diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor hélder fonseca que com o seu...

91
Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia bariátrica. Trará um programa de exercício benefícios adicionais? Filipe Daniel Oliveira da Silva Pereira Porto, 2019

Upload: others

Post on 14-Aug-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

I

Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia bariátrica. Trará um programa de exercício benefícios adicionais?

Filipe Daniel Oliveira da Silva Pereira

Porto, 2019

Page 2: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

II

Page 3: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

III

Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia bariátrica. Trará um programa de exercício benefícios adicionais?

Dissertação apresentada com vista à obtenção do 2o ciclo

em Atividade Física e Saúde, da Faculdade de Desporto da

Universidade do Porto, ao abrigo do Decreto-Lei no

74/2006, de 24 de março, na redação dada pelo Decreto-

Lei no 65/2018 de 16 de agosto

Orientador: Prof. Doutor Hélder Rui Martins Fonseca Coorientador: Prof. Doutor José́ Manuel Fernandes de Oliveira

Filipe Daniel Oliveira da Silva Pereira

Porto, 2019

Page 4: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

IV

Ficha de catalogação

Silva-Pereira, F (2019). Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia

bariátrica. Trará um programa de exercício benefícios adicionais? Porto:

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Desporto da

Universidade do Porto.

Palavras-chaves: Obesidade, Cirurgia Bariátrica, Exercício Físico, Risco

Cardiovascular

Page 5: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

V

Financiamento

A presente dissertação de Mestrado foi realizada no âmbito do Projeto BaSEIB

Clinical Trial - Bariatric Surgery and Exercise Intervention Bone Trial, financiado

pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT; PTDC/DTP-DES/0968/2014)

através de fundos nacionais e cofinanciado pelo Fundo Europeu de

Desenvolvimento Regional (FEDER) através do programa COMPETE -

Programa Operacional Fatores de Competitividade (POCI-01-0145-FEDER-

016707).

Page 6: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

VI

Page 7: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

VII

Dedicatória

Dedico este trabalho à minha família.

Em especial ao meu Pai, minha Mãe e minha namorada!

Page 8: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

VIII

Page 9: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

IX

Agradecimentos

Primeiramente agradecer ao professor José́ Oliveira e ao Florêncio Sousa, pela

oportunidade de integrar o projeto BaSEIB bem como pela ajuda de ambos e

compreensão. Aos pacientes e colegas que integraram o projeto e que por isso

também foram importantes para a conclusão desta dissertação. A eles, o meu

sincero obrigado!

Aos meus pais, Joaquim Silva e Maria José Teixeira, pelo apoio incondicional

em todas as fases da minha vida e formação, são eles a base das minhas

conquistas e de tudo o que sou hoje, devo-lhes tudo o que sou! São as pessoas

mais importantes da minha vida e às quais terei sempre a obrigação de orgulhar

e retribuir. À minha irmã, Márcia Silva, porque também foi uma peça importante

na minha vida e na minha formação académica. Sem a sua ajuda e experiência

as coisas teriam sido bem mais difíceis. Obrigado por estares sempre disponível

mana!

À minha namorada, companheira e confidente de todas as horas, Mónica

Coelho. Agradeço a compreensão, a paciência e a força dada durante todo este

percurso. Inúmeras vezes questionei se estava a fazer as coisas certas e no

caminho certo e tu sempre me desta força e lucidez para continuar a percorrer o

caminho e alcançar todos os meus objetivos. Obrigado meu amor por estares

sempre ao meu lado!

Espero que estejam todos orgulhosos!

Para finalizar, gostaria de agradecer a duas pessoas que conheci neste projeto

e que se tornaram importantíssimas e fundamentais, e que sem elas certamente

não teria conseguido concluir esta dissertação. Uma delas foi o meu orientador,

professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito.

Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda na construção e orientação

desta dissertação. Foi fantástico, obrigado professor!

Page 10: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

X

A outra pessoa que foi deveras importante em todo este processo foi o meu

parceiro e amigo Giorjines Boppre, sem ele garantidamente não teria conseguido

concluir esta dissertação. Mostrou sempre uma disponibilidade incrível para

ajudar em todo o projeto e isso garantidamente não tem preço. Esta dissertação

também é tua grande, muito obrigado por tudo!

Page 11: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XI

Índice Geral

Dedicatória VII

Agradecimentos IX

Índice Geral XI

Índice de Tabelas Xlll

Resumo XV

Abstract XVII

Lista de abreviaturas XIX

1 Introdução Geral 3

2 Revisão de Literatura

2.1. Introdução 7

2.2. Epidemiologia da obesidade 9

2.3. Impacto da obesidade na saúde 10

2.4. Eficácia das mudanças de estilo de vida (dieta e exercício) na redução do peso e do risco cardiovascular em doentes com obesidade 12

2.5. Efeitos da cirurgia bariátrica na redução do peso e dos fatores de risco cardiovascular 14

2.6. Possível efeito aditivo entre exercício físico e cirurgia bariátrica na redução dos fatores de risco cardiovascular 16

2.7. Conclusão 18

2.8. Referências bibliográficas 19

3 Estudo Experimental

Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia bariátrica. Trará um programa de exercício benefícios adicionais? 31

4 Conclusão e perspectivas futuras 61

5 Referências 65

Page 12: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XII

Page 13: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XIII

Índice de tabelas

Capítulo 3 Tabela 1 Análise descritiva dos grupos previamente à cirurgia. 46

Tabela 2

Comparação entre grupos dos parâmetros bioquímicos de risco cardiovascular

ao longo dos primeiros 12 meses após cirurgia. 47

Tabela 3 Comparação entre grupos dos parâmetros clínicos de risco cardiovascular ao

longo dos primeiros 12 meses após cirurgia. 48

Page 14: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XIV

Page 15: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XV

Resumo

A obesidade pode ser considerada como o resultado de um desequilíbrio

crónico entre a ingestão e o dispêndio energético, levando gradualmente ao

armazenamento do excesso de energia sob a forma de tecido adiposo. Esta

doença é uma ameaça crescente para a saúde pública ao atingir uma elevada

percentagem da população mundial e pelo facto de estar associada a um risco

elevado de desenvolvimento de várias comorbilidades, nomeadamente doenças

cardiovasculares, diabetes melitos tipo 2 e vários tipos de cancro, que reduzem

de forma significativa a esperança de vida do doente com obesidade, sobretudo

dos doentes com obesidade severa. A cirurgia bariátrica, ao reduzir de forma

substancial e duradoura o peso em doentes com obesidade severa, tem

demonstrado ser também eficaz na diminuição do risco cardiovascular. Existem

também amplas evidências de que o exercício físico é uma estratégia não

farmacológica bastante eficaz na diminuição do risco cardiovascular. Contudo,

não se sabe se o exercício físico é também eficaz na melhoria do perfil de risco

cardiovascular em doentes com obesidade severa após a realização de cirurgia

bariátrica. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito aditivo de um

programa de exercício físico multicomponente realizado após a cirurgia bariátrica

na diminuição de um conjunto de indicadores clínicos e bioquímicos de risco

cardiometabólico aos 6 e 12 meses de seguimento comparativamente aos

efeitos isolados da cirurgia bariátrica. Os resultados do estudo realizado,

sugerem que, aos 12 meses de seguimento, um programa de exercício físico

multicomponente não parece acrescentar benefícios adicionais na diminuição do

risco cardiometabólico comparativamente aos benefícios isolados da cirurgia

bariátrica.

Palavras-chaves: Obesidade, Cirurgia Bariátrica, Exercício Físico, Risco

Cardiovascular

Page 16: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XVI

Page 17: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XVII

Abstract

Obesity can be considered as the result of a chronic imbalance between energy intake

and expenditure, leading to a gradual accumulation of that energetic surplus as adipose

tissue. This disease is an increasingly higher public health threat as it affects a significant

percentage of the world’s population as well as due to fact that it is associated with a

high risk of development of several co morbidities such as cardiovascular diseases, type

2 diabetes and several types of cancer, reducing thereby significantly the life span of the

patient with obesity, particularly severe obesity. Bariatric surgery, by reducing in a

substantial and long-lasting way body weight in patients with severe obesity, has also

demonstrated to be very effective in reducing cardiovascular risk. In addition, there are

also ample evidences in the literature showing that physical exercise is a very effective

non-pharmacological strategy for decreasing cardiovascular risk. However, there are

lack of evidences in the literature regarding the effectiveness of physical exercise in

further improving the cardiovascular risk profile of patients with severe obesity following

bariatric surgery. The present work´s objective was to determine the possible additive

effect of a multicomponent exercise training program on the reduction of several clinical

and biochemical parameters of cardiometabolic risk at 6 and 12 months follow up

following bariatric surgery in comparison with the isolated effects of bariatric surgery

alone. The results of our study suggest that, at 12 months of post bariatric surgery follow-

up, a multicomponent exercise training intervention program was unable to further

improve the cardiometabolic risk profile of patients with severe obesity in comparison

with the benefits brought by bariatric surgery alone.

Keywords: Obesity, Bariatric Surgery, Physical Exercise, Cardiometabolic Risk

Page 18: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XVIII

Page 19: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XIX

Lista de abreviaturas

CB: cirurgia bariátrica

IMC: índice de massa corporal

DM2: diabetes mellitus tipo 2

AOS: apneia obstrutiva do sono

CV: risco cardiovascular

GLP-1: glucagon like peptide-1

SNC: sistema nervoso central

CCK: colecistoquinina

OMS: Organização Mundial da Saúde

MG: massa gorda

TAV: tecido adiposo visceral

RYGB: bypass gástrico em Y-de-Roux

PC: peso corporal

HOMA-IR: homeostatic model assessment for insulin resistance

HbA1c: hemoglobina glicada A1c

CT: colesterol total

LDL: Lipoproteína de baixa densidade

HDL: Lipoproteína de alta densidade

TG: Triglicerídeos

VO2máx: volume máximo de oxigénio NYHA: New York Heart Association

FADEUP: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

CHUSJ: Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto

GC: grupo controlo

GEx: grupo de intervenção

FC: frequência cardíaca

PA: pressão arterial

PAS: pressão arterial sistólica

PAD: pressão arterial diastólica

AST: aspartato aminotransferase

Page 20: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XX

ALT: alanina aminotransferase

Gama GT: gama glutamiltransferase

PCR: proteína C reativa

FRS: Framingham risk score for hard coronary heart disease

ACC/AHA: American College of Cardiology / American Heart Association

ANOVA: análise de variância

Page 21: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XXI

1. Introdução Geral

Page 22: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

XXII

Page 23: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

3

1. Introdução geral

A obesidade destaca-se como um dos problemas de saúde mais graves no

mundo (Yang et al., 2016). O sobrepeso e a obesidade afetam mais de 600 milhões de

pessoas em todo o mundo e o número de doentes com obesidade severa está a

aumentar (Afshin et al., 2017; Kelly, Yang, Chen, Reynolds, & He, 2008). A obesidade

é também um fator de risco associado a várias doenças crónicas, como doenças

cardiovasculares, diabetes melitos tipo 2 (DM2), doença renal crónica (Singh et al.,

2013; Wormser et al., 2011) e vários tipos de cancro (Aune et al., 2016; Yang et al.,

2016). Dos tratamentos existentes para a obesidade referidos em vários estudos

(Castañeda Gonzalez, Camberos Solís, Bacardí Gascón, & Jiménez Cruz, 2010;

Sweeting, Hocking, & Markovic, 2015; Wu, Gao, Chen, & van Dam, 2009), a cirurgia

bariátrica (CB) é considerada como o tratamento mais eficaz para doentes com

obesidade severa (Adil et al., 2018a; Gloy et al., 2013). O recurso a esta opção de

tratamento tem aumentado gradualmente ao longo dos anos tendo sido realizados em

2016 em todo o mundo cerca de 690 mil cirurgias bariátricas (Luigi Angrisani et al.,

2018). A CB é caracterizada pela perda de peso maciça e sustentada, resolução ou

melhoria significativa de várias comorbilidades associadas (Buchwald, Buchwald, &

McGlennon, 2014; Carswell, Belgaumkar, Amiel, & Patel, 2016; Philip R. Schauer et al.,

2017; Shankar et al., 2017; Sjostrom, 2013) nomeadamente melhorias significativas ou

até remissão total para DM2, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono e hipertensão

arterial (Buchwald et al., 2014; Carswell et al., 2016; Courcoulas et al., 2015; Lee & Cha,

2016; Parikh et al., 2014; P. R. Schauer et al., 2014; Shankar et al., 2017; Wilhelm,

Young, & Kale-Pradhan, 2014). Apesar da abundância de evidências relativamente aos

benefícios cardiometabolicos da CB, são ainda escassas as evidências relativamente

aos efeitos que a alteração de estilos de vida, nomeadamente a adesão a programas

de exercício físico estruturados, poderão ter na melhoria adicional do perfil de risco

cardiometabólico do doente com obesidade após a CB. De facto, é habitualmente

recomendado ao doente com obesidade que, após a cirurgia, aumente os seus níveis

de atividade física e, se possível, adira a programas de exercício estruturados e

supervisionados. Contudo, essa recomendação baseia-se sobretudo nas amplas

evidências existentes relativamente aos efeitos benéficos do exercício físico na

modificação do risco cardiovascular relativas à população geral. Contudo, relativamente

aos possíveis benefícios cardiometabolicos do exercício físico nesta população em

particular, existem ainda poucas evidências cientificas que permitam sustentar a

Page 24: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

4

prescrição de exercício físico. O presente trabalho surge na tentativa de contribuir para

a resposta a esta questão.

A presente dissertação é constituída por quatro capítulos. O primeiro capítulo é

composto por uma introdução geral, onde é feito o enquadramento do tema,

apresentados os objetivos gerais do trabalho assim como a organização do documento.

No segundo capítulo é apresentado um referencial teórico em formato de revisão

narrativa, no qual são apresentadas evidências pertinentes relacionadas com o tema da

obesidade, cirurgia bariátrica e diminuição do risco cardiovascular após cirurgia

bariátrica. O terceiro capítulo é constituído por um trabalho experimental onde são

apresentados os resultados de um programa de exercício físico multicomponente na

modificação do risco cardiovascular de doentes com obesidade submetidos a CB. Este

estudo foi realizado no âmbito num ensaio clínico aleatorizado com controlo a decorrer.

No quarto capítulo são apresentadas as principais conclusão do trabalho assim como

identificadas perspectivas futuras de investigação.

Page 25: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

5

2.Revisão de literatura

Page 26: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

6

Page 27: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

7

2.1. Introdução

O estado de saúde das populações resulta de uma combinação de fatores

ambientais, comportamentais, genéticos e fisiológicos. Nos países

industrializados sobretudo, alterações deletérias nos padrões de hábitos

alimentares e na composição dos alimentos tiveram repercussões negativas em

diversos indicadores de saúde (Malik, Willett, & Hu, 2013). O consumo

exagerado de alimentos ricos em açúcares simples, de alimentos altamente

processados e ricos em gordura saturada, a diminuição no consumo de hidratos

de carbono complexos como as fibras alimentares e legumes, associados a um

baixo dispêndio energético devido à diminuição da atividade física habitual são

importantes fatores associados ao aumento da prevalência de muitas doenças

crónicas que afetam grande parte da população, particularmente nos países

industrializados (Church et al., 2011).

As doenças crónicas são responsáveis por cerca de 80% da mortalidade

nos países europeus, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de

mortalidade (V. Gaio et al., 2018; "Obesity: preventing and managing the global

epidemic. Report of a WHO consultation," 2000). Neste contexto, a obesidade,

além de ser uma doença por si só, constitui um fator de risco para o

desenvolvimento de uma miríade de outras doenças crónicas (Barreto et al.,

2016; Vânia Gaio et al., 2017) sendo por isso considerada como um dos

problemas de saúde mais graves no mundo (Yang et al., 2016). Afeta mais de

600 milhões de pessoas em todo o mundo e o número de doentes com

obesidade grave continua a aumentar (Afshin et al., 2017; Kelly et al., 2008). É

considerada como uma doença sistémica, que resulta de um acúmulo excessivo

e anormal de gordura corporal (Abdelaal, le Roux, & Docherty, 2017), devido a

um aumento do número e volume de adipócitos pelo armazenamento excessivo

de lípidos levando, consequentemente, ao aumento do risco de desenvolvimento

de um conjunto de outras patologias das quais é um fator de risco major, como

o aumento da resistência à insulina e da diabetes melitos tipo 2 (DM2),

hipertensão arterial, (Bratberg et al., 2014) e do risco de desenvolvimento de

vários tipos de cancro (Aune et al., 2016; Yang et al., 2016).

Das estratégias existentes para o tratamento da obesidade (Castañeda

Gonzalez et al., 2010; Sweeting et al., 2015; Wu et al., 2009), a cirurgia bariátrica

Page 28: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

8

tem demonstrado ser a opção terapêutica mais eficaz no tratamento da

obesidade mórbida com IMC ≥ 40Kg/m2 ou IMC >35Kg/m2 com comorbilidades

associadas. Após a cirurgia bariátrica os doentes vivenciam uma perda de peso

significativa e sustentável, e uma melhoria em várias das comorbilidades

associadas, como DM2, hipertensão arterial e apneia obstrutiva do sono (AOS)

(Bredella, Greenblatt, Eajazi, Torriani, & Yu, 2017; Skogar, Holmback, Hedberg,

Riserus, & Sundbom, 2016) Contudo, a substancial perda de gordura corporal

após a cirurgia bariátrica leva inevitavelmente a outras alterações na composição

corporal, nomeadamente a uma perda inevitável de massa magra corporal (Otto

et al., 2016). A perda de peso em larga escala resulta também na diminuição da

força muscular dinâmica e estática (Stegen, Derave, Calders, Van Laethem, &

Pattyn, 2011).

Estas alterações podem ser deletérias para o doente porque podem

diminuir a sua capacidade funcional e, em doentes mais idosos, aumentar a

fragilidade. Podem também, a longo prazo, estar na base do reganho de peso e

do fim da remissão da DM2 observada numa percentagem significativa dos

doentes submetidos a cirurgia bariátrica (Faria, Kelly, & Faria, 2009).

O presente trabalho tem como objetivo rever as principais evidências

existentes na literatura relativamente aos efeitos da cirurgia bariátrica (CB) na

diminuição de fatores de risco cardiovascular em doentes com obesidade

mórbida assim como identificar as evidências na literatura que possam sugerir

que um programa de exercício físico após a cirurgia bariátrica é capaz de

acrescentar benefícios adicionais ao doente, em termos de diminuição de peso

e melhoria do perfil de risco cardiometabólico, comparativamente aos efeitos

isolados da cirurgia per se. Foi feita, para dar resposta a este objetivo, uma

revisão narrativa dos estudos recentes acerca da epidemiologia da obesidade,

do impacto da obesidade na saúde, na eficácia das mudanças de estilo de vida

(dieta e exercício) na redução do peso e do risco cardiovascular (CV) em doentes

com obesidade assim como acerca dos efeitos da cirurgia bariátrica na redução

do peso e dos fatores de risco cardiovascular e do possível efeito aditivo dos

benefícios entre exercício e cirurgia bariátrica.

Page 29: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

9

2.2. Epidemiologia da obesidade

A epidemia da obesidade é uma ameaça crescente para a saúde publica

ao atingir uma elevada percentagem da população mundial (Harper & Zisman,

2016; Kushner, 2014). A sua prevalência está a aumentar na maioria dos países,

sobretudo em países com nível socioeconómico médio e alto (Gulliford et al.,

2016). Em 2016, mais de 1.9 biliões de adultos com idade superior ou igual a 18

anos apresentavam excesso de peso. Destes, mais de 650 milhões tinham

obesidade (WHO, 2018). Se a tendência de aumento observada da prevalência

da obesidade persistir, estima-se que até 2030 o número absoluto de doentes

com obesidade poderá aumentar para um total de 1.12 biliões, representando

20% da população adulta mundial (Kelly et al., 2008).

A obesidade, de uma forma geral e simplificada, pode ser considerada

como o resultado de um desequilíbrio crónico entre a ingestão e o dispêndio

energético, levando gradualmente ao armazenamento do excesso de energia

sob a forma de tecido adiposo. Este, por sua vez, não atua como um mero

repositório de lípidos, desempenhando um papel fisiopatológico relevante no

aparecimento e desenvolvimento de múltiplas patologias, que emergem como

resultado da interação complexa entre fatores genéticos, metabólicos,

nutricionais e ambientais (Baqai & Wilding, 2015; De Lorenzo et al., 2016; Skolnik

& Ryan, 2014).

De acordo com alguns autores (Zhang et al., 2014), estão envolvidos na

sua etiologia mecanismos fisiopatológicos centrais, como alterações na

regulação dos circuitos cerebrais associados à fome e saciedade e disfunção do

sistema neuroendócrino, nomeadamente alterações na sinalização da Leptina.

A regulação do balanço energético envolve sinais endócrinos periféricos, como

a leptina, grelina e peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1), que transmitem

informação sobre o estado da ingestão alimentar e das reservas de energia para

o sistema nervoso central (SNC). O SNC recebe esses sinais e através de vários

circuitos neuronais e neurotransmissores ajusta o dispêndio energético e os

comportamentos no sentido da ingestão ou não alimentos (Baqai & Wilding,

2015; Skolnik & Ryan, 2014).

As hormonas periféricas do sistema nervoso central (SNC), participam no

controlo do apetite e na ingestão de alimentos, recompensa alimentar ou vício.

Page 30: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

10

Ambos, alimentos palatáveis e drogas são capazes de ativar o sistema

mesolímbico de recompensa baseado na dopamina que é essencial para a

perpetuação de comportamentos aditivos, tanto em humanos como em outros

animais. Sinais de fome e saciedade do tecido adiposo (leptina), pâncreas

(insulina), e no trato gastrointestinal como a colocistoquinina (CCK), peptídeo

semelhante ao glucagon-1 (GLP-1), peptídeo YY e grelina (Zhang et al., 2014),

que estimulam nervos sensoriais e fornecem informações imediatas sobre o

conteúdo nutricional dos alimentos ingeridos (Hopkins & Blundell, 2016).

O hipotálamo é o centro regulador do apetite e da homeostase energética

e recebe a entrada de todos os órgãos periféricos, bem como caminhos neurais

e tronco cerebral. Os peptídeos orexigênicos e anorexigênicos são os principais

integradores de várias informações nutricionais. Ambos os tipos de péptidos são

diretamente e diferencialmente sensíveis a hormonas tais como leptina, insulina

e grelina, mas também a metabolitos, incluindo glicose, ácidos gordos e

aminoácidos (Skolnik & Ryan, 2014).

O diagnostico e a classificação da severidade da obesidade é feita através

do cálculo do índice de massa corporal (IMC). O IMC é definido com a razão

entre o peso do individuo em Kg, e o quadrado da sua altura em metros, ou seja,

IMC=Kg.m-². A Organização Mundial da Saúde (OMS) define sobrepeso como

IMC ≥ 25 kg/m² e obesidade grau 1 como IMC ≥ 30 kg/m² (WHO, 2018). Em

termos de classificação da gravidade, a obesidade pode ser ainda classificada

como obesidade grau 2 ou grave se IMC ≥ 35 kg/m², obesidade grau 3 ou

mórbida se IMC ≥ 40 kg/m² e super obesidade se IMC ≥ 50 kg/m² (Livhits et al.,

2010).

2.3. Impacto da obesidade na saúde

A obesidade é um fator de risco para várias outras patologias e,

consequentemente, está associada ao surgimento de várias outras

comorbilidades, como risco aumentado de desenvolvimento de alguns tipos de

cancro, do desenvolvimento de doenças cardiovasculares, de DM2, hipertensão

arterial e apneia obstrutiva do sono(Quintas-Neves, Preto, & Drummond, 2016).

Neste contexto, o tecido adiposo visceral parece ser aquele que representa um

maior risco, sendo um fator de risco independente para o desenvolvimento de

Page 31: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

11

várias das doenças associadas ao sobrepeso e a obesidade (Silva et al., 2015).

Por esta razão, os doentes com obesidade têm, de uma forma geral, uma menor

esperança média de vida comparativamente à população normoponderal (Silva

et al., 2015).

Os efeitos atribuídos ao excesso de peso e obesidade sobre a saúde têm

vindo a ser extensivamente estudados ao longo dos anos. Flegal et al, num

estudo de revisão sistemática e meta análise, concluíram que a obesidade de

grau 2 e 3 estava significativamente associada a taxas elevadas de mortalidade

por todas as causas comparativamente a sujeitos com peso normal. Contudo, a

obesidade grau 1 não parece estar associada com risco aumentado de

mortalidade, o que sugere que o risco de mortalidade na obesidade se verifica

apenas para níveis mais elevados de IMC (Flegal, Kit, Orpana, & Graubard,

2013).

Um IMC elevado é um importante fator de risco para o desenvolvimento

de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, dislipidemia e aumento da

resistência à insulina (Lu et al., 2014). A maioria das mortes atribuíveis ao

sobrepeso e à obesidade estão relacionadas com causas cardiovasculares

(Plourde, Sarrazin, Nault, & Poirier, 2014). Estudos de revisão sistemática (Ng et

al., 2014) sugerem que 31% do risco de desenvolvimento de doença arterial

coronária e 8% do risco de mortalidade por acidente vascular cerebral

associados à obesidade são mediados pela hipertensão arterial e dislipidemia

que lhe estão associadas.

A obesidade contribui também para uma maior incidência ou morte por

tumor do cólon, da mama (em mulheres pós-menopáusicas), do endométrio, de

células renais, adenocarcinoma do esófago e do cárdia, tumor do pâncreas, da

vesícula biliar, hepatocarcinoma e, possivelmente, outros tumores (Zhang et al.,

2014). Um estudo demonstrou também (Crean-Tate & Reizes, 2018) que um

IMC >40 Kg/m2 está associado a um risco até seis vezes maior de desenvolver

cancro do endometrio e com um aumento de 9.2% na mortalidade deste, por

cada aumento de 10% do valor de IMC. A obesidade é também um fator de risco

major para o desenvolvimento de apneia obstrutiva do sono e, dos pacientes

com apneia obstrutiva do sono, cerca de dois em cada três têm obesidade

(Tuomilehto, Seppa, & Uusitupa, 2013).

Page 32: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

12

2.4. Eficácia das mudanças de estilo de vida (dieta e exercício) na redução do peso e do risco cardiovascular em doentes com obesidade

Vários estudos têm investigado a eficácia de diferentes estratégias para

a perda de peso no tratamento de pacientes com obesidade, nomeadamente

modificações do estilo de vida, terapias farmacológicas, dietas hipocalóricas e

programas de exercícios, estratégias frequentemente utilizadas para reduzir o

peso corporal nessa população (Pucci & Finer, 2015).

Uma revisão sistemática, demonstrou que as estratégias de modificação

do comportamento e estilo de vida foram moderadamente eficazes na

manutenção da perda de peso aos 24 meses (Dombrowski, Knittle, Avenell,

Araujo-Soares, & Sniehotta, 2014). No entanto, estratégias de dieta, exercício e

farmacológica indicam que a perda máxima de peso é atingida aos 6 meses,

com a maioria dos indivíduos recuperando o peso a partir de então (Ulen,

Huizinga, Beech, & Elasy, 2008).

Outra revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados que

investigou a eficácia, a longo prazo, de tratamentos farmacológicos na perda de

peso, revelou que a eficácia da farmacoterapia é, também, modesta. A

recuperação do excesso de peso perdido é a regra após a interrupção do

tratamento e os frequentes efeitos adversos associados aos fármacos,

conjugados com os elevados custos dos mesmos, são fatores que

desincentivam o uso generalizado da farmacoterapia no tratamento da

obesidade (Castañeda Gonzalez et al., 2010). Um estudo recente de revisão

(Sweeting et al., 2015) sugere que, a limitada eficácia da farmacoterapia no

tratamento da obesidade poderá estar também associada a mecanismos

neuroendócrinos contrarreguladores que levam a uma falência do tratamento e

que promovem uma recuperação do excesso de peso perdido.

A respeito da utilização da dieta como estratégia na redução do peso, um

ensaio clínico randomizado em 609 adultos com sobrepeso, reportou que não

houve diferença significativa na perda de peso aos 12 meses entre as dietas com

baixo teor de gordura (-5,3 kg) e com baixo teor de carboidratos (-6,0 kg) e nem

o padrão genotípico nem a secreção basal de insulina foram associados aos

efeitos dietéticos na perda de peso (Gardner et al., 2018).

Page 33: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

13

A restrição energética intermitente é promovida também como uma

estratégia útil para alcançar a perda de peso e melhorar o perfil metabólico e o

risco de doença cardiovascular (Davis et al., 2016; Headland, Clifton, Carter, &

Keogh, 2016; Seimon et al., 2015; Tinsley & La Bounty, 2015).

Recentemente uma revisão mostrou que, a substituição de alguns

carboidratos por proteínas parece aumentar a manutenção do peso ao longo de

12 meses e, além disso, reduz os triglicerídeos séricos e a pressão arterial. Este

estudo reportou também que uma dieta líquida muito baixa em calorias produz

uma excelente perda de peso a curto prazo, mas a perda de peso a longo prazo

é diferente da dieta menos restritiva. A perda de peso foi associada a diminuição

dos eventos cardiovasculares e a mortalidade total (Clifton & Keogh, 2018).

A variabilidade da resposta à perda de peso, sugere que algumas

estratégias podem funcionar melhor para alguns indivíduos do que para outros

e que nenhuma dieta deve ser recomendada universalmente (Field, Camargo, &

Ogino, 2013).

A conjugação dieta mais exercício visando a perda de peso é também

uma estratégia frequentemente reportada na literatura. Uma meta-análise que

comparou a eficácia de duas intervenções para diminuição do peso em doentes

com obesidade, dieta mais exercício versus dieta, a longo e a curto prazo,

demonstrou que um programa combinado de dieta mais exercício físico resultou

numa maior diminuição de peso a longo prazo comparativamente a um programa

de dieta, apenas. Contudo, ambos os programas estiveram associados a uma

recuperação significativa do peso inicialmente perdido (Wu et al., 2009).

A influência do exercício na manutenção da perda de peso a longo prazo

é conhecida há já vários anos (Sánchez Ortega, Sánchez Juan, & Alfonso

García, 2014). O exercício regular aumenta a oxidação de lípidos, induzindo a

perda de massa gorda e aumentando o dispêndio energético. Além disso, o

exercício tem um efeito positivo sobre a saúde física e mental, aumento da

sensibilidade à insulina, perfil lipídico, humor, cognição, memória e sono (Bajer,

Vlcek, Galusova, Imrich, & Penesova, 2015).

Exercício físico e dieta são frequentemente prescritos quando o objetivo

é baixar o peso corporal e massa gorda (MG) (Wu et al., 2009). Uma revisão

sistemática, também mostrou que tanto o exercício quanto a dieta reduzem o

tecido adiposo visceral (TAV) e que uma perda de 5% no peso corporal está

Page 34: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

14

associada a uma redução de 21,3% do TAV após exercício físico e associada a

uma redução de 13,4% no TAV após uma dieta hipocalórica (Verheggen et al.,

2016).

Contudo, a manutenção da perda de peso é reconhecida como o

verdadeiro desafio no tratamento da obesidade. De facto, embora estratégias

que atuam na perda de peso visando modificações do comportamento e dos

estilos de vida, dieta e exercício físico produzam perda de peso clinicamente

significativas, os seus benefícios a longo prazo parecem ser limitados, pois os

estudos acima reportados, mostram que mais da metade dos indivíduos com

obesidade retornam ao seu peso inicial após cessarem o tratamento, mostrando

de certa forma uma baixa eficácia dessas estratégias.

2.5. Efeitos da cirurgia bariátrica na redução do peso e dos fatores de risco cardiovascular

Embora a prevalência de obesidade esteja a estabilizar, a obesidade

grave continua a aumentar (Skinner & Skelton, 2014). A cirurgia bariátrica (CB)

é uma opção de tratamento cirúrgico em doentes com obesidade grave (Bredella

et al., 2017). Na última década, o número de CB realizadas em todo o mundo

aumentou exponencialmente (Wilms, Ernst, Thurnheer, Weisser, & Schultes,

2012), sendo que atualmente o bypass gástrico em Y-de-Roux (RYGB) é o

procedimento bariátrico mais frequentemente realizado em todo o mundo (L.

Angrisani et al., 2017).

O RYGB envolve a criação de uma pequena bolsa gástrica que é

anastomosada diretamente ao jejuno proximal, por um lado restringindo a

quantidade de alimento ingerido e, por outro, diminuindo a absorção de

nutrientes ao longo do jejuno e Ílion (Acquafresca, Palermo, Rogula, Duza, &

Serra, 2015). Este procedimento resulta numa perda de peso significativa,

rápida e sustentável a longo prazo, assim como na melhoria de várias das

comorbilidades associadas à obesidade como DM2, hipertensão arterial e

apneia obstrutiva do sono (Bredella et al., 2017; Skogar et al., 2016). Nora e

colaboradores (Nora et al., 2016) mostraram que, o peso corporal (PC) e o índice

de massa corporal (IMC) diminuíram significativamente após a CB, tendo-se

verificado a perda de peso máxima aos 12 meses após cirurgia (79.9±12.6 kg, e

Page 35: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

15

30.8±5.1 Kg.m-2; p=<0.005), apesar de um aumento não significativo do peso

aos 24 meses. No entanto, a redução do peso corporal após CB resulta em

grandes mudanças na composição corporal, particularmente numa redução

abrupta da massa gorda, mas também na massa magra (Otto et al., 2016).

Vaurs e colaboradores mostraram que, aos três meses após cirurgia

bariátrica, os doentes perderam cerca de 20.3 kg de peso corporal, 41% de

massa magra e 59% de massa gorda. A contribuição da perda de massa

muscular para perda de peso corporal foi de 16.4%. A análise dos grupos

mostrou que 52 doentes perderam <15% do seu peso em massa muscular,

enquanto 62 doentes perderam >15% do seu peso em massa muscular. Aos 12

meses, os doentes perderam cerca de 37 kg de peso corporal, o que

correspondeu a uma perda de cerca de 70% de massa gorda e cerca de 30% de

massa magra (Vaurs et al., 2015).

De acordo com a acentuada perda de peso que ocorre após a CB, vários

estudos mostram que a CB promove a melhora de várias comorbidades

associadas à obesidade (Buchwald et al., 2014; Carswell et al., 2016; Pournaras

et al., 2010; Shankar et al., 2017). Uma revisão sistemática e meta-análise

realizada por Buchwald e colaboradores (Buchwald et al., 2014) mostra que a

taxa de resolução da DM2 varia entre 75 e 92%, da resolução da dislipidemia

entre 34% e 77%, da resolução da apeia obstrutiva do sono de 91% e da

resolução da hipertensão arterial de 58%.

Após o seguimento de 6 meses sobre os efeitos do RYGB na DM2, Parikh

e colaboradores (Parikh et al., 2014) observaram remissão da DM2, melhoria

do índice HOMA-IR (Homeostatic Model Assessment for Insulin Resistance),

diminuição da hemoglobina glicada A1c (HbA1c), da glicemia em jejum e da

necessidade de utilização de fármacos antidiabéticos (Parikh et al., 2014).

Schauer e colaboradores, 1 ano após a realização de RYGB, verificou também

a diminuição da necessidade de utilização de fármacos antidiabéticos (P. R.

Schauer et al., 2012). Ao fim de um ano de seguimento após CB, Cummings e

colaboradores (Cummings et al., 2016) observaram também uma remissão da

DM2 em 60% dos doentes e da necessidade de utilização de fármacos

antidiabéticos.

Outro estudo (Halperin et al., 2014) também revelou que a CB levou à

remissão da DM2 em 60% dos doentes ao fim de 1 ano de seguimento. Estudos

Page 36: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

16

com a duração de 2 anos realizados por Dixon et al e Mingrone et al,verificaram

também uma remissão de 73% e 75% respetivamente da DM2 nos pacientes

após CB (Dixon et al., 2008; Mingrone et al., 2012). Schauer et al e Courcoulas

et al verificaram também remissão da DM2 e da necessidade de utilização de

fármacos antidiabéticos orais aos 3 anos de seguimento após RYGB.

Relativamente aos efeitos da CB nos lípidos plasmáticos, uma meta-

análise recente (Carswell et al., 2016) mostrou que ao fim de um mês após CB

ocorre uma diminuição significativa da concentração de colesterol total (CT) e

LDL e que aos 3 meses, se verifica também uma redução significativa na

concentração de triglicerídeos. O mesmo estudo sugere que a concentração de

HDL tende a aumentar 1 ano após a cirurgia.

Um estudo de Shankar et al., sobre as melhorias metabólicas após bypass

gastrico em Y-de-Roux concluíu que os valores da depuração da insulina

hepática aumentaram significativamente no 3º dia após a cirurgia (13.7±1.2%)

comparativamente ao momento pré-cirurgia. Em sentido oposto, os TG e CT

foram significativamente menores às 2 semanas após a cirurgia. O HDL reduziu

significativamente a partir de 1 semana após a cirurgia, mas não houve mudança

significativa no LDL (Shankar et al., 2017).

Uma revisão sistemática destacou evidências na regressão da hipertrofia

ventricular esquerda e melhora da função diastólica. Este achado sugere

benefícios adicionais da CB e na melhoria na saúde cardiovascular dos doentes

submetidos a CB (Amanda R. Vest, Helen M. Heneghan, Shikhar Agarwal, Philip

R. Schauer, & James B. Young, 2012). Uma meta-análise concluiu que, em 57

estudos, 32 relatavam uma melhoria da hipertensão arterial em doentes com

obesidade submetidos a CB (Wilhelm et al., 2014). Um estudo de revisão recente

que foca os efeitos da CB no perfil de risco cardiovascular de doentes com

obesidade conclui que, aos 12 meses de seguimento após CB, 46% dos doentes

têm remissão completa da hipertensão arterial (Lee & Cha, 2016).

2.6. Possível efeito aditivo entre exercício físico e cirurgia bariátrica na redução dos fatores de risco cardiovascular

Existe evidência de que o tempo sedentário, independentemente da

atividade física moderada-vigorosa, está associado a vários marcadores de

Page 37: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

17

saúde cardiometabólica em adultos com obesidade grave antes da CB (King et

al., 2016). Neste caso, o exercício poderá desempenhar um papel importante

como terapia auxiliar no tratamento de doentes submetidos a CB, com o intuito

de equilibrar os riscos e benefícios do RYGB (Lanza, 2015).

Para a população com obesidade existem evidências na literatura de que

um programa de 12 semanas de treino aeróbio, iniciado 4 meses após a CB, é

capaz de promover a melhoria da modulação autonómica cardíaca e da

capacidade funcional (V. Castello et al., 2011). Stegen e colaboradores

investigaram o efeito da CB na condição física com o intuito de determinar se um

programa de exercício físico, nos primeiros 4 meses após a cirurgia, seria

benéfico. Os resultados do seu estudo mostram que, um programa de exercício

físico intensivo é eficaz a impedir a diminuição da força muscular estática e

dinâmica nos primeiros 4 meses após a CB e que deve ser promovido,

considerando o fato de que a aptidão física não melhora apenas com a perda de

peso (Stegen et al., 2011).

Estudos controlados e randomizados têm investigado o efeito aditivo do

exercício em doentes com obesidade submetidos a CB. Mundjerg e colaborados,

num estudo controlado com sessenta doentes submetidos a RYGB e em que

alguns destes doentes participaram de seguida num programa de treino com

duração de 6 meses onde foi avaliada a capacidade aeróbica (VO2máx) e força

muscular no momento pré-operatório e aos 6, 12 e 24 meses após a CB, verificou

que os doentes do grupo que realizou exercício tiveram um aumento significativo

no VO2máx e na força muscular dos adutores da anca em comparação com o

grupo de controlo. Contudo os efeitos do exercício não foram observados

durante o seguimento aos 24 meses após o fim do programa de exercício

(Mundbjerg, Stolberg, Bladbjerg, et al., 2018). Outro estudo do mesmo grupo

avaliou também os efeitos, no peso corporal e nos fatores de risco

cardiovascular, de um programa de exercício físico supervisionado com 6 meses

de duração após RYGB. Neste trabalho verificou-se que RYGB reduziu

significativamente o peso corporal e melhorou os fatores de risco cardiovascular.

Contudo, o programa de exercício induziu uma redução adicional do peso

corporal, em média de 4.2 kg em comparação com o efeito isolado da CB.

Adicionalmente, a concentração de HDL foi também significativamente maior nos

doentes que participaram no programa de exercício. Contudo, aos 24 meses de

Page 38: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

18

seguimento, os efeitos aditivos do exercício e da cirurgia já não eram

identificáveis (Mundbjerg, Stolberg, Cecere, et al., 2018).

Relativamente ao efeito aditivo do exercício e da CB na sensibilidade à

insulina e aptidão cardiorrespiratória os resultados de um ensaio clínico

randomizado, mostram que os doentes que participaram num programa de

exercício perderam significativamente mais peso corporal, mais massa gorda

total e tecido adiposo subcutâneo na região abdominal em comparação com o

grupo que apenas realizou CB. Adicionalmente, verificou-se também uma

melhoria da sensibilidade à insulina e da aptidão cardiorrespiratória (VO2max)

nos doentes que realizaram exercício após a cirurgia comparativamente aos

doentes que apenas foram submetidos a CB (Woodlief et al., 2015).

Um estudo piloto que avaliou os efeitos de um programa de exercício

físico na aptidão cardiorrespiratória e na função pulmonar de mulheres com

obesidade submetidas a CB verificou que todas as doentes tiveram uma redução

significativa das medidas antropométricas e um aumento da função pulmonar

após a cirurgia. Contudo, apenas as doentes que participaram no programa de

exercício é que apresentaram um aumento significativo no VO2pico (Onofre et al.,

2017). Adicionalmente, o treino de resistência supervisionado auxilia na melhoria

da força muscular e da autonomia funcional, aumentando a capacidade do

paciente em realizar atividades da vida diária após a CB (Huck, 2015).

2.7. Conclusão

No que diz respeito às opções terapêuticas existentes atualmente para o

tratamento da obesidade, a cirurgia bariátrica é descrita na literatura como uma

opção eficaz a longo prazo no tratamento da obesidade e das comorbilidades

associadas comparativamente a métodos farmacológicos e não farmacológicos,

dietas e programas de exercício, atuando eficientemente na redução do peso

corporal total, bem como da diminuição da massa gorda. Adicionalmente, parece

ser muito eficaz na melhoria das comorbilidades associadas à obesidade e na

redução da maioria dos fatores de risco cardiovasculares que lhe estão

associados. Apesar de existirem várias evidências na literatura acerca do tipo e

magnitude das mudanças após a CB no que respeita à diminuição do risco

cardiovascular, existem ainda várias questões em discussão. Nomeadamente,

Page 39: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

19

sobre a existência de evidências experimentais relativamente aos benefícios

adicionais de um programa de exercício na diminuição dos fatores de risco

cardiovasculares em doentes obesos submetidos a CB. Até ao momento, a

maioria dos estudos realizados, monitoriza as alterações promovidas pela soma

de duas estratégias de tratamento na diminuição dos fatores de risco

cardiovasculares, tipicamente 3 a 6 meses após, o que pode limitar a capacidade

de compreender o momento a partir do qual as alterações começam a

manifestar-se de forma significativa.

2.8. Referências bibliográficas

Abdelaal, M., le Roux, C. W., & Docherty, N. G. (2017). Morbidity and mortality

associated with obesity. Annals of Translational Medicine, 5(7), 161.

doi:10.21037/atm.2017.03.107

Acquafresca, P. A., Palermo, M., Rogula, T., Duza, G. E., & Serra, E. (2015).

Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva : ABCD = Brazilian archives of

digestive surgery. Arq Bras Cir Dig, 28(1), 74-80. doi:10.1590/s0102-

67202015000100019

Afshin, A., Forouzanfar, M. H., Reitsma, M. B., Sur, P., Estep, K., Lee, A., . . .

Murray, C. J. L. (2017). Health Effects of Overweight and Obesity in 195

Countries over 25 Years. N Engl J Med, 377(1), 13-27.

doi:10.1056/NEJMoa1614362

Angrisani, L., Santonicola, A., Iovino, P., Vitiello, A., Zundel, N., Buchwald, H., &

Scopinaro, N. (2017). Bariatric Surgery and Endoluminal Procedures:

IFSO Worldwide Survey 2014. Obes Surg, 27(9), 2279-2289.

doi:10.1007/s11695-017-2666-x

Aune, D., Sen, A., Prasad, M., Norat, T., Janszky, I., Tonstad, S., . . . Vatten, L.

J. (2016). BMI and all cause mortality: systematic review and non-linear

dose-response meta-analysis of 230 cohort studies with 3.74 million

deaths among 30.3 million participants. BMJ, 353, i2156.

doi:10.1136/bmj.i2156

Bajer, B., Vlcek, M., Galusova, A., Imrich, R., & Penesova, A. (2015). Exercise

associated hormonal signals as powerful determinants of an effective fat

mass loss. Endocr Regul, 49(3), 151-163.

Page 40: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

20

Baqai, N., & Wilding, J. P. H. (2015). Obesity and metabolic complications:

Pathophysiology and aetiology of obesity. Medicine (Baltimore), 43, 73-

76. doi:10.1016/j.mpmed.2014.11.016

Barreto, M., Gaio, V., Kislaya, I., Antunes, L., Rodrigues, A. P., Silva, A. C., . . .

Namorado, S. (2016). 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico

(INSEF 2015): Estado de Saúde.

Bratberg, J. A., Bulut, E., Rieck, A. E., Lonnebakken, M. T., Hetland, T., & Gerdts,

E. (2014). Determinants of systolic blood pressure response during

exercise in overweight subjects. Blood Press, 23(4), 200-205.

doi:10.3109/08037051.2013.858477

Bredella, M. A., Greenblatt, L. B., Eajazi, A., Torriani, M., & Yu, E. W. (2017).

Effects of Roux-en-Y gastric bypass and sleeve gastrectomy on bone

mineral density and marrow adipose tissue. Bone, 95, 85-90.

doi:10.1016/j.bone.2016.11.014

Buchwald, H., Buchwald, J. N., & McGlennon, T. W. (2014). Systematic review

and meta-analysis of medium-term outcomes after banded Roux-en-Y

gastric bypass. Obes Surg, 24(9), 1536-1551. doi:10.1007/s11695-014-

1311-1

Carswell, K. A., Belgaumkar, A. P., Amiel, S. A., & Patel, A. G. (2016). A

Systematic Review and Meta-analysis of the Effect of Gastric Bypass

Surgery on Plasma Lipid Levels. Obes Surg, 26(4), 843-855.

doi:10.1007/s11695-015-1829-x

Castañeda Gonzalez, L., Camberos Solís, R., Bacardí Gascón, M., & Jiménez

Cruz, A. (2010). Long-term randomized clinical trials of pharmacological

treatment of obesity: Systematic review. Revisión sistemática de estudios

clínicos aleatorios sobre el tratamiento farmacológico a largo plazo para

la obesidad., 41(1), 41.17-25.

Castello, V., Simoes, R. P., Bassi, D., Catai, A. M., Arena, R., & Borghi-Silva, A.

(2011). Impact of aerobic exercise training on heart rate variability and

functional capacity in obese women after gastric bypass surgery. Obes

Surg, 21(11), 1739-1749. doi:10.1007/s11695-010-0319-4

Church, T. S., Thomas, D. M., Tudor-Locke, C., Katzmarzyk, P. T., Earnest, C.

P., Rodarte, R. Q., . . . Bouchard, C. (2011). Trends over 5 decades in

Page 41: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

21

U.S. occupation-related physical activity and their associations with

obesity. PLoS ONE, 6(5), e19657. doi:10.1371/journal.pone.0019657

Clifton, P. M., & Keogh, J. B. (2018). Effects of Different Weight Loss Approaches

on CVD Risk. Curr Atheroscler Rep, 20(6), 27. doi:10.1007/s11883-018-

0728-8

Crean-Tate, K. K., & Reizes, O. (2018). Leptin Regulation of Cancer Stem Cells

in Breast and Gynecologic Cancer. Endocrinology. doi:10.1210/en.2018-

00379

Cummings, D. E., Arterburn, D. E., Westbrook, E. O., Kuzma, J. N., Stewart, S.

D., Chan, C. P., . . . Flum, D. R. (2016). Gastric bypass surgery vs

intensive lifestyle and medical intervention for type 2 diabetes: the

CROSSROADS randomised controlled trial. Diabetologia, 59(5), 945-953.

doi:10.1007/s00125-016-3903-x

Davis, C. S., Clarke, R. E., Coulter, S. N., Rounsefell, K. N., Walker, R. E., Rauch,

C. E., . . . Ryan, L. (2016). Intermittent energy restriction and weight loss:

a systematic review. Eur J Clin Nutr, 70(3), 292-299.

doi:10.1038/ejcn.2015.195

De Lorenzo, A., Soldati, L., Sarlo, F., Calvani, M., Di Lorenzo, N., & Di Renzo, L.

(2016). New obesity classification criteria as a tool for bariatric surgery

indication. World J Gastroenterol, 22(2), 681-703.

doi:10.3748/wjg.v22.i2.681

Dixon, J. B., O'Brien, P. E., Playfair, J., Chapman, L., Schachter, L. M., Skinner,

S., . . . Anderson, M. (2008). Adjustable gastric banding and conventional

therapy for type 2 diabetes: a randomized controlled trial. Jama, 299(3),

316-323. doi:10.1001/jama.299.3.316

Dombrowski, S. U., Knittle, K., Avenell, A., Araujo-Soares, V., & Sniehotta, F. F.

(2014). Long term maintenance of weight loss with non-surgical

interventions in obese adults: systematic review and meta-analyses of

randomised controlled trials. Bmj, 348, g2646. doi:10.1136/bmj.g2646

Faria, S. L., Kelly, E., & Faria, O. P. (2009). Energy expenditure and weight regain

in patients submitted to Roux-en-Y gastric bypass. Obes Surg, 19(7), 856-

859. doi:10.1007/s11695-009-9842-6

Page 42: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

22

Field, A. E., Camargo, C. A., Jr., & Ogino, S. (2013). The merits of subtyping

obesity: one size does not fit all. Jama, 310(20), 2147-2148.

doi:10.1001/jama.2013.281501

Flegal, K. M., Kit, B. K., Orpana, H., & Graubard, B. I. (2013). Association of all-

cause mortality with overweight and obesity using standard body mass

index categories: a systematic review and meta-analysis. Jama, 309(1),

71-82. doi:10.1001/jama.2012.113905

Gaio, V., Antunes, L., Namorado, S., Barreto, M., Gil, A., Kyslaya, I., . . . Dias, C.

M. (2018). Prevalence of overweight and obesity in Portugal: Results from

the First Portuguese Health Examination Survey (INSEF 2015). Obes Res

Clin Pract, 12(1), 40-50. doi:10.1016/j.orcp.2017.08.002

Gaio, V., Antunes, L., Namorado, S., Barreto, M., Gil, A., Kyslaya, I., . . . Dias, C.

M. (2017). Prevalence of overweight and obesity in Portugal: Results from

the First Portuguese Health Examination Survey (INSEF 2015). Obes Res

Clin Pract. doi:https://doi.org/10.1016/j.orcp.2017.08.002

Gardner, C. D., Trepanowski, J. F., Del Gobbo, L. C., Hauser, M. E., Rigdon, J.,

Ioannidis, J. P. A., . . . King, A. C. (2018). Effect of Low-Fat vs Low-

Carbohydrate Diet on 12-Month Weight Loss in Overweight Adults and the

Association With Genotype Pattern or Insulin Secretion: The DIETFITS

Randomized Clinical Trial. Jama, 319(7), 667-679.

doi:10.1001/jama.2018.0245

Gulliford, M. C., Charlton, J., Booth, H. P., Fildes, A., Khan, O., Reddy, M., . . .

Rudisill, C. (2016). Health Services and Delivery Research. Costs and

outcomes of increasing access to bariatric surgery for obesity: cohort

study and cost-effectiveness analysis using electronic health records.

doi:10.3310/hsdr04170

Halperin, F., Ding, S. A., Simonson, D. C., Panosian, J., Goebel-Fabbri, A.,

Wewalka, M., . . . Goldfine, A. B. (2014). Roux-en-Y gastric bypass surgery

or lifestyle with intensive medical management in patients with type 2

diabetes: feasibility and 1-year results of a randomized clinical trial. JAMA

Surg, 149(7), 716-726. doi:10.1001/jamasurg.2014.514

Harper, J. W., & Zisman, T. L. (2016). Interaction of obesity and inflammatory

bowel disease. World J Gastroenterol, 22(35), 7868-7881.

doi:10.3748/wjg.v22.i35.7868

Page 43: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

23

Headland, M., Clifton, P. M., Carter, S., & Keogh, J. B. (2016). Weight-Loss

Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis of Intermittent Energy

Restriction Trials Lasting a Minimum of 6 Months. Nutrients, 8(6).

doi:10.3390/nu8060354

Hopkins, M., & Blundell, J. E. (2016). Energy balance, body composition,

sedentariness and appetite regulation: pathways to obesity. Clin Sci

(Lond), 130(18), 1615-1628. doi:10.1042/cs20160006

Huck, C. J. (2015). Effects of supervised resistance training on fitness and

functional strength in patients succeeding bariatric surgery. J Strength

Cond Res, 29(3), 589-595. doi:10.1519/jsc.0000000000000667

Kelly, T., Yang, W., Chen, C. S., Reynolds, K., & He, J. (2008). Global burden of

obesity in 2005 and projections to 2030. Int J Obes (Lond), 32(9), 1431-

1437. doi:10.1038/ijo.2008.102

King, W. C., Chen, J.-Y., Courcoulas, A. P., Mitchell, J. E., Wolfe, B. M.,

Patterson, E. J., . . . Belle, S. H. (2016). Objectively-measured sedentary

time and cardiometabolic health in adults with severe obesity. Prev Med,

84(Supplement C), 12-18.

doi:https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2015.12.007

Kushner, R. F. (2014). Weight Loss Strategies for Treatment of Obesity. Progress

in Cardiovascular Diseases, 56(4), 465-472.

doi:http://doi.org/10.1016/j.pcad.2013.09.005

Lanza, I. R. (2015). Enhancing the Metabolic Benefits of Bariatric Surgery:

Tipping the Scales With Exercise. Diabetes, 64(11), 3656-3658.

doi:10.2337/dbi15-0018

Lee, G. K., & Cha, Y.-M. (2016). Cardiovascular benefits of bariatric surgery.

Trends in Cardiovascular Medicine, 26(3), 280-289.

doi:https://doi.org/10.1016/j.tcm.2015.07.006

Livhits, M., Mercado, C., Yermilov, I., Parikh, J. A., Dutson, E., Mehran, A., . . .

Gibbons, M. M. (2010). Exercise following bariatric surgery: systematic

review. Obes Surg, 20(5), 657-665. doi:10.1007/s11695-010-0096-0

Lu, Y., Hajifathalian, K., Ezzati, M., Woodward, M., Rimm, E. B., & Danaei, G.

(2014). Metabolic mediators of the effects of body-mass index, overweight,

and obesity on coronary heart disease and stroke: a pooled analysis of 97

Page 44: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

24

prospective cohorts with 1.8 million participants. Lancet, 383(9921), 970-

983. doi:10.1016/s0140-6736(13)61836-x

Malik, V. S., Willett, W. C., & Hu, F. B. (2013). Global obesity: trends, risk factors

and policy implications. Nature Reviews Endocrinology, 9(1), 13-27.

Mingrone, G., Panunzi, S., De Gaetano, A., Guidone, C., Iaconelli, A., Leccesi,

L., . . . Ghirlanda, G. (2012). Bariatric surgery versus conventional medical

therapy for type 2 diabetes. New England Journal of Medicine, 366(17),

1577-1585.

Mundbjerg, L. H., Stolberg, C. R., Bladbjerg, E. M., Funch-Jensen, P., Juhl, C.

B., & Gram, B. (2018). Effects of 6 months supervised physical training on

muscle strength and aerobic capacity in patients undergoing Roux-en-Y

gastric bypass surgery: a randomized controlled trial. Clin Obes.

doi:10.1111/cob.12256

Mundbjerg, L. H., Stolberg, C. R., Cecere, S., Bladbjerg, E. M., Funch-Jensen,

P., Gram, B., & Juhl, C. B. (2018). Supervised Physical Training Improves

Weight Loss After Roux-en-Y Gastric Bypass Surgery: A Randomized

Controlled Trial. Obesity (Silver Spring). doi:10.1002/oby.22143

Ng, M., Fleming, T., Robinson, M., Thomson, B., Graetz, N., Margono, C., . . .

Gakidou, E. (2014). Global, regional, and national prevalence of

overweight and obesity in children and adults during 1980-2013: a

systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet,

384(9945), 766-781. doi:10.1016/s0140-6736(14)60460-8

Nora, C., Morais, T., Nora, M., Coutinho, J., do Carmo, I., & Monteiro, M. P.

(2016). Gastrectomia vertical e bypass gástrico no tratamento da

síndrome metabólica. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e

Metabolismo, 11(1), 23-29.

Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO

consultation. (2000). World Health Organ Tech Rep Ser, 894, i-xii, 1-253.

Onofre, T., Carlos, R., Oliver, N., Felismino, A., Fialho, D., Corte, R., . . . Bruno,

S. (2017). Effects of a Physical Activity Program on Cardiorespiratory

Fitness and Pulmonary Function in Obese Women after Bariatric Surgery:

a Pilot Study. Obes Surg, 27(8), 2026-2033. doi:10.1007/s11695-017-

2584-y

Organization, W. H. (2018, 16 February 2018). Obesity and overweight.

Page 45: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

25

Otto, M., Elrefai, M., Krammer, J., Weiss, C., Kienle, P., & Hasenberg, T. (2016).

Sleeve Gastrectomy and Roux-en-Y Gastric Bypass Lead to Comparable

Changes in Body Composition after Adjustment for Initial Body Mass

Index. Obes Surg, 26(3), 479-485. doi:10.1007/s11695-015-1792-6

Parikh, M., Chung, M., Sheth, S., McMacken, M., Zahra, T., Saunders, J. K., . . .

Pachter, H. L. (2014). Randomized pilot trial of bariatric surgery versus

intensive medical weight management on diabetes remission in type 2

diabetic patients who do NOT meet NIH criteria for surgery and the role of

soluble RAGE as a novel biomarker of success. Ann Surg, 260(4), 617-

622; discussion 622-614. doi:10.1097/sla.0000000000000919

Plourde, B., Sarrazin, J. F., Nault, I., & Poirier, P. (2014). Sudden cardiac death

and obesity. Expert Rev Cardiovasc Ther, 12(9), 1099-1110.

doi:10.1586/14779072.2014.952283

Pournaras, D. J., Osborne, A., Hawkins, S. C., Vincent, R. P., Mahon, D., Ewings,

P., . . . le Roux, C. W. (2010). Remission of type 2 diabetes after gastric

bypass and banding: mechanisms and 2 year outcomes. Ann Surg,

252(6), 966-971. doi:10.1097/SLA.0b013e3181efc49a

Pucci, A., & Finer, N. (2015). New Medications for Treatment of Obesity:

Metabolic and Cardiovascular Effects. Canadian Journal of Cardiology,

31(2), 142-152. doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.cjca.2014.11.010

Quintas-Neves, M., Preto, J., & Drummond, M. (2016). Assessment of bariatric

surgery efficacy on Obstructive Sleep Apnea (OSA). Rev Port Pneumol

(2006), 22(6), 331-336. doi:10.1016/j.rppnen.2016.05.006

Sánchez Ortega, L., Sánchez Juan, C., & Alfonso García, A. (2014). Valoración

de un programa de ejercicio físico estructurado en pacientes con obesidad

mórbida pendientes de cirugía bariátrica. Nutrición Hospitalaria, 29(1), 64-

72.

Schauer, P. R., Kashyap, S. R., Wolski, K., Brethauer, S. A., Kirwan, J. P.,

Pothier, C. E., . . . Bhatt, D. L. (2012). Bariatric surgery versus intensive

medical therapy in obese patients with diabetes. N Engl J Med, 366(17),

1567-1576. doi:10.1056/NEJMoa1200225

Seimon, R. V., Roekenes, J. A., Zibellini, J., Zhu, B., Gibson, A. A., Hills, A. P., .

. . Sainsbury, A. (2015). Do intermittent diets provide physiological benefits

Page 46: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

26

over continuous diets for weight loss? A systematic review of clinical trials.

Mol Cell Endocrinol, 418 Pt 2, 153-172. doi:10.1016/j.mce.2015.09.014

Shankar, S. S., Mixson, L. A., Chakravarthy, M., Chisholm, R., Acton, A. J.,

Jones, R., . . . Considine, R. V. (2017). Metabolic improvements following

Roux-en-Y surgery assessed by solid meal test in subjects with short

duration type 2 diabetes. BMC Obes, 4, 10. doi:10.1186/s40608-017-

0149-1

SILVA, P. T. d., Patias, L. D., Alvarez, G. d. C., Kirsten, V. R., COLPO, E., &

MORAES, C. M. B. d. (2015). Profile of patients who seek the bariatric

surgery. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo),

28(4), 270-273.

Skinner, A. C., & Skelton, J. A. (2014). Prevalence and trends in obesity and

severe obesity among children in the United States, 1999-2012. JAMA

pediatrics, 168(6), 561-566.

Skogar, M., Holmback, U., Hedberg, J., Riserus, U., & Sundbom, M. (2016).

Preserved Fat-Free Mass after Gastric Bypass and Duodenal Switch.

Obesity Surgery. doi:10.1007/s11695-016-2476-6

Skolnik, N. S., & Ryan, D. H. (2014). Pathophysiology, Epidemiology, and

Assessment of Obesity in Adults. Journal of Family Practice, 63, S3-S10.

Stegen, S., Derave, W., Calders, P., Van Laethem, C., & Pattyn, P. (2011).

Physical fitness in morbidly obese patients: effect of gastric bypass

surgery and exercise training. Obes Surg, 21(1), 61-70.

doi:10.1007/s11695-009-0045-y

Sweeting, A. N., Hocking, S. L., & Markovic, T. P. (2015). Pharmacotherapy for

the treatment of obesity. Molecular and Cellular Endocrinology, 418(Part

2), 173-183. doi:10.1016/j.mce.2015.09.005

Tinsley, G. M., & La Bounty, P. M. (2015). Effects of intermittent fasting on body

composition and clinical health markers in humans. Nutr Rev, 73(10), 661-

674. doi:10.1093/nutrit/nuv041

Tuomilehto, H., Seppa, J., & Uusitupa, M. (2013). Obesity and obstructive sleep

apnea--clinical significance of weight loss. Sleep Med Rev, 17(5), 321-

329. doi:10.1016/j.smrv.2012.08.002

Ulen, C. G., Huizinga, M. M., Beech, B., & Elasy, T. A. (2008). Weight regain

prevention. Clinical Diabetes, 26(3), 100-113.

Page 47: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

27

Vaurs, C., Diméglio, C., Charras, L., Anduze, Y., Chalret du Rieu, M., & Ritz, P.

(2015). Original article: Determinants of changes in muscle mass after

bariatric surgery. Diabetes and Metabolism, 41, 416-421.

doi:10.1016/j.diabet.2015.04.003

Verheggen, R. J., Maessen, M. F., Green, D. J., Hermus, A. R., Hopman, M. T.,

& Thijssen, D. H. (2016). A systematic review and meta-analysis on the

effects of exercise training versus hypocaloric diet: distinct effects on body

weight and visceral adipose tissue. Obesity Reviews, 17(8), 664-690.

doi:10.1111/obr.12406

Vest, A. R., Heneghan, H. M., Agarwal, S., Schauer, P. R., & Young, J. B. (2012).

Bariatric surgery and cardiovascular outcomes: a systematic review.

Heart, 98(24), 1763. doi:10.1136/heartjnl-2012-301778

Wilhelm, S. M., Young, J., & Kale-Pradhan, P. B. (2014). Effect of bariatric

surgery on hypertension: a meta-analysis. Ann Pharmacother, 48(6), 674-

682. doi:10.1177/1060028014529260

Wilms, B., Ernst, B., Thurnheer, M., Weisser, B., & Schultes, B. (2012).

Differential Changes in Exercise Performance After Massive Weight Loss

Induced by Bariatric Surgery. Obesity Surgery, 23(3), 365-371.

doi:10.1007/s11695-012-0795-9

Woodlief, T. L., Carnero, E. A., Standley, R. A., Distefano, G., Anthony, S. J.,

Dubis, G. S., . . . Goodpaster, B. H. (2015). Dose response of exercise

training following roux-en-Y gastric bypass surgery: A randomized trial.

Obesity (Silver Spring), 23(12), 2454-2461. doi:10.1002/oby.21332

Wu, T., Gao, X., Chen, M., & van Dam, R. M. (2009). Long-term effectiveness of

diet-plus-exercise interventions vs. diet-only interventions for weight loss:

a meta-analysis. Obesity Reviews, 10(3), 313-323. doi:10.1111/j.1467-

789X.2008.00547.x

Yang, Z., Yu, Z., Jiang, Y., Bai, Y., Miller-Kovach, K., Zhao, W., . . . Chen, C.

(2016). Evaluation of a community-based behavioral weight loss program

in Chinese adults: A randomized controlled trial. Obesity (Silver Spring).

doi:10.1002/oby.21527

Zhang, Y., Liu, J., Yao, J., Ji, G., Qian, L., Wang, J., . . . Liu, Y. (2014). Obesity:

pathophysiology and intervention. Nutrients, 6(11), 5153-5183.

doi:10.3390/nu6115153

Page 48: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

28

Page 49: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

29

3. Estudo experimental

Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia bariátrica. Trará um programa de exercício benefícios adicionais?

Filipe Silva-Pereira, Giorjines Boppre, Florêncio Diniz-Sousa, Lucas Veras, Vítor

Devezas, Hugo Santos-Sousa, John Preto, Leandro Machado, João Paulo Vilas-

Boas, José Oliveira, Hélder Fonseca

Page 50: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

30

Page 51: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

31

Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia bariátrica. Trará um programa de exercício benefícios adicionais?

Filipe Silva-Pereira1, Giorjines Boppre1, Florêncio Diniz-Sousa1, Lucas Veras1, Vítor Devezas3, Hugo Santos-Sousa3, John Preto3, Leandro Machado2, João Paulo Vilas- Boas2, José Oliveira1, Hélder Fonseca1

¹CIAFEL, Faculdade de Desporto, Universidade do Porto, Portugal 2CIFI2D, Faculdade de Desporto, Universidade do Porto, Portugal 3Serviço de Cirurgia Geral, Centro Hospitalar de São João, Porto Objetivos: o objetivo do presente estudo foi determinar o possível efeito aditivo de um programa de exercício físico multicomponente na redução de vários parâmetros clínicos e bioquímicos de risco cardiometabólico aos 6 e 12 meses de seguimento após a cirurgia bariátrica (CB) em comparação com os efeitos isolados da CB. Metodologia: Os dados utilizados neste estudo foram recolhidos numa sub-amostra no âmbito do ensaio clínico randomizado BaSEIB, realizado na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) e no Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ). Os doentes alocados ao grupo de controlo (GC) receberam acompanhamento médico habitual enquanto o grupo de intervenção (GEx) recebeu participou num programa de exercício físico multicomponente, 3x/semana, 75min/sessão, durante 11 meses, para além do acompanhamento médico habitual após CB. Foram avaliados o hemograma e perfil bioquímico de risco cardiometabólico, antropometria, pressão arterial (PA) e frequência cardíaca (FC) de repouso. A análise estatística foi realizada de acordo com o princípio intention to treat (ITT) com recurso a teste T de Student para medidas independentes e two-way ANOVA. Resultados: A amostra foi composta por 62 doentes (GC n=23; Gex n=39), Realizam Bypass gástrico 78% (n=18) no GC e 62% (n=24) no GEx e Sleeve gástrico 22% dos doentes (n=5) no GC e 38% (n=15) no GEx. A média de idades no GC (48±9.3 anos) era mais alta do que no GEx (41.7±10.8 anos). No GC, 83% dos doentes eram do sexo feminino (n=19) e no GEx 87% eram do sexo feminino (n=34). A taxa de assiduidade média às sessões EX nos primeiros 6 meses foi de 50±33%, tendo diminuído para 29±34% entre os 6 e os 12 meses. Nas variáveis de risco cardiometabólico analisadas, verificou-se um efeito estatisticamente significativo do fator tempo (evolução após a CB), porém não se observaram, para qualquer uma das variáveis estudadas, interações grupo*momento significativas pelo que, de uma forma geral, o exercício físico não pareceu ter um efeito aditivo significativo na melhoria dos parâmetros bioquímicos de risco cardiovascular avaliados após CB. Conclusão: Um programa de exercício físico multicomponente não parece acrescentar benefícios adicionais na diminuição do risco cardiometabólico comparativamente aos benefícios isolados da CB aos 12 meses de seguimento.

Palavras chaves: Obesidade, Cirurgia Bariátrica, Exercício Físico, Risco

Cardiovascular

Page 52: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

32

Introdução

A obesidade é descrita como um dos problemas de saúde mais graves no

mundo (Yang et al., 2016) afeta mais de 600 milhões de pessoas em todo o

mundo e o número de pessoas com obesidade severa continua a aumentar

(Afshin et al., 2017; Kelly et al., 2008). É referida na literatura como um fator de

risco associado a várias doenças crónicas, como doenças cardiovasculares,

diabetes melitos tipo 2 (DM2), doença renal crónica (Singh et al., 2013; Wormser

et al., 2011) e também a vários tipos de cancros (Aune et al., 2016; Yang et al.,

2016).

Dos tratamentos existentes para a obesidade (Castañeda Gonzalez et al.,

2010; Sweeting et al., 2015; Wu et al., 2009), A cirurgia bariátrica (CB) é

considerada o tratamento mais eficaz para pacientes com obesidade severa com

índice de massa corporal (IMC) ≥ 40Kg/m2 (Adil et al., 2018a; Gloy et al., 2013).

Com cerca de 685.874 procedimentos cirúrgicos realizados no ano de 2016

(Luigi Angrisani et al., 2018)

A CB promove uma perda de peso maciça e sustentada, a resolução de

várias comorbidades associadas (Buchwald et al., 2014; Carswell et al., 2016;

Philip R. Schauer et al., 2017; Shankar et al., 2017; Sjostrom, 2013), melhorias

significativas ou até remissão total para DM2, dislipidemia, apneia obstrutiva do

sono, hipertensão arterial (Buchwald et al., 2014; Carswell et al., 2016;

Courcoulas et al., 2015; Lee & Cha, 2016; Parikh et al., 2014; P. R. Schauer et

al., 2014; Shankar et al., 2017; Wilhelm et al., 2014).

O exercício físico parece ser uma estratégia eficaz para otimizar a perda

de peso e a perda de gordura, além de promover uma melhora da aptidão física,

e do VO2máx em doentes obesos submetidos a CB (Bellicha, Ciangura, Poitou,

Portero, & Oppert, 2018; Coen, Carnero, & Goodpaster, 2018; da Silva et al.,

2019; Egberts, Brown, Brennan, & O’Brien, 2011). Porém até ao momento os

efeitos aditivos do exercício físico regular no risco cardiometabólico tem sido

pouco estudados.

Devido a isso, o objetivo do presente trabalho foi determinar o possível

efeito aditivo de um programa de exercício físico multicomponente na redução

de vários parâmetros clínicos e bioquímicos do risco cardiometabólico aos 6 e

Page 53: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

33

12 meses de acompanhamento após a cirurgia bariátrica em comparação com

os efeitos isolados da cirurgia bariátrica.

Materiais e métodos Recrutamento da amostra

Os dados utilizados neste estudo foram recolhidos numa sub-amostra no

âmbito do ensaio clínico randomizado BaSEIB, realizado na Faculdade de

Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) e no Centro Hospitalar

Universitário de São João no Porto (CHUSJ). O objetivo central do ensaio clínico

BaSEIB é investigar os efeitos de um programa de exercício físico

multicomponente na perda de massa óssea e risco de fratura ao longo dos

primeiros 12 meses após cirurgia bariátrica. Para serem elegíveis para inclusão

neste ensaio clínico os participantes teriam que ter: i) idade >18 e <65 anos; ii)

índice de massa corporal (IMC) >40 kg/m2 ou >35 kg/m2 com comorbidades

relacionadas com a obesidade e iii) estarem referenciados para realizar RYGB

ou gastrectomia vertical no CHUSH e não poderiam i) estar sob tratamento com

fármacos com influência no metabolismo ósseo (nomeadamente, bisfosfonatos,

teriparatide, calcitonina, terapia hormonal de substituição, ou toma crónica de

corticosteroides); ii) ter patologias que impedissem a realização de exercício

físico ou em que o exercício físico fosse contraindicado (por exemplo hipertensão

arterial não controlada, doença renal grave, insuficiência cardíaca classe III-IV

da NYHA); iii) ter doença metabólica óssea conhecida (p ex. osteogêneses

imperfeita, doença de Paget óssea); iv) estar no estadio de peri-menopausa

(amenorreia superior a 3 meses mas último cataménio há <1 ano); v) estar

grávida ou em aleitamento e vi) estar a aguardar cirurgia bariátrica revisional.

O recrutamento foi realizado de forma consecutiva com base na lista de

espera dos doentes a aguardar cirurgia bariátrica do Serviço de Cirurgia Geral

do CHUSJ. Após serem identificados na lista, foi feita uma avaliação inicial do

processo clínico para determinar o cumprimento dos critérios de inclusão e

exclusão e, aos doentes identificados como elegíveis, foi enviada uma carta com

um convite de participação juntamente com informação resumida acerca do

projeto. Estes doentes foram posteriormente contactados telefonicamente no

sentido de questionar o seu interesse em participar no estudo e fornecer mais

Page 54: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

34

detalhes sobre o mesmo. Depois de confirmar os critérios de elegibilidade com

os doentes, aqueles que demonstraram interesse em participar foram

convocados para uma visita ao laboratório em que foi dado consentimento

escrito de participação. Os doentes que compõem a amostra deste estudo foram

recrutados entre janeiro de 2016 e outubro de 2017. O ensaio clínico BaSEIB foi

aprovado pela Comissão de ética do CHUSJ (referência: CES 192-14) e está

registado em ClinicalTrials.gov (NCT02843048).

Desenho do estudo e randomização dos doentes

Após a avaliação pré-cirúrgica, os doentes foram aleatoriamente alocados

a um de dois grupos: i) grupo controlo (GC), ii) grupo de intervenção (GEx). Os

doentes alocados ao grupo de controlo (GC; n=23) receberam o

acompanhamento médico habitual após a cirurgia bariátrica, que incluiu

prescrição de plano nutricional, suplementos alimentares e recomendações

gerais sobre a importância do exercício e atividade física, mas sem que

houvesse prescrição formal de um plano de exercício. Os doentes alocados ao

grupo de intervenção (GEx; n=39), para além do tratamento médico habitual,

participaram num programa de exercício físico multicomponente, 3x/semana,

com duração de 75min/sessão, durante 11 meses.

A aleatorização foi conduzida por minimização, um método de

aleatorização adaptativa covariada. Esse processo assegurou que, ao longo do

recrutamento consecutivo, cada grupo do estudo estivesse equilibrado

relativamente ao número de doentes com um conjunto de covariáveis pré-

definidas: i) sexo, ii) idade, iii) IMC, iv) diabetes mellitus tipo 2, v) estadio de

menopausa, vi) toma de diuréticos tiazídicos e, vii) hábitos tabágicos.

Inicialmente, o processo de alocação foi equitativo, mas após uma análise

interina intermediária, a randomização foi alterada para desequilibrada (3: 1)

favorecendo o recrutamento no sentido do grupo de intervenção, para

compensar os dropouts e a adesão inferior ao espero do grupo de intervenção

ao programa de exercício. O processo de minimização foi conduzido com o

software MinimPy, com um componente aleatório de 80%. A medida de

desequilíbrio entre os grupos para cada covariável foi calculada de acordo com

o método do equilíbrio marginal. A sequência de alocação conduzida no

Page 55: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

35

processo de minimização foi gerada no Research Randomizer

(www.randomizer.org) para evitar viés de seleção.

Protocolo de intervenção do exercício

O programa de exercício físico teve início um mês após a CB devido à

necessidade de recuperação pós-cirúrgica. Cada sessão consistiu em exercícios

de: 1) aquecimento (5 min), 2) alto impacto (20 min), 3) equilíbrio (10 min), 4)

força (35 min) e, 5) retorno à calma (5 min). Os exercícios de alto impacto foram

organizados em circuito, compostos por 4 a 5 exercícios realizados em

intensidade moderada a alta, avaliada por acelerómetros (dados não

apresentados). Os exercícios incluíram saltos multidirecionais, slaloms e séries

de caminhada/corrida, utilizando materiais como degraus, cones, postes,

escadas de agilidade, cordas de saltar, caixas de salto e passadeiras. O

protocolo de exercício englobou dois blocos alternativos: a) circuito de exercícios

com duração de 3 minutos intercalados com 1 min de descanso; ou b) circuito

de exercícios com 30s de duração intercalados com 10s para descanso.

Os exercícios de equilíbrio incluíram i) 1 a 2 exercícios de equilíbrio com

manipulação da base de apoio, visão ou estímulos proprioceptivos, ii) 1 a 2

exercícios de equilíbrio de perturbação com reação a estímulos externos e, iii) 1

a 2 exercícios de equilíbrio multitarefa em que o doente mantinha o equilíbrio

enquanto realizada simultaneamente uma tarefa cognitiva e/ou motora. Cada

exercício era realizado em 2 séries, com duração de 20-30s cada, 20-30s de

repouso entre séries e 45-60s de repouso entre exercícios. As variáveis

utilizadas para prescrever os exercícios foram: base de apoio, posição dos pés,

variação do tipo de superfície, presença ou não de estímulo externo, velocidade

de execução do movimento, equipamento utilizado e grau de perturbação e de

multitarefas motoras e/ou cognitivas concorrentes.

Os exercícios de força consistiram em 7 a 8 exercícios por sessão de treino

que incidiam sobre a musculatura do tronco (2 exercícios), membros inferiores

(2 exercícios), membros superiores (1 a 2 exercícios) e grupos musculares do

core (2 exercícios). Foram realizadas duas a três séries de cada exercício. A

intensidade dos exercícios de força variou entre 10-12, 8-10, 6-8 e 4-6 RM e o

intervalo de repouso entre séries variou entre 30, 60, 90 e 120s, respetivamente.

Page 56: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

36

Grupos musculares agonistas/antagonistas foram exercitados em sessões de

treino alternadas. Os principais equipamentos utilizados para os exercícios de

força foram pesos livres (barras, halteres, placas de peso) e elásticos. As

sessões de exercício foram supervisionadas e realizadas em grupos de 7 a 10

doentes.

Variáveis avaliadas

Todos os doentes realizaram colheitas de sangue venoso e de uma

amostra pontual de urina no CHUSJ: i) entre 1 a 4 meses antes da cirurgia, ii)

aos 6 meses, iii) e aos 12 meses após cirurgia para análise do hemograma e

perfil bioquímico de risco cardiometabólico assim como uma avaliação clinica

aos: i) 1 mês, ii) 6 meses e iii) 12 meses após a cirurgia para determinação de

parâmetros antropométricos, pressão arterial e frequência cardíaca (FC) de

repouso.

Avaliação antropométrica

A avaliação antropométrica foi realizada com o doente em pé vestindo

roupas leves. A altura foi medida usando um estadiómetro vertical (Seca, modelo

213), com o doente com os calcanhares juntos, nádegas e omoplatas contra a

escala do estadiómetro e a cabeça posicionada no plano horizontal de Frankfurt

com uma precisão de 0,1 cm. O peso foi medido com precisão de 0,1 kg,

utilizando uma balança digital (Seca, modelo 899). O perímetro da cintura foi

medido como a maior circunferência entre o topo da crista ilíaca e a última

costela no final de uma expiração normal, com uma fita posicionada

paralelamente ao chão. O perímetro da anca foi determinado como o ponto de

maior circunferência sobre as nádegas com uma fita posicionada paralelamente

ao solo. O perímetro da cintura e da anca foram medidos com precisão até 0,1

cm. Todas as medidas antropométricas foram realizadas duas vezes e a média

foi calculada. O IMC foi calculado como massa corporal dividida pela altura ao

quadrado (IMC=Kg.m-2).

Page 57: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

37

Pressão arterial e FC de repouso

A pressão arterial foi avaliada pelo método auscultatório com um

estetoscópio (Littmann classic II) e um esfigmomanómetro aneroide (Aneroid

ERKA SWITCH 2.0 Comfort) com braçadeira de 42 a 54 cm de acordo com as

recomendações existentes para a população alvo (Pickering et al., 2005). Foi

solicitado aos doentes que evitassem a ingestão de café ou bebidas alcoólicas

e a realização de exercício pelo menos nas 12 horas prévias à avaliação. A

avaliação foi realizada com o doente sentado, após 10 min de repouso, com

ambos os pés no chão e o antebraço direito apoiado sobre a superfície de uma

mesa aproximadamente à altura do ângulo de Louis do esterno. O bordo inferior

da braçadeira foi colocado a aproximadamente 2cm da flexura antecubital com

a tubuladura sobre a artéria braquial. O diafragma do estetoscópio foi colocado

sobre a artéria braquial entre o braçal e o cotovelo. O efigmomanómetro foi

insuflado até 200mHg e de seguida desinsuflado gradualmente. O valor de

pressão arterial a que foram identificados os primeiros sons de Korotkoff foi

registado como o valor de pressão arterial sistólica (PAS) e o valor de pressão

arterial a que deixaram de ser identificados os sons de Korotkoff foi registado

como o valor de pressão arterial diastólica (PAD). A FC de repouso foi avaliada

com um cardiofrequêncimetro (Polar T31 transmitter monitor) como a FC mais

baixa registada durante 1 min, com o doente sentado e após 10 min de repouso.

Análise dos parâmetros bioquímicos de risco cardiometabólico

Todos os participantes do estudo, no âmbito das consultas médicas

hospitalares pré-operatórias e pós-operatórias de seguimento realizaram um

conjunto de exames complementares de diagnóstico que incluíram colheita de

sangue venoso para determinação do hemograma e parâmetros bioquímicos e

análise de urina. Esses resultados foram recolhidos do processo clínico do

doente e utilizados neste estudo. Todas as colheitas de sangue foram realizadas

no período da manhã e o doente tinha indicação para ter pelo menos 8 horas de

jejum prévio à colheita. Os parâmetros avaliados no sangue foram: hemoglobina,

leucócitos, plaquetas, albumina, aspartato aminotransferase (AST), alanina

aminotransferase (ALT), gama glutamiltransferase (Gama GT), fosfatase

Page 58: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

38

alcalina, colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL, triglicerídeos, glicemia

de jejum, hemoglobina glicada A1C (Hb A1C), ácido úrico, fosforo, magnésio,

ferritina, proteína C reativa (PCR), insulina e peptídeo C. Na urina foi doseado o

rácio albumina/creatinina.

Scores de risco cardiovascular

Para avaliar o risco cardiovascular global foram determinados, a partir da

informação clínica e bioquímica disponível para cada doente, dois scores de

risco: i) Framingham Risk Score for Hard Coronary Heart Disease (FRS) e, ii)

Heart Risk Calculator do American College of Cardiology e da American Heart

Association (ACC/AHA). Os cálculos para determinação de cada um dos scores

foram efetuados através da inserção das variáveis nas respetivas plataformas

digitais de Framingham Risk Score (https://www.mdcalc.com/framingham-risk-

score-hard-coronary-heart-disease) e Heart Risk Calculator

(http://www.cvriskcalculator.com).

O FRS foi utilizado para determinar o risco de ocorrência de doença

coronária a 10 anos com base nos fatores de risco: idade, sexo, hábitos

tabágicos, colesterol total (CT), colesterol HDL, pressão arterial sistólica e

utilização de medicação anti-hipertensora (Wilson et al., 1998).

O Score ACC/AHA foi projetado para estimar o risco a 10 anos de doença

cardiovascular aterosclerótica, definida como ocorrência de enfarte agudo do

miocárdio, morte por doença coronária ou acidente vascular cerebral. Tal como

para o FRS, o cálculo do Score ACC/AHA foi efetuado através da inserção das

respetivas variáveis na plataforma digital: idade, sexo, raça, colesterol total, HDL,

pressão arterial sistólica, pressão arterial diastólica, utilização de medicação

anti-hipertensora, presença de diabetes melitus tipo 2 e hábitos tabágicos

(Kakadiaris et al., 2018).

Análise estatística

Os dados foram analisados com recurso ao software estatístico SPSS

versão 25. O resultado dos testes estatísticos foi considerado significativo

quando o valor da estatística p<.05.

Page 59: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

39

Foram incluídos na amostra dados referentes a 62 participantes no estudo.

A comparação entre o GC e GEx relativamente às características de interesse

previamente à cirurgia foi feita com recurso ao teste T de Student para medidas

independentes para as variáveis que apresentavam distribuição normal, com o

teste de Mann-Whitney para as variáveis sem distribuição normal e com o teste

de Chi-quadrado ou teste exato de Fisher para as variáveis categóricas no caso

das categorias apresentarem frequência superior ou inferior a 5, respetivamente.

Para determinar o efeito independente da cirurgia bariátrica e da participação no

programa de exercício na evolução dos fatores clínicos e bioquímicos de risco

cardiovascular foi realizada uma ANOVA a dois fatores (momento; grupo;

interação grupo*momento). A análise foi realizada de acordo com o princípio

intention to treat. A determinação de diferenças entre os vários momentos de

avaliação em cada grupo (within-group) foi realizada com recurso ao teste de

one-way ANOVA. Em cada momento de avaliação as diferenças entre o GC e

GEx (between-group) foram determinadas através do teste T de Student para

medidas independentes.

Resultados Características da amostra no momento pré-cirurgia

A amostra foi composta por 62 doentes, n=23 no GC e n=39 no GEx. Foram

submetidos a Bypass gástrico 78% dos doentes (n=18) no GC e 62% (n=24) no

GEx e a Sleeve gástrico 22% dos doentes (n=5) no GC e 38% (n=15) no GEx. A

média de idades no GC (48±9.3 anos) era mais alta do que no GEx (41.7±10.8

anos). No GC, 17% dos doentes eram do sexo masculino (n=4) e 83% do sexo

feminino (n=19) e no GEx 13% dos doentes eram do sexo masculino (n=5) e

87% do sexo feminino (n=34). Não existiram diferenças em relação à distribuição

de sexo entre grupos. A análise descritiva da prevalência das principais co-

morbilidades em cada um dos grupos previamente à cirurgia está sumariada na

Tabela 1.

Page 60: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

40

Adesão ao programa de intervenção

A taxa de assiduidade média às sessões de exercício físico dos doentes

nos primeiros 6 meses de implementação do programa foi de 50±33%, tendo

diminuído para 29±34% entre os 6 e os 12 meses.

Efeito do exercício nos parâmetros bioquímicos de risco cardiovascular

Na tabela 2, são apresentados os resultados dos diversos parâmetros de

risco cardiometabólico avaliados no grupo GC e no GEx desde o momento pré-

cirúrgico até aos 12 meses pós-CB.

Apesar de, para a generalidade das variáveis em análise, se verificar um

efeito estatisticamente significativo do fator tempo (evolução após a CB), não se

observaram, para qualquer uma das variáveis estudadas, interações

grupo*momento significativas (evolução após a CB distinta entre grupos em

estudo), pelo que, de uma forma geral, o exercício físico não pareceu ter um

efeito aditivo significativo na melhoria dos parâmetros bioquímicos de risco

cardiovascular avaliados após CB.

Observaram-se resultados significativos nas comparações com o teste T

de Student de medidas independentes (p<0.05) entre GC e GEx para as

variáveis: plaquetas (x103/uL) no momento pré cirurgia e entre as variáveis AST

(U/L), ALT (U/L), glicemia em jejum (mg/dL) e fosforo (mg/dL) aos 12 meses pós

CB. Comparativamente ao estado pré cirurgia, utilizando o teste one way

ANOVA, observaram-se diferenças estatisticamente significativos (p<0.05) no

GEx nas variáveis plaquetas (x103/uL) aos 6 meses, leucócitos (x103/uL) aos 12

meses e gama GT (U/L), triglicerídeos (mg/dL), glicemia em jejum (mg/dL),

HbA1C (%), magnésio (mEg), PCR (mg/L), insulina (U/mL) e peptídeo C (ng/mL)

aos 6 e 12 meses pós CB e fosforo (mg/dL) aos 12 meses pós CB.

Comparativamente aos 6 meses, o GEx apresentou aos 12 meses diferenças

estatisticamente significativas nas variáveis HDL (mg/dL) e fosforo (mg/dL).

Ao longo do seguimento, a comparação entre o estado pré cirurgia e 6

meses pós cirurgia, revelou diferenças estatisticamente significativas no teste

one-way ANOVA para o GC, nas variáveis colesterol total (mg/dL), LDL (mg/dL),

triglicerídeos (mg/dL), glicemia em jejum (mg/dL), HbA1C (%), ácido úrico

Page 61: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

41

(mg/dL), insulina (U/mL) e peptídeo C (ng/mL). Aos 12 meses de seguimento

estas diferenças mantiveram-se significativas para os mesmos marcadores, com

exceção dos leucócitos (x103/uL).

Efeito do exercício nos parâmetros clínicos de risco cardiovascular

Relativamente aos parâmetros clínicos de risco cardiovascular avaliados

(tabela 3) é possível observar que, em todas as variáveis em análise, à exceção

da PAS (p=.093), se verifica um efeito estatisticamente significativo do fator

momento (p<0.05). Contudo, também neste conjunto de variáveis não se

verificou nenhuma interação significativa entre grupo*momento o que sugere,

novamente, que a participação no programa de exercício não trouxe benefícios

adicionais na melhoria do conjunto de parâmetros clínicos de risco

cardiovascular avaliados comparativamente ao efeito isolado da CB.

Para as comparações entre grupos realizadas com o teste T de Student,

para cada uma das variáveis e em cada um dos momentos também não se

observaram diferenças significativos entre o GC e o GEx. Comparativamente ao

momento 1 mês após CB, observaram-se, no GEx, diferenças estatisticamente

significativas nas variáveis peso (Kg), IMC (Kg/m2), perímetro da cintura (cm),

perímetro da anca (cm), rácio perímetro da cintura/altura aos 6 e 12 meses

(p<0.05) e PAD (mmHg) aos 12 meses (p<0.05). Em comparação com o

momento 6 meses após CB, observaram-se aos 12 meses após CB no GEx

diferenças estatisticamente significativas nas variáveis IMC (Kg/m2), perímetro

da cintura (cm) e rácio perímetro da cintura/altura (p<0.05).

No GC, a comparação entre os momentos 1 e 6 meses pós cirurgia (one-

way ANOVA) relativamente aos parâmetros clínicos de risco cardiovascular

avaliados, mostrou haver uma diminuição estatisticamente significativa do peso

(Kg), IMC (Kg/m2), perímetro da cintura (cm), perímetro da anca (cm) e rácio

perímetro da cintura/altura. Os resultados do seguimento aos 12 meses

mostraram que, para além manutenção das diferenças já identificadas entre os

1 e 6 meses pós CB, diminuições estatisticamente significativas adicionais na

PAD (mmHg) e Score de Framingham.

Page 62: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

42

Discussão dos resultados

Os resultados do estudo experimental realizado mostraram que a cirurgia

bariátrica tem um efeito bastante significativo na diminuição do risco

cardiovascular dos doentes com obesidade severa, já que levou de vários dos

parâmetros de risco cardiovascular avaliados aos 6 e 12 meses após cirurgia.

Contudo, a intervenção através de um programa de exercício físico

multicomponente não mostrou trazer benefícios adicionais relativamente à

melhoria do perfil de risco cardiovascular comparativamente aos efeitos isolados

da cirurgia bariátrica. De facto, apesar de poderem ser identificadas durante o

seguimento, alterações nas diferentes variáveis analisadas entre os momentos

pré, 6 e 12 meses após cirurgia, pode igualmente verificar-se que estas

alterações ocorreram de forma semelhante em ambos os grupos já que não se

verificaram interações grupo*momento estatisticamente significativas no teste de

ANOVA em nenhuma das variáveis analisadas.

Sabe-se que a cirurgia bariátrica induz uma rápida perda de peso,

resultado tanto da perda de massa muscular, como de massa gorda. Para

atenuar essa perda de massa muscular e melhorar a manutenção da perda de

peso a longo prazo, o exercício físico pode ser um fator importante uma vez que,

com a sua adição podemos ter resultados positivos no aumento da capacidade

aeróbia, da força muscular e da aptidão física (Bond et al., 2009; Metcalf, Rabkin,

Rabkin, Metcalf, & Lehman-Becker, 2005; Wing & Hill, 2001) .

Existem evidencias na literatura (Bellicha et al., 2018; Coen et al., 2018;

da Silva et al., 2019; Egberts et al., 2011) de que o exercício parece ser eficaz

para otimizar a perda de peso e a perda de tecido adiposo, melhorar a aptidão

física, e o VO2max, embora, não tenha sido observado um efeito adicional nas

alterações da massa magra tanto em intervenções mais curtas quanto mais

longas após a CB. Adicionalmente, os resultados relativos aos fatores de risco

cardiovasculares mostra que a redução do peso corporal, IMC, PAS, PAD,

perímetro de cintura, perímetro da anca, FC, rácio C/Altura, ACC-AHA e

Framingham Score se verificou nos dois grupos, ou seja, sem se verificarem

interações grupo*momento significativas.

Vários ensaios clínicos randomizados reportam já os efeitos crónicos do

exercício físico em doentes com obesidade submetidos a CB. Um estudo

Page 63: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

43

realizado com exercício de alta intensidade com 12 semanas de duração,

mostrou que, para as variáveis antropométricas, o peso corporal e o perímetro

da cintura e da anca diminuíram de forma semelhante nos dois grupos ao longo

de 12 semanas. Nas variáveis bioquímicas, nomeadamente, concentrações

plasmáticas de glicose, insulina, lípidos e valores de tensão arterial, ambos os

grupos foram muitos semelhantes nos resultados, sem diferenças significativas

na interação grupo*semana (Shah et al., 2011). Por outro lado, num outro estudo

também de intervenção com exercício, foi reportado que os valores dos

parâmetros cardiovasculares avaliados se modificaram ao longo do tempo de

seguimento, às 12 e 24 semanas, em comparação com o período basal, no grupo

experimental. A pressão arterial sistólica foi significativamente menor no grupo

de exercício às 12 (p= 0,012) e 24 semanas (p= 0,012) de seguimento. A

magnitude da diminuição da frequência cardíaca em repouso no grupo de

exercício (11.25 ± 9.04 bpm) foi também superior em comparação com aquela

verificada no grupo de controlo (2.83 ± 7.52 bpm) entre o valor basal e às 12

semanas (p= 0,021). Às 24 semanas, as alterações foram menores em ambos

os grupos, não sendo as diferenças estatisticamente significativas (Herring et al.,

2017). Em concordância, um estudo com 6 meses de duração mostrou que o

exercício físico de intensidade moderada realizado após o RYGB parece

proporcionar melhorias adicionais na sensibilidade à insulina e glicemia como

também na aptidão cardiorrespiratória (Nunez Lopez, Coen, Goodpaster, &

Seyhan, 2017).

Relativamente à evolução dos parâmetros bioquímicos de risco

cardiovascular após a CB, nomeadamente aos 6 e 12 meses de seguimento, um

estudo mostrou reduções nos componentes dos lípidos séricos, nomeadamente

nos triglicerídeos e no colesterol LDL e um aumento dos valores de HDL.

Mudanças essas que relativamente aos triglicerídeos e ao HDL, é tipicamente

tão grande ou maior do que pode ser alcançado com tratamento farmacológico

atualmente disponível para a dislipidemia (Benraouane & Litwin, 2011). Ainda no

mesmo sentido, uma meta-análise recente mostrou que, aos 3 meses após

cirurgia bariátrica, a concentração de triglicerídeos (TG) foi significativamente

reduzida, assim como a de colesterol total (CT) e LDL ao fim de apenas 1 mês.

A concentração de HDL permaneceu inalterada durante o primeiro ano após CB,

momento a partir do qual aumentou (Carswell et al., 2016).

Page 64: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

44

Sabe-se que os benefícios do exercício, em vários indicadores de saúde,

são dose dependentes, sendo assim não podemos excluir a hipótese do tempo

necessário para observar uma resposta diferente da que encontramos, ser

necessariamente superior. Uma revisão sistemática (A. R. Vest, H. M.

Heneghan, S. Agarwal, P. R. Schauer, & J. B. Young, 2012) e uma meta análise

(Wilhelm et al., 2014) destacaram os benefícios da cirurgia bariátrica na redução

dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, nomeadamente, a melhoria

e a resolução da hipertensão após a cirurgia bariátrica. Um estudo de revisão

reportou que, os doentes diminuíram significativamente a pressão arterial (PA)

aos 12 meses em comparação com o período pré-operatório assim como a

melhoria ou remissão completa da hipertensão arterial em 46% dos pacientes

(Lee & Cha, 2016). Existem evidências de que, a cirurgia bariátrica por si só é

capaz de promover diminuições significativas nos marcadores inflamatórios,

nomeadamente, na proteína C reativa (PCR) e várias citocinas e adipocitocinas.

(Benraouane & Litwin, 2011). Além de estar associada a uma melhoria

significativa da aptidão física 6 meses após a cirurgia, esse efeito pode persistir

até 36 meses após a cirurgia (Adil et al., 2018b).

Reconhecendo que, a diminuição do tempo sedentário e o importante

papel que menores doses de atividade física não estruturada, podem

desempenhar na promoção de benefícios à saúde. Precisamos no entanto, de

mais estudos para entender o papel do exercício físico estruturado e

objetivamente mensurado em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica.

O presente estudo apresenta algumas limitações. Uma delas é a baixa

adesão por parte dos participantes ao programa de exercício que foi aplicado

assim como uma elevada taxa de abandono, o que contribuiu para uma baixa

amostra final. Contudo, esta é uma limitação frequente em estudos com

populações e programas de intervenção similares (Campanha-Versiani et al.,

2017; Viviane Castello et al., 2011). Outra limitação, esteve relacionada com a

falta de avaliações da composição da dieta uma vez que, o exercício físico

associado a um programa alimentar adequado, parece ser eficaz na manutenção

do peso corporal a médio e longo prazo.

Uma terceira limitação, prende-se com a ausência da avaliação dos

níveis de atividade física habitual, nomeadamente se existiriam diferenças entre

os dois grupos, que poderiam atuar como confundidores relativamente aos

Page 65: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

45

efeitos do programa de intervenção exercício (Armijo-Olivo, Warren, & Magee,

2009).

Relativamente às virtudes do nosso estudo temos a destacar o facto de

todas as intervenções cirúrgicas terem sido efetuadas pela mesma equipa

cirúrgica o que reduziu a variabilidade relativamente aos efeitos da cirurgia assim

como o facto das sessões de exercício do programa de intervenção terem sido

supervisionadas pelos mesmos professores durante todo o estudo.

Como sugestão para futuros estudos, achamos que deve ser incluído um

leque maior de exercícios (calisténicos e resistidos) bem como de aparelhos à

sua disposição (p.ex : máquinas fitness) para que todos os pacientes , quer os

que tenham maior facilidade na aprendizagem técnica dos exercícios, quer os

que tenham maior dificuldade, consigam beneficiar de forma semelhante com o

programa de intervenção.

Em conclusão, os resultados do nosso estudo sugerem que um programa

de intervenção de exercício físico multicomponente após a cirurgia bariátrica não

parece acrescentar benefícios adicionais em termos de diminuição do risco

cardiovascular aos 12 meses de seguimento comparativamente ao efeito isolado

da cirurgia bariátrica. Contudo, estes resultados deverão ser interpretados à luz

das limitações deste estudo, nomeadamente da baixa adesão ao programa de

intervenção.

Page 66: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

46

Tabela 1. Análise descritiva dos grupos previamente à cirurgia

Variável CON

n= 23

EX

n= 39 p

Idade (anos) 48.0 (9.3) 41.7 (10.8) .036

Sexo .715c

Homens 4 (17%) 5 (13%)

Mulheres 19 (83%) 34 (87%)

Peso (Kg) 112.6 (12.6)

113.2 (17.8) .432

Altura (cm) 157.4 (8.3)

158.4 (7.9) .712

IMC (Kg.m-2) 45.6 (4.8) 45.0 (6.0) .811

Hábitos tabágicos .550c

Fumador ativo 4 (17%) 7 (18%)

Ex fumador 4 (17%) 12 (31%)

Nunca fumou 15 (65%) 20 (51%)

UMAa 5.15 (6) 15.50 (26) .061b

Diabetes mellitus tipo 2 7 (30%) 10 (26%) .771c

Hipertensão arterial medicada 10 (44%) 15 (39%) .787c

Cirurgia realizada .261c

RYGB 18 (78%) 24 (62%)

Sleeve gástrico 5 (22%) 15 (38%)

IMC- índice de massa corporal; UMA- unidade maço/ano dos fumadores ativos; RYGB- bypass gástrico em Y de Roux Nas variáveis contínuas o valor corresponde a média (desvio padrão) e a comparação entre grupos foi realizada com recurso ao teste T de Student para medidas independentes. Nas variáveis categóricas o valor corresponde a frequência (percentagem da amostra). a: Valor corresponde a mediana (amplitude IQ). b: valor de p para o teste Mann-Whitney c: valor de p para o teste de Chi-quadrado quando número de casos é superior a 5 ou teste de Fisher quando número de casos é inferior a 5.

Page 67: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

47

Tabela 2. Comparação entre grupos dos parâmetros bioquímicos de risco cardiovascular ao longo dos primeiros 12 meses após cirurgia

Pré cirurgia 6 meses 12 meses Grupo Momento Grupo*momento

Variável CON EX CON EX CON EX F p η2 F p η2 F p η2

Hemoglobina (g/dL) 13.58 (1.01) 13.78 (1.11) 13.24 (1.18) 13.48 (0.84) 13.29 (1.95) 13.65 (1.17) 1.63 .203 .012 .928 .398 .014 .048 .954 .001

Leucócitos (x103/uL) 7.69 (2.16) 8.58 (2.58) 7.12 (1.60) 7.68 (2.01) 6.01 (1.86)b 6.89 (1.58) b 4.23 .042 .031 6.57 .002 .091 .091 .913 .001

Plaquetas (x103/uL) 246 (71) 278 (47) a 234 (60) 251 (42) b 216 (65) 254 (37) 9.53 .002 .068 3.07 .049 .045 .438 .646 .007

Albumina g/dL) 41.0 (2.3) 40.8 (2.1) 41.8 (2.6) 41.5 (2.1) 40.6 (3.5) 41.4 (2.1) .028 .867 .0002 .999 .372 .018 .554 .576 .010

AST (U/L) 25.85 (13.9) 22.03 (7.8) 45.88 (78.8) 22.28 (4.9) 31.36 (12.7) 21.89 (4.5) a 5.27 .023 .040 1.42 .246 .022 1.34 .265 .021

ALT (U/L) 28.10 (11.6) 23.97 (11.3) 47.18 (86.5) 19.97 (7.07) 31.07 (17.2) 18.79 (6.8) a 6.24 .014 .046 .885 .415 .014 1.53 .221 .023

Gama GT (U/L) 68.0 (96.8) 33.5 (17.7) 29.7 (24.6) 18.0 (8.9) b 26.6 (21.3) 15.7 (8.4) b 6.67 .011 .050 7.18 .001 .102 1.22 .299 .019

Fosfatase Alcalina (U/L) 97.1 (24.8) 82.4 (26.6) 97.6 (23.2) 84.7 (26.7) 91.9 (25.4) 89.4 (34.6) 4.14 .044 .032 .032 .969 .001 .536 .586 .008

Colesterol total (mg/dL) 196 (37) 188 (41) 161 (39) b 166 (37) 148 (33) b 170 (34) .934 .336 .007 10.3 <.001 .141 1.48 .233 .023

Colesterol HDL (mg/dL) 46.3 (8.3) 50.1 (13.9) 45.9 (7.7) 47.7 (11.0) 52.1 (9.3) 58.2 (14.8) c 3.29 .072 .027 5.21 .007 .007 .330 .720 .720

Colesterol LDL (mg/dL) 124 (31) 113 (35) 96 (35) b 100 (31) 84 (23) b 95 (24) .035 .853 .0003 8.80 <.001 .130 1.15 .322 .019

Triglicerídeos (mg/dL) 124 (48) 129 (65) 93 (27) b 91 (31) b 77 (18) b 85 (21) b .260 .611 .002 13.0 <.001 .173 .120 .887 .002

Glicemia jejum (mg/dL) 103.1 (36.0) 106.2 (28.8) 81.4 (8.1) b 84.8(12.5) b 77.4 (9.1) b 86.0 (11.0) ab 1.61 .206 .012 15.7 <.001 .196 .184 .832 .003

Hb A1C (%) 5.96 (1.08) 5.82 (.81) 5.27 (.26) b 5.3 (.42) b 5.07 (.33) b 5.3 (.47) b .428 .514 .003 13.4 <.001 .176 .991 .374 .016

Ácido Úrico (mg/dL) 5.94 (2.01) 5.46 (1.15) 4.48 (1.02) b 5.10 (1.04) 4.21 (.80) b 4.75 (1.15) 1.04 .310 .008 10.6 <.001 .148 2.59 .079 .041

Fosforo (mg/dL) 3.29 (.62) 3.38 (.54) 3.56 (.54) 3.55 (.57) 3.49 (.60) 4.07 (.45) abc 4.31 .040 .034 5.93 .003 .089 2.85 .062 .045

Magnésio (mEq) 1.60 (.15) 1.57 (.13) 1.64 (.14) 1.66 (.16) b 1.68 (.10) 1.68 (.14) b .002 .963 .00002 5.40 .006 .083 .341 .712 .006

Ferritina (ng/mL) 126.4 (79.1) 83.6 (45.5) 154.6 (114.9) 105.4 (84.9) 138.9 (104.1) 81.5 (77.0) 3.31 .072 .038 .581 .581 .013 .972 .972 .001

PCR (mg/L) 10.83 (7.51) 15.99 (12.59) 12.11 (28.2) 5.30 (5.96) b 1.54 (1.37) 2.67 (3.03) b .006 .939 .00005 8.51 <.001 .130 2.57 .081 .043

Insulina (U/mL) 20.6 (13.5) 26.5 (17.8) 7.6 (2.9) b 8.1 (3.9) b 6.5 (5.0) b 5.3 (2.6) b .776 .380 .007 33.0 <.001 .365 1.16 .317 .020

Peptídeo C (ng/mL) 4.26 (1.75) 3.86 (1.59) 2.28 (.64) b 2.18 (.71) b 1.99 (.84) b 1.86 (.61) b .891 .347 .008 37.6 <.001 .406 .193 .825 .003

Rácio alb/creat urina (mg/g) 6.08 (2.86) 15.34 (42.5) 6.76 (3.58) 9.91 (14.7) 5.72 (4.05) 7.27 (5.84) 1.06 .307 .012 .279 .757 .006 .268 .766 .006

Os valores representam média (desvio padrão). PCR- proteína C reactiva; AST-aspartato aminotransferase; ALT- alanina aminotransferase; Gama GT- gama glutamil transferase; HbA1C- hemoglobina glicada A1c. a: p<0.05 comparativamente ao grupo CON (teste T de Student para medidas independentes) b: p<0.05 comparativamente ao estado pré cirurgia (one way ANOVA) c: p<0.05 comparativamente aos 6m (one way ANOVA)

Page 68: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

48

Tabela 3. Comparação entre grupos dos parâmetros clínicos de risco cardiovascular ao longo dos primeiros 12 meses após cirurgia

1 mês 6 meses 12 meses Grupo Momento Grupo*momento

Variável CON EX CON EX CON EX F p η2 F p η2 F p η2

Peso (Kg) 100.1 (12.03) 100.9 (15.7) 80.5 (7.5) b 79.5 (14.2) b 71.4 (7.2) bc 71.1 (13.0) b .005 .942 .00004 60.8 <.001 .479 .058 .943 .001

IMC (Kg.m-2) 41.1 (4.2) 40.1 (5.3) 33.0 (3.3) b 31.6 (4.2) b 29.1 (2.8) bc 28.1 (3.6) bc 2.33 .130 .017 95.2 <.001 .591 .033 .967 .001

PAS (mmHg) 107.6 (13.8) 103.9 (14.4) 101.8 (10.9) 99.6 (9.5) 103.2 (12.0) 98.0 (12.0) 2.61 .109 .022 2.42 .093 .040 .137 .872 .002

PAD (mmHg) 71.1 (10.1) 66.3 (10.4) 64.7 (7.0) 61.3 (7.2) 62.9 (7.3) b 60.0 (7.8) 5.38 .022 .044 7.96 <.001 .121 .134 .874 .002

Perímetro cintura (cm) 115.7 (9.0) 115.4 (10.7) 100.0 (8.1) b 98.6 (14.2) b 91.7 (8.2) bc 88.8 (10.4) bc .602 .439 .005 62.4 <.001 .488 .160 .853 .002

Perímetro anca (cm) 125.5 (8.8) 126.9 (11.3) 107.7 (7.7) b 107.6 (8.5) b 102.1 (4.7) b 102.1 (6.8) b .056 .813 .0004 89.3 <.001 .577 .108 .898 .002

Frequência cardíaca repouso 67.1 (10.0) 65.8 (9.1) 61.7 (7.9) 60.7 (7.8) 61.1 (9.4) 63.1 (7.7) .006 .939 .00005 4.84 .009 .070 .407 .667 .006

Rácio Per Cintura/altura .741 (.060) .729 (.066) .638 (.065) b .622 (.081) b .586 (.062) b .558 (.060) bc 2.37 .126 .018 66.4 <.001 .503 .135 .874 .002

Score ACC-AHA 3.76 (3.61) 3.27 (2.64) 2.56 (3.20) 2.55 (3.30) 1.02 (1.31) 1.04 (1.16) .058 .811 .001 4.32 .018 .128 .066 .936 .002

Score Framingham 1.63 (1.51) 1.05 (1.46) .917 (1.14) .965 (1.28) .255 (.301) b .570 (.742) .067 .796 .001 .034 .034 .083 .928 .399 .023

Os valores representam média (desvio padrão). IMC- índice de massa corporal; PAS- pressão arterial sistólica; PAD- pressão arterial diastólica; Score ACC-AHA- Probabilidade de enfarte agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral a 10 anos de acordo com o score de risco do American Colege of Cardiology e American Heart Association (http://www.cvriskcalculator.com); Score Framingham- Probabilidade de enfarte agudo do miocárdio a 10 anos pelo Score de Framingham (https://www.mdcalc.com/framingham-risk-score-hard-coronary-heart-disease). a: p<0.05 comparativamente ao grupo CON (teste T de Student para medidas independentes) b: p<0.05 comparativamente ao 1m (one way ANOVA) c: p<0.05 comparativamente aos 6m (one way ANOVA)

Page 69: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

49

Referências bibliográficas

Abdelaal, M., le Roux, C. W., & Docherty, N. G. (2017). Morbidity and mortality associated with obesity. Annals of Translational Medicine, 5(7), 161. doi:10.21037/atm.2017.03.107

Acquafresca, P. A., Palermo, M., Rogula, T., Duza, G. E., & Serra, E. (2015). Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva : ABCD = Brazilian archives of digestive surgery. Arq Bras Cir Dig, 28(1), 74-80. doi:10.1590/s0102-67202015000100019

Adil, M. T., Jain, V., Rashid, F., Al-taan, O., Whitelaw, D., & Jambulingam, P. (2018a). Meta-analysis of the effect of bariatric surgery on physical function. British Journal of Surgery, 105(9), 1107-1118. doi:10.1002/bjs.10880

Adil, M. T., Jain, V., Rashid, F., Al-Taan, O., Whitelaw, D., & Jambulingam, P. (2018b). Meta-analysis of the effect of bariatric surgery on physical function. Br J Surg, 105(9), 1107-1118. doi:10.1002/bjs.10880

Afshin, A., Forouzanfar, M. H., Reitsma, M. B., Sur, P., Estep, K., Lee, A., . . . Murray, C. J. L. (2017). Health Effects of Overweight and Obesity in 195 Countries over 25 Years. N Engl J Med, 377(1), 13-27. doi:10.1056/NEJMoa1614362

Angrisani, L., Santonicola, A., Iovino, P., Vitiello, A., Higa, K., Himpens, J., . . . Scopinaro, N. (2018). IFSO Worldwide Survey 2016: primary, endoluminal, and revisional procedures. Obesity Surgery, 28(12), 3783-3794.

Angrisani, L., Santonicola, A., Iovino, P., Vitiello, A., Zundel, N., Buchwald, H., & Scopinaro, N. (2017). Bariatric Surgery and Endoluminal Procedures: IFSO Worldwide Survey 2014. Obes Surg, 27(9), 2279-2289. doi:10.1007/s11695-017-2666-x

Armijo-Olivo, S., Warren, S., & Magee, D. (2009). Intention to treat analysis, compliance, drop-outs and how to deal with missing data in clinical research: a review. Physical therapy reviews, 14(1), 36-49.

Aune, D., Sen, A., Prasad, M., Norat, T., Janszky, I., Tonstad, S., . . . Vatten, L. J. (2016). BMI and all cause mortality: systematic review and non-linear dose-response meta-analysis of 230 cohort studies with 3.74 million deaths among 30.3 million participants. BMJ, 353, i2156. doi:10.1136/bmj.i2156

Bajer, B., Vlcek, M., Galusova, A., Imrich, R., & Penesova, A. (2015). Exercise associated hormonal signals as powerful determinants of an effective fat mass loss. Endocr Regul, 49(3), 151-163.

Baqai, N., & Wilding, J. P. H. (2015). Obesity and metabolic complications: Pathophysiology and aetiology of obesity. Medicine (Baltimore), 43, 73-76. doi:10.1016/j.mpmed.2014.11.016

Barreto, M., Gaio, V., Kislaya, I., Antunes, L., Rodrigues, A. P., Silva, A. C., . . . Namorado, S. (2016). 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): Estado de Saúde.

Page 70: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

50

Bellicha, A., Ciangura, C., Poitou, C., Portero, P., & Oppert, J. M. (2018). Effectiveness of exercise training after bariatric surgery-a systematic literature review and meta-analysis. Obesity Reviews, 19(11), 1544-1556. doi:10.1111/obr.12740

Benraouane, F., & Litwin, S. E. (2011). Reductions in cardiovascular risk after bariatric surgery. Current opinion in cardiology, 26(6), 555-561. doi:10.1097/HCO.0b013e32834b7fc4

Bond, D. S., Phelan, S., Wolfe, L. G., Evans, R. K., Meador, J. G., Kellum, J. M., . . . Wing, R. R. (2009). Becoming physically active after bariatric surgery is associated with improved weight loss and health-related quality of life. Obesity (Silver Spring), 17(1), 78-83. doi:10.1038/oby.2008.501

Bratberg, J. A., Bulut, E., Rieck, A. E., Lonnebakken, M. T., Hetland, T., & Gerdts, E. (2014). Determinants of systolic blood pressure response during exercise in overweight subjects. Blood Press, 23(4), 200-205. doi:10.3109/08037051.2013.858477

Bredella, M. A., Greenblatt, L. B., Eajazi, A., Torriani, M., & Yu, E. W. (2017). Effects of Roux-en-Y gastric bypass and sleeve gastrectomy on bone mineral density and marrow adipose tissue. Bone, 95, 85-90. doi:10.1016/j.bone.2016.11.014

Buchwald, H., Buchwald, J. N., & McGlennon, T. W. (2014a). Systematic review and meta-analysis of medium-term outcomes after banded Roux-en-Y gastric bypass. Obesity Surgery, 24(9), 1536-1551. doi:10.1007/s11695-014-1311-1

Buchwald, H., Buchwald, J. N., & McGlennon, T. W. (2014b). Systematic review and meta-analysis of medium-term outcomes after banded Roux-en-Y gastric bypass. Obes Surg, 24(9), 1536-1551. doi:10.1007/s11695-014-1311-1

Campanha-Versiani, L., Pereira, D. A. G., Ribeiro-Samora, G. A., Ramos, A. V., de Sander Diniz, M. F. H., De Marco, L. A., & Soares, M. M. S. (2017). The effect of a muscle weight-bearing and aerobic exercise program on the body composition, muscular strength, biochemical markers, and bone mass of obese patients who have undergone gastric bypass surgery. Obes Surg, 27(8), 2129-2137.

Carswell, K. A., Belgaumkar, A. P., Amiel, S. A., & Patel, A. G. (2016). A Systematic Review and Meta-analysis of the Effect of Gastric Bypass Surgery on Plasma Lipid Levels. Obesity Surgery, 26(4), 843-855. doi:10.1007/s11695-015-1829-x

Castañeda Gonzalez, L., Camberos Solís, R., Bacardí Gascón, M., & Jiménez Cruz, A. (2010). Long-term randomized clinical trials of pharmacological treatment of obesity: Systematic review. Revisión sistemática de estudios clínicos aleatorios sobre el tratamiento farmacológico a largo plazo para la obesidad., 41(1), 41.17-25.

Castello, V., Simoes, R. P., Bassi, D., Catai, A. M., Arena, R., & Borghi-Silva, A. (2011). Impact of aerobic exercise training on heart rate variability and functional capacity in obese women after gastric bypass surgery. Obes Surg, 21(11), 1739-1749. doi:10.1007/s11695-010-0319-4

Castello, V., Simões, R. P., Bassi, D., Catai, A. M., Arena, R., & Borghi-Silva, A. (2011). Impact of aerobic exercise training on heart rate variability and

Page 71: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

51

functional capacity in obese women after gastric bypass surgery. Obes Surg, 21(11), 1739-1749.

Church, T. S., Thomas, D. M., Tudor-Locke, C., Katzmarzyk, P. T., Earnest, C. P., Rodarte, R. Q., . . . Bouchard, C. (2011). Trends over 5 decades in U.S. occupation-related physical activity and their associations with obesity. PLoS ONE, 6(5), e19657. doi:10.1371/journal.pone.0019657

Clifton, P. M., & Keogh, J. B. (2018). Effects of Different Weight Loss Approaches on CVD Risk. Curr Atheroscler Rep, 20(6), 27. doi:10.1007/s11883-018-0728-8

Coen, P. M., Carnero, E. A., & Goodpaster, B. H. (2018). Exercise and Bariatric Surgery: An Effective Therapeutic Strategy. Exerc Sport Sci Rev, 46(4), 262-270. doi:10.1249/jes.0000000000000168

Courcoulas, A. P., Belle, S. H., Neiberg, R. H., Pierson, S. K., Eagleton, J. K., Kalarchian, M. A., . . . Jakicic, J. M. (2015). Three-Year Outcomes of Bariatric Surgery vs Lifestyle Intervention for Type 2 Diabetes Mellitus Treatment: A Randomized Clinical Trial. JAMA Surg, 150(10), 931-940. doi:10.1001/jamasurg.2015.1534

Crean-Tate, K. K., & Reizes, O. (2018). Leptin Regulation of Cancer Stem Cells in Breast and Gynecologic Cancer. Endocrinology. doi:10.1210/en.2018-00379

Cummings, D. E., Arterburn, D. E., Westbrook, E. O., Kuzma, J. N., Stewart, S. D., Chan, C. P., . . . Flum, D. R. (2016). Gastric bypass surgery vs intensive lifestyle and medical intervention for type 2 diabetes: the CROSSROADS randomised controlled trial. Diabetologia, 59(5), 945-953. doi:10.1007/s00125-016-3903-x

da Silva, A. L. G., Sardeli, A. V., André, L. D., Severin, R., de Oliveira, C. R., Hassan, C., . . . Phillips, S. A. (2019). Exercise Training Does Improve Cardiorespiratory Fitness in Post-Bariatric Surgery Patients. Obesity Surgery, 29(4), 1416-1419. doi:10.1007/s11695-019-03731-9

Davis, C. S., Clarke, R. E., Coulter, S. N., Rounsefell, K. N., Walker, R. E., Rauch, C. E., . . . Ryan, L. (2016). Intermittent energy restriction and weight loss: a systematic review. Eur J Clin Nutr, 70(3), 292-299. doi:10.1038/ejcn.2015.195

De Lorenzo, A., Soldati, L., Sarlo, F., Calvani, M., Di Lorenzo, N., & Di Renzo, L. (2016). New obesity classification criteria as a tool for bariatric surgery indication. World J Gastroenterol, 22(2), 681-703. doi:10.3748/wjg.v22.i2.681

Dixon, J. B., O'Brien, P. E., Playfair, J., Chapman, L., Schachter, L. M., Skinner, S., . . . Anderson, M. (2008). Adjustable gastric banding and conventional therapy for type 2 diabetes: a randomized controlled trial. Jama, 299(3), 316-323. doi:10.1001/jama.299.3.316

Dombrowski, S. U., Knittle, K., Avenell, A., Araujo-Soares, V., & Sniehotta, F. F. (2014). Long term maintenance of weight loss with non-surgical interventions in obese adults: systematic review and meta-analyses of randomised controlled trials. Bmj, 348, g2646. doi:10.1136/bmj.g2646

Egberts, K., Brown, W. A., Brennan, L., & O’Brien, P. E. (2011). Does Exercise Improve Weight Loss after Bariatric Surgery? A Systematic Review. Obesity Surgery, 22(2), 335-341. doi:10.1007/s11695-011-0544-5

Page 72: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

52

Faria, S. L., Kelly, E., & Faria, O. P. (2009). Energy expenditure and weight regain in patients submitted to Roux-en-Y gastric bypass. Obes Surg, 19(7), 856-859. doi:10.1007/s11695-009-9842-6

Field, A. E., Camargo, C. A., Jr., & Ogino, S. (2013). The merits of subtyping obesity: one size does not fit all. Jama, 310(20), 2147-2148. doi:10.1001/jama.2013.281501

Flegal, K. M., Kit, B. K., Orpana, H., & Graubard, B. I. (2013). Association of all-cause mortality with overweight and obesity using standard body mass index categories: a systematic review and meta-analysis. Jama, 309(1), 71-82. doi:10.1001/jama.2012.113905

Gaio, V., Antunes, L., Namorado, S., Barreto, M., Gil, A., Kyslaya, I., . . . Dias, C. M. (2018). Prevalence of overweight and obesity in Portugal: Results from the First Portuguese Health Examination Survey (INSEF 2015). Obes Res Clin Pract, 12(1), 40-50. doi:10.1016/j.orcp.2017.08.002

Gaio, V., Antunes, L., Namorado, S., Barreto, M., Gil, A., Kyslaya, I., . . . Dias, C. M. (2017). Prevalence of overweight and obesity in Portugal: Results from the First Portuguese Health Examination Survey (INSEF 2015). Obes Res Clin Pract. doi:https://doi.org/10.1016/j.orcp.2017.08.002

Gardner, C. D., Trepanowski, J. F., Del Gobbo, L. C., Hauser, M. E., Rigdon, J., Ioannidis, J. P. A., . . . King, A. C. (2018). Effect of Low-Fat vs Low-Carbohydrate Diet on 12-Month Weight Loss in Overweight Adults and the Association With Genotype Pattern or Insulin Secretion: The DIETFITS Randomized Clinical Trial. Jama, 319(7), 667-679. doi:10.1001/jama.2018.0245

Gloy, V. L., Briel, M., Bhatt, D. L., Kashyap, S. R., Schauer, P. R., Mingrone, G., . . . Nordmann, A. J. (2013). Bariatric surgery versus non-surgical treatment for obesity: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ : British Medical Journal, 347, f5934. doi:10.1136/bmj.f5934

Gulliford, M. C., Charlton, J., Booth, H. P., Fildes, A., Khan, O., Reddy, M., . . . Rudisill, C. (2016). Health Services and Delivery Research. Costs and outcomes of increasing access to bariatric surgery for obesity: cohort study and cost-effectiveness analysis using electronic health records. doi:10.3310/hsdr04170

Halperin, F., Ding, S. A., Simonson, D. C., Panosian, J., Goebel-Fabbri, A., Wewalka, M., . . . Goldfine, A. B. (2014). Roux-en-Y gastric bypass surgery or lifestyle with intensive medical management in patients with type 2 diabetes: feasibility and 1-year results of a randomized clinical trial. JAMA Surg, 149(7), 716-726. doi:10.1001/jamasurg.2014.514

Harper, J. W., & Zisman, T. L. (2016). Interaction of obesity and inflammatory bowel disease. World J Gastroenterol, 22(35), 7868-7881. doi:10.3748/wjg.v22.i35.7868

Headland, M., Clifton, P. M., Carter, S., & Keogh, J. B. (2016). Weight-Loss Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis of Intermittent Energy Restriction Trials Lasting a Minimum of 6 Months. Nutrients, 8(6). doi:10.3390/nu8060354

Page 73: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

53

Herring, L. Y., Stevinson, C., Carter, P., Biddle, S. J., Bowrey, D., Sutton, C., & Davies, M. J. (2017). The effects of supervised exercise training 12-24 months after bariatric surgery on physical function and body composition: a randomised controlled trial. International Journal of Obesity. doi:10.1038/ijo.2017.60

Hopkins, M., & Blundell, J. E. (2016). Energy balance, body composition, sedentariness and appetite regulation: pathways to obesity. Clin Sci (Lond), 130(18), 1615-1628. doi:10.1042/cs20160006

Huck, C. J. (2015). Effects of supervised resistance training on fitness and functional strength in patients succeeding bariatric surgery. J Strength Cond Res, 29(3), 589-595. doi:10.1519/jsc.0000000000000667

Kakadiaris, I. A., Vrigkas, M., Yen, A. A., Kuznetsova, T., Budoff, M., & Naghavi, M. (2018). Machine Learning Outperforms ACC / AHA CVD Risk Calculator in MESA. J Am Heart Assoc, 7(22), e009476. doi:10.1161/jaha.118.009476

Kelly, T., Yang, W., Chen, C. S., Reynolds, K., & He, J. (2008). Global burden of obesity in 2005 and projections to 2030. Int J Obes (Lond), 32(9), 1431-1437. doi:10.1038/ijo.2008.102

King, W. C., Chen, J.-Y., Courcoulas, A. P., Mitchell, J. E., Wolfe, B. M., Patterson, E. J., . . . Belle, S. H. (2016). Objectively-measured sedentary time and cardiometabolic health in adults with severe obesity. Prev Med, 84(Supplement C), 12-18. doi:https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2015.12.007

Kushner, R. F. (2014). Weight Loss Strategies for Treatment of Obesity. Progress in Cardiovascular Diseases, 56(4), 465-472. doi:http://doi.org/10.1016/j.pcad.2013.09.005

Lanza, I. R. (2015). Enhancing the Metabolic Benefits of Bariatric Surgery: Tipping the Scales With Exercise. Diabetes, 64(11), 3656-3658. doi:10.2337/dbi15-0018

Lee, G. K., & Cha, Y.-M. (2016). Cardiovascular benefits of bariatric surgery. Trends in Cardiovascular Medicine, 26(3), 280-289. doi:https://doi.org/10.1016/j.tcm.2015.07.006

Livhits, M., Mercado, C., Yermilov, I., Parikh, J. A., Dutson, E., Mehran, A., . . . Gibbons, M. M. (2010). Exercise following bariatric surgery: systematic review. Obes Surg, 20(5), 657-665. doi:10.1007/s11695-010-0096-0

Lu, Y., Hajifathalian, K., Ezzati, M., Woodward, M., Rimm, E. B., & Danaei, G. (2014). Metabolic mediators of the effects of body-mass index, overweight, and obesity on coronary heart disease and stroke: a pooled analysis of 97 prospective cohorts with 1.8 million participants. Lancet, 383(9921), 970-983. doi:10.1016/s0140-6736(13)61836-x

Malik, V. S., Willett, W. C., & Hu, F. B. (2013). Global obesity: trends, risk factors and policy implications. Nature Reviews Endocrinology, 9(1), 13-27.

Metcalf, B., Rabkin, R. A., Rabkin, J. M., Metcalf, L. J., & Lehman-Becker, L. B. (2005). Weight loss composition: the effects of exercise following obesity surgery as measured by bioelectrical impedance analysis. Obes Surg, 15(2), 183-186. doi:10.1381/0960892053268381

Page 74: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

54

Mingrone, G., Panunzi, S., De Gaetano, A., Guidone, C., Iaconelli, A., Leccesi, L., . . . Ghirlanda, G. (2012). Bariatric surgery versus conventional medical therapy for type 2 diabetes. New England Journal of Medicine, 366(17), 1577-1585.

Mundbjerg, L. H., Stolberg, C. R., Bladbjerg, E. M., Funch-Jensen, P., Juhl, C. B., & Gram, B. (2018). Effects of 6 months supervised physical training on muscle strength and aerobic capacity in patients undergoing Roux-en-Y gastric bypass surgery: a randomized controlled trial. Clin Obes. doi:10.1111/cob.12256

Mundbjerg, L. H., Stolberg, C. R., Cecere, S., Bladbjerg, E. M., Funch-Jensen, P., Gram, B., & Juhl, C. B. (2018). Supervised Physical Training Improves Weight Loss After Roux-en-Y Gastric Bypass Surgery: A Randomized Controlled Trial. Obesity (Silver Spring). doi:10.1002/oby.22143

Ng, M., Fleming, T., Robinson, M., Thomson, B., Graetz, N., Margono, C., . . . Gakidou, E. (2014). Global, regional, and national prevalence of overweight and obesity in children and adults during 1980-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet, 384(9945), 766-781. doi:10.1016/s0140-6736(14)60460-8

Nora, C., Morais, T., Nora, M., Coutinho, J., do Carmo, I., & Monteiro, M. P. (2016). Gastrectomia vertical e bypass gástrico no tratamento da síndrome metabólica. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, 11(1), 23-29.

Nunez Lopez, Y. O., Coen, P. M., Goodpaster, B. H., & Seyhan, A. A. (2017). Gastric bypass surgery with exercise alters plasma microRNAs that predict improvements in cardiometabolic risk. International Journal of Obesity, 41(7), 1121-1130. doi:10.1038/ijo.2017.84

Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation. (2000). World Health Organ Tech Rep Ser, 894, i-xii, 1-253.

Onofre, T., Carlos, R., Oliver, N., Felismino, A., Fialho, D., Corte, R., . . . Bruno, S. (2017). Effects of a Physical Activity Program on Cardiorespiratory Fitness and Pulmonary Function in Obese Women after Bariatric Surgery: a Pilot Study. Obes Surg, 27(8), 2026-2033. doi:10.1007/s11695-017-2584-y

Organization, W. H. (2018, 16 February 2018). Obesity and overweight.

Otto, M., Elrefai, M., Krammer, J., Weiss, C., Kienle, P., & Hasenberg, T. (2016). Sleeve Gastrectomy and Roux-en-Y Gastric Bypass Lead to Comparable Changes in Body Composition after Adjustment for Initial Body Mass Index. Obes Surg, 26(3), 479-485. doi:10.1007/s11695-015-1792-6

Parikh, M., Chung, M., Sheth, S., McMacken, M., Zahra, T., Saunders, J. K., . . . Pachter, H. L. (2014a). Randomized pilot trial of bariatric surgery versus intensive medical weight management on diabetes remission in type 2 diabetic patients who do NOT meet NIH criteria for surgery and the role of soluble RAGE as a novel biomarker of success. Ann Surg, 260(4), 617-622; discussion 622-614. doi:10.1097/sla.0000000000000919

Parikh, M., Chung, M., Sheth, S., McMacken, M., Zahra, T., Saunders, J. K., . . . Pachter, H. L. (2014b). Randomized pilot trial of bariatric surgery versus intensive medical weight management on diabetes remission in type 2 diabetic patients who do NOT meet NIH criteria for surgery and the role of soluble RAGE

Page 75: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

55

as a novel biomarker of success. Ann Surg, 260(4), 617-622. doi:10.1097/sla.0000000000000919

Pickering, T. G., Hall, J. E., Appel, L. J., Falkner, B. E., Graves, J., Hill, M. N., . . . Roccella, E. J. (2005). Recommendations for blood pressure measurement in humans and experimental animals: part 1: blood pressure measurement in humans: a statement for professionals from the Subcommittee of Professional and Public Education of the American Heart Association Council on High Blood Pressure Research. Circulation, 111(5), 697-716.

Plourde, B., Sarrazin, J. F., Nault, I., & Poirier, P. (2014). Sudden cardiac death and obesity. Expert Rev Cardiovasc Ther, 12(9), 1099-1110. doi:10.1586/14779072.2014.952283

Pournaras, D. J., Osborne, A., Hawkins, S. C., Vincent, R. P., Mahon, D., Ewings, P., . . . le Roux, C. W. (2010). Remission of type 2 diabetes after gastric bypass and banding: mechanisms and 2 year outcomes. Ann Surg, 252(6), 966-971. doi:10.1097/SLA.0b013e3181efc49a

Pucci, A., & Finer, N. (2015). New Medications for Treatment of Obesity: Metabolic and Cardiovascular Effects. Canadian Journal of Cardiology, 31(2), 142-152. doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.cjca.2014.11.010

Quintas-Neves, M., Preto, J., & Drummond, M. (2016). Assessment of bariatric surgery efficacy on Obstructive Sleep Apnea (OSA). Rev Port Pneumol (2006), 22(6), 331-336. doi:10.1016/j.rppnen.2016.05.006

Sánchez Ortega, L., Sánchez Juan, C., & Alfonso García, A. (2014). Valoración de un programa de ejercicio físico estructurado en pacientes con obesidad mórbida pendientes de cirugía bariátrica. Nutrición Hospitalaria, 29(1), 64-72.

Schauer, P. R., Bhatt, D. L., Kirwan, J. P., Wolski, K., Aminian, A., Brethauer, S. A., . . . Kashyap, S. R. (2017). Bariatric Surgery versus Intensive Medical Therapy for Diabetes — 5-Year Outcomes. New England Journal of Medicine, 376(7), 641-651. doi:10.1056/NEJMoa1600869

Schauer, P. R., Bhatt, D. L., Kirwan, J. P., Wolski, K., Brethauer, S. A., Navaneethan, S. D., . . . Kashyap, S. R. (2014). Bariatric surgery versus intensive medical therapy for diabetes--3-year outcomes. N Engl J Med, 370(21), 2002-2013. doi:10.1056/NEJMoa1401329

Schauer, P. R., Kashyap, S. R., Wolski, K., Brethauer, S. A., Kirwan, J. P., Pothier, C. E., . . . Bhatt, D. L. (2012). Bariatric surgery versus intensive medical therapy in obese patients with diabetes. N Engl J Med, 366(17), 1567-1576. doi:10.1056/NEJMoa1200225

Seimon, R. V., Roekenes, J. A., Zibellini, J., Zhu, B., Gibson, A. A., Hills, A. P., . . . Sainsbury, A. (2015). Do intermittent diets provide physiological benefits over continuous diets for weight loss? A systematic review of clinical trials. Mol Cell Endocrinol, 418 Pt 2, 153-172. doi:10.1016/j.mce.2015.09.014

Shah, M., Snell, P. G., Rao, S., Adams-Huet, B., Quittner, C., Livingston, E. H., & Garg, A. (2011). High-volume exercise program in obese bariatric surgery patients: a randomized, controlled trial. Obesity (Silver Spring), 19(9), 1826-1834. doi:10.1038/oby.2011.172

Page 76: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

56

Shankar, S. S., Mixson, L. A., Chakravarthy, M., Chisholm, R., Acton, A. J., Jones, R., . . . Considine, R. V. (2017). Metabolic improvements following Roux-en-Y surgery assessed by solid meal test in subjects with short duration type 2 diabetes. BMC Obes, 4, 10. doi:10.1186/s40608-017-0149-1

SILVA, P. T. d., Patias, L. D., Alvarez, G. d. C., Kirsten, V. R., COLPO, E., & MORAES, C. M. B. d. (2015). Profile of patients who seek the bariatric surgery. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 28(4), 270-273.

Singh, G. M., Danaei, G., Farzadfar, F., Stevens, G. A., Woodward, M., Wormser, D., . . . Prospective Studies, C. (2013). The Age-Specific Quantitative Effects of Metabolic Risk Factors on Cardiovascular Diseases and Diabetes: A Pooled Analysis. PLoS ONE, 8(7), e65174. doi:10.1371/journal.pone.0065174

Sjostrom, L. (2013). Review of the key results from the Swedish Obese Subjects (SOS) trial - a prospective controlled intervention study of bariatric surgery. J Intern Med, 273(3), 219-234. doi:10.1111/joim.12012

Skinner, A. C., & Skelton, J. A. (2014). Prevalence and trends in obesity and severe obesity among children in the United States, 1999-2012. JAMA pediatrics, 168(6), 561-566.

Skogar, M., Holmback, U., Hedberg, J., Riserus, U., & Sundbom, M. (2016). Preserved Fat-Free Mass after Gastric Bypass and Duodenal Switch. Obesity Surgery. doi:10.1007/s11695-016-2476-6

Skolnik, N. S., & Ryan, D. H. (2014). Pathophysiology, Epidemiology, and Assessment of Obesity in Adults. Journal of Family Practice, 63, S3-S10.

Stegen, S., Derave, W., Calders, P., Van Laethem, C., & Pattyn, P. (2011). Physical fitness in morbidly obese patients: effect of gastric bypass surgery and exercise training. Obes Surg, 21(1), 61-70. doi:10.1007/s11695-009-0045-y

Sweeting, A. N., Hocking, S. L., & Markovic, T. P. (2015). Pharmacotherapy for the treatment of obesity. Molecular and Cellular Endocrinology, 418(Part 2), 173-183. doi:10.1016/j.mce.2015.09.005

Tinsley, G. M., & La Bounty, P. M. (2015). Effects of intermittent fasting on body composition and clinical health markers in humans. Nutr Rev, 73(10), 661-674. doi:10.1093/nutrit/nuv041

Tuomilehto, H., Seppa, J., & Uusitupa, M. (2013). Obesity and obstructive sleep apnea--clinical significance of weight loss. Sleep Med Rev, 17(5), 321-329. doi:10.1016/j.smrv.2012.08.002

Ulen, C. G., Huizinga, M. M., Beech, B., & Elasy, T. A. (2008). Weight regain prevention. Clinical Diabetes, 26(3), 100-113.

Vaurs, C., Diméglio, C., Charras, L., Anduze, Y., Chalret du Rieu, M., & Ritz, P. (2015). Original article: Determinants of changes in muscle mass after bariatric surgery. Diabetes and Metabolism, 41, 416-421. doi:10.1016/j.diabet.2015.04.003

Verheggen, R. J., Maessen, M. F., Green, D. J., Hermus, A. R., Hopman, M. T., & Thijssen, D. H. (2016). A systematic review and meta-analysis on the effects of exercise training versus hypocaloric diet: distinct effects on body weight and

Page 77: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

57

visceral adipose tissue. Obesity Reviews, 17(8), 664-690. doi:10.1111/obr.12406

Vest, A. R., Heneghan, H. M., Agarwal, S., Schauer, P. R., & Young, J. B. (2012). Bariatric surgery and cardiovascular outcomes: a systematic review. Heart (British Cardiac Society), 98(24), 1763-1777. doi:10.1136/heartjnl-2012-301778

Vest, A. R., Heneghan, H. M., Agarwal, S., Schauer, P. R., & Young, J. B. (2012). Bariatric surgery and cardiovascular outcomes: a systematic review. Heart, 98(24), 1763. doi:10.1136/heartjnl-2012-301778

Wilhelm, S. M., Young, J., & Kale-Pradhan, P. B. (2014). Effect of bariatric surgery on hypertension: a meta-analysis. Ann Pharmacother, 48(6), 674-682. doi:10.1177/1060028014529260

Wilms, B., Ernst, B., Thurnheer, M., Weisser, B., & Schultes, B. (2012). Differential Changes in Exercise Performance After Massive Weight Loss Induced by Bariatric Surgery. Obesity Surgery, 23(3), 365-371. doi:10.1007/s11695-012-0795-9

Wilson, P. W., D'Agostino, R. B., Levy, D., Belanger, A. M., Silbershatz, H., & Kannel, W. B. (1998). Prediction of coronary heart disease using risk factor categories. Circulation, 97(18), 1837-1847. doi:10.1161/01.cir.97.18.1837

Wing, R. R., & Hill, J. O. (2001). Successful weight loss maintenance. Annu Rev Nutr, 21, 323-341. doi:10.1146/annurev.nutr.21.1.323

Woodlief, T. L., Carnero, E. A., Standley, R. A., Distefano, G., Anthony, S. J., Dubis, G. S., . . . Goodpaster, B. H. (2015). Dose response of exercise training following roux-en-Y gastric bypass surgery: A randomized trial. Obesity (Silver Spring), 23(12), 2454-2461. doi:10.1002/oby.21332

Wormser, D., Kaptoge, S., Di Angelantonio, E., Wood, A. M., Pennells, L., Thompson, A., . . . Danesh, J. (2011). Separate and combined associations of body-mass index and abdominal adiposity with cardiovascular disease: collaborative analysis of 58 prospective studies. Lancet, 377(9771), 1085-1095. doi:10.1016/s0140-6736(11)60105-0

Wu, T., Gao, X., Chen, M., & van Dam, R. M. (2009). Long-term effectiveness of diet-plus-exercise interventions vs. diet-only interventions for weight loss: a meta-analysis. Obesity Reviews, 10(3), 313-323. doi:10.1111/j.1467-789X.2008.00547.x

Yang, Z., Yu, Z., Jiang, Y., Bai, Y., Miller-Kovach, K., Zhao, W., . . . Chen, C. (2016). Evaluation of a community-based behavioral weight loss program in Chinese adults: A randomized controlled trial. Obesity (Silver Spring). doi:10.1002/oby.21527

Zhang, Y., Liu, J., Yao, J., Ji, G., Qian, L., Wang, J., . . . Liu, Y. (2014). Obesity: pathophysiology and intervention. Nutrients, 6(11), 5153-5183. doi:10.3390/nu6115153

Page 78: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

58

Page 79: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

59

4. Conclusão e perspectivas futuras

Page 80: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

60

Page 81: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

61

4. Conclusão e perspectivas futuras

A presente dissertação foi composta por duas partes, um trabalho de revisão

da literatura e um estudo experimental. Com base nestas duas partes chegamos às

seguintes conclusões:

• A cirurgia bariátrica é uma estratégia extremamente eficaz no tratamento da

obesidade severa e de várias das suas comorbidades comparativamente a

outros métodos farmacológicos e não farmacológicos.

• A CB é muito eficaz na melhoria de várias comorbilidades associadas à

obesidade severa e na redução do perfil de risco cardiometabólico que lhe está

associado.

• Os resultados do presente estudo, sugerem que, aos 12 meses de seguimento,

um programa de exercício físico multicomponente não parece acrescentar

benefícios adicionais na diminuição do risco cardiometabólico

comparativamente aos benefícios isolados da CB.

• Os resultados do presente estudo deverão ser interpretados tendo em conta

as suas limitações, designadamente a baixa taxa de adesão ao programa de

exercício físico aplicado ao grupo experimental assim como à ausência de

informação relativa à atividade física habitual dos participantes,

nomeadamente do grupo de controlo.

• Este estudo acrescenta evidências importantes para ajudar a compreender o

efeito do tratamento da obesidade através da cirúrgica bariátrica na alteração

do risco cardiovascular assim como relativamente aos efeitos do exercício

físico após a cirurgia bariátrica no perfil de risco cardiometabólico. Todavia,

devem ser ainda realizados mais estudos voltados para esta temática,

tentando minimizar as limitações associadas a este tipo de trabalho e que

testem diferentes protocolos de intervenção no sentido de caracterizar melhor

o contributo do exercício na optimização do perfil de risco cardiometabólico

após CB.

Page 82: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

62

Page 83: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

63

5. Referências Bibliográficas

Page 84: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

64

Page 85: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

65

5. Referencias Bibliográficas

Abdelaal, M., le Roux, C. W., & Docherty, N. G. (2017). Morbidity and mortality associated with obesity. Annals of Translational Medicine, 5(7), 161. doi:10.21037/atm.2017.03.107

Acquafresca, P. A., Palermo, M., Rogula, T., Duza, G. E., & Serra, E. (2015). Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva : ABCD = Brazilian archives of digestive surgery. Arquivos brasileiros de cirurgia digestiva, 28(1), 74-80. doi:10.1590/s0102-67202015000100019

Adil, M. T., Jain, V., Rashid, F., Al-taan, O., Whitelaw, D., & Jambulingam, P. (2018a). Meta-analysis of the effect of bariatric surgery on physical function. British Journal of Surgery, 105(9), 1107-1118. doi:10.1002/bjs.10880

Adil, M. T., Jain, V., Rashid, F., Al-Taan, O., Whitelaw, D., & Jambulingam, P. (2018b). Meta-analysis of the effect of bariatric surgery on physical function. Br J Surg, 105(9), 1107-1118. doi:10.1002/bjs.10880

Afshin, A., Forouzanfar, M. H., Reitsma, M. B., Sur, P., Estep, K., Lee, A., . . . Murray, C. J. L. (2017). Health Effects of Overweight and Obesity in 195 Countries over 25 Years. N Engl J Med, 377(1), 13-27. doi:10.1056/NEJMoa1614362

Angrisani, L., Santonicola, A., Iovino, P., Vitiello, A., Higa, K., Himpens, J., . . . Scopinaro, N. (2018). IFSO Worldwide Survey 2016: primary, endoluminal, and revisional procedures. Obesity Surgery, 28(12), 3783-3794.

Angrisani, L., Santonicola, A., Iovino, P., Vitiello, A., Zundel, N., Buchwald, H., & Scopinaro, N. (2017). Bariatric Surgery and Endoluminal Procedures: IFSO Worldwide Survey 2014. Obes Surg, 27(9), 2279-2289. doi:10.1007/s11695-017-2666-x

Armijo-Olivo, S., Warren, S., & Magee, D. (2009). Intention to treat analysis, compliance, drop-outs and how to deal with missing data in clinical research: a review. Physical therapy reviews, 14(1), 36-49.

Aune, D., Sen, A., Prasad, M., Norat, T., Janszky, I., Tonstad, S., . . . Vatten, L. J. (2016). BMI and all cause mortality: systematic review and non-linear dose-response meta-analysis of 230 cohort studies with 3.74 million deaths among 30.3 million participants. BMJ, 353, i2156. doi:10.1136/bmj.i2156

Bajer, B., Vlcek, M., Galusova, A., Imrich, R., & Penesova, A. (2015). Exercise associated hormonal signals as powerful determinants of an effective fat mass loss. Endocr Regul, 49(3), 151-163.

Baqai, N., & Wilding, J. P. H. (2015). Obesity and metabolic complications: Pathophysiology and aetiology of obesity. Medicine (Baltimore), 43, 73-76. doi:10.1016/j.mpmed.2014.11.016

Barreto, M., Gaio, V., Kislaya, I., Antunes, L., Rodrigues, A. P., Silva, A. C., . . . Namorado, S. (2016). 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF 2015): Estado de Saúde.

Bellicha, A., Ciangura, C., Poitou, C., Portero, P., & Oppert, J. M. (2018). Effectiveness of exercise training after bariatric surgery-a systematic literature review and meta-analysis. Obesity Reviews, 19(11), 1544-1556. doi:10.1111/obr.12740

Benraouane, F., & Litwin, S. E. (2011). Reductions in cardiovascular risk after bariatric surgery. Current opinion in cardiology, 26(6), 555-561. doi:10.1097/HCO.0b013e32834b7fc4

Bond, D. S., Phelan, S., Wolfe, L. G., Evans, R. K., Meador, J. G., Kellum, J. M., . . . Wing, R. R. (2009). Becoming physically active after bariatric surgery is associated with improved weight loss and health-related quality of life. Obesity (Silver Spring), 17(1), 78-83. doi:10.1038/oby.2008.501

Bratberg, J. A., Bulut, E., Rieck, A. E., Lonnebakken, M. T., Hetland, T., & Gerdts, E. (2014). Determinants of systolic blood pressure response during exercise in overweight subjects. Blood Press, 23(4), 200-205. doi:10.3109/08037051.2013.858477

Page 86: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

66

Bredella, M. A., Greenblatt, L. B., Eajazi, A., Torriani, M., & Yu, E. W. (2017). Effects of Roux-en-Y gastric bypass and sleeve gastrectomy on bone mineral density and marrow adipose tissue. Bone, 95, 85-90. doi:10.1016/j.bone.2016.11.014

Buchwald, H., Buchwald, J. N., & McGlennon, T. W. (2014). Systematic review and meta-analysis of medium-term outcomes after banded Roux-en-Y gastric bypass. Obes Surg, 24(9), 1536-1551. doi:10.1007/s11695-014-1311-1

Campanha-Versiani, L., Pereira, D. A. G., Ribeiro-Samora, G. A., Ramos, A. V., de Sander Diniz, M. F. H., De Marco, L. A., & Soares, M. M. S. (2017). The effect of a muscle weight-bearing and aerobic exercise program on the body composition, muscular strength, biochemical markers, and bone mass of obese patients who have undergone gastric bypass surgery. Obes Surg, 27(8), 2129-2137.

Carswell, K. A., Belgaumkar, A. P., Amiel, S. A., & Patel, A. G. (2016). A Systematic Review and Meta-analysis of the Effect of Gastric Bypass Surgery on Plasma Lipid Levels. Obes Surg, 26(4), 843-855. doi:10.1007/s11695-015-1829-x

Castañeda Gonzalez, L., Camberos Solís, R., Bacardí Gascón, M., & Jiménez Cruz, A. (2010). Long-term randomized clinical trials of pharmacological treatment of obesity: Systematic review. Revisión sistemática de estudios clínicos aleatorios sobre el tratamiento farmacológico a largo plazo para la obesidad., 41(1), 41.17-25.

Castello, V., Simoes, R. P., Bassi, D., Catai, A. M., Arena, R., & Borghi-Silva, A. (2011). Impact of aerobic exercise training on heart rate variability and functional capacity in obese women after gastric bypass surgery. Obes Surg, 21(11), 1739-1749. doi:10.1007/s11695-010-0319-4

Castello, V., Simões, R. P., Bassi, D., Catai, A. M., Arena, R., & Borghi-Silva, A. (2011). Impact of aerobic exercise training on heart rate variability and functional capacity in obese women after gastric bypass surgery. Obes Surg, 21(11), 1739-1749.

Church, T. S., Thomas, D. M., Tudor-Locke, C., Katzmarzyk, P. T., Earnest, C. P., Rodarte, R. Q., . . . Bouchard, C. (2011). Trends over 5 decades in U.S. occupation-related physical activity and their associations with obesity. PLoS ONE, 6(5), e19657. doi:10.1371/journal.pone.0019657

Clifton, P. M., & Keogh, J. B. (2018). Effects of Different Weight Loss Approaches on CVD Risk. Curr Atheroscler Rep, 20(6), 27. doi:10.1007/s11883-018-0728-8

Coen, P. M., Carnero, E. A., & Goodpaster, B. H. (2018). Exercise and Bariatric Surgery: An Effective Therapeutic Strategy. Exerc Sport Sci Rev, 46(4), 262-270. doi:10.1249/jes.0000000000000168

Courcoulas, A. P., Belle, S. H., Neiberg, R. H., Pierson, S. K., Eagleton, J. K., Kalarchian, M. A., . . . Jakicic, J. M. (2015). Three-Year Outcomes of Bariatric Surgery vs Lifestyle Intervention for Type 2 Diabetes Mellitus Treatment: A Randomized Clinical Trial. JAMA Surg, 150(10), 931-940. doi:10.1001/jamasurg.2015.1534

Crean-Tate, K. K., & Reizes, O. (2018). Leptin Regulation of Cancer Stem Cells in Breast and Gynecologic Cancer. Endocrinology. doi:10.1210/en.2018-00379

Cummings, D. E., Arterburn, D. E., Westbrook, E. O., Kuzma, J. N., Stewart, S. D., Chan, C. P., . . . Flum, D. R. (2016). Gastric bypass surgery vs intensive lifestyle and medical intervention for type 2 diabetes: the CROSSROADS randomised controlled trial. Diabetologia, 59(5), 945-953. doi:10.1007/s00125-016-3903-x

da Silva, A. L. G., Sardeli, A. V., André, L. D., Severin, R., de Oliveira, C. R., Hassan, C., . . . Phillips, S. A. (2019). Exercise Training Does Improve Cardiorespiratory Fitness in Post-Bariatric Surgery Patients. Obesity Surgery, 29(4), 1416-1419. doi:10.1007/s11695-019-03731-9

Davis, C. S., Clarke, R. E., Coulter, S. N., Rounsefell, K. N., Walker, R. E., Rauch, C. E., . . . Ryan, L. (2016). Intermittent energy restriction and weight loss: a systematic review. Eur J Clin Nutr, 70(3), 292-299. doi:10.1038/ejcn.2015.195

De Lorenzo, A., Soldati, L., Sarlo, F., Calvani, M., Di Lorenzo, N., & Di Renzo, L. (2016). New obesity classification criteria as a tool for bariatric surgery indication. World J Gastroenterol, 22(2), 681-703. doi:10.3748/wjg.v22.i2.681

Page 87: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

67

Dixon, J. B., O'Brien, P. E., Playfair, J., Chapman, L., Schachter, L. M., Skinner, S., . . . Anderson, M. (2008). Adjustable gastric banding and conventional therapy for type 2 diabetes: a randomized controlled trial. Jama, 299(3), 316-323. doi:10.1001/jama.299.3.316

Dombrowski, S. U., Knittle, K., Avenell, A., Araujo-Soares, V., & Sniehotta, F. F. (2014). Long term maintenance of weight loss with non-surgical interventions in obese adults: systematic review and meta-analyses of randomised controlled trials. Bmj, 348, g2646. doi:10.1136/bmj.g2646

Egberts, K., Brown, W. A., Brennan, L., & O’Brien, P. E. (2011). Does Exercise Improve Weight Loss after Bariatric Surgery? A Systematic Review. Obesity Surgery, 22(2), 335-341. doi:10.1007/s11695-011-0544-5

Faria, S. L., Kelly, E., & Faria, O. P. (2009). Energy expenditure and weight regain in patients submitted to Roux-en-Y gastric bypass. Obes Surg, 19(7), 856-859. doi:10.1007/s11695-009-9842-6

Field, A. E., Camargo, C. A., Jr., & Ogino, S. (2013). The merits of subtyping obesity: one size does not fit all. Jama, 310(20), 2147-2148. doi:10.1001/jama.2013.281501

Flegal, K. M., Kit, B. K., Orpana, H., & Graubard, B. I. (2013). Association of all-cause mortality with overweight and obesity using standard body mass index categories: a systematic review and meta-analysis. Jama, 309(1), 71-82. doi:10.1001/jama.2012.113905

Gaio, V., Antunes, L., Namorado, S., Barreto, M., Gil, A., Kyslaya, I., . . . Dias, C. M. (2018). Prevalence of overweight and obesity in Portugal: Results from the First Portuguese Health Examination Survey (INSEF 2015). Obes Res Clin Pract, 12(1), 40-50. doi:10.1016/j.orcp.2017.08.002

Gaio, V., Antunes, L., Namorado, S., Barreto, M., Gil, A., Kyslaya, I., . . . Dias, C. M. (2017). Prevalence of overweight and obesity in Portugal: Results from the First Portuguese Health Examination Survey (INSEF 2015). Obes Res Clin Pract. doi:https://doi.org/10.1016/j.orcp.2017.08.002

Gardner, C. D., Trepanowski, J. F., Del Gobbo, L. C., Hauser, M. E., Rigdon, J., Ioannidis, J. P. A., . . . King, A. C. (2018). Effect of Low-Fat vs Low-Carbohydrate Diet on 12-Month Weight Loss in Overweight Adults and the Association With Genotype Pattern or Insulin Secretion: The DIETFITS Randomized Clinical Trial. Jama, 319(7), 667-679. doi:10.1001/jama.2018.0245

Gloy, V. L., Briel, M., Bhatt, D. L., Kashyap, S. R., Schauer, P. R., Mingrone, G., . . . Nordmann, A. J. (2013). Bariatric surgery versus non-surgical treatment for obesity: a systematic review and meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ : British Medical Journal, 347, f5934. doi:10.1136/bmj.f5934

Gulliford, M. C., Charlton, J., Booth, H. P., Fildes, A., Khan, O., Reddy, M., . . . Rudisill, C. (2016). Health Services and Delivery Research. Costs and outcomes of increasing access to bariatric surgery for obesity: cohort study and cost-effectiveness analysis using electronic health records. doi:10.3310/hsdr04170

Halperin, F., Ding, S. A., Simonson, D. C., Panosian, J., Goebel-Fabbri, A., Wewalka, M., . . . Goldfine, A. B. (2014). Roux-en-Y gastric bypass surgery or lifestyle with intensive medical management in patients with type 2 diabetes: feasibility and 1-year results of a randomized clinical trial. JAMA Surg, 149(7), 716-726. doi:10.1001/jamasurg.2014.514

Harper, J. W., & Zisman, T. L. (2016). Interaction of obesity and inflammatory bowel disease. World J Gastroenterol, 22(35), 7868-7881. doi:10.3748/wjg.v22.i35.7868

Headland, M., Clifton, P. M., Carter, S., & Keogh, J. B. (2016). Weight-Loss Outcomes: A Systematic Review and Meta-Analysis of Intermittent Energy Restriction Trials Lasting a Minimum of 6 Months. Nutrients, 8(6). doi:10.3390/nu8060354

Herring, L. Y., Stevinson, C., Carter, P., Biddle, S. J., Bowrey, D., Sutton, C., & Davies, M. J. (2017). The effects of supervised exercise training 12-24 months after bariatric surgery on physical function and body composition: a randomised controlled trial. International Journal of Obesity. doi:10.1038/ijo.2017.60

Page 88: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

68

Hopkins, M., & Blundell, J. E. (2016). Energy balance, body composition, sedentariness and appetite regulation: pathways to obesity. Clin Sci (Lond), 130(18), 1615-1628. doi:10.1042/cs20160006

Huck, C. J. (2015). Effects of supervised resistance training on fitness and functional strength in patients succeeding bariatric surgery. J Strength Cond Res, 29(3), 589-595. doi:10.1519/jsc.0000000000000667

Kakadiaris, I. A., Vrigkas, M., Yen, A. A., Kuznetsova, T., Budoff, M., & Naghavi, M. (2018). Machine Learning Outperforms ACC / AHA CVD Risk Calculator in MESA. J Am Heart Assoc, 7(22), e009476. doi:10.1161/jaha.118.009476

Kelly, T., Yang, W., Chen, C. S., Reynolds, K., & He, J. (2008). Global burden of obesity in 2005 and projections to 2030. Int J Obes (Lond), 32(9), 1431-1437. doi:10.1038/ijo.2008.102

King, W. C., Chen, J.-Y., Courcoulas, A. P., Mitchell, J. E., Wolfe, B. M., Patterson, E. J., . . . Belle, S. H. (2016). Objectively-measured sedentary time and cardiometabolic health in adults with severe obesity. Prev Med, 84(Supplement C), 12-18. doi:https://doi.org/10.1016/j.ypmed.2015.12.007

Kushner, R. F. (2014). Weight Loss Strategies for Treatment of Obesity. Progress in Cardiovascular Diseases, 56(4), 465-472. doi:http://doi.org/10.1016/j.pcad.2013.09.005

Lanza, I. R. (2015). Enhancing the Metabolic Benefits of Bariatric Surgery: Tipping the Scales With Exercise. Diabetes, 64(11), 3656-3658. doi:10.2337/dbi15-0018

Lee, G. K., & Cha, Y.-M. (2016). Cardiovascular benefits of bariatric surgery. Trends in Cardiovascular Medicine, 26(3), 280-289. doi:https://doi.org/10.1016/j.tcm.2015.07.006

Livhits, M., Mercado, C., Yermilov, I., Parikh, J. A., Dutson, E., Mehran, A., . . . Gibbons, M. M. (2010). Exercise following bariatric surgery: systematic review. Obes Surg, 20(5), 657-665. doi:10.1007/s11695-010-0096-0

Lu, Y., Hajifathalian, K., Ezzati, M., Woodward, M., Rimm, E. B., & Danaei, G. (2014). Metabolic mediators of the effects of body-mass index, overweight, and obesity on coronary heart disease and stroke: a pooled analysis of 97 prospective cohorts with 1.8 million participants. Lancet, 383(9921), 970-983. doi:10.1016/s0140-6736(13)61836-x

Malik, V. S., Willett, W. C., & Hu, F. B. (2013). Global obesity: trends, risk factors and policy implications. Nature Reviews Endocrinology, 9(1), 13-27.

Metcalf, B., Rabkin, R. A., Rabkin, J. M., Metcalf, L. J., & Lehman-Becker, L. B. (2005). Weight loss composition: the effects of exercise following obesity surgery as measured by bioelectrical impedance analysis. Obes Surg, 15(2), 183-186. doi:10.1381/0960892053268381

Mingrone, G., Panunzi, S., De Gaetano, A., Guidone, C., Iaconelli, A., Leccesi, L., . . . Ghirlanda, G. (2012). Bariatric surgery versus conventional medical therapy for type 2 diabetes. New England Journal of Medicine, 366(17), 1577-1585.

Mundbjerg, L. H., Stolberg, C. R., Bladbjerg, E. M., Funch-Jensen, P., Juhl, C. B., & Gram, B. (2018). Effects of 6 months supervised physical training on muscle strength and aerobic capacity in patients undergoing Roux-en-Y gastric bypass surgery: a randomized controlled trial. Clin Obes. doi:10.1111/cob.12256

Mundbjerg, L. H., Stolberg, C. R., Cecere, S., Bladbjerg, E. M., Funch-Jensen, P., Gram, B., & Juhl, C. B. (2018). Supervised Physical Training Improves Weight Loss After Roux-en-Y Gastric Bypass Surgery: A Randomized Controlled Trial. Obesity (Silver Spring). doi:10.1002/oby.22143

Ng, M., Fleming, T., Robinson, M., Thomson, B., Graetz, N., Margono, C., . . . Gakidou, E. (2014). Global, regional, and national prevalence of overweight and obesity in children and adults during 1980-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet, 384(9945), 766-781. doi:10.1016/s0140-6736(14)60460-8

Page 89: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

69

Nora, C., Morais, T., Nora, M., Coutinho, J., do Carmo, I., & Monteiro, M. P. (2016). Gastrectomia vertical e bypass gástrico no tratamento da síndrome metabólica. Revista Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, 11(1), 23-29.

Nunez Lopez, Y. O., Coen, P. M., Goodpaster, B. H., & Seyhan, A. A. (2017). Gastric bypass surgery with exercise alters plasma microRNAs that predict improvements in cardiometabolic risk. International Journal of Obesity, 41(7), 1121-1130. doi:10.1038/ijo.2017.84

Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultation. (2000). World Health Organ Tech Rep Ser, 894, i-xii, 1-253.

Onofre, T., Carlos, R., Oliver, N., Felismino, A., Fialho, D., Corte, R., . . . Bruno, S. (2017). Effects of a Physical Activity Program on Cardiorespiratory Fitness and Pulmonary Function in Obese Women after Bariatric Surgery: a Pilot Study. Obes Surg, 27(8), 2026-2033. doi:10.1007/s11695-017-2584-y

Organization, W. H. (2018, 16 February 2018). Obesity and overweight. Otto, M., Elrefai, M., Krammer, J., Weiss, C., Kienle, P., & Hasenberg, T. (2016). Sleeve

Gastrectomy and Roux-en-Y Gastric Bypass Lead to Comparable Changes in Body Composition after Adjustment for Initial Body Mass Index. Obes Surg, 26(3), 479-485. doi:10.1007/s11695-015-1792-6

Parikh, M., Chung, M., Sheth, S., McMacken, M., Zahra, T., Saunders, J. K., . . . Pachter, H. L. (2014). Randomized pilot trial of bariatric surgery versus intensive medical weight management on diabetes remission in type 2 diabetic patients who do NOT meet NIH criteria for surgery and the role of soluble RAGE as a novel biomarker of success. Ann Surg, 260(4), 617-622; discussion 622-614. doi:10.1097/sla.0000000000000919

Pickering, T. G., Hall, J. E., Appel, L. J., Falkner, B. E., Graves, J., Hill, M. N., . . . Roccella, E. J. (2005). Recommendations for blood pressure measurement in humans and experimental animals: part 1: blood pressure measurement in humans: a statement for professionals from the Subcommittee of Professional and Public Education of the American Heart Association Council on High Blood Pressure Research. Circulation, 111(5), 697-716.

Plourde, B., Sarrazin, J. F., Nault, I., & Poirier, P. (2014). Sudden cardiac death and obesity. Expert Rev Cardiovasc Ther, 12(9), 1099-1110. doi:10.1586/14779072.2014.952283

Pournaras, D. J., Osborne, A., Hawkins, S. C., Vincent, R. P., Mahon, D., Ewings, P., . . . le Roux, C. W. (2010). Remission of type 2 diabetes after gastric bypass and banding: mechanisms and 2 year outcomes. Ann Surg, 252(6), 966-971. doi:10.1097/SLA.0b013e3181efc49a

Pucci, A., & Finer, N. (2015). New Medications for Treatment of Obesity: Metabolic and Cardiovascular Effects. Canadian Journal of Cardiology, 31(2), 142-152. doi:http://dx.doi.org/10.1016/j.cjca.2014.11.010

Quintas-Neves, M., Preto, J., & Drummond, M. (2016). Assessment of bariatric surgery efficacy on Obstructive Sleep Apnea (OSA). Rev Port Pneumol (2006), 22(6), 331-336. doi:10.1016/j.rppnen.2016.05.006

Sánchez Ortega, L., Sánchez Juan, C., & Alfonso García, A. (2014). Valoración de un programa de ejercicio físico estructurado en pacientes con obesidad mórbida pendientes de cirugía bariátrica. Nutrición Hospitalaria, 29(1), 64-72.

Schauer, P. R., Bhatt, D. L., Kirwan, J. P., Wolski, K., Aminian, A., Brethauer, S. A., . . . Kashyap, S. R. (2017). Bariatric Surgery versus Intensive Medical Therapy for Diabetes — 5-Year Outcomes. New England Journal of Medicine, 376(7), 641-651. doi:10.1056/NEJMoa1600869

Schauer, P. R., Bhatt, D. L., Kirwan, J. P., Wolski, K., Brethauer, S. A., Navaneethan, S. D., . . . Kashyap, S. R. (2014). Bariatric surgery versus intensive medical therapy for diabetes--3-year outcomes. N Engl J Med, 370(21), 2002-2013. doi:10.1056/NEJMoa1401329

Schauer, P. R., Kashyap, S. R., Wolski, K., Brethauer, S. A., Kirwan, J. P., Pothier, C. E., . . . Bhatt, D. L. (2012). Bariatric surgery versus intensive medical therapy in obese

Page 90: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

70

patients with diabetes. N Engl J Med, 366(17), 1567-1576. doi:10.1056/NEJMoa1200225

Seimon, R. V., Roekenes, J. A., Zibellini, J., Zhu, B., Gibson, A. A., Hills, A. P., . . . Sainsbury, A. (2015). Do intermittent diets provide physiological benefits over continuous diets for weight loss? A systematic review of clinical trials. Mol Cell Endocrinol, 418 Pt 2, 153-172. doi:10.1016/j.mce.2015.09.014

Shah, M., Snell, P. G., Rao, S., Adams-Huet, B., Quittner, C., Livingston, E. H., & Garg, A. (2011). High-volume exercise program in obese bariatric surgery patients: a randomized, controlled trial. Obesity (Silver Spring), 19(9), 1826-1834. doi:10.1038/oby.2011.172

Shankar, S. S., Mixson, L. A., Chakravarthy, M., Chisholm, R., Acton, A. J., Jones, R., . . . Considine, R. V. (2017). Metabolic improvements following Roux-en-Y surgery assessed by solid meal test in subjects with short duration type 2 diabetes. BMC Obes, 4, 10. doi:10.1186/s40608-017-0149-1

Silva, P. T. d., Patias, L. D., Alvarez, G. d. C., Kirsten, V. R., COLPO, E., & MORAES, C. M. B. d. (2015). Profile of patients who seek the bariatric surgery. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva (São Paulo), 28(4), 270-273.

Singh, G. M., Danaei, G., Farzadfar, F., Stevens, G. A., Woodward, M., Wormser, D., . . . Prospective Studies, C. (2013). The Age-Specific Quantitative Effects of Metabolic Risk Factors on Cardiovascular Diseases and Diabetes: A Pooled Analysis. PLoS ONE, 8(7), e65174. doi:10.1371/journal.pone.0065174

Sjostrom, L. (2013). Review of the key results from the Swedish Obese Subjects (SOS) trial - a prospective controlled intervention study of bariatric surgery. J Intern Med, 273(3), 219-234. doi:10.1111/joim.12012

Skinner, A. C., & Skelton, J. A. (2014). Prevalence and trends in obesity and severe obesity among children in the United States, 1999-2012. JAMA pediatrics, 168(6), 561-566.

Skogar, M., Holmback, U., Hedberg, J., Riserus, U., & Sundbom, M. (2016). Preserved Fat-Free Mass after Gastric Bypass and Duodenal Switch. Obesity Surgery. doi:10.1007/s11695-016-2476-6

Skolnik, N. S., & Ryan, D. H. (2014). Pathophysiology, Epidemiology, and Assessment of Obesity in Adults. Journal of Family Practice, 63, S3-S10.

Stegen, S., Derave, W., Calders, P., Van Laethem, C., & Pattyn, P. (2011). Physical fitness in morbidly obese patients: effect of gastric bypass surgery and exercise training. Obes Surg, 21(1), 61-70. doi:10.1007/s11695-009-0045-y

Sweeting, A. N., Hocking, S. L., & Markovic, T. P. (2015). Pharmacotherapy for the treatment of obesity. Molecular and Cellular Endocrinology, 418(Part 2), 173-183. doi:10.1016/j.mce.2015.09.005

Tinsley, G. M., & La Bounty, P. M. (2015). Effects of intermittent fasting on body composition and clinical health markers in humans. Nutr Rev, 73(10), 661-674. doi:10.1093/nutrit/nuv041

Tuomilehto, H., Seppa, J., & Uusitupa, M. (2013). Obesity and obstructive sleep apnea--clinical significance of weight loss. Sleep Med Rev, 17(5), 321-329. doi:10.1016/j.smrv.2012.08.002

Ulen, C. G., Huizinga, M. M., Beech, B., & Elasy, T. A. (2008). Weight regain prevention. Clinical Diabetes, 26(3), 100-113.

Vaurs, C., Diméglio, C., Charras, L., Anduze, Y., Chalret du Rieu, M., & Ritz, P. (2015). Original article: Determinants of changes in muscle mass after bariatric surgery. Diabetes and Metabolism, 41, 416-421. doi:10.1016/j.diabet.2015.04.003

Verheggen, R. J., Maessen, M. F., Green, D. J., Hermus, A. R., Hopman, M. T., & Thijssen, D. H. (2016). A systematic review and meta-analysis on the effects of exercise training versus hypocaloric diet: distinct effects on body weight and visceral adipose tissue. Obesity Reviews, 17(8), 664-690. doi:10.1111/obr.12406

Vest, A. R., Heneghan, H. M., Agarwal, S., Schauer, P. R., & Young, J. B. (2012). Bariatric surgery and cardiovascular outcomes: a systematic review. Heart (British Cardiac Society), 98(24), 1763-1777. doi:10.1136/heartjnl-2012-301778

Page 91: Diminuição do risco cardiovascular após cirurgia …...professor Hélder Fonseca que com o seu vasto conhecimento ajudou-me muito. Esteve sempre disponível, e foi uma enorme ajuda

71

Vest, A. R., Heneghan, H. M., Agarwal, S., Schauer, P. R., & Young, J. B. (2012). Bariatric surgery and cardiovascular outcomes: a systematic review. Heart, 98(24), 1763. doi:10.1136/heartjnl-2012-301778

Wilhelm, S. M., Young, J., & Kale-Pradhan, P. B. (2014). Effect of bariatric surgery on hypertension: a meta-analysis. Ann Pharmacother, 48(6), 674-682. doi:10.1177/1060028014529260

Wilms, B., Ernst, B., Thurnheer, M., Weisser, B., & Schultes, B. (2012). Differential Changes in Exercise Performance After Massive Weight Loss Induced by Bariatric Surgery. Obesity Surgery, 23(3), 365-371. doi:10.1007/s11695-012-0795-9

Wilson, P. W., D'Agostino, R. B., Levy, D., Belanger, A. M., Silbershatz, H., & Kannel, W. B. (1998). Prediction of coronary heart disease using risk factor categories. Circulation, 97(18), 1837-1847. doi:10.1161/01.cir.97.18.1837

Wing, R. R., & Hill, J. O. (2001). Successful weight loss maintenance. Annu Rev Nutr, 21, 323-341. doi:10.1146/annurev.nutr.21.1.323

Woodlief, T. L., Carnero, E. A., Standley, R. A., Distefano, G., Anthony, S. J., Dubis, G. S., . . . Goodpaster, B. H. (2015). Dose response of exercise training following roux-en-Y gastric bypass surgery: A randomized trial. Obesity (Silver Spring), 23(12), 2454-2461. doi:10.1002/oby.21332

Wormser, D., Kaptoge, S., Di Angelantonio, E., Wood, A. M., Pennells, L., Thompson, A., . . . Danesh, J. (2011). Separate and combined associations of body-mass index and abdominal adiposity with cardiovascular disease: collaborative analysis of 58 prospective studies. Lancet, 377(9771), 1085-1095. doi:10.1016/s0140-6736(11)60105-0

Wu, T., Gao, X., Chen, M., & van Dam, R. M. (2009). Long-term effectiveness of diet-plus-exercise interventions vs. diet-only interventions for weight loss: a meta-analysis. Obesity reviews, 10(3), 313-323. doi:10.1111/j.1467-789X.2008.00547.x

Yang, Z., Yu, Z., Jiang, Y., Bai, Y., Miller-Kovach, K., Zhao, W., . . . Chen, C. (2016). Evaluation of a community-based behavioral weight loss program in Chinese adults: A randomized controlled trial. Obesity (Silver Spring). doi:10.1002/oby.21527

Zhang, Y., Liu, J., Yao, J., Ji, G., Qian, L., Wang, J., . . . Liu, Y. (2014). Obesity: pathophysiology and intervention. Nutrients, 6(11), 5153-5183. doi:10.3390/nu6115153