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Direito Administrativo p/ AFRFB - teoria e questões Prof. Diogo Surdi, AULA 00 ATENÇÂO! Essa obra é protegida por direitos autorais. O material é de uso restrito do seu adquirente, sendo expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor ou do Concurseiro Fiscal. A reprodução, distribuição, venda ou utilização em grupo por meio de rateio sujeita os infratores às sanções da Lei nº 9.610/1998. Os grupos de rateio são ilegais! Valorize o trabalho dos professores e somente adquira materiais diretamente no site Concurseiro Fiscal. O Concurseiro Fiscal dispõe de descontos exclusivos para compras em grupo. Adquira de forma legal.

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Direito Administrativo p/ AFRFB - teoria e questões

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ATENÇÂO!

Essa obra é protegida por direitos autorais. O material é de uso restrito do seu adquirente, sendo

expressamente proibida a sua distribuição ou o fornecimento a terceiros sem a prévia autorização do autor

ou do Concurseiro Fiscal. A reprodução, distribuição, venda ou utilização em grupo por meio de rateio sujeita

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AULA 00

Atos Administrativos

SUMÁRIO PÁGINA

Apresentação do professor 04

Informações sobre o curso 05

1. Divisão das aulas 05

2. Metodologia utilizada 07

3. Legislação aplicável 08

4. Abordagem 08

5. Suporte 09

1.Conceito de Ato Administrativo 10

2.Requisitos 13

2.1. Competência 14

2.1.1. Usurpação de Função e Função de Fato 15

2.2. Finalidade 16

2.3. Forma 17

2.4. Motivo 18

2.4.1. Teoria dos Motivos Determinantes 18

2.5. Objeto 21

3. Mérito Administrativo 23

4. Atributos 25

4.1. Presunção de Legitimidade 26

4.2. Autoexecutoriedade 26

4.3. Imperatividade 27

4.4. Tipicidade 28

5. Invalidação e Controle Judicial dos Atos Administrativos

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5.1. Anulação 30

5.2. Revogação 33

5.3. Convalidação 34

5.4. Outras Formas de Desfazimento 37

6. Espécies de Atos Administrativos 38

6.1. Punitivos 39

6.2. Enunciativos 39

6.3. Ordinatórios 40

6.4. Normativos 41

6.5. Negociais 41

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7. Classificação dos Atos Administrativos 42

7.1. Atos Vinculados e Discricionários 43

7.2. Atos de Império, de Gestão e de Expediente 43

7.3. Atos Simples, Compostos e Complexos 44

7.4. Atos Gerais e Individuais 45

8. Resumão 46

Questões comentadas 50

Questões propostas 62

Gabarito 66

Olá, Concurseiros, tudo certo? Espero que sim!

Ainda mais com os fortes boatos de que teremos um novo Concurso, já em 2015, para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, cargo com ótimo salário (mais de R$ 15 mil a partir de 2015) e com uma série de prerrogativas que o colocam entre os mais concorridos do país.

É isso mesmo, gente! O Concurso de 2014 ainda nem foi homologado e já se especula que a ideia da Receita Federal seja nomear os excedentes deste concurso até o final de 2014, realizando, assim, um grande concurso em 2015, para os cargos de Analista e Auditor!!

Se você quer ser aprovado, não perca tempo: sei bem como é enfrentar a ESAF em uma prova para Auditor. Durante todo o ano de 2013, aprendi a “pensar” como a ESAF. Foram dias e mais dias de muita luta, resolução de questões e uma constante “briga” com a falta de tempo... rsrs

Tempo, por sinal, que é fator crucial na preparação. Em um Concurso com um grande leque de matérias exigidas, o mais importante é conseguir se organizar de maneira a poder ver todo o programa sem ficar muito tempo em cima de cada matéria.

É manter TODAS as matérias fresquinhas na memória! Algo que só se consegue com Planejamento e Objetividade!

O bom é que todo o sacrifício vale a pena! Para mim, foi indescritível a sensação de ver meu nome no DOU. Você fica feliz e toda a sua família e amigos, que estavam torcendo, também se envolvem na alegria! É contagiante!

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Desejo, de coração, que todos passem por esta experiência!

E tenho certeza que se você começar sua preparação agora, vendo as matérias com Planejamento e Objetividade, não terá outro resultado que não seja a APROVAÇÃO!

Na área fiscal, como muitos sabem, é costume falar-se que, à medida que os candidatos vão estudando e acumulando conhecimento, vão sendo formadas filas de aprovação, de forma que, na maioria das vezes, aqueles que acumularam mais horas de estudo conseguem mais facilmente obter êxito.

Para conseguir sua aprovação, este curso foi desenvolvido com a ideia de ser um diferencial na sua preparação.

Mas e como conseguiremos este diferencial?

Através de dois pilares que estarão presentes em todo o nosso curso: Objetividade e Planejamento.

Utilizaremos a metodologia “Be Like Water” (Seja como a água), do saudoso Bruce Lee.

Segundo Bruce, todos nós tínhamos que ser como a água, ou seja, sermos seres ADAPTÁVEIS às circunstâncias. Se a água entra em um copo, ela adquire formato de copo. Se a água entra em uma jarra, adquire, igualmente, este formato!

Dessa forma, termos que nos moldar às circunstâncias que teremos que enfrentar!

Foi isso que eu fiz durante o ano de 2013 e parte de 2014! Me moldei ao estilo ESAF! Aprendi a pensar como a ESAF e buscar uma lógica nas questões que a banca elabora!

Se funcionou comigo, com certeza funcionará com você!!

Para vocês terem uma ideia de como tive que me adaptar, vou contar, rapidamente, como era minha rotina:

Como tenho uma filha pequena, de 3 anos, e não abria mão de vê-la, eu trabalhava do meio-dia às 19 horas, ia pra casa, ficava com minha filha e esposa (que foi imprescindível como todo o seu apoio) e, após elas dormirem, ia para um hotel, que era localizado perto de casa, para poder estudar durante toda a madrugada. Ia dormir por volta das 5h, dormia até às 11h e me dirigia para o trabalho.

E assim foi por mais de um ano, gente! Ou seja, eu me adaptei

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a essa rotina para poder enfrentar a ESAF com garra e dedicação!

Espero que você sinta-se contagiado a adaptar-se também e, juntos, partirmos com tudo para cima da ESAF!

Aceita o convite?

Se SIM, conte comigo! Seremos parceiros de caminhada em Direito Administrativo, uma matéria em que a ESAF começou a surpreender na prova de 2012 e manteve o nível em 2014!!

Apresentação do professor Um dos pilares que estará presente em todo o curso será o diálogo, possibilitando uma melhor interação e a facilitação do entendimento de tudo o que for exposto. Para isso, vamos a uma breve apresentação...

Recentemente, cerca de poucos dias atrás, obtive a grande notícia da aprovação para o cargo de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil. E posso dizer que a sensação de conseguir ser aprovado para um cargo como este, que é um dos mais disputados do Brasil, é incrível: envolve amigos e familiares e faz com que todo o esforço tenha valido a pena!

Atualmente, ocupo o cargo de Analista Judiciário junto ao TRT-SC, tendo sido aprovado, no último concurso, em 3º lugar. Antes, porém, obtive diversas aprovações para vários Tribunais do país (TRT-MS, TRE-SC, TRE-RS, MPU...) e também para Analista Tributário da Receita Federal, em 2012.

Como vocês leram na Introdução, estudar para um concurso do porte de Auditor Fiscal da Receita exige Planejamento e Objetividade.

O que queria passar para vocês, com isso, é que absolutamente nada será alcançado sem esforço, que muitas serão as dificuldades e os obstáculos que vocês encontrarão pelo caminho... Poderá haver momentos em que vocês se questionarão se tudo o que estão passando realmente vale a pena (a privação de tempo com a família e amigos, a necessidade de poder fazer algo que gostam sem se sentir “culpado” por não estar estudando), e a resposta, meus caros, é que tudo vale MUITO a pena!!!

Após a aprovação, cada um desses momentos de dificuldade será lembrado e tornará a conquista do seu objetivo muito mais

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gratificante.

“Nunca deixem que te digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem, ou que os seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém...” Renato Russo

Bom, feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

Informações sobre o curso

1. Divisão das aulas

Nosso curso será ministrado ao longo de 12 aulas, incluindo esta aula demonstrativa, de acordo com o cronograma abaixo. Seguiremos cada detalhe do edital do último concurso, realizado pela ESAF em 2014.

Em uma disciplina como Direito Administrativo, você precisa ir para a Prova pensando em GABARITAR! Para isso, este curso foi TOTALMENTE pensado para ser o mais objetivo possível. Isso, é claro, sem deixar de lado os aprofundamentos que a matéria exige.

No entanto, como vocês verão ao longo das aulas, iremos buscar na fundamentação que a ESAF utiliza para elaborar suas questões a os ATALHOS necessários para agilizarmos a preparação.

Isso é planejamento, pessoal! Tenham em mente que para estar nas primeiras posições vocês deverão fazer algo que os diferencie da concorrência. Tem um ditado famoso no mundo dos concursos, de autoria desconhecida, que diz mais ou menos assim:

“Para chegar onde poucos chegaram, é preciso fazer o que poucos fizeram...”

E esta será a nossa meta: GABARITAR as questões de Direito Administrativo

Ou seja... Mais do que nunca, a hora é agora!! Quem se preparar com antecedência e estudar todas as disciplinas do último edital, largará na frente de muitos candidatos!!

Caso o Edital venha com modificações, serão feitos todos os ajustes necessários, de forma que o curso contemple ABSOLUTAMENTE todo o programa exigido.

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Vamos ao nosso cronograma:

AULA 00

Atos administrativos. Requisitos de validade. Atributos. Classificações. Convalidação. Extinção. Atos privados praticados pela administração pública. Fatos administrativos. 25/06/2014

AULA 01

Administração pública direta e indireta. Órgãos e entidades. Centralização e descentralização da atividade administrativa do Estado. Empresas públicas e sociedades de economia mista. Subsidiárias. Participação do Estado no capital de empresas privadas. Autarquias e fundações públicas. Consórcios públicos

15/07/2014

AULA 02

Conceito de administração pública sob os aspectos orgânico, formal e material. Fontes do Direito Administrativo: doutrina e jurisprudência, lei formal, regulamentos administrativos, estatutos e regimentos, instruções, tratados internacionais, costumes. Princípios da administração pública.

30/07/2014

AULA 03

Agentes públicos. Servidores públicos em sentido amplo e em sentido restrito. Servidores públicos temporários. Servidores públicos federais estatutários. Empregados públicos. Disciplina constitucional dos agentes públicos. Legislação federal aplicável aos agentes públicos. Terceiro Setor.

15/08/2014

AULA 04

Conceito de administração pública sob os aspectos orgânico, formal e material. Fontes do Direito Administrativo: doutrina e jurisprudência, lei formal, regulamentos administrativos, estatutos e regimentos, instruções, tratados internacionais, costumes. Princípios da administração pública.

30/08/2014

AULA 05

Poderes administrativos; Controle da administração pública. Sistemas administrativos;

15/09/2014

AULA 06

Serviços públicos. Concessão, permissão e autorização de serviços públicos. Parcerias público-privadas.

30/09/2014

AULA 07

Improbidade administrativa; O processo administrativo em âmbito federal;

15/10/2014

AULA 08

Bens públicos. Regime jurídico. Classificações. Uso de bens

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30/10/2014

públicos por particulares. Uso privativo dos bens públicos. Intervenção do Estado na propriedade privada

AULA 09

Licitações públicas e contratos administrativos. Sistema de Registro de Preços. Pregão presencial e eletrônico e demais modalidades de licitação.

15/11/2014

AULA 10

Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores. Instrução Normativa SLTI/MP nº 02, de 2008 e atualizações posteriores. Contratação de micro empresas e empresas de pequeno porte. Regime diferenciado de contratações públicas, Instrução Normativa SLTI/MP nº 05 de 07 de novembro de 2013 e alterações posteriores. Margem de preferência nas contratações públicas. Contratos de repasse. Convênios. Termos de cooperação. Acordos, em sentido amplo, celebrados pela administração pública federal com órgãos ou entidades públicas ou privadas. Portaria Interministerial CGU/MF/MP nº 507/2011 e atualizações posteriores. Diretrizes da Comissão Gestora do SICONV.

25/11/2014

AULA 11

Responsabilidade Civil do Estado. Normas de Ética e Lei de Acesso a Informação. Simulado (30 questões) e Resumão de Toda a Matéria.

05/12/2014

A divisão proposta é apenas para facilitar o cronograma de vocês. Com a publicação do edital, tentarei disponibilizar as aulas no menor tempo possível.

Após a edital, todo o tempo (por menor que seja) é precioso para o candidato. Sei bem como é a sensação, por isso, contem comigo que não medirei esforços em adiantar a programação...

Conforme já foi dito, ABSOLUTAMENTE nenhum ponto do edital deixará de ser estudado, podem ficar tranquilos.

2. Metodologia utilizada

A ideia do curso é que ele seja o seu único material de estudo na matéria de Direito Administrativo. Para isso, cada detalhe do

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curso foi pensado de forma a atender completamente todas as lacunas que porventura possam surgir.

Vejamos: na parte teórica, as aulas serão escritas de forma que vocês apenas se preocupem em entender os conceitos apresentados. Serão utilizados diversos esquemas e macetes para tornar as partes mais “decorebas” da matéria bem tranquilas, conforme vocês verão já nesta aula demonstrativa.

Ao término de cada aula, TODOS os principais pontos abordados na aula serão listados, na forma de assertivas e de maneira bem pontual, para REFRESCAR a memória de tudo aquilo que foi abordado. Será o nosso RESUMÃO.

A ideia é que, uma vez compreendida a matéria e não havendo dúvidas sobre os conceitos apresentados, vocês possam ler o RESUMÃO e levar essas informações quentinhas para a prova.

Além disso, claro, serão feitas muitas questões. Para este curso, por exemplo, serão mais de 200 questões, todas da ESAF, incluindo um Simulado com 30 questões, cuidadosamente selecionadas, a ser aplicado na última aula.

Ao término de cada aula, será apresentado um grande RESUMÃO detalhando tudo aquilo que foi apresentado durante as aulas. Será feito especialmente para ser o seu material de REVISÃO nos dias que antecedem à prova.

Nossa meta, como já mencionamos, é GABARITAR a prova de Direito Administrativo.

3. Legislação aplicável

Como o Direito Administrativo, ao contrário de diversos outros ramos do Direito, não é codificado, boa parte de seu conteúdo é formado por entendimentos, doutrina, jurisprudências e até mesmo Súmulas.

Utilizaremos todas estas, na medida em que seja necessário, para chegarmos em um grande nível de detalhamento. Em um concurso concorrido como este, cada ponto pode ser decisivo, não tenham dúvida...

Quando estiver sendo tratado de assuntos que em sua maior parte sejam expressos em leis (como licitações ou improbidade administrativa), será indicado o diploma legal, para acompanhamento.

4. Abordagem

A abordagem será completa... Quando a fonte legal não for suficiente, ou então exigir um maior aprofundamento, será

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buscada a fonte que a ESAF utiliza para preparar suas questões.

5. Suporte

É de fundamental importância que todas as dúvidas surgidas durante as aulas, ou até mesmo sobre alguma questão específica, sejam sanadas. Isso possibilitará, conforme já mencionado, que ao ler o RESUMÃO, ao término de cada aula, você possa relembrar tudo aquilo que foi exposto, indo para a prova com a matéria fresca na memória. Quando temos uma dúvida, é sinal de que nossa mente está procurando compreender e assimilar a matéria. Se esta dúvida é solucionada de maneira tempestiva, você pode ter certeza de que nunca mais esquecerá tal assunto e, o que é mais importante, não pensará duas vezes na hora da prova... Acertará a questão rapidamente e ganhará tempo para as demais... Para responder toda dúvida que possa surgir, estarei à disposição no fórum de cada aula, e procurarei responder a todas o quanto antes, para termos uma boa fixação. Sendo assim, vamos ao que interessa!!

Antes, porém, apenas um lembrete (na verdade uma recapitulação do que já foi dito)...

Para que o curso seja altamente eficaz em sua metodologia, o ideal é que as aulas sejam estudadas, se possível, da seguinte forma:

- Em um primeiro momento, apenas leia o conteúdo e procure entender todos os conceitos que estão sendo explicados. Em caso de dúvida, envie-a assim que puder que irei responder o quanto antes. Nesse primeiro momento não há a necessidade de anotações e resumos.

- Terminada a teoria, leia o RESUMÃO e procure customizar este material da forma que achar melhor. Cada anotação, pode ter certeza, o fará lembrar do assunto na hora que for necessário, além de ser de extrema valia para futuras revisões de véspera de prova.

- Posteriormente, resolva as questões para fixar tudo o que foi aprendido.

Vamos lá então... Avante, Concurseiros!!!

“Be Like Water” para cima da ESAF!!!

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ATOS ADMINISTRATIVOS

1. Conceito de Ato Administrativo

A primeira informação passível de cobrança em sua prova é o conceito de Atos Administrativos.

Nesse ponto, o conceito mais utilizado pela ESAF é o do autor Hely Lopes Meirelles, que conceitua os Atos Administrativos como “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria".

Percebam que a partir do conceito exposto chegamos a importantes definições:

- Unilateralidade: Enquanto os Contratos Administrativos são manifestações bilaterais da Administração Pública, os Atos Administrativos SEMPRE são manifestações Unilaterais da Administração.

- Manifestação de Vontade da Administração: O conceito de Administração não se limita à Administração Pública Formal, mas abrange todas as pessoas que estejam atuando em nome desta. Assim, os mesários voluntários em uma eleição, ou então uma concessionária de serviço público, quando esteja atuando em prol da coletividade, por exemplo, também praticam Atos Administrativos.

- Direito Público: Os Atos Administrativos são regidos, prioritariamente, pelas regras do Direito Público. Ainda que existam atos nos quais a Administração obedeça a regras de Direito Privado, como os Atos de Gestão (veremos mais à frente), a regra continua sendo, SEMPRE, que os Atos Administrativos sejam regidos pelo Direito Público.

- Diferem dos Fatos Administrativos: Enquanto os Atos Administrativos são editados para alcançar um objetivo pretendido pela Administração, os Fatos Administrativos são realizações materiais e concretas da Administração, como por exemplo a varrição de uma rua ou uma colisão entre um veículo da Administração com o de um particular. Para a prova, leve que os Fatos Administrativos são qualquer realização material

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decorrente do exercício da função pública.

E todas estas características dos Atos Administrativos apresentam algo em comum. Alguém identificou?

Vejam que todas elas são marcadas pelas prerrogativas conferidas à Administração na sua relação com o particular. Assim, podemos dizer que estas prerrogativas representam verdadeiros poderes que a Administração possui para fazer valer a sua vontade.

Vontade esta, por sua vez, que é exteriorizada por meio da edição de Atos Administrativos.

Tudo está interligado, gente...

Tudo tranquilo até aqui?

Vejam como a ESAF já cobrou o assunto:

(ESAF) CVM/2010 – Agente Executivo Assinale a assertiva que não pode ser caracterizada como ato administrativo. a) Semáforo na cor vermelha. b) Queda de uma ponte. c) Emissão de Guia de Recolhimento da União eletrônica. d) Protocolo de documento recebido em órgão público.

Para alcançar o bem geral da Coletividade

A Administração precisa expressar sua vontade

Como decorrência deste objetivo

Diveras prerrogativas são conferidas à Administração

Poderes estes que são externados à população

Por meio dos Atos Administartivos

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e) Instrução Normativa da Secretaria de Patrimônio da União.

Comentários

Das alternativas propostas, apenas a letra B não é um Ato Administrativo, sendo uma mera realização material da Administração e que não objetiva, por si só, produzir efeitos jurídicos. Temos um clássico exemplo de Fato Administrativo.

Desta forma, podemos guardar que os Fatos Administrativos, ainda que produzam efeitos jurídicos, não se equivalem aos Atos Administrativos.

E isso ocorre por um motivo bem simples: os Atos Administrativos são manifestações da Administração, situações onde ela deseja realizar algo. Nos Fatos Administrativos, por outro lado, não existe esta vontade da Administração, ainda que, eventualmente, possam vir a produzir efeito jurídicos.

Para ser um Ato Administrativo, é necessário uma série de elementos, também conhecidos como requisitos, que estudaremos ainda nesta aula.

Gabarito: B

Antes de partirmos para os Requisitos, apenas uma pergunta:

E o Silêncio Administrativo, o que é? Ato ou Fato Administrativo?

Vamos a um caso concreto para esclarecer: Suponhamos que a Administração tenha o prazo de cinco anos para anular um determinado Ato Administrativo. No entanto, por inércia do Administrador, tal direito decai, não podendo o ato ser mais anulado em momento posterior.

Tivemos, com a omissão da Administração, a produção de efeitos jurídicos, concordam? Porém, não podemos nos esquecer que o conceito de Ato Administrativo está atrelado, SEMPRE, ao de uma vontade da Administração, não podendo ser considerado Ato Administrativo uma mera Omissão administrativa.

Assim, temos que o Silêncio ou a Omissão da Administração é classificado como Fato Administrativo.

Mas seria o silêncio da administração capaz de produzir algum tipo de direito ou apenas a atuação positiva faria isso?

Outra vez vamos buscar a resposta em Hely Lopes Meirelles, que afirma que “A omissão da Administração pode representar aprovação ou rejeição da pretensão do administrado, tudo dependendo do que dispuser a norma competente.”

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Tudo depende da lei: se esta determinar que o silêncio da administração, por um período de tempo, representará uma aprovação, e ocorrer o decurso de tal prazo, temos que a situação é tida como aprovada, sem a necessidade de motivação por parte da Administração.

Se, por outro lado, o silêncio da administração representar uma rejeição, e igualmente ocorrer o decurso do seu prazo, temos uma negativa da solicitação, mas, nestes caso, tal comportamento deve ser motivado pela Administração.

Para guardarmos bem:

2. Requisitos

Os Requisitos do Ato Administrativo são cinco, sendo eles: Competência, Finalidade, Forma, Motivo e Objeto.

Vamos analisar cada um deles detalhadamente, já sabendo de antemão que os três primeiros (Competência, Finalidade e Forma) estão definidos em lei para TODOS os Atos Administrativos, enquanto os restantes (Motivo e Objeto), por formarem o Mérito Administrativo, não estão estritamente definidos em lei para os Atos Discricionários, ficando a escolha destes requisitos à critério do Agente Público competente.

Silêncio significando:

Aprovação

Rejeição

Ocorre o Decurso do

Prazo:

Aprova

Rejeita

Necesidade de

Motivação:

NÃO

SIM

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2.1 Competência

A Competência pode ser conceituada como o poder, definido em lei, para que um Agente Público possa realizar determinados Atos Administrativos.

Pense da seguinte forma: você vira AFRFB e tem uma série de atribuições a realizar. Para isso, você precisa estar autorizado para tal através de uma Lei, que definirá todas as competências que você, enquanto Auditor, possui para conseguir realizar todas as suas atividades.

Uma característica bastante cobrada em provas, relativa à Competência, é que esta pode ser Avocada e Delegada.

A Delegação sempre é possível, salvo os casos previstos em lei, que, conforme dispositivo da lei 9.784/99, são os seguintes:

I - a edição de atos de caráter normativo;

II - a decisão de recursos administrativos;

III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

Já a Avocação, por outro lado, só é possível quando tal hipótese estiver prevista em Lei, sendo a regra, por isso mesmo, a impossibilidade de Avocação.

Além disso, precisamos conhecer as características do requisito Competência. São elas:

- Improrrogabilidade: Se o Agente Público competente não a utiliza, isso não faz com que a competência seja transferida a outro agente;

- Irrenunciabilidade: Os Agentes não podem renunciar a uma

Motivo Objeto

Competência Finalidade

Forma

Definidos em Lei para todos os Atos (Vinculados e

Discricionários)

Definidos em Lei apenas para os Atos Vinculados

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competência que lhes tenha sido conferida, pois o interesse público é indisponível, sendo a Administração Pública mera gestora da coisa alheia.

- Imprescritibilidade: O não exercício da competência não a extingue, ou seja, se determinado Agente não exerce sua competência por um grande lapso de tempo, isso não significa que sua competência prescreveu. Como a competência é definida por lei, apenas outra lei de mesma hierarquia pode extinguir a competência anteriormente outorgada.

- Obrigatoriedade: O Agente Público, quando a situação exigir, não tem outra opção que não seja a utilização de sua competência, estando, por isso mesmo, obrigado a agir.

Para não esquecermos:

2.1.1 Usurpação de Função e Função de Fato

Tais conceitos são utilizados pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro para definir duas importantes formas de desvio do requisito Competência.

A Usurpação de Função é a mais grave delas. Está associada à pratica de um Ato Administrativo, privativo de agente público, por

Improrrogável Irrenunciável

Imprencritível Obrigatória

COMPETÊNCIA

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algum particular que não reúne tais características.

Podemos citar como exemplos um auto de prisão expedido por alguém que não seja o Delegado, ou então, na seara fiscal, um auto de infração praticado por um contribuinte.

A Usurpação, pela sua extrema gravidade, é considerada crime, estando inclusive tipificada no Código Penal.

Já a Função de Fato é a situação onde diversos atos administrativos são praticados por sujeitos investidos na condição de agentes públicos, mas com irregularidades na respectiva investidura.

Seria o caso de um AFRFB lavrando autos de infração, mas que, depois de um certo tempo de sua investidura, fora descoberto que a falta de algum documento necessário para a sua posse.

Neste caso, temos que verificar se o servidor agiu com boa-fé ou má-fé.

Em caso de boa fé, todos os atos praticados pelo servidor, em respeito ao princípio da Segurança Jurídica, são tidos como válidos em relação a terceiros, em obediência ao Princípio da Segurança Jurídica.

No entanto, em caso de má-fé do servidor, temos que todos os atos devem ser anulados, devendo o servidor, inclusive, devolver a remuneração porventura recebida aos cofres públicos.

Em provas de concurso da ESAF, se a banca não detalhar, presumiremos que estamos diante de um caso de servidor investido em cargo público com boa-fé, de forma que todos os atos por ele produzidos serão tidos como válidos e convalidados pela Administração.

2.2 Finalidade

A Finalidade é uma das características que norteia toda a Administração Pública, sendo, inclusive, uma das hipóteses de utilização do Princípio da Impessoalidade.

Pois bem... Aqui nos Atos Administrativos temos que saber que existem duas finalidades:

- Finalidade Geral (Mediata), que é aquela que norteia TODA a Administração Pública em todas as suas atividades. Tal finalidade é a satisfação dos administrados por meio da realização dos interesses públicos;

- Finalidade Específica do Ato (Imediata), que é aquela que o Ato Administrativo em questão deseja alcançar.

Vamos utilizar o exemplo da construção de uma ponte para

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entendermos e diferenciarmos melhor as duas finalidades:

No caso da obra, a finalidade geral, mediata, e que não se relaciona diretamente ao Ato Administrativo em questão, é a satisfação da população por meio da realização de um bem comum. Já a finalidade específica, mediata, e que se relaciona diretamente com o Ato Administrativo praticado, seria, por exemplo, o descongestionamento do trânsito com mais uma via de acesso. Tudo certo até aqui?

2.3 Forma

Pessoal, a Forma é um dos requisitos mais tranquilos de compreendermos, pois está relacionada com o modo de exteriorização do Ato.

Assim, ainda que a imensa maioria dos Atos Administrativos tenha como forma o fato de serem escritos, nem todos seguem esta regra: temos, como exemplos de atos não escritos, as ordens verbais de um superior hierárquico, os gestos e apitos de um guarda rodoviário e até mesmo os sinais de uma placa de trânsito.

Neste ponto, temos que saber que, ainda que a Lei 9784 disponha, em seu artigo 22, que:

“Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir”, o entendimento que deve ser levado para a prova é o de que a FORMA é requisito sempre vinculado, devendo estar presente em TODOS os Atos Administrativos.

(ESAF) MTE/2010 – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO Relativamente à vinculação e à discricionariedade da atuação administrativa, assinale a opção que contenha elementos do ato administrativo que são sempre vinculados. a) Competência e objeto. b) Finalidade e motivo. c) Competência e finalidade. d) Finalidade e objeto. e) Motivo e objeto.

TODO Ato Administrativo

possui duas Finalidades

Finalidade Geral: Satisfação do Interesse

Público

Finalidade Específica: Aquela que o Ato deseja

alcançar

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Comentários

Questão tranquila, ainda que tenha caído para o cargo de AFT.

Como vimos, os três requisitos que SEMPRE são vinculados em todo e qualquer Ato Administrativo são a Competência, a Finalidade e a Forma.

Gabarito: C

2.4 Motivo

O Motivo do Ato Administrativo é a situação de fato e de direito que autoriza a sua prática. É, grosso modo, a CAUSA do Ato Administrativo.

Como vimos no início da aula, tal requisito nem sempre está definido em lei, pois, nos Atos Discricionários, os requisitos Motivo e Objeto ficam a cargo do Agente Público competente para a sua prática.

Nada melhor do que um exemplo, que nos auxiliará a compreender bem esta diferenciação:

Digamos que uma Lei reguladora dos direitos e obrigações de uma determinada categoria de servidores estabeleça que, em caso de improbidade administrativa por parte de qualquer um dos servidores regidos por tal diploma normativo, a autoridade competente deverá aplicar a pena de demissão.

Perceba que, neste exemplo, o agente competente, ao verificar a ocorrência de improbidade administrativa, não tem outra saída que não seja a demissão do servidor em questão. Como tal ato é vinculado, o motivo do mesmo (a causa do ato de demissão, que é a ocorrência de improbidade administrativa) não deixa margens para nenhum tipo de consideração por parte da autoridade competente, que não tem outra alternativa que não seja demitir o servidor improbo.

Por outro lado, se estivéssemos diante de um Ato Discricionário, tal situação autorizaria que a Autoridade competente analisasse o motivo e o objeto do ato praticado, adequando-os da maneira que melhor atendesse ao interesse público.

2.4.1 Teoria dos Motivos Determinantes

Se a Administração precisa motivar um ato para que ele tenha a presunção de estar de acordo com a sua causa, nada mais justo do que a vinculação de tal motivo, alegado pela Administração, como forma de controle, pela sociedade, da relação existente entre o

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motivo alegado e o ato praticado.

Assim é a Teoria dos Motivos Determinantes, que afirma que, uma vez que a Administração motive os atos administrativos por ela praticados, sua atuação fica vinculada ao motivo exposto. Simples assim, pessoal.

Outra informação importante é que a Motivação é obrigatória nos Atos Vinculados e é a regra nos Atos Discricionários.

Explicando melhor, é como se a Administração, ainda que tenha margem de decisão para escolher a motivação de um ato discricionário, caso o motive ficará vinculada ao motivo apresentado.

Importante julgado do STF afirma que a motivação poderá até mesmo ocorrer em momento posterior à própria prática do Ato.

REsp 1.331.224-MG, Segunda Turma, DJe 26/2/13; MS 11.862-DF, Primeira Seção, DJe 25/5/09. AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013

O vício consistente na falta de motivação de portaria de remoção ex officio de servidor público pode ser convalidado, de forma excepcional, mediante a exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que foram a razão determinante para a prática do ato, ainda que estes tenham sido apresentados apenas nas informações prestadas pela autoridade coatora em mandado de segurança impetrado pelo servidor removido.

A ESAF tem predileção por cobrar, em provas da Receita Federal, julgados do STF ou do STJ. Ao longo do curso, apresentarei diversos deles, todos os de maior relevância, para não deixarmos nenhuma lacuna em nossa preparação.

Motivação

Aqui um dos pontos que mais confunde os concurseiros. Muita, mas muita gente mesmo acredita que a Motivação está relacionada ao requisito Motivo.

A Motivação, no entanto, é a exteriorização da Forma. Se temos que um determinado Ato Administrativo, para ser válido, precisa do requisito Motivo, a Motivação, por sua vez, é a exteriorização deste motivo.

Confuso? Vou explicar melhor...

O ato de concessão de licença paternidade, por exemplo, tem como Motivo o nascimento do filho do servidor. A Motivação deste ato seria

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a transcrição, pela autoridade, dos motivos que levaram ela a conceder a Licença Paternidade. Seria a autoridade administrativa escrever que “Tendo em vista o nascimento do filho do servidor X, bem como que a lei y assegura o direito a Licença Paternidade...”

A Lei 9784, que regula o processo administrativo em âmbito federal, estabelece situações onde a Motivação é necessária. Devemos conhecê-los, pois a ESAF tem por costume exigir tais situações em questões sobre Atos Administrativos.

Assim, de acordo com a referida lei, em seu artigo 50:

“Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.”

Ainda de acordo com a norma, a Motivação ser deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

Para não restar dúvidas:

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2.5 Objeto

Quanto ao Objeto, não tem mistério. O mesmo é o próprio conteúdo do Ato Administrativo.

Assim, no ato de construir uma ponte, por exemplo, temos que o seu objeto será a própria construção da ponte; no ato de concessão de uma determinada licença a um servidor, o objeto é a própria concessão desta licença.

Desta forma, podemos concluir que o Objeto é o efeito Imediato que a Administração almeja, enquanto a Finalidade é o efeito Mediato.

Seria inadmissível, em um ordenamento jurídico de um Estado Democrático de Direito como o nosso, que o Objeto de um Ato Administrativo contrariasse a lei, principal fonte do Direito Administrativo, não é mesmo?

Por isso mesmo é que o Objeto do ato, para ser válido, deve ser lícito, possível e praticado por agente capaz.

Não tem segredo, pessoal. As questões que exigem o conhecimento do requisito Objeto o fazem, em sua maioria, apresentando um caso concreto e exigindo que identifiquemos de qual requisito a mesma está se referindo, ou então como parte, juntamente do requisito Motivo, daquilo que a doutrina conceitua como Mérito

MOTIVO É a causa do Ato Administrativo

É requisito dos Atos

Administrativos

MOTIVAÇÃOÉ a transcrição dos motivos do

Ato

Está relacionada com o requisito

FORMA

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Administrativo (conceito de extrema importância e campeão de cobrança).

Vamos ver se já estamos craques nos elementos/requisitos do Ato Administrativo?

(ESAF) CVM – 2010 - ANALISTA Sobre os elementos do ato administrativo, assinale a opção correta. a) O objeto do ato administrativo, além de não poder contrariar a lei, deve ter com ela (a lei) relação de subsunção. b) Objeto, forma e motivação são elementos do ato administrativo. c) A forma do ato administrativo sempre está prescrita em lei. d) Objeto e conteúdo são dois elementos distintos do ato administrativo. e) Não há elementos vinculados no ato administrativo discricionário. Comentários

A alternativa A é o nosso gabarito. O objeto, como elemento do Ato Administrativo, é hierarquicamente inferior a uma Lei, principal fonte do Direito Administrativo e capaz de inovar no ordenamento jurídico.

A alternativa B está errada por incluir a Motivação como elemento do Ato Administrativo, quando o correto seria Motivo.

A alternativa C é polêmica, mas para a ESAF a Forma, em algumas situações, não precisa estar determinada em lei. Aqui a banca adotou o entendimento do artigo 22 da Lei 9784: “Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir.”

Este entendimento deve ser levado para a prova, mas temos que cuidar para não fazermos confusão.

Guarde bem que:

- A Forma é requisito SEMPRE VINCULADO em todos os Atos Administrativos.

- A Forma nem sempre necessita estar prevista em lei, podendo, em determinadas situações, ser adotada a forma que melhor convir para a Administração.

Pode parecer controverso, mas a ESAF tem o hábito de mesclar suas questões com diferentes posicionamentos. Assim, para você não errar e garantir sua vaga como AFRFB, vamos seguir os entendimentos da banca, combinado?

A alternativa D está errada. Objeto e Conteúdo são o mesmo

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elemento, que, pela doutrina majoritária, é comumente chamado apenas de Objeto.

A alternativa E está errada. Nos atos discricionários, os elementos Competência, Finalidade e Forma sempre estão vinculados.

Gabarito: A

3. Mérito Administrativo

Vamos lá... O Mérito Administrativo pode ser conceituado como a liberdade que os Atos Discricionários recebem da lei para permitir que os agentes competentes escolham, diante de um caso concreto, a melhor maneira de praticar o ato.

Por isso mesmo, costuma-se afirmar que o Mérito Administrativo assegura um juízo de conveniência e oportunidade, que é formado pela possibilidade de escolha dos requisitos Motivo e Objeto.

Assim, podemos afirmar que o Mérito Administrativo só existe nos Atos Discricionários, pois apenas nestes é que o agente competente possui liberdade para escolher o Motivo e o Objeto que melhor atendam ao interesse público.

Outra informação importante é que o Poder Judiciário NUNCA pode entrar no Mérito Administrativo dos atos. Veremos mais adiante, ainda nesta aula, que os Atos Administrativos podem ser Anulados e Revogados. A Anulação está relacionada com a legalidade do ato, enquanto a Revogação diz respeito à analise da conveniência e oportunidade do mesmo.

Dessa forma, não poderá o Poder Judiciário analisar o mérito administrativo, pois, se o fizesse, estaria a julgar a própria escolha do Agente Público, que, como sabemos, é autorizada por lei. Detalharemos melhor no item relacionado ao desfazimento do ato administrativo, mas guarde desde já que “O Poder Judiciário não entra no Mérito Administrativo, ou seja, não analisa a Conveniência e a Oportunidade dos Atos, mas sim apenas a sua ilegalidade”.

Na atualidade, cada vez mais a Doutrina tenta reduzir o Mérito Administrativo, perdendo este espaço para a estrita Legalidade, que é o Princípio maior a ser observado nos Estados Democráticos de Direito. Importantes decisões dos nossos Tribunais Superiores vão na linha desta corrente. Vejamos:

STJ - Processo: AgRg no RMS 29039 DF 2009/0045554-0 Relator(a): Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE

Não cabe ao Poder Judiciário, no exercício do controle jurisdicional de legalidade do concurso público, substituir a

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banca examinadora, em respeito ao princípio constitucional da separação de poderes, mormente se for para reexaminar critérios de correção de provas e de atribuição de notas, ou, ainda, para revisar conteúdo de questões ou parâmetros científicos utilizados na formulação de itens.

Perceba que o STJ é claro (seguindo a doutrina majoritária) no sentido de o Poder Judiciário não poder entrar no Mérito Administrativo.

No entanto, em outro julgado do mesmo ano, o mesmo Tribunal evoluiu seu entendimento em uma decisão que deve ser analisada com muito cuidado.

Superior Tribunal de Justiça. 1ª Turma AgRg no AgRg no REsp 1213843 / PR

Outrossim, a antiga doutrina que vedava ao Judiciário analisar o mérito dos atos da Administração, que gozava de tanto prestígio, não pode mais ser aceita como dogma ou axioma jurídico, eis que obstaria, por si só, a apreciação da motivação daqueles atos, importando, ipso facto, na exclusão apriorística do controle dos desvios e abusos de poder, o que seria incompatível com o atual estágio de desenvolvimento da Ciência Jurídica e do seu propósito de estabelecer controles sobre os atos praticados pela Administração Pública, quer sejam vinculados (controle de legalidade), quer sejam discricionários (controle de legitimidade)

Vejam que o STJ não está admitindo que o Poder Judiciário exerça controle de legalidade sobre o Mérito Administrativo, mas sim afirmando que tal questão não deve ser deixada completamente ao crivo da Administração. Ao Poder Judiciário é válido apenas apreciar o Mérito sob a ótica da compatibilidade da Motivação efetuada pela Administração.

Em provas de concurso, vale o seguinte entendimento:

- O Poder Judiciário não pode adentrar/invadir o Mérito Administrativo;

- A evolução da Doutrina e o entendimento dos Tribunais Superiores é no sentido de permitir que o Judiciário examine o Mérito, mostrando que o mesmo está, aos poucos, perdendo espaço para a completa legalização dos Atos Administrativos.

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Para não restar dúvidas sobre o Mérito Administrativo:

MOTIVO

É

R

I

T

OBJETO

Vamos ver como esse assunto é cobrado na área fiscal?

(ESAF) - RFB – 2000 - ATRFB O mérito, como critério subjetivo, para a autoridade pública escolher um determinado comportamento previsto em lei e praticar o ato administrativo correspondente, diz respeito ao juízo de valor sobre a) moralidade e legitimidade b) legitimidade e legalidade c) economicidade e eficiência d) conveniência e oportunidade e) eficiência e eficácia

Comentários

Questão clássica e com conhecimentos básicos pertinentes ao Mérito Administrativo. Como estudamos, o juízo de conveniência e oportunidade, formado pelos requisitos Motivo e Objeto, é o Mérito Administrativo.

Gabarito: D.

4. Atributos do Ato Administrativo

Os Atributos dos Atos Administrativos são as características que estes possuem para conseguir realizar as suas finalidades. Diferentemente dos requisitos (que servem para que o ato seja editado respeitando todas as condições necessárias, sendo, portanto, requisito de validade), os atributos asseguram à Administração certas

Conveniência e Oportunidade

dos Atos Administrativos

Não pode ser analisado pelo

Poder Judiciário

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prerrogativas no tocante aos atos por ela editados.

Aqui existe uma grande divergência doutrinária quanto aos atributos existentes. A imensa maioria da doutrina admite três atributos para os Atos Administrativos: Presunção de Legitimidade, Autoexecutoriedade e Imperatividade.

Estudaremos os três e, além deles, como precaução, veremos também o Atributo da Tipicidade, que é fortemente defendido pela autora Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Vamos lá, pessoal!!

4.1 Presunção de Legitimidade

A Presunção de Legitimidade é uma das principais garantias que a Administração dispõe para a prática de seus atos.

Por meio deste Atributo, todos os atos editados pela Administração Pública, até que se prove o contrário, são tidos como LEGÍTIMOS e prontos para produzir todos os efeitos para o qual o ato foi editado.

Esta presunção (de que os atos já nascem legítimos e aptos a produzir todos os efeitos), no entanto, não é absoluta, sendo admitida prova em contrário.

Por isso mesmo, costuma-se dizer que se trata de uma presunção relativa, também conhecida como juris tantum (que admite prova em contrário), e que com isso ocorre a inversão do ônus da prova (pois não cabe mais à Administração, via de regra, verificar se o Ato está de acordo com a lei, uma vez que isto já foi feito quando da edição do ato, através dos requisitos; cabe, por isso mesmo, ao particular que se sentir lesado apresentar à Administração a prova de que o ato em questão lhe causa prejuízo).

Outra característica da Presunção de Legitimidade é que este é o único atributo presente em TODOS os Atos Administrativos.

4.2 Autoexecutoriedade

Trata-se de Atributo extremamente importante para a eficiência da Administração Pública. Por meio dele, a Administração pode exigir o cumprimento de determinados Atos Administrativos por parte de seus administrados. Pode, inclusive, utilizar-se da força, se isto se fizer necessário, para que suas ordens sejam obedecidas.

Também é por meio da Autoexecutoriedade que a Administração Pública pode executar certos atos sem precisar de autorização do Poder Judiciário.

Pensem na seguinte situação: a Administração recebe uma denúncia

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de que um restaurante aberto há pouco tempo não observa as normas sanitárias. A vigilância, por conta disso, faz uma diligência e constata que a denúncia é procedente, ou seja, realmente o restaurante em questão não respeita as normas de segurança alimentar.

Diante do caso narrado, se os Atos Administrativos não tivessem o atributo da Autoexecutoriedade, seria necessário que a Administração Pública solicitasse a verificação, por parte do Poder Judiciário, das irregularidades constatadas. No entanto, até que o Judiciário realizasse todos os procedimentos necessários, muitas pessoas poderiam ser intoxicadas, o que causaria um sério problema para toda a coletividade.

Para evitar esse problema é que a Administração dispõe da prerrogativa de interditar o estabelecimento, agindo de acordo com o Poder de Polícia, que, conforme veremos em aula posterior, implica na limitação de um direito individual em prol de toda a coletividade.

Podemos listar, ainda, como Atos no qual a Autoexecutoriedade está presente a apreensão de mercadorias contrabandeadas, o guinchamento de carros estacionados em local proibido, a dispersão de uma passeata ilegal, etc.

Todas situações, como podemos perceber, em que a Administração precisa da prerrogativa de poder agir o mais rápido possível.

Uma última informação sobre a Autoexecutoriedade é que ela NÃO está presente em todos os Atos Administrativos, sendo o exemplo clássico de sua não aplicação a exigência de que um particular pague uma multa administrativa. Em caso de não pagamento, a Administração poderá apenas ajuizar as medidas de execução cabíveis, não podendo, por exemplo, utilizar-se da força para que o particular pague o valor devido.

4.3 Imperatividade

Basicamente, a Imperatividade consiste na possibilidade da Administração criar, unilateralmente, obrigações a terceiros, bem como impor a estes restrições independente da anuência dos mesmos.

A Imperatividade decorre do Poder Extroverso do Estado, que é a capacidade que a Administração possui de criar obrigações a si própria e também a terceiros.

Tal poder, por exemplo, é o contrário do atribuído aos particulares, que possuem Poder Introverso, ou seja, podem apenas criar obrigações para eles mesmos, e não para terceiros.

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A Imperatividade é Atributo presente na maioria dos Atos Administrativos, não estando presente, por exemplo, nos atos enunciativos, como as Certidões e os Atestados.

4.4 Tipicidade

Para termos uma abordagem completa acerca dos Atributos, vamos ver também a Tipicidade, que é característica defendida por Maria Silvia Zanella Di Pietro.

Segundo a autora, a Administração deve respeitar a finalidade específica, definida em lei, para cada espécie de Ato Administrativo. Dessa forma, o atributo da Tipicidade representaria uma garantia para o administrado, pois impediria que a Administração, por exemplo, praticasse atos dotados de imperatividade e executoriedade sem que fosse observado o diploma legal respectivo.

Diversos outros autores criticam a tese da autora, argumentando que o Atributo não passa, na verdade, de uma vertente do Princípio da Legalidade.

Apenas para não sermos surpreendidos por uma questão dessas, guarde o seguinte conceito, que é o mais utilizado em questões de concursos:

A tipicidade é atributo do ato administrativo que determina que o ato deve corresponder a uma das figuras definidas previamente pela lei, como aptas a produzir determinados resultados, sendo corolário, portanto, do princípio da legalidade.

Vamos esquematizar os Atributos estudados, para termos uma melhor visão do que foi exposto e sedimentarmos o conhecimento (lembrem-se do mnemônico PAI+T):

Presunção de Legitimidade O Ato é válido até prova em contrário

Autoexecutoriedade A Administração não precisa de autorização do Judiciário

Imperatividade A Administração pode se impor a terceiros

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Tipicidade O Ato deve corresponder a figuras definidas em lei

(ESAF) RFB – 2012 - ATRFB É incorreto afirmar, quanto ao regime do ato administrativo: a) a presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei. b) a auto-executoriedade é a possibilidade de o ato ser posto em execução pela própria Administração Pública. c) a discricionariedade configura a completa liberdade de atuação do agente público na prática do ato administrativo. d) a imperatividade é a capacidade do ato de se impor a terceiros independente de sua concordância. e) o motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para a prática do ato administrativo.

Comentários

Questão para testarmos os Atributos do Ato Administrativo.

A alternativa A está correta. A Presunção de Legitimidade parte do pressuposto de que todos os Atos Administrativos editados pela Administração, até prova em contrário, são válidos e em conformidade com as leis.

A alternativa B está correta. Exatamente esta é a principal característica da autoexecutoriedade, ou seja, a possibilidade da Administração não precisar de autorização do Judiciário para a prática de seus atos.

A alternativa C está errada. A discricionariedade, que se reveste na utilização dos requisitos motivo e objeto, deve ser efetuada dentro dos limites estipulados em lei, sob pena do ato ser anulado pelo Judiciário. Perceba que neste exemplo o Judiciário poderia perfeitamente anular o ato, uma vez que o mesmo estaria contrário à legalidade (a lei que autorizou que o ato fosse praticado com certa liberdade).

A alternativa D está correta. É o conceito de Imperatividade.

A alternativa E está correta. Motivo é causa do ato, também conhecido como o pressuposto de fato e de direito para a sua prática. Fato por ter que estar de acordo com a situação demonstrada pela Administração. Direito por ter que estar de acordo com a Lei.

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Gabarito: C

5. Invalidação e Controle Judicial dos Atos Administrativos

O estudo da Invalidação e do Controle Judicial dos Atos Administrativos resume-se a compreendemos as principais características da Anulação, da Revogação e da Convalidação e, em caráter subsidiário, sabermos o conceito das demais formas de Desfazimento. Importante também é sabermos diferenciar cada um dos institutos.

Para facilitar o entendimento, vou mencionar as principais características de cada uma das formas e depois relacioná-las com as principais diferenças.

Vamos com toda a atenção, pois o tema cai muito em prova, gente!

5.1 Anulação

Falar em Anulação é lembrarmos de ILEGALIDADE!

Guardem bem isso, pois a Anulação, diferentemente da Revogação, não entra no mérito dos atos administrativos (que, como já estudamos, é composto pelos requisitos Motivo e Objeto e implica em um juízo de conveniência e oportunidade).

Assim, a Anulação pode ser feita tanto pelo Poder Judiciário (APENAS quando provocado) quanto pela própria Administração que editou o Ato.

É isso mesmo, pessoal... Se estivermos diante de um Ato Administrativo ilegal, qualquer particular pode entrar com um pedido junto ao Poder Judiciário, desde que observadas as regras processuais, e solicitar a Anulação do mesmo.

Mas muito cuidado: o Poder Judiciário só pode anular um Ato Administrativo quando for provocado. Isso significa, em outras palavras, que o Poder Judiciário não pode anular Atos Administrativos de ofício, por sua livre vontade.

Agora analisemos a seguinte situação: O Poder Judiciário edita um Ato Administrativo, como, por exemplo, uma portaria de Nomeação para o cargo de Técnico Judiciário de algum Tribunal. Neste caso, pode o próprio Poder Judiciário, caso constante alguma ilegalidade no ato em questão, anular o mesmo?

A resposta é sim, gente... Temos que ter em mente que, ainda que a regra seja a de que os Atos Administrativos sejam praticados pelo Poder Executivo, os demais Poderes (Judiciário e Legislativo) também praticam Atos Administrativos, ainda

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que atuando atipicamente.

Desta forma, nada mais natural que um ato editado pelo Poder Judiciário possa ser anulado pelo próprio Poder, pois estará ele, no exemplo em questão, atuando como verdadeira Administração Pública e exercendo controle de legalidade.

Tal atuação da Administração está fundamentada no poder de Autotutela, consubstanciado em importante Súmula do STF:

Súmula 473 do STF:

A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Ainda sobre a Autotutela, importantíssimo conhecermos recente julgado do STF:

A Administração Pública pode anular seus próprios atos quando estes forem ilegais. No entanto, se a invalidação do ato administrativo repercute no campo de interesses individuais, faz-se necessária a instauração de procedimento administrativo que assegure o devido processo legal e a ampla defesa. Assim, a prerrogativa de a Administração Pública controlar seus próprios atos não dispensa a observância do contraditório e ampla defesa prévios em âmbito administrativo.

STF. 2ª Turma. RMS 31661/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 10/12/2013

Ou seja: para que a Autotutela seja exercida sem nenhum vício, faz-se necessário que sejam observados o Contraditório e a Ampla Defesa sempre que a Anulação ou a Revogação implicar em prejuízo a direito individual.

Outra informação Importante: uma vez que a Anulação retira do mundo jurídico atos ilegais, ela RETROAGE até a data de publicação do ato, possuindo, por isso mesmo, efeitos ex-tunc. No entanto, devem ser resguardados os efeitos produzidos quanto a terceiros de boa fé.

Um grande cuidado deve ser tido, neste ponto, para entendermos bem como a anulação opera, bem como a relação existente com terceiros ligados ao Ato.

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Vamos a um exemplo:

Suponha que a Administração Pública tenha nomeado um servidor para o cargo de AFRFB. O Servidor entra em exercício e pratica diversos Atos Administrativos, tais como a emissão de certidões, autos de infração, etc.

Algum tempo depois, a Administração Pública constata que aquela nomeação continha vícios insanáveis, ou seja, precisava ser Anulada. Assim, ao anular o Ato Administrativo de nomeação, a decisão retroage até a data em que o servidor tenha sido nomeado, sendo que desde tal nomeação nenhum efeito se considera produzido.

No entanto, temos que reconhecer que, durante o período em que esteve trabalhando, o Auditor praticou diversos atos para os administrados. Estes, por sua vez, não tinham a menor ideia de que a nomeação do servidor continha vícios de ilegalidade. Eram, por assim dizer, terceiros de boa fé. Para tais pessoas, que apenas tinham contato com a Administração, nada mais justo do que preservar os efeitos produzidos.

Assim, todos os Atos praticados pelo servidor, ainda que posteriormente a investidura deste seja anulada, são considerados válidos perante terceiros, produzindo todos os efeitos que normalmente lhes são próprios.

Resumindo a Anulação:

ANULAÇÃO

Juízo de legalidade

Efeitos retroativos (Ex Tunc)

Pode ser feita pela

Administração, de OFÍCIO

Pode ser feita pelo

Judiciário, quando

provocado

Devem ser preservados os efeitos produzidos

para terceiros de

boa fé

Não entra no Mérito

Administrativo

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5.2 Revogação

A Revogação, por outro lado, é a retirada de um ato válido, sem vício algum, mas que, por vontade da Administração Pública que o produziu, deve ser retirado do mundo jurídico.

Vejam que aqui a ideia é completamente outra: temos um ato perfeito e que esta produzindo os efeitos devidos. No entanto, por razões de conveniência e oportunidade, a Administração resolve revogá-lo, fazendo assim com que seus efeitos deixem de ser produzidos.

Ao contrário da Anulação, a Revogação incide sobre o Mérito Administrativo (pois é a própria Administração Pública que, por conveniência e oportunidade, opta por tirá-lo do ordenamento jurídico). Assim, os efeitos da Revogação não retroagem, produzindo efeitos ex-nunc, ou seja, a partir da própria revogação.

Apenas a própria Administração que editou o ato é que pode revoga-lo. Jamais o Poder Judiciário poderá entrar no Mérito e revogar um Ato Administrativo praticado pela Administração.

Portanto, é correto afirmar que:

-A Revogação apenas incide sobre os Atos Discricionários (pois apenas estes possuem Mérito Administrativo);

- O próprio ato de Revogação é um ato discricionário (A Administração poderia ter deixado o ato em vigor, produzindo todos os seus efeitos, mas optou por revoga-lo).

- Enquanto a Administração Pública pode tanto Anular quanto Revogar os Atos Administrativos, o Poder Judiciário pode apenas Anular os atos produzidos pela Administração, e, ainda assim, desde que provocado.

Para memorizarmos a diferença entre as eficácias ex-tunc e ex-nunc, pode-se usar o seguinte mnemônico:

Ex-Tunc – Tudo retroage (efeitos retroativos)

Ex-Nunc – Nada retroage (efeitos prospectivos)

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Por fim, temos também que conhecer os Atos Administrativos que NÃO podem ser revogados. Se cair algum deles em prova (o que ocorre com bastante frequência), não podemos perder este ponto, galera!

São insuscetíveis de Revogação:

- Os atos vinculados, pois a revogação está relacionada com o Mérito Administrativo;

- Os atos já consumados, uma vez que se os efeitos para os quais o Ato Administrativo foi editado já se esgotaram, não há como revogar o que ocorreu no passado;

- Os atos que já geraram direito adquirido;

- Os atos que integram um procedimento administrativo, pois a cada nova fase do procedimento o ato anterior deixa de produzir efeitos;

- Os atos denominados como “meros atos administrativos”, que apenas declaram situações que já existem, como a certidão.

5.3 Convalidação

Durante muito tempo, permaneceu como doutrina majoritária, em nosso ordenamento, a corrente Monista, que afirmava que os Atos Administrativos ou eram válidos ou eram nulos. Para esta corrente, não havia a possibilidade do Ato Administrativo ser sanado, convalidado, voltando a produzir efeitos.

Nos tempos atuais, a doutrina majoritária apoia-se na corrente Dualista, segundo a qual os Atos Administrativos podem ser nulos ou anuláveis. Assim, no caso de vícios existentes, o ato pode ser anulado ou, em algumas situações, até mesmo ser Convalidado.

Mas e quando podemos convalidar um Ato Administrativo?

Apenas podemos convalidar o Ato Administrativo quando os requisitos envolvidos com a sua invalidade forem a Competência (relativa à pessoa e desde que não se trate de competência exclusiva) e a Forma (quando esta não for essencial para a prática do ato).

Nestes casos, dizemos que o Ato Administrativo possui um defeito sanável, podendo ser Convalidado ou Anulado.

Vamos deixar mais claro:

Digamos que uma determinada autoridade, como por exemplo um Delegado Fiscal, seja competente para a expedição de determinados Atos Administrativos. Tal competência, no entanto, não é exclusiva, de forma que é possível a delegação do exercício da mesma a um subordinado seu.

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Em um determinado dia, quando o Delegado Fiscal não estava presente na Delegacia, fez-se necessário que um ato de sua competência fosse realizado. O Chefe do Setor, sabendo que tal competência não era exclusiva e que, caso o ato não fosse praticado, acarretaria sérios prejuízos aos administrados, não teve dúvidas em praticar o ato.

Na situação em questão, como trata-se de competência em razão da pessoa (e não da matéria), pode o Delegado, quando do seu retorno, adotar duas providências: Anular ou Convalidar o Ato Administrativo.

Caso ele opte pela Anulação, mesmo que concorde com o efeito do ato praticado pelo Chefe do Setor, ele terá que primeiramente anular o respectivo ato e depois praticar outro, de sua iniciativa.

No caso da Convalidação, simplesmente o Delegado colocaria o seu carimbo e ratificaria o ato anterior, convalidando-o por completo.

Assim, percebe-se claramente que a Convalidação está amparada na eficiência e economicidade, evitando-se que os atos tenham que ser anulados, e, posteriormente, novamente produzidos.

Sobre a Convalidação, devemos saber também que a mesma pode recair sobre Atos Administrativos Vinculados ou Discricionários, haja vista que em ambos os atos os requisitos Competência e Forma estão presentes.

E se nos deparássemos com a seguinte afirmação: “A Convalidação dos Atos Administrativos importa em um julgamento do Mérito Administrativo”. Certo ou errado ?

Errado, pessoal! Apenas a Revogação adentra no Mérito Administrativo. Todas as demais formas de desfazimento do Ato implicam em julgamento de legalidade.

Guardemos bem isso:

Revogação: Mérito Administrativo

Anulação e Convalidação: Controle de Legalidade.

E justamente por “reformar” o Ato Administrativo é que a Convalidação tem efeitos ex-tunc, retroagindo até a data de formação do ato.

Caso não fosse assim (ou seja, caso a Convalidação apenas tivesse efeitos prospectivos, a partir de sua edição), não faria nenhum sentido para a utilização da mesma, pois a Administração poderia perfeitamente anular o ato e posteriormente editar outro em seu lugar.

Importante também é conhecermos a decisão do STJ, no ano de 2013, reafirmando, em um caso prático, a importância do instituto da

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Convalidação:

Não deve ser reconhecida a nulidade em processo licitatório na hipótese em que, a despeito de recurso administrativo ter sido julgado por autoridade incompetente, tenha havido a posterior homologação de todo o certame pela autoridade competente. Isso porque o julgamento de recurso por autoridade incompetente não é, por si só, bastante para acarretar a nulidade do ato e dos demais subsequentes, tendo em vista o saneamento da irregularidade por meio da homologação do procedimento licitatório pela autoridade competente. Com efeito, o ato de homologação supõe prévia e detalhada análise de todo o procedimento, atestando a legalidade dos atos praticados, bem como a conveniência de ser mantida a licitação. Ademais, o vício relativo ao sujeito — competência — pode ser convalidado pela autoridade superior quando não se tratar de competência exclusiva. REsp 1.348.472-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 21/5/2013

Para não termos dúvidas nos conceitos apresentados e diferenciarmos Anulação, Revogação e Convalidação, veja e reveja a tabela abaixo.

Se você memorizar a mesma, terá grandes chances de não errar questões que envolvam os três institutos relacionados.

Depois de um tempo, você verá que fica bem mais tranquilo.

Anulação Revogação Convalidação

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios insanáveis ou sanáveis

Trata-se de Controle de Mérito Administrativos, a juízo da Administração

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios sanáveis

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Opera prospectivamente (eficácia ex-nunc)

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

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Pode ser efetuada pela própria Administração e pelo Poder Judiciário, quando provocado

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

Incide apenas sobre atos discricionários

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

A Anulação pode ser um ato vinculado (quando o vício é insanável) ou discricionário (quando o vício é sanável, pois nesse caso pode ela optar entre anular ou convalidar o ato em questão)

A Revogação sempre é um ato discricionário, pois a Administração escolhe se deve ou não retirar o ato do mundo jurídico

A Convalidação é um ato discricionário, pois a Administração pode escolher entre anular ou convalidar o ato respectivo

5.4 Outras Formas de Desfazimento do Ato Administrativo

Bom, galera... Aqui nossa tarefa se resumirá a conhecermos os conceitos de cada uma das demais formas de desfazimento do Ato Administrativo.

Só isso, acreditem, e vocês matam todas as questões da ESAF! Procurem diferenciar os conceitos, que são bem básicos.

Vamos lá...

Cassação: É a extinção do Ato Administrativo quando o beneficiário deixa de atender os requisitos com os quais tinha se obrigado. É, na maioria das vezes, considerada Sanção pela Doutrina, principalmente pelo seu caráter de desfazimento com base em um não cumprimento do particular.

Podemos citar como exemplo uma pessoa física que adquire a permissão para montar um quiosque em uma praça pública, com a condição de não desmatar a plantação da praça em questão.

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Caso, posteriormente, seja verificado que o particular descumpriu os requisitos para a manutenção da permissão, a mesma é CASSADA do particular.

A informação mais importante sobre a Cassação, no entanto, é que ela – juntamente com a Anulação e a Revogação – formam as hipóteses de Desfazimento Volitivo do Ato Administrativo.

Caducidade: Temos a caducidade quando uma legislação posterior ao Ato Administrativo deixa aquele ato sem base legal.

Se houve uma permissão para utilização de um quiosque, como no exemplo anterior, e posteriormente é editada uma lei que veda a concessão de permissões para utilização da área da praça pública, não há motivo para o Ato Administrativo de concessão continuar no ordenamento jurídico.

Contraposição: É o ato que extingue outro anteriormente editado, uma vez que os efeitos do segundo ato são exatamente opostos.

O exemplo utilizado pela Doutrina é a exoneração de servidor anteriormente nomeado.

Extinção Natural: É a ordem natural do Ato Administrativo. Após o seu nascimento, ele cumpre os seus efeitos e, por não ser mais utilizável, exaure-se.

Um exemplo seria a mesma permissão para utilização do quiosque na praça. Digamos que o quiosque em questão teve permissão para utilização pelo prazo de 1 ano, a partir o qual seus efeitos terminam.

Extinção Objetiva: Ocorre com o desaparecimento do objeto do Ato Administrativo, tal como o fechamento de um estabelecimento que tinha sido interditado pela vigilância sanitária. Como o estabelecimento deixou de funcionar, o próprio ato de interdição deixou de fazer sentido.

Extinção Subjetiva: Aqui temos uma extinção semelhante à anterior, com a diferença de que quem desaparece é o próprio sujeito que se beneficiou do ato. Uma nomeação para um cargo público, por exemplo, deixa de existir quando a pessoa nomeada vem a óbito.

6. Espécies de Atos Administrativos

O estudo das Espécies dos Atos Administrativos implica, basicamente, em duas espécies de informações.

Temos que conhecer as cinco espécies de atos existentes em nosso

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ordenamento jurídico e os tipos de atos usualmente utilizados para cada espécie.

As espécies, para já memorizarmos, formam o mnemônico abaixo:

PUNITIVOS

ENUNCIATIVOS

ORDINATÓRIOS

NORMATIVOS

NEGOCIAIS

6.1 Punitivos

Atos administrativos punitivos são aqueles que contêm uma sanção aos que descumprirem normas legais ou administrativas.

Conforme seus destinatários, os Atos Punitivos podem ser classificados como de atuação externa ou de atuação interna. Os Atos de atuação interna seriam as penalidades previstas no regulamento de cada categoria de servidores, tais como a demissão, a advertência e a suspensão.

Já os Atos de atuação externa são aqueles direcionados para pessoas que não integram a estrutura interna da Administração, tendo como principais exemplos a interdição de um estabelecimento e a multa por descumprimento de determinada norma

6.2 Enunciativos

Segundo Hely Lopes Meirelles, os atos administrativos enunciativos são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir opinião sobre determinado assunto, sem se vincular ao seu enunciado.

São atos que não contem uma manifestação de vontade por parte da Administração, se limitando apenas em atestar uma situação pré-existente.

Os principais atos enunciativos são:

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Certidões: cópias ou fotocópias de atos ou fatos constantes de processo, livro ou documento que se encontre em repartições públicas;

Atestados: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que tenha conhecimento por seus órgãos competente; (O que diferencia o Atestado da Certidão é que o primeiro atesta uma situação existente, mas que não consta em livros ou papeis da Administração).

Pareceres: manifestação de órgãos técnicos da Administração;

6.3 Ordinatórios

Atos Ordinatórios nada mais são do que manifestações internas da Administração quando da utilização do seu Poder Hierárquico. É através dos atos ordinatórios que a administração disciplina o comportamento dos seus servidores. Por isso mesmo, tal espécie de ato não pode ser utilizada para regular o comportamento de particulares sem vínculo com a Administração.

Tem como principais exemplos as Instruções, Portarias, Circulares e Avisos.

6.4 Normativos

Os Atos Normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos, servindo para regulamentar e detalhar os comandos da lei.

São exemplos de tais atos:

Decreto Regulamentar: Expedido pelos Chefes do Poder Executivo, que fazem uso de tal ato para regulamentar e detalhar como determinada lei deve ser observada e cumprida pelos seus administrados.

Instruções Normativas: Se assemelham aos Decretos, com a diferenciação de que tem como titulares os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais.

Regimentos: Decorrem do Poder Hierárquico e regulam o funcionamento interno de Órgãos colegiados, tais como Tribunais e Casas do Legislativo.

Resoluções: São atos inferiores aos Decretos, versando sobre matérias de interesse interno dos respectivos Órgãos.

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6.5 Negociais

Galera, das Espécies de Atos Administrativos, a única que temos que ter um cuidado especial são os Atos Negociais.

Assim, os Atos administrativos negociais são aqueles em que a vontade da Administração Pública coincide com o interesse do administrado, sendo-lhes atribuídos direitos e vantagens.

Tais atos podem ser discricionários ou vinculados, definitivos ou precários.

Vejamos os principais Atos Negociais:

Licença: Ato administrativo vinculado e definitivo, cuja função é conferir direitos ao particular que preencheu todos os requisitos legais. Dessa forma, se o particular atendeu a todos os requisitos impostos pela lei, a Administração não tem outra alternativa que não seja conceder a Licença.

Por isso mesmo, costuma-se falar que trata-se de um direito subjetivo do particular, desde, claro, que todos os requisitos sejam atendidos.

Tem como principais exemplos a Licença para dirigir e a Licença para construir.

Autorização: Ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a administração pública possibilita ao particular o exercício de determinada atividade, serviço ou a utilização de bens.

Por possuir caráter precário e discricionário, possibilita que a Administração o reveja sempre que necessário.

O exemplo clássico é a autorização para porte de arma. Mesmo que o particular satisfaça todos os requisitos, ainda assim a Administração não possui a obrigação de conceder a autorização. E, ainda que a conceda, pode revogá-la a qualquer tempo, objetivando o interesse público da coletividade.

Fazem parte dos atos negociais, ainda, a concessão, permissão e a autorização, que, por questões de didática, estudaremos na aula sobre Serviços Públicos.

Apenas a título de conhecimento, são considerados Atos Negociais, ainda que pouco cobrados em provas e, quando exigidos, apenas com a condição de que se ponte a qual das espécies o ato pertence, a Homologação, o Visto, a Admissão e a Aprovação.

Vamos a um rápido teste...

(ESAF) PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL – PFN - 2012

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À luz da tradicional doutrina administrativista, é possível identificar, como espécie de ato administrativo, o chamado ato ordinatório, que tem, como um de seus exemplos, a) os decretos regulamentares. b) os alvarás. c) as circulares. d) as multas. e) as homologações.

Comentários

É só memorizar as Espécies de atos e os principais tipos correspondentes a cada classificação. A imensa maioria das questões da ESAF que cobram o assunto estão relacionadas a estes conceitos.

Exemplo clássico de Ato Ordinatório, como vimos, é a Circular.

Gabarito: C

7. Classificação dos Atos Administrativos

Para terminarmos a parte teórica da nossa aula, vamos ver a Classificação dos Atos Administrativos. São inúmeras as existentes, sendo que as bancas, algumas vezes, utilizam classificações contrárias uma das outras. Assim, para seguirmos à risca o nosso “be like water” , e já sabendo que serão muitas as matérias para vocês verem e revisarem nesta reta final, vamos conhecer as classificações utilizadas pelas bancas!

Antes de entrarmos nas classificações, gostaria de relacionar alguns conceitos relacionados à Perfeição, Validade e Exequibilidade dos Atos Administrativos.

Ato Perfeito é aquele que completou todo o seu ciclo de formação e todas as fases necessárias ao seu cumprimento. Se não tiver observado todas as fases, será tido como Imperfeito.

Ato Válido é o ato que se encontra em conformidade com a lei e as normas jurídicas. É, em poucas palavras, o ato sem vício. Se contiver algum tipo de vício será considerado Nulo, ou, se os vícios forem nos requisitos possíveis de convalidação (Competência e Forma), Anuláveis.

Ato Eficaz é aquele que está pronto para produzir os efeitos para o qual foi criado, sem depender de nenhuma condição futura. Se o ato já está perfeito, mas ainda necessita de alguma condição para entrar em vigor, dizemos que o mesmo está PENDENTE.

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7.1 Atos Vinculados e Atos Discricionários

Já falamos sobre os requisitos que caracterizam a Discricionariedade dos Atos Administrativos. Par evitarmos repetições, vejam a tabela abaixo, bastante esclarecedora.

Atoa Vinculados

Atos Discricionários

Nenhuma margem de escolha para a realização do ato.

Alguma margem de escolha para a realização do ato.

Requisitos Competência, Finalidade e Forma são sempre vinculados.

Requisitos Competência, Finalidade e Forma são sempre vinculados.

Requisitos Motivo e Objeto são vinculados

Requisitos Motivo e Objeto são discricionários

É apenas isso, pessoal... não tem pra onde correr!

7.2 Atos de Império, Atos de Gestão e Atos de Expediente

Os Atos de Império são aqueles em que a Administração pratica com grau de superioridade em relação aos Administrados. Nestes atos, não é levado em conta a vontade do particular, que, caso não concorde com o ato, deve procurar os meios legais cabíveis para impedir ou desfazer a sua prática.

São exemplos de Atos de Império a Desapropriação, as Multas e as diversas Interdições às atividades privadas.

Já os Atos de Gestão são aqueles em que a Administração, quando da sua prática, encontra-se em grau de igualdade com o particular, sem usar de sua supremacia. Tais atos possuem dentre as suas características o fato de estarem regidos, em sua maioria, pelo direito privado, com algumas derrogações de direito público.

São exemplos a assinatura de um cheque ou o contrato de locação firmado pela Administração com algum particular.

Os Atos de Expediente, por sua vez, são os atos de rotina interna da Administração, praticados por servidores subalternos e necessários para o regular andamento dos processos administrativos. Devido ao seu caráter eminentemente interno, tais atos não apresentam manifestação de vontade, apenas declarando uma situação já

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existente.

Temos como exemplo de Atos de Expediente a numeração de processos ou o carimbo efetuado pela autoridade competente.

7.3 Atos Simples, Atos Compostos e Atos Complexos

Classificação bem importante, gente!

Aqui, temos que ter em mente que a classificação leva em conta a quantidade de manifestações de vontades necessárias para a sua formação.

Assim, o Ato Simples é aquele que depende, para a sua realização, da manifestação de vontade de apenas um órgão. Não podemos confundir, no entanto, a manifestação de vontade com a quantidade de pessoas envolvidas com o ato.

O Ato Simples, por isso mesmo, pode ser realizado com a manifestação de apenas uma pessoa (simples singular) ou pela manifestação de mais de uma pessoa, como ocorre no plenário dos Tribunais (simples colegiado). O que deve ser levado em conta – conforme já mencionamos – é a manifestação de vontade!

Ato Composto é aquele que, tal como o ato simples, também necessita de apenas uma manifestação de vontade para a sua formação. Nos Atos Compostos, porém, é necessário outro ato com a finalidade de colocá-lo em funcionamento.

Assim, temos dois atos (por isso o composto de seu nome): um que é a própria manifestação de vontade, exteriorizada por um único órgão, e outro que apresenta caráter instrumental, servindo apenas para colocar o primeiro em prática.

Ressalta-se que este segundo ato, instrumental, pode se dar de maneira prévia ou posterior ao ato principal, recebendo, conforme o momento de sua realização, o nome de aprovação, ratificação, visto, homologação, etc.

Podemos citar como exemplos de Atos Compostos as nomeações para diversos cargos previstos na Constituição Federal, uma vez que estas dependem, em sua maioria, de aprovação prévia da maioria absoluta do Senado Federal.

Por fim, os Atos Complexos são aqueles que necessitam, para a sua formação, da manifestação de vontade de dois ou mais órgãos administrativos.

Percebam a diferença existente entre os Atos Compostos e os Atos Complexos:

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Enquanto no primeiro caso é necessário apenas um órgão para que seja manifestada a vontade da Administração (sendo o segundo meramente instrumental, com a finalidade de coloca-lo em prática), nos Atos Complexos necessita-se de dois ou mais órgãos para que a Administração manifeste a sua vontade. Guardemos Isso!

7.4 Atos Gerais e Atos Individuais

Os Atos Gerais se caracterizam, principalmente, por não terem destinatários certos, sendo que o seu conteúdo se aplica a todas as pessoas que se enquadrem na situação neles expressa. Possuem como características o fato de serem sempre discricionários e, por isso mesmo, revogáveis a qualquer tempo.

Podemos citar como exemplo de Ato Geral uma instrução normativa ou uma circular de serviço.

Os Atos Individuais são aqueles que possuem destinatários determinados e certos, produzindo efeitos concretos e se subordinando aos Atos Gerais. Podemos citar como exemplo de Ato Individual a nomeação de candidatos para um cargo público. Ao contrário dos Atos Gerais, os atos individuais podem ser discricionários ou vinculados, somente podendo ser revogados se não tiverem gerado direito adquirido para o seu destinatário.

Pessoal, este é mais um caso onde uma simples tabelinha nos fará entender todas as diferenças existentes e não errar nenhuma questão na prova.

Atos Gerais Atos Individuais

Destinatários Incertos Destinatários Certos

Efeitos Abstratos, tal como as leis

Efeitos Concretos

Ato Discricionário Ato Discricionário ou Vinculado

Regulamentam as leis Subordinam-se aos Atos Gerais

Ex: Instrução Normativa Ex: Nomeação para cargo público

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8. Resumão

- Diversos são os conceitos de Atos Administrativos, sendo que a ESAF costuma utilizar o de Hely Lopes Meirelles, através do qual os mesmos seriam “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria";

- Ainda que a Administração Pública seja quem mais pratique Atos Administrativos, devemos ter em mente que todos os demais Poderes também o fazem, ainda que de maneira atípica;

- Assim, os Atos Administrativos não são uma exclusividade do Executivo;

- Cinco são os requisitos dos Atos Administrativos: competência, finalidade, forma, motivo e objeto;

- Dos requisitos presentes, apenas a competência, a finalidade e a forma SEMPRE estão presentes em todo e qualquer ato administrativo;

- O motivo e o objeto, dessa forma, caracterizam o chamado Mérito Administrativo, que é a valoração da conveniência e da oportunidade que a lei deixa a cargo dos agentes competentes;

- O Mérito Administrativo também é responsável pela diferenciação entre Atos Vinculados e Atos Discricionários;

- São Atributos dos Atos Administrativos a Presunção de Legitimidade, a Autoexecutoriedade e a Imperatividade;

- A Presunção de Legitimidade é uma característica através do qual os Atos Administrativos são considerados legais até a prova em contrário;

- Costuma-se dizer, por isso mesmo, que a presunção é juris tantum, ou seja, presunção relativa, que pode ser contestada pelo particular;

- A Presunção de Legitimidade é o único atributo presentes em TODOS os Atos Administrativos;

- Pela Autoexecutoriedade, a Administração pode exigir o cumprimento de determinados Atos Administrativos por parte de seus administrados, sem a necessidade de precisar recorrer ao Judiciário.

- Através deste atributo, em alguns casos, pode ela inclusive utilizar-se da força;

- A Imperatividade é o atributo onde a Administração impõe a

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sua vontade a terceiros, que não possuem outra opção que não seja cumprir o ato.

- A Imperatividade decorre do poder de império da Administração, também conhecido como Poder Extroverso, decorrência do Princípio da Supremacia do Interesse Público;

- Um conceito que temos que ter bem sedimentado em nossa mente é o de que os requisitos são elementos para que os Atos Administrativos possam existir, ao passo que os Atributos são prerrogativas que os Atos dispõem para atingir seus objetivos;

- Sobre as formas de desfazimento do Ato Administrativo, temos três clássicas maneiras: Anulação, Revogação e Convalidação;

- A Anulação pode ser feita pela própria Administração, baseada no seu poder de autotutela, ou pelo Judiciário, desde que provocado;

- A Anulação SEMPRE é um controle de Legalidade, jamais entrando no Mérito Administrativo;

- A Anulação possui efeitos retrospectivos, sendo que seus efeitos retroagem até a data da prática do ato. Por isso mesmo, costuma-se dizer que seus efeitos são ex-tunc;

- No entanto, mesmo em caso de Anulação, os efeitos produzidos pelos atos, para terceiros de boa fé, devem prevalecer;

- A Revogação, por sua vez, é a possibilidade da Administração que produziu o ato (e apenas ela) retirar o mesmo do mundo jurídico por razões de conveniência e oportunidade;

- A Revogação adentra no Mérito Administrativo, possuindo efeitos prospectivos, também chamados pela doutrina de ex-nunc;

- A Revogação pode incidir apenas sobre atos discricionários, sendo um controle de mérito. Já a Anulação pode incidir sobre atos vinculados ou discricionários, desde, claro, que seja para analisar a ilegalidade dos mesmos;

-A Convalidação decorre da Teoria Dualista, através da qual os atos poderiam ser sanados quando o vício decorresse dos requisitos competência (em razão da pessoa) e da forma (quando esta não for indispensável).

- A Convalidação sempre é uma faculdade da Administração, que, em tese, poderia anular os Atos Administrativos;

- Com a Convalidação, porém, a Administração ganha em eficiência e economicidade, sem precisar praticar um novo ato, apenas sanando os efeitos do anterior;

- A tabela abaixo é fundamental para sua prova. Se você a decorar,

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pode ter certeza que não ira mais errar questões que cobremos institutos da Anulação, Revogação e Convalidação:

Anulação Revogação Convalidação

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios insanáveis ou sanáveis

Trata-se de Controle de Mérito Administrativos, a juízo da Administração

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios sanáveis

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Opera prospectivamente (eficácia ex-nunc)

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Pode ser efetuada pela própria Administração e pelo Poder Judiciário, quando provocado

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

Incide apenas sobre atos discricionários

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

A Anulação pode ser um ato vinculado (quando o vício é insanável) ou discricionário (quando o vício é sanável, pois nesse caso pode ela optar entre anular ou convalidar o ato em questão)

A Revogação sempre é um ato discricionário, pois a Administração escolhe se deve ou não retirar o ato do mundo jurídico

A Convalidação é um ato discricionário, pois a Administração pode escolher entre anular ou convalidar o ato respectivo

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- Cinco são as espécies de Atos Administrativos: Punitivos, Enunciativos, Ordinatórios, Normativos e Negociais;

- Os Atos Punitivos são aqueles que implicam sanções, que podem ser de caráter interno ou externo. São exemplos destes atos a advertência, suspensão e demissão (internamente) e a multa e a interdição de estabelecimentos (externamente);

- Atos Enunciativos são aqueles que declaram uma situação já existente, sendo que muitos autores consideram os mesmos como Atos Administrativos impróprios, uma vez que neles não ocorre uma manifestação de vontade da Administração;

- Os Atos Ordinatórios decorrem do Poder Hierárquico da Administração e conferem as prerrogativas de determinar como as diversas atividades devem ser praticadas, tendo como exemplos as circulares, portarias, ordens de serviço, etc.

- Os Atos Normativos são aqueles que contêm comandos gerais e abstratos, servindo para regulamentar e detalhar os comandos da lei. Possuem como principais exemplos os Decretos Regulamentares (editados pelos Chefes do Executivo), os Regimentos (como o dos Tribunais) e as Resoluções;

- Nos Atos Negociais, o particular possui uma vontade, que depende do interesse da Administração. Assim, são exemplos destes atos a Licença (quando a Administração não tem outra escolha que não seja conceder a mesma, desde que o particular cumpra todos os requisitos) e a Autorização (quando a Administração, mesmo tendo o particular cumprido todos os requisitos, pode escolher entre conceder ou não a mesma);

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QUESTÕES COMENTADAS

Questão 01 – (ESAF) MF - 2012 – ATA

Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta. a) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é absoluta. b) O administrado pode negar-se a cumprir qualquer ato administrativo quando ainda não apreciado e convalidado pelo Poder Judiciário. c) Até prova em contrário, presume-se que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei. d) Cumpridas todas as exigências legais para a prática de um ato administrativo, ainda que seja ele discricionário, o administrado passa a ter direito subjetivo à sua realização. e) Considera-se mérito administrativo a conveniência e a oportunidade da realização do ato, sempre previamente definido e determinado pela lei.

Comentários

Alternativa A: Errada. A Presunção de Legitimidade, único atributo presente em todos os Atos Administrativos, é uma presunção relativa, que pode ser contestada pelo particular que se sentir lesado. Alternativa B: Errada. Os Atos, desde a sua prática, se presumem válidos e dotados de todos os requisitos necessários. Eventual vício deve ser denunciado pelo particular, que não pode se recusar a cumpri-lo com base unicamente neste motivo. Alternativa C: Correta. É a característica primordial da Presunção de Legitimidade. Alternativa D: Errada. A assertiva estaria certa se estivéssemos diante de um Ato Vinculado, como na expedição de uma Licença, em que, atendidas todas as condições, o particular tem direito subjetivo a receber a mesma. Alternativa E: Errada. O Mérito Administrativo nem sempre está totalmente expresso na lei, podendo também o ser por meio de conceitos jurídicos indeterminados. O erro da assertiva foi o termo SEMPRE, uma vez que , ainda que se faça necessário um diploma normativo para a conveniência e oportunidade, não depende-se da lei em sentido estrito. Exemplos de conceitos jurídicos indeterminados seriam a Moralidade, o Bem comum, o Interesse Coletivo, etc.

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Gabarito: C

Questão 02 – (ESAF) MF - 2013 – ANATA

Em relação aos Atos Administrativos, é correto afirmar: a) a determinação e cumprimento de ato administrativo consistente em apreensão e destruição de mercadoria imprópria para o consumo está sujeito à revogação dada a discricionariedade da Administração Pública. b) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, havendo na verdade uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. c) a Exigibilidade é a qualidade que certos atos administrativos têm para constituir situações de observância obrigatória em relação aos seus destinatários, independentemente da respectiva concordância ou aquiescência. d) a supressão retroativa da ilegalidade de um ato administrativo retroage à data em que este foi praticado. e) a Extinção Natural ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato a exemplo da morte do permissionário em se tratando de permissão intransferível.

Comentários

Nosso gabarito, de cara, é a letra D, sendo este o conceito de Anulação. A letra A está errada, pois em caso de mercadorias impróprias, o Agente Administrativo tem o DEVER de executar o ato, ficando vinculado a tal medida. A letra B é exatamente o contrário, sendo que os Atos Complexos se formam pela manifestação de duas ou mais vontades. A letra C também erra, sendo o conceito apresentado o de Imperatividade. A letra E, por sua vez, traz um exemplo clássico de Extinção Subjetiva, com a morte da pessoa beneficiada com o Ato Administrativo. Gabarito: D

Questão 03 – (ESAF) RFB – 2009 - AFRFB

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Quanto à competência para a prática dos atos administrativos, assinale a assertiva incorreta. a) Não se presume a competência administrativa para a prática de qualquer ato, necessária previsão normativa expressa. b) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, entre outros. c) A competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. d) Admite-se, excepcionalmente, a avocação e a delegação de competência administrativa pela autoridade superior competente, nos limites definidos em lei. e) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo deixa de pertencer à autoridade delegante em favor da autoridade delegada.

Comentários

Alternativa A: Correta. A Competência para a pratica de qualquer Ato Administrativo deve vir expressa em Lei, sem possibilidade de presunção. Alternativa B: Correta. Conceito da Lei 9784, que a ESAF adora mesclar em questões de Atos Administrativos. Veremos esta lei à fundo em momento oportuno. Alternativa C: Correta. São duas das principais características da Competência conferida aos Agentes Públicos. Alternativa D: Correta. A Avocação e a Delegação são possíveis, sendo a Delegação, em regra, sempre possível, e a Avocação podendo ser utilizada apenas nas hipóteses previstas em lei. Alternativa E: Errada. Quando um Agente delega competência a outro, o Ato considera-se editado pelo delegado. No entanto, não ocorre a transferência da competência, que , como vimos, tem como uma de suas características justamente ser intransferível. O que é transferido, em caráter provisório, é o exercício da mesma. Gabarito: E

Questão 04 – (ESAF) – MTUR – 2014 - ANALISTA

Assinale a opção em que não consta requisito de validade (ou elemento) do ato administrativo. a) Competência. b) Objeto.

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c) Executoriedade. d) Motivo. e) Finalidade.

Comentários

Os elementos do Ato Administrativo, também chamados de requisitos, são aqueles que conferem validade ao mesmo. Diferem dos Atributos, uma vez que estes são prerrogativas conferidas para que a Administração possa alcançar o fim visado. Das alternativas, apenas a letra C não contempla um requisito dos Atos Administrativos. Gabarito: C

Questão 05 – (ESAF) CMV – 2010 – AGENTE EXECUTIVO O atributo do ato administrativo que tem por consequência a inversão do ônus da prova, em favor da Administração, no que diz respeito à existência de vício no ato administrativo, denomina-se: a) imperatividade. b) autoexecutoriedade. c) exequibilidade. d) tipicidade. e) presunção de legitimidade.

Comentários

Questão tranquila, mostrando que a ESAF muito se repete em suas questões. No nosso curso, vamos fazer muitas questões (mais de 200 exclusivamente da banca) e entender o modo de pensar da ESAF. Falou em inversão de provas, não precisamos nem pensar duas vezes: Presunção de Legitimidade. Gabarito: E

Questão 06 – (ESAF) CMV-2010 – AGENTE EXECUTIVO

Assinale a opção que contemple uma espécie de ato em que é possível identificar o atributo da autoexecutoriedade do ato administrativo.

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a) Atos administrativos declaratórios. b) Atos administrativos negociais. c) Cobrança de multas de trânsito. d) Atos administrativos punitivos. e) Atos administrativos enunciativos.

Comentários

Uma das características da Autoexecutoriedade é a Administração não precisar de autorização do Judiciário para praticar seus próprios atos. Tal Atributo é mais comumente encontrado nos Atos onde a Administração precisa exercer o seu poder de império, atuando em desigualdade do particular e, eventualmente, se for preciso, utilizando-se até mesmo da força. A única alternativa que apresenta um ato dotade de autoexecutoriedade é a letra D. Na letra C, que poderia gerar dúvidas, nos lembremos que a Cobrança de uma Multa apenas pode ser feita pela via Judicial, e não pelos meios coercitivos. Gabarito: D

Questão 07 – (ESAF) PREF.RJ – 2010 - AGENTE

Um servidor público edita um ato administrativo, o qual, não havendo condição suspensiva, opera efeitos desde já. Particular, posteriormente, pode contestar sua validade, sustentando que o ato padece de vício de legalidade, devendo, contudo, provar sua alegação. Assinale o item que contém o atributo do ato administrativo que ocasiona a transferência do ônus da prova da invalidade do referido ato para quem a invoca. a) Imperatividade b) Poder regulamentar c) Presunção de legitimidade d) Autoexecutoriedade e) Exigibilidade

Comentários

Questão que cobra uma das principais características da Presunção de Legitimidade. Como vimos, sua característica é inverter o ônus de prova, de forma que cabe ao particular provar que o Ato apresenta vício. Diz-se, por isso mesmo, que trata-se de presunção juris tantum.

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Gabarito: C

Questão 08 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA Os atos administrativos, uma vez expedidos e independentemente de expressa previsão legal, apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s): a) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. b) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade. c) autoexecutoriedade, apenas. d) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas. e) presunção de legitimidade e veracidade, apenas.

Comentários

Questão assim não dá nem para pensar em perder, pessoal. Os Atributos do Ato são o PAI+T, estão lembrados?

Presunção de Legitimidade O Ato é válido até prova em contrário

Autoexecutoriedade A Administração não precisa de autorização do Judiciário

Imperatividade A Administração pode se impor a terceiros

+

Tipicidade O Ato deve corresponder a figuras definidas em lei

No entanto, o único Atributo que sempre está presente em todo Ato Administrativo é a Presunção de Legitimidade. Gabarito: E

Questão 09 – (ESAF) – PFN - 2012 Identifique, entre as assertivas abaixo, a que corresponda a um ato administrativo complexo, observada a concepção técnica usual de nossa doutrina pátria.

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a) O ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de vontade de um órgão colegiado. b) O que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão, dependente da manifestação de outro para que se confirme ou seja desconstituído. c) Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação necessária de três órgãos. d) Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado por um único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior manifestação de outro órgão. e) Aquele que, dada a sua complexidade, somente passa a existir a partir da manifestação de vontade de mais de um agente público de um mesmo órgão.

Comentários

Questão que gerou muita polêmica entre os candidatos. A banca pede o conceito de Ato Complexo. No entanto, muitos candidatos possuem a informação de que estes são formados pela manifestação de duas manifestações diferentes de vontade. Esta informação não está errada, sendo que o referido Ato precisa, no entanto, de duas OU MAIS manifestações de vontade. O que confundiu muita gente foi o termo NECESSÁRIA do enunciado, o que não invalida a assertiva como correta. Gabarito: C

Questão 10 – (ESAF) SEFAZ-SP – 2009 - APOFP

Acerca da teoria geral do ato administrativo, assinale a opção correta. a) Licença é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. b) O decreto não pode ser considerado como ato administrativo, pois representa, em verdade, manifestação legislativa por parte do Poder Executivo. c) Ato administrativo discricionário é aquele em que a lei não deixou opções, estabelecendo que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de tal ou qual forma. d) Todo ato praticado no exercício da função administrativa é ato administrativo.

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e) O ato administrativo não está sujeito a controle jurisdicional.

Comentários

O nosso gabarito é a letra A. Vamos aos erros das demais: Na letra B, o erro está em afirmar que o Decreto não é Ato Administrativo; Na C, é exatamente o contrário, sendo que a banca explicitou o conceito de Ato Vinculado; Na D, temos que nem todo ato no exercício da função administrativa é Ato Administrativo, tendo como exemplos os Contratos Administrativos e os Atos meramente enunciativos; Na E, por sua vez, o Ato Administrativo sempre está sujeito ao controle do Judiciário, sendo este um controle de Legalidade. Gabarito: A

Questão 11 – (ESAF) RFB – 2014 - AFRFB

Em se tratando da classificação e extinção dos atos administrativos, é correto afirmar: a) atos gerais ou normativos são os que se preordenam a regular situações específicas como acontece nos decretos expropriatórios. b) no ius gestionis não há intervenção da vontade dos administrados para sua prática, como acontece nos decretos de regulamentação. c) os atos enunciativos indicam juízos de valor de outros atos de caráter decisório, como acontece nos pareceres. d) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, visto que há somente uma vontade autônoma, de conteúdo próprio e as demais instrumentais, como acontece no visto. e) na cassação há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato.

Comentários

Questão da última prova de Auditor e que deixou muita gente confusa: Alternativa A: Errada. Atos Normativos não se destinam a situações específicas, mas sim para situações gerais, com destinatários indefinidos. Alternativa B: Errada. Os Atos em que não há vontade do particular

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para a sua prática são os Atos de Império, e não de Gestão. Alternativa C: Correta. Atos enunciativos são desprovidos de força vinculante, simplesmente atestando uma situação anteriormente produzida por outro ato. Alternativa D: Errada. A ESAF inverteu os conceitos de Atos Compostos e Atos Complexos. Alternativa E: Errada. Trata-se do conceito de caducidade. Gabarito: C

Questão 12 – (ESAF) SUSEPE – 2010 - ANALISTA

O chamado mérito administrativo costuma ser relacionado ao(s) seguinte(s) elemento(s) do ato administrativo: a) finalidade e objeto. b) finalidade e motivo. c) motivo e objeto. d) finalidade, apenas. e) motivo, apenas.

Comentários

Questão com conceitos básicos sobre Mérito Administrativo, como, aliás, são a maioria das que exigem exclusivamente o assunto. Como vimos em aula, os elementos do Ato Administrativo que conferem margem de conveniência e oportunidade à Administração são o Motivo e o Objeto. Gabarito: C

Questão 13 – (ESAF) MTE - 2010 – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO

Assinale a opção que contemple ato administrativo passível de revogação. a) Atestado de óbito. b) Homologação de procedimento licitatório. c) Licença para edificar. d) Certidão de nascimento. e) Autorização de uso de bem público.

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Comentários

Todas as situações apresentadas apresentam casos onde os Atos são irrevogáveis, com exceção da assertiva E, típico exemplo de Ato Negociação revogável a qualquer tempo. As demais são atos enunciativos(A e D), atos que integram um procedimento (B) e atos vinculados (C). Gabarito: E

Questão 14 – (ESAF) MDIC – 2012 - ACE

O ato de autorização de uso de um bem público cujo prazo já tenha expirado e os atos que integram um procedimento administrativo que já tenha chegado ao seu fim possuem em comum o seguinte: a) são atos administrativos vinculados. b) são atos administrativos anuláveis. c) são atos administrativos viciados. d) são atos administrativos irrevogáveis. e) são atos administrativos conversíveis.

Comentários

Tais situações são exemplos de Atos Administrativos Irrevogáveis, tal como dispõe a Lei 9784.

São insuscetíveis de Revogação:

- Os atos vinculados, pois a revogação está relacionada com o Mérito Administrativo;

- Os atos já consumados, uma vez que se os efeitos para os quais o Ato Administrativo foi editado já se esgotaram, não há como revogar o que ocorreu no passado;

- Os atos que já geraram direito adquirido;

- Os atos que integram um procedimento administrativo, pois a cada nova fase do procedimento o ato anterior deixa de produzir efeitos;

- Os atos denominados como “meros atos administrativos”, que apenas declaram situações que já existem, como a certidão.

Gabarito: D

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Questão 15 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA

No que se refere ao controle dos atos administrativos, é correto afirmar que possuem efeitos retroativos:

a) a revogação, a anulação e a convalidação de tais atos.

b) apenas a anulação e a convalidação de tais atos.

c) a revogação e a anulação de tais atos, apenas.

d) apenas a anulação de tais atos.

e) apenas a revogação e a convalidação de tais atos.

Comentários

Utilizando nossa tabela, conseguimos visualizar que o único instituto que não possui eficácia retroativa é a revogação.

Anulação Revogação Convalidação

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios insanáveis ou sanáveis

Trata-se de Controle de Mérito Administrativos, a juízo da Administração

Trata-se de Controle de Legalidade sobre atos que apresentam vícios sanáveis

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Opera prospectivamente (eficácia ex-nunc)

Opera retroativamente (eficácia ex-tunc)

Pode ser efetuada pela própria Administração e pelo Poder Judiciário, quando provocado

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Apenas pode ser efetuada pela própria Administração

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

Incide apenas sobre atos discricionários

Incide sobre atos vinculados e discricionários, desde que se esteja analisando a legalidade dos mesmos

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A Anulação pode ser um ato vinculado (quando o vício é insanável) ou discricionário (quando o vício é sanável, pois nesse caso pode ela optar entre anular ou convalidar o ato em questão)

A Revogação sempre é um ato discricionário, pois a Administração escolhe se deve ou não retirar o ato do mundo jurídico

A Convalidação é um ato discricionário, pois a Administração pode escolher entre anular ou convalidar o ato respectivo

Gabarito: B

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QUESTÕES PROPOSTAS

Questão 01 – (ESAF) MF - 2012 – ATA

Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta. a) A presunção de legitimidade dos atos administrativos é absoluta. b) O administrado pode negar-se a cumprir qualquer ato administrativo quando ainda não apreciado e convalidado pelo Poder Judiciário. c) Até prova em contrário, presume-se que os atos administrativos foram emitidos com observância da lei. d) Cumpridas todas as exigências legais para a prática de um ato administrativo, ainda que seja ele discricionário, o administrado passa a ter direito subjetivo à sua realização. e) Considera-se mérito administrativo a conveniência e a oportunidade da realização do ato, sempre previamente definido e determinado pela lei. Questão 02 – (ESAF) MF - 2013 – ANATA

Em relação aos Atos Administrativos, é correto afirmar: a) a determinação e cumprimento de ato administrativo consistente em apreensão e destruição de mercadoria imprópria para o consumo está sujeito à revogação dada a discricionariedade da Administração Pública. b) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, havendo na verdade uma só vontade autônoma, ou seja, de conteúdo próprio. c) a Exigibilidade é a qualidade que certos atos administrativos têm para constituir situações de observância obrigatória em relação aos seus destinatários, independentemente da respectiva concordância ou aquiescência. d) a supressão retroativa da ilegalidade de um ato administrativo retroage à data em que este foi praticado. e) a Extinção Natural ocorre com o desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato a exemplo da morte do permissionário em se tratando de permissão intransferível. Questão 03 – (ESAF) RFB – 2009 - AFRFB

Quanto à competência para a prática dos atos administrativos, assinale a assertiva incorreta. a) Não se presume a competência administrativa para a prática de qualquer ato, necessária previsão normativa expressa. b) A definição da competência decorre de critérios em razão da matéria, da hierarquia e do lugar, entre outros.

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c) A competência é, em regra, inderrogável e improrrogável. d) Admite-se, excepcionalmente, a avocação e a delegação de competência administrativa pela autoridade superior competente, nos limites definidos em lei. e) Com o ato de delegação, a competência para a prática do ato administrativo deixa de pertencer à autoridade delegante em favor da autoridade delegada. Questão 04 – (ESAF) – MTUR – 2014 - ANALISTA

Assinale a opção em que não consta requisito de validade (ou elemento) do ato administrativo. a) Competência. b) Objeto. c) Executoriedade. d) Motivo. e) Finalidade. Questão 05 – (ESAF) CMV – 2010 – AGENTE EXECUTIVO O atributo do ato administrativo que tem por consequência a inversão do ônus da prova, em favor da Administração, no que diz respeito à existência de vício no ato administrativo, denomina-se: a) imperatividade. b) autoexecutoriedade. c) exequibilidade. d) tipicidade. e) presunção de legitimidade. Questão 06 – (ESAF) CMV-2010 – AGENTE EXECUTIVO

Assinale a opção que contemple uma espécie de ato em que é possível identificar o atributo da autoexecutoriedade do ato administrativo. a) Atos administrativos declaratórios. b) Atos administrativos negociais. c) Cobrança de multas de trânsito. d) Atos administrativos punitivos. e) Atos administrativos enunciativos. Questão 07 – (ESAF) PREF.RJ – 2010 - AGENTE

Um servidor público edita um ato administrativo, o qual, não havendo condição suspensiva, opera efeitos desde já. Particular, posteriormente, pode contestar sua validade, sustentando que o ato padece de vício de legalidade, devendo, contudo, provar sua alegação.

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Assinale o item que contém o atributo do ato administrativo que ocasiona a transferência do ônus da prova da invalidade do referido ato para quem a invoca. a) Imperatividade b) Poder regulamentar c) Presunção de legitimidade d) Autoexecutoriedade e) Exigibilidade Questão 08 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA Os atos administrativos, uma vez expedidos e independentemente de expressa previsão legal, apresentarão sempre o(s) seguinte(s) atributo(s): a) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. b) presunção de legitimidade e veracidade, bem assim autoexecutoriedade. c) autoexecutoriedade, apenas. d) imperatividade e autoexecutoriedade, apenas. e) presunção de legitimidade e veracidade, apenas. Questão 09 – (ESAF) – PFN - 2012 Identifique, entre as assertivas abaixo, a que corresponda a um ato administrativo complexo, observada a concepção técnica usual de nossa doutrina pátria. a) O ato cuja produção tenha se dado a partir tão-só da manifestação de vontade de um órgão colegiado. b) O que passa a existir com a manifestação de vontade de um órgão, dependente da manifestação de outro para que se confirme ou seja desconstituído. c) Determinado ato que somente tenha existência a partir da manifestação necessária de três órgãos. d) Um ato que, a despeito de existir a partir do momento em que exarado por um único órgão, somente poderá produzir efeitos com a posterior manifestação de outro órgão. e) Aquele que, dada a sua complexidade, somente passa a existir a partir da manifestação de vontade de mais de um agente público de um mesmo órgão. Questão 10 – (ESAF) SEFAZ-SP – 2009 - APOFP

Acerca da teoria geral do ato administrativo, assinale a opção correta. a) Licença é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade.

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b) O decreto não pode ser considerado como ato administrativo, pois representa, em verdade, manifestação legislativa por parte do Poder Executivo. c) Ato administrativo discricionário é aquele em que a lei não deixou opções, estabelecendo que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de tal ou qual forma. d) Todo ato praticado no exercício da função administrativa é ato administrativo. e) O ato administrativo não está sujeito a controle jurisdicional. Questão 11 – (ESAF) RFB – 2014 - AFRFB

Em se tratando da classificação e extinção dos atos administrativos, é correto afirmar: a) atos gerais ou normativos são os que se preordenam a regular situações específicas como acontece nos decretos expropriatórios. b) no ius gestionis não há intervenção da vontade dos administrados para sua prática, como acontece nos decretos de regulamentação. c) os atos enunciativos indicam juízos de valor de outros atos de caráter decisório, como acontece nos pareceres. d) os atos complexos não se compõem de vontades autônomas, embora múltiplas, visto que há somente uma vontade autônoma, de conteúdo próprio e as demais instrumentais, como acontece no visto. e) na cassação há perda dos efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato. Questão 12 – (ESAF) SUSEPE – 2010 - ANALISTA

O chamado mérito administrativo costuma ser relacionado ao(s) seguinte(s) elemento(s) do ato administrativo: a) finalidade e objeto. b) finalidade e motivo. c) motivo e objeto. d) finalidade, apenas. e) motivo, apenas. Questão 13 – (ESAF) MTE - 2010 – AUDITOR FISCAL DO TRABALHO

Assinale a opção que contemple ato administrativo passível de revogação. a) Atestado de óbito. b) Homologação de procedimento licitatório. c) Licença para edificar. d) Certidão de nascimento. e) Autorização de uso de bem público. Questão 14 – (ESAF) MDIC – 2012 - ACE

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O ato de autorização de uso de um bem público cujo prazo já tenha expirado e os atos que integram um procedimento administrativo que já tenha chegado ao seu fim possuem em comum o seguinte: a) são atos administrativos vinculados. b) são atos administrativos anuláveis. c) são atos administrativos viciados. d) são atos administrativos irrevogáveis. e) são atos administrativos conversíveis. Questão 15 – (ESAF) MIN – 2012 - ANALISTA

No que se refere ao controle dos atos administrativos, é correto afirmar que possuem efeitos retroativos:

a) a revogação, a anulação e a convalidação de tais atos.

b) apenas a anulação e a convalidação de tais atos.

c) a revogação e a anulação de tais atos, apenas.

d) apenas a anulação de tais atos.

e) apenas a revogação e a convalidação de tais atos.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C D E C E D C E C A

11 12 13 14 15

C C E D B

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