direito para administradores vol.i

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Este livro inicia uma coleção, que totalizará três volumes, a qual pretende suprir as necessidades dos alunos que, normalmente, se queixam da dificuldade para compreender termos jurídicos encontrados na literatura especializada. A obra é especialmente direcionada aos estudantes que, embora não lidem diretamente com o direito, têm, sem dúvida, a necessidade de conhecer de uma maneira clara e objetiva a problemática jurídica que poderá surgir no desempenho de sua futura profissão. Com esse objetivo, os autores procuraram simplificar a linguagem utilizada, além de subdividir os temas de maneira a permitir que a disciplina seja assimilada de forma clara e objetiva.

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Page 1: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

finalidade da coleção Direito para Administradores é oferecer ao Aestudante de Administração e áreas afins um valioso material de

consulta e estudo para a melhor compreensão do Direito. O conteúdo foi

elaborado tendo em vista os programas da disciplina Direito nas univer-

sidades, evitando incluir temas jurídicos complexos e não necessários ao

futuro profissional que não terá o Direito como principal ferramenta de

trabalho.

A obra também serve como fonte de preparação das aulas para os pro-

fessores de Direito nos cursos de Administração e áreas afins, pois os

capítulos seguem uma seqüência lógica, facilitando a realização do pro-

grama e o aprendizado do aluno.

Direito para Administradores – Volume I, primeira obra da coleção,

divide-se em três partes: Introdução ao Direito, Direito Constitucional e

Direito Civil. Pode ser adotado no primeiro ano ou semestre da disciplina

Direito, e está atualizado de acordo com as alterações do Novo Código

Civil. A obra ainda apresenta, como apêndice, uma relação de sites para

maior aprofundamento na matéria.

Aplicações

Livro-texto para as disciplinas Introdução ao Direito, Direito Constitucio-

nal e Direito Civil, aplicadas nos cursos de Administração, Economia,

Ciências Contábeis, Comércio Exterior e outros ligados à área, no primei-

ro semestre ou no primeiro ano. Este livro destina-se também a egressos

de outras áreas que queiram ter um contato com o Direito nas referidas

disciplinas.

Administração EstratégicaMichael A. Hitt, R. Duane Ireland e

Robert E. Hoskisson

Comportamento Organizacional –O Impacto das EmoçõesEduardo Soto

Metodologia CientíficaAplicada ao DireitoSilvio Luiz de Oliveira

O Que É EstratégiaRichard Whittington

Organizações – Teoria e ProjetosRichard L. Daft

Teoria das Organizações –Evolução e CríticaFernando C. Prestes Motta

Teoria Geral da AdministraçãoFernando C. Prestes Motta e

Isabella F. Gouveia de Vasconcelos

Henrique Marcello dos Reis é

advogado da União, professor de

Direito na Universidade Metodista do

Estado de São Paulo – Umesp e na

Faculdade Associada de Cotia – FAAC.

É especializado em Direito Empresarial

e bacharel em Administração de

Empresas pela Universidade

Mackenzie. Mestrando em Direito das

Relações Econômicas Internacionais

pela PUC/SP, no ano de 2002 cursou

dois créditos em nível de mestrado em

Direito Internacional na UQÀM –

Université du Québec à Montréal,

no Canadá.

Claudia Nunes Pascon dos Reis é

advogada, professora de Direito

Internacional na Uniabc e de Direito

de Trabalho na Faculdade Associada

de Cotia – FAAC. Mestranda em

Direito das Relações Econômicas

Internacionais pela PUC/SP, no ano de

2002 cursou dois créditos em nível de

mestrado em Direito Internacional na

UQÀM – Université du Québec à

Montréal, no Canadá.

Para suas soluções de cursos e aprendizado, visitewww.cengage.com.br

ISBN 13 978-85-221-1023-0ISBN 10 85-221-1023-9

9 7 8 8 5 2 2 1 1 0 2 3 0

Page 2: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

Austrália • Brasil • Japão • Coréia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

DIREITO PARAADMINISTRADORES

VOLUME I

Introdução ao Direito - Direito Constitucional - Direito Civil

Henrique Marcello dos ReisClaudia Nunes Pascon

Page 3: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

Aos nossos pais,Alcides (in memoriam) e Alice,

Pedro e Myrna.

Aos nossos irmãos,Kelly,

Marcelo e Jaqueline.

Aos nossos sobrinhos,Manuella, Marcella,Sthefany, Rafaella,

Pedro Henrique e Pedro Paulo.

Aos nossos alunos,com os quais estamos sempre aprendendo.

Page 4: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

Prefácio.....................................................................................XVII

Primeira Parte – Introdução ao Direito........................................1

Capítulo 1 – Compreendendo o Direito........................................3Introdução...................................................................................31. Direito e Justiça.......................................................................62. Ciência da Argumentação......................................................13Conclusão..................................................................................17

Capítulo 2 – Classificações Doutrinárias....................................19Introdução.................................................................................191. Ramos do Direito...................................................................192.Direito Público/Privado.........................................................213. Autonomia da Vontade e Normas de OrdemPública (Direito Indisponível/Direito Disponível).................22

Capítulo 3 – Fontes do Direito.....................................................27Introdução.................................................................................271. Fontes do Direito...................................................................281.1. Lei.......................................................................................281.2. Costume.............................................................................291.3. Doutrina.......................................................................291.4. Jurisprudência....................................................................291.5. Analogia.............................................................................301.6. Eqüidade..........................................................................301.7. Princípios Gerais do Direito...............................................31

Sumário

Page 5: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

Capítulo 4 – A Sanção no Direito................................................33Introdução.................................................................................331. Sanção ...................................................................................33

Segunda Parte – Direito Constitucional.....................................37

Capítulo 5 – O Estado..................................................................39Introdução.................................................................................391. Estado ...................................................................................392. Constituição...........................................................................40

Capítulo 6 – O Estado Brasileiro.................................................43Introdução.................................................................................431. Artigo 11 da Constituição Federal..........................................431.1. Conceito de República........................................................441.2. Conceito de Federação.......................................................441.2.1. A Federação no Brasil......................................................461.2.2. O Papel dos Municípios...................................................471.3. O Estado Democrático de Direito.......................................481.4. A Soberania........................................................................501.5. A Cidadania .......................................................................501.6. A Dignidade da Pessoa Humana.........................................501.7. Livre Iniciativa...................................................................51

Capítulo 7 – Tripartição de Poderes............................................53Introdução.................................................................................541. Artigo 21 da Constituição Federal.........................................541.1. Conceito de Tripartição de Poderes....................................541.2. Histórico ............................................................................541.3. Independência e Harmonia entre os Poderes

(Sistema de Freios e Contrapesos).....................................552. O Poder Executivo.................................................................562.1. Regime de Governo............................................................57

Direito para Administradores – vol. IVIII

Page 6: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

2.1.1. Presidencialismo..............................................................572.1.2. Parlamentarismo..............................................................573. O Poder Judiciário.................................................................573.1. Estrutura do Poder Judiciário..............................................584. O Poder Legislativo...............................................................594.1. O Processo Legislativo.......................................................594.1.1. Emendas à Constituição...................................................614.1.2. Leis Complementares .....................................................614.1.3. Leis Ordinárias ................................................................614.1.4. Leis Delegadas. Decretos

Legislativos. Resoluções ................................................624.1.5.Medidas Provisórias ........................................................624.2. Sistema Bicameral..............................................................664.3. Leis .....................................................................................674.3.1. Hierarquia das Leis..........................................................674.3.2. Vigência das Leis.............................................................684.3.3. Momento em que a Lei não é mais Obrigatória...............694.3.4. Irretroatividade das Leis..................................................694.4. O Controle de Constitucionalidade das Leis

e Atos Normativos..............................................................70

Capítulo 8 – Os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais........73Introdução.................................................................................741. As Políticas Impostas pelo FMI1 Dificultam ouImpedem o Acesso pela População Brasileira aosDireitos Estabelecidos no PIDESC2?.........................................752. As Barreiras Internacionais Impostas ao Brasilem Relação ao Comércio Agrícola Dificultam ouImpedem o Acesso pela População Brasileira aosDireitos Estabelecidos no PIDESC?.........................................76

Sumário IX

1 Fundo Monetário Internacional.2 Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

Page 7: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

3. Os Direitos Estabelecidos no PIDESC São, doPonto de Vista Econômico, Acessíveis a Todos?......................784. Os Direitos Estabelecidos no PIDESC São, doPonto de Vista Geográfico, Acessíveis a Todos?.......................795. Existem Disposições Constitucionais e/ou LegislativasDestinadas a Conferir os Direitos Econômicos, Sociaise Culturais a Todas as Pessoas? ................................................816. Os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais SãoProtegidos por Mecanismos JudiciáriosIndependentes e Acessíveis? .....................................................837. A Economia Brasileira Permite que Grande Parte daPopulação Tenha um Nível de Vida SuficientementeBom e, Assim, Usufrua de Forma Plena seusDireitos Econômicos, Sociais e Culturais? ...............................85

Capítulo 9 – Os Direitos Civis e Políticos...................................89Introdução.................................................................................891. Artigo 51 da Constituição Federal..........................................90

Terceira Parte – Direito Civil....................................................121

Capítulo 10 – Parte Geral do Direito Civil...............................123Introdução...............................................................................1241. Pessoa Natural .....................................................................1241.1. Conceito...........................................................................1241.2. Nascituro ..........................................................................1251.3. Capacidade de Direito e de Fato.......................................1261.4. Término da Existência da Pessoa Natural.........................1281.5. Nome ...............................................................................1291.6. Direitos da Personalidade.................................................1302. Pessoa Jurídica.....................................................................1322.1. Requisitos e Caracterização da Pessoa Jurídica................132

Direito para Administradores – vol. IX

Page 8: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

2.2. Natureza da Pessoa Jurídica.............................................1322.3. Capacidade e Representação da Pessoa Jurídica...............1332.4. Classificação das Pessoas Jurídicas..................................1352.4.1. Sociedades eAssociações..............................................1352.4.2. Fundações .....................................................................1392.4.3. Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas ....1403. Fatos Jurídicos ....................................................................1423.1. Conceito...........................................................................1423.2. Requisitos de Validade dos Negócios Jurídicos................1433.3. Defeitos dos Negócios Jurídicos......................................1453.4. Invalidade dos Negócios Jurídicos....................................1493.5. Requisitos de Validade, Defeitos e

Invalidade dos Atos Jurídicos Lícitos...............................1524. Prescrição e Decadência......................................................1524.1. Conceito...........................................................................1524.2. Diferenças........................................................................1524.3. Alterações do Novo Código Civil.....................................1535. Bens.....................................................................................1555.1. Conceito...........................................................................1555.2. Classificação....................................................................1565.3. Novo Código Civil............................................................157

Capítulo 11 – Direito das Obrigações.......................................163Introdução...............................................................................1641. Obrigação de Dar Coisa Certa.............................................1642. Obrigação de Dar Coisa Incerta...........................................1653. Obrigação de Fazer..............................................................1674. Obrigação de Dar e de Fazer................................................1675. Obrigação de Não Fazer.......................................................1686. Demais Classificações das Obrigações................................1706.1. ObrigaçõesAlternativas....................................................1706.2. Obrigações Divisíveis.......................................................170

Sumário XI

Page 9: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

6.3. Obrigações Indivisíveis....................................................1706.4. Obrigações Solidárias ......................................................1717. Efeitos e Extinção das Obrigações.......................................1727.1. Modos de Extinção das Obrigações..................................1748. Fontes Geradoras das Obrigações........................................1758.1. Contratos..........................................................................1768.1.1. Formação dos Contratos................................................1778.1.2. Extinção dos Contratos..................................................1808.1.3. Algumas Espécies Contratuais......................................1818.1.3.1. Compra e Venda .........................................................1818.1.3.2. Mandato.....................................................................1838.1.3.3.Alienação Fiduciária em Garantia...............................1848.1.3.4. Fiança.........................................................................1868.1.3.5. Sociedade...................................................................1868.2. Declarações Unilaterais deVontade..................................1888.3. Atos Ilícitos.......................................................................1888.3.1. Responsabilidade Civil .................................................1888.3.2. Culpa como Fundamento da

Responsabilidade Civil .................................................1908.3.3. Responsabilidade sem Culpa ........................................1928.3.4. Dano..............................................................................1938.3.4.1. Dano Patrimonial .......................................................1958.3.4.2. Dano Moral.................................................................1978.4. Outras Causas do Código Civil.........................................198

Capítulo 12 – Direito das Coisas................................................199Introdução...............................................................................2001. Posse ...................................................................................2001.1. Classificação da Posse......................................................2021.2. Aquisição e Perda da Posse...............................................2031.3. Os Efeitos da Posse...........................................................2031.4. Defesa da Posse................................................................208

Direito para Administradores – vol. IXII

Page 10: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

2. Direitos Reais......................................................................2092.1. Propriedade......................................................................2102.1.1.A Aquisição da Propriedade...........................................2122.1.1.1. Aquisição da Propriedade Imóvel...............................2122.1.1.2. Aquisição da Propriedade Móvel................................2172.1.2. A Perda da Propriedade.................................................2182.1.3. A Propriedade Fiduciária...............................................2182.2. Direito do Promitente Comprador do Imóvel...................2202.3. Direitos Reais Sobre Coisas Alheias ................................2212.3.1. Direitos Reais de Gozo ou Fruição................................2212.3.1.1. A Superfície ...............................................................2212.3.1.2. As Servidões...............................................................2232.3.1.3. Usufruto......................................................................2242.3.1.4. Uso.............................................................................2262.3.1.5. A Habitação................................................................2272.3.2. Direitos Reais de Garantia.............................................2272.3.2.1. Penhor........................................................................2272.3.2.2. Hipoteca.....................................................................2292.3.2.3. Anticrese....................................................................232

Capítulo 13 – Direito de Família...............................................233Introdução...............................................................................2331. Casamento...........................................................................2351.1. Formalidades do Casamento.............................................2351.2. Impedimentos Matrimoniais.............................................2361.3. Celebração do Casamento................................................2391.4. Invalidade do Casamento..................................................2391.5. Eficácia do Casamento.....................................................2441.6. Regime de Bens entre os Cônjuges...................................2451.7. Dissolução da Sociedade e do Vínculo Conjugal.............2471.7.1. Separação Judicial.........................................................2481.7.1.1. Separação de Corpos..................................................251

Sumário XIII

Page 11: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

1.7.2. Divórcio........................................................................2521.7.2.1. Divórcio por Conversão..............................................2531.7.2.2. Divórcio Direto...........................................................2542. Proteção da Pessoa dos Filhos.............................................2543. União Estável.......................................................................2564. Parentesco...........................................................................2584.1. Vínculo por Parentesco.....................................................2584.2. Vínculo Conjugal..............................................................2584.3. Vínculo porAfinidade.......................................................2594.4. Graus de Parentesco..........................................................2595. Filiação ...............................................................................2596. Alimentos............................................................................260

Capítulo 14 – Direito das Sucessões..........................................265Introdução...............................................................................2661. Herdeiros.............................................................................2662. Aceitação e Renúncia da Herança........................................2663. Herança Jacente e Herança Vacante.....................................2674. Herança e Legado................................................................2685. Legítima e Porção Disponível..............................................2686. Ordem de Vocação Hereditária............................................2687. Cônjuge Sobrevivente..........................................................2708. Companheiro ou Companheira ...........................................2719. Direito de Representação.....................................................27210. Testamentos ......................................................................27210.1. Capacidade para Fazer Testamento................................27210.2. Testamento Público.........................................................27310.3. Testamento Cerrado........................................................27310.4. Testamento Particular.....................................................27310.5. Testamentos Especiais ....................................................27310.6. Registro, Arquivamento e Cumprimento

do Testamento.................................................................273

Direito para Administradores – vol. IXIV

Page 12: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

10.7. Cláusulas Restritivas.......................................................27410.8. Revogação do Testamento..............................................27410.9. Rompimento do Testamento...........................................27411. Legado ..............................................................................27512. Exclusão por Indignidade..................................................27513. Deserdação........................................................................27614. Colação.............................................................................27615. Sonegados.........................................................................27616. Pagamento das Dívidas......................................................27617. Nulidade da Partilha..........................................................276

Apêndice – Relação de Sites para Pesquisas Jurídicas................277

Referências Bibliográficas.........................................................279

Sumário XV

Page 13: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

Aidéia de escrevermos esta coleção intitulada Direito paraAdministradores, que será constituída por três volumes, surgiu

com a experiência adquirida com nossos alunos, os quais normal-mente se queixam da dificuldade de compreensão dos termos jurídi-cos encontrados na literatura especializada.

É compreensível a existência de tal dificuldade entre os alunos,pois normalmente aqueles que cursam administração, economia,contabilidade, marketing, enfim, áreas nas quais o estudo do direitonão é o objetivo principal, têm o contato com a disciplina somenteuma vez por semana.

Além disso, determinados temas jurídicos são muito específicos aalunos de direito e, por conseqüência, se tornam sobremaneira com-plexos aos alunos de outras áreas.

Neste contexto, esta obra é especificamente direcionada aos estu-dantes das áreas nas quais o ensino do direito não é a finalidadeprincipal.

Com esse objetivo, procuramos, na medida do possível, e embo-ra atentos a não desvirtuar o entendimento de conceitos jurídicos jáenraizados, simplificar a linguagem utilizada, além de subdividir ostemas de maneira que a disciplina seja assimilada de forma clarae objetiva.

Ademais, a divisão da obra em três volumes (vol. I – Introduçãoao Direito, Direito Constitucional e Direito Civil; vol. II – DireitoComercial, Direito do Consumidor e Direito Internacional; e vol. III

Prefácio

Page 14: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

– Direito Tributário e Direito do Trabalho) tem por finalidademaxi-mizar a utilização de cada um deles, levando-se em conta aseqüência lógica das grades curriculares existentes. Com efeito, ostemas foram dosados visando à plena utilização do volume duranteo semestre ou o ano em que sejam ministradas as matérias corres-pondentes.

Ainda, com a finalidade de facilitar o ensino pelo professor e oaprendizado do aluno, a obra trará em seu bojo os diplomas legaisprincipais e correlacionados com a matéria ministrada, procuran-do-se evitar, com isso, a aquisição concomitante de códigos.

Enfim, esta coleção é especificamente direcionada aos estudantesque, embora não lidem diretamente com o Direito, têm, sem dúvi-da nenhuma, a necessidade de conhecer de uma maneira clara eobjetiva a problemática jurídica que poderá enfrentar durante odesempenho de sua futura profissão.

Direito para Administradores – vol. I XVIII

Page 15: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

Primeira Parte

Introdução ao Direito

Page 16: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

OBJETIVOO objetivo deste capítulo introdutório é demonstrar aoleitor o que vem a ser o direito, de uma perspectiva quelhe permita compreender essa ciência humana não só comoum conjunto de leis, mas fundamentalmente adstrita àfinalidade de se fazer justiça, em busca de uma melhorqualidade das relações sociais.

Introdução. 1. Direito e Justiça. 2. Ciência da Argu-mentação. Conclusão.

INTRODUÇÃO

O direito é uma ciência humana, não meramente técnica. Conhecere dominar o direito não se resume ao conhecimento das normas,dos ordenamentos jurídicos. Aplicar o direito não depende apenasda observância das leis. O direito deve ir além, para praticar Justiça.Contudo, o direito só pode existir em função do homem.O homem é um ser gregário por natureza, é um ser eminente-

mente social, não só pelo instituto social, mas também por força desua inteligência que lhe demonstra que é melhor viver em sociedadepara atingir seus objetivos. O homem é essencialmente coexistência,pois não existe apenas, mas coexiste, isto é, vive necessariamente emcompanhia de outros homens. Com isso, espontânea e até incons-

Capítulo 1

Compreendendoo Direito

Page 17: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

cientemente, é levado a formar grupos sociais: família, escola, associ-ação esportiva, recreativa, cultural, religiosa, profissional, sociedadeagrícola, mercantil, industrial, grêmio, partido político etc.Em virtude disso, os indivíduos estabelecem entre si relações de

coordenação, subordinação, integração e delimitação, relações essasque não se dão sem o concomitante aparecimento de normas deorganização de conduta social.A norma jurídica pertence à vida social, pois tudo o que há na

sociedade é suscetível de revestir a forma da normatividade jurídica.Há, porém, uma nítida relação entre norma e poder. O poder é

elemento essencial no processo de criação da norma jurídica. Issoporque toda norma de direito envolve uma opção, uma decisão porum caminho dentre muitos caminhos possíveis. É evidente que anorma jurídica surge de um ato decisório do poder político (consti-tuinte, legislativo, judiciário, executivo, comunitário ou coletivo eindividual).À vista do exposto, poderemos dizer que o direito positivo é o

conjunto de normas estabelecidas pelo poder político, que seimpõem e regulam a vida social de um determinado povo em deter-minada época.Um conceito fundamental de estudo lógico do direito reside no

dever-ser. O dever-ser é tomado como mero conceito relacional:serve para relacionar termos sujeitos da proposição jurídica. Nãoexprime nenhuma categoria metafísica, mas é o conceito geral rela-cionante que dá conta do que é comum aos modos de proibir, obri-gar e permitir comportamentos humanos. A proibição, a obrigação e apermissão são modalidades de dever-ser. Não “são”, mas devem-ser.Não ocorrem como meros fatos governados pela causalidade, masdevem ocorrer.Outras características do sistema do direito positivo, como eficá-

cia, ineficácia, justiça, injustiça, são características de sistemas cujafunção não é conhecer o comportamento social mas prescrever como

Direito para Administradores – vol. I4

Page 18: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

deve ser tal comportamento para realizar os valores da ordem, dajustiça, da solidariedade etc.A experiência jurídica integral levará em conta todos os aspectos

constituintes do dado: o lógico nos enunciados, o empírico nosdados-de-fato, valorativamente selecionados da realidade física esocial (que, por si, se qualifica juridicamente, ou se torna juridica-mente relevante).O sistema do direito positivo não pode equiparar-se a um sistema

científico em suas propriedades formais: a) há conflitos contra-ditórios de enunciados normativos; b) apesar de contraditórios, osenunciados são válidos no sistema (produzem efeitos na ordem docomportamento humano), enquanto o sistema não indica os meiosde eliminar as antinomias; c) a função específica do sistema jurídi-co é orientar o processo social do comportamento no sentido daordenação justa, e não a de descrever ou conhecer (em juízos-de-realidade) como de fato ocorre o comportamento inter-humano;d) a interpretação, que é ato de conhecer o direito positivo, comoconjunto de expressões de significado normativo, não se exaure ematos lógicos; e) as vias lógicas que tomam a interpretação são recur-sos comprometidos com valorações (e ideologias) e não puras for-mas do argumento formalmente válidas; f) assim, por exemplo, naanalogia, valora-se o semelhante em função do valor justiça – tratarigualmente o análogo; há, enfim, um condicionamento sociológiconas teses filosóficas que estão na base das teses lógicas.Portanto, é mediante normas que o direito pretende obter o equilí-

brio social, impedindo a desordem e os delitos, procurando proteger asaúde e a moral pública, resguardando os direitos e a liberdade das pessoas.Logo, os elementos do direito – fato, valor e norma – coexistem

em uma unidade concreta. Para melhor elucidar tal questão, é imperativo a citação do exem-

plo dado por Miguel Reale, em Lições Preliminares de Direito(Bushatsky, 1973, p. 66):

Compreendendo o Direito 5

Page 19: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

“Ao se interpretar a norma que prevê o pagamento deletra de câmbio na data de seu vencimento, sob pena doprotesto do título e de sua cobrança, goza o credor, desdelogo, do privilégio de promover a execução do crédito.De modo que, se há um débito cambiário deve ser pago,e, se não for quitada a dívida deverá haver uma sanção.Como se vê, a norma de direito cambial representa umadisposição legal que se baseia num fato de ordemeconômica (o fato de, na época moderna, as necessi-dades do comércio terem exigido formas adequadas derelação) e que visa a assegurar um valor, o valor docrédito, a vantagem de um pronto pagamento como baseno que é formalmente declarado na letra de câmbio”.

Tem-se um fato econômico que se liga a um valor de garantiapara se expressar por meio de uma norma legal que atende àsrelações que devem existir entre aqueles dois elementos.Com isso, poderemos definir o direito como uma ordenação hete-

rônoma das relações sociais, baseada em uma integração normativade fatos e valores.

1. DIREITO E JUSTIÇA

Ab initio, ressalte-se que, para o pensamento romano, a justiça é aconstante e perpétua vontade de atribuir a cada um o seu direito.Porém o romano, ao definir a justiça desta maneira, na verdade, nãodefine a justiça. Ele pressupõe a definição de justiça, uma definiçãoque possuía, mas que não formulou. A justiça é uma situação presente sempre que houver um esforço

do homem em busca de sua perfeição. Mesmo que caiam todas asteorias sobre a justiça, ela permanecerá como uma necessidade doser humano.

Direito para Administradores – vol. I6

Page 20: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

Não obstante, não tenha formulado bem a idéia de justiça, o povoromano, de espírito prático exemplar, lançou-se à aventura de viver,de traduzir no comportamento sua forma de vê-la. Contudo, salien-te-se que o comportamento constante e permanente do homem nãose esgota na virtude, podendo mesmo ser imoral ou criminoso.A virtude é expressão do comportamento ético, que corresponde

ao agir do homem em conformidade com os fins de sua natureza. Ajustiça é decorrentemente virtude, mas não essencialmente virtude,como pareceu aos romanos. Só vai ser virtude em um segundomomento, quando, de posse da idéia de justiça, apreciamos umcomportamento para qualificá-lo como justo. O justo, por sua vez,supõe a visão desse mesmo homem inserido no complexo derelações com os demais seres da mesma natureza. Ademais, a definição romana é individualista, limita-se a um ego

e a um alter, sem qualquer referência ao nós, ao espírito de comu-nidade, à consciência social. Caracteriza o modus vivendi entre doisegoísmos que se defrontam e se limitam em sua espontaneidade, quedialogam para não se destruírem. A relação de justiça só pode serrevelada quando se constate que essa relação está de acordo com obem comum. É a abertura para o social, que não está presente nadefinição romana, na qual inexiste qualquer caráter de projeçãofinalística, qualquer receptividade a fins. O romano definiu a justiça como um ter – o homem tem justiça

no seu comportamento sempre que age segundo sua vontade dedar a cada um o que é seu. Mas, para que tenhamos um conceitode justiça, devemos dizer o que ela é. Expliquemo-nos: devemosconceituar não o ter justiça mas o ser justiça e isso os romanos nãofizeram. O comportamento do homem pode ser justo, embora elenão esteja se comportando segundo uma vontade constante e per-pétua, mas motivado pela vontade inconstante temporária deescapar ao castigo, à força de alguém mais forte do que ele. Quandoo ladrão devolve ao seu dono o objeto que roubou, obrigado pela

Compreendendo o Direito 7

Page 21: DIREITO PARA ADMINISTRADORES VOL.I

polícia, realiza um comportamento justo; há justiça em seu com-portamento, embora não na sua vontade. Isso porque a justiça nãoé apenas virtude.Apesar da presença da definição romana, a vivência da justiça

não se apresentava como uma decorrência dela. A justiça, comovisto, era considerada virtude, no entanto não a possuíam ospróprios legisladores no momento em que permitiam a escravidão,no instante em que a pessoa era tratada como coisa, como realidadeanimal, ou em que o homem era considerado instrumento paraoutro homem.Havia criminosa discordância entre o que se doutrinava e o que se

vivia. Doutrinava-se a justiça como sendo magnífica virtude quelevava o homem a dar o seu bem ao outro, mas não se reconhecia, nomesmo momento, o direito do escravo à propriedade, à garantia dovínculo que o prendia a sua mulher, à liberdade. Esses poderes de açãofundamentais eram desconhecidos e negados. Sobre eles se tripudia-va, mesmo ensinando que a Justiça era uma virtude, um esplêndidohábito moral. Não se vivia como se pensava e essa ruptura entredoutrina e ação expressava uma situação de indigência humana.Para entendermos o direito, devemos compreender o valor justiça

e a compreensão do valor justiça supõe a compreensão da açãohumana. E, se o habitat da justiça é a ação humana, esta só poderáser compreendida dentro de uma compreensão integral, total, davida humana, intimamente relacionada com a totalidade cultural. À luz de um conceito bem formulado de justiça, os institutos

jurídicos se iluminam, sistematizam e organizam, o que lhes dá me-lhores condições de praticabilidade. As normas que se inserem comêxito no tecido das relações humanas, que oferecem condições óti-mas de praticabilidade, são aquelas que trazem em seu conteúdo ovalor justiça. Conhecemos muitas normas que caducaram, fulmi-nadas pelo desuso, porque lhes faltou sedimentação na consciênciajurídica da sociedade. Para que a normatividade ingresse nos quadros

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da vida social eficazmente, deve estar modelada de maneira quepossa dar atendimento adequado às exigências de convívio.Carentes de uma filosofia da pessoa humana, os romanos não

eram capazes de elaborar uma conceituação do bem comum e a limi-tação à utilidade, aplicada à configuração de uma relação jurídica, deuma relação entre pessoas, pode ser um elemento de estrangula-mento, de asfixia, de aprisionamento da pessoa. O útil pode ser bom,como o bom pode ser útil, mas não há uma correlação entre eles. Oútil e o bom nem sempre coincidem. O fazer o bem é sempre útil aohomem mas nem todo útil é bom. O que se apresenta como útilpode ser prejudicial às exigências totais do ser humano.Reproduzindo um exemplo já encontrado em Platão: se Titus dá aTulius, como empréstimo ou depósito, uma faca, deve restituí-la nomomento combinado. Entretanto, se Titus quiser a faca para assas-sinar Caius, Tulius deverá negar-se à devolução, recusar o seu a seudono, para preservar a utilidade comum. Diminui-se por certo oindividualismo. Porém, quantas vezes as exigências da cupidezhumana, do interesse egoístico, conflitam com os valores éticos!

Então, o que é a justiça enquanto dela buscamos um conceito?

Para isto, deve-se partir de dois conceitos de justiça que mutua-mente se completam: a) a justiça é uma relação interpessoal quese revela conforme os fins da vida, enquanto a vida é convívio;b) a justiça é a conformidade de uma relação interpessoal com obem comum.A questão da justiça nunca se coloca na realidade de um só

homem, mas apenas quando um eu está em face de outro eu. Se odireito condena a prostituição, o suicídio ou a automutilação, isso nãosignifica a existência de uma justiça referida ao indivíduo isolada-mente. Ocorre que, quando o indivíduo pratica um desses atos, o fazem um contexto social, como parte de um todo, e, nessa condição,seu comportamento transviado afeta negativamente os demais.

Compreendendo o Direito 9

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finalidade da coleção Direito para Administradores é oferecer ao Aestudante de Administração e áreas afins um valioso material de

consulta e estudo para a melhor compreensão do Direito. O conteúdo foi

elaborado tendo em vista os programas da disciplina Direito nas univer-

sidades, evitando incluir temas jurídicos complexos e não necessários ao

futuro profissional que não terá o Direito como principal ferramenta de

trabalho.

A obra também serve como fonte de preparação das aulas para os pro-

fessores de Direito nos cursos de Administração e áreas afins, pois os

capítulos seguem uma seqüência lógica, facilitando a realização do pro-

grama e o aprendizado do aluno.

Direito para Administradores – Volume I, primeira obra da coleção,

divide-se em três partes: Introdução ao Direito, Direito Constitucional e

Direito Civil. Pode ser adotado no primeiro ano ou semestre da disciplina

Direito, e está atualizado de acordo com as alterações do Novo Código

Civil. A obra ainda apresenta, como apêndice, uma relação de sites para

maior aprofundamento na matéria.

Aplicações

Livro-texto para as disciplinas Introdução ao Direito, Direito Constitucio-

nal e Direito Civil, aplicadas nos cursos de Administração, Economia,

Ciências Contábeis, Comércio Exterior e outros ligados à área, no primei-

ro semestre ou no primeiro ano. Este livro destina-se também a egressos

de outras áreas que queiram ter um contato com o Direito nas referidas

disciplinas.

Administração EstratégicaMichael A. Hitt, R. Duane Ireland e

Robert E. Hoskisson

Comportamento Organizacional –O Impacto das EmoçõesEduardo Soto

Metodologia CientíficaAplicada ao DireitoSilvio Luiz de Oliveira

O Que É EstratégiaRichard Whittington

Organizações – Teoria e ProjetosRichard L. Daft

Teoria das Organizações –Evolução e CríticaFernando C. Prestes Motta

Teoria Geral da AdministraçãoFernando C. Prestes Motta e

Isabella F. Gouveia de Vasconcelos

Henrique Marcello dos Reis é

advogado da União, professor de

Direito na Universidade Metodista do

Estado de São Paulo – Umesp e na

Faculdade Associada de Cotia – FAAC.

É especializado em Direito Empresarial

e bacharel em Administração de

Empresas pela Universidade

Mackenzie. Mestrando em Direito das

Relações Econômicas Internacionais

pela PUC/SP, no ano de 2002 cursou

dois créditos em nível de mestrado em

Direito Internacional na UQÀM –

Université du Québec à Montréal,

no Canadá.

Claudia Nunes Pascon dos Reis é

advogada, professora de Direito

Internacional na Uniabc e de Direito

de Trabalho na Faculdade Associada

de Cotia – FAAC. Mestranda em

Direito das Relações Econômicas

Internacionais pela PUC/SP, no ano de

2002 cursou dois créditos em nível de

mestrado em Direito Internacional na

UQÀM – Université du Québec à

Montréal, no Canadá.

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ISBN 13 978-85-221-1023-0ISBN 10 85-221-1023-9

9 7 8 8 5 2 2 1 1 0 2 3 0