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DIREITO CIVIL I PARTE GERAL Prof. Ana Paula Mansano Baptista

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  • DIREITO CIVIL I PARTE GERAL Prof. Ana Paula Mansano Baptista
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  • 1. NOES ELEMENTARES DO DIREITO 1.1 Conceito 1.3 Direito e Moral 1.4 Direito objetivo e subjetivo 1.5 Direito pblico e privado 1.6 Fontes do direito 1.7 Sistemas Jurdicos
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  • PROVAS BIMESTRAIS COM QUESTES TERICAS E PRTICAS = 70 % DA NOTA FINAL SEMINRIOS, PARTICIPAO DO ACADMICO EM SALA DE AULA E TRABALHOS DE PESQUISA = 30 % DA NOTA DO BIMESTRE.
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  • CONCEITO: Direito o conjunto de normas gerais e positivas, que regulam a vida social. Origina-se a palavra direito do latim directum, significando aquilo que reto, que esta de acordo com a lei. No existe Direito fora da sociedade O Ser humano tem a necessidade de conviver com outras pessoas, e para que isso fosse possvel, ele foi atravs da evoluo histria construindo com base em valores, as normas gerais de convivncia.
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  • O que so esses valores ? so quando atribumos certos significados, qualidades aos fatos e coisas pertencentes a nosso meio, a nossa vida. Por exemplo quando afirmamos que uma pessoa boa ou m, simptica ou antiptica, nada mais fazemos do que atribuir um valor, porm, esse valor pessoal, podendo no ser o mesmo atribudo por outrem ou por uma coletividade
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  • A Norma Jurdica a expresso formal do direito, disciplinadora das condutas. No direito nada absoluto, tudo pode ser. Justamente porque o homem vive em uma sociedade em constante transformao.
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  • Desta forma, podemos fazer uma distino, entre o ser do mundo da natureza e o dever ser do mundo jurdico. O mundo do ser caracteriza- se pela liberdade da escolha da conduta, e o mundo do conhecimento, enquanto que o mundo do dever ser o objeto da ao
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  • Entre os vrios objetivos da NORMA, est o de conciliar o interesse individual, egosta por excelncia, com o interesse coletivo, que nem sempre muito claro, portanto o direito ordem normativa, um sistema de normas harmnicas entre si.
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  • Portanto vive o direito da valorao dos fatos sociais, do qual nascem as normas. Assim foi criada por Miguel Reali a Teoria Tridimensional do Direito: que nada mais do que a trilogia fato social valor norma. A medida de valor que d ao fato, transporta-se para a norma
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  • podemos dizer que o direito uma realidade histrico-cultural, que se desenvolve sempre na sociedade, atravs dos constantes valores de convivncia, ou seja, o direito refere-se sempre ao todo social como garantia de coexistncia. Da porque s existir direito em sociedade. Direito a cincia do dever ser. Para que cada um receba o que seu, o Direito coercitivo, imposto sociedade por meio de normas de conduta.
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  • Distino entre o direito e a moral As normas jurdicas e morais, tem em comum o fato de constiturem regras de comportamentos, porm distinguem se principalmente pela sanso. E tambm pelo campo de ao que na moral mais amplo. Ou seja, nem toda conduta humana interessa ao direito, nem tudo o que moral jurdico, a justia apenas uma parte do objeto da moral.
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  • Direito positivo e o direito natural Direito positivo: o ordenamento jurdico em vigor em um determinado pas, e em um determinado perodo, ou seja, o conjunto de princpios que pautam a vida social de determinado povo em determinada poca. Direito natural: a idia abstrata do direito, ordenamento ideal, corresponde a uma justia superior e suprema.
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  • Direito OBJETIVO, o conjunto de normas imposta pelo Estado, de carter geral, onde os indivduos devem observar sob pena de coero (de serem punidos) DIREITO SUBJETIVO: o poder que a ordem jurdica confere a gem de agir e de exigir de outrem determinado comportamento. , portanto, o meio de satisfazer interesses humanos, derivados do direito objetivo, nascendo com ele
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  • O direito subjetivo a expresso da vontade individual, um poder atribudo vontade do individuo para a satisfao de sues prprios interesses, protegidos pela lei, e o direito objetivo a expresso da vontade geral.
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  • Embora haja uma diviso do direito objetivo, em direito PUBLICO E PRIVADO, na vida pratica essa distino no tem importncia, o direito deve ser entendido como um todo. Fazemos portanto essa distino por motivos didticos Podemos dizer que o critrio utilizado pelo direito romano para diferenciar o Direito publico do direito privado foi a utilidade ou do interesse, onde o, Direito Publico corresponde s coisas do ESTADO, e o direto privado o que pertence utilidade das pessoas.
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  • Ocorre hoje, no mundo jurdico o fenmeno chamado de PUBLICIZAO do direito privado, que nada mais do que a interveno do estado, nos direitos individuais. Essa interveno do estado cada dia mais freqente, onde podemos observar uma restrio ao direito individual
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  • O direito civil o cerne do Direito privado, o direito comum que rege as relaes entre os particulares. Que disciplinam a vida das pessoas desde a concepo at a morte, e ainda depois dela, reconhecendo a eficcia post mortem do testamento e exigindo respeito memria dos mortos (art.12, pargrafo nico do CC)
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  • O cdigo civil a constituio do homem comum, por reger as relaes mais simples da vida cotidiana, os direitos e deveres das pessoas na sua qualidade de esposo ou esposa, pai ou filho, credor ou devedor, alienante ou adquirente, proprietrio e possuidor, condmino ou visinho, dentre outros, toda a vida social est impregnada no direito civil, que regula as ocorrncias do dia a dia.
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  • Devido complexidade e o enorme desenvolvimento das relaes da vida civil que o legislador chamado a disciplinar, no possvel encaixar o direito civil no respectivo cdigo. Assim, muitos direitos e obrigaes concernentes s pessoas, aos bens e suas relaes encontram-se reguladas em leis extravagantes, que no deixam de pertencer aos direito civil, bem como prpria Constituio Federal.
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  • Alm de ser o cerne do direito privado, e regular as relaes da vida privada de uma determinada sociedade. O Direito civil, tambm pode ser encarado como cincia: estudo que feito para pesquisar seu contedo, seus institutos, no s do direito positivo, como tambm o estudo de Direito Civil de outros povos, comparando-o, para trazer solues ao direito interno, tanto no campo pratico, como no campo legislativo (Direito Civil Comparada). ). A cincia do Direito Civil, estampa-se na Doutrina, a doutrina, investiga, instrui, ensina, fundamenta, interpreta raciocina sobre os postulados do direito posto, direito positivo. atravs da doutrina, que estudamos o direito civil, para se alcanar o ideal mais elevado de justia.
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  • A expresso fonte do direito possui dois sentidos: um histrico, e outro que a diferentes maneiras de realizao do direito. No inicio da evoluo social, antes do surgimento da escrita, a principal fonte do direito eram os COSTUMES, trata-se do direito no escrito, conservado no sistema de Common Law, com o passar do tempo e a evoluo social, bem como a organizao do Estado, o Direito passa a emanar de uma autoridade, sob forma de LEI, originado pelo sistema romano-germanico, que o nosso.
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  • Fontes do direito: o meio tcnico de realizao do direito objetivo. Para a compreenso da natureza e eficcia das normas jurdicas pressupe o conhecimento de sua origem ou fonte. Assim no s as autoridades encarregadas de aplicar o direito como tambm todos aqueles que devem obedec-los, precisam conhecer suas fontes, suas origens.
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  • Nesse sentido, podemos dizer que a Lei o objeto da Lei de Introduo ao Cdigo Civil e a principal fonte do direto. A Lei de introduo ao Cdigo Civil, no uma simples introduo ao cdigo civil, mas a todo o ordenamento jurdico brasileiro, apresenta sem seu art. 4, como fontes do Direito: a lei, a analogia, os costumes e princpios gerais do direito.
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  • So consideradas como fonte FORMAL do direito: a Lei, a analogia, os costumes e os princpios gerais do direito. E como fonte no formais: a doutrina e a jurisprudncia.
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  • Dentre as fontes formais, a LEI a fonte principal, e as demais so fontes acessrias. Costuma-se tambm, dividir as fontes do direito em: Diretas ou imediatas (a lei e o costume, que por si s gera a regra jurdica) e; Indiretas ou mediatas ( a doutrina e a jurisprudncia, que contribui para que a norma seja elaborada).
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  • Obs.: a Jurisprudncia, apesar de no ser considerada uma fonte formal do direito, no plano da realidade prtica ela tem se tornado uma fonte criadora do direito. Basta observarmos a invocao da smula oficial de jurisprudncia, nos tribunais superiores (STF E STJ). Tal situao se confirmou, com a entrada em vigor da Lei 11.417 de 2006, onde regulamentou o art. 103-A da CF, disciplinado a edio, reviso e o cancelamento de smulas vinculantes pelo STF.
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  • Primeiramente vamos afastar da denominao Lei, as Leis Naturais, o que nos importa a regra jurdica, como lei do dever ser. CONCEITO DE LEI: uma regra geral de direito abstrata e permanente, dotada de sano, expressa pela vontade de uma autoridade, de cunho obrigatrio e de forma escrita.
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  • Lei nada mais do que toda regra geral de conduta, abrangendo as normas escritas e costumeiras, ou seja, tida norma escrita, expressa no nosso ordenamento jurdico, atravs de um processo legislativo. Lei, um ato do poder legislativo que estabelece normas de comportamento social.
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  • GENERALIDADE: Dirige-se a todos os cidados indistintamente ABSTRATA: porque regula uma situao jurdica abstrata, o legislador visa proteger condutas sociais futuras a serem alcanadas pela lei. PERMANENTE: os efeitos da aplicao da lei so permanentes
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  • EMANAO DE AUTORIDADE COMPETENTE: A estrutura do Estado (de acordo com as competncias legislativas previstas na Constituio Federal) dir qual o poder competente para expressar determinada lei. ESCRITA: a Lei apresentada por uma formula escrita, em geral, imperativa e categrica.
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  • IMPERATIVIDADE OU SANO: como imperatividade ela impe um dever, uma conduta ao indivduos. A lei uma ordem um comando. Como sano o elemento constrangedor, obriga o individuo a fazer o que a lei determina. A sano pode ser direita ou indireta, no direito repressivo a sano sempre direita, ex. no cdigo penal obriga a no matar e impe uma pena a quem praticar o crime de homicdio. J no direito privado a sano atuar em geral de forma indireta, por ex. se para um contrato for exigida a presena de duas testemunha, sua ausncia poder acarretar a anulao do contrato. por meio da sano que se obriga ao cumprimento da Lei.
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  • QUANTO A IMPERATIVIDADE: COGENTES: MANDAMENTAIS E PROIBITIVAS NO COGENTES: PERMISSIVAS E SUPLETIVAS
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  • COGENTES: tambm denominada de ordem pblica ou de imperatividade absoluta so: Mandamentais (determinam uma ao) ou; ex. art. 1.630 CC: Os filhos esto sujeitos ao poder de famlia, enquanto menores. Proibitivas (ordenam uma absteno).
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  • NO COGENTES tambm chamadas de dispositivas, ou de imperatividade relativa: impe-se supletivamente as partes. Cabe aos interessados valerem- se dela ou no. No determinam nem probem de modo absoluto determinada conduta, mas permitem uma ao ou absteno ou suprem declarao de vontade no manifestada. Distingue-se em :
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  • Permissivas: quando permite que os interessados disponham como lhes convier. Por ex. a que permite as partes estipular, antes do casamento, quanto aos bens o que lhes aprouver (art. 1.639 CC) Supletivas: quando se aplica na falta de manifestao da vontade das partes. Essas costumam vir acompanhada das expresses: salvo estipulao em contrrio, ou salvo se as partes convencionarem diversamente.
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  • QUANTO AO CONTEUDO DO AUTORIZAMETNO Considera-se a intensidade da sano aplicada, assim podemos classific-la em: MAIS QUE PERFEITA: So as que estabelecem ou autorizam a aplicao de DUAS sanes na hiptese de serem violadas. Por ex. art 19 da Lei de Alimentos e seu pargrafo primeiro, que prevem: a pena de priso para o devedor de penso alimentcia, e ainda a obrigao de pagar as prestaes vencidas e vincendas, sendo que o cumprimento integral da pena corporal, no o eximir de referida obrigao.
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  • PERFEITAS: so aquelas que impe a nulidade do ato simplesmente, sem a aplicao da pena ao violador. Por ex. a que considera nulo o negocio jurdico celebrado por pessoa absolutamente incapaz (ar. 166, I, CC) MENOS QUE PERFEITA: so as que no acarretam a nulidade ou anulao do ato ou negocio jurdico na circunstncia de serem violadas, somente impondo ao violador um sanso. IMPERFEITAS: so as leis cuja a violao no acarreta nenhuma conseqncia. Ex. as dividas de jogo e as dividas prescritas.
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  • SEGUNDO A SUA NATUREZA Sob esse aspecto as Leis so: Substantivas (materiais) ou adjetivas (formais) SUBSTANTIVAS: so as que definem direitos e deveres e estabelecem os seus requisitos e forma de exerccio. So tambm chamadas de materiais, porque tratam do direito material. ADJETIVAS: so as que traam os meios de realizao do direito, sendo tambm denominadas processuais ou formais.
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  • QUANTO A SUA HIERARQUIA Sob esse enfoque, as normas classificam- se em constitucionais, complementares, ordinrias, delegadas, medidas provisrias, decretos legislativos, resolues e normas internas.
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  • Normas Constitucionais: so as que constam da constituio, as quais as demais devem amoldar-se Normas complementares: so as que encontram-se entre as normas constitucionais e as leis ordinrias, porque tratam de matrias especiais, que no podem ser deliberadas em leis ordinrias e cuja a aprovao exige um quocum especial (art. 59 e 69 da CF).
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  • Leis Ordinrias: so as leis comuns que emanam dos rgos investido de funo legislativa pela Constituio Federal. Leis delegadas: so elaboradas pelo executivo, por autorizao expressa do Legislativo, tem a mesma posio hierrquica que as leis ordinrias.
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  • Medidas Provisrias: apesar de no serem propriamente considerada uma Lei, esto no mesmo plano das leis ordinrias e delegadas. So editadas pelo poder executivo, que exerce funo normativa, nos caos previstos pela Constituio Federal. A CF permite que o Presidente da Republica adote tais medidas, que tem fora de lei, nos casos de relevncia e urgncia, devendo submet-la de imediato ao congresso nacional. Tais medidas devem ser convertidas pelo congresso em lei no prazo de 60 dias, do contrario, perder sua eficcia.
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  • Decretos Legislativos: so instrumentos normativos por meio dos quais so materializada as competncias exclusivas do congresso nacional, como a de resolver definitivamente sobre os tratados internacionais que acarretam compromisso gravosos ao patrimnio nacional, e a de disciplinas os efeitos decorrentes da medida provisria no convertida em lei.
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  • Resoluo: so normas expedidas pelo Poder Legislativo, regulamentando matria de competncia privativa da Cmara dos Deputas e do Sanado Federal, com natureza administrativa ou poltica. Ex. a suspenso da execuo da lei que foi declarada inconstitucional pelo STF Normas Internas: so os regimentos e estatutos que disciplinam as regras procedimentais sobre o funcionamento do legislativo.
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  • QUANTO A COMPETENCIA E A EXTENSO TERRITORIAL Sob esse ngulo, tendo em vista a competncia legislativa estabelecida pela CF, divide-se as Leis em: Leis Federais; Leis Estaduais; Leis Municipais.
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  • QUANTO AO ALCANCE Gerais: so as que se aplica a todo um sistema de relaes jurdicas, como o Cdigo Civil, tambm chamado de direito comum. Especiais: so as que afastam as regras de direito comum, e se destinam a situaes jurdicas especificas ou a determinadas relaes, como as de consumo, as de locao, as concernentes ao registro publico, etc.
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  • H uma hierarquia na utilizao dos mecanismos de integrao do sistema jurdico, figurando a analogia em primeiro lugar. Somente sero utilizado os demais se a analogia no puder ser aplicada, isso porque o Direito Brasileiro consagra a supremacia da LEI.
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  • O emprego da analogia consiste em aplicar ao caso no previsto na norma legal concernente a uma hiptese anloga prevista, e assim tipificada. Ou seja, em situaes semelhantes deve se aplicar a mesma regra do direito
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  • REQUISITOS: INEXISTNCIA DO DISPOSITIVO LEGAL, prevendo ou disciplinando a hiptese do caso concreto. SEMELHANA entre a relao no contemplada e outra regulada por lei. IDENTIDADE DE FUNDAMENTO lgico e jurdico no ponto comum as duas situaes.
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  • Obs.: No pode-se confundir a analogia com a interpretao extensiva, ou seja, na analogia implica o recurso a uma norma semelhante do sistema jurdico em razo da inexistncia da norma adequada em razo do caso concreto. J a interpretao extensiva consiste na extenso do mbito de uma norma j existente, a situaes no expressamente prevista, mas compreendida pelo seu esprito, mediante uma interpretao menos literal.
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  • Fontes do Direito: conceito- de onde surgiram as normas jurdicas/forma de expresso dessas normas. Divide-se em: Fontes Formais e No Formais (porque so fontes criadoras do direito). Podemos dizer que dentre as fontes formais do direito a Lei a principal e as demais (analogia, costumes e princpios gerais do direito) so acessrias.
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  • Lei: Suas principais caractersticas: Generalidade: dirige-se abstratamente a todos. Imperatividade: impe um dever, uma conduta Permanncia: seus efeitos perduram at ser revogada por uma outra lei. CLASSIFICAO DA LEI: Quanto a sua imperatividade: Cogentes Mandamentais e Proibitivas (independem da vontade de seus interessados) No cogentes Permissivas e as supletivas
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  • Quanto ao contedo do autorizamento: intensidade da sano aplicada: MAIS QUE PERFEITAS: prevem duas sanes PERFEITAS: prevem a nulidade do ato como sano. MENOS QUE PERFEITAS: no anula o ato, somente impe uma sano. IMPERFEITA: no gera conseqncias. Ex. divida de jogo.
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  • Segundo sua natureza: Substantivas: MATERIAIS Adjetivas: PROCESSUAIS (traam os meios de realizao do direito). Quanto a sua hierarquia: Constitucionais Complementares Ordinrias Delegadas Medidas provisrias Decretos Legislativos Resolues Normas internas
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  • Quanto a Competncia: Federais Estaduais Municipais Quanto ao seu alcance: Gerais: Direito Comum a todos Especiais: destinam a situaes jurdicas especficas. Ex. Cdigo de Defesa do Consumidor
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  • ANALOGIA: consiste em aplicar ao caso no previsto na norma legal concernente a uma hiptese anloga prevista, e assim tipificada. Ou seja, em situaes semelhantes deve se aplicar a mesma regra do direito Requisitos: Inexistncia do dispositivo legal Semelhana Identidade de Fundamento
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  • Brota o costume da prpria sociedade, da repetio de uso de determinada parcela do corpo social. Quando o uso se torna obrigatrio, converte-se em costume. Porm nem todo uso costume, o costume um uso considerado juridicamente obrigatrio. Por isso so necessrias determinadas caractersticas: Exige-se que o costume seja GERAL: largamente disseminados no meio social. Que tenha certo Lapso de tempo: deve se constituir por um habito arraigado, bem estabelecido. Deve o costume ser Constante: repetitivo na parcela da sociedade que o utiliza.
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  • No existe um conceito, nem podemos definir quais so os princpios gerais do direito. Por esses princpios os interpretes investiga o pensamento mais alta da cultura jurdica universal, buscando uma orientao geral do pensamento jurdico. Algumas correntes, o identifica como sendo o Direito Natural, como principio da equidade, princpios fundamentais da organizao social e poltica do Estado So Regras que se encontram na conscincia dos povos e so universalmente aceitas, mesmo no escritas.
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  • Equidade uma forma de manifestao da justia que tem o condo de atenuar a rudeza de uma regra jurdica. O direito regula a sociedade com normais gerais do justo e do equitativo, e a equidade procura adaptar essas normas ao cosa concreto. A equidade se traduz na busca constante e permanente do julgador da melhor interpretao legal e da melhor deciso para o caso concreto, busca a adequao do caso concreto para a norma.
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  • a forma de manifestao da justia, adaptar as normas gerais aos casos concretos, uma adequao da norma ao caso concreto. o sentimento de justia aplicado pelo julgador. Ex. art. 1.584, CC, permite que o juiz na separao judicial ou divorcio, atribua a guarda dos filhos a um dos genitores ou a terceiro que revele compatibilidade com a natureza da medida.
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  • DOUTRINA Trabalho dos juristas, estudiosos do direito dentro dos campos tcnicos, cientficos e filosficos. A doutrina ela auxilia os aplicadores do direito, possibilitando uma melhor interpretao das normas jurdica, traz sempre um novo sopro aplicao do direito.
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  • O valor da obra jurdica baseia-se no fato de no se limitar a reproduzir conceitos, mas de buscar novas solues, avaliar solues do direito comparado, criticar a injustia e lacunas do nosso sistema legislativo, enfim, prepara o esprito do legislador para as reformas que se fizerem necessria, e dar base ao julgador para partir para vos mais elevados, no os transformando em mero escravos aplicadores da lei ou seguidores de conceitos atrasados, ultrapassados.
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  • JURISPRUDNCIA Jurisprudncia, o conjunto de decises dos tribunais, ou uma srie de decises similares sobre a mesma matria. A jurisprudncia, nunca constituda de um nico julgado, mas de uma pluralidade de decises. O termo Jurisprudncia, no Direito antigo, significava a sabedoria dos prudentes, aos sbios do direito. Significava a cincia do Direito.
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  • A jurisprudncia no est mencionada na lei como uma fonte formal do direito, porm, vem ganhando grande importncia, para a aplicao do direito. Porque, as leis envelhecem, perdem a atualidade e distanciam-se dos fatos sociais para as quais foram criadas. Cumpre, a jurisprudncia atualizar o entendimento da lei, dando-lhe uma interpretao atual que atenda s necessidades do momento do julgamento. Por isso, entendemos que a jurisprudncia dinmica.
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  • Smula Vinculante: com base no fundamento de desafogar os Tribunais, postula-se que os casos repetitivos e idnticos receberam uma smula que obrigatoriamente deve ser seguida pelos julgadores de instncia inferior, autorizando-se assim o julgamento coletivo de inmeros processos. As smulas j existentes no STF somente tero efeito vinculante se confirmadas por dois teros de seus integrantes.
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  • O sentido da codificao: nada mais do que um processo de organizao que reduz em um nico diploma diferentes regras jurdicas da mesma natureza. Antecedentes Histricos: Idade Mdia: predominava-se os conceitos de direito natural, onde a codificao era vista como algo menor. Havia uma supervalorizao do direito cannico. Idade Moderna: com o surgimento das universidades, e a redescoberta do Direito Romano, surgiu a necessidade da criao de diplomas unificados para reger as relaes sociais.
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  • No Brasil a codificao se deu da seguinte forma: No perodo colonial: vigoravam no Brasil as Ordenaes Filipinas. Com a independncia, em 1822, a legislao portuguesa continuou sendo aplicada, com a ressalva de que vigoraria at que tivssemos uma legislao prpria. Em 1824, foi elaborada a primeira Constituio Brasileira, que determinava a organizao de um Cdigo Civil Brasileiro, baseado na JUSTIA E NA EQUIDADE.
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  • Em 1865, essa tarefa foi confiada pelo Governo Imperial TEIXEIRA DE FREITAS, que j havia realizado em 1858 um trabalho sobre a consolidao das leis civis Teixeira, criou um projeto denominado Esboo do Cdigo Civil, que aps crticas da comisso revisadora, foi rejeitado.
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  • Houve-se a partir da vrias tentativas de se criar um cdigo civil brasileiro, mas somente aps a proclamao da repblica, com a indicao de Clvis Bevilaqua, que o projeto do Cdigo Civil foi elaborado, e depois de revisto encaminhado ao Presidente da Repblica, que remeteu ao Congresso Nacional em 1900, e somente foi aprovado em 1916, entrando em vigor em Janeiro de 1917.
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  • Continha 1.807 artigos, e era antecedido pela Lei de Introduo ao Cdigo Civil (LICC). Possua uma parte Geral, onde constavam conceitos, categorias e princpios bsicos, aplicveis a todos os livros da parte especial. Refletia as concepes predominantes nos fins do sc. XIX e inicio do sc. XX, baseado no INDIVIDUALISMO. Se preocupava mais com o ter (o contrato e a propriedade) do que com o ser (os direitos de personalidade e dignidade da pessoa humana).
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  • Porm com a evoluo e progresso cultural e cientfico que a sociedade brasileira passou no decorrer do sculo passado, provocaram transformaes que exigiam do direito constantes adaptaes, mediante uma crescente elaborao de Leis Especiais, que trouxeram relevantes modificaes ao direito civil. Gerando uma descentralizao do direito civil.
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  • Conseqentemente com a elaborao da Constituio Federal de 1988, que privilegia os direitos sociais. O legislador constituinte redimensionou a Norma Privada. O direito civil passou a ser interpretado com base nos princpios Constitucionais Constitucionalizao do Direito Civil.
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  • O direito civil- constitucional, est baseado em viso unitria do sistema, ambos os ramos no so interpretados isoladamente, mas dentro de um todo. Assim, a fonte primria do Direito Civil, a Constituio da Repblica, que reuniu todos o sistema jurdico em seu eixo fundamental, estabelecendo como princpios norteadores da Repblica: A dignidade da pessoa humana A solidariedade social A isonomia (igualdade)
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  • Aps tentativas frustradas de promover a reviso do Cdigo Civil (frente as mudanas sociais), o Governo nomeou em 1967, uma comisso de jurista, sob a superviso de Miguel Reali, para a elaborao do Novo Cdigo Civil, que resultou no Projeto de Lei 634/1975. Tinha como objetivo, o de preservar no que fosse possvel, o aspecto geral, a estrutura e as disposies do Cdigo de 1916, porm reformulando a parte especial, com base nos valores ticos e sociais.
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  • Foi dividido em Parte Geral: Das pessoas; Dos bens; Dos fatos Jurdicos. Parte Especial: Direito das obrigaes; Direito da Empresa Direito das coisas Direito de Famlia Direito da Sucesses.
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  • Manteve portanto a estrutura do cdigo de 1916, afastando porm as concepes individualistas, para seguir as orientaes compatveis com a socializao do Direito CONTEMPORNEO. Implementou o sistema de CLUSULAS GERAIS
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  • Resultaram o convencimento do legislador de que as leis rgidas, fixas, so insuficientes e levam a situaes de graves injustias, assim, o legislador criou as Clusulas Gerais, que norteiam o direito civil. So janelas abertas deixadas pelo legislador, para que a doutrina e a jurisprudncia definam o seu alcance, possibilitando que o julgador defina a prpria regra concreta do caso. Ex. Clusula Gerais, princpios da probidade e da boa-f, art. 422 e a que proclama a funo social do contrato, art. 421 CC. So clusulas que podem ser valoradas pelos julgadores, que desfrutam de certa margem de interpretao.
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  • Princpios Bsicos do Cdigo Civil de 2002: Socialidade: prevalncia dos direitos coletivos sobre os individuais. Princpio da eticidade: fundamenta-se no valor da pessoa humana, como fonte dos demais valores. Dando prioridade a equidade, a boa-f, a justa causa e demais valores ticos. Confere maior poder ao juiz para encontrar a soluo justa ao caso concreto. Ex. Reviso Contratual. Princpio da Operabilidade: Simplicidade e a Efetividade do Cdigo Civil. Tornando o cdigo mais concreto, legisla para o homem enquanto marido, para mulher enquanto esposa, e para o filho enquanto subordinado ao poder familiar.