direito do trabalho aula 4

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  • 8/14/2019 Direito Do Trabalho Aula 4

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    DIREITO DO TRABALHODIREITO DO TRABALHOaula 4aula 4

    Vilma Maria de LimaVilma Maria de Lima

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    pr az o de d ur a o do c ontrator az o de d ur a o do c ontrato contr ato p or prazo inde ter min ad o: a regr a.ontr ato p or prazo inde ter min ad o: a regr a.

    Sem ter mo pa ra su a ce ssa oem ter mo pa ra su a ce ssa o contr ato p or prazo det er mi nad o: co m t rmin oontr ato p or prazo det er mi nad o: co m t rmin opr ev is to qu and o de su a cele br a o.r ev is to qu and o de su a cele br a o.Condiesondies :: - atividade de carter transitrio- atividade de carter transitrio- prazo mximo de durao:- prazo mximo de durao: 2 anosanos (CLT,(CLT,

    art. 445)art. 445)- prorrogao: admite-se por 1 vez- prorrogao: admite-se por 1 vez- para celebrar contrato a prazo com o- para celebrar contrato a prazo com o

    mesmo empregado necessrio intervalo mnimo demesmo empregado necessrio intervalo mnimo de6 meses (CLT, art. 452)6 meses (CLT, art. 452)

    - em caso de despedida sem justa causa,- em caso de despedida sem justa causa,empregado tem direito a metade dos salrios a queempregado tem direito a metade dos salrios a queteria direito pelo tempo que faltar ao trmino doteria direito pelo tempo que faltar ao trmino docontrato (CLT, art. 479)contrato (CLT, art. 479)

    -- Co ntrat o de Exp er in ciao ntrat o de Exp er in cia : espcie de c.: espcie de c.prazo determinado.prazo determinado. Prazo du rao : at 90 dia srazo du rao : at 90 dia s ..

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    SU SPE NS O E IN TE RR UP O DOU SPE NS O E IN TE RR UP O DOCONTRA TO DE TRA BALH OONTRA TO DE TRA BALH O

    So as paralisaes do contrato de trabalho, ou melhor dizendo , a suspenso doSo as paralisaes do contrato de trabalho, ou melhor dizendo , a suspenso dotrabalho, da execuo. Esto previstas nos artigos 471 a 476 da CLT. Em ambas otrabalho, da execuo. Esto previstas nos artigos 471 a 476 da CLT. Em ambas ocontrato de trabalho continua vigente.contrato de trabalho continua vigente.

    DIFERE N A EN TRE SUS PENS O E IN TERRUP OIFERE N A EN TRE SUS PENS O E IN TERRUP OSuspen so:uspen so: paralisao provisria e total da execuo do contrato de trabalho. Oparalisao provisria e total da execuo do contrato de trabalho. Oempregado no tem o dever de prestar os servios e tampouco o empregador tem oempregado no tem o dever de prestar os servios e tampouco o empregador tem o

    dever de pagar salrios ( mantido o vnculo). No computado como tempo dedever de pagar salrios ( mantido o vnculo). No computado como tempo deservio.servio.Na suspenso o empregado no trabalha temporariamente e nenhum efeito Na suspenso o empregado no trabalha temporariamente e nenhum efeito

    produzido em seu contrato.produzido em seu contrato.Suspende-se as obrigaes trabalhistas e direitos. O contrato existe = mas no seusSuspende-se as obrigaes trabalhistas e direitos. O contrato existe = mas no seus

    efeitosefeitosEX: Suspenso disciplinar, participao pacfica em greveEX: Suspenso disciplinar, participao pacfica em greve

    Interrupo:nterrupo: a paralisao provisria e parcial da execuo do contrato de a paralisao provisria e parcial da execuo do contrato detrabalho. O empregado tambm no tem o dever de prestar os servios, mas otrabalho. O empregado tambm no tem o dever de prestar os servios, mas oempregador obrigado a pagar os salrios. computado como tempo de servio.empregador obrigado a pagar os salrios. computado como tempo de servio.

    Na interrupo o empregado no trabalha temporariamente, mas existem efeitos emNa interrupo o empregado no trabalha temporariamente, mas existem efeitos emseu contrato. O contrato existe = seus efeitos tambm.seu contrato. O contrato existe = seus efeitos tambm.

    EX: licena remunerada (o empregador paga salrios e o tempo de servio EX: licena remunerada (o empregador paga salrios e o tempo de servio computado).computado).

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    EFEITOS DA SUSPENSO EFEITOS DA SUSPENSO EINTERRUPONTERRUPO(artigo 471 da CLT) - o empregado ter direito a todas as vantagens(artigo 471 da CLT) - o empregado ter direito a todas as vantagens

    que, em sua ausncia, tenham sido atribudas categoria queque, em sua ausncia, tenham sido atribudas categoria quepertencia na empresa.pertencia na empresa.

    SUSPENSO:SUSPENSO:

    4.4. garantia de retorno ao cargo anteriormente ocupado;garantia de retorno ao cargo anteriormente ocupado;5.5. garantia do patamar salarial e de direitos alcanados;garantia do patamar salarial e de direitos alcanados;6.6. impossibilidade de dispensa imotivadaimpossibilidade de dispensa imotivada

    exceto em casos de justa causa e que a falta tenha ocorrido noexceto em casos de justa causa e que a falta tenha ocorrido noprprio perodo da suspenso do pacto laboral.prprio perodo da suspenso do pacto laboral.

    Se a falta ocorreu antes, e somente durante a suspenso que foiSe a falta ocorreu antes, e somente durante a suspenso que foi

    administrativamente apurada, o empregador s pode dispensar aps oadministrativamente apurada, o empregador s pode dispensar aps ofim da causa suspensiva.fim da causa suspensiva.7.7. prazo para retorno aps a suspenso = imediatamente aps aprazo para retorno aps a suspenso = imediatamente aps a

    suspenso sob pena de abandono de emprego (art. 482, I da CLT),suspenso sob pena de abandono de emprego (art. 482, I da CLT),ou at 30 dias depois da suspenso (enunciado 32 TST e art. 472,ou at 30 dias depois da suspenso (enunciado 32 TST e art. 472, 1 CLT). 1 CLT).

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    EFEITOS DA SUSPENSO EFEITOS DA SUSPENSO EINTERRUPONTERRUPOINTERRUPO:INTERRUPO:2.2. garantia de retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 471 dagarantia de retorno ao cargo anteriormente ocupado (art. 471 da

    CLT);CLT);3.3. garantia do patamar salarial e de direitos alcanados;garantia do patamar salarial e de direitos alcanados;4.4. impossibilidade de dispensa imotivadaimpossibilidade de dispensa imotivada

    Se a falta ocorreu antes, e somente durante a interrupo que foiSe a falta ocorreu antes, e somente durante a interrupo que foiadministrativamente apurada, o empregador tem que aguardar oadministrativamente apurada, o empregador tem que aguardar otrabalhador retornar , para efetivar a resciso por justa causa.trabalhador retornar , para efetivar a resciso por justa causa.

    prazo para retorno aps a interrupo = imediato. (no podeprazo para retorno aps a interrupo = imediato. (no podeaplicar o prazo de 30 dias, pois o empregador est remunerando oaplicar o prazo de 30 dias, pois o empregador est remunerando otrabalhador).trabalhador).

    Dis pensa do empr egad o:is pensa do empr egad o: a legislao no estabelece se podea legislao no estabelece se podeou no ser dispensado durante a suspenso ou interrupo doou no ser dispensado durante a suspenso ou interrupo docontrato de trabalho. Poder dispensar desde que efetue ocontrato de trabalho. Poder dispensar desde que efetue opagamento das vantagens do perodo. A jurisprudncia entendepagamento das vantagens do perodo. A jurisprudncia entendeque se o contrato de trabalho estiver suspenso a dispensa no podeque se o contrato de trabalho estiver suspenso a dispensa no podeser efetivada.ser efetivada.

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    Hi pt eses d e sus pens o e in terr up o:i pt eses d e sus pens o e in terr up o: 1. Ab or to (art . 395 da CL T). Ab or to (art . 395 da CL T)Int errup ont errup o do contrato e a empregada tm direito a duas semanas de descanso. O pagamento do contrato e a empregada tm direito a duas semanas de descanso. O pagamento

    feito pela previdncia social e o tempo computado para todos os efeitos legais. Em caso defeito pela previdncia social e o tempo computado para todos os efeitos legais. Em caso deaborto criminoso, suspenso do contrato de trabalho, pois no receber pelos dias afastadosaborto criminoso, suspenso do contrato de trabalho, pois no receber pelos dias afastadose o tempo de servio no computado.e o tempo de servio no computado.

    2. Au x lio -d oen a e Ac ide nt e d e t rab alho (lei 82 13/9 1 e art . 476 da CL T). Au x lio -d oen a e Ac ide nt e d e t rab alho (lei 82 13/9 1 e art . 476 da CL T)Os primeiros quinze dias de afastamento so hipteses deOs primeiros quinze dias de afastamento so hipteses de int err up oint err up o . A partir do 16 dia de. A partir do 16 dia de

    afastamento os benefcios so pagos pela previdncia social, e o tempoafastamento os benefcios so pagos pela previdncia social, e o tempo computado para com

    putado paraefeitos de friasefeitos de frias (art.131, III, da CLT).(art.131, III, da CLT).

    Caso o perodo de afastamento forCaso o perodo de afastamento for superi or a seis meses , e mb ora d escont nuo s, haver aup eri or a seis meses , e mb ora d escont nuo s, haver asusp ensousp enso tpica do contrato de trabalho e o perodo de afastamento no ser computadotpica do contrato de trabalho e o perodo de afastamento no ser computadopara nenhum efeito (art.133, IV da CLT), nem na contagem do tempo de servio, nem parapara nenhum efeito (art.133, IV da CLT), nem na contagem do tempo de servio, nem paraefeito de frias.efeito de frias.

    3. Ap osent ad ori a por Inv alidez (p rov isri a) (art ig o. Ap osent ad ori a por Inv alidez (p rov isri a) (art ig o 475 da C LT e 4 7 da le i75 da C LT e 4 7 d a le i8213/91)213/91)Contrato de trabalho ficarContrato de trabalho ficar susp ensosusp enso enquanto durar a incapacidade laboral do empregado.enquanto durar a incapacidade laboral do empregado.No existe previso na lei previdenciria do prazo de durao para efetivao daNo existe previso na lei previdenciria do prazo de durao para efetivao da

    aposentadoria por invalidez.aposentadoria por invalidez.

    4. Avi so Prvi o. Avi so Prvi oAs duas horas que o empregado sai mais cedo para procurar novo emprego. O empregador temAs duas horas que o empregado sai mais cedo para procurar novo emprego. O empregador tem

    que pagar estas horas e contar o tempo de servio. que pagar estas horas e contar o tempo de servio. int errup o.nt errup o. 5. E mp reg ad o e lei to par a o carg o de diret or. E mp reg ad o e lei to par a o carg o de diret or

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    6. Enca rg o pbl ico no ob ri gatri o (art. 472 c/c 1 do. Enca rg o pbl ico no ob ri gatri o (art. 472 c/c 1 doart. 483 da CLT)rt. 483 da CLT)Os efeitos do contrato soOs efeitos do contrato so susp ensosusp ensos . Ex. vereador, deputado, etc.. Ex. vereador, deputado, etc. 7. Fa lta s ao serv io. Fa lta s ao serv ioJustificadasustificadas (artigo 473 da CLT) e aquelas autorizadas em normas(artigo 473 da CLT) e aquelas autorizadas em normas

    coletivas, regulamentos de empresas, socoletivas, regulamentos de empresas, so interruponterrupo do contrato.do contrato.AsAs in jus tif icadas so suspense sn jus t if icadas so suspense s do contrato de trabalho vez quedo contrato de trabalho vez que

    no h obrigatoriedade de seu pagamento.no h obrigatoriedade de seu pagamento.

    8. Frias. FriasInterr up o.nterr up o. 9. Greve. GreveSus pens ous pens o (artigo 7 da Lei 7783/89).(artigo 7 da Lei 7783/89). 10. Lock out (a rt. 17 da le i 7783/ 89)0. Lock out (a rt. 17 da le i 7783/ 89)Paralisao das atividades do empregador. Durante o perodo daParalisao das atividades do empregador. Durante o perodo da

    paralisao o empregado tem direito a receber os salrios e assim paralisao o empregado tem direito a receber os salrios e assim hiptese dehiptese de int erru p ont erru p o do contrato de trabalho.do contrato de trabalho.

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    11 . Inte rvalo s1 . Inte rvalo sNos intervalos para refeio e nos intervalos intra-jornada (11 horas) hiptese deNos intervalos para refeio e nos intervalos intra-jornada (11 horas) hiptese de sus pens ous pens o , pois o, pois o

    empregado no recebe esses intervalos.empregado no recebe esses intervalos.Exceo: art.72 da CLT - digitao, mecanografia interrupo; mineiros, frigorficos.Exceo: art.72 da CLT - digitao, mecanografia interrupo; mineiros, frigorficos.

    12 . Repouso Semanal Re mune rad o2 . R ep ouso Semanal Re mune rad oHiptese de interrupo. O empregador obrigado a pagar a remunerao.Hiptese de interrupo. O empregador obrigado a pagar a remunerao.

    13 . Inqu ri to para ap ur a o de fal ta g ra ve (ar tigo 853 da CLT)3 . Inquri to para ap ur a o de fal ta g ra ve (ar tigo 853 da CLT)Se for julgado improcedente o inqurito com a determinao da reintegrao do empregado, interrupo. OSe for julgado improcedente o inqurito com a determinao da reintegrao do empregado, interrupo. O

    empregador dever efetuar o pagamento dos salrios do perodo correspondente.empregador dever efetuar o pagamento dos salrios do perodo correspondente.Caso seja julgado procedente ser suspenso.Caso seja julgado procedente ser suspenso.

    14 . Susp ens o d iscip l inar (arti go 4 74 da CLT )4 . Susp ens o d iscip l inar (arti go 4 74 da CLT )Penalidade imposta ao empregado que comete falta grave. O contrato suspenso.Penalidade imposta ao empregado que comete falta grave. O contrato suspenso.

    15 . Susp enso d o co ntrato de tr ab alho pa ra quali fica o pro fissi onal do emp re gad o (ar t.5 . Susp enso d o co ntrato de tr ab alho pa ra quali fica o pro fissi onal do emp re gad o (ar t.47 6-A d a CLT).7 6-A d a CLT).Suspenso.Suspenso.

    16 . sa lr io -mate rnid ade6 . sa lr io -mate rnid ade um pagamento feito pelo INSS a empregada durante os 120 dias da licena-maternidade. hiptese de um pagamento feito pelo INSS a empregada durante os 120 dias da licena-maternidade. hiptese deinterrupo e o tempo de servio contado normalmente durante o afastamento. Mesmo caso da licenainterrupo e o tempo de servio contado normalmente durante o afastamento. Mesmo caso da licena

    paternidade (cinco dias, art. 10 ADCT).paternidade (cinco dias, art. 10 ADCT).

    17 . Servi o mi litar (ar t igo 4 d a CL T)7 . Servi o mi litar (ar t igo 4 d a CL T)Possui os efeitos daPossui os efeitos da inter rup o e da s usp ensonter rup o e da s usp enso . Durante o afastamento o empregador no tem o dever. Durante o afastamento o empregador no tem o dever

    de remunerao, mas deve efetuar o recolhimento do FGTS e o afastamento computado como tempo dede remunerao, mas deve efetuar o recolhimento do FGTS e o afastamento computado como tempo deservio.servio.