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Agente de Polícia e Escrivão Direito Penal Prof. Mateus Silveira

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Agente de Polícia e Escrivão

Direito Penal

Prof. Mateus Silveira

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Direito Penal

Professor Mateus Silveira

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Edital

DIREITO PENAL: Lei nº 9.605/1998 (crimes contra o meio ambiente).

BANCA: Cespe

CARGO: Agente de Polícia Substituto e Escrivão de Polícia Substituto

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Direito Penal

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Atribuições Constitucionais do Poder Público:

Art. 225, da CF.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:

I – preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II – preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entida-des dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III – definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV – exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

V – controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI – promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

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Da Tríplice Responsabilidade pelo Dano Ambiental:

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obriga-ção de reparar os danos causados.

Da Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica

O fim da teoria da dupla imputação aplicada pelo STJ:

“O art. 225, § 3º, da Constituição Federal não condiciona a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais à simultânea persecução penal da pessoa física em tese responsável no âmbito da empresa. A norma constitucional não impõe a necessária dupla imputação. As organizações corporativas complexas da atualidade se caracterizam pela descentralização e distribuição de atribuições e responsabilidades, sendo inerentes, a esta realidade, as dificuldades para imputar o fato ilícito a uma pessoa concreta. Condicionar a aplicação do art. 225, § 3º, da Carta Política a uma concreta imputação também a pessoa física implica indevida restrição da norma constitucional, expressa a intenção do constituinte originário não apenas de ampliar o alcance das sanções penais, mas também de evitar a impunidade pelos crimes ambientais frente às imensas dificuldades de individualização dos responsáveis internamente às corporações, além de reforçar a tutela do bem jurídico ambiental. A identificação dos setores e agentes internos da empresa determinantes da produção do fato ilícito tem relevância e deve ser buscada no caso concreto como forma de esclarecer se esses indivíduos ou órgãos atuaram ou deliberaram no exercício regular de suas atribuições internas à sociedade, e ainda para verificar se a atuação se deu no interesse ou em benefício da entidade coletiva. Tal esclarecimento, relevante para fins de imputar determinado delito à pessoa jurídica, não se confunde, todavia, com subordinar a responsabilização da pessoa jurídica à responsabilização conjunta e cumulativa das pessoas físicas envolvidas. Em não raras oportunidades, as responsabilidades internas pelo fato estarão diluídas ou parcializadas de tal modo que não permitirão a imputação de responsabilidade penal individual.” (RE 548.181, rel. min. Rosa Weber, julgamento em 6-8-2013, Primeira Turma, DJE de 30-10-2014.)

Responsabilidade Administrativa Ambiental:

• Poder de Polícia Administrativo;

• Controle dos recursos ambientais: utilização e supressão;

• Autorização de uso;

• Determinação de limites para a degradação ambiental;

• Fiscalização.

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Responsabilidade Civil Ambiental

Significa reparar civilmente danos causados ao meio ambiente, retornando os recursos naturais e o meio ambiente ao “status quo ante”, quando possível, e na impossibilidade resolvendo de forma pecuniária a reparação do dano causado.

Responsabilidade Penal Ambiental

Será implementada pela punição ao infrator (pessoa física ou pessoa jurídica) que cometeu um delito definido previamente como crime na legislação nacional.

P. exemplo: Lei nº 9.605/98.

LEI Nº 9.605/98 – LEI DOS CRIMES E DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS AMBIENTAIS

Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

CAPÍTULO I Disposições gerais (sujeito ativo, pessoa jurídica, autoria e coautoria) Art. 1º ao Art. 5º

CAPÍTULO IIDa aplicação da pena (espécies de penas, crime, culpabilidade, atenuantes e agravantes)

Art. 6º ao Art. 24

CAPÍTULO III Da apreensão do produto e do instrumento de infração administrativa ou de crime Art. 25

CAPÍTULO IV Da ação e do processo penal Art. 26 ao Art. 28

CAPÍTULO V

Dos crimes contra o meio ambiente (crimes contra a fauna, flora, poluição, ordenamento urbano e patrimônio cultural e administração ambiental)

Art. 29 ao Art. 69-A

CAPÍTULO VIDa infração administrativa (autoridade competente, processo administrativo e sanções)

Art. 70 ao Art. 76

CAPÍTULO VII Da cooperação internacional para a preservação do meio ambiente Art. 77 ao Art. 78

CAPÍTULO VIII Disposições finais Art. 79 ao Art. 82

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Discussões genéricas sobre o tema da Responsabilidade Penal Ambiental ligadas a Lei nº 9.605/98

É possível a aplicação do princípio da insignificância nos crimes ofensivos ao meio ambiente.

Posição do STF:

EMENTA: AÇÃO PENAL. Crime ambiental. Pescador flagrado com doze camarões e rede de pesca, em desacordo com a Portaria 84/02, do IBAMA. Art. 34, parágrafo único, II, da Lei nº 9.605/98. Rei furtivae de valor insignificante. Periculosidade não considerável do agente. Crime de bagatela. Caracterização. Aplicação do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. Absolvição decretada. HC concedido para esse fim. Voto vencido. Verificada a objetiva insignificância jurídica do ato tido por delituoso, à luz das suas circunstâncias, deve o réu, em recurso ou habeas corpus, ser absolvido por atipicidade do comportamento. HC 112563 / SC – SANTA CATARINA, DJe-241 DIVULG 07-12-2012 PUBLIC 10-12-2012.

Posição STJ:

Informativo nº 402 do STJ

PRINCÍPIO. INSIGNIFICÂNCIA. PESCA. APETRECHO PROIBIDO.

Consta da denúncia que o paciente foi flagrado ao pescar em represa mediante a utilização de uma rede de nylon, apetrecho de uso proibido. Vem daí a imputação do crime previsto no art. 34, parágrafo único, II, da Lei n. 9.605/1998. Anote-se que foram encontrados com ele apenas dois quilos de peixes de variadas espécies. Quanto a isso, vê-se da norma incriminadora que se trata de crime formal (crime de perigo abstrato), delito que prescinde de resultado danoso específico (no caso, ao meio ambiente). Porém, apesar de não se desconhecer que o enquadramento da lei de crimes ambientais no ordenamento jurídico brasileiro ainda é tema tormentoso a causar inúmeras discussões jurídicas, sobretudo quanto à configuração dos delitos penais nela insculpidos, chegando alguns a entender até que os princípios nela edificados, tais como os da prevenção e da precaução, sobrepõem-se aos próprios princípios penais de garantia ao cidadão, destaca-se que a hipótese em apreço resolve-se mesmo pela pouca invasão naquilo que a sociedade, mediante o ordenamento jurídico, espera quanto à proteção de sua existência, visto que há um mínimo de probabilidade de a conduta do paciente atingir o bem jurídico tutelado na espécie, a fauna aquática. Daí não se hesitar em consignar a presença da insignificância a ponto de, ao reconhecer a atipicidade material da conduta, conceder a ordem para trancar a ação penal por falta de justa causa. HC 93.859-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 13/8/2009.

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CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º (VETADO)

Art. 2º Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei, incide nas penas a estes cominadas, na medi-da da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de ór-gão técnico, o auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.

RESPONSABILIDADE DA PESSOA JURÍDICA

Art. 3º As pessoas jurídicas serão responsabi-lizadas administrativa, civil e penalmente con-forme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu ór-gão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.

Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.

TEORIA MENOR DA DESCONSIDERAÇÃO DA

PERSONALIDADE JURÍDICA:

Art. 4º Poderá ser desconsiderada a pessoa ju-rídica sempre que sua personalidade for obstá-culo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente.

Art. 5º (VETADO)

TEORIA COMUM DA DESCONSIDERAÇÃO DA

PERSONALIDADE JURÍDICA

Art. 50 do CC.

Art. 50. Em caso de abuso da perso-nalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a re-querimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pes-soa jurídica.

CAPÍTULO IIDA APLICAÇÃO DA PENA

Art. 6º Para imposição e gradação da penalida-de, a autoridade competente observará:

I – a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para o meio ambien-te;

II – os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse am-biental;

III – a situação econômica do infrator, no caso de multa.

Art. 7º As penas restritivas de direitos são autô-nomas e substituem as privativas de liberdade quando:

I – tratar-se de crime culposo ou for aplica-da a pena privativa de liberdade inferior a quatro anos;

II – a culpabilidade, os antecedentes, a con-duta social e a personalidade do condena-

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do, bem como os motivos e as circunstân-cias do crime indicarem que a substituição seja suficiente para efeitos de reprovação e prevenção do crime.

Parágrafo único. As penas restritivas de direitos a que se refere este artigo terão a mesma duração da pena privativa de liber-dade substituída.

Art. 8º As penas restritivas de direito são:

I – prestação de serviços à comunidade;

II – interdição temporária de direitos;

III – suspensão parcial ou total de ativida-des;

IV – prestação pecuniária;

V – recolhimento domiciliar.

Art. 9º A prestação de serviços à comunidade consiste na atribuição ao condenado de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restau-ração desta, se possível.

Art. 10. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contra-tar com o Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de participar de licitações, pelo prazo de cinco anos, no caso de crimes dolosos, e de três anos, no de crimes culposos.

Art. 11. A suspensão de atividades será aplica-da quando estas não estiverem obedecendo às prescrições legais.

Art. 12. A prestação pecuniária consiste no pa-gamento em dinheiro à vítima ou à entidade pú-blica ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um salário míni-mo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido do mon-tante de eventual reparação civil a que for con-denado o infrator.

Art. 13. O recolhimento domiciliar baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do

condenado, que deverá, sem vigilância, traba-lhar, freqüentar curso ou exercer atividade au-torizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, confor-me estabelecido na sentença condenatória.

Art. 14. São circunstâncias que atenuam a pena:

I – baixo grau de instrução ou escolaridade do agente;

II – arrependimento do infrator, manifesta-do pela espontânea reparação do dano, ou limitação significativa da degradação am-biental causada;

III – comunicação prévia pelo agente do pe-rigo iminente de degradação ambiental;

IV – colaboração com os agentes encarrega-dos da vigilância e do controle ambiental.

Art. 15. São circunstâncias que agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:

I – reincidência nos crimes de natureza am-biental;

II – ter o agente cometido a infração:

a) para obter vantagem pecuniária;

b) coagindo outrem para a execução mate-rial da infração;

c) afetando ou expondo a perigo, de manei-ra grave, a saúde pública ou o meio ambien-te;

d) concorrendo para danos à propriedade alheia;

e) atingindo áreas de unidades de conserva-ção ou áreas sujeitas, por ato do Poder Pú-blico, a regime especial de uso;

f) atingindo áreas urbanas ou quaisquer as-sentamentos humanos;

g) em período de defeso à fauna;

h) em domingos ou feriados;

i) à noite;

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j) em épocas de seca ou inundações;

l) no interior do espaço territorial especial-mente protegido;

m) com o emprego de métodos cruéis para abate ou captura de animais;

n) mediante fraude ou abuso de confiança;

o) mediante abuso do direito de licença, permissão ou autorização ambiental;

p) no interesse de pessoa jurídica mantida, total ou parcialmente, por verbas públicas ou beneficiada por incentivos fiscais;

q) atingindo espécies ameaçadas, listadas em relatórios oficiais das autoridades com-petentes;

r) facilitada por funcionário público no exer-cício de suas funções.

Art. 16. Nos crimes previstos nesta Lei, a sus-pensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de li-berdade não superior a três anos.

Art. 17. A verificação da reparação a que se re-fere o § 2º do art. 78 do Código Penal será feita mediante laudo de reparação do dano ambien-tal, e as condições a serem impostas pelo juiz deverão relacionar-se com a proteção ao meio ambiente.

Art. 18. A multa será calculada segundo os cri-térios do Código Penal; se revelar-se ineficaz, ainda que aplicada no valor máximo, poderá ser aumentada até três vezes, tendo em vista o va-lor da vantagem econômica auferida.

Art. 19. A perícia de constatação do dano am-biental, sempre que possível, fixará o montante do prejuízo causado para efeitos de prestação de fiança e cálculo de multa.

Parágrafo único. A perícia produzida no inquérito civil ou no juízo cível poderá ser aproveitada no processo penal, instauran-do-se o contraditório.

Art. 20. A sentença penal condenatória, sempre que possível, fixará o valor mínimo para repa-ração dos danos causados pela infração, consi-derando os prejuízos sofridos pelo ofendido ou pelo meio ambiente.

Parágrafo único. Transitada em julgado a sentença condenatória, a execução poderá efetuar-se pelo valor fixado nos termos do caput, sem prejuízo da liquidação para apu-ração do dano efetivamente sofrido.

Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulati-va ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são:

I – multa;

II – restritivas de direitos;

III – prestação de serviços à comunidade.

Art. 22. As penas restritivas de direitos da pes-soa jurídica são:

I – suspensão parcial ou total de atividades;

II – interdição temporária de estabeleci-mento, obra ou atividade;

III – proibição de contratar com o Poder Pú-blico, bem como dele obter subsídios, sub-venções ou doações.

§ 1º A suspensão de atividades será aplica-da quando estas não estiverem obedecen-do às disposições legais ou regulamentares, relativas à proteção do meio ambiente.

§ 2º A interdição será aplicada quando o estabelecimento, obra ou atividade estiver funcionando sem a devida autorização, ou em desacordo com a concedida, ou com violação de disposição legal ou regulamen-tar.

§ 3º A proibição de contratar com o Poder Público e dele obter subsídios, subvenções ou doações não poderá exceder o prazo de dez anos.

Art. 23. A prestação de serviços à comunidade pela pessoa jurídica consistirá em:

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I – custeio de programas e de projetos am-bientais;

II – execução de obras de recuperação de áreas degradadas;

III – manutenção de espaços públicos;

IV – contribuições a entidades ambientais ou culturais públicas.

Art. 24. A pessoa jurídica constituída ou utili-zada, preponderantemente, com o fim de per-mitir, facilitar ou ocultar a prática de crime de-finido nesta Lei terá decretada sua liquidação forçada, seu patrimônio será considerado ins-trumento do crime e como tal perdido em favor do Fundo Penitenciário Nacional.

CAPÍTULO IIIDA APREENSÃO DO PRODUTO E

DO INSTRUMENTO DE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA OU DE CRIME

(Art. 72, IV e V da Lei nº 9.605/98 – Sanção Administrativa)

Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.

§ 1º Os animais serão prioritariamente liber-tados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias, entregues a jardins zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabili-dade de técnicos habilitados.

§ 2º Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas no § 1º deste ar-tigo, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições adequadas de acondicionamento e transporte que ga-rantam o seu bem-estar físico.

§ 3º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a

instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.

§ 4º Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou edu-cacionais. (Primitivo § 3º, renumerado pela Lei nº 13.052, de 8/12/2014)

§ 5º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.

CAPÍTULO IVDA AÇÃO E DO PROCESSO PENAL

Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 27. Nos crimes ambientais de menor poten-cial ofensivo, a proposta de aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no art. 76 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, somente poderá ser formulada desde que tenha havido a prévia composição do dano ambiental, de que trata o art. 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade.

Art. 28. As disposições do art. 89 da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, aplicam-se aos crimes de menor potencial ofensivo defini-dos nesta Lei, com as seguintes modificações:

I – a declaração de extinção de punibilida-de, de que trata o § 5° do artigo referido no caput, dependerá de laudo de constatação de reparação do dano ambiental, ressalva-da a impossibilidade prevista no inciso I do § 1° do mesmo artigo;

II – na hipótese de o laudo de constatação comprovar não ter sido completa a repara-ção, o prazo de suspensão do processo será prorrogado, até o período máximo previsto no artigo referido no caput, acrescido de mais um ano, com suspensão do prazo da prescrição;

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III – no período de prorrogação, não se apli-carão as condições dos incisos II, III e IV do § 1° do artigo mencionado no caput;

IV – findo o prazo de prorrogação, proce-der-se-á à lavratura de novo laudo de cons-tatação de reparação do dano ambiental, podendo, conforme seu resultado, ser no-vamente prorrogado o período de suspen-são, até o máximo previsto no inciso II deste artigo, observado o disposto no inciso III;

V – esgotado o prazo máximo de prorroga-ção, a declaração de extinção de punibilida-de dependerá de laudo de constatação que comprove ter o acusado tomado as provi-dências necessárias à reparação integral do dano.

DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE

Seção IDOS CRIMES CONTRA A FAUNA

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utili-zar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena – detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:

I – quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo com a obtida;

II – quem modifica, danifica ou destrói ni-nho, abrigo ou criadouro natural;

III – quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de cria-

douros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da auto-ridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espé-cie silvestre não considerada ameaçada de extinção, pode o juiz, considerando as cir-cunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limi-tes do território brasileiro, ou águas jurisdi-cionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I – contra espécie rara ou considerada ame-açada de extinção, ainda que somente no local da infração;

II – em período proibido à caça;

III – durante a noite;

IV – com abuso de licença;

V – em unidade de conservação;

VI – com emprego de métodos ou instru-mentos capazes de provocar destruição em massa.

§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça profis-sional.

§ 6º As disposições deste artigo não se apli-cam aos atos de pesca.

Art. 30. Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem a autoriza-ção da autoridade ambiental competente:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 31. Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expe-dida por autoridade competente:

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Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou do-mesticados, nativos ou exóticos:

Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem reali-za experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou cien-tíficos, quando existirem recursos alternati-vos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de es-pécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicio-nais brasileiras:

Pena – detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas pe-nas:

I – quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de domí-nio público;

II – quem explora campos naturais de in-vertebrados aquáticos e algas, sem licença, permissão ou autorização da autoridade competente;

III – quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos de moluscos ou corais, devidamente de-marcados em carta náutica.

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente:

Pena – detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamen-te.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

I – pesca espécies que devam ser preserva-das ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos;

II – pesca quantidades superiores às per-mitidas, ou mediante a utilização de apa-relhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

III – transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da co-leta, apanha e pesca proibidas.

Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

I – explosivos ou substâncias que, em conta-to com a água, produzam efeito semelhan-te;

II – substâncias tóxicas, ou outro meio proi-bido pela autoridade competente:

Pena – reclusão de um ano a cinco anos.

Art. 36. Para os efeitos desta Lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, cole-tar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de apro-veitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I – em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;

II – para proteger lavouras, pomares e reba-nhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente;

III – (VETADO)

IV – por ser nocivo o animal, desde que as-sim caracterizado pelo órgão competente.

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Seção IIDOS CRIMES CONTRA A FLORA

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considera-da de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das nor-mas de proteção:

Pena – detenção, de um a três anos, ou mul-ta, ou ambas as penas cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 38-A. Destruir ou danificar vegetação pri-mária ou secundária, em estágio avançado ou médio de regeneração, do Bioma Mata Atlânti-ca, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativa-mente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade. (Artigo acres-cido pela Lei nº 11.428, de 22/12/2006)

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem permissão da autoridade competente:

Pena – detenção, de um a três anos, ou mul-ta, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 40. Causar dano direto ou indireto às Uni-dades de Conservação e às áreas de que trata o art. 27 do Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, independentemente de sua localização:

Pena – reclusão, de um a cinco anos.

§ 1º Entende-se por Unidades de Conser-vação de Proteção Integral as Estações Ecológicas, as Reservas Biológicas, os Par-ques Nacionais, os Monumentos Naturais e os Refúgios de Vida Silvestre. (Parágra-fo com redação dada pela Lei nº 9.985, de 18/7/2000)

§ 2º A ocorrência de dano afetando espé-cies ameaçadas de extinção no interior das

Unidades de Conservação de Proteção In-tegral será considerada circunstância agra-vante para a fixação da pena. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 9.985, de 18/7/2000)

§ 3º Se o crime for culposo, a pena será re-duzida à metade.

Art. 40-A. (VETADO na Lei nº 9.985, de18/7/2000)

§ 1º Entende-se por Unidades de Conserva-ção de Uso Sustentável as Áreas de Proteção Ambiental, as Áreas de Relevante Interesse Ecológico, as Florestas Nacionais, as Reser-vas Extrativistas, as Reservas de Fauna, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável e as Reservas Particulares do Patrimônio Na-tural.

§ 2º A ocorrência de dano afetando espé-cies ameaçadas de extinção no interior das Unidades de Conservação de Uso Sustentá-vel será considerada circunstância agravan-te para a fixação da pena.

§ 3º Se o crime for culposo, a pena será re-duzida à metade. (Artigo acrescido pela Lei nº 9.985, de 18/7/2000)

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena – reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa.

Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar incêndios nas flo-restas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de assentamento hu-mano:

Pena – detenção de um a três anos ou mul-ta, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 43. (VETADO)

Art. 44. Extrair de florestas de domínio públi-co ou consideradas de preservação permanen-

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te, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 45. Cortar ou transformar em carvão ma-deira de lei, assim classificada por ato do Poder Público, para fins industriais, energéticos ou para qualquer outra exploração, econômica ou não, em desacordo com as determinações le-gais:

Pena – reclusão, de um a dois anos, e multa.

Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comer-ciais ou industriais, madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá acompanhar o produto até final be-neficiamento:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em depó-sito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem vege-tal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Art. 47. (VETADO)

Art. 48. Impedir ou dificultar a regeneração na-tural de florestas e demais formas de vegetação:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de orna-mentação de logradouros públicos ou em pro-priedade privada alheia:

Pena – detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativa-mente.

Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.

Art. 50. Destruir ou danificar florestas nativas ou plantadas ou vegetação fixadora de dunas, protetora de mangues, objeto de especial pre-servação:

Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamen-te ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem au-torização do órgão competente:

Pena – reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.

§ 1º Não é crime a conduta praticada quan-do necessária à subsistência imediata pes-soal do agente ou de sua família.

§ 2º Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 (um) ano por milhar de hectare. (Artigo acrescido pela Lei nº 11.284, de 2/3/2006)

Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade compe-tente:

Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 52. Penetrar em Unidades de Conservação conduzindo substâncias ou instrumentos pró-prios para caça ou para exploração de produtos ou subprodutos florestais, sem licença da auto-ridade competente:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um sexto a um terço se:

I – do fato resulta a diminuição de águas na-turais, a erosão do solo ou a modificação do regime climático;

II – o crime é cometido:

a) no período de queda das sementes;

b) no período de formação de vegetações;

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c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a ameaça ocorra so-mente no local da infração;

d) em época de seca ou inundação;

e) durante a noite, em domingo ou feriado.

Seção IIIDA POLUIÇÃO E OUTROS

CRIMES AMBIENTAIS

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição signi-ficativa da flora:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 2º Se o crime:

I – tornar uma área, urbana ou rural, impró-pria para a ocupação humana;

II – causar poluição atmosférica que provo-que a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;

III – causar poluição hídrica que torne ne-cessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade;

IV – dificultar ou impedir o uso público das praias;

V – ocorrer por lançamento de resíduos só-lidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou regu-lamentos:

Pena – reclusão, de um a cinco anos.

§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar,

quando assim o exigir a autoridade compe-tente, medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversí-vel.

Art. 55. Executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais sem a competente autori-zação, permissão, concessão ou licença, ou em desacordo com a obtida:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem deixa de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença, concessão ou determi-nação do órgão competente.

Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou noci-va à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:

I – abandona os produtos ou substâncias re-feridos no caput ou os utiliza em desacordo com as normas ambientais ou de seguran-ça;

II – manipula, acondiciona, armazena, co-leta, transporta, reutiliza, recicla ou dá des-tinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei ou regula-mento. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 12.305, de 2/8/2010)

§ 2º Se o produto ou a substância for nucle-ar ou radioativa, a pena é aumentada de um sexto a um terço.

§ 3º Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

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Art. 57. (VETADO)

Art. 58. Nos crimes dolosos previstos nesta Se-ção, as penas serão aumentadas:

I – de um sexto a um terço, se resulta dano irreversível à flora ou ao meio ambiente em geral;

II – de um terço até a metade, se resulta le-são corporal de natureza grave em outrem;

III – até o dobro, se resultar a morte de ou-trem.

Parágrafo único. As penalidades previstas neste artigo somente serão aplicadas se do fato não resultar crime mais grave.

Art. 59. (VETADO)

Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença ou au-torização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e regulamen-tares pertinentes:

Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa, ou ambas as penas cumulativamen-te.

Art. 61. Disseminar doença ou praga ou espé-cies que possam causar dano à agricultura, à pe-cuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas:

Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.

Seção IVDOS CRIMES CONTRA O ORDENA-MENTO URBANO E O PATRIMÔNIO

CULTURAL

Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:

I – bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;

II – arquivo, registro, museu, biblioteca, pi-nacoteca, instalação científica ou similar

protegido por lei, ato administrativo ou de-cisão judicial:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de deten-ção, sem prejuízo da multa.

Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edifi-cação ou local especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueoló-gico, etnográfico ou monumental, sem autoriza-ção da autoridade competente ou em desacor-do com a concedida:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 64. Promover construção em solo não edi-ficável, ou no seu entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico, turístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico ou monumental, sem autorização da autoridade competente ou em desacordo com a concedida:

Pena – detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.

§ 1º Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de deten-ção e multa.

§ 2º Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o pa-trimônio público ou privado mediante ma-nifestação artística, desde que consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das posturas municipais e das normas editadas

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pelos órgãos governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patri-mônio histórico e artístico nacional. (Artigo com redação dada pela Lei nº 12.408, de 25/5/2011)

Seção VDOS CRIMES CONTRA A ADMINIS-

TRAÇÃO AMBIENTAL

Art. 66. Fazer o funcionário público afirmação falsa ou enganosa, omitir a verdade, sonegar in-formações ou dados técnico-científicos em pro-cedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental:

Pena – reclusão, de um a três anos, e multa.

Art. 67. Conceder o funcionário público licença, autorização ou permissão em desacordo com as normas ambientais, para as atividades, obras ou serviços cuja realização depende de ato autori-zativo do Poder Público:

Pena – detenção, de um a três anos, e mul-ta.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano de deten-ção, sem prejuízo da multa.

Art. 68. Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental: (Vide arts. 23, 39 § 2º da Lei nº 12.305, de 2/8/2010)

Pena – detenção, de um a três anos, e mul-ta.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de três meses a um ano, sem prejuí-zo da multa.

Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambien-tais:

Pena – detenção, de um a três anos, e mul-ta.

Art. 69-A. Elaborar ou apresentar, no licencia-mento, concessão florestal ou qualquer outro

procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão: Pena – re-clusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

§ 2º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência do uso da informação falsa, incompleta ou engano-sa. (Artigo acrescido pela Lei nº 11.284, de 2/3/2006)

CAPÍTULO VIDA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA

Art. 70. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as re-gras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.

§ 1º São autoridades competentes para la-vrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários de órgãos ambientais integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, de-signados para as atividades de fiscalização, bem como os agentes das Capitanias dos Portos, do Ministério da Marinha.

§ 2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo an-terior, para efeito do exercício do seu poder de polícia.

§ 3º A autoridade ambiental que tiver co-nhecimento de infração ambiental é obri-gada a promover a sua apuração imediata, mediante processo administrativo próprio, sob pena de corresponsabilidade.

§ 4º As infrações ambientais são apuradas em processo administrativo próprio, asse-gurado o direito de ampla defesa e o con-traditório, observadas as disposições desta Lei.

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Do Processo Administrativo Ambiental:

Art. 71. O processo administrativo para apuração de infração ambiental deve observar os seguintes prazos máximos:

I – vinte dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação;

II – trinta dias para a autoridade competente julgar o auto de infração, contados da data da sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação;

III – vinte dias para o infrator recorrer da decisão condenatória à instância superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, ou à Diretoria de Portos e Costas, do Ministério da Marinha, de acordo com o tipo de autuação;

IV – cinco dias para o pagamento de multa, contados da data do recebimento da notificação.

Das Infrações Administrativas:

Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções, observado o disposto no art. 6º:

I – advertência;

II – multa simples;

III – multa diária;

IV – apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

V – destruição ou inutilização do produto;

VI – suspensão de venda e fabricação do produto;

VII – embargo de obra ou atividade;

VIII – demolição de obra;

IX – suspensão parcial ou total de atividades;

X – (VETADO)

XI – restritiva de direitos.

Cumulação de infrações e sanções:

§ 1º Se o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas cominadas.

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Sanção Administrativa – Advertência:

§ 2º A advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta Lei e da legislação em vigor, ou de preceitos regulamentares, sem prejuízo das demais sanções previstas neste artigo.

Sanção Administrativa – Multa Simples:

§ 3º A multa simples será aplicada sempre que o agente, por negligência ou dolo:

I – advertido por irregularidades que tenham sido praticadas, deixar de saná-las, no prazo as-sinalado por órgão competente do SISNAMA ou pela Capitania dos Portos, do Ministério da Marinha;

II – opuser embaraço à fiscalização dos órgãos do SISNAMA ou da Capitania dos Portos, do Mi-nistério da Marinha.

Da Conversação da Multa Simples:

§ 4º A multa simples pode ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

Da Multa Diária:

§ 5º A multa diária será aplicada sempre que o cometimento da infração se prolongar no tem-po.

Das Apreensões e Destruições como sanções administrativas:

§ 6º A apreensão e destruição referidas nos incisos IV (apreensão dos animais, produtos e sub-produtos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer na-tureza utilizados na infração) e V (destruição ou inutilização do produto) do caput obedecerão ao disposto no art. 25 desta Lei.

Das Sanções Administrativas:

VI – suspensão de venda e fabricação do produto;

VII – embargo de obra ou atividade;

VIII – demolição de obra;

IX – suspensão parcial ou total de atividades;

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§ 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto, a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regula-mentares.

Da Sanção Restritiva de Direitos:

§ 8º As sanções restritivas de direito são:

I – suspensão de registro, licença ou autorização;

II – cancelamento de registro, licença ou autorização;

III – perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais;

IV – perda ou suspensão da participação em linhas de financiamento em estabelecimentos ofi-ciais de crédito;

V – proibição de contratar com a Administração Pública, pelo período de até três anos.

Para aonde vão os recursos arrecadados com as Multas aplicadas como sanções ad-ministrativas?

Art. 73. Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, criado pela Lei nº 7.797, de 10 de julho de 1989, Fundo Naval, criado pelo Decreto nº 20.923, de 8 de janeiro de 1932, fundos estaduais ou municipais de meio ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.

Da Base e do Valor das Multas:

Art. 74. A multa terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, quilograma ou outra medida perti-nente, de acordo com o objeto jurídico lesado.

Art. 75. O valor da multa de que trata este Capítulo será fixado no regulamento desta Lei e corrigido periodicamente, com base nos índices estabelecidos na legislação pertinente, sendo o mínimo de R$ 50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).

Da Dupla incidência de multas:

Art. 76. O pagamento de multa imposta pelos Estados, Municípios, Distrito Federal ou Territórios substitui a multa federal na mesma hipótese de incidência.

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CAPÍTULO VIIDA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

PARA A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Art. 77. Resguardados a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes, o Governo brasileiro prestará, no que concerne ao meio ambiente, a necessária cooperação a outro país, sem qualquer ônus, quando solicitado para:

I – produção de prova;

II – exame de objetos e lugares;

III – informações sobre pessoas e coisas;

IV – presença temporária da pessoa presa, cujas declarações tenham relevância para a decisão de uma causa;

V – outras formas de assistência permitidas pela legislação em vigor ou pelos tratados de que o Brasil seja parte.

§ 1º A solicitação de que trata este artigo será dirigida ao Ministério da Justiça, que a remeterá, quando necessário, ao órgão ju-diciário competente para decidir a seu res-peito, ou a encaminhará à autoridade capaz de atendê-la.

§ 2º A solicitação deverá conter:

I – o nome e a qualificação da autoridade solicitante;

II – o objeto e o motivo de sua formulação;

III – a descrição sumária do procedimento em curso no país solicitante;

IV – a especificação da assistência solicita-da;

V – a documentação indispensável ao seu esclarecimento, quando for o caso.

Art. 78. Para a consecução dos fins visados nes-ta Lei e especialmente para a reciprocidade da cooperação internacional, deve ser mantido sistema de comunicações apto a facilitar o in-

tercâmbio rápido e seguro de informações com órgãos de outros países.

CAPÍTULO VIIIDISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do Código de Processo Penal.

Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes do SISNAMA, responsáveis pela execução de pro-gramas e projetos e pelo controle e fiscalização dos estabelecimentos e das atividades suscetí-veis de degradarem a qualidade ambiental, fi-cam autorizados a celebrar, com força de título executivo extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela construção, instalação, ampliação e funcio-namento de estabelecimentos e atividades uti-lizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores.

§ 1º O termo de compromisso a que se refe-re este artigo destinar-se-á, exclusivamente, a permitir que as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as necessárias correções de suas atividades, para o atendimento das exigências impos-tas pelas autoridades ambientais compe-tentes, sendo obrigatório que o respectivo instrumento disponha sobre:

I – o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representantes legais;

II – o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das obri-gações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período;

III – a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o crono-grama físico de execução e de implantação

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das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas;

IV – as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os casos de rescisão, em decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pac-tuadas;

V – o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor do investi-mento previsto;

VI – o foro competente para dirimir litígios entre as partes.

§ 2º No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998, envol-vendo construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e ati-vidades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente po-luidores, a assinatura do termo de compro-misso deverá ser requerida pelas pessoas fí-sicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, mediante requerimento escrito protocolizado junto aos órgãos com-petentes do SISNAMA, devendo ser firmado pelo dirigente máximo do estabelecimento.

§ 3º Da data da protocolização do requeri-mento previsto no § 2º e enquanto perdu-rar a vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em rela-ção aos fatos que deram causa à celebração do instrumento, a aplicação de sanções ad-ministrativas contra a pessoa física ou jurídi-ca que o houver firmado.

§ 4º A celebração do termo de compromis-so de que trata este artigo não impede a execução de eventuais multas aplicadas an-tes da protocolização do requerimento.

§ 5º Considera-se rescindido de pleno direi-to o termo de compromisso, quando des-cumprida qualquer de suas cláusulas, res-salvado o caso fortuito ou de força maior.

§ 6º O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da protocolização do requerimento.

§ 7º O requerimento de celebração do ter-mo de compromisso deverá conter as in-formações necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de indeferimento do plano.

§ 8º Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no ór-gão oficial competente, mediante extrato. (Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.163-41, de 23/8/2001)

Art. 80. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa dias a contar de sua pu-blicação.

Art. 81. (VETADO)

Art. 82. Revogam-se as disposições em contrá-rio.

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Questões

1. (94375) FCC – 2014 – Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

O agente autuante, ao lavrar o auto de infra-ção ambiental, indicará as sanções estabe-lecidas pelo Decreto Federal nº 6.514/2008, observando

a) a situação econômica do infrator. b) a gravidade dos fatos, tendo em vista os

motivos da infração e suas consequên-cias para o desenvolvimento econômi-co.

c) o grau de instrução ou escolaridade do agente.

d) a curva de crescimento da flora ou fau-na atingida.

e) o arrependimento do infrator.

2. (96097) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

José foi condenado por crime ambiental a uma pena restritiva de direito, qual seja, a prestação de serviços à comunidade consis-tente na obrigação de restaurar um imóvel particular tombado danificado por sua con-duta típica, antijurídica e culpável, e multa. Diante da apelação apresentada pelo réu, o Tribunal de Justiça deverá

a) reformar a sentença para obrigar o réu a prestar apenas serviços indiretos no imóvel tombado.

b) reformar a sentença para impor ao réu somente o pagamento de multa.

c) manter a sentença, que encontra fun-damento na legislação vigente.

d) reformar a sentença, uma vez que a prestação de serviços à comunidade não pode ser realizada em imóvel parti-cular.

e) reformar a sentença, uma vez que a prestação de serviços à comunidade não pode ser realizada em bem tomba-do.

3. (96873) FCC – 2011 – Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

A sanção de multa diária, aplicável às infra-ções administrativas ambientais,

a) é cabível quando o cometimento da in-fração se prolongar no tempo.

b) depende da prévia e progressiva aplica-ção da sanção de multa simples.

c) depende de prévia cominação legal, es-pecífica para cada tipo administrativo punível.

d) exclui a aplicação de outras sanções de caráter administrativo.

e) incide naquelas infrações de menor le-sividade.

4. (96874) FCC – 2010 – Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

A prescrição para a apuração de infrações administrativas contra o meio ambiente, de caráter permanente ou continuado, é de

a) 5 anos, contados do início da prática do ato.

b) 5 anos, contados da cessação da prática do ato.

c) 3 anos, contados do início da prática do ato.

d) 3 anos, contados da cessação da prática do ato.

e) 3 anos, contados da cessação da pres-crição para o crime correspondente.

5. (96877) FCC – 2011 – Responsabilidade Ci-vil por Danos Ambientais, Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98)

A respeito da responsabilidade por danos ambientais materiais, é correto afirmar que

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a) a responsabilidade civil não será elidida com a reparação do dano ambiental.

b) a responsabilidade penal, civil e admi-nistrativa decorre de culpa.

c) mesmo após o pagamento de multa im-posta pela administração pública resta o dever do infrator de reparar o dano.

d) o administrador de uma pessoa jurídica nunca responde penalmente pelos da-nos causados pela empresa.

e) o autor de um crime contra a adminis-tração ambiental só pode ser funcioná-rio público.

6. (96879) FCC – 2012 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Se o resultado de determinado crime am-biental tiver atingido área integrante de uni-dade de conservação, tem-se como ocorri-da

a) qualificadora genérica do crime. b) circunstância agravante, desde que não

constitua ou qualifique o crime. c) circunstância atenuante do crime. d) circunstância que impede a aplicação

de pena restritiva de direito. e) vedação automática da suspensão con-

dicional da pena.

7. (96880) FCC – 2012 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Sobre a responsabilidade penal prevista na Lei Federal no 9.605, de 12/02/1998, é IN-CORRETO afirmar que

a) a responsabilidade das pessoas jurídi-cas não exclui a das pessoas físicas, au-toras, coautoras ou partícipes do mes-mo fato.

b) para imposição e gradação da pena, o juiz levará em conta apenas os requisi-tos do Código Penal.

c) o baixo grau de instrução ou escolarida-de do agente configura causa atenuante da pena.

d) cometer infração ambiental aos domin-gos configura circunstância agravante da pena.

e) nos crimes ambientais, a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena pri-vativa de liberdade não superior a três anos.

8. (96881) FCC – 2012 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

No que concerne aos crimes contra o meio ambiente, considere:

I – Quem comercializa espécimes com ta-manhos inferiores aos permitidos, prove-nientes de pesca proibida, responde por cri-me contra a fauna.

II – A pesquisa de recursos minerais sem a competente autorização, permissão, con-cessão ou licença, constitui crime ambien-tal.

III – O crime de danificar floresta considera-da de preservação permanente não admite a forma culposa.

Está correto o que consta SOMENTE em

a) I e III. b) I e II. c) II e III. d) I. e) III.

9. (96882) FCC – 2011 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Acatando pedido formulado por uma asso-ciação (Organização Não Governamental − ONG), em ação civil pública, o Juiz de Direi-to da comarca concede liminar impedindo a reforma da fachada do prédio de um clube, construído há cerca de cem anos, bem este que, apesar de não ter sido tombado pelo órgão estadual do patrimônio histórico e cultural, é considerado pela comunidade lo-cal como parte de seu patrimônio histórico. O presidente do clube dizendo-se amparado por decisão da diretoria, intimado da ordem judicial, determina a destruição da parte ex-terna do imóvel, o que se realiza em poucas horas. Esta conduta, do ponto de vista pe-nal, pode ser considerada

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a) atípica, porque inexiste um tipo penal correspondente no Código Penal e na legislação ambiental.

b) infração penal tipificada no art. 163 do Código Penal, que configura crime de dano.

c) atípica, como crime ambiental previsto na Lei no 9.605/98,na seção IV do Ca-pítulo V, que trata dos “Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural”, porque o imóvel não se en-contrava tombado pela autoridade ad-ministrativa competente.

d) típica, como crime ambiental previsto na Lei no 9.605/98, na seção IV do Ca-pítulo V, que trata dos “Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural”.

e) crime de resistência, previsto no art. 329 do Código Penal.

10. (96883) FCC – 2011 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

Em razão da prática de crime previsto na Lei no 9.605/98, as pessoas jurídicas, desde que a infração tenha sido cometida por de-cisão de seu representante legal ou contra-tual ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade, podem ser sancionadas com:

a) multa, penas restritivas de direitos ou de prestação de serviços à comunidade, isolada, cumulativa ou alternativamen-te.

b) multa e obrigação de ressarcir o dano ambiental causado.

c) multa e prestação de serviços à comuni-dade.

d) declaração de perda da personalidade jurídica com consequente responsabili-dade pessoal dos sócios.

e) penas restritivas de direitos, consisten-tes em suspensão parcial ou total de atividades, interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade ou proibição de contratar com o Poder Pú-

blico, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações.

11. (96884) FCC – 2010 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Nos crimes ambientais,

a) é cabível a transação penal, se a infra-ção for de menor potencial ofensivo e desde que haja prévia composição do dano ambiental, salvo em caso de com-provada impossibilidade.

b) a suspensão condicional da pena pode ser aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não supe-rior a quatro anos.

c) a pena de multa poderá ser aumentada até cinco vezes, ainda que aplicada no valor máximo, tendo em vista o valor da vantagem econômica auferida.

d) a pessoa jurídica poderá ser condenada a pena de proibição de contratar com o Poder Público por até quinze anos.

e) a reparação do dano ambiental deve ocorrer até o término do prazo da sus-pensão condicional do processo, não se admitindo prorrogação.

12. (96885) FCC – 2010 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

A conduta consistente em destruir ou dani-ficar floresta de preservação permanente é

a) objeto de tipo penal autônomo. b) circunstância agravante do crime de

dano à unidade de conservação. c) circunstância agravante do crime de

dano à reserva legal. d) atípica, consistindo apenas em infração

administrativa. e) atípica, sem também ensejar infração

administrativa.

13. (96409) CESPE – 2010 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Cardoso resolveu, por conta própria, criar um parcelamento de solo em área pública sem registro em cartório. Colocou pique-

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tes demarcando os lotes e pediu para Car-los, corretor de imóveis, vender os lotes, com o que este concordou. Considerando essa situação hipotética e o previsto na Lei de Parcelamento de Solo Urbano (Lei n.º 6.766/1979), as condutas de Cardoso e Car-los constituem, respectivamente,

a) crime e contravenção penal. b) infração administrativa e atividade ilíci-

ta. c) atividade ilícita e infração administrati-

va. d) contravenção penal e crime. e) crime e crime.

14. (96638) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Nas infrações penais previstas na Lei de Cri-mes Ambientais Lei nº 9.605/98, a ação pe-nal é

a) pública incondicionada, pública condi-cionada à representação ou privada, a depender do tipo penal.

b) pública incondicionada. c) pública incondicionada ou pública con-

dicionada à representação, a depender do tipo penal.

d) pública incondicionada ou privada, a depender do tipo penal.

e) pública condicionada à representação ou privada, a depender do tipo penal.

15. (96098) FCC – 2015 – Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

O auto de infração ambiental é um ato ad-ministrativo

a) dotado de presunção absoluta de legali-dade e relativa de veracidade.

b) dotado de presunção relativa de legali-dade e absoluta de veracidade.

c) desprovido de presunção de veracida-de.

d) dotado de presunção relativa de legali-dade e veracidade.

e) dotado de presunção absoluta de legali-dade e veracidade.

16. (96871) FCC – 2012 – Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

Admite-se prescrição intercorrente em pro-cesso administrativo para aplicação de san-ção administrativa ambiental, no caso de

a) instrução deficiente do processo, que demande a realização de novas diligên-cias pela autoridade processante.

b) falta de identificação do agente, que leve à suspensão do processo decorren-te de auto de infração por 1 (um) ano.

c) paralisação do processo por mais de 3 (três) anos, quando pendente de jul-gamento ou despacho pela autoridade administrativa.

d) decurso do prazo de 5 (cinco) anos en-tre a instauração do processo e seu trânsito em julgado na esfera adminis-trativa.

e) suspensão do feito por prazo maior do que aquele definido pela legislação pe-nal para a prescrição do crime respecti-vo, quando a infração também for capi-tulada como tipo penal.

17. (96100) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

O auditor contratado por uma indústria pe-troquímica apurou, por meio de seu traba-lho, conduta da empresa, ordenada por seu diretor (representante contratual), tipifica-da como crime ambiental pela Lei Federal nº 9.605/98. Podendo agir para fazer cessar o crime ambiental, quedou-se inerte. Neste caso, a responsabilidade penal recairá

a) sobre a pessoa jurídica, o diretor da empresa e o auditor contratado.

b) apenas sobre o auditor contratado. c) apenas sobre o diretor da empresa. d) somente sobre a pessoa jurídica. e) apenas sobre o diretor da empresa e a

pessoa jurídica.

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18. (96101) FCC – 2015 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

José responde ação penal por manter em guarda doméstica animal silvestre não con-siderado ameaçado de extinção. O fato é

a) crime punido com detenção de seis meses a um ano ou multa.

b) atípico. c) crime, podendo o juiz, considerando as

circunstâncias, deixar de aplicar a pena. d) contravenção penal. e) crime hediondo.

19. (107381) FCC – 2013 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Pedro, em estado de necessidade, para sa-ciar sua fome e de sua família, composta por esposa e cinco filhos, abateu animal da fauna amazônica. Segundo a Lei Federal nº 9.605/98, que dispõe sobre as sanções pe-nais e administrativas derivadas de condu-tas e atividades lesivas ao meio ambiente, tal fato

a) é tipificado como crime.b) é tipificado como contravenção penal.c) é tipificado como crime, sendo a situa-

ção descrita circunstância atenuante da pena.

d) não é considerado crime.e) é tipificado como crime, sendo a ação

penal neste caso pública condicionada à representação.

20. (107384) CESPE – 2015 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Carlos foi autuado pela prática do crime previsto no art. 29 da Lei n.º 9.605/1998 (apanhar espécime da fauna silvestre sem autorização), por manter em sua residência, sem autorização da autoridade ambiental, uma arara-azul, animal não ameaçado de extinção.

Nessa situação hipotética,

a) o sujeito passivo do delito praticado por Carlos é o espécime da fauna silvestre mantido em cativeiro.

b) será possível substituir pena privativa de liberdade que eventualmente seja imposta a Carlos por pena restritiva de direitos somente se o crime for conside-rado culposo.

c) caso Carlos seja condenado, o juiz po-derá, com base nas circunstâncias espe-cíficas, deixar de aplicar a pena.

d) se Carlos provar que a arara-azul nas-ceu em cativeiro, e, portanto, não se trata de animal silvestre, isso afastará a tipicidade da sua conduta.

e) o órgão responsável pela lavratura do auto deveria fazer constar do documen-to a determinação, a Carlos, de enca-minhamento da arara-azul a instituição especializada na guarda e cuidados ani-mais — um estabelecimento comercial, do ramo aviário, por exemplo —, sob pena de agravamento da eventual puni-ção.

21. (107387) CESPE – 2015 – Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, Po-lítica Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), Responsabili-dade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabili-dade Civil por Danos Ambientais, Responsa-bilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98)

Na zona costeira nordestina, uma empresa estrangeira construiu um empreendimento turístico hoteleiro de grande porte próxi-mo ao mar, sem o licenciamento ambien-tal prévio exigido por lei, ocupando ilegal-mente área de preservação permanente na margem de um rio e afetando diretamente uma comunidade lindeira composta em sua maioria por pescadores. Seis meses após a inauguração do empreendimento, o em-presário estrangeiro vendeu o negócio a uma empresa brasileira, que vem operan-do o hotel há cerca de um ano, sem, con-tudo, ter efetuado ainda a regularização do licenciamento ambiental. Além disso, após

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reclamações provenientes da comunidade afetada, foram constatados os seguintes problemas: ausência de recolhimento e de disposição adequados dos resíduos líquidos e sólidos, com prejuízos ao bem-estar da re-ferida comunidade; e impedimento de livre acesso à praia, o que prejudicou as ativida-des econômicas dos pescadores da comuni-dade.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir em consonância com as normas ambientais e a jurisprudência pertinente.

A legislação veda a aplicação de multa no caso de responsabilização administrativa do empreendimento por não elaborar o prévio licenciamento ambiental, devendo ser apli-cada advertência com a indicação de prazo para a regularização do licenciamento junto ao órgão competente.

( ) Certo   ( ) Errado

22. (107344) FCC – 2015 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

São penas restritivas de direitos da pessoa jurídica que pratica crime ambiental:

a) proibição de contratar com o Poder Pú-blico, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações, interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade e suspensão parcial ou to-tal de atividades.

b) suspensão apenas parcial de atividades e interdição permanente de estabeleci-mento, obra ou atividade.

c) proibição de contratar com o Poder Pú-blico, bem como dele obter subsídios, subvenções ou doações e interdição permanente de estabelecimento, obra ou atividade.

d) proibição, que não poderá exceder o prazo de 5 anos, de contratar com o Po-der Público, bem como dele obter sub-sídios, subvenções ou doações, inter-dição temporária de estabelecimento,

obra ou atividade e suspensão parcial ou total de atividades.

e) interdição permanente de estabeleci-mento, obra ou atividade e suspensão parcial ou total de atividades.

23. (107359) FCC – 2013 – Novo Código Flo-restal Brasileiro (Lei nº 12.651/12), Lei das Competências Administrativas Ambientais – Lei Complementar nº 140/11, Responsa-bilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Marius provocou incêndio culposo em mata. Neste caso, ele praticou conduta

a) tipificadora de crime contra o meio am-biente passível de pena de detenção e multa.

b) atípica, mas considerada infração admi-nistrativa.

c) tipificadora de crime contra o meio am-biente passível apenas de pena de de-tenção.

d) atípica e também não considerada in-fração administrativa.

e) tipificadora de crime contra o meio am-biente passível apenas de pena de mul-ta limitada a dez salários mínimos.

24. (107347) FCC – 2015 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98), Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, Po-lítica Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81)

Por decisão do representante contratual da Empresa BETA, que produz fertilizante agrícola, alguns funcionários, inclusive o próprio representante contratual, utiliza-ram espécimes da fauna silvestre em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização, em pesquisa realizada sem o conhecimento da empresa e divorciada de qualquer atividade de interesse ou que pudesse trazer algum benefício, ainda que indireto, para ela. A empresa

a) poderá ser responsabilizada no campo do direito penal, a depender de outros elementos, uma vez que a conduta pra-

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ticada é tipificada como contravenção penal.

b) será responsabilizada no campo do di-reito penal, uma vez que a conduta pra-ticada é tipificada como crime.

c) não será responsabilizada no campo do direito penal.

d) será responsabilizada no campo do di-reito penal, uma vez que a conduta pra-ticada é tipificada como contravenção penal.

e) não será responsabilizada no campo do direito penal porque o fato é atípico.

25. (107351) FCC – 2015 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

A respeito dos Crimes contra o Meio Am-biente previstos na Lei nº 9.605/1998, con-sidere:

I – O crime de provocar incêndio em mata ou floresta admite a forma culposa.

II – Só a fauna silvestre pode ser objeto do crime de tratar animal com crueldade.

III – A pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo do crime de pesca mediante utilização de explosivos.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II. b) I.c) II e III. d) I e III. e) III.

26. (107364) FCC – 2013 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Considera-se condutas tipificadoras de cri-me contra o meio ambiente passível da apli-cação de pena de detenção de seis meses a um ano, e multa: matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silves-tre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. Neste caso, quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou cria-douro natural

a) pratica conduta atípica.b) incorre nas mesmas penas.c) incorre nas mesmas penas, mas terá a

pena corporal reduzida de um sexto a um terço.

d) estará sujeito apenas a aplicação da pe-nalidade de multa.

e) incorre nas mesmas penas, mas terá a pena corporal reduzida à metade.

27. (107354) FCC – 2015 – Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81), Respon-sabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Segundo a Lei nº 6.938/1981, o poluidor que expuser a perigo a incolumidade huma-na, animal ou vegetal, ou estiver tornando mais grave situação de perigo existente, fica sujeito à pena de reclusão de 1 a 3 anos e multa de 100 a 1.000 MVR. A pena é au-mentada até o dobro se

a) o crime for praticado durante o dia e em dias úteis.

b) resultar em dano reversível à fauna e a flora.

c) a poluição for decorrente de atividade industrial ou de transporte.

d) resultar em dano reversível, ao meio ambiente antrópico.

e) a poluição for decorrente exclusivamen-te de práticas comerciais.

28. (107369) FCC – 2013 – Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98)

Com relação aos prazos prescricionais do poder de polícia sancionador de infrações administrativas ambientais, é correto afir-mar que

a) a prescrição varia conforme a gravidade da infração.

b) a extinção da pretensão punitiva pela prescrição estende-se à esfera cível.

c) caso a infração administrativa também seja capitulada como crime, o prazo prescricional é aquele da lei penal.

d) não são admitidas hipóteses de prescri-ção intercorrente.

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e) o prazo prescricional é sempre de 5 (cinco) anos, contado da data da prática do ato ou da sua cessação, no caso de infração permanente ou continuada.

29. (96872) FCC – 2011 – Responsabilidade Ad-ministrativa (Lei nº 9.605/98)

O art. 72 da Lei no 9.605/98 elenca o rol de sanções administrativas cabíveis no caso de infração administrativa ao meio ambiente e prevê como a primeira delas (inc. I) a pena de advertência, sobre a qual é correto afir-mar:

a) Trata-se de mera admoestação sem consequência alguma, exceto a de constar nos antecedentes do infrator, podendo, por isso mesmo, ser aplicada independentemente da instauração do devido processo legal.

b) Trata-se de sanção como outra qual-quer e que não é pressuposto para a aplicação das demais.

c) Trata-se de sanção que deve preceder a aplicação das demais e que, por isso mesmo, é a primeira a ser prevista.

d) Trata-se de sanção que pode ser aplica-da de plano, sem necessidade de con-traditório, face ao princípio da verdade sabida.

e) Trata-se de sanção que, por suas pró-prias características, deve ser aplicada em conjunto com outras previstas nos vários incisos do referido artigo.

30. (96377) CESPE – 2007 – Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98)

Com relação aos mecanismos de tutela ad-ministrativa do meio ambiente, assinale a opção correta.

a) No exercício do poder de polícia admi-nistrativa, o órgão ambiental pode la-vrar autos de infração e aplicar multas apenas nos casos em que a conduta le-siva ao meio ambiente estiver descrita em lei como crime ambiental.

b) No exercício do poder de polícia admi-nistrativa, o órgão ambiental poderá aplicar sanções referentes a condutas lesivas ao meio ambiente, bastando que estas, em consonância com o prin-cípio da taxatividade, estejam expressa e previamente tipificadas em portaria ou resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente.

c) A implantação de reserva legal florestal em imóvel rural gera, para o proprie-tário, direito a indenização, em face da limitação ao potencial econômico do bem.

d) A fixação de um regime peculiar de frui-ção de um bem imóvel em área mere-cedora de especial proteção, em razão de sua relevância ambiental, nem sem-pre dependerá de desapropriação pelo poder público.

31. (94377) FCC – 2014 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Dispõe o art. 49 da Lei nº 9.605/1998 que é crime destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de or-namentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia, com pena de detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa iso-lada ou cumulativa. Estipula-se ainda moda-lidade culposa da conduta, com pena de 1 a 6 meses de detenção ou multa. Trata-se de dispositivo que, não raramente, recepciona críticas acerbas de seus comentaristas. Fos-se o caso de acompanhá-los, os conjuntos de fundamentos ou princípios que estão mais diretamente tensionados por esse tre-cho de nossa lei ambiental são:

a) fragmentariedade, imputabilidade, irre-petibilidade e causalidade.

b) intervenção mínima, igualdade, publici-dade e responsabilidade subjetiva.

c) legalidade, ofensividade, subsidiarieda-de e proporcionalidade.

d) culpabilidade, adequação social, indivi-dualização e taxatividade.

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e) pessoalidade, humanidade, dignidade e necessidade.

32. (96342) CESPE – 2008 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Acerca das leis penais especiais, julgue o item a seguir (Certo ou Errado).

Em crimes ambientais, em se tratando de condutas e atividades lesivas ao meio am-biente, poderá haver a responsabilização penal da pessoa jurídica, desde que a infra-ção seja cometida por decisão de seu repre-sentante legal, no interesse da sua entida-de.

( ) Certo   ( ) Errado

33. (94389) FCC – 2014 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Provou-se em ação penal que a empre-sa Alfa Ltda. foi constituída com o fim de facilitar a prática de crime definido na Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605/1998). De acordo com a citada Lei, o Juiz, na sentença, deverá

a) suspender as atividades da empresa pelo prazo máximo de 5 anos.

b) decretar a liquidação forçada da empre-sa, sendo seu patrimônio considerado instrumento do crime e como tal perdi-do em favor do Fundo Penitenciário Na-cional.

c) dar ciência ao Ministério Público para que apure eventuais irregularidades no campo do direito civil.

d) notificar a Junta Comercial. e) proibir a empresa de operar sem licen-

ça ambiental.

34. (94400) FCC – 2014 – Responsabilidade Pe-nal (Lei nº 9.605/98)

Segundo a jurisprudência hoje dominante no Superior Tribunal de Justiça, no âmbito dos crimes ambientais a máxima societas

delinquere non potest seria aplicável à pes-soa jurídica

a) porque ela é incapaz de produzir con-duta no sentido técnico-normativo do termo.

b) porque ela não é continente para um juízo de imputação penal.

c) porque ela não tem como ser sujeito de sanção penal.

d) quando ela for imputada de modo iso-lado e dissociado de pessoas físicas.

e) quando ela for imputada em conjunto com pessoas físicas.

35. (96321) CESPE – 2011 – Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98), Responsa-bilidade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsa-bilidade Civil por Danos Ambientais

Relativamente à responsabilização por dano ambiental e ao poder de polícia ambiental, assinale a opção correta.

a) O prejuízo do dano ambiental alcança o próprio ambiente e terceiros, e, nes-se sentido, o poluidor é obrigado, inde-pendentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causa-dos em razão de sua atividade.

b) Na aplicação de penalidades como a ad-vertência e a multa, a autoridade com-petente deverá observar tão somente a gravidade do fato e os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da le-gislação ambiental, sem considerações de ordem pessoal como, por exemplo, a situação econômica do infrator.

c) São autoridades competentes para lavrar auto de infração ambiental os funcionários de órgãos ambientais in-tegrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente, mas a atribuição para instau-rar o processo administrativo pertence, privativamente, aos dirigentes dos ór-gãos ambientais, conforme definido em lei.

d) A responsabilidade das pessoas jurídi-cas, na esfera administrativa, civil e pe-

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nal, por infração cometida por seu re-presentante legal ou contratual, ou por seu órgão colegiado, em benefício da entidade, afasta a responsabilidade das pessoas físicas coautoras ou partícipes do mesmo fato.

e) A prestação de serviços à comunidade é pena restritiva de direitos aplicável às pessoas físicas, mas não às jurídicas, às quais somente se aplicam a pena de multa e as restritivas de direitos que im-pliquem suspensão parcial ou total de atividades, a interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade e a proibição de contratar com o poder pú-blico, bem como dele obter subsídios.

36. (96323) CESPE – 2012 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98), Responsa-bilidade Civil por Danos Ambientais

Acerca da responsabilidade ambiental, assi-nale a opção correta.

a) As ações penais por crimes ambientais previstos na Lei n.º 9.605/1998 são pú-blicas incondicionadas ou condiciona-das à representação.

b) Em matéria ambiental, a responsabili-dade por ilícitos é sempre objetiva, dis-pensando-se a comprovação de culpa em sentido amplo.

c) A omissão da autoridade ambiental competente, sendo ela obrigada a agir, poderá configurar infração administrati-va ambiental.

d) Os valores arrecadados em decorrên-cia do pagamento de multas por infra-ção ambiental devem ser integralmente revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente.

e) Entre os efeitos da condenação por cri-me ambiental inclui-se a apreensão de produtos dele decorrentes e de instru-mentos utilizados para cometê-lo, salvo os instrumentos lícitos.

37. (96325) CESPE – 2011 – Responsabilidade Civil por Danos Ambientais, Responsabilida-de Penal (Lei nº 9.605/98), Responsabilida-de Administrativa (Lei nº 9.605/98)

No que se refere à proteção judicial e à res-ponsabilidade em matéria ambiental, assi-nale a opção correta.

a) Para efeito de responsabilidade admi-nistrativa, considera-se infração admi-nistrativa ambiental toda ação ou omis-são que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recupera-ção do ambiente, podendo qualquer pessoa que constatar infração ambien-tal dirigir representação às autoridades competentes para que exerçam o poder de polícia.

b) As pessoas jurídicas podem ser respon-sabilizadas, administrativa, civil e pe-nalmente, por crimes ambientais, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegia-do, no interesse ou benefício da sua en-tidade; contudo, nesse caso, a respon-sabilidade das pessoas jurídicas exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

c) Suponha que determinado indivíduo tenha praticado caça em propriedade particular, sem permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a licença ou per-missão obtida. Nessa situação, a com-petência para julgar o delito será da jus-tiça federal, instância competente para processar e julgar os crimes praticados contra a fauna.

d) Na hipótese de uma pessoa praticar, em período proibido, pesca em rio que sir-va de limite entre dois estados, a com-petência para o processo e o julgamen-to será da justiça estadual de qualquer dos estados envolvidos.

e) A pessoa jurídica de direito público ou privado responsável, direta ou indire-tamente, por atividade causadora de

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degradação ambiental fica obrigada, in-dependentemente de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao am-biente; o que se refere a pessoa física, porém, faz-se necessário o elemento subjetivo para configurar sua responsa-bilidade civil.

38. (96331) CESPE – 2009 – Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98)

As sanções administrativas de cunho am-biental encontram-se previstas em diferen-tes normas do SISNAMA, entre elas a Lei n.º 9.605/1998. As sanções administrativas previstas nessa lei não incluem a

a) advertência. b) multa diária. c) multa simples. d) falência da empresa. e) destruição ou inutilização de produto.

39. (96336) CESPE – 2012 – Responsabilidade Administrativa (Lei nº 9.605/98), Responsa-bilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Com base no que dispõe a lei que trata dos crimes ambientais, assinale a opção correta acerca da responsabilidade por dano am-biental.

a) A lei em questão considera que o ato do representante legal ou contratual da pessoa jurídica que constitua crime ambiental é, por vinculação, também crime da pessoa jurídica, independen-temente de resultar em benefício para a entidade.

b) A extinção de uma pessoa jurídica, sua alteração contratual ou qualquer outra modificação que implique impedimen-to na pretensão reparatória de prejuí-zos causados ao ambiente pode acarre-tar a desconsideração da personalidade jurídica, de modo a responsabilizar seus sócios para os efeitos de determinadas obrigações.

c) As pessoas jurídicas de direito público não podem ser responsabilizadas admi-nistrativamente por dano ambiental.

d) Por iniciativa privativa do poder públi-co, é possível a celebração de termo de compromisso entre os órgãos ambien-tais competentes e as pessoas físicas ou jurídicas Responsáveis por estabeleci-mentos e atividades considerados efeti-va ou potencialmente poluidores. Uma vez assinado, esse termo terá força de título executivo extrajudicial e impedirá a execução de quaisquer multas even-tualmente aplicadas.

e) Na persecução administrativa por dano ambiental, aplica-se o princípio da sub-sunção, segundo o qual a infração de menor gravidade é absorvida pela de maior gravidade quando ambas são praticadas concomitantemente.

40. (96337) CESPE – 2012 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

De acordo com a Lei dos Crimes Ambientais, constituem penas restritivas de direito

a) o recolhimento domiciliar e a prisão simples.

b) a interdição definitiva de direitos e a prestação pecuniária.

c) a suspensão parcial ou total de ativida-des e a interdição definitiva do direito de transitar em unidades de conserva-ção.

d) a prestação de serviços à comunidade e a interdição temporária de direitos.

e) o recolhimento domiciliar e a obrigato-riedade de participar do curso de edu-cação ambiental.

41. (96338) CESPE – 2012 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Com base nos termos da legislação que tra-ta da responsabilização por danos ambien-tais, julgue o item seguinte.

Tratando-se de matéria ambiental, admite--se a desconsideração da pessoa jurídica

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sempre que sua personalidade seja obstá-culo ao ressarcimento de prejuízos causa-dos à qualidade do meio ambiente.

( ) Certo   ( ) Errado

42. (96339) CESPE – 2012 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Julgue o item que se segue, referente a áre-as de preservação permanente, unidades de conservação e crimes ambientais.

É circunstância agravante da pena o fato de o agente ter cometido crime ambiental no interior de espaço territorial especialmente protegido, salvo quando a referida localiza-ção constituir ou qualificar o crime.

( ) Certo   ( ) Errado

43. (96340) CESPE – 2011 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Considerando a disciplina legal dos crimes contra o meio ambiente, assinale a opção correta.

a) Incidem nas penas previstas em lei, na medida de sua culpabilidade, as pessoas que, tendo conhecimento da conduta criminosa de alguém contra o ambiente e podendo agir para evitá-la, deixem de impedir sua prática.

b) As sanções penais aplicáveis às pessoas físicas pela prática de crimes ambien-tais são as penas restritivas de direitos e multa, mas não, as privativas de liber-dade.

c) Por se tratar de ente fictício, a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo dos crimes ambientais.

d) O ato de soltar balões somente se ca-racteriza como crime contra o meio am-biente se, em consequência da condu-ta, houver incêndio em floresta ou em outras formas de vegetação, em áreas urbanas ou em qualquer tipo de assen-tamento humano.

e) A responsabilidade penal por crimes ambientais está integralmente ampara-da no princípio da culpabilidade; desse modo, os tipos penais previstos na lei que dispõe sobre os crimes ambientais (Lei n.º 9.605/1998) só se consumam se os delitos forem praticados dolosamen-te.

44. (96341) CESPE – 2009 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Com relação aos crimes contra o meio am-biente, a fauna e a flora, assinale a opção correta.

a) A extração de areia em floresta de do-mínio público independe de autoriza-ção, e, portanto, não é considerada cri-me quando for destinada a manutenção de viveiro de avifauna nativa.

b) Abater um animal para proteger lavou-ra é um ato que independe de autoriza-ção.

c) Se um indivíduo, em estado de necessi-dade, abate um animal para saciar a sua fome, sua conduta não será considera-da crime.

d) O abate de animal, ainda que este seja considerado nocivo pelo órgão compe-tente, é considerado crime.

e) Os crimes contra a fauna praticados du-rante a noite, aos sábados e aos domin-gos aumentam as respectivas penas.

45. (96343) CESPE – 2004 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

É apresentada uma situação hipotética, se-guida de uma assertiva a ser julgada.

Bartolomeu, pessoa com baixo grau de ins-trução, foi preso em flagrante pela prática de ato definido como crime contra a fauna. Nessa situação, o baixo grau de instrução de Bartolomeu não exclui a sua culpabilidade, mas constitui circunstância que atenuaria a sua pena no caso de eventual condenação penal.

( ) Certo   ( ) Errado

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46. (96358) CESPE – 2007 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Assinale a opção correta no que se refere à tutela ambiental penal do meio ambiente.

a) Em razão da prática de crime ambien-tal, são aplicáveis às pessoas jurídicas, de forma isolada ou cumulativa, penas de multa, suspensão total ou parcial de atividades, interdição temporária, proi-bição de recebimento de subvenções ou subsídios, prestação de serviços à comunidade, independentemente da obrigação de reparar os prejuízos cau-sados.

b) Nos crimes ambientais, a aplicação de pena de multa decorrente de sentença transitada em julgado impede a comi-nação de multa por infração administra-tiva relativamente ao mesmo fato, em razão do princípio do non bis in idem.

c) Admite-se, na legislação brasileira, em caráter excepcional, a responsabilida-de penal objetiva da pessoa jurídica por crime ambiental, exigindo-se, para sua caracterização, a culpabilidade social da empresa.

d) Na hipótese de o diretor de uma em-presa determinar a seus empregados que utilizem veículos e instrumentos a ela pertencentes, em horário normal de expediente, para extraírem e transpor-tarem madeira de lei, sem autorização do órgão ambiental competente, des-tinada a construção particular daquele dirigente, fica caracterizada a respon-sabilidade penal da pessoa jurídica e da pessoa física.

47. (96345) CESPE – 2008 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Acerca das disposições expressas na legisla-ção ambiental, julgue o item a seguir

Considere que um fazendeiro, nos limites de sua propriedade rural, abata espécime da fauna silvestre brasileira sem autorização do órgão competente, visando proteger seu

rebanho da ação predatória do animal. Nes-sa situação, o fato é atípico, pois a legislação ambiental expressamente prevê essa exclu-dente.

( ) Certo   ( ) Errado

48. (96347) CESPE – 2008 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Acerca das disposições expressas na legisla-ção ambiental, julgue o item a seguir

Constitui crime cuja pena é de seis meses a um ano e multa, matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fauna sil-vestre, nativos ou em rota migratória, em desacordo com as prescrições legais per-tinentes. Assim, diante de uma ocorrên-cia policial dessa natureza e não havendo causas de aumento de pena, a autoridade policial competente deverá lavrar termo circunstanciado, em face da incidência de delito de menor potencial ofensivo.

( ) Certo   ( ) Errado

49. (96348) CESPE – 2008 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Acerca das disposições expressas na legisla-ção ambiental, julgue o item a seguir

A ação penal para todos os delitos previstos na lei que dispõe acerca das sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente é, ex-clusivamente, pública incondicionada.

( ) Certo   ( ) Errado

50. (96349) CESPE – 2002 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Acerca dos crimes contra o meio ambiente julgue o item a seguir

Considere a seguinte situação hipotética. Paulo, cortando clandestinamente várias madeiras de lei, promoveu um desmata-

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mento com queimada e cozimento de car-vão em mata localizada em sua propriedade rural, sem a devida autorização legal. Nessa situação, Paulo praticou crime contra a flora e deverá ser processado e julgado perante a justiça federal.

( ) Certo   ( ) Errado

51. (96350) CESPE – 2002 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Acerca dos crimes contra o meio ambiente julgue o item a seguir

Considere a seguinte situação hipotética. Sílvio e Henrique, representantes legais da sociedade comercial denominada Madeirei-ra Brasil Ltda., determinaram que os empre-gados da empresa cortassem árvores em uma floresta considerada de preservação permanente, sem autorização da autorida-de competente, para que as madeiras fos-sem posteriormente comercializadas. Nessa situação, a pessoa jurídica poderá ser res-ponsabilizada penalmente e, na hipótese de condenação, ser imposta pena de prestação de serviços à comunidade.

( ) Certo   ( ) Errado

52. (96351) CESPE – 2002 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Acerca dos crimes contra o meio ambiente julgue o item a seguir

Considere a seguinte situação hipotética. Em uma blitz, Tiago foi preso em flagrante por ter em cativeiro, para a venda, trinta ca-nários-da-terra. Nessa situação, e de acor-do com o atual entendimento do STJ, Tiago responderá por crime contra a fauna peran-te a justiça federal.

( ) Certo   ( ) Errado

53. (96352) CESPE – 2010 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Assinale a opção correta no que se refere à responsabilização penal em matéria am-biental.

a) Em caso de responsabilidade penal am-biental, não se aplica a pena de presta-ção social alternativa.

b) Uma madeireira sem licença ambiental que, com o conhecimento de seu repre-sentante legal, devaste a floresta na re-gião amazônica, para cumprir contrato de fornecimento de madeira a cliente, cometerá crime contra a flora, podendo ser responsabilizada com o pagamento de multa ou mesmo ser condenada a pena restritiva de direito.

c) Não caberá imputação de responsa-bilidade penal a estrangeiro residente em área ribeirinha nas imediações da cidade de Manaus que cometa crime de poluição tipificado na Lei de Crimes Ambientais.

d) Um residente de cidade marginal a um igarapé, afluente do rio Negro, preso portando espécimes de animais sel-vagens em extinção, aprisionados em gaiolas e prontos para serem transpor-tados para fora do território nacional, não pode alegar arrependimento como circunstância atenuante em seu favor.

e) A ação de proteção da floresta amazô-nica deve ser realizada de forma frag-mentada, conforme orientação consti-tucional.

54. (96353) CESPE – 2009 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Com relação à tutela penal do meio am-biente, julgue o item seguinte.

As pessoas físicas e as jurídicas estão sujei-tas às mesmas sanções penais decorrentes da prática de crime ambiental, quais sejam: penas privativas de liberdade, restritivas de direito e multas.

( ) Certo   ( ) Errado

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55. (96354) CESPE – 2009 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Com relação à tutela penal do meio am-biente, julgue o item seguinte.

A Lei de Crimes Ambientais prevê a suspen-são condicional da pena nos casos de con-denação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.

( ) Certo   ( ) Errado

56. (96355) CESPE – 2009 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Com relação à tutela penal do meio am-biente, julgue o item seguinte.

Elaborar, no licenciamento, estudo parcial-mente falso é crime que admite as modali-dades culposa e dolosa.

( ) Certo   ( ) Errado

57. (96356) CESPE – 2010 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Relativamente à tutela penal do meio am-biente, assinale a opção correta.

a) Não constitui crime o abate de animal quando realizado, entre outras hipóte-ses, em estado de necessidade, para sa-ciar a fome do agente ou de sua família.

b) Constitui crime matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécimes da fau-na silvestre sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. Tal proibição não alcança, entretanto, os espécimes em rota mi-gratória que não sejam nativos.

c) Comprovada a responsabilidade de pessoa jurídica na prática de crime am-biental, ficará automaticamente excluí-da a responsabilidade das pessoas físi-cas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato.

d) Os animais ilegalmente caçados que fo-rem apreendidos deverão ser libertados

em seu habitat, não podendo ser entre-gues a jardins zoológicos ou a entidades similares.

58. (96357) CESPE – 2009 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

De acordo com o que estabelece a legisla-ção de combate aos crimes ambientais,

a) é crime abusar de animais domésticos ou domesticados, maltratá-los bem como realizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.

b) é contravenção abusar de animais do-mésticos ou domesticados, maltratá-los bem como realizar experiência doloro-sa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, salvo quando estas experiências resultarem em benefícios para a espécie humana.

c) é crime a utilização, ainda que parcial, do carboidrato, natural ou genetica-mente modificado, na alimentação hu-mana e na engorda do gado de corte.

d) é crime inafiançável executar pesquisa, lavra ou extração de recursos minerais ainda que se disponha de competente autorização, permissão, concessão ou licença, quando a exploração econômi-ca de recursos ambientais não renová-veis exceder a três quintos da zona de extração das bacias hidrográficas.

59. (107371) FCC – 2013 – Responsabilidade Penal (Lei nº 9.605/98)

Em casos envolvendo crime ambiental de menor potencial ofensivo, a suspensão do processo

a) é providência necessária, que pode ser, a qualquer tempo, também condiciona-da à proibição de frequentar determi-nados lugares ou à proibição de ausen-tar-se da comarca sem autorização do juiz.

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b) não é cabível, excepcionando as regras da Lei nº 9.099/95.

c) é condicionada à prévia reparação do dano ambiental, apurada mediante lau-do de constatação.

d) poderá ser prorrogada sem tempo má-ximo de duração, enquanto não for re-parado o dano ambiental.

e) poderá ser deferida, mas a extinção da punibilidade depende da reparação do dano ambiental ou da comprovação de que o acusado tomou as providências necessárias à sua reparação integral..

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