dinâmica do arranjo pro

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Alvarenga, Felipe, Mello e Villaschi

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INTRODUO

1 ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS APLICACADOS AO COMPLEXO ECONOMICO INDUSTRIAL DA SADEUm arranjo produtivo local (APL) composto por empresas de diferentes tamanhos localizadas em um mesmo territrio, que produzem diversos bens e servios, e por outros tipos de instituies, que vo desde o treinamento at a coordenao de aes. Um APL apresenta especializaes produtivas e mantm vnculos de articulao, interao, cooperao e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associaes empresariais, instituies de crdito, ensino e pesquisa.CITAO DIRETAPara identificar a existncia de um APL usa-se um conjunto de variveis presentes em graus diferentes de complexidade, segundo o o documento elaborado pelo Grupo de trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais ( GTP- APL[footnoteRef:1] (referencia) destaca-se os seguintes elementos: [1: EXPLICAR....]

Ter um nmero significativo de empreendimentos no territrio e de indivduos que atuam em torno de uma atividade produtiva predominante;

Compartilhar formas percebidas de cooperao e algum mecanismo de governana. Pode incluir pequenas, mdiase grandes empresas.Deste modo, a promoo formao de um APLs um dos caminhos estratgicos usados pelo Governo Federal para promover o desenvolvimento do pas, pois muda a forma de operacionalizar e dinamizar determinado setor, fazendo com que acompanhe os processos constantes de inovao atravs de certas cooperaes entre os indivduos relacionados, ou ainda segundo GTP - APL, rompe com a lgica individualizada de atuao, aumentando a competitividade de diversas cadeias produtivas, o que proporciona certo desenvolvimento local e regional (REFERENCIAR). Um APL pode ser visto como o meio mais adequado para promover a gerao aquisio e difuso de conhecimento e inovao (CASSIOLATO, ????).O GTP-APL explicita que a adoo de polticas pblicas no sentido de formar APLs, ocasiona inmeras externalidades positivas, atravs do incentivo da competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos, na regio onde se pretende estabelecer o APL. Esse arranjo impulsiona o desenvolvimento econmico, a inovao tecnolgica, a expanso e modernizao da base produtiva, e etc. Contudo, para que alcance os objetivos desenvolvimento descritos acima, necessrio seguir determinadas diretrizes e traar estratgias objetivando a adoo de aes integradas que promovam o desenvolvimento local, elevando o capital social, com o objetivo principal no mercado e na preservao do meio ambiente. Citao diretaA formao dos arranjos produtivos locais aplicados a rea da sade surge com o objetivo de formar um sistema de sade em redes eficientes, com a capacidade de garantir a integrao da ateno com aes de promoo, preveno e recuperao da sade, no sentido de ser capaz de prestar um servio de qualidade e eficincia, tendo como base o entendimento da sade em uma dimenso multicausal com forte dependncia do desenvolvimento social das populaes (PDR, 2013). CoNFUSO!!!

Desenvolver a idia de APL de sade, em convergncia com a questo do CEIS.

2 DEMOGRAFIA E EPIDEMIOLOGIA NO ESPRITO SANTO

3 QUANTIFICANDO O COMPLEXO ECONOMICO-INDUSTRIAL DA SADE NO ESPRITO

No Esprito Santo, a formao de um arranjo de servios de sade teve incio na Grande Vitria e passou a ser significativa a partir do processo de industrializao e urbanizao capixaba, ainda na dcada de 1970. Com a conformao de vrios vetores (instalao de empresas industriais de pequeno, mdio e grandes portes; erradicao dos cafezais pouco produtivos, formao de aglomerados urbanos), a Grande Vitria passou a ser o plo dinamizador da economia capixaba. Por conta desse processo acelerado de urbanizao, passou a ser necessria a oferta de vrios servios muito caractersticos desses ambientes com grande densidade demogrfica. Dentre eles, destaque deve ser dado aos servios ligados sade. O surgimento de hospitais (pblicos e particulares), de clnicas, consultrios, postos de sade e outras atividades complementares acompanharam o ritmo e a direo do crescimento econmico do Esprito Santo e o aumento da densidade populacional na conurbao que se estabeleceu em torno da capital.Os principais agentes do arranjo podem ser observados no quadro a seguir:QUADRO - PRINCIPAIS AGENTES DO ASPIL APLICADO AO COMPLEXO ECONMICO DA SADE NO ESPRITO SANTO. Servios PblicosServios PrivadosCoordenaoFormaoPesquisa e fomento

Hospitais PblicosHospitais privadosSecretaria de Estado da SadeUniversidade Federal do ESInstitutos de pesquisa

Centros de SadeClnicas e consultrios mdicosSecretarias Municipais de sadeFaculdades particularesGrupos de Pesquisa

Prontos AtendimentosServios complementaresEscolas Tcnicas CNPq / CAPES

Fonte: elaborao prpriaUma vez identificados os atores do ASPIL, pode-se ento, organiz-los e relacion-los de forma a estabelecer uma cadeia que englobasse esses atores.A identificao do ASPIL-GV se deu atravs do procedimento em que se buscou identificar os atores relevantes no processo produtivo dos bens, equipamentos e servios de sade. Essa etapa se deu tanto atravs do levantamento de estudos j realizados na rea, quanto atravs de entrevistas que contriburam, inclusive, para o apontamento da relevncia relativa de cada um dos elos.

REPRESENTAO ESQUEMTICA DO ASPIL3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Fonte: Elaborao prpria(VILLASCHI, 2012)3. A quantificao do Complexo Econmico-Industrial da Sade no Esprito Santo permite no apenas a visualizao da relao demogrfica e epidemiolgica, mas tambm o resultado dos investimentos em estabelecimentos de sade no estado. As cidades analisadas, sendo locais de maior populao e atividades econmicas, representadas por Vitria (capital), Vila Velha, Cariacica e Serra, so alvo dos maiores investimentos no Complexo Econmico-Industrial da Sade. Juntas, essas cidades representam 41% dos estabelecimentos de sade do estado, equivalente a 2254 estabelecimentos, de um total de 5437 estabelecimentos no Esprito Santo.Estabelecimento de Sade no Esprito SantoQuantidade

Posto de Sade223

Centro de Sade / Unidade Bsica657

Policlnica172

Hospital Geral96

Hospital Especializado15

Unidade Mista7

Pronto Socorro Geral4

Pronto Socorro Especializado2

Consultrio Isolado2627

Clnica / Centro de Especialidade915

Unidade de Apoio Diagnose e Terapia (SADT Isolado)448

Unidade Mvel Terrestre26

Unidade Mvel de Nvel Pr-Hospitalar na rea de Urgncia30

Farmcia24

Unidade de Vigilncia em Sade48

Hospital/Dia - Isolado4

Central de Regulao de Servios de Sade3

Laboratrio Central de Sade Pblica2

Secretaria de Sade58

Centro de Ateno Hemoterapia e/ou Hematolgica3

Centro de Ateno Psicossocial24

Centro de Apoio Sade da Famlia4

Pronto Atendimento23

Plo Academia da Sade6

Central de Regulao Mdica das Urgncias1

Servio de Ateno Domiciliar Isolado2

Central de Regulao3

Total5427

Fonte: DATASUS -

A capital Vitria possui 23% do estabelecimentos de sade do Estado, sendo a cidade com mais participao no Complexo Econmico-Industrial da Sade no Esprito Santo

4 POLTICAS DE REGIONALIZAO DA SADE NO ESPRITO SANTO E SEUS REBATIMENTOS ECONMICOS LOCALIZADOSA regionalizao na sade, prevista constitucionalmente, uma estratgia importante para promoo de sistemas de sade eficientes e de relaes intergovernamentais mais cooperativas, visando garantia da integralidade e da eqidade na ateno sade. tambm uma estratgia importante para a promoo do desenvolvimento scio-econmico dos lugares, possibilitando a reduo das desigualdades sociais (PDR, 2011).

A diretriz da regionalizao esteve presente na poltica de sade brasileira desde as iniciativas que antecederam o SUS, como, por exemplo, em algumas experincias estaduais de constituio de distritos sanitrios, durante os anos de 1970 a 1980. Mas somente com a promulgao da Constituio Federal de 1988 que a regionalizao articulada com a descentralizao, ganha status de princpio estratgico para a organizao poltico-territorial do Sistema nico de Sade (SUS) (PDR, 2011). Assim sendo, a partir de um levantamento das caractersticas e das necessidades de sade de cada regio capixaba foi elaborado Plano Diretor de Regionalizao 2011 que propunha um modelo assistencial adotado da organizao de aes e servios de sade numa lgica de hierarquizao, articulada regionalizao e municipalizao do sistema, buscando a integralidade da assistncia e a racionalizao dos recursos, garantindo o acesso universal e igualitrio a todos os cidados. O resultado de todo esse processo foi a convivncia de trs lgicas de regionalizao no mbito da sade: consrcios intermunicipais de sade, organizao apresentada pelo PDR e aquela estabelecida pelo Governo Estadual por meio das regies poltico-administrativas (PDR, 2011).

Nessa perspectiva, com a Lei N 5.120/95 o Estado do Esprito Santo, em consonncia com a Constituio Federal adotou a diviso territorial na perspectiva de promover o planejamento e o desenvolvimento integrado entre os municpios e regies reafirmando o conceito de desenvolvimento regional como meio de alcanar o desenvolvimento econmico e social. Esta lei delimitou quatro macrorregies de planejamento: Metropolitana, Norte, Noroeste e Sul, e as sub-regies de corte microrregional, denominadas Regies Administrativas de Gesto, no interior das Regies de Planejamento. Esse desenho foi objeto de poucas revises e com a alterao final em 12 de janeiro de 2004 ficaram delimitadas as 12 microrregies administrativas dos 78 municpios do Esprito Santo (PDR, 2011).

FIGURA 22 PLANO DIRETOR DE REGIONALIZAO DA SADE NO ESPIRITO SANTO

A atual poltica de regionalizao da sade do estado do Esprito Santo tem como principais alvos: orientar o processo de planejamento em sade com base nas necessidades e caractersticas regionais; garantir o acesso, a resolutividade e a qualidade das aes e servios de sade; garantir a integralidade da ateno sade em todos os nveis; reduzir as desigualdades regionais existentes; racionalizar os gastos e otimizar a aplicao dos recursos na regio.

Para tanto, essencial que se tenha em mente a questo da construo das Redes Regionalizadas de ateno sade requer a definio de uma agenda concomitante das esferas de gesto do SUS que possibilitem construir bases slidas para a implementao das Redes Regionalizadas de Ateno Sade no SUS. Esta agenda abrange as principais questes relativas ao processo de consolidao institucional do SUS como poltica pblica de sade, dentre as quais, ressaltamos as seguintes (REDES, 2008):1. Ampliao da Resolutividade e Estratgias de Fortalecimento da Capacidade da Ateno Primria, fundamentada na Estratgia da Sade da Famlia, como coordenadora do cuidado;2. Implementao de Territrios Integrados de Ateno Sade;3. Reestruturao dos Servios de Apoio Diagnstico, da Ateno Especializada e Hospitalar;4. Implementao de Linhas de Cuidado a partir das Prioridades definidas no PACTO PELA SADE e da Poltica de Regulao;5. Implementao de aes da Poltica de Promoo Sade nas regies e macrorregies definidas no processo de territorializao; 6. Desenvolvimento do suporte logstico s redes; 7. Implementao dos dispositivos e instrumentos da Poltica Nacional de Humanizao; 8. Reviso dos Atuais Mecanismos de Transferncias Financeiras Federais e Modalidades Incentivo e de Pagamento Prestadores;9. Fortalecimento e Qualificao da Gesto Regional;10. Polticas para a Valorizao dos Trabalhadores e Gestores/Gerentes do SUS;11. Aprimoramento de Modelos Intraorganizacionais de Gerncia adotados no SUS;12. Reviso do Arcabouo Jurdico que fundamenta a organizao do SUS.

Diante do exposto, pudemos inferir que a realizao deste estudo oportuno e urgente, haja vista que vai ao encontro da premissa maior que o fortalecimento do sade como direito do capixaba, bem como revela passos importante para a universalizao do SUS enquanto poltica pblica de promoo sade. (VILLASCHI, 2012)

5 CONSIDERAES FINAIS

REFERNCIAS