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Urgência e Emergência

Diferentes faces do PS

Depoimentos mostram os distintos cenários que compõem

a mesma área de atuaçãoAo pensar em uma pessoa que trabalha em pronto-socorro, a imagem que vem à cabeça é de

alguém que possui tempo livre escasso, descansa pouco, trabalha intensamente, presencia todo

tipo de caso e gosta de adrenalina. Entretanto, essas características são distorcidas pela realidade.

Hospitais públicos e privados reservam empregos com relevantes diferenças aos profissionais de

Enfermagem. Veja como estão as áreas de atuação e educação em urgência e emergência, com

base em depoimentos de profissionais, destacando as diferenças dos serviços público e privado.

aces do PS

m pprrrooonnntttoo--ssoccoorrrrroo, aa iimmaaagggeeeemmmm qqquuueeee vvveeeemmmm àààà cccaaabbbbbeeeeççççaaaa éééééééé dddddddddeeee ééé dddddddeeee

eessccaannsa pooucoo, trraaabbaaallhhaa iiiiiiinnnnnnnnnttttttttttteeeeeeennnnnnnnnsssssssssaaaaaaaammmmmmmmmmmeeeeeeeeeennnttteeee,,, pppprrrreeeeesssseeeeeennnnncccciiiiaaaa tttoooodddooo ennnttteeee,,, pppprrrreeeeess ooodddooo

annttoo,,,, eesssssaass ccaarraacctteerrííssttiiccaass ssssããoo ddddiiissstttooooorrcccciiiiiddddddaaaaasssss ppppppppppeeeeeelllllaaaaaaaa rrrrrrreeeeeeeeeeaaaaaaaaaaallllllliiiiiiiiiddddddddddddddaaaaaaaaaaaaaaaadddddddddddddeeeeeeeeeeee.... s ssssããoo dddii dddaaaaaaaaaaaaaaadddddddddddddeeeeeeeeee

mpreeggooss ccoommm rrreeelleevvaanntteess ddddiiiifffeeerrreeennnnnçççççççaaaaaaassssss aaaaaaaaoooooooosssssssss ppppppppprrrrrrrrooooooooofffffffffiiiiisssssssssssssssssiiiiiiiiiioooooooooooooooonnnnnnnnnnnnnaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiiiiiissssssssssss ddddddddddddddeeeeeeeeeeee vanntteess ddddddddeeeeeeeeeeee

e atuuaaçççãããooo eee eeeddduuuccaaççããoo eemm uuuuurrrrggggêêêênnnnnccciiiiiiiaaaaaaaaaaa eeeeeeee eeeeeeeemmmmmmmmmeeeeeeeerrrrrrrrrgggggggggêêêêêêêêêêêênnnnnnnnnnnnnnnccccccccccccccciiiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaaaaaaa,,,,,,, cccccccccccccccccccccccccoooooooooooooommmmmmmmmmmmmmmm dduuuccaaçç

staccaaanndddooo aass dddiifffeeeerrreeeeennnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnççççççççççççççççççççççççççççaaaaaaasssssss ddddddddddooooooossssss sseerrvviiiiiiiiççooss ppúúúúúúúúbbbbbbbbllllllliiiiiiiiccccccooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo eeeeeeeeeeeeeeeeeee pppppppppppppppppppppppprrrrrrrrrrrrrrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiivvvvvvvvvvvvvvvvvvaaaaaaaaaaaaaaaaaddddddddddddddoooooooo..aass dddi

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REDE PÚBLICA DE SAÚDESilvia Rodrigues, enfermeira supervisora do pronto-

socorro do Hospital de Heliópolis

Instituições públicas de saúde são mal vistas há muito tempo. Lotação

e falta de estrutura são reclamações mais recorrentes. A opinião apu-

rada da rede pública de saúde foi da enfermeira supervisora do pronto-

socorro do Hospital de Heliópolis, Silvia Rodrigues.

eR: Quais são suas atividades e há quanto tempo você trabalha no

pronto-socorro do Hospital de Heliópolis?

Silvia Rodrigues: Minha tarefa é supervisionar tudo: materiais,

profissionais, problemas com pacientes ou acompanhantes. E além disso,

sou enfermeira, pois a gente não tem um quadro de pessoal ideal para

atender à população, o pronto-socorro é deficitário nesse quesito. Trabalho

aqui há 28 anos, desde que formei, mas já trabalhei em outros prontos-

socorros, como o do Tatuapé. Já sou aposentada mas continuo trabalhando.

eR: Por que você escolheu trabalhar com urgência e emergência?

Silvia Rodrigues: Logo depois de formada, eu não pretendia trabalhar na

área, eu estava trabalhando na UTI e o hospital estava com poucos en-

fermeiros no pronto-socorro. Foi assim que fui convocada para trabalhar

aqui e não saí mais. Gosto de lugar movimentado e gostei do trabalho.

Não temos uma rotina cansativa, sempre vemos casos novos, a variedade

“Temos mais variedades de

casos e casos mais graves,

é mais interessante nesse

aspecto, pois vemos de tudo.

E também não temos a

burocracia com convênios.

Se temos medicamentos,

recursos, o paciente é

atendido na hora”H| 13HHHHHHHHHHHHHHHHHREDE PÚBLICA DE SAÚDEE PÚBLICASilvia Rodrigues, enfermeira supervisora do pronto-fermeira su

socorro do Hospital de Heliópolisiópolis

Instituições públicas de saúde são mal vistas há muito tempo. Lotação uito tempo. Lotação

e falta de estrutura são reclamações mais recorrentes. A opinião apu-correntes. A opinião a

rada da rede pública de saúde foi da enfermeira supervisora do pronto-enfermeira supervisora do pronto-

socorro do Hospital de Heliópolis, Silvia Rodrigues., Silvia Rodrigu

eReR: : Quais são suas atividades e há quanto tempo você trabalha noQuais são suas atividades e há quanto tempo você trabalha no

pronto-socorro do Hospital de Heliópolis?pronto-socorr

Silvia Rodrigues:Silvia Rodr Minha tarefa é supervisionar tudo: materiais, nar tudo: materiais,

profissionais, problemas com pacientes ou acompanhantes. E além disso,profissionais, problemas com pacientes ou acompanhantes. E além disso,

sou enfermeira, pois a gente não tem um quadro de pessoal ideal parasou enfermeira, pois a gente não tem um quadro de pessoal ideal para

atender à população, o pronto-socorro é deficitário nesse quesito. Trabalhoatender à população, o pronto-socorro é deficitário nesse quesito. Trabalh

aqui há 28 anos, desde que formei, mas já trabalhei em outros prontos-aqui há 28 anos, desde que formei, mas já trabalhei em outros pront

socorros, como o do Tatuapé. Já sou aposentada mas continuo trabalhando.socorros, como o do Tatuapé. Já sou aposentada mas continuo trabalh

eR: Por que você escolheu trabalhar com urgência e emergência?com urgência e emerg

Silvia Rodrigues: Logo depois de formada, eu não pretendia trabalhar namada, eu não pretendi

área, eu estava trabalhando na UTI e o hospital estava com poucos en-e o hospital estava

fermeiros no pronto-socorro. Foi assim que fui convocada para trabalhar assim que fui conv

aqui e não saí mais. Gosto de lugar movimentado e gostei do trabalho.lugar movimenta

Não temos uma rotina cansativa, sempre vemos casos novos, a variedadeativa, sempre veH“Temos mais variedades de

casos e casos mais graves,

é mais interessante nesse

aspecto, pois vemos de tudo.

E também não temos a

burocracia com convênios. nios.

Se temos medicamentos, mentos,

recursos, o paciente é recursos, o paciente é

atendido na hora”hora”

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que recebemos é imensa e nosso trabalho é muito dinâmico.

Quem trabalha nessa área, é porque gosta.

eR: Existe muita diferença em um pronto-socorro de

hospital particular e público?

Silvia Rodrigues: Nunca trabalhei em pronto-socorro de

hospital particular, mas por estar há tanto tempo na área,

tenho uma boa percepção do que ocorre no nosso segmento

de trabalho. Eu acho que existem muitas diferenças entre os

dois tipos de hospitais. Os Particulares não têm problemas

com quantidade de profissionais, os aparelhos são melhores

do que os nossos, a instituição é toda informatizada, dife-

rentemente do nosso hospital, infelizmente. Enfrentamos

também uma burocracia quando precisamos do conserto

de aparelho ou de equipamento novo, temos que fazer uma

solicitação à secretaria, a qual demora muito para dar res-

posta. Caso precisemos de alguma verba, temos que encarar

essa burocracia. Sofremos com lotação em alguns dias, mas

hoje em dia está bem melhor do que quando entrei, pois

algumas instituições de saúde foram inauguradas nas re-

dondezas, o que aliviou nosso PS. Quanto às vantagens, eu

vejo que temos liberdade para agir aqui, a enfermeira tem

mais liderança. A Enfermagem participa da coordenação

do pronto-socorro. Temos mais variedades de casos e ca-

sos mais graves, é mais interessante nesse aspecto, pois

vemos de tudo. E também não temos a burocracia com

convênios. Se temos medicamentos, recursos, o paciente

é atendido na hora.

eR: Como estão as condições de trabalho do pronto-

socorro do Heliópolis?

Silvia Rodrigues: Precisamos de mais funcionários e de in-

formatização da entidade para melhorarmos o atendimento.

Equipamentos e materiais também não são suficientes mas

não chegam a ser precários. Além disso, muitos de nossos

pacientes do pronto-socorro são pacientes graves de UTI e

que precisam de mais atenção do que pacientes comuns. Te-

mos 20 box aqui para eles e teoricamente um paciente por

box. Deixamos em média dois pacientes para cada auxiliar

de Enfermagem. E tem dias que não temos dez funcionários

para observar e cuidar desses pacientes. De resto, conse-

guimos atender à população da melhor forma possível, nós

sempre procuramos uma forma de suprir nossos problemas.

eR: Os profissionais do PS tem algum preparo psicoló-

gico para trabalharem numa área tão delicada?

Silvia Rodrigues: Não, conforme vamos vivenciando, va-

mos nos acostumando com as situações. Acho que a pessoa

tem que ter o perfil para aceitar esse tipo de trabalho. Fi-

camos chocadas às vezes, mas temos que aceitar e superar.

O ideal ter um psicólogo ou um psiquiatra disponível, de

fato. Até podemos encaminhar algum profissional que este-

ja estressado para algum psicólogo, mas tem que partir da

pessoa ou da gente, é algo voluntário, não é obrigatório e

nem de fácil acesso.

foto Coren/comunicação

Equipe de enfermagem do PS do Hospital de HeliópolisE14 | 14 | EEEEEEEEEEEEEEEEEque recebemos é imensa e nosso trabalho é muito dinâmico.to dinâmico.

Quem trabalha nessa área, é porque gosta.

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hospital particular e público? ?

Silvia Rodrigues: Nunca trabalhei em pronto-socorro deto-socorro de

hospital particular, mas por estar há tanto tempo na área,mpo na área,

tenho uma boa percepção do que ocorre no nosso segmentoso segmento

de trabalho. Eu acho que existem muitas diferenças entre osas entre os

dois tipos de hospitais. Os Particulares não têm problemasroblemas

com quantidade de profissionais, os aparelhos são melhoreselhores

do que os nossos, a instituição é toda informatizada, dife-o é toda informatizada, dife-

rentemente do nosso hospital, infelizmente. Enfrentamososso hospital, infelizmente. Enfrentamos

também uma burocracia quando precisamos do consertouma burocracia quando precisamos do conserto

de aparelho ou de equipamento novo, temos que fazer umaaparelho ou de equipamento novo, temos que fazer uma

solicitação à secretaria, a qual demora muito para dar res-solicitação à secretaria, a qual demora mu

posta. Caso precisemos de alguma verba, temos que encarar posta. Caso precisemos de alguma v

essa burocracia. Sofremos com lotação em alguns dias, masessa burocracia. Sofremos com

hoje em dia está bem melhor do que quando entrei, poishoje em dia está bem me

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vejo que temos liberdade para agir aqui, a enfermeira temvejo que temos l

mais liderança. A Enfermagem participa da coordenaçãomais liderança

do pronto-socorro. Temos mais variedades de casos e ca-do pronto-socorro. Temos mais variedades de casos e ca-

sos mais graves, é mais interessante nesse aspecto, poissos mais graves, é mais interessante nesse aspecto, pois

vemos de tudo. E também não temos a burocracia comvemos de tudo. E também não temos a burocracia com

convênios. Se temos medicamentos, recursos, o pacienteconvênios. Se temos medicamentos, recursos, o pacie

é atendido na hora.é atendid

eReR: : Como estão as condições de trabalho do pronto-Como estão as condições de trabalho do p

socorro do Heliópolis?socorro

Silvia RodriguesSilvia Ro : Precisamos de mais funcionários e de in-nários

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Equipamentos e materiais também não são suficientes masEquipamentos e materiais também não são suficiente

não chegam a ser precários. Além disso, muitos de nossosnão chegam a ser precários. Além disso, muitos de no

pacientes do pronto-socorro são pacientes graves de UTI epacientes do pronto-socorro são pacientes graves de UTI e

que precisam de mais atenção do que pacientes comuns. Te-que precisam de mais atenção do que pacientes comuns. Te-

mos 20 box aqui para eles e teoricamente um paciente por mos 20 box aqui para eles e teoricamente um paciente por

box. Deixamos em média dois pacientes para cada auxiliar box. Deixam

de Enfermagem. E tem dias que não temos dez funcionáriosde Enferma

para observar e cuidar desses pacientes. De resto, conse-para obser

guimos atender à população da melhor forma possível, nósguimos a

sempre procuramos uma forma de suprir nossos problemas.sempre p

eReR: : Os profissionais do PS tem algum preparo psicoló-Os profis

gico para trabalharem numa área tão delicada?gico para trabalharem nu

Silvia RodriguesSilvia R : Não, conforme vamos vivenciando, va-Não, conforme vamos vivenciando, va

mos nos acostumando com as situações. Acho que a pessoamos nos a

tem que ter o perfil para aceitar esse tipo de trabalho. Fi-tem que te

camos chocadas às vezes, mas temos que aceitar e superar.camos choc

O ideal ter um psicólogo ou um psiquiatra disponível, deO ideal ter u

fato. Até podemos encaminhar algum profissional que este-fato. Até podem

ja estressado para algum psicólogo, mas tem que partir daja estressado para algu

pessoa ou da gente, é algo voluntário, não é obrigatório eu da gente, é algo

nem de fácil acesso.acesso.

foto Coren/comunicaçãoCoren/comunic

Equipe de enfermagem do PS do Hospital de Heliópolis

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REDE PRIVADA DE SAÚDEMárcia Boessio, coordenadora de Enfer-magem do pronto-atendimento do Hospi-tal Sírio-Libanês

Os hospitais particulares são empresas. Muitos têm fama

pela qualidade e são referências em diversos campos da

medicina. Tratam-se de prontos-socorros que lidam com

menos casos urgentes. Apesar de terem que lidar com

a burocracia dos convênios, são mais bem vistos pela

população e pela mídia do que seus irmãos da rede pública.

O depoimento a seguir é da coordenadora de Enfermagem

do pronto-atendimento do Hospital Sírio-Libanês, Márcia

Boessio, que está na função já há 15 anos e também trabalhou

por muitos anos no Hospital São Paulo, instituição pública.

eR: Como é trabalhar no PA do Hospital Sírio-Libanês?

Márcia Boessio: Há mudanças de situações e prioridades

o tempo todo. As pessoas vêm em um estado de estresse e

temos que saber lidar com isso. Hoje, o PA do Sírio está

vivendo a mesma dificuldade de todos os prontos-socorros:

há dificuldade de agendar consultas via convênio. As pes-

soas procuram o PA com esse intuito, então a gente tem

um perfil de atendimento relacionado a uma questão am-

bulatorial.

eR: Na sua visão, quais as diferenças entre hospitais

particulares e públicos no pronto-atendimento?

Márcia Boessio: No PS de hospital público chegam pa-

“No serviço público vi muito envolvimento no atendimento,

como vejo aqui, mas para tratar com familiares, pacientes

ou a própria equipe quando a situação é adversa, esses

profissionais têm menos jogo de cintura, desvalorizam a

negociação, a conversa. Aqui isso é algo que damos muita

importância.”

Posto de Enfermagem do Hospital de HeliópolisERRMMmmta

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casos urgentes. Apesar de terem que lidar com Apes

racia dos convênios, são mais bem vistos pela nvêni

ão e pela mídia do que seus irmãos da rede pública. dia d

mento a seguir é da coordenadora de Enfermagem eguir

o-atendimento do Hospital Sírio-Libanês, Márcia imen

que está na função já há 15 anos e também trabalhou tá na

os anos no Hospital São Paulo, instituição pública.os n

mo é trabalhar no PA do Hospital Sírio-Libanês?mo é trabalhar no PA do Hosp

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todo. As pessoas vêm em um estado de estresse e odo. As pessoas vêm em um estad

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a mesma dificuldade de todos os prontos-socorros: esma dificuldade de todos os prontos

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como vejo aqui, mas paratratar com familiares, pacientes

ou a própria equipe quandoa situação é adversa, esses

profissionais têm menos jogode cintura, desvalorizam a

negociação, a conversa. Aqui isso é algo que damos muita

importância.”

16 |

cientes com doenças mais avançadas, mais graves. Ao ana-

lisarmos, eles não tiveram acesso ao sistema de saúde, aos

medicamentos adequados e aos tratamentos corretos, ou

seja, ele chega muito tarde, tarde demais, às vezes. No nos-

so caso, nossos paciente têm esses acessos e chegam menos

graves do que vemos no serviço público. Conseguimos rea-

lizar um tratamento mais adequado por resposta do próprio

paciente, uma resposta fisiológica da própria saúde dele.

eR: E o profissional de Enfermagem nesses dois servi-

ços? Quais são as diferenças?

Márcia Boessio: No serviço público vi muito envolvimen-

to no atendimento, como vejo aqui, mas para tratar com

familiares, pacientes ou a própria equipe quando a situação

é adversa, esses profissionais têm menos jogo de cintura,

desvalorizam a negociação, a conversa. Aqui isso é algo

que damos muita importância. Existe uma questão de ca-

lor humano muito fortalecido na instituição de uma forma

geral. Um familiar ou um paciente estressado é visto pelos

profissionais do sistema público como uma pessoa que está

causando um empecilho no atendimento. Creio que o pro-

blema esteja na formação da área de saúde. Normalmente,

a gente [Enfermagem] não vê a parte social, o lado psico-

lógico da coisa, acho que a nossa formação não favorece.

eR: As condições de trabalho não estão relacionadas

com conseguir ter esse jogo de cintura? E quais são as

condições de trabalho do Sírio-libanês?

Márcia Boessio: Creio que não, acho que isso esteja ligado

somente à pessoa. Se alguém tem um cenário com falta de

material, ou coisa do tipo, é a desculpa perfeita para dizer

que atendeu mal um paciente. Claro que é normal ser menos

atencioso caso esteja passando por um problema pessoal,

isso é da natureza do ser humano. Estou trabalhando em

um hospital de ponta. Temos materiais, recursos humanos,

recursos físicos e tecnológicos. Todas as condições de tra-

balho são favoráveis tanto para a equipe quanto para o aten-

dimento do paciente.

eR: Quais são os principais casos que vocês recebem?

Márcia Boessio: Pacientes com problemas cardiológicos

são os mais frequentes. Muitos com problemas pulmonares

também. Somos referência em oncologia e por conta disso

temos muitos casos de câncer.

eR: Vocês recebem algum tipo de auxílio psicológico

ou psiquiátrico para trabalharem nesse tipo de serviço

estressante?

Márcia Boessio: Não há nada obrigatório, mas mediante

pedido do profissional. Temos apoio de uma psicóloga

da medicina do trabalho. São reuniões de duas a três

vezes por mês, nas quais deslocamos os profissionais in-

teressados para conversarem em um dinâmica de grupo,

sobre qualquer dificuldade. Existem também os exames

periódicos que fazemos no hospital, como avaliação de

estresse no trabalho. foto Coren/comunicação

G16 |

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lisarmos, eles não tiveram acesso ao sistema de saúde, aos lisarmos, eles não tivera

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seja, ele chega muito tarde, tarde demais, às vezes. No nos-seja, ele chega m

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graves do que vemos no serviço público. Conseguimos rea-graves do

lizar um tratamento mais adequado por resposta do próprio lizar um tratamento mais adequado por resposta do próprio

paciente, uma resposta fisiológica da própria saúde dele.paciente, uma resposta fisiológica da própria saúde dele.

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ços? Quais são as diferenças?

Márcia Boessio: No serviço público vi muito envolvimen-i muito envolvimen

to no atendimento, como vejo aqui, mas para tratar com , mas para tratar c

familiares, pacientes ou a própria equipe quando a situação quipe quando a sit

é adversa, esses profissionais têm menos jogo de cintura, m menos jogo de

desvalorizam a negociação, a conversa. Aqui isso é algo conversa. Aqui i

que damos muita importância. Existe uma questão de ca-a. Existe uma q

lor humano muito fortalecido na instituição de uma forma do na instituição de uma forma

geral. Um familiar ou um paciente estressado é visto pelos

profissionais do sistema público como uma pessoa que está

causando um empecilho no atendimento. Creio que o pro-

blema esteja na formação da área de saúde. Normalmente,

a gente [Enfermagem] não vê a parte social, o lado psico-[En

lógico da coisa, acho que a nossa formação não favorece.o da c

eReR: : As condições de trabalho não estão relacionadas

com conseguir ter esse jogo de cintura? E quais são ascom

condições de trabalho do Sírio-libanês?c

Márcia Boessio: Creio que não, acho que isso esteja ligado

somente à pessoa. Se alguém tem um cenário com falta de

material, ou coisa do tipo, é a desculpa perfeita para dizer

que atendeu mal um paciente. Claro que é normal ser menos

atencioso caso esteja passando por um problema pessoal,

isso é da natureza do ser humano. Estou trabalhando em

um hospital de ponta. Temos materiais, recursos humanos,pital de

recursos físicos e tecnológicos. Todas as condições de tra-recursos fí

balho são favoráveis tanto para a equipe quanto para o aten-

dimento do paciente.

eR: Quais são os principais casos que vocês recebem?

Márcia Boessio: Pacientes com problemas cardiológicos

são os mais frequentes. Muitos com problemas pulmonaressão os

também. Somos referência em oncologia e por conta dissobém. Som

temos muitos casos de câncer.os casos

eR: Vocês recebem algum tipo de auxílio psicológico lgum tip

ou psiquiátrico para trabalharem nesse tipo de serviçoarem nes

estressante?

Márcia Boessio: Não há nada obrigatório, mas mediantemas medi

pedido do profissional. Temos apoio de uma psicólogacóloga

da medicina do trabalho. São reuniões de duas a três

vezes por mês, nas quais deslocamos os profissionais in-

teressados para conversarem em um dinâmica de grupo,

sobre qualquer dificuldade. Existem também os exames

periódicos que fazemos no hospital, como avaliação de

estresse no trabalho.foto Coren/comunicação MGG

| 17

EDUCAÇÃO E VISÃO AMPLAUrgência e emergência é um campo de atuação muito pro-

curado pelo estudante e pelo profissional de Enfermagem.

A enfermeira e supervisora de estágio de pronto-socorro

da Universidade Nove de Julho (Uninove) no Hospital

Municipal Artur Ribeiro de Saboya, Priscila Canteiro Ces-

ta, compartilha sua experiência na formação e especializa-

ção em instituições públicas e privadas.

eR: Como funciona o estágio? Qual a importância do

estágio atualmente?

Priscila Cesta: A cada período de estágio, supervisiono

cerca de cinco alunos em todos procedimentos. Na época

que fiz estágio não tinham tantos graduandos mas enten-

do que o meu estágio em PS não foi satisfatório, acabei

aprendendo mais quando comecei a trabalhar. Quero que

meus alunos não passem por essa dificuldade. O estágio

em pronto-socorro é onde ele realmente vai aprender tudo

sobre Enfermagem, ainda mais em um hospital como o

Saboya, que recebe todo tipo de caso grave. Além disso,

é um hospital onde me sinto à vontade e onde temos total

liberdade para atuar. A equipes médica e de Enfermagem

trabalham de forma integrada, o que aumenta a qualidade

do cuidado e da formação. O estágio é importantíssimo,

formará um profissional melhor, sem medo e preparado

para trabalhar com a área. Ele influencia muito na prepa-

ração e na qualidade do profissional.

eR: Em outros hospitais que você supervisionou está-

gio, como foi o desempenho no processo de formação?

Priscila Cesta: Já tive oportunidade de supervisionar es-

tágio tanto em hospital particular quanto em hospital pú-

blico. Se você já trabalha no hospital particular no qual

supervisiona estágio, tem liberdade e realmente faz parte

da equipe. Mas se você é apenas supervisora, nem sempre

dão liberdade de participar ativamente dos procedimentos

e alguns restringem o estágio a praticamente um observa-

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curado pelo estudante e pelo profiss

A enfermeira e supervisora de estág

da Universidade Nove de Julho (U

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blico. Se você já trabalha no hospitrabalh

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da equipe. Mas se você é apenas sup

dão liberdade de participar ativamen

e alguns restringem o estágio a pratie a

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tório, o que prejudica muito o aprendizado do aluno. Além

disso, no hospital privado, o paciente pode ficar ofendido

por ser atendido por um aluno e pedir um profissional gra-

duado. Já na maioria dos hospitais públicos, por conta da

maior dificuldade de atendimento pela maior demanda, se

o paciente é atendido por um estagiário, ele normalmente

não vê problema, pois pelo menos está sendo atendido. Já

vi muitos pacientes que preferem os alunos, pois são mais

atenciosos, conversam e se interessam por coisas simples.

Afinal, eles também têm mais tempo para dar atenção, pois

cuida de apenas um paciente, enquanto os outros profissio-

nais da enfermagem estão mais atarefados.

eR: As condições de trabalho nos hospitais são sufi-

cientes para um bom estágio?

Priscila Cesta: No hospital público às vezes falta mate-

rial. No hospital particular nós temos tudo, porém, a bu-

rocracia dos hospitais particulares prejudica nosso trabalho

e o atendimento do paciente. Em razão dos convênios, há

espera para liberação de exames, de consultas. Já vi várias

pessoas serem prejudicadas e até morrerem por essa buro-

cracia toda. Já cheguei a ter meu salário descontado porque

autorizei exames e procedimentos que o convênio ainda

não havia autorizado, por não ter aguentado ver a situação

do paciente. Mas, pelo menos, eu dormi com a consciência

limpa. Isso não ocorre no hospital público.

eR: Para estagiar, você recomenda hospitais públicos?

E para trabalhar?

Priscila Cesta: Tanto para estagiar quanto para trabalhar

em pronto-socorro, eu recomendo hospital público. No es-

tágio, o aluno tem um aprendizado completo. Além de mais

liberdade, o aluno vê todos os tipos de casos graves, o que

normalmente não ocorre em PS de hospitais privados, o que

será de grande valia para sua formação profissional. Para

trabalhar, recomendo [rede pública] pela gratificação pes-

soal e profissional, pela recompensa, não por gratificação

financeira e nem social. Para o profissional, entendo que o

ideal é começar trabalhando no hospital particular, onde a

rotina é mais tranquila e você vai se adaptando aos poucos

ao esquema de pronto-socorro, para depois passar a traba-

lhar com hospital publico, que é mais agitado e interessan-

te. Foi o que eu fiz.

“Para o profissional, entendo que o ideal é começar

trabalhando no hospital particular, onde a rotina é

mais tranquila e você vai se adaptando aos poucos ao

esquema de pronto-socorro, para depois passar a trabalhar com hospital publico, que é

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duado. Já na maioria dos hospitais públicos, por conta dapitais públicos, por conta d

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não vê problema, pois pelo menos está sendo atendido. Jáestá sendo atendido.

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cuida de apenas um paciente, enquanto os outros profissio-um paciente, enquanto os outros profissio-

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limpa. Isso não ocorre no hospital público.mpa. Isso não ocorre no

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E para trabalhar?E para trabalhar?

Priscila CestaPriscila Cesta: Tanto para estagiar quanto para trabalhar : Ta

em pronto-socorro, eu recomendo hospital público. No es-em pronto-socorr

tágio, o aluno tem um aprendizado completo. Além de maistágio, o aluno t

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será de grande valia para sua formação profissional. Para será de

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soal e profissional, pela recompensa, não por gratificação

financeira e nem social. Para o profissional, entendo que o

ideal é começar trabalhando no hospital particular, onde a

rotina é mais tranquila e você vai se adaptando aos poucos

ao esquema de pronto-socorro, para depois passar a traba-

lhar com hospital publico, que é mais agitado e interessan-

te. Foi o que eu fiz.

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trabalhando no hospital trabaparticular, onde a rotina éparti

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mais agitado e interessante. Foi essante. Foi o que eu fiz”fiz” FFTTTT

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eR: Como você já trabalhou em hospitais públicos e

privados, qual a diferença que você vê na atuação pro-

fissional nesses dois tipos de prontos-socorros?

Priscila Cesta: Para você ter uma ideia, eu sempre falo

para o meu marido que se eu for esfaqueada ou for balea-

da, para me levar pra o hospital publico, mas se for uma

cólica renal, dor de barriga ou outro problema simples,

prefiro ir para o hospital particular. A equipe do hospital

publico atende mais rápido e eles estão acostumados a

receber esse tipo de caso, até porque o SAMU tem que se

dirigir para o hospital público. Também é gratificante ser

enfermeira de hospital particular, mas você vai atender

casos mais tranquilos, terá menos adrenalina no seu tra-

balho e normalmente enfermeiro de pronto-socorro gosta

de adrenalina. Um problema que ocorre é que a demanda

do hospital público é bem mais alta do que a do hospital

particular, mas, hoje em dia, deram uma desafogada. Com

a divisão do PS em choque ou sala de emergência e pronto-

atendimento, o pronto-socorro está mais organizado do que

era antigamente. No particular também há essa divisão,

mas como não é comum receberem casos graves, essa di-

visão se faz mais útil no setor público de saúde.

eR: Quanto tempo dura o estágio?

Priscila Cesta: São nove dias de estágios, o que, ao meu

ver, é muito pouco. A variedade do PS é muito grande

e nove dias não são suficientes para que o aluno tenha

um aprendizado pleno da área. Acho que o aluno fica

pouco tempo no pronto-socorro, pois é o período mais

completo e proveitoso de estágio, onde o ele tem que

utilizar o conhecimento e raciocínio clínico, descobrir

o que o paciente tem, fazer exame físico para chegar a

uma conclusão, fora a dinâmica e a intensidade do PS.

Creio que a melhor equipe de enfermeiros deve residir

no pronto-socorro, pois é o momento mais crítico e mais

diversificado que se pode trabalhar. TeR: Como você já trabalhou em hospitais públicos e

privados, qual a diferença que você vê na atuação pro-

fissional nesses dois tipos de prontos-socorros?

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pappapapapapartrtrtrrtrtrtiiciciicicic lulululululululaaraar, , mamass,,,, h hojojjjjee emem d diaia, , dederaram m umuma a dedesasafofogagaggg daddada. . CoCoCoCooC m mmmm mm

aaaa aa dididdididdidididiviiiiiviivivivivivi ãsãsãsãsãsãsão oooo dodoo PPS SS emem c chohoquque e ouou s salala a dede e ememergrgênênêncicicic a aa e e e prprprrononononnontotototototo-

atatatatenenenenddididididimememeemeeentntntntntn o,o,o,o,o,o, o o oo p pproontn o-o-sococorrrrr o o ese tátá mmaia s orgagag ninininizazazazazadododododd dd ddo o o o quqququqquqq e e e e

Priscila Cest

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