diario de bordo n2

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Diário Diário DE BORDO ANO I - NÚMERO 2 - JULHO 2008 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA AMOR QUE MATA: Quando o relacionamento acaba e os anos em busca de uma vida feliz viram páginas policiais DE BORDO Ouro Preto e Mariana se transformam em palcos do maior festival de inverno do Brasil Ladeiras da alegria Ladeiras da alegria

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Diario de bordo edição numero 2

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Page 1: Diario de bordo n2

DiárioDiárioDE BORDOANO I - NÚMERO 2 - JULHO 2008

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

AMOR QUE MATA: Quando o relacionamento acaba e os anos em busca de uma vida feliz viram páginas policiais

DE BORDO

Ouro Preto e Mariana se transformam em palcos do maior festival de inverno do Brasil

Ladeiras da alegria

Ladeiras da alegria

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DE BORDODE BORDO

DiárioDiário

DE BORDODE BORDO

DiárioDiário

Ouro Preto - A tradição do Festival de Inverno. Página 10

Belo Horizonte - Capital vira pólo de atrações culturais. Página 56

Comércio - Shopping promove “Bazar Solidário” e “Feira da Madrugada”. Página 16

Expediente:

Carlos VianaEDITOR E JORNALISTA RESPONSÁVEL

Rodrigo LinharesDIRETOR COMERCIAL

(31) 3088-66379

Ronan MunhozPROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

Ano I - Número 2 - Julho de 2008

Arte e festa nas ruas - Julho é tempo defrio e de atrações gratuitas no Festival deInverno de Ouro Preto e Mariana.

Cultura10

Ninguém segura - Imigrantes brasileirosganham as páginas policiais nos EstadosUnidos.

Internacional22

De dar água na boca - Aprenda como fazerum delicioso pão de queijo mineiro.

Culinária42

"Alô, liga a câmera"- A mais recente novidade no mundo das comunicações é atecnologia 3G de transmissão de dados.

Tecnologia26

Palio Adventure Locker - Com ou semestrada, o motorista chega lá.

Veículos32

Lucro sobre rodas - Venda de caminhõesaté 330 cavalos aumenta e provoca corridaentre fabricantes no Brasil.

Transporte pesado36

Monte Verde - A “suíça mineira”, no sul do Estado é a nova meca de turistas.Tiradentes - A jóia das vertentes apresentaum festival gastronômico com bom gosto e sabor.

Turismo40

É a vez dos homens O inverno mostra que eles também podemandar muito elegantes.

Moda 58

Amor que mata - Casos de violência contramulheres se acumulam nas delegacias.

Comportamento30

Estresse - Mal administrado, pode provocaruma interrupção indesejada na carreira.

Saúde28

Diário de Bordo (marca registrada) é uma revista de circulação bimestral publicada sob a responsabilidade da Vox Domini Comunicação

Textos de reportagens nos Estados Unidos publicados com autorização da BR Media LLc, responsável pelo National Jornal Brasileiro. www.nationaljb.com

[email protected] / [email protected] – 031 9155 0241/ [email protected] - 031 9249 2565

6 Diário de Bordo

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"Nossa esperança é a vo lta do Seu Maluf. . . "

A frase acima eu ouvi recentemente deum taxista em São Paulo. Não é ummotorista mais velho. É um jovem.

Tem 22 anos. Trabalha há três batendovolante na capital paulista. O desabafo, emtom de sinceridade, foi feito durante um des-locamento à noite entre ruas não muito dis-tantes uma da outra. Mesmo com tão poucadistância, enfrentamos um congestionamen-to que nos exigiu perto de 25 minutos demuita paciência.

Mas por que tanta saudade de um perso-nagem polêmico, considerado o que existe depior em exemplo na política brasileira?

E mais: por que nossos compatriotas,especialmente os mais jovens, se desencan-tam dessa maneira com a política e sentemsaudades do que já deveria ter sido esquecido?

As respostas para esses questionamentosnos levam a constatar um dos lados maiscruéis e desafiadores da política brasileira.

Na hora de votar, vivemos um vazio, ummomento onde não há opções diferentes emforma de militância partidária. Uma igualda-de, infelizmente, baseada no pior.

Preste atenção no horário político: nãonos oferece idéias novas, discursos novos, oualgo que confirme a diferença entre os quedisputam a nobre arte de conseguir votos.Estamos falando aqui, em última instância,de partidos que lutam para obter a confiançados que vivem nessas abençoadas, mas aomesmo tempo, sofridas terras tupiniquins.

O que podemos constatar quando ouvi-mos as promessas repetidas, ano após ano, éque políticos com vida em nada exemplarconseguem voltar aos cargos eletivos ouarrancar suspiros de boas lembranças noseleitores. Vemo-nos diante de um quadro his-tórico no mínimo preocupante. Passada aditadura, em plena maturação do processodemocrático, chegamos a um ponto onde nãoexistem mais diferenças ideológicas e parti-dárias. Se é que um dia elas existiram!

PT, PSDB, DEM e outros, como dizem nasruas, "são farinha do mesmo saco".

E o que é pior. Quando comparados nasobras e na capacidade de administrar, os maiscorruptos acabam ganhando daqueles que sepropõem a serem honestos com a coisa pública.

Triste Brasil. Honestidade não é maisobrigação. É uma vantagem eleitoral.

Mas voltemos às comparações.Andando de carro por São Paulo, os moto-

ristas apontam facilmente as obras do "seuMaluf". O túnel Ayrton Sena, uma trincheiraem cruzamento complicado na avenidaPaulista e por aí vai.

Em cada local identificado como feitopelo ex-governador, imaginei: cada Realgasto deu lugar a outros três ou quatroque foram embolsados por construtoras,fiscais corruptos, deputados em campa-nha, parentes de políticos, amantes, ex-mulheres, etc, etc e etc. Ainda assim, opovo está satisfeito. Que coisa!

Mas e a Marta (me referindo à MartaSuplicy, ex-prefeita petista e novamente can-didata à prefeitura de São Paulo), o que elafez de bom?

-Ah doutor, ela só deixou de herança a"Parada Gay", e como São Paulo "tem muitohomossexual", essa gente gosta muito dela.Ela tá na frente das pesquisas por causadisso", respondeu o motorista.

Meu Deus! Refleti mais uma vez. Um polí-tico condenado por vários crimes, entre elesroubo e desvio de dinheiro público, sendoesperado de volta às urnas, e o outro, lembra-do apenas porque abriu as portas da cidadepara uma Parada Gay. Que cenário!

Essa cena paulista pode claramente seridentificada com outros estados brasileiros.Milhões de eleitores espalhados por Minas,Bahia, Alagoas pensam da mesma forma queo nosso jovem personagem. Políticos quefazem obras e melhoram de alguma forma avida das pessoas recebem novos votos deconfiança, mesmo que flagrados em escânda-los inexplicáveis.

Mas, caro leitor, podemos dizer que opovo está errado?

A resposta é difícil, porque se dissermosque sim, estaremos tirando dos brasileiros odireito de escolher o que achar melhor,mesmo que erradamente. E é assim que fun-

ciona a demo-cracia.

Para limpara vida política brasileira é preciso que se pra-tique o que existe de melhor no modelo repu-blicano.

Refiro-me à independência entre os poderes. Judiciário, Legislativo e Executivo se fisca-

lizando e construindo um país melhor. Apesar de existir na teoria, esse cenário de

equilíbrio ainda está fora da nossa realidade.Nossa corte maior, o Supremo Tribunal

Federal, nunca condenou um político.Recursos, prazos, bons advogados, tudo o quepode atrasar o processo acaba valendo e nosimpedindo de saber se o deputado (ou seja láo que for) é culpado ou não.

Para o povo mais simples, o que vale éa possibilidade de a pessoa suspeita estarcandidata. O que é isso? Se a Justiça aindanão concluiu pela condenação, diante detantas provas e suspeitas, por que o povocondenaria?

Pensem! Quando os juízes, que sãonossas autoridades e que dispõem detodas as ferramentas para fazer umBrasil melhor, demoram a fazê-lo, restaao povo a dúvida. O pedidor de votos édesonesto ou não? Diante da não conde-nação de um político e das obras quemelhoram a vida das pessoas, o eleitorfica com as obras.

Quando paramos o táxi no destino em SãoPaulo, cheguei à conclusão de que, apesar detoda a surpresa diante das palavras do rapaz,não pude condená-lo.

Não temos escolhas mais confiáveis!Da mesma forma, não podemos con-

denar os brasileiros que votam de formaimediatista.

O que precisamos é de Poderes maisfortes. De um Legislativo que tenha "vergo-nha na cara" e que, quando essa vergonhadeixe de existir, entre em cena uma Justiçaindependente e que puna exemplarmenteos que se desviem do caminho correto.

Assim, quem sabe, conseguiremos umpaís melhor, mais justo, onde a omissão ea ausência de consciência política não seperpetuem entre as novas gerações debrasileiros.

Paguei a corrida e saí do carro com acerteza de que ainda temos muito quecaminhar!

Quando os juízes, que são nossas autoridades e que dispõem de todas as ferramentas para fazer um Brasil melhor, demoram a fazê-lo, resta ao povo a dúvida. O pedidor de votos é desonesto ou não? Diante da não condenação de um político e das

obras que melhoram a vida das pessoas, o eleitor fica

com as obras.

Carlos Viana

Diário de Bordo 7

Page 8: Diario de bordo n2

P escadores peruanos obser-varam que quando a tempe-ratura da água do mar

esquentava ao longo da costa, nooceano Pacífico, os peixes sumiame aconteciam fortes chuvas naregião norte do país. Este tipo defenômeno acontecia sempre pró-ximo do Natal, no intervalo quevariava de 2 a 7 anos, colocaram onome do fenômeno de " El Niño",que vem do espanhol, o meninoJesus.

Durante a década de 20, o cien-tista britânico Sir Gilbert Walkerdeu a pista para descobrir a relaçãodo fenômeno El Niño com asMonções na Índia. Daí em diante,pesquisas foram feitas para diferen-

tes partes do globo, e descobriu-seque o El Niño poderia causar chuvas

no Sul e seca na região Norte doBrasil, secas na Austrália, chuvas nosEstados Unidos, enchentes naEuropa Ocidental e também na

China. Como a temperatura da águado mar demora a se esquentar etambém para esfriar-se, os modelosmeteorológicos conseguem prevera ocorrência do fenômeno comvários meses de antecedência.

Assim, uma pequena observaçãode pescadores acabava de se tornaro maior descobrimento meteo-rológico do mundo, com influênciano clima de diversos países. Com oaumento das pesquisas, os cientistasverificaram que, em determinadosanos a temperatura esfriava-se,batizando o fenômeno de "La Niña".

O La Niña também influencia oclima do nosso planeta. No Brasil, oLa Niña é responsável pela diminui-

El Niño ou La Niña, o que vem por ai? Prof. Dr. Ruibran dos Reis

Tudo indica que devemos ter um período mais frio em relação aos anos anteriores. A dica

é tirar os agasalhos do guarda-roupa

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ção das chuvas na região Sul,no período de maio a agosto,chuvas fortes no Nordeste epela queda da temperatura naregião Sudeste.

No momento, a temperatu-ra da água do mar está emmédia -1ºC abaixo do normal,o que caracteriza a situaçãocomo La Niña. No final dooutono e no período de inver-no estaremos sob a influênciado La Niña, e tudo indica quedevemos ter um período maisfrio em relação aos anos ante-riores. A dica é tirar os agasa-lhos do guarda-roupa, colocarno sol para tirar o cheiro denaftalina, porque as nossas noi-tes deverão ser mais frias ecom formações de nevoeirospela manhã, principalmente naregião Sul e Zona da Mata deMinas Gerais.

Anomalia de temperatura da superfície do mar em dezembro de 1998 mostrada na figura acima. Os tons avermelhados indicam regiões com valores acima da média e os tons azulados as regiões com

valores abaixo da média climatológica. Pode-se notar a região no Pacífico Central e Oriental com valorespositivos, indicando a presença do El Niño. Dados cedidos gentilmente pelo Dr. John Janowiak -

CPC/NCEP/NWS/NOAA-EUA. Fonte: Inpe - Cptec.

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10 Diário de Bordo

S e as Minas Gerais são muitas, como jáescreveu Guimarães Rosa, Ouro Preto,sem dúvida, é um de seus maiores tesou-

ros. Submersa nas montanhas da Estrada Real,caminho percorrido pelos bandeirantes em buscado ouro das Minas Gerais, a cidade esconde mis-térios que se descortinam aos olhos dos visitan-tes, traduzidos na arquitetura barroca, na efer-vescência cultural e no frio que, especialmentenesta época do ano, toma conta das ruas da anti-ga capital do estado.

Vila Rica - o nome dado pelos portugueses paraunificar os núcleos de Ouro Preto, Antônio Dias,Ouro Podre e Padre Faria - viu nascer em seu ter-ritório personagens que se tornaram ícones mun-diais e levaram um pouco da história local paraalém das fronteiras do povoado. Por conta daInconfidência Mineira, um dos principais movi-mentos de independência do país, teve o revolu-cionário Tiradentes e os poetas Tomás AntônioGonzaga e Cláudio Manuel da Costa; o líder negroChico Rei, que libertou seu povo com ouro, e oprimeiro dos grandes artistas brasileiros,Aleijadinho.

DDooeennççaa mmiisstteerriioossaa nnããoo iimmppeeddiiuu ffaammaa aattrraavvééss ddooss ssééccuullooss

Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, voltaa ser protagonista durante o Festival de Invernode Ouro Preto e Mariana. O evento anual, real-izado entre os dias 8 e 27 de julho, coloca as cida-

des históricas em evidência, atraindo milharesde visitantes ao berço da cultura mineira.

E, numa homenagem muito justa, o artista bar-roco que ganhou esse apelido devido a uma doen-ça, na época misteriosa, semelhante a Hanseníase,é o grande homenageado da festa. Shows, espetá-culos, oficinas e mostras apresentam ao públicoum universo que só pode ser vivenciado porquem passa por lá.

Escultor, entalhador e arquiteto, o mulatoouropretano, filho do português ManoelFrancisco da Costa Lisboae de sua escrava Isabel,deixou para a pos-teridade obrasque desafiama inteligênciados histo-riadores ea sensibili-dade dostur is tas ,

Na rota deAleijadinho

CAPA

Obras do artista mineiro revelam uma vida de sofrimento e de mistérios nunca

totalmente esclarecidos

Page 11: Diario de bordo n2

que se guiam pelos altos-relevos nos frontões dasigrejas, santos talhados em madeira e monumen-tos arquitetônicos, para descobrir um pouco maissobre o passado que está escondido na cidade.

O retorno ao passado começa com umsimples passeio pelas ladeiras de Ouro Preto.A casa onde o escultor nasceu está lá na rua

que hoje leva o nome do artista. Atualmente, aconstrução é uma residência particular, mas suafachada ainda guarda as características da épocae permite que o visitante vislumbre uma mos-tra dos séculos anteriores.

Andando mais um pouco, é possível verde perto a primeira obra pública do mestreque, aos 16 anos, completou o chafariz queo pai construía no Alto da Cruz. O bustodesnudo, que retratava a imagem deAfrodite, está localizado nas proximidades

da Igreja de Santa Efigênia, construídaem 1761.

As igrejas, aliás, representam umcapítulo à parte na arquiteturaouropretana. Os monumentos,

cobertos de ouro em seus altares, dãouma idéia da riqueza vivenciada pelos

antepassados mineiros. É lá que estãoabrigadas, até os dias de hoje, boa partedas obras produzidas por Aleijadinho, queexaltava profunda fé religiosa através desuas imagens.

A Igreja de São Francisco de Assis é umbelo exemplo disso. A construção religiosamais famosa de Ouro Preto, cuja edifica-ção foi iniciada em 1766, é consideradaobra-prima de Aleijadinho, responsávelpelo risco geral do prédio, portada, tribu-na do altar-mor, altares laterais e capela-mor. Também são de autoria do mestre

Diário de Bordo 11

FOTO EDUARDO TROPIA

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Teatro, música e exposições transformam praças e ladeiras em

locais de encontro e alegria para os visitantes

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Diário de Bordo 13

as esculturas da portada e dos púlpitosque ficam no interior de um dos exem-plares mais magníficos do barrocomineiro.

O Museu Aleijadinho também pos-sui importantes obras do escultor. Oespaço foi criado em 1968, para reunirpeças de arte sacra e documentos grá-ficos com a finalidade de conservar,preservar e difundir o precioso acervoda Paróquia Nossa Senhora daConceição de Antônio Dias, construídapor Manoel Francisco Lisboa.Atualmente, três salas representam aobra de Aleijadinho: Festas Religiosas eEncenação da Morte, além daMultivisão, na qual são projetadasobras de Aleijadinho espalhadas porMinas Gerais.

Outro espaço que merece destaqueé o Museu da Inconfidência, que possuipreciosidades barrocas, como umaimagem natural de São Jorge confec-cionada para servir às procissões deCorpus Christi, uma de Nossa Senhorada Conceição e o Cristo Flagelado,pertencente aos Passos da Paixão, desua autoria e peças de presépio enco-mendadas para a Ordem Terceira deSão Francisco de Assis.

Não se sabe ao certo quantas foramas peças produzidas por Aleijadinho.Muitas, inclusive, ainda estão em pro-cesso de identificação. Isso porque, emfunção da doença que o fez perder osdedos dos pés e das mãos, o artistateve que contar com o auxílio de seusfiéis ajudantes - Maurício, Januário eAgostinho - para finalizar algumasobras. Atualmente, são 21 as caracte-rísticas que conferem a assinatura deAleijadinho a uma imagem, entre elasos olhos saltados, ligeiramente estrábi-cos, o nariz reto e alongado, lábiosentreabertos e cabelos encaracolados.

O corpo do maior artista barrocodo Brasil está enterrado aos pés doaltar da Nossa Senhora da Boa Morte,na Igreja Matriz Nossa Senhora daConceição, ponto turístico que substi-tuiu a capela erguida em 1699 pelobandeirante Antônio Dias, fundador deVila Rica. Construída de 1727 a 1760pelo pai de Aleijadinho, é a maior dacidade, rica em trabalhos barrocos. Nasacristia, é possível encontrar obras doescultor, como a mesa funerária dejacarandá e o busto de pedra-sabão deSão Francisco de Paula.

A história de Mariana, que temcomo cenário um período dedescobertas, religiosidade, pro-

jeção artística e busca pelo ouro, tam-bém é marcada pelo pioneirismo deuma região que há três séculos guardariquezas que nos remetem ao tempodo Brasil Colônia, servindo de cenáriopara muitas obras de Aleijadinho.

Exemplo disso é a Igreja SãoFrancisco de Assis, que leva o mesmonome do santuário ouropretano. Compartido arquitetônico tradicional, apre-senta medalhão esculpido em pedra-sabão na portada, atribuído aAleijadinho. O interior apresenta talhadourada elaborada por FranciscoXavier Carneiro e pinturas policroma-das nos forros - a da sacristia foi execu-

tada por Manoel da Costa Ataíde, omaior pintor do período colonial, queusou a técnica da perspectiva, entãoem voga.

A famosa fonte de Samaritana,esculpida em pedra-sabão porAleijadinho, também pode ser encon-trada na cidade. A peça está abrigadano Antigo Palácio dos Bispos, uma dasconstruções mais bonitas de Mariana.Além de guardar relíquias e casarioscoloniais que contam parte da históriado país, em Mariana nasceram perso-nagens representativos da cultura bra-sileira. Entre eles estão o poeta einconfidente Cláudio Manuel da Costa,o pintor sacro Manuel da Costa Ataídee Frei Santa Rita Durão, autor dopoema "Caramuru".

Arte de Aleijadinho está espalhada por várias cidades

Janelas e casarõesantigos encantam

estrangeiros e turistas de todo oBrasil. Detalhes

contam a vida dosmineiros ao longo

do século.

Do alto, OuroPreto se revela

uma jóiaarquitetônica

preservada entreas montanhas eas tradições de

uma Minaspatrimônio dahumanidade

FOTOS EDUARDO TROPIA

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14 Diário de Bordo

A lém de todos os outros atrati-vos, Ouro Preto e Marianareservam um conjunto de

belezas naturais para aqueles queprocuram a natureza que se escondepor trás do casario colonial. O quenão faltam nas cidades são opções depasseios ecológicos, para quem querse divertir também longe do agito doFestival de Inverno.

A Mina de Chico Rei, em OuroPreto, por exemplo, reúne história etradição em um ambiente cercado peloverde. O local faz parte de uma pro-priedade privada, mas está aberto àvisitação desde 1946, com toda infra-estrutura para receber o visitante.Possui, em anexo, um restaurante queserve comida tipicamente mineira nofogão à lenha e uma lojinha de artesana-to com trabalhos de artistas da região.

Os mistérios que rodeiam a minasão muitos. Nascido no Congo com onome "Galanga", Chico Rei era ummonarca guerreiro e sumo-sacerdotedo deus pagão Zambi-Apungo. Foicapturado com toda a corte porcomerciantes portugueses de escra-vos e vendido com o filho Muzinga noRio de Janeiro, de onde foi levadopara Ouro Preto em 1740.

Não se sabe bem como, masChico comprou sua carta de alforria,libertou o filho, conseguiu arrematara mina de ouro supostamente esgota-da e, com o trabalho na mineração,comprou a liberdade de centenas deescravos, entre os quais os integran-

Ecoturismo também é opção de lazer para os visitantes de

Ouro Preto e Mariana

ATRAÇÕES

Para os amantes da aventura, o roteiro é cheio de belezas e naturais e mistérios em suas minas e parques

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Diário de Bordo 15

tes da sua corte africana. Já o Parque do Itacolomi, localiza-

do entre Ouro Preto e Mariana, éuma unidade de conservação estadualde responsabilidade do InstitutoEstadual de Florestas - IEF, cujo usopúblico é administrado em parceriacom a Fundação Educativa de OuroPreto - FEOP.

A área oferece ao visitante diver-sos espaços de lazer, e a visitação éguiada tanto na parte histórica quan-to nas trilhas e expedições. NoParque do Itacolomi é possívelencontrar a Casa Bandeirista que ser-viu de posto fiscal no tempo daexploração aurífera; o Museu do Chá,com maquinário e área de beneficia-mento do chá preto colhido naslavouras durante alguns anos do sécu-lo XX; além das trilhas, que eviden-ciam a beleza exótica do local.

O retorno à era da maria-fumaçafica por conta da viagem entre OuroPreto e Mariana, realizada pelo Trem

da Vale. O trajeto, de aproximada-mente 18 quilômetros, recria o cami-nho outrora percorrido pelos explo-radores do ouro, ligando as primeirascapitais de Minas Gerais.

Montanhas, quedas d'água, pontese túneis compõem a paisagem que otrem percorre durante quase uma

hora de passeio.No caminho entre as duas cida-

des fica, ainda, a maior mina deouro aberta à visitação do mundo. AMina da Passagem, como é chama-da, guarda segredos e mistérios queencantam a todos. A descida para asgalerias subterrâneas se faz demodo incomum, por meio de umtrolley que chega a 315 metros deextensão e 120 metros de profundi-dade, de onde se vê um maravilhosolago natural.

O cenário do interior da minaimpressiona a todos. A temperatura éestável o ano todo, entre 17 e 20graus Celsius. Desde a fundação, noinício do século XVIII, foram retira-das aproximadamente 35 toneladasde ouro. A Mina da Passagem fica acinco minutos de Ouro Preto, emdireção a Mariana, e está aberta paraa visitação pública às segundas e ter-ças das 9 às 17 horas, e de quarta adomingo das 9 às 17h30.

O retorno à era da maria-fumaça

fica por conta da viagem entre Ouro Preto e Mariana, realizada pelo Trem da Vale.

O trajeto, de aproximadamente

18 quilômetros, recria o caminho outrora percorrido

pelos exploradores

Os mistérios que rodeiam a mina são muitos. Nascido no Congo com o nome"Galanga", Chico Rei era um monarca guerreiro e sumo-sacerdote

do deus pagão Zambi-Apungo

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58 Diário de Bordo

Comodidade, praça de alimentação

e segurança

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U m shopping que funciona de diae, nos finais de semana, ofereceuma feira durante a madrugada.

Os lojistas, os revendedores e o consu-midor final de Belo Horizonte que nãotêm tempo para as compras no horáriocomercial, encontram essa possibilidadeno Shopping Metrópole, localizado narua da Bahia, bem no Centro da capitalmineira. Lá, os clientes encontramdesde o artesanato decorativo até bol-sas, bijuterias e calçados especialmentepara as mulheres.

O Shopping Metrópole foi inaugura-do em novembro de 2005, meses apóso fechamento do Bahia Shopping, cen-tro de compras que funcionava no local.O prédio foi alugado pelo empresárioMário Valadares. "Verificamos, atravésde pesquisas, a demanda por um espaçoonde fosse comercializado artesanato eque oferecesse uma infra-estrutura comabrigo, segurança e praça de alimenta-ção", conta a gerente do empreendi-mento, Mara Ketlen de Castro.

Das 100 lojas disponibilizadas paraaluguel, 80% foram abertas na época dainauguração do shopping. A maioriadelas estava voltada para o artesanatodecorativo. Mas, em maio de 2006, aadministração percebeu a necessidadede diversificar os produtos. "O clientecomprava a peça decorativa e não volta-va, pois não precisava de algo do mesmotipo em um espaço menor de tempo.Isso não dava rotatividade e o lojista saíaprejudicado", explica a gerente.

A solução encontrada foi a aberturade contratos para a comercialização demoda feminina. "Outra pesquisa nosmostrou que as mulheres são a grandemaioria das pessoas que trabalham noentorno do shopping. Decidimos ofere-cer artigos para elas com bons preços",diz Mara Ketlen. Durante a semana, 70lojas atendem o público para vendas novarejo. São produtos da moda, persona-lizados e com preços mais em conta. Asbolsas, por exemplo, são vendidas entreR$ 14,99 até R$ 110.

Em outubro do mesmo ano, maisuma novidade: a Feira da Madrugada,que funciona no segundo andar doShopping. A proposta foi apresentadapelo artesão Fernando Mota, publicitá-rio e atual coordenador do projeto,que buscava um espaço para alocar,com segurança e conforto, os artesãosque expunham há muitos anos seusprodutos na calçada da AvenidaCarandaí, região hospitalar da capital,na madrugada de domingo. Eles aten-diam sacoleiras e lojistas que chegavamde outros Estados e do interior deMinas Gerais para comprar mercado-rias na Feira de Artesanato da AvenidaAfonso Pena.

Na Feira da Madrugada do ShoppingMetrópole, que na verdade é aberta aopúblico às 18 horas de sábado e fechadaàs 4 horas da manhã do outro dia, aspeças são comercializadas no atacado.Os principais clientes vêm da Bahia,Espírito Santo e Rio de Janeiro, além de

Rio Grande do Norte e do Maranhão.Mara Ketlen garante que figurinistas doProjac, estúdio da TV Globo no Rio,também são clientes assíduos da feira."Eles compram aqui para vestir persona-gens de novelas da emissora", afirma.

Mas nada impede que o consumidorfinal aproveite as facilidades e o preçobaixo dos produtos, desde que compreo número de peças estipulado pelosartesãos. "Algumas mulheres viam amovimentação na porta do shopping eentravam para saber o que estava acon-tecendo. Foi assim que o público quenão é lojista descobriu a nossa feira",observa Mara Ketlen.

A previsão é de que, no segundosemestre de 2008, as lojas que comer-cializam apenas no varejo, durante asemana, abram também aos sábadospara a feira. O Shopping Metrópoletambém estuda a proposta dos artesãosque reivindicam a abertura da Feira daMadrugada pelo menos um dia durantea semana em épocas comemorativas,como o Natal e o Dia das Mães.

Dormitórios para guias e motoristas é idéia pioneira no país

A grande maioria dos clientes daFeira da Madrugada vem de outrosEstados. Muitas vezes, as excursõessaem da Bahia, por exemplo, no sábadopela manhã e ficam praticamente o diainteiro na estrada. Para que a viagem devolta para casa seja tranqüila, a adminis-

COMÉRCIO

Shopping oferece diversidade de produtos para as consumidoras e inovações como a “Feira da Madrugada”

Artesanato e modapara as mulheres

Diário de Bordo 17

Page 18: Diario de bordo n2

tração do Shopping Metrópole inaugurou recen-temente dormitórios no subsolo especialmentepara os guias e os motoristas das excursões, semcobrar nada pelo serviço.

São dois quartos, um para os guias e o outropara os motoristas, com seis e 10 camas, respec-tivamente. Os dormitórios são equipados comar condicionado, chuveiros e refeitório. "Essaidéia é pioneira no país. Apesar de São Paulo teruma feira da madrugada também, lá não temesse cuidado com o motorista que passa horasdirigindo", afirma a gerente do ShoppingMetrópole.

A idéia surgiu quando a coordenação da feirapercebeu que os motoristas chegavam cansadose tentavam descansar no bagageiro do ônibus,sem conforto algum, e eram acordados a todoinstante para guardar as mercadorias das sacolei-ras. "Ele não dormia, apenas cochilava", obser-vou Mara Ketlen. Horas depois, por volta das 11horas da manhã de domingo, têm que pegar aestrada novamente.

Outra novidade para os motoristas é que,em breve, poderão estacionar os ônibus nasproximidades do shopping, com a presença deseguranças que tomarão conta dos veículosenquanto eles descansam. A administração docentro de compras solicitou à BHTrans queliberasse a parada de veículos na AvenidaAugusto de Lima, entre as Ruas Goiás e daBahia, e na Rua Goiás, em frente ao shopping.Segundo a gerente, a proposta já foi aprovadae deve ser regulamentada até o final destesemestre.

Atualmente, os ônibus ficam estacionadosna área hospitalar. Para facilitar o desloca-mento das sacoleiras até o shopping, a coor-denação da feira dispõe, gratuitamente, deum microônibus e de três vans para buscá-lase levá-las até as compras. Na volta, elas tam-bém contam com o serviço. Os clientes queaproveitam os outros dias da semana para ascompras também são beneficiados. Eles con-tam com o transporte, gratuito, do hotel atéo shopping.

Preço do almoço diminui após às 14 horas

Uma variedade de carnes, saladas, sobreme-sas e churrasco é oferecida nos seis restaurantesinstalados na Praça de Alimentação do ShoppingMetrópole. Para atender os funcionários que tra-balham no entorno e encontram dificuldades emsair do comércio no horário de almoço, quandoaumenta a demanda, são oferecidos dois preçospara a comida. Das 11 às 14 horas, o quilo doalmoço sai a R$ 15,90. Após esse horário, até às15h30, 100 gramas custam R$ 0,89.

Há três anos o Grupo MárioValadares cede gratuitamente espaçoem um dos seus empreendimentos paraa realização do Bazar Solidário daJornada Solidária do Jornal Estado deMinas. A parceria começou em 2005,quando o evento foi realizado noShopping Tupinambás, no Centro deBelo Horizonte. Em 2006 e 2008, o bre-chó aconteceu no Shopping Metrópole.

Segundo Mara Ketlen de Castro, aedição deste ano superou todas asoutras. O apoio de grifes mineirasque doaram roupas novas, vendidascom até 70% de desconto, foi umdos fatores que propiciaram a reper-

cussão do bazar. "Cedemos doisespaços no primeiro piso para aJornada Solidária e os nossos lojistastambém participaram, vendendoseus produtos com 50% de descon-to", explicou a gerente. O sucesso foiconfirmado pela procura. A fila deconsumidores dobrava o quarteirão echegava até a Rua Espírito Santo.

A Jornada Solidária é realizada há43 anos. Toda a renda arrecadada noBazar Solidário é revertida para oatendimento a crianças de 21 cre-ches de Belo Horizonte. Cerca de3,5 mil devem ser beneficiadas comas ações em 2008.

Bazar Solidário é sucesso de público e vendas

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Depois das compras, música e happy hour

Reunir os amigos, tomar uma cervejinha e curtirum final de tarde com muita música no ShoppingMetrópole, que oferece atrações culturais desegunda a sexta-feira, até as 23 horas. A programa-ção é variada e inclui pagode, samba de raiz e forró,além de um projeto no qual o cliente escolhe amúsica que deseja ouvir.

As atividades são realizadas na Praça deAlimentação do Shopping, que tem capacidade para350 pessoas. Pagode e samba de raiz são as atraçõesdas terças e sextas-feiras. Às quintas, o TrioForrobodó anima o público e, uma vez por mês, sereúne com outras bandas promovendo um show noespaço. Para entrar, é cobrado o couvert artístico.

"Cardápio Musical" é o nome do projeto desen-volvido nas quartas-feiras no Shopping Metrópole.O músico convidado relaciona as músicas que cantae as coloca na mesa dos clientes. São eles que esco-lhem as que serão interpretadas durante a apresen-tação musical. O projeto foi lançado recentementee já conquistou o gosto dos clientes.

Aos sábados e aos domingos não é oferecidanenhuma programação cultural. As atividades sãodestinadas à Feira da Madrugada. A Praça deAlimentação, no entanto, funciona normalmente nosábado, sem as mesas, apenas para atendimento asacoleiras e lojistas.

Bazar oferece roupascom até 70% de

desconto

Público feminino é oalvo dos lojistas

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Elegeremos em outubro prefeitos evereadores. Ocasião propícia para umdebate sobre a deterioração da segu-

rança pública em nossas cidades. Precisamosreafirmar o primado do papel do poder públi-co no enfrentamento dessa questão.

Afinal, a segurança pública existe paraaumentar nossos direitos e não limitá-los.Portanto, não nos iludamos com a falsaidéia, vastamente difundida e muito peri-gosa, de que as pessoas, individualmente,são capazes de se protegerem da crimina-lidade violenta através do seguro dos seusbens, dos muros altos nas suas residên-cias, dos seus carros blindados e dos siste-mas de vigilância sofisticados.

Vários estudos desenvolvidos no Brasiltêm mostrado o assustador aumento doscrimes, principalmente nas grandes cida-des. Porém, as cidades menores, e espe-

cialmente aquelas que apresentam possibi-lidades de crescimento, com fluxos migra-tórios, por exemplo, também já dão sinaisdo aparecimento da criminalidade violenta.Pesquisas recentes mostram que váriasmodalidades de crimes, notadamenteaqueles associados ao tráfico de droga, têmmigrado para cidades médias e pequenas.

Mas o que os municípios podem fazerpara ajudar os Estados e a União noenfrentamento da criminalidade? Estadeveria ser uma questão fundamental naseleições deste ano.

Bogotá e Cáli, cidades colombianas,são exemplos de redução da criminalida-de. Na primeira, o programa "Segurança eConvivência Cidadã" articulou, simulta-neamente, programas na área de justiça epolícia, com desenvolvimento tecnológicode comunicação e bases de dados poli-

ciais, projetos focalizados de prevençãoao crime e incremento de políticas sociaispara grupos vulneráveis, além de açõespara a recuperação de espaços públicos.Em Cáli, o "Programa Desenvolvimento,Segurança e Paz" trabalhou com fatoresde risco que expõem os cidadãos à violên-cia, como o álcool, as armas de fogo, a cul-tura de resposta violenta ao conflito, aimpunidade e a ineficiência da justiça e daforça policial, além da pobreza, desigual-dade social e marginalidade.

No Brasil, o exemplo mais interessan-te vem do Estado de São Paulo: políticasde integração policial, aliadas ao uso deferramentas de geoprocessamento e aná-lise criminal sofisticadas e o investimentoem programas de prevenção em áreascarentes dos grandes centros urbanos,têm derrubado as taxas de crimes violen-

O município e a segurança públicaRobson Sávio Reis Souza *

18 Diário de Bordo

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tos, inclusive na Capital do Estado. OPrimeiro Comando da Capital que assus-tou o Brasil com mega-rebeliões está sobcontrole. Isso foi possível porque umasérie de ações descentralizou e melhoroua eficiência do sistema prisional paulista.

Observemos que os investimentos empolíticas sociais foram priorizados, emdetrimento das ações meramente reativase repressivas, habitualmente utilizadas noenfrentamento ao crime.

Os municípios (poder público e socie-dade) têm um papel importante noenfrentamento à violência: em primeirolugar, e fundamental, ampliando os direitosdos cidadãos através de políticas públicasinclusivas. Para tanto, é fundamental a inte-gração das várias políticas sociais, os inves-timentos em programas de proteção, prin-cipalmente para jovens envolvidos no tráfi-co de drogas, assim como um atendimen-to prioritário a crianças e famílias em riscopessoal ou social. E ainda, investimentosno desenvolvimento econômico dascomunidades mais carentes. Trabalho erenda para famílias e jovens vulneráveis são

fundamentais para diminuir um dos gran-des atrativos oferecidos pelo tráfico dedrogas - o lucro rápido e fácil.

As prefeituras também podem desen-volver um planejamento estratégico visan-do a coibir a violação das posturas urba-nas. Cidades sujas, ruas desertas, praças

mal cuidadas diminuem o fluxo do cidadãoe aumentam a probabilidade da ação deinfratores nesses locais. Ações de melho-ria dos equipamentos urbanos reduzem,também, a sensação de impunidade e dedesorganização social.

Finalmente, uma questão fundamentalpara uma gestão comunitária da seguran-ça seria a criação de canais de controleexterno das atividades das polícias e daJustiça. Isso não compete às prefeituras,

mas os municípios podem articular a opi-nião pública no sentido de pressionar osgovernos estaduais e federal na ampliaçãode mecanismos de combate às ações vio-lentas dos agentes públicos.

Essas dicas, baseadas em experiênciasexitosas, têm resultados comprovados.Podem se transformar em políticas efica-zes, duradouras e efetivas de combate aocrime e, o mais importante, de promoçãoà cidadania. Afinal, os benefícios coletivosresultantes de cidades seguras são muitomaiores do que os custos com políticas derepressão que têm efeitos meramentepontuais, sem resolver as causas da violên-cia em nossas cidades.

*Filósofo, pesquisador e coordenador deComunicação do Centro de Estudos deCriminalidade e Segurança Pública da UFMG(Crisp); pesquisador do Núcleo de EstudosSociopolíticos da PUC Minas (Nesp); coordenadordo Núcleo de Direitos Humanos da Pró-reitoria deExtensão da PUC Minas; membro da ComissãoPastoral de Direitos Humanos da Arquidiocese deBelo Horizonte; vice-diretor executivo daAssociação de Proteção e Assistência aoCondenado (Apac) de Santa Luzia.

É fundamental a integração das várias políticas sociais, os investimentos em

programas de proteção, principalmente parajovens envolvidos no tráfico de drogas, assimcomo um atendimento prioritário a crianças

e famílias em risco pessoal ou social

Page 22: Diario de bordo n2

22 Diário de Bordo

O jornal "The Washington Post"publicou uma série de reporta-gens revelando o colapso do

sistema de atendimento médico aos imi-grantes presos em centros de detençãonorte-americanos. O jornal, que estáentre os principais veículos de comuni-

cação impressa dos Estados Unidos, sebaseou em revisão de 83 mortes nascadeias para cidadãos de outros paísesdetidos na América. Em 30 casos, oatendimento ou a falta de cuidados con-tribuíram para os óbitos. A "crise emmassa no atendimento médico dos deti-

dos" afeta cerca de 33 mil internos, queesperam a deportação ou uma audiênciajudicial, afirma o Post.

Para o jornal, as negligências médicassofridas pelos imigrantes fazem parte docusto humano gerado pelo rigor das políti-cas de segurança e imigração americanas,

Cadeias doPreconceito

Centros de detenção nos EUA não prestam atendimento médico adequado a imigrantes

INTERNACIONAL

Da redação do National - Jornal Brasileiro, em New Jersey

Na foto, a divisa entre as cidades deTijuana e San Diego. De um lado, o rico

Estados Unidos com leis de imigração cadavez mais duras. Do outro, o populoso e

pobre México

Na foto, a divisa entre as cidades deTijuana e San Diego. De um lado, o rico

Estados Unidos com leis de imigração cadavez mais duras. Do outro, o populoso e

pobre México

FOTOS NATIONAL DIVULGAÇÃO

Page 23: Diario de bordo n2

após os atentados terroristas de 11 desetembro de 2001. Ao mesmo tempo, opaís se ressente da falta de planejamentodiante do impacto dessas políticas. "Osdetidos têm menos acesso à assistênciajurídica do que os assassinos convictos dasprisões de segurança máxima, e alguns,inclusive, estão em piores condições doque os prisioneiros da base deGuantánamo, suspeitos de pertencer à AlQaeda", diz o texto.

A investigação encontrou um"mundo oculto de diagnósticos médi-cos errados". Quando um médicochega a ver um paciente existe aindao problema da falta de exames paraidentificação das doenças.

Para piorar ainda mais a imagemdos Estados Unidos diante do pro-blema, os relatos mostram também aexistência de práticas administrativasincorretas, guardas negligentes, téc-nicos mal preparados, extravio deexpedientes médicos" e desmandosque dificilmente são identificadossem uma investigação mais apurada.

25% dos presos têm problemas de saúde

Acossado pelas denúncias, oDepartamento de Imigração dosEstados Unidos se defendeu dizendoque o número de presos aumenta acada dia e que o orçamento para o sis-tema é insuficiente. Um comunicadoenviado ao Washington Post pela agên-cia de imigração afirma que, no ano fis-cal de 2007 (entre setembro de 2006 eoutubro de 2008), foram destinadosperto de US$100 milhões para aassistência médica dos imigrantes deti-dos. No mesmo comunicado, a"Migra". como é conhecida entre osestrangeiros, afirma que um em cadaquatro internos tem doenças crônicas.

Diário de Bordo 23

Brasileirosenganadores

nos EUAA notícia de que um paranaense simu-

lou a própria morte para receber segurode vida nos Estados Unidos colocou acomunidade brasileira no centro das dis-cussões sobre golpes cometidos por imi-grantes. Mércio Eliano Barbosa, de 28anos, foi preso pelo Núcleo deRepressão a Crimes Econômicos(Nurce) da Polícia Civil do Paraná, porter aplicado uma fraude contra a NewYork Life Insurance, uma das maisimportantes seguradoras dos EUA. Deacordo com a Secretaria de SegurançaPública (SSP) paranaense, o golpecomeçou a ser preparado há três anos,quando Barbosa morava com sua esposanos Estados Unidos. Ele teria compradoduas apólices de seguro de vida, numtotal de US$ 1,6 milhão (R$ 2,7 milhões)e, depois, começou a procurar peloOrkut alguém que lhe fornecesse umatestado de óbito falso.

O fraudador encontrou o papiloscopistaJoão Alcione Cavalli, que trabalhava noInstituto Médico Legal (IML) de Curitiba.Por R$ 30 mil, Cavalli vendeu o cadáver deum indigente, tirou as impressões digitaisde Mércio e pediu que ele indicasse umparente de primeiro grau para fazer oreconhecimento. A tarefa ficou a cargo deDaiana, de 20 anos, irmã de Barbosa, queobteve a liberação para o enterro. Com oatestado de óbito falso, a mulher deMércio, que ainda está nos Estados Unidos,acionou o seguro para receber a indeniza-ção da New York Life.

O crime que parecia perfeito começoua ser descoberto logo depois. A segurado-ra nova-iorquina desconfiou da morte deBarbosa por causa do valor da apólice erepassou algumas informações à políciabrasileira. Em três meses de investigações,oficiais chegaram aos fraudadores.Barbosa e Daiana foram presos no Nortedo Paraná, juntamente com Cristian GeanJosé de Andrade, que emprestou o nomepara Mércio fazer o consórcio de umcarro no valor de R$ 130 mil.

Os três vão responder por esteliona-to, falsificação de documento público,falsidade ideológica, corrupção ativa eformação de quadrilha. O funcionáriodo IML será indiciado por corrupçãopassiva. A polícia entregará uma cópiade todo o procedimento investigativo àPolícia Federal, para que sejam tomadasas providências legais contra a esposa deBarbosa, que está nos Estados Unidos.Provavelmente ela será extraditada,pois está em situação ilegal no país.

A busca pela legalização é um dos principais

meios para que muitos brasileiros caiam

em golpes

Page 24: Diario de bordo n2

Q uando uma ou mais pessoas sãoproprietárias de um bem móvelou imóvel, seja ele um carro, ter-

reno, casa ou apartamento, tem-se a figurado condomínio geral ou voluntário, em queos proprietários são considerados co-pro-prietários. Ser co-proprietário é ser donode uma "parte" do bem, sem, contudo,identificar qual é esta cota-parte. O con-domínio geral ou voluntário é tratado peloCódigo Civil em seus artigos 1.314 a 1.330.

Este tipo de condomínio, em setratando de bens imóveis (casa, aparta-mento, lote, etc), difere do condomínioem edifícios, justamente pela impossibil-idade de se identificar a cota-parte decada co-proprietário. Todos são donosde uma "parte" do imóvel inteiro. Já nocondomínio edifício, cada co-proprie-tário é dono de uma unidade autônoma

(apartamento/loja), distinta e definidaem relação às demais.

No condomínio voluntário, ocondômino é obrigado, na proporção desua cota-parte, a contribuir para asdespesas de conservação ou divisão da

coisa, assim como a suportar os ônus aque estiver sujeita, sendo direito dequalquer condômino, a qualquer tempo,requerer a divisão da coisa comum.

UUnnaanniimmiiddaaddee ddiiffíícciillTodos sabemos ser difícil obter opinião

unânime quanto ao que fazer com umimóvel. Um deseja morar, outro alugar,outro reformar ou emprestar para umparente. Assim, quanto maior o númerode proprietários de um imóvel, maior apossibilidade de conflito. A situação secomplica mais quando falece alguém esurgem mais herdeiros, aumentando onúmero de proprietários. Há váriosexemplos de casas que se deterioram eperdem a condição de habitabilidadeporque parte dos co-proprietários senega a arcar com as despesas de reforma,já que não usufruem do imóvel. Ora, todaconstrução necessita de manutenção!

AluguelSe um imóvel pertence, por exem-

plo, a quatro pessoas, todos têm omesmo direito de uso e, portanto, de

Imóvel com vários donos: evite problemas Kênio de Souza Pereira

Ninguém é obrigado a ser dono em conjunto

de um imóvel

Page 25: Diario de bordo n2

receber cada uma 25% do valor doaluguel. Nenhum desses quatro co-proprietários pode agir de forma aprejudicar os demais, sendo abusivoalguém exigir que o imóvel permaneçafechado, gerando despesas com IPTU,água, condomínio e luz. Da mesmaforma, se apenas um desses co-proprietários ocupa o imóvel, cabe aele pagar 75% do valor do aluguel demercado, ou seja, 25% para cada umdos três outros proprietários.

Há casos de má-fé, quando um ocupao imóvel e se recusa a pagar o aluguel aosdemais. A lei garante aos co-proprietáriosexigir em juízo o pagamento. A falta de ati-tude pode colocar o patrimônio em risco,especialmente quando o imóvel acabaindo para leilão por causa de uma Ação deExecução Fiscal movida pela Prefeiturapor falta de pagamento do IPTU.

PartilhaQualquer imóvel pode ser partilhado,

bastando apenas um dos co-proprietáriosexigir que o mesmo seja vendido. Os ou-

tros co-proprietários são obrigados avender mesmo contra a vontade, já queninguém é obrigado a manter um imóvelem condomínio. Até mesmo um casa-mento ou uma sociedade que surgemediante nosso desejo, pode ser desfeita

a qualquer momento. Obviamente,ninguém é obrigado a manter umasociedade em um bem que, não sendodivisível fisicamente, pode ser vendido e

os recursos obtidos repartidos. A prefe-rência da compra é do co-proprietário,mas se este não quiser, um terceiropoderá comprar. Porém, neste caso, parase promover a transferência no Cartório,será necessário que todos assinem aescritura. Se um se recusar a assinar,poderá ser proposta a Ação de Dissoluçãode Condomínio, em que o Juiz determi-nará a venda, podendo o imóvel ser leva-do a leilão, eliminando assim os conflitosmotivados por um patrimônio que deve-ria proporcionar satisfação e lucratividadee não aborrecimento e prejuízo.

Kênio de Souza Pereira - diretor da Caixa Imobiliária-Rede Netimóveis,vice-presidente do SECOVI - Sindicato do Mercado Imobiliário de MG,representante em MG da ABAMI -Associação Brasileira de Advogados do Mercado Imobiliário,vice-presidente da Câmara de Mercado Imobiliário de MG(31) - 3225-5599 - e-mail:[email protected]

Qualquer imóvel pode ser partilhado,

bastando apenas um dos co-proprietários

exigir que o mesmo seja vendido.

Os outros co-proprietários são obrigados a vender,

mesmo contra a vontade

Page 26: Diario de bordo n2

TECNOLOGIA

3G: o fimOs brasileiroscomeçam aexperimentaras facilidadesda tecnologiamóvel de alta transmissãode dados

Telefone celular nunca mais será

o mesmo

26 Diário de Bordo

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Page 27: Diario de bordo n2

Assistir a filmes, usar internet banda largae vídeochamadas pelo telefone celular dei-xaram há muito tempo de ser coisas da fic-ção científica. As novidades - onde o limite éo sonho - serão possíveis com a ampliaçãodos serviços da terceira geração celular (3G)ou banda larga móvel aqui em nossas terrastupiniquins.

Apesar de introduzida nos países euro-peus em 2002, a rede 3G começa a ga-nhar força no Brasil somente agora, seisanos depois. Deve substituir, dentro depoucos anos, a atual tecnologia da telefo-nia móvel celular, a segunda geração celu-lar (2G) ou digital.

Quando o assunto é pesquisa, a expan-são da tecnologia se transforma em necessi-dade, na mesma proporção em que surgemas novidades e serviços virtuais. Cada con-quista equivale a um diagnóstico de final devida para o presente. Aqui, a lembrança fica-rá por conta da rede digital.

Para que o leitor compreenda a grandedistância entre as tecnologias, basta entenderque a 2G (digital) permite apenas o envio demensagens SMS e o acesso à internet embanda restrita. Os benefícios da 3G vãomuito além: internet banda larga, transferên-cias de dados mais rápidas, TV ao vivo dopróprio celular e conversas com outra pes-soa em qualquer lugar do planeta com trans-missão de áudio e imagem simultaneamente.

NNeeggóócciioo mmiilliioonnáárriioo ee ddee hháábbiittooss nnoovvooss

A banda larga no celular se tornou o alvodas empresas para conquistar mais clientes efaturas milionárias no setor. Uma pesquisadivulgada recentemente pela ConsultoriaNielsen mostrou que os usuários da telefo-nia móvel no Brasil anda estão no que pode-ríamos chamar de "a idade da pedra tecno-lógica". Os resultados obtidos pelos especia-listas da Nielsen, revelam que usamos ocelular para tirar fotos, brincar em jogos já

instalados, ouvir rádio e mp3. Os que usamo aparelho para se conectar pela internetsão apenas 1% dos milhões de proprietáriosque falam o português brasileiro e vibramcom a seleção verde amarela.

Os motivos para esse atraso podemestar em um fator fundamental para a quali-dade das transmissões. Roberto Vasquez,diretor de pesquisa em telecomunicaçõespara a América Latina da Nielsen, atribuinossa "idade da pedra" à baixa velocidadedisponível para conexão, o que pode mudarcom a chegada em grande escala da 3G. Ebasta um rápido olhar para o mercado parase confirmar essa realidade.

As operadoras que já possuem rede paraconexão remota oferecem banda larga comlimitação de 1 Mbps (megabytes) paradownloads. Nos computadores residenciaisessa velocidade permite baixar uma música,por exemplo, em cerca de um minuto.Hoje, um cliente da telefonia móvel gastacerca de 18 minutos para baixar e ouvir amúsica preferida no aparelho móvel.Enquanto americanos e europeus podemviajar na internet usando Audis e Toyotas,nós aqui no Brasil, ainda circulamos de fus-cas e carroças.

Outra possibilidade de uso da "nova" tec-nologia 3G é a conexão mais rápida emnotebooks. A terceira geração garante tam-bém ao internauta o acesso pelo modeloUSB, bastando apenas conectar o computa-dor a uma banda larga de alta velocidade nosistema sem fio, o wireless.

44GG ccoommeeççaa aa sseerr ddiissccuuttiiddaa

Mas no mundo da tecnologia,os segredos e possibilidadesnunca param de ser revelados.Enquanto no Brasil, apreciamosde longe a corrida para fornecermelhores serviços na telefoniamóvel, ainda 3G, os países quedispõem da tecnologia há muitosanos já discutem a implantaçãoda quarta geração celular (4G).

O diferencial entre as duas redes é que a4G, em relação à transmissão de dados, é50 vezes mais veloz que sua antecessora,ainda nem implantada totalmente. É "pis-cou, baixou".

Os chineses fizeram os primeiros testescom a 4G no início de 2007, mas não garan-tiram o primeiro lugar na utilização. Naépoca, por causa do atraso do governo paraconcessão de licenças, a 3G ainda não fun-cionava e só pôde ser comercializada recen-temente. A previsão da 4G em solo chinêsficou para 2010.

TTeeccnnoollooggiiaa ddee ppoonnttaa,, ssaalláárriiooss ddee tteerrcceeiirroo mmuunnddoo

No Brasil, o alto custo dos aparelhoscelulares compatíveis com a 3G pode serum dos motivos da não expansão dessarede. E a razão é simples. Mesmo com amelhora dos salários e o crescimento donúmero de empregos formais oferecidospela indústria, os preços cobrados pelosaparelhos mais modernos ainda estão forada realidade financeira de muitos brasileiros.É preciso levar em consideração ainda quepara se conectar, o dono de um celularnecessita de um provedor de banda larga. Ea mensalidade desse serviço também nãoestá disponível para a maioria dos assalaria-dos. Além de pagar pela assinatura mensal,quem quiser se conectar pelo celular é obri-gado a contratar outras taxas de forneci-mento. Dependendo do serviço, pode che-gar ao custo semelhante a um salário míni-mo de 2008, algo em torno de R$485,00.

do telefone celular Renata Galdino

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A s exigências e os riscos já são bemconhecidos de milhares de trabalhado-res. Não escolhem sexo, nem área

profissional. Em meio aos desafios de quementra para o mercado de trabalho, uma conclu-são é certa: sem estresse fica difícil alcançar osucesso na carreira e obter os prêmios de umavida bem sucedida. O problema é lidar com umdos maiores vilões da saúde na vida moderna.

Para quem faz parte do mundo corporativo(grandes empresas), horas seguidas e jornadasintensas de trabalho sem descanso já são velhascompanheiras. E a relação é direta. Quantomais alto o cargo nas empresas, mais tempo dededicação é necessário para atingir as metas,

lidar com conflitos, com a dificuldade das equi-pes e, muitas vezes, com a incompreensão dossuperiores. Aliada a isso, está a cobrança dafamília. Resultado: dor de cabeça, cansaço e,claro, mais uma vez ele, o estresse, se manifes-ta de forma arrasadora, atingindo todos os seg-mentos da vida, inclusive o pessoal, tornandotudo um grande caos.

O estresse, segundo a psicóloga MárciaDolores Rezende, faz parte da rotina de muitosprofissionais. "Lidar com esse mal da vidamoderna significa estar mais preparado para omercado e denota maturidade profissional",destaca a especialista. Porém, um alerta: o quedeve ser levado em consideração em relação ao

problema é a forma com que o profissional oencara. "Se a pessoa transforma a situação emum transtorno, isso é altamente prejudicial, mas,se desenvolve uma percepção de desafio, possi-velmente os resultados serão de qualidade".

Para evitar esse mal, Márcia Rezende expli-ca que é preciso, em primeiro lugar, identificaro que está causando o problema e destacar ospontos que desencadeiam a causa. A partirdesta informação, o executivo pode definircomo ele quer lidar com a situação. Se o pro-blema for a falta de foco no trabalho, uma dica:coloque sua atenção no que você quer. "Abracaminhos para atingir sua meta e envolva aspessoas em sua visão e missão para dividir e

CARREIRA

O alto preço dosucesso Falta de equilíbrio e

cuidados para convivercom estresse podem colocar em risco o

crescimento profissionalRenata Galdino

Page 29: Diario de bordo n2

produzir muito mais", recomenda a psicóloga.Mas no caso de uma equipe inteira estressada, é preciso que o líder

possa sanar o problema o mais rápido possível, de forma que a harmoniavolte para o convívio de todos, inclusive para que essas pessoas possamestar aptas a enfrentar as pressões do dia-a-dia. "É preciso preparar me-lhor o time para lidar com as variáveis presentes no negócio para que todaadversidade se transforme em oportunidades". Para isso, a comunicaçãoclara, sensível e harmoniosa é fundamental. Além disso, é importante queo executivo saiba ouvir os colaboradores e respeitar o que eles têm adizer. Outra dica da psicóloga é sempre deixar informações boas noambiente.O trabalho em equipe é o início de bons resultados no ambien-te. Assim, Márcia Rezende sugere que o profissional delegue, compartilhee auxilie, realmente trabalhe em equipe e forme equipes. "Influencie oclima da área e dos ambientes por onde passa de forma positiva, além deprocurar valorizar o que você faz e o que os outros fazem bem", salienta.

Entretanto, a melhor forma de evitar o problema, que causa tantostranstornos na vida do colaborador, como no cotidiano da empresa, éapostar em políticas de saúde e bem-estar que possam proporcionarapoio e equilíbrio para o capital humano. A especialista defende que umprofissional em pleno bem-estar pode influenciar o ambiente de trabalhode forma positiva e ser um agente multiplicador de criatividade e açõesbem-sucedidas. "Os benefícios dessa iniciativa são inúmeros. Esse investi-mento na saúde dos profissionais aumenta a rentabilidade. Pessoas felizese satisfeitas produzem mais. Afinal, o bem-estar traz idéias mais criativasproporcionando saídas inovadoras, reforçando o conceito de empreen-dedorismo, além de ser uma valorização indireta que rende frutos dire-tos", reforça a psicóloga.

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30 Diário de Bordo

N o senso comum, o amor é umsentimento universal que desper-ta união e admiração entre as pes-

soas. Mas este sentimento nobre tem setransformado em desculpa para se cometercrimes após o término de relacionamentosamorosos. Na noite de 07 de novembro doano passado, um crime passional ganhourepercussão nos noticiários. O estudantedo segundo período de Direito, RobertoMárcio Marra, de 24 anos, assassinou anamorada Érica Alves Arante, de 22 anos,com 13 tiros, no bairro Ouro Preto, naregião da Pampulha.

Logo após o ocorrido, o universitário sejogou da janela do nono andar do prédio doCentro Universitário Newton Paiva, ondeestudava, localizado na avenida Carlos Luz,no bairro Caiçara. Nessa cobertura, os veí-culos de comunicação se depararam com ahistória do suicídio - que, pela ética profis-sional, é pouco divulgado, por ser um fatoque pode, de acordo com alguns autores demanuais de jornalismo, incentivar outroscasos e, numa representação mais religiosa,pode até representar falta de moral cristã.Neste caso, o suicídio foi algo a mais na tra-gédia - que já era motivado por um assassi-nato anterior.

Ainda no final de 2007, outro caso cha-mou a atenção, pela frieza do crime e porenvolver pessoas próximas da vítima. Maisprecisamente no dia 5 de dezembro, umatragédia pegou os profissionais da imprensamineira de surpresa: a jornalista TatianaAngélica Alves Pereira, de 25 anos, que tra-balha na TV Alterosa, teve a mãe assassina-da pelo ex-namorado, que também a baleoubrutalmente. O crime aconteceu à noite nacasa das vítimas, no bairro Aparecida, regiãoNoroeste de Belo Horizonte. Após o crime,o ex-namorado de Tatiana ainda teria tenta-

do suicídio. Segundo familiares de Tatiana, osuspeito estava inconformado com o final dorelacionamento de cinco anos, que havia ter-minado há seis meses.

Na época, a Polícia Civil informou que oGuarda Municipal e estudante de Direito,Anderson Lúcio da Silva, de 32 anos, seriaencaminhado para uma cadeia, assim querecebesse alta do Hospital Odilon Bherens.Ele se recuperava de um tiro na barriga eestava fora de perigo. Silva foi autuado emflagrante, acusado de matar a ex-sogra, aenfermeira Maria Auxiliadora Alves LeitePereira, de 58 anos, e balear a ex-namorada.A polícia informou ainda que o horário docrime coincidia com a hora em queAnderson deveria comparecer ao Núcleo deMediação de Conflitos, da DelegaciaSeccional Leste. Segundo a polícia, horasantes de sofrer o atentado, Tatiana procurouo Núcleo para pedir ajuda.

De acordo com a assessoria de comunica-ção da Polícia Civil, a jornalista teria ido aolocal dois dias antes para informar aos poli-ciais sobre o "desequilíbrio" no comporta-mento de Anderson. Ela foi orientada a pres-tar queixa contra ele. No entanto, preferiu

apenas a ajuda do Núcleo, que chegou a mar-car o encontro com o suspeito para as 17hdo mesmo dia. Tatiana foi internada noHospital Mater Dei. Segundo o pai dela, ofuncionário público Elias Leite Pereira, de 51anos, a filha voltou para casa após pedir ajudana delegacia.

O relacionamento entre Tatiana eAnderson chegou ao fim quando o guardamunicipal agrediu um colega de profissãoda jornalista com um soco. De acordocom o pai de Tatiana, o funcionário públi-co Elias Leite Pereira, de 51 anos, a agres-são teria acontecido porque a filha deuuma carona para o colega após a cobertu-ra de um jogo no Mineirão. Três diasdepois do ocorrido, a Polícia Civil confir-mou que o suspeito não possuía porte dearma, mais ainda não sabia como ele haviaconseguido o revólver calibre 38.

A assessoria de comunicação da GuardaMunicipal informou na época, através denota oficial, que Anderson estava na corpo-ração desde maio de 2006, e que a Guardanão trabalha armada, por enquanto. Em2008, 300 guardas municipais serão treina-dos e cadastrados para trabalhar com arma

Amor que mataCOMPORTAMENTO

Belo Horizonte, nos últimos oito meses, foi palco de casos de homens que mataram ou tentaram matar as namoradas após o fim do relacionamento

Wander Veroni

DIVULGAÇÃO

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de fogo e Silva não iria fazer parte dessegrupo. Com o final do noivado e as ameaçasconstantes, o pai de Tatiana passou a acom-panhar a filha quando ela saía de casa. Eletambém a esperava voltar de festas. Já osfamiliares do guarda municipal AndersonSilva não suspeitavam das intenções dorapaz. Segundo um tio dele, o bombeiroMilson Alves da Silva, de 46 anos, o sobrinhopassou a freqüentar um psiquiatra após otérmino do relacionamento com a jornalista.

PPeerrffiill ppssiiccoollóóggiiccooA delegada Silvana Fiorelo Rocha de

Rezende, da Delegacia Especializada deCrimes contra a Mulher, em Belo Horizonte,afirma que o criminoso passional é uma pes-soa desequilibrada emocionalmente. "Naverdade, ele não tem interesse sincero pelaparceira. Nunca soube amar, no sentido cor-reto do termo. O passional preciso de trata-mento clínico e de sanções penais". A delega-da conta ainda mais detalhes sobre o perfildesse criminoso. "No geral, são homens defaixa etária por volta de 30 anos e são extre-mamente vaidosos, ciumentos, possessivos einseguros. Em sua defesa, eles sempre ale-gam a traição como principal fator do crime.No entanto, a experiência mostra que ohomicida passional raramente se arrependedo ato que cometeu", revela.

E os casos de maior repercussão nacapital mineira não param por aí. No dia 7de abril deste ano, uma tragédia dentro docampus Estoril, do Uni-BH, na região oestede Belo Horizonte, causou comoção emtoda a sociedade. A estudante de Adminis-tração Danielle Jaqueline RamosNascimento, de 21 anos, foi vítima decinco disparos de arma de fogo, sendo dois

deles na cabeça, um no peito e outro deraspão no braço.

O autor dos disparos foi o ex-namoradodela, o promotor de eventos RodrigoWenceslau Nassif Silva, de 31 anos. De acor-do com familiares, Silva estaria inconformadocom o fim do relacionamento, ocorrido háseis meses, e começou a declarar a intençãode matar a garota, pois estava deprimido,transtornado, e tinha idéia fixa de reencon-trar a jovem.

A Polícia Militar informou que RodrigoNassif teria entrado no Uni-BH de carro, umFord Ka prata, por volta das 10h. Armado,ele procurou por Danielle em todas as salas,até que resolveu ligar para encontr-la. Assimque a moça saiu da sala, Silva efetuou os dis-paros e, mesmo com os gritos de pânico dagarota, ele continuou a alvejá-la.

A vítima foi levada para o Centro deTratamento Intensivo (CTI), do HospitalFelício Rocho, em Belo Horizonte e rece-beu alta parcial do CTI na manhã seguin-te. Segundo a equipe médica, na épocado atentado, a paciente passou por umatomografia para avaliação do crânio ecérebro, já que um dos tiros penetrou acalota craniana, causando pequena lesãoe afetando movimento da mão esquerdada jovem. Os médicos acreditam que ajovem irá recuperar os movimentos. Doisdias depois do atentado, a polícia apreen-deu o suspeito de atirar contra Danielle,o ex-namorado dela, Rodrigo Nassif.Após as investigações, o crime corre emsigilo judicial.

O psiquiatra Luiz Ângelo Dourado, espe-cializado em Psicologia Criminal, afirma queesses criminosos possuem o ego inflamado edetesta ser contrariado. "O homicida passio-nal é narcisista. Ele se ama tanto que esque-ce de amar as pessoas que estão à sua volta.Não possui auto-crítica e exige ser admira-do, exaltado pelas qualidades que não tem,pela companheira. A namorada serve comoum espelho de sua auto-afirmação, um obje-to de paixão e obsessão. Quando vê que oseu objeto foi tirado, sente-se desprezado.Contra isso, luta com todas as armas,podendo até matar, para evitar o colapso deseu ego", revela.

MMaarrccaass ddee uummaa ttrraaggééddiiaaA obsessão pela pessoa amada é um

dos fatores que movimentam as ocor-

rências policiais, quando o assunto écrime passional. A delegada SilvanaFiorelo Rocha de Rezende, da DelegaciaEspecializada de Crimes contra a Mulher,em Belo Horizonte, explica que, nosenso comum, convencionou-se chamarde passional todo crime cometido emrazão de relacionamento sexual ou amo-roso. "É preciso ter muito cuidado aorelacionar estes crimes com amor. O quepercebemos na conduta do criminoso éque sua atitude não deriva do amor, massim de o ódio. Pode ser que, no início darelação, assassino e vítima tivessem tidouma relação afetiva e sexual próxima doamor. Depois que o homicídio é cometi-do, temos a legitimação que nenhumamor restou, o que se traduz nitidamen-te em obsessão doentia e destrutiva",atribui.

Na manhã do dia 20/05/2008, mais umcaso de homem inconformado com o fimdo relacionamento, que usa da violênciacom o artifício, voltou às páginas policiais.O corretor de imóveis Glayson AlexandreTeixeira Vasconcelos, de 31 anos, é oprincipal suspeito de alvejar três tiroscontra a namorada, a vendedora KalilaCosta Carvalho, de 25 anos, quando elasaía de casa para trabalhar. O fato aconte-ceu no bairro Floresta, região centro-sulde Belo Horizonte. Vasconcelos, que foipreso em flagrante, teve um relaciona-mento de três anos com a ex-compa-nheira. Após o crime, ele teria tentado sematar, ao atirar contra a própria cabeça,porém a arma falhou. A vítima foi levadapara o Hospital de Pronto Socorro JoãoXXIII, onde permaneceu por muitashoras em estado grave.

O corretor de imóveis GlaysonVasconcelos, que cursa o 6º período deAdministração em faculdade pública, disse àpolícia que o namoro de três anos comKalila acabou quando ele foi preso por este-lionato. Segundo o sargento Valteir LuizFerreira, do 16º Batalhão da Polícia Militar, orapaz ficou detido por 69 dias e não foi pro-curado pela ex, que terminou o relaciona-mento. Vasconcelos ganhou liberdade einsistia em reatar. Um colega de trabalho deKalila, que não quis se identificar, informouque ela estava com medo, pois recebeuvárias ligações do ex, pedindo para reatar orelacionamento.

O amor se transformou em desculpa para se cometerem

crimes após o término de relacionamentos

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Palio Adventure ganha versão Locker

LANÇAMENTO

Com o bloqueio eletrônico dodiferencial, novo SUV da Fiat

vence barreiras com mais facilidade

Palio Adventure ganha versão Locker

FOTOS FIAT/ DIVULGAÇÃO

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Equipamento distribuiigualmente a força nas

rodas dianteiras e não deixa o veículo “patinar” na lama

D isposta a recuperar o mercado de peruaspequenas, cuja liderança foi perdida para aVolkswagen SpaceFox e Parati, a Fiat estréia

um 'SUV light. A linha 2009 da Fiat Palio Weekend estádisponível com mudanças visuais e mecânicas que par-tiram da versão Adventure. Responsável por 50% daprodução da linha, a versão aventureira chega com umequipamento interessante que complementa a propos-ta do veículo, lançado há dez anos. Pioneira no seg-mento de off-road de aparência, a Palio WeekendAdventure pode agora sair do asfalto e encarar uma tri-lha leve nos finais de semana.

Trata-se de um bloqueio do diferencial, cujo aciona-mento se dá por meio do botão ELD (Electronic

Locker Differential), localizado do lado esquerdo dopainel de instrumentos, sendo necessário o motoristapisar no freio. Com ele, é possível vencer situações nasquais um carro 4x2 com tração dianteira comum certa-mente ficaria atolado ou derraparia em ladeiras íngre-mes com piso molhado.

O equipamento, que vem de série na Adventure, dis-tribui igualmente a força entre as rodas dianteiras, anu-lando o funcionamento do diferencial e possibilitandoque a roda com mais aderência gire e mova o veículo.Durante os testes na lama, as rodas dianteiras ficarampatinando sem o Locker. Ao acioná-lo, a Palio WeekendAdventure venceu a subida. A partir dos 20 km/h, o sis-tema é desligado automaticamente.

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Design elegante e ao mesmo tempoagressivo: lanternas bem aplicadas emoldura da caixa de roda reforçada

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Além deste novo equipamento, a melhorestratégia da Fiat para recuperar a liderançaneste mercado foi a de manter os mesmospreços da versão de entrada ELX, que per-manece nos R$ 39.920, e da topo de linha,batizada de Adventure Locker, cotada a R$53.850. A intermediária Trekking custa R$41.920. A Adventure foi o ponto de partidapara estender as modificações às outras ver-sões e a Fiat não descarta oferecer o Lockerno Idea e no Doblò.

Motor 1.4 do Siena e Punto está disponível na nova Weekend

O motor 1.4 compartilhado pelo Siena ePunto chegou às versões ELX e Trekking.Desenvolve 85 cv (gasolina) e 86 cv (álcool)

a 5.750 rpm, enquanto otorque é de 12,4 mkgf (g)e 12,5 mkgf (a) a 3.500giros. Já o 1.8 flex chegaaos 112 cv (g) e 114 cv (a)a 5.500 rpm, relativos àpotência, e força de 17,8mkgf (g) e 18,5 mkgf (a) a2.800 giros. O câmbiopermanece o mesmo emtodas as versões: manual,de cinco marchas.

Se o objetivo da Fiat foiaproximar a PalioAdventure Locker do seg-

mento de utilitários leves, a missão foi cum-prida. Ao menos na aparência, a ex-peruaconta agora com elementos que sugeremproteção: molduras nas caixas de rodas, quedeixaram de ser circulares e passaram a sergeométricas; aplique nos pára-choques tra-seiro e dianteiro, que carrega os faróis auxi-liares, e protetor de cárter, que não vem desérie na ELX. Além disso, a traseira incorpo-rou elementos horizontais que dão aspectode maior largura.

Entre as mudanças, também podem sercitado o novo sistema para acessar o estepe,novo conjunto da suspensão com destaquepara os amortecedores - mais macio, o con-junto gera mais conforto aos passageiros -,altura do solo de 19 centímetros, rodas de15 polegadas, pneus de uso misto mais lar-gos (205/70 R15) e rack de teto com dese-nho em 'V'.

Opcionalmente, a Adventure Lockerconta com apóia-braço para motorista,banco do motorista com regulagem elétricade altura, banco traseiro bipartido, airbagduplo, sistema de freios ABS, CD player comMP3/WMA, retrovisores externos com regu-lagem elétrica, revestimento interno decouro, sensores de estacionamento, chuva ecrepuscular, retrovisor interno eletrocrômi-co, vidros traseiros elétricos e side bags dian-teiros. De acordo com a marca, a linha nãocontará com tração 4x4, já que este sistemaencareceria demais o preço do veículo.

Versões têm preços atraentes

Motores 1.4 de 86 cv e 1.8 Flex de 112 cv

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O segmento de caminhões extrape-sados leves no Brasil tem crescidoacentuadamente nos últimos anos,

chegando a representar, em 2004, 25% domercado de extrapesados e 9% do mercadototal de caminhões.

Para esse crescente mercado, aMercedes-Benz está trazendo os novosmodelos Axor 1933 e 2533, indicados paraoperações de curtas e médias distâncias. Osveículos são ideais para uma série de opera-ções, como logística, transporte de cargasfraccionadas e paletizadas, produtos indus-trializados, eletrodomésticos, móveis, veícu-los, hortifrutigranjeiros, bebidas, cargas frigo-rificadas, cargas líquidas, cereais, alimentos e

outros produtos.De acordo com Gilson Mansur, diretor de

vendas de Veículos Comerciais daDaimlerChrysler do Brasil, “a introdução dosnovos modelos 1933 e 2533 é uma das gran-des novidades do lançamento da nova linhaAxor. Com esses produtos, a marcaMercedes-Benz estréia no segmento deextrapesados leves”.

A marca traz para essa faixa de mercado omotor eletrônico mais potente, o OM 926 LAde 326 cavalos e torque de 127 mkgf a1.400/1.600 rpm. Com tecnologia já consa-grada no mercado brasileiro, o motor eletrô-nico proporciona redução de custos opera-cionais com respeito ao meio ambiente, aten-

dendo, desde já, à legislação Proconve P5,equivalente à norma européia Euro III.

Novas cabinas no segmentoOs modelos Axor introduzem novas cabi-

nas no segmento de extrapesados, garantindoconforto, estilo e otimização da capacidadevolumétrica de carga. Tanto o Axor 1933quanto o Axor 2533 saem de fábrica comcabina estendida com cama. Opcionalmente,podem ser escolhidas cabines leito teto baixoou leito teto alto.

A cabina avançada traz mais vantagens,como a melhor manobrabilidade, a facilidadede manutenção garantida pelo basculamentototal da cabina e, principalmente, o maior

LINHA AXOR

Lucro sobre rodasNovos modelos da Mercedez-Benz chegam para disputar um mercado cada vez maior

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espaço para carga, uma vez que ela permite autilização de carroçarias maiores e o acopla-mento de semi-reboques longos. É o caso,por exemplo, de semi-reboques para 30 pal-lets, no Axor 1933, de 3.300 mm de entreei-xos; e 32 pallets, no Axor 2533, este represen-tando uma capacidade inédita no mercado.

Respondendo também à demanda dostransportadores por veículos mais robustos ede grande durabilidade, a linha Axor oferecetrem-de-força integral Mercedes-Benz, o queamplia o grau de qualidade e confiabilidade doconjunto.

Outros destaques da linha Axor são: com-putador de bordo com indicador de consumoe de manutenção, diagnose de falhas onboard, botão de partida no motor, pilotoautomático com limitador de velocidade,coluna de direção regulável em distância ealtura, pára-sol externo de série, ar-condi-cionado opcional e quinta roda com diversasopções de posicionamento e altura.

Trem-dde-fforça Mercedes-BBenzO Axor 1933 e o Axor 2533 são equipa-

dos com o mesmo trem-de-força. O motoreletrônico Mercedes-Benz OM 926 LA de 6cilindros, turboalimentado com pós-resfria-dor, oferece a maior potência da categoria.

O câmbio Mercedes-Benz G 211 de 16marchas sincronizadas também é novo. Eleapresenta facilidade de operação, grande capa-cidade de subida e arranque, maior velocidade,otimização do desempenho e durabilidade.Oeixo traseiro HL-6, sem redução nos cubos,também é outra novidade da linha Axor. Eletem menor peso, mas a mesma robustez edurabilidade dos eixos Mercedes-Benz que jásão tradicionais no mercado.O aspecto segu-rança é outro diferencial da linha Axor. Osmodelos rodoviários são equipados com freiosa disco (único na categoria), freio-motor TopBrake e freio ABS (série para o modelo 2533e opcional para o 1933). Esse conjunto propor-ciona muitas vantagens, com níveis elevados desegurança e economia operacional.

O cavalo-mecânico Axor 1933 é indicadopara clientes que atuam no transporte rodo-

viário de curtas e médias distâncias, especial-mente operadores logísticos e transportado-res em geral, que possuem nas transferênciasde cargas volumosas e baixo peso sua princi-pal atividade. Entre diversos implementospossíveis, o Axor 1933 é indicado para tra-cionar semi-reboques do tipo sider, baú,porta-container e cegonheiros.

Com capacidade máxima de tração -CMT, de 47 toneladas, o Axor 1933 permitea utilização de semi-reboques de grande volu-me, com comprimento de até 15,4 metros, omaior da categoria, e com capacidade para 30pallets. O Axor 1933 chega ao mercadocomo um dos mais leves de sua categoria,pesando apenas 6.200 quilos em sua configu-ração mais usual, com cabina estendida comcama e tanque de combustível de 300 litros.Sua leveza, aliada ao potente motor eletrôni-co de 326 cavalos e torque de 127 mkgf e aogeneroso comprimento do semi-reboque,proporciona ótimo desempenho e grandecapacidade de carga líquida, favorecendo alucratividade e o custo operacional.

Visando a ampliar as possibilidades de con-figuração do caminhão, o Axor 1933 oferecetrês opções de arranjos de tanque de com-bustível, de 300 a 820 litros, adequando assima autonomia às necessidades dos clientes.

Caminhão extrapesado leve com terceiro eixo de fábrica

Além de trazer para o mercado um dos

mais modernos caminhões da atualidade,o Axor 1933, a marca Mercedes-Benztambém inova no segmento de extrapesa-dos leves com o inédito modelo Axor2533. Trata-se de um caminhão platafor-ma 6x2 para operações logísticas com car-gas de grande volume, ou operaçõesrodoviárias que necessitem de elevadavelocidade média operacional, como, porexemplo, combustíveis, produtos quími-cos e frigorificados.

Com capacidade máxima de tração -CMT, de 47 toneladas, o Axor 2533 permi-te a montagem de carroçarias de até 9,5metros de comprimento ou composiçãotipo 'romeu-e-julieta' para até 32 pallets,uma capacidade inédita no mercado quefavorece notavelmente as operações logísti-cas de transferências de cargas. O trem-de-força do Axor 2533 é o mesmo do Axor1933. A esse conjunto, soma-se o terceiroeixo original de fábrica, com suspensão tipobalancim, que inclui molas semi-elípticas tra-pezoidais e suspensor pneumático. Por serproduzido pela própria fábrica, dispensaadaptações e trabalhos posteriores, disponi-bilizando imediatamente o veículo para autilização do cliente.

Na cabine, computador de bordo com indicador de consumo e de manutenção, diagnose de

falhas on board, botão de partida no motor, piloto automático

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A Scuderia Iveco, a mais novaequipe da Fórmula Truck, játem seu segundo piloto e

segundo caminhão. Quem vai pilo-tar o Iveco Stralis de número 55 éAdilson Zacari Magalhães, oCajuru. Com ele a Iveco fecha adupla de pilotos. O primeiro éAdalberto Jardim.

Para o ex-piloto de competi-

ções de motovelocidade, categoriana qual conquistou 14 títulos decampeão, estar no cockpit de umIveco novamente é motivo decomemoração. "Estou muito felizcom a oportunidade. Fui o primei-ro piloto a pontuar com a marcaem 2005 e agora, mais experiente,acredito que posso alcançar gran-des resultados."

Seguindo o mesmo modelo docaminhão de Adalberto Jardim, oIveco Stralis de Cajuru usa o motoreletrônico Iveco Cursor 13 queteve a potência elevada para maisde 1.000 cv. Nas pistas de corrida,o caminhão alcança velocidadesacima de 200 quilômetros por hora.A caixa de câmbio é ZF de seis mar-chas, especial para a competição.

Adilson Cajuru é o segundopiloto da Scuderia Iveco

F-TRUCK

Equipe fecha quadro de pilotos e promete esquentar o campeonato

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O bólido de número 55 de Cajuru segue o mesmopadrão estético que o primeiro caminhão da ScuderiaIveco: branco e vermelho, em alusão à equipe maisvitoriosa da história da Fórmula 1, a Ferrari.

Piloto promete alcançar grandesresultados na Scuderia

FOTOS DIVULGAÇÃO

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Suíça mineira

TURISMO

Monte Verde reúne qualidadede vida e belezas naturais

no alto da Serra daMantiqueira

Monte Verde reúne qualidadede vida e belezas naturais

no alto da Serra daMantiqueira

Suíça mineira

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P equena e charmosa. Aconchegante ebem tranqüila. Assim é Monte Verde,distrito de Camanducaia, a 490 quilô-

metros de Belo Horizonte, no Sul de Minas. Aarquitetura européia fez com que o lugar,lotado de surpresas para os turistas, ficasseconhecido como um "pequeno pedaço daSuíça em Minas". Exagero? Não! Isso é umatremenda verdade.

Monte Verde tem hoje aproximadamentecinco mil habitantes. No inverno, a vila ficalotada de turistas que chegam de várias partesdo Brasil, além, é claro, de estrangeiros. E nãoé por menos. Monte Verde atrai os que gos-tam do friozinho, entre casais apaixonados efamílias que procuram tranqüilidade no altoda Serra da Mantiqueira.

As temperaturas em Monte Verde sãobaixíssimas e podem chegar a menos dezgraus. A paisagem formada pela geada nasmanhãs de inverno é um show à parte.Não chega a nevar, apesar de que isso jáaconteceu há muitos anos.

O distrito dispõe de cerca de 150 hotéis epousadas. Mas apesar do alto número de hos-pedagens, as reservas devem ser feitas comantecedência para não se correr o risco deficar sem ter onde dormir. Nos meses demaio a julho, muitos hotéis ficam com a capa-cidade esgotada em praticamente todos osfinais de semana.

A culinária é outro atrativo, quente e sabo-roso. Os restaurantes servem desde a maistradicional cozinha mineira até pratos da culi-nária contemporânea e típicos do inverno. Achegada da estação é comemorada com oFestival de Morangos, realizado pela Casa deChá Beija-Flor. São 15 sobremesas diferentes

preparadas artesanalmente na hora em que ocliente faz o pedido.

A vila possui um aeroporto com um han-gar, apenas para pousos de aviões de peque-no porte. Mas atenção: nenhuma empresaaérea opera vôos comerciais para MonteVerde. Mesmo quem não tem esse tipo detransporte tem que dar um pulinho por lá. Oaeroporto é o mais alto do país, com 1.560metros de altitude, e proporciona uma lindavista de toda a extensão da vila ao turista.

Para quem gosta de movimento, a "Suíça"mineira oferece espaço para atividades comocaminhadas, rapel, arborismo, rafting, moto-cross e cavalgadas. Além das belezas naturais,que também podem ser visitadas de quadrici-clo e de jeep, Monte Verde possui outrasopções de lazer, como a Pista de Patinação nogelo permanente, o Museu do Disco, o espa-ço cultural Chácara Adélia, entre outros.

Se você gosta de andar e curtir bonitas pai-sagens, e principalmente se for um adepto doecoturismo, um passeio imperdível são ascaminhadas até o topo da Serra daMantiqueira, exatamente na divisa entreMinas Gerais e São Paulo - Monte Verde ficaa apenas 167 quilômetros do Estado de SP. Astrilhas abertas na mata levam aos picos maisaltos da região, que podem ser avistados daprópria vila: Chapéu do Bispo, PedraRedonda e Pedra Partida.

Quem chega lá em cima é recompensadocom um belo visual: pode-se ver toda MonteVerde, Campos do Jordão e outras cidadesdo Vale do Paraíba. Estas trilhas são relativa-mente leves, podendo ser feitas até mesmopor crianças, e estão bem demarcadas, dis-pensando o acompanhamento de guias.

CCoommoo ttuuddoo ccoommeeççoouuOs primeiros moradores de Monte

Verde foram os letões da famíliaGrinberg (em alemão, "grin" significaverde e "berg", monte). Em 1936, aregião conhecida como Campos doJaguari recebeu o recém-casado ejovem empreendedor VernerGrinberg. Ele procurava por aqui umlar cujo clima e paisagem lembrassemsua terra natal.

Formando a Fazenda Pico do Selado,aos poucos a família Grinberg foi ceden-do lotes para que amigos e conterrâ-neos construíssem casas e fossem viverpor lá. Esse povoado recebeu o nomede Monte Verde, uma tradução literaldo sobrenome de seu fundador. Em1952, Grinberg decidiu lotear parte dafazenda, o que atraiu principalmenteletões, húngaros e alemães que deraminício à construção de uma vila comaspecto tipicamente alpino.

A pequena vila cresceu devagar epouco mudou durante muito tempo,mas nos últimos anos o aquecimento doturismo levou a um crescimento inevitá-vel. Sob o olhar de alguns moradorespreocupados com o progresso descon-trolado, em fins dos anos 80 a estradade acesso acabou sendo parcialmenteasfaltada.

Até hoje, pessoas dispostas conti-nuam lutando para preservar as belezasnaturais da região e manter as caracte-rísticas originais da vila. Se dependerdelas, Monte Verde jamais perderá oseu charme de vila alpina.

Monte Verde: belezasnaturais e visual de

primeiro mundo

Renata Galdino

FOTOS RENATA GALDINO

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O pão de queijo é um lancherápido que deixa a todoscom água na boca.

Obrigatório para quem vem ou mora

em Minas Gerais, a receita nasceunas fazendas do interior do nossoEstado, no século XVIII, e a partirdisso, ganhou repercussão interna-

cional pela sua simplicidade e saborinconfundível.

Existem várias receitas diferen-tes, mas a base de ingredientes e o

Mineirocom certeza, Uai!Mineirocom certeza, Uai!

O pão de queijo, uma delícia típica de Minas Gerais,

resgata a tradição familiar

CULINÁRIA

Wander Veroni

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tipo do queijo variam no paladar doresultado final. Algumas usam pol-vilho doce, outras o azedo, oumesmo ambos, porém todos oriun-dos da mandioca. De consistênciamacia, o pão de queijo é feito basi-

camente com polvilho, ovos, sal,leite, óleo e queijo.

Não há nada melhor do quecomer um pão de queijo quentinho,que acabou de sair do forno e acom-panhado de um bom café, não é

Diário de Bordo 43

mesmo! Mas como se faz? De ondeveio? A revista Diário de Bordoembarcou nessa viagem pelas cozi-nhas mineiras e desvenda os segre-dos dessa receita que levou um dosmais famosos pratos do cardápiomineiro para o mundo.

Receita de FamíliaMineira da cidade de Santo

Antônio do Gramo, a aposentadaMaria da Piedade Russo Miranda, de58 anos, aprendeu a cozinhar muitonova. Por ser a filha mais velha de11 irmãos, Piedade sempre ajudou amãe e a tia no preparo dos alimen-tos para os familiares. "Sou de famí-lia italiana e duas coisas que sempreforam referência na cozinha daminha família são queijo e polvilho.Quando era pequena, ficava admi-rando uma tia minha que fazia váriasmassas. Acho que daí que veio ogosto pela culinária", conta.

Uma das receitas de maiorsucesso entre familiares e amigosde Piedade é a de pão queijo.Durante algum tempo, ela chegou acomercializar o produto caseiro - oque a ajudou no faturamento fami-liar. Ela conta que já chegou a pro-duzir mais de 20 kg de pão de quei-jo por dia. Entretanto, apesar dobom faturamento, Piedade teve queparar de fazer a receita em grandeescala por complicações de saúde epor realizar movimentos repetitivoscom o braço.

Hoje em dia, Piedade é represen-tante de cosméticos, mas as suasreceitas ainda brilham por toda avizinhança. "O pão de queijo é umareceita muito simples, mas que pos-sui alguns detalhes, como a quantida-de certa dos ingredientes. É precisoficar atento para não perder oponto". (Veja a receita na página 45).

A primeira vez que a receita depão de queijo chegou na família dePiedade foi a partir de uma receitaretirada do catálogo telefônico,dado pelo irmão dela, há muitotempo. Desde então, ela modificoua receita e acrescentou outros

Uma das receitas de maior sucessoentre familiares e amigos de

Piedade é a de pão queijo

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ingredientes até ter uma fórmulaque a agradasse. "A cozinha é umlugar de experimentação. Você criaas receitas a partir do que tem nageladeira e na dispensa. Mas o usoda fécula de mandioca, por exem-plo, foi um achado". Ela conta quedescobriu o ingrediente por acaso,ao andar pelo Mercado Central e éum dos segredos para a boa consis-tência da massa.

Piedade conta ainda que o polvi-lho e o queijo Minas sempre forammuito usados pelas receitas da famí-lia, principalmente na preparação debiscoitos e massas. "O pão de quei-jo, apesar de ser uma receita antigade Minas Gerais, foi entrar na minhafamília muito tempo depois. Na ver-dade, por eu já transitar muito bempelo polvilho e o queijo, fui adaptan-do a receita. Hoje meu filho do meioprepara pães de queijo deliciosos.Nesse sentido, é uma receita queestá passando de geração a gera-ção", conta.

Fornada quenteNo século XVIII, as quitandeiras

das fazendas mineiras nem imagina-vam que a receita de pão de queijo seestendesse através das gerações e queganharia o mundo como um dos qui-tutes mais lucrativos do nosso Estado.Depois de conquistar o paladar dosbrasileiros, o produto já possui statusde item de exportação, sendo comer-cializado para países como EstadosUnidos, Inglaterra, Argentina,Alemanha, Itália, Espanha, França,Israel, Portugal e Japão, entre outros.Para se ter idéia do tamanho dessemercado, estima-se que existematualmente 500 indústrias de pão dequeijo no Brasil, e 70% delas no esta-do de Minas Gerais. Entre empresaslegalmente registradas e fabricantesinformais, a previsão de produçãomédia é de seis mil toneladas mensais

A Associação Brasileira dosProdutores de Pão de Queijo (ABPQ),criada desde janeiro de 1999, e com sedeem Belo Horizonte, estima que o fatura-

mento mensal do setor é de R$ 1,4 mi-lhão - cuja movimentação chega a R$ 170milhões anuais, entre as vendas nacionaise fora do país - cabendo ao varejo a fatiaaproximada de R$ 100 milhões.

Queijo Minas vira patrimônio cultural

E por falar em pão de queijo, amatéria-prima dele, o queijo Minas foiregistrado no último dia 15/05, comopatrimônio cultural e material brasileiro,pelo Conselho Consultivo do Institutodo Patrimônio Histórico e ArtísticoNacional (Iphan). O modo de fabricaçãoartesanal e o seu valor histórico-culturalforam decisivos para a eleição dele, deacordo com o presidente e conselheirodo Iphan, Luiz Fernando de Almeida. "Opedido ao Instituto partiu dos própriosprodutores artesanais, em 2001, quan-do foram obrigados a se enquadraremna legislação sanitária. Após a aprova-ção, a próxima etapa será a homologa-ção pelo ministro da Cultura, GilbertoGil", revela.

A partir do registro, o Iphan iráapoiar a comunidade queijeira na ela-boração de uma política de incentivoà prática da produção do queijo emtodo o Estado, com projetos de edu-cação patrimonial e qualificação pro-fissional. Minas Gerias é responsávelpela produção de mais de 26 miltoneladas de queijo artesanal por ano,conforme a Empresa de AssistênciaTécnica e Extensão Rural (Emater).

44 Diário de Bordo

Depois de conquistar o paladar dosbrasileiros, o produto já possui status de item de exportação

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Receita do Pão de Queijo da Piedade

Numa tigela, coloque o polvilho e a fécula para serem escaldados. Enquanto isso, numa panela, ferva oleite. Após fervido, jogue-o na tigela com o polvilho e a fécula. Esse procedimento chama-se escaldo epermite que a massa cresça melhor e se torne mais macia. Depois de escaldado, deixe que esta misturaesfrie um pouco e adicione os ovos. Esfarinhe a massa com as pontas dos dedos e sove muito bem. Amassa deverá ficar maleável e uniforme. Adicione o queijo (previamente ralado) e regule o ponto comum pouco de leite ou polvilho quando necessário. Molde sob formato de bolinhas, no tamanho que pre-ferir e leve ao forno previamente aquecido. Se quiser, para ressaltar o sabor do queijo adicione à misturaqueijo tipo parmesão ralado. O tempo para assar o pão de queijo fresco (que não esteja congelado) nor-malmente é de 20 minutos, no forno previamente aquecido, que não deve ser aberto até o ponto final.

Naturalmente, o pão de queijo congelado irá gastar mais tempo.

5 xícaras de chá de polvilho doce5 xícaras de chá de fécula de mandioca1 xícara de chá de óleo2 xícara de chá de leite

1 colher de sopa de sal½ queijo Minas ralado (meio cura)3 a 4 ovos.

Ingredientes:

Modo de preparo:

Dicas:Use queijo Minas Curado ou

um bom Parmesão, cujos sabo-res são autênticos. Deixe o pol-vilho escaldado esfriar, e somen-

te depois adicione os ovos. Pré-aqueça o forno para

assar o seu pão de queijo. Casoqueira inovar, adicione um peda-

cinho de Gorgonzola. Ficarámuito gostoso também combacon moído, alho e/ou cheiroverde.

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TIRADENTES

Entre paredes

históricas ebons pratos

C hefs nacionais e internacionais vãoinvadir a cidade mineira deTiradentes, entre os dias 15 e 24 de

agosto, durante o 1º Circuito Brasileiro deGastronomia. O evento tem como tema obicentenário da vinda da Corte RealPortuguesa para o Brasil. O objetivo é mos-trar que nem tudo já foi descoberto na gas-tronomia e cultura do país. De acordo comos organizadores, cerca de 100 mil pessoasdevem participar do evento que ainda vaipercorrer os municípios de Parati (RJ),

Arraial d´Ajuda, Belmonte e Trancoso (BA),além de Gramado (RS).

Os festins, jantares especiais preparadospor chefs renomados para cerca de 120pessoas, serão o grande atrativo do circuito.A programação prevê a realização de doisdeles por dia em Tiradentes, com a partici-pação de oito chefs, entre eles o francêsChristian Le Squer (3 estrelas Michelin) e oitaliano Vitório Serritelli. Parte da renda des-sas apresentações será revertida para umaentidade beneficente da cidade.

O evento promete ainda oferecer ele-gância e sofisticação à altura dos gostos maisexigentes. Uma cidade cenográfica montadapor artesãos e artistas plásticos deTiradentes vai ser palco de apresentaçõesculturais, cursos, oficinas e concursos. A"Cidade da Cultura e Gastronomia" ficaráaberta dia e noite, onde funcionarão ummuseu, coreto, escola e capitanias de cadauma das cidades participantes.

No museu, vão acontecer exposições defotografia, arte e degustação de vinho. No

Cidade está preparada para receber os Chefs

internacionais

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coreto, haverá apresentações de música edança. Na escola, um dos parceiros doevento e alguns chefs darão cursos brevesde gastronomia com temas como "A cozi-nha da Colônia" e "Gastronomia doCaminho do Ouro". As capitanias serão umespaço especial, onde cada uma das cidadesterá oportunidade de expor suas atraçõesturísticas e artesanato.

Entre as possibilidades oferecidas aosvisitantes está também o ponto de encon-tro oficial: o Botequim, que será administra-do por um dos mais conhecidos restauran-tes de luxo do Rio de Janeiro. Para anunciaras atrações, um corneteiro percorrerá asruas das cidades, divulgando e convidandopara as apresentações.

Para incentivar o comércio local, a orga-nização do circuito não deixou a rede dehotéis e pousadas das cidades integrantesdo festival de fora do projeto. Os partici-pantes terão a oportunidade de saborear acomida onde estiverem hospedados eainda eleger o melhor prato em um concur-so. E quem é um verdadeiro amante daculinária poderá apresentar receitas pró-

prias, que serão avaliadas por trêschefs. A melhor será elaborada porum deles em Gramado, no encerra-mento do circuito.

CCoommoo cchheeggaarrA cidade de Tiradentes fica a 215

quilômetros de Belo Horizonte, capi-tal mineira. Com pouco mais de 6 milhabitantes, é um dos centros históri-cos da arte barroca mais bem preser-vados do Brasil. Entre ladeiras, artesanato,monumentos, igrejas, construções históri-cas e muita tradição, o lugar tem um colo-rido diferente, e se apresenta como umótimo destino para todos os gostos: desdeos que desejam conhecer o patrimônio his-tórico do lugar, até aqueles que esperamapenas poder descansar no típico clima deinterior mineiro - não esquecendo, é claro,dos jovens, que encontram uma animadanoite nos bares da cidade.

O aeroporto mais próximo funciona natambém histórica São João Del Rei, que ficaa poucos minutos de Tiradentes. De carro,o viajante deve seguir pela BR-040. Vindo

de Belo Horizonte, a viagem deve seguiraté o trevo de acesso a São João Del Rei. Aviagem demora em média 2 horas e 40minutos.

Para quem vem do Rio de Janeiro paraMinas Gerais, existe um acesso pela cidadede Barbacena que encurta a viagem.

Nos dois trajetos, quando motoristadeixa a BR 040, ele passa a viajar em rodo-vias estaduais mineiras que se encontrammuito bem conservadas.

Aqui vale uma outra dica: é bom se pre-caver quando o assunto é hospedagem.Durante os eventos, Tiradentes fica lotadae, apesar da boa oferta de camas, o viajan-te pode encontrar dificuldades .

Pratos inovadoressão a atração do

circuito

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ESPAÇO PITÁGORAS Rua Irai, 235, Cidade Jardim. Tel.: (31)3296-6653Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 10; quarta-feira R$ 8; sexta-feira a domingo e feriados R$ 12.

BELAS ARTESRua Gonçalves Dias, 1581, Savassi. Tel.:(31) 3252-7232Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 12; quarta-feira R$ 10; sexta-feira a domingo e feriados R$ 14.

CINEPLEX BHBH Shopping, BR-040 s/n, km 447. Tel.:4005-1414Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 10; quarta-feira R$ 8; sexta-feira a domingo e feriados R$ 14.

PAMPULHA MALLAv. Antônio Carlos, 8100, Pampulha. Tel.:(31) 3492-9155Ingressos: segunda-feira R$ 2,50; terçae quinta-feira R$ 7; quarta-feira R$ 8;sexta-feira a domingo e feriados R$ 10.

ART MINASMinas Shopping, Av. Cristiano Machado,4000, Cidade Nova. Tel.: (31) 3426-1202.Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 8,40 e de sexta-feira à domingo R$11,40.

HUMBERTO MAUROAv. Afonso Penna, 1537, Centro. Tel.:(31) 3236-7400

Ingressos: de terça-feira a domingo R$ 5.

MULTIPLEX CIDADEShopping Cidade, Rua Rio de Janeiro, 910- Centro. Tel.: (31) 3272-9720Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 10 e de sexta-feira a domingo R$ 14.

MULTIPLEX DEL REYShopping Del Rey, Av. Presidente CarlosLuz, 3001 - Caiçara. Tel.: (31) 3415-6021 Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 10 e de sexta-feira a domingo R$ 14.

UNIBANCO SAVASSIRua Levindo Lopes, 358, Savassi. Tel.:(31) 3277-6648Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 12; quarta-feira R$ 10; sexta-feira a domingo e feriados R$ 14.

SHOPPING NORTE Av. Vilarinho, 120. Venda Nova. Tel.: (31)3451-8990Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 8 e de sexta-feira a domingo R$ 10.

DIAMOND MALLAv. Olegário Maciel, 1600, Sto Agostinho.Tel.: (31) 4005-1414 Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 10; quarta-feira R$ 8; sexta-feira a domingo e feriados R$ 14.

BIGBig Shopping, av. João César de Oliveira,1275, Contagem. Tel.: (31) 3391-3345Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 8 e de sexta-feira a domingo R$ 10.

USINA UIBANCORua Aimorés, 2424, Lourdes. Tel.: (31)3337-5566Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 12; quarta-feira R$ 10; sexta-feira a domingo e feriados R$ 14.

USIMINAS PARAGEMAv. Mário Werneck, 1360, Buritis. Tel.:(31) 3378-0216Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 10; quarta-feira R$ 9; sexta-feira a domingo e feriados R$ 12.

ITAÚ POWER Shopping Itaú Power - av. General DavidSarnoff, 5160, Cidade Industrial,Contagem. Tel.: (31) 3363-5005 .Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 10 e de sexta-feira a domingo R$ 12.

CINE BETIMAv. Ednéia Matos Lazarote, 1655, Angola,Betim. Tel.: (31) 3594-3712. Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 6 e de sexta-feira a domingo R$ 8.

VIA SHOPPINGVia Shopping, av. Afonso Vaz de Melo,640 - Barreiro. Tel.: (31) 3384-9261.Ingressos: de segunda a quinta-feiraR$ 8 e de sexta-feira a domingo R$ 10.

UNIBANCO PONTEIOPonteio, BR-356, 2500, Sta Lúcia. Tel.:(31) 3286-3607Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 10; quarta-feira R$ 8; sexta-feira a domingo e feriados R$ 12.

PÁTIO SAVASSI Av. do Contorno, 6061, Savassi. Tel.: (31)3209-0079Ingressos: de segunda, terça e quinta-feira R$ 13; quarta-feira R$ 10; sexta-feira a domingo e feriados R$ 15.

P r o g r a m e - s e

CINEMAS

Confira os melhores filmes

que estão nas telas dos cinemas de BH

DIVULGAÇÃO

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Diário de Bordo 49

CLUBE DE QUEM BEBEBotequim aberto desde 1990 especializado emchurrasquinhos no espeto.Rua Castro Alves, 216, Nova Suíça. Tel.: (31)3371-1088. Funciona de segunda a sábado, de10h à 01h.

CHURRASQUINHO DO MANUELBar que atrai muita gente para happy hourespecializado em tira-gostos, espetos e chur-rasquinhos. Avenida Ressaca, 175, Coração Eucarístico.Tel.: (31) 3464-6708. Funciona de segunda asexta-feira, a partir das 18h; sábado e domin-go, a partir do meio-dia.

CHOPPERIA VIENAAberto desde 1999, o bar tem decoração inspi-rada em casas da Áustria e da Alemanha. Av. do Contorno, 3968, Funcionários. Tel.: (31)3221-9555. Funciona de segunda a sexta-feira,das 07h30 à meia-noite e no sábado até o últi-mo cliente.

CHIC TÁCIOCada dia da semana o bar indica um petisco dife-rente além dos tira-gostos tradicionais.Rua Itamaracá, 25, Colégio Batista. Tel.: (31)3421-3363.Funciona de segunda a sexta-feira,das 08h às 23h e sábado de 08 às 18h.

REDENTORBotequim à moda antiga que reúne as tradiçõescarioca e mineira.Rua Fernandes Tourinho, 500, Savassi. Tel.:(31) 3284-1175. Funciona diariamente, a partirdo meio-dia.

VILLA RIZZABar montado num casarão histórico e tem comotema a música mineira. Av. do Contorno, 4383, Serra. Tel.: (31) 3225-3533. Funciona de segunda a sábado, das11h30 à meia-noite.

ARMAZÉM DO ÁRABEBar participante do festival "Comida di Buteco"há três anos.Rua Luz, 230, Serra. Tel.: (31) 3223-1410.Funciona de segunda a sábado , a partir das 17h30

BAR DO PEPÊBar especializado a petisco e tira-gostos.Avenida Presidente Carlos Luz , 675, Loja 04,Caiçara. Tel.: (31) 8705-2378Funciona a segun-da a sexta-feira , a partir das 08h; e no sába-do, a partir do meio-dia.

BAR DO PRIMOBar especializado em porções, petiscos e tira-gostosRua Santa Catarina , 656 , Lurdes , Tel.: (31)3335-6654 Funciona de segunda a sexta-feira,das 17h à meia-noite; no sábado e feriados, apartir das 10h.

BAR IDEALServe almoço, serviços self-service de massas esaladasRua Sergipe , 1187 , Savassi. Tel.: (31)3889-1187 Funciona de segunda a quarta-feira do meio-dia às 15h e depois de 18hÀs 23h30; quinta e sexta-feira do meio-dia às 15h e das 18h à 1h; Sábado, domeio-dia à 1h; e domingo do meio-dia às20h.

CAFÉ DO CARMOCasa que serve porções e caldosRua Pium-í , 695 , Sion Tel.: (31) 3221-9156Funciona de segunda à sexta-feira das 17h às14h; Sábado, das 15h às 2h e domingo das15h à meia-noite.

CANTINA DO PACOEspecializada em comida espanhola.Rua Padre Rolim , 159, Santa Efigênia. Tel.: (31)3241-3317Funciona de segunda a quinta-feiradas 07h à meia-noite, sábado das 08h às 16h.

CERVEJARIA BRASILServe churrasco , almoço , jantar e pratos execu-tivos.Avenida Francisco Deslandes , 444, Anchieta.Tel.: (31) 3221-0504 Funciona de terça adomingo, a partir das 11h30.

CHURRASQUINHO DO TONINHOEspecializados em espetinhos e tira-gostos.Rua Montesimplom , 1373, Nova Suíça . Tel.:(31) 3334-2481 Funciona de segunda a sába-do, das 17h30 às 23h30.

FAMÍLIA PAULISTAServe petiscos variados.Rua Luther King , 242 , Cidade Nova . Funciona de segunda a quinta-feira das 18hás 23h , na sexta-feira das 18h à meia-noite;sábado, do meio-dia às 23h; e domingo domeio-dia às 17h.

LA CONCHA SPORTS BARDecoração do bar baseada nos esportes e atletasconsagrados.Rua Pium-í , 1122 , Sion Tel.: (31) 2127-1224.Funciona de segunda à sexta-feira, a partirdas 19h; e sábado e domingo, a partir das 15h.

LORD PUBDecoração baseada no estilo medieval.Rua Viçosa, 263, São Pedro. Tel.: (31) 3223-5979. Funciona de quinta a sábado, das 21h às4h; e domingo, das 19h às 03h.

PIER ALPHAVILLEChoperia de cardápio variado com vista para aLagoa dos Ingleses. Av. Picadili, 150, Lojas 108 e 109, CondomínioAlphaville. Tel.: (31) 3541-1636. Funciona nasegunda e terça-feira, das 11h às 15h; na quar-ta e sexta-feira, das 11h às 22h; sábado,domingo e feriados, das 11h às 19h.

TAPASA casa oferece serviço à la carte e rodízio de piz-zas, massas e saladas. Rua Irai, 235, Loja 52, Shopping Jardim,Cidade Jardim. Tel.: (31) 3344-1560. Funcionade segunda a domingo, a partir das 11h.

BARESDIVULGAÇÃO

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50 Diário de Bordo

RESTAURANTES

COZINHAS INTERNACIONAIS

MACAURestaurante de comida chinesa commais de 100 tipos de pratos variados. Av. Olegário Maciel, 1767, Lourdes.Tel.: (31) 3337-3685. Funciona deterça a quinta-feira, das 11h30 às14h30 e das 18h às 23h30; na sexta-feira, das 11h30 às 14h30 e das 18hà meia-noite; no sábado, das 11h30às 16h e das 18h à meia-noite; e nodomingo, 11h30 às 16h30 e das18h30 às 23h.

AURORARestaurante que mescla a comidamineira e do exterior, com influênciada cultura grega. Rua Expedicionário Mário Alves deOliveira, 421, São Luiz. Tel.: (31) 3498-7567. Funciona de quarta a sábado, a

partir das 19h. e no domingo, domeio-dia às 18h.

MAMMA RITARestaurante de comida italiana comamplo cardápio de carnes, pães, pizzas emassas. Av. Guarapari, 510, Sta Amélia.Tel.: (31) 3427-9575. Funciona deterça a sexta-feira, das 18h àmeia-noite; no sábado, do meio-dia à 1h e no domingo do meio-diaà meia-noite.

UN'ALTRA VOLTARestaurante de comida italiana especiali-zado em molhos e massas. Rua Grão Mogol, 715, Sion. Tel.: (31)3225-0403. Funciona de segunda aquarta-feira, das 18h à meia-noite;

quinta e sexta-feira, das 18h à 1h; eno domingo, das 11h à meia-noite.

SPLENDIDORestaurante cuja cozinha se inspira nonorte da Itália, agregando influênciasfrancesas. Rua Levindo Lopez, 251, Savassi.Tel.: (31) 3227-6446. Funciona desegunda a sexta-feira, do meio-dia às15h e das 19h às 1h; no sábado, das19h às 2h; e no domingo, do meio-diaàs 17h.

COZINHA MINEIRA

FAZ DE CONTARestaurante possui área verde com especopara recreação de crianças. BR-040, Km 548, Entrada para oRetiro das Pedras, Jardim Canadá.Tel.: (31) 3541-8959 Funciona diaria-mente, a partir das 11h.

MARIA DAS TRANÇASRestaurante com serviço à la carte comserviço de caldos e porções.Rua Estoril, 938, São Francisco. Tel.:(31) 3441-3708. Funciona de segunda adomingo, das 11h às 22h.

PIMENTA COM CACHAÇARestaurante à la carte e funciona no quintalde uma casa, com mesas ao redor da pisci-na, sob árvores frutíferas. Rua Camapuã, 420, Barroca. Tel.: (31)3087-6822. Funciona de terça a sexta-feira, das 18h às 23h; sábado, domeio-dia às 23h e no domingo, domeio-dia às 18h.

PESCADOS

BADEJOEspecializado em moqueca capixaba. Rua Rio Grande do Norte, 836, Savassi.Tel.: (31) 3261-2023. Funciona de terça aquinta-feira, do meio-dia às 15h30 e das18h às 22h30; sábado, das 18h às 23h eno domingo, do meio-dia às 17h.

O BARCOA decoração do restaurante é inspiradanum barco e serve porções e tira-gostos. Shopping Del Rey, Av. Carlos Luz, 3001,loja 17, Caiçara. Tel.: (31) 3415-4708.Funciona diariamente, das 11h às 22h.

RESTAURANTES VARIADOS

ALPHINO RESTAURANTEServiço self-service com cardápio variado.Rua Tupinambás, 187, Centro.Tel.: (31) 3224-8349.Funciona desegunda a quarta-feira, das 11hàs 15h; quinta e sexta-feira, das

11h30 às 22h; e sábado, das 11hàs 15h.

CANTINA DO LUCASCardápio variado com opções de saladas,massas, peixes e comida mineira.Edifício Maleta, Av. Augusto deLima, 233, Centro. Tel.: (31) 3226-7153. Funciona de segunda a quin-ta-feira, das 11h às 2h; sexta-feira esábado, das 11h30 às 4h; e domin-go, das 11h às 1h.

FAZENDINHAOs clientes podem ver o preparodos pratos, uma vez que a cozinhafica no meio do salão principal dorestaurante. Possui lista variada depetiscos, pizzas, massas, carnes epeixes. Av. Isabel Bueno, 1082, Jaraguá.Tel.: (31) 3441-0758. Funciona desegunda a sexta-feira, das 17h àmeia-noite, sábado, domingo eferiados, das 11h à meia-noite.

P r o g r a m e - s e

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BARRA LOUNGE DISCOBoate anexa à choperia Barra Beer epossui três ambientes: lounge, bar epista de dança. Av. Presidente Antônio Carlos, 7585,Pampulha. Tel.: (31) 3497-3133.Funciona na quinta-feira, a partir das21h30; sexta-feira e sábado, a partirdas 22h.

CHEIO DE GRAÇA LOUNGE BARA casa é uma mistura de bar e boate commúsicas variadas. Aos domingos, a partirdas 19h, funciona como clube GLS. Av. do Contorno, 5727, Funcionários.Tel.: (31) 3281-4637. Funciona de quartaa sábado, a partir das 21h.

CLUBE DO CHALEZINHOBoate com festas temáticas, dependendo

do dia da semana. Alameda da Serra, 18, Nova Lima,Vale do Sereno, Trevo Seis Pistas.Tel.: (31) 3286-3155. Funciona desegunda-feira a domingo, a partirdas 18h.

FLOR & CULTURA MULTIESPAÇODurante o dia, funciona como floricultura e,á noite, dá lugar a uma boate.Av. Raja Gabaglia, 4678, Santa Lúcia.Tel.: (31) 3296-2414. Funciona de sextae sábado, a partir das 22h; e no domin-go, das 18h às 22h.

RECLICLO ASMARE CULTURALCasa decorada com material reciclado eespaço cultural para apresentações deshows e espetáculos. Av. do Contorno, 10.564, Barro Preto.

Tel.: (31) 3295-3378. Funciona de quartaa sábado, a partir das 21h.

A OBRA BAR DANÇANTECasa que toca principalmente rock etendências criativas da música contem-porânea. Rua Rio Grande do Norte, 1168, Savassi.Tel.: (31) 3261-9431. Funciona de quartaa sábado, a partir das 22h.

ROXY / JOSEFINEApesar de funcionarem no mesmo espa-ço, a Roxy é voltada para o público héte-ro, e a Josefine é uma boate voltada aopúblico GLS. Rua Antônio de Albuquerque, 729, Savasi.Tel.: (31) 3269-4405 / 3269-4410. Funcionade quarta a domingo, a partir das 23h.

CASAS DE SHOW

TEATROS

ESPAÇO CULTURAL AMBIENTERua Grão Pará, 185, Sta Efigênia. Tel.:(31) 3227-7331

TEATRO ALTEROSAAv. Assis Chateaubriand, 499, Floresta.Tel.: (31) 3237-6611

TEATRO FRANCISCO NUNESAv. Afonso Pena, s/nº, Parque Municipal.

TEATRO DOM SILVÉRIOAv. Nossa senhora do Carmo, 230,Savassi. Tel.: (31) 3209-8989.

TEATRO SESI MINASRua Padre Marinho, 60, Sta Efigênia. Tel.:(31)3241-7181.

TEATRO DO SESCRua Tupinambás, 908, Centro. Tel.: (31)9305-1071.

TEATRO DA MAÇONARIAAv. Brasil, 478, Sta Efigênia. Tel.: (31)3213-4959.

TEATRO DA CIDADERua da Bahia, 1341, Centro. Tel.: (31)3273-1050.

Diário de Bordo 51

Teatro FranciscoNunes é umaótima opção

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P r o g r a m e - s e

SELECIONADOS

NO ESCURINHO DO CINEMA:

Na terra de cego, quem tem um olhoé rei. O ditado popular ilustra bem ofilme Blindness - Cegueira, baseado nolivro Ensaio sobre a Cegueira, da obrade José Saramago, ganhador do PrêmioNobel de Literatura. A trama retratauma epidemia de cegueira que se alastrarapidamente no mundo e faz uma metá-fora interessante sobre os costumes eos valores da vida humana. Na história,a esposa de um médico é a única pessoacapaz de enxergar numa cidade ondetodas as pessoas são misteriosamentetomadas por uma repentina cegueira. Ofato acaba criando o caos e a desordementre a população. Integram o elenco daco-produção Brasil/Canadá nomescomo Mark Ruffalo, Julianne Moore,Gael Garcia Bernal, Danny Glover, JorgeMolina, Sandra Oh e a brasileira AliceBraga. O filme teve locações emToronto, Montevidéu e São Paulo e suaestréia está prevista para o segundosemestre de 2008.

Uma discussão sobre fé, religiosidade ecostumes do interior do nosso Brasil. Nofilme A Festa da Menina Morta, estréia doator Matheus Nachtergaele como diretor,conta a história de uma comunidade per-

dida na imensidão da Amazônia, que há 20anos comemora a Festa da Menina Morta.O evento celebra o milagre realizado porSantinho, que após o suicídio da mãe rece-beu em suas mãos, da boca de um cachor-ro, os trapos do vestido de uma meninadesaparecida. A menina jamais foi encon-trada, mas o tecido rasgado e manchadode sangue passa a ser adorado e conside-rado sagrado. A festa cresceu indiferente àdor do irmão da menina morta, Tadeu. Acada ano as pessoas visitam o local pararezar, pedir e aguardar as "revelações" damenina, que através de Santinho se mani-festam no ápice da cerimônia. No elencotêm Daniel de Oliveira, Jackson Antunes,Dira Paes e Cássia Kiss no elenco. O filmefoi selecionado para o programa Cine enConstrucción, no Festival de SanSebastián, e foi premiado pelo Procine(Governo do Estado do Rio de Janeiro),pelo Hubert Bals Fund (para desenvolvi-mento e finalização) e pelo ProgramaIbermedia (para desenvolvimento e pro-dução).

COMER BEM:

Um espaço aconchegante onde osamigos podem se reunir para jogar con-versa fora. Os Cafés já se tornarampoints obrigatórios dos belo-horizonti-

nos e a cada dia estão ganhando maisadeptos. Um dos Cafés mais famosos dacapital mineira, e outubro de 2006, oCafé 3 Corações, que funcionava hámais de uma década como ponto deencontro cultural e gastronômico, teveas suas atividades encerradas após terseu espaço ocupado por uma loja detelefonia celular. Seis meses depois, em2007 a casa voltou a funcionar num for-mato menos e mais reduzido. E maio de2008, o Café 3 Corações voltou a fun-cionar com a mesma estrutura aconche-gante de antes. As opções básicas estãoo cafezinho (R$ 1), expresso (R$ 2),machiato (R$ 2,50) e capuccino (R$2,80). Endereço: Rua Antônio deAlbuquerque, 489, Savassi. Tel.: (31)3284-6230. Funcionamento: aberto dia-riamente de 08h à meia-noite.

Um espaguete na chapa com tudoque você quiser, já pensou? Na Cantinado Chef Marquinho, o cliente pode usarde toda a sua criatividade para pedir oseu macarrão como quiser. Numambiente simples e de atmosfera fami-liar, a cantina serve também pizzas e cal-dos diversos. A Cantina do Chef fica narua Borges, 355, paralelo à av. IsabelBueno), no bairro Jaraguá. Tel.: (31)3441-5397.

Ambiente aconchegante, quintal complantas, mesas a céu aberto e umpequeno espaço anexo que serve comogaleria de arte. No restaurante MariaCocah você encontra uma variada listade pratos no menu entre petiscos, sala-das, massas e grelhados. Todo sábadotem samba (R$ 6 de couvert e R$ 10 deconsumação), à partir das 18h.Endereço: Rua Sergipe, 1440 / loja C,Savassi. Tel.: (31) 3225-5510. Funcionade segunda à quarta-feira, das 12h às17h; quinta à sexta-feira, das 12h às 02he no sábado, das 14h às 02h.

Matheus Nachtergaele

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Page 53: Diario de bordo n2

HOTÉIS

Amazonas Palace HotelAv. Amazonas 120 - CentroTel.: (31) 3309-4650

Augustus HotelAv. do Contorno 7090 - LourdesTel.: (31) 3281-5344

Belo Horizonte PlazaRua Timbiras 1660 - LourdesTel.: (31) 3247-4700

Ambassy HotelRua Caetés 633 - CentroTel.: (31) 3279-5000

Brasil Palace HotelRua Carijós 269 - CentroTel.: (31) 3273-3811

BH Plaza HotelRua Timbriras 1660 - LourdesTel.: (31) 3247-4700

BH Lourdes HotelRua Timbiras 1660 - LourdesTel.: (31) 3247-4700

Boulevard PlazaAv. Getúlio Vargas 1640 - SavassiTel.: (31) 3269-7000

Caesar Business BHAv. Luís Paulo Franco 421 - BelvedereTel.: (31) 2123-9898

Caesarea Palace HotelRua Bernardo Guimarães 925 -FuncionáriosTel.: (31) 3263-7000

Classic HotelRua da Bahia 2727 - SavassiTel.: (31)3282-3366

Comodoro Tourist HotelRua Carijós 508 - CentroTel.: (31) 3201-5522

Estoril HotelRua Carijós 454 - CentroTel.: (31) 3201-9322

Évora Palace HotelRua Sergipe 1415 - SavassiTel.: (31) 3227-6220

Frimas HotelAv. do Contorno 2157 - Santa TerezaTel.: (31) 3248-4800

Gran Dayrell Minas HotelRua Espírito Santo 901 - CentroTel.: (31) 3248-1188

Hotel FinancialAv. Afonso Pena 571 - CentroTel.: (31) 3270-4000

Hotel SavassiRua Sergipe 939 - SavassiTel.: (31) 3526-3266

Hotel WimbledonAv. Afonso Pena 772 - CentroTel.: (31) 3222-6160

Ibis Belo HorizonteAv. João Pinheiro 602 - FuncionáriosFone: (0xx31) 3224-9494

Internacional Plaza Palace HotelRua Rio de Janeiro 109 - CentroTel.: (31) 3201-5060

Lorman HotelRua Guarani 165 - CentroTel.: (31) 3201-6100

Liberty PalaceRua Paraíba 1465 - SavassiTel.: (31) 2121-0900

Normandy HotelRua Tamóios 212 - CentroTel.: (31) 3201-6166

Mercure BH LourdesAv. do Contorno 7315 - LourdesTel.: (31) 3298-4105

Ouro Minas PalaceAv. Cristiano Machado 4001 - IpirangaTel.: (31) 3429-4001

Othon PalaceAv. Afonso Pena 1050 - CentroTel.: (31) 2126-0000

Palmeiras da Liberdade HotelRua Sergipe 893 - SavassiTel.: (31) 3263-3500

Quality HotelAv. Afonso Pena 3761 - SerraTel.: (31) 2111-8900

Royal Center HotelRua Rio Grande do Sul 856 - LourdesTel.: (31)2102-0000

Serrana Palace HotelRua Goitacazes 450 - CentroTel.: (31) 3271-0200

Sol Belo HorizonteRua da Bahia 1040 - CentroTel.: (31) 3274-1344

Via Contorno HotelAv. do Contorno 9661 - PradoTel.: (31) 3275-2599

DIVULGAÇÃO

Page 54: Diario de bordo n2

P r o g r a m e - s e

Pousada Sossego da PampulhaAv. Cel José Dias Bicalho 1258 PampulhaTel.: (31) 3491-8020

Pousadinha MineiraRua Araxá 514 - FlorestaTel.: (31) 3423-4105

Chalé MineiroRua Santa Luzia 288 - Santa EfigêniaTel.: (31) 3467-1576

AJ O Sorriso do LagartoRua Cristina 791 - São PedroTel.: (31) 3283-9325

Pancetti Apart-HotelRua Pernambuco 1045 - SavassiTel.: (31) 3269-1300

Champagnat Apart-HotelRua Santa Rita Durão 1000 - SavassiTel.: (31) 3261-5755

Ianelli Apart-HotelRua Paraíba 1287 - SavassiTel.: (31) 3269-2800

Volpi Apart-HotelRua Levindo Lopes 231 - SavassiTel.: (31) 3281-1036

Guignard Apart-HotelRua Tomé de Souza 1075 - SavassiTel.: (31) 3227-3599

San Francisco Flat ServiceAv. Álvares Cabral 967 - LourdesTel.: (31) 3330-5600

St. Paul Residence ServiceRua São Paulo 1636 - LourdesTel.: (31) 3291-5559

Mercure CasablancaRua Guajajaras 885 - CentroTel.: (31) 3217-8705

Mercure LifecenterRua Cícero Ferreira 10 - SerraTel.: (31) 3280-3700

Mercure My PlaceRua Professor Morais 674 - SavassiTel.: (31) 3281-2191

POUSADAS E FLATS

Page 55: Diario de bordo n2

Mercure Apartaments Vila da SerraAlameda da Serra 405 - BelvedereTel.: (31) 3289-8100

Bristol Algarve Apart HotelRua São Paulo 1628 - LourdesTel.: (31) 3275-2505

Cheverny Apart HotelRua Timbiras 1492 - CentroTel.: (31) 3274-2366

Forum Apart HotelRua Tenente Brito Melo 472 - Barro PretoTel.: (31) 3290-0950

Bristol Golden Plaza Apart HotelRua Rio de Janeiro 1436 - LourdesTel.: (31) 3273-0330

Bristol La Place Apart HotelAv. Cristiano Machado 1587 - Cidade NovaTel.: (31) 3481-5122

Le Flamboyant Home ServiceRua Rio Grande do Norte 1007 - SavassiFone: (0xx31) 3261-5233

Max Savassi Apart ServiceRua Antônio de Alburquerque 335 -Savassi - Tel.: (31) 2101-6466

Bristol Metropolitan Apart HotelAv. Getúlio Vargas 286 - SavassiTel.: (31) 3281-1049

MK Apart HotelRua Cláudio Manoel 489 - SavassiTel.: (31) 2121-0047

Pampulha FlatAlameda das Latânias 1207 - PampulhaTel.: (31) 3491-8080

Pampulha Lieu Apart-HotelRua Desembargador Paula Motta 187 -Ouro PretoTel.: (31) 3490-3500

Park FlatRua Viçosa 153 - SavassiTel.: (31) 3221-1950

Square Apart-HotelPraça Hugo Werneck 537 - São LucasTel.: (31) 3273-4832

Toronto Tower ResidenceRua Ceará 2001 - SavassiTel.: (31) 3288-2001

Transamérica Flat LourdesRua Bernardo Guimarães 2032 - LourdesTel.: (31) 3290-0933

Villa Emma ResidenceRua Artur Toscanini 41 - SavassiTel.: (31) 3282-3388

Page 56: Diario de bordo n2

A lei seca resolve o problema dos acidentesnas estradas do Brasil?

Éde conhecimento público enotório que a maioria dosacidentes de trânsito, ocor-

ridos em virtude do consumo debebidas alcoólicas, acontecem noscentros urbanos, alcançandopedestres, motoristas, passageiro,se não em rodovias federais. Nãoexiste nenhuma pesquisa no Brasilque comprova que os acidentes

nas estradas são causados peloconsumo de bebidas alcoólicascomprados nos estabelecimentoslocalizados às margens das rodo-vias federais. É correto afirmarque a proibição de venda de bebi-das alcoólicas às margens derodovias federais não irá impedirque motoristas continuem a dirigi-rem embriagados. Os principaismotivos que reforçam a minhaopinião são: 1 - o motorista podeter acesso à rodovia dirigindoembriagado, saindo de um sítio ouuma fazenda em direção à cidadeonde mora; 2 - o motorista podecarregar bebidas alcoólicas, como

cerveja em caixa de isopor, e ou-tras bebidas quentes dentro doveículo; 3 - o reduzido efetivo daeficiente Polícia RodoviáriaFederal, (que, lamentavelmente,agora fiscaliza bares, restaurantese churrascarias); 4 - o motoristapode sair das rodovias e se dirigira qualquer rua de uma cidade àbeira da estrada para beber cerve-ja ou outra bebida alcoólica, 5-mais de 50% dos bares, restauran-tes e churrascarias às margens dasrodovias, fazem parte da cidadelocal, do dia-a-dia daquele municí-pio, nada tendo com o movimen-to nas estradas.

A capital mineira virou palco de atra-ções culturais gratuitas nos últimostempos. Lugares como o Palácio

das Artes e Praça da Estação, entre outros,tornaram-se espaços que cedem lugar àrealização de eventos em que você nãoprecisa pagar nada para entrar. São osconhecidos popularmente por "0800".

Participar de uma palestra, ver umespetáculo de dança, assistir a uma peça de

teatro ou até mesmo prestigiar uma bandaou músico independente podem ser umaalternativa interessante para quem queragitar o fim de semana.

"As rotas culturais gratuitas existem,basta saber aonde procurar porque osgrandes veículos não dão muito espaçopara esse tipo de evento", desabafa a pro-dutora de moda Mayana Dantas que, pelo

menos uma vez por semana, reúne as ami-gas para participar de algum evento cultu-ral gratuito no centro de BH. É pensandonessa proposta que a Revista Diário deBordo apresenta um roteiro com umaprogramação recheada de eventos paravocê não ficar parado em casa, divirta-se!

Sair sem pagar nadaQuem disse que não ter dinheiro no

BH vira pólo de Se você não possui muito dinheiro parasair, não fique em casa! Descubra agora

alguns lugares gratuitos que estão fazendo a cabeça dos mineiros

BH vira pólo de Se você não possui muito dinheiro parasair, não fique em casa! Descubra agora

alguns lugares gratuitos que estão fazendo a cabeça dos mineiros

Wander Veroni/Repórter

AGENDA

Page 57: Diario de bordo n2

Segundo pesquisa que está no sitedo Departamento Nacional deInfra-Estrutura DENIT, realizadapela Policia Rodoviária Federal, ouso de bebidas alcoólicas e outrassubstâncias semelhantes está classi-ficado em 10º lugar, ficando atrás dafalta de atenção, excesso de veloci-dade, desobediência à sinalização,falha mecânica, ultrapassagem proi-bida, sono, além da má conservaçãodas rodovias federais.

A pesquisa apresentada pelo min-istro da Justiça e pela direção daPolicia Rodoviária Federal, em rela-ção ao carnaval, apontou que onúmero de acidentes, com motoris-tas "supostamente" alcoolizados foide 7%. Nada foi comprovado enenhuma pesquisa apresentadaconfirmou que o motorista ou viti-ma de acidente nas rodovias fede-rais, adquiriram ou ingeriram bebidaalcoólica, nas churrascarias, bares erestaurantes às margens das rodo-vias federais. Todas as pesquisasapontam que a maior parte dos aci-

dentes de trânsito, por causa debebidas alcoólicas, acontece noscentros urbanos, matando e muti-lando motoristas, passageiros epedestres, e não em rodovias fede-rais ou estaduais.

Entendo que cabe ao Estado,leiam-se Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário, adotarmedidas para acabar com a impuni-dade nos acidentes de trânsito,exemplos como: 1- Reforma asfalti-ca e privatizações das rodoviasfederais, 2- aumento das penas doscrimes de trânsito e nas prisões emflagrante (agravante para quem esti-ver dirigindo alcoolizado), 3- cassa-ção ou suspensão da carteira dehabilitação, 4- aumento dos valoresdas multas, 5- aumento do efetivoda Policia Rodoviária Federal eEstadual, 6- retirada de circulaçãode veículos que não apresentam amenor condição de trafegar emrodovias e nem em vias urbanas, 7-aquisição de mais radares e bafôme-tros. É preciso acabar com a impu-

nidade de trânsito no Brasil. O titu-lo de campeão mundial de acidentesde trânsito, iremos perder se houvervontade política.

Concluindo, a medida provisória415, que não é lei, é desnecessária,inoportuna e inconstitucional, porviolar, sem nenhum fundamento aConstituição Federal, como a liberda-de econômica e acesso ao emprego.

Paulo Cesar Marcondes Pedrosa

Presidente da Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e

Similares de Minas Gerais - FHOREMG

Presidente do Sindicato deHotéis, Restaurantes, Bares e

Similares de Belo Horizonte -SINDHORB

[email protected] & Jornalista

bolso é uma condição necessária para ficarem casa? Belo Horizonte transformou-se,nos últimos anos, em uma das capitais bra-sileiras que mais produzem atividades cul-turais gratuitas ou com ingressos com pre-ços mais acessíveis, de acordo com aAssociação Mineira de ProdutoresCulturais. "Com o propósito de ser umacapital cultural, Belo Horizonte aproveitatodos os seus espaços para movimentar as

atividades culturais, sejam com shows,espetáculos ou exposições", afirma o músi-co independente Wellington de Souza quehá 8 meses se apresenta em bares do cen-tro da capital e já participou de festivais eshows gratuitos bancados pela iniciativapública e privada.

A capital mineira conta com 36 teatros, 54salas de cinema, mais de 30 galerias de arte,18 museus, mais de 20 parques, praças e

bibliotecas espalhadas pelas regionais quetambém servem como palco para intensa ati-vidade cultural. Se você está de bobeira e nãosabe a qual evento deseja ir, basta acessar osite Guia Entrada Franca que mostra todas asatividades culturais de BH, e você pode mon-tar a sua própria programação e reunir osamigos para um divertido passeio. Site GuiaEntrada Franca: http://www.guiaentradafran-ca.com.br/agenda

atrações culturais atrações culturais

Page 58: Diario de bordo n2

58 Diário de Bordo

V ocê sabe o que é jaqueta Bomber? E calça slim fit?Seu blazer (ou paletó, como preferir), tem um, doisou três botões? A gravata ainda é um item obrigató-

rio nos trajes sociais? Moleton faz parte do seu guarda-roupa? Essas e muitas outras perguntas já não fazem, hámuito tempo, parte apenas das conversas femininas. Oshomens elegantes e de bom gosto precisam estar 'antena-

dos' às últimas tendências da moda que, para alegria deles,não muda tanto quanto os looks femininos. "Os tons marinhoe preto, por exemplo, são sempre clássicos. Mas é importan-te atualizar o guarda-roupa e criar um estilo que dê oportuni-

dade de variar, mesmo que a escolha seja sóbria", ensina o con-sultor de moda e estilo Eduardo Tevah.

O consultor afirma que este é o inverno dos tons cinzas.Para os homens, vale apostar em peças que vão do grafi-

te ao cinza médio. A padronagem risca-de-giz é odestaque da estação. "Imagine, então, um trajecinza com risca-de-giz; é sucesso garantido",garante Eduardo.

Quem usa gravata deve abusar dos tonslilás, rosa e roxo. "Essas cores fashion encon-tram seu lugar no guarda-roupa masculino e

quebram um pouco a sobriedade do cinza". Asgravatas estão ligeiramente mais estreitas e aslistradas caem muito bem. Quanto às meias, éunanimidade entre os estilistas: elas devemcombinar com os tons da calça. "Se sua região émuito fria, opte por cachecóis para proteger-se.Mas certifique-se que eles são discretos e em

tons neutros", aconselha Tevah.Para os que fazem o estilo social, uma

dica: os trajes (ou ter-nos) estão mudando.Os modelos de blazercom três botões con-

tinuam sendo usa-dos, mas a modela-gem com apenasdois botões é fortet e n d ê n c i a .

"Evidenciada noinverno europeu, a

MODA

Eles bem vestidos,

Cada vez maispreocupadoscom a beleza e a elegância, os homens

descobriram oprazer de se vestir bem

elas agradecemFO

TOS D

IVULG

ÃO

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Page 59: Diario de bordo n2

nova modelagem já faz parte dos guarda-roupas dos homens elegantes. Outrodetalhe do blazer é que ele tem umaabertura traseira", explica. Os paletóstêm agora modelagem mais ajustada aocorpo e lapelas mais estreitas. O consul-tor afirma, ainda, que está em alta o usode trajes sem gravatas.

As calças do inverno seguem a modela-gem slim fit, mais justas ao corpo e sempregas. Tecidos como a lã fria deixam oterno muito elegante e pronto para enca-rar os dias amenos.

Eduardo Tevah vê o sobretudo comopeça-coringa do guarda-roupa masculino."Ele evita a necessidade de ter de se aga-salhar demais na rua e, depois, ter deenfrentar um ambiente fechado, maisquente. Os sobretudos do inverno 2008têm modelagem reta, na altura dos joe-lhos, e aparecem em três cores: preto,bege (camel) e cinza. É preciso combiná-lo com o tom do terno".

Veludo é o tecido de maior desta-que na estação quando as peçassão casuais. Um paletó espor-tivo nesse tecido é marcante,e as calças de veludo, alémde elegantes, aquecem namedida certa.

CalçasOs jeans estão mais

coloridos, com lava-gens em tons de preto,marrom e verde. Acomposição comstrech e lycra tor-nam as calças con-fortáveis (mas nãojustas como asfemininas). A com-binação jeans epaletó é muitoelegante parahomens casuais.

Já as camisasesportes apare-cem no padrãoxadrez, que ficamuito bem comcalças lisas.Quando usaruma jaqueta oupaletó porcima, evite a

sobreposição de padrões.Em ocasiões bem descontraídas, o

moletom é a escolha certa, mas sempreacompanhado por tênis. Já no esporteelegante, prefira as malhas, principal-mente as com fecho, que são des-taque nesta estação. "Um trajesem gravata, usada com umacamisa lisa por baixo, jeanscom camisa xadrez e umajaqueta de couro preta e calçasocial sem pregas cinza, comuma camiseta básica cinza eum blazer preto são lookscasuais, muito fashion",informa Eduardo.

BomberEste é, sem dúvida, o

inverno do couro. "O maiorhit da moda é a modela-gem Bomber,ligei-

ramente mais longa que uma jaqueta. Nãoé um sobretudo, nem uma jaqueta. É sim-plesmente Bomber", adianta Tevah.

Para os homens,vale apostar empeças que vão dografite ao cinza

médio

Page 60: Diario de bordo n2

60 Diário de Bordo

A s mulheres já sabem,mas muitas se esque-cem. Com a chegada do

inverno, a pele necessita deatenção maior. O frio e a dimi-nuição da umidade relativa doar trazem uma série de proble-mas decorrentes do resseca-mento.

A pele seca é a que sofremais, intensificando problemascomo alergias ou moléstias deorigem genética, como porexemplo, a psoríase, ictioses eoutras. O mais importante,nestes casos, é tentar compen-

sar os efeitos com o uso produ-tos à base de óleo de amêndoa,aloe vera, uréia, vegellip e ou-tros. A utilização de hidratan-tes em períodos diferentes dobanho completa os cuidados.

As oleosas tendem a ficarmais gordurosas, pois têm acapacidade de aumentar asecreção para se proteger dofrio, ocasionando a acne e aseborréia. Nesse tipo dederme, o melhor é utilizar oshidratantes em forma de gel,que não têm base oleosa,protegem do frio e minimi-

zam o aparecimento de espi-nhas e cravos.

Uma recomendação que valepara todos é diminuir o tempode permanência no banho e atemperatura da água. Assim, apele não perde em excesso omanto hidrolipídico, ou seja, aoleosidade natural. Importantetambém é usar sabonetes naspartes do corpo mais sujeitasao suor, como axilas, virilhas epescoço. E, ao final da ducha,com a pele ainda umedecida,utilizar óleos para lubrificação,enxugando-se depois.

SAÚDE

Frio X Pele:Cuidados

que amenizamdoenças

Nova estação pode intensificar problemas como alergias e acne

Page 61: Diario de bordo n2

Diário de Bordo 61

APOSENTADORIAQuando o sujeito apresentou a documentação para a merecida

aposentadoria do INSS, a atendente pediua carteira de identidade pra confirmar aidade. Ele percebeu que tinha esquecido

em casa e falou para a atendente:- Esqueci, vou até em

casa buscar e já volto.A mulher respondeu rapidamente:

- Não precisa, é só desabotoar a camisa.Ele abre a camisa meio sem jeito e mostra

o peito cheio de pelos grisalhos e a atendente comenta:- Tudo bem, esse cabelo prateado é

prova bastante para mim.Ela então, processa o protocolo,

e ele recebe os documentos.Quando chega em casa, o sujeito contapara a mulher sobre a experiência no

guichê do INSS, e ela responde:- Você bobeou; devia ter baixado

as calças. Iria conseguir uma APOSENTADORIA POR INVALIDEZ!

NASCEUNa sala de espera da maternidade:

- Com quanto seu filho nasceu?- Cinco mil reais, fora o anestesista!

HEIN??A mulher chega em casa e pega o marido

na cama com a empregada:- Mas que coisa mais FEIA, Juvenal!

- FEIA, mas é boa de cama!

LOIRA VELHAO guarda pára aquela senhora loira na blitz:

- Quando a senhora passou pelo sinal, eu calculei 70 no mínimo!- Ah, deve ser essa roupa. Ela sempre me faz parecer

mais velha!

CONOSCO Um dia, um caipira foi entregar o

leite na casa do patrão bem na hora doalmoço e foi convidado a comer

com a família. Com vergonha de sua faltade modos, ele preferiu não aceitar.

O patrão insistiu:- Coma conosco.

E o caipira:- Não, brigado.

- Coma conosco, está uma delicia!- Ah, tudo bem, acho que vou

experimentar um conosquinho, então.

CURIOSIDADE"Sempre que você chegar

pontualmente a um encontro, não haverá ninguém lá para comprovar,

se ao contrário você se atrasar, todo mundo terá chegado

antes de você."

NOTA 10O menino chega da escola,

e a mãe pergunta:- Que nota você tirou na escola?

- Tirei 10, mãe!E a mãe, abraçando o garoto:- Que alegria ouvir isso, filho!- Obrigado, mãe, obrigado...

- Foi Português e Matemática, né? Você tirou 10 nas duas?

- Não, mãe...Tirei 1 em uma e 0 na outra...

À BORDO DA ALEGRIAMário Brito [email protected]

Mário Brito - Humor

AgenteFunerário

só joga buraco pra

poder pegar o morto

IDÉI

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375-

1575

Page 62: Diario de bordo n2

F oi-se o tempo em que as mulheresficavam horas a fio nos salões de bele-za, tentando domar os cabelos rebel-

des. A indústria de cosméticos sabe que mi-lhões de mulheres alimentam o sonho de tercabelos lisos e saudáveis. Uma pesquisa daLoreal mostra que metade das entrevistadasgostariam de ter os cabelos lisos. A mesmapesquisa mostra ainda que somente 27 %das que responderam o questionário se con-cederam o direito de dizer que são "donas decabelos lisos". O resultado desse tormentofeminino é que, a cada dia, surgem novas téc-nicas e produtos mais eficazes para cuidar dabeleza. Basta dizer que a famosa escova defi-nitiva mal havia emplacado, e a escova pro-gressiva já estava chegando ao mercado.Muita gente chegou a imaginar que depoisdelas não havia mais nada a se inventar. Masaí está o engano.

Veio o formol, que gerou tanta polêmica,

e logo em seguida várias técnicas de transfor-mação foram lançadas para todos os tipos eformas de cabelos.

Mas o que fazer para ter cabelos lisoscom saúde?

Para uma boa transformação, é necessá-rio escolher o tipo certo de produto para ocabelo, levando em conta espessura, densi-dade, porosidade e elasticidade.

Nessa onda de transformação, destaca-seo Photon Hair Uom. Trata-se de um sistemaque combina uma substância chamada tiogli-colato, com aplicação de Fótons. O resultadoprovoca uma reação fotoquímica no cabelo,responsável pela mudança na estrutura dosfios. E o tratamento para tornar os cabelosnão só lisos, mas também cacheados oumodelados, utiliza produtos não agressivos àsaúde dos fios. Segundo os especialistas,pode ser usado também em cabeleiras vir-gens, tingidas, com mechas, descoloridas,

relaxadas, e até mesmo por gestantes, alémde tratar e dar vida nova aos cabelos.

O tratamento leva cerca de duas a quatrohoras, e o efeito permanece definitivo.Depois disso, é só retocar as raízes.

A lopitexturizacao é outra possibilidade.É um sistema desenvolvido exclusivamentepara o Brasil, conhecido pelo clima e a mis-turas de raças que resultam em cabelos mis-cigenados, com características bem espe-ciais. A proposta da lopitexturizacao é con-trolar o volume e soltar os cachos mais difí-ceis ao mesmo tempo em que nutre e for-talece a estrutura da fibra capilar. E, por fim,existe a Hot Express. O grande diferencialdessa técnica é o poder de transformar ecolorir ao mesmo tempo, evitando quevocê tenha que escolher a forma ou a cor.No mais e só encontrar um bom profissio-nal, fazer o teste de mechas e dar adeus aoscabelos rebeldes.

BELEZA

Você temcabeloslisos? Para uma boa

transformação é necessárioescolher o tipo certo

de produto

Paulo Azevedo

62 Diário de Bordo

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