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    MAGISTRATURA DO TRABALHO E MPT- 2015Direito Administrativo

    Matheus Carvalho

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    MAGISTRATURA DO TRABALHO E O MINISTRIO PBLICO DO TRABALHO 2015

    DIREITO ADMINISTRATIVO

    1. REGIME JURDICO

    - Confere Prerrogativas (Princpio da Supremacia do Interesse Pblico sobre o Particular) eRestries (Perece. da Indisponibilidade do Interesse Pblico) - So os SUPERPRINCPIOS, dosquais decorrem os outros princpios.

    - Garrido Falla: Denomina tal circunstncia de o Binmio do direito administrativo (prerrogativas esujeies). Maria Sylvia chama de Bipolaridade do direito administrativo.

    Veja em provas de concursos para carreiras jurdicas:

    (VUNESP - 2014 - DPE-MS - Defensor Pblico) A expresso regime jurdico-administrativo utilizadapara designar

    a) os regimes de direito pblico e de direito privado a que pode submeter-se a Administrao Pblica.

    b) o conjunto das prerrogativas e restries a que est sujeita a Administrao Pblica e queno se encontram nas relaes entre particulares.

    c) as restries a que est sujeita a Administrao Pblica, sob pena de nulidade do atoadministrativo, excluindo-se de seu mbito as prerrogativas da Administrao.

    d) as prerrogativas que colocam a Administrao Pblica em posio de supremacia perante oparticular, excluindo-se de seu mbito as restries impostas Administrao.

    1.1. Princpios Decorrentes desses 02 Princpios (SUB-PRINCPIOS)Art. 37, caput, da CF/88:Princpios Constitucionais da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficincia.

    LEGALIDADE: A adm. Pblica s pode atuar conforme a lei, todas as suas atividades estosubordinadas aos comandos legais. Diferentemente da Legalidade no mbito dos particulares, onde oque no est proibido est permitido (art.5, inc.II, CF), pela Legalidade Administrativa, o administrados atuar com prvia autorizao legal, sem a qual a Administrao no pode agir.

    IMPESSOALIDADE ( 1, art.37, CF):A Administrao Pblica tem que agir objetivamenteem prol da coletividade. Os atos de pessoalidade so vedados, a atividade da administrativa da

    Administrao e a ela so imputadas todas as condutas dos agentes pblicos. Teoria do Servidor (ouagente pblico de fato).

    - As publicidades da adm. no podero conter nomes de administradores ou gestores, seromeramente informativas, educativas ou de orientao social.

    A impessoalidade um dos princpios mais cobrados das provas de tribunais. Vejamos um exemplo:

    (FCC - 2014 - TRT - 16 REGIO/MA - Analista Judicirio - Oficial de Justia Avaliador) 28. O DiretorJurdico de uma autarquia estadual nomeou sua companheira, Cludia, para o exerccio de cargo em

    comisso na mesma entidade. O Presidente da autarquia, ao descobrir o episdio, determinou aimediata demisso de Cludia, sob pena de caracterizar grave violao a um dos princpios bsicos daAdministrao pblica. Trata-se do princpio da

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    (A) presuno de legitimidade.(B) publicidade.

    (C) motivao.(D) supremacia do interesse privado sobre o pblico.(E) impessoalidade.

    MORALIDADE: Maurice Hauriou, 1927: noo de adm. proba, a moralidade administrativaseria um conjunto de regras extradas da boa e til disciplina interna da adm., conjunto de valores quefixam um padro de condutas que deve ser observado pela Administrao no sentido de que ela atuecom retido de carter, tica, honestidade, decncia, lealdade, boa-f.

    - No basta que as atividades da Administrao estejam de acordo com a Lei, essas atuaes tm queser conduzidas com Lealdade, tica e Probidade.

    Art.5, inc.LXXIII da CF/88 Ao popular para controlar a moralidade administrativa dos agentespblicos.

    PUBLICIDADE: Transparncia no exerccio da atividade administrativa.-Excees: Assuntos que tratem da segurana nacional; certos interesses sociais, ou de foro ntimo(privacidade, intimidade).

    EFICINCIA: Introduzido pela EC 19/98, antes j era princpio infraconstitucional. A atuaoda Administrao deve ser: Rpida: Dinamismo, Celeridade, descongestionar e desburocratizar. Perfeita: Completa, Satisfatria. Rentvel: tima, mxima com menor custo.

    1.2. Outros Princpios da Administrao Pblica:

    Princpio da Finalidade Pblica:

    Finalidade Pblica Geral: impe atuao que atuao administrativa seja sempre voltada coletividade, ao interesse pblico, nunca para atender interesses particulares.

    Finalidade Pblica Especfica: determinados atos devem atingir fins especficos. Se esteato praticado para atingir outro fim que no seja o seu fim especfico, estar ferindo o princpio dafinalidade pblica (Desvio especfico de finalidade).

    Princpio da Presuno de Legitimidade ou Veracidade dos Atos Administrativos:

    At que se prove o contrrio os atos da Administrao so legais e legtimos (presunorelativa,juris tantum). Sua ilegalidade ter que ser provada, e at que se prove os atos sero vlidos.

    Princpio da Auto-tutela (constitucional):

    A Administrao tem prerrogativa de controlar sua prpria atuao para corrigir seusprprios atos. PODER anular o ato que ela mesma praticou, quando o ato estiver eivado deilegalidade Sm. 346, STF :A Administrao Pblica pode declarar a nulidade de seus prpriosatos.

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    A Administrao PODER invalidar seus prprios atos eivados de ilegalidade (dos quaisno se originam direitos) e revogar atos por motivos de convenincia e oportunidade. Sm.473, STF: A Administrao pode anular seus prprios atos, quando eivados de vcios que os tornem ilegais,

    porque deles no se originam direitos, ou revog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade,respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial.

    Em todos esses casos de Invalidao e Revogao, o Poder Judicirio poder serprovocado e dever apreciar os atos de invalidao e os de revogao. No entanto, a apreciaojudicial restringe-se a aspectos formais, no havendo controle de mrito, pois no se pode apreciar aconvenincia e oportunidade da revogao. Da o carter de no definitividade do autocontrole daAdministrao, que no faz coisa julgada.

    Lei 9784/99, art.53 Processo Administrativo Federal: A Administrao DEVEANULAR seus prprios atos, quando eivados de vcios de legalidade e PODE REVOG-LOS pormotivos de convenincia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.

    Princpio da Motivao:

    Em regra, a Administrao deve enunciar as razes que a levaram a expedirdeterminado ato. Inc. IX e X, do Estatuto da Magistratura: As decises administrativas no exerccio defuno atpica do judicirio devem ser fundamentadas.

    Entende-se por Motivo a razo de fato ou de direito que autorizou ou determinou aprtico de um ato. J a Motivaose trata da Exigncia de explicitao, de enunciao dos motivos.

    Excees ao Princpio da Motivao: A Exonerao ad nutum, que se refere quela

    aplicvel aos ocupantes de cargo em comisso, prescinde de motivao. Entretanto, se aAdministrao motivar ato que poderia no ser motivado, estar vinculada aos motivos que explicitou.Os motivos vinculam todo o ato, e se no forem respeitados, o ato poder ser apreciado pelo Judicirio(Teoria dos Motivos Determinantes). Ex. agente destitudo por improbidade, esta dever ser provada.

    Princpio da Proporcionalidade Ampla ou da Razoabilidade (STF)

    Os meios adotados pela Administrao, voltados a atingir determinados fins, devem seapresentar como:

    a) Adequados: deve lograr com sucesso a realizao do fim.b) Necessrios: entre os diversos meios igualmente adequados, a Administrao

    tem que optar pelo meio que menos restrinja o direito do administrado.c) Proporcionais, em Sentido Estrito (elemento da proporcionalidade ampla): aAdministrao deve promover ponderao entre vantagens e desvantagens entre meio e o fim, demodo que haja mais vantagens que desvantagens, sob pena de desproporcionalidade do ato.

    Princpio da Continuidade

    Estampado no art. 6, 1 da lei 8987-95, define que a atuao administrativa deve ser ininterrupta.

    Ressalva 1 o servidor pblico tem direito de greve que ser exercido nos termos de lei especfica.Enquanto no houver lei especfica para regulamentao, far greve nos moldes da Lei geral de greve,no entendimento do STF.

    SERVIDORES PBLICOS. GREVE. LEGITIMIDADE. PAGAMENTO. DIAS PARADOS. cedio que a lei de greve do servio pblico ainda no foi regulamentada, mas, aps o julgamento no

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    STF do mandado de injuno 708-DF, DJe 30/10/2008, determinou-se a aplicao das Leis ns.7.701/1988 e 7.783/1989 enquanto persistir essa omisso quanto existncia de lei especfica, nostermos previstos no art. 37, VII, da CF/1988. Este Superior Tribunal, consequentemente, passou a ter

    competncia para apreciar os processos relativos declarao sobre a paralisao do trabalhodecorrente de greve de servidores pblicos civis, bem como s respectivas medidas acautelatrias,quando as greves forem nacionais ou abrangerem mais de uma unidade da Federao. Tambm nocitado mandado de injuno, o STF, ao interpretar o art. 7 da Lei n. 7.783/1989, entendeu que com adeflagrao da greve ocorre a suspenso do contrato de trabalho. Assim, no devem ser pagos ossalrios dos dias de paralisao, a no ser que a greve tenha sido provocada por atraso no pagamentoou por outras situaes excepcionais as quais possam justificar essa suspenso do contrato detrabalho. Anotou-se que, reiteradas vezes, em casos anlogos, o STF tem decidido no mesmo sentido.Na hiptese dos autos, os servidores em greve pertencentes carreira da Previdncia, da Sade e doTrabalho buscam a criao de carreira exclusiva para o Ministrio do Trabalho, disciplinada pela Lei n.11.357/2006. Consta que os servidores somente deflagraram a greve aps ter sido frustrado ocumprimento do termo de acordo firmado, em 25/3/2008, entre as entidades sindicais representativas

    da classe e o Governo Federal, este representado por secretrios. Para no ser considerada ilegal agreve, antes de deflagrarem o movimento, expediram a comunicao e a devida notificao extrajudicialao Ministro de Estado do Planejamento, Oramento e Gesto. Neste Superior Tribunal, em relao aessa greve, foi interposta medida cautelar preparatria a dissdio coletivo sobre a paralisao dotrabalho decorrente de greve e petio que cuida de dissdio coletivo, ambas ajuizadas pelaConfederao dos Trabalhadores no Servio Pblico Federal (CONDSEF) e pela ConfederaoNacional dos Trabalhadores em Seguridade Social da Central nica dos Trabalhadores (CNTSS/CUT)e outra petio (ao declaratria) ajuizada pela Unio. O Min. Relator considerou legal a greve,fazendo uma anlise do ordenamento jurdico, da interdependncia dos Poderes, do direito de greve edo princpio da dignidade humana. Assim, afirmou que, embora o termo de acordo firmado noconfigure acordo ou conveno coletiva de trabalho, no tenha fora vinculante, nem seja ato jurdicoperfeito em razo dos princpios da separao dos Poderes e da reserva legal (arts. 2, 61, 1, II, aec, e 165 da CF/1988), constitui causa legal de excluso da alegada natureza abusiva da greve, nostermos do inciso I do pargrafo nico do art. 14 da Lei n. 7.783/1989. Quanto ao pagamento dosvencimentos durante o perodo de paralisao, o Min. Relator ressalvou ponto de vista quanto natureza da disciplina legal e constitucional do servidor pblico, a exigir um mnimo de regramento paraa criao de um fundo destinado a fazer frente no percepo de vencimentos durante a suspensodo vnculo funcional, o que, pela sua excepcionalidade, poderia justificar a no suspenso dopagamento. Entretanto, assevera que no h como ignorar a jurisprudncia do STF e a naturezaparticular de necessidade da formao desse fundo devido suspenso do vnculo funcional no perodode greve. Diante desses argumentos, entre outros, a Seo declarou a legalidade da paralisao dotrabalho, determinando que a Unio se abstenha de promover qualquer ato que possa acarretarprejuzo administrativo funcional e financeiro aos grevistas, mas que haja regular compensao dos

    dias paralisados sob pena de reposio ao errio dos vencimentos pagos, nos termos do art. 46 da Lein. 8.112/1990. Precedentes citados do STF: AI 799.041-MG, DJe 31/5/2010; RE 456.530-SC, DJe31/5/2010; RE 480.989-RS, DJe 11/5/2010; RE 538.923-PA, DJe 16/3/2010, e MI 3.085-DF, DJe1/9/2010. MC 16.774-DF,Pet 7.920-DF, e Pet 7.884-DF,Rel. Min. Hamilton Carvalhido, julgadosem 22/9/2010 (ver Informativo n. 440).

    Otema bastante cobrado em provas de Juiz do Trabalho:

    (FCC - 2013 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Juiz Substituto) No tocante ao direito de greve dosservidores pblicos, correto afirmar:

    a) Seu exerccio constitucionalmente vedado aos servidores estatutrios que se encontrem em

    estgio probatrio.

    http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=MC%2016774http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=MC%2016774http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=MC%2016774http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=MC%2016774http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=MC%2016774http://www.stj.gov.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?tipo=num_pro&valor=MC%2016774
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    b) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, deve ser aplicado analogicamente oart. 7 da Lei n 7.783/89 aos servidores pblicos estatutrios, para fins de desconto dos dias deparalisao.

    c) Segundo o entendimento do Supremo Tribunal Federal, a competncia para conhecer do dissdio degreve da Justia Trabalhista, seja qual for a natureza do vnculo do servidor.d) O direito de greve deve ser exercido nos termos e limites definidos em lei complementar, em razode exigncia constitucional nesse sentido.e) A Constituio veda o direito de greve aos militares e aos membros das carreiras diplomticas.

    Ressalva 2o art. 6, 3 da lei 8987/95 permite a interrupo do servio por razes de ordem tcnicae por motivo de inadimplemento do usurio em situaes de urgncia, ou se houver prvio aviso.

    Princpio da razoabilidade e proporcionalidade

    A razoabilidade orienta a atuao administrativa dentro dos padres de conduta aceitos pela sociedade.

    Normalmente aplicado na prtica de atos discricionrios, quando o agente pblico tem margem deescolha, com base em critrios de oportunidade e convenincia.

    Se entende que a proporcionalidade inerente razoabilidade e diz respeito adequao entre fins emeios para a prtica de atos administrativos.

    Princpio da segurana jurdica.

    o princpio que estabelece que a atuao estatal deve respeitar os direitos adquiridos de terceiros queestejam de boa f. Este princpio justifica a existncia de prazos decadenciais e prescricionais naprtica de atos pela Administrao Pblica.

    O art. 2, pargrafo nico, XIII, da lei 9784/99 veda que a nova interpretao da norma adm retroajapara violar direitos. Vejamos esse princpio em provas de Juiz do Trabalho.

    (FCC - 2013 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Juiz Substituto) Na atuao da Administrao PblicaFederal, a segurana jurdica princpio que:

    a) justifica a mantena de atos administrativos invlidos, desde que ampliativos de direitos,independentemente da boa-f dos beneficirios.b) no impede a anulao a qualquer tempo dos atos administrativos invlidos, visto que no h prazosprescricionais ou decadenciais para o exerccio de autotutela em caso de ilegalidade.c) justifica o usucapio de imveis pblicos urbanos de at duzentos e cinquenta metros quadrados, em

    favor daquele que, no sendo proprietrio de outro imvel urbano ou rural, exera a posse sobre talimvel por cinco anos, ininterruptamente e sem oposio, utilizando-o para sua moradia ou de suafamlia.d) impede que haja aplicao retroativa de nova interpretao jurdica, em desfavor dosadministrados.e) impede que a Administrao anule ou revogue atos que geraram situaes favorveis para oparticular, pois tal desfazimento afetaria direitos adquiridos.

    *PODERES ADMINISTRATIVOS*

    2. CONCEITO:

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    - Conjunto de medidas, meios ou instrumentos dos quais se valem os sujeitos da Administrao Pblicacomo necessrios ao desempenho de suas prprias atividades administrativas.

    - So Poderes Instrumentais utilizados como meios para satisfao do interesse pblico, enquantodever da administrao, sem os quais a mesma no atuaria, eles so inerentes AdministraoPblica, nascem com ela (Poder-Dever). So Poderes Jurdicos, criados pelo Direito.

    Se extrapola o carter instrumental, ocorre abuso de poder.

    Abuso de poder se divide em excesso de poder e desvio de poder.

    Excesso de podervcio de competnciaDesvio de Podervcio de finalidade.

    3. PODER VINCULADO: competncia vinculadaexpedir atos vinculados.

    - Hely Lopes: Poder que a ordem jurdica confere Administrao para expedir atos de suacompetncia, cujos elementos e requisitos j vm previamente estabelecidos por Lei. Confere Administrao uma competncia para expedir Atos Vinculados ou Regrados, no mbito dos quais aAdministrao no goza de nenhuma liberdade administrativa, devendo expedi-los sem ponderaes.

    - Obs.:Alguns autores (Maria Sylvia) negam a autonomia desse Poder, sob o argumento de que ele simpe sujeies e limitaes Administrao, que no ter liberdade na prtica do ato.

    4. PODER DISCRICIONRIO:

    - A Ordem jurdica confere Administrao Pblica, na expedio de determinados atos, a possibilidadede se valer do juzo de convenincia e oportunidade na escolha do Objeto e na avaliao dos Motivosdo ato praticado.

    - Concede Administrao certo espao, com possibilidade de ponderaes e escolhas na prtica doato. Pode deliberar a respeito do Motivo e do Objeto do ato, quando a Lei deixar alguns dos elementospara prtica de um ato para que a Administrao atue de forma mais livre, com possibilidade de tomadade mais de uma deciso.

    Competncia Sempre decorrente de lei, ato vinculado.Finalidade Sempre vinculada.Forma Quando prescrita em Lei, ser vinculada.

    Motivo e Objeto Elementos deixados discricionariedade administrativa.

    - Entretanto, a Administrao deve adotar, dentre os vrios motivos e objetos possveis, o maisbenfico. Nunca poder escolher qualquer objeto ou motivo. uma liberdade relativa, condicionada.

    - Obs.: O Judicirio pode fazer o controle de mrito, no de forma ampla, mas dentro do contexto dosprincpios constitucionais.

    5. PODER HIERRQUICO

    - Confere Administrao uma capacidade para ordenar, coordenar, controlar, corrigir, delegar (quandoconveniente) e avocar suas funes. Este Poder estabelece a relao Hierrquica entre rgos domesmo mbito e escalo da Administrao e a diviso de competncias.

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    Capacidade de Ordenar:organizar as funes administrativas, distribuindo-as e escalonando-as entre os rgos e agentes pblicos, estabelecendo uma relao de subordinao entre eles. Asordens emanadas pelos rgos e agentes superiores devem ser cumpridas fielmente pelos seus

    inferiores, salvo se manifestamente ilegais (quebra do dever de obedincia infrao disciplinar,punida pela Administrao atravs de seu poder disciplinar).

    Capacidade de Coordenar:coordenao, harmonizao das funes, internamente, quandoa cargo do mesmo rgo administrativo.

    Capacidade de Controlar: controlar o prprio desempenho dos agentes pblico, fazendotambm com que sejam observadas as Leis e Instrues necessrias ao cumprimento das funes.

    Capacidade para Corrigir (AUTOTUTELA): Invalidar atos ilegais e revogar atos que nosejam mais convenientes e oportunos ao interesse pblico.

    Capacidade para Delegar Atividade ou Funo Administrativa (art.12, Lei do ProcessoAdministrativo Disciplinar, lei 9.784/99): Poder haver quando for conveniente e no houverimpedimento legal (delegar competncia para julgamento de recurso administrativo; para edio de atosnormativos; ou quando o ato deva ser praticado com competncia exclusiva), mesmo entre rgos deigual ou inferior escalo, mesmo que o rgo ou o agente delegado no sejam subordinados ao rgoou agente delegante. A delegao regra, sendo sua proibio uma excepcionalidade. Obs.Oresponsvel pelo ato ser o agente que recebeu a delegao (delegado).

    Capacidade para Avocar (art.15, Lei 9.784/99): o chamamento da competncia pelaautoridade que no era, originariamente, competente para prtica ato, tirando a competncia daautoridade que assim o era. excepcional, s ser possvel quando permitida por Lei. A autoridadeavocante dever ser superior autoridade avocada. Deve ser justificada e Temporria. O PoderHierrquico est presente somente em mbito interno (poder de organizao interna). Entre os rgosda Administrao direta e dentro dos prprios rgos da Administrao Indireta. No h poderhierrquico de rgo da Administrao Direta sobre rgo da Administrao Indireta, tampouco de umaentidade da Administrao Indireta sobre outra entidade da Administrao indireta, j que no h PoderHierrquico no mbito externo. OBSNo controle de subordinao o que ocorre da AdministraoDireta sobre a Indireta. um controle finalstico (incide sobre os fins e objetivos, nunca sobre osmeios) para o qual foi criada a entidade da Administrao indireta: Tutela Administrativa. No mbitoda Unio: superviso Ministerial (as entidades da Administrao indireta se vinculam a um ministrio).

    Importa sempre ressaltar que o poder hierrquico poder interno, no se manifestando entrepessoas jurdicas diferentes. Veja como j se manifestou o STJ:

    CONFLITO DE COMPETNCIA. REINTEGRAO DE POSSE. DECISO PROFERIDA PELAJUSTIA ESTADUAL. DEMANDA AUTNOMA AJUIZADA NA JUSTIA FEDERAL VISANDO AREVOGAR DECISO DE JUIZ DE DIREITO. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTNCIA DE HIERARQUIAENTRE OS RAMOS DO PODER JUDICIRIO. 1. Ao possessria na Justia estadual com liminardeferida e confirmada pelo Tribunal, determinando a desocupao de rea. Demanda em que a Uniono parte. 2. Ajuizamento, pela Associao Democrtica por Moradia e Direitos Sociais, s vsperasda reintegrao de posse, de medida cautelar visando a impedir o cumprimento da liminar emanada daJustia estadual, alegando interesse da Unio na causa. 3. Decises conflitantes. Inexistncia dehierarquia entre os ramos do Poder Judicirio. Impossibilidade de revogao de deciso daJustia estadual pelo Judicirio Federal.4. A parte inconformada com a deciso liminar deve interporos recursos adequados no momento oportuno. A Unio, se possuir interesse jurdico, deve manifest-lo

    nos prprios autos da ao que tramita na Justia estadual, requerendo sua remessa Justia Federalpara que esta examine o pedido (Smula n. 150/STJ). No cabe ajuizamento de nova demanda naJustia Federal para obstar o cumprimento da liminar oriunda da Justia estadual. 5. Conflito admitido

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    com a declarao de competncia do Juzo estadual para anlise dos pedidos relacionados reintegrao de posse.(120788 SP 2012/0011161-1, Relator: Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA, Data de

    Julgamento: 22/05/2013, S2 - SEGUNDA SEO, Data de Publicao: DJe 04/06/2013)

    11. PODER NORMATIVO (Gnero)Vale para todos os rgos da Administrao Pblica.

    Poder Regulamentar: Se atribui exclusivamente s chefias do Executivo para executaremfielmente a Lei (regulamento de execuo), regular matria no reservada Lei (regulamentoautnomo) ou disciplinar internamente, em carter geral e abstrato, as atividades cometidas aoExecutivo (regulamento administrativo).

    12. PODER DISCIPLINAR

    Aplicao de penalidades a todos aqueles que possuam vnculo especial com o poder pblico, como osservidores pblicos e contratados pela Administrao.A aplicao das penalidades depende de respeito ao devido processo legal, no qual sejam respeitadoso contraditrio e a ampla defesa.

    13. PODER DE POLCIA

    - Conceito Amplo: toda e qualquer atividade desempenhada pelo Estado e dirigida a se restringir asliberdades individuais. Alcana os Poderes Executivo e Legislativo. Mesmo uma Lei que venha arestringir uma liberdade seria decorrente do Poder de Polcia.

    - Conceito Estrito: O Poder de Polcia toda atividade administrativa exercida pelas entidades, rgose agentes da Administrao Pblica para limitar e condicionar o exerccio das liberdades individuais e ouso, gozo e disposio da propriedade, visando adequ-los e conform-los aos interesses pblicos ebem-estar geral da coletividade. um Poder de Polcia Administrativo.

    - poder jurdico, mera atividade administrativa (Ex. interdio de fbrica poluente).

    Objeto do P. de Polcia: Um bem, direito ou atividade exercida pelo particular, sero limitadospelo Poder de polcia da Administrao que, entretanto, no poder abolir os direitos do administrados,apenas limita-los de modo que no ponham a coletividade em risco.

    Motivo:Razo de fato ou de direito que ensejam a atuao do Estado.

    Manifestao: uma atividade administrativa manifestada atravs de atos com destinatriosindeterminados, gerais ou abstratos, individuais ou concretos; de preveno ou fiscalizao.

    Via de regra, o P. de Polcia discricionrio. No entanto, a Administrao no pode ficarinerte, tem que exerc-lo, tem o dever de responder, decidir a respeito dos pedidos do administrado, sese mantiver inerte, essa inrcia poder ser apreciada pelo Judicirio. Excees: As licenas so atosvinculados quando o particular cumpre todos os requisitos.

    Atributos do P.de Polcia:

    imperativo, coercitivo, impe restries mesmo sem a vontade do particular.

    Auto-Executvel, atributo sem o qual o Poder de Polcia ficaria esvaziado; Exigvel. Presunojuris tantumde Legitimidade (no pode haver abusos no Poder de Polcia).

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    Delegao: O Poder de Polcia pressupe prerrogativas a particulares. Portanto, se umparticular detivesse o Poder de Polcia haveria um desrespeito ao Princpio da Igualdade. Da porque, adoutrina entende que esse Poder indelegvel aos particulares. Exceo: Capites de navios e

    aeronaves; entidades da Administrao indireta; agncias reguladoras; concessionrios,permissionrios, delegatrios, tambm o possuem, mas de forma mais restrita. Obs.Apenas quantoaos atos e atividades materiais que precedem (colocao de fotossensores) e que sucedem (a efetivademolio de uma casa) o Poder de Polcia podem ser delegados.

    Sanes:Devem vim previstas expressamente em Lei. As sanes prevem o resultado til doPoder de Polcia. Ex. Interdies, apreenses, demolies, multas.

    Setores do Poder de Polcia: Ex. Polcia Ambiental, Polcia Edilcia (SUCOM), INMETRO.

    O poder de polcia alvo de muitas provas de Juzes do Trabalho. Vejamos:

    (FCC - 2014 - TRT - 18 Regio (GO) - Juiz do Trabalho) tradicional a distino entre polciajudiciria e polcia administrativa. Dentre os critrios que permitem distinguir as duasmodalidades de exerccio do poder estatal por agentes pblicos, correto afirmar que a polciajudiciria

    a) age somente repressivamente e a polcia administrativa age somente preventivamente.b) age sempre de maneira vinculada e a polcia administrativa atua sempre de maneira discricionria.c) privativa de corporaes especializadas e a polcia administrativa exercida por vrios rgosadministrativos.d) exercida com autoexecutoriedade e a polcia administrativa exercida com coercibilidade.e) atua exclusivamente com base no princpio da tipicidade e a polcia administrativa atuaexclusivamente com base no princpio da atipicidade.

    5. (FCC - 2013 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Juiz Substituto) O exerccio do poder de polciaadministrativo, no mbito da Administrao Pblica Federal,

    a) no que tange aplicao de punies, est sujeito a prazo prescricional de 5 anos, exceto se aconduta a ser sancionada constituir crime, aplicando-se nesse caso a prescrio da legislao penal.b) independe de previso legal, haja vista a existncia do poder regulamentar autnomo daAdministrao nesta matria.c) pode ser delegado a entidade privada sem fins lucrativos instituda por particulares, desde que sejacelebrado instrumento convenial, aps prvia autorizao legislativa.

    d) atributo exclusivo de rgos do Poder Executivo.e) sempre dotado dos atributos de imperatividade, discricionariedade e autoexecutoriedade.

    *ORGANIZAO DA ADMINISTRAO*

    14. Formas de Prestao da Atividade Administrativa:

    15.1- DESCONCENTRAO: Atividade distribuda dentro do prprio ncleo, da prpria PessoaJurdica. H Hierarquia, Subordinao.

    Descentralizao:

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    Por Outorga:O Poder Pblico transfere a titularidade mais a execuo do servio. S podeser feita atravs de lei e para as Pessoas Jurdicas de Direito Pblico da Administrao Indireta.

    Delegao: Transfere somente a execuo do servio, o Poder Pblico mantm atitularidade. Pode ser feita a qualquer um (Administrao Direta, Indireta, particulares). Pode ser feitapor:

    a) Lei (Legal): quando for para Pessoas Jurdicas de Direito Privado da AdministraoIndireta (Empresas Pblicas, Sociedade de Economia Mista).

    b) Contrato (contratual): quando a delegao for para particulares (concessionrias,permissionrias, organizaes sociais e todos que prestem atividade administrativa).No confunda descentralizao com desconcentrao.

    15.2- ADMINISTRAO DIRETA (Dec. Lei/67)Ncleo da Administrao.

    Teoria do Mandato: O Estado transfere poderes a seus agentes atravs de um contrato demandato. No serve porque o Estado no pode manifestar vontade, portanto, no pode celebrarcontrato de mandato.

    Teoria da Representao: O Estado tratado como incapaz, por isso precisaria de umrepresentante. No serve porque, no Brasil, o Estado responsvel por seus atos e de seus agentes,no incapaz.

    Teoria do rgo ou Teoria da Imputao (Hely Lopes): Utilizada no Brasil, o agenteexerce o poder, manifesta a vontade do Estado em razo de um Poder Legal, decorre de uma previsolegal.

    15.2.1 - RGO PBLICO:

    - Ncleo especializado de competncias que servem para prestao de atividade administrativa. Nopode celebrar contrato. No tm Personalidade Jurdica, por isso no tem aptido para ser sujeito dedireitos e obrigaes. Mas pode ir a juzo, desde que preenchida 02 condies (ir em busca deprerrogativas funcionais, sempre como sujeito ativo). Tem CNPJ. possvel a existncia de rgopblico na Administrao direta e na indireta (Lei 9784/99).

    CLASSIFICAO:a) Quanto Posio Estatal:

    A Independentes: goza de independncia, est no pice de cada um dos poderes. Ex. So aschefias de cada Poder: Presidncia, Cmara Municipal.

    BAutnomos:Esto subordinados, diretamente ligados aos rgos independentes. Ex. secretariasde Estado, Ministrios.

    C

    Superior: ainda tem poder de deciso, mas est subordinado aos rgos autnomos e aosindependentes. Ex. Procuradorias.

    DSubalterno: No tem poder de deciso, s executa o que foi mandado pelo independente ouautnomo. Ex. zeladoria, almoxorifado.

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    b) Quanto Posio Estrutural:

    ASimples: No tem outros rgos agregados sua estrutura. Ex. Gabinetes.

    BCompostos: tem outros rgos agregados estrutura. Ex. Delegacia de Ensino- Escolas ligadas.

    c) Quanto Atuao Funcional:

    ASingular: Composto por um nico agente. Ex. presidncia, governadoria.

    BColegiado: Composto por vrios agentes.

    15.3- ADMINISTRAO INDIRETA:

    - Possuem Personalidade Jurdica Prpria: tem aptido para ser sujeito de direitos e obrigaes, responsvel pelos prprios atos e os de seus agentes. No existe relao de hierarquia entreAdministrao Direta e Indireta.

    - Patrimnio e Recursos Prprios, autonomia tcnica, financeira (decide como vai aplicar o dinheiro),administrativa. S no tem autonomia, nem capacidade legislativa. Obs.No mximo poder regular,complementar, disciplinar o que est previsto em lei.

    Formas de Controle:

    Interno: feito pela prpria entidade da Administrao Indireta.

    Exterior:Poder Legislativo (CPIs e TCU); Poder Judicirio; pelos cidados, atravs da AoPopular; Pelo Poder Executivo (superviso Ministerial, dirigentes escolhidos pelo Ministrio, receitas edespesas fiscalizadas, finalidades predeterminadas).

    AUTARQUIAS

    Conceito:Pessoa Jurdica de Direito Pblico que serve para prestao de atividades tpicasdo Estado, com autonomia administrativa, tcnica e financeira, mas sem capacidade legislativa. Socriadas e extintas por lei ordinria especfica.

    Finalidade vinculada finalidade para a qual a Lei a criou. No so criadas para visar o

    Lucro. Atos e Contratos:

    a) Auto-Executveis: presuno de legitimidade, imperatividade, como qualquer outroato administrativo.b) Contrato Administrativo regido pelo dir. pblico, com clusulas exorbitantes.c) Necessidade de Licitao, mesmo para contratos regidos pelo direito privado.

    Responsabilidade Civil :

    a) Conduta + Dano + Nexo (sem necessidade de comprovao de culpa ou dolo). Ser

    Objetiva: quando houver ao por parte do Estado; Subjetiva: quando em razo de omisso do Estado,e a responsabilidade do servidor tambm ser subjetiva.

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    b) Obs.Se a Autarquia no tiver patrimnio, o Estado responder de forma objetiva,subsidiariamente pelo Dano.c) Exceo: No Casos das PPPs, a Responsabilidade do Estado Solidria.

    Bens Autrquicos: So bens pblicos, segue regime de bens pblicos.

    a) Inalienabilidade Relativa: Todos os bens pblicos so alienveis de formacondicionada. Para haver alienao, h um procedimento a ser seguido: (Desafetao- AutorizaoLegislativa- Licitao).

    b) Impenhorabilidade: vedada a penhora, o arresto (bens indeterminados), oseqestro (bens determinados).

    c) Impossibilidade de Onerao:O Bem Pblico no pode ser objeto de Dir. Real degarantia (O Penhor e a Hipoteca so vedados).

    d) Imprescritveis (prescrio aquisitiva): Bens pblicos so insuscetveis deusucapio, nem do pr-labore, nem os bens dominicais.

    Regime de Precatrio(art.100, CF)

    a) Documento atravs do qual, o Tribunal reconhece dbito com procedncia transitadaem julgado. Os Precatrios constitudos at 01 de julho devem ser pagos no exerccio financeiroseguinte, se existir disponibilidade oramentria. Podem ser pagos em parcelamentos anuais (10 porano).

    b) Cada Pessoa Jurdica tem a sua prpria fila, cada autarquia tem uma fila prpria.Obs. Alimentos: Obedecem ao Precatrio, mas tm fila prpria dentro da fila geral. Exceo: H umvalor de 60 salrios mnimos, no qual a pessoa estar fora do precatrio.

    Privilgios Processuais:

    a) Prazo para Recurso: prazo qudruplo, 60 dias. Contestao: prazo duplo, 30 dias.b) Duplo grau obrigatrio de Jurisdio, reexame necessrio: Se o processo no forsubmetido ao duplo grau obrigatrio, no haver Coisa Julgada.

    Regime Tributrio:

    a) Imunidade Tributria recproca Somente quanto aos Impostos. A Imunidade no absoluta:Restringe-se s finalidades especficas de cada autarquia, previstas na sua lei de criao. As atividadescomplementares esto sujeitas aos impostos.b) Obs.H cobrana dos outros tributos.c) Procedimento Financeiro: Lei 4320/64 (Lei de Finanas Pblicas) e LC 101/2000 (Lei deResponsabilidade Fiscal).d) Regime de Pessoal (EC 19 aboliu o Regime jurdico nico):A Estatutrio: Para titulares de cargo pblico (s nas Pessoas Jurdicas de Dir. Pblico).Preferencialmente, deve ser adotado o Regime Estatutrio, de cargo pblico.

    BCeletista: Para titulares de emprego pblico.

    CONSELHOS DE CLASSE (OAB, CRA, CRM, CRO).

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    Antigamente: Natureza de Autarquia. Porm, a Lei 9649/98, art.58: Conselho de Classe ternatureza de Pessoa Jurdica de Direito Privado.

    STF, ADIN 1717: Como os Conselhos de Classe tm como funo principal o Poder dePolcia, fiscalizando as atuaes profissionais, no podem ser considerados PJ de Dir.Privado.Declarou inconstitucional o art.58 da Lei 9649/98, determinando que os Cons.de Classe tero naturezade Autarquia.

    Concurso Pblico: Doutrina Majoritria entende que o concurso pblico obrigatrio.

    Foro Competente, Sm.66, STJ:Justia Federal ou Vara da Fazenda Pblica.

    Anuidade:Natureza Tributria, contribuio.

    Controle pelo Tribunais de Contas; Devem Obedecer a Lei 4320/64 (Lei de Finanas)

    ExceoOAB: A contribuio da OAB no tem natureza tributria; No sofre controle doTribunal de Contas e no deve obedincia Lei de Finanas Nacional.

    AUTARQUIAS DE REGIME ESPECIAL

    Surgiram para conceituar asUniversidades Pblicas, que tm mais autonomia e liberdade.Reitor: Tem prazo certo de mandato, s sair depois da expirao desse. So escolhidos por eleio.No cargo de livre nomeao, nem de livre exonerao. OBS. Banco Central: autarquia comum, mas seu Presidente nomeado pelo Presidenteaps prvia aprovao do Senado.

    AGNCIAS REGULADORAS (Espcie)

    a) Finalidade:Regular, Fiscalizar, Disciplinar, Normatizar determinadas atividades. No atividade nova, antes era exercida diretamente pelo Estado.

    b) Capacidade Legislativa: No a tem, no podendo, de tal sorte, legislar. Tm o papelde complementar as leis, com normas tcnicas especficas de sua atuao.

    c) Regime Especial: Tm mais autonomia, Liberdade normativa, liberdade econmica efinanceira.

    d) Nomeao de Dirigentes: Presidente nomeia com prvia aprovao do Senado. investidura ou nomeao especial, porque depende de prvia aprovao do Senado.

    e) Mandato com Prazo certo e determinado: A Lei de criao de cada Autarquia deregime especial ir determinar o prazo do mandato (mximo. de 04 anos). Obs.J h Projeto de Leiquerendo uniformizar o prazo: 04 anos para todas.

    f) Vedao (Quarentena): Quando o dirigente sai do cargo, deve ficar 04 meses ou 01ano (a depender da lei da autarquia especial) sem poder atuar na rea de atuao da AgnciaReguladora.

    g) Distines:

    AProcedimento Licitatrio:

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    - Lei 9472/97: em contrariedade ao disposto na Lei 8666/93, cada agncia teria seu prprioprocedimento licitatrio, previsto na sua lei de criao. Com modos especficos de Licitao (Prego eConsulta).

    - STF, ADIN 1668: Se a Agncia Reguladora autarquia, ter que seguir a Lei 8666/93, deixando,entretanto, que elas tenham as modalidades especficas determinadas pela Lei 9472/97, Prego eConsulta.

    - O Prego j tem a Lei 10520/02, que o estendeu a todos os Entes, no sendo mais modalidadeespecfica das Agncias Reguladoras. Atualmente, a Consulta,que ainda no tem Lei lhe regulando, a modalidade especfica das Agncias Reguladoras.

    BRegime de Pessoal:

    - Lei 9886/00: Regime Celetista, com contratao temporria. A Doutrina j dizia que o Regime da CLT

    s deveria ser adotado em situaes excepcionais, para funes subalternas ou para contrataestemporrias.

    -ADIN 2310, STF: Declarou que no era hiptese para contratao temporria, que excepcional, eque, portanto, no deveria adotar o Regime Celetista. Declarou a Inconstitucionalidade das 02 regras:Regime Celetista e Contratao Temporria.

    - MP 155/03Lei 10871/04:Determinou o Regime Estatutrio, com concurso pblico, para todas asAgncias Reguladoras. Os que entraram por contratao temporria sairo depois de findo o tempo docontrato.

    h) Exemplos de Agncias:

    AANS; ANTT; ANTAQ; ANAC; ANP; ANA (bens pblicos); ANCINE (fomento).

    B Autarquias: ADA (agncia de desenvolvimento da Amaznia, substituiu a SUDAM), ADENE(agncia de desenvolvimento do Nordeste, substituiu a SUDENE) e AEB (agencia espacial);

    C Servios Sociais Autnomos: APEX, ABDI. Obs: CVM: deveria ser agncia reguladora, mas autarquia comum.

    AGNCIA EXECUTIVA:

    a) So Autarquias ou Fundaes Pblicas que precisam ser modernizadas, e para issofazem um planejamento para reestruturao.

    b) Contrato de Gesto: Celebrado entra uma Autarquia ou Fundao Pblica e o PoderPblico. Serve para dar mais autonomia ou recurso pblico. Ex: Autarquia A Contrato de gesto Agencia Executiva A.

    c) O ttulo de Agncia Executiva temporrio, findo o contrato de gesto, o ente quese tornou agncia executiva temporariamente voltar a ser autarquia ou fundao pblica. Ex. deag.executiva: INMETRO.

    d) Liberdade Especfica (s para agncias executivas): Art.24, par.nico, Lei

    8666/93: Dispensa de Licitao. Regra Geral:

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    AValor de at 10% do Convite (at R$150.000, se obras ou servios de engenharia; at R$80.000para os outros servios);

    Blicitao dispensada (R$15.000 ou R$8.000).

    e) Dispensa para as Agncias Executivas: 20% do Valor do Convite, ou seja,quando o valor da licitao for at R$30.000 ou R$16.000, a agncia executiva estar dispensada delicitao. Essa dispensa vale tambm para: Sociedades de Economia Mista, Empresas Pblicas eConsrcios Pblicos. S vale para as Autarquias e fundaes pblicas, quando qualificadas comoagncia executiva.

    Vejam o tema em prova de Juiz do Trabalho:

    (FCC - 2014 - TRT - 18 Regio (GO) - Juiz do Trabalho) O status de agncia executiva constituiuma qualificao criada pela chamada reforma gerencial da Administrao pblica federal.

    NO caracterstica tpica de tal figura jurdica,

    a) a necessidade de elaborao de um plano estratgico de reestruturao e de desenvolvimentoinstitucional, voltado para a melhoria da qualidade da gesto e para a reduo de custos da entidadecandidata qualificao.b) a ampliao da autonomia gerencial, oramentria e financeira do rgo ou entidade assimqualificado.c) a outorga de tal qualificao por decreto presidencial.d) a exigncia de prvia celebrao de contrato de gesto com o respectivo Ministrio supervisor, paraobteno da qualificao.e) a previso de mandato fixo aos seus dirigentes, vedada a sua exonerao ad nutum.

    FUNDAO PBLICA

    So institudas e constitudas pelo Poder Pblico, fazendo parte da Administrao. Obs.:Quando forem constitudas pela iniciativa privada, no sero Fundao Pblica.

    FUNDAO PBLICA de DIREITO PBLICO:

    a) Natureza Jurdica:Regime de Dir. Pblico. uma espcie de autarquia e faz parteda Fazenda Pblica. Tem todos os privilgios e obrigaes de uma autarquia. Obs.Quando o concursofalar de Fundao Pblica, ser a de Direito Pblico.

    FUNDAO PBLICA de DIREITO PRIVADO (fundaes governamentais)

    a) Natureza Jurdica: Regime de Direito Privado, derrogado parcialmente poralgumas normas de dir.pblico.

    b) Foro Competente (foro privativo):Justia Federal ou Vara da Fazenda Pblica.

    c) Privilgio Processual: No tem prazo especial, porque no faz parte da FazendaPblica.

    d) Tem sua Criao autorizada por Lei Ordinria; Lei Complementar deve determinar a

    finalidade das fundaes pblicas de dir.privado.

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    e) OBS: Celso Antonio entende que no h essa diviso. Segundo ele, quando se falaem Fundao Pblica, todas elas so de Direito Pblico.

    EMPRESAS ESTATAISEmpresas PblicasSociedade de Economia Mista

    EMPRESAS PBLICAS:

    a) Pessoa Jurdica de Direito Privado; Podem prestar servio pblico ou exploraratividade econmica; sua criao autorizada por lei.

    b) Tm capital exclusivamente pblico: Pode ser capital de vrios entes dafederao. Entretanto, no poder haver capital de uma Sociedade de Economia Mista investido naEmpresa Pblica, do contrrio ela perder esse status.

    c) Tem livre Constituio: Pode ser constituda por qualquer atividade empresarial.

    d) Tm Foro Privativo: Justia Federal ou Vara da Fazenda Pblica.

    SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:

    a) Pessoa Jurdica de Direito Privado; Podem prestar servio pblico ou exploraratividade econmica; Criao autorizada por lei.

    b) Tm Capital Misto: O Capital do Ente Pblico deve ser a maioria do capital votante.Devem ser constitudas, obrigatoriamente, como Sociedades Annimas.

    c) No tm foro privativo: So julgadas na Justia Estadual.

    d) FINALIDADES:

    APrestar Servio Pblico: Quando forem prestadoras de servio pblico, haver prevalncia doDir.Pblico sobre o Dir.Privado.

    B Explorar Atividade Econmica: Quando forem exploradoras de atividade econmica, haverprevalncia do regime de Dir.Privado, com alguma influencia do Dir.Pblico. obs: Art.173, CF(Hipteses em que o Estado pode Explorar Atividade Econmica):

    1.Quando for necessrio aos imperativos da Segurana Nacional.2.Quando houver interesse coletivo, conforme o definido em lei.

    CTero estatutos prprios definidos na lei que autorizou sua criao.

    e) REGIME JURDICO das EMPRESAS ESTATAIS:

    A1 Regra: LICITAO:

    01. Quando for Prestadora de Servio Pblico: Obedecer Lei 8666/93.

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    02. Quando Exploradora de Atividade Econmica: Podem ter estatuto prprio, que reger oprocedimento licitatrio de cada Pessoa Jurdica. Entretanto, at hoje, no h estatuto. Assim, deveroobedecer Lei 8666/93. Dispensa e Inexigibilidade (Arts.24 e 25 da Lei 8666/93).

    BFALNCIA:

    01.Antes: Se prestadoras de servio pblico no estavam sujeitas falncia; Se exploradoras deatividade econmica Estavam sujeitas falncia.

    02. Agora (Lei de Falncias, 11101/05, art.2): Empresas Pblicas e Sociedades de Economia mista,sejam exploradoras de atividade econmica, sejam prestadoras de servio pblico, no esto sujeitas falncia.

    03.Obs:A doutrina critica tal orientao, dizendo que as exploradoras de atividade econmica devemestar sujeitas lei de falncias, j que esto muito prximas do Dir.Privado.

    CRESPONSABILIDADE CIVIL:

    01. Prestadoras de Servio Pblico (Art.37, par.6, CF): A responsabilidade ser objetiva, de regra. Ea responsabilidade do Estado ser subsidiria e objetiva.

    02. Exploradoras de Atividade Econmica: A Responsabilidade civil delas ser regida pelo DireitoCivil, que determinar os casos em que a responsabilidade ser objetiva ou subjetiva. E o Estado noresponde subsidiariamente.

    DREGIME TRIBUTRIO:

    01. Regra Geral: As Empresas Pblicas e as Sociedades de Economia Mista no tm imunidadetributria recproca e privilgios no extensveis iniciativa privada.

    02. Exceo: Quando o bem e as atividades estiverem vinculadas prestao do servio pblico, teroimunidade tributria.

    03. Empresa dos Correios e Telgrafos: Exerce atividade exclusiva e indelegvel do Estado (serviopostal), por isso tratado com Fazenda Pblica. Goza de imunidade tributria recproca; Temprivilgios processuais (prazos diferenciados); Os seus bens pblicos so impenhorveis, noonerveis, impenhorveis e imprescritveis; Esto sujeitas ao regime de precatrio.Obs. Isso no valepara as franquias privadas da Empresa.

    EREGIME DE BENS:

    01. Regra Geral: So penhorveis. Mas so imprescritveis, sempre.02. Obs. Jos dos Santos C. Filho entende que s os bens das Pessoas Jurdicas de Dir.Pblico sobens pblicos, ou seja, os bens das entidades governamentais no so bens pblicos.

    03. Maioria da Doutrina: Os bens pblicos so todos aqueles pertencentes s Pessoas Jurdicas deDireito Pblico e os diretamente ligados prestao do servio pblico nas entidades governamentais,concessionrias, permissionrias e autorizatrias. Neste ultimo caso, os bens seguiro as regras dosbens pblicos.

    FREGIME DE PESSOAL:

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    01. Celetista: Titular de Emprego(No emprego pblico. Este e o cargo pblico so exclusivos dasPJs de Dir.Pblico). Equiparam-se aos servidores em alguns aspectos:

    - Exigncia de concurso pblico;-Sujeitos s regras de vedao de acumulao;- Respondem por Improbidade(lei 8429/92) de cargo, emprego e funo pblica;- So funcionrios Pblicos para fins penais;- Esto sujeitos aos remdios constitucionais;- Teto Remuneratrio: Estaro sujeitos ao teto do STF se a Empresa Pblica ou a SociedadeEconomia Mista receberem ajuda do Estado para o custeio; Se no receberem ajuda para custeio, noesto sujeitos ao teto.- Dispensa do empregado: Para maioria da doutrina, a dispensa do empregado s poder serrealizada motivadamente, aps processo administrativo disciplinar com contraditrio. Porm, TSTSmula 390, orientao jurisprudencial No h necessidade de motivao para dispensa dosempregados, j que os mesmos no gozam de estabilidade. Tambm no h necessidade de processo

    administrativo.Vejamos o tema em provas:

    (FCC - 2012 - TRT - 11 Regio (AM) - Juiz do Trabalho - Tipo 5) Suponha uma sociedade deeconomia mista e uma empresa pblica, ambas explorando atividades econmicas de produoou comercializao de bens ou de prestao de servios. Nos termos da Constituio,

    a) ambas estaro sujeitas ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quantoaos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios.b) ambas estaro sujeitas ao regime jurdico prprio das empresas privadas quanto aos direitos eobrigaes civis e comerciais, mas seguiro regras aplicveis s entidades da Administrao diretaquanto s matrias trabalhista e tributria.c) ambas estaro sujeitas ao regime jurdico prprio das empresas privadas quanto aos direitos eobrigaes civis, comerciais e tributrias, mas seguiro regras aplicveis s entidades da Administraodireta quanto matria trabalhista.d) a empresa pblica estar sujeita ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quantoaos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios, mas a sociedade de economiamista estar sujeita ao regime jurdico de direito pblico.e) ambas estaro sujeitas ao regime jurdico prprio das empresas privadas quanto aos direitos eobrigaes civis, comerciais e trabalhistas, mas seguiro regras aplicveis s entidades daAdministrao direta quanto matria tributria

    ENTES DE COOPERAO (Entes Paraestatais) So entes paraestatais, Pessoas Jurdicas de Direito Privado que no fazem parte daAdministraopblica, mas que cooperam com o Estado na consecuo de alguns fins pblicos.

    01 Setor (Estado); 02 Setor (Mercado); 03 Setor (ONGs), alguns dos entes de cooperao so ONGs; 04 Setor (Economia Informal). No tm fins lucrativos e servem para ajudar o Estado naprestao de um servio pblico ou no fomento de uma atividade.

    SERVIO SOCIAL AUTNOMO (Sistema S, SEBRAE, SENAT, SESC, SESI).

    a) Privilgios: Recebem recursos oramentrios. Tm capacidade tributria. Sobeneficirias da Parafiscalidade.

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    b) Sujeitas s regras de licitao da Lei 8666/93 e fiscalizao do Tribunal deContas.c) Obs: APEX e ABDI so agncias com natureza de Servio Social Autnomo.

    ORGANIZAO SOCIAL

    a) Lei 9637/98:As Organizaes Sociais servem para prestao de servios pblicos,servios estes que esto listados nesta Lei. Ex.: meio-ambiente; pesquisa; sade; desenvolvimentotecnolgico.

    b) As Organizaes Sociais surgiram como rgos pblicos extintos, que foramtransformadas em Pessoas Jurdicas de Direito Privado denominadas Organizao Social.

    c) Criao das Organizaes Sociais: Celebrao do Contrato de Gesto: ovnculo jurdico das Organizaes Sociais o Estado (entidade fantasma segundo Maria Sylvia, j que

    01 celebra-se o contrato de gesto, para que depois as Organizaes Sociais existam no mundojurdico).

    d) A empresa no precisa existir no mundo jurdico, nem ter experincia prvia no ramoem que for atuar para que celebre o contrato de gesto. Ato Administrativo Discricionrio do Ministriodo Planejamento e Gesto, aps a celebrao do contrato de gesto, d o status de OrganizaoSocial.

    e) Controle/ Licitao: Art.24, inc.24 da Lei 8666/93: Dispensa a Administrao delicitar com as Organizaes Sociais quando o contrato a ser firmado for decorrente de contrato degesto.

    Entretanto, as Organizaes Sociais esto sujeitas s regras de licitao. Esto sujeitas ao controle doTribunais de Contas, j que podem receber dotaes oramentrias, cesso de servidores pblicos ereceber bens pblicos. Ex. Instituto de matemtica pura e aplicada.

    OSCIP - ORGANIZAES da SOCIEDADE CIVIL de INTERESSE PBLICO

    a) Lei 9790/99: Diferenas para as Organizaes Sociais:

    AA Pessoa Jurdica precisa existir no mundo jurdico no mesmo ramo de atividade, h pelo menos 01ano, para tornar-se uma OSCIP.

    B

    O Vnculo jurdico com o Estado o Termo de Parceria, que tem natureza de contratoadministrativa, segundo parte da doutrina.

    C

    Regra Geral: No h cesso de servidores, no h transferncia de bens pblicos, nem dotaooramentria (no participa diretamente do oramento, mas recebe recursos pblicos via depsitobancrio).

    DEsto sujeitas s regras de licitao e ao controle dos Tribunais de Contas.EO Conselho de Administrao da OSCIP deve ser formado por particulares, diferentemente dasOrganizaes Sociais, onde os Conselhos de Administrao e Fiscal podem ser compostos porservidores pblicos.

    FObs:O que tem ocorrido que a Administrao contrata as OSCIPs para, via de regra, burlar oconcurso pblico, j que os empregados das OSCIPs no necessitam de concurso.

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    ENTIDADES DE APOIO

    a) Constituio As entidades de apoio podem ser constitudas como Fundao,

    Associao ou Cooperativas, criadas por servidores pblicos com a finalidade de melhor desenvolversuas atividades.

    b) Funcionam ao lado das Universidades Pblicas e hospitais pblicos. So fundaesprivadas que atuam com a estrutura e o dinheiro do Estado.Vnculo Jurdico: Convnio celebradocom a universidade. Ex. As entidades de apoio fazem convenio com a universidade pblica paraorganizarem uma ps-graduao, da qual se poder cobrar mensalidade.

    c) Lei 8958/94: Entidades de apoio que atuam junto s Universidades Pblicas. Quanto soutras entidades ainda no h legislao.

    ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL (lei 13.019/04)

    TERMO DE COLABORAO planos de trabalho propostos pela administrao pblica emregime de mtua cooperao

    TERMO DE FOMENTO - planos de trabalho propostos pela entidade privada em regime de mtuacooperao

    PROCEDIMENTO DE MANIFESTAO DE INTERESSE SOCIALorganizaes da sociedade civil, movimentos sociais e cidados podero apresentar propostas aopoder pblico para que este avalie a possibilidade de realizao de um chamamento pblicoobjetivando a celebrao de parceria.CHAMAMENTO PBLICO

    Pblicao do edital no sitedo rgo interessado

    Classificao das propostas pela comisso de seleo

    Comisso2/3servidoresJulgamento objetivovinculao ao edital

    Habilitao da entidadeSem fins lucrativos

    3 anos de existnciaExperincia no objetoCapacidade tcnica e operacional

    EncerramentoHomologao e adjudicao

    DISPENSA E INEXIGIBILIDADE DO CERTAMEInexigibilidade- inviabilidade de competioDispensa - rol exaustivo1 - no caso de urgncia decorrente de paralisao ou iminncia de paralisao de atividades derelevante interesse pblico - mesmas condies da vencedora

    2 - nos casos de guerra ou grave perturbao da ordem pblica - assistncia social, sade oueducao

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    3 - de proteo a pessoas ameaadas ou em situao que possa comprometer a sua segurana.CONTRATOS FIRMADOS ENTRE AS ORGANIZAES DA SOCIEDADE CIVIL E TERCEIROSprocedimento seletivo simplificado via internet

    PRESTAO DE CONTAS1 -Relatrio de Execuo do Objeto: elaborado pela organizao da sociedade civil, assinado peloseu representante legal, contendo as atividades desenvolvidas para o cumprimento do objeto e ocomparativo de metas propostas com os resultados alcanados2 - Relatrio de Execuo Financeira: assinado pelo seu representante legal e o contadorresponsvel, com a descrio das despesas e receitas efetivamente realizadas.Prazo de at 90 dias + 30 diasRESPONSABILIZAO DA ORGANIZAO DA SOCIEDADE CIVIL E APLICAO DEPENALIDADESa) advertncia:b) suspenso temporria da participao em chamamento pblico e impedimento de celebrartermos de fomento, termos de colaborao e contratos com rgos e entidades da esfera de governo

    da administrao pblica sancionadora, por prazo no superior a 2 (dois) anos.c) declarao de inidoneidade para participar em chamamento pblico ou celebrar termos defomento, termos de colaborao - Ministro de Estado ou do Secretrio Estadual ou Municipal

    * ATOS ADMINISTRATIVOS *

    15. CONCEITO DE ATOS DA ADMINISTRAO:

    - Atos jurdicos, ou no, por meio dos quais a Administrao emite uma declarao de vontade paraexecutar a lei aos casos concretos e fazer prevalecer o interesse pblico sobre os interesses

    particulares, no desempenho das suas atividades.16. CLASSIFICAO DOS ATOS DA ADMINISTRAO (CELSO ANTNIO):

    14.1 -Atos Jurdicos Regidos pelo Direito Privado: a Relao Jurdica horizontal, h igualdadeentre os contratantes (administrao x particular), a administrao no se vale da sua supremacia.

    14.2 -Atos Materiais = FATO ADMINISTRATIVO. No so atos jurdicos, apenas realizam,executam uma atividade do Estado. (Ex. construo de uma estrada, pavimentao).

    14.3 - Atos Polticos ou de Governo: So de natureza jurdica, editados pelo Estado no exercciode funo poltica de soberania. Ex. sano do presidente a um projeto de lei.

    14.4 - ATOS ADMINISTRATIVOS(espcie do gnero Ato da Administrao).

    Conceito: um ato jurdico por meio do qual o Estado, ou quem lhe faa as vezes,exprime uma declarao unilateral de vontade, no exerccio de suas Prerrogativas Pblicas,consistentes em providncias jurdicas complementares da Lei, a ttulo de lhe dar execuo, sujeitas aocontrole de legitimidade pelo Judicirio, no desempenho de atividades essencialmente administrativasda gesto dos interesses coletivos.

    01. Ato jurdico: tem por fim criar, alterar, extinguir algo no mundo do Direito, no que se diferenciamdo fato administrativo (realizaes da administrao sem declarao de vontade).

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    02. Estado (Trs Poderes) e Quem lhe faa as vezes (delegatrios, concessionrios, que atuam emnome do Estado e podem exprimir declarao de vontade em nome do mesmo, emitindo atosadministrativos).

    03. Providncias jurdicas complementares da Lei: atividade precpua da administrao na sua funode executar a lei, de ofcio, ao caso concreto.FASES DE CONSTITUIO DO ATO ADMINISTRATIVO.Para que, regularmente, produza efeitos, no mundo jurdico, o ato administrativo deve ultrapassaralgumas fases indispensveis sua criao.A) Perfeio;B) Validade;C) Eficcia.A perfeio o cumprimento das etapas necessrias formao do ato. O ato administrativo perfeito quandocumpre todos os trmites previstos em lei para a constituio, completou o ciclo de formao.

    A validade aferida quando todas as etapas realizadas estiverem de acordo com a lei. Logo, ato vlido aqueleque foi criado de acordo com o estabelecido na legislao.A eficcia a aptido para produo de efeitos concedida ao ato administrativo. Alguns tm eficcia imediata,logo aps a publicao, mas outros podem ter sido editados com previso de termos iniciais oucondies suspensivas. Por exemplo, a autorizao para realizar uma cerimnia de casamento napraia, no sbado noite, s produz efeitos nesta data, ainda que esteja perfeito e vlido dias antes.O ato jurdico vlido, bem como o invlido podem ou no produzir efeitos automaticamente. Um atojurdico inexistente, como no caso de um ato putativo, produz efeitos no mundo jurdico, embora deforma limitada. Esse o entendimento defendido por Maral Justen Filho ao dizer que:...at mesmo um ato jurdico inexistente [...[ pode produzir efeitos jurdicos, tal como se passa no casodo chamado casamento putativo. [...[ Essa representao no significa que todos os atos soigualmente eficazes. No indica que os atos jurdicos inexistentes produzem efeitos jurdicos idnticosaos decorrentes de atos jurdicos validos. O que se afirma que os atos jurdicos inexistentes e osjurdicos invlidos podem ser dotados de alguma eficcia. Portanto, a existncia e a validade no sorequisitos para alguma eficcia(fl. 185;186).Nestes casos, sero denominados de atos administrativos pendentes, todos aqueles que so perfeitose vlidos, mas ainda no esto aptos a produzirem efeitos.

    Atributos e Qualidades dos Atos Administrativos:

    Presuno de Legitimidade, juris tantum: o ato administrativo presume-se editado deacordo com as normas e princpios gerais de Direito. Decorre da Legalidade Ampla. O ato vigoraenquanto no afastado.

    Presuno de Veracidade, relativa: ao contedo do ato e aos fatos que o compe,corresponde verdade de fato F Pblica.

    Imperatividade: no atributo de todo ato, e sim dos atos que encerram obrigaes para os administrados. O administrado fica constitudo em uma obrigao, ainda que contra suavontade.

    Coercitividadedos atos administrativos, decorrentes da imperatividade: s poder haver

    resistncia judicial ao ato, enquanto isso no ocorrer, o particular estar a ele obrigado. Os atosnegociais, que apenas permitem certas atividades ao administrado, no possuem esse atributo.

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    Exigibilidade: capacidade de exigir que a obrigao imposta ao administrado sejacumprida, sob pena de a administrao se valer de meios indiretos de coao. Ex. Multa.

    Auto-Executoriedade: Esse atributo tem que vir expresso em lei, salvo se no forpossvel outra soluo no caso concreto. A administrao se vale de meios direitos de coao paraexecuo do ato. Ex. demolio de obra.

    Tipicidade: todo ato administrativo est previamente tipificado em lei.

    Elementos e Requisitos dos Atos Administrativos:A Doutrina Majoritria aponta cincoelementos, com base na Lei de Ao Popular 4717/65, art.2, a falta de um dos requisitos torna o atoinvlido (anulvel, podendo ser sanado). Diogo Gasparini e Celso Antnio incluem mais dois elementos(contedo e causa).

    Competncia/Sujeito:Conjunto de atribuies definidas por Lei, conferida aos rgos e

    agentes pblicos para, em nome do Estado, exprimir a declarao de vontade do mesmo atravs dosatos administrativos. Decorre sempre da Lei, sempre Vinculada, portanto, mesmo quando o ato discricionrio, sem o qual o ato invlido.

    Finalidade: Ato que foge da sua Finalidade especfica prevista em Lei, mesmo queatenda a uma outra finalidade benfica ao interesse pblico, estar incorrendo em desvio de finalidadeou desvio de poder, e ser Invlido. A Finalidade Especfica de cada ato est sempre prevista em Lei, sempre elemento vinculado, mesmo que ato seja discricionrio. Ex. Ato de remoo, a finalidadeespecfica uma melhor prestao do servio pblico. Obs No pode existir ato administrativoInominado.

    Forma: o revestimento do Ato Administrativo. , em regra, escrito e no idiomanacional, a forma est prescrita em Lei, (requisito vinculado). Excees forma prescrita em Lei:quando a lei se omitir a respeito da forma, est ser livre, poder ser oral, atravs de gestos, placas (ex:sinais de trnsito).

    *Obs:diferencia-se de Formalidade no elemento de todo ato administrativo, uma solenidadeespecial para prtica de determinados dos atos que a exigem. O no cumprimento da formalidade tornao ato irregular, j o vcio de forma gera nulidade. Ex. Regulamento (o Decreto ato administrativo queserve como formalidade para eficcia do regulamento).

    Motivo: Razo de fato ou de direito que autoriza ou determina a prtica do ato por parteda Administrao (Ex. Demisso o motivo a razo que levou a Administrao a praticar o ato). O

    motivo ser elemento Vinculado quando o Ato for Vinculado; Ser Discricionrio quando o Ato assim ofor (ocorre quando a lei no elenca o motivo, deixando que a administrao o pondere).

    *Obs:Diferencia-se de Motivao (Princpio Constitucional, a exigncia da Administrao em revelar,manifestar os motivos do ato) Teoria dos Motivos Determinantes: O motivo revelado pelaAdministrao para a prtica do ato deve ser seguido estritamente, sob pena de invalidade do ato. Osmotivos determinam e condicionam a validade do ato.

    Objeto/Contedo: o prprio contedo, disposio jurdica do ato (o que o ato dispejuridicamente). a prpria essncia do ato, a prpria administrao vai escolher qual o seu objeto. elemento discricionrio, quando o ato for discricionrio, ou vinculado, quando o ato assim o for. Ex.Remoo (o objeto a prpria remoo).

    ****OBS. Corrente Minoritria (Digenes Gasparini, Celso Antnio) existem mais 02 Elementos:

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    Causa: Exigncia de correlao, ou relao de pertinncia lgica entre o motivo e ocontedo do ato luz de sua finalidade, sobretudo nos atos discricionrios. Para Celso Antnio, a causa pressuposto de Validade lgico.

    Contedo (separado do objeto): Seria a prpria disposio do ato, enquanto o objetoseria aquilo sobre o qual o contedo incide, coisa ou relao jurdica sobre o qual recai o ato. O objetoseria o elemento extrnseco ao ato e o contedo seria o elemento intrnseco.

    Vejamos prova de Juiz do Trabalho sobre o tema:

    (FCC - 2012 - TRT - 4 REGIO (RS) - Juiz do Trabalho - Prova TIPO 4) A respeito do atoadministrativo, correto afirmar que

    a) o desvio de poder constitui vcio relativo ao motivo do ato administrativo e enseja sua nulidade, combase na teoria dos motivos determinantes.

    b) a finalidade do ato discricionrio decorre da aderncia das razes de convenincia e oportunidade aointeresse pblico, sendo nulo, com base na teoria dos motivos determinantes, o ato que no cumpra talcondio.c) motivo o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato e, quando falso,importa a invalidade do ato, que pode ser declarada pelo Poder Judicirio com base na teoriados motivos determinantes.d) a discricionariedade administrativa impede o exame, pelo Poder Judicirio, do motivo do ato,aplicando-se, no caso dos atos vinculados, a teoria dos motivos determinantes.e) apenas os atos discricionrios comportam o exame, pelo Poder Judicirio, da validade e veracidadedos pressupostos de fato e de direito para sua edio.

    Classificao dos Atos Administrativos:

    Quanto Vontade para a Formao do Ato:

    a) Simples(01 vontade): todo ato administrativo que decorre de uma nica vontade,expressada por um nico rgo ou agente pblico, a maioria dos atos simples (ex: nomeao,exonerao). Pouco importa se o rgo singular ou colegiado.

    b) Complexo (01 + 01 vontade): Ato cuja formao depende de mais 01 ou maisvontade emanada por mais de um rgo. Ex. Promoo por merecimento dos desembargadores dosTRFs (o TRF forma uma lista trplice a encaminha para o Presidente que escolher 01 dentre os03 nomes).

    c) Composto (01 + 01 vontade):Decorre de uma nica vontade, emanada de 01 nicoagente ou rgo pblico, mas que depende de uma vontade acessria de outro agente ou rgo paralhe dar eficcia e validade.

    O Ato composto depende de aprovao discricionria, prvia ou posterior. Ex. Nomeao de Min. doSTF, aps a aprovao do Senado (vontade acessria) posterior nomeao pelo Presidente; Estadode Defesa, Interveno Federal (aprovao posterior do Congresso); Estado de Stio (aprovao prviapelo Senado).

    Quanto aos Destinatrios do Ato:

    a) Geral:So Atos Normativos (sempre atos gerais). Tm como destinatrios os indivduos em geral,incertos e indeterminados.

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    b) Individuais:Atinge pessoa determinada, ou pessoas determinadas. Ex. nomeao, exonerao.

    Quanto aos Efeitos do Ato:

    a) Constitutivo: Decorre sempre do exerccio do juzo discricionrio por parte da administrao.Quando seus efeitos se prestarem a criar, inovar, construir uma situao jurdica antes inexistente. Ex.Autorizao, permisso.

    b) Declaratrios:Os efeitos se destinam a reconhecer uma situao jurdica preexistente. Ex. Todosos atos vinculados.

    c) Enunciativos: Emitem um juzo de conhecimento ou opinio sobre uma situao de fato ou dedireito conhecida pela Administrao Pblica. No constituem, nem declaram, apenas emitem juzo deopinio. Ex. certides, declaraes.

    Quanto ao Contedo do Ato:

    Atos negociais atos nos quais a manifestao de vontade do estado coincide com orequerimento do particular.

    a) Autorizao: Ato administrativo discricionrio, unilateral, precrio, gratuito ouoneroso atravs do qual a Administrao faculta a um terceiro interessado o exerccio de uma atividadematerial ou uso em carter privativo de um bem pblico, ou a prestao em carter precarssimo de umdeterminado servio pblico. Ex: autorizao para exercer atividade material txi, porte de armas;autorizao de uso de bem pblico, quando predominar o interesse particular; Autorizao de serviopblico Ex. Rdios comunitrias.

    b) Permisso: Discricionrio, Precrio (menos que a autorizao), atravs do qual aAdministrao faculta ao particular interessado o uso privativo de um bem pblico, ou prestao de umservio pblico tambm em razo de interesse pblico, que neste caso predominante. Obs.: Lei8987/95, art.40 Tornou a Permisso para prestao de servio pblico um Contrato AdministrativoBilateral, distinguindo-se da autorizao para prestao de servio pblico porque esta atoadministrativo unilateral e aquela leva em conta, sobretudo, o interesse particular. Autorizao de usopblico # da permisso de uso pblico: o interesse envolvido na autorizao de uso pblico, que bemmais precrio, leva em conta o interesse particular; j a permisso de uso pblico leva em conta ointeresse pblico predominantemente.

    c) Licena: Ato vinculado e definitivo, atravs do qual a administrao reconhece um

    direito subjetivo do administrado, ora para exercer atividade material, ora para exercer atividade jurdica,condicionadas no seu exerccio ao prvio reconhecimento por parte da administrao (a Lei, ao tempoque reconhece um direito ao administrado, condiciona o seu exerccio a esse prvio reconhecimento).

    Se houver recusa por parte da Administrao em reconhecer o exerccio da atividade, desde que oadministrado tenha cumprido todas as exigncias, este poder interpor Mandado de Segurana. D-seatravs do Alvar de Licena (ato formal vinculado).

    d) Admisso: No ato de provimento. Ato Vinculado, atravs do qual aAdministrao reconhece ao administrado o direito de usufruir um servio pblico. Ex. matrcula emescola ou universidade pblica.

    Normativos: atos que exprimem normas gerais

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    a) DECRETO (Chefes de Executivo): S so emanados pelos Chefes de Executivo(prefeito, presidente e governador) podem expedir decreto p/ formalizar determinado ato administrativo,tendo por destinatrios pessoas incertas e indeterminadas. Ex. Decreto Expropriatrio (formaliza, d

    solenidade desapropriao, sem o decreto a desapropriao nula).

    Obs: Decreto Regulamentar:So 02 atos administrativos, de Competncia Privativa dos Chefes doExecutivo, que podem expedir atos gerais, abstratos ou individuais (nomeao de Min. do STF). Servirsempre como formalidade para outro ato. Obs2:O Decreto Lei foi abolido do Brasil com a ConstituioFederal de 1988 permanecendo apenas os Decretos Anteriores Carta Magna que estejam em vigor.Obs3: Diferenciam-se do Decreto Legislativo, que Lei lato senso. Obs4: Diferenciam-se daResoluo Legislativa, que Lei lato senso de efeitos internos s Casas Legislativas. Exceo:Possibilidade do Decreto Autnomo (art.84, VI da CF): para Extinguir Cargos Vagos e paraOrganizao da Administrao, desde que no crie novas despesas.

    b) RESOLUES: Atos Administrativos formais que os rgos colegiados para

    exprimirem as suas deliberaes a respeito de determinada matria. Ex. Agencias Reguladoraspossuem rgos colegiados que podem expedir resolues. A Resoluo formaliza o ato do rgocolegiado. No pode ser expedida por rgo singular. Resolues Administrativo-Normativas: So asResolues com efeitos gerais e abstratos. Obs: Diferenciam-se das Resolues Legislativas, que solei em sentido amplo, embora de efeito interno cmara legislativa.

    c) INSTRUES (Ministros e Secretrios): Tem carter abstrato, so atos formaisatravs dos quais a Administrao expede normas gerais de orientao interna. Pem em execuo osDecretos Executivos, para regulamentar os regulamentos do Poder Executivo.

    Atos ordinatrios: atos de organizao interna da atividade pblica:

    d) ORDEM DE SERVIO:Ato Administrativo que certas autoridades pblicas editampara determinarem a implementao ou realizao de algum fato material (fato administrativo). Ex.Ordem de construo.e) PORTARIA (qualquer autoridade administrativa que no seja o Chefe doExecutivo). Utilizada para qualquer ato que disponha sobre o prprio servidor e sua vida funcional. Ex.Instaurao de Inqurito policial (quando no for instaurado por auto de priso em flagrante);Instaurao de Processo Administrativo Disciplinar, Sindicncia.

    f) CIRCULARES (Natureza Concreta, Autoridades Superiores) As autoridadessuperiores emitem ordens uniformes. Dirigentes de rgos pblicos emitem-na aos funcionrios do

    rgo para regulamentar internamente a execuo dos servios.Atos Punitivos: atos de aplicao de penalidades

    Atos enunciativos: atos que atestam fatos ou emitem opinies.

    Extino dos Atos Administrativos

    a) Cumprimento dos efeitos do ato

    b) Desaparecimento da pessoa ou do objeto da relao que o ato constituiu.

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    c) Renncia: Pedido de Exonerao.

    d) Retirada do Ato anterior por outro ato posterior:

    ACASSAO: a ilegalidade superveniente edio do ato.

    BCADUCIDADE: incompatibilidade do ato anteriormente editado que antes no existia.

    CCONTRAPOSIO/DERRUBADA: Edio de novo ato contrrio, (ex. demisso).

    DREVOGAO; Causa de extino ou supresso do ato administrativo vlido e de seus efeitos, porrazes de convenincia e oportunidade.

    1.Sujeito Ativo da Revogao: S a prpria Administrao, no mbito de cada Poder da Repblica. No possvel a revogao judicial de um ato administrativo. Os outros Poderes podero revogar seus

    prprios atos administrativos. Obs.:O Judicirio no poder revogar ato administrativo no exerccio desua funo tpica, que a funo jurisdicional, j que no pode adentrar no mrito administrativo.

    2. Objeto da Revogao: S o Ato Vlido poder ser revogado. Apesar de vlido, o ato torna-seinconveniente Administrao.

    3. Fundamento:Existncia de uma competncia discricionria para rever a convenincia e oportunidadedos atos anteriormente editados.

    4. Limites (atos irrevogveis so a exceo):-Atos Vinculados so irrevogveis: Ex. Revoga-se uma autorizao, nunca uma licena.-Atos que j Exauriram seus Efeitos (atos Consumados).- Atos fontes de Direitos Adquiridos: Nem Emenda Constitucional pode revog-los. Obs:STF: No

    h Direito Adquiridos a Regime Jurdico. Sm. 473: Poder de Autotutela da Administrao. AAdministrao pode revogar seus prprios atos, respeitado o dir. adquirido.

    -Atos Meramente Enunciativos: Ex. Certido Negativa de Dbito.

    5. Motivos da Revogao:Juzo de Convenincia e Oportunidade. O ato deixa de ser conveniente eoportuno.

    6. Efeitos da Revogao: Ex-Nunc. Impede a produo dos efeitos futuros do ato, permanecendo osefeitos pretritos.

    E

    INVALIDAO: vcio na origem.1. Conceito:Causa de Extino ou supresso de Ato Administrativo Invlido ouViciado, por razes exclusivamente de Legalidade ou Legitimidade .

    2. Sujeito Ativo:Administrao Pblica (Poder de Auto-tutela, Controle Interno) e oJudicirio (controle externo judicial, quando provocado por terceiros). S o Judicirio pode Invalidar atosde todos os Poderes.

    3. Objeto:Ato Viciado, Ilegal, contrrio ao Direito.

    4. Motivos:Ilegalidade, Ilegitimidade do Ato.

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    5. Efeitos: Ex-Tunc para os atos que atinjam pessoas indeterminadas, para atosrestritivos dos Direitos dos administrados. Para os terceiros de Boa-f e para os Atos ampliativos dosDireitos do administrado: A Invalidao ter efeito Ex-Nunc.

    6. Prazo Decadencial: A Administrao Pblica tem 05 anos para declarar aInvalidao do Ato. Passados os 05 anos, a Administrao no poder mais invalida-laConvalidaoTemporal. Obs.Ao Judicial p/ Anulao de Ato Administrativo: Prazo Prescricional de 05 anos.

    7. Espcies de Invalidao(Lei 9784/99, art.55):

    - Nulidade (atos nulos):

    No podem ser reeditados, no so convalidveis; Quando o Vcio atingir a finalidade, o motivo ou o objeto, o ato ser nulo,no convalidvel, no reeditvel. Podem ser Convertidos: Mudana de categoria de um ato, quando sai deuma categoria na qual o ato era nulo, para uma outra onde o ato seja vlido, tambm tem efeitoretroativo. Diferencia-se de convalidar (reeditar o mesmo ato sem o vcio que o contamina, com efeitosretroativos). Pode haver converso de atos nulos com vcio de contedo e objeto.(Nomeao de servidor para cargo sem concurso pblico, pode ser convertido em nomeao paracargo de confiana).

    - Anulabilidade (Atos Anulveis):

    Podem ser convalidados, racionalmente reeditados. Obs. Doutrinadoresdefendem que, quando houver possibilidade de convalidao, a Administrao est obrigada aConvalidar o ato, apesar de a Lei 9784/99 tratar a convalidao como faculdade da administrao. Quando houver vcio na competncia: desde que o ato seja ratificado pelaautoridade competente, Confirmado, haver a convalidao. Quando houver vcio na forma: reedita-se o ato com a forma prescrita emlei. OBS. GERAL: Os ATOS INVLIDOS NO GERAM DIREITOADQUIRIDO.

    Vejam o tema em prova:

    (FCC - 2014 - TRT - 18 Regio (GO) - Juiz do Trabalho) No que tange validade dos atos

    administrativosa) possvel convalidar ato administrativo praticado com vcio de finalidade, desde que se evidencieque tal deciso no acarrete prejuzo a terceiros.b) todos os atos administrativos praticados com vcio de competncia devem ser anulados, pois se tratade elemento essencial validade dos atos administrativos.c) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos referentes ao desfrute de uma dada situaojurdica, justifica a anulao do ato administrativo que gerou referida situao.d) a caducidade a extino de ato administrativo em razo da supervenincia de legislao quetornou inadmissvel situao anteriormente consentida, com base na legislao ento aplicvel.e) os atos praticados por agente incompetente esto sujeitos revogao pela autoridade que detm acompetncia legal para sua prtica.

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    (FCC - 2013 - TRT - 6 Regio (PE) - Juiz do Trabalho) A Unio pretende implementar um grandeprograma de recuperao de rodovias e firmou convnio com diversos. Estados, para repassede recursos destinados execuo das obras necessrias. A opo da Administrao federal foi

    contestada por diversos setores da opinio pblica,que consideram que tal investimento noseria prioritrio e sustentam que os recursos oramentrios correspondentes deveriam serredirecionados para programas de melhoria da mobilidade nos grandes centros e regiesmetropolitanas.Com base em tais argumentos, entidade representante da sociedade civilsubmeteu a matria ao controle do Poder Judicirio buscando a anulao dos atosadministrativos de celebrao dos convnios. O Poder Judicirio.

    a) poder anular os atos administrativos se identificar vcio de legalidade, inclusive em relaoaos motivos e finalidade.b) poder anular os atos administrativos, se discordar dos critrios de convenincia e oportunidade daAdministrao.c) poder revogar os atos administrativos se identificar desvio de finalidade, consistente na afronta ao

    interesse pblico.d) poder alterar os atos administrativos, redirecionando os recursos oramentrios, com base na teoriados motivos determinantes.e) no poder anular os atos administrativos e, na hiptese de identificar desvio de finalidade, deverassinalar prazo para a Administrao editar novo ato.

    *AGENTES PBLICOS*

    01. AGENTES PBLICOS

    Todo aquele que exerce funo pblica, quer seja temporria, quer sem remunerao(ex. integrantes do jri, mesrio). a expresso mais abrangente, compreendendo os AgentesPolticos, Servidores Estatais e Agentes Honorficos.

    a) AGENTE POLTICO Chefes do Executivo e seus auxiliares imediatos (Secretrios eMinistros), Membros do Legislativo, Membros do Ministrio Pblico (Procurador e Promotor de Justia)e Poder Judicirio. Seguem Regime Estatutrio ou o chamado Regime Legal.

    Obs.H divergncia se Ministrio Pblico e Judicirio se enquadrariam nesse conceito. A correnteMajoritria admite

    b) SERVIDOR ESTATALTodo aquele que atua no Estado, no sendo necessariamenteFuncionrio Pblico.

    Servidor Estatal

    Temporrioscontratados com base no art 37, IX da CF

    CeletistasEstatutrios

    I) Esto sujeitos a CONCURSO PBLICOart. 37, II CF

    II) Vale o Regime da NO CUMULAO de CARGO ou EMPREGO;

    c) AGENTES HONORFICOS o Particular em Colaborao, que podem ser:

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    Voluntrios (ex. Amigos da Escola); Requisitados (ex. Mesrios, Jurados do Jri e Servio Militar Obrigatrio); Aqueles que exercem Atos Oficiais.

    Servio Notorial (Cartrio de Registro Pblico, delegados de funo, art. 236 daC.F/88). Obs.quem legisla sobre cartrios o Estado federado.

    02. CARGO PBLICO

    cargo em Comisso Subdivide-se em cargo Efetivocargo Vitalcio

    a) CARGO EM COMISSO o chamado cargo de parente ou comissionado.

    de livre nomeao e exonerao Exonerao AD NUTUM.Qualquer pessoa pode exercer cargo

    de confiana, desde que se reserve um limite mnimo que detenha cargo efetivo, pelo principio dacontinuidade.

    Obs.CARGO DE CONFIANA FUNO de CONFIANA A Funo um plus que s podeser exercido por cargo efetivo, que ganhara gratificao pela responsabilidade a maior (lei 8.112/90).

    b) CARGO EFETIVONomeado por Concurso Pblico, em carter definitivo, podendo vir aadquirir a estabilidade. O cargo efetivo e no estvel, j que essa ltima qualidade pertence aoservidor.

    Quando o servidor se torna estvel, s poder ser demitido via Processo Administrativo, processoJudicial transitado em julgado ou avaliao peridica.

    c) CARGO VITALCIO s pode haver dispensa via processo judicial transitado em julgado(ex. Ministrio Pblico, Juiz, Tribunal de Contas, esse ultimo sequer precisa de concurso publico paracontratao)

    Vejamos a cobrana em provas:

    (TRT 23R (MT) - 2014 - TRT - 23 REGIO (MT) - Juiz Substituto)Sobre o regime jurdico dos servidores estatais (titulares de cargos ou empregos pblicos),assinale a alternativa CORRETA:

    a) A acessibilidade aos cargos e empregos pblicos se d por meio de concurso pblico, salvonos casos de contratao para o atendimento de necessidade temporria de excepcionalinteresse pblico, quando a atividade temporria ou na ocorrncia de alguma contingnciaincomum que reclame satisfao imediata e provisria:b) Os servidores pbicos possuem livre direito greve, entretanto, o direito de sindicalizao poder serexercido apenas nos termos e limites estabelecidos em lei especfica;c) Aos servidores estatais vedada a acumulao remunerada de cargos e funes pblicas naAdministrao Direta, sendo, contudo, permitida a acumulao de empregos pblicos na AdministraoIndireta;d) Nos casos de servidores titulares de cargos pblicos, os atos de improbidade administrativa, semprejuzo da ao penal cabvel, podero acarretar a suspenso dos direitos polticos, perda da funo

    pblica, indisponibilidade dos bens e ressarcimento do errio, o que j no se aplica aos empregadospblicos j que regidos pela CLT;

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    e) Os subsdios e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so irredutveis, nose admitindo ressalvas, por se tratar de garantia constitucional.

    (FCC - 2012 - TRT - 1 REGIO (RJ) - Juiz do Trabalho) So considerados agentes pblicos

    a) apenas aqueles que exercem atividades tpicas de governo, detentores de mandato eletivo e seusauxiliares diretos.b) apenas aqueles ligados ao Poder Pblico por vnculo de natureza estatutria, investidos mediantenomeao para cargo pblico.c) os servidores pblicos, os agentes polticos, os militares e os particulares em colaboraocom o Poder Pblico.d) os servidores pblicos, desde que detentores de vnculo estatutrio, bem como os agentes polticos,excludos os militares.e) exclusivamente os servidores pblicos, detentores de vnculo estatutrio ou celetista, excludos osagentes polticos.

    03. PROVIMENTO

    Necessrio para o preenchimento de um cargo (art.10, lei 8.112/90).

    OriginrioNomeao Provimento VerticalPromooDerivadoHorizontalReadaptaoReingressoReintegrao Reconduo Reverso

    a) Provimento ORIGINRIOS ocorre por Nomeao, a qual depende de aprovao em concursopblico.

    NOMEARDesignar, atribuir ao servidor. Resulta no provimento.

    EMPOSSAR Aceitar o cargo (assina os papis). Quando se anui posse, tm-se a investidura,que a formao de relao jurdica com a Administrao.

    Se nomeado, tem 30 diaspara tomar posse. Empossado, ter 15 diaspara entrar em exerccio.

    Se o nomeado no tomar posse nos 30 dias, a nomeao torna-se sem efeito. Perde-se a vaga no

    concurso. Se tomar posse, mas no entrar em exerccio nos 15 dias, ocorrer desinvestiduramediante EXONERAO de OFCIO.

    Obs

    A desinvestidura tambm poder ser pela modalidade de demisso, porm sem aplicabilidade nocaso anterior, pois a demisso sempre ser uma penalidade disciplinar.

    Obs.2No provimento Originrio, admite-se as seguintes hipteses de DESNECESSIDADE deCONCURSO PBLICO:

    Cargo em COMISSO;

    Hipteses Constitucionais (Regra do Quinto Constitucional, Ministro do STF, Tribunal de Contas

    etc);

    Contratao TEMPORRIA(via processo seletivo simplificado);

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    Agentes Comunitrios de Sade e de Combate a Endemias(via processo seletivo, art. 198, 4,C.F/88);

    b) Provimento DERIVADO

    VerticalPromooDerivadoHorizontalReadaptao

    ReingressoReintegrao Reconduo Reverso

    Provimento VERTICALAscenso na carreira; ascenso funcional. A nica hiptesepossvel a Promoo.

    Provimento HORIZONTAL Recolocao do Servidor com limitao fsica (surdez,problemas cardacos etc). A nica hiptese a READAPTAO, na qual muda de cargo sem ascenderna carreira (ex. professora, que por problemas de sade, torna-se atendente de biblioteca).

    Obs. Remoo no provimento, pois forma de deslocamento de um lugar para outro. A Lei8.112/90, art.10 elenca rol taxativo quanto aos casos de provimento.

    Provimento por REINGRESSO Servi