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PACOTE PARA AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DIREITO COMERCIAL (EMPRESARIAL) – TEORIA E EXERCÍCIOS AULA 01 PROFESSOR: CARLOS BANDEIRA Prof. Carlos Bandeira www.pontodosconcursos.com.br 1 SAUDAÇÕES - AULA 01 Olá a todos! Tudo bem, prezados Concurseiros e Concurseiras?! Animados para o Direito Comercial (Empresarial) em teoria e exercícios comentados?! Hoje, é com muita satisfação que apresentaremos a matéria sobre empresa individual de responsabilidade limitada”, nome empresarial”, estabelecimento”, microempresa”; empresa de pequeno porte”, “prepostos” e “escrituração”. Pessoal, adicionei quatro questões extras sobre “teoria da empresa”, para ajudar a fixar aprendizados da aula demonstrativa. Além de preparar o material com os enfoques necessários na figura do empresário individual de responsabilidade limitada (EIRELI)”, também elaborei questões sobre essa novíssima possibilidade de sujeito empresarial. Para tirar dúvidas, por favor, entrem em contato conosco por meio do fórum ou, se preferirem, encaminhem mensagem para minha caixa postal: [email protected]. De início, vejamos a parte teórica. TEORIA - AULA 01 Empresa individual de responsabilidade limitada. Nome empresarial. Estabelecimento. Microempresa e empresa de pequeno porte. Prepostos. Escrituração. I) EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA Pessoal, para começar, temos novidades em nosso ordenamento jurídico com a entrada em vigor da nova figura da empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), criada pela Lei n o 12.441, de 11 de julho de 2011.

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AULA 01

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SAUDAÇÕES - AULA 01

Olá a todos! Tudo bem, prezados Concurseiros e Concurseiras?! Animados para o Direito Comercial (Empresarial) em teoria e exercícios comentados?!

Hoje, é com muita satisfação que apresentaremos a matéria sobre “empresa individual de responsabilidade limitada”, “nome empresarial”, “estabelecimento”, “microempresa”; “empresa de pequeno porte”, “prepostos” e “escrituração”.

Pessoal, adicionei quatro questões extras sobre “teoria da empresa”, para ajudar a fixar aprendizados da aula demonstrativa.

Além de preparar o material com os enfoques necessários na figura do “empresário individual de responsabilidade limitada (EIRELI)”, também elaborei questões sobre essa novíssima possibilidade de sujeito empresarial.

Para tirar dúvidas, por favor, entrem em contato conosco por meio do fórum ou, se preferirem, encaminhem mensagem para minha caixa postal: [email protected].

De início, vejamos a parte teórica.

TEORIA - AULA 01

Empresa individual de responsabilidade limitada. Nome empresarial. Estabelecimento. Microempresa e empresa de pequeno porte. Prepostos. Escrituração.

I) EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA

Pessoal, para começar, temos novidades em nosso ordenamento jurídico com a entrada em vigor da nova figura da empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), criada pela Lei no 12.441, de 11 de julho de 2011.

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Essa lei trouxe alterações ao Código Civil (CC), que somente entraram em vigor cento e oitenta dias após a publicação no Diário Oficial da União, ocorrida em 12 de julho de 2011.

Principais características:

1) a EIRELI não é uma pessoa física, trata-se de uma nova espécie de pessoa jurídica de direito privado (art. 44, inciso VI, do CC), contudo não é uma nova espécie de sociedade, já que a existência das sociedades está expressamente prevista no inciso II do art. 44, do CC;

CC:

“Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

...........................

II - as sociedades;

...........................

VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.”

2) seu capital social deve ser totalmente integralizado por seu único titular, que deve ser uma pessoa natural, ou seja, uma pessoa física (art. 980-A, caput, do CC);

3) diferentemente do empresário individual (responsabilidade ilimitada), o titular da EIRELI responde limitadamente até o valor do capital social.

4) pode adotar firma ou denominação social, seguida da expressão “EIRELI” (art. 980-A, § 1o, do CC);

5) cada pessoa natural somente poderá constituir uma única EIRELI (art. 980-A, § 2o, do CC);

6) as EIRELIs serão regidas, no que couber, pelas normas das sociedades limitadas (art. 980-A, § 6o, do CC).

Mais à frente, veremos algumas questões criadas sob a inspiração dessa nova figura de pessoa jurídica: a EIRELI.

Agora, vamos falar sobre “nome empresarial”. Preparei essa matéria, com várias exemplificações para vocês! Várias bancas já aplicaram esse tema. A ESAF pode se inspirar em alguma dessas...

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II) NOME EMPRESARIAL

Devemos compreender que toda pessoa (física ou jurídica) tem direito a nome, que é elemento de identificação de sua personalidade civil (arts. 16 e 52, do CC).

Explico mais: a regra é que toda pessoa que pratica algum ato e desse ato surgir algum tipo de responsabilidade, essa pessoa deve responder, até porque toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil (art. 1o, do CC). Por isso, em sociedade, é importante a identificação das pessoas.

As pessoas civis (físicas ou jurídicas) são dotadas de nome civil.

Já as pessoas que exercem atividade de ramo empresarial devem possuir nome empresarial, que pode ser uma firma ou uma denominação (arts. 980-A, e 1.155 ao 1.168, do CC).

A regulamentação de nome empresarial aplica-se também para as sociedades simples, associações e fundações (art. 1.155, parágrafo único).

CC:

“Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.

Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.”

O nome empresarial é inalienável (art. 1.164, do CC), todavia, poderá ser usado juntamente com o do novo proprietário do estabelecimento, caso haja previsão contratual, por ato entre vivos, acompanhado da especificação de “sucessor”.

CC:

“Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.

Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.”

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A regra do nome empresarial aplica-se a todos os exercentes de atividade empresarial, exceto para:

1) as sociedades em conta de participação (art. 991 a 996, do CC): essas devem possuir um sócio ostensivo (que exerce a atividade em seu nome individual) e um sócio oculto, também chamado de sócio secreto, e o registro dessas sociedades não é obrigatório e nem lhes atribui personalidade jurídica; e

2) as sociedades em comum (art. 986 a 990, do CC): não têm registro empresarial, mas deveriam ter, por isso são chamadas de irregulares(possuem contrato, mas não foi levado a registro) ou de fato (sequer possuem contrato). Por não terem registro, não adquirem personalidade jurídica (art. 985, do CC), com isso ficam sem nome empresarial (possuem apenas título de estabelecimento ou nome de fantasia, que é o nome atribuído ao local onde é exercida a atividade, notoriamente conhecido pelo público).

Quero destacar para vocês que o empresário individual deve possuir nome empresarial, que pode coincidir com o seu nome individual (por completo ou abreviado), e, se quiser, ainda pode acrescentar uma designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.

Vamos ver como se faz uma firma (firma individual ou social, esta também conhecida por razão social) ou uma denominação (ou denominação social)?! Pessoal, minha dica para nomes empresariais: treine! Foi assim que aprendi! Não é difícil. Mas, de primeira mão não é tão simples assim! E, se você seguir a minha dica, vai ficar mais tranquilo e satisfatório compreender os outros temas empresariais. Vai por mim!

1) FIRMA

Firma pode ser:

a) firma individual; ou

b) firma social (também conhecida por razão social).

FIRMA INDIVIDUAL

ü Para empresário individual.

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Ø Nome civil do empresário individual (completo ou abreviado) + ramo da atividade (opcional).

FIRMA DE EIRELI

ü Para empresa individual de responsabilidade limitada.

Ø Nome civil do único participante (completo ou abreviado) + ramo da atividade (opcional) + “EIRELI”.

Observação:

• Nas assinaturas de documentos ou contratos, deve-se imitar, por extenso, a firma da EIRELI. Exs.: os documentos em nome de “Luiz Pereira Equipamentos de Som EIRELI” devem ser assinado como “Luiz Pereira Equipamentos de Som EIRELI”; no caso de “L. P. Equipamentos de Som EIRELI”, deve ser assinado como “L. P. Equipamentos de Som EIRELI”.

FIRMA SOCIAL (OU RAZÃO SOCIAL)

ü Para:

a) sociedades em nome coletivo (N/C);

b) sociedades em comandita simples (C/S);

c) sociedades limitadas (Ltda.); e

d) sociedades em comandita por ações (C/A).

Ø Nome civil de um dos sócios (abreviado ou não) + “e Companhia” ou “& CIA.” ou nome de mais sócios que respondem ilimitadamente pelas obrigações da sociedade(abreviados ou não) + ramo da atividade (opcional).

Observações:

• Em cada firma social, deve ser acrescida o designativo do tipo social (“N/C”, “C/S”, “Ltda.” ou “Limitada”, e “C/A”).

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• Eventual ausência de “Ltda.” ou “Limitada” nas firmas das sociedades limitadas, implicará a responsabilidade solidária e ilimitada para todos os administradores que fizerem uso do nome empresarial.

• Nas assinaturas de documentos ou contratos, deve-se imitar, por extenso, a firma individual ou social. Exs.: os documentos em nome de “Luiz Pereira & Cia. Equipamentos de Som” devem ser assinado como “Luiz Pereira & Cia. Equipamentos de Som”; no caso de “L. Pereira Equipamentos de Som Ltda.”, deve ser assinado como “L. Pereira Equipamentos de Som Ltda.”

2) DENOMINAÇÃO

Também é conhecida como razão social.

DENOMINAÇÃO (OU DENOMINAÇÃO SOCIAL)

ü Para:

a) empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI);

b) sociedades limitadas (LTDA.);

c) sociedades em comandita por ações (C/A); e

d) sociedades anônimas (S/A), estas também são conhecidas como companhias.

Ø Qualquer expressão linguística (“elemento fantasia”) + ramo da atividade (obrigatório).

Observações:

• Não serve para empresário individual, que somente usa firma individual.

• É obrigatória para as sociedades anônimas (nesse caso, pode ser acrescentado o nome fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa).

• denominação é obrigatória para as sociedades cooperativas (que

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são sociedades simples).

• Eventual ausência de “Ltda.” ou “Limitada” nas denominações das sociedades limitadas, implicará a responsabilidade solidária e ilimitada para todos os administradores que fizerem uso do nome empresarial.

• Nas assinaturas de documentos ou contratos, deve-se assinar, por extenso, o nome civil do representante da sociedade, sobre o nome da sociedade. Exs.: os documentos em nome de “Companhia Equipamentos de Som” devem ser assinado pela pessoa física que representa a sociedade, com seu nome civil; no caso de “Luiz Pereira & Cia. C/A” ou “Luiz Pereira Equipamentos de Som S/A”, o representante Luiz Pereira, pessoa física, assina o documento com o seu próprio nome civil.

DENOMINAÇÃO DE EIRELI

ü Para empresário empresa individual de responsabilidade limitada.

Ø Qualquer expressão linguística (“elemento fantasia”) + ramo da atividade (obrigatório).

Observação:

• Nas assinaturas de documentos ou contratos, deve-se assinar, por extenso, o nome civil do representante sobre a denominação da EIRELI. Exs.: os documentos em nome de “Equipamentos de Som EIRELI” devem ser assinado pela pessoa física que representa a EIRELI, com seu nome civil; no caso de “Melodia Equipamentos de Som EIRELI”, o representante Luiz Pereira, pessoa física, assina com o seu próprio nome civil.

3) EXPLICAÇÃO DETALHADA, COM CITAÇÃO DE EXEMPLOS

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Muito bem! Precisamos, agora, de explicações mais detalhadas, caso a caso para as firmas e denominações, com exemplos práticos1, para que o assunto fique mais claro:

a) EMPRESÁRIOS INDIVIDUAIS – pessoa física – (SOMENTE PODEM USAR FIRMA INDIVIDUAL): Luiz Pereira (pessoa física); “Luiz Pereira” (empresário individual); “Luiz Pereira Equipamentos de Som” (empresário individual); e “L. P. Equipamentos de Som” (empresário individual);

CC:

“Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.”

b) SOCIEDADES EM NOME COLETIVO (N/C) – todos os sócios respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais – (SOMENTE USAM FIRMA SOCIAL, QUE É SINÔNIMO DE RAZÃO SOCIAL): “Luiz Pereira, José da Silva & Maria dos Santos”; “Luiz Pereira, José da Silva & Maria dos Santos Equipamentos de Som”; “L. Pereira, J. da Silva & M. dos Santos Equipamentos de Som”; “Luiz Pereira & Cia.”; “Luiz Pereira & Cia. Equipamentos de Som”;

CC:

“Art. 1.041. O contrato deve mencionar, além das indicações referidas no art. 997, a firma social.”

“Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a expressão "e companhia" ou sua abreviatura.

Parágrafo único. Ficam solidária e ilimitadamente responsáveis pelas obrigações contraídas sob a firma social aqueles que, por seus nomes, figurarem na firma da sociedade de que trata este

                                                                                                                         1  Esse  assunto  já  caiu  muito  em  concursos  públicos!  A  escolha  dos  nomes  é  puramente  fictícia!  Portanto,  qualquer  coincidência  deve  ser  considerada  como  mera  coincidência!  

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artigo.”

c) SOCIEDADES EM COMANDITA SIMPLES (C/S) – existem dois tipos de sócios, os comanditados, que respondem ilimitadamente pelas obrigações sociais (seus nomes podem ser expressos, no caso, Luiz Pereira e José da Silva, ou abreviados), e os comanditários, que respondem apenas limitadamente (os nomes dos comanditários serão substituídos pela expressão “e Companhia” ou “& Cia”, sob pena de responderem ilimitadamente, sendo que Maria dos Santos é sócia comanditária, em nosso exemplo) – (SOMENTE FIRMA SOCIAL): “Luiz Pereira, José da Silva & Cia.”; “L. Pereira, J. da Silva & Cia. Equipamentos de Som”; “Luiz Pereira, José da Silva & Cia. Equipamentos de Som”;

d) EMPRESAS INDIVIDUAIS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – já está valendo o novo art. 980-A, do CC (acrescentado pela Lei no 12.441, de 11 de julho de 2011) – (PODEM UTILIZAR FIRMA SOCIAL, OU USAR DENOMINAÇÃO, em ambos os casos, acrescida da expressão “EIRELI”): “Luiz Pereira EIRELI”; “Luiz Pereira Equipamentos de Som EIRELI”; e “L. P. Equipamentos de Som EIRELI”; “Melodia Equipamentos de Som EIRELI”;

CC:

“Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitadaserá constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

§ 1o O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.

§ 2o A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma únicaempresa dessa modalidade.

§ 3o A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que

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motivaram tal concentração.

§ 5o Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional.

§ 6o Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras previstas para as sociedades limitadas.”

e) SOCIEDADES LIMITADAS – todos os sócios respondem limitadamente pelas obrigações da sociedade – (PODEM UTILIZAR FIRMA SOCIAL, OU USAR DENOMINAÇÃO, em ambos os casos, acrescida da palavra “Limitada” ou da abreviatura “Ltda.”, sob pena de os administradores se tornarem ilimitadamente responsáveis ao usarem o nome empresarial dessa forma; na firma social não poderá ser usado nome de sócio que seja pessoa jurídica): em caso de firma, “Luiz Pereira, José da Silva & Maria dos Santos Ltda.”; “Luiz Pereira, José da Silva & Maria dos Santos Equipamentos de Som Ltda.”; “L. Pereira, J. da Silva & M. dos Santos Equipamentos de Som Ltda.”; “Luiz Pereira & Cia. Ltda.”; “Luiz Pereira & Cia. Equipamentos de Som Ltda.”; ou, em caso de denominação, “Melodia Equipamentos de Som Ltda.”;

CC:

“Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social.

§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.

§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade.”

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f) SOCIEDADES EM COMANDITA POR AÇÕES – somente os sócios diretores respondem solidária e ilimitadamente, no caso, Luiz Pereira e José da Silva, e a sócia que não pertence a essa categoria de sócios é a Maria dos Santos, que poderá ser representada apenas pela expressão “& Cia.” – (PODEM UTILIZAR FIRMA SOCIAL, OU USAR DENOMINAÇÃO, em ambos os casos, acrescida da expressão “comandita por ações” ou da abreviatura “C/A”): em caso de firma, “Luiz Pereira, José da Silva & Cia. C/A.”; “Luiz Pereira, José da Silva & Cia. Equipamentos de Som C/A”; “L. Pereira, J. da Silva & Cia. Equipamentos de Som C/A”; “Luiz Pereira & Cia. C/A”; “Luiz Pereira & Cia. Equipamentos de Som Comandita por Ações”; ou, em caso de denominação, “Melodia Equipamentos de Som C/A”; “Melodia Equipamentos de Som Comandita por Ações”;

CC:

“Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa do objeto social, aditada da expressão "comandita por ações".

g) SOCIEDADES ANÔNIMAS, TAMBÉM CHAMADAS DE COMPANHIAS – não admite firma, também regida pela Lei das Sociedades Anônimas (Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976) – (SOMENTE DENOMINAÇÃO, em que pode ser usado elemento fantasia + o nome do fundador da sociedade, de acionista ou pessoa que possa ter contribuído para a formação da sociedade, e deve ser acompanhada de “sociedade anônima” ou “S/A”, que poderá ser redigida no início, meio ou fim, OU seguida da palavra “companhia” ou abreviatura “Cia.”, que não pode ser usada no fim): “Melodia Equipamentos de Som Sociedade Anônima ”; “Melodia S/A Equipamentos de Som”; “Sociedade Anônima Melodia Equipamentos de Som”; “Companhia Melodia Equipamentos de Som”; “Cia. Melodia Equipamentos de Som”; “Luiz Pereira Equipamentos de Som S/A”;

CC:

“Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominaçãodesignativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade

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anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.

Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.”

Lei das SAs:

“Art. 3o A sociedade será designada por denominação acompanhada das expressões "companhia" ou "sociedade anônima", expressas por extenso ou abreviadamente mas vedada a utilização da primeira ao final.

§ 1o O nome do fundador, acionista, ou pessoa que por qualquer outro modo tenha concorrido para o êxito da empresa, poderá figurar na denominação.

h) SOCIEDADES EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO – formada por um sócio ostensivo e um sócio oculto (ou secreto) – não adquirem personalidade jurídica, portanto, NÃO PODEM TER NOME, NEM DENOMINAÇÃO SOCIAL;

CC:

“Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.”

i) SOCIEDADES COOPERATIVAS – destinadas à ajuda mútua entre seus sócios (os próprios sócios serão os usuários) e sem intuito lucrativo – (SOMENTE DENOMINAÇÃO, seguida da palavra “Cooperativa”): “Coração Saudável Cooperativa”;

CC:

“Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa".”

j) MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE – são sociedades empresárias, sociedades simples, empresas individuais de responsabilidade limitada e os empresários individuais, alcançados pelo Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006) – (PODEM

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UTILIZAR FIRMA, OU USAR DENOMINAÇÃO, a depender do tipo social adequado, em todos os casos deve ser acrescida a expressão “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou a respectiva abreviação, “ME” ou “EPP”): firma: “Luiz Pereira EIRELI ME”, “L. P. EIRELI EPP”; “José da Silva & Maria dos Santos Ltda. ”; “Luiz Pereira, José da Silva & Maria dos Santos Equipamentos de Som Ltda. ME”; “L. Pereira, J. da Silva & M. dos Santos Equipamentos de Som Ltda. EPP”; “Luiz Pereira & Cia. Ltda. ME”; “Luiz Pereira & Cia. Equipamentos de Som Ltda. ME”; ou, em caso de denominação, “Melodia Equipamentos de Som Ltda. ME” ou “Melodia Equipamentos de Som Ltda. EPP”;

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 72. As microempresas e as empresas de pequeno porte, nos termos da legislação civil, acrescentarão à sua firma ou denominação as expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas abreviações, “ME” ou “EPP”, conforme o caso, sendo facultativa a inclusão do objeto da sociedade. ”

k) QUALQUER TIPO DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA QUE TENHA SOLICITADO RECUPERAÇÃO JUDICIAL – somente empresários regulares podem solicitar recuperação judicial, pela Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005 (Lei de Falências), e ficam, nessas condições, sujeitos à alteração de nome empresarial, por determinação judicial, ou seja, a partir de quando entrarem sob o regime de recuperação judicial - (DEVEM ACRESCENTAR A SEU NOME A EXPRESSÃO “EM RECUPERAÇÃO”): “Luiz Pereira EIRELI ME, em Recuperação Judicial”, “L. P. EIRELI EPP, em Recuperação Judicial”; “José da Silva & Maria dos Santos Ltda., em Recuperação Judicial”’; “Melodia Equipamentos de Som Ltda., em Recuperação Judicial”.

Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005:

“Art. 69. Em todos os atos, contratos e documentos firmados pelo devedor sujeito ao procedimento de recuperação judicialdeverá ser acrescida, após o nome empresarial, a expressão "em Recuperação Judicial".

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Parágrafo único. O juiz determinará ao Registro Público de Empresas a anotação da recuperação judicial no registro correspondente.”

4) MODIFICAÇÃO DE NOME EMPRESARIAL

O nome empresarial pode ser voluntariamente alterado. É livre a iniciativa de modificá-lo.

Não obstante, será necessário alterar o nome empresarial, pelo princípio da veracidade (art. 34, da Lei no 8.934, de 18 de novembro de 19942), quando houver:

1) saída, retirada, exclusão ou morte de sócio cujo nome civil constava da firma social (arts. 1.165, do CC), sob pena de continuar o ex-sócio ou espólio continuarem a responder pelas obrigações sociais, nas mesmas condições que respondia enquanto fazia parte do quadro de sócios da sociedade;

2) alteração de categoria de sócio, pois até que se altere o nome empresarial, o sócio continuará a responder como se ainda estivesse na categoria anterior, como é o caso das sociedades limitadas sem a inclusão da expressão “Limitada” (art. 1.157, do CC);

3) alienação de estabelecimento por ato entre vivos (art. 1.164, do CC).

Exceção ao princípio da veracidade: a denominação de sociedades anônimas pode incluir nome de fundador ou de pessoa que tenha concorrido para o bom êxito da empresa, ainda que não sejam mais acionistas (art. 1.160, do CC, e art. 3o, da Lei das SAs).

Também deve-se alterar o nome empresarial, quando houver:

1) transformação (ex.: alteração do tipo social de sociedade anônima para sociedade limitada);

2) lesão ao direito de proteção ao nome de outro empresário (art. 1.166, do CC).

CC:

                                                                                                                         2 Essa lei “Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e dá outras providências.”

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“Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.

Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.”

Depois de termos falado bastante sobre nome empresarial, vamos agora entrar no tema de “estabelecimento” e ver o que ele pode abranger?! Então vamos lá!

III) ESTABELECIMENTO

É o complexo de bens, materiais (corpóreos) ou imateriais (incorpóreos), organizado para ser utilizado na empresa (art. 1.142, do CC). Também é conhecido na doutrina por “fundo de comércio” ou “fundo de empresa”.

CC:

“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bensorganizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.”

1) CARACTERÍSTICAS

A seguir, são enumeradas características do estabelecimento:

1) não é simplesmente o imóvel: muita gente confunde mesmo, mas estabelecimento não é representado necessariamente apenas pelo imóvel da sede empresarial, ou seja, não é simplesmente o local onde a atividade é explorada (na verdade, é mais do que isso!);

2) propriedade dos bens: os bens que integram o estabelecimento não precisam ser de propriedade do empresário (podem ser alugados, ou emprestados, p. ex.).;

3) é uma universalidade de fato: é assim considerado por ser o estabelecimento um objeto de direito (uma certa quantidade de bens

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integra o estabelecimento), ao passo que o empresário é sujeito de direito que se afigura nessa relação de proprietário do estabelecimento;

4) pode ser descentralizado: p. ex., por meio de instalação de filiais, agências, sucursais;

5) O aviamento e a clientela não são considerados elementos de estabelecimento:

a) aviamento: é a capacidade que o estabelecimento tem de produzir lucro ao exercente da atividade empresarial;

b) clientela: é o conjunto de pessoas que mantém relações jurídicas constantes com o empresário, também conhecido como freguesia.

5) Exemplos de elementos de estabelecimento:

a) imóvel onde é exercida a atividade;

b) instalações;

c) mercadorias;

d) móveis;

e) “estabelecimento virtual” ou “digital” (determinados bens incorpóreos, inacessíveis fisicamente, a não ser por intermédio de acessos à rede mundial de computadores);

f) marcas;

g) patentes;

h) ponto empresarial.

2) PONTO EMPRESARIAL (COMERCIAL)

O ponto empresarial (ou comercial) é tão importante que possui a proteção do art. 51, da Lei no 8.245, de 18 de outubro de 1991 (Lei do Inquilinato). Por essa norma legal, o empresário poderá pleitear judicialmente a continuidade da locação destinada à exploração de sua atividade econômica (direito de inerência), caso preencha as condições que estão descritas nos incisos I a III do art. 51, quais sejam:

1) o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;

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2) o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;

3) o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.

É muito comum perguntarem em prova se o estabelecimento se confunde com o imóvel. Cuidado! O estabelecimento não se confunde com o imóvel. Já vimos que o estabelecimento é mais do que a sede da empresa. E, a proteção ao ponto empresarial é gerada pelo exercício de determinado ramo empresarial em determinado imóvel, por mais de 3 anos consecutivos, com contrato escrito (ou soma de vários), de pelo menos 5 anos.

Então: uma coisa é a propriedade do imóvel (do locador), a outra é a posse direta exercida pelo empresário (locatário) que o aluga e adquire o direito à proteção daquele ponto empresarial.

Muito bem! Agora que sabemos que o estabelecimento é um complexo de bens, e possui certa proteção legal, então podemos concluir que ele pode ser objeto lícito de uma negociação de compra e venda.

4) CONTRATO DE TRESPASSE

Contrato de trespasse: é o nome que se dá ao negócio de compra e venda de estabelecimento, o qual se destaca pelo interesse jurídico assegurado aos credores do empresário em sua realização! Vejamos agora suas principais características:

1) o trespasse deve ser feito por contrato escrito e, para que possa produzir efeitos perante terceiros, deve ser arquivado na Junta Comercial e publicado pela imprensa oficial (art. 1.144, do CC);

2) é sujeito à anuência dos credores do empresário, por escrito ou tacitamente (após 30 dias da notificação), sendo que a anuência é desnecessária se o empresário possuir bens suficientes para pagamento de seu passivo (art. 1.145, do CC);

3) caso não observe essas formalidades, o empresário pode ter sua falência decretada (art. 94, inciso III, letra “c”, da Lei de Falências), caso em que a alienação será considerada ineficaz perante a massa falida (art. 129, inciso VI, da Lei de Falências), logo, quem sairá

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perdendo mais, nesses casos, é o próprio adquirente do estabelecimento;

4) pelo trespasse, surge a responsabilidade solidária do vendedor do estabelecimento com o adquirente pelas dívidas empresariais, pelo prazo de um ano (art. 1.146, do CC):

a) quanto aos créditos já vencidos antes do trespasse, conta-se um ano de prazo a partir da publicação do contrato de trespasse; e

b) quanto aos créditos já vencidos (que ainda não venceram), conta-se um ano de prazo somente a partir da data do vencimento.

5) se não houver nada estipulado no contrato, o adquirente não poderá fazer concorrência com o alienante, pelo prazo de 5 anos subsequentes à transferência (art. 1.147, caput, do CC);

6) curiosidade: mesmo depois de um ano, o credor trabalhista pode demandar o vendedor ou o adquirente do estabelecimento empresarial; tanto faz: ou um, ou outro pode responder pela dívida decorrente de relação de trabalho (art. 448, da Consolidação das Leis do Trabalho, CLT);

7) situação especial: o adquirente não sucede nas obrigações do anterior proprietário do estabelecimento, ou seja, não responde pelas obrigações do antigo proprietário, inclusive pelas de natureza tributária, pelas derivadas da legislação do trabalho e pelas decorrentes de acidentes de trabalho, caso o tenha adquirido por meio de realização de ativo em processo falimentar (art. 141, inciso II, da Lei de Falências), ressalvados os casos em que o arrematante for:

a) sócio da sociedade falida, ou sociedade controlada pelo falido;

b) parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consanguíneo ou afim, do falido ou de sócio da sociedade falida; ou

c) identificado como agente do falido com o objetivo de fraudar a sucessão.

Por isso, o estabelecimento (complexo de bens, corpóreos e incorpóreos) pode ser objeto de negociação (trespasse), mas o comprador deverá observar bem as formalidades e as cautelas da lei, sob pena de fazer um negócio que

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lhe cause gere muitos prejuízos.

Vamos ver, mais à frente, como essa matéria vem sendo cobrada em concursos, e comprovaremos que não é um tema difícil!

IV) MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE

São as pessoas físicas e jurídicas alcançadas pelo tratamento diferenciado e favorecido3 do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (art. 3o, caput, da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006).

Podem ser diretamente beneficiadas pelas regras desse Estatuto: a) sociedade empresária; b) sociedade simples; c) empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI); e d) empresário individual (pessoa física).

1) ENQUADRAMENTO

Pelo art. 3o, do Estatuto da ME e EPP, o enquadramento é feito de acordo com a receita bruta4 do interessado:

• Microempresa (ME): deve ter receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00, sendo que, no caso de início de atividade no próprio ano-calendário, esse limite será proporcional ao número de meses em que houver exercido a atividade, inclusive as frações de meses.

• Empresa de pequeno porte (EPP): deve ter receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (idem, com relação ao início de atividades no próprio ano-calendário).

• Microempresário individual (MEI): deve ter receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e

                                                                                                                         3 Esse tratamento especial possui previsão expressa na Constituição:

“Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei.”

4 RECEITA BRUTA: “produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos”.

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ser optante pelo Simples Nacional5; e, no caso de início de atividades no ano-calendário, ter receita bruta de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

O enquadramento ou o desenquadramento não pode prejudicar ou alterar contratos em curso celebrados pela ME, EPP ou pelo MEI (art. 3o, § 3o, do Estatuto).

Essa parte tem bastante decoreba, não é verdade?! Por isso, e também pelo fato de já ter caído muito em diversas questões de prova, sugiro ainda que guardem a lista das pessoas jurídicas que não podem ser alcançadas pelo Estatuto Nacional da ME e da EPP (art. 3o, § 4o, incisos I a X, da Lei Complementar no 123, de 2006).

2) BENEFÍCIOS DO ESTATUTO DA ME E DA EPP

A seguir, segue uma lista com benefícios do Estatuto:

a) abertura e encerramento facilitados (arts. 8o a 10): o registro dos atos constitutivos, alterações e extinções, em qualquer órgão envolvido no registro empresarial e na abertura da empresa, pode ocorrer independente de regularidade tributária, previdenciária ou trabalhista, principais ou acessórias, do empresário, da sociedade, dos sócios ou dos administradores, sem prejuízo da responsabilidade de cada um, bem como é desnecessária a apresentação de certidões e do visto de advogado em seus atos constitutivos, dentre outras dispensas;

b) comprovação de regularidade em licitações públicas (arts. 42 e 43): a comprovação de regularidade fiscal somente será exigida para efeito de assinatura do contrato, sendo que, na participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição; se houver restrição na comprovação da

                                                                                                                         5 SIMPLES NACIONAL: é um regime tributário simplificado, em que são pagos diversos tributos em um único recolhimento, e de forma proporcional ao seu faturamento.

ATENÇÃO: somente as MEs e as EPPs que optarem pelo Simples Nacional estão dispensadas de manter escrituração mercantil, só que continuam obrigadas a emitir nota fiscal e conservar e boa guarda os documentos relativos à sua atividade (art. 26, incisos I e II, do Estatuto da ME e EPP).

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regularidade fiscal, terá 2 dias úteis, a partir da declaração de vencedor na licitação, prorrogável por mais 2 dias úteis, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa, sob pena de decadência do direito à contratação;

c) critério de desempate em licitações, chamado por alguns de “empate virtual” (art. 44): preferência de contratação para ME e EPP (propostas que forem iguais ou em até 10% superiores à proposta mais bem classificada; em pregões, essa porcentagem é de apenas 5%), casos em que poderá ser chamada a ME ou EPP para apresentar proposta inferior à proposta considerada vencedora do certame (se não houver sucesso, na primeira convocação, podem ser chamadas as MEs e EPPs eventualmente remanescentes que tenham “empatado” por esse critério, dentro da ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito, ou, em caso de equivalências, serão chamadas por sorteio;

d) incentivos à sociedade de propósitos específicos (art. 56): trata-se da associação entre MEs e EPPs por intermédio das chamadas sociedades limitadas de propósitos específicos (SPE), para a realização de negócios nacionais ou internacionais, com a percepção de alguns benefícios de natureza tributária; devem ser optantes do Simples Nacional e poderão participar, simultaneamente, de apenas uma sociedade desse tipo;

e) fiscalização orientadora (art. 55): dupla visita para lavratura de auto de infração, salvo em caso de ausência de registro de empregado em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), ou ocorrência de reincidência, fraude, resistência ou embaraço à fiscalização; essa conduta fiscal não é aplicável nas fiscalizações de natureza tributária, regidas pelos arts. 39 e 40, do Estatuto da ME e EPP;

f) pagamento facilitado em protesto de título (art. 73): pagamento em cheque, que não precisa ser visado, e recebe desconto de vários tipos de emolumentos (custos) cartorários.

V) PREPOSTOS

São os colaboradores da atividade de empresa. São os que auxiliam o empresário no exercício da atividade empresarial.

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Dois conceitos que se relacionam:

• Preponente: empresário (pessoa física ou jurídica).

• Preposto: pessoas que auxiliam o empresário (mão de obra, vimos na aula passada que é um dos fatores de produção!).

1) PREPOSTOS EXPRESSAMENTE REGULADOS PELO CC

Existem vários tipos de ofícios exercíveis por prepostos em uma atividade empresarial, mas o CC regulamenta, de maneira expressa, apenas duas hipóteses (arts. 1.172 a 1.172), quais sejam:

a) gerente: contratação facultativa; profissional que atua como chefe em uma empresa, administrador geral dos serviços e do pessoal; e

b) contabilista: contratação obrigatória; profissional responsável por toda a escrituração dos livros do empresário.

2) RESPONSABILIDADE DO PREPONENTE EM RELAÇÃO AOS ATOS DOS PREPOSTOS

Agora, paremos um pouco para refletir: alguém chega em seu estabelecimento empresarial, com uniforme de uma determinada empresa fornecedora de produtos e serviços que lhe interessam. E essa pessoa possui vários documentos e formulários, etc.

Após lhe explicar vários detalhes, essa pessoa lhe oferece uma certa contratação valiosa com parcelamento financeiro, vantagens importantes, e tudo o mais! Então, nesse caso, o que você poderá fazer para ter certeza se essa contratação será válida?! Estamos diante da “teoria da aparência”! Tudo parece estar correto, não é verdade?

Mas, o CC estabelece determinadas regras sobre atos praticados por preposto, dentro ou fora do estabelecimento, e a possibilidade ou não de responsabilização do preponente pelos atos do preposto (empresário, empregador):

a) limitações de poderes do gerente: as limitações devem ser arquivadas e averbadas no cartório de registro empresarial, para poderem ser opostas a terceiros, salvo se for comprovado que a pessoa que tratou com o gerente conhecia as limitações (art. 1.174, do CC);

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b) atos praticados dentro do estabelecimento por qualquer preposto: não precisam de autorização escrita do preponente, para torná-lo responsável por esses atos (art. 1.178, caput, do CC);

c) atos praticados fora do estabelecimento por qualquer preposto:se não houver poderes conferidos por escrito (certidão ou cópia autenticada), não obrigarão o preponente obrigado a responder pelos atos (art. 1.178, parágrafo único, do CC). Então, pelo CC, deve sempre ser conferido se o preposto tem poderes para fazer negócios fora do estabelecimento, sob pena de não obrigar o empresário!

Outro detalhe: no exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos (art. 1.175, do CC). Ficou claro? Então explico mais:

• Nos atos em que o preposto agir com imprudência ou negligência (culpa) e causar dano a alguém, o preposto somente responderá perante o proponente, caso venha a ser obrigado a indenizar a vítima (direito de regresso do preponente contra o preposto).

• Todavia, se o proposto agir com a intenção deliberada (dolo), responderá solidariamente com o preponente perante terceiros.

VI) ESCRITURAÇÃO

Além do registro empresarial, todo empresário deve (ressalvadosos casos de pequeno empresário, ou microempresas e empresas de pequeno porte, que serão objeto de comentários a seguir), sob pena de irregularidade:

1) escriturar os livros empresariais obrigatórios;

2) levantar, periodicamente, o balanço patrimonial e de resultado econômico da empresa.

1) RESSALVAS

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As ressalvas dessa matéria são por conta da simplificação legal prevista para o “pequeno empresário” (art. 179, § 2o, do CC6) e duas possíveis situações especiais:

• Dispensa de escrituração: ao comentar os benefícios do Estatuto da ME e EPP (Lei Complementar no 123, de 2006), fiz um comentário em nota de rodapé, esclarecendo que somente as MEs e as EPPs que optarem pelo Simples Nacional estão dispensadas de manter escrituração mercantil, só que continuam obrigadas a emitir nota fiscal e a conservar e boa guarda os documentos relativos à sua atividade (art. 26, incisos I e II, do Estatuto da ME e EPP).

• Simples Nacional é um regime tributário simplificado, em que são pagos diversos tributos em um único recolhimento, e de forma proporcional ao faturamento do contribuinte.

• Situações especiais:

a) se não fizeram a opção pelo Simples Nacional, devem as MEs e EPPs fazer a escrituração em livro-Caixa, em que deverá constar toda a sua movimentação financeira e bancária (art. 26, § 2o, do Estatuto); e

b) quanto às sociedades limitadas de propósitos específicos (SPE), formadas por MEs e EPPs para negócios nacionais ou internacionais, na forma do art. 46, do Estatuto da ME e EPP, estão obrigadas a fazer sua escrituração nos livros Diário e Razão (art. 26, § 2o, inciso IV, do mesmo Estatuto).

2) LIVROS EMPRESARIAIS

As espécies de livros previstas na legislação para a escrituração empresarial são as seguintes:

1) livros obrigatórios: imposição de forma de escrituração aos empresários, sob pena de sanções de natureza empresarial e até penal:

                                                                                                                         6  No  CC,  a  expressão  “pequeno  empresário”  foi  assim  utilizada,  com  relação  aos  aspectos  escriturários  e  se  aplicam  às   MEs   e   às   EPPs:   “Art.   1.179.   O   empresário   e   a   sociedade   empresária   são   obrigados   a   seguir   um   sistema   de  contabilidade,  mecanizado   ou   não,   com  base   na   escrituração   uniforme   de   seus   livros,   em   correspondência   com  a  documentação   respectiva,   e  a   levantar  anualmente  o  balanço  patrimonial   e  o  de   resultado  econômico.   (...)   §  2o  É  dispensado  das  exigências  deste  artigo  o  pequeno  empresário  a  que  se  refere  o  art.  970.”  (destaquei  em  negrito)  

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a) livros obrigatórios comuns: categoria de livro imposta a todos os empresários, no caso de nossa lei, há apenas um livro, o Diário, que pode ser substituído por fichas nos casos de escrituração mecanizada ou eletrônica (art. 1.180, do CC), em no caso de adoção das fichas, poderá substituir o livro Diário pelo de Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele (art. 1.185, do CC);

b) livros obrigatórios especiais: categoria imposta a determinados empresários, sob condições específicas de atividade empresarial, como é o caso do livro de Registro de Duplicatas, obrigatório para quem emitir duplicatas (art. 19, da Lei no 5.474, de 18 de julho de 1974); do livro de Entrada e Saída de Mercadorias, para empresários que exploram Armazém-Geral (art. 7o, do Decreto no 1.102, de 21 de novembro de 1903); dos livros da Lei das SAs: Registro de Ações Nominativas, Transferências de Ações Nominativas, Atas de Assembleias Gerais, Presença de Acionistas, etc.;

2) livros facultativos: conforme o próprio nome já diz, não são obrigatórios para os empresários, mas podem ajudar no controle e organização dos negócios (ausência não acarreta nenhuma sanção). Ex.: livro Caixa e o Conta-Corrente. Além do que, podem ser criados tipos adicionais de controle pelo empresário.

3) REQUISITOS DOS LIVROS

A observação dos requisitos intrínsecos e extrínsecos deve ser cumulativa para que a escrituração seja considerada regular:

a) requisitos intrínsecos: descrição em idioma nacional (vernáculo) e moeda corrente do Brasil (nacional), em ordem crescente, sem espaços em branco, entrelinhas, borrões, emendas ou transportes para as margens (sem rasuras, nem invenções!), sendo que as correções devem ser feitas por estornos;

b) requisitos extrínsecos: relacionados com a segurança dos livros empresariais (termo de abertura e encerramento) e autenticação pela Junta Comercial (art. 1.181, do CC).

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4) IRREGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO

Consequências de irregularidade na escrituração:

a) não poderá valer-se da eficácia probatória que o art. 379, do Código de Processo Civil, confere aos livros empresariais;

b) crime falimentar (art. 178, da Lei de Falências) e a falência será considerada fraudulenta.

5) EXIBIÇÃO JUDICIAL

Quanto à exibição judicial dos livros empresariais:

a) a regra é o sigilo dos registros empresariais, salvo nos casos previstos em lei, por ordem judicial (art. 1.190, do CC);

b) Súmula 260 do STF: “O exame de livros comerciais, em ação judicial, fica limitado as transações entre os litigantes.” Só que, nos casos previstos em lei, a exibição deve ser completa (ex.: falência);

c) autorização do CC (art. 1.191), para ordem judicial: quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência;

d) autorização no CPC (art. 381), para ordem judicial: a requerimento da parte, pode ser determinada a exibição integral dos livros comerciais e dos documentos do arquivo na liquidação de sociedade (inciso I); na sucessão por morte de sócio (inciso II); e quando e como determinar a lei (inciso III);

e) autorização da Lei das SA (art. 105): exibição por inteiro dos livros da companhia pode ser ordenada judicialmente sempre que, a requerimento de acionistas que representem, pelo menos, 5% (cinco por cento) do capital social, sejam apontados atos violadores da lei ou do estatuto, ou haja fundada suspeita de graves irregularidades praticadas por qualquer dos órgãos da companhia;

f) as restrições de sigilo não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais (art. 1.193, do CC);

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g) Súmula 439 do STF: “Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação”.

6) EFICÁCIA PROBATÓRIA DOS LIVROS EMPRESARIAIS

Vamos lembrar que os livros podem ter valor probatório para resolver questões litigiosas (disputas em juízo).

Quanto ao poder de eficácia probatória dos livros empresariais (comerciais), de acordo com o Código de Processo Civil (CPC):

a) os livros provam contra o seu autor (art. 378, primeira parte, do CPC);

b) é lícito ao comerciante, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos (art. 378, segunda parte, do CPC) – essa regra é em relação entre dois empresários (comerciantes), que demonstra que o valor probante dos livros não é absoluto, pois admite prova em contrário, e possuem valor probatório mesmo que não estejam corretamente escriturados;

c) os livros comerciais provam a favor do empresário, desde que preenchidos os requisitos exigidos em lei (art. 379, do CPC).

CPC:

“Art. 378. Os livros comerciais provam contra o seu autor. É lícito ao comerciante, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos.

Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.”

Agora, com base no CC, temos que:

a) os livros comerciais provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios (art. 226, caput, do CC);

b) a prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de

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requisitos especiais, e ainda pode ser ilidida (desmentida, provado o inverso) pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.

CPC:

“Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.

Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.”

EXERCÍCIOS COMENTADOS - AULA 01

Teoria da empresa (questões extras). Empresa individual de responsabilidade limitada. Nome empresarial. Estabelecimento. Microempresa e empresa de pequeno porte. Prepostos. Escrituração.

QUESTÃO 1 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA): TJ-MG - 2009 - JUIZ SUBSTITUTO

No Direito Brasileiro, considera-se empresário:

a) Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.

b) Toda pessoa física ou jurídica titular de organização de natureza civil ou mercantil destinada à exploração de qualquer atividade com fins econômicos.

__________________________________________________________

UMA DICA: na hora da prova, leiam atentamente o enunciado e cada uma das alternativas, e nunca se precipitem na conclusão!

__________________________________________________________

Comentários:

Alternativa “A”: correta (art. 966, caput, do CC).

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Alternativa “B”: errada. Empresário pode ser pessoa física ou jurídica, mas não é qualquer atividade com finalidade econômica que a lei considera para o conceito de empresário. P. ex.: as atividades dos profissionais intelectuais estão de fora desse conceito, salvo se a atividade constituir elemento de empresa (art. 966, parágrafo único, do CC).

Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 2 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA): CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ

Assinale a opção correta acerca do direito da empresa.

a) O termo empresa não se refere à pessoa jurídica, mas à atividade econômica que tem por função organizar a produção ou circulação de bens ou serviços.

b) O termo empresário refere-se ao sócio da sociedade empresária.

c) Em regra, as sociedades empresárias e as simples devem-se registrar perante a junta comercial.

d) O profissional liberal desempenha, via de regra, atividade empresária, mesmo que não empregue terceiros.

e) Após o Código Civil de 2002, que adotou a teoria da empresa, não se pode mais falar em autonomia do direito comercial.

Comentários:

Alternativa “A”: correta (art. 966, caput, do CC). Empresa é a atividade econômica exercida e não a pessoa jurídica que a exerce.

Alternativa “B”: errada. O sócio não é o empresário. Nesse caso, a sociedade, que é uma pessoa jurídica, será a empresária. Sócio e sociedade são pessoas distintas. Cada um tem sua própria personalidade jurídica.

Alternativa “C”: errada. O registro de sociedades empresárias é feito pelas juntas comerciais, sendo que o das sociedades simples é feito pelos cartórios de registro civil das pessoas jurídicas (art. 1.150, do CC).

CC:

“Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas

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Jurídicas, o qual deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária.”

Alternativa “D”: errada. Via de regra, os profissionais liberais (profissionais intelectuais) exercem atividades não empresariais, salvo se constituir elemento de empresa (art. 966, parágrafo único, do CC).

ESCLARECIMENTO: profissão intelectual e elemento de empresa (art. 966, parágrafo único, do CC).

ü O professor Fábio Ulhoa Coelho (no "Manual de Direito Comercial - Direito de Empresa", 23a ed., Saraiva, SP, 2011) fala com bastante simplicidade que o profissional intelectual se torna mero elemento da empresa, quando perde a sua individualidade na execução da atividade.

ü Nesse caso, mostra exemplo de um médico que contrata mais funcionários e, também, outros médicos. Ao fazer isso, os pacientes não voltarão à clínica para ser atendido em razão do atendimento individual do primeiro médico, já que existem outros atendendo na atividade-fim.

ü Aqui, a pessoalidade (leia-se: individualidade) no atendimento do primeiro médico se perdeu. Foi substituída pela organização da atividade, mediante a contratação de outros profissionais intelectuais (médicos), passando a ser, portanto, um elemento de empresa, o que dá origem a uma atividade de natureza empresarial (art. 966, parágrafo único, do CC).

Alternativa “E”: errada. A Segunda Parte do Código Comercial de 1850 (Lei no 556, de 25 de junho de 1850) trata do Direito Marítimo e permanece em vigor. O art. 2.045, do CC, somente revogou a Primeira Parte do antigo Código Comercial. Por isso, afirmamos que não ocorreu a unificação formal das regras do Direito Comercial (Empresarial) com as do Direito Civil.

Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 3 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA): CESGRANRIO - 2008 - BNDES - PROFISSIONAL BÁSICO - ESPECIALIDADE – ADMINISTRAÇÃO

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A adoção da Teoria da Empresa no direito positivo brasileiro se consolida com a entrada em vigor do Código Civil de 2002. Ainda assim, o atual ordenamento jurídico brasileiro reconhece hipóteses de atividades econômicas civis que não se submetem ao regime jurídico-empresarial. A esse respeito, analise os exemplos a seguir.

I - Leonardo presta serviços de consultoria diretamente a pessoas físicas ou jurídicas, com habitualidade e intuito lucrativo, mas sem constituir sociedade, tampouco contratar empregados.

II - Cristina é advogada recém-formada que atende pessoalmente seus primeiros clientes no escritório de advocacia do qual é sócia com sua amiga Ana, também advogada, contando com o auxílio de colaboradores empregados nas funções de recepcionista, secretária e arquivista.

III - Helena prepara em sua casa doces que vende para restaurantes e bufês, com habitualidade e intuito lucrativo, mas sem constituir sociedade, tampouco contratar empregados.

Submete(m)-se ao regime jurídico-empresarial a(s) atividade(s) exercida(s) por

a) Helena, apenas.

b) Cristina, apenas.

c) Cristina e Helena, apenas.

d) Leonardo e Helena, apenas.

e) Leonardo e Cristina, apenas.

Comentários:

Leornardo presta serviços de consultoria sem o auxílio de terceiros: aqui temos o exercício de profissão intelectual regido pelo art. 966, parágrafo único, do CC (atividade não empresarial).

Cristina exerce advocacia com outra advogada e conta com o auxílio de três colabores fora da atividade-fim: exercício de profissão intelectual regido por legislação específica (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil), que exclui esse ramo do conceito de empresa (atividade não empresarial).

Helena vende doces habitualmente, sem o auxílio de mão de obra: atividade profissional economicamente organizada, mesmo que a mão de obra de terceiros não esteja incluída (art. 966, caput, do CC).

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Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 4 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA): CESPE - 2011 - TJ-PB - JUIZ

A respeito da disciplina aplicável ao empresário individual, assinale a opção correta.

a) O empresário individual que venha a se tornar civilmente incapaz poderá obter autorização judicial para continuação de sua atividade; tal autorização, entretanto, deverá ser averbada na junta comercial e servirá para atos singulares, não podendo ser genérica.

b) O servidor público pode ser empresário individual, desde que a atividade empresarial seja compatível com o cargo público que ele exerça.

c) Ao empresário individual é permitida a alienação, sem a outorga de seu cônjuge, de bens imóveis destinados à sua atividade empresarial.

d) O empresário individual assume os riscos da empresa até o limite do capital que houver destinado à atividade, não respondendo com seus bens pessoais por dívidas da empresa.

e) Em atenção ao princípio da continuidade da empresa, os bens destinados pelo empresário individual à exploração de sua atividade não respondem por suas dívidas pessoais.

Comentários:

Alternativa “A”: errada. A autorização judicial para o incapaz exercer atividade empresarial permite a continuidade da empresa, mas não especifica os atos singulares que devam ser praticados (arts. 974 e 976, do CC). A tomada de decisões em relação a esses atos singulares caberá ao representante ou assistente do incapaz, ou ainda ao gerente nomeado (art. 975, do CC).

Alternativa “B”: errada. Em relação à União, o servidor público federal não pode ser empresário individual, pois lhe é vedado “participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário” (art. 117, inciso X, da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990).

Alternativa “C”: correta. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis

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que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real (art. 978, do CC).

Alternativa “D”: errada. A responsabilidade do empresário individual é pessoal e ilimitada, portanto, responderá com seus bens pelas dívidas contraídas na atividade empresarial. Não existe autonomia patrimonialem relação aos bens particulares, no caso do empresário individual.

Alternativa “E”: errada, por inexistir autonomia patrimonial entre os bens da empresa e os particulares do empresário individual.

Resposta: Alternativa “C”.

QUESTÃO 5 (NOME EMPRESARIAL): ESAF - 2010 - MTE - AUDITOR FISCAL DO TRABALHO - PROVA 2

Assinale, a seguir, a sociedade que só pode adotar denominação social.

a) Companhia.

b) Sociedade em nome coletivo.

c) Sociedade Limitada.

d) Sociedade em conta de participação.

e) Sociedade em comum.

Comentários:

Alternativa “A”: correta. As sociedades anônimas são também chamadas de companhias e somente podem usar denominação social (art. 1.160, do CC, e art. 3o, da Lei das SAs).

Alternativa “B”: incorreta. As sociedades em nome coletivo só podem adotar firma social (arts. 1.041, do CC).

Alternativa “C”: incorreta. As sociedades limitadas podem adotar firma ou utilizar denominação social (art. 1.158, do CC).

Alternativa “D”: incorreta. As sociedades em conta de participação não podem adotar nenhum nome empresarial (art. 1.162, do CC).

Alternativa “E”: incorreta. As sociedades em comum (arts. 986 ao 990, do CC) não possuem registro empresarial. Por isso, não adquirem personalidade jurídica (art. 985, do CC) e, consequentemente, ficam sem nome empresarial.

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ESCLARECIMENTO: sociedade em comum (arts. 986 ao 990, do CC).

ü Sociedades em comum: são sociedades que não inscreveram seus atos constitutivos em cartório de registro competente.

ü Os bens e as dívidas dessas sociedades constituem o chamado patrimônio especial, do qual todos os seus sócios são titulares em comum.

ü Os seus sócios respondem solidária e limitadamente, sem poderem invocar o benefício de ordem (art. 990, do CC).

Podem ser de duas espécies:

a) irregulares: possuem ato constitutivo, mas não têm registro empresarial ou o registro expirou);

b) de fato: não possuem sequer contrato ou estatuto social, isto é, não possuem atos constitutivos escritos.

Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 6 (NOME EMPRESARIAL): CARLOS BANDEIRA

Assinale, a seguir, a única alternativa que não admite a adoção de denominação social.

a) Companhia.

b) Sociedade em comum.

c) Sociedade Limitada.

d) Sociedade anônima.

e) Empresa individual de responsabilidade limitada.

Comentários:

Alternativa “A”: incorreta. Companhias (ou sociedades anônimas) só podem usar denominação (art. 1.160, do CC, e art. 3o, da Lei das SAs).

Alternativa “B”: correta. As sociedades em comum (arts. 986 ao 990, do CC) não possuem registro empresarial. Por isso, não adquirem personalidade jurídica (art. 985, do CC) e, consequentemente, ficam sem nome empresarial. Podem, no entanto, criar seu título de estabelecimento (ou

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“nome de fantasia”) que não recebe nenhum tipo de tratamento especial pelo CC.

Alternativa “C”: incorreta. As sociedades limitadas podem adotar firma, ou utilizar denominação (art. 1.158, do CC).

Alternativa “D”: incorreta (art. 1.160, do CC, e art. 3o, da Lei das SAs).

Alternativa “E”: incorreta. As empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELIs) são consideradas pessoas jurídicas (art. 44, inciso VI, do CC) e podem receber firma ou denominação social (art. 980-A, § 1o, do CC).

CUIDADO PESSOAL: embora seja formada por apenas uma pessoa física, as EIRELIs são pessoas jurídicas e podem receber firma ou, até mesmo, denominação social!

CC:

“Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

......................................

VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.

......................................

Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País.

§ 1o O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada.”

Resposta: alternativa “B”.

QUESTÃO 7 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2008 - TCM-RJ - AUDITOR

Em relação ao nome empresarial, assinale a afirmativa correta.

a) Recebe a proteção efetivada pelo Registro Público de Empresas Mercantis em todo o território nacional.

b) A sociedade limitada se forma sempre na modalidade de denominação.

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c) É facultativo para o empresário individual e obrigatório para a sociedade empresária.

d) A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.

e) A denominação das sociedades simples, por terem regime próprio, não é equiparada ao nome empresarial para efeitos de proteção da lei.

Comentários:

A alternativa “A” está errada por causa da expressão “em todo o território nacional”. A proteção no nome empresarial ocorre apenas “nos limites do respectivo Estado”, salvo se for registrado sob regime de legislação especial (art. 1.166, parágrafo único, do CC).

CC:

“Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado.

Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na forma da lei especial.”

Alternativa “B”: errada. As sociedades limitadas podem ter firma ou utilizar denominação (art. 1.158, do CC), conforme explicamos anteriormente

Alternativa “C”: errada. O nome empresarial é obrigatório para o empresário individual.

ATENÇÃO: o nome civil do empresário individual não será necessariamente seu nome empresarial!

ü Podem até coincidir de serem iguais, mas terão naturezas distintas!

CC:

“Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.”

Alternativa “D”: correta. Isso mesmo! As sociedades em conta de participação não podem ter firma ou utilizar denominação (art. 1.162, do CC).

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Alternativa “E”: errada. O art. 1.155, parágrafo único, do CC, estendeu o regime de nome empresarial para as sociedades simples, para as cooperativas e para as associações.

CC:

“Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.

Parágrafo único. Equipara-se ao nome empresarial, para os efeitos da proteção da lei, a denominação das sociedades simples, associações e fundações.”

Resposta: alternativa “D”.

QUESTÃO 8 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2008 - TCM-RJ - PROCURADOR

A respeito do nome empresarial, assinale a alternativa correta.

a) A sociedade em comandita por ações pode adotar firma ou denominação, integradas pela expressão "comandita por ações".

b) A sociedade em conta de participação pode adotar firma ou denominação, integradas pela expressão "em conta de participação".

c) A razão social equivale à denominação.

d) A sociedade anônima pode adotar o nome de seu fundador em sua razão social.

e) São espécies de nome empresarial: firma individual, firma coletiva, razão social e denominação.

Comentários:

Alternativa “A”: correta (art. 1.161, do CC).

Alternativa “B”: errada. A sociedade em conta de participação não pode ter nome empresarial (art. 1.162, do CC).

ATENÇÃO: sociedade em conta de participação NÃO PODE ter firma/razão social, nem utilizar denominação!

Alternativa “C”: errada, pois razão social é sinônimo de firma social. Logo, razão social não é sinônimo de denominação (art. 1.155, caput, do CC).

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Alternativa “D”: errada. O nome do fundador pode constar da denominação da sociedade anônima (art. 1.160, do CC). Sociedade anônima não utiliza razão social.

CC:

“Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente.

Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja concorrido para o bom êxito da formação da empresa.”

Alternativa “E”: errada. São apenas duas as espécies de nome empresarial (art. 1.155, caput, do CC): firma (individual ou social) ou denominação.

CC:

“Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este Capítulo, para o exercício de empresa.”

Resposta: Alternativa “A”.

QUESTÃO 9: (NOME EMPRESARIAL) ESAF - 2009 - RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL - PROVA 1

( ) O empresário individual registra uma razão social no Registro Público de Empresas.

Comentários:

Errado. Como o empresário individual é uma pessoa física, não é certo dizer que ele é nomeável por razão social. Ele usa firma individual, que é uma espécie de firma. Lembrem-se que razão social (sinônimo de firma social) serve apenas para pessoas jurídicas.

Resposta: alternativa Falsa.

QUESTÃO 10 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

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( ) "Alves & Cia. C/A" refere-se a uma sociedade em comandita por ações que optou pela utilização de firma social, sendo Alves um sócio diretor ou gerente da sociedade.

Comentários:

Correta. A sociedade em comandita por ações (C/A) admite o uso de firma social (também chamada de razão social) ou a utilização de denominação.

Alves é sócio diretor ou gerente da sociedade. Portanto, no caso, está correto o uso de firma social “Alves & Cia. C/A”.

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 11 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) "José da Silva Minerações S/A" refere-se a uma sociedade anônima que tem como objeto a atividade mineradora, sendo José da Silva uma pessoa que concorreu para o sucesso dessa empresa.

Comentários:

Está correto. O nome do fundador pode constar da denominação de sociedade anônima, seguido de “S/A”.

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 12 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) "José S. da Silva" refere-se a um empresário individual.

Comentários:

Correto. Foi adequado o uso da abreviatura do empresário individual (art. 1.156, do CC).

FIRMA INDIVIDUAL (EMPRESÁRIO INDIVIDUAL)

Nome civil do empresário individual (completo ou abreviado) + ramo de atividade (opcional).

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CC:

“Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.”

Resposta: Alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 13 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) "Companhia Nacional de Armarinhos" refere-se a uma sociedade limitada que adota as normas da sociedade anônima como lei supletiva e que tem como objeto a atividade de armarinhos.

Comentários:

Errado. As sociedades limitadas precisam ter “Ltda.” ou “Limitada” no nome empresarial (art. 1.158, caput, do CC). No caso, além de não ter nenhuma dessas palavras, utilizou indevidamente denominação com a palavra “Companhia”, que serve para sociedade anônima (art. 1.160, do CC).

CC:

“Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.”

Por outro lado, é possível a utilização das normas supletivas das sociedades anônimas. Mas, para isso ocorrer, basta incluir previsão no contrato social (art. 1.053, parágrafo único, do CC).

CC:

“Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.

Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletivada sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.”

Resposta: alternativa Falsa.

QUESTÃO 14 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2009 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE

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RENDAS - PROVA 2

Assinale a alternativa cujo enunciado contenha nome comercial que está em conformidade com a legislação nacional.

a) João Pedro Liberati e Francisco Souza são sócios em uma sociedade em conta de participação cujo nome empresarial é Liberati & Souza, Comércio de Carnes Ltda.

b) Regina Nogueira e Patrícia Silveira são sócias em uma sociedade limitada cujo objeto social é o comércio de roupas e o nome empresarial é Floricultura Nogueira & Silveira Ltda.

c) TBLG SPA, sociedade estrangeira italiana, funciona no Brasil com a seguinte denominação: TBLG SPA, Sociedade Estrangeira Italiana.

d) João Pedro e Pedro João são sócios de uma sociedade limitada cuja denominação é João & Pedro S.A.

e) Joana Treviso e Maria Veneto são acionistas da companhia cujo nome empresarial é Malhas & Meias Bonitas S.A.

Comentários:

Alternativa “A”: errada. O art. 1.162, do CC, prevê que a sociedade em conta de participação não pode ter nome empresarial (firma ou denominação), conforme já falamos repetidas vezes.

Alternativa “B”: errada. Ao escolher denominação, deveria inserir, obrigatoriamente, o objeto verdadeiro da sociedade limitada em seu elemento fantasia, comércio de roupas, e não comércio de flores (art. 1.158, § 2o, do CC, e art. 34, da Lei no 8.934, de 1994).

CC:

“Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indicativo da relação social.

§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais sócios.”

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Lei no 8.934, de 1994:

“Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidadee da novidade.”

Alternativa “C”: errada. Para funcionar no Brasil, a empresa estrangeira deve usar o nome que tiver em seu país de origem, e pode acrescentar as palavras “do Brasil” ou “para o Brasil” (parágrafo único do art. 1.137, do CC). Em desacordo com o CC, foram acrescentadas as palavras “Sociedade Estrangeira Italiana”.

CC:

“Art. 1.137. A sociedade estrangeira autorizada a funcionar ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros, quanto aos atos ou operações praticados no Brasil.

Parágrafo único. A sociedade estrangeira funcionará no território nacional com o nome que tiver em seu país de origem, podendo acrescentar as palavras "do Brasil" ou "para o Brasil".

Alternativa “D”: errada. As sociedades limitadas exigem a palavra “Limitada” ou sua abreviatura “Ltda.” (art. 1.158, caput, do CC). No caso, está com “S/A” de sociedade anônima (art. 1.160, do CC, e art. 3o, da Lei das SAs).

Alternativa “E”: correta. Companhia é o mesmo que sociedade anônima. As sociedades anônimas exigem “Sociedade Anônima” ou “S/A”, no começo, meio ou fim do nome empresarial. Também podem utilizar “Companhia” ou “Cia.”, as quais não podem ficar no final do nome (art. 3o, caput, da Lei das SAs). Por isso, a nomenclatura está de acordo com as normas que regem a matéria.

Resposta: alternativa “E”.

QUESTÃO 15 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2011 - EBC - ANALISTA - ADVOCACIA

( ) A denominação Planalto Cosméticos Ltda. é uma espécie de nome empresarial embasado em elemento fantasia.

Comentários:

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Correto. “Planalto” é uma expressão linguística (elemento fantasia) admitida para denominações de sociedades limitadas. E “Cosméticos” atende à obrigatoriedade de indicação do verdadeiro objeto da empresa (art. 1.158, § 2o, do CC, e art. 34, da Lei no 8.934, de 1994).

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 16 (NOME EMPRESARIAL) CESPE - 2009 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - 2 - PRIMEIRA FASE (SET/2009)

Considerando a doutrina relativa às espécies de nomes comerciais, assinale a opção correta.

a) O direito brasileiro se filia ao sistema legislativo da veracidade ou da autenticidade. Assim, a firma individual deve ser constituída sob o patronímico do empresário individual.

b) A omissão do termo “limitada” na denominação social não implica necessariamente a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores da firma.

c) A utilização da expressão “sociedade anônima” pode indicar a firma de sociedade simples ou empresária.

d) O registro do nome comercial na junta comercial de um estado garante à sociedade constituída a exclusividade da utilização internacional da denominação registrada.

Comentários:

Alternativa “A”: correta. O Brasil adotou o sistema da veracidade (ou autenticidade), conforme o art. 34, da Lei no 8.934, de 1994. Por exemplo, o Reino Unido e os Estados Unidos da América adotaram o sistema da liberdade plena (tanto o empresário individual como as sociedades podem adotar o nome que bem desejarem).

Alternativa “B”: errada. Se faltar o termo “limitada” ou “Ltda.”, os administradores que usarem a firma ou denominação de sociedades limitadas serão responsabilizados solidária e ilimitadamente pelo uso do nome empresarial (art. 1.158, § 3o, do CC).

Alternativa “C” : errada. A inclusão da expressão “Sociedade anônima” é exclusiva para denominação de sociedade anônima, que é uma espécie de sociedade empresária (arts. 982, segunda parte do parágrafo único, e 1.160, do CC, e art. 3o, da Lei das SAs).

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Alternativa “D” : errada. O registro empresarial garante proteção do nome empresarial apenas dentro dos limites do Estado em que houver sido feito o registro em Junta Comercial (art. 1.166, caput, do CC).

Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 17 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2011 - EBC - ANALISTA – ADVOCACIA

( ) A denominação Planalto Cosméticos Ltda. é uma espécie de nome empresarial embasado em elemento fantasia.

Comentários:

Correto. Planalto é uma expressão linguística (elemento fantasia) admitida para denominação de sociedades limitadas. E “Cosméticos” atende à obrigatoriedade de indicação verdadeira do objeto da empresa (art. 1.158, § 2o, do CC, e art. e art. 34, da Lei no 8.934, de 1994).

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 18 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2007 - TJ-TO - JUIZ

Considere que SB Móveis Ltda. possua vários móveis, imóveis, marcas e lojas intituladas de Super Bom Móveis, em diversos pontos da cidade. Nessa situação, à luz da disciplina jurídica do direito de empresa, avalie as seguintes afirmações.

( ) A lei veda a alienação do nome empresarial da SB Móveis Ltda.

( ) Pelo princípio da veracidade, o nome empresarial da SB Móveis Ltda. deve se distinguir de outros já existentes.

Comentários:

A primeira afirmativa está correta (art. 1.164, do CC).

CC:

“Art. 1.164. O nome empresarial não pode ser objeto de alienação.

Parágrafo único. O adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos, pode, se o contrato o permitir, usar o nome do alienante, precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor.”

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A segunda é incorreta, pois a necessidade de distinção decorre do princípio da novidade (art. 34, da Lei no 8.934, de 1994).

Lei no 8.934, de 1994:

“Art. 34. O nome empresarial obedecerá aos princípios da veracidade e da novidade.”

Resposta: a primeira é Verdadeira, e a segunda Falsa.

QUESTÃO 19 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2009 - BACEN - PROCURADOR

( ) Nome empresarial e título do estabelecimento são conceitos que não se confundem, uma vez que o nome empresarial se refere às relações do empresário perante os consumidores em geral, enquanto o título do estabelecimento significa a forma empresarial adotada no que concerne à limitação da responsabilidade.

( ) A sociedade anônima opera sob firma ou razão social, sempre designativa do objeto social e integrada pelas expressões sociedade anônima ou companhia, por extenso ou abreviadamente.

Comentários:

Na primeira parte de afirmativas, os conceitos são falsos:

• Nome empresarial é diferente de título de estabelecimento (esse também é conhecido pela doutrina pelo de “nome de fantasia”, que identifica o estabelecimento perante o público).

• Nome empresarial é objeto de registro nas Juntas Comerciais, já o segundo não (apesar de ser o mais conhecido Do público).

• Inexiste proteção específica para o “nome de fantasia”, a não ser a cláusula geral de proteção de atos ilícitos do art. 186, do CC.

• Como eu já disse, o público tem mais contato com o título de estabelecimento (nome de fantasia), ao passo que o nome empresarial é relevante para identificar, juridicamente, a natureza e o tipo de responsabilidade da sociedade. Por isso, essa primeira opção de afirmações é inverídica.

CC:

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“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

Também está errado dizer que as sociedades anônimas usam firma ou razão social. Elas usam denominação (art. 1.160, do CC, e art. 3o, da Lei das SAs).

Resposta: ambas são Falsas.

QUESTÃO 20 (ESTABELECIMENTO): CESPE - 2009 - BACEN - PROCURADOR

( ) Para o direito empresarial brasileiro, o conceito de empresa é objetivo, ou seja, empresa é o estabelecimento, enquanto empresário é a pessoa física que exerce sua atividade na empresa.

Comentários:

São dois aspectos que destaco aqui. O primeiro é: “empresa é o estabelecimento”, a qual está errada:

1) Estabelecimento é um complexo de bens, organizado para exercício da empresa (art. 1.142, do CC);

2) Empresa é a atividade empresarial exercida (atividade profissional economicamente organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, de acordo com o art. 966, caput, do CC).

Segunda parte: “empresário é a pessoa física que exerce sua atividade na empresa.” Está incompleta essa afirmação, pois empresário também pode ser uma pessoa jurídica (sociedade empresária), de acordo com o art. 982, caput, do CC.

Por falar nisso, quero repetir mais uma vez para que vocês se lembrem com facilidade: a nova figura da empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) é uma pessoa jurídica e não uma pessoa física (art. 44, inciso VI, do CC).

CC:

“Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado:

......................................

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VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada.”

Resposta: é Falsa.

QUESTÃO 21 (ESTABELECIMENTO): ESAF - 2010 - SMF-RJ - FISCAL DE RENDAS

Quanto ao estabelecimento empresarial, marque o opção incorreta.

a) Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.

b) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados.

c) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

d) Salvo disposição expressa em contrário, o alienante do estabelecimento pode fazer concorrência ao adquirente.

e) Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária.

Comentários:

Alternativa “A”: correta (art. 1.143, do CC).

CC:

“Art. 1.143. Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.”

Alternativa “B”: correta (art. 1.146, do CC).

CC:

“Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos

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créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.”

Alternativa “C”: correta (art. 1.149, do CC). Aqui a lei protege o devedor que pagou de boa-fé.

CC:

“Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.”

Alternativa “D”: errada (art. 1.147, do CC). Na verdade, é: salvo disposição contratual em contrário, não poderá fazer concorrência.

CC:

Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.”

Alternativa “E”: correta (art. 1.142, do CC).

CC:

“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.”

Resposta: alternativa “D”.

QUESTÃO 22 (ESTABELECIMENTO): CESPE - 2007 - TJ-TO - JUIZ

Considere que SB Móveis Ltda. possua vários móveis, imóveis, marcas e lojas intituladas de Super Bom Móveis, em diversos pontos da cidade. Nessa situação, à luz da disciplina jurídica do direito de empresa, avalie as seguintes afirmações.

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( ) O ponto empresarial confunde-se com o imóvel onde funciona cada loja da SB Móveis Ltda.

( ) O aviamento e o nome fantasia Super Bom Móveis são elementos integrantes do estabelecimento empresarial da SB Móveis Ltda.

Comentários:

A primeira afirmativa está errada. Ponto comercial não se confunde com o imóvel. Na verdade, existe uma linha tênue que distingue uma coisa da outra:

1) o ponto comercial (ou ponto empresarial) existe sobre a destinação do uso de um imóvel ao comércio (à empresa), formando-se ali uma clientela e uma determinada fama; e

2) o empresário não precisa ser proprietário de nenhum dos bens que organiza para seu estabelecimento, basta ser possuidor, a título de locação ou empréstimo, por exemplo.

A propósito, o empresário inquilino pode usar a chamada ação renovatória, da Lei do Inquilinato, para dar pleitear a continuidade a contrato de locação de imóvel para fins comerciais (empresariais) – é o chamado direito de inerência - por prazo igual ao do contrato em vigor, e desde que preenchidas certas condições.

Lei no 8.245, de 18 de outubro de 1991 (Lei do Inquilinato):

“Art. 51. Nas locações de imóveis destinados ao comércio, o locatário terá direito a renovação do contrato, por igual prazo, desde que, cumulativamente:

I - o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado;

II - o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos;

III - o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos.”

A segunda afirmativa também está errada. O aviamento (capacidade que uma empresa possui de gerar lucros) e o nome fantasia (ou título do estabelecimento) não integram o estabelecimento.

Resposta: ambas são Falsas.

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QUESTÃO 23 (ESTABELECIMENTO): TRF 3a REGIÃO – 2006 - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

"Complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária". Tal conceito corresponde:

a) ao estabelecimento;

b) à empresa;

c) à clientela;

d) ao aviamento.

Comentários:

Alternativa “A”: correta (art. 1.142, do CC).

Alternativa “B”: errada (art. 966, do CC).

Alternativa “C”: errada. Clientela (freguesia) sequer é um bem, mas corresponde a uma qualidade do estabelecimento.

Alternativa “D”: errada. Aviamento (aptidão para dar lucros) também não é um bem, é uma qualidade do estabelecimento.

Resposta: alternativa “ A”.

QUESTÃO 24 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis e de publicado na imprensa oficial.

Comentários:

Está correto. Quanto ao contrato de trespasse de estabelecimento, são duas as condições necessárias para produzir efeitos quanto a terceiros (art. 1.144, do CC):

1) averbação em cartório de registro empresarial; e

2) publicação em imprensa oficial.

CC:

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“Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.”

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 25 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial.

Comentários:

Correto. A lei realmente obrigou o vendedor do estabelecimento a responder solidariamente com o adquirente, pelo prazo de um ano, pelas dívidas vencidas, anteriores ao contrato de trespasse, e pelas vincendas, à época do contrato de trespasse.

Vejamos que existem duas formas de contagem (art. 1.146, do CC):

1) quanto aos créditos já vencidos antes do trespasse, conta-se um ano de prazo a partir da publicação; e

2) quanto aos créditos já vencidos (que ainda não venceram, conta-se um ano de prazo somente a partir da data do vencimento.

CC:

“Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.”

Resposta: é Falsa.

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QUESTÃO 26 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) Não se admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo de atividades e na mesma zona geográfica.

Comentários:

Errado. É negociável a possibilidade de concorrência entre vendedor e comprador do estabelecimento. No silêncio do contrato de trespasse, ficará proibida a concorrência do vendedor do estabelecimento com o adquirente. Mas pode haver cláusula em sentido oposto (art. 1.147, do CC).

CC:

“Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência.

Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.”

Resposta: alternativa Falsa.

QUESTÃO 27 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

Com relação ao estabelecimento empresarial, assinale a afirmativa incorreta.

a) É o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária.

b) Refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária.

c) Desponta a noção de aviamento.

d) Inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis.

e) É integrado pela propriedade intelectual.

Comentários:

Alternativa “A”: correta (art. 1.142, do CC).

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Alternativa “B”: errada. Como já dissemos hoje: estabelecimento é mais do que a sede da empresa. Todos os bens, corpóreos e incorpóreos, organizados para a empresa (complexo de bens), fazem parte do estabelecimento, que constitui uma universalidade de fato.

Alternativa “C”: correta. Aviamento (capacidade ou aptidão de uma empresa ser lucrativa) é uma qualidade (atributo), e não um bem do estabelecimento.

Alternativa “D”: correta. Falamos sobre isso na alternativa “B”. Exemplos de bens incorpóreos:

1) “estabelecimento virtual” ou “digital” (determinados bens incorpóreos, inacessíveis fisicamente, a não ser por intermédio de acessos à rede mundial de computadores);

2) marcas;

3) patentes, etc.

Alternativa “E”: correta. Propriedade intelectual também se enquadra no rol de bens do estabelecimento.

Resposta: alternativa “B”.

QUESTÃO 28 (ESTABELECIMENTO): PROVA: FGV - 2010 - SEAD-AP - AUDITOR DA RECEITA DO ESTADO - PROVA 2

Pedro Henrique tem uma sorveteria na qual vende sorvetes artesanais da sua marca Gelados. O imóvel no qual está localizada a empresa, os freezers e as máquinas necessárias para a elaboração dos sorvetes são alugados.

Os móveis e o estoque de matéria prima, no entanto, são de propriedade de Pedro Henrique. Ressalta-se que a marca é bastante conhecida na cidade e o seu estabelecimento já tem uma clientela fiel.

Considerando os fatos expostos, assinale a alternativa correta.

a) Fazem parte do estabelecimento empresarial apenas os móveis e o estoque de matéria prima, pois somente estes bens são de propriedade de Pedro Henrique.

b) Fazem parte do estabelecimento empresarial todos os bens que estão organizados para o desenvolvimento da empresa, isto é, tanto o imóvel, quando os freezers, as máquinas, os móveis, o estoque e a marca Gelados.

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c) Pedro Henrique não pode ser considerado empresário pois não desenvolve a atividade empresarial por meio de uma sociedade empresária.

d) Se Pedro Henrique desejar alienar o estabelecimento, o trespasse somente poderá abranger os bens de propriedade de Pedro Henrique, não podendo versar sobre os contratos relacionados com os outros bens.

e) Se Pedro Henrique desejar alienar o estabelecimento, o preço do negócio deverá corresponder exatamente ao preço de mercado dos bens de sua propriedade, considerados isoladamente.

Comentários:

Alternativa “A”: errada. O art. 1.142, do CC, exige que os bens sejam organizados pelo empresário, para a atividade empresarial, mas não diz que esses devem ser de sua propriedade.

Alternativa “B”: correta. De acordo com o que acabamos de dizer quanto à alternativa anterior.

Alternativa “C”: errada. O conceito de empresário não é exclusivo de sociedades empresárias, pois também inclui os empresários individuais e as empresas individuais de responsabilidade limitada, lembrando sempre que as EIRELIs são pessoas jurídicas, embora sejam formadas por uma única pessoa física (art. 44, inciso VI, do CC).

Alternativa “D”: errada. Os bens do estabelecimento não precisam ser de propriedade do empresário (podem ser locados ou ainda emprestados, p. ex.), portanto, nesse caso, podem ser objeto de trespasse.

Alternativa “E”: errada, pois a organização dos bens para a exploração de atividade empresarial torna-os mais valiosos.

Resposta: alternativa “B”.

QUESTÃO 29 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FGV - 2008 - TJ-MS - JUIZ

Em relação às microempresas e empresas de pequeno porte, assinale a afirmativa correta.

a) Para os efeitos da Lei Complementar 123/06, consideram-se microempresas e empresas de pequeno porte somente as sociedades empresárias e o empresário definido no art. 966 do Código Civil.

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b) As sociedades de cujo capital participe outra pessoa jurídica se incluem no regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte.

c) As sociedades por ações não se incluem no regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte.

d) As microempresas e empresas de pequeno porte estão excluídas da falência.

e) O documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento da microempresa e empresa de pequeno porte pode ser exigido pelos órgãos e entidades envolvidos.

Comentários:

Alternativa “A”: errada. O rol é mais amplo, pois, além da sociedade empresária e do empresário individual, inclui: a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada (redação atual do art. 3o, caput, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso (...)”.

Alternativa “B”: errada. O art. 3o, §4o, inciso VII, da Lei Complementar no

123, de 2006, inclui, entre suas vedações, as sociedades que participem do capital social de outra sociedade.

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ......................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

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...............................................

VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;”

Alternativa “C”: correta. A regra de vedação para ser considerada uma ME ou EPP alcança as sociedades por ações (sociedades anônimas e sociedades em comandita por ações), conforme o inciso X, do mesmo dispositivo da Lei Complementar no 123, de 2006.

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

...............................................

X - constituída sob a forma de sociedade por ações.”

Alternativa “D”: errada. A alternativa disse que toda e qualquer ME ou EPP estaria excluída da possibilidade de falência (Lei no 11.101, de 9 de fevereiro de 2005), o que não é verdade. Do rol de pessoas que podem ser ME ou EPP (art. 3o, caput, da Lei Complementar no 123, de 2006), as sociedades simples não estão compreendidas entre as que são sujeitas ao regime falimentar.

Lei no 11.101, de 2005

“Art. 1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor.”

Alternativa “E”: errada. A exigência documental da propriedade ou do contrato de locação de uma ME ou de uma EPP somente ocorrer para comprovação de endereço (art. 10, inciso II, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

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“Art. 10. Não poderão ser exigidos pelos órgãos e entidades envolvidos na abertura e fechamento de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo:

I - excetuados os casos de autorização prévia, quaisquer documentos adicionais aos requeridos pelos órgãos executores do Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins e do Registro Civil de Pessoas Jurídicas;

II - documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento, salvo para comprovação do endereço indicado;

III - comprovação de regularidade de prepostos dos empresários ou pessoas jurídicas com seus órgãos de classe, sob qualquer forma, como requisito para deferimento de ato de inscrição, alteração ou baixa de empresa, bem como para autenticação de instrumento de escrituração.”

Resposta: alternativa “C”.

QUESTÃO 30 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar n.° 123, de 14 de dezembro de 2006) reza que:

"Art. 3.° Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais)."

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Também poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto no Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte:

a) a sociedade que participe do capital de outra pessoa jurídica, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

b) a sociedade filial de pessoa jurídica com sede no exterior, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

c) a sociedade resultante de cisão ocorrida em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

d) a sociedade cooperativa de consumo, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

e) a sociedade por ações, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

Comentários:

Alternativa “A”: errada. Sociedade que participe de capital de outra não pode se qualificar como ME ou EPP, independentemente de sua receita bruta (art. 3o, § 4o, inciso VII, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

.................................................

X - que participe do capital de outra pessoa jurídica.”

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Alternativa “B”: errada. Sociedade que seja filial de pessoa jurídica com sede no exterior também não pode se beneficiar, independentemente de sua receita bruta (art. 3o, § 4o, inciso II, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

.................................................

II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;”

Alternativa “C”: errada. Também não pode se beneficiar a sociedade resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores, independentemente de sua receita bruta (inciso IX, do referido artigo da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores;”

Alternativa “D”: correta. As sociedades cooperativas de consumopodem se beneficiar, as demais cooperativas não podem (inciso VI, do referido artigo da Lei Complementar no 123, de 2006).

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Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

...............................................

VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;”

Alternativa “E”: errada. Sociedades por ações também não se beneficiam, independentemente de sua receita bruta (inciso X, do referido artigo da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

................................................

X - constituída sob a forma de sociedade por ações.”

Resposta: alternativa “D”.

QUESTÃO 31 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): IESES - 2011 - TJ-MA - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - PROVIMENTO POR INGRESSO

É correto afirmar sobre o enquadramento de microempresas e empresas de pequeno porte, segundo o Estatuto da Microempresa (Lei Complementar 123/2006):

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a) Sociedades empresárias que participem do capital de outras pessoas jurídicas podem ter o tratamento diferenciado dispensado pelo Estatuto da Microempresa, desde que não atinja o valor bruto de faturamento anual previsto no citado diploma legal.

b) Sociedades Anônimas podem ser enquadradas como empresas de pequeno porte.

c) Nenhuma sociedade cooperativa poderá ser considerada microempresa ou empresa de pequeno porte.

d) A empresa de cujo capital participe outra pessoa jurídica não poderá se beneficiar do tratamento legal diferenciado previsto para as microempresas e empresas de pequeno porte.

Comentários:

Alternativa “A”: errada (art. 3o, § 4o, inciso I, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;”

Alternativa “B”: errada (art. 3o, § 4o, inciso X, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

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.............................................

X - constituída sob a forma de sociedade por ações.”

Alternativa “C”: errada (art. 3o, § 4o, inciso VI, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

............................................

VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;”

Alternativa “D”: correta (art. 3o, § 4o, inciso VII, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 3o ........................................................................................

................................................

§ 4o Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

...............................................

VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;”

Resposta: alternativa “D”.

QUESTÃO 32 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FUNRIO - 2010 - SEBRAE-PA - ANALISTA TÉCNICO - LOGÍSTICA

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O tratamento diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte está previsto na Lei Complementar nº 123/2006, objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional e o incentivo à inovação tecnológica. Marque a alternativa correta.

a) Caso, em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 50% (cinquenta por cento) do total licitado.

b) A cédula de crédito microempresarial é título de crédito regido pela legislação prevista para as cédulas de crédito comercial, tendo como lastro o empenho do poder público, assemelhado a cheque administrativo, cabendo ao Poder Legislativo a sua regulamentação no prazo de seis quatro meses.

c) Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida apenas na fase de habilitação do processo licitatório e não para efeito de assinatura do contrato. Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 30 (trinta) dias úteis.

d) A administração pública poderá realizar processo licitatório, destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

e) Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte, no caso das propostas apresentadas sejam iguais ou até 5% (cinco por cento) superiores à proposta mais bem classificada.

Comentários:

Alternativa “A”: errada. O percentual máximo autorizado é de 30% e não de 50% (art. 48, inciso II, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 47. Nas contratações públicas da União, dos Estados e dos Municípios, poderá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional, a ampliação da eficiência das políticas públicas e o incentivo à inovação tecnológica, desde que previsto e

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regulamentado na legislação do respectivo ente.

Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar processo licitatório:

...........................................

II - em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 30% (trinta por cento) do total licitado;”

Alternativa “B”: errada. Pelo art. 46, parágrafo único, da Lei Complementar no 123, de 2006, a cédula de crédito microempresarial é titulo de crédito regido apenas subsidiariamente pelo regime de cédulas de crédito comercial. E a regulamentação do assunto prevista era de cento de oitenta dias. Cuidado: não confunda cento e oitenta dias com seis meses, pois não é a mesma coisa!

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 46. A microempresa e a empresa de pequeno porte titular de direitos creditórios decorrentes de empenhos liquidados por órgãos e entidades da União, Estados, Distrito Federal e Município não pagos em até 30 (trinta) dias contados da data de liquidação poderão emitir cédula de crédito microempresarial.

Parágrafo único. A cédula de crédito microempresarial é título de crédito regido, subsidiariamente, pela legislação prevista para as cédulas de crédito comercial, tendo como lastro o empenho do poder público, cabendo ao Poder Executivo sua regulamentação no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da publicação desta Lei Complementar.”

Alternativa “C”: errada (arts. 42 e 43, § 1o, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será

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exigida para efeito de assinatura do contrato.

Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participação em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição.

§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis por igual período, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão negativa.

§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o

deste artigo, implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à Administração convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do contrato, ou revogar a licitação.”

Alternativa “D”: correta (art. 48, inciso I, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administração pública poderá realizar processo licitatório:

I - destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);”

Alternativa “E”: errada. O percentual de 5% é apenas para a modalidade pregão (art. 44, § 2o, da Lei Complementar no 123 de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

“Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e

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empresas de pequeno porte.

§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores à proposta mais bem classificada.

§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço.”

Resposta: alternativa “D”.

QUESTÃO 33 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FUNRIO - 2010 - SEBRAE-PA - ANALISTA TÉCNICO - CONTABILIDADE

A Lei Geral de 14 de dezembro de 2006 estabeleceu uma série de normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte. Assinale a alternativa que indica um benefício NÃO PREVISTO na Lei Geral:

a) dispensa do cumprimento de todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias.

b) regime unificado de apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive com simplificação das obrigações fiscais acessórias.

c) facilitação do acesso ao crédito e ao mercado.

d) preferência nas compras públicas.

e) parcelamento de dívidas tributárias para adesão ao Simples Nacional.

Comentários:

Alternativa “A”: incorreta. Não tem base jurídica. Dispensar de uma obrigação é mais do que dar tratamento diferenciado ou favorecido, ou seja: as MEs e as EPPs não estão dispensadas de cumprir com as suas obrigações trabalhistas e previdenciárias.

Já, as alternativas “B”, “C”, “D” e “E” estão corretas (arts. 1o, incisos I a III, 21, § 15, da Lei Complementar no 123, de 2006).

Lei Complementar no 123, de 2006

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“Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, especialmente no que se refere:

I - à apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, mediante regime único de arrecadação, inclusive obrigações acessórias;

II - ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias, inclusive obrigações acessórias;

III - ao acesso a crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão.

.................................................

Art. 21. ........................................................................................

................................................

§ 15. Compete ao CGSN fixar critérios, condições para rescisão, prazos, valores mínimos de amortização e demais procedimentos para parcelamento dos recolhimentos em atraso dos débitos tributários apurados no Simples Nacional, observado o disposto no § 3o deste artigo e no art. 35 e ressalvado o disposto no § 19 deste artigo.”

Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 34 (PREPOSTO): ESAF - 2010 - MTE - AUDITOR FISCAL DO TRABALHO - PROVA 2

Sobre a disciplina dos prepostos no Livro do Direito de Empresa do Código Civil, assinale a opção incorreta.

a) Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei exigir poderes especiais.

b) Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto.

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c) O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.

d) O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função.

e) Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes.

Comentários:

Alternativa “A”: incorreta. O gerente pode praticar todos os atos necessários ao exercícios dos poderes que lhe foram outorgados. Existe ressalva com relação aos poderes especiais previstos em lei (art. 1.173, do CC).

CC:

“Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.”

Alternativa “B”: correto. É o próprio texto do art. 1.171, do CC.

CC:

“Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação.”

Alternativa “C”: correta. Essa limitação decorre do art. 1.169, do CC. Sem a devida autorização, o preposto responderá pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações também.

CC:

“Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.”

Alternativa “D”: correta (art. 1.176, do CC).

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CC:

“Art. 1.176. O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função.

Alternativa “E”: correta (art. 1.173, parágrafo único, do CC).

CC:

“Art. 1.173. Quando a lei não exigir poderes especiais, considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados.

Parágrafo único. Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes.”

Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 35 (PREPOSTO): TJ-MG - 2009 - JUIZ SUBSTITUTO

( ) No Direito Brasileiro, considera-se empresário o profissional da empresa inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

Comentários:

Errado. Cuidado com a leitura e compreensão dessa afirmação! Um dos enfoques possíveis é que o registro do empresário individual possui natureza meramente declaratória, pois ele será um empresário irregular, antes da inscrição em cartório de registro empresarial. Tanto é que poderá sofrer processo falimentar, mesmo que não registrado regularmente.

Por outro lado, entendo que o profissional de empresa a que se refere a afirmação é o gerente, que pode ser “inscrito” no cartório de registro empresarial para a finalidade do art. 1.174, do CC, qual seja, dar publicidade às limitações de poderes de gerência.

No caso, a afirmação é falsa porque gerente não pode ser considerado empresário, na verdade é um preposto do empresário.

CC:

“Art. 1.172. Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta, ou em sucursal, filial ou agência.

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...............................................

Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvose provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.

Parágrafo único. Para o mesmo efeito e com idêntica ressalva, deve a modificação ou revogação do mandato ser arquivada e averbada no Registro Público de Empresas Mercantis.”

Resposta: alternativa Falsa.

QUESTÃO 36 (PREPOSTO): CESPE - 2009 - BACEN – PROCURADOR

( ) Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta ou em sucursal, filial ou agência. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele.

Comentários:

As afirmações contidas nessa questão estão corretas (arts. 1.172 e 1.175, do CC).

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 37 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO - DIREITO

( ) A escrituração mercantil deverá ser obrigatoriamente realizada por intermédio de contabilista legalmente habilitado, salvo se não houver nenhum na localidade.

Comentários:

Correto (art. 1.182, do CC).

CC:

“Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.”

“Art. 1.174. As limitações contidas na outorga de poderes, para serem

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opostas a terceiros, dependem do arquivamento e averbação do instrumento no Registro Público de Empresas Mercantis, salvo se provado serem conhecidas da pessoa que tratou com o gerente.”

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 38 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO - DIREITO

( ) O Código Civil de 2002 estabelece a regra de sigilo dos livros mercantis, vedando qualquer diligência para verificar o preenchimento de formalidades legais, salvo quando tratar-se de exibição para a solução de questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, falência e fiscalização de autoridades fazendárias.

Comentários:

Correta (art. 1.191, caput, do CC)

CC:

“Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.

§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.

§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.”

Resposta: alternativa Verdadeira.

QUESTÃO 39 (ESCRITURAÇÃO): FGV - 2008 - TJ-PA - JUIZ

O direito de sigilo dos livros comerciais pode ser quebrado:

a) apenas em demanda judicial que envolva os interesses da União.

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b) apenas quando a demanda judicial envolver, pelo menos, dois empresários.

c) quando houver requerimento de falência ou recuperação judicial.

d) se houver requerimento administrativo assinado pelo interessado.

e) apenas quando houver crime fiscal.

Comentários:

Podemos eliminar as alternativas que contém a palavra “apenas” (“A”, “B” e “E”). Na verdade, sabemos que o rol de possibilidades vai além de cada descrição feita nessas alternativas.

A alternativa “D” é inadmissível, porque, via de regra, não se quebra o sigilo de livro empresarial meramente pela via administrativa, somente pela via judicial.

A correta é a alternativa “C” (art. 191, caput, parte final, do CC).

Resposta: Alternativa “C”.

QUESTÃO 40 (ESCRITURAÇÃO): ESAF - 2005 - SET-RN - AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL - PROVA 1

A obrigação de manter a escrituração das operações comerciais seja em livros seja de forma mecanizada, em fichas ou arquivos eletrônicos,

a) serve para que, periodicamente, se apure a variação patrimonial.

b) permite que se apure o cumprimento das obrigações e sua regularidade.

c) serve para preservar informações de interesse dos sócios das sociedades empresárias.

d) constitui prova do exercício regular de atividade empresária.

e) facilita a organização de balancetes mensais para prestação de contas aos sócios.

Comentários:

Para conhecer a banca! Na verdade, todas as alternativas estão corretas. Mas, para a ESAF, a principal função da escrituração é constituir prova da atividade regular de atividade empresária.

Resposta: Alternativa “D”.

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QUESTÃO 41 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - FISCAL DA RECEITA ESTADUAL

Acerca das obrigações dos empresários, assinale a opção correta.

a) São obrigações do empresário e da sociedade empresária efetuar os seus registros nas juntas comerciais, manter a escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a respectiva documentação, e levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico.

b) Os livros empresariais podem ser divididos em obrigatórios, exigidos por lei, e facultativos, não exigidos por lei, mas que auxiliam os empresários em sua atividade. Entre os livros obrigatórios, incluem-se o copiador de cartas, o livro razão e o livro caixa; e entre os livros facultativos, o livro diário, o livro de estoque e o livro borrador.

c) São dispensados do dever de escrituração os pequenos e médios empresários e as empresas de pequeno porte, na forma definida em lei.

d) As restrições estabelecidas ao exame da escrituração aplicam-se também às autoridades fazendárias, no regular exercício da fiscalização do pagamento de impostos.

Comentários:

Alternativa “A”: correta (arts. 967 e 1.179, do CC).

CC:

“Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados aseguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.”

Alternativa “B”: errada. O livro Diário é o único livro relacionado na categoria de livros obrigatórios comuns (categoria imposta a todos os empresários). O Diário pode ser substituído por fichas nos casos de escrituração mecanizada ou eletrônica (art. 1.180, do CC). E, no caso de adoção das fichas, poderá substituir o livro Diário pelo de Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele (art. 1.185, do CC).

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Alternativa “C”: errada. A lei não fala que “médios empresários” estão dispensados do dever de escrituração, apenas diz que os “pequenos empresários” estão dispensados dessa obrigação (art. 1.179, § 2o, do CC).

ATENÇÃO: ressalvas quanto à simplificação legal prevista para o “pequeno empresário” (art. 179, § 2o, do CC)!

ü Dispensa de escrituração: pelo Estatuto da ME e EPP (Lei Complementar no 123, de 2006), somente as MEs e as EPPs que optarem pelo Simples Nacional estão dispensadas de manter escrituração mercantil, só que continuam obrigadas a emitir nota fiscal e a conservar em boa guarda os documentos relativos à sua atividade (art. 26, incisos I e II, do Estatuto).

• Simples Nacional: é um regime tributário simplificado, em que são pagos diversos tributos em um único recolhimento, e de forma proporcional ao faturamento do contribuinte.

• Situações especiais:

a) se não fizeram a opção pelo Simples Nacional, devem as MEs e EPPs fazer a escrituração em livro-Caixa, em que deverá constar toda a sua movimentação financeira e bancária (art. 26, § 2o, do Estatuto); e

b) quanto às sociedades limitadas de propósitos específicos (SPE), formadas por MEs e EPPs para negócios nacionais ou internacionais, na forma do art. 46, do Estatuto da ME e EPP, estão obrigadas a fazer sua escrituração nos livros Diário e Razão (art. 26, § 2o, inciso IV, do mesmo Estatuto).

Alternativa “D”: errada. As autoridades fazendárias não se sujeitam às restrições ao exame de escrituração (art. 1.193, do CC).

CC:

“Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.”

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Resposta: alternativa “A”.

QUESTÃO 42 (ESCRITURAÇÃO): NCE-UFRJ - 2005 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

Com relação à escrituração, pode-se afirmar que:

a) segundo o novo Código Civil, todo empresário está obrigado a possuir livros empresarias, mais precisamente o Diário e o Copiador de Cartas;

b) em qualquer hipótese pode o Juiz, inclusive de ofício, determinar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração, quando necessária para auxiliar a solução de uma pendência judicial;

c) se houver determinação judicial para o empresário exibir seus livros, caso este se recuse, não ensejará confissão ficta;

d) a falta ou indevida escrituração nos livros obrigatórios enseja sérias conseqüências, inclusive no âmbito penal, podendo configurar infração penal;

e) o empresário está obrigado a fazer a escrituração em livros, não podendo utilizar escrituração eletrônica.

Comentários:

Alternativa “A”: errada, já que o único livro obrigatório é o “Diário”, que pode ser substituído por fichas nos casos de escrituração mecanizada ou eletrônica (art. 1.180, do CC). E, no caso de adoção das fichas, poderá substituir o livro Diário pelo de Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele (art. 1.185, do CC).

Alternativa “B”: errada. Existe limitações para o Judiciário:

a) a regra é o sigilo dos registros empresariais, salvo nos casos previstos em lei, por ordem judicial (art. 1.190, do CC);

b) Súmula 260 do STF: “O exame de livros comerciais, em ação judicial, fica limitado as transações entre os litigantes.” Só que, nos casos previstos em lei, a exibição deve ser completa (ex.: falência);

c) autorização do CC (art. 1.191), para ordem judicial: quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência;

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d) autorização no CPC (art. 381), para ordem judicial: a requerimento da parte, pode ser determinada a exibição integral dos livros comerciais e dos documentos do arquivo na liquidação de sociedade (inciso I); na sucessão por morte de sócio (inciso II); e quando e como determinar a lei (inciso III);

e) autorização da Lei das SA (art. 105): exibição por inteiro dos livros da companhia pode ser ordenada judicialmente sempre que, a requerimento de acionistas que representem, pelo menos, 5% (cinco por cento) do capital social, sejam apontados atos violadores da lei ou do estatuto, ou haja fundada suspeita de graves irregularidades praticadas por qualquer dos órgãos da companhia;

f) as restrições de sigilo não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais (art. 1.193, do CC);

g) Súmula 439 do STF: “Estão sujeitos a fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação”.

Alternativa “C”: errada, pois ocorre ficção presumida ou ficta (art. 1.192, do CC).

CC:

“Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.

§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.

§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.

Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se

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provar pelos livros.”

Alternativa “D”: correta (art. 178, da Lei de Falências).

Lei de Falências:

“Art. 178. Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar o plano de recuperação extrajudicial, os documentos de escrituração contábil obrigatórios:

Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.”

Alternativa “E”: errada (art. 1.180, do CC), já que se admite escrituração pela forma eletrônica.

CC:

“Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.”

Resposta: alternativa “D”.

QUESTÃO 43 (ESCRITURAÇÃO): FCC - 2011 - TCE-PR - ANALISTA DE CONTROLE - JURÍDICA

Os livros e fichas dos empresários e sociedades

a) somente fazem prova contra as pessoas a que pertencerem.

b) nada provam contra as pessoas a que pertencem, mas provam em seu favor, quando, escriturados sem vícios extrínsecos ou intrínsecos, forem confirmados por outros subsídios.

c) provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.

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d) constituem meio de prova bastante, quando escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, mesmo nos casos em que a lei exige escritura pública.

e) só constituem meio de prova nos litígios entre empresários.

Comentários:

Buscamos no Código de Processo Civil (CPC) as regras quanto ao poder de eficácia probatória dos livros empresariais (comerciais):

1) os livros provam contra o seu autor (art. 378, primeira parte, do CPC);

2) é lícito ao comerciante, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos (art. 378, segunda parte, do CPC) – essa regra demonstra que o valor probante dos livros não é absoluto, pois admite prova em contrário, e possuem valor probatório mesmo que não estejam corretamente escriturados;

3) os livros comerciais provam a favor do empresário, desde que preenchidos os requisitos exigidos em lei, inclusive em litígios entre comerciantes ou empresários (art. 379, do CPC).

CPC:

“Art. 378. Os livros comerciais provam contra o seu autor. É lícito ao comerciante, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos.

Art. 379. Os livros comerciais, que preencham os requisitos exigidos por lei, provam também a favor do seu autor no litígio entre comerciantes.”

E, com base no CC:

1) os livros comerciais provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, e forem confirmados por outros subsídios (art. 226, caput, do CC);

2) a prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de

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requisitos especiais, e ainda pode ser ilidida (desmentida, provado o inverso) pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.

CPC:

“Art. 226. Os livros e fichas dos empresários e sociedades provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.

Parágrafo único. A prova resultante dos livros e fichas não é bastante nos casos em que a lei exige escritura pública, ou escrito particular revestido de requisitos especiais, e pode ser ilidida pela comprovação da falsidade ou inexatidão dos lançamentos.”

Alternativa “A”: errada, pois os livros provam também a favor das pessoas a quem pertencerem (art. 379, do CPC, e art. 226, caput, do CC).

Alternativa “B”: errada, pois os livros provam também contra as pessoas a quem pertencerem (art. 378, primeira parte, do CPC, e art. 226, caput, do CC). A segunda parte está correta, pois provam a seu favor se estiverem corretamente preenchidos os requisitos legais de escrituração (art. 379, do CPC, e art. 226, caput, do CC).

Alternativa “C”: correta (art. 226, caput, do CC).

Alternativa “D”: errada, pois os livros e fichas não são bastantes para provar nos casos em que a lei exige escritura pública (art. 226, parágrafo único, do CC).

Alternativa “E”: errada, pois os livros provam também entre comerciantes (art. 379, do CPC).

Resposta: alternativa “C”.

QUESTÃO 44 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - BACEN – PROCURADOR

( ) Mesmo que o empresário adote o sistema de fichas de lançamentos, o livro diário, por ser obrigatório, não pode ser substituído pelo livro balancetes diários e balanços, ainda que observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.

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Comentários:

Errado. O único livro obrigatório é o “Diário”, que pode ser substituído por fichas nos casos de escrituração mecanizada ou eletrônica (art. 1.180, do CC). E, no caso de adoção das fichas, pode-se substituir o livro Diário pelo de Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele (art. 1.185, do CC).

Resposta: alternativa Falsa.

QUESTÃO 45 (ESCRITURAÇÃO): FGV - 2011 - SEFAZ-RJ - AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL - PROVA 2

O empresário individual e as sociedades empresárias são obrigados, por lei, a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. A respeito dos livros comerciais, é INCORRETO afirmar que

a) salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.

b) o empresário que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas, contudo, as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.

c) o juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.

d) a filial localizada no Brasil, de sociedade empresária com sede em país estrangeiro, fica subordinada às mesmas disposições relativas à escrituração dos livros comerciais, previstas no Código Civil brasileiro.

e) além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Razão, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

Comentários:

Alternativa “A”: correta (art. 1.181, do CC).

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CC:

“Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.

Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.”

Alternativa “B”: correta (art. 1.185, do CC).

CC:

“Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.”

Alternativa “C”: correta (art. 1.191, caput, do CC).

CC:

“Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.”

Alternativa “D”: correta (art. 1.195, do CC).

CC:

“Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.”

Alternativa “E”: errada. É o livro Diário e não o Razão (art. 1.180, caput, do CC).

CC:

“Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração

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mecanizada ou eletrônica.

Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.”

Resposta: Alternativa “E”.

QUESTÃO 46 (ESCRITURAÇÃO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

Com relação aos livros comerciais, desconsiderando a categoria dos microempresários e empresários de pequeno porte, analise as afirmativas a seguir.

I. O livro "Diário", ou os instrumentos contábeis que legalmente o substituem (as fichas de lançamentos e o livro "Balancetes Diários e Balanços"), é o único livro de escrituração obrigatória para todos os empresários.

II. Em demanda entre empresário contra não-empresário, o livro comercial faz prova irrefutável a favor do seu titular, desde que atendidos todos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de regularidade do livro.

III. As sociedades limitadas, regidas supletivamente pelas normas da sociedade simples, estão dispensadas da escrituração do livro "Registro de Duplicatas".

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

Comentários:

Item “I”: correta (art. 1.180, do CC).

Item “II”: errada. Para se tornar meio de prova na relação litigiosa entre empresário e não empresário, a regularidade escritural é exigida juntamente com confirmação por outros subsídios (art. 226, caput, do CC).

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Item “III”: errada, porque o livro de Registro de Duplicatas é obrigatório para todos os empresários que emitem duplicatas (art. 19 da Lei das Duplicatas, que é a Lei no 5.474, de 1968).

Resposta: Alternativa “A”.

EXERCÍCIOS REPETIDOS - AULA 01

Empresa individual de responsabilidade limitada. Nome empresarial. Estabelecimento. Microempresa e empresa de pequeno porte. Prepostos. Escrituração.

QUESTÃO 1 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA): TJ-MG - 2009 - JUIZ SUBSTITUTO

No Direito Brasileiro, considera-se empresário:

a) Quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.

b) Toda pessoa física ou jurídica titular de organização de natureza civil ou mercantil destinada à exploração de qualquer atividade com fins econômicos.

QUESTÃO 2 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA): CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO – JUIZ

Assinale a opção correta acerca do direito da empresa.

a) O termo empresa não se refere à pessoa jurídica, mas à atividade econômica que tem por função organizar a produção ou circulação de bens ou serviços.

b) O termo empresário refere-se ao sócio da sociedade empresária.

c) Em regra, as sociedades empresárias e as simples devem-se registrar perante a junta comercial.

d) O profissional liberal desempenha, via de regra, atividade empresária, mesmo que não empregue terceiros.

e) Após o Código Civil de 2002, que adotou a teoria da empresa, não se pode mais falar em autonomia do direito comercial.

QUESTÃO 3 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA):

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CESGRANRIO - 2008 - BNDES - PROFISSIONAL BÁSICO - ESPECIALIDADE – ADMINISTRAÇÃO

A adoção da Teoria da Empresa no direito positivo brasileiro se consolida com a entrada em vigor do Código Civil de 2002. Ainda assim, o atual ordenamento jurídico brasileiro reconhece hipóteses de atividades econômicas civis que não se submetem ao regime jurídico-empresarial. A esse respeito, analise os exemplos a seguir.

I - Leonardo presta serviços de consultoria diretamente a pessoas físicas ou jurídicas, com habitualidade e intuito lucrativo, mas sem constituir sociedade, tampouco contratar empregados.

II - Cristina é advogada recém-formada que atende pessoalmente seus primeiros clientes no escritório de advocacia do qual é sócia com sua amiga Ana, também advogada, contando com o auxílio de colaboradores empregados nas funções de recepcionista, secretária e arquivista.

III - Helena prepara em sua casa doces que vende para restaurantes e bufês, com habitualidade e intuito lucrativo, mas sem constituir sociedade, tampouco contratar empregados.

Submete(m)-se ao regime jurídico-empresarial a(s) atividade(s) exercida(s) por

a) Helena, apenas.

b) Cristina, apenas.

c) Cristina e Helena, apenas.

d) Leonardo e Helena, apenas.

e) Leonardo e Cristina, apenas.

QUESTÃO 4 (QUESTÃO EXTRA SOBRE TEORIA DA EMPRESA): CESPE - 2011 - TJ-PB - JUIZ

A respeito da disciplina aplicável ao empresário individual, assinale a opção correta.

a) O empresário individual que venha a se tornar civilmente incapaz poderá obter autorização judicial para continuação de sua atividade; tal autorização, entretanto, deverá ser averbada na junta comercial e servirá para atos singulares, não podendo ser genérica.

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b) O servidor público pode ser empresário individual, desde que a atividade empresarial seja compatível com o cargo público que ele exerça.

c) Ao empresário individual é permitida a alienação, sem a outorga de seu cônjuge, de bens imóveis destinados à sua atividade empresarial.

d) O empresário individual assume os riscos da empresa até o limite do capital que houver destinado à atividade, não respondendo com seus bens pessoais por dívidas da empresa.

e) Em atenção ao princípio da continuidade da empresa, os bens destinados pelo empresário individual à exploração de sua atividade não respondem por suas dívidas pessoais.

QUESTÃO 5 (NOME EMPRESARIAL): ESAF - 2010 - MTE - AUDITOR FISCAL DO TRABALHO - PROVA 2

Assinale, a seguir, a sociedade que só pode adotar denominação social.

a) Companhia.

b) Sociedade em nome coletivo.

c) Sociedade Limitada.

d) Sociedade em conta de participação.

e) Sociedade em comum.

QUESTÃO 6 (NOME EMPRESARIAL): CARLOS BANDEIRA

Assinale, a seguir, a única alternativa que não admite a adoção de denominação social.

a) Companhia.

b) Sociedade em comum.

c) Sociedade Limitada.

d) Sociedade anônima.

e) Empresa individual de responsabilidade limitada.

QUESTÃO 7 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2008 - TCM-RJ - AUDITOR

Em relação ao nome empresarial, assinale a afirmativa correta.

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a) Recebe a proteção efetivada pelo Registro Público de Empresas Mercantis em todo o território nacional.

b) A sociedade limitada se forma sempre na modalidade de denominação.

c) É facultativo para o empresário individual e obrigatório para a sociedade empresária.

d) A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação.

e) A denominação das sociedades simples, por terem regime próprio, não é equiparada ao nome empresarial para efeitos de proteção da lei.

QUESTÃO 8 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2008 - TCM-RJ - PROCURADOR

A respeito do nome empresarial, assinale a alternativa correta.

a) A sociedade em comandita por ações pode adotar firma ou denominação, integradas pela expressão "comandita por ações".

b) A sociedade em conta de participação pode adotar firma ou denominação, integradas pela expressão "em conta de participação".

c) A razão social equivale à denominação.

d) A sociedade anônima pode adotar o nome de seu fundador em sua razão social.

e) São espécies de nome empresarial: firma individual, firma coletiva, razão social e denominação.

QUESTÃO 9: (NOME EMPRESARIAL) ESAF - 2009 - RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL - PROVA 1

( ) O empresário individual registra uma razão social no Registro Público de Empresas.

QUESTÃO 10 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) "Alves & Cia. C/A" refere-se a uma sociedade em comandita por ações que optou pela utilização de firma social, sendo Alves um sócio diretor ou gerente da sociedade.

QUESTÃO 11 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE

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RENDAS - PROVA 2

( ) "José da Silva Minerações S/A" refere-se a uma sociedade anônima que tem como objeto a atividade mineradora, sendo José da Silva uma pessoa que concorreu para o sucesso dessa empresa.

QUESTÃO 12 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) "José S. da Silva" refere-se a um empresário individual.

QUESTÃO 13 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) "Companhia Nacional de Armarinhos" refere-se a uma sociedade limitada que adota as normas da sociedade anônima como lei supletiva e que tem como objeto a atividade de armarinhos.

QUESTÃO 14 (NOME EMPRESARIAL): FGV - 2009 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

Assinale a alternativa cujo enunciado contenha nome comercial que está em conformidade com a legislação nacional.

a) João Pedro Liberati e Francisco Souza são sócios em uma sociedade em conta de participação cujo nome empresarial é Liberati & Souza, Comércio de Carnes Ltda.

b) Regina Nogueira e Patrícia Silveira são sócias em uma sociedade limitada cujo objeto social é o comércio de roupas e o nome empresarial é Floricultura Nogueira & Silveira Ltda.

c) TBLG SPA, sociedade estrangeira italiana, funciona no Brasil com a seguinte denominação: TBLG SPA, Sociedade Estrangeira Italiana.

d) João Pedro e Pedro João são sócios de uma sociedade limitada cuja denominação é João & Pedro S.A.

e) Joana Treviso e Maria Veneto são acionistas da companhia cujo nome empresarial é Malhas & Meias Bonitas S.A.

QUESTÃO 15 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2011 - EBC - ANALISTA – ADVOCACIA

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( ) A denominação Planalto Cosméticos Ltda. é uma espécie de nome empresarial embasado em elemento fantasia.

QUESTÃO 16 (NOME EMPRESARIAL) CESPE - 2009 - OAB - EXAME DE ORDEM UNIFICADO - 2 - PRIMEIRA FASE (SET/2009)

Considerando a doutrina relativa às espécies de nomes comerciais, assinale a opção correta.

a) O direito brasileiro se filia ao sistema legislativo da veracidade ou da autenticidade. Assim, a firma individual deve ser constituída sob o patronímico do empresário individual.

b) A omissão do termo “limitada” na denominação social não implica necessariamente a responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores da firma.

c) A utilização da expressão “sociedade anônima” pode indicar a firma de sociedade simples ou empresária.

d) O registro do nome comercial na junta comercial de um estado garante à sociedade constituída a exclusividade da utilização internacional da denominação registrada.

QUESTÃO 17 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2011 - EBC - ANALISTA – ADVOCACIA

( ) A denominação Planalto Cosméticos Ltda. é uma espécie de nome empresarial embasado em elemento fantasia.

QUESTÃO 18 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2007 - TJ-TO - JUIZ

Considere que SB Móveis Ltda. possua vários móveis, imóveis, marcas e lojas intituladas de Super Bom Móveis, em diversos pontos da cidade. Nessa situação, à luz da disciplina jurídica do direito de empresa, avalie as seguintes afirmações.

( ) A lei veda a alienação do nome empresarial da SB Móveis Ltda.

( ) Pelo princípio da veracidade, o nome empresarial da SB Móveis Ltda. deve se distinguir de outros já existentes.

QUESTÃO 19 (NOME EMPRESARIAL): CESPE - 2009 - BACEN –

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PROCURADOR

( ) Nome empresarial e título do estabelecimento são conceitos que não se confundem, uma vez que o nome empresarial se refere às relações do empresário perante os consumidores em geral, enquanto o título do estabelecimento significa a forma empresarial adotada no que concerne à limitação da responsabilidade.

( ) A sociedade anônima opera sob firma ou razão social, sempre designativa do objeto social e integrada pelas expressões sociedade anônima ou companhia, por extenso ou abreviadamente.

QUESTÃO 20 (ESTABELECIMENTO): CESPE - 2009 - BACEN - PROCURADOR

( ) Para o direito empresarial brasileiro, o conceito de empresa é objetivo, ou seja, empresa é o estabelecimento, enquanto empresário é a pessoa física que exerce sua atividade na empresa.

QUESTÃO 21 (ESTABELECIMENTO): ESAF - 2010 - SMF-RJ - FISCAL DE RENDAS

Quanto ao estabelecimento empresarial, marque o opção incorreta.

a) Pode o estabelecimento ser objeto unitário de direitos e de negócios jurídicos, translativos ou constitutivos, que sejam compatíveis com a sua natureza.

b) O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados.

c) A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.

d) Salvo disposição expressa em contrário, o alienante do estabelecimento pode fazer concorrência ao adquirente.

e) Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária.

QUESTÃO 22 (ESTABELECIMENTO): CESPE - 2007 - TJ-TO - JUIZ

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Considere que SB Móveis Ltda. possua vários móveis, imóveis, marcas e lojas intituladas de Super Bom Móveis, em diversos pontos da cidade. Nessa situação, à luz da disciplina jurídica do direito de empresa, avalie as seguintes afirmações.

( ) O ponto empresarial confunde-se com o imóvel onde funciona cada loja da SB Móveis Ltda.

( ) O aviamento e o nome fantasia Super Bom Móveis são elementos integrantes do estabelecimento empresarial da SB Móveis Ltda.

QUESTÃO 23 (ESTABELECIMENTO): TRF 3a REGIÃO – 2006 - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

"Complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária". Tal conceito corresponde:

a) ao estabelecimento;

b) à empresa;

c) à clientela;

d) ao aviamento.

QUESTÃO 24 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) O contrato de trespasse de estabelecimento empresarial produzirá efeitos quanto a terceiros só depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis e de publicado na imprensa oficial.

QUESTÃO 25 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

( ) Com relação aos créditos de natureza civil vencidos antes da celebração do contrato de trespasse, o vendedor do estabelecimento continuará por eles solidariamente obrigado, pelo prazo de um ano contado a partir da publicação do contrato de trespasse na imprensa oficial.

QUESTÃO 26 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

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( ) Não se admite, mesmo por convenção expressa entre os contratantes, o imediato restabelecimento do vendedor do estabelecimento no mesmo ramo de atividades e na mesma zona geográfica.

QUESTÃO 27 (ESTABELECIMENTO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

Com relação ao estabelecimento empresarial, assinale a afirmativa incorreta.

a) É o complexo de bens organizado para o exercício da empresa, por empresário ou por sociedade empresária.

b) Refere-se tão-somente à sede física da sociedade empresária.

c) Desponta a noção de aviamento.

d) Inclui, também, bens incorpóreos, imateriais e intangíveis.

e) É integrado pela propriedade intelectual.

QUESTÃO 28 (ESTABELECIMENTO): PROVA: FGV - 2010 - SEAD-AP - AUDITOR DA RECEITA DO ESTADO - PROVA 2

Pedro Henrique tem uma sorveteria na qual vende sorvetes artesanais da sua marca Gelados. O imóvel no qual está localizada a empresa, os freezers e as máquinas necessárias para a elaboração dos sorvetes são alugados.

Os móveis e o estoque de matéria prima, no entanto, são de propriedade de Pedro Henrique. Ressalta-se que a marca é bastante conhecida na cidade e o seu estabelecimento já tem uma clientela fiel.

Considerando os fatos expostos, assinale a alternativa correta.

a) Fazem parte do estabelecimento empresarial apenas os móveis e o estoque de matéria prima, pois somente estes bens são de propriedade de Pedro Henrique.

b) Fazem parte do estabelecimento empresarial todos os bens que estão organizados para o desenvolvimento da empresa, isto é, tanto o imóvel, quando os freezers, as máquinas, os móveis, o estoque e a marca Gelados.

c) Pedro Henrique não pode ser considerado empresário pois não desenvolve a atividade empresarial por meio de uma sociedade empresária.

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d) Se Pedro Henrique desejar alienar o estabelecimento, o trespasse somente poderá abranger os bens de propriedade de Pedro Henrique, não podendo versar sobre os contratos relacionados com os outros bens.

e) Se Pedro Henrique desejar alienar o estabelecimento, o preço do negócio deverá corresponder exatamente ao preço de mercado dos bens de sua propriedade, considerados isoladamente.

QUESTÃO 29 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FGV - 2008 - TJ-MS – JUIZ

Em relação às microempresas e empresas de pequeno porte, assinale a afirmativa correta.

a) Para os efeitos da Lei Complementar 123/06, consideram-se microempresas e empresas de pequeno porte somente as sociedades empresárias e o empresário definido no art. 966 do Código Civil.

b) As sociedades de cujo capital participe outra pessoa jurídica se incluem no regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte.

c) As sociedades por ações não se incluem no regime diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte.

d) As microempresas e empresas de pequeno porte estão excluídas da falência.

e) O documento de propriedade ou contrato de locação do imóvel onde será instalada a sede, filial ou outro estabelecimento da microempresa e empresa de pequeno porte pode ser exigido pelos órgãos e entidades envolvidos.

QUESTÃO 30 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

O Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar n.° 123, de 14 de dezembro de 2006) reza que:

"Art. 3.° Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n.° 10.406, de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

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I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais);

II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais)."

Também poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto no Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte:

a) a sociedade que participe do capital de outra pessoa jurídica, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

b) a sociedade filial de pessoa jurídica com sede no exterior, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

c) a sociedade resultante de cisão ocorrida em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

d) a sociedade cooperativa de consumo, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

e) a sociedade por ações, desde que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

QUESTÃO 31 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): IESES - 2011 - TJ-MA - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS - PROVIMENTO POR INGRESSO

É correto afirmar sobre o enquadramento de microempresas e empresas de pequeno porte, segundo o Estatuto da Microempresa (Lei Complementar 123/2006):

a) Sociedades empresárias que participem do capital de outras pessoas jurídicas podem ter o tratamento diferenciado dispensado pelo Estatuto da

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Microempresa, desde que não atinja o valor bruto de faturamento anual previsto no citado diploma legal.

b) Sociedades Anônimas podem ser enquadradas como empresas de pequeno porte.

c) Nenhuma sociedade cooperativa poderá ser considerada microempresa ou empresa de pequeno porte.

d) A empresa de cujo capital participe outra pessoa jurídica não poderá se beneficiar do tratamento legal diferenciado previsto para as microempresas e empresas de pequeno porte.

QUESTÃO 32 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FUNRIO - 2010 - SEBRAE-PA - ANALISTA TÉCNICO - LOGÍSTICA

O tratamento diferenciado das microempresas e empresas de pequeno porte está previsto na Lei Complementar nº 123/2006, objetivando a promoção do desenvolvimento econômico e social no âmbito municipal e regional e o incentivo à inovação tecnológica. Marque a alternativa correta.

a) Caso, em que seja exigida dos licitantes a subcontratação de microempresa ou de empresa de pequeno porte, desde que o percentual máximo do objeto a ser subcontratado não exceda a 50% (cinquenta por cento) do total licitado.

b) A cédula de crédito microempresarial é título de crédito regido pela legislação prevista para as cédulas de crédito comercial, tendo como lastro o empenho do poder público, assemelhado a cheque administrativo, cabendo ao Poder Legislativo a sua regulamentação no prazo de seis quatro meses.

c) Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida apenas na fase de habilitação do processo licitatório e não para efeito de assinatura do contrato. Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será assegurado o prazo de 30 (trinta) dias úteis.

d) A administração pública poderá realizar processo licitatório, destinado exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nas contratações cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais).

e) Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte, no caso

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das propostas apresentadas sejam iguais ou até 5% (cinco por cento) superiores à proposta mais bem classificada.

QUESTÃO 33 (MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE): FUNRIO - 2010 - SEBRAE-PA - ANALISTA TÉCNICO - CONTABILIDADE

A Lei Geral de 14 de dezembro de 2006 estabeleceu uma série de normas gerais relativas ao tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensado às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte. Assinale a alternativa que indica um benefício NÃO PREVISTO na Lei Geral:

a) dispensa do cumprimento de todas as obrigações trabalhistas e previdenciárias.

b) regime unificado de apuração e recolhimento dos impostos e contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, inclusive com simplificação das obrigações fiscais acessórias.

c) facilitação do acesso ao crédito e ao mercado.

d) preferência nas compras públicas.

e) parcelamento de dívidas tributárias para adesão ao Simples Nacional.

QUESTÃO 34 (PREPOSTO): ESAF - 2010 - MTE - AUDITOR FISCAL DO TRABALHO - PROVA 2

Sobre a disciplina dos prepostos no Livro do Direito de Empresa do Código Civil, assinale a opção incorreta.

a) Considera-se o gerente autorizado a praticar todos os atos necessários ao exercício dos poderes que lhe foram outorgados, mesmo quando a lei exigir poderes especiais.

b) Em regra, considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto.

c) O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder, pessoalmente, pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.

d) O gerente pode estar em juízo em nome do preponente, pelas obrigações resultantes do exercício da sua função.

e) Na falta de estipulação diversa, consideram-se solidários os poderes conferidos a dois ou mais gerentes.

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QUESTÃO 35 (PREPOSTO): TJ-MG - 2009 - JUIZ SUBSTITUTO

( ) No Direito Brasileiro, considera-se empresário o profissional da empresa inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.

QUESTÃO 36 (PREPOSTO): CESPE - 2009 - BACEN – PROCURADOR

( ) Considera-se gerente o preposto permanente no exercício da empresa, na sede desta ou em sucursal, filial ou agência. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu próprio nome, mas à conta daquele.

QUESTÃO 37 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO - DIREITO

( ) A escrituração mercantil deverá ser obrigatoriamente realizada por intermédio de contabilista legalmente habilitado, salvo se não houver nenhum na localidade.

QUESTÃO 38 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - SECONT-ES - AUDITOR DO ESTADO - DIREITO

( ) O Código Civil de 2002 estabelece a regra de sigilo dos livros mercantis, vedando qualquer diligência para verificar o preenchimento de formalidades legais, salvo quando tratar-se de exibição para a solução de questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, falência e fiscalização de autoridades fazendárias.

QUESTÃO 39 (ESCRITURAÇÃO): FGV - 2008 - TJ-PA – JUIZ

O direito de sigilo dos livros comerciais pode ser quebrado:

a) apenas em demanda judicial que envolva os interesses da União.

b) apenas quando a demanda judicial envolver, pelo menos, dois empresários.

c) quando houver requerimento de falência ou recuperação judicial.

d) se houver requerimento administrativo assinado pelo interessado.

e) apenas quando houver crime fiscal.

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QUESTÃO 40 (ESCRITURAÇÃO): ESAF - 2005 - SET-RN - AUDITOR FISCAL DO TESOURO ESTADUAL - PROVA 1

A obrigação de manter a escrituração das operações comerciais seja em livros seja de forma mecanizada, em fichas ou arquivos eletrônicos,

a) serve para que, periodicamente, se apure a variação patrimonial.

b) permite que se apure o cumprimento das obrigações e sua regularidade.

c) serve para preservar informações de interesse dos sócios das sociedades empresárias.

d) constitui prova do exercício regular de atividade empresária.

e) facilita a organização de balancetes mensais para prestação de contas aos sócios.

QUESTÃO 41 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - SEFAZ-AC - FISCAL DA RECEITA ESTADUAL

Acerca das obrigações dos empresários, assinale a opção correta.

a) São obrigações do empresário e da sociedade empresária efetuar os seus registros nas juntas comerciais, manter a escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a respectiva documentação, e levantar anualmente o balanço patrimonial e o resultado econômico.

b) Os livros empresariais podem ser divididos em obrigatórios, exigidos por lei, e facultativos, não exigidos por lei, mas que auxiliam os empresários em sua atividade. Entre os livros obrigatórios, incluem-se o copiador de cartas, o livro razão e o livro caixa; e entre os livros facultativos, o livro diário, o livro de estoque e o livro borrador.

c) São dispensados do dever de escrituração os pequenos e médios empresários e as empresas de pequeno porte, na forma definida em lei.

d) As restrições estabelecidas ao exame da escrituração aplicam-se também às autoridades fazendárias, no regular exercício da fiscalização do pagamento de impostos.

QUESTÃO 42 (ESCRITURAÇÃO): NCE-UFRJ - 2005 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

Com relação à escrituração, pode-se afirmar que:

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a) segundo o novo Código Civil, todo empresário está obrigado a possuir livros empresarias, mais precisamente o Diário e o Copiador de Cartas;

b) em qualquer hipótese pode o Juiz, inclusive de ofício, determinar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração, quando necessária para auxiliar a solução de uma pendência judicial;

c) se houver determinação judicial para o empresário exibir seus livros, caso este se recuse, não ensejará confissão ficta;

d) a falta ou indevida escrituração nos livros obrigatórios enseja sérias conseqüências, inclusive no âmbito penal, podendo configurar infração penal;

e) o empresário está obrigado a fazer a escrituração em livros, não podendo utilizar escrituração eletrônica.

QUESTÃO 43 (ESCRITURAÇÃO): FCC - 2011 - TCE-PR - ANALISTA DE CONTROLE - JURÍDICA

Os livros e fichas dos empresários e sociedades

a) somente fazem prova contra as pessoas a que pertencerem.

b) nada provam contra as pessoas a que pertencem, mas provam em seu favor, quando, escriturados sem vícios extrínsecos ou intrínsecos, forem confirmados por outros subsídios.

c) provam contra as pessoas a que pertencem, e, em seu favor, quando, escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, forem confirmados por outros subsídios.

d) constituem meio de prova bastante, quando escriturados sem vício extrínseco ou intrínseco, mesmo nos casos em que a lei exige escritura pública.

e) só constituem meio de prova nos litígios entre empresários.

QUESTÃO 44 (ESCRITURAÇÃO): CESPE - 2009 - BACEN – PROCURADOR

( ) Mesmo que o empresário adote o sistema de fichas de lançamentos, o livro diário, por ser obrigatório, não pode ser substituído pelo livro balancetes diários e balanços, ainda que observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.

QUESTÃO 45 (ESCRITURAÇÃO): FGV - 2011 - SEFAZ-RJ - AUDITOR FISCAL

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DA RECEITA ESTADUAL - PROVA 2

O empresário individual e as sociedades empresárias são obrigados, por lei, a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. A respeito dos livros comerciais, é INCORRETO afirmar que

a) salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.

b) o empresário que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas, contudo, as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.

c) o juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.

d) a filial localizada no Brasil, de sociedade empresária com sede em país estrangeiro, fica subordinada às mesmas disposições relativas à escrituração dos livros comerciais, previstas no Código Civil brasileiro.

e) além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Razão, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.

QUESTÃO 46 (ESCRITURAÇÃO): FGV - 2010 - SEFAZ-RJ - FISCAL DE RENDAS - PROVA 2

Com relação aos livros comerciais, desconsiderando a categoria dos micro-empresários e empresários de pequeno porte, analise as afirmativas a seguir.

I. O livro "Diário", ou os instrumentos contábeis que legalmente o substituem (as fichas de lançamentos e o livro "Balancetes Diários e Balanços"), é o único livro de escrituração obrigatória para todos os empresários.

II. Em demanda entre empresário contra não-empresário, o livro comercial faz prova irrefutável a favor do seu titular, desde que atendidos todos os requisitos intrínsecos e extrínsecos de regularidade do livro.

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III. As sociedades limitadas, regidas supletivamente pelas normas da sociedade simples, estão dispensadas da escrituração do livro "Registro de Duplicatas".

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

GABARITO PARA OS EXERCÍCIOS REPETIDOS - AULA 01

1 – A 2 – A 3 – A 4 – C 5 – A

6 – B 7 – D 8 – A 9 – F 10 – V

11 – V 12 – V 13 – F 14 – E 15 – V

16 – A 17 – V 18 – V, F 19 – F, F 20 – F

21 – D 22 – F, F 23 – A 24 – V 25 – F

26 – F 27 – B 28 – B 29 – C 30 – D

31 – D 32 – D 33 – A 34 – A 35 – F

36 – V 37 – V 38 – V 39 – C 40 – D

41 – A 42 – D 43 – C 44 – F 45 – E

46 – A

RESUMO - AULA 01

Empresa individual de responsabilidade limitada. Nome empresarial.

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Estabelecimento. Microempresa e empresa de pequeno porte. Prepostos. Escrituração.

EMPRESÁRIO INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA (EIRELI):

• Principais características:

1) não é uma pessoa física, é uma pessoa jurídica de direito privado, formada por uma única pessoa física, com capital totalmente integralizado;

2) pode usar firma ou denominação social;

3) regidas, no que couber, pelas normas das sociedades limitadas.

NOME EMPRESARIAL: • As pessoas que exercem atividade de ramo empresarial devem possuir nome empresarial, que pode ser uma firma ou uma denominação (arts. 980-A, e 1.155 ao 1.168, do CC).

• A regulamentação de nome empresarial aplica-se também para as sociedades simples, associações e fundações (art. 1.155, parágrafo único).

• É inalienável (art. 1.164, do CC), todavia, poderá ser usado juntamente com o do novo proprietário do estabelecimento, caso haja previsão contratual, por ato entre vivos, acompanhado da especificação de “sucessor” (parágrafo único).

• Sociedades em conta de participação e sociedades em comum e não possuem nome empresarial.

• Espécies:

1) firma: firma individual: para empresários individuais), e firma social ou razão

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social (para empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI), sociedades em nome coletivo (N/C), sociedades em comandita simples (C/S), sociedades limitadas (Ltda.) e sociedades em comandita por ações (C/A); e

2) denominação ou denominação social: para empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI), sociedades limitadas (Ltda.), sociedades em comandita por ações (S/C) e sociedades anônimas ou companhias (S/A).

ESTABELECIMENTO: • Não é simplesmente o imóvel da sede empresarial (na verdade, é mais do que isso!).

• É uma universalidade de bens (não é uma universalidade de direitos).

• É uma organização de bens, estabelecida de acordo com a vontade do empresário, de modo a tornar o conjunto de bens mais valioso.

• Pode ser negociado por contrato de trespasse (arts. 1.143 a 1.149, do CC);

• Os bens que integram o estabelecimento não precisam ser de propriedade do empresário (podem ser alugados, ou emprestados, p. ex.).

• Pode ser negociado por contrato de trespasse, sobre o qual é exigida a anuência dos credores.

• Excluídos do conceito:

a) aviamento: capacidade (aptidão) que um estabelecimento possui para gerar lucros

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para o seu titular; e

b) clientela (freguesia): conjunto de pessoas que mantém relações jurídicas de consumo constantes com o exercente da atividade empresarial.

ü Esses elementos (aviamento e clientela) não são considerados bens: representam apenas atributos ou qualidades do estabelecimento.

MES E EPPS: • Pessoas físicas e jurídicas alcançadas pelo tratamento diferenciado e favorecido do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte: a) sociedade empresária; b) sociedade simples; c) empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI); e d) empresário individual (pessoa física).

• Enquadramento:

a) ME: receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00, sendo que, no caso de início de atividade no próprio ano-calendário, esse limite será proporcional ao número de meses em que houver exercido a atividade, inclusive as frações de meses;

b) EPP: receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (idem, com relação ao início de atividades no próprio ano-calendário);

c) MEI: receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e ser optante pelo Simples Nacional; e, no caso de início de atividades no ano-calendário, ter receita bruta de R$ 5.000,00 (cinco mil reais)

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multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

PREPOSTOS: • No CC:

1) gerente: contratação facultativa; profissional que atua como chefe em uma empresa, administrador geral dos serviços e do pessoal; e

2) contabilista: contratação obrigatória; profissional responsável por toda a escrituração dos livros do empresário.

• Responsabilidade pelos atos dos prepostos:

limitações de poderes do gerente: devem ser arquivadas e averbadas no cartório de registro empresarial, para poderem ser opostas a terceiros, salvo se for comprovado que a pessoa que tratou com o gerente conhecia as limitações (art. 1.174, do CC);

1) atos praticados dentro do estabelecimento por qualquer preposto: não precisam de autorização escrita do preponente, para torná-lo responsável por esses atos (art. 1.178, caput, do CC);

2) atos praticados fora do estabelecimento por qualquer preposto: se não houver poderes conferidos por escrito, não tornarão o preponente obrigado a responder pelos atos (art. 1.178, parágrafo único, do CC).

ESCRITURAÇÃO: • Salvo os pequenos empresários (a regra do Estatuto da ME e EPP também comporta exceções!), todo empresário deve, sob

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pena de irregularidade:

a) escriturar os livros empresariais obrigatórios;

b) levantar, periodicamente, o balanço patrimonial e de resultado econômico da empresa.

• Livros obrigatórios (comuns ou especiais, impostos a todos ou somente a alguns empresários) e livros facultativos(não impostos ao empresário).

• Estão guardados pelo sigilo (ressalvados os casos específicos, por determinação judicial), sujeitam-se a requisitos intrínsecos e extrínsecos de validade e possuem regras de valor probatório contra e a favor do empresário.

Espero que hoje eu tenha ajudado com a reunião dessas informações para os seus estudos!

Pessoal, espero por vocês na próxima AULA 02, com mais questões de prova para exercitarmos, okay?!

Abraços, e até breve! Carlos Bandeira