dimensões da ação humana e dos valores (kant e mill)

44
Como agir para agir moralmente? Filosofia 10º Ano Dimensões da ação humana e dos valores 20valores-secundario.blogspot.com

Upload: inesteixeiraduarte

Post on 07-Aug-2015

46 views

Category:

Education


2 download

TRANSCRIPT

  1. 1. Filosofia 10 Ano Dimenses da ao humana e dos valores
  2. 2. Introduo (Slide 3-4) tica deontolgica de Kant (Slide 5-25) Tipos de ao (Slide 6-7) Como agir moralmente (Slide 8-11) Lado Emocional (Slide 9) Lado Racional o princpio da moralidade (Slide 10) Descobrir qual o nosso dever (Slide 12-20) O imperativo categrico (Slide 13-17) O imperativo Hipottico (Slide 18-19) Imperativo categrico vs. Imperativo hipottico (Slide 20) O Homem como um fim (Slide 21) Objees (Slide 22-25) tica utilitarista de Mill (Slide 26-41) Princpio da utilidade ou da maior felicidade (Slide 28-30) Tipos de Prazer (Slide 31-32) Felicidade Global Felicidade Pessoal (Slide 33) Objees (Slide 36-41) Sntese (Slide 42-44) 2
  3. 3. A ao moral prende-se com as aes boas ou ms, corretas ou incorretas. Mas como que sei que estou a fazer bem ou mal? 3
  4. 4. Existem diversas teorias ticas que nos ajudam a saber se estamos, ou no, a agir corretamente. Iremos estudar duas teorias ticas, cujos critrios para classificar a ao moral so diferentes! tica deontolgica de Kant teoria tica desenvolvida por Immanuel Kant - moralidade encontra-se nas intenes ticas, ou seja, a moralidade depende das intenes do autor tica consequencialista de Mill teoria tica desenvolvida por Stuart Mill a moralidade determinada pelas consequncias da ao 4
  5. 5. Uma ao moralmente boa de acordo com as intenes do autor. 5
  6. 6. Para comear, Kant distinguiu a ao de trs formas. Ou seja, existem trs tipos distintos de ao: Ao Por Dever Ao com valor moral. O agente cumpre a lei moral, pois deseja/quer cumprir o dever Ao Conforme Ao Dever Ao legal, sem valor moral. O agente cumpre a lei moral, movido por interesses que so alheios ao cumprimento do dever (ou seja, cumpre a lei moral no por achar que a deve cumprir mas por outras razes) Ao Contra o Dever Ao ilegal, sem valor moral. O agente no cumpre a lei moral, pois movido por razes alheias que nada tm a ver com o cumprimento do dever 6
  7. 7. Exemplos 7 Lei Por Dever Lei Conforme ao Dever Ao Contra o Dever O Rui um jovem pouco simptico, de temperamento frio e indiferente s dores dos outros. No entanto, tem por hbito ajudar os mais necessitados porque acha que esse o seu dever. A Joana tem um carter filantropo, pelo que tem por hbito ajudar os mais necessitados. Sempre que algum pede dinheiro Rita, ela diz que no tem, embora isso nunca seja verdade. Independentemente das circunstncias, o Rui ir sempre seguir o dever, ajudando as pessoas, pois sente que essa a sua obrigao Se as circunstncias mudassem, e a personalidade da Joana fosse alterada, ela poderia deixar de ajudar as pessoas. A Rita est a ir contra o dever, est a fazer algo que no suposto: mentir
  8. 8. Depois de distinguir os vrios tipos de ao, Kant afirma que o prprio ser humano possui um lado racional, de onde provem a razo, e um lado emocional, possuindo as inclinaes (tem a ver com os desejos e caratersticas) e as necessidades sensveis (necessidades bsicas de uma pessoa ex: fome, no gula!) 8 Inclinaes Razo Necessidades sensveis
  9. 9. 9 Razo Inclinaes Necessidades sensveis As inclinaes e as necessidades sensveis relacionam-se com o lado emocional do homem, o lado irracional, originando aes conforme ao dever e aes contra o dever. Lado Emocional: Assim sendo, as aes que tm origem no lado emocional no so moralmente corretas. A nica forma de o ser racionalizando as inclinaes e as necessidades sensveis, e as aes conforme ao dever passam a ser por dever. (As aes contra o dever nunca so nem se podem tornar moralmente corretas)
  10. 10. 10 Razo Inclinaes Necessidades sensveis Segundo Kant, o homem tem a capacidade de racionalizar a sua vontade, tornando-a a Boa Vontade Lado Racional: A boa vontade o ideal de moralidade, o princpio da moralidade para Kant. Ou seja, uma vontade cujas decises so boas em si mesma, e no so simplesmente boas pelo fim que trazem. A boa vontade age sempre por dever. Assim, todas as leis moralmente boas, como j vimos anteriormente, so as que se aes por dever e, consequentemente, as que se regem pela boa vontade.
  11. 11. 11 Ou seja, segundo Kant, para se agir moralmente, necessrio ter uma boa vontade (querer agir de acordo com o dever) e agir por dever. Devemos agir no porque hbito fazermos isso ou porque nos ensinaram que assim o devemos fazer ou porque o que a nossa religio o diz (etc etc) mas agir de determinada forma pois esse o nosso dever.
  12. 12. 12 Mas como sabemos qual o nosso dever em cada caso? Kant afirma que devemos agir de acordo com determinado dever, porque o queremos cumprir. Mas que dever esse? Como identificar qual dever que devemos seguir em cada situao?
  13. 13. 13 Perante tais questes, Kant criou o... Imperativo Categrico O imperativo categrico uma lei formal que Kant formou que orienta o ser humana a identificar qual o seu dever, como deve agir perante determinada situao. O imperativo categrico no especfico de uma determinada situao, podendo ser aplicado em qualquer circunstncia.
  14. 14. 14 Age apenas segunda uma mxima tal que possas, ao mesmo tempo, querer que ela se torne uma lei universal. Imperativo Categrico Assim, Kant afirma que ns s devemos agir segundo mximas que queiramos universalizar.
  15. 15. 15 Mas, o que so mximas? As mximas indicam os motivos de determinada ao. a informao que completa a afirmao Estou a agir de acordo com.... 1. Assim, a primeira coisa que devemos fazer para saber como agir moralmente saber qual a mxima que nos est a orientar. 2. De seguida, questionamo-nos se essa mesma mxima poderia ser uma lei universal: Ser que todos quereriam que o mundo fosse assim? Vamos analisar um exemplo no slide seguinte.
  16. 16. 16 Um homem v-se levado pela necessidade de pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que no poder devolv-lo, mas percebe melhor ainda que ningum lho emprestar se no se comprometer firmemente a saldar a dvida ao fim de um determinado perodo. Assim, decide faz-lo. Ele agiu segundo a mxima Faz promessas com a inteno de as no cumprires. Ser esta mxima universalizvel? Kant diz-nos que no. Se todos fizessem promessas com a inteno de as no cumprir, a prpria prtica de fazer promessas desapareceria, pois esta baseia-se na confiana entre as pessoas. pura e simplesmente impossvel todos fazerem promessas com a inteno de as no cumprirem. Por isso, no podemos querer que todos ajam segundo essa mxima ela deve ser rejeitada. Este exemplo mostra claramente que o imperativo categrico serve para testar mximas. Uma mxima como Faz promessas com a inteno de as no cumprires no passa no teste, pois no podemos querer que ela se torne lei universal. E, pensa Kant, sendo assim devemos manter sempre as promessas que fazemos.
  17. 17. 17 Imaginemos agora uma pessoa rica que, embora possa fazer muito pelos outros sem se sacrificar consideravelmente, s se preocupa com o seu prprio bem-estar. Em toda a sua vida segue a mxima: Recusa-te sempre a ajudar os outros. Ser esta mxima universalizvel? Aqui a situao um pouco diferente da anterior, pois Kant admite que seria possvel todos agirem segundo essa mxima. Ainda assim, a verdade que todos ns, ao longo da nossa vida, precisamos que os outros nos ajudem, nem que seja ocasionalmente. Por isso, no queremos viver num mundo em que ningum nos ajude quando precisamos. Logo, no podemos querer que todos se recusem sempre a ajudar os outros. A mxima Recusa-te sempre a ajudar os outros no universalizvel, o que significa que errado viver sem nos preocuparmos minimamente com o bem-estar dos outros temos o dever de ajudar.
  18. 18. 18 Imperativo Hipottico Existe, no entanto, outro tipo de imperativo criado por Kant: o Imperativo Hipottico. De acordo com o imperativo hipottico, ns fazemos algo de acordo com os nossos desejos. Analisemos o seguinte exemplo: Um rapaz quer ser melhor pessoa e, para tal, sempre que pode, ajuda os outros Assim, o desejo do rapaz Ser melhor pessoa e ajuda as pessoas de modo a ser melhor.
  19. 19. 19 Imperativo Hipottico Porm, como j vimos, para Kant, no devemo-nos reger pelos nossos desejos, ou seja, no devemos seguir o imperativo hipottico. Tal pois, retomando ao exemplo, bastava o jovem no desejar ser melhor pessoa que passaria a no ajudar os outros.
  20. 20. 20 Imperativo Categrico vs. Imperativo Hipottico Imperativo Categrico Imperativo Hipottico Caratersticas A regra no prev qualquer condio, nem prev qualquer clculo de consequncias. A regra depende de querermos alcanar um determinado objetivo; portanto, a regra condicionada e, como cumprida tendo em vista as consequncias da ao, segundo Kant, o mrito desta nulo do ponto de vista tico. Exemplos Diz a verdade porque esse o teu dever Cumpre as tuas promessas porque esse o teu dever S solidrio porque esse o teu dever. Se quiseres que os outros te respeitem, deves dizer a verdade. Se quiseres que os outros te emprestem dinheiro, paga as tuas dvidas conforme acordado. Ajuda os outros para que os outros tambm te ajudem.
  21. 21. Na sociedade em que vivemos existem certos valores e perspetivas que nos foram incutidos e que nos so intrnsecos a todos ns que convivemos; e a viso do homem como um fim e no como um meio uma dessas perspetivas. A justificao de Kant para que o homem seja considerado um fim a seguinte: Apenas o ser racional consegue gerar a sua prpria lei (ou tem potencialidade para tal). Assim, todas as pessoas devem ser reconhecidas como um fim e no como um meio para se obter algo. Uma ao s tem valor moral quando tratamos o outro como um fim, e no como um meio Agir como pessoa (agir de acordo com a razo) ser humano (ser animal) 21
  22. 22. 22 Objees tica deontolgica de Kant Existem 3 objees tica deontolgica de Kant: No resolve conflitos morais Negligencia a afetividade Ignora as consequncias
  23. 23. 23 Objees tica deontolgica de Kant No resolve conflitos morais Imaginemos que escondemos em casa uma pessoa a Rita. Depois, uma segunda pessoa a Maria, pergunta-nos se sabemos onde a primeira pessoa est. Ns sabemos que a Maria est muito irritada e quer bater na Rita. No entanto, a Rita no tem culpa nenhuma. Ser que devemos mentir para proteger a Rita de uma punio imerecida? Segundo Kant, no desejvel viver num mundo onde a mentira considerada uma lei universal. Porm, tambm no desejvel, viver no mundo onde no ajudamos os outros. E agora?
  24. 24. 24 Objees tica deontolgica de Kant Negligencia a efetividade Esta objeo teoria nota que ela considera moralmente irrelevantes os aspetos emocionais das nossas aes, como a piedade ou a generosidade. Mesmo quando somos motivados por essas emoes a praticar o bem, isso no correto, pois devemos pratic-lo apenas por dever, e no porque uma situao ou pessoa nos despertam tais emoes. Mas, para alguns, piedade e generosidade so, precisamente, exemplos de sentimentos profundamente morais.
  25. 25. 25 Objees tica deontolgica de Kant Ignora as consequncias A tica kantiana ignora as consequncias das aes Isto torna-se problemtico quando consideramos aes cujo agente, apesar de ter uma inteno boa, a do cumprimento do dever, , no entanto, to descuidado que origina consequncias desastrosas devido sua incompetncia e ignorncia.
  26. 26. Uma ao moralmente boa de acordo com as suas consequncias. 26
  27. 27. 27 O utilitarismo um tipo de tica consequencialista, interessado em resolver problemas dos conflitos morais. Apoiando que so as consequncias que definem a moralidade das aes, conclui-se que nenhuma ao boa ou m em si mesma. Depende das suas consequncias. Ou seja, perante determinada situao, como sei o que devo fazer? Stuart Mill, filfofo que criou o utilitarismo, procurou um princpio objetivo que servisse de critrio para resolver os conflitos morais.
  28. 28. 28 Perante determinada situao, como sei o que devo fazer? Para tal questo, existe na tica utilitarista um princpio objetivo que ajuda o agente a saber o que fazer. Esse princpio objetivo designado princpio da utilidade ou princpio da maior felicidade. Princpio da utilidade ou da maior felicidade Deves agir de modo a produzir a mxima felicidade possvel para o maior nmero de pessoas possvel
  29. 29. 29 Mas, o que a felicidade? Mill afirma que a felicidade o nico bem realmente desejvel pois tudo o resto considerado bom de acordo com a felicidade que nos proporciona. Assim sendo, Mill afirma que a felicidade consiste na presena do prazer e na ausncia de dor. Assim, as aes podem ser classificadas como - Ao boa tende a produzir felicidade: provoca prazer e diminui a dor - Ao errada no tende a produzir a felicidade: no provoca prazer, podendo aumentar a prpria dor
  30. 30. 30
  31. 31. Porm, nem todos os prazeres so iguais. 31 Prazer Superior Prazer Inferior Ambos trazem prazer ao agente. Mais intenso Menos intenso Prazer mais duradouro Prazer momentneo ou mais curto Ocorre na mente Ocorre no corpo Produz felicidade (s o ser racional sente) Produz contentamento (qualquer animal pode sentir) Ex: Prazer inteletual (conhecimento, sentimento, criatividade, liberdade...) Ex: Prazer sensvel (comida, bebida, conforto...) Existem dois tipos distintos de prazer: Prazer Superior e Prazer Inferior
  32. 32. Mesmo sendo mais fcil adquirir o contentamento (obtido atravs dos prazeres inferiores) do que a felicidade (prazeres superiores), qualquer ser racional, perante duas hipteses, escolher sempre o prazer superior. Caso contrrio, admite-se que a pessoa no conhece nem nunca experienciou verdadeiramente o prazer superior em causa. 32
  33. 33. Como, para Stuart Mill, a finalidade da moralidade a felicidade, uma ao ser tanto melhor quanta mais felicidade gerar. Assim, a felicidade de todos os seres humanos supera a nossa felicidade pessoal e, por isso, perante dilemas morais, comum um utilitarista ter que adquirir da sua prpria felicidade em prol de uma felicidade maior. 33 importante notar que felicidade global diferente de felicidade pessoal. Felicidade Global Felicidade Pessoal
  34. 34. 34 Vamos analisar um exemplo. Um grupo de terroristas viaja num navio com dezenas de pessoas inocentes. Os terroristas levam consigo uma nova arma biolgica que poder provocar a morte de muitos milhes de pessoas. Infelizmente, a nica maneira segura de impedir que os terroristas venham a usar essa arma afundar o navio antes que este chegue ao seu destino. Mas ser eticamente desejvel afund-lo? Como responderia um utilitarista a esta questo?
  35. 35. 35 Como responderia um utilitarista a esta questo? Segundo o princpio da maior felicidade, deve-se agir de modo a produzir a mxima felicidade possvel para o maior nmero de pessoas possvel. Caso, o navio seja afundado, dezenas de pessoas inocentes iro morrer, mas milhes de pessoas iro sobreviver. Caso o navio no seja afundado, milhes de pessoas morrero, sendo salvas dezenas. Assim, nesta situao especfica, um utilitarista afundaria o barco. Iria provocar dor s dezenas (ou cententas) de pessoas cujos familiares e amigos morreram no afundamento, mas milhes sero salvas.
  36. 36. 36 Objees tica utilitarista de Mill Existem 5 objees tica utilitarista de Stuart Mill: Objeo conceo hedonista do utilitarismo Os padres morais utilitaristas so demasiado exigentes Impossibilidade do clculo das consequncias da ao A tica utilitarista uma tica do interesse Objeo da mquina de experincias
  37. 37. 37 Objees tica utilitarista de Mill Objeo conceo hedonista do utilitarismo Se a felicidade consiste no prazer e na ausncia de dor, ento a vida humana reduz-se a uma vida similar dos animais, ficando a ao moral limitada satisfao das necessidades bsicas, tais como comer e dormir. Resposta de Stuart Mill: Distino entre prazeres superiores e inferiores
  38. 38. 38 Objees tica utilitarista de Mill Os padres morais utilitaristas so demasiado exigentes Ao termos de agir em funo da felicidade geral, de acordo com o princpio da imparcialidade, temos que sacrificar os nossos interesses em funo do maior bem para um maior nmero de pessoas. Resposta de Stuart Mill: No existem deveres absolutos. A felicidade global no um dever absoluto.
  39. 39. 39 Objees tica utilitarista de Mill Impossibilidade do clculo das consequncias da ao No se consegue prever todas as consequncias da ao e a tentativa de o fazer pode paralisar o agente. Resposta de Stuart Mill: O conhecimento moral adquirido ao longo de sculos permite-nos realizar os clculos necessrios.
  40. 40. 40 Objees tica utilitarista de Mill A tica utilitarista uma tica do interesse No existem aes boas ou ms em si mesmas, o que poder a levar a uma desorientao, j que as possveis consequncias benficas de uma ao se sobrepem a consideraes morais fundamentais para o bom funcionamento da sociedade. Resposta de Stuart Mill: Todo o ato que possa abalar a confiana em que se baseia a sociedade no aceite pelo princpio da utilidade.
  41. 41. 41 Objees tica utilitarista de Mill Objeo da mquina de experincias Imagina que tens tua disposio um computador capaz de te fornecer todas as experincias que mais desejas. Passars a ser uma pessoa absolutamente feliz e no algum que ora sente alegria e entusiasmo pela vida, ora tristeza e tdio. A tua felicidade no ter interrupes. Mas tens de escolher entre ligar-te mquina de experincias ou prosseguir a vida que j tens. Lembra-te que, se o fizeres, poders viver a iluso de seres, por exemplo, um dolo pop, um revolucionrio que transforma o mundo num lugar perfeito ou at um jogador de futebol milionrio, informado e com gosto. Qual a tua escolha? Se o utilitarismo de Mill for verdadeiro, a escolha certa estabelecer a ligao mquina. Mas muito provavelmente no vais ser capaz de esquecer o valor que tem o facto de viveres uma vida real e dar o salto para a doce iluso. Parece claro que fazer certas coisas tem valor para alm do sentimento de felicidade que produz em ti. No queres perder a autonomia e a realidade de fazer as coisas. Isto eticamente crucial e est acima da felicidade.
  42. 42. 42 Como sei que estou a agir bem ou mal? tica deontolgica de Kant (depende das intenes do autor) A ao pode ser Ao por dever moral (legal) Ao conforme ao dever sem valor moral (legal) Ao contra o dever sem valor moral (ilegal) Origem no lado racional do ser humano 1. O Homem possui vontade de fazer algo 2. Racionaliza essa vontade, tornando-a a boa vontade (princpio da moralidade vontade cujas decises so boas em si mesmas, independentes do fim que trazem) Origem no lado no racional do ser humano inclinaes necessidades sensveis Aes no racionalizadas Racionalizando as inclinaes/necessidades sensveis/ vontade, obtm-se aes por dever Mas como sabemos qual o nosso dever? Imperativo Hipottico Agir visando atingir determinado objetivo Prev consequncias Ao sem valor moral Imperativo Categrico Age apenas segundo uma mxima tal que possas, ao mesmo tempo, querer que ela se torne uma lei universal No prev consequncias Ao com valor moral
  43. 43. 43 Como sei que estou a agir bem ou mal? tica utilitarista de Mill (depende das consequncias da ao) Princpio da utilidade ou da maior felicidade: Deves agir de modo a produzir a mxima felicidade possvel para o maior nmero de pessoas Ao boa H felicidade ( + prazer, - dor) Ao m No h felicidade ( - prazer, + dor) Felicidade Global Felicidade Pessoal Prazer Superior (mais intenso, mais longo, ocorre na mente, produz felicidade) Prazer Inferior (menos intenso, mais curto, ocorre no corpo, produz contentamento) Um ser racional escolher sempre o prazer superior
  44. 44. 44 Objees tica utilitarista de Mill Objeo conceo hedonista do utilitarismo Os padres morais utilitaristas so demasiado exigentes Impossibilidade do clculo das consequncias da ao tica utilitarista como uma tica do interesse tica deontolgica de Kant No resolve conflitos morais Negligencia a afetividade Ignora as consequncias