direito à convivência familiar e comunitária. · acompanhamento familiar pelo prazo de 180 dias....

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1 Direito da Infância e da Adolescência Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente

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1 Direito da Infância e da Adolescência

Direito à Convivência Familiar e Comunitária.

Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente

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Direito à Convivência Familiar e Comunitária Previsão: Arts. 227 da CF e 19 e seguintes do ECA

Afeto, cuidado e desenvolvimento

Princípio da Responsabilidade e da Prevalência da Família (art. 100, IX e X do ECA)

Assegura a convivência familiar e comunitária.

Premissa da tutela do superior interesse da criança e do adolescente.

Imposição de dever da família, da sociedade e do Estado

Alteração do art. 19- pais ou responsáveis dependentes de drogas- as crianças ou adolescentes não serão retirados “ de cara” por tal motivo.

2 Direito da Infância e da Adolescência

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Direito à Convivência Familiar e Comunitária

Convivência familiar em qualquer modalidade de família: ambiente de afeto e de cuidados

Convivência comunitária: espaços complementares para o desenvolvimento

Assegurar com prioridade absoluta, o direito a uma vida digna, capaz de propiciar o pleno desenvolvimento de sua personalidade.

Regra: manutenção junto à sua família natural

Caráter Excepcional e temporário– Família Substituta.

3 Direito da Infância e da Adolescência

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Programas de acolhimento familiar, institucional e prazos legais

Medidas de proteção aplicáveis em situações de risco à criança ou adolescente

Acolhimento familiar: ( art.101, VIII, ECA)-família acolhedora

Acolhimento Institucional: ( art. 101, VII, ECA)- instituição governamental ou não governamental

Prazo máximo de 18 meses, podendo ser prorrogada por decisão fundamentada ( Art. 19 §2º)

§ 4o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de autorização judicial.

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Direito da Infância e da Adolescência

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Programas de acolhimento familiar, institucional e prazos legais

5 Direito da Infância e da Adolescência

MEDIDAS PROTETIVAS PRAZO MÁXIMO PARA

REAVALIAÇÃO DA

MANUTENÇÃO DA

MEDIDA

PRAZO MÁXIMO DE

DURAÇÃO DA MEDIDA

Acolhimento familiar e

institucional

NO MÁXIMO A cada 3

meses

Até 18 meses ( salvo

comprovada

necessidade que

atenda ao superior

interesse da pessoa

em desenvolvimento)

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Inclusão de parágrafos pela nova lei

Art. 19 § § 5o Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento institucional.

Art. 19§ 6o A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar.

6 Direito da Infância e da Adolescência

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Procedimento caso a gestante ou mãe manifeste interesse de entregar o filho para adoção ( art. 19-A e seus parágrafos)

Encaminhamento Justiça da Infância e da Juventude.

Oitiva por equipe interprofissional

Atendimento especializado

Preferência que a criança fique com o pai ou com alguma representante da família extensa Essa busca à família extensa não pode ser feita de forma

indefinida e, por isso, deverá durar, no máximo, 90 dias, prorrogável por igual período

Se a mãe não indicar quem é o genitor e se não houver representante da família extensa apto a receber a guarda, o juiz deverá: a) decretar a extinção do poder familiar e

b) determinar a colocação da criança sob a guarda provisória de quem estiver habilitado a adotá-la ou de entidade que desenvolva programa de acolhimento familiar ou institucional

7 Direito da Infância e da Adolescência

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Procedimento caso a gestante ou mãe manifeste interesse de entregar o filho para adoção ( art. 19-A e seus parágrafos) Prazo para a ação de adoção- detentores da guarda- 15

dias

Desistência do desejo de entregar a criança- o pai ou a mãe deverá manifestar esta desistência em audiência ou perante a equipe interprofissional.

A criança será, então, mantida com o(s) genitor(es)- o acompanhamento familiar pelo prazo de 180 dias.

Sigilo- mãe que optar por entregar o filho à adoção deverá ter seu sigilo respeitado, salvo o fato do adotado tem direito de conhecer sua origem biológica ( art. 48)

Serão cadastrados para adoção recém-nascidos e crianças acolhidas não procuradas por suas famílias no prazo de 30 (trinta) dias, contado a partir do dia do acolhimento.

8 Direito da Infância e da Adolescência

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Programa de apadrinhamento ( art. 19-B)

O apadrinhamento consiste, em proporcionar (estimular) que a criança e o adolescente que estejam em “abrigos” (acolhimento institucional) ou em acolhimento familiar possam formar vínculos afetivos com pessoas de fora da instituição ou da família acolhedora onde vivem e que se dispõem a ser “padrinhos”

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Programa de apadrinhamento ( art. 19-B) As crianças ou adolescentes têm encontros com seus

“padrinhos”, fazem passeios, frequentam a casa, participam de aniversários, datas especiais, como Dia das Crianças, Natal, Ano Novo etc.

Perfil da criança ou adolescente a ser apadrinhado Somente pessoas físicas podem apadrinhar crianças ou

adolescentes? NÃO. Pessoas jurídicas também podem apadrinhar criança ou

adolescente a fim de colaborar para o seu desenvolvimento (art. 19-B, § 3º).

Se ocorrer violação das regras de apadrinhamento, os responsáveis pelo programa e pelos serviços de acolhimento deverão imediatamente notificar a autoridade judiciária competente

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Classificação Trinária de Famílias do ECA

11 Direito da Infância e da Adolescência

CLASSIFICAÇÃO TRINÁRIA DAS FAMÍLIAS

FAMÍLIA NATURAL Formada por pais ou qualquer deles

e seus descendentes

(monoparental)

FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA Formada pelos parentes próximos

com os quais a criança ou

adolescente convive e mantém

vínculos de afinidade e afetividade.

Pode evoluir para família substituta

com ressalvas.

FAMÍLIA SUBSTITUTA Formada em razão de guarda, tutela

ou adoção. Pode ser concedida a

família extensa com ressalvas, bem

como a terceiros não parentes.

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Família Natural

Previsão: Arts. 226, § 4º da CF e 25 do ECA.

Família natural é conceito expresso no ECA e significa a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes.

Preferência orientada pelo ECA.

A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência (art. 19, § 3º do ECA)

12 Direito da Infância e da Adolescência

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Família Extensa ou Ampliada

Além de pais e filhos, abarca parentes próximos

Parentes próximos que a criança ou adolescente convive e mantêm vínculos de afinidade e afetividade.

Art. 226 CF- princípio da integral proteção da família

Família extensa ou ampliada é família baseada na socioafetividade (+felicidade).

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Igualdade entre filhos ( art. 20)

Poder familiar: extinção do termo “pátrio poder”- principio da isonomia entre gêneros ou igualdade na chefia da família ( art. 21 )

Conceito poder familiar: Prerrogativa ou autoridade que se exercer em relação a outra pessoa. São inerentes ao poder familiar os deveres de guarda, sustento e educação

Características e titulares do poder familiar ( art. 21 e 22)

Perda ou suspensão do poder familiar ( art. 24)

Carência de recursos materiais ( art. 23 §1º)

Convivência da criança ou adolescente com pais privados de liberdade ( art. 23 §2º)

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• Família Substituta- art. 28 a 32

• Artigo 28 do ECA - Formas: Guarda, Tutela ou Adoção

• Medida EXCEPCIONAL – Regra Família Natural

• Somente com autorização judicial

• Regras:

• Sempre que possível, a criança ou adolescente será ouvido por

equipe interprofissional, respeitando o seu grau de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá a sua opinião considerada.

• Maior de 12 anos de idade: necessário o seu consentimento, colhido em audiência.

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Família Substituta –critérios para colocação

Levar-se-á em conta o grau de parentesco e a relação de afinidade ou de afetividade, a fim de evitar ou minorar as consequências decorrentes da medida.( art. 28 §3º)

Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda na mesma família substituta. Evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. (art. 28 §4º)

Colocação em família substituta: Preparação gradativa e acompanhamento por equipe multidisciplinar.( art. 28 §5º)

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• Família Substituta • Regras para crianças e adolescentes indígenas ou proveniente

de comunidade quilombola:(art. 28, § 6º do ECA.)

Consideração e respeito a sua identidade social e cultural, seus costumes e tradições, bem como a suas instituições.

Prioridade da sua comunidade ou membros da mesma etnia.

Intervenção e oitiva de representantes do órgão federal responsável pela política indigenista e antropólogos para Comunidade quilombola.

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Impedimento genérico para colocação em família substituta ( art. 29)

Transferência de criança ou adolescente e autorização judicial ( art. 30)

Preferência pela adoção nacional ( art. 31)

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ORDEM DE PREFERÊNCIA PARA ADOÇÃO

Por brasileiro:

a) Membros da família extensa ( que não ascendentes ou irmãos)

b) Terceiros

Adoção Internacional

Por brasileiro

a)membros da família

b) terceiros

Por estrangeiros a) Membros da família extensa

b) terceiros

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DA GUARDA- art. 33 a 35

Conceito de guarda

Diferença guarda em família substituta ou como “dever” decorrente do poder familiar

Revogabilidade da guarda ( art. 35)

Hipóteses do cabimento da guarda ( art.33)

§1º liminar ou incidental em tutela e adoção

§2º fora dos casos de tutela e adoção

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DA GUARDA- art. 33 a 35

Conferida a terceiros- art. 33 §4- não impede o exercício do direito de visita pelos pais, assim como prestar alimentos.

Incentivos fiscais e subsídios para estímulo do acolhimento sob guarda

Ex: Viamão no Rio Grande do Sul prevê a isenção de IPTU para que adota ou acolhe crianças carentes. Grandes críticas.

Programa de acolhimento familiar e recebimento em forma de guarda

Famílias selecionadas que não estejam no cadastro de adoção

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DA GUARDA- art. 33 a 35 ECA

Guarda para avós

DA TUTELA- art. 36 a 38 ECA

Conceito: pressupõe destituição ou suspensão do poder familiar, o que não ocorre com a guarda

Direito de representação do tutor para administração de bens e interesses do pupilo

Idade máxima do tutelado- art. 36- até 18 anos

Tutela testamentária- por vontade dos pais, ato de ultima vontade

30 dias da morte para pedido judicial para colocação da criança ou adolescente em família substituta

Art. 38 – destituição da tutela observado art. 24

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De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n.º 8.069/1990 e suas alterações), é correto afirmar que

Banca: FUNIVERSA Órgão: IF-AP Prova: Assistente de alunos

a) a garantia de prioridade no atendimento das crianças e dos adolescentes é de competência exclusiva do Estado. b)o direito à dignidade consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, das ideias e das crenças, dos espaços e dos objetos pessoais. c) é facultativa a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. d) todas as crianças e todos os adolescentes têm o direito de serem criados e educados em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. e) o poder familiar será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, na forma do que dispuser a legislação civil, assegurado a qualquer deles o direito de, em caso de discordância, recorrer à autoridade judiciária competente para a solução da divergência;

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Conforme o ECA, a convivência familiar e comunitária é um direito fundamental de toda criança e adolescente. Como forma de fortalecer esse direito, o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária foi desenvolvido para afiançar tal direito com o objetivo de (Banca: FCC-Órgão: Prefeitura de Teresina - PIProva: Técnico de Nível Superior - Assistente Social)

a) desenvolver os vínculos comunitários entre as crianças e adolescentes e seus familiares.

b)preservar os vínculos familiares e comunitários por meio da proteção integral às crianças e aos adolescentes;

c)ampliar a capacidade protetiva das famílias com crianças e adolescentes.

d)promover o vínculos entre as famílias e os serviços de atenção às crianças e aos adolescentes.

e)definir ações de atenção para crianças e adolescentes em situação de risco e violação de direitos.

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