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Normas Exercito

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  • (Diretriz Geral do Comandante do Exrcito, de 09 de maio de 2007................... Fl 11)

  • Ao pensar em estabelecer uma Diretriz Geral para o nosso Exrcito, meu sentimento primeiro foi de reconhecimento ao trabalho dos que nos antecederam, legando-nos, com seus esforos constantes, annimos e abnegados, um Exrcito genuinamente brasileiro, que serve Nao, movido por valores patriticos consolidados ao longo do processo histrico e repassados com grandeza, de gerao em gerao, at os dias de hoje.

    A nossa gente, composta de civis e militares da ativa e da reserva, identifica-se com a sociedade e empresta credibilidade Fora, em funo do profissionalismo e dos valores que cultua. Essa nossa gente e continuar a ser o nosso maior patrimnio.

    Somos os continuadores do Exrcito de Caxias: conservadores nas tradies, ousados nas idias e criteriosos na aplicao dos recursos.

    As tradies castrenses - consolidao dos exemplos, dos princpios ticos, dos valores e das virtudes militares - so o suporte moral para superarmos os obstculos. A ousadia nas idias a energia criadora de solues pr-ativas, inovadoras e factveis para cumprirmos a misso que nos imposta pela Nao. A exao na aplicao dos recursos, caracterstica do administrador militar, traduzida por projetos consistentes, execuo fsico-financeira competente e austera e trato ilibado com o bem pblico.

    No nosso servio Nao, a permanente prontido o seguro da Ptria, sendo o acatamento Constituio Federal, s normas legais e aos regulamentos da Fora a certido da legalidade das nossas aes.

    A Fora Terrestre Brasileira (F Ter), como fora armada, continuar atuando em perfeita consonncia com a Marinha do Brasil e com a Fora Area Brasileira. Para tanto, seu planejamento estratgico de preparo e emprego dever permanecer perfeitamente alinhado com a Poltica de Defesa Nacional e com as polticas e diretrizes emanadas do Ministrio da Defesa.

    A diversidade geogrfica do Pas e suas caractersticas regionais levam a uma concepo de emprego baseada na preparao continuada, com planejamentos operacionais e logsticos adaptados a cada rea. Por outro lado, a indefinio de ameaas impe a manuteno de uma Fora baseada em capacidades, com unidades em condies de cumprir um amplo espectro de misses. Foras flexveis e

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    versteis, dotadas de doutrina e materiais modernos e com mobilidade estratgica, so essenciais consecuo das diferentes estratgias.

    A Dissuaso continuar a ser nossa principal estratgia. Isso implica preparar um poder militar terrestre respeitvel, capaz de atender s hipteses de emprego (HE) com foras flexveis ajustadas estatura poltico-estratgica da Nao.

    A evoluo natural do Pas nas ltimas dcadas ensejou a evoluo da Estratgia da Presena Nacional, conferindo-lhe um carter seletivo. A mobilidade estratgica conferir Fora a capacidade de se fazer presente onde e quando for necessrio.

    A Amaznia continuar a receber a mais alta prioridade no mbito da Fora. Estratgias especficas para sua defesa devem ser estudadas, treinadas e aperfeioadas, particularmente a Estratgia da Resistncia.

    A Estratgia de Projeo de Poder, baseada essencialmente na capacidade de desdobrar fora expedicionria ou fora de paz, seja no mbito regional, seja no extracontinental, nos impe manter meios preparados para tal eventualidade.

    A Comunicao Social, como fator relevante para o sucesso das aes da Fora, dever permear todas as estratgias de emprego, catalisando a opinio pblica e a vontade nacional.

    A concepo estratgica de emprego orienta a organizao, a articulao, o preparo e a evoluo da Fora, sendo fundamental que todos os escales a conheam e com ela estejam comprometidos.

    A capacidade necessria ao cumprimento de sua destinao constitucional orienta a dimenso e a organizao da Fora, e sua articulao deve buscar a presena do Exrcito em todos os estados da Federao.

    Os exerccios de campanha, que ajudam a forjar o esprito militar aguerrido do soldado, devem agregar prticas inovadoras no preparo da tropa, com o mnimo desgaste do material. Assim, as organizaes militares (OM) devem cumprir os ciclos de instruo, mantendo o equipamento em condies de pleno emprego. De acordo com o escalo, solues como simuladores, simulao de combate, jogos de guerra, exerccios de postos de comando e exerccios na carta devero ser incentivados.

    O emprego da Fora dever ser planejado, considerando-se o trabalho integrado em duas vertentes: um efetivo temporrio, os futuros reservistas, que representam o enlace com a sociedade e so a base da dissuaso; e um efetivo permanente formado por profissionais, capazes de atender a situaes de emergncia. Em caso de necessidade, a mobilizao dever permitir a rpida evoluo do Exrcito para uma estrutura de guerra.

    As atribuies subsidirias devem ser aproveitadas para adestrar a tropa e projetar a imagem da Fora. O emprego nessas aes deve ser compreendido dentro de sua exata dimenso.

  • (Diretriz Geral do Comandante do Exrcito, de 09 de maio de 2007.................. Fl 3)

    1. GENERALIDADES As diretrizes estratgicas propem aes concretas, definem responsabilidades e

    estabelecem metas de curto, mdio e longo prazos por meio de aes estratgicas com encadeamento lgico, para permitir a evoluo da Fora de forma permanentemente ajustada estatura do Estado Brasileiro no concerto das naes.

    2. AO DE REESTRUTURAO Coerente com as estratgias de emprego, a estrutura da Fora Terrestre

    modular, baseada em brigadas de diferentes naturezas, que lhe proporcionam grande flexibilidade. A evoluo permanente das possibilidades de emprego exige estudo de situao continuado e mudanas estruturais. Nesse contexto, recomendo ao Estado-Maior do Exrcito (EME) que, nas suas propostas de reestruturao da Fora, no perca a noo do todo, evite solues setorizadas e, na aplicao dos recursos, priorize a concluso dos projetos de aes j em curso.

    3. AO DE APARELHAMENTO As aes estratgicas de aparelhamento requerem gestes permanentes do

    Comando da Fora junto aos poderes constitudos para obteno de recursos oramentrios para esse fim. Nesse sentido, necessrio que o Comandante disponha de informaes precisas, que fundamentem decises apropriadas e oportunas.

    As aes de aparelhamento devero considerar o equacionamento de trs fatores: - a necessidade de as OM possurem material para adestramento e emprego

    emergencial; - a necessidade de o Exrcito investir em material moderno que proporcione

    dissuaso; e - a disponibilidade de recursos para custeio.

    A judiciosa distribuio do material mais moderno s foras prioritrias, escolas e outras OM, onde o rodzio dos quadros permita que maior nmero de oficiais e praas sejam nele adestrados, deve ser uma preocupao constante. Entretanto, quando os custos, a disponibilidade de manuteno especializada ou a escassez do material

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    recomendar sua centralizao, os pedidos de cooperao de instruo (PCI) e os estgios apresentam-se como instrumentos adequados para a consecuo desse adestramento.

    4. AO DE CINCIA E TECNOLOGIA De acordo com o no 8 do ttulo seguinte.

    1. GENERALIDADES Os sistemas no Exrcito so interdependentes e devero permanecer estruturados

    de modo federativo. As ordens so expedidas, prioritariamente, por intermdio do rgo de Direo Geral (ODG), o EME, e as aes descentralizadas atravs dos rgos de Direo Setorial (ODS).

    Na construo de sistemas da Tecnologia da Informao (TI), ser observada a tendncia mundial de realizar o fluxo de dados por intermdio das redes internas (no caso do EB, a EBNET) ou da rede mundial de computadores, pela agilidade e pelo baixo custo do processo, sem prejuzo para a segurana.

    2. SISTEMA PESSOAL O Exrcito, em todas as suas aes, dever valorizar os servidores civis e

    militares, haja vista que em cada integrante da Fora residem e se perenizam os valores, a cultura, o conhecimento e as tradies, enfim, a capacidade de bem cumprir a destinao constitucional da Instituio.

    Assim, esforos se fazem necessrios para aperfeioar a infra-estrutura de assistncia aos civis e militares da nossa Fora, seus familiares e pensionistas, com nfase nas seguintes atividades:

    - apoio famlia militar, com ateno especial quelas em localidades remotas; - preparao dos militares para a passagem inatividade; - apoio famlia dos militares designados para misses de paz; - atendimento mdico-hospitalar famlia militar; - tratamento dispensado aos inativos e pensionistas; e - programas que facilitem a reintegrao dos militares temporrios vida civil.

    Sero conduzidas permanentes gestes junto ao Ministrio da Defesa para assegurar que a remunerao seja mantida em nvel condizente com as

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    peculiaridades da carreira das armas e isonmica em relao s demais carreiras de Estado.

    Nos planejamentos referentes rea de pessoal, considerar as seguintes orientaes:

    - manter a base de 200.000 (duzentos mil) militares, estabelecendo as condies legais para variaes nesse teto, sempre que necessrio;

    - buscar o equilbrio adequado entre o Ncleo Base e o Efetivo Varivel da Fora;

    - fazer com que as alteraes de cargos das OM sejam efetuadas como resultado de experincias abalizadas e estudos consistentes, evitando os reflexos negativos que mudanas constantes trazem administrao; e

    - aperfeioar o controle do capital intelectual, de modo a adequar as habilitaes e qualificaes dos militares s necessidades da Fora, bem como permitir o aproveitamento deles por perodos compatveis com os recursos aplicados no seu aprimoramento profissional.

    O Sistema de Avaliao e Valorizao do Mrito ser a ferramenta preferencial para aquilatar a capacidade profissional e as qualidades pessoais dos quadros. Aperfeioamentos devero ser introduzidos para que o Sistema possa gerar o perfil fiel de cada militar, em que se destaquem os traos marcantes de sua personalidade e de seu carter, de forma a possibilitar, no preenchimento dos quadros de cargos e funes, a colocao efetiva da pessoa certa no lugar certo.

    Medidas devero ser estudadas para ampliar o Programa de Valorizao dos Subtenentes e Sargentos, adequando a sua capacitao ao desempenho de funes de maior destaque e responsabilidade, particularmente nas reas administrativa e de ensino.

    Os servidores civis, colaboradores na busca da eficincia da Instituio, devem ter seus mritos reconhecidos e valorizados. Ateno especial deve ser dedicada qualificao, ao aproveitamento de experincias e reciclagem desses profissionais, ao mesmo tempo em que lhes so proporcionados amparo e assistncia para que tenham as melhores condies para desenvolver o seu trabalho.

    3. SISTEMA ENSINO O Sistema Ensino dever proporcionar aos integrantes da Fora uma slida base de

    conhecimentos profissionais, fazendo com que os valores ticos e morais da Instituio lhes permeiem o carter. Mais ainda, dever capacit-los plenamente a interagir com a sociedade brasileira.

    Pela sua importncia para o Exrcito, o ensino ser mantido como atividade prioritria, devendo procurar a constante modernizao.

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    Nesse sentido, devero ser adotadas medidas para: - incentivar o estudo e a leitura de assuntos relacionados poltica, estratgia, histria militar e ao emprego contemporneo de foras militares;

    - estimular o estudo do idioma nacional e de idiomas estrangeiros; - ampliar o intercmbio entre as instituies civis e militares nas reas do ensino, da pesquisa cientfica e da cultura;

    - ampliar a integrao com os cursos de nvel poltico-estratgico da Marinha do Brasil e da Fora Area Brasileira;

    - estimular o estudo e o ensino da liderana em todos os nveis; - ampliar a capacitao administrativa dos militares de carreira; e - explorar ao mximo as possibilidades do ensino a distncia, como ferramenta apta a viabilizar a educao continuada dos quadros com economia e eficcia.

    A capacitao dos recursos humanos para as reas de sade e de cincia e tecnologia dever ser baseada em um judicioso estudo das necessidades institucionais, de modo a proporcionar o mximo de permanncia do profissional no projeto ou atividade para que foi habilitado.

    No campo cultural, devero ser buscados convnios e parcerias com instituies pblicas e privadas. Para isso, a Fundao Cultural do Exrcito dever ser utilizada como instrumento para a consecuo dos objetivos da Fora.

    O valioso patrimnio histrico e cultural sob a guarda do Exrcito continuar a ser preservado e, cada vez mais, dever ser utilizado para divulgar as tradies e valores herdados ao longo de mais de trs sculos de existncia e reforar a visibilidade da Instituio perante a sociedade.

    A pesquisa e a divulgao da Histria Militar do Brasil sero objetivos prioritrios das atividades culturais, para que sejam ressaltados os valores cvicos, mantidas as tradies, estimuladas as atitudes positivas perante a Fora e o Brasil, e afirmada a identidade do soldado brasileiro.

    4. SISTEMA OPERAES A F Ter priorizar o adestramento nas atividades do preparo operacional e, nesse

    contexto, a formao do comandante em todos os nveis. Para tanto, ressalta a importncia das atividades eminentemente prticas, baseadas em exerccios no terreno, para os nveis peloto e subunidade. Para os escales superiores, devero ser considerados os exerccios de simulao de combate e de postos de comando como solues adequadas enquanto persistir a escassez de recursos.

    A padronizao no adestramento ser obtida mediante a aplicao rigorosa dos documentos do EME e do Comando de Operaes Terrestres (COTER) que regulam a instruo militar. Os materiais de emprego militar (MEM), particularmente os de

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    maior valor tecnolgico agregado, devero ser judiciosamente utilizados no adestramento, de modo a dilatar ao mximo a sua vida til.

    Nos exerccios combinados, ser buscada a interoperabilidade e a complementaridade dos meios com a Marinha do Brasil e com a Fora Area Brasileira. J nos exerccios em que a F Ter atue isoladamente, ter prioridade o adestramento da combinao das armas e servios.

    Ateno especial ser dedicada utilizao, administrao e preservao da integridade fsica dos campos de instruo.

    Devero ter alta prioridade a elaborao e a atualizao dos planejamentos de emergncia realizados com os meios existentes na Fora, em conformidade com as HE contempladas pela Estratgia Militar de Defesa.

    A atuao contra ilcitos transfronteirios e ambientais, regulada pela Lei Complementar no 97/117, uma ao subsidiria para o Exrcito. Mesmo podendo atuar isoladamente na faixa de fronteira, recomendvel que a participao do Exrcito nesse tipo de ao ocorra em conjunto com outros rgos federais.

    O apoio s polcias militares no ficar restrito s visitas. Dever, sim, ensejar a troca de experincias, proporcionar melhor conhecimento mtuo e facilitar possveis operaes futuras sob comando do Exrcito, de acordo com a legislao em vigor.

    5. SISTEMA LOGSTICO O EME e o Departamento Logstico devero desenvolver estudos da cadeia

    logstica e propor aes que otimizem seu desempenho organizacional, evitando, contudo, ao mximo as mudanas estruturais.

    imperioso o controle rigoroso dos estoques do Exrcito, com o compartilhamento das informaes em toda a cadeia logstica. Nesse particular, ressalta a necessidade de concluir a implantao do Sistema de Material do Exrcito (SIMATEX).

    Cabe, ainda, implementar medidas no sentido de: - planejar e operacionalizar a aquisio continuada de lotes mnimos da indstria nacional de material de defesa;

    - priorizar as aquisies no mercado nacional e regional; e - por ocasio de toda aquisio, realizar estudo judicioso dos custos com suprimento, manuteno e formao de pessoal para a operao do material adquirido.

  • (Diretriz Geral do Comandante do Exrcito, de 09 de maio de 2007.................. Fl 8)

    6. SISTEMA MOBILIZAO O Sistema de Mobilizao do Exrcito (SIMOBE) ser alvo de ateno especial,

    de forma a conferir-lhe maior dinamismo e flexibilidade. Dever ser considerado o possvel aproveitamento do SIMATEX e de outros bancos de dados de rgos governamentais na soluo da equao necessidades versus disponibilidades para cada uma das HE.

    7. SISTEMA ENGENHARIA E CONSTRUO A manuteno e a conservao do equipamento e do acervo das instalaes

    existentes tero prioridade sobre o incio de novas obras. Todo imvel da Unio jurisdicionado ao Exrcito dever estar preservado e

    controlado, ser utilizado em atividade militar e ter perfeitamente definida a responsabilidade pela sua administrao, mediante termo atualizado a cada gesto.

    Quanto aos projetos j includos no Plano Bsico de Construo, importante que sejam concludos. Nesses projetos, a funcionalidade das OM, o bem-estar e a segurana da tropa demandam a valorizao da infra-estrutura, da habitabilidade, da higiene e da facilidade de segurana, ficando vedadas as construes sofisticadas e caras.

    A participao da Engenharia em obras de infra-estrutura benfica para o Exrcito e para o Pas. Ao mesmo tempo em que cooperam com o desenvolvimento nacional, as unidades de Engenharia adestram seus quadros, recompletam os seus equipamentos e contribuem para a projeo de uma imagem positiva da Instituio. Assim, a continuidade das parcerias com rgos pblicos e privados bem-vinda e salutar.

    Os projetos de instalao de novas OM, principalmente na Regio Amaznica, devero considerar o bem-estar das famlias deslocadas. Por isso, a movimentao de pessoal s ter lugar, em princpio, aps a concluso das instalaes de apoio e de prprios nacionais residenciais.

    8. SISTEMA CINCIA E TECNOLOGIA O Exrcito continuar na busca do efetivo domnio do conhecimento cientfico-

    tecnolgico e da capacidade de inovao, para dotar a F Ter com sistemas modernos produzidos, prioritariamente, pela indstria de defesa nacional, cuja recuperao continuar como objetivo a ser perseguido.

    Progressivamente, tecnologias mais avanadas sero agregadas, privilegiando sempre a pesquisa aplicada e os projetos de tecnologia dual. O registro e a

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    manuteno das patentes de invenes merecem especial ateno, de modo a resguardar os interesses da Fora.

    Dentre os projetos em curso, devero ser considerados como concentradores dos esforos tecnolgicos o da Famlia de Blindados Sobre Rodas, o do Sistema de Defesa Antiarea e o do Sistema de Comando e Controle em Combate.

    Devero prosseguir ainda os esforos para o desenvolvimento de sistemas corporativos especficos da Fora, fazendo uso, como regra geral, do software livre.

    9. SISTEMA INTELIGNCIA O Sistema Inteligncia do Exrcito (SIEx) dever iniciar ou prosseguir as seguintes

    aes: - acompanhar as conjunturas nacional e internacional, de forma a subsidiar o

    processo decisrio, facilitando a adoo de polticas e estratgias balizadoras do planejamento do Exrcito;

    - buscar a plena integrao com o Sistema de Inteligncia de Defesa (SINDE) e o Sistema Brasileiro de Inteligncia (SISBIN);

    - acompanhar a evoluo dos meios de tecnologia da informao, incorporando-os no limite das possibilidades;

    - aperfeioar a doutrina de inteligncia de combate; - inserir a participao do Exrcito no Sistema de Proteo da Amaznia (SIPAM)

    em um projeto maior, de integrao com os sistemas de Imagens e Informaes Geogrficas e de Guerra Eletrnica, de modo a aumentar a capacidade de comando e controle da F Ter na Regio Amaznica; e

    - reforar, periodicamente, recomendaes quanto s medidas de contra-inteligncia, em particular as de segurana orgnica.

    O Centro de Inteligncia do Exrcito (CIE), alm de ser o rgo central do SIEx, ter sempre como atribuio precpua o assessoramento direto e imediato do Comandante do Exrcito nos assuntos de inteligncia.

    10. SISTEMA COMUNICAO SOCIAL A Comunicao Social dever desenvolver as suas atividades com o foco no

    fortalecimento das convices e da auto-estima do pblico interno e na preservao da imagem do Exrcito junto sociedade brasileira.

    Os integrantes do Exrcito devero receber esclarecimentos precisos e oportunos sobre fatos ou eventos que possam ter reflexo ou repercusso no mbito da Fora.

    Cada integrante do Exrcito um agente de comunicao social e, como tal, dever zelar pela imagem da Instituio. As aes do Exrcito e os temas de seu

  • (Diretriz Geral do Comandante do Exrcito, de 09 de maio de 2007.................. Fl 10)

    interesse junto aos formadores de opinio e representantes dos trs poderes devero ser alvo da ateno de todos os integrantes da Fora, nos nveis que lhes correspondam. Alm disso, dever ser incentivado o interesse dos jovens pela carreira das armas.

    Ao tempo em que reforada a imagem da Fora, necessrio alertar a sociedade e as lideranas nacionais a respeito da situao do Exrcito em termos de equipamento, adestramento e capacidade dissuasria, para que se mantenha compatvel com a Nao que serve.

    O Centro de Comunicao Social do Exrcito (CComSEx), alm de ser o rgo central do Sistema de Comunicao Social, ter sempre como atribuio precpua o assessoramento direto e imediato do Comandante do Exrcito nos assuntos de comunicao social .

    Os instrumentos de negociao para a obteno de recursos para o Exrcito devero ser intensa e exaustivamente utilizados. As reais necessidades da Fora sero demonstradas sociedade e aos poderes pblicos de forma clara, direta e inteligvel.

    Quanto s questes de interesse na rea internacional, ressalta a importncia de: - estreitar cada vez mais os laos com o Ministrio das Relaes Exteriores

    (MRE), acompanhando os cenrios e oferecendo a contribuio da posio da Fora nos temas de seu interesse, particularmente quanto s possibilidades de conflitos em reas do entorno estratgico, ao combate ao terrorismo e assinatura de tratados relacionados defesa nacional;

    - acompanhar a evoluo de regimes, normas e tratados internacionais, existentes ou em estudo, relacionados ao desarmamento, a misses de paz e ao Direito Internacional Humanitrio;

    - atuar para estabelecer e manter representantes do Exrcito junto aos rgos da Organizao das Naes Unidas e da Organizao dos Estados Americanos que planejam e supervisionam operaes de paz e humanitrias. Nas misses de paz, dever ser realada a importncia da participao de oficiais do EB em funes de comando e de estado-maior; e

    - estreitar o relacionamento com os exrcitos de naes amigas. Devero ser intensificados, nos diversos escales de comando, os contatos com as

    autoridades locais dos trs poderes, do Ministrio Pblico e da Advocacia-Geral da Unio, de modo a proporcionar-lhes conhecimentos especficos sobre a profisso militar e a tornar conhecida dessas autoridades a verdadeira imagem da Fora. Da

  • (Diretriz Geral do Comandante do Exrcito, de 09 de maio de 2007.................. Fl 11)

    mesma forma, os comandantes devero estabelecer relacionamento de confiana mtua com as autoridades responsveis pela segurana pblica nos estados.

    No que se refere ao meio ambiente, alm de cumprir a legislao existente, o Exrcito dever dar nfase divulgao das inmeras aes de preservao desencadeadas pela Fora, j de longa data, nas reas sob sua jurisdio.

    Todos os integrantes do Exrcito devem pautar seu procedimento no trato dos bens e recursos pblicos por atitudes de absoluta transparncia e correo caractersticas relevantes para a elevada credibilidade desfrutada pela Instituio junto populao brasileira.

    O Sistema de Planejamento do Exrcito (SIPLEX) ser o instrumento norteador do modelo de gesto, utilizando a metodologia prescrita para o Sistema de Excelncia no Exrcito Brasileiro (SE-EB), regulado pela Portaria do Comandante do Exrcito no 220, de 20 Abr 07.

    A ao de comando dos comandantes, chefes e diretores, em todos os nveis, fator determinante para o sucesso das novas ferramentas de gesto. Outros fatores de sucesso so a simplicidade, a adequao cultura militar e o equacionamento do rodzio de funes.

    Dentre as medidas a adotar, destacam-se: - direcionar os mtodos e processos para a estrutura descentralizada tipo

    federativa adotada pelo Exrcito; - buscar o compromisso com os resultados, traduzidos pela observncia das

    prioridades estabelecidas no Plano Diretor do Exrcito (PDE); - enfatizar a simplicidade e a flexibilidade dos processos administrativos e a

    eliminao da passagem por rgos intermedirios sem poder de deciso e que no agregam valor ao processo; e

    - integrar os planejamentos estratgico e administrativo, por intermdio do Sistema de Informaes Gerenciais e Acompanhamento (SIGA) ferramenta de apoio deciso em fase de desenvolvimento pelo EME e pela Secretaria de Economia e Finanas.

    O SE-EB dever voltar-se essencialmente para a operacionalidade da Fora. O esforo na atividade-meio ficar restrito ao mnimo indispensvel.

  • (Diretriz Geral do Comandante do Exrcito, de 09 de maio de 2007.................. Fl 12)

    A ao de comando, visvel a quem entra em qualquer ambiente militar, fundamental para a preservao da coeso e da harmonia na Fora. Ela se exerce principalmente pelo exemplo. Dar exemplo o mandamento nmero um de quem comanda. Disso sabemos todos. O que quero reforar nesta Diretriz que esse exemplo precisa ser lido na vida do comandante, no concreto de sua existncia, e no apenas nas palavras, admoestaes ou orientaes que emite.

    Nesse sentido, o comandante precisa falar menos e agir mais; ter mais contedo do que aparncia; ser mais fazer junto do que mandar fazer.

    A palavra e a vida do comandante, em todos os nveis, devem marchar de mos dadas e de passo certo. A autoridade provm exatamente da coerncia entre uma e outra.

    Comandar exige, sobretudo, amor profisso, atenta responsabilidade perante a Instituio, despojamento e desprendimento. A misso de comandar pressupe conduzir homens com virtudes e limitaes, e que carregam atrs de si uma estrutura familiar. Cabe ao comandante orientar a direo de seus esforos, coordenar a execuo de seus trabalhos, exercer controle sobre seus desempenhos e exigir-lhes o cumprimento das misses. Isso requer presena ativa e dinmica para inibir excessos, fortalecer nimos e antecipar-se a riscos.

    No devem passar despercebidas as mudanas de comportamento de subordinados, particularmente evolues em direo ao desapego repentino e exagerado a bens materiais, ao desinteresse pela famlia e pelos amigos, perda do el e da auto-estima sintomas que podem ser de grave disfuno a requerer tratamento especializado e a exigir o interesse e o envolvimento da famlia, de superiores e companheiros, mas principalmente do comandante.

    O comandante precisa ter conscincia de que um olhar, um sorriso, uma palavra que concede ou nega a um subordinado pode significar estmulo ou desalento, capaz de transformar positiva ou negativamente suas aes. Nesse contexto, a pressa, o destempero e o mau-humor precisam dar lugar firmeza, ao equilbrio, austeridade, justia, camaradagem, ao bom senso e ao sentimento de famlia.

    Assim, concito comandantes e comandados a transformarem vontades em aes, obstculos em desafios, cansao em energia, ordens em exemplos e relaes de trabalho em fraterna amizade. Desse modo, asseguro que no h misso que no possa ser cumprida.

  • (Diretriz Geral do Comandante do Exrcito, de 09 de maio de 2007.................. Fl 13)

    Esta Diretriz Geral complementa a Diretriz Preliminar j difundida e deve balizar as aes e os planejamentos nos diversos escales do Exrcito. Ela nortear a reviso do SIPLEx, sob responsabilidade do EME, a quem caber coordenar as aes correspondentes.

    Apontada a direo, faz-se necessrio continuar o trabalho com nimo redobrado. O farol a destinao constitucional do Exrcito Brasileiro e o seu compromisso com os legtimos interesses do Estado.

    No h dvida sobre a magnitude do desafio. Mas tambm no h dvida de que, com trabalho proficiente, vontade tenaz e crena inabalvel, esta gerao vencer os obstculos, como o fizeram nossos antecessores, e legar aos que vm depois um Exrcito digno, forte e respeitado como sempre foi.

    Braslia, DF, 09 de maio de 2007

    General-de-Exrcito ENZO MARTINS PERI Comandante do Exrcito