diário do professor 1 a 5 de março
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Diário do Professor 1 a 5 de MarçoTRANSCRIPT
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DIÁRIO DO PROFESSOR (1, 4 E 5 DE MARÇO)
Esta semana ficou marcada pelo verdadeiro início do nosso
estágio. Na segunda-feira ainda observámos, mas muito mais
atentos do que o normal, visto ter apenas assistido a uma vez a
este dia da semana.
Nesta aula não foi feito o Conselho de Planificação , pois na
semana anterior os alunos só tiveram dois dias de aulas, ao que
a professora cooperante decidiu juntar a esta semana.
Antes de ser lido o Plano do Dia a professora falou com os
alunos acerca do temporal que assolou a nossa ilha, lembrando-
lhes que não deveriam beber a água da torneira pois esta não
estava boa para consumo. Durante a leitura do Plano a
professora falou-lhes de algumas alterações que iriam ser feitas,
como já não iam à escola há alguns dias, em vez de fazerem a
ficha de avaliação de matemática na segunda, faziam-na na
quarta, e na segunda então fariam uma ficha de trabalho.
Depois de efectuadas as tarefas, o D., o F. E o J., a L. Silva e
a C., e a L. Sousa apresentaram as suas produções no Ler, Mostrar e
Contar . Todos os alunos apresentaram textos. Durante as
apresentações notámos os diferentes níveis em que estes alunos se
encontram, mas é notória uma clara evolução em todos eles.
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Seguidamente os alunos ilustraram as fichas que tinham
sido construídas a partir dos textos deles trabalhados em
colectivo. Depois da aula de música os alunos fizeram uma ficha
sobre a multiplicação. A maior parte dos alunos não demonstrou
dificuldade na resolução desta ficha o que significa que grande
parte já tem esta matéria assimilada. Toda a ficha era para ser
resolvida com material cuisenaire, pois para além de ser um
material com que eles já se encontram bastante familiarizados,
também dá para ter uma real percepção do que acontece. Se os
alunos tiverem três barras de 2, vêem que o resultado final é 6,
da mesma forma que para terem 6, podem usar duas barras de
3. Este exercício tinha como objectivo demonstrar aos alunos que
a multiplicação é um conjunto de somas sucessivas, ou seja, a
repetição de um mesmo número.
No Tempo de Estudo Autónomo trabalhei com o D.. Primeiro
acabámos de resolver uma ficha que tínhamos começado na aula
anterior, e em seguida fizemos o melhoramento do texto que ele
apresentou no Ler, Mostrar e Contar . Devo dizer que trabalhar com
este aluno na Língua Portuguesa é sempre um desafio. As últimas
vezes que trabalhei com o D., o trabalho tinha corrido bastante
bem, mas desta vez fiquei com a impressão de que o cansei
bastante, o que prejudicou o nosso trabalho. Inicialmente até
tinha ficado bastante aborrecida, mas depois de ter falado com a
Sofia, esta explicou-me que quando eu sentir que o aluno não
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está receptivo, não devo continuar o trabalho, fazendo-o depois
noutra altura. Penso que essa é a melhor opção, pois se
continuar a insistir com o aluno, este ficará aborrecido e
desmotivado, sendo uma perda de tempo para os dois.
Terminado o TEA foram feitas as tarefas, assim como o
Balanço do Dia .
Na quinta-feira a aula foi orientada pelo João. Depois de
lido o Plano do Dia e de terem sido executadas as tarefas foram
apresentadas as produções no Ler, Mostrar e Contar . Como o João
estava a orientar a aula, o último comentário às apresentações
era sempre feito por ele. O R. apresentou um texto que se
encontrava incompleto, a L. Silva levou revistas do
“Amiguinhos” para apresentar à turma, a B. leu um texto e o H.
um problema. É sempre complicado fazer um comentário
construtivo e que encaminhe os alunos, tendo o João ficado
indeciso como comentar os trabalhos dos alunos. Penso que em
toda a aula foi onde ele esteve menos bem.
Na Matemática Colectiva os alunos jogaram o jogo do apagador
com as tabuadas. Esta actividade correu muito bem, pois para
além de ter sido muito divertida os alunos usaram o cálculo
mental para rever as tabuadas.
Na Língua Portuguesa os alunos escreveram textos a partir de
obras do Picasso. Este exercício surgiu através de uma proposta
de planificação e gestão cooperada das aprendizagens, ou seja,
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através de uma proposta no Diário de Turma. Em grupos de dois,
e um de três, registaram aquilo que o artista pensava transmitir
quando pintou aquela obra. Depois de terem terminado,
tentaram desenhar a mesma obra junto ao texto. Nestes momentos
o professor deverá orientar os alunos, mas sem nunca impôr
nenhuma ideia, ou seja, deverá ajudar o aluno a organizar as
suas ideias de forma a que façam todo o sentido no papel.
No Tempo de Estudo Autónomo trabalhei com o H. o dobro, a
metade e o triplo. Começámos por trabalhar o dobro, como
inicialmente ele não conseguia calcular mentalmente, sugeri-
lhe que separasse as dezenas das unidades. Esta estratégia
resultou tão bem que o aluno não sentiu dificuldades para
depois encontrar a metade nem o triplo. Quando fomos inventar
problemas o aluno estava bastante entusiasmado que até
inventou problemas com alguma dificuldade, resolvendo-os em
seguida quase sem ajuda. Penso que ao trabalhar com o H.
entusiasmei-me um pouco, mas é sempre gratificante quando um
aluno consegue perceber e assimilar a matéria que o professor
tenta transmitir.
Antes da Educação Física a B. Apresentou um livro à
turma. Depois de esta ter falado um pouco sobre ele, os colegas
fizeram-lhe perguntas e deram a sua opinião. O livro
apresentado, tinha a particularidade de ser adaptado a autistas
e deficientes motores, pois tinha símbolos e frases. Como eu
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estava a orientar este momento senti a necessidade de explicar
aos alunos que nem todas as pessoas comunicavam da mesma
maneira e que existiam pessoas que comunicavam através de
símbolos como aqueles. Penso que este momento foi importante
para os alunos, pois é fundamental na
sua formação como cidadãos que estes
ganhem a consciência de que nem todas
as pessoas são iguais e que existem
pessoas com deficiências.
Após a aula de Educação Física os
alunos fizeram o Balanço do Dia . Este
momento permite que os alunos se
consciencializem, assim como se
conseguiram fazer tudo aquilo que
tinham agendado.
A aula de sexta-feira foi orientada por mim. Apesar de não
me encontrar muito apreensiva, devo dizer que senti algumas
dificuldades. Ao ler o Plano do Dia fiquei-me pelo Ler, Mostrar e
Contar , apercebendo-me apenas que não o tinha lido quando os
alunos estavam a apresentar as suas produções. Quando me
apercebi da minha falha fiquei um pouco confusa e não prestei
a devida atenção à apresentação do F., o que me proporcionou
um comentário bastante fraco à sua produção. A A. R. e a H.
também apresentaram textos, ambos bastante completos. A M. e a
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L. Silva apresentaram um teatro, onde era visível que tinha
existido preparação.
Nesta sexta-feira pudemos
assistir à apresentação de um
projecto sobre a “Prevenção
Rodoviária”. Estes momentos
são sempre bastante
interessantes, pois ilustram todo o
processo de trabalho. Este projecto
específico estava muito bem elaborado. As alunas explicaram
que existiam diferentes sinais de trânsito, uns de obrigação,
outros de proibição, outros de atenção e ainda os de informação.
Depois de tiradas as dúvidas e feitos os comentários, os restantes
alunos jogaram a um jogo que as alunas tinham feito. Este foi
um momento bastante divertido, onde de forma lúdica os alunos
foram trabalhando. Ao observar os diversos grupos durante o
jogo, reparei que muitos alunos usavam o cálculo mental para
ver para que casa iam, em vez de contarem as casa uma a uma.
Depois de todos os grupos terem terminado o jogo,
responderam às perguntas que as alunas tinham preparado sobre
o seu projecto.
No Tempo de Trabalho de Projecto ajudei o grupo das Profissões
a preparar a sua apresentação. Primeiro os alunos explicaram-
me o projecto assim como a ordem da apresentação, e em seguida
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apresentaram-no como se estivessem a apresentar à turma. Como
as fichas do projecto tinham meia página vazia, sugerir-lhes,
por ideia da Sofia, que estes pedissem aos colegas para
desenharem a profissão que aspiraram ter ou alguma profissão
que admirassem. Fiquei bastante satisfeita por eles terem aceite a
sugestão, principalmente o R., visto ser muitas vezes difícil que
ele acate as minhas sugestões.
O Tempo de Estudo Autónomo foi interrompido pela Saúde
Oral, por isso não consegui concluir o trabalho que tinha
iniciado com o J. Trabalhei com este aluno as horas, incidindo
mais com o “quarto de hora”, a “meia hora” e um “quarto
para”. Por aquilo que me apercebi, o aluno conseguiu assimilar
essas diferenças, mas não conseguimos realizar exercícios escritos
para corroborar a minha opinião.
Na parte da tarde orientei o Conselho de Cooperação . Os
alunos começaram por avaliar o seu PIT , assim como o PIT de
outro colega. Em seguida quatro alunos mostraram o seu
trabalho à turma, assim como disseram quantas coisas fizeram
na semana anterior e quantas nesta semana. Depois de alguns
alunos comentarem esses quatro PIT’s , a restante turma disse
quantos trabalhos fizeram na semana anterior e quantos fizeram
nesta. Depois foram avaliadas as tarefas. O momento mais difícil
foi a leitura do Diário de Turma , pois como era a primeira vez que
estava a orientar senti imensas dificuldades, tendo por diversas
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vezes a professora cooperante ter intervindo em meu auxílio. A
gestão do no Conselho é sempre, segundo a professora cooperante e
agora para mim, complicada, ao que a minha inexperiência
não ajudou. Outra das dificuldades que eu senti foi em mediar
os conflitos que envolviam o R., pois este é sempre um caso
reincidente.
Posso concluir que esta semana foi positiva, tanto a minha
prestação como a do João. Aos poucos vamos ganhando “calo” e
corrigindo os nossos erros.