominado prin ípio da proi!i#'o do e, esso. 0 um prin ípio "eral do direito quepre oni a o justo equilí!rio entre os interesses em on*ito o!ri"ando o le"islador os juí es edemos operadores do direito a ponderar os interesses em on*ito para em un#'o dos valoressu!ja entes e os &ns prosse"uidos os resolver se"undo medida adequada. A restri#'ole"ítima da li!erdade pressup-e a proi!i#'o do e, esso dessa restri#'o e em onsequ$n ia aadequa#'o a ne essidade e a propor ionalidade das san#-es penais apli veis e apli adas ao

    rime previsto e ometido respe tivamente. % prin ípio da propor ionalidade em sentidorestrito si"ni& a que os meios le"ais restritivos da li!erdade e os &ns o!tidos devem situar2senuma justa medida determinada pela "ravidade do mal ausado e ensura!ilidade do seuautor. A propor ionalidade em sentido restrito e,i"e a limita#'o da "ravidade da san#'o "ravidade do mal ausado pelo rime.

    O principio da ade:uação si"ni& a que as san#-es penais le"almente previstas devemrevelar2se adequadas para a prosse u#'o dos &ns visados pela lei.

    O princípio da necessidade si"ni& a que as san#-es dever revelar2se ne ess rias porqueos &ns prosse"uidos pela lei n'o podem ser o!tidos por outros meios menos onerosos.

    % le"islador en ontra uma erta di& uldade na es ol3a da qualidade e quantidade da penaem rela#'o om o rime e a no#'o de "ravidade do rime. /,istem duas orienta#-es diversas4

    1. ;ma objectiva – que mede a "ravidade do rime e por onse"uinte da pena pelanature a do dano

    5. A outra subjectiva – que mede pelo "rau da ulpa!ilidade.

    Devem a ol3er2se am!os os ritérios no sentido de que os limites das penas t$m de variartanto em rela#'o om o dano omo em rela#'o a ulpa!ilidade.

    % prin ípio da propor ionalidade vale no momento da op#'o pela in rimina#'o epredetermina#'o da espé ie e medida da pena apli vel omo tam!ém a determina#'o

    judi ial da pena. Assim o art.H1 do 7P disp-e que na determina#'o on reta da pena otri!unal atende a todas as ir unst:n ias que n'o a endo parte do tipo de rime depuserema avor do a"ente ou ontra ele onsiderando nomeadamente o "rau de ili itude do a to omodo de e,e u#'o deste a "ravidade das suas onsequ$n ias !em omo o "rau de viola#'odos deveres impostos ao a"ente.Arti&o

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    C

    !) A intensidade do dolo ou da ne"li"$n ia4) %s sentimentos mani /stados no ometimento do rime e os &ns ou motivos que o determinaram9

    d) As ondi#-es pessoais do a"ente e a sua situa#'o e on+mi a9e) A onduta anterior ao a to e a posterior a este espe ialmente quando esta seja destinada a reparar as onsequ$n ias do

    rime9) A alta de prepara#'o para manter uma onduta lí ita mani estada no a to quando essa alta deva ser ensurada através da

    apli a#'o da pena.; 2 =a senten#a s'o e,pressamente re eridos os undamentos da medida da pena.

    O princípio da subsidiariedadeKala2se do ar ter su!sidi rio do Direito Penal para si"ni& ar a ideia de que s+ se deverre orrer ao Direito Penal omo instrumento de tutela de !ens jurídi os quando ain rimina#'o or n'o s+ ne ess ria mas tam!ém adequada. % prin ípio da su!sidiariedadeassim entendido onstitui uma espe i& a#'o no ampo do Direito Penal do prin ípio dapropor ionalidade. Assim o re urso ao Direito Penal é injusti& ado ou supér*uo quando atutela do !em jurídi o or e& a mediante san#-es de nature a n'o penal. % le"islador deveoptar por aqueles que limitem menos os direitos das pessoas.

    Importa onsiderar que a vul"ari a#'o da interven#'o penal (se o Direito Penal interviesse emmuitas matérias) en raque e a or#a preventiva do Direito Penal. A res e ainda que a pr+priae,tens'o do Direito Penal ontri!ui para a sua ine& ia por serem propor ionalmente maisos a tos in riminados que & am impunes. Importa reservar a in rimina#'o para aqueles a tosem que seja insu& iente a interven#'o dos outros ramos do direito. Para que o Direito Penalretome o seu verdadeiro espa#o de prote #'o de valores so iais a!solutamente

    undamentais o rime seja entendido om a to insuport vel e a pena omo ensura p

    O princípio da fra&mentariedadeA es ol3a de omportamentos em que é ne ess ria a interven#'o san ionat+ria. Mas s+aqueles asos uja "ravidade em termos de dano so ial justi& a a amea#a de uma san#'openal. Mas s+ aqueles que o le"islador quali& a omo tais aqueles que o le"islador onsiderade tal modo "raves para a vida so ial que justi& am a san#'o penal para quem os prati ar.Por estes omportamentos estarem tipi& ados no que se re ere tutela de !ens jurídi os sepossa di er que o Direito Penal n'o tem la unas.

    Os princípios da le&alidade e jurisdicionalidade7ara terísti a essen ial do Direito Penal é a le"alidade "arantida pelo art. 56 da 78P e

    onsa"rada pelo art. 1 do 7P se"undo a qual nin"uém pode ser senten iado riminalmentesen'o em virtude de lei anterior que de lare punível a a #'o ou a omiss'o nem so rer medida

    de se"uran#a ujos pressupostos n'o estejam &,ados em lei anterior nem ser apli adaspenas ou medidas de se"uran#a que n'o estejam e,pressamente ominadas em lei anterior.Arti&o =1!"Aplicação da lei criminal$1. =in"uém pode ser senten iado riminalmente sen'o em virtude de lei anterior que de lare punível a a #'o ou a omiss'o nemso rer medida de se"uran#a ujos pressupostos n'o estejam &,ados em lei anterior.5. % disposto no n analo"ia para quali& ar um a to omo rime de&nir um /stado de peri"osidade ou determinar apena ou medida de se"uran#a que l3es orresponde.

    %utra ara terísti a do Direito Penal é a jurisdi ionalidade "arantida pelos art. 56 e ;5 da 78Pe o art. CE do 7PP.

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    Arti"o ;5. % prin ípio da jurisdi ionalidade si"ni& a que a ompet$n ia para de idir a matériapenal e apli ar penas e medidas de se"uran#a é da e, lusiva ompet$n ia da jurisdi#'o. Aideia de jurisdi#'o est implí ita a ideia de jui impar ial e essa impar ialidade da entidade

    ompetente para de idir a matéria penal e apli ar penas e medidas de se"uran#a riminaisonstitui uma "arantia das pessoas.

    Arti&o 3=!

    "*arantias de processo criminal$1. % pro esso riminal asse"ura todas as "arantias de de esa in luindo o re urso.5. ?odo o ar"uido se presume ino ente até ao tr:nsito em jul"ado da senten#a de ondena#'o devendo ser jul"ado no mais urtopra o ompatível om as "arantias de de esa.;. % ar"uido tem direito a es ol3er de ensor a ser por ele assistido em todos os a tos do pro esso espe i& ando a lei os asos eas ases em que a assist$n ia por advo"ado é o!ri"at+ria.@. ?oda a instru#'o é da ompet$n ia de um jui o qual pode nos termos da lei dele"ar noutras entidades a pr ti a dos a tosinstrut+rios que se n'o prendam dire tamente om os direitos undamentais.B. % pro esso riminal tem estrutura a usat+ria estando a audi$n ia de jul"amento e os a tos instrut+rios que a lei determinarsu!ordinados ao prin ípio do ontradit+rio.Arti&o /!(Administração da justiça penal%s tri!unais judi iais s'o os +r"'os ompetentes para de idir as ausas penais e apli ar penas e medidas de se"uran#a riminais.

    O princípio da culpabilidade% prin ípio da ulpa!ilidade é onsiderado pela doutrina dominante omo undamento elimite de qualquer políti a riminal num /stado de direito. Si"ni& a que a pena se unda na

    ulpa do a"ente pela sua a #'o ou omiss'o isto é em juí o de ensura do a"ente por n'o tera"ido em on ormidade om o dever jurídi o em!ora tivesse podido on3e $2lo motivar2sepor ele e reali a2lo. A ulpa pressup-e a ons i$n ia éti a isto é a apa idade pr ti a dapessoa de dominar e diri"ir os pr+prios impulsos psíqui os de ser motivado por valores e ali!erdade de a"ir em on ormidade sem admiss'o das quais n'o se respeita a pessoa nem seentende o seu direito li!erdade. Por isso que a e,i"$n ia onstitu ional da ulpa!ilidade se

    dedu da di"nidade da pessoa 3umana (art. 1E da 78P).Arti&o '!">ep?blica Portu&uesa$Portu"al é uma 8ep

    d) A e,i"$n ia de que a pena seja propor ionada ulpa do a"ente isto é que entre oasti"o e o a to e,ista um equilí!rio.

    A ideia de responsa!ilidade do sujeito adulto e mentalmente s'o é uma realidadeinquestion vel da nossa ons i$n ia so ial e moral. Geralmente assume2se a erte a dali!erdade omo pressuposto dos pr+prios a tos e espera2se tam!ém uma a tua#'o livre porparte das outras pessoas. % sentimento de li!erdade de de is'o e a ons i$n ia da

    responsa!ilidade pelos pr+prios a tos est ínsito no oro interno de ada pessoa e por isso oompreende todos quando s'o responsa!ili ados om !ase no prin ípio da ulpa!ilidade. S+a ulpa pode justi& ar a puni#'o porque a reinte"ra#'o so ial do delinquente através do

    umprimento de uma pena pressup-e a apa idade de distin"uir e de se determinara emun#'o dos imperativos jurídi os.

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    Parte da doutrina r$ poder pres indir do prin ípio da ulpa!ilidade por onsiderar que os &nsdo Direito Penal e da pena (preven#'o "eral) mel3or se al an#am pela apli a#'o da pena namedida que seja ne ess ria para manter a on&an#a das pessoas no direito e asse"urar aordem p

    A ulpa!ilidade e preven#'o "eral perten em a dimens-es distintas e t$m si"ni& adosindependentes. =a ulpa!ilidade trata2se de determinar o mere imento da pena (se se podemreprovar os a tos do a"ente). =a preven#'o "eral trata2se de determinara a ne essidade dapena ou seja avaliar se é ne ess rio e em que medida a san#'o penal ao a"ente.

    O princípio da culpabilidade e a responsabilidade penal daspessoas colectivasAs pessoas ole tivas n'o s'o mais do que entes riados e a eites pelo direito omoinstrumentos ao servi#o do 3omem lo"o a di& uldade em atri!uir a ulpa!ilidade eresponsa!ilidade penal na personalidade éti a da pessoa 3umana a uma entidade que n'otem essa nature a. Isto n'o quer di er no entanto que &quem impunes aos a tos que l3ess'o atri!uíveis. A de&ni#'o da ulpa!ilidade e responsa!ilidade das pessoas ole tivas re"e2se por dois ritérios4 o formal e o material

    1. O critério formal ou o objectivo – onsiderar2se2 omo a to pr+prio da pessoa jurídi a aquele uja mani esta#'o da vontade tiver sido pro erida por um dos seus+r"'os de representa#'o9

    5. O critério material ou subjectivo – e,i"e a veri& a#'o &nalísti a da a tua#'o queseja diri"ida o!ten#'o de um !ene í io ou satis a#'o de um interesse da pr+priapessoa jurídi a.

    Assim a culpabilidade das pessoas colectiva deriva da decisão@vontade do seurepresentante le&al ou contratual ou de titular do seu r&ão e ainda :ue a actuaçãoten+a ocorrido no interesse ou bene cio da pessoa colectiva!Assim apli ar uma multa so iedade equivale a retirar dos undos so iet rios e emdetrimento dos s+ ios e dos redores da so iedade a import:n ia orrespondente san#'o.As pessoas ole tivas s'o ivil e solidariamente respons veis pelo pa"amento de multas e deindemni a#-es em que orem ondenados os seus representantes pela pr ti a do rime.% Direito Penal n'o a eitava a ulpa por a to de outrem mas quando a san#'o revestianature a patrimonial edo a eitou a responsa!ilidade ivil solid ria da so iedade omo oa"ente do a to riminoso. L evidente que a s san#-es apli adas >s pessoas meramente

    jurídi as n'o tem a mesma &nalidade das apli adas as pessoas ísi as mas umprem noentanto a &nalidade espe í& a do Direito Penal que é a preven#'o "eral. A amea#a de san#'openal ar om que as pessoas que t$m o poder de mani estar a vontade so ial ou de a

    ondi ionar uidem de que n'o sejam prati ados rimes. As san#-es apli adas >s pessoasole tivas n'o t$m tam!ém a nature a a*itiva das penas apli veis as pessoas ísi as tem

    nature a adequada pr+pria dessas entidade. A vontade da pessoa jurídi a s+ é vontade poranalo"ia om a vontade das pessoa ísi as mas é essa vontade que o direito onsiderarelevante quando suporte de &ns lí itos que é tam!ém onsiderada relevante quando sejasuporte de &ns ilí itos.

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    A di&nidade da pessoa +umana como limite da duração e dae9ecução das penas% prin ípio da 3umanidade das penas enquanto limite do poder punitivo do /stado é oprin ípio que em maior medida ara teri a a evolu#'o do sistema penal ontempor:neo. /stepostado do sistema penal é in ompatível om san#-es que atinjam a pr+pria di"nidade da

    pessoa omo a pena de morte as penas orporais e in amantes as penas privativas dali!erdade de dura#'o ilimitada ou inde&nida (art. 5@ nE5 e art. ;F nrE1 78P)Arti&o =B! "Direito vida$1. A vida 3umana é inviol vel.5. /m aso al"um 3aver pena de morte.Arti&o 34!"5imites das penas e das medidas de se&urança$1. ='o pode 3aver penas nem medidas de se"uran#a privativas ou restritivas da li!erdade om ar ter perpétuo ou de dura#'oilimitada ou inde&nida.5. /m aso de peri"osidade !aseada em "rave anomalia psíqui a e na impossi!ilidade de terap$uti a em meio a!erto poder'oas medidas de se"uran#a privativas ou restritivas da li!erdade ser prorro"adas su essivamente enquanto tal /stado se mantivermas sempre mediante de is'o judi ial.;. A responsa!ilidade penal é insus eptível de transmiss'o.@. =en3uma pena envolve omo e eito ne ess rio a perda de quaisquer direitos ivis pro&ssionais ou políti os.B. %s ondenados a quem sejam apli adas pena ou medida de se"uran#a privativas da li!erdade mant$m a titularidade dosdireitos undamentais salvas as limita#-es inerentes ao sentido da ondena#'o e >s e,i"$n ias pr+prias da respe tiva e,e u#'o.

    Conceitos

    A parte &eral e a parte especial do Direito Penal L uma quest'o té ni a de &,a#'o das normas penais uma parte omplementa a outra. Aparte &eral (ou Direito Penal "eral) orresponde aos prin ípios omuns a todos os rimes./sta!ele em2se as re"ras omuns a todos os rimes que s'o depois tipi& ados na parteespe ial. A parte especial orresponde aos rimes em parti ular. Dis iplina erto ns demais leis penaisque n'o ontam desse te,to !ase. % Direito Penal espe ial (ou Direito Penal parti ular ouDireito Penal omplementar) é as leis penais e,trava"antes que n'o onstam no 7P. /,.Direito Penal de menores Direito Penal e on+mi o Direito Penal &s al Direito Penal militarDireito Penal marítimo Direito Penal omer ial Direito Penal da imprensa et .% Direito Penal espe ial dis iplina um erto novo n

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    omo se o novo rime estivesse previsto no 7P (re"ra "eral) mas se ao de&nir novos rimesdetermina re"ras parti ulares para esses rimes s'o essas apli veis (re"ra espe ial).

    Direito Penal portu&u s e Direito Penal estran&eiro asos em que os tri!unais portu"ueses devem apli ar a lei penal estran"eira. 0 o que

    su ede desde lo"o por or#a do disposto no nE5 do art. . % art. BE disp-es so!re a apli a#'oda lei penal portu"uesa a a tos prati ados ora do territ+rio portu"u$s quando o a"ente n'otiver sido jul"ado no país da pr ti a do a to ou se 3ouver su!traído ao umprimento total oupar ial da ondena#'o (art. nE1). % nrE5 do art. E restrin"e nesses asos a apli a#'o da leipenal portu"uesa sempre que a lei do país onde tiver sido prati ado o a to seja

    on retamente mais avor vel ao a"ente9 nesta 3ip+tese é apli vel a lei estran"eira a lei dopaís onde tiver sido prati ado o a to.Arti&o .()actos praticados fora do territ rio portu&u s1 2 Salvo tratado ou onven#'o interna ional em ontr rio a lei penal portu"uesa é ainda apli vel a a tos ometidos ora doterrit+rio na ional4

    a) Nuando onstituírem os rimes previstos nos arti"os 551E 5 5E a 5H1E ;FFE ;F1E ;FCE a ;51E ;5BE a ;@BE9!) Nuando onstituírem os rimes previstos nos arti"os 1B6E 1 FE 1 6E 1H5E 1H;E 1H E e 5; E a 5;CE no nE 1 do arti"o 5;6Ee no arti"o 5@5E desde que o a"ente seja en ontrado em Portu"al e n'o possa ser e,traditado9

    ) Por portu"ueses ou por estran"eiros ontra portu"ueses sempre que4I) %s a"entes orem en ontrados em Portu"al9II) Korem tam!ém puníveis pela le"isla#'o do lu"ar em que tiverem sido prati ados salvo quando nesse lu"ar n'o se e,er erpoder punitivo9 eIII) 7onstituírem rime que admita e,tradi#'o e esta n'o possa ser on edida9 oud) 7ontra portu"ueses por portu"ueses que viverem 3a!itualmente em Portu"al ao tempo da sua pr ti a e aqui oremen ontrados.e) Por estran"eiros que orem en ontrados em Portu"al e uja e,tradi#'o 3aja sido requerida quando onstituírem rimes queadmitam a e,tradi#'o e esta n'o possa ser on edida.5 2 A lei penal portu"uesa é ainda apli vel a a tos ometidos ora do territ+rio na ional que o /stado Portu"u$s se ten3ao!ri"ado a jul"ar por tratado ou onven#'o interna ional.(8eda #'o da Oei nE B 6C de 5 de Setem!ro)Arti&o 0(

    >estriç-es aplicação da lei portu&uesa1 2 A apli a#'o da lei portu"uesa a a tos prati ados ora do territ+rio na ional s+ tem lu"ar quando o a"ente n'o tiver sido jul"ado no país da pr ti a do a to ou se 3ouver su!traído ao umprimento total ou par ial da ondena#'o.5 2 /m!ora seja apli vel a lei portu"uesa nos termos do n

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    ;. O bem jurídico tutelado – aos rimes previstos no 7P4 rimes ontra as pessoasrimes ontra o patrim+nio rimes ontra a pa e a 3umanidade rimes ontra a vida

    em so iedade e rimes ontra o estad'o.@. Nature2a da ofensa ao bem jurídico – rimes de peri"o e rimes de dano

    Crimes econ micos, crimes tribut%rios, crimes políticos, crimesambientais e crimes inform%ticosA doutrina e tam!ém as le"isla#-es autonomi am om requ$n ia ramos diversi& ados doDireito Penal. 0 ruto da espe iali a#'o. 0 uma teori a#'o da parte espe ial do Direito Penaldelimitada em un#'o de se tores de a tividade na vida so ial.

    Crimes econ micos – dis iplinam a a tividade e on+mi a enquanto tal que se re orta odenominado Direito Penal e on+mi o ou Direito Penal da e onomia onstituído pelo onjuntode normas de nature a penal que tutelam as ondi#-es onsideradas indispens veis para ore"ular o un ionamento do sistema e on+mi o onstitu ional. /ste ramo de direito apresenta

    espe i& idade quer ao nível do ilí ito no que tan"e ao !em jurídi o prote"ido pelasin rimina#-es quer ao nível dos a"entes nomeadamente na admiss'o da responsa!ili a#'odas pessoas ole tivas omo a"entes das in ra #-es umulativamente om aresponsa!ilidade do titular do +r"'o ou do representante da pessoa ole tiva que tiverprati ado o rime em nome e no interessa daquela. % D5 n(=/@/B de =4 de aneiro

    onstitui o n< leo !ase do denominado Direito Penal da e onomia.

    Crimes tribut%rios – distin"uem nas espé ies de crimes tributários comuns, crimesaduaneiros, crimes fscais e crimes contra a segurança social . % peso que as re eitastri!ut rias assumem no quadro das re eitas p

    orre to apuramento das situa#-es tri!utarias por um lado e pRr em relevo a "randedanosidade so ial inerente ao in umprimento dos deveres tri!ut rios por outro. Dai que oin umprimento de tais deveres nos asos em que o le"islador onsidera assumirem parti ular"ravidade sejam san ionados penalmente.

    A dis iplina dos rimes tri!ut rios onsta no >e&ime *eral das Fnfracç-es #ribut%rias">*F#$ . % >*F# onsta de uma Parte I que trata dos prin ípios "erais relativos >s in ra #-estri!ut rias ( rimes e ontra2ordena#-es) uma Parte II que dis iplina o pro esso penaltri!ut rio e o pro esso de ontra2ordena#'o tri!ut ria e uma Parte III que tipi& a as in ra #-es

    tri!ut rias. Prev$ a responsa!ilidade penal das pessoas ole tivas umulativamente om aresponsa!ilidade do +r"'o ou representante da pessoa ole tiva que tiver prati ado o rimeem nome e no interesse daquela.

    Crimes políticos – n'o e,iste nas leis vi"entes qualquer de&ni#'o de rime políti o porquen'o e,iste qualquer re"ime jurídi o espe ial que avore#a os rimes políti os no sistema

    jurídi o internamente. % on eito de rime políti o n'o é porem laro mas ostumadistin"uir2se entre rime políti o em sentido estrito que é o rime que onsiste em a to demani esta#'o de dis rep:n ia ideolo"ia di& ilmente on e!ível no /stados de direitodemo r ti os sendo porem ara terísti os de países totalit rios. % on eito de rime politi otem maior import:n ia relativamente ordem e,terna4 para o e eito de e,tradi#'o e asilopolíti o. % art. ;; 78P proí!e a e,tradi#'o por motivos políti os e "arante o direito de asiloaos estran"eiros e ap tridas perse"uidos por motivos de sua a tividade. A e,tradi#'oen ontra2se re"ulada na 5ei n( 'BB@11 de 3' de A&osto e na Convenção Europeia deE9tradição!Arti&o 33! "E9pulsão, e9tradição e direito de asilo$1. ='o é admitida a e,puls'o de idad'os portu"ueses do territ+rio na ional.

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    5. A e,puls'o de quem ten3a entrado ou permane#a re"ularmente no territ+rio na ional de quem ten3a o!tido autori a#'o deresid$n ia ou de quem ten3aapresentado pedido de asilo n'o re usado s+ pode ser determinada por autoridade judi ial asse"urando a lei ormas e,peditasde de is'o.;. A e,tradi#'o de idad'os portu"ueses do territ+rio na ional s+ é admitida em ondi#-es de re ipro idade esta!ele idas em

    onven#'o interna ional nos asos de terrorismo e de riminalidade interna ional or"ani ada e desde que a ordem jurídi a do/stado requisitante onsa"re "arantias de um pro esso justo e equitativo.@. S+ é admitida a e,tradi#'o por rimes a que orresponda se"undo o direito do /stado requisitante pena ou medida dese"uran#a privativa ou restritiva dali!erdade om ar ter perpétuo ou de dura#'o inde&nida se nesse domínio o /stado requisitante or parte de onven#'ointerna ional a que Portu"al esteja vin ulado e o ere er "arantias de que tal pena ou medida de se"uran#a n'o ser apli ada oue,e utada.B. % disposto nos n

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    Muitas ve es mais importante do que o pro esso judi ial pelos rimes ometidos através daimprensa da r dio e da televis'o é a r pida reposi#'o da verdade. Por isso que no :m!ito dosmeios de omuni a#'o so ial re eridos 3aja um instituto de "rande import:n ia para permitira resposta dos o endidos. 0 o instituto dos direitos de resposta e de recti cação que ére"ulado pelos art. 5B a 5H da Oei nE 5 66 (55E a 5HE) da Oei nrECH CC (B;E a BHE) e a OeinrE;12A 6C

    Crimes e contravenç-esA ontraven#'o é um a to volunt rio punível omo o é o rime. ='o 3 di eren#a quanto aoselementos essen iais. 7rime e ontraven#'o s'o espé ies de "énero in ra #'o penal. As

    ontraven#-es redu em2se deso!edi$n ia das disposi#-es preventivas das leis ere"ulamentos. ?radu essen ialmente na viola#'o das re"ras autelares impostas por lei é

    onsiderado por muitos autores omo um ilícito penal administrativo . A ontraven#'opode ser dolosa ou ulposa mas a lei pune a ontraven#'o independentemente de toda ainten#'o malé& a punindo sempre a ne"li"$n ia isto é o mal da ontraven#'o estsimplesmente no desvalor da a #'o mas é sempre e,i"ível a vontade ulp vel do a"ente poisé onsequentemente relevante para o "rau de ulpa para e eito da puni#'o.

    Assim as ontraven#-es s'o uma espé ie das in ra #-es penais e por isso o seu re"ime jurídi o é em "eral o dos rimes om as parti ularidades que a pr+pria lei esta!ele e. S'oapli veis as ontraven#-es as normas do Direito Penal omum om as e, ep#-es pr+priasdo seu re"ime.

    /,istem no entanto al"umas e, ep#-es ao re"ime penal "eral41. /nquanto os rimes s+ podem ser de&nidos por lei as ontraven#-es podem s$2lo

    tam!ém por diplomas re"ulamentares95. =as ontraven#-es n'o é punível a umpli idade. S'o s+ puníveis os autores9;. As ontraven#-es s+ s'o puníveis om pena de pris'o ou de multa9

    @. %s limites da pena de pris'o n'o s'o laros.7onstitui ausa espe í& a de e,tin#'o das ontraven#-es puníveis om multa e

    onsequentemente do pro edimento riminal a o!la#'o volunt ria. Mediante o pa"amentovolunt rio (o!la#'o) a ontraven#'o penal e,tin"ue2se. % pra o de pres ri#'o dopro edimento riminal e das penas é de 1 ano.

    Anun ia2se para !reve no sistema jurídi o portu"u$s a e,tin#'o do re"ime das ontraven#-esmediante a sua su!stitui#'o por um novo ramo de direito denominado Flícito de meraordenação social!

    O Direito Penal e outros >amos de DireitoPro edemos an lise das rela#-es do Direito Penal om outros ramos de direito. % DireitoPenal tem rela#-es espe iais e estreitas om o direito processual penal e om o direitopenitenci%rio em termos tais que a desi"na#'o Direito Penal em sentido amplo a!ran"etam!ém o direito pro essual penal e o direito peniten i rio.

    O Direito Penal e o direito constitucional – sendo a onstitui#'o o estatuto jurídi o dopoliti o o Direito Penal unda2se nele portanto as normas de Direito Penal ou s'o

    ormalmente onstitu ionais ou s'o autori adas ou dele"adas por outras normasonstitu ionais. A onstitui#'o ontém normas penais in riminadoras mas ontem normas

    que ondi ionam o onte

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    Arti&o =B!"Direito vida$1. A vida 3umana é inviol vel.5. /m aso al"um 3aver pena de morte.Arti&o =.!"Direito inte&ridade pessoal$1. A inte"ridade moral e ísi a das pessoas é inviol vel.5.=in"uémpode ser su!metido a tortura nem a tratos ou penas ruéis de"radantes ou desumanos.Arti&o 34!"5imites das penas e das medidas de se&urança$1. ='o pode 3aver penas nem medidas de se"uran#a privativas ou restritivas da li!erdade om ar ter perpétuo ou de dura#'oilimitada ou inde&nida.5. /m aso de peri"osidade !aseada em "rave anomalia psíqui a e na impossi!ilidade de terap$uti a em meio a!erto poder'oas medidas de se"uran#a privativas ou restritivas da li!erdade ser prorro"adas su essivamente enquanto tal /stado se mantivermas sempre mediante de is'o judi ial.;. A responsa!ilidade penal é insus eptível de transmiss'o.@. =en3uma pena envolve omo e eito ne ess rio a perda de quaisquer direitos ivis pro&ssionais ou políti os.B. %s ondenados a quem sejam apli adas pena ou medida de se"uran#a privativas da li!erdade mant$m a titularidade dosdireitos undamentais salvas as limita#-es inerentes ao sentido da ondena#'o e >s e,i"$n ias pr+prias da respe tiva e,e u#'oArti&o =0!"Outros direitos pessoais$1. A todos s'o re on3e idos os direitos > identidade pessoal ao desenvolvimento da personalidade > apa idade ivil >

    idadania ao !om nome e reputa#'o> ima"em > palavra > reserva da intimidade da vida privada e amiliar e > prote #'o le"al ontra quaisquer ormas dedis rimina#'o.5. A lei esta!ele er "arantias e e tivas ontra a o!ten#'o e utili a#'o a!usivas ou ontr rias > di"nidade 3umana dein orma#-es relativas >s pessoas e amílias.;. A lei "arantir a di"nidade pessoal e a identidade "enéti a do ser 3umano nomeadamente na ria#'o desenvolvimento eutili a#'o das te nolo"ias e na e,perimenta#'o ientí& a.@. A priva#'o da idadania e as restri#-es > apa idade ivil s+ podem e e tuar2se nos asos e termos previstos na lei n'opodendo ter omo undamento motivos políti os.Arti&o =1!"Aplicação da lei criminal$1. =in"uém pode ser senten iado riminalmente sen'o em virtude de lei anterior que de lare punível a a #'o ou a omiss'o nemso rer medida de se"uran#a

    ujos pressupostos n'o estejam &,ados em lei anterior.5. % disposto no n indemni a#'opelos danos so ridos.Para além das normas penais ormalmente onstitu ionais é a onstitui#'o que esta!ele e oquadro dos valores undamentais da ordem jurídi a portu"uesa a que toda a le"isla#'o setem de su!ordinar. =o domínio penal s'o prin ípios que emanam da onstitui#'o o prin ípioda su!sidiariedade (art. 1C nE5) o da le"alidade (art. 56) da propor ionalidade (art. 1C nE5)da 3umanidade (art. 5B) e da jurisdi ionalidade (art. 56 e ;5) na apli a#'o do Direito Penal.Arti&o '/!")orça jurídica$1. %s pre eitos onstitu ionais respeitantes aos direitos li!erdades e "arantias s'o dire tamente apli veis e vin ulam asentidades p

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    C. S'o nulas todas as provas o!tidas mediante tortura oa #'o o ensa da inte"ridade ísi a ou moral da pessoa a!usivaintromiss'o na vida privada no domi ílio na orrespond$n ia ou nas tele omuni a#-es.6. =en3uma ausa pode ser su!traída ao tri!unal uja ompet$n ia esteja &,ada em lei anterior.1F. =os pro essos de ontra2ordena#'o !em omo em quaisquer pro essos san ionat+rios s'o asse"urados ao ar"uido osdireitos de audi$n ia e de esa.

    O Direito Penal e o direito civil – o Direito Penal distin"ue2se ormalmente do direito ivil(e do direito privado em "eral) pela nature a e &ns das san#-es apli veis aos respe tivosilí itos. % ilí ito ivil determina sempre omo onsequ$n ia jurídi a ou a e,e u#'o or#adaou a o!ri"a#'o de indemni a#'o ou a o!ri"a#'o de restitui#'o da oisa ou a nulidade do a to.% ilí ito penal a arreta uma onsequ$n ia espe ial a pena ou medida de se"uran#a

    onsistem no mal in*i"ido ao autor do a to ilí ito e que a e tam ou podem a e tar a pr+priapessoa do autor. % ilí ito ivil determina em re"ara oa #'o patrimonial o ilí ito penal

    oa #'o pessoal. A san#'o no direito ivil visa essen ialmente a repara#'o e tem so!retudoem vista a vítima do dano A san#'o penal é repress'o asti"o e diri"e2se so!retudo aoa"ente do rime.

    Muitos a tos dei,aram de ser ilí itos penais e passaram a simples ilí itos ivis por ra -es depolíti a riminal as mais diversa dependendo dos povos dos tempos e das ne essidadesso iais. eja2se por e,emplo a despenali a#'o dos 3eques p+s2datados sem provis'o.

    Intrinse amente onsiderado o ilí ito ivil a e ta de modo prin ipal o interesse de adapessoa ou de um "rupo isoladamente onsiderado enquanto o ilí ito penal representa umdano ou peri"o p

    repara#'o dos danos ausados pelos rimes em termos que apro,imam esta repara#'o dassan#-es penais. 0 sintom ti o desta im!ri a#'o que a suspens'o da e,e u#'o da pena depris'o possa ser su!ordinada ao pa"amento da indemni a#'o devida ao lesado (art. B1 nrE1al. a)) e que o 7PP esta!ele#a no seu art. C52A que o tri!unal em aso de ondena#'o pode

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    imposi#'o de deveres un ionais e se a viola#'o desses deveres pode muitas ve es lesar oupRr em peri"o de les'o !ens jurídi os.

    As san#-es dis iplinares t$m &ns id$nti os aos das penas riminais – reprovam e pro uramprevenir altas id$nti as por parte de quem quer que seja o!ri"ado a deveres dis iplinares eespe ialmente daquele que os violou. Mas aquelas san#-es t$m essen ialmente em vista o

    interesse da un#'o que de endem e a sua a tua#'o repressiva e preventiva é ondi ionadapelo interesse dessa un#'o.

    Assim o ilí ito dis iplinar é diverso do ilí ito riminal. Pode 3aver a tos que onstituam oprimeiro e n'o sejam ompreendidos no se"undo. As san#-es dis iplinares s'o independentesdas penais podendo e,istir sem elas ou a umular2se om elas. %s &ns da preven#'o "eral eespe ial do direito dis iplinar apro,imam2se do Direito Penal. % poder dis iplinar é internoquer na administra#'o p

    A doutrina entende "eralmente que os pro edimentos dis iplinar e riminal s'o aut+nomosdos pro essos n'o omprometem nem ondi iona a de is'o no outro. %s art. e H do 7Pdisp-em so!re a pena a ess+ria de proi!i#'o do e,er í io e suspens'o do e,er í io de un#'op

    ) Impli ar a perda da on&an#a ne ess ria ao e,er í io da un#'o.5 T % disposto no ns pro&ss-es ou a tividades ujo e,er í io depender detítulo p

    P-e2se a se"uinte quest'o4 sendo aplicada a um funcion%rio uma pena acess ria deproibição do e9ercício de função p?blica, nos termos do art! 00 CP, é ainda possívelpelos mesmos factos, mas a&ora simplesmente na perspectiva disciplinar, condenaro funcion%rio na mesma ou noutra penaM Ge o tribunal condenar o funcion%rio porcrime a :ue em abstracto seria possível a aplicação da pena criminal acess ria,mas não a aplicar por considerar não se veri carem os respectivos pressupostos,pode depois a administração condenar o funcion%rio numa pena disciplinarM

    Pela plena autonomia do Direito Penal e do direito dis iplinar pare e dever on lui2se que umade is'o num domínio n'o prejudi a a de is'o que vier a ser tomada no outro e que aapli a#'o de duas san#-es pelo mesmo a to uma de nature a pena e outra de nature adis iplinar n'o viola o prin ípio do “ne bis in idem”.

    O Direito Penal e o direito Fnternacional – % direito interna ional penal é o ramo do

    direito p

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    punível a tentativa independentemente da oima apli vel mas apenas quando a leie,pressamente o determinar.

    Vs ontra2ordena#-es s'o apli veis a san#'o prin ipal denominada oima e san#-esa ess+rias. A oima é uma quantia pe uni ria e as san#-es a ess+rias s'o por e,emplo ainterdi#'o do e,er í io de pro&ss-es priva#'o do direito a su!sídio ou !ene í io outor"ado porentidade ou servi#os p

    A oima pres reve no pra o de ; anos quando de valor superior a ;.HBF FFW e no pra o de 1ano nos restantes asos. 7onta2se o pra o de pres ri#'o a partir do ar ter de&nitivo ou dotr:nsito em jul"ado da de is'o ondenat+ria. % ar ter de&nitivo da de is'o ondenat+riarespeita de is'o administrativa da apli a#'o da oima. /sta de is'o é de&nitiva quando jn'o pode ser impu"nada judi ialmente. A san#'o a ess+ria apli vel >s ontra2ordena#-espres reve nos mesmos termos que a oima apli ada ontra2ordena#'o em ausa.

    A ci ncia do Direito Penal! A do&m%tica jurídicoLpenalA i$n ia do direito 3ama2se #ogmática $urídica porque se trata de i$n ia das normasesta!ele idas pelo le"islador e que onstituem o dado prim rio undamental. ?rata2se de

    i$n ia do dever ser ujo o!je to é onstituído por normas que esta!ele em um pre eito euma onsequ$n ia jurídi a para a viola#'o do pre eito. 0 uma i$n ia do Direito Penal omo ados demais ramos do direito é i$n ia te+ri a no sentido de visar on3e er mas é tam!ém

    i$n ia prati a no sentido de orne er aos juristas os elementos ne ess rios apli a#'o dalei. % direito é um en+meno da ultura um sistema de ordem riado pelo 3omem paraprote #'o de !ens jurídi os para a reali a#'o dos valores que prosse"ue os quais onstituema sua !ase a,iol+"i a e s'o elementos undamentais da vida ole tiva. %ra determinar os

    prin ípios jurídi os undamentais e os valores jurídi os que in ormaram esse sistemanormativo é o!je to da Kiloso&a do Direito em parti ular da &loso&a so ial e ultural e daéti a ou &loso&a dos valores. ='o se pode ela!orar o pre eito penal sem prévio juí o de valor– e por isso nos re erimos ao ar ter valorativo do Direito Penal – e esse juí o é opera#'oéti a do domínio da &loso&a dos valores.

    A política criminal0 3oje a denomina#'o usada para desi"nar o ritério orientador da le"isla#'o !em omo osproje tos e pro"ramas so iais tendentes preven#'o do rime e ontrolo da riminalidade.Políti a riminal desi"na o onjunto de meios e ritérios empre"ados ou a empre"ar peloDireito Penal para o tratamento da riminalidade. 0 a i$n ia que ompreende a inda"a#'o dequais os a tos que devem ser onsiderados riminosos e a determina#'o de quais osmel3ores meios que o /stado dever empre"ar para prevenir e reprimir.

    A criminolo&ia/studa as leis e a tores da riminalidade e a!ran"e as reas da antropolo"ia e da so iolo"ia

    riminal. 7om o o!je tivo de estudar o rime e o riminoso en ara os a tores "enéti os eetiol+"i os da riminalidade. Da riminolo"ia desta a2se a antropolo"ia riminal que estuda o3omem delinquente na sua unidade de orpo e espírito. % seu apare imento deve2se a César5ombroso .

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    itimol &icaL o estudo ienti& o das vitimas. A"rupa um onjunto de on3e imentos entrados so!re avítima dos a tos riminosos desde perspe tivas 3umanit rias orientadas para a sua ajuda(assist$n ia jurídi a moral terap$uti a e e on+mi a) ao estudo das suas ara terísti as(psi ol+"i as morais so iais ulturais et .) das suas rela#-es om o delinquente e do papel

    que desempen3am na "énese do rime.

    Ci ncias au9iliares do Direito PenalS'o ertas dis iplinas que servem apli a#'o pr ti a do Direito Penal investi"a#'o riminale reali a#'o da justi#a punitiva e re erem2se "eralmente a Medi ina Oe"al a Psi olo"ia

    udi iaria a 7riminalísti a e a 7i$n ia Peniten iaria. A medi ina Oe"al é a dis iplina queesta!ele e o onta to entre a medi ina e o Direito estudando e apli ando os on3e imentosmédi os aos &ns pr ti os do direito. Qma das suas partes mais importantes no :m!ito penal éa psiquiatria Korense que estuda as doen#as e pertur!a#-es mentais e as suas onsequ$n iasno domínio do direito omo a peri"osidade e imputa!ilidade. Dupla é a tare a da psiquiatriaora ola!orando om o le"islador na de&ni#'o e solu#'o de pro!lemas do direito ora om a

    usti#a na apli a#'o do direito ao aso on reto. A Psi olo"ia judi iaria é a psi olo"ia apli ada>s pessoas que parti ipam do pro esso penal – sendo espe ialmente valiosa na avalia#'o daprova nomeadamente para avaliar a redi!ilidade do testemun3o e da on&ss'o pelaimport:n ia que estes meios de prova ainda tem na administra#'o da justi#a penalpatenteando2nos a relatividade desses meios pro!at+rios. 7riminalísti a é a desi"na#'o quese d a té ni a que resulta da apli a#'o de v rias i$n ias investi"a#'o riminal nades o!erta dos rimes e dos riminosos. A i$n ia peniten i ria estuda a administra#'o edire #'o das pris-es. ='o é ne ess rio a entuar a interdepend$n ia do Direito Penal om a

    i$n ia peniten i ria.

    istoria breve as doutrinas penais

    #empos primitivos! Período da vin&ança privada=os tempos primitivos predominavam a de esa privada e a vin"an#a omo meios deasse"urar o direito. %s poderes políti os que ent'o e,istiam n'o tin3am 3amada a si ade esa da so iedade ontra os rimes nem isso era ent'o onsiderando ne ess rio. 7on&ava2se pessoa o endida a pr+pria de esa e a vin"an#a da o ensa so rida podendo n'o s+de ender2se omo vin"ar2se para de rontar2se da o ensa e do o ensor. =esses tempos quemprati a um rime & ava mar"em da so iedade através do instituto ent'o vi"ente da perdada pa% . A perda da pa era a situa#'o em que & ava quem tivesse ometido um rimesitua#'o que se tradu a na perda de todos os direitos e na possi!ilidade jurídi a de qualquerpessoa o eliminar por qualquer meio mesmo dos mais ruéis. A de esa ontra o rime

    ara teri ava2se ent'o pelo seu !ar!arismo e rueldade aliadas ao m ,imo ar!ítrio. A pou oe pou o porém o sistema oi2se aper ei#oando quer limitando o ar!ítrio quer 3umani ando arepress'o.

    % primeiro instituto que mani esta este pro"resso é o tali'o se"undo o qual o mal ausado a

    título de repres lia n'o podia e, eder o que o riminoso & era vitima prin ipio que sesinteti a na m ,ima 6ol+o por ol+o8 dente por denteJ. Por este instituto introdu ia2se nodireito o prin ípio da propor ionalidade entre o mal eito e o respe tivo asti"o. %utrasprovid$n ias v$m depois suavi ar a rueldade dos primeiros tempos desta ando2se oinstituto da composição pelo qual se dava ao riminosa a possi!ilidade de ser reinte"rado na

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    so iedade mediante o pa"amento de uma ompensa#'o pe uni ria vítima ou sua amília.Ao mesmo tempo oi2se a entuando a interven#'o do poder p

    rime onstitui uma o ensa ao povo inteiro e que uma repara#'o so ial é t'o ne ess ria omouma repara#'o privada. A ideia de vin"an#a so ial e de intimida#'o determinam na le"isla#'openal deste período a maior severidade. Pro urava2se om os mais requintados suplí ios

    ompensar a malvade do delito na onvi #'o de que a pena ruel era o mel3or antídotoonta o rime. As leis admitiam uma terrível variedade de mutila#-es de suplí ios e de

    torturas. /ste ar ter de direito manteve2se até a revolu#'o ran esa.

    A )ase modernaA ase moderna do Direito Penal sur"e om o movimento iluminista do sé ulo III. Protesta2se em nome da 3umanidade e dos prin ípios da utilidade so ial ontra os 3orrores dadoutrina da intimida#'o e pro lama2se a li!erta#'o do indivíduo da omnipot$n ia do /stadoredu indo aos estritos limites da ne essidade o a!andono pelo indivíduo da sua li!erdade aopoder so ial. 8espeita2se nele a sua di"nidade de ser livre e pensante e a inte"ridade dapessoa. /stas ideias proje taram2se no Direito Penal por intermédio de X/77A8IA. A8evolu#'o Kran esa veio om a De lara#'o dos Direitos do omem e do 7idad'o tra erpro undas re ormas em todas as institui#-es so iais. De retava2se que o le"islador s+ tem odireito de proi!ir as a #-es no ivas so iedade. Nue as leis devem ser esta!ele idasanteriormente ao rime e le"almente apli adas devem pres rever as penas estrita eevidentemente ne ess rias para a se"uran#a so ial e que devem ser propor ionadas aos

    rimes. /ra uma re orma ao mesmo tempo meta ísi a e 3umanit ria. Meta ísi a porque sendoo 3omem ara teri ado pela e,ist$n ia de uma vontade ons iente e livre o rime devia ser

    onsiderado omo um erro transit+rio dessa vontade que podendo es ol3er o !em es ol3e omal. umanit ria porque o erro da vontade pode ser orri"ido por uma pena em 3armonia

    om a nature a ra ional do 3omem. Assim n'o é pre iso atin"ir o delinquente na sua pessoaísi a !asta priva2lo da sua li!erdade. /m lu"ar de o a er so rer deve2se pro urar edu a2lo

    emenda2lo.

    O Fluminismo! A c+amada Escola Cl%ssica! A orientaçãocorreccionalistaA /s ola 7l ssi a a primeira es ola moderna do Direito Penal nas eu das ideias doiluminismo que teve em X/77A8IA o seu ini iador. Partindo do ontrato so ial omo

    undamento do direito de punir assenta na ideia entral de que os 3omens ederam ao podera mínima por#'o possível da sua li!erdade ne ess ria para manter os la#os da so ia!ilidade.

    ?odo o asti"o que v além do indispens vel para onservar esses la#os é desne ess rio lo"o

    injusto. S+ as leis "erais podem &,ar as penas o le"islador n'o é ompetente para as apli araos a tos deve e,istir para este &m um ma"istrado espe ial. % jui deve in"ir2se lei e n'operverter os seus pre eitos pela interpreta#'o. As leis devem ser laras e de todos

    on3e idas. As penas devem ser propor ionadas "ravidade dos rimes para serem

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    sua pure a primitiva a /s ola 7l ssi a representa o ra ionalismo jusnaturalista. 0 ra ionalistaporque tem é na ra 'o na evid$n ia e na demonstra#'o omo instrumento do on3e imento./sta doutrina tem a pretens'o da universalidade pretende ser valida para todos os povos epara todos os tempos e oi so! sua in*u$n ia que oram ela!orados os 7+di"os Penais dase"unda metade do se . I .

    Se"undo esta es ola n'o !astava asti"ar os delinquentes para prevenis a riminalidade eratam!ém ne ess rio orri"i2los torn 2los pessoas 3onestas. % &m da pena nesta orienta#'o

    onsiste em suprimir a vontade pervertida do delinquente orri"indo2a edu ando2a para seon ormar ao direito. ?odo aquele que a#a mau uso da li!erdade e,terna deve ser dela

    privada na medida do ne ess rio e o!je to de medidas edu ativas de orre #'o mediante adis iplina o tra!al3o a instru#'o et . /sta orienta#'o pode ainda onsiderar2se parte da/s ola 7l ssi a enquanto parte do 3omem ra ional para o re"enerar moralmente mediante apena em ordem preven#'o utura da riminalidade.

    A Escola Positiva Naturalista=as ida de ideias materialistas e ientistas que dominou nos &ns do sé ulo I ontra oar ter e, essivamente apriorísti o e dedutivo da /s ola 7l ssi a. Desenvolveu a respeito

    das ausas do rime um pensamento dominado pelo materialismo e pela ne"a#'o dali!erdade 3umana se"undo o qual o riminoso era um ser 3umano parte determinado prati a de rimes pela sua anormalidade. ='o interessa sa!er se o indivíduo é ou n'orespons vel o que importa é ver se ele é ou n'o peri"oso para a so iedade. ?am!ém a penaanteriormente ol3ada omo asti"o pela in ra #'o ometida é a"ora su!stituída por medidas

    om &nalidade essen ialmente preventiva de de esa da so iedade e adequadas na espé ie ena medida ao mal que se pretende evitar. A es ola positiva via o rime apenas omo um

    sintoma de peri"osidade do delinquente ao lado de outros sintomas qualquer a to mesmoque n'o de&nido omo rime podia e devia ondu ir apli a#'o das medidas desde que seapresentasse omo sintoma de riminalidade.

    Se"uindo a mesma in*u$n ia ultural da /s ola Positiva sur"iu na Aleman3a nos &nais dosé ulo I uma nova es ola – do Positivismo Critico a asta2se do positivismo naturalista nasua pure a porque re on3e e que 3 3omens normais que no entanto omentem rimes istoé que dentre os riminosos 3 al"uns que apresentam anomalias mas 3 outros em queestas n'o se mani estam. A di eren#a é que os delinquentes normais rea"em normalmenteaos motivos enquanto a rea #'o dos que so rem de anomalias é di erente. /sta es ola

    ontinua a ne"ar o livre2ar!itrio mas re on3e e que 3 3omens que rea"em omo livres eoutros omo n'o livres. Daqui resulta que os delinquentes normais s'o intimidareis pelaspenas podendo portanto ser por estas determinados a n'o ometer a tos riminosos. Pelo

    ontr rio os delinquentes anormais dado que rea"em anormalmente aos estímulos n'o s'ointimid veis pelas penas. Por esta ra 'o a es ola pre oni a ontra os primeiros a apli a#'o depenas e ontra os se"undos medidas de se"uran#a visto n'o serem intimidados por aquelas.

    A Escola da Politica CriminalA /s ola ome#ou pela repulsa por al"uns postulados do positivismo omo os tipos dedelinquente mas a eitou a nature a !iol+"i a do rime que omo o positivismo onsidera

    ruto de ondi#-es v rias. A riminalidade é peri"osa dire ta ou indire tamente pela suanature a onta"iosa e a rea #'o ontra esse peri"o deve onsiderar todos os aspe tos. %smeios radi ais s'o os que ata am as ausas. % meio mais importante é onstituído pelaspenas que deve usar2se om prud$n ia pelo re on3e imento de que a vontade 3umana é

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    ondi ionada pelas ir unst:n ias. Importa distin"uir se o peri"o provem de uma vontadeapa imput vel ou in apa inimput vel pois o tratamento deve variar tam!ém4 pena no

    primeiro aso e outras mediadas que n'o ten3am essa nature a no se"undo.

    O positivismo urídico/sta /s ola rejeita todas a inda"a#-es espe ulativas e meta ísi as onsiderandos as leisvi"entes omo e,press'o de usti#a s+ l3es interessam as ormulas os moldes isto é osimperativos le"ais independentemente do que o le"islados vasa dentro deles. A eitam quedeve ser4 re usam2se a inda"ar ou a dis utir o que deve ser. A un#'o do jurista limitar2se2 ela!ora#'o do"m ti a do direito que onsiste na de&ni#'o lassi& a#'o e sistemati a#'o doselementos té ni os e,traídos das normas vi"entes. % método é empíri o uma ve que nadase on3e e ora dos dados da proposi#'o jurídi a da norma.

    O Neo antismo8e lama para o estudo do direito um método a,iol+"i o mas o direito positivo ontinuava aser a !ase da metodolo"ia ompletando2o. A ideia de direito era uma ideia universalinte"rada por tr$s elementos4 a justi#a a se"uran#a e a utilidade.

    O período na2i e a Escola de iel! O Direito Penal fascista7ara teri a2se antes de mais pelo anti li!eralismo e pelo irra ionalismo tomando o termo

    om o sentido de ontraposi#'o ao ra ionalismo da /s ola 7l ssi a e das que l3e su ederame onservaram os seus undamentos essen iais. Para esta orrente doutrin ria as penastin3am por &m re or#ar a autoridade do /stado e onsequentemente na !us a desse re or#o

    de autoridade endure eram2se as penas e admitiu2se pro usamente a pena de morte. A penaera a"ora so!retudo um instrumento sele tivo e eliminador em ve de meio de e,pia#'o oude orre #'o omo anteriormente. 7onsiderava que o direito autenti o n'o estava nasnormas a!stra tas mas na realidade da vida e,pressa pelo sentimento do povo. A res ia odomínio de um Direito Penal ra ista que perse"uia a depura#'o do povo alem'o mediante aelimina#'o dos n'o arianos e dos de"enerados.

    O p s Q &uerra e o retorno ao jusnaturalismoA a!ada a II Guerra Mundial voltou a olo ar2se a ne essidade de superar o positivismo que

    3avia dominado nas dé adas anteriores e o retorno ao jusnaturalismo. Pro ura2se a"oraon3e er o dever ser e,traindo2o da pr+pria matéria re"ulada pelo Direito isto é pro ura2sededu ir da pr+pria matéria re"ulamentada o onte

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    re"ulamenta#'o jurídi a eviden iadas l+"i a on reta que se oriente dire tamente para arealidade o!je to de on3e imento).

    A ci ncia do Direito Penal contemporKneo – ara teri a2se por uma partepela !us a de su!stitutivos para as penas privativas da li!erdade e mesmo de alternativas aopr+prio sistema penal. ?odo o es or#o deve ser eito no sentido de a astar a apli a#'o da penade pris'o uma ve que se questiona a e& ia desse tipo de pena para umprir as un#-es aque o Direito Penal se propRs. % que le"itima o poder punitivo do /stado é o seu dever de"arantir a se"uran#a p

    %s &ns das penas s'o onstantemente questionados. A omple,idade e din:mi a daso iedade dos nossos dias e novos tipos de riminalidade tornam mais di í il a determina#'ode responsa!ilidades e a pro ura de novas ormas de imputa#'o.

    istoria breve do Direito Penal Portu&u sAs ontes do Direito Penal portu"u$s no primeiros tempos do /stado eram onstituídasso!retudo pelos ostumes lo ais e pelos orais om in*uen ia do +di"o visi"+ti o e dos

    :nones dos on ílios.

    As primeiras leis "erais de nature a penal oram do reinado de D! Afonso FF desta ando2seuma proi!indo e,e utar a senten#a que impusesse pena de morte ou mutila#'o antes dede orridos 5F dias da ondena#'o e ordenando que as injurias e danos n'o ossem vin"adospor or#a e autoridade pr+prias mas pela autoridade p

    D!Afonso F promul"ou leis penas so!re o adultério rapto estupro alsi& a#'o de moedaassuada peita e vindi ta privada entre outras.

    As leis penais do reinado de D! Pedro eram tam!ém si"ni& ativas. Para es riar as pai,-es devin"an#a e poder ne"o ial a pa esta!ele eu as artas do se"uro e asilos as artas deinimi ade e as se"uran#as reais. Oe"islou tam!ém so!re a tortura.

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    D!)ernando de retou que os vadios e mendi"os que n'o ossem vel3os ou doentes osseme,pulsos da idade ou o!ri"ados a ertos servi#os e prin ipalmente adstritos ultura dos

    ampos omo servos da "le!a.

    D! oão F mandou tradu a para portu"u$s o +di"o de justiniano e mandou o!serva2lo omolei na ional nos asos omissos nas leis e ostumes do reino.

    Koi no reinado de D!Duarte que apare eu o Oivro da Oeis e Posturas e as %rdena#-es deD.Duarte mas s+ oi levada a a!o no reinado de D! Afonso em 1@@ om o nome de%rdena#-es A onsinas.

    =este lon"e período da 3istoria do direito portu"u$s os ostumes ! r!aros oe,istiam om a justi#a pu!li a apli ada pelo rei pelos juí es pelos sen3ores e pelos on el3os e a justi#aprivada e,er ida pelos o endidos vitima parentes vi in3os ou "rupo prote tor. Desde a7

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    ne essidade. A propor ionalidade da pena ao rime e o prin ipio da personalidade das penasde larava a!olida a tortura a on&s a#'o de !ens ou a#outes o !ara#o e pre"'o a mar a de

    erro quente e todas as mais penas ruéis ou in amantes.

    A 7arta onstitu ional de 1C5 dispRs que as adeias seriam se"uras limpas e !em arejadas./m @ de aneiro de 1C;H oi aprovado provisoriamente o 7+di"o Penal da =a#'o Portu"uesaor"ani ado por osé Manuel da ei"a que porem as ortes n'o a eitaram. S+ em '/.= foi

    nalmente aprovado um c di&o penal .

    Do c di&o penal de '/.= ao c di&o penal de '//0% +di"o de 1CB5 representou uma orte ruptura om o direito anterior. Koi inspirado nos

    +di"os ran $s de 1C1F o !rasileiro de 1C;F e o espan3ol de 1C@C. ?ipi& ava os rimesproi!indo a in rimina#'o por analo"ia e até a interpreta#'o intensiva. /sta!ele ia ;

    ate"orias de penas4

    1. Penas maiores (morte tra!al3os p

    políti os multa e repreens'o);. Penas espe iais para os empre"ados p

    A reforma penal de '/0<1. Koi a!olida a pena de morte nos rimes ivis su!stituindo2se pela pris'o elular

    perpétua95. Koi suprimida a pena de tra!al3os p

    pris'o elular se"uida de de"redo em V ri a por 15 anos;. A pena de tra!al3os p

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    propor ionalidade que a "ravidade do ilí ito e,i"ia. % +di"o de 1CC so reu durante a suavi"$n ia varias re ormas quer dire tamente quer através de le"isla#'o omplementar4

    1. /m 1C6; riou os institutos da li!erdade ondi ional e da suspens'o da pena5. Koi ormulado todo um novo direito de menores;. Koi ormulado so!re os rimes ontra a reli"i'o

    @. Koi ormulado so!re vadiosB. So!re a responsa!ilidade ministerial. Koram alteradas v rias disposi#-es do +di"o penal relativo a rimes ontra a

    se"uran#a e,terior do /stado a rimes ontra a se"uran#a interior do /stado e so!re are orma prisional.

    A reforma prisional de '130 – modi& ou os dados da pro!lem ti a dos &ns das penas./m!ora dei,ando inalterados a estrutura do sistema penal repressivo. Desenvolveu oprin ípio da preven#'o espe ial estruturou as medidas de se"uran#a e modelou a e,e u#'odas penas om re eren ia preven#'o espe ial.

    A reforma do C di&o penal de '1.B8e ormou a parte "eral do 7+di"o de 1CC inte"rando nele le"isla#'o e,trava"ante so!re aspenas e a sua apli a#'o introdu indo prin ípios novos que l3e mudaram a ei#'o. Passou apermitir a individuali a#'o das san#-es riminais num sistema punitivo até ent'o

    ara teri ado pela &,ide o que n'o permitia ter em onta o pr+prio delinquente.

    O c di&o penal de '1/=%s prin ípios dire tores da políti a riminal que en ormavam o 7+di"o penal de 16C5 eram

    sinteti amente os se"uintes41. A on ormidade da matéria penal om a ideia do /stado de direito que se tradu na

    plena onsa"ra#'o do prin ipio da le"alidade. Koi proi!ido o re urso analo"ia paraquali& ar o a to omo rime de&nir um /stado de peri"osidade ou determinar a penaou quer no da apli a#'o da lei no tempo proi!indo a in rimina#'o retroa tiva masressalvando sempre a apli a#'o ao aso on reto do re"ime penal on retamente mais

    avor vel5. A on"ru$n ia entre a ordem a,iol+"i a onstitu ional e a ordem le"al dos !ens jurídi o

    que resulta que o Direito Penal s+ pode e deve intervir para a prote #'o de !ens jurídi os n'o para tutela de normas morais ou de uma qualquer moral.

    ;. A ulpa omo undamento e limite da puni#'o enquanto e,i"$n ia de que esta seunde num juí2o de censura do a&ente por não ter a&ido em conformidade com

    o dever jurídico, embora tivesse podido con+eceLlo motivarLse por ele ereali2aLlo, o que representa instrumento indispens vel da "arantia da pessoa

    undado na di"nidade da pessoa 3umana.@. A 3umanidade que tem desde lo"o a sua tradu#'o le"al na proi!i#'o de pena de morte

    e da pena de pris'o perpetua e na limita#'o do m ,imo le"al da pena de pris'o a 5Banos !em omo na onsa"ra#'o de medidas alternativas ou de su!stitui#'o pena depris'o (multa tra!al3o a avor da omunidade admoesta#'o e de modalidade mais!eni"nas de e,e u#'o da pena de pris'o (pris'o por dias livres e em re"ime de

    semideten#'o)B. Monista das rea #-es riminais n'o a eitando que ao mesmo delinquente sejamapli adas pelos mesmos a tos uma pena e uma medida de se"uran#a

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    O c di&o penal de '11./,istiu a ne essidade de orri"ir o desequilí!rio entre as penas previstas para os rimes

    ontras as pessoas e os rimes ontras o patrim+nio 3avendo uma a"rava#'o para osprimeiros. A res eu a reor"ani a#'o do sistema "lo!al de penas que a pequena riminalidade

    om vista a permitir por um lado um adequado re urso s medidas alternativas s penas

    urtas de pris'o e por outro on entrar es or#os no om!ate "rande riminalidade. =asequ$n ia de re omenda#-es do 7onsel3o da /uropa privile"iou2se a apli a#'o de penasalternativas >s penas urtas de pris'o om parti ular destaque para o tra!al3o a avor da

    omunidade e a pena de multa. % art. @F di ia que a &nalidade a prosse"uir om as penas emedidas de se"uran#a era a prote #'o dos !ens jurídi os e a reinte"ra#'o do a"ente naso iedade su!lin3a2se que a e,e u#'o da pena de pris'o servia a de esa da so iedade eprevenindo a prati a de rimes devendo orientar2se no sentido de reinte"ra#'o so ial dore luso preparando2o par ondu ir a sua vida de modo so ialmente respons vel sem ometer

    rimes.

    Iétodo, sistema e plano% Direito Penal tem um &m espe í& o o de "arantir ontra os atentados mais "raves a paso ial prote"endo os !ens jurídi os que a so iedade onsidera essen iais para a onviv$n iaso ial. A i$n ia do Direito Penal omo a todo o direito é uma i$n ia de dever ser um

    i$n ia normativa ou pr ti a visa on3e er par diri"ir os omportamentos em ra 'o dos seus&ns. %s pressupostos politi o2&los+& os n'o podem dei,ar de ser antes de tudo os quein ormam o sistema jurídi o portu"u$s e uja !ase undamental é a 78P. A 78P esta!ele eatravés da de&ni#'o dos direitos li!erdade e "arantias o quadro dos valores undamentais daordem jurídi a portu"uesa. /sses valores s'o a !ase dos prin ípios de políti a riminal. %s

    pressupostos politi o2&los+& os dedu em2se na di"nidade da pessoa 3umana e do direito li!erdade onsa"rados nos art. 1E e 5H da 78P o prin ípio demo r ti o na mani esta#'o dei"ualdade (art. 1; 78P) o que impli a a n'o dis rimina#'o das pessoas sujeitas ao DireitoPenal da 3umanidade revelado pelos art. 5; 5B e 5 da 78P

    Artigo 1.(República Portuguesa)Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de umasociedade livre, justa e solidária.Artigo 27.(Direito à liberdade e à segurança)1. Todos t m direito ! liberdade e ! segurança.

    ". #inguém pode ser total ou parcialmente privado da liberdade, a não ser em conse$u ncia de sentença judicial condenat%ria pela prática de actopunido por lei com pena de prisão ou de aplicação judicial de medida de segurança.&. '(ceptua)se deste princ*pio a privação da liberdade, pelo tempo e nas condiç+es $ue a lei determinar, nos casos seguintesa- etenção em /lagrante delito0b- etenção ou prisão preventiva por /ortes ind*cios de prática de crime doloso a $ue corresponda pena de prisão cujo limite má(imo sejasuperior a tr s anos0c- Prisão, detenção ou outra medida coactiva sujeita a controlo judicial, de pessoa $ue tenha penetrado ou permaneça irregularmente no territ%rionacional ou contra a $ual esteja em curso processo de e( tradição ou de e(pulsão0d- Prisão disciplinar imposta a militares, com garantia de recurso para o tribunal competente0e- ujeição de um menor a medidas de protecção, assist ncia ou educação em estabelecimento ade$uado, decretadas pelo tribunal judicialcompetente0/- etenção por decisão judicial em virtude de desobedi ncia a decisão tomada por um tribunal ou para assegurar a compar ncia peranteautoridade judiciária competente0g- etenção de suspeitos, para e/eitos de identi/icação, nos casos e pelo tempo estritamente necessários0h- 2nternamento de portador de anomalia ps*$uica em estabelecimento terap utico ade$uado, decretado ou con/irmado por autoridade judicialcompetente.

    3. Toda a pessoa privada da liberdade deve ser in/ormada imediatamente e de /orma compreens*vel das ra4+es da sua prisão ou detenção e dosseus direitos.5. 6 privação da liberdade contra o disposto na 7onstituição e na lei constitui o 'stado no dever de indemni4ar o lesado nos termos $ue a leiestabelecer.Artigo 13.(Princípio da igualdade)1. Todos os cidadãos t m a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

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    ". #inguém pode ser privilegiado, bene/iciado, prejudicado, privado de $ual$uer direito ou isento de $ual $uer dever em ra4ão de ascend ncia,se(o, raça, l*ngua, territ%rio de origem, religião, convicç+es pol*ticas ou ideol%gicas, instrução, situação econ%mica, condição social ou orientaçãose(ual.Artigo 23.(Pro edor de !ustiça)1. 8s cidadãos podem apresentar $uei(as por acç+es ou omiss+es dos poderes públicos ao Provedor de 9ustiça, $ue as apreciará sem poder decis%rio, dirigindo aos %rgãos competentes as recomendaç+es necessárias para prevenir e reparar injustiças.". 6 actividade do Provedor de 9ustiça é independente dos meios graciosos e contenciosos previstos na 7onstituição e nas leis.&. 8 Provedor de 9ustiça é um %rgão independente, sendo o seu titular designado pela 6ssembleia da República pelo tempo $ue a lei determinar.

    3. 8s %rgãos e agentes da 6dministração Pública cooperam com o Provedor de 9ustiça na reali4ação da sua missão.Artigo 2".(Direito à ida)1. 6 vida humana é inviolável.". 'm caso algum haverá pena de morte.Artigo 2#.(Direito à integridade pessoal)1. 6 integridade moral e /*sica das pessoas é inviolável.".#inguémpode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.Artigo 2$.(%utros direitos pessoais)1. 6 todos são reconhecidos os direitos ! identidade pessoal, ao desenvolvimento da personalidade, ! capacidade civil, ! cidadania, ao bom nomee reputação, ! imagem, ! palavra, ! reserva da intimidade da vida privada e /amiliar e ! protecção legal contra $uais$uer /ormas de discriminação.". 6 lei estabelecerá garantias e/ectivas contra a obtenção e utili4ação abusivas, ou contrárias ! dignidade humana, de in/ormaç+es relativas !spessoas e /am*lias.&. 6 lei garantirá a dignidade pessoal e a identidade genética do ser humano, nomeadamente na criação, desenvolvimento e utili4ação das

    tecnologias e na e(perimentação cient*/ica.3. 6 privação da cidadania e as restriç+es ! capacidade civil s% podem e/ectuar)se nos casos e termos previstos na lei, não podendo ter como/undamento motivos pol*ticos.

    % tra!al3o do jurista reali a2se em ; planos distintos ainda que intimamente inter one,os41. % plano da des ri#'o ou da &,a#'o do o!je to5. % plano da e,pli a#'o e sistemati a#'o;. % plano da apli a#'o realidade

    A estes ; planos orrespondem respe tivamente a pro ura das normas validas do sistema ea sua interpreta#'o a onstru#'o de on eitos jurídi os undamentais e de institui#-es !em

    omo a sistemati a#'o mais "eral desses on eitos e institui#-es e por &m a apli a#'o dasnormas aos asos on retos da vida.

    Estrutura e função das normas penais=orma é sinonimo de re"ra e tam!ém de lei si"ni& a a ormula que e,prime a li"a#'o deuma estatui#'o previs'o de u m a to ou situa#'o isto é a estatui#'o de uma onsequ$n ia

    jurídi a veri& a#'o 3ist+ri a de um a to ou situa#'o. 7omo em qualquer outra norma jurídi a ompleta a norma penal omp-e2se de duas partes um antecedente e umconse:uente, ou seja, a previsão e a estatuição .

    A previs'o da norma que tam!ém re e!e o nome de 3ip+tese pre eito tipo le"al ea tispé ie re ere o modelo de omportamento 3umano típi o o a to ou onjunto de a tosuja o orr$n ia 3ist+ri a desen adeia a onsequ$n ia jurídi a &,ada na estatui#'o. =a norma

    penal a estatui#'o orresponde pena ou medida de se"uran#a riminais.

    A norma que de&nem os rimes e esta!ele em as penas 3ama2se normas in riminadorasdesi"na#'o ampla que a!ran"e tam!ém as que de&nem os pressupostos das medidas dese"uran#a e as medidas apli veis. As demais normas penais que dis iplinam a apli a#'o eos limites das normas in riminadoras 3amam2se normas inte"rantes ou de se"undo "rau./stas podem ser4

    1. Normas de aplicação que esta!ele em os limites de apli a!ilidade das normain riminadoras (e, art. 5 a )9

    5. Normas declarativas ou e9plicativas que de&nem ertos on eitos previstos na lei(e,. art. 1@ e 1B)

    ;. Normas directivas que &,am os prin ípios a serem o!servados em determinadasmatérias (e,. art. 1F 11 e 15)

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    @. Normas interpretativas que servem interpreta#'o de outras normas (e,. 1 e ;)B. Normas permissivas que permitem a prati a de determinados a tos que

    normalmente seriam ilí itos mas que me ra 'o espe iais ir unstan ias s'opermitidos s'o lí itos (e,. art. ;1 ;5 ;@)

    Normas de aplicaçãoArti&o '!(Princípio da le&alidade1 T S+ pode ser punido riminalmente o a to des rito e de larado passível de pena por lei anterior ao momento da sua pr ti a.5 T A medida de se"uran#a s+ pode ser apli ada a /stados de peri"osidade ujos pressupostos estejam &,ados em lei anteriorao seu preen 3imento.; T ='o é permitido o re urso > analo"ia para quali& ar um a to omo rime de&nir um /stado de peri"osidade ou determinara pena ou medida de se"uran#a que l3es orresponde.

    Arti&o =!(Aplicação no tempo1 T As penas e as medidas de se"uran#a s'o determinadas pela lei vi"ente no momento da pr ti a do a to ou dopreen 3imento dos pressupostos de que dependem.5 T % a to punível se"undo a lei vi"ente no momento da sua pr ti a dei,a de o ser se uma lei nova o eliminar do nestriç-es aplicação da lei portu&uesa

    1 T A apli a#'o da lei portu"uesa a a tos prati ados ora do territ+rio na ional s+ tem lu"ar quando o a"ente n'o tiver sido jul"ado no país da pr ti a do a to ou se 3ouver su!traído ao umprimento total ou par ial da ondena#'o.5 T /m!ora seja apli vel a lei portu"uesa nos termos do n

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    Normas declarativas ou e9plicativasArti&o 'B!(Dolo1 T A"e om dolo quem representando um a to que preen 3e um tipo de rime a tuar om inten#'o de o reali ar.5 T A"e ainda om dolo quem representar a reali a#'o de um a to que preen 3e um tipo de rime omo onsequ$n iane ess ria da sua onduta.; T Nuando a reali a#'o de um a to que preen 3e um tipo de rime or representada omo onsequ$n ia possível da onduta

    3 dolo se o a"ente a tuar on ormando2se om aquela reali a#'o.

    Arti&o '.!(Ne&li& nciaA"e om ne"li"$n ia quem por n'o pro eder om o uidado a que se"undo as ir unst:n ias est o!ri"ado e de que é apa 4a) 8epresentar omo possível a reali a#'o de um a to que preen 3e um tipo de rime mas a tuar sem se on ormar om essareali a#'o9 ou!) ='o 3e"ar sequer a representar a possi!ilidade de reali a#'o do a to.

    Normas directivasArti&o '4!(Comissão por acção e por omissão1 T Nuando um tipo le"al de rime ompreender um erto resultado o a to a!ran"e n'o s+ a a #'o adequada a produ i2lo

    omo a omiss'o da a #'o adequada a evit 2lo salvo se outra or a inten#'o da lei.5 T A omiss'o de um resultado por omiss'o s+ é punível quando so!re o omitente re air um dever jurídi o que pessoalmente o

    o!ri"ue a evitar esse resultado.; T =o aso previsto no nesponsabilidade das pessoas sin&ulares e colectivas1 T Salvo o disposto no n; T Para e eitos da lei penal a e,press'o pessoas ole tivas p

    T A responsa!ilidade das pessoas ole tivas e entidades equiparadas é e, luída quando o a"ente tiver a tuado ontra ordensou instru#-es e,pressas de quem de direito.H T A responsa!ilidade das pessoas ole tivas e entidades equiparadas n'o e, lui a responsa!ilidade individual dos respe tivosa"entes nem depende da responsa!ili a#'o destes.C T A is'o e a us'o n'o determinam a e,tin#'o da responsa!ilidade riminal da pessoa ole tiva ou entidade equiparadarespondendo pela pr ti a do rime4a) A pessoa ole tiva ou entidade equiparada em que a us'o se tiver e e tivado9 e!) As pessoas ole tivas ou entidades equiparadas que resultaram da is'o.

    6 T Sem prejuí o do direito de re"resso as pessoas que o upem uma posi#'o de lideran#a s'o su!sidiariamente respons veispelo pa"amento das multas e indemni a#-es em que a pessoa ole tiva ou entidade equiparada or ondenada relativamenteaos rimes4a) Prati ados no período de e,er í io do seu ar"o sem a sua oposi#'o e,pressa9!) Prati ados anteriormente quando tiver sido por ulpa sua que o patrim+nio da pessoa ole tiva ou entidade equiparada setornou insu& iente para o respe tivo pa"amento9 ou

    ) Prati ados anteriormente quando a de is'o de&nitiva de as apli ar tiver sido noti& ada durante o período de e,er í io do seuar"o e l3es seja imput vel a alta de pa"amento.

    1F T Sendo v rias as pessoas respons veis nos termos do n

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    Princípio da le&alidade1 T S+ pode ser punido riminalmente o a to des rito e de larado passível de pena por lei anterior ao momento da sua pr ti a.5 T A medida de se"uran#a s+ pode ser apli ada a /stados de peri"osidade ujos pressupostos estejam &,ados em lei anteriorao seu preen 3imento.; T ='o é permitido o re urso > analo"ia para quali& ar um a to omo rime de&nir um /stado de peri"osidade ou determinara pena ou medida de se"uran#a que l3es orresponde.

    Arti&o 3!(Iomento da pr%tica do facto% a to onsidera2se prati ado no momento em que o a"ente a tuou ou no aso de omiss'o deveria ter a tuadoindependentemente do momento em que o resultado típi o se ten3a produ ido

    Normas permissivasArti&o 3'!(E9clusão da ilicitude1 T % a to n'o é punível quando a sua ili itude or e, luída pela ordem jurídi a onsiderada na sua totalidade.5 T =omeadamente n'o é ilí ito o a to prati ado4a) /m le"ítima de esa9!) =o e,er í io de um direito9

    ) =o umprimento de um dever imposto por lei ou por ordem le"ítima da autoridade9 oud) 7om o onsentimento do titular do interesse jurídi o lesado.

    Arti&o 3=!(5e&ítima defesa 7onstitui le"ítima de esa o a to prati ado omo meio ne ess rio para repelir a a"ress'o a tual e ilí ita de interesses juridi amente prote"idos do a"ente ou de ter eiro.

    Arti&o 3B!(Direito de necessidade='o é ilí ito o a to prati ado omo meio adequado para a astar um peri"o a tual que amea e interesses juridi amenteprote"idos do a"ente ou de ter eiro quando se veri& arem os se"uintes requisitos4a) ='o ter sido voluntariamente riada pelo a"ente a situa#'o de peri"o salvo tratando2se de prote"er o interesse de ter eiro9!) aver sensível superioridade do interesse a salva"uardar relativamente ao interesse sa ri& ado9 e

    ) Ser ra o vel impor ao lesado o sa ri í io do seu interesse em aten#'o > nature a ou ao valor do interesse

    A norma penal in riminadora na sua previs'o tradu um juí o o!je tivo de valor do modelode omportamento 3umano nela des rito. % tipo le"al ormula um primeiro juí o de valorne"ativo so!re o a to juí o que porém pode eder perante ertas ir unst:n ias tornando2

    se ent'o irrelevante para o Direito Penal e é o que su ede quando om o omportamentotípi o on orre uma ausa de justi& a#'o. Assim é que matar outra pessoa é em re"radesvalioso para o Direito é ontr rio ao direito é ilí ito mas matar em le"ítima de esa j n'oo é é irrelevante. A norma trata2se de um imperativo em ra 'o da prévia valora#'o ne"ativade determinado omportamento 3umano. S+ pode alar2se em deso!edi$n ia quando o sujeitoten3a ons i$n ia ou podia e deveria t$2la do dever de a tuar ou n'o a tuar de erta orma.Al"umas medidas podem ser apli adas a inimput veis e nesses asos n'o 3 propriamenteum imperativo antes uma onsequ$n ia.

    A in ra #'o da norma depende pois da les'o o!je tiva do !em jurídi o tutelado por um ladoe da deso!edi$n ia ao imperativo le"al para que o a"ente n'o pro edesse dessa orma.=as normas so!re /stados de peri"osidade e medidas de se"uran#a a norma prev$ situa#-esque o!je tivamente a em re ear a prati a de a tos típi os de nature a riminal. / determinaque o orrendo esses /stados de peri"osidade l3es orresponda omo onsequ$n ia aapli a#'o de medidas de se"uran#a >s pessoas onsideradas riminalmente peri"osas. =estasnormas alta a imperatividade uma ve que a estatui#'o tem lu"ar perante a veri& a#'o da3ip+tese e a reali a#'o desta n'o depende ne essariamente da vontade do a"ente. /m lu"arde imperatividade de omando devemos alar de determinação .=a determina#'o 3 que distin"uir as normas penais in riminadoras em sentido restrito e asnormas in riminadoras em sentido amplo pois s+ relativamente >quelas a determina#'o ésinonimo de imperatividade de omando diri"ido vontade dos destinat rios. As medidas dese"uran#a podem ser apli adas a inimput veis (art. 61 7P). Fnternamento de inimput%veisArti&o 1'!(

    Pressupostos e duração mínima1 T Nuem tiver prati ado um a to ilí ito típi o e or onsiderado inimput vel nos termos do arti"o 5F.E é mandado internarpelo tri!unal em esta!ele imento de ura tratamento ou se"uran#a sempre que por virtude da anomalia psíqui a e da"ravidade do a to prati ado 3ouver undado re eio de que ven3a a ometer outros a tos da mesma espé ie.5 T Nuando o a to prati ado pelo inimput vel orresponder a rime ontra as pessoas ou a rime de peri"o omum puníveis

    om pena de pris'o superior a in o anos o internamento tem a dura#'o mínima de tr$s anos salvo se a li!erta#'o se revelarompatível om a de esa da ordem jurídi a e da pa so ial.

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    A autonomia do Direito Penal eviden ia2se na pr+pria apli a#'o do direito aos asos on retos.7om e eito em re"ra o jui penal n'o tem de pro eder a quaisquer valora#-es se"undooutros ramos do direito sendo indi erente para a apli a#'o da san#'o penal que o mesmo

    a to seja ou n'o previsto e san ionado por outros ramos de direito.

    =as normas in riminadoras o pre eito est "eralmente implí ito na des ri#'o da 3ip+tese. AsAssim o art. 1;1 des reve o 3omi ídio nos se"uintes termos4 quem matar outra pessoa épunido om pena de pris'o de C a 1 anos.J % que si"ni& a que a lei proí!e matar outrapessoa e que deso!ede er ao omando ser punido om pena de pris'o de C a 1 anos. %pre eito ora se apresenta so!a a orma de proi!i#'o omo no aso de 3omi ídio ora omoum ordem de a"ir omo no aso de omiss'o de au,ílio (ar. 5FF) impondo onsequentementea omiss'o ou a reali a#'o de uma onduta.Arti&o '3'!(

    omicídioNuem matar outra pessoa é punido om pena de pris'o de oito a de asseis anos.Arti&o =44!(Omissão de au9ílio1 T Nuem em aso de "rave ne essidade nomeadamente provo ada por desastre a idente alamidade p

    on3e imento pelo destinat rio do omportamento proi!ido ou imposto e om a reserva deompet$n ia para le"islar em matéria penal. 7om e eito se a lei penal n'o des rever oomportamento imposto ou proi!ido remetendo a sua de&ni#'o para outras ontes

    normativas menos solenes o ris o do des on3e imento da norma é maior por uma parte etam!ém a "arantia onsistente na reserva de ompet$n ia de ertos +r"'os le"islativos parale"isla em matéria penal pode ser de raudada.Qm e,emplo de uma lei penal em !ran o4 art. ;B do DO nE 5C C@ de 5F de aneiro4 “ &. 'erá

    punido com prisão de ( meses a ) anos e multa não in erior a &** dias !uem+ avender bens ou prestar serviços por preços superiores aos permitidos pelosregimes legais a !ue os mesmos estejam submetidos. ( aqui remete para outradisposi#'o le"al que n'o é uma norma penal).As leis penais em !ran o s'o leis in ompletas ne essitando para a de&ni#'o da norma penalde ser ompletada. A quest'o dis utida na doutrina respeita so!retudo possi!ilidade de ade&ni#'o ulterior dos elementos em alta na lei penal em !ran o pode ser eita por a to daadministra#'o e a resposta pare e d dever ser ne"ativa.

    A 78P atri!ui ompet$n ia a A8 para le"islar so!re de&ni#'o dos rimes penas medidas dese"uran#a e respe tivos pressupostos. Assim pare e2nos que este pre eito onstitu ional n'oé ompatível om leis penais em !ran o salvo quando a de&ni#'o dos rimes or ompletadapor de reto2lei do "overno em e,e u#'o de lei de autori a#'o le"islativa.

    O princípio da le&alidade% prin ípio da le"alidade te