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Out./Nov./Dez. 1999Ano XINúmero -1
Preço - 200$00
Tiragem 1 000 exemplares
ISSN 0874-7385ESCOLA SECUNDÁRIA DE GONDOMAR
Gondomar no séc. XXIpalavra de Valentim Loureiro
Monografia da E S Gno Auditório Municipal
PÁGINAS 6 / 7
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Diana Bastoda ESG para afama
Que empregoescolher?
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Dez anos, émuito tempo!Parabéns,Geoclube.
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Vem aí oEuro... 2004!We lovefootball!
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Os Anjosqueremvoltar. Quevoltem!!
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Ainda semorre deamor nolimiar do séc.XXI?
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"A chavala ébué da nice!"
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A Escola começou por servista como um espaço detransmissão e aquisição deconhecimentos. E, durantemuitos séculos, assim foi. Oprofessor era o mestre e os alunosos discípulos. Os papéis estavambem definidos e os espaços bemdemarcados: um ensinava, osoutros aprendiam.
Que esperava, então asociedade da Escola? A Escolaera o local donde emanava osaber e, como tal era respeitada.Com o passar dos tempos, asituação foi-se modificando. Elafoi deixando de ter o monopóliodo saber e, consequentementefoi perdendo esse lugar dedestaque.
Historicamente, podemossituar dois grandes momentosem que o papel da Escola foiseriamente questionado: oprimeiro que coincidiu com ofim da Idade Média- a laicizaçãodo saber- e o rasgar de horizontesque caracterizou todo oRenascimento; um segundomomento, entre o século XVII eo século XVIII marcado pelaformação das Academias, peloadvento do saber enciclopédicoe pelo boom provocado peladisseminação dos ideais daRevolução Francesa: Liberdade-Igualdade- Fraternidade. Estavamlançados os alicerces do actualconceito de democracia.
Quando na Europa, já em
muitos países a democracia erauma realidade, Portugal só nasúltimas décadas deste século,pode pôr em prática um regimedemocrático. Não faltaremos àverdade se dissermos que aindaestamos a apre(e)nder ademocracia.
Por que percursos enveredoua Escola nesta caminhada? Numprimeiro momento, a preo-cupação foi a democratização doensino e o alargamento daescolaridade obrigatória. Estauniversalização do ensino teveconsequências a vários níveis: osaber passou a estar ao alcancede todos (?), todos osintervenientes no acto educativopassaram a ter (teoricamente) asua quota parte deresponsabilidade, os seus papéisdeixaram de estar tãorigidamente definidos edemarcados. E, da flexibilidadede funções, de papéis, deresponsabilidades, até à(con)fusão foi um passo!
Hoje em dia, um dos grandesproblemas dos diversos actoreseducativos - alunos, pais,professores, administraçãocentral - reside precisamente nadificuldade em assumir umposicionamento. Entre tantasleis, reformas, experiências,inovações, debates públicos,“políticas e teorias educativas”,já ninguém sabe muito bem ondecomeça e acaba o seu papel. E,por tentativas e erros, entre
avanços e recuos, lá vamostentando encontrar o tão difícile almejado caminho daestabilidade e do progresso. Nãoadmira que de tanta hesitação econfusão não se tenha alguémaproveitado para fortalecer o seupoder! Ocorre-nos que foram osmass media os grandes“oportunistas”! Sob o pretexto deserem porta-voz de todos e dedemocratizar a informação, láforam ganhando terreno e hojehá quem lhes chame o “quartopoder” ( Nós interrogamo-nosmesmo se já não serão o“primeiro poder”).
Este juízo não será assim tãoaberrante se pensarmos que, acada passo, eles vão dandoprovas da sua capacidade deintervenção que vai ao ponto deinterferir em decisões a nível deEstado. Ainda recentemente,todos pudemos testemunhar umaautêntica manifestação demanipulação da opinião públicae, mais do que isso, da própriapolítica educativa. Todos noslembramos da última pausaescolar que tanta polémica geroualimentada pelo poder dosmedia. Ocuparam-se espaços deantena na rádio, fizeram-seinquéritos nos jornais, travaram--se debates na televisão. Todaessa polémica parece teralcançado os seus objectivos.Apesar do calendário escolar tersido há muito aprovado, terãosido agora previstas formas de
Quem decide o quê sobre a Escola...
ocupação dos alunos na escoladurante a próxima interrupçãodas actividades lectivas, nasemana do Carnaval! Questio-namo-nos: o que pretendem asociedade em geral e as famíliasem particular da Escola? Seráque a preocupação maispremente é a de que a escola“tome conta” das crianças e dosjovens? O problema resulta dofacto dos pais não terem ondedeixar os filhos quando não háaulas?
Parece-nos estar instaladauma confusão quanto aos papéise funções de cada um. Nem osprofessores têm habilitaçãoprofissional para exercerem opapel de animadores culturais,nem as escolas serão assim tãopolivalentes que se possamsubstituir ao espaço da família,de instituições que deveriamexistir como AssociaçõesCulturais e Recreativas, Casas deCultura, espaços desportivos…
Este é um tema que oConselho Executivo gostaria dedeixar para reflexão, dado seruma questão que nos envolve atodos e um problema para aresolução do qual todos temosobrigação de contribuir.
A todos um Bom Natal e umBom Ano!
O Conselho Executivo
Monografia da Escola SecundáriaGondomarEdição do Segundo Volume
evolução da escola neste períodode tempo, de uma forma sintéticamas bastante completa.
A apresentação da brevemonografia da nossa escoladecorrerá no AuditórioMunicipal de Gondomar, no dia10 de Dezembro de 1999, pelas21 horas e 30 minutos.
Penso que todos os alunosdeveriam lê-la, pois saber ahistória da nossa escola, é sabera escola de nós próprios - osalunos.
Sandro Moreira, 10.º11
Ele aí está - o 1.º númeroregular do nosso jornal, nopresente ano lectivo, que é já oXI ano da sua existência.
Está de roupa nova - umnovo logotipo, um novo for-mato, outro papel. Tudo isto porvós e para vós, caros leitores.Esperemos, pois, que o resultadovos agrade.
E traz mais novidades! Porexemplo, se reparar no cantosuperior direito da 1.ª página, vailá encontrar o ISSN - o quesignifica que o nosso jornal está,finalmente, registado.
Se atentar na ficha técnica,poderá constatar que o apeloque fizemos no número delançamento, deu os seus frutos:a equipa está constituída e jámeteu mãos à obra. Não significaisto que não haja lugar para mais- as portas estão abertas e toda acolaboração é bem vinda!!
Queremos deixar aqui umapalavra muito especial a todos osque tão arduamente trabalharampara que este número saísse nadata aprazada - especialmenteaos alunos da ESG, a quem nemos testes de final de Períodoroubaram o ânimo e a dedicação.
O resultado, está agora nasvossas mãos! Apreciem-no bem,gozem-no e mandem-nos asvossas críticas e sugestões. Apartir do próximo número,teremos uma secção que só podeser construída por vós - oCorreio dos Leitores.
Uma referência final dirigidaàqueles cujos trabalhos nãoforam publicados neste número:não nos levem a mal. É que parapublicar todos os vossostrabalhos, o jornal teria que ter,no mínimo, o dobro daspáginas!!
Mas há mais dois númerosregulares para sair . .. nãodesanimem.
Ah! E os números temáticosque vocês quiserem. Ficamos àespera de propostas.
A Coordenadora do Jornal
Editorial
Criada em 1917, a agoraEscola Secundária deGondomar, comemorou nopassado ano de 1997/98, os seus80 anos. Para celebrar talacontecimento, o ConselhoExecutivo promoveu algumasactividades, das quais desta-camos as seguintes:
. organização de um almoçode ex-alunos (alguns até avós deestudantes actuais);
. exposição patente no postode Turismo de Gondomar “ESG:Viagem ao longo dos tempos”(com trabalhos feitos por alunosde hoje, e mobiliário criado pelosalunos no início da escola, poisa ESG era uma escola industriale comercial);
. cerimónia no AuditórioMunicipal, em que não deixoude estar presente o Presidente daCâmara, com a participação daBanda Musical de Gondomar eo Orfeão de Rio Tinto.
No decorrer destascomemorações, é lançado umdesafio aos professores deHistória: porque não criar o 2ºvolume da monografia da ESG?
Então, os professores aceitam
este desafio. Umgrupo de 7professores, queinvestigaram desdeactas do ConselhoDirectivo, adocumentos do ConselhoPedagógico e livros do ConselhoEscolar (que hoje, já não existe),até folhas de vencimentos.
O trabalho demorou ano emeio a ser concretizado, e comalguma dificuldade, pois há trêsanos houve uma inundação nosarquivos da escola einfelizmente, perderam-sedocumentos importantes.
O segundo volume damonografia aborda o período detempo de 1968 a 1997/98, e é(logicamente) a continuação doprimeiro, que vai de 1917 a1967, e que nos dá conta da
Alexandra CunhaDesporto/Net: Liliana Coelho, RicardoCosta, André Viana, Cristina Maria,Sofia Loureiro, Sara VieiraReportagem: Ana Matos, Lígia Freitas,Susana CorreiaNotícias: Sandro MoreiraPoesia: Sara Sousa, Ana Rita MaçanaModa: Olívia FerreiraColaboradores: Dolores Garrido,Joaquim Cruz, José Pedro, Libânia,Manuel Pedro Farate.Design: Atelier de Artes VisuaisImpressão:"O Comércio de Gondomar"
Ficha Técnica:ISSN 0874-7385Coordenação: Olga MagalhãesCoordenação Editorial: Dulce Silva,Glória Poças, Júlia Jorge, M.ª do CéuMendesEntrevista: Flávia Morais, Carla Rocha,Daniela Santos, Ana MarquesCrónica: Ângela Rodrigues e MartaAndrade.Cinema, Música, Livros: Ana M.ªOliveira, Ana Margarida, PatríciaOliveira, Mafalda Vinha, MarianaGoretti, Mariana Santos, Vera Ribeiro,Catarina Tamagnini, Ana Pombal,
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polita, acolhedor e alegre. Sãofrequentes os guardas nocturnosà porta dos edifícios. Unssentam-se em cadeiras deplástico, outros em sofásenvelhecidos. Nos dias de jogosde Futebol com equipasportuguesas, juntam-se aospares. Atentos e interessadospuxam pela sua equipa (que penaser quase sempre o Benfica!),segurando pequeninos rádios, napacatez dos edifícios e ruas maliluminados.
Nas Escolas Secundárias dacidade, as listas de alunoscandidatos aos exames sãoafixadas, porque se aproxima ofinal de ano lectivo. Tal como cána época de exames, também sepressentem alunos preocupadose ansiosos. Há poucas vagas noensino superior para o númerode candidatos, o que faz pensarnoutras fragilidades sociais,como o desemprego, os fracosrecursos familiares que retiramas crianças da Escola, a falta detransportes, a crise de habitação,as falhas frequentes de energiaeléctrica… Mas já foi pior. Já foitudo pior, repetem. Há poucosanos era demasiado arriscadoefectuar deslocações. Agoracircula-se livremente para dentroou para fora de Maputo. Haviaguerra, agora há paz. Apesar daescassez de bens da maioria daimensa população que escolheua capital para viver e para quema vida é uma luta diária desobrevivência.
Neste contexto, porém,existem pessoas de uma grandecoragem e tenacidade para quema Educação e a arte podemtambém ser agentes modifi-cadores da Sociedade. Artistascomo o pintor Ramadane, quemostra as cores fortes e
Lá, começa o Verão
nostálgicos jardins. O lixotransborda de velhoscontentores. Mulheres vestidascom capolanas e blusas coloridasvendem laranjas na rua, depoisde terem percorrido longasdistâncias com as bacias à cabeçapara ganharem uns escassosmeticais. Nas escadas do paláciodos casamentos, um gruporitmado e bamboleante cantacanções africanas, enquanto posapara a fotografia, junto aosnoivos. Na avenida, passammuitos carros e os condutoresraramente dão prioridade aospeões. Durante o dia, vêem-se,de vez em quando, camiõesrepletos de apoiantes da Frelimo
que se manifestam ruidosa-mente. Crianças de olhar doce eaveludado estendem a mão parapedir esmola ou para insistir navenda de artesanato. Tambémvendem limões, alhos, castanhade acajou… Perto de restau-rantes de peixe fresco e mariscosurgem pequenos oásis decanteiros verdes e floridos. Ládentro, o ambiente é cosmo-
No bar da Escola Secundária Josina Machel - jogandando damas com caricas
Escola Secundária Josina Machel - pátio interior
sofredoras de África numaexposição individual, no CentroMoçambicano de Fotografia.«África do meu coração» é otítulo de um dos seus quadros,que tem ao centro um rosto demulher magra e triste. Ao ladodo pintor, está o ProfessorHenrique Beula que reafirma,com calma e reflectidadeterminação, a sua crença nacultura e educação comomotores de reconstrução do seupaís. E, no entanto, vendem-see compram-se muito poucoslivros por falta de oferta e dedinheiro. Mia Couto, inspiradoescritor moçambicano, evocoucom criatividade numa das suasobras, a Terra abensonhada.Talvez por muitos que, noterreno barrento e árido ou naverde planície, sabem, pelaexperiência, que um saco vazionão se segura de pé.
As duas Escolas Secundáriasdo Maputo são muito grandes,com bonitos e reconstruídosjardins interiores. Têm umapopulação entre 4.000 e 5.000alunos. A Josina Machel, é amaior Escola Secundária dosPALOP. Existe uma rivalidade
salutar entre esta Escola e aFrancisco Manyanga, cujodirector, Dr. Samuel, exuberantee simpático, fala com entusias-mo dos seus professores e dosseus alunos, exibindo um sorrisoafectuoso e contagiante.
E é bom saber que todospartilhamos da pátria comumque é a língua portuguesa.
Queres saber mais sobreMaputo ou Moçambique?Corresponder-te com outrosjovens que têm sonhos da mesmacor que os teus? Tens aqui asmoradas das duas Escolas járeferidas:
Escola Secundária Josina MachelAvenida Pataice Lumumba
219, nº68 MaputoMoçambique
E-Mail:[email protected].
Escola Secundária FranciscoManyanga
Avenida Mohamed Siad Barre, 68Maputo
MoçambiqueFax 402920
E-Mail: Modumela @Manyanga.UEM.MZ.
Maria Dolores Garrido
Estudar no estrangeiro - do sonho à realidade
Programas de au pair internacional para estudar de graça noestrangeiro, troca de visitas com todos os países do mundo, bolsasde estudo a todos os níveis, programas comunitários, apoio ao jovemempreendedor, cursos de férias em todo o mundo, prémios literários,congressos e seminários ou centros internacionais (Pousadas IFLde Juventude) - e mais, muito mais!!!!
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Se queres saber mais sobre temas como residir, viajar, estudarou trabalhar noutro país da União Europeia, é só consultar o site daComissão Europeia http//citizens.eu.int.
Que emprego escolher?Entrevistamos umaAdvogada, uma Professorade Matemática, umaFarmacêutica, umContabilista e um Médico.E ficámos a saber umaquantidade de coisas quesempre desejamos saber eque nunca tivemos aousadia de perguntar!
1ª É licenciado(a) em?2ª Porque razão optou por
esta profissão?3ª Achou o curso muito
difícil?
4ª Foi um curso muitodispendioso?
5ª Quando terminou ocurso, sentiu dificuldade emarranjar emprego?
6ª O seu salário situa-seentre?
7ª Que conselho dá a todosos alunos que querem seguir asua profissão?
A Advogada
1ª - Direito.
2ª - Pela estabilidade.
3ª - É difícil, mas com estudo
e esforço é possível a realizaçãodo mesmo no período mínimo -cinco anos.
4ª - Se for numa privada,sim. Numa pública são mais oslivros, fotocópias, propinas...
5ª - No meu caso não, mas amaioria das pessoas tem muitadificuldade em arranjar empre-go.
6ª - 150 000$00 a 200 000$00.
7ª - Lutem por ela indepen-dentemente da dificuldade docurso e da sua saída profissional,porque em primeiro lugar deveráestar sempre a nossa própriarealização pessoal.
(continua na pág. seguinte)
Forade Portas
Novembro 99. Está calorem Maputo, capital deMoçambique. Masmenos que nos anosanteriores, dizem. Porisso as mangas estãomenos maduras.
Ao lado das largas avenidas,estende-se o Oceano Indico.Uma janela para o Oriente, talcomo o título que EduardoWhite, jovem escritor moçam-bicano, deu ao seu novo livro,editado pela Caminho, eapresentado no Centro CulturalPortuguês, perto do Hotel
Polana. Na orla marítima e nasavenidas, mistura-se o verde dasárvores, o vermelho das acáciase buganvílias com a terrapoeirenta de passeios esbu-racados e sujos.
Habitações em construção ouem obras de reparação têm porvizinhos prédios e casas queparecem abandonados e ondeficaram esqueletos de árvores de
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muito ao curso, porque como dizo ditado “Quem corre por gosto,não cansa.”
O Médico
1ª - Medicina.
2ª - Porque gostava muito debiologia e o meu pai era médico.
3ª - Não , mas é um cursotrabalhoso.
4ª - Não, como certos outroscursos.
5ª - Não, e agora ainda é maisfácil pois há falta de médicos emPortugal.
6ª - Situa-se entre os 220 000$00e os 250 000$00.
7ª - Sejam aplicados eestudem muito.
Daniela Santos eAna Marques - 10.º 2
A Professora deMatemática
1ª - Matemática (ramoeducacional).
2ª - Por gosto, mas tinhaoutras expectativas.
3ª - Um bocado.
4ª - Não, comparando comoutros cursos.
5ª - Não, de maneiranenhuma, fui logo colocada. Háfalta de professores dematemática.
6ª - 300 000$00 e tal.
7ª - Se os alunos vão porgosto não têm nada a temer, masé difícil neste momento exercera profissão. Quem não temvocação não deve recorrer aoensino.
A Farmacêutica
1ª - Ciências Farmacêuticas.
2ª - Desde pequena quis serfarmacêutica. Foi por opção, nãofoi por não ter entrado emmedicina. Era mesmo um sonho!
3ª - Um pouco, como todosos cursos.
4ª - Comparando com outroscursos, não é nada dispendioso.Gasta-se muito dinheiro emfotocópias, claro!
5ª - Não, arranjei até antesde acabar o curso! Na altura nãoexistia a privada e por isso foifácil. Agora, como existe, em vezde 100, entram e saem 200 (porexemplo) ... mas vai havendoemprego para toda a gente.
6ª - 200 000$ a 250 000$,mas depende da categoriaprofissional. Neste momento souassistente adjunta da Técnica, esubstituo-a quando ela não está.
7ª - É preciso dedicarem-sepois é um curso muito trabalhosoe com poucas saídas profis-sionais.
O Contabilista
1ª - Contabilidade eAdministração.
2ª - Porque sempre gosteidesta profissão e de tudo o que arodeia.
3ª - Sim.
4ª - Um pouco.
5ª - Quando acabei o curso,era difícil encontrar empregonesta área, por isso tive algumadificuldade, mas na actualidadeé mais fácil.
6ª - À volta de 100 000$00 ,porque não trabalho a tempointeiro.
7ª - Se é, esta profissão queeles (alunos) querem, queestudem e que se dediquem
(Que Emprego Escolher? - contin.)
TAKE1
A ESCOLAem Acção
Dez anos de Geoclube
O Geoclube comemorou, nopassado mês de Novembro, dezanos de existência como clube daEscola Secundária deGondomar.
As comemoraçõesiniciaram-se no dia 6 deNovembro, com a tomadade posse da novaDirecção. Neste diaforam também inaugu-radas as exposições doátrio e do auditório danossa escola, alusivas àsactividades desenvolvidas peloGeoclube nestes 10 anos. Aindano dia 6, à tarde, realizou-se o
tradicional magusto, este ano naaldeia de S. Miguel.
A partir do dia 8 e até ao dia
13, dinamizaram-se debatessobre temas que o Geoclubetrabalha e que tiveram acolaboração de várias entidadese especialistas.
O dia 8 foi dedicado àecologia, com a conferência e apreparação de uma visita deestudo, pela Dr.ª Lucília Guedesda FAPAS que, de uma formacativante, falou do Baixo VougaLagunar (Salreu) e motivou osalunos do 8.º ano para a saídade campo e para a importânciada conservação desta zona napreservação da fauna e da florabem como para a qualidade devida da população humana.
A manhã da 3.ª feira, dia 9,foi dedicada ao debate sobre “Aevolução do litoral português”,pelo professor DalmindoNatividade que, a partir de umpequeno filme, mostrouclaramente a problemática damorfologia/evolução das nossaspraias e zonas contíguas. Àtarde, houve “uma viagem aopassado” com uma conferência/debate, pela Professora DoutoraHelena Couto, da F.C.U.P., quefalou do “Enquadramentogeológico dos fósseis doPaleozóico” e fez a classificaçãodos fósseis desta era existentesno Geoclube e expostos noauditório da ESG.
No dia 10, 4.ª feira, o Dr.Manuel João Abrunhosa falousobre hidrologia. Ainda nestamanhã abriu a exposição depainéis ilustrados e explicativossobre a origem e evolução dosistema solar.
Durante a tarde deste dia, umgrupo de alunos, acompanhadopelo professor Dalmindo,deslocou-se à Faculdade deLetras do Porto, onde se realizouum debate sobre “O tempo e asaúde”, pela Dr.ª Ana Monteiro,para o grupo do Geoclube. Osgeoclubistas observaramtambém, nas instalações daFLUP, técnicas de laboratório emGeomorfologia, devidamenteexplicadas pela Dr.ª CarmenFerreira.
À noite, a Direcção "reuniu"num jantar-convívio onde, comosempre, reinou a boa disposição.
Qinta-feira, a partirdas 9.30h, iniciaram-se asviagens pelas estrelas. Nodia dedicado à Astro-nomia, houve 3 sessões doPlanetário portátil, paratodos os alunos do 3.ºciclo, na sala 26 - umgrande aproveitamento dasala 26! Em simultâneo,para os alunos do
secundário, decorria um debatesobre “O Universo”, peloastrónomo do Centro deAstrofísica do Porto.
À tarde, pelas 15 horas,iniciou-se o debate sobre“Aspectos ecológicos contem-porâneos”, dirigido pelo Dr.Walter Gomes, da QUERCUS.
O dia 12, 6.ª feira, foi o diade saídas de campo: de manhã,Salreu, com os alunos do 3.ºciclo que tiveram como guia aDr.ª Lucília Guedes, de quem jáfalámos, e foram tambémacompanhados pelo dirigenteNuno Oliveira e pelo professorDalmindo. À tarde, alunos dosecundário, acompanhados peloprofessor Walter Gomes, osprofessores do Geoclube e alunosda Direcção, visitaram o ParqueBiológico de Gaia.
Sábado, dia 13, teve lugar opasseio-convívio, de comboio, doPorto até Viana do Castelo e amarcha prevista até Afife. Masa subida era íngreme, o tempoestava a ficar cinzento ... Então,subimos no elevador a Serra deSanta Luzia, observámos ediscutimos a zona da foz doLima.
Até aqui, tudo normal...Iniciámos a caminhada na Serrae a chuva veio fazer-noscompanhia. Descemos naAreosa, fomos almoçar empropriedade privada, partimospara a praia, recolhemos objectospré-históricos em quartzito,seixos de xisto metamórfico comquiastolite e, carregados,voltámos para apanhar ocomboio no apeadeiro daAreosa.
Muito fica por contar, masmais pormenores aparecerão noGeoclubito.
As amostras estão na sala 25.Observa-as!
Atenção às novasactividades!!
Nuno OliveiraLuísa Madalena
Clube de FrancêsO Clube de Francês vai levar a cabo uma iniciativaque foi feita a pensar em ti.
Trata-se da produção de mensagens alusivas ao Natal e ao novomilénio. Em francês, claro!!!
Essas mensagens devem ser escritas em bandeirinhas de França,cuja elaboração contará com a ajuda dos professores de EducaçãoVisual.
Podes procurar as bandeiras junto dos teus professores de Francês.
Se preferires, podes também escrever as mensagens em postaisilustrados (por ti, de preferência!). Ou fazer as duas coisas.
Deves entregar as mensagens, até ao dia dez de Dezembro, àscoordenadoras do Clube de Francês (professoras Laura Ramos eGlória Poças).
No dia 15 de Dezembro, está atento, pois a cantina terá umaementa especial de Natal. E a sobremesa será Bûche de Noël. À boamaneira francesa.
Se nesse dia não almoçares na cantina da escola, podes sempreapreciar uma fatia de Bûche no bar.
PARTICIPA!!
A sala vinte e cincoA sala 25 - sem dúvida, a sala mais conhecida da nossa escola -
cresceu.
É verdade! Com a abertura de uma porta para a sala ao lado - a26, claro! -, a sala 25 passou a ter o dobro do tamanho.
Assim, a partir de agora, poderás encontrar aí dois espaçosdistintos: de um lado (sala 25) um espaço com carácter mais lúdico,onde estão instalados quase todos os clubes da escola e várioscomputadores ligados à Internet.; do outro (sala 26), encontra-se asala de estudo.
Neste espaço, agora alargado e renovado, são postos ao teu disporrecursos humanos e materiais facilitadores de aprendizagenstransversais que, procurando minorar a fragmentação disciplinar,promovam o interesse e o sucesso educativos.
Mas não te esqueças que aqui a iniciativa tem que ser sempretua. Não és obrigado a frequentar esta sala. Nada do que lá se passaestá contemplado no teu horário semanal.
Mas fica aqui o desafio: passa por lá, vê o que há e faz sugestõespara melhorar aquele espaço que só tem razão de existir por TI!
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SuRfIsTaS EbOaRdErS... a ÚlTiMatRiBo
Portugal - Euro 2004
emigrantes e organizadores dacandidatura que lá estavam, mastambém em Portugal inteiro.
O mérito desta grande vitóriavai inteiramente para os jáconsiderados por muitos "Os 3Mosqueteiros", que, tal como noromance de Alexandre Dumas,são 4: Carlos Cruz , GilbertoMadaíl, Miranda Calha e o entãoministro do desporto, JoséSócrates. Estas quatro pessoas,sem esquecer o nosso embai-xador Eusébio - que ao longodeste candidatura fez tambémuso do seus lobbys - , durantelongos meses , andaram constan-temente de país em país, fizeram
seria um processo que demorariamais tempo. Porém, com avitória da candidatura portu-guesa, poderemos ter um grandedesenvolvimento de uma formamais rápida e acessível já que asreceitas que advêm deste eventoajudarão a colmatar algumasdespesas, podendo, no final, viraté a haver lucro.
Haverá também umaconsiderável descida da taxa dedesemprego pois haverá váriosempregos disponíveis, não só naorganização do evento, mastambém na construção civil - oEuro necessitará de muita mão-de-obra. Os tradutores poderãotambém ver neste evento umaoportunidade de emprego,devido ao elevado número deestrangeiros que irão «invadir»o nosso país.
Finalmente o nosso país seráfalado em todo o mundo e onosso turismo será ainda maiordo que já é, pois imagens do beloPortugal entrarão na casa demilhões de pessoas através dosdiversos meios de comunicação.
No passado dia 12 deOutubro, quando em Aachen opresidente da UEFA, LennartJohansson, anunciou que o paísorganizador do euro 2004 seriaPortugal, houve uma explosão dealegria, não só nesta pequenacidade, por parte de todos os
“We LoveFootball”
Em Junho de 2004,quando o pontapé desaída do Euro 2004 fordado, não só o futebolmas o país inteiro estarácertamente diferente.
Portugal terá um rostodiferente, pois nestes anos queantecedem o grande aconteci-mento serão construídos não sónovos estádios, mas também:novas vias rodoviárias, maisunidades hoteleiras e hospita-lares e haverá uma moderna redede comunicações.
O Euro 2004 irá tambémfuncionar como um impulsio-nador, para que várias obras queestavam agendadas a médio elongo prazo - como o metro doPorto, a conclusão de estradas aligar Lisboa ao Algarve, da viado Infante, assim como areestruturação da redeferroviária inicialmente pre-vista para 2010 - possam já estarrealizadas a tempo doCampeonato da Europa arealizar em Portugal.
Ou seja, a maior parte destasobras, excluindo alguns estádios,seriam sempre realizadas, só que
Não aos conflitos erivalidades
O Euro 2004 é, sem dúvida,um evento cultural e desportivoque funcionará como umtrampolim, quer para o nossopaís, quer para o nosso futebol.
Esta organização lançaráPortugal mundialmente, vistoque milhões de espectadores detodo o mundo, seguem atenta-mente a maior prova da UEFA anível de selecções.
O nosso país já provou que écapaz de organizar grandeseventos mundiais com o êxitopretendido.
A Expo 98 é o maior e o maisrecente exemplo de sucesso.
Contudo, é de aguardaransiosamente a atitude dogoverno, da federação e dosclubes, neste projecto que terá oseu auge no verão de 2004.
Os habituais conflitos entredirigentes, não poderão desunire arruinar o nosso esforço pelosucesso desta organização. Asdivergências e rivalidadesclubistas não podem impedir oêxito do Europeu de Futebol.
Há que ter consciência dotrabalho e da responsabilidadeque implica este evento, deforma a cumprir todos os prazosestabelecidos pela UEFA.
Neste tempo de celebrações,há que dar os parabéns àcandidatura portuguesa que tudofez para que a decisão finalcaísse para o nosso lado.
Agora, a bola está em nossaposse e compete-nos a nós fazerdeste evento o maior de todos ostempos.
VIVA PORTUGAL!VIVA O EURO 2004!
André Viana, 10.º9
não existem raças, as coresdiluem-se com a água, asreligiões passam a boiar ao ladoe a política vai ao fundo.
Esqueçam o tabaco, o álcool.... o surf e o bodyboard, só porsi, já são um “vício”!!
By SoFiAbOaRdER
vários contactos e operações decharme. Tudo Isto para conven-cer o comité executivo da UEFAde que nós merecíamos estaorganização, porque temoscapacidade para a realizar eporque nós realmente amamos ofutebol (we love football).
Prova disso foi o logotipohumano realizado em Julho,noEstádio Nacional, em que maisde 36 mil pessoas, vindas devários pontos do país, sejuntaram para formar o logotipoda candidatura e mostrar aomundo que Portugal inteiroqueria a candidatura. Houve umgrande mérito dos responsáveispela candidatura, pois conse-guiram que houvesse umautêntico consenso nacional:desde o governo à oposição, atodos os dirigentes desportivos,aos media, etc.
Todos temos a noção de queesta vitória tornará o nossocampeonato mais competitivo,os estádios estarão mais cheios,pois haverá mais acessos econforto nos estádios. Isto traráigualmente o desenvolvimentode outros desportos e das suasinfra-estruturas.
Esta candidatura foi muitobem comandada por Carlos Cruze seus pares que representarammuito bem o povo português, umpovo que, mesmo habitandonum país pequeno, é um povoguerreiro , que «nunca vira acara à luta».
Ficou provado que, quandotodos nós portugueses nosunimos pela mesma causa,somos capazes de realizarprojectos de grande nível - comofoi o caso da Expo 98 e comoserá, certamente, o Euro 2004.
Ricardo João Lopes Costa, 10.º 9
Desporto
Chamam-nos bicudos erastejantes mas, averdade, é que não existevida melhor do que avida de surfista.
A liberdade , o contacto coma natureza através da maisbonitas das suas formas deexpressão - o mar - fazem-noscompreender facilmente oprivilégio que temos em poderpassar os melhores anos da nossavida a correr ondas nacompanhia dos amigos,simplesmente a coleccionarrecordações.
Dentro de água todos osproblemas que a sociedade nosimpõe se relativizam : lá dentro
TER
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ESCOLA SECUNDÁRIA DE GONDOMAR
Fomos entrevistar a cantora Diana Basto que nos falou da sua aindacurta carreira e de algumas peripécias que já lhe aconteceram."Conseguir fazer as coisas de que gosto e sei fazer, sem chegar auma determinada altura, olhar para trás, e sentir vergonha porquetive de seguir este ou aquele caminho de que gostava tanto, mas queera mais comercial ..."é um dos objectivos da cantora que foi, hábem pouco tempo, aluna da nossa escola.Foi uma hora bem passada.
Com que idade começou a cantar?Com dezassete anos. Já lá vai muito tempo. Foi com dezassete anos, ou melhor,
foi mais cedo, foi para aí com quinze, num grupo coral. Mas a ter assim uma banda ecomeçar a fazer as coisas de outra forma, foi mesmo com dezassete anos.
Disseram-nos que a Diana cantava nasfestas da escola. Foi assim que começou?
Também. Não foi só assim que comecei,mas também foi assim. Cantei em váriasfestas da escola, cantei uma vez na festados finalistas, eu ainda não era finalista,mas cantei lá. Devia ter para aí os meusdezasseis ... dezassete anos, precisamente.Mas foi uma das formas como eu comecei.Começar, começar, foi mesmo no grupocoral, quando eu tinha quinze anos. Estivenum grupo infantil, daqui dosCapuchinhos, depois estive no grupoPsalite, mais uns anos. De seguida, formeiuma banda. Foi assim que as coisascomeçaram.
Em que área estava lá na escola?
Humanísticas ... agora acho que já nãoé Humanísticas... agora diz-seHumanidades, e tem outras variantes. Masera Humanísticas.
E completou o 12º ano?Sim, claro!
Agora falando do Pedro Abrunhosa, como é que o conheceu?Conheci o Pedro num ensaio, ou melhor, ele conheceu-me num ensaio da Just Soler.
Digo já que era uma banda à qual eu pertencia e que ensaiava na escola de jazz do Porto.E foi num desses ensaios, a que ele foi assistir, que ele me conheceu. Eu confesso quena altura não o reconheci, porque o Pedro estava vestido da forma mais banal possível,e estava sem óculos ... ele, sem óculos, consegue mesmo ser irreconhecível quandoquer. E então, foi a partir daí. Depois, mais tarde, fui contactada pelo Mário Barreirospara fazer uma audição para o álbum “Teu”.
E foi assim que fui parar ao meio dos “Bandemónio”.
E como é que é o Pedro fora dos palcos?Uma pessoa perfeitamente normal. Aquilo que a gente nunca está à espera, porque
achamos que os artistas têm sempre alguma coisa de diferente. Mas, no fundo, sãopessoas perfeitamente normais. É uma pessoa amiga de ajudar mas também é muitoexigente. Trabalhar com o Pedro exige bastante. Ele é uma pessoa que sabe exactamenteaquilo que quer .... exige demasiado das pessoas, mas é engraçado trabalhar com ele.
O que mais a seduz na sua profissão?O que mais me seduz é mesmo o facto de estar num num palco, mais nada. Eu não
gosto de viajar, não gosto de trabalho fora de horas. Eu gosto de me levantar demanhã - que é coisa que raramente acontece em altura de espectáculos. Em alturas deestúdio, de espectáculos, de gravação, é muito raro eu conseguir acordar de manhã,porque me deito sempre muito tarde - 4, 5, 6 da manhã. E é uma coisa que, confesso,me incomoda um bocado. Mas isto é mesmo assim, não tenho hipótese de fazer distoum trabalho das nove até às seis da tarde, ou até às sete. Não dá. Tem que ser mesmoassim, paciência!
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Diana BastoDa ESG para a fama...
Mas também tem as suas vantagens?Claro que tem! Mas é como tudo: em tudo aquilo que se faz há sempre aquilo de que
se gosta bastante e aquilo de que não se gosta tanto. Eu sou uma pessoa que não gostomuito de sair, não gosto de estar muito tempo fora do meu território... não digo de casa,porque passo muito pouco tempo em casa. Mas fora do meu território, custa-me umbocado. No entanto, é uma questão de hábito. Acho que já me habituei ... e é umaquestão de adaptação. É um bocado complicado, mas consegue-se.
Costumam reconhecê-la na rua? O que sente quando isso acontece?
Às vezes acontece ... algumas pessoas reconhecem-me. Por exemplo, aqui emGondomar, isso acontece-me com relativa facilidade. Mas também não é muito anormal,porque eu moro aqui desde que nasci. Por isso as pessoas conhecem-me, é normal. Sóque, apesar das pessoas me conhecerem mais aqui, é onde eu me sinto mais à vontade,porque as pessoas não me abordam de uma forma demasiado efusiva. Como já meconhecem, limitam-se a cumprimentar-me e a serem simpáticos, que é o que temacontecido. Quando é um bocadinho fora daqui, às vezes há assim algumas peripéciasengraçadas.
Aqui há dias, aconteceu-me estar na Rotunda da Boavista e estar uma senhora queparou e disse assim: “Desculpe, mas eu tenho que lhe perguntar. A senhora não éaquela que canta?” E eu lá estive a falar com a senhora, para aí uns dez minutos, e asenhora foi muito simpática.
Confesso que no início achava isto muito engraçado - e ainda continuo a achar -porque as pessoas têm, normalmente, alguma coisa simpática para dizer. E, quando ofazem, fazem-no com um grande à-vontade. Isso nota-se. Mas é complicado ... Apartir de uma determinada altura, por exemplo, quando vou ao cinema, quando estouno café, quando quero tentar passar despercebida, não consigo.
Já me aconteceu estar uma senhora ao meu lado, a comer pipocas e a rir-se. Eu só nãovim embora porque queria mesmo ver o filme.
Por isso, apesar de eu achar engraçadopor parte das pessoas, às vezes estas não seapercebem que estão a entrar pela nossavida dentro, e, quando se apercebem, secalhar até tentam ser mais discretas do queo normal.
Há alturas em que é engraçado, háoutras em que eu diria que é inconveniente,mas é a tal situação... É que nem numasituação nem na outra eu vou virar as costas.Não, isso também não faço!
Então conclui que é muito difícil ser--se figura pública?
É. E eu não sou das pessoas maisconhecidas, não tenho razão de queixa poraí além. Imagino que o Pedro tenha bastantemais. Eu imagino que ele, em qualquer ladoque entra, deve ter muito mais dificuldadeem passar despercebido do que eu.
No dia-a-dia o Pedro anda “normal”, sem óculos?Tem dias! Depende!
Era previsível o êxito do seu disco?Não sei, porque as pessoas ouvem aquilo de que gostam mais. O facto de eu ter
estado nos “Bandemónio”, e de ter estado com o Pedro, foi um chamariz um bocadinhomaior. As pessoas estavam habituadas a ouvir falar do Pedro Abrunhosa e isso foi umagrande ajuda. Mas eu acho que as pessoas ouvem aquilo de que gostam.
E, previsível ou não, eu espero é que continuem a gostar.
O que sente quando pisa um palco?É complicado!
A primeira sensação é sempre de nervosismo. Sempre! Até pode ser a centésimavez que o faça, ou a milésima.
Eu acho que o peso da responsabilidade obriga muito as pessoas, quando chegamlá acima, a achar que têm a obrigação de fazer o melhor que sabem e podem.
A primeira sensação é a gente achar que não vai ser capaz, mas isso é sempreaquela primeira sensação ... Depois, a partir daí, aí à segunda ou à terceira canção, ascoisas começam a aquecer, por assim dizer. Começo a sentir-me bastante mais à vontade.
Dedica a sua vida só à música ou tem outra actividade?Não, não dedico a minha vida só a isto.
Eu também estudo, já há anos. Ainda não consegui acabar o curso, mas esperoconseguir. Retomei este ano a faculdade. Estive três anos sem ir lá, mas este ano, secalhar, vou ter algum tempo. Quer dizer, não tenho assim muito, mas já fiz um horárioque será mais ou menos compatível com aquilo que estou a fazer.
E vou ver se passo para o último ano.
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Que curso está a tirar?Tradução, na Faculdade de Letras, no Porto.
O título do seu disco - “Amanhecer” -, tem algum significado especial?Tem sim. Quando escolhi o título do disco foi complicado porque queria arranjar um
nome que indiciasse o início de alguma coisa. Então, chegou-se à conclusão que, secalhar, “amanhecer” era umbom início. Tal como ocomeçar de um novo dia ouo iniciar de um novo ciclo.Então, escolheu-se essenome que, aparente-mente,não tem nada haver com oresto do álbum, porque nãohá nenhuma canção comesse título, ao contrário doque já me foi perguntado.
A canção “Super-Heróis” fala daespeculação dossupermercados. O quepretendem transmitir comela?
Fala essencialmente daquilo a que se chama o consumismo, do facto de, nestemomento, vivermos numa época de consumismo.
No fundo, essa canção é um bocado uma crítica ao consumismo das pessoas, semque elas se aperceberem de tal, pois há uma tendência enorme para comprar tudoaquilo de que se precisa e não se precisa. Os supermercados são o exemplo mais fácil emais óbvio: vês promoções, compras e até podes nem precisar.
Infelizmente, esse consumismo está a acontecer cada vez com mais frequência.
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Apesar de não sermos o país da Europa que mais sofre deste mal, já estamos a caminharpara lá a passos largos.
Qual é o maior objectivo que tem na sua carreira?Conseguir fazer as coisas de que gosto e que sei fazer, sem chegar a uma determinada
altura, olhar para trás, e sentir vergonha porque tive que seguir este ou aquele caminhode que não gostava tanto, mas que era mais comercial e que ia vender mais.
Esse é o maior dos meus objectivos: não me sentir envergonhada com o que fiz.
E tenho outros, entre os quais continuar a fazer o que faço.
Quando sai o próximo álbum?Provavelmente só lá para Outubro.
Ainda não tem nome. Já há algumas ideias e nomes das pessoas que irão trabalharcomigo que, para já, não revelo. Como se costuma dizer: “O segredo é a alma donegócio”.
Tem namorado?Tenho, sim!
É verdade que vai casar ou é só boato?(risos) É verdade, só não sei quando.
Entrevista de Mafalda , Libânia e José Pedro (11º10)Fotografia de José Pedro Sousa (11º10)
Colaboração do Clube de Fotografia da ESG
Gondomar no Século XXINo próximo milénio, não tenho dúvidas, Gondomar será umConcelho mais competitivo, melhor equipado, com uma sociedademais equilibrada e mais moderna.
E isso deve-se, em grande parte, ao forte investimento que temosvindo a realizar no sector da Educação, sobretudo no primeiro ciclodo ensino básico e no pré-escolar, que são as áreas onde a Câmaratem competências directas. Ou seja, as crianças e os jovens deGondomar serão, no próximo milénio, adultos bem formados,habilidosos e preparados para desafios futuros.
Em relação aos projectos que temos - alguns deles já em curso,outros em preparação - , eles têm a ver com a instalação de alguns
equipamentos de que o Concelho carece, pelodesenvolvimento sócio-económico e, acima de tudo,pela melhoria do bem-estar e da qualidade de vidadas populações. Com base nestes objectivos, estamos,de facto, a mudar a face de Gondomar, tornando estacidade mais moderna e mais atraente. Mas sublinhoque toda esta acção tem como elemento fundamentalas pessoas, os seus problemas e os seus anseios.
De uma séria de investimentos projectados, queriaapenas destacar alguns dos que me parecem maisinteressantes para os jovens de Gondomar.
A Biblioteca Municipal, cuja construção deveráiniciar-se na primeira metade do ano 2000, é umaobra marcante, pela qual nos temos batido com muitadeterminação, pois estamos conscientes da suaimportância social e cultural. Trata-se de umequipamento que ficará instalado ao lado do AuditórioMunicipal e que implica um investimento na ordem dos 600 mil contos (terrenos,obras e equipamentos). Esta será uma verdadeira biblioteca do novo milénio, já que,para além de disponibilizar livros e outras publicações em suporte normal, seráespecialmente dedicada às novas tecnologias da informação, cada vez mais“democratizadas” em Gondomar.
Outro projecto que considero relevante diz respeito à recuperação da nossa costaribeirinha, pelo menos no espaço compreendido entre o Freixo e a Foz do Sousa.Gondomar tem no Rio Douro uma das suas maiores riquezas patrimoniais (são quasetrinta quilómetros de costa), pelo que é essencial preservar devidamente este bem,
levando, simultaneamente, a que os gondomerenses voltem a usufruir do rio. É uminvestimento que estamos a estudar com o Ministério do Ambiente e que poderá avançarjá no início do milénio. Em traços gerais, trata-se de transformar a orla fluvial numazona não só de habitação mas também de recreio e de lazer, onde se possam continuara desenvolver actividades ligadas ao rio e a praticar desportos náuticos. Por outrolado, criar-se-ão condições que farão desta margem do Douro uma zona de grandeatracção de turismo de qualidade, com as naturais vantagens que daí advêm a váriosníveis.
Gostaria também de destacar os investimentos que temos realizada na área doambiente. Não só os resíduos são recolhidos e tratados de acordo com as técnicas maismodernas, protegendo assim os nossos recursos naturais, como tem sido prosseguidauma política de valorização e ampliação de espaços verdes, que estão ao serviço dapopulação. São investimentos muito elevados, de que, muitas vezes, nem sequer nosdamos conta.
Por último, o capítulo dos transportes e das vias decomunicação. Para além dos investimentos que aCâmara tem vindo a realizar no melhoramento dediversas estradas e ruas em todo o Concelho, estão adecorrer importantes obras estruturais, como é o casoda Via Rápida, cuja primeira metade deverá abrir nopróximo ano. Mas a obra mais decisiva prende-se coma construção da linha de metro, que ligará o Porto aocentro de Gondomar. Temos a garantia da empresaMetro do Porto e da Junta Metropolitana do Porto deque, no início de 2000, o projecto com o traçado dalinha estará pronto e pensamos que, até 2003 ou 2004,o metro chegará a Gondomar. Trata--se de uma obraimportantíssima, que só é possível graças à acção danossa Câmara, que, por um lado, reservou os terrenosnecessários à instalação do metro e, por outro lado,sempre insistiu junto do Governo e da empresa Metro
do Porto para que esse objectivo se pudesse concretizar.
Basicamente, é isto que Gondomar será no próximo milénio. Um Concelhovalorizado, moderno, apetecível e saudável, onde a cultura e o desporto estão ao alcancede todos. Um Concelho onde as pessoas vão viver melhor.
Major Valentim LoureiroPresidente da Câmara Municipal de Gondomar
Gondomar no séc. XIX. No séc. XXI, como será?
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O Surrealismo é o quotidiano que é vivido e apresentadoirracional, insólita, agressiva e escandalosamente. Evidencia o ladosurreal do real com distorção deste.
Alexandre O‘NEILL fez parte do Grupo Surrealista de Lisboa,em finais de 40.
O´NEILL, com o seu surrealismo, produz ironia, que produzcaricatura e que, por sua vez, produz sátira. Ele, por vezes, usaanimais para se exprimir:
Duas moscas ou a mesma1
- Onde já vi esta mosca?
- Mas em toda a parte, filha,
desde o bolo de noivado
à minha tépida v rilha!
2
Eis a mosca popular
aferroada aos miúdos,
avioneta escolar
para fugir aos estudos!
Deixo aqui também alguns dísticos de O´NEILL que mostram o“sistema de aquecimento” de uma cama nas minas do Chile:
A cama quente
Homenagem aos mineiros do Chile que dormem, singelo, pelosistema de “ a cama quente “.
Na mina trabalha-se por turnos. Quando se volta nem se tiramos coturnos. Bebido o café negro e trincado o casqueiro, joga-se ocorpo ao sono, mas, primeiro, enxota-se o camarada da cama aindaquente, que não há camas no Chile pra toda a gente. Do calor quesobrou o nosso se acrescenta pra dar calor ao próximo que entra.Vós que dormis em camas, como reis, tantas horas por dia, nãosabeis como é bom dormir ao calor de um irmão que saiu ao nitratoou ao carvão e despertar ao abanão (é o contrato!) de um que chegado carvão ou do nitrato! É a este sistema, minha gente, que sechama no Chile « a cama quente » ...
1975in O’NEILL, Alexandre, Tomai lá do O’Neill.
Profecias, catástrofes erealidade
De acordo com algumasprofecias existentes, e apesar dese falar de grandes catástrofes,não se fala exactamente do fimdo Mundo.
«Em 1999, virá do céu umrei de assustar, ressuscita o reid’Angoulmois, antes e depois daguerra reinará a felicidade.» Estaprofecia, conhecida como aprofecia de Nostradamus foi alvoda análise de muitos espe-cialistas que apontaram para aocorrência de uma TerceiraGuerra Mundial, o nascimentodo anticristo, a descida deextraterrestres, o choque de umcometa...
Para a fé cristã o fim doMundo coincide com a vinda deCristo e o Juízo Final que faránascer um Mundo novo eperfeito.
Outras profecias falam decatástrofes como terramotos emaremotos de grandesdimensões que causariaminundações enormes e inúmerasconvulsões naturais que...
- Rita, desliga a tele-visão, já estou farto de ouvirfalar no fim do Mundo.
- A última noite domilénio e tu vais ficar em casaa chatear-me?
- Então, diz à mãe que eujá vou para uma festa na casade praia do João.
- Está bem maninho, vaipela sombra...
A caminho da festa depassagem de ano, onde se iajuntar aos amigos, o Tiago nãoquis acreditar nos sinais vindosdo céu... Além da músicafrenética ao longe, só se ouvia obarulho do vento, das árvores, domar, criando um cenário tétrico.O Tiago chegou à festa e malpassou pela porta de entradatodos os ruídos assustadoresficaram lá fora. A festa estavaanimadíssima, mas com o soardas doze badaladas as luzesapagaram-se e a músicadesapareceu deixando a salamergulhada na escuridão e nosilêncio. A areia era violen-tamente arrastada de encontro àcasa. O vento provocava ondasgigantescas que tinham engolidometade da praia. O Tiago,envolvido pela histeria e pelomedo que se tinha gerado,acreditou, realmente, numacatástrofe global.
E tu, não acreditas?Encontramo-nos lá...
Ângela Rodrigues eMarta Andrade, 10.º2
OSURrEa
LiSmO
Escrevi um acrósticopara vos dizer o queacho do Surrealismo:
Surge para mostrar
Unicamente as formas surreaisdo
Real. Para censurar, criticar eabolir
Restos de podridão na sociedade.
Estamos defronte uma fórmulapara diminuir
Alguns problemas em quan-tidade.
Livrando-nos assim de todos os
Instrumentos da crueldade. O
Surrealismo é mesmo isto:
Marcar as pessoas com defeitos
Obrigando-as a terem maisrespeito!
Sara de Sousa, 10.º 11
Artes&Letras
MigaseMigalhas O mundo da moda
O mundo da moda é algo quenos fascina, principalmentequando vemos aquelas musas debeleza a desfilar. Mas a modanão é só beleza e nem só o corpoe a beleza são fundamentais. Osaspectos psicológicos sãotambém muito importantes.
Nos bastidores, passam-secoisas que, muitas vezes,ninguém imagina. Há muitarivalidade e inveja e isso faz comque, por vezes, surjam pro-vocações entre as modelos. Porisso, põem alfinetes nas roupase nos sapatos e, disfarçadamente,empurram-se na passerelle. Nãoquer dizer que isto aconteçasempre ...
Muitas delas também sesubmetem a abusos e aceitampropostas indecentes, tentando,assim, a sua sorte e umaoportunidade para progredirem
nas suas carreiras. Mas há quemdiga que, muitas das vezes, osseus superiores têm determina-das atitudes e comportamentosque apenas procuram avaliar apersonalidade de cada manequim.
Pois! Podem achar tudo istouma parvoíce!! Mas há modelosque afirmam, convictamente,que o seu êxito foi fruto de umaselecção avaliativa dos trabalhospropostos e de uma postura firmee digna. O carácter e a determi-nação são primordiais nummundo tão competitivo comoeste.
Portanto, quem quer sermanequim, tem que idolatrar amoda e possuir uma força devontade enorme, para atingir otopo - sem nunca esquecer deimpor o respeito desde oprincípio.
Olívia Ferreira, 8.º 4
JUNTA DE FREGUESIADE S. COSME
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No próximo número nãopercas a entrevista com amodelo Evelina Pereira.
espírito com que um miúdoencara as contrariedades da vida- é nessa onda que nósacompanhamos a história e étambém com entusiasmo decrianças que nós «torcemos»para que a vida dele dê certo.
As vielas do velho Porto sãoo palco onde se movimenta estemenino pobre e os seus pares - eé com emoção que o vemos lutarpela vida sem desanimar,percorrer as velhas ruas tãofamiliares e tão queridas, semdesalento e sem revolta. E é aquique somos conquistados: adoçura do carácter do rapaz, abeleza da sua relação com a mãe,a entre-ajuda daquela comu-nidade, dentro de um ambienteque, embora deprimente, encerraesperança e harmonia.
Ana Pombal, 10.º9
Vai-se ver o filme Jaime porcuriosidade e sai-se de láconquistado.
Não é difícil desmontaraquela encenação de trabalhoinfantil - nenhuma grandeempresa ergue prédios de dez
andares com miúdos de onzeanos a transportar baldinhos demassa em cima de tábuas
f i n í s s i m a ssuspensas sobreprecipícios - aqui otema não é convin-cente. Logo noinício, o acidenteno fabrico de pãoestá mais próximoda realidade, por-que aí a mão deobra infantil é maisutilizada,já que sefaz de noite àsescuras, à reveliada sociedade.
Mas este Jaimetem a capacidade
de mexer connosco. Com aenergia e tenacidade que ascrianças põem nas suasbrincadeiras, com a ligeireza de
O filme português“Jaime”, do realizadorAntónio Pedro deVasconcelos, que recebeuo prémio especial do júrido Festival de SanSebastian, conta ahistória de um rapaz de13 anos que procurasobreviver, trabalhandoclandestinamente comotrolha, depois de a mãeter abandonado o pai.E passa-se - é claro - nacidade do Porto!!!!Já disponível em vídeo.
JAIME e a Identificação
Aí está o novíssimo filmede David Lynch.
Baseado em acontecimentosda vida real ,que ocorreram naviagem de mais de 500 Km queAlvin Straight fez em 1994, com73 anos, de Laurens, no Iowa,para Mount Zion, no Wisconsin.Nada de mais - a não ser que aviagem é feita .... num cortador
de relva de 1966 e demorou maisde seis semanas. É que Alvinnão tem carta de condução e nãopode pagar a ninguém que oleve. Por isso opta por fazer aviagem no seu cortador de relva,que ele próprio conduzirá.Osseus maiores obstáculos serão ofacto de ver mal e a falta dedinheiro.
O objectivo desta viagem érecuperar a sua relação com Lyle,
o seu irmão de 76 anos, que estágravemente doente. Há mais dedez anos que os dois irmãos nãose falam.
Mas a originalidade de Alvinnão fica por aqui : parte comum reboque improvisadoatrelado ao cortador de relva,transportando recursos vitaiscomo gasolina, café, repelente deinsectos, Swisher Sweets(charutos), salsichas e
grande tractor, repara em Alvine oferece-se para o rebocar.
No entanto, com mais umatentativa, o obstinado Alvinconsegue fazer pegar o seucortador de relva e percorrelentamente o percurso que lhefalta até à casa de Lyle, ondedescobre o que aconteceu ao seu
irmão.
Não sei se despertámos a tuacuriosidade ou se te fizemosdecidir, definitivamente, que estefilme não é para ti.
É que ver a América pelosolhos de Lynch a 7 Km/h, não épara a paciência de qualquerum!!!...
“braunschweiger” (paio)...
Pelo caminho, encontradiversas personagens, como umaadolescente em fuga, umamulher com uma estranhatendência para atropelar veados,um grupo de ciclistas, umaequipa de bombeiros voluntáriosem treinos, um conflituoso par
de mecânicos gémeos, idênticos,um veterano da Segunda GuerraMundial e um padre.
Perto do fim da viagem,Alvin ouve um ruído estranho evê fumo preto. A pouco mais deum quilómetro e meio do fim, oseu cortador de relva avaria maisuma vez. Um agricultor, com um
“Ninguém conhece tão bem a nossa vida como um irmão quase da mesmaidade. Ele sabe melhor do que qualquer outra pessoa quem somos e o que
somos. Eu e o meu irmão dissemos coisa imperdoáveis um ao outro aúltima vez que nos vimos, mas estou a tentar ultrapassar isso. E esta viagem
é uma difícil forma de engolir o meu orgulho. Só espero não chegar tardedemais.”
(Alvin Straight)
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Uma História SimplesAtalanta Filmes 1999
O cinema na WWW
The mask of Zorro, com António Banderas (ai! ai!) eAnthony Hopkins - http://www..geocities.com/Hollywood/4072/zorro.html
Wild Wild West, o conhecido western, com Bill Smith eKevin Klein. Para além de falar sobre o filme, disponibilizatambém o design dos fatos e armas da época, jogos,scrensavers, etc. - http://www.wildwildwest.net/
Nothing Hill, foi a comédia romântica do verãopassado.Podes ouvir aqui toda a banda sonora do filme.Com Julia Roberts (uauuu!!!) e Hugh Grant.- http://www.nothing-hill.com/
The General’s Daugther, com Jonh Travolta. Se aindanão viste, fica sabendo que se trata de um thriller vividonuma divisão do exército, onde a filha do general aparecemorta. E, claro, é o Jonh quem vai investigar o crime edesvendar o mistério. - http://www.generalsdaughter.com/
Desesperadamente ...
... o autor (ou a autora) de um textoque está gravado num computadorda sala 25, num ficheiro com onome ”Proposta de um novoclube”.
Sabemos que é indecentecoscuvilhar o que não é nosso ... mas -confessámos - não resistimos à tentaçãoe ... abrimos mesmo o ficheiro!
Gostámos tanto do que lemos queresolvemos publicar este anúncio.
Esperamos que o “culpado” se denuncierapidamente a alguém da equipa dojornal. Ah! E já agora, esperamostambém que acabe a sua proposta - quegostaríamos de publicar no próximonúmero - e que a apresente àCoordenadora dos Clubes - a professoraRita Torres.
É que achamos, sinceramente, que,se calhar, a proposta tem pernas paraandar!!!
P.S. Ouvimos dizer que seria umaluno do 10.º 9 ... Será verdade????
Procura-se
O 3º TOQUE vai editar números temáticos. O primeiro, está já no prelo: é um número especialdedicado à BD. Contamos contigo. Aparece no Atelier de Artes Visuais.
O 3º TOQUE agradece ao jornal "O Comércio de Gondomar" toda a colaboração prestada ea disponibilidade demonstrada. Continuamos a contar com ele.
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1 - ANJOS (Quero voltar)2 - GUANO APES3 - BOB MARLEY
NIRVANA4 - QUEEN
RED HOT CHILI PEPPERS5 - MADREDEUS
SAVAGE GARDENNO DOUBT
Sentes-te sóVejo no teu olharConheço-te bemNão podes negar
Pensa de novoPara nosso bemSei que há vontadeDo amor continuar
Quero sentir o que sentiaEstar contigo a toda a horaTudo novamente
Refrão
Eu quero voltarAo ponto de partidaQuando éramos um sóEu quero voltarA ser parte de tiAntes que o tempo se acabe
Porque sei que juntosValemos de mais
Refrão
Música: S. Hart/R. St. Jonh/G. StackLetra: Maria João
MP3 - Já ouviste falar?
Para todos aqueles que já se converteram às novastecnologias, MP3 é sinónimo de MÚSICA - é o maispopular formato de melodias digitais.
É preciso algum cuidado quando se navega porestes sites: é que muitos deles são ilegais, isto é,oferecem temas sem autorização dos autores. Com otempo, aprenderás a distingui-los facilmente.
Aqui vão alguns sites onde poderás encontrarficheiros musicais no mais popular formato da NET.
http://www.mp3now.com/ - se não ésfrequentador habitual deste tipo de sites, segue o nossoconselho e começa por aqui. É que além de se tratardo 6.º site de música mais frequentado da Internet,podes encontrar facilmente aquilo que procuras. Aindapor cima, para os internautas principiantes, explica,em pormenor, num guia fácil e acessível, o que é epara que serve a MP3.
http://www.amp3.com - site independente, muitocompleto e diferente do habitual.
http://www.findsongs.com - De muito fácilutilização: basta introduzir o nome do cantor ou damúsica pretendida.
http://www.shoutcast.com - se não te basta ouvire pretendes também fazer download das tuas músicaspreferidas, experimenta aqui.
http://www.audiohighway.com - Para os fãs damúsica dos EUA. Também encontras bandas sonorasde muitos filmes conhecidos.
Se preferes visitar um site do teu cantor ou grupopreferido, aqui vão algumas dicas:
Guano Apes -http://fuego.de/guano
GNR -http://www.terravista.pt/copacabana/2359
Hands On Approach -http://www.terravista.pt/baigatas/2750/
Red Hot Chili Peppers -http://www.redhotchilipeppers.com/
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O silêncio
PerdoaAntes que o tempo se acabe
Onde estiveresIrei procurar-teEstou a teu ladoOnde quer que vás
A vida é tão curtaTão vaga, tão sóSem ti junto de mimNão sei mais quem sou
Quero sentir o que sentiaEstar contigo a toda a horaTudo novamente
Refrão
Fomos tão longeVamos tentar de novoSei que me amasReflecte e pensa em nós
Quero voltar
especial e tão diferente que faz,em grande parte, o seu sucesso.
Não esqueçamos, porém, quea sua formação de compositor sesobrepõe a outros dotes. E é poraqui que passa, em muito, agrande qualidade das suasmúsicas.
Um álbum para ouvir ... emsilêncio e com a atenção quemerece.
Acabadinho de sair, aí estáo 3.º álbum de Pedro Abrunhosa:O Silêncio.
Amado por muitos, odiadopor outros, Pedro Abrunhosa éaté, por vezes, acusado de nãosaber cantar. De facto, a cançãoque dá o nome a este trabalho -O Silêncio - é mais recitada doque cantada. E será pecado?
No entanto, é a sua voz tão
Cantiga de maldizer
Está o Pedro
com a sua voz tinhosa
seus poemas a roncar;
ninguém sabe o que ele diz
por detrás do seu nariz
e da viola a tocar.
Atrás de óculos escuros
como se fossem dois muros
esconde ele o seu nariz
numa música sombria
apesar da melodia
esconde tudo o que diz!
Lamúria nebulosa
É figura nebulosa,
querendo ser misteriosa,
e escondendo o que ele é;
atrás duns óculos negros
e no rosto com três pregos,
mais parece um chimpanzé!...
Figurinha lamentável
em postura lastimável
lá no palco a rebolar-se;
sempre de punho em riste,
figurinha sempre triste
na fama a espojar-se ...
É ele próprio que o diz
que se sente um infeliz
e da fama sai vazio ..
como pode ele encher
quem lá vai só para o ver
se não passa dum fastio?...
Sua música envolvente
atrai a si muita gente
que não sabe ao que vai ...
desejando muita coisa,
mais que aquilo que ele ousa,
é vazia que de lá sai!...
Joaquim Cruz(1997/98)
TOPO NOSSO
TER
CEI
RO
ESCOLA SECUNDÁRIA DE GONDOMAR
Out./Nov./Dez. . página 11
Ler para querer
É este o título da crónica queo conhecido cantor MiguelÂngelo publicou no últimonúmero da revista FórumEstudante, que, mensalmente,chega à nossa escola.
Aí, Miguel Ângelo fala-nosde um jovem escritor português(com apenas 18 anos de idade) -João Rosas - e dos dois livros jápublicados por ele: QualquerPessoa dá um HomicidaQualquer e Deus Morreu e Eunão Fui ao Funeral. A acreditar
O MUNDO DESOFIA
Jostein Gaarder, Editorial Presença
Poucas são as pessoas quenunca ouviram falar deste livroverdadeiramente imprescindível.
Ao ler esta misteriosaaventura, protagonizada poruma jovem de 14 anos e umestranho professor de filosofia,o leitor vê-se envolvido numaviagem pela filosofia, passandopela análise de diversos modosde pensar ao longo dos tempos.Em toda a aventura está bempresente o assumir da atitudefilosófica como algo de essencialpara o desenvolvimento e aafirmação da identidade do serhumano.
A clareza da linguagemutilizada, sem nada de exagerosestilísticos, a opção por umalinguagem simples, masrigorosa, é um dos factores quelevam o leitor a não se cansardeste livro e a não o acharmaçador, como acontece commuitos dos livros em que se tentafalar sobre temas ligados aocampo da filosofia.
Esta aventura é espe-
cialmente interessante pelo“desdobramento” das duaspersonagens principais emoutros dois personagens queinterferem na acção de ummodo, no mínimo, intrigante.Esta atmosfera de aventura emistério que se respira ao longode toda a leitura d’ O MUNDODE SOFIA prende o leitor,fazendo-o querer realmentelê-lo até à última página.
Quem pensa que a filosofia éalgo inútil e aborrecido, vê-seobrigado a mudar de opiniãodepois de ler este bestseller, játraduzido em cerca de 20 línguasdiferentes e distinguido emdiversos países com importantesprémios literários.
POR QUEM OSSINOS DOBRAM
Hernest Hemingway, Colecção DoisMundos - Edição Livros do Brasil
Nesta tão proclamadaviragem de século, é mais do queimportante lembrar (e nãoesquecer) o que foi a luta trágicamesmo aqui ao lado do nossopaís e ainda neste século - a
Guerra Civil Espanhola -lembrar o valor da vida, e , acimade tudo, lembrar o que é serhumano. É isto que Hemingway,com um discurso simples masriquíssimo em significado, nosvem lembrar.
A fronteira, nem sempre bemdefinida, entre a vida e a morte,o justo e o injusto, o humano e odesumano é o local onde sedesenrola a acção deste livroimpressionante.
É um cenário de guerra ,morte e crueldade que nos levaà reflexão sobre os mais altosvalores da vida. Neste cenário, éurgente a coragem, o heroísmo,mas estes confundem-se com acrueldade.
Um livro que todos deviamler já, urgentemente. Um livrosobre o significado da palavra“humanidade”, significado esteque é tantas vezes posto emcausa em situações limite, comoa narrada neste livro. Um livrosobre a necessidade de não pôrem causa este significado.
Alexandra Cunha, 11.º 3
Sugestões de leitura
no que diz Miguel Ângelo, estejovem escritor “... arrisca-se aser um dos culpados se umanova geração se puser a leroutra vez.”
Não achas que vale a pena“correr este risco”?
Então, acrescenta estestítulos à tua lista de prendas deNatal. Estão publicados naeditora FENDA.
EscritaemDia
O Latim e o Português
Entrevista a AntónioOliveira , professor deFrancês ePortuguês doEnsino Secundário etambém reconhecidopoeta do nosso Concelhojá com três livrospublicados.
Entrevistadora - O quepensa sobre a falta de leiturados jovens de hoje?
Professor - A falta de leituraé devida, principalmente, a doisfactores. Em primeiro lugar àfalta de hábitos de leitura. Oprazer de ler é semelhante aoprazer de ver televisão, ir aocinema, comer e até exercer umaarte que se escolheu.
Aprende-se a gostar decomer como se aprende a vivercom prazer assim como tantasoutras coisas . Gostamos debrincar porque aprendemos abrincar, apreciamos uma activi-dade cultural ou desportivaporque nos habituamos acompreendê-la e a senti-la.Assim é a leitura . Criando o
hábito de ler, convivendo com aspalavras, o discurso, acriatividade e a sua originali-dade , aprendemos a amar acomunicação através dos textos.
Em segundo lugar, há oproblema das outras actividadesaparentemente mais lúdicas queoferecem menor esforço deabstracção e de imaginaçãocomo a televisão, a bandadesenhada, a imagem e ocomputador que vieram dar maiscomodidades ao preguiçoso doimaginário.
Entrev. - Para si , comoseria um livro que os jovensgostassem de ler?
Prof. - Os jovens de hoje,como não estão habituados aconquistar o seu prazer, a ganhardireito ao prazer, são muitodifíceis de motivar. Como estãopouco habituados aos esforços,preferem a novidade e amudança permanente semsequer enraizar o gosto por algoque lhes é aparentemente lúdico.Ora o livro que poderia motivaros jovens tem que reunir, aomesmo tempo, acção, temasactuais (e, porque não, virtuais)numa linguagem acessível , aogosto do jovem , com poucaconotação.
Entrev.- Será que podemossubstituir os computadores e aInternet pelos livros?
Prof.- É impossível substituiro livro por qualquer coisa queseja . Apesar de tudo o livro ficaà mão de ler. É muito maismaneável que a técnica . Fácilde transportar e ser utilizado emqualquer lugar. É umatestemunha imprescindível e umdocumento importante para aevolução e o estudo diacrónicodas línguas.
Entrev.- Que tipo demotivação poderá ser feitapara levar os jovens do séc.XXI a ler?
Prof.- Motivar alguém ésempre difícil porque o ponto departida está no outro. É precisoconhecer os gostos do outro parair ao seu encontro, e os gostosvariam bastante. Mas, de ummodo geral, é preciso escreverlivros acessíveis. Isto é, curtos,dinâmicos e numa linguagempróxima da do dia-a-dia. Nãoquer dizer que o autor não devacriar.
Ana Maria, 10.º 9
Um livro, não se substitui...
Olhar o passado para compreender opresente e preparar o futuro
O português deriva da língua latina (latim popular) e é, emnúmero de falantes, a primeira ou a segunda das línguas românicas.
A língua latina praticava-se a dois níveis fundamentais: o latimliterário ou erudito e o latim popular.
O latim literário exerceu também uma grande influência noaperfeiçoamento da língua portuguesa devido, sobretudo, aos esforçosdos escritores renascentistas. O latim literário teve o seu períodoáureo no séc. I a.c..
Até ao fim da Idade Média, era em latim que se escreviam osdocumentos oficiais.
É inegável a presença da literatura latina na portuguesa. Aliteratura portuguesa herda o culto da beleza estética, certos padrõesartísticos, processos estilísticos e um grande interesse pelo humanoda literatura latina.
Foram muitas as influências dos escritores latinos sobre osportuguesas. São nítidas as influências de Virgílio sobre Camões:tudo isto está bem expresso na sua obra épica “Os Lusíadas”.
Ana Ferreira, Daniela Sofia,Sandro Moreirae Susana Correia
10.º 11
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ESCOLA SECUNDÁRIA DE GONDOMAR
Out./Nov./Dez. . página 12
Morrer de Amor
A linguagem que eles usam
Melo - Não é alguém que fazparte de uma família de supertios. É um beijo que faz com queas temperaturas dos dois corposactuantes subam aos 50 graus.Também conhecido comoChôcho.
Mônga - É um atrasadomental por opção própria ousimplesmente os genes já vieramcom defeito de fabrico e quandoderam conta, o prazo de garantiajá tinha acabado.
Nice - Significa exactamentea mesma coisa que em inglês:bom, agradável. Pode ser ouvidoem frases como: “Aquelachavala é bué da nice!”.
Love is in the air ...
Um Dia dos Namoradospara recordar
Que o dia 14 de Fevereiro éo Dia de Namorados, já não énovidade para ninguém. Nempara o mundo da Internet. Queo digam os internautas já
habituados a navegar nas águasromânticas dos sites dedicadosao amor.
E pensavas tu que o amor jánão tinha nada de novo paraoferecer!!!
Não tens planos para o Diados Namorados? Queresconselhos para o tornar um diainesquecível? Gostavas que tedessem ideias para presentesirresistíveis? Consulta http://lovingyou.com/valentine/.
Aqui vais encontrar ajuda!!!
Se és mais dado(a) aromances literários - e teinteressa a história do romanceatravés do tempo - , poções deamor, chocolates ou flores, entãoconsulta o site http://www.kaplan .com/hol iday/muskrat.html . Este sitedar-te-á também uma ajuda nocaso de não teres ainda percebidomuito bem se ele/ela está ou nãona tua: “10 sinais de não-quero-ser-tua-namorada”. E muitomais.
Podes ainda navegar emhttp:/ /www.geoci t ies.com/H e a r t l a n d / 7 1 3 4 / L o v e /index.html .
Não te vais arrepender. Ésimplesmente o site maisfabuloso sobre o tema. Tudosobre Cupido. Já agora, paraalém do mais, é muitoformativo!!!
Se preferes enviar um postalvirtual, tens milhares depossibilidades.
Aqui vão algumas:
http://www.emotioncards.com.br/http://www.3dgreetings.com/
http://www.lovestories.com/http://www.voxcards.com
Vamos comemorar oDia dos Namorados naescola?
Se já eras aluno cá na escolano ano passado, lembras-te,certamente, de, no dia 14 deFevereiro, teres visto entrar nassalas alguns colegas teus
distribuindo cartas ...de amor. Provavel-mente até fosteum(a) dos(as) felizescontempla-dos(as)!!
Este ano, algu-mas colegas tuas do10.º 8, não queremdeixar passar a dataem branco e prepa-ram-se para repetir“a dose”.
Entra em contac-to com elas (fala com a AnaCatarina, a Ermelinda Sousa, aBruna Monteiro ou a AndreiaVieira), fala com os teusprofessores de Português, deLínguas, de Educação Visual e... mete mãos à obra!!!
Há algumas coisas que, anão ser que mas digam,não me consigo lembrardelas. Por exemplo,nunca me ocorre quetenho o cabelodespenteado antes dealguém me dizer que odevia arranjar. Foi o queaconteceu comigo hoje.A professora dePortuguês falou sobre ascantigas de amor e sobreo “morrer por amor”.
Mas será que alguém, nosdias de hoje, morre por amor?Claro que não. Nunca ninguémmorreu por amor, com excepçãode alguns nobres suicidas noRomantismo ou de outros tantosespalhados pelo tempo. E, apesardisto, parece-me que hoje aspessoas “morrem” menos poramor. É evidente que “morrer”é um pouco exagerado, mas, nos
dias de hoje - que diabo! - chegaa ser raro alguém ficar doente deamor. E então, pergunto eu, ondediabo se meteu o amor ?
Ouvimos falar de sexo todosos dias da semana. Sexo natelevisão, sexo nas revistas, sexonos livros, sexo no noticiário,sexo nas piadas, sexo nas aulas,sexo em todo o lado, a qualquerhora. E o amor ? Onde é que elefica nesta inundação de sexo ?Aonde estão o Romeu e Julietado Século XX ? Não se riam. Ocaso é mais grave do que parece.
Ainda hoje um amigo meume confessou que estava a ficarapaixonado por uma amiga delee que achava isso estranho.Porque estava na idade de“curtir”, o amor não era para alichamado. Aliás, a própriapalavra “apaixonado” não tornaa frase estranha ? Não lhe dáuma demasiada intimidade?
Às vezes penso que, hoje emdia, já não há nem tempo nemespaço para o amor. Apenasexiste feminismo dum lado,
dinheiro do outro, sexo pelaesquerda, machismo pela direita,ambiente por trás e progressopela frente. Será que Camõesvoltaria a escrever “Amor é fogoque arde sem se ver...”; setivesse nascido neste século ?São dúvidas a mais pararespostas a menos. Aonde, sim,aonde fica o amor nesta sopa deconvicções, debates, dinheiro esexo ? “Em lado nenhum”, dirãovocês agora.
Mas o certo é que o amoranda por aí. Muito bem, nãoseria muito benéfico paraalguém fazer uma serenata, oudeclarar-se de joelhos, mas oamor anda por aí. Esconde-se,dissimula-se, observa, espera eataca com a sua inconveniênciahabitual. Não vale a pena fugir.Ninguém está imune, e apesardisso, todos tentam escondê-lo omelhor que podem.
E, às vezes, penso se nãoestaremos a tentar esconderaquilo que temos de melhor.
Manuel Pedro Moreira Farate, 10.º 9
“A língua portuguesa émuito traiçoeira...” -dizia o outro.E a linguagem que osnossos adolescentesfalam, é um “bico deobra”.
Na escola, em Português,aprendem os processos deenriquecimento da língua,nomeadamente os neologismos.E, de facto, se há quem crie
Cool - o Cool é umFixe com pinta. É algoou alguém para quemnós olhamos e dizemosuauuuuu!! É uma ma-neira de estar na vidaque todos invejamos.Uaaauuuuuuu. Todos osgestos que uma pessoacool faz, devem seraprendidos e tatuados nanossa memória paratodo o sempre.
Fixe - O clássico dosclássicos. Está para alíngua portuguesa comoo Picasso está para a pintura. SeCamões estivesse vivo, prova-velmente utilizá-la-ia. Tornou-sepolitica-mente correcto, porcausa da campanha presidencialde Mário Soares: “Soares é fixe”.Significa bom, porreiro oumesmo “está combinado”.
Fónix - Entalaram o dedo naporta. Estão lixados. Queremdizer um palavrão. Qual asolução? Dizem Fónix, osubstituto de “Faça-se amor”.Tem uma variante: Fénix, quesignifica exactamente o mesmo.Mas é muito útil para aquelesdias em que querem dizer doispalavrões cabeludos de seguidae não podem. Fónix Fónix émuito repetitivo.
novas palavras a um ritmoalucinante, são os nossos jovens.
A tal ponto que, muitasvezes, temos alguma dificuldadeem perceber o que eles dizem.
Aqui vão algumas delas,devidamente explicadas, com adevida vénia à revistaADOLESCENTES - que já nãoé uma publicação recente mascontinua a ser incontornável!Obrigatória para pais e filhos!
Bazar - ir embora. Tambémse pode dizer “dar de frosques”.
Bué - O “muito” morreu,viva o bué!! Os adolescentes jánão dizem “muito”!! Estapalavra está morta e enterradauns quilómetros abaixo da terra.O seu descendente chama-sebué. Normalmente, e só por umaquestão de comodidade verbal,não se costuma dizer “Estafotocopiadora tem bué de papel”mas sim “Esta fotocopiadora tembué da papel”. Este preciosismoé muito importante.
Ganda - No poupar é queestá o ganho, e dá menostrabalho passar 12 horas por diaa descarregar peixe, do que dizer“grande”. Vai daí, aparece oganda, que é a versão loja dos300 do “grande”.
MigaseMigalhas