dicas para construção

17
LIMPEZA DE PASTILHAS DICAS E & C Introdução Blocos de Concreto Cal nas Argamassas Certidão do Habite-se Consumo de Energia Consumidor Compra de Terreno Falsos Profissionais Formas de Contrato Lajotas de Concreto Limpeza de Pastilhas Manutenção Predial O Homem e a Cor Pintura Alternativa Resistência de Pisos Redução de Custos A limpeza de revestimentos externos constituídos por pastilhas de porcelana fosca ou esmaltada faz parte das atividades de manutenção predial. A freqüência com que a limpeza deve ser feita não é uma constante para todos os tipos de prédios, variando conforme a edificação e a localização da mesma. A foto ao lado mostra um prédio residencial em que uma falha no projeto arquitetônico contribui para a execução de serviços de limpeza em curtos períodos de tempo. Esta falha é caracterizada pela ausência de um beiral, dispositivo que tem como finalidade evitar a concentração de fluxos de águas de chuva sobre a superfície do revestimento, melhorando desta maneira, a estanqueidade e durabilidade do edifício. No exemplo da foto acima, a sujeira acumulada sobre a platibanda (mureta de proteção que contorna o perímetro do telhado) em associação com as águas de chuva, escorre sobre a superfície do revestimento, aderindo sobre as pastilhas e rejuntes das mesmas, provocando o escurecimento do revestimento externo. Neste caso, a melhor solução a ser adotada antes de dar início à limpeza do revestimento externo seria a construção de um beiral, o que aliás, foi feito conforme mostra a foto ao lado. Este pequeno detalhe, conforme já foi mencionado, contribui para um aumento na durabilidade e estanqueidade do edifício. Tem também como efeito, uma redução nos gastos com os serviços de manutenção no que se refere à limpeza do revestimento externo, conferindo a longo prazo, um "alívio" nos bolsos dos condôminos. No entanto, vamos considerar a seguinte situação: O beiral não foi construído, mas a limpeza do revestimento externo deve ser executada. Neste caso, observe os seguintes itens: Iniciar a limpeza pelo topo da platibanda, para retirar a sujeira (poeira, fuligem,...) acumulada sobre a mesma. Se este procecimento não for executado, a limpeza terá pouca eficiência e curto período de vida; Não utilizar escovas de aço, ou qualquer outra ferramenta de limpeza que provoque o desgaste do revestimento de porcelana, assim como do rejuntamento;

Upload: vagner-santos-cardoso

Post on 10-Apr-2016

212 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

dicas na hora de construir

TRANSCRIPT

Page 1: Dicas Para Construção

LIMPEZA DE PASTILHAS

DICAS E & CIntroduçãoBlocos de ConcretoCal nas ArgamassasCertidão do Habite-seConsumo de EnergiaConsumidorCompra de TerrenoFalsos ProfissionaisFormas de ContratoLajotas de ConcretoLimpeza de PastilhasManutenção PredialO Homem e a CorPintura AlternativaResistência de PisosRedução de Custos

A limpeza de revestimentos externos constituídos por pastilhas de porcelana fosca ou esmaltada faz parte das atividades de manutenção predial.

A freqüência com que a limpeza deve ser feita não é uma constante para todos os tipos de prédios, variando conforme a edificação e a localização da mesma. A foto ao lado mostra um prédio residencial em que uma falha no projeto arquitetônico contribui para a execução de serviços de limpeza em curtos períodos de

tempo. Esta falha é caracterizada pela ausência de um beiral, dispositivo que tem como finalidade evitar a concentração de fluxos de águas de chuva sobre a superfície do revestimento, melhorando desta maneira, a estanqueidade e durabilidade do edifício.

No exemplo da foto acima, a sujeira acumulada sobre a platibanda (mureta de proteção que contorna o perímetro do telhado) em associação com as águas de chuva, escorre sobre a superfície do revestimento, aderindo sobre as pastilhas e rejuntes das mesmas, provocando o escurecimento do revestimento externo.

Neste caso, a melhor solução a ser adotada antes de dar início à limpeza do revestimento externo seria a construção de um beiral, o que aliás, foi feito conforme mostra a foto ao lado. Este pequeno detalhe, conforme já foi mencionado, contribui para um aumento na durabilidade e estanqueidade do edifício. Tem também como efeito, uma redução nos gastos com os serviços de manutenção no que se refere à limpeza do revestimento externo, conferindo a longo prazo, um "alívio" nos bolsos dos condôminos. No entanto, vamos considerar a seguinte situação: O beiral não foi construído, mas a limpeza do revestimento externo deve ser executada.

Neste caso, observe os seguintes itens:

Iniciar a limpeza pelo topo da platibanda, para retirar a sujeira (poeira, fuligem,...) acumulada sobre a mesma. Se este procecimento não for executado, a limpeza terá pouca eficiência e curto período de vida;

Não utilizar escovas de aço, ou qualquer outra ferramenta de limpeza que provoque o desgaste do revestimento de porcelana, assim como do rejuntamento;

Se necessário, utilizar somente escova plástica de cerdas macias para a remoção da sujeira acumulada sobre o revestimento;

Se utilizar máquinas que direcionam jatos de água sob pressão, redobrar os cuidados, pois a pressão excessiva do jato de água pode retirar ou contribuir para o desgaste do rejuntamento das pastilhas, assim como do rejuntamento entre as esquadrias;

Evitar o uso de produtos químicos agressivos. O uso de cloro em proporções acima do recomendado, facilita a limpeza, mas ataca o revestimento (pastilhas + rejunte), tornando a superfície porosa e provocando o aparecimento de manchas sobre o revestimento;

Page 2: Dicas Para Construção

Utilize de preferência, somente água na limpeza das pastilhas. Se utilizar produtos de limpeza, tais como detergente neutro, lavar bem a superfície, pois estes produtos contribuem para a retenção de sujeira.

Um outro detalhe que você dever ficar atento é o seguinte:Peça para o funcionário verificar o estado em que se encontra o rejunte das pastilhas durante o processo de limpeza, e se necessário, promover o rejuntamento em pontos localizados.

Este procedimento também deve ser observado em situações onde o revestimento externo apresenta eventuais fissuras e/ou trincas, adotando-se nestes casos, técnicas construtivas e materiais de construção adequados para sanar as incidências patológicas.

BLOCOS DE CONCRETO

DICAS E & CIntroduçãoBlocos de ConcretoCal nas ArgamassasCertidão do Habite-seConsumo de EnergiaConsumidorCompra de TerrenoFalsos ProfissionaisFormas de ContratoLajotas de ConcretoLimpeza de PastilhasManutenção PredialO Homem e a CorPintura AlternativaResistência de PisosRedução de Custos

Blocos de concreto são componentes de grande aceitação na atualidade. São versáteis, tendo aplicação na execução de muros divisórios, alvenaria estrutural e de vedação, execução de piscinas, etc. Não é difícil encontrar estes componentes nas lojas que comercializam materiais para construção. No entanto, adquirir blocos de concreto de qualidade... Bem, aí começa a complicar.

Com a proliferação de equipamentos utilizados na fabricação de artefatos de concreto, surgiu no mercado uma linha de "fabricantes" que produzem blocos de qualidade inaceitável, sem a mínima observância às normas técnicas pertinentes ao assunto, e não raras vezes, sem a presença de um profissional técnico na etapa de produção. Controle tecnológico, dosagem adequada e processos de curasimplesmente não existem. Apesar disto, estes pseudofabricantes conseguem vender seus produtos no mercado, devido principalmente ao preço mais baixo e à falta de conhecimento técnico por parte de quem compra.

Este procedimento configura em uma falta de respeito com o consumidor final, e ainda gera uma concorrência desleal perante aqueles fabricantes que se preocupam em oferecer ao mercado produtos de qualidade, e dentro do que estabelecem as normas técnicas daABNT. Para estimular a conformidade e

contribuir para a melhoria na qualidade dos sistemas construtivos à base de cimento, aAssociação Brasileira de Cimento Portland - ABCP está conferindo o Selo de Qualidade para os fabricantes que aderirem ao programa.

Page 3: Dicas Para Construção

Artefatos de concreto que estão recebendo o selo de qualidade:

Blocos vazados de concreto simples para alvenaria sem função estrutural - NBR 7173/82

Blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - NBR 6136/94

Peças de concreto para pavimentação - NBR 9781/87

Usando blocos certificados pela ABCP, você tem a certeza de estar adquirindo produtos de qualidade, com resistência adequada à aplicação, dimensões regulares, boa aparência e durabilidade.

Os fabricantes filiados ao Programa do Selo de Qualidade da ABCP para blocos de concreto qualificam-se para atender às obras financiadas pelo governos federal, estadual e municipal, bem como a todo tipo de edificação cujo empreendedor exija o atendimento ao Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), e ao Código de Defesa do Consumidor.

O objetivo geral do PBQP-H é "apoiar o esforço brasileiro de modernidade pela promoção da qualidade e produtividade do setor da construção habitacional, com vistas a aumentar a competitividade de bens e serviços por ele produzidos, estimulando projetos que melhorem a qualidade do setor". Apresenta a seguinte meta mobilizadora:

"Elevar para 90%, até o ano 2002, o percentual médio de conformidade com as normas técnicas dos produtos que compõem a cesta básica de materiais de construção."

Esta meta mobilizadora baseou-se em uma das diretrizes fundamentais do PBQP-H, que é o combate à não-conformidade intencional às normas técnicas de produtos, praticada por fornecedores e/ou construtores responsáveis pelo fornecimento de materiais e componentes de construção civil,

acarretando uma concorrência desleal e indesejável no setor da construção habitacional e podendo representar verdadeiro crime contra o consumidor, conforme Lei 8.078 art.39, Seção IV, inciso VIII doCódigo de Defesa do Consumidor, descrita abaixo:

Seção IV - Das práticas abusivas

Art.39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas:

VIII - Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo conselho Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial.A seguir serão listadas algumas questões com relação ao Selo de Qualidade, e que foram esclarecidas pelo Engenheiro Davidson Figueiredo Deana, da ABCP, Divisão de Blocos de Concreto.

Page 4: Dicas Para Construção

1- Como identificar o Selo de Qualidade no ato da compra?

A empresa estará sempre divulgando juntamente com o selo, o produto a que se destina e o código de concessão. Não existe um selo "generalizado." A empresa estará sempre vinculando o selo ao produto que se destina, seja na identificação do "pallet", na nota fiscal ou pela mídia. Sendo que na maioria das vezes a compra é feita diretamente com o fabricante, esse processo de identificação fica bastante claro e facilitado.

2- Pode haver falsificação do Selo de Qualidade?

A ABCP gerencia e fiscaliza o uso do selo, sendo que todos os fabricantes e produtos que receberam o selo estão relacionados no site da ABCP.

3- Para receber o Selo de Qualidade o fabricante deve aderir ao Programa Setorial da Qualidade de Lajes, Blocos de Concreto Estrutural e de Vedação do PBQP-H?

O Programa do Selo de Qualidade não está diretamente vinculado a outros programas. É uma ferramenta e pode ser usado pelos órgãos que se interessarem. Há um caso em Santa Catarina, onde o PBQP-H coloca como pré-requisito ao Programa Setorial da Qualidade o Selo de Qualidade. Em outras localidades, exige-se um selo, entre eles, o Selo de Qualidade da ABCP.

4- A ABCP executa o controle tecnológico para verificar a conformidade com as normas técnicas?

A manutenção de uma empresa dentro do Programa do Selo é baseada em controle tecnológico periódico, através de ensaios, que podem ser realizados na ABCP ou nos laboratórios indicados por ela.

5- Qual o prazo de vigência do Selo de Qualidade? Nesta pergunta, me refiro a constância na qualidade e atendimento às normas técnicas, para que a certificação seja renovada pela ABCP.

O Selo de Qualidade tem validade de um ano, quando deverá ser renovado.

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

Os trabalhos realizados pelo PBQP-H e pela ABCP mostram que é possível fornecer ao mercado materiais de boa qualidade. O Código de Defesa do Consumidor é outra ferramenta importante que cada vez mais é utilizada por consumidores conhecedores de seus direitos.

Parte integrante da busca pela qualidade e produtividade, o consumidor é peça fundamental, pois sendo mais exigente, estimula a cadeia produtiva que passa a fornecer produtos de melhor qualidade, em observância às normas técnicas e aos programas setoriais de qualidade.

FORMAS DE CONTRATO

Quando um cliente contrata um arquiteto ou engenheiro para a execução de um serviço que leva um tempo considerável para conclusão, como por exemplo, uma obra residencial, será estabelecido um contrato escrito entre ambas as partes interessadas.

Antes de prosseguirmos para as definições de contrato é bom assimilar o seguinte: o estabelecimento de um contrato verbal para a execução de uma obra que vai durar meses, ou até mesmo anos para ser concluída, não é conveniente, devido à complexidade do produto a ser entregue. São tantos itens envolvidos (instalação elétrica,

Page 5: Dicas Para Construção

hidráulica e sanitária, projeto de arquitetura e estruturas, materiais de acabamento, esquadrias, telhado, pintura,...) que o mais correto é o estabelecimento de um contrato por escrito, que não deixe dúvidas sobre os serviços que devem ser executados, deveres e obrigações de cada parte envolvida.

As modalidades de contrato mais utilizadas por arquitetos e engenheiros são:

Contrato por Administração

Nesta modalidade de contrato, o prestador de serviços negocia apenas a sua atividade profissional, não assumindo responsabilidade por quantidades e custos de materiais, assim como da remuneração dos operários envolvidos na execução dos serviços.

Neste caso, o orçamento elaborado pelo profissional contratado é apenas estimativo, não assumindo responsabilidade pela oscilação de preço que possa ocorrer no mercado de materiais de construção, assim como do aumento do salário-base da categoria de profissionais envolvidos.

É, portanto, aconselhável que o cliente tenha uma reserva financeira entre 10 a 20% do valor estimado para a conclusão dos serviços, para que não tenha aquela desagrádavel surpresa de ter que parar a obra por falta de dinheiro.

Contrato por Empreitada

Nesta modalidade, o prestador de serviços assume a obra mediante um valor previamente estabelecido, tendo responsabilidade pela compra de materiais e custos com a mão-de-obra. Sendo assim, o prestador de serviços assume os riscos de uma eventual oscilação do mercado, como por exemplo, o aumento no preço dos materiais de construção.

Contrato Misto

Nesta modalidade, temos uma combinação dos contratos acima definidos. Aqui, o prestador de serviços se compromete a executar determinada obra por um valor fixo, havendo uma cláusula contratual para reajuste de salários e preços de materiais de construção caso ocorra uma variação (aumento) destes itens durante o período de execução dos trabalhos.

As modalidades de contrato acima mencionadas são básicas, e servem apenas como orientação conceitual. Portanto, quando for contratar os serviços de um arquiteto ou engenheiro, procure estabelecer um contrato que defina claramente os deveres e as obrigações de cada um.

Por exemplo:

Você pode estabelecer um contrato por administração, onde o prestador de serviços só não será responsabilizado pela variação de preços que ocorra no mercado, sendo responsável pela compra de materiais, contratação de mão-de-obra e pagamento da mesma, aprovação de projetos junto à prefeitura e concessionárias locais, substituição de funcionários, etc.

Portanto, a melhor atitude a ser adotada na contratação de um serviço é sentar e conversar com o profissional a ser contratado, defindo claramente os trabalhos e as cláusulas contratuais, pois conforme já diz aquele velho ditado popular, "É conversando que a gente se entende"

RESISTÊNCIA DE PISOS.

A compra de um piso cerâmico não deve ser norteada somente pela beleza e facilidade de limpeza do mesmo. No entanto, é o que geralmente acontece quando o consumidor entra em uma loja de materiais de construção para adquirir tal produto.

Após uma vistoria minuciosa nas prateleiras da loja, seleciona o piso mais bonito e dentro do orçamento previsto, achando que fez um excelente negócio. Contrata um profissional para executar o serviço de assentamento das placas, e após o término da obra constata que tudo ficou como havia planejado,

Page 6: Dicas Para Construção

um revestimento bonito e de fácil manutenção. Passados algumas semanas ou meses, vem a decepção. O piso começa a apresentar arranhões bem nítidos que se destacam entre os outros objetos de decoração do ambiente. Então surgem questões do tipo: Mas por que razão isto foi acontecer? Eu comprei o piso mais caro da loja e o vendedor me garantiu que o produto era de um fabricante de primeira?

A situação descrita acima é bem mais comum do que você imagina, pois temos dois fatores que contribuem para tal ocorrência. São eles:

De um lado, consumidores indefesos que desconhecem termos técnicos de Arquitetura e Engenharia, assim como requisitos de desempenho a serem considerados na aquisição de um produto;

Do outro, vendedores sem o mínimo preparo para a função que desempenham. Desconhecem as qualidades e limitações dos produtos que vendem, pois na verdade, são treinados apenas para vender, e quando o são.

Sendo assim, quando você entrar em uma loja de materiais de construção para comprar um piso cerâmico, tenha em mente o seguinte:

Todo piso cerâmico é classificado segundo uma escala de resistência à abrasão, que define a resistência que o mesmo oferece ao desgaste provocado pelo tráfego de pessoas. É por meio deste conceito que arquitetos e engenheiros especificam pisos que devem apresentar, por exemplo, alta resistência a arranhões. Produtos cerâmicos devem atender às prescrições estabelecidas pela norma técnica NBR 13818 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que fixa entre outros itens, as características exigíveis para fabricação, marcação e declarações em catálogos de placas cerâmicas para revestimento.

Portanto, verifique se o produto que está prestes a comprar traz uma nota impressa na embalagem ou no manual de instalação, afirmando que o mesmo atende ao que estabelece a norma técnica acima mencionada. Vamos ver a definição das classes de resistência à abrasão de produtos cerâmicos que você deve observar antes de adquirir tais produtos.

Classes de resistência à abrasão:

PEI 0 - o produto é recomendado somente para uso em paredes;

PEI 1 - o produto pode ser utilizado em banheiros residenciais que não tenham porta externa, movimento baixo de pessoas e sem sujeira abrasiva;

PEI 2 - o produto pode ser utilizado em banheiros e dormitórios residenciais que não tenham porta externa, sujeira abrasiva e movimento moderado de pessoas;

PEI 3 - o produto pode ser utilizado em todas as dependências residenciais sem portas externas;

PEI 4 - o produto pode ser utilizado em todas as dependências residenciais e pequenos ambientes comerciais que não tenham portas externas, como por exemplo: salas comerciais de shoppings ou galerias. Pode ter porta externa, porém com pouca sujeira abrasiva;

PEI 5 - o produto pode ser utilizado em todas as dependências residenciais, comerciais e em algumas dependências industriais.

Outros fatores também devem ser analisados em função do ambiente onde o produto vai ser utilizado. Deste modo, a resistência à ação de produtos químicos, taxa de absorção de água, assim como a resistência ao escorregamento são alguns dos itens que devem ser pensados antes de adquirir um produto cerâmico.

Page 7: Dicas Para Construção

Cuidados na manutenção do produto também devem ser observados, já que o uso de produtos de limpeza inadequados, arraste de móveis, entre outros, podem provocar danos irreparáveis ao produto. Na dúvida, entre em contato com o departamento técnico do fabricante e esclareça suas questões. Para cada ambiente, um produto adequado. Pense sempre nisto.

CONSUMO DE ENERGIA

Diante da crise energética anunciada pelo governo, passamos a ter interesse em conhecer como é feito o cálculo do consumo de energia elétrica dos diversos eletrodomésticos que possuímos em casa.

O cálculo do consumo de energia elétrica não é uma tarefa tão complicada quanto você pode estar imaginando. Este procedimento requer a aplicação de uma fórmula básica, definida pela seguinte expressão:

W=P.T, onde:

W - energia consumida;

P - potência do eletrodoméstico considerado;

T - tempo de utilização do eletrodoméstico.

Com a fórmula acima mencionada, fica claro que a energia consumida é diretamente proporcional à potência do aparelho e ao respectivo tempo em que o mesmo fica ligado. Resumindo: Quanto maior a potência e o tempo de utilização, maior será a energia consumida e, conseqüentemente, a conta para pagar no final do mês.

Quando você compra um eletrodoméstico, por exemplo, um telefone sem-fio, este aparelho traz uma etiqueta que informa a energia necessária para o funcionamento do mesmo. Esta energia é expressa pelo termo potência, cuja unidade é o Watt. Portanto, a potência é o valor que você precisa conhecer para calcular a energia consumida por um determinado aparelho que fica ligado em um período de tempo conhecido. Vamos ver dois exemplos para aplicar os conceitos vistos, considerando que a emissão da conta de luz ocorra a cada trintas dias.

Eletrodoméstico: Telefone sem-fio

Potência do aparelho: P=3,0 watts;

Tempo de utilização do aparelho:Como o telefone sem-fio fica ligado 24 horas por dia, o tempo em horas para trinta dias será: T=(24h/dia x 30dias) :: T=720 horas

Aplicando os valores encontrados em W=P.T, temos:W=(3,0W x 720,0h) :: W=2.160,00Wh. Dividindo este valor por 1000, vamos obter W em kWh (quilo.watt.hora). Então, a energia consumida pelo telefone sem-fio no período considerado será de 2,16kWh.

Para saber o preço que você pagaria por este consumo, basta multiplicar pelo custo do kWh fornecido pela concessionária local. Para obter este valor pegue a sua conta de luz e divida o valor a ser pago pelo consumo de energia em kWh. Supondo que o preço do kWh seja de R$0,27 centavos de reais, o custo da energia consumida pelo telefone sem-fio será de: C=(2,16 x 0,27) :: C=R$0,58 centavos de reais.

É um valor bem pequeno, chegando mesmo a ser desprezível. No entanto, diante do pacote energético anunciado pelo governo, devemos nos esforçar em reduzir o consumo de energia. Logo, não é bom pensar somente no valor a ser pago, mas sim na redução em kWh.

Eletrodoméstico: Chuveiro elétrico

Potência do chuveiro: P=5.400 watts

Page 8: Dicas Para Construção

Tempo de utilização do chuveiro:Vamos considerar que você gaste 10 minutos por dia. Neste caso, o tempo em minutos acumulado no mês será: T=(10min/dia x 30 dias) :: T=300 minutos. Convertendo este valor para horas, teremos: T=(300/60) :: T=5 horas

Aplicando os valores encontrados na fórmula W=P.T, temos:W=(5.400W x 5h) :: W=27.000Wh.Dividindo este valor por 1000, encontramos 27 kWh, que é a energia consumida pelo chuveiro no período considerado.

Conforme você percebeu nos dois exemplos citados, o cálculo do consumo de energia elétrica é bem simples. Você pode fazer isto para todos os eletrodomésticos (máquina de lavar, geladeira, forno de micro-ondas, aspirador de pó, etc.) que possuir em casa, ou seja, qualquer aparelho que precise de energia elétrica para funcionar.

Alguns eletrodomésticos apresentam ciclos automáticos de liga-desliga, mesmo estando o cabo de força conectado na tomada. A geladeira é um exemplo, e neste caso, você não pode considerar 24 horas por dia no cálculo do consumo de energia.

Quando for comprar uma geladeira ou um outro eletrodoméstico, verifique se o mesmo possui o selo de aprovação do PROCEL (Programa de Combate ao Desperdício de Energia). Este selo traz o consumo de energia em kWh e, além disso, você tem a certeza de estar comprando um produto que prima pelo baixo consumo de energia.

Para finalizar este assunto, é bom frisar que a utilização de eletrodomésticos de baixo consumo de energia, aliados a uma instalação elétrica bem projetada e executada, constituem um sistema eficiente no combate ao desperdício de energia.

"Economize energia! O seu bolso agradece, o Brasil também."

O watt (W), é a unidade de potência do Sistema Internacional de Unidades. O kWh é uma unidade de energia. Não existe uma correspondência direta entre estas duas unidades, elas significam coisas diferentes. Existe imensa confusão no uso das unidades watt-hora e o watt. Um kWh é a quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1 kW (1000 watt) pelo período de uma hora, ou seja, se você tiver um aquecedor de 1000 W (1 kW), irá gastar 1 kWh. Se você fizer o cálculo da energia gasta por cada aparelho que tem em casa, é uma boa maneira de você fazer uma estimativa de quanto vai ser a sua factura elétrica no final do mês. Basta para isso saber quanto é que o seu fornecedor de eletricidade cobra por cada kWh consumido.Dificultad

FácilInstrucciones

1. 1Saber a potência do aparelho eletrônico em watt (W). Geralmente vem escrita nas características elétricas do aparelho. Vamos supor que tem

Page 9: Dicas Para Construção

uma potência de 2500 W, este valor vai ser usado mais à frente para exemplificar o cálculo da energia.

2. 2Se você não souber a potência que o aparelho consome, pode efetuar uma medição usando um amperímetro para saber a corrente que está sendo gasta. Como a potência (em watt) é igual ao produto da tensão e da corrente, é só multiplicar o valor lido em Ampere (A) , pela tensão em Volt (V) que alimenta o aparelho. Vamos supor que o seu amperímetro mediu 10,87 A, e vamos supor que o aparelho está ligado a 230 V, 10,87*230=2500,1 W.

3.

4. 3Saber o tempo que o aparelho vai estar ligado à corrente elétrica. Se um aparelho estiver 3 horas e 30 minutos ligado, usaremos 3,5 horas, ou seja, convertemos os 30 minutos, para 0,5 (intervalo entre 0 e 1). Pode usar a seguinte fórmula: x(horas)=minutos_lidos/60. Vamos supor que está 2 horas ligado para que no seguinte passo se possa calcular a energia consumida.

5. 4Usando a fórmula Energia=Potência*nº de horas ligado temos: E (Wh) =2500*2=5000 Wh. Note que deu uma energia que parece muito elevada, isto porque as unidades estão em Wh, basta dividir por 1000 e obtém 5 kWh. Outra maneira de calcular é converter logo a potência de W para kW, ou seja, 2500 W = 2,5 kW, e depois multiplicar pelas horas de consumo, 2,5*2 = 5kW. Da segunda maneira não é preciso dividir por 1000, pois a potência já foi convertida de W para o seu múltiplo, kW.

DEFESA DO CONSUMIDOR

O consumidor está ficando cada vez mais consciente na busca de qualidade pelo preço pago na aquisição de um produto ou serviço. Reclamar passou a ser um procedimento normal à medida em que o conhecimento sobre as leis que regem a proteção do consumidor vão sendo difundidas e absorvidas.

Você não precisa ser um advogado para conhecer os direitos a que deve desfrutar, mas pode precisar deste profissional quando a situação não for resolvida amigavelmente. Vamos ver a definição das entidades que você pode procurar para resolver a sua insatisfação com relação a um produto ou serviço:

Procon - Este órgão atua em questões individuais. Neste local o consumidor encontra respostas rápidas para suas queixas. Ao formalizar uma reclamação, os funcionários do órgão entram em contato com o fornecedor do produto ou serviço, com o objetivo de conduzir uma negociação que satisfaça ambas as partes, ou seja, fornecedor e consumidor. Quando não se obtém uma solução

Page 10: Dicas Para Construção

plausível, deve-se entrar na Justiça.

Prodecon - A Promotoria de Defesa do Consumidor faz parte do Ministério Público (órgão que tem por objetivo defender a sociedade e fiscalizar o cumprimento de seus direitos). O Ministério Público atua para defender interesses coletivos, sendo necessário que várias pessoas estejam fazendo a mesma queixa ou que o caso particular possa ser generalizado. Neste caso, os promotores iniciam ações civis públicas que serão julgadas na Justiça.

Decon - A delegacia atua na repressão de crimes contra o consumidor. É bom procurá-la para denunciar o desrespeito às leis de proteção do consumidor. A polícia não será capaz de determinar a reparação do dano, mas pode prender os culpados.

Bem, feita a apresentação dos órgãos que atuam na defesa dos consumidores, vamos ver algumas definições estabelecidas pelo Código de Defesa do Consumidor e Código Civil.

Por definição, consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, onde:

Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial;

Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração;

Fornecedor é toda pessa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Vamos ver um exemplo com a aplicação destes conceitos:

Imagine que você (consumidor) tenha se deslocado até uma loja de materiais de construção para comprar uma caixa d'água. Neste caso, temos um bem móvel (a caixa) que será entregue em sua residência. Para instalar este produto, você vai precisar contratar os serviços de um profissional qualificado, ou se tiver habilidade, poderá você mesmo executar o serviço.

O Código Civil estabelece que os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam a sua qualidade de móveis. Materiais provenientes de demolição também readquirem esta qualidade. Então, seguindo este preceito e aplicando-o no exemplo acima, a caixa d’água após a instalação, adquire a qualidade de um bem material imóvel.

Neste exemplo, que aliás, é bem simples, vimos a aplicação do conceito de produto e serviço. Agora, o que irá realmente amparar você da compra de um produto com defeito ou de um serviço mal executado? Entra em cena o já comentado Código de Defesa do Consumidor, que estabelece as normas de proteção e defesa dos consumidores.

O Código de Defesa do Consumidor, no capítulo III, trata Dos direitos básicos do consumidor, e no capitulo IV, Da Qualidade de produtos e serviços, da prevenção e da reparação dos danos.

Um direito básico muito interessante atribuido ao consumidor é aquele definido no capítulo III, conforme descrito abaixo:

"A facilitação de defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juíz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências."

Neste caso, se o juíz determinar a aplicação do parágrafo acima citado, temos então uma inversão do ônus da prova. Sendo assim, o prestador do serviço mal executado ou o fornecedor do produto defeituoso é que terá de provar que o consumidor está errado.

Já o capítulo IV do referido Código é dividido em quatro seções. Vamos falar um pouco sobre a seção II, III e IV, aplicando em seguida alguns conceitos no nosso exemplo da caixa d'água. A seção II trata da responsabilidade pelo produto e serviço.

O artigo 12 estabelece que:

"O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador, respondem

Page 11: Dicas Para Construção

independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre a utilização e riscos".

Já o artigo 14 estabelece que:

"O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos".

O produto ou serviço é então considerado defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar.

A seção III trata da responsabilidade por vício do produto e do serviço .

O artigo 18 estabelece que:

"Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis, respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, ou seja, quando se anuncia uma coisa e vende-se outra".

Já o artigo 20 estabelece que:

"O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária".

A seção IV trata da decadência e da prescrição.

O artigo 26 estabelece o prazo que você tem para reclamar após a detecção de um vício aparente ou de fácil constatação. Conforme já foi mencionado, vício de produto ou serviço, é aquilo que o torna impróprio para o consumo, diminui o seu valor, ou está em desacordo com as informações de oferta ou mensagem publicitária.

O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação perde o efeito em:

"Noventa dias, tratando-se do fornecimento de serviço e de produtos duráveis, sendo que a contagem do prazo decadencial inicia-se a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.

No entanto, o início da contagem do prazo decadencial pode ser alterado. Um exemplo é o estabelecimento de inquérito civil, até o seu incerramento.

Vamos voltar para o nosso exemplo da caixa d'água para aplicar estes conceitos.

Suponha que horas depois de receber a caixa d'água, você constata a presença de um defeito que a torna imprópria para o uso a que se destina. Trata-se portanto de um vício de qualidade. Neste caso você deve entrar em contato imediatamente com fornecedor e solicitar a troca do produto.

Agora imagine situação de a caixa estar em perfeitas condições de uso e você contrata um profissional para executar o serviço de instalação. O profissional lhe entrega uma proposta para a execução dos serviços. Nesta proposta fica claro que o fornecimento dos materiais será por conta

Page 12: Dicas Para Construção

do contratado e conforme a listagem apresentada pelo mesmo.

Você concorda e autoriza a execução do serviço. Após o término do mesmo, você constata que o trabalho foi muito bem executado, mas no entanto, foram utilizados materiais diferentes (mais baratos) daqueles especificados na listagem apresentada juntamente com a proposta. Neste caso se configura um vício de serviço, pois o que foi executado está em desacordo com as informações da proposta, diminuindo portanto, o valor do serviço.

Sendo assim, você poderá tomar algumas medidas, tais como:Exigir um abatimento proporcional do preço, ou até mesmo, a reexecução dos serviços.

O exemplo citado acima é bem simples quando comparado com o complexo campo que é a construção civil. Imagine um prédio, ou mesmo uma residência e você vai entender o que eu estou dizendo. São muitos materiais distintos, assim como de profissionais envolvidos na confecção do produto final. Um vício aparente é de fácil constatação, mas um vício oculto, costuma aparecer somente depois de alguns meses, ou até mesmo anos.

O conhecimento das leis definidas no Código de Defesa do Consumidor são muito importantes para que possamos exercer os nossos direitos, sempre que for necessário.

CERTIDÃO DO HABITE-SE

A certidão do habite-se é um documento que atesta que o imóvel foi construído seguindo-se as exigências (legislação local) estabelecidas pela prefeitura para a aprovação de projetos.

Contudo, este documento não é um certificado de garantia de que a construção foi executada em obediência às boas normas de engenharia e arquitetura, e portanto, não atesta a segurança da obra e muito menos, a qualidade.

Quando um projeto para construção de um imóvel é aprovado pela prefeitura, significa que o mesmo atendeu à legislação local e a construção pode ser iniciada após a liberação do alvará (documento autorizando o início dos serviços). Quando a construção atinge um nível em que a certidão do habite-se pode ser emitida, o proprietário do imóvel faz a requisição junto ao órgão competente da prefeitura, que providenciará uma vistoria no imóvel para constatar se o que foi construído retrata o projeto aprovado inicialmente.

Se tudo estiver conforme o projeto aprovado, a certidão do habite-se é emitida em poucos dias. No entanto, caso haja algum problema, a certidão será liberada somente após a resolução do mesmo.

Fique atento para os seguintes itens:

Imóveis que não têm a certidão do habite-se perdem o valor na hora da venda, pois estão na condição de irregulares perante a prefeitura;

Contas de água, luz e telefone não significam que o imóvel esteja regularizado junto à prefeitura. Significa apenas que as exigências estabelecidas pelas concessionárias destes serviços foram atendidas;

Carnês de IPTU também não significam que o imóvel esteja regularizado. Muitas prefeituras elaboram o cadastro das construções irregulares somente com o objetivo de arrecadarem impostos;

Prédios residenciais ou comerciais não podem constituir condomínio legal, não sendo possível o estabelecimento de uma convenção que ampare os usuários e defina o rateio das despesas que são comuns;

Entidades que financiam a compra de imóveis exigem a certidão do habite-se para que o empréstimo seja concedido;

Estabelecimentos comerciais que não possuem a certidão do habite-se, não recebem alvará definitivo para funcionamento legal, tornando difícil a venda ou aluguel dos mesmos;

Page 13: Dicas Para Construção

Para a averbação (registro) do imóvel no Registro Geral de Imóveis, é necessária a certidão do habite-se.

Os itens acima servem para lhe dar uma noção da importânica da certidão do habite-se. Portanto, procure não esquecer deste documento em sua próxima negociação.

CAL NAS ARGAMASSAS

Há uma variedade enorme de argamassas industrializadas prontas para serem utilizadas no canteiro de obras, mas apesar de todas estas facilidades ainda é muito comum o preparo convencional da argamassa no local da obra, com a compra em separado do cimento e agregados.

Em uma construção convencional, o revestimento de uma parede é constituído por três camadas (chapisco, emboço e reboco). O chapisco é necessário para promover a aderência do emboço, evitando que o mesmo se solte. O emboço é a camada de regularização da superfície, não devendo ser superior a 2cm. Já o reboco tem pequena espessura, sendo uma camada fina que serve para preparar a superfície par receber o acabamento final, como por exemplo, a pintura.

No preparo do emboço é muito comum utilizar uma mistura constituída por cimento, areia e barro. O barro funciona como liga, dando plasticidade à mistura, facilitando o espalhamento e a aplicação da argamassa. Mas o uso do barro se dá mais por questões "econômicas", pois é barato, aliado ao fato de ser encontrado com certa facilidade na natureza. No entanto, o uso do barro é uma cultura enraizada que deve

ser cortada pela raiz. A razão é simples: Argamassas executadas com o uso de barro têm baixa resistência e durabilidade, pois o barro se comporta de maneira negativa em presença de umidade, sofrendo expansões e contrações que provocam o surgimento de fissuras e a desagregação do revestimento. A foto acima ilustra a deterioração do revestimento causada pela ação da umidade externa. O revestimento (emboço) foi executado com o uso de barro, sendo a tinta de acabamento aplicada sobre o mesmo.

Então, qual seria o substituto ideal para o barro? A resposta é também simples, ou seja, a cal hidratada, um aglomerante que adiciona vários benefícios a uma argamassa.

Para entender os benefícios da cal é interessante conhecer um pouco do processo de obtenção da mesma, que tem início com a extração de rochas carbonatadas. Para rochas carbonatadas de calcário (variedade de rocha onde o constituinte principal é o carbonato de cálcio), o agregado obtido é submetido à ação do calor (processo denominado calcinação) em fornos apropriados, com temperatura entre 850 e 1200ºC. Nesta reação química, o carbonato de cálcio, sob a ação do calor, se decompõe, formando o óxido de cálcio (cal) e o dióxido de carbono, sendo que este gás se desprende resultando basicamente a cal. A equação química abaixo ilustra a reação ocorrida nesta fase.

A cal, assim obtida é denominada cal virgem, cal viva ou cal aérea. Ainda não está pronta para ser utilizada, necessitando passar por um processo de moagem, sendo então misturada com água em proporções adequadas. Deste processo resulta o hidróxido de cálcio (cal hidratada), cuja equação química é mostrada abaixo.

Page 14: Dicas Para Construção

Quando a cal hidratada é utilizada no preparo de uma argamassa e posteriormente aplicada, ocorre a seguinte reação: A água excedente evapora e o dióxido de carbono presente na atmosfera penetra no revestimento, resultando na formação da "rocha carbonatada".

A equação química que ilustra o processo acima é representada abaixo para a cal hidratada derivada de rochas carbonatadas.

Pelo que foi ilustrado acima, percebemos que a cal hidratada retorna à sua condição primitiva que era a de rocha cálcaria, resultando assim, em um produto final (argamassa) estável e resistente. Notamos também que o endurecimento se processa de forma lenta e de fora para dentro, requerendo uma superfície com uma certa porosidade para permitir a evaporação da água excedente, e ao mesmo tempo permitir penetração do dióxido de carbono presente na atmosfera. Pelo fato do endurecimento ser lento é adicionado cimento à mistura, que promove a aderência e resistência inicial do revestimento.

Paredes revestidas com argamassas contendo cal hidratada não podem ser pintadas imediatamente após o término dos serviços. É necessário um tempo de cura (mínimo de trinta dias) para que o revestimento ganhe resistência, pois a tinta forma uma película "impermeável" que dificulta a evaporação da água e a penetração do gás carbônico, resultando assim em um revestimento fraco e de pouca durabilidade. Esta observação deve ser seguida para outros tipos de revestimentos decorativos.

A cal hidratada é um produto em forma de pó seco, comercializada em embalagens (sacos) de 20kg, sendo classificada de acordo com sua composição química em CH-I, CH-II e CH-III.

CH-IQuando constituída essencialmente de hidróxido de cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio e hidróxido de magnésio, com teor de gás carbônico igual ou menor que 5%. CH-IIQuando constituída essencialmente de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio, e óxido de magnésio, com teor de gás carbônico igual ou menor que 5%, sem limites para os teores de óxidos não hidratados.

CH-IIIQuando constituída essencialmente de uma mistura de hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido de magnésio, com teor de gás carbônico igual ou menor que 13%.

Benefícios de uma argamassa contendo cal hidratada

Page 15: Dicas Para Construção

Argamassas mistas (cimento-cal-areia) apresentam resistência mecânica e ação impermeabilizante superior às argamassas onde o aglomerante cal é substituído por barro;

A cal confere ótimo poder de sustentação da areia. Isto significa ausência de segregação e facilidade de manuseio e aplicação de argamassas contendo cal hidratada;

Revestimentos feitos com o uso da cal são mais estáveis e duráveis, além disso a cor clara contribui para um melhor isolamento térmico;

Ganho de resistência e compacidade (redução do volume de vazios) com o tempo;

A cal tem poder bactericida.

Certamente, para se obter uma argamassa mista (cimento, cal e areia) resistente e durável, seja para o revestimento de paredes ou assentamento de componentes (tijolos cerâmicos, blocos de concreto, blocos de concreto celular autoclavado, etc), é necessário o uso de materiais adequados dentro de uma dosagem racional. Cuidados no preparo da superfície e atendimento às boas normas de engenharia devem ser observados.

Quando for comprar cal hidratada, verifique na embalagem se há o selo da ABPC (Associação Brasileira dos Produtores de Cal). Este selo indica que o produto é adequado para a finalidade a que se propõe, garantindo que a cal é fabricada em obediência à composição química estabelecida pela norma brasileira NBR-7175.

Para saber mais: