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1 DIREITO ADMINISTRATIVO Ano Letivo 2011/2012 1º semestre Coordenador e Regente: Prof. Doutor Jorge Bacelar Gouveia PROGRAMA I INTRODUÇÃO 1. A Administração Pública 1.1. Conceito de administração 1.2. Sentido organizatório: a organização administrativa, pessoas coletivas públicas 1.3. Sentido funcional: a função administrativa e as outras funções do Estado; de segurança, cultura e bem-estar 1.4. Administração Pública e Estado Constitucional: administração agressiva e administração prestadora; administração de infra- estruturas e Estado Pós-Social

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DIREITO ADMINISTRATIVO

Ano Letivo 2011/2012 – 1º semestre

Coordenador e Regente: Prof. Doutor Jorge Bacelar Gouveia

PROGRAMA

I – INTRODUÇÃO

1. A Administração Pública

1.1. Conceito de administração

1.2. Sentido organizatório: a organização administrativa, pessoas

coletivas públicas

1.3. Sentido funcional: a função administrativa e as outras funções

do Estado; de segurança, cultura e bem-estar

1.4. Administração Pública e Estado Constitucional: administração

agressiva e administração prestadora; administração de infra-

estruturas e Estado Pós-Social

2

1.5. Sistemas administrativos:

1.5.1. Administração absolutista;

1.5.2. Administração judiciária;

1.5.3. Administração executiva;

1.5.4. Aproximação progressiva entre estes modelos

2. O Direito Administrativo: conjunto de princípios e normas que

disciplinam a organização, o funcionamento e o controlo da

Administração Pública e estabelecem as relações desta, nos atos

de gestão pública, com outras entidades

2.1. Elemento subjetivo: para entidades públicas

2.2. Elemento material: no exercício de atividades de gestão

pública

2.3. Elemento formal: conjunto de normas e princípios, com

orientações jurígenas; princípio da juridicidade; princípio da

auto-tutela declarativa e executiva

2.4. Divisões: Direito Administrativo geral e especial, nestes se

evidenciando

2.4.1. O Direito do Urbanismo;

2.4.2. O Direito do Ambiente;

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2.4.3. O Direito Estradal;

2.4.4. O Direito Económico;

2.4.5. O Direito Escolar;

2.4.6. O Direito Administrativo Social

2.4.7. O Direito Militar

2.4.8. O Direito da Função Pública

2.4.9. O Direito Administrativo Cultural

2.5. Conteúdo do Direito Administrativo: normas e princípios;

normas organizatórias, funcionais e relacionais

2.6. Características:

2.6.1. Direito Público;

2.6.2. Direito jovem, tendo nascido da Idade Contemporânea;

2.6.3. Autonomia dogmática;

2.6.4. Pouco codificado, de tendência localista;

2.6.5. Legislativo e jurisprudencial.

2.7. Relação com outros ramos do Direito:

2.7.1. Direito Constitucional;

2.7.2. Direito Penal;

2.7.3. Direito Judiciário;

4

2.7.4. Direito Internacional;

2.7.5. Direito Civil

2.7.6. Soluções privatizantes e publicizantes

2.8. Função:

2.8.1. dar poder – green-light theory;

2.8.2. dar direitos – red-light theory;

2.8.3. feição mista, de equilíbrio entre a eficiência e a justiça

2.9. Natureza jurídica:

2.9.1. Direito excecional;

2.9.2. Direito comum da Administração Pública;

2.9.3. Direito comum da função administrativa (gestão pública

administrativa)

2.10. Fontes do Direito Administrativo:

- Constituição

- Direito Internacional Administrativo; não o Direito

Administrativo Internacional; Direito Europeu

Administrativo

- Direito ordinário;

- Regulamentos;

- as decisões jurisprudenciais;

5

- os costumes e as praxes administrativas;

2.11. Interpretação e integração das normas de Direito

Administrativo:

2.11.1. Aplicação da teoria geral na interpretação;

2.11.2. Aplicação da teoria geral na integração: analogia legis

no Direito Administrativo; analogia iuris no Direito

Administrativo; analogia legis no Direito Público; analogia

iuris no Direito Público; analogia iuris no Direito Geral

3. A Ciência do Direito Administrativo

3.1. Objeto: estudo do Direito Administrativo

3.2. Método: método dogmático: análise exegética, afinamento

dogmático, teorização abstrata

3.3. Ciências afins: a Ciência da Administração, como ciência

social; Política Administrativa

3.4. Ciências auxiliares: História da Administração Pública,

Filosofia da Administração Pública, Estatística, a

Contabilidade

II – A ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

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4. Pessoas coletivas, órgãos, atribuições e competências

4.1. A personalidade (i) coletiva (ii) pública: iniciativa pública, fim

público e capacidade de poderes e deveres

4.2. Modalidades estruturais e funcionais: 1) quanto ao substrato –

territorial e populacional, associativo e institucional

4.3. Tipologia: estado, institutos, empresas, associações, regiões

autónomas e autarquias locais

4.4. Os órgãos administrativos

4.5. Modalidades de órgãos: centrais e locais; primários,

secundários e vicários; representativos e não representativos;

ativos, consultivos e controlo; decisórios e executivos;

permanentes e temporários; simples e complexos; os órgãos

colegiais

4.6. Atribuições: fins ou interesses que as pessoas colectivas

prosseguem

4.7. Competência: poderes funcionais para atingir as atribuições;

critérios de delimitação: território, hierarquia, matéria, tempo

7

4.8. Serviços públicos:

4.8.1. Quanto à matéria

4.8.2. Operacionais e burocráticos

4.8.3. Quanto ao nível: direção-geral, direção de serviços, divisão,

repartição e secção

5. Modalidades de entidades administrativas

5.1. Quanto à entidade de que dependem

5.2. Quanto ao substrato

6. Os princípios aplicáveis

6.1. Força jurídica

6.2. Os princípios constitucionais e legais

6.3. O princípio da desburocratização

6.4. O princípio da aproximação

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6.5. O princípio da participação

6.6. O princípio da descentralização

6.7. O princípio da desconcentração

6.8. O princípio da subsidiariedade

7. A Administração Estadual Direta

7.1. Estado e aceções de Estado; o Estado-Administração

7.2. Atribuições do Estado

7.3. Órgãos do Estado:

- Governo

- Diretores-gerais

- Chefias militares

- Chefias policiais

- PGR – Conselho Consultivo

- Provedor de Justiça

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- Conselho Económico e Social;

- Comissão Nacional de Eleições

- Alta Autoridade para a Comunicação Social

7.4. O Governo em especial

- Estrutura: órgãos necessários e eventuais

- Funcionamento: Primeiro-Ministro, Ministros, Secretários

de Estado, Conselho de Ministros

- Funções

- Competência: executar a lei, assegurar o funcionamento da

Administração Pública e satisfação das necessidades

colectivas

7.5. Administração Periférica

7.5.1. Conceito: órgãos e serviços, dentro da mesma pessoa

colectiva, com competência em razão do território, na

dependência hierárquica

7.5.2. Modalidades: quanto à entidade e quanto ao espaço

7.5.3. Administração local do Estado:

- divisão civil e militar do território

- órgãos locais do Estado: o governador civil: funções de

representação do Governo, de tutela administrativa e de

defesa da ordem

8. A Administração Estadual Indireta

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8.1. Conceito: pessoa coletiva, de tipo institucional, sem caráter

empresarial, para assegurar atribuições do Estado

8.2. Institutos públicos:

- serviços personalizados;

- fundações públicas;

- estabelecimentos públicos

- regime

- natureza

8.3. Entidades públicas empresariais:

- conceito

- razão de ser

- modalidades

- regime

9. A Administração Autónoma

9.1. Conceito:

9.2. Associações públicas (sem substrato territorial);

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9.3. Autarquias locais

- conceito

- regime geral

- Freguesias

- Municípios

- Regiões Administrativas

- Áreas Metropolitanas

9.4. Regiões Autónomas

10. Outras entidades administrativas

10.1. As instituições particulares de interesse público: parcialmente

sujeitas ao Direito Administrativo, embora sendo entidades

privadas

10.2. Sociedades de interesse coletivo

10.3. Pessoas coletivas de utilidade pública:

- pessoas coletivas de mera utilidade pública:

- instituições particulares de solidariedade social;

- pessoas colectivas de utilidade pública administrativa

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10.4. Natureza na ligação à Administração Pública

11. Relações inter-orgânicas

11.1. Hierarquia administrativa: poderes necessários – de direção,

de supervisão, disciplinar; poderes facultativos – de inspeção,

de decidir recursos, de decidir conflitos de competência e de

substituição; o dever de obediência – teoria legalista e teoria

hierárquica

11.2. Delegação de poderes:

11.2.1 . Elementos: norma habilitadora, delegante e delegado e

vontade de delegação

11.2.2 . Figuras afins: transferência legal de competências,

representação, concessão, substituição, suplência e

delegação de assinatura

11.2.3 . Classificações: quanto à norma de habilitação, ao objecto,

ao conteúdo, à hierarquia

11.2.4 . Regime: requisitos do ato de delegação; poderes do

delegante

11.2.5 . Natureza jurídica: teorias da transferência e da

autorização

12. Relações inter-subjetivas

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12.1. Relações de tutela: quanto ao objecto e quanto ao modo

12.2. Relações de superintendência

III – O PODER ADMINISTRATIVO

13. O poder administrativo

13.1. O poder regulamentar

13.2. O poder de decisão unilateral

13.3. O poder de contratar

13.4. O poder de executar

13.5. O poder de polícia e de regulação

13.6. A função administrativa e os outros poderes do Estado

14. Os princípios aplicáveis à atividade administrativa

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14.1. Modalidades de princípios: gerais e especiais; constitucionais

e legais

14.2. Princípios gerais: prossecução do interesse público, da

juridicidade, do respeito pelos direitos e interesses protegidos,

da justiça, da proporcionalidade, da boa-fé, da imparcialidade

e da igualdade; discricionariedade e indeterminação de

conceitos

14.3. Princípios especiais relativos ao procedimento: da decisão,

inquisitório, da simplificação, da colaboração dos

interessados, da informação dos interessados, da audiência dos

interessados e da gratuitidade

15. O procedimento administrativo

15.1. A elaboração do CPA

15.2. Conceito: sequência ordenados de atos parciais, com o fito de

produzir um ato

15.3. Modalidades; terminologias: públicos e privadas na iniciativa;

decisórios e executórios; comum e especiais

15.4. Funções do procedimento; racionalização de meios, acerto

técnico, garantia, desburocratização e legitimação

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15.5. Natureza: a tese processualista, a tese procedimentalista

15.6. Fases do procedimento: início, instrução, audiência dos

interessados, conclusão e complementar

15.7. O ato tácito em especial: os pressupostos – iniciativa

particular, a competência para decidir, o dever legal de decidir

e o decurso do prazo; os efeitos – geralmente o indeferimento,

exceção o deferimento; a natureza jurídica – ato

administrativo, pressuposto processual, ficção legal; o acesso à

justiça administrativa em caso de indeferimento tácito

16. O regulamento administrativo

16.1. Conceito: elemento material (normas), elemento

orgânico (órgão público), elemento funcional (no

exercício de um poder administrativo, de finalidade

pública)

16.2. Distinção entre lei e regulamento: definição orgânico-

formal, não material; não se distingue da lei pela

novidade, nem pelos princípios gerais; distinção do ato

administrativo

16.3. Modalidades: complementares e independentes; objeto

– de organização, de funcionamento e de polícia;

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proteção dos efeitos – regulamentos internos e externos;

âmbito – gerais e locais

16.4. Limites ao poder regulamentar: competência legislativa,

conformidade com regulamentos superiores e não

retroatividade

16.5. Forma dos regulamentos: decreto regulamentar,

resolução do CM, portaria, despacho normativo

16.6. Modos de produção: iniciativa, audiência prévia,

discussão pública, decisão

16.7. Publicação e vigência

16.8. Extinção: revogação, caducidade, invalidação, por

ilegalidade

17. O ato administrativo

17.1. Conceito: conduta voluntária, unilateral, de órgão

administrativo, produzindo efeitos (ato-decisão),

materialmente administrativos, numa situação

individual e concreta

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17.2. Características: autoridade, revogabilidade e presunção

de legalidade

17.3. Natureza jurídica: negócio jurídico, sentença e natureza

sui generis

17.4. Estrutura: elementos subjetivos (autor e destinatário),

elementos objetivos (conteúdo, fundamento e objeto),

elementos funcionais (motivos e fim) e elementos

formais (forma e formalidades); requisitos e

pressupostos

17.5. Definitividade: vertical e horizontal – antes,

transformáveis e depois

17.6. Executoriedade: atos exequíveis e eficazes, cuja

execução coerciva por via administrativa não seja

vedada

17.7. Classificações: sujeitos – decisões e deliberações;

efeitos – externos e internos; de execução instantânea e

continuada, positivos e negativos, constitutivos e

declarativos

17.8. Tipos de atos primários: atos impositivos – de comando,

punitivos, ablativos e juízos; atos permissivos –

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autorização, licença, concessão, delegação, admissão e

subvenção, dispensa e a renúncia

17.9. Tipos de atos secundários: atos integrativos –

homologação, aprovação, visto, ato confirmativo e

ratificação-confirmativa;

17.10. Atos instrumentais: declarações de conhecimento e atos

opinativos – informações, recomendações e pareceres

17.11. Validade: requisitos de sujeitos, forma e fim; requisitos

de eficácia;

17.12. Invalidade: regime da nulidade e da anulabilidade; a

questão da inexistência; vício de usurpação de poder,

vício de incompetência, vício de forma, desvio de poder

e violação de lei

17.13. Extinção de ato administrativo: revogação, autoria,

forma e possibilidade; alteração, substituição e

retificação

18. O contrato administrativo e de Direito Público

18.1. O problema do contrato no Direito Administrativo

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18.2. Noção e âmbito

18.3. O Código dos Contratos Públicos

18.4. Tipos e figuras afins

18.5. Pressupostos e elementos

18.6. Modalidades de procedimento

18.7. Regime: interpretação, integração, validade, eficácia,

execução e extinção