DICAS PARA ACOLHERBEM PESSOAS LGBTQI+

UMA ABORDAGEM ESPÍRITAJean Paul @umgayespirita

Epígrafe

200. Têm sexos os espíritos?

Não como o entendeis, porque os sexos dependem da constituição orgânica. Há entre eles amor e simpatia,

mas baseados na concordância dos sentimentos.

O Livro dos Espíritos -

Allan Kardec 2

IntroduçãoA Constituição Federal, no artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício da religiosidade a todos/as os/as cidadãos/ãs. As religiões possuem caráter moral, ético, coletivo e consolador, que trazem alívio às dores do mundo e a sensação de pertencimento a um grupo. Contudo, de modo generalizado, as instituições religiosas, historicamente, tendem a segregar, excluir, marginalizar, discriminar e condenar pessoas LGBTQI+.

De acordo com dados do The Trevor Project - organização que combate o suicídio entre a população LGBTQI+ -, pessoas LGBTQI+ são quatro vezes mais propensas a cometerem suicídio que pessoas cisgênero heterossexuais. Contudo, uma pessoa acolhedora pode diminuir em 30% o risco de suicídio de uma pessoa LGBTQI+.

Desta forma, pelo seu caráter acolhedor e consolador, a religião pode funcionar como grande preventivo ao suicídio de pessoas LGBTQI+ se souber acolhê-las. Assim, esta cartilha se propõe a dar dicas para o acolhimento de pessoas LGBTQI+ em instituições espíritas. 3

SumárioLegalidade e discriminação 5

A sigla 6

LGBTQIfobia 7

Que é sexualidade 8

Aspectos da sexualidade 9

Gênero 11

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Orientação afetivo-sexual 12

Não é doença 13

Dicas para acolher bem

pessoas LGBTQI+ 14

Conclusão 29

Referências 30

O autor 31

Legalidade e discriminaçãoA Constituição Federal de 1988 tem como objetivo fundamental promover o bem de todos/as, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, VI). Além disso, prevê que a lei puna qualquer discriminação que atente contra os direitos e liberdades fundamentais (art. 5º, XLI).

Alguns estados brasileiros já contemplam a discriminação contra orientação sexual e identidade de gênero, ou possuem leis específicas sobre discriminação contra pessoa LGBTQI+.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), o Brasil é um dos países que mais mata pessoas LGBTQI+ no mundo.

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A siglaA sigla LGBTQI+ é uma redução de LGBTT2QQIAAP. O intuito da sigla é fazer com que as pessoas não-cisgêneras e não-heterossexuais sejam representadas e reconhecidas nas suas lutas por direitos e pela sua cidadania.

A primeira parte, LGB, diz respeito à orientação sexual (lésbicas, gays e bissexuais). A segunda, TQI+, diz respeito ao gênero (travestis, transexuais, transgêneres, queer, intersexuais); o + engloba as outras letras suprimidas na sigla (como assexuais e pansexuais).

Siglas como GLS e GLBT estão em desuso e podem ser consideradas ofensivas para algumas pessoas, já que não são inclusivas e representativas como LGBTQI+.

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LGBTQIfobiaLGBTQIfobia é o preconceito em virtude da identidade de gênero ou orientação sexual. Entre outros, ela envolve:

Homofobia - preconceito contra homossexuais masculinos/as e/ou femininos/as;

Lesbofobia - preconceito contra lésbicas;

Bifobia - preconceito contra bissexuais;

Transfobia - preconceito contra transgêneres/transexuais.

LGBTQIfobia é crime. LGBTQIfobia mata. Dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), só no ano de 2018, apontam que 2.687 pessoas foram assassinadas no Brasil por serem LGBTQI+.

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Que é sexualidadeSegundo a Escola Virtual do Governo, sexualidade “tem a ver com o corpo e como construímos esse corpo na cultura e nas relações em que estamos inseridos, no tempo histórico em que vivemos”.

Em outras palavras, nosso sexualidade é uma construção individual da nossa relação com o corpo, desde o erotismo, o desejo e o afeto, até noções de saúde, reprodução, uso da tecnologia e o exercício do poder na sociedade. Esta construção é influenciada pela relação tempo-espaço em que estamos inseridos, por isso é variável.

De acordo com Divaldo Pereira Franco, no livro “Sexo & Consciência”, capítulo 1, “a sexualidade está localizada em todo o corpo, na mente, na aura e na emanação psíquica que possuímos”, o que reforça a concepção de construção da sexualidade através das nossas experiências reencarnatórias.

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Aspectos da sexualidadeSexo biológico - é expresso compulsoriamente pela genitália atribuída ao nascimento: pênis, vagina e intersexo;

Identidade de gênero - é a identificação, ou não, com o sexo biológico;

Orientação afetivo-sexual - é a orientação para o objeto de desejo afetivo e sexual;

Papéis sociais de gênero - é a convenção social de padrões de comportamento para os gêneros.

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Aspectos da sexualidadeSexo biológico: pênis; vagina; intersexo

Identidade de gênero: cisgênero; transgênero; travesti; não-binário, outros.

Orientação afetivo-sexual: heterossexual; homossexual; bissexual; assexual; pansexual; outros.

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GêneroCisgênero: pessoa que se identifica com seu sexo biológico.

Transgênero: pessoa que se identifica com o sexo e/ou gênero diferente do sexo biológico; não necessariamente modifica seu sexo biológico por processo cirúrgico; deve ser tratada pela sua identidade de gênero.

Travesti: pessoa do sexo biológico designado ao nascimento com pênis que se identifica como do gênero feminino; deve ser reconhecida pela forma de tratamento no feminino; o termo correto é a travesti.

Não-binário: termo guarda-chuva que abarca várias identidades de gênero fora do binário masculino-feminino.

Atenção: Existem inúmeras identidades de gênero e não temos obrigação de conhecer todas, mas respeitá-las. Respeitar a identidade de gênero de uma pessoa é sempre se referir a ela conforme ela se apresenta. 11

Orientação afetivo-sexualHeterossexualidade: pessoa que tem sentimentos afetivos e atração sexual por outras com identidade de gênero oposta à sua (cisgênero ou transgênero).

Homossexualidade: pessoa que tem sentimentos afetivos e atração sexual por outras com identidade de gênero igual à sua (cisgênero ou transgênero). Gays e Lésbicas.

Bissexualidade: pessoa que tem sentimentos afetivos e atração sexual pelos gêneros iguais e diferentes do seu (cisgêneros ou transgêneros).

Assexualidade: pessoa que sente pouca ou nenhuma atração sexual por outras, não tendo interesse nas atividades sexuais humanas. Porém, tem sentimentos afetivos.

Pansexual: pessoa que tem sentimentos afetivos e atração sexual por pessoas de todos os tipos de gêneros ou orientações sexuais.

Atenção: existem outros tipos de orientação afetivo-sexual, todas devem ser respeitadas. 12

Não é doençaDesde 17 de maio de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista internacional de doenças mentais. Em 18 de junho de 2018, a OMS também retirou a transexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID).

Desta forma, nenhum profissional da saúde pode exercer qualquer tipo de ação que sugira o “tratamento” da homossexualidade e transexualidade.

Assim sendo, os termos “homossexualismo” e “transexualismo” não são cabíveis para se referir à homossexualidade e transexualidade, já que o sufixo -ismo exprime a ideia de doença.

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Dicas para acolher bem pessoas LGBTQI+Estas dicas podem ser úteis no acolhimento a pessoas LGBTQI+ em instituições espíritas ou fora delas. O bom senso, a educação e o respeito a todas as pessoas é a primeira regra para um bom acolhimento.

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Mostre respeito na mesma medidaRespeito é bom e todo mundo gosta. Ao conversar com alguém, não demonstre superioridade ou inferioridade. Trate as pessoas com igualdade. Não olhe demais; não desvie o olhar; não altere o tom de voz; não dê preferência (a não ser para grupos prioritários por lei); não deixe para trás; atenção a comentários pejorativos e preconceituosos. Aja com cortesia e naturalidade.

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Cuidado com referências popularesDe modo geral, referências populares a pessoas LGBTQI+ são pejorativas e preconceituosas. Portanto, retire-as de seu vocabulário e passe a utilizar os termos apresentados pela ciência e pela norma culta da língua portuguesa.

Não faça piadas preconceituosasNunca ria, comente, aponte ou tome qualquer atitude que possa ser preconceituosa. O melhor é retirar comentários e piadas do seu repertório. Trate as pessoas com normalidade.

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Não presuma intimidade exageradaNum esforço para se mostrarem não-preconceituosas, muitas pessoas exageram na intimidade. O ideal é manter a distância e o respeito comuns a pessoas desconhecidas.

Eventos e atividades para casaisEm caso de eventos e atividades para casais na casa espírita, estenda o convite também para casais homoafetivos ou formados por pessoas trans. Este convite deve ser feito de modo natural. Isto demonstra respeito, evita discussões e qualquer denúncia por discriminação.

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Datas especiaisEm datas especiais, como Dia das Mães ou Dia dos Pais, presuma que possam haver famílias LGBTQI+ entre o público do grupo espírita, por isso estenda as parabenizações à instituição família.

Não presuma que LGBTQI+ se assume publicamenteMesmo pessoas seguras quanto à sua sexualidade podem não se sentir totalmente confortáveis ao ter sua sexualidade exposta em público. Por isso, não divulgue essa informação aos quatro ventos. Ética é imprescindível nos trabalhos espíritas.

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Nunca diga “escolha”, “opção”, “preferência” sexualSer LGBTQI+ não é uma escolha, opção ou preferência, por isso o termo correto é orientação sexual (quando falamos de atração afetivo-sexual) e identidade de gênero (quando falamos de identificação ou não com sexo biológico). Oriente palestrantes e tarefeiros quanto ao termo correto.

Nunca use o sufixo -ismo“Homossexualismo”, “lesbianismo”, “transexualismo” e outros são termos preconceituosos, porque remetem à ideia de doença. A OMS já não considera as orientações sexuais não-heteronormativas nem as identidades de gêneros não-cisnormativas como as únicas alternativas saudáveis da sexualidade.

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Trate as pessoas conforme o gênero que se identificamSempre se refira às pessoas conforme o gênero que elas se identificam e não pelo sexo de nascimento ou orientação sexual. Observe como elas se vestem e se apresentam. Utilize as formas de tratamento adequadas à identidade de gênero delas.

Utilize o nome socialPessoas trans, muitas vezes, têm documentos com nomes diferentes dos que usam socialmente. Quando for necessário o uso de documentos, não se abale com a discrepância do nome ou da foto e aja naturalmente. Não exponha a pessoa divulgando seu nome civil publicamente ou tratando-a por este nome. Em caso de cadastros, utilize o nome civil, mas adicione uma observação com o nome social. Utilize sempre o nome social perguntando à pessoa como ela deseja ser chamada.

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Utilize a etiqueta de acordo com o gêneroTodas as convenções de etiqueta para homens e mulheres devem ser utilizadas para pessoas transgêneras conforma a identidade de gênero delas.

Banheiros sociaisOs banheiros sociais devem respeitar a identidade de gênero das pessoas. No Brasil, não há legislação que proíba o uso de banheiro. Por outro lado, a Constituição Federal veda a discriminação. Por isso, se uma mulher trans utilizar o banheiro feminino, respeite-a. O mesmo vale para homens trans.

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Vestimentas de pessoas transÉ importante lembrar que o modo como nos vestimos é uma das formas de expressão de quem somos e como nos colocamos no mundo. Por isso, é importante lembrar que a Constituição Federal garante a liberdade de expressão, mas veda a discriminação.

Cuidado com a invisibilizaçãoÉ comum pessoas LGBTQI+ relatarem que, ao visitarem instituições espíritas pela primeira vez, ou repetidamente, não são acolhidas, recebidas, atendidas. Ou seja, são invisibilizadas: entram e saem sem contato com trabalhadores do grupo. Por isso, receba e acolha toda e qualquer pessoa que seja “estranha” ao círculo de frequentadores da instituição.

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Espaço e representatividadeUma das formas de inclusão de pessoas LGBTQI+ é dar espaço para que desenvolvam e participem das atividades da instituição. Convide pessoas LGBTQI+ para atuarem na evangelização, nas palestras, no passe, nas reuniões mediúnicas etc. Se trabalhadores “saem do armário”, não os/as impeça de continuar desenvolvendo suas atividades. Tal atitude, infelizmente, comum, é discriminação.

“Sr. e Sr.”, “Sra. e Sra.”Em comunicados, convites, correspondências etc que se endereçam ao casal utilize as formas de tratamento adequadas aos gêneros que as pessoas se identificam.

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Nunca achar que duas mulheres estão esperando presença masculinaNão se intrometa ou queira fazer companhia a duas mulheres “sozinhas”, não pergunte se estão esperando alguém e não faça referência a namorados ou maridos.

Não presuma a heterossexualidade porque a pessoa tem aparência “comum”Utilize sempre termos neutros como “pessoa”. Por exemplo, não pergunte: “você tem marido/esposa?”; pergunte: “qual seu estado civil?”

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Deferência por idadeAo tratar com casais do mesmo sexo, a deferência deve ser aplicada em função da idade e não da aparência mais masculina ou mais feminina.

Use a universalidade do ensino dosespíritosQualquer que seja a informação trazida pela espiritualidade sobre homossexualidade, transgeneridade etc, deve passar pelo crivo da razão, pela análise do que é produzido pela ciência e pela universalidade do ensino dos espíritos.

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Não diga que a sexualidade de alguém é desvio moralA sexualidade é uma construção individual das experiências vividas em encarnações anteriores e atual. É uma expressão particular de como nos apresentamos ao mundo, como nos representamos e como nos relacionamos em diversos níveis de convivência. Qualquer coisa que fuja desta compreensão é conclusão discriminatória.

Não diga que homossexuais e transgêneres têm que sublimar a libidoA libido é a energia que está presente nos nossos instintos e em tudo aquilo que é criado pela humanidade, além de propiciar o impulso sexual. Segundo alguns dizeres espíritas, sublimar a libido é abster-se da prática sexual. Contudo, a sublimação da libido é a canalização desta energia para boas obras, criações em favor do bom e do belo, independente da abstinência sexual ou não.

Sobre este assunto, a leitura do livro “Missionários da Luz”, de André Luiz, psicografado por Francisco Xavier, é indicada. Chico Xavier, no programa “Pinga Fogo”, também faz uma reflexão sobre a prática sexual e sobre a homossexualidade. A obra “Além do Rosa e do Azul”, do psicólogo e espírita, Gibson Bastos, também traz informações, à luz do espiritismo e da ciência, sobre sexualidade e libido.

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Desconstrua o preconceitoA educação é a melhor maneira de desconstruir preconceitos e estigmas. Portanto, traga à tona debates, palestras, eventos etc que discutam a sexualidade sem tabu e de modo científico e atualizado.

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O compromisso espírita é para com todos/asMantenha em mente que o Espiritismo está a serviço de todas as pessoas, sem distinção de qualquer tipo. Lembre-se da máxima “não julgueis para não serdes julgados” (S. Mateus 7:1). Desconstrua seus preconceitos com informação e bom senso.

Situações inapropriadasAs regras de comportamento dentro da instituição espírita devem ser iguais para toda pessoa. Por isso, se casais heterossexuais cisgêneros são permitidos trocar afeto (mãos dadas, abraços etc) dentro da instituição, esta permissão deve ser estendida a pessoas homossexuais e transgêneras.

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Ferramentas de defesa para pessoas LGBTQI+Mantenha sempre visível o contato de serviços de proteção ao público LGBTQI+. Disque 100 para denúncia de desrespeito aos direitos humanos; 180 para denúncia de violência contra mulher (inclusive trans); além das ferramentas estaduais e municipais de amparo às pessoas LGBTQI+.

ConclusãoA desconstrução de preconceitos se dá através do estudo, da informação, da autorreflexão e da mudança de paradigmas e crenças individuais. Pelo seu caráter filosófico, científico e religioso (moral), o Espiritismo se torna ferramenta importante para nossa consolação, evolução, transformação e religação com a Inteligência Suprema. Negar o acesso desta ferramenta a qualquer pessoa é impedir o avanço da sociedade terrena. Negar esta ferramenta ou utilizar dela para propagação de preconceitos, além de falta de humanidade e cristandade, é crime.

A compreensão do que é a sexualidade humana, mesmo que de modo ainda precário, é a principal ferramenta para evitarmos a propagação de preconceitos dentro e fora das instituições espíritas. Acolher, acolher bem, pessoas LGBTQI+ pode ser transformador em diversos níveis e, principalmente, pode salvar vidas.

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ReferênciasEsta cartilha tem como principal referência a publicação “Dicas para atender bem turistas LGBT”, do Ministério do Turismo, publicada em 2016.

Outras referências utilizadas foram devidamente citadas ao longo do texto.

Todas as imagens utilizadas foram retiradas da internet com filtro para imagens sem restrições de uso, compartilhamento ou modificação, mesmo comercialmente.

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O autor

Jean Paul de Araújo é turismólogo, comissário de voo, espírita “de berço”, médium, palestrante espírita, organizador do evento 3º Fórum Espírita da Juventude em 2019, que aconteceu na sede do Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro.

Jean Paul é criador de conteúdo digital espírita através das redes sociais pelo perfil @umgayespirita, criado em 2018 pelo autor a fim de debater, principalmente, o tema da sexualidade sob a ótica do Espiritismo e romper tabus e desconstruir preconceitos sobre o assunto no meio espírita. O perfil tem como pilares, ainda, a transformação moral e a caridade como ferramentas para evolução espiritual.

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