direito penal ii.doc esquema

Upload: gold-haddad

Post on 03-Jun-2018

227 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    1/31

    DIREITO PENAL II

    1. TIPICIDADE:

    Porm, primeiro o conceito de crime:

    Conceito formal de crime:toda conduta que atenta e colide frontalmente contra a leipenal editada pelo Estado.

    Conceito material de crime: aquela conduta que viola os bens jurdicos maisimportantes.

    Se h uma lei penal editada pelo Estado, proibindo determinada conduta, e o agente a

    viola, se ausente qualquer causa de eclus!o da ilicitude ou dirimente da culpabilidade,haver crime.

    Conceito analtico de crime:

    "entre as vrias defini#$es analticas que t%m sido propostas por importantes penalistas,parece&nos mais aceitvel a que considera as tr%s notas fundamentais do fato&crime, asaber: a#!o tpica 'tipicidade(, ilcita ou antijurdica 'ilicitude( e culpvel'culpabilidade(: )eoria *inalista.

    +o invs de falar em a#!o tpica, pode&se dier: fato tpico, pois que o fato abrange aconduta do agente, o resultado dela advindo, bem como o neo de causalidade entre aconduta e o resultado.

    + maioria dos doutrinadores, para ser crime preciso: que o agente tenha praticado umaa#!o tpica, ilcita e culpvel.

    +lguns autores, como -eger e asileu /arcia sustentavam que a punibilidade tambmintegrava o conceito de crime, sendo ent!o este uma a#!o tpica, ilcita, culpvel e

    punvel.

    0ontudo, a maioria dos doutrinadores defende a idia de que a punibilidade n!o faparte do delito, mas sendo somente sua conseq1%ncia.

    O crime um todo unitrio e indivisvel. 2u o agente comete o delito (fato tpico,ilcito e clp!"el#ou o fato por ele praticado ser considerado um indiferente penal.

    "e acordo com a vis!o analtica o conceito de crime como sendo:2 fato tpico, ilcito e culpvel 'divis!o tripartida 'finalista( do conceito analtico decrime(.

    O fato tpico, segundo uma vis!o finalista, composto dos $e%inte$ elemento$:

    a(& conduta dolosa ou culposa, comissiva ou omissiva3b(& resultado3

    4

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    2/31

    c(& neo de causalidade entre a conduta e o resultado3d(& tipicidade 'formal e conglobante(.

    Ilcito:+ ilicitde, epress!o sin5nima de antijuridicidade, aquela rela#!o de contrariedade,

    de antagonismo, que se estabelece entre a conduta do agente e o ordenamento jurdico.Somente ser lcita a conduta se o agente houver atuado amparado por uma das causasecludentes da ilicitude previstas no art. 67 do 0P. +lm dessas ecludentes legais, adoutrina ainda meciona as supralegal, como o 8consentimento do ofendido9. Esseconsentimento dever ser:

    4& que o ofendido tenha capacidade para consentir36& que o bem sobre o qual recaia a conduta do agente seja disponvel37& que o consentimento tenha sido dado anteriormente, ou pelo menos numa

    rela#!o de simultaneidade conduta do agente.+usente um desses requisitos, o consentimento do ofendido n!o poder afastar ailicitude do fato.

    Clpa&ilidade:; o juo de reprova#!o pessoal que se fa sobre a conduta ilcita do agente. S!oelementos integrantes da culpabilidade, de acordo com a concep#!o finalista:a(& imputabilidade3

    b(& potencial consci%ncia sobre a ilicitude do fato3c(& eigibilidade de conduta diversa3

    Conceito de crime adotado por Dam!$io, Dotti, 'ira&ete e Delmanto:< um fato tpico e antijurdico, sendo que a culpabilidade um pressuposto para aaplica#!o da pena.

    Porm para a maioria do$ dotrinadore$:

    todo$ o$ elemento$ e comp)em o conceito analtico do crime $*o pre$$po$to$para a aplica+*o da pena e n*o $omente a clpa&ilidade como pretendem Dam!$ioe $e$ $e%idore$. 2u seja, o 0P quando se refere culpabilidade, especificamente noscasos em que a afasta, utilia, geralmente, epress$es ligadas aplica#!o da pena, estesest!o descritos como: i$ento$ de pena.*undamento: E: art. 6= 0P: que cuida do tema da inimputabilidade, iniciada com areda#!o: 8 isento de pena o agente que, por doen#a.....9, ou ainda a segunda parte do

    art. 64, caput, do 0P, que di que o erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel isenta depena.

    Tipicidade: o >ltimo elemento do fato tpico. 'segundo a vis!o finalista(3; a subsun#!o 'adequa#!o( perfeita da conduta praticada pelo agente ao modelo abstrato

    previsto na lei penal.

    Tipicidade a adea+*o do fato da "ida real ao modelo de$crito a&$tratamente nalei penal-

    + tipicidade penal, necessria caracteria#!o do fato tpico, biparte&se em:

    6

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    3/31

    a(& formal:)ipicidade formal a adequa#!o perfeita da conduta do agente ao modelo abstrato 'tipo(

    previsto na lei penal.)ipicidade formal aquela em que o legislador fe previs!o epressa para o delito quese amolda ao fato tpico.

    b(& con%lo&ante:Para que se possa alegar a tipicidade conglobante preciso verificar dois aspectosfundamentais:4(& Se a conduta do agente antinormativa36(& ?ue haja tipicidade material, ou seja, que ocorra um critrio material de sele#!o do

    bem a ser protegido.

    Tipicidade material a an!li$e o a"alia+*o da $i%nificncia do &em, no ca$oconcreto, a $er prote%ido.E/: uma pessoa ao faer manobra em um carro, encosta na perna de uma outra,

    causando lhe les!o de apenas um arranh!o na perna. +o analisar o fato: a conduta foiculposa, houve um resultado3 eiste um neo de causalidade entre a conduta e oresultado3 0! tipicidade formal, poi$ e/i$te m tipo penal a&$trato, incriminandoe$ta condta-Porm, ao "erificar a tipicidade material, analisa&se que, em&ora a no$$ainte%ridade f$ica $ea importantea ponto de ser protegida pelo direito penal, nemtoda e aler le$*o e$tar! a&ran%ida pelo tipo penal. Somente as les$es corporaisque tenham algum significado, isto , e %o2em de certa importncia, e nelee$tar*o pre"i$ta$.

    Em virtude do conceito de tipicidade material, e/clem3$e do$ tipo$ penai$ aele$fato$ recon0ecido$ como de &a%atela, nos quais tem aplica#!o o princpio dain$i%nificncia.

    4 a tipicidade material e $e refere a importncia do &em no ca$o concreto , a fimde que possa&se concluir se aquele bem especfico merece ou n!o ser protegido pelodireito penal.

    A tipicidade con%lo&ante $r%e ando compro"ado, no ca$o concreto, e acondta praticada pelo a%ente con$iderada antinormati"a, isto , contrria norma penal, e n*o impo$ta o fomentada pela norma penal, isto , n!o possvel

    que no ordenamento jurdico, possa eistir uma norma que proba aquilo que outraimponha ou fomente. @m ordenamento jurdico constitui um sistema, n!o podemcoeistir normas incompatveis, e ainda, &em como ofen$i"a a &en$ de rele"o para oDireito Penal (tipicidade material#.E/.carrasco que recebe ordens de eecu#!o de uma senten#a de morte. + proibi#!o dematar do art. 464 0P n!o se dirige ao carrasco, porque a sua conduta n!o seriaantinormativa, contrria norma, mas de acordo, imposta pela norma.

    Conclindo: tipicidade penal A tipicidade formal B tipicidade conglobante'formadapela antinormatividade B coeist%ncia de normas compatveis e pela tipicidade

    material(.

    7

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    4/31

    Tipo Penal: de$cri+*o a&$trata de ma condta, concreti2ada no princpio dare$er"a le%al.

    ; o modelo, o padr!o de conduta que o Estado, por meio de seu >nico instrumento C alei & , visa impedir que seja praticada, ou determina que seja levada a efeito por todos

    nDs.?uando a lei em sentido estrito descreve a conduta 'comissiva ou omissiva( com o fimde proteger determinado bem cuja tutela mostrou&se insuficiente pelos demais ramos dodireito, surge o chamado tipo penal.

    Tipo 'epress!o latina corpus delicti( a de$cri+*o preci$a do comportamento0mano, feita pela lei penal.

    Defini+*o de 5affaroni:8o tipo penal um instrumento legal, logicamente necessrio e de naturea

    predominantemente descritiva, que tem por fun#!o a individualia#!o de condutas

    humanas penalmente relevantes9.

    Em defesa do patrim5nio: bem jurdico considerado importante pelo Estado:+rt. 4 0P:

    Adea+*o tpica penal:F adequa#!o tpica ou tipicidade formal, quando a conduta do agente se amolda

    perfeitamente ou diretamente a um tipo legal de crime. Eistem duas espcies deadequa#!o tpica:"e subordina#!o imediata e de subordina#!o mediata.

    4(& adea+*o tpica de $&ordina+*o imediata o direta: 2correr quando houverperfeita adequa#!o entre a conduta do agente e o tipo penal incriminador.E: no homicdio, haver essa adequa#!o quando houver a morte da vtima.

    6#3 adea+*o tpica de $&ordina+*o mediata o indireta (tipicidade e/ten$i"a opor e/ten$*o p!%. 678 (Ncci##:

    Esta adequa#!o pode acontecer ainda que, embora o agente atue com vontade depraticar a conduta proibida por determinado tipo incriminador, seu comportamento n!oconsiga se adequar diretamente a essa figura tpica.

    E/: Go!o, querendo causar a morte de Heo, contra este descarrega sua arma, e erra oalvo.A$$im, 0o"e a tentati"a de 0omicdio, dessa forma, n!o houve adequa#!o imediatada conduta do agente descri#!o do art. 161 CP.

    Iesse caso 0! e $e "aler da$ normas de extenso,e t9m por finalidade ampliaro tipo penal, a fim de nele a&ran%er 0ipte$e$ n*o pre"i$ta$ e/pre$$amente pelole%i$lador.

    Io caso em eame, a regra da tentativa: art. 1;, II do CP.E se n!o houvesse a referida norma de etens!o, a conduta de Go!o seria considerada umindiferente penal, por faltar3l0e adea+*o tpica, seria um fato atpico.

    Otro e/emplode norma de etens!o em ra!o da adequa#!o tpica de subordina#!omediata: art. 6J do 0P:

    K

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    5/31

    Oa$e$ da e"ol+*o do tipo:

    Primeira: o tipo po$$a car!ter pramente de$criti"o. I!o havia sobre elevalora#!o alguma, servindo t!o&somente para de$cre"er a$ condta$ proi&ida$ pela leipenal. 2 conceito de tipo assumiu um $i%nificado tcnico mai$ re$trito. Sendomeramente o&eti"o e de$criti"o, representando o lado eterior do delito, $emaler refer9ncia ? antiridicidade e ? clpa&ilidade.

    =e%nda: o tipo pa$$o a ter car!ter indici!rio da ilicitde. Msso quer dier quequando o agente pratica m fato tpico, pro"a"elmente, e$$e fato tam&m $er!antirdico. O tipo pa$$a a $er portador de m tipo (indici!rio# de ilicitde.+ tipicidade de um comportamento, n!o implica, pois, a sua antijuridicidade, sen!oapenas indcio de que o comportamento pode ser antijurdico 'fn+*o indici!ria do

    tipo o ainda ratio co%no$cendi#.

    Terceira: o tipo pa$$o a $er a prpria ra2*o de $er da ilicitde, a $a ratio essendi.2 tipo foi conceituado como a ilicitude tipificada. "esse modo, tipo e ilicitudefundiram&se em uma rela#!o indissol>vel no interior do injusto, embora seus conceitosn!o se confundam. I!o h que se falar em fato tpico se a conduta praticada pelo agentefor permitida pelo ordenamento jurdico, porque fato tpico quer dier tambmantijurdico para essa teoria.Critica: quando da conjuga#!o, em momentos diferentes, do fato tpico 'antinormativo(com o lcito 'normativo( resultaria uma contradi#!o de termos, um fato proibido&

    permitido.

    +o criticar a teoria da ratio essendi e a do carter indicirio da ilicitude $r%i a teoriado$ elemento$ ne%ati"o$ do tipo, com o pol%mico conceito de tipo total do injusto.Para essa teoria as causas de eclus!o da ilicitude devem ser agregadas ao tipo comorequisitos negativos deste.)udo est no tipo, que passa a ser um tipo total, formado do somatDrio de fato tpicoBilcito. ; como se houvesse uma fus!o entre o fato tpico e a antijuridicidade.

    O tipo : o in$to de$crito concretamente pela lei em seus diversos artigos e cujarealia#!o vai ligada san#!o penal. Se todo fato tpico antijurdico, em ra!o da

    fus!o, ent!o n!o haveria qualquer causa de eclus!o da ilicitude, ou a eclus!o dailicitude viria no fato tpico, e assim ficaria o art. 464: matar algum, n!o estando emlegtima, defesa....o art. 67 0P.

    In$to penal:?uando se refere e/pre$$*o in$to tpico o in$to penal, er di2er e o fatotpico e a antiridicidade ! foram o&eto de e/ame, (0o"e enadramentoperfeito#restando agora ser realiado somente o estudo da culpabilidade do agente. 2in$to, portanto, a condta ! "alorada como ilcita.

    O in$to penaleistir quando o intrprete ao analisar o fato e a antijuridicidade,

    conclui pela tipicidade do fato e pela n!o eist%ncia de qualquer causa que eclua ailicitude da conduta tpica praticada pelo agente.

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    6/31

    Concl$*o:0ada elemento que integra o conceito analtico do crime considerado um antecedentelDgico e necessrio do seguinte, na ordem que apontamos anteriormente, ou seja, havercrime se o agente cometer um fato tpico, antijurdico e culpvel, uma ve que essa

    divis!o tripartida, bem como a teoria da ratio cognoscendi, a que tem a prefer%ncia damaioria dos autores.

    E$pcie$ de tipo$:4(& tipo &!$ico o fndamental: a forma mai$ $imple$ da de$cri+*o da condtaproi&ida o impo$ta pela lei penal.+ partir dessa forma mais simples, surgem oschamados tipo$ deri"ado$que, em "irtde de determinada$ circn$tncia$, podemdiminuir ou aumentar a reprimenda prevista no tipo bsico.E: art. 464 0P: a descri#!o contida do capute suas formas derivadas, no pargrafo 4L(0omicdio pri"ile%iado(, o legislador, em conseq1%ncia da ocorr%ncia de determinadosdados, fa com que a pena aplicada $ea menor do e aela pre"i$ta na

    modalidade mai$ $imple$ da infra+*o penal. G no par!%rafo 6@pode se concluir queo legislador, em virtude de algumas situa#$es por ele previstas, amento a penacominada no caputdo artigo, alificado, dessa forma, o delito.

    6(& tipo$ fec0ado$ e tipo$ a&erto$:>ec0ado$:s!o aqueles que possuem a descri#!o completa da conduta proibida pela lei

    penal. Io art. 464, caput, do 0P, por eemplo, o legislador, de forma clara e precisa,descreveu a conduta a que visou proibir.

    A&erto$: o legislador, por impossibilidade de prever e descrever todas as condutaspossveis de acontecer em sociedade criou os chamados tipos abertos, nos quais n*o 0!a de$cri+*o completa e preci$a do modelo de condta proi&ida o impo$ta.*a se nece$$!rio,nesses casos, $a complementa+*o pelo intrprete. 4 o e ocorrecom o$ delito$ clpo$o$.

    8os tipos de imprud%ncia, devido variabilidade das condi#$es ou circunstNncias de suarealia#!o, s!o tipos abertos que devem ser preenchidos ou completados por umavalorao judicial, por isso, n!o apresentam o mesmo rigor de defini#!o legal dos tiposdolosos9.

    E/: No art. 161, par!%rafo @, o legislador, ao cuidar do crime de 0omicdio, fe

    previs!o da modalidade clpo$a, diendo: se o 0omicdio clpo$o: ...........+qui, parachegarmos conclus!o se a conduta do agente foi culposa ou n!o, preci$o detectarem al modalidade ela $e de, ou seja, se a morte da vtima foi decorrente dacondta imprdente, imperita o me$mo ne%li%ente do a%ente, em face daino&$er"ncia do $e de"er de cidado, ou $e o re$ltado tin0a condi+)e$ dein%re$$ar na e$fera de pre"i$i&ilidade do a%ente, etc.2 artigo que prev% o delito culposo n!o se satisfa por ele prDprio, n!o havendo

    possibilidade de compreend%&lo faendo&se, pura e simplesmente, a sua leitura, mas hnecessidade de ser preenchido pelo intrprete 'o complemento(.E: tambm s!o tipos abertos os crimes comissivos por omiss!o, ou omissivosimprDprios, previstos no pargrafo 6L do art. 47 do 0P.

    #3 tipo$ con%rente$ e tipo$ incon%rente$:

    =

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    7/31

    Tipo$ con%rente$ a coincid9ncia entre o dolo e o acontecer o&eti"o-8se a parte subjetiva da a#!o se corresponde com a parte objetiva, concorre um tipocongruente. 4 o e normalmente ocorre com o$ tipo$ dolo$o$, em e a "ontadealcan+a a reali2a+*o o&eti"a do tipoB. E/:crimes de homicdio3 les$es corporaissimples, viola#!o de domiclio, etc., ou seja, quando o elemento subjetivo se esgota, se

    confunde com a prtica da conduta descrita no n>cleo do tipo.

    8?uando a parte $&eti"a da a+*o n*o $e corre$ponde com a o&eti"a nosencontramos na pre$en+a de m tipo incongruenteB.E: delitos de motivo, propDsito e tend%ncia, a eemplo do crime de etors!o mediante

    seq1estro, previsto no art. 4J 0P, em que o agente atua impelido por um fim especialde obter qualquer vantagem como condi#!o ou pre#o do resgate.O$ tipo$ incon%rente$ ocorrem no$ crime$ preterdolo$o$, uma ve que, 8o dolo

    precisa estender&se somente a um resultado parcial, enquanto que, a respeito doresultado que ecede, causado sem dolo pelo autor, suficiente que haja culpa9, talcomo ocorre o delito de les!o corporal seguida de morte.

    dolo no antecedente e clpa no con$eente.B

    ;#3 tipo comple/o:2 tipo compleo tem a incumb%ncia de descrever a conduta que se quer proibir ouimpor, sob a amea#a de san#!o, para saber o real alcance da proibi#!o, o tipo deverconter elementos de naturea objetiva.

    0om o advento da teoria finalista da a#!o, implementada por Oelel, dolo e culpa foramretirados da culpabilidade e traidos para o fato tpico. 2 injusto, agora, de puramenteobjetivo, passou a ser tambm subjetivo, e a culpabilidade, normativa.

    0om a transfer%ncia do dolo e da culpa para a conduta tpica, o tipo penal passou a serimpregnado n!o sD de elementos objetivos, mas tambm subjetivos, assim fala&se emtipo comple/o, ando no tipo penal 0! a f$*o do$ elemento$ o&eti"o$ e o$ denatre2a $&eti"a.Na teoria finali$ta o tipo comple/o torna3$e inco , em ra!o de no tipo semprecoe/i$tir elemento$ o&eti"o$ e $&eti"o$.

    Elementare$:Elementares s!o dados essenciais figura tpica, sem os quais ocorre uma atipicidade

    absoluta ou uma atipicidade relativa.Atipicidade a&$olta: quando falta uma elementar indispensvel ao tipo, o fato

    praticado pelo agente torna&se um indiferente penal. E: se algum subtrai o prDprioguarda&chuva, supondo&o de outrem, n!o pratica o delito de furto, uma ve que seencontra ausente a elementar 8coisa alheia mDvel9, a fim de caracteriar aquelainfra#!o.

    Atipicidade relati"a o de$cla$$ifica+*o: quando pela aus%ncia de uma elementar,ocorre a desclassifica#!o do fato para uma outra figura tpica. E: fncion!rio pF&lico,que n*o $e "ale da facilidade e $e car%o l0e proporciona , subtrai um computador

    de sua reparti#!o, embora o fato n*oseja con$iderado crime de peclato3frto (art.

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    8/31

    16, par!%rafo 1@(, o agente re$ponder! pela $&tra+*o a ttlo de frto'art. 40P(.

    Elemento$ e inte%ram o tipo:4(& Elemento$ o&eti"o$ do tipo& t%m a finalidade de descrever 8a a#!o, o objeto da

    a#!o e, em sendo o caso, o resultado, as circunstNncias eternas do fato e a pessoa doautor9. F tipos penais que descrevem , ainda, o sujeito passivo, como no caso do crimede estupro.O$ elemento$ o&eti"o$ $e $&di"idem em:a(& de$criti"o$:s!o aqueles que t9m a finalidade de trad2ir o tipo penal , isto , dee"idenciaraquilo que pode, com simplicidade, $er perce&ido pelo intrprete.

    b(& normati"o$: s!o aqueles criados e traduidos por uma norma ou que, para $aefeti"a compreen$*o, nece$$itam de ma "alora+*o por parte do intrprete, ou, nadefini#!o de 5affaroni, 8s!o aqueles elementos para cuja compreens!o $e fa2nece$$!rio $ocorrer a ma "alora+*o tica o rdica. E: conceitos comodi%nidade e decoro'art. 4KQ 0P, 8sem justa causa9 'arts. 47, 4K, 6KK, 6K=, 6KR 0P(

    podem "ariar de acordo com a interpreta+*o de cada pe$$oa o em "irtde do$entido e l0e d! a norma.S!o considerados, portanto, elemento$ normati"o$, porque sobre eles, necessariamente,deve ser realiado um2o de "alor.

    6(& Elemento$ $&eti"o$ do tipo& O dolo, por ecel%ncia, o elemento subjetivo dotipo. Elemento subjetivo quer dier elemento anmico, que di respeito vontade doagente.Para al%n$ atore$, alm do dolo tam&m a clpa, e con$i$te na repre$enta+*odo ri$co e amea+a m &em rdico, faem parte do elemento subjetivo do tipo

    penal.Alm do dolo e da clpa, h otro$ elemento$ $&eti"o$ que di2em re$peito ?$inten+)e$ e ?$ tend9ncia$ do a%ente,como as epress$es: e$pecial fim de a%irB, aeemplo do art. 1GH CP:Seq1estrar pessoa com o fim de o&ter, para si ou para outremqualquer vantagem, como condi#!o ou pre#o do resgate. +qui a finalidade do agenten!o se restringe priva#!o da liberdade, mas a priva#!o da liberdade com a finalidadede obter a vantagem como condi#!o ou pre#o do resgate.

    Elemento$ e$pecfico$ do$ tipo$ penai$:

    a(& n>cleo3

    b(& sujeito ativo3c(& sujeito passivo3d(& objeto material3

    a(& OnFcleo do tipo penal o "er&oe de$cre"e a condta proi&ida pela lei penal.2 "er&otem a finalidade de e"idenciar a a+*o e $e procra e"itar o impor.F tipos penais que possuem um Fnico nFcleo (nincleare$(, como no caso do art.464 0P, e outros que possuem "!rio$ nFcleo$ (plrincleare$(, tambm conhecidoscomo crime$ de a+*o mFltipla o de conteFdo "ariado , a e/emplo do art. da Lein@ 11.;677J.

    b(& =eito ati"o: aele e pode praticar a condta de$crita no tipo. -uitasvees o legislador limita a prtica de determinadas infra#$es penais a certas pessoas e,

    R

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    9/31

    para tanto, toma o cuidado de descrever no tipo penal o agente que poder levar a efeitoa conduta nele descrita.

    No$ crime$ comn$: o legislador n*o $e preocpa em apontar o $eito ati"o, umave que as infra#$es dessa naturea podem ser cometida$ por aler pe$$oa. E:

    art. 464 0P, homicdio.

    No$ crime$ prprio$: aele e $omente pode $er praticado por m certo %rpode pe$$oa$, por determinada$ pe$$oa$. Iesses casos, quando estivermos diante dedelitos prDprios, o legislador ter de apontar, no tipo penal, o seu sujeito ativo. E:art.746 0P: o tipo penal indica o funcionrio p>blico como o sujeito ativo do crime de

    peculato.

    c#3 =eito pa$$i"o:pode ser considerado formal ou material.4(& formal: $er! $empre o E$tado, que sofre toda ve que suas leis s!o desobedecidas.6(& material: o titlar do &em o intere$$e ridicamente ttelado $o&re o al

    recai a condta crimino$a, que, em alguns casos, poder ser tambm o Estado.Em "!rio$ tipo$ penai$, $*o apontado$ o $eito pa$$i"o, para a lei penal, comoe/emplo no crime de e$tpro, e $er! $empre a ml0er, e nunca o homem, uma veque est contido no art. 61 CP, epressamente, que somente haver estupro quandomediante viol%ncia ou grave amea#a, o homem constranger a mulher a com ele manterconjun#!o carnal e tambm nos indicou o sujeito ativo, com a epress!o conjun#!ocarnal, pois que esta se compreende com o ato seual normal, que se d com a

    penetra#!o do p%nis do homem na vagina da mulher.

    Em outros, o CP n*o aponto o $eito pa$$i"o, podendo $er aler pe$$oa,eemplo do homicdio.O&eto material: a pe$$oa o a coi$a contra a al recai a condta crimino$a doa%ente.No frto, o&eto do delito $er! a coi$a al0eia m"el $&trada pelo a%ente ,no 0omicdio, $er! o corpo 0mano,etc. -uitas vees o sujeito passivo se confundecom o prDprio objeto material, como no caso do homicdio.N*o $e pode confndir o&eto material com o&eto rdico, ou seja, o &em

    ridicamente ttelado pela lei penal. E: no crime de estupro, a mulher o objetomaterial do crime, e o objeto jurdico a liberdade seual e, num sentido mais amplo, oscostumes.

    On+)e$ do tipo: tr9$ importante$ fn+)e$ do tipo:a(& fn+*o de %arantia o %arantidora: quando o agente somente poder ser

    penalmente responsabiliado se cometer uma das condutas proibidas ou deiar depraticar aquelas impostas pela lei penal 'princpio da anterioridade e da reserva legal(.

    b(& fn+*o fndamentadora: o E$tado, por intermdio do tipo penal, fndamenta$a$ deci$)e$, fa2endo "aler o $e ius puniendi. + rela#!o entre a fun#!o garantidora e

    a fundamentadora como se fosse duas faces de uma mesma moeda. Iuma das est otipo garantista, vedando qualquer responsabilia#!o penal que n!o seja pelo tipo penal

    J

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    10/31

    prevista, e na outra, a fun#!o fundamentadora, por ele eercida, abrindo&se apossibilidade ao Estado de eercitar o seu direito de punir sempre que o seu tipo penalfor violado.

    c(& fn+*o $elecionadora de condta$: fn+*o de $elecionar a$ condta$ e

    de"er*o $er proi&ida$ o impo$ta$ pela lei penal, $o& a amea+a de $an+*o . Iessasele#!o de condutas feita por intermdio do tipo penal, o legislador, em aten#!o aosprincpios da interven#!o mnima, da lesividade e da adequa#!o social, tra para oNmbito de prote#!o do "ireito penal somente aqueles bens de maior importNncia,deiando de lado as condutas consideradas socialmente adequadas ou que n!o atinjam

    bens de terceiros.

    Tipo Dolo$o:O dolo no CP: art. 1K:+ regra contida nesse artigo a de que todo crime doloso, somente havendo a

    possibilidade de puni#!o pela prtica de conduta culposa se a lei assim o previrepressamente.

    Dolo a "ontade e con$ci9ncia diri%ida$ a reali2ar a condta pre"i$ta no tipo penalincriminador.

    Dolo a "ontade li"re e con$ciente de praticar a infra+*o penal. "olo, portanto, aconjuga#!o da vontade com a consci%ncia do agente, isto , vontade de querer praticar aconduta descrita no tipo penal com a consci%ncia efetiva daquilo que realia.

    5affaroni:dolo formado por um elemento intelectual e um elemento volitivo.

    A con$ci9ncia, ou seja, o momento intelectal do dolo, basicamente, di respeito situa#!o ftica em que se encontra o agente. + agente de"e ter con$ci9ncia, deve $a&ere/atamente ailo e fa2, para que se lhe possa atribuir o resultado lesivo a ttulo dedolo. 2 agente quer a realia#!o do tipo penal.

    A$9ncia de dolo em "irtde de erro de tipo:

    O erro, nma concep+*o ampla, a fal$a percep+*o da realidade . +quele queincorre em erro imagina uma situa#!o diversa daquela realmente eistente. 2 erro de

    tipo, na precisa li#!o de affaroni, 8 o fen5meno que determina a aus%ncia de doloquando, havendo uma tipicidade objetiva, falta ou falso o conhecimento dos elementosrequeridos pelo tipo objetivo.

    ando o a%ente tem e$$a fal$a percep+*o da realidadeB, falta3l0e na "erdade, acon$ci9ncia de e pratica ma infra+*o penal e, de$$a forma, re$ta afa$tado o doloe, como "imo$, a "ontade li"re e con$ciente de praticar a condta incriminada.Conceito de erro de $a di$tin+*o de i%norncia: Io erro de tipo h uma falsa ouequivocada representa#!o da realidade ' um estado objetivo(. Ia ignorNncia a falta derepresenta#!o da realidade ou o desconhecimento total do objeto ' um estado

    negativo(.

    4Q

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    11/31

    O erro de tipo recai $o&re a$ elementare$, circn$tncia$ o aler dado e $ea%re%e a determinada fi%ra tpica, ou ainda aquele, segundo "amsio, incidentesobre os 8pressupostos de fato de uma causa de justifica#!o ou dados secundrios danorma penal incriminadora9.

    =e%ndo Cape2: a denomina#!o de erro de tipo deve se ao fato de que o equvoco doagente incide sobre um dado da realidade que se encontra descrito em um tipo penal.Sugere melhor chamar de 8erro sobre situa#!o descrita no tipo9.

    E: se algum, durante uma ca#ada, confunde um homem com um animal e atira nele,matando&o, n!o atua com o dolo do crime previsto no art. 464 0P, uma ve que n!otinha consci%ncia de que atirava contra um ser humano, mas sim contra um animal. 2dolo aqui afastado, o agente incorreu em erro de tipo, cuja previs!o legal se encontrano art. 6Q 0P3Otro$ e/emplo$: o agente toma coisa alheia como prDpria3 relaciona&se seualmentecom vtima menor de 4K anos, supondo&a maior3 contrai casamento com pessoa j

    casada, desconhecendo o matrim5nio anterior3 apossa&se de coisa alheia, acreditandotratar&se de sua3 deia de agir por desconhecer sua qualidade de garantidor3 tem rela#$esseuais com algum supondo&se curado de doen#a venrea.O

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    12/31

    (Cape2#:Erro de tipo: o erro de tiporecai $o&re o$ rei$ito$ o elemento$ f!tico3de$criti"o$do tipo e tam&m $o&re o$ rei$ito$ rdico3normati"o$ do tipo ( que para seremconhecidos necessitam de juo de valor. E: coisa alheia, art. 43 documento p>blico,no art. 6J 0P.

    Erro de fato: aquele erro do agente querecai pramente $o&re $ita+*o f!tica ede$criti"a do tipo, e para $erem con0ecido$ n*o nece$$itam de nen0m 2o de"alor. E: filho, no art. 4673 gestante, no art. 463 mulher, no art. 647 0P.

    46

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    13/31

    E$pcie$ de erro:1#3 Erro de tipo e$$encial: aquele querecai $o&re elementare$, circn$tncia$ oaler otro dado e $e a%re%e ? fi%ra tpica:3 $e ine"it!"el: afa$ta o dolo e a clpa3

    3 $e e"it!"el:permite seja o agente pnido por m crime clpo$o, $e 0o"er pre"i$*ole%al.E: o a%ente e pe%a o %arda3c0"a do cole%a pen$ando $er o $e.

    6#3 Erro acidental: n!o afasta o dolo 'ou o dolo e a culpa( do agente. Ele age com aconsci%ncia da antijuridicidade do seu comportamento, apenas se engana quanto a umelemento n!o essencial do fato ou erra no seu movimento de eecu#!o.

    ipte$e$ de erro acidental:a#3 erro $o&re o o&eto: (error in objecto(, quando o agente, tendo "ontade econ$ci9ncia de praticar ma condta e $a&e $er penalmente ilcita , com animus

    furandi, $&trai ma pl$eira e, para ele, $pn0a3$e oro, ando na realidade,n*o pa$$a"a de mera &iteria.

    b#3 erro $o&re a pe$$oa: (error in persona( C art. 6Q, pargrafo 7L 0P: o a%ente erra$o&re a identifica+*o da "tima, e em nada modifica a cla$$ifica+*o do crime porele cometido. (Erra na identifica+*o do $e de$afeto e atira em otra pe$$oa.#

    c#3 erro na e/ec+*o: (aberratio ictus#& art. 7 cTc art. 6Q, pargrafo 7L 0P: quando,por acidente ou erro no $o do$ meio$ de e/ec+*o o a%ente, ao in"$ de atin%ir ape$$oa e pretendia ofender, atin%e pe$$oa di"er$a, re$ponde como $e ti"e$$eatin%ido a "tima e pretendia ofender. (Erra o al"o, atin%e pe$$oa di"er$a do $ede$afeto.#Se o agente atingir a pessoa errada e a pretendida, responder em concurso formal decrimes 'art. Q 0P(.E: o a%ente erendo ca$ar a morte de $e de$afeto, atira contra ele e, errando oal"o, fere o mata otra pe$$oa e pa$$a"a por aele local.

    d(& re$ltado di"er$o do pretendido: (aberratio criminis( C art. K 0P: por acidenteo erro na e/ec+*o do crime, $o&re"ier re$ltado di"er$o do pretendido . 2 agentere$ponder! por clpa $e o fato for pre"i$to como crime clpo$o e $e ocorrertam&m o re$ltado pretendido, $er! aplicada a re%ra do art. 87 CP.

    E: ca$o daele e, "i$ando de$trir ma "itrine, arreme$$a ma pedra contraela, e, por erro, n*o acerta o al"o, ma$ atin%e ma pe$$oa. Re$ponder! pelo delitode le$)e$ corporai$ de natre2a clpo$a, ficando afa$tada a $a re$pon$a&ilidadeno e di2 re$peito ? tentati"a de dano.

    e#3 aberratio causae: o erro recai sobre a causa do resultado.E: a 0ipte$e daele e, almeando matar a "tima por afo%amento, aarreme$$a do alto de ma ponte, "indo e$ta, contdo, depoi$ de c0ocar3$e com opilar central, a falecer por tramati$mo craniano. Re$ponde por m $ 0omicdiodolo$o con$mado.

    De$criminante$ ptati"a$: art. 67, par!%rafo 1 @ CP: o agente imagina encontrar&seem situa#!o de fato que, se eistisse, tornaria a a#!o legtima.

    47

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    14/31

    Se n!o agiu com culpa e o fato n!o punvel como crime culposo, ser isento de pena.+s causas legais que afastam a ilicitude da conduta do agente, faendo que se torne

    permitida ou lcita s!o as do art. 67 0P: na modalidade putativa 'imagina que estejaagindo amparado pelas causas de eclus!o da ilicitude(.E:pgina 7Q=: /reco,

    E: o agente j tendo recebido amea#a do seu desafeto, um dia o v% vindo em suadire#!o, quando este estava enfiando a m!o no bolso. 2 agente pensando que ele iriasacar uma arma e atirar&lhe, age com maior rapide, saca sua arma e atira. Porm, naverdade o seu desafeto enfiou a m!o no bolso para pegar um ma#o de cigarros.

    E$pcie$ de dolo:dolo direto: ando o a%ente ercometer a condta de$crita no tipo penal.E: Go!o, almejando causar a morte de Paulo, seu desafeto, saca seu revDlver e o

    dispara contra este, vindo a mat&lo. 'condta direta e diri%ida a matar#.

    Dolo indireto: quando o a$pecto "oliti"o do a%ente $e encontra direcionado de

    maneira alternati"a, em rela+*o ao re$ltado o ? pe$$oacontra a qual o crime cometido.E: um agente, a certa distNncia, efetua disparos com sua arma de fogo contra duas

    pessoas, querendo matar uma ou outra.

    Dolo e"ental: 2 agente n!o quer diretamente praticar a infra#!o penal, age assumindoe admitindo o ri$co po$$"el de atin%ir o re$ltado.E/:caso do agente que apDs desferir golpes de faca na vtima, supondo&a morta, joga oseu corpo em um rio, vindo esta, na realidade, a falecer por afogamento.

    Iesse caso, o a%ente ato com animus necandi(dolo de matar(, ao efetuar os golpesna vtima, de"er! re$ponder por 0omicdio dolo$o, me$mo e o re$ltado mortead"en0a de otro modo e n*o aele pretendido pelo a%ente.

    (Dolo e crime de peri%o: o crime de perigo constitue uma antecipa#!o da puni#!o pelolegislador, a fim de evitar um dano maior, punindo um comportamento entendido como

    perigoso.E: hipDtese do art. 744 do cDdigo de trNnsito: dirigir em velocidade incompatvel coma permitida para o local.(

    Tipo Clpo$o: "e acordo com o art. 1K, II CP: d! ca$a a m re$ltado pore n*oa%e com o de"ido cidado o dili%9ncia e prod2 m re$ltado ilcito n*o erido,

    porm pre"i$"el e ?$ "e2e$ at pre"i$to, e podia $er e"itado.(4 o elemento normati"o da condta, a clpa nece$$ita de m pr"io 2o de "alor,$em o al n*o $e $a&e $e ela e$t! o n*o pre$ente.#

    Mra$ da clpa: %ra"e- le"e e le"$$ima: art. GH CP,capt 0P: o jui, ao dosar a pena,a fiar de acordo com o grau de culpabilidade do agente.

    Elemento$ da clpa&ilidade:1#3Impta&ilidade: preciso que o agente seja imputvel, para que sejaresponsabiliado pelo fato tpico e ilcito3Inimpt!"ei$: art. 6J, 68 e 6K, par!%rafo 1@ CP-

    (N*o e/clem a impta&ilidade: art. 6K, I, II e par!%rafo 6@ CP-#

    4K

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    15/31

    6#3 Potencial con$ci9ncia $o&re a ilicitde do fato: o agente sabe da ilicitude da suaconduta, a qual com a devida aten#!o, poderia ser evitada.

    Porm incorre em: erro de proi&i+*o: o a%ente e a%e em de$acordo com oconteFdo proi&iti"o de ma norma penal. Art. 61, $e%nda parte CP.

    E: um turista holand%s que, ao comprar um pacote turstico para o rasil, apDs assistira uma fita promocional, na qual percebeu que um grupo de pessoas fumava um cigarroenrolado numa palha, dando a entender que se tratava de maconha, quando na verdaden!o era, acredita que aqui fosse permitido o uso de maconha. +o chegar ao aqui, acendeo cigarro de maconha e, por causa disso, surpreendido pela autoridade policial.

    (Erro $o&re elemento$ normati"o$ do tipo e da ilicitde: $ !o aqueles cujos conceitoss!o provenientes de uma norma, ou conceitos que acentuam o desvalor da conduta econceitos em que o intrprete dever realiar um juo de valor.E: 8indevidamente9 e 8sem justa causa938cheque93 8Uarrant93 8documento93 8coisaalheia93 8moeda de curso legal93 8sem observNncia de disposi#!o legal93 8sem justa

    causa93 8sem licen#a da autoridade9.(

    #3E/i%i&ilidade de condta di"er$a: a po$$i&ilidade e tin0a o a%ente de, nomomento da a+*o o da omi$$*o, a%ir de acordo com o direito, con$iderando3$e a$a particlar condi+*o de pe$$oa 0mana.Na ine/i%i&ilidade de otra condta, na$ condi+)e$ em e $e encontra"a o a%ente,n*o $e podia e/i%ir dele comportamento di"er$o.

    Elemento$ e comp)em o delito clpo$o:4#3Condta 0mana "olnt!ria clpo$a: dirigido, em geral, realia#!o de um fimlcito, mas que, por imprud%ncia, neglig%ncia ou impercia, d causa a um resultado n!oquerido e nem assumido.a#3imprd9ncia: a condta po$iti"apraticada pelo agente que, por n*o o&$er"ar o$e de"er de cidado, ca$a o re$ltado le$i"o e l0e era pre"i$"el.E: imprudente o motorista que imprime velocidade ecessiva em seu veculo ou oque desrespeita um sinal vermelho em um cruamento, a imprd9ncia , portanto, mfa2er al%ma coi$a.

    ne%li%9ncia: ao contr!rio, m dei/ar de fa2er ailo e a dili%9ncia normalimpn0a.E:motorista que n!o conserta os freios j gastos de seu automDvel ou o pai que deia

    arma de fogo ao alcance de seus filhos menores.c#3impercia: quando ocorre ma inaptid*o momentnea o n*o, do a%ente para oe/erccio de arte, profi$$*o o ofcio.

    6(&Ino&$er"ncia de m de"er o&eti"o de cidado: inciso MM do art. 4R do 0P.

    7(&O re$ltado le$i"o n*o erido, tampoco a$$mido, pelo agente, deve sernaturalstico, ou seja, aquele no qual haja uma modifica#!o no mundo eterior.K(&Ne/o de ca$alidadeentre a conduta do agente que deia de observar o seu dever de

    cuidado e o resultado lesivo dela advindo.

    4

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    16/31

    (& Pre"i$i&ilidadecondicionada pelo dever de cuidado.

    =(&Tipicidade: sD h crime culposo se houver previs!o legal epressa na lei.

    '+ tipicidade material 'princpio da insignificNncia(, bem jurdico de valor para o

    ordenamento jurdico.(

    'odalidade$ de clpa:a#3 clpa con$ciente: aquela em que o agente, em&ora pre"endo o re$ltado, n*odei/a de praticar a condta acreditando, $inceramente, e e$te n*o "en0a aocorrer, a clpa com pre"i$*o.

    clpa incon$ciente: ando o a%ente dei/a de pre"er o re$ltado e l0e erapre"i$"el, fala&se em clpa incon$ciente, a culpa sem previs!o.

    c#3 clpa imprpria: 0ipte$e$ da$ c0amada$ de$criminante$ ptati"a$em que o

    agente, em "irtde de erro deri"ado de clpa e o fato for pn"el como crimeclpo$o (art. 6Q, pargrafo 4L, segunda parte do 0P(.E:caso tpico de descriminante putativa: quando uma situa#!o de agress!o injustasomente eiste na imagina#!o do agente, portanto, que age em legtima defesa putativa.

    Ca$a$ le%ai$ de e/cl$*o da clpa&ilidade por ine/i%i&ilidade de otra condta:(n*o era po$$"el otra condta#:

    + coao irresistvele a obedincia hierrquica:art. 66 do CP: de naturea moral 'viscompulsiva(,'e n!o fsica 'vis absoluta(.(

    Ditar:E1: ; o caso daquele que, depois de colocar o dedo do coagido no gatilho de umaarma de fogo, fa o movimento de disparo, puando&lhe o dedo para trs e, com isso,causa a morte da vtima.O coato ata, na verdade, como mero in$trmento na$ m*o$ do coator, sendo este>ltimo considerado autor do crime.E6:E funcionrio p>blico que cumpre uma ordem legal do seu superior.E: n!o punvel o aborto praticado por mdico se a gravide resulta de estupro e oaborto precedido do consentimento da gestante ou, quando incapa, de seu

    representante legal. 'inci$o II do art. 16K do CP#.(E;: o detetive que, a mando da autoridade policial, espanca o preso, a preteto deconseguir uma confiss!o.=e aordem da atoridade manife$tamente ile%ale, sendo cumprida ou se etrapolaos limites do comando, n*o 0a"er! a e/cl$*o da clpa&ilidade do art. 66 do CP em

    benefcio daquele que a cumpriu, respondem o superior e o subordinado.('=e coa+*o re$i$t"el n*o e/cle a clpa&ilidade: o fato tpico, ilcito e culpvel,

    porm o agente ser beneficiado com a circn$tncia atenante pre"i$ta no art. JG,III, cB, primeira parte, do CP.#

    Crime con$mado: (art. 1;, I CP#: aquele em que foram realiados todos oselementos constantes de sua defini#!o legal.

    4=

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    17/31

    E:crime de furto, que se consuma no momento em que o agente subtrai, para si oupara outrem, a coisa alheia mDvel. Io eato momento em que o bem sai da esfera dedisponibilidade da vtima. )odas as elementares do tipo foram realiadas.

    (Difere3$e do e/arido, porque ne$te, o a%ente, ap$ atin%ir o re$ltado

    con$mati"o, contina a a%redir o &em rdico, procura dar&lhe uma novadestina#!o ou tenta tirar novo proveito e a conduta continua a produir efeitos no mundoconcreto, mesmo apDs a realia#!o integral do tipo. E: art. 18, com oaperfei#oamento do recebimento efetivo da solicita#!o da vantagem indevida.(

    Iter criminis: o caminho do crime:4(& cogita#!o: o agente apenas mentalia, prev%, planeja, deseja e representamentalmente a prtica do crime.6(& prepara#!o: prtica dos atos imprescindveis eecu#!o do crime, ainda n!o hagress!o ao bem jurdico.7(& eecu#!o: o bem jurdico come#a a ser atacado, aqui o agente inicia a realia#!o do

    n>cleo do tipo, e o crime j se torna punvel.K(& consuma#!o: todos os elementos que se encontram descritos no tipo penal foramrealiados.

    Tentati"a: (art. 1;, II CP# a n!o consuma#!o de um crime, que teve a sua eecu#!oiniciada, por circunstNncias alheias vontade do agente.Elemento$ da tentati"a:a(& o incio da eecu#!o:

    b(& a n!o&consuma#!o3c(& a interfer%ncia de circunstNncias alheias vontade do agente.

    I!o se admite forma tentada: crimes culposos3 preterdolosos3 contraven#$es penais3crimes omissivos prDprios3 crime sD punvel com o resultado (art. 166 CP#e aqueles

    punidos a tentativa como se j consumado (art. G6 CP#.

    De$i$t9ncia "olnt!ria e arrependimento efica2: (art. 1G CP# ao contrrio datentativa, o agente pretendia produir o resultado consumativo, porm ele muda deidia, vindo a impedi&lo por sua prDpria vontade.

    De$i$t9ncia "olnt!ria: o agente interrompe "olntariamentea eecu#!o do crime,impedindo,desse modo, a $a con$ma+*o. " incio eecu#!o, mas a interrompe,

    fa2endo com e o re$ltado n*o aconte+a. I!o cabe em crimes unissubsistentes'praticado o primeiro ato, j se encerra a eecu#!o(.E: o agente tem um revDlver municiado com seis projteis. Efetua dois disparos contraa vtima, n!o a acerta e, podendo prosseguir atirando, desiste por vontade prDpria e vaiembora.

    Arrependimento efica2: o agente, ap$ encerrar a e/ec+*o do crime, arrepende3$ee impede a prod+*o do re$ltado. 0rimes de mera conduta e formais n!o cabem oarrependimento efica, pois encerrada a eecu#!o o crime j est consumado.E:o agente descarrega sua arma de fogo na vtima, ferindo&a gravemente, mas,arrependendo&se do desejo de mat&la, presta&lhe imediato socorro, impedindo o evento

    letal.

    4

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    18/31

    Arrependimento po$terior: (art. 1J CP# ca$a de dimini+*o de penaque ocorreno$ crime$ cometido$ $em "iol9ncia o %ra"e amea+a ? pe$$oa, e o agente,"olntariamente, repara o dano o re$titi a coi$a at o rece&imento da denFnciao ei/a '$e po$terior circn$tncia atenante %enrica, art. JG, III, & CP (. 2objetivo a repara#!o do dano nos crimes patrimoniais cometidos sem viol%ncia ou

    grave amea#a.

    (Diferen+a entre arrependimento efica2 e o po$terior:3 no efica2:aplica&se aos crimes cometidos com viol%ncia ou grave amea#a3 o agenteresponde apenas pelos atos at ent!o praticados3 anterior consuma#!o.3 no po$terior:sD incide sobre crimes cometidos sem viol%ncia ou grave amea#a3 umasimples causa de diminui#!o de pena3 pressup$e a produ#!o do resultado.(

    Crime impo$$"el: (art. 18 CP# em que ocorre:1#3 Inefic!cia a&$olta do meio empre%adoou o instrumento utiliado3'a ineficcia relativa do meio empregado leva tentativa e n!o ao crime impossvel(.

    6#3 Impropriedade a&$olta do o&eto materialem que a pessoa ou a coisa sobre asquais recai a conduta, absolutamente inid5nea para a produ#!o de um resultado lesivo, impossvel de se consumar.E: matar um cadver, ingerir substNncia abortiva imaginando&se grvida ou furtaralgum que n!o tem um >nico centavo no bolso.

    6. Antiridicidade: conceito a contradi+*o entre a condta e o ordenamentordico. Entretanto, na lei penal e/i$tem ca$a$ $tificante$ e e/clem aantiridicidade do fato tpico.'+ tipicidade o indcio da antijuridicidade, que ser ecluda se houver uma causa queelimine sua ilicitude.(.'2 Estado permite que se ofenda bem alheio para salvar direito prDprio ou de terceiroante um fato irremedivel.(.E: matar algum 8voluntariamente9 fato tpico, mas n!o ser antijurdico, poreemplo, se o autor do fato agiu em legtima defesa. Iessa hipDtese n!o haver crime.

    'S!o normas permissivas tambm chamadas tipos permissivos, que ecluem aantijuridicidade por permitirem a prtica de um fato tpico.(.

    Art. 6 CP: Ca$a$ le%ai$ de e/cl$*o da ilicitde: (ler#disp$e que 8n!o h crime9quando o agente pratica o fato em estado de necessidade, em legtima defesa, em estrito

    cumprimento de dever legal ou no eerccio regular de direito na parte geral, todaviaeistem na parte especial algumas como:E:a possibilidade do mdico praticar aborto se n!o h outro meio de salvar a vida dagestante ou se a gravide resulta de estupro 'art. 46R(3'conceito desfavorvel emitido por funcionrio p>blico, em aprecia#!o ou informa#!oque preste no cumprimento de dever de ofcio 'art. 1;6((.

    6.1. E$tado de nece$$idade:3 art. 6, I CP: uma ca$a de e/cl$*o da ilicitde da condtade em, n*o tendoo de"er le%al de enfrentar ma $ita+*o de peri%o atal , a qual n*o pro"oco por$a "ontade, $acrifica m &em rdico amea+adopor esse perigo para $al"ar otro,

    prprio o al0eio, cuja perda n*o era ra2o!"el e/i%ir.E:pg. 6K 0ape:

    4R

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    19/31

    3 art. 6; CP:Defini+*o de e$tado de nece$$idade: (ler#8considera&se em estado denecessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que n!o provocou por suavontade, nem podia de outro modo evitar, direito prDprio ou alheio, cujo sacrifcio, nascircunstNncias, n!o era raovel eigir&se9.

    'Para alguns doutrinadores o estado de necessidade configura uma faculdade e n!o umdireito, pois a todo direito corresponde uma obriga#!o. Porm para a maioria umdireito, n!o contra o interesse do lesado, mas em rela#!o ao Estado, que concede aosujeito esse direito subjetivo atravs da norma penal.(.

    O

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    20/31

    'Para defender bem de terceiro, o agente n!o precisa solicitar a sua prvia autoria#!o,h o consentimento implcito, no caso de urg%ncia da defesa.(.(E:o agente n!o precisa aguardar a chegada e a permiss!o de seu viinho para invadiro seu quintal e derrubar a rvore que est prestes a desmoronar sobre o telhadodaquele.(.

    c#3 O peri%o n*o pode ter $ido ca$ado "olntariamente pelo a%ente: a e/pre$$*ocondta "olnt!riaB, o le%i$lador referi3$e apena$ ao a%ente e criadolo$amente a $ita+*o de peri%o, e/clindo3$e, portanto, o peri%o clpo$o.

    ''/VE02: ...a epress!o 8que n!o provocou por sua vontade9, a nosso ver, quer diern!o ter provocado dolosamente a situa#!o de perigo.((.E: quem esquece um cigarro aceso na mata e d causa a um inc%ndio pode invocar oestado de necessidade, j que n!o provocou o perigo por sua vontade, mas por suaneglig%ncia.

    d#3 Ine/i$t9ncia do de"er le%al de arro$tar (afa$tar o enfrentar# o peri%o : sempreque a lei imp$er ao a%ente o de"er de enfrentar o peri%o, de"e ele tentar $al"ar o&em amea+ado $em de$trir aler otro, me$mo e para i$$o ten0a de correro$ ri$co$ inerente$ ? $a fn+*o.'Podendo recusar&se a uma situa#!o perigosa quando impossvel o salvamento ou orisco for in>til. '0P: usa apenas o dever legal, o dever contratual n!o obriga o agente ase arriscar, podendo alegar o estado de necessidade.(.(.E: de nada adianta o bombeiro atirar&se nas correnteas de uma enchente para tentarsalvar uma pessoa quando evidente que, ao fa%&lo, morrer sem atingir seu intento.

    6.1.6.6#3 Condta le$i"a:a#3 Ine"ita&ilidade do comportamento: admitido o $acrifcio do &em ando n*oe/i$tir aler otro meio de$e efetar o $al"amento, ou seja, o a%ente n*o tin0acomo e"itar o dano para afa$tar o peri%o,ou ainda, entre duas op#$es danosas, oagente deve escolher a menos gravosa para a vtima.E: o homicdio n!o amparado pelo estado de necessidade quando possvel a les!ocorporal. '0onfigura&se nesse caso, o ecesso doloso, culposo ou escusvel, dependendodas circunstNncias.(. Ra2oa&ilidade do $acrifcio: a lei n!o fala em valora#!o de bens como maior, igualou menor, mas apenas em raoabilidade do sacrifcio.

    E:para uma pessoa de mediano senso, a vida humana vale mais do que um veculo,um imDvel ou a vida de um animal irracional.

    c#3 Con0ecimento da $ita+*o $tificante:se o agente afa$ta m &em rdico dema $ita+*o de peri%o atal que n*o crio por "ontade, destruindo outro &em, co$acrifcio era ra2o!"el dentro da$ circn$tncia$ e con0ecia a $ita+*o de e/cl$*o,ato $o& o comando do e$tado de nece$$idade, porm $e n*o a%i comcon0ecimento da $ita+*o de e/cl$*o de ilicitde,ele cometeu um crime.E: o sujeito mata o cachorro do viinho, por ter latido a noite inteira e impedido seusono, por coincid%ncia, o c!o amanheceu hidrDfobo e estava prestes a morder o filhodaquele viinho 'perigo atual(. 0omo o agente quis produir um dano e n!o proteger o

    pequenino, pouco importam os pressupostos fticos da causa da justificadora: o fatoser ilcito. 'E do MRECO: 74R W(.

    6Q

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    21/31

    6.1.#3 >orma$ de dimini+*o de pena: $e a di$tri&i+*o do &em rdico n*o erara2o!"el, falta m do$ rei$ito$ do e$tado de nece$$idade , e a ilicitude n!o ecluda. Em&ora afa$tada a e/cldente, em "irtde da de$propor+*o entre o efoi $al"o e o e foi $acrificado, a lei, contdo, permite e a pena $ea diminda

    de 1 a 6. (art. 6;, par!%rafo 6@#.Ieste caso o agente responde pelo crime, compena diminuda.

    6.1.;#3 >orma$ de e$tado de nece$$idade:a(& ?uanto titularidade do interesse protegido: estado de nece$$idade prprioou deterceiro-

    b(& ?uanto ao aspecto subjetivo do agente: real'a situa#!o de perigo real( e ptati"o'o agente imagina situa#!o de perigo que n!o eiste(3c(& ?uanto ao terceiro que sofre a ofensa: defen$i"o 'a agress!o dirige&se contra o

    provocador dos fatos( e a%re$$i"o'o agente destrDi bem de terceiro inocente(.

    6.1.G#3 E/ce$$o: a de$nece$$!ria inten$ifica+*o de ma condta inicialmente$tificada,podendo ser doloso quando o agente atua com dolo em rela+*o ao e/ce$$oe pode $er clpo$a, quando o agente ata com e/ce$$o deri"ado de ei"ocadaaprecia+*o da $ita+*o de fato, moti"ada por erro e"it!"el.

    . Le%tima defe$a: (art. 6G CP#,causa de eclus!o da ilicitude que consiste em repelirinjusta agress!o, atual ou iminente, a direito prDprio ou alheio, usando moderadamentedos meios necessrios.

    .1. Rei$ito$: a%re$$*o in$ta- atal o iminente- a direito prprio o deterceiro- repl$a com meio$ nece$$!rio$- $o moderado de tai$ meio$-con0ecimento da $ita+*o $tificante.

    a#3 a%re$$*o in$ta: toda condta 0mana e ataca m &em rdico, ela contr!ria ao ordenamento rdico. pro"oca+*o do a%ente: $e%ndo a inten$idade de$ta e conforme a$circn$tncia$, pode o n*o $er ma a%re$$*o. Se, contudo, apro"oca+*o con$titirma mera &rincadeira de ma %o$to, n*o pa$$ar de m de$afio, %eralmentetolerado no meio $ocial, n*o $e atori2ar! a le%tima defe$a.

    O

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    22/31

    d#3 Le%tima defe$a ptati"a contra le%tima defe$a ptati"a: o caso de doisneurDticos inimigos que se encontram, um pensando que o outro vai mat&lo. +mbos

    partem para o ataque, supondo&o como justa defesa3e#3 Le%tima defe$a real contra le%tima defe$a $&eti"a: essa modalidade oecesso por erro de tipo escusvel. E: +pDs se defender de agress!o inicial, o agente

    come#a a se eceder, pensando ainda estar sob o influo do ataque, ele pensa que aindaest se defendendo, porm j deiou a posi#!o de defesa e passou para a de ataque3f#3 Le%tima defe$a ptati"a contra le%tima defe$a real: o fato ser ilcito, poisobjetivamente injusto, mas, dependendo do erro que levou equivocada suposi#!o,

    poder haver eclus!o de dolo e culpa. Essa hipDtese de legtima defesa de terceiro. E:8+9 presencia seu amigo brigando e, para defend%&lo, agride seu oponente. Hedoengano: o amigo era o agressor, e o terceiro agredido apenas se defendia.%#3 Le%tima defe$a real contra le%tima defe$a clpo$a: n!o importa a posturasubjetiva do agente em rela#!o ao fato, mas t!o&somente a injusti#a objetiva daagress!o. E:8+9, confundindo 89 com um seu desafeto e sem qualquer cuidado emcertificar&se disso, efetua diversos disparos em sua dire#!o. F uma agress!o injusta

    decorrente de culpa na aprecia#!o da situa#!o de fato.

    ..

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    23/31

    E: durante uma rebeli!o carcerria, certo grupo de detentos reivindica algumasmelhorias no sistema. Para que as eig%ncias sejam atendidas, o grupo resolve optar poraquilo que se convencionou chamar 8ciranda da morte9. Ent!o os detentos mais fortescome#am a causar a morte aos mais fracos, de acordo com um cDdigo deles. 2comandante do grupo chega em um estuprador e di que: se n!o forem atendidas as

    reivindica#$es voc% ser o prDimo. Ia madrugada, o estuprador, temendo por sua vidae vendo o comandante dormir, valendo&se de um peda#o de corda, vai em sua dire#!o eo enforca. 2 estuprador agiu em legtima defesaXN*o, pore para e po$$a $er con$iderada iminente a a%re$$*o, de"e 0a"er marela+*o de pro/imidade, $e a a%re$$*o remota, ftra, n*o $e pode falar emle%tima defe$a. Podendo o mesmo arg1ir uma causa dirimente de culpabilidade:ineigibilidade de conduta diversa.

    .K. Le%tima defe$a de direito prprio o de terceiro: h possibilidade de o agenten!o sD defender&se a si mesmo, mas de intervir na defesa de terceira pessoa: legtimadefesa prDpria e de terceiros. 2 animusdo agente que dever sobressair, a fim de que

    possa&se saber se, agia efetivamente, com a finalidade de defender sua pessoa ou deauiliar na defesa de terceiros.E: /VE02, 76 W.

    .H. elemento $&eti"o na le%tima defe$a: n!o o bastante a presen#a dos elementosobjetivos elencados no art. 6 0P, mas tambm que o agente atua nessa condi#!o, ou,

    pelo menos, acredita agir assim, pois, caso contrrio, n!o se poder cogitar de eclus!oda ilicitude de sua conduta. 'animus defendi(.E: /VE02, 77 W.

    .17. Le%tima defe$a $ce$$i"a: a agress!o do agente, inicialmente legtima,transformou&se em agress!o injusta quando incidiu no ecesso. Iessa hipDtese, quandoa agress!o praticada pelo agente deia de ser permitida e passa a ser injusta, que podese falar em legtima defesa sucessiva, no que di respeito ao agressor inicial . Oa%redido pa$$o a $er o a%re$$or.

    .11. Ofendclo$: s!o aparelhos predispostos para a defesa da propriedade 'aramefarpado, cacos de vidros em muros, etc.(, podendo tambm defender a vida, aintegridade fsica. 0onsidera&se tambm ofendculos, a utilia#!o de c!es ou de outrosanimais de guarda. Estes s!o aceitos pelo ordenamento jurdico, porm dever o agentetomar certas precau#$es na utilia#!o desses, sob pena de responder pelos resultados

    dela advindos.

    67

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    24/31

    ;. E$trito cmprimento de de"er le%al: art. 6, III, 1 parte, CP: consiste narealia#!o de um fato tpico, por for#a do desempenho de uma obriga#!o imposta porlei.& "ever legal: compreende toda e qualquer obriga#!o direta ou indiretamente derivadade lei.

    em cmpre re%larmente m de"er n*o pode, ao me$mo tempo, praticar ilcitopenal, ma "e2 e a lei n*o tem contradi+)e$B ('ira&ete#.

    ;.1. Pre$$po$to$ o&eti"o$:K.4.4. ?ue o eecutor seja um funcionrio ou agente p>blico que age por ordem da lei,n!o se ecluindo o particular que eer#a fun#!o p>blica 'jurado, perito, mesrio da

    justi#a eleitoral(3K.4.6. ?ue seja dever legal, ou seja, previsto em norma jurdica. 2s ecessos cometidos

    pelos agentes poder!o constituir crime de abuso de autoridade.

    E1: Policial que atira para impedir a a#!o de pessoa armada que est praticando um

    ilcito penal.E6: 2ficial de Gusti#a que eecuta ordem de despejo for#a, apDs ser resistido.E: *iscal sanitrio que obrigado viola#!o de domiclio.E;: 2 policial que priva o fugitivo de sua liberdade, ao prend%&lo em cumprimento deordem judicial.;.6. Elemento $&eti"o:e o $eito ten0a con0ecimento de e e$t! praticando m fato em face de mde"er impo$to pela leiB ('ira&ete#.

    G. E/erccio re%lar de direito: art. 6, III, 6 parte, CP:

    G.1. >ndamento: I!o h tambm crime quando ocorre o fato no eerccio regular dedireito. ?ualquer pessoa pode eercitar um direito subjetivo ou faculdade previsto na lei

    penal 'penal ou etrapenal(9. '-irabete(.

    & =i%nificado da e/pre$$*o direitoB:empregada em sentido amplo, abrangendo todasas formas de direito subjetivo, penal ou etrapenal.E1: defesa em esbulho possessDrio urgente.E6: epuls!o for#a, de pessoa que entra abusivamente em local vedado e negado aacesso p>blico.E/emplo$: o jus corrigendido pai de famlia e deri"a do poder familiar3 o$

    re%lamento$ e a$ pro"i$)e$ interna$ de a$$ocia+)e$ autoriadas legalmente afuncionar, cujo eerccio regular torna lcito o fato tpico, por eemplo, a$ le$)e$praticada$ na$ competi+)e$ e$porti"a$. +inda os ca$ti%o$ infli%ido$ pelo mestre&escola deri"ado$ de re%lamento$ interno$ de e$ta&elecimento$ de en$ino, aspro"id9ncia$ $anit!ria$ de atoridade$ pF&lica$ e deri"am do poder de polciado E$tadoe que v%m reguladas em portarias, instru#$es, etc.

    G.6. Elemento $&eti"o: con0ecimento da $ita+*o $tificante pelo a%ente:

    Eige&se tambm o elemento subjetivo, a congru%ncia entre a consci%ncia e a vontadedo agente com a norma permissiva. Ela diferencia, por eemplo, o ato de corre#!o

    eecutado pelo pai, das vias de fato, inj>ria real ou at les$es quando o genitor n!opensa em corrigir, mas em ofender ou causar les!o9.

    6K

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    25/31

    Concr$o de pe$$oa$: m crime praticado por da$ o mai$ pe$$oa$ e concorrempara o e"ento (me$ma infra+*o penal#: art. 6H CP:

    82 concurso de pessoas pode ser definido como a ciente e voluntria participa#!o deduas ou mais pessoas na mesma infra#!o penal. F, na hipDtese, converg%ncia de

    vontades para um fim comum, que a realia#!o do tipo penal, sendo dispensvel aeist%ncia de acordo prvio entre as vrias pessoas, basta que um dos delinq1entesesteja ciente de que participa da conduta de outra para que se esteja diante do concurso9'-irabete, pg. 66K(. E: empregado que deia propositadamente a porta aberta, aindaque o ladr!o desconhe#a a vontade daquele de auili&lo na subtra#!o 'liame subjetivo(.

    E$pcie$ de crime$ anto ao concr$o de pe$$oa$:a(& 'ono$$&eti"o$ o deconcr$o e"ental: s!o aqueles que podem ser cometidos

    por um ou mais agentes, haver co&autoria ou participa#!o, dependendo da forma comoos agentes concorrerem para a prtica do delito, mas tanto uma como outra podem oun!o ocorrer, sendo ambas eventuais. E/: um sujeito pode cometer um homicdio

    soinho, em co&autoria com algum ou, ainda, ser favorecido pela participa#!o de umterceiro que o auilie, instigue ou indua.

    b(& Plri$$&eti"o$ o deconcr$o nece$$!rio: s!o os que sD podem ser praticadospor uma pluralidade de agentes em concurso. + co&autoria obrigatDria, podendo haverou n!o a participa#!o de terceiros. E/: quadrilha, bando, ria.

    Rei$ito$ para o concr$o de pe$$oa$:a(& plralidade de a%ente$ e de condta$: necessidade de no mnimo duas pessoasque, envidando esfor#os conjuntos, almejam praticar determinada infra#!o penal3

    b(& rele"ncia ca$al de cada condta: cada conduta praticada por aqueles que, dealguma forma, concorreram para o crime. Se a conduta levada a efeito por um dosagentes n!o possuir relevNncia para o cometimento da infra#!o penal, deve&sedesconsider&la e concluir que o agente n!o concorreu para a sua prtica.E: A,com o firme propDsito de causar a morte de

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    26/31

    deles, efetivamente, conseguiu acertar a vtima, causando&lhe a morte. +qui, o liamesubjetivo far com que ambos respondam pelo crime consumado. Porm se os agentesn!o atuaram unidos pelo vnculo subjetivo, cada qual dever responder pela suaconduta.'E quando n!o se sabe quem foi o autor do disparo com resultado morte, na d>vida,

    dever!o se beneficiar do 8in dubio pro reu9, ambos dever!o responder pelo crime dehomicdio tentado(.

    d(& identidade de infra+*o penal: os agentes, unidos pelo liame subjetivo, devemquerer praticar a mesma infra#!o penal. Seus esfor#os devem convergir ao cometimentode determinada e escolhida infra#!o penal.

    Teoria$ $o&re o concr$o de pe$$oa$:a(& teoria pluralista: haveria tantas infra#$es penais, quantos fossem o n>mero deautores e partcipes 'uma infra#!o penal para cada agente(.

    b(& teoria dualista: distingue o crime praticado pelos autores daquele cometido pelos

    partcipes 'haveria uma infra#!o penal para os autores e outra para os partcipes(.c(& teoria monista: adotada pelo 0P, adu que todos aqueles que concorrem para o crimeincidem nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 2 crime >nico,atribudo a todos aqueles que para ele concorreram, autores ou partcipes 'embora ocrime seja praticado por vrias pessoas, ele permanece >nico e indivisvel(.Ece#!o: art. 6J, pargrafo 6L 0P: 'teoria pluralista(, se o agente quis participar de umcrime menos grave, e o resultado foi mais grave do que ele previa ou queria, respondena medida de sua participa#!o, ou seja, o menos grave:E/: ; o caso do motorista que condu tr%s larpios a uma resid%ncia para ocometimento de um furto. Enquanto aguarda, candidamente, no carro, os eecutoresingressarem no local e efetuarem a subtra#!o sem viol%ncia 'furto(, estes acabam porencontrar uma moradora acordada, que tenta reagir e, por essa ra!o, estuprada emorta. 2 partcipe que imaginava estar ocorrendo apenas um furto responder somente

    por este crime, do qual quis tomar parte. 'porm, se o resultado mais grave forprevisvel, a pena ainda poder ser aumentada at a metade, mas o delito continuarsendo o mesmo(.

    Atoria: tr9$ conceito$ di$ptam entre $i:a(& re$triti"o de ator: autor seria somente aquele que praticasse a conduta descrita non>cleo do tipo penal os outros que viessem a auiliar, mas sem realiar a condutanarrada no verbo do tipo penal, seriam considerados partcipes. Esse conceito segue

    atrelado teoria objetivo&formal: autor aquele que pratica a conduta descrita no n>cleodo tipo os outros s!o partcipes3 teoria objetivo&material: 8distingue autor de partcipepela maior contribui#!o do primeiro na causa#!o do resultado9 '"amsio(.

    b(& e/ten$i"o de ator: oposta a outra teoria, parte da teoria da equival%ncia dascondi#$es, os adeptos do conceito etensivo n!o faem distin#!o entre autores e

    partcipes. )odos se tornam autores.c(& teoria do domnio do fato: Para Oelel, a caracterstica geral do autor o domniofinal sobre o fato. 8+ conforma#!o do fato mediante a vontade de realia#!o que dirigeem forma planificada o que transforma o autor em senhor do fato9. Essa teoria foi a

    adotada por grande n>mero de doutrinadores, incluindo a teoria objetivo&formal e

    6=

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    27/31

    material do restritivo de autor e o elemento anmico da teoria subjetiva da participa#!ocom a chamada di"i$*o de tarefa$.

    O

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    28/31

    mediato do crime de homicdio. + enfermeira que eecutou a a#!o n!o agiu com dolo ouculpa, respondendo pelo crime, portanto, t!o somente o terceiro que determinou o erro.+penas o terceiro responde como autor mediato.

    b(& coa#!o moral irresistvel 'art. 66, primeira parte, 0P(3c(& obedi%ncia hierrquica 'art. 66, segunda parte, 0P(3

    d(& caso de instrumento impunvel em virtude de condi#!o ou qualidade pessoal 'art. =6,MMM, segunda parte, 0P(.E/emplo$: p!%ina ;H (Mreco#-

    O

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    29/31

    b(& teoria da acessoriedade limitada: pune a participa#!o, se o autor tiver levado a efeitouma conduta tpica e ilcita, adotada pela maioria dos doutrinadores, preciso que oautor tenha cometido um injusto tpico, mesmo que n!o seja culpvel, para que o

    partcipe possa ser penalmente responsabiliado.c(& teoria da acessoriedade mima: somente haver puni#!o do partcipe se o autor

    tiver praticado uma conduta tpica, ilcita e culpvel. Ia divis!o tripartida do conceitoanaltico do crime. 2 autor tem que ter praticado um injusto culpvel, para o partciperesponder.d(& teoria da hiperacessoriedade: a participa#!o somente ser punida se o autor tiver

    praticado um fato tpico, ilcito, culpvel e punvel, ou seja, a punibilidade do injustoculpvel.

    Participa+*o em crime clpo$o:a#3 tipo culposo aberto: n!o eiste descri#!o de conduta principal, dada a generalidadede sua defini#!o, mas t!o&somente previs!o genrica, n!o h que se falar em

    participa#!o, que acessDria. E: motorista imprudente instigado, por seu

    acompanhante, a desenvolver velocidade incompatvel com o local, vindo a atropelar ematar uma pessoa. +mbos ser!o autores de homicdio culposo, n!o havendo que se falarem participa#!o, uma ve que, dada a naturea do tipo legal, fica impossvel detectar&sequal foi a conduta principal.& tipo culposo, aberto, que possvel definir qual a conduta principal. Io caso dohomicdio culposo, por eemplo, a descri#!o tpica 8matar algum culposamente9,logo, quem matou o autor e quem o auiliou, instigou ou induiu conduta culposa o partcipe.+ssim, mesmo possvel co&autoria e participa#!o em crime culposo.

    Participa+*o de participa+*o: quando ocorre uma conduta acessDria de outraacessDria.

    Participa+*o $ce$$i"a: quando o mesmo partcipe concorre para a conduta principalde mais de uma forma. +ssim, em primeiro lugar auilia e indu, em seguida instiga eassim por diante.

    Participa+*o por omi$$*o: d&se quando o sujeito, tendo o dever jurdico de agir paraevitar o resultado 'art. 47, pargrafo 6L 0P(, se omite intencionalmente, desejando queocorra a consuma#!o.E/: se um empregado que deve fechar a porta do estabelecimento comercial n!o o fa

    para que terceiro possa mais tarde praticar uma subtra#!o, h participa#!o criminosa nofurto, em decorr%ncia do n!o&cumprimento do dever jurdico de impedir o resultado.

    Participa+*o em crime omi$$i"o: consiste em uma atitude ativa do agente 'partcipe(,que auilia, indu ou instiga outrem a omitir a conduta devida.E/: se o agente instiga outrem a n!o efetuar o pagamento de sua presta#!o alimentcia,responder pela participa#!o no crime de abandono material. +ssim, tambm ocorrequando conduta do paciente que convence o mdico a n!o comunicar autoridadecompetente a molstia de que portador e cuja notifica#!o compulsDria.

    'ltid*o delinente: o caso de linchamento ou crimes praticados sob influ%ncia de

    multid!o em tumulto. 2s agentes responder!o pelo crime em concurso, tendo, noentanto, direito atenuante genrica prevista no art. =, MMM, 8e9, 0P.

    6J

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    30/31

    Concr$o de crime$: quando uma mesma pessoa comete duas ou mais infra#$espenais, que, de algum modo, estejam ligadas por circunstNncias vrias, que dar origemao concurso de penas.

    Yrios s!o os $i$tema$ terico$ com rela+*o a aplica+*o da penanas vrias formas de

    concurso de crimes:a(& do cFmlo material: recomenda a soma das penas de cada um dos delitoscomponentes do concurso3O

  • 8/12/2019 Direito Penal II.doc Esquema

    31/31

    considera#!o, para fiar o aumento, principalmente, o n>mero de vtimas da infra#!o oude resultados.O