diálogo metropolitano – edição 7 – 24/05/2013

8
» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 7 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO ENEM 2013: governo promete mais segurança e rigor com os erros SAÚDE Sem cura, mas tratável, asma atinge 300 milhões no mundo A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aé- reas, afecção muito comum que pode afetar tanto crian- ças como adultos. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a asma atinge 300 milhões de pesso- as em todo o mundo. No Brasil, 20 milhões de brasileiros convivem com a doença, que leva a óbito cerca de 3 mil pacientes todo ano. PAG 7 » ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS NOSSOS COLUNISTAS Angelina Jolie: lição de uma estrela Lembranças dos tempos de excelência da Varig DIáLOGO METROPOLITANO RIO DE JANEIRO Rio Total: a bela Vanessa Giácomo PAG 8 DÉBORAH FONSECA PAG 2 HAMILTON VASCONCELLOS PAG 3 Visando reconquistar a credibilidade abalada pela tolerância com diversos erros cometidos em redações no ano passado, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, passou por significativas mudanças a fim de ter mais rigor nas correções. As inscrições para a prova deste ano, que será aplicada nos dias 26 e 27 de outubro em todos os estados e no Distrito Federal, vão até o dia 27 de maio. E o interesse já é bastante expressivo. PAG 4 ECONOMIA CULTURA Rádio MEC FM comemorou seu 30º aniversário em 2013 Música erudita tocando no rádio? Em estação FM, ainda por cima? Pois é, essa rádio não só existe como está lo- calizada no Rio de Janeiro. Estamos falando da MEC FM, que neste mês de maio comemorou 30 anos de existên- cia. A MEC FM é sucessora da primeira emissora de rádio do Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923 por Edgard Roquette Pinto. Em 1932, a estação pioneira do país foi doada ao governo com a condição de que a programação da mesma se restringisse a um conteúdo educativo e cultural. PAG 5 Despoluição dos rios, será que agora vai? Vale do Café ganha Guia Ilustrado DANIELLE DENNY PAG 4 RENATA PALMIER PAG 4 Redford mostra desencanto político no suspense A não convocação de Ronaldinho Gaúcho HAMILTON ROSA JÚNIOR PAG 5 JOSÉ CARLOS CICARELLI PAG 6 A polêmica sobre os médicos importados O município de Resende é um local privilegiado DRA. LÍVIA MARIA GENNARI PAG 7 REINALDO COSTA PAG 8 ESPORTES Os atletas começavam a correr pelo Leme em direção à Praia do Botafogo e Aterro do Flamengo, passando por Ipane- ma, Leblon e retornando ao Leme. Esse foi o cenário da primeira Maratona da Cidade do Rio de Janeiro, realizada em 1979. 34 anos depois e com mais reconhecimento, o Rio recebe mais uma vez a maratona considerada pelos amantes da distância como a mais encantadora. A prova reunirá mais de 20 mil corredores no dia 7 de julho e as inscrições po- dem ser feitas até o dia 20 de junho. As corridas de rua caíram no gosto do brasileiro. PAG 6 DIÃLOGOS “O Rio de Janeiro praticamente se tornou o centro do mundo” Vinícius Assumpção é botafoguense roxo, ou melhor, alvi- negro. Ao entrar em seu escritório, é fácil perceber qual o seu time do coração pelas bandeirinhas espalhadas pela mesa. Na hora em que o cafezinho chega, a única xícara diferente – com o escudo do clube – é a de Vinícius. “Aqui não entra ninguém de vermelho e preto”, brinca. Aos 50 anos de idade, Vinícius já atuou na vice-presidência do Botafogo e hoje é membro do Conselho Deliberativo do clube. Bancário desde 1985, presidiu o Sindicato dos Ban- cários do Rio de Janeiro. PAG 2 Maratona do Rio Falta de investimentos, taxas e burocracia são os vilões do Brasil Banco Internacional do Desenvolvimento lista o Brasil como o país que mais arrecada impostos na América Latina. PAG 3

Upload: dialogo-metropolitano

Post on 05-Feb-2016

220 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Edição 07 do jornal Diálogo Metropolitano – Rio de Janeiro

TRANSCRIPT

Page 1: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 7 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

ENEM 2013: governo promete mais segurança e rigor com os erros

SAÚDE

Sem cura, mas tratável, asma atinge 300 milhões no mundo

A asma é uma doença infl amatória crônica das vias aé-reas, afecção muito comum que pode afetar tanto crian-ças como adultos. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a asma atinge 300 milhões de pesso-as em todo o mundo. No Brasil, 20 milhões de brasileiros convivem com a doença, que leva a óbito cerca de 3 mil pacientes todo ano. PAg 7

» ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS

NOSSOS COLUNISTAS

Angelina Jolie: lição de uma estrela

Lembranças dos tempos de excelência da Varig

DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

Rio Total: a bela Vanessa GiácomoPAG 8

DÉBORAH FONSECAPAg 2

HAMILTON VASCONCELLOSPAg 3

Visando reconquistar a credibilidade abalada pela tolerância com diversos erros cometidos em redações no ano passado, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), promovido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação, passou por signifi cativas mudanças a fi m de ter mais rigor nas correções. As inscrições para a prova deste ano, que será aplicada nos dias 26 e 27 de outubro em todos os estados e no Distrito Federal, vão até o dia 27 de maio. E o interesse já é bastante expressivo. PAG 4

ECONOMIA

CULTURA

Rádio MEC FM comemorou seu 30º aniversário em 2013

Música erudita tocando no rádio? Em estação FM, ainda por cima? Pois é, essa rádio não só existe como está lo-calizada no Rio de Janeiro. Estamos falando da MEC FM, que neste mês de maio comemorou 30 anos de existên-cia. A MEC FM é sucessora da primeira emissora de rádio do Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada em 1923 por Edgard Roquette Pinto. Em 1932, a estação pioneira do país foi doada ao governo com a condição de que a programação da mesma se restringisse a um conteúdo educativo e cultural. PAg 5

Despoluição dos rios, será que agora vai?

Vale do Café ganha Guia Ilustrado

DANIELLE DENNYPAg 4

RENATA PALMIERPAg 4

Redford mostra desencanto político no suspense

A não convocação de Ronaldinho Gaúcho

HAMILTON ROSA JÚNIORPAg 5

JOSÉ CARLOS CICARELLIPAg 6

A polêmica sobre os médicos importados

O município de Resende é um local privilegiado

DRA. LÍVIA MARIA GENNARIPAg 7

REINALDO COSTAPAg 8

ESPORTES

Os atletas começavam a correr pelo Leme em direção à Praia do Botafogo e Aterro do Flamengo, passando por Ipane-ma, Leblon e retornando ao Leme. Esse foi o cenário da primeira Maratona da Cidade do Rio de Janeiro, realizada em 1979. 34 anos depois e com mais reconhecimento, o Rio recebe mais uma vez a maratona considerada pelos amantes da distância como a mais encantadora. A prova reunirá mais de 20 mil corredores no dia 7 de julho e as inscrições po-dem ser feitas até o dia 20 de junho. As corridas de rua caíram no gosto do brasileiro. PAg 6

DIÃLOGOS

“o Rio de Janeiro praticamente se tornou o centro do mundo”Vinícius Assumpção é botafoguense roxo, ou melhor, alvi-negro. Ao entrar em seu escritório, é fácil perceber qual o seu time do coração pelas bandeirinhas espalhadas pela mesa. Na hora em que o cafezinho chega, a única xícara diferente – com o escudo do clube – é a de Vinícius. “Aqui não entra ninguém de vermelho e preto”, brinca.Aos 50 anos de idade, Vinícius já atuou na vice-presidência do Botafogo e hoje é membro do Conselho Deliberativo do clube. Bancário desde 1985, presidiu o Sindicato dos Ban-cários do Rio de Janeiro. PAg 2

Maratona do Rio

Falta de investimentos, taxas e burocracia são os vilões do BrasilBanco Internacional do Desenvolvimento lista o Brasil como o país que mais arrecada impostos na América Latina. PAG 3

Page 2: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

DiREToRAMônika Santos Ferreira

DiREToRA DE REDAÇÃoDéborah FonsecaJornalista Responsável

EDiToR CHEFEJônatas Mesquita | MTb [email protected]

REDAÇÃoJonas GonçalvesRaul [email protected]

REViSÃoBianca Montagnana

DiAgRAMAÇÃoRoberta Furukawa Bartholomeu

ColUNiSTASDanielle Denny, Déborah Fonseca, Hamilton Rosa Jr., Hamilton Vasconcellos, José Carlos Blat, José Carlos Cicarelli, Liliane Ventura, Lívia Gennari, Reinaldo Costa, Renata Palmier e Thell de Castro.

PROJETO GRÁFICO E EDITORIALNews Prime Comunicação & [email protected]

REDAÇÃOAvenida das Américas, 3.500Bloco 05 | Sala 313 | Rio de Janeiro | RJ IMPRESSÃOGráfi ca Lance

os artigos assinados são de responsabili-dade de seus autores, não refl etindo, ne-cessariamente, a opinião do jornal

DIÁLOGO MetropolitanoPUBliCADo PElA AlPHA PRiME EDiToRA E JoRNAliSMo lTDA.ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

REFlEXÕESDéborah Fonseca | Jornalista

lição de uma estrela

Acredito que qualquer pessoa que tenha acom-panhado de perto o calvário de um parente próximo e muito querido diagnosticado com cân-cer e submetido a exaus-tivas sessões de quimio e radioterapia para, depois, ser vencido pela doença, fi caria, no mínimo, muito perturbada com a notícia de que suas chances de desenvolver o mesmo

mal ultrapassa a casa dos 80%. Por isso, nesse senti-do, a notícia de que a atriz Angelina Jolie se submeteu a uma mastectomia dupla preventiva para evitar que fosse acometida pelo mes-mo problema de sua mãe não chegou a me surpreen-der. O que me levou à refl e-xão foi o fato de uma mulher que é tida como um ícone de beleza, benevolência, com uma personalidade contro-

vertida e casada com um dos homens mais cobiça-dos do planeta, revelou de forma tão contundente um problema que põe em xeque a sua própria hu-manidade. Sem pudores, ela mostrou ao mundo o seu medo de desenvol-ver a doença, ainda que seus argumentos sejam nobres, como a preocu-pação com os fi lhos, e a mutilação de um dos sím-bolos de sua feminilidade, mesmo que estes tenham sido reconstituídos pelo Michelangelo da cirur-gia plástica restauradora. Enfi m, mostrou que até mesmo uma estrela de Hollywood padece com os mesmos problemas que qualquer outro mor-tal. Angelina se despiu do mito. A fama, o dinheiro, o reconhecimento, a be-leza, não são antídotos. Angelina, como qualquer outra mulher, enfrenta problemas em seu co-tidiano, paga um preço pelo que representa e possui. Vai envelhecer, adoecer, sofre, tem me-dos, difi culdades. Nesse momento, quem deseja ser Angelina?

2 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013

DIÁLOGOS

“o Rio de Janeiro praticamente se tornou o centro do mundo”RAUL RAMOS

Vinícius Assumpção é bo-tafoguense roxo, ou melhor, alvinegro. Ao entrar em seu escritório, é fácil perceber qual o seu time do coração pelas bandeirinhas espa-lhadas pela mesa. Na hora em que o cafezinho chega, a única xícara diferente – com o escudo do clube – é a de Vinícius. “Aqui não en-tra ninguém de vermelho e preto”, brinca.

Aos 50 anos de idade, Vi-nícius já atuou na vice-presi-dência do Botafogo e hoje é membro do Conselho De-liberativo do clube. Bancá-rio desde 1985, presidiu o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro nas gestões 2003/2006 e 2006/2009.

Vinícius é formado em Ad-ministração de Empresas, qualifi cação que o torna a pessoa ideal para comandar a Secretaria Especial de De-senvolvimento Econômico Solidário (SEDES) da Prefei-tura do Rio de Janeiro.

A Secretaria iniciou suas atividades em janeiro de 2009, com o objetivo de elaborar projetos de desen-volvimento local e economia solidária, pautados no asso-ciativismo e no coletivismo, na auto-gestão e em redes produtivas. Em pouco mais de quatro anos, os resul-tados alcançados são bas-tante signifi cativos, como conta o Secretário Vinícius Assumpção em entrevista ao Diálogo Metropolitano.

Como funciona o traba-

lho da Secretaria Especial de Desenvolvimento Eco-nômico Solidário?

A Secretaria é nova aqui no município, tem apenas quatro anos de existência. Nós trabalhamos, basica-mente, com foco na econo-mia solidária, cujo principal objetivo é entrar nos territó-rios da região e da cidade, fazer um recorte do tecido sócio-produtivo dessas lo-calidades, estudar esse te-cido e ali aplicar ações que possam integrar esses em-preendimentos numa rede. Basicamente, a gente pro-cura pegar tanto os empre-sários como os pequenos empreendedores dentro da comunidade e traze-los para trabalhar em rede, de forma coletiva. Com isso, o processo econômico deles é potencializado, gerando mais emprego e renda para a cidade do Rio de Janeiro.

Como vocês incentivam o empreendedorismo co-munitário?

A gente tem alguns pro-jetos da própria secretaria, que tem como principal objetivo entrar nesses ter-ritórios, pegar esses em-preendimentos e dar uma formação mais geral na área de economia solidária, ten-tando integrar esses empre-endimentos, de forma que se criem redes e eles pos-sam se ajudar. A gente tra-balha para que eles possam ter uma autogestão de seus empreendimentos, mas,

para isso, eles precisam ter uma formação. E é isso que a secretaria faz, dá toda uma formação para que eles pos-sam gerar emprego e renda, tocar o seu negócio e pros-perar.

Nesses quatro anos que vocês estão trabalhando, quais foram as principais ações feitas, quais os prin-cipais projetos?

Nós tivemos algumas ações muito bacanas na cidade. Criamos, por exem-plo, o primeiro banco co-munitário do Rio de Janeiro, na Cidade de Deus. Esse banco criou uma moeda social, assim o empreende-dor tem crédito para o con-sumo e crédito produtivo. O crédito para o consumo é obtido através da moeda social que foi criada e se chama CDD (sigla da Cida-de de Deus). Nós entramos lá e percebemos que eles tinham uma arrecadação bruta em torno de R$ 70 mi-lhões e 80% dela era gasta

VINÍCIUS ASSUMPÇÃO

Vinícius Assumpção

Acredito que qualquer mal ultrapassa a casa dos

fora da comunidade. Então, a moeda social tem como grande objetivo internali-zar essa riqueza que existe dentro da comunidade. Isso é um processo gradual, que leva algum tempo para se concretizar, mas o banco já existe há um ano e meio e vem crescendo a cada mês, consolidando-se dentro da Cidade de Deus. E o objeti-vo é prender a riqueza den-tro da própria comunidade para que possa gerar mais emprego e renda.

Como funciona o progra-ma Polos do Rio de Janeiro?

Hoje existem 24 polos gastronômicos, comerciais e turísticos dentro desse programa, onde a gente en-tra com toda a formação. Te-mos uma governança com seis entidades que traba-lham e estão coordenando esse processo em conjunto com a Prefeitura. Temos, por exemplo, um polo na Praça XV, que é um polo gastro-nômico e cultural. Temos o polo da Intendente Maga-lhães, que é o polo das em-presas de ofi cinas e vendas de carros – polo automotivo. Temos o polo gastronômico da Barra de Guaratiba, o polo gastronômico de Bota-fogo e assim por diante, em toda a cidade. Os empresá-rios da região se reúnem, começam a discutir coleti-vamente e nós, do poder público, junto com as outras entidades que fazem parte da governança, procuramos dar apoio a esses empresá-rios para que eles possam dar um atendimento melhor ao carioca e ao turista e pos-sam gerar mais emprego e renda para a cidade do Rio de Janeiro.

E o Projeto geração Cons-

ciente, como funciona?Nós entramos em três co-

munidades – Maré, Mangui-nhos e Canta Galo – com o principal objetivo de formar agentes e formar uma agên-cia comunitária de comuni-cação. É um projeto muito legal. Inclusive foi criada a campanha chamada Pense Direito, que é um projeto da prefeitura do Rio de Janeiro junto à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor. Estamos criando três agên-cias comunitárias de comu-nicação dentro dessas co-munidades. E a Campanha Pense Direito, ligada direta-mente à defesa do consumi-dor, será lançada no dia 08 de junho no Museu de Arte do Rio (MAR).

A Secretaria tem mais projetos em andamento?

Sim. Nós temos o proje-to de economia solidária chamado RIOECOSOL e entramos em quatro comu-nidades – Santa Marta, Man-guinhos, Alemão e Cidade de Deus – onde nós traba-lhamos a essência da Secre-taria, que é essa questão de juntar os empreendimentos em rede, dar formação na área de economia solidária para que esses empreen-dimentos possam produzir e seguir adiante sozinhos, com mais capacidade e com produtos com qualidade melhor. É isso o que a gente vem procurando fazer.

Vocês também desenvol-veram o Circuito Carioca de Feiras orgânicas. Como ele funciona?

Esse Circuito tem o obje-tivo de trazer o produtor e os produtos semi-orgânicos para a mesa do carioca. Nós já temos seis feiras no mu-nicípio e o prefeito Eduardo Paes vai ampliar o Circuito, pois a população tem sido bastante receptiva. O mais importante é que é levado à população um produto de qualidade, com um preço mais acessível, porque nós tiramos o atravessador, é o produtor direto com o con-sumidor.

Como é a parceria da Se-cretaria com os governos estadual e federal?

A melhor possível. A Se-cretaria atua o tempo todo

em parceria. Por exemplo, nós temos o projeto Rio Economia Solidária, que é uma parceria do Governo Federal com a Prefeitura do Rio de Janeiro via Ministé-rio do Trabalho e Secretaria Nacional de Economia Soli-dária. Temos agora o projeto Geração Consciente, que é via Ministério da Justiça e Secretaria Nacional de De-fesa do Consumidor. Temos o Circuito de Feiras Orgâni-cas, onde estamos fi rmando convênio com a Secretaria Estadual de Ambiente. En-tão, procuramos o tempo todo criar essas parcerias com as três esferas do go-verno para que a gente possa potencializar nossas ações dentro da cidade do Rio de Janeiro.

Como a Secretaria obser-va os grandes eventos que o Rio de Janeiro vai rece-ber a partir deste ano?

Eu tenho falado o tempo todo que nós temos agora uma grande oportunidade, pois temos diversos even-tos. A cidade do Rio de Ja-neiro se tornou o centro do mundo, praticamente. Tere-mos aqui Copa do Mundo, Olimpíada, Paraolimpíada - que vem logo após as Olim-píadas - e Jornada Mundial da Juventude. Vamos ter agora também, através de uma parceria entre Prefeitu-ra e Governo Federal com várias entidades internacio-nais, a Semana Mundial do Comércio Justo, que será na cidade do Rio de Janeiro. En-tão, a cidade vem passando por uma série de transforma-ções estruturais – grandes vias sendo abertas, região do porto sendo toda remo-delada – quer dizer, uma nova cidade vem surgindo, e a nossa Secretaria tem que aproveitar essas oportunida-des para que possamos ter uma ação mais estruturante e que esses eventos pos-sam dar condições de me-lhoria de qualidade de vida e geração de emprego e renda. A Prefeitura tem tido esse cuidado de olhar esses eventos para que a gente possa - assim que eles ter-minarem – ter uma nova ci-dade e melhor qualidade de vida para a população.

Page 3: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

ECONOMIA

3DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013

Falta de investimentos, taxas e burocracia são os vilões do BrasilRAUL RAMOS

A Receita Federal divul-gou no início do ano que o valor arrecadado em 2012 com taxas e contribuições federais foi de 1,029 trilhão de reais, um recorde em comparação aos anos an-teriores. De acordo com o BID (Banco Internacional de Desenvolvimento), so-mos o país que mais arre-cada impostos em toda a América Latina e, em ter-mos mundiais, ultrapassa-mos inclusive países como Estados Unidos e Japão. Para entender de maneira simples como a carga tribu-tária influencia no cotidiano do contribuinte, é como se ele trabalhasse cinco me-ses do ano apenas para pagar taxas e impostos. Em números, isso representa, em média, 40% do salário do brasileiro.

Outro grande problema que atrapalha o cresci-mento, segundo o BID, é a burocracia. No Brasil, as empresas trabalham em média 2,6 mil horas por ano (108 dias) apenas para preencher documentos, encaminhar e recolher os tributos. A média mundial é de 11 dias e meio.

Para Marcel Domingos Solimeo, Superintendente do Instituto de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a car-ga de impostos brasileira é um dos fatores que mais impede o crescimento do país. “Nossa carga tributá-ria é muito alta para o nível

de renda do trabalhador e, além de muito elevada, é pouco racional. Nós tri-butamos investimentos, poupança e o próprio cré-dito que essa poupança irá conceder, o que faz com que os juros sejam altos e se reduza o poder de con-sumo”, explica Solimeo. Para o superintendente, a má gestão da aplicação desses impostos gera uma desconfiança generalizada.

“Temos um sistema de distorções, que arrecada muito e gasta muito com ele mesmo. O que ele de-volve para a sociedade, em proporção com o que é arrecadado, é menor, sem contar a qualidade dos ser-viços. É uma situação muito difícil e que tem muito a ver com o nosso desenvolvi-

mento. Essa má gestão é um freio para o Brasil”, con-clui.

impostômetro

Conhecido por calcular em tempo real o valor que o brasileiro pagou em im-postos até o momento, o impostômetro fica localiza-do na sede da Associação Comercial de São Paulo e se transformou em refe-rência para os altos valores que o governo arrecada. Inaugurado em abril de 2005 pela ACSP, em parce-ria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o painel eletrônico atingiu no começo de maio a cifra de R$ 600 bilhões em impostos federais, es-taduais e municipais pagos

TURiSMo EM AÇÃoHamilton Vasconcellos | Advogado

lembranças dos tempos de excelência da Varig

Lembro a época que a VA-RIG era a imagem do Bra-sil no exterior. As lojas da VARIG espalhadas pelo Mundo eram uma “em-baixada” brasileira. Claro, o Rio de Janeiro era can-tado e exposto em fotos, imagens e vídeos da com-panhia aérea.Todos sabem o que acon-teceu com a VARIG. Infe-lizmente, nenhuma com-panhia aérea assumiu esse posto. A TAM, do Comandante Rolim, seria a substituta natural, mas o triste acidente aéreo em 2001 impediu.A TAM deixou de ser a companhia aérea brasi-leira. E qual foi o destino mais prejudicado? Sem dúvida, o Rio de Janeiro.Colocar a culpa no Ga-leão ou no Santos Du-mont é uma cortina de fumaça. Os aeroportos de Guarulhos e Congonhas possuem os mesmos pro-blemas. Então, por que a transferência de inúme-ros voos para São Paulo? Simples. O binômio carga – passageiro é que sus-tenta a aviação comercial

moderna. Uma carga embar-cada em Paris com destino a Recife é transportada até o aeroporto de Guarulhos e de lá transferida para um voo com destino a Recife.Vamos pensar! Seria possí-vel levar esta carga em um voo de Paris para o Galeão? Sim, mas se do Rio para Re-cife só existem voos do San-tos Dumont, como levar esta carga até o Santos Dumont? Qual o preço deste trans-porte? Por isto e por causa da paralisação de voos, a TAM, a principal companhia aérea do país, transformou São Paulo no principal por-tão de entrada do país.Para completar, a TAM sus-pendeu os voos do Rio para Frankfurt, Paris e Orlando. Por que suspender? Esses voos davam prejuízo? Desa-fio a TAM a dizer que sim.O voo TAM Rio-Orlando, segundo a Embratur, cola-borou com a expansão de 18,52% da malha aérea do

Brasil-EUA no último ano. Então por que este voo foi suspenso em abril de 2013?Também em 2012, a Ale-manha se tornou o 3º maior emissor de turistas para o Brasil. Por que sus-pender o voo TAM Rio-Frankfurt?O Rio Convention & Vi-sitors Bureau, entidade privada responsável pela captação de eventos para o Rio de Janeiro, acredi-ta que a decisão da TAM prejudica o Rio em rela-ção a São Paulo nas dis-putas para sediar eventos e congressos.Neste segmento, a Fran-ça é o 3º maior grupo de turistas no Rio: 32,6% vêm para negócios ou congressos. Porque sus-pender o voo TAM Rio-Paris?A perda de congressos e eventos e de outros seto-res do turismo acarretam em diminuição de lucros e, possivelmente, em de-missões.Depois de tudo isso, será que o carioca ainda vai voar de TAM?

PAU

LO P

AM

POLI

N/H

yPE

NEw

TON

SA

NTO

S/H

yPE

pelos brasileiros desde o 1º dia do ano. Em 2012, esse valor só foi alcançado no dia 22 de maio, ou seja, 16 dias mais tarde na compa-ração entre os dois perío-dos.

Rogério Amato, presiden-te da Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP) e da Federação das As-sociações Comerciais do Estado de São Paulo (Fa-cesp), acredita que a falta de compreensão sobre os impostos é prejudicial a todos. “A superposição de impostos, a falta de clareza das regras e a complexi-dade da legislação geram uma parafernália burocrá-tica que acarreta pesados custos para as empresas e gera grande insegurança e riscos”, afirma Rogério.

Cai percentual de cheques devolvidos em abril

O percentual de cheques devolvidos em abril ficou em 2,09% do total de docu-mentos compensados em todo o país. O percentual foi menor do que os 2,36% registrados em março, de acordo com o Indicador Se-rasa Experian de Cheques Sem Fundos. Na compara-ção com abril do ano pas-sado (2,08%), o resultado ficou praticamente estável. Quando avaliados o acumu-lado de janeiro a abril deste ano, houve 2,09% de de-voluções, contra 2,05% no mesmo período de 2012.

Quando analisadas as re-giões, o Norte apresentou 4,48% de cheques devol-

vidos, enquanto em março deste ano esse percentual foi 5% e, em abril de 2012, 4,5. Já no Nordeste, a de-volução de cheques em abril chegou a um índice de 4,21% do total de che-ques compensados, menor que os 4,73% registrados em março. Em abril do ano passado, o Nordeste teve 3,67% dos cheques devol-vidos.

Na Região Sudeste, a proporção ficou em 1,64% em abril, ante 1,84% em março de 2013 e 1,67% em abril do ano passado. No Sul, o percentual de che-ques devolvidos chegou a 1,98% em abril, inferior ao

registrado no mês anterior (2,30%), mas superior ao de abril de 2012 (de 1,93%).

De acordo com os eco-nomistas da Serasa Expe-rian, historicamente o mês de abril registra quedas na quantidade de devoluções de cheques. Na compara-ção entre abril de 2013 e o mesmo mês de 2012 e entre os primeiros quadri-mestres dos dois anos, o aumento ocorreu devido ao impacto da inflação no salário, ao alto comprome-timento da renda com dívi-das, ao crédito mais seleti-vo e à elevação dos juros. (Flávia Albuquerque/Agên-cia Brasil)

Marcel Domingos Solimeo Impostômetro da ACSP

Page 4: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

4 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

BRASIL E MUNDO

ENEM 2013: governo promete mais segurança e rigor com os erros

Visando reconquistar a credibilidade abalada pela tolerância com diversos er-ros cometidos em redações no ano passado, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), promovido pelo Ins-tituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aní-sio Teixeira (Inep), do Minis-tério da Educação, passou por significativas mudanças a fim de ter mais rigor nas correções. As inscrições para a prova deste ano, que será aplicada nos dias 26 e 27 de outubro em todos os estados e no Distrito Fede-ral, vão até o dia 27 de maio. E o interesse já é bastante expressivo. Somente no pri-meiro dia (13 de maio), cerca de 473 mil inscrições foram realizadas.

Os interessados deverão se inscrever pela internet, no endereço http://siste-masenem2.inep.gov.br/ins-cricaoENEM. Voltado para aqueles que já concluíram ou vão concluir o Ensino Médio até o final de 2013, o exame também pode ser fei-to por aqueles que deseja-rem treinar para fazer a pro-va. O desempenho é uma importante referência para o Sistema de Seleção Unifica-da (Sisu), que oferece vagas em universidades públicas, para os programas Univer-sidade para Todos (ProUni) e Ciência sem Fronteiras, e também para o recebimento do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O ENEM é composto por uma redação e quatro pro-vas objetivas, cada uma

e mental, dislexia, déficit de atenção, autismo ou outra necessidade especial. O atendimento específico é oferecido a gestantes, lac-tantes, idosos, estudantes em classe hospitalar e aos sabatistas que, por motivo religioso, não podem ter atividades aos sábados, no período diurno.

Os estudantes maiores de 18 anos que ainda não obti-veram a certificação do en-sino médio podem fazê-lo por meio do ENEM. Eles de-vem pedir, na inscrição, que o resultado do exame seja usado para a certificação. Também devem indicar uma das instituições certificado-ras que constam no edital do exame.

Ao finalizar a inscrição, o participante deve verificar se ela foi concluída com su-cesso e guardar o número e a senha. É com essas in-formações que o candidato poderá acompanhar o pro-cesso de inscrição e, além disso, consultar e imprimir o cartão de confirmação. Caso esqueça ou perca a senha,

o candidato poderá recupe-rá-la pelo endereço http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricaoENEM. Alterações nos dados cadastrais, na ci-dade de provas e na opção de língua estrangeira são permitidas apenas até o fim do período de inscrição.

Só depois que o aluno fi-zer o pagamento a inscrição será confirmada. No caso de isenção, isso ocorrerá após comprovados os dados fornecidos. Depois dessa etapa, o participante rece-berá em casa o cartão de confirmação de inscrição, que terá um número, assim como a data, hora, o local de realização das provas, a opção de língua estrangeira e outras informações espe-cíficas.

Uma novidade para este ano é a divulgação no cartão de inscrição de um telefone pelo qual candidatos com alguma condição especial (gestantes, pessoas com de-ficiência) serão orientados. Essa edição trará também dois modelos de prova com letras maiores.

ECoNoMiA VERDE

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin lançou, em parceria com a organização de empre-sários Movimento Brasil Competitivo, um plano de despoluição para os rios da Região Metropo-litana de São Paulo que pretende despoluir no Sistema Tietê-Pinhei-ros até 2019. Mas, para o sucesso da iniciativa, o Estado de São Paulo precisará ter 100% de es-goto tratado, uma eficaz gestão de resíduos e fo-mento para a desconta-minação de terrenos. Segundo a meta do go-verno, a universalização do tratamento de esgoto nas cidades do interior do Estado será em 2014;

O Vale do Café acaba de ganhar um guia ilustrado e abrangente. A região do sul fluminense é, nos dias de hoje, polo turís-tico repleto de atrativos

Danielle Denny | Advogada

Será que agora vai?

nos municípios do litoral, em 2016 e, em 2019, na re-gião metropolitana de São Paulo. “A universalização do tratamento do esgoto é uma questão de saúde pú-blica. Vai afastar o esgoto de perto das casas das pes-soas e propiciar a recupe-ração dos rios”, reconhece Alckmin.A limpeza dos rios Tietê e Pinheiros precisa ser feita do interior para a capital, pois, se os rios menores que os alimentam continu-arem poluídos, comprome-tem todo o esforço feito na capital, conforme ensina Rodolfo Costa e Silva, co-ordenador do Comitê de Requalificação Urbana e Social das Marginais.Além do saneamento, o

culturais, e está retratada em detalhes no Guia Cultural do Vale do Café, que tem apoio institucional da Secretaria de Estado de Cultura e foi lança-do pela Editora Cidade Viva.

desafio pressupõe o ge-renciamento dos demais resíduos de forma efi-ciente. Situações como depósitos de entulhos nas margens dos rios precisam ser fiscalizadas e os responsáveis devem ser penalizados de ma-neira exemplar. E, dado o histórico de industriali-zação que a cidade pos-sui, diversas áreas que eram fábricas ainda con-têm contaminantes, que podem ser carregados pelas chuvas e contribuir para o aumento dos ní-veis de poluição dos rios. Tomara que o governo paulista consiga cum-pr i r sua meta, mas o desafio é amplo e trans-disciplinar.

Os oito mil exemplares do livro serão distribuídos gratuitamente em todo o estado, nas secretarias de turismo da região. As 168 páginas trazem 114 verbe-tes fartamente ilustrados com dados sobre espaços culturais e expressões ar-tísticas, artesanato e pro-dutos típicos, fazendas históricas e hospedagem, cafés, bares e restaurantes temáticos, além de perso-nagens e outros atrativos de uma das quatro regiões do Vale do Café. A obra divide as áreas do Vale em quatro regiões: a primeira abrange os municípios de Resende, Barra Mansa e Volta Redonda. As cidades de Barra do Piraí, Pinheiral, Piraí e Rio Claro integram a 2ª região; a 3ª inclui Vas-souras, Paty do Alferes, Miguel Pereira, Engº Pau-lo de Frontin, Paracambi, Mendes e Paraíba do Sul, Valença e Rio das Flores integram a última região. A obra é ilustrada e traz um calendário que informa as principais festas e eventos da região.Exemplares gratuitos po-dem ser solicitados pelo telefone (21) 2233-3690.

NoSSA CUlTURARenata Palmier | Relações Públicas

Vale do Café ganha guia ilustrado

JONAS GONÇALVES

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013

com 45 questões de múlti-pla escolha. No primeiro dia, os inscritos farão provas de ciências humanas e da natu-reza, com duração de 4h30. No segundo dia, as provas aplicadas serão de lingua-gens e códigos, matemática e redação, com duração de 5h30.

Uma das principais preo-cupações do Governo Fede-ral é com a abstenção, que foi expressiva em 2012. A importância de comparecer às provas foi ressaltada pelo ministro da Educação, Aloi-zio Mercadante, ao anun-ciar o edital do ENEM 2013. “Apelo para aqueles que se inscreverem para que real-mente façam o ENEM. Os custos levam em conta os inscritos e temos tido uma diferença importante”. No ano passado, foram 5,8 mi-lhões de inscritos, dos quais somente 4,3 milhões fize-ram a prova.

Rigidez e precauçõesUma das medidas ado-

tadas pelo Ministério da Educação para fazer com que o exame seja, de fato, uma avaliação dos conhe-cimentos dos estudantes é a intolerância com textos de redação que contenham trechos inadequados ou in-coerentes. Quem cometer erros desse tipo terá a prova zerada, ao contrário do que ocorreu em alguns casos no ano passado.

Além disso, serão aceitos apenas desvios gramaticais excepcionais e que não se repitam na redação. O mi-

nistro Aloizio Mercadante afirmou que caberá à banca considerar se um erro gra-matical é uma exceção. “A regra é clara, mas a interpre-tação do juiz nem sempre é um consenso. Tem um grau que compete à banca, não tem como prever o grau que será aceito ou não. O que podemos dizer é que será mais rigoroso”, enfatizou.

A expectativa para este ano é de uma correção mais criteriosa, que poderá ter em alguns casos um terceiro avaliador. Essa alternativa só será utilizada quando hou-ver uma diferença superior a 100 pontos entre as notas dos dois primeiros correto-res. Em 2012, a discrepância tolerada era de 200 pontos. Os corretores terão mais ho-ras de capacitação e serão acompanhados e avaliados. Eles poderão ser dispensa-dos inclusive durante o pro-cesso de análise das pro-vas. Além disso, tanto para a nota máxima na redação, que é mil, quanto para erros gramaticais considerados como exceções, os avalia-dores deverão apresentar justificativas.

A segurança das provas também é tratada como prioridade. O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, declarou que a instituição estuda a possibilidade de colocar lacres eletrônicos em todos os malotes de transporte de provas do ENEM. Esses lacres regis-tram o horário do fechamen-to do malote na gráfica e o horário em que foi aberto no

local de aplicação da prova, aumentando assim a segu-rança no processo.

“Os resultados são extre-mamente positivos e nos dão muita segurança so-bre a hora exata em que os malotes são abertos”, disse Costa ao participar de audi-ência pública sobre a cor-reção de provas do ENEM na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. No ENEM de 2012, os lacres eletrônicos foram usados para fechar dez mil malotes de provas, aproximadamen-te 25% do total. Os lacres podem ser usados em até seis exames.

Como se inscreverPara fazer a inscrição, o

candidato deve ter em mãos os números do Cadastro de Pessoa Física (CPF) e do documento de identidade. Será cobrada uma taxa de R$ 35, que deve ser paga até o dia 29 de maio. Estu-dantes que concluírem o ensino médio em escolas públicas no ano de 2013 e participantes com renda mensal per capita de até um salário mínimo e meio estão isentos da taxa de inscrição. Aqueles que solicitarem a isenção deverão dispor dos documentos que compro-vem a renda.

O participante que preci-sa de atendimento diferen-ciado ou específico deverá informar a necessidade no ato da inscrição. O atendi-mento diferenciado é pres-tado a pessoas com defici-ência visual, auditiva, física

Page 5: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

Rádio MEC FM comemorou seu 30º aniversário em 2013

Música erudita tocando no rádio? Em estação FM, ainda por cima? Pois é, essa rádio não só existe como está localizada no Rio de Janeiro. Estamos falando da MEC FM, que neste mês de maio comemorou 30 anos de existência.

A MEC FM é sucessora da primeira emissora de rádio do Brasil, a Rádio Socieda-de do Rio de Janeiro, fun-dada em 1923 por Edgard Roquette Pinto. Em 1932, a estação pioneira do país foi doada ao governo com a condição de que a progra-mação da mesma se restrin-gisse a um conteúdo edu-cativo e cultural e não fosse instrumento de proselitismo algum, fosse comercial, po-lítico ou religioso.

Incorporada ao Ministé-rio da Educação, que deu o nome à rádio – que mais tarde viria a se chamar Rá-

dio MEC (Música, Educação e Cultura) – a estação se especializou em reprodu-zir músicas clássicas, ce-dendo espaço a músicos e compositores. Quando a banda FM surgiu, em 10 de maio de 1983, os mesmos preceitos foram adotados e, inclusive, durante as pri-meiras transmissões, a pro-gramação foi a mesma da onda AM.

Com o slogan “A rádio de música clássica do Brasil”, a MEC FM consolidou seu perfil no rádio nacional com uma programação ampla e diversificada. Além de exi-bir todo o universo da cha-mada música de concerto – que corresponde a 85% da grade – a rádio também reproduz ritmos como jazz, instrumental popular brasi-leiro, bossa nova e trilhas sonoras de cinema. “Bus-camos refletir na grade de

5DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

CULTURA

THEll VÊ TV Thell de Castro | Jornalista

NA TEloNA

Num momento delicado como o atual, em que o terrorismo parece ser encarado pelos Estados Unidos como a maior ameaça estrangeira, Ro-bert Redford chega com um filme onde ele pró-prio é um ex-terrorista. No thriller Sem Prote-ção, uma facção de ati-vistas anti-Vietnã some depois de um assalto a banco, que provocou a morte de um guarda. Trinta anos depois, uma das integrantes, vivida por Susan Sarandon, é capturada. Todos os en-volvidos deram um jeito de se esconder, mas um jovem jornalista, vivido por Shia Labouf, o ga-roto-herói de Transfor-mers, move uma investi-gação paralela e, vejam só, desmascara o líder Redford, que estava vi-vendo tranquilamente com a filha numa cidade do interior. Claro que Redford está um tanto velho para as cenas de perseguição, mas o fato é que não é bem na caçada que Re-dford, como diretor, está interessado. Quer sim

mostrar a história dos ati-vistas e como cada um foi perdendo a paixão, deixan-do de acreditar numa cau-sa, e foram partindo para o desencanto da clandesti-

nidade. Conta para isso com um elenco de peso, com ótimas atuações de Brendan Gleeson, Sam Elliot, Nick Nolte e Julie Christie.

Hamilton Rosa Júnior | Jornalista e Crítico de Cinema

Redford mostra desencanto político no suspense Sem Proteção

sódios com os mais varia-dos temas (mudança de sexo, prostituição, cadá-veres, tratamentos polê-micos, fanatismo, cirurgia plástica, nudismo e com-pulsão) e com a participa-ção de três personagens reais em cada um deles, além de especialistas ana-lisando estes tabus.

» “Na primeira temporada, foram três episódios. Nesta segunda temporada, resol-vemos trazer mais episó-dios, acrescentando outros assuntos de interesse do público. Temas que trazem conflitos e questionamen-tos aos telespectadores, escolhidos por serem tabus em nossa cultura. A propos-

» No dia 05 de junho, às 22h15, estreia a segun-da temporada de “Tabu Brasil” no canal Nat Geo. Nesse dia, serão exibidos dois episódios inéditos, sobre mudan-ça de sexo e cadáveres.

» O programa acompa-nha histórias de per-sonagens da vida real por todo o país. Pesso-as estigmatizadas por carregarem consigo verdades, muitas vezes inacreditáveis aos olhos da sociedade, expõem suas vidas em mais uma produção nacional do canal.

» Ao todo, são oito epi-

ta do formato é gerar a dúvida no telespectador sobre o que é certo e o que é errado - se é que dá para haver julgamen-to dentro dos assun-tos escolhidos”, afirma Paulo Franco, vice-pre-sidente de Programa-ção e Conteúdo da Fox International Channels Brasil.

» “De maneira dinâmi-ca e inteligente, Tabu Brasil busca trazer à tona tabus do cotidiano brasileiro ou comuns a outras culturas convi-dando o telespectador a conhecê-los, aden-trando um universo evitado, escondido ou renegado. A série não toma partido e não jul-ga. Apenas coloca luz onde antes se vivia na penumbra, mostrando os dois lados”, conta o diretor-geral da série, Kiko Ribeiro.

» Para concretizar este projeto, o Nat Geo con-ta, mais uma vez, com a parceria da BossaNova-Films, responsável pela produção dos episódios.

RAUL RAMOS

programação todo o espec-tro da música clássica, que é imenso, vai do período medieval aos dias de hoje”, explica o coordenador da MEC FM, Marcelo Brissac, em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com Lauro Gomes, que trabalha há 40 anos na Rádio MEC e acom-panhou todo o processo de implantação do sistema FM, foram necessários três anos para a definição de uma grade completa. “Paulatina-mente, a programação foi se diferenciando, até que ficou decidido que a AM fi-caria com a música popular e os programas educativos e a FM com a música clás-sica, a música de concerto”, disse em entrevista à Agên-cia Brasil.

Para comemorar a data especial, a Rádio MEC ela-borou uma programação

diferenciada e um concerto de gala realizado no dia 10 de maio. Ao todo, 26 músi-cos participaram do even-to, entre eles o clarinetista José Botelho e as pianistas Maria Josephina Mignone, Maria Teresa Madeira e Cla-ra Sverner.

Hoje instalada nas de-pendências da TV Brasil, na Avenida Gomes Freire, a Rádio MEC também ope-ra com dois canais AM, um no Rio e outro em Brasí-lia. A emissora conta com uma estrutura composta por diversos estúdios, pia-nos de cauda, além de ter um acervo valioso, tesouro inestimável, com centenas de programas educativos / culturais e gravações musi-cais exclusivas.

Programação

A MEC FM toma cuidado para organizar as músicas dentro da sua programa-ção, uma vez que o reper-tório de música erudita contemporânea enfrenta

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013

dificuldade de aceitação por parte do público. “Para compreender a música contemporânea, a pessoa tem que ter um ouvido mais aberto, mais desprendido de preconceito contra os sons dissonantes”, diz Bris-sac.

Procurando escolher as músicas corretas para exe-cutar em horários espe-cíficos do dia, a MEC FM apresenta, de segunda a sexta-feira, das 06 às 22h (e nos sábados até meio-dia), programação musical ao vivo, do estúdio, coman-dada por seus locutores e apresentadores. Essa pro-gramação segue a ordem cronológica da história da música, começando pela manhã com os períodos medieval e barroco, segui-da pelos clássicos do ro-mantismo e chegando, ao final da tarde, às correntes mais modernas. “Nós não tocamos, por exemplo, Schoenberg e música ele-troacústica às 8h da ma-nhã”, afirma Brissac.

À noite, das 20h às 22h, o horário da emissora é ocu-pado por uma programação “de harmonia”, com cada dia da semana dedicado a um conceito diferente da música clássica: composi-tores brasileiros, música do século 20, música antiga.

A partir das 22h, são transmitidos programas para os quais a rádio conta com produção de terceiros. “São pessoas que tanto podem ser da casa quanto de fora, mas que produzem programas variados: música clássica, jazz, choro, música popular brasileira, tanto ins-trumental quanto cantada”, explica o coordenador.

Ao longo desses 30 anos dedicados à música clássi-ca, uma certeza é eviden-te: A Rádio MEC FM pode não ser a única emissora especializada em música clássica no país, mas sua tradição, qualidade sonora e conteúdo diferenciado a tornam uma das maiores, senão a maior, rádio erudita do Brasil.

Fernanda Montenegro participa de programa da rádio

Apresentação do Trio Aquarius

Page 6: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

PASSA A BolA...José Carlos Cicarelli | Cronista esportivo

» A não convocação de Ronaldinho Gaúcho constituiu-se em grande surpresa para a maio-ria dos jornalistas que especulavam a lista de Felipão para a Copa das Confederações. Agora, alguns entendem que o motivo para o fato inclui a baixa produtividade do jogador com a camisa da seleção, além de ter uma postura um tanto rebelde para os conceitos do trei-nador. Entretanto, depois das grandes exibições do craque jogando pelo Galo Mineiro, esperá-vamos que ele, apesar disso, acabasse sendo convocado, o que não aconteceu. Os atletica-nos ficaram frustrados. Dizem também que a questão comportamental tirou o volante Ramires da lista de Felipão.

» Confirmado. Na Copa das Confederações a FIFA contará com equipa-mento dotado de tecno-logia de última geração para detectar se a bola ultrapassou ou não a li-nha de gol. As imagens são processadas em tempo real e no momen-

to em que a bola ultrapassar inteiramente a linha, um sinal de rádio é enviado imediata-mente ao árbitro. O sistema denominado “goal control” será alugado pela FIFA. O valor do aluguel por jogo está estimado em R$ 10 mil.

» O São Paulo poderia ter cinco convocados para a seleção, mas a diretoria do clube, muito criticada atual-mente pela sua torcida, aca-bou perdendo quatro deles por diferentes motivos. Só restou Jadson. Jean foi para o Fluminense e hoje figura entre os seus mais destaca-dos jogadores. Oscar, hoje no Chelsea, entrou em lití-gio com o clube na Justiça e deixou o departamento jurídico do tricolor um tanto desprestigiado. Hernanes foi

vendido a Lazio, da Itália, sem proporcionar nenhu-ma “fortuna” ao clube. O único jogador que o time do Morumbi não pôde mesmo manter foi Lucas, pois o PSG fez uma pro-posta irrecusável para as partes envolvidas: mais de R$ 100 milhões. Aí não dá mesmo para segurar. Mas, nos outros casos, enten-demos que faltou ousadia e bom senso. Concordam?

» Vamos aguardar quanto vai durar essa briguinha entre o secretário-geral da FIFA, Jerome Valcke, aquele mesmo que disse que “o Brasil precisaria le-var um chute no traseiro”, e o Corinthians, sobre as obras do Itaquerão. Val-cke disse que não aceitará atraso nas obras, insistin-do em que tudo deve estar pronto até o final do ano. O ex-presidente do clube e responsável pelo anda-mento das obras, Andrés Sanches, respondeu que não está preocupado com isso. “Se quiserem mu-dar o local de abertura da Copa, fiquem à vontade”, declarou Sanches. Agora o jeito é esperar para sa-bermos quem pode mais.

6 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

ESPORTES

Maratona do RJ é exemplo de sucesso das corridas de rua no Brasil

Os atletas começavam a correr pelo Leme em dire-ção à Praia do Botafogo e Aterro do Flamengo, pas-sando por Ipanema, Leblon e retornando ao Leme. Esse foi o cenário da pri-meira Maratona da Cidade do Rio de Janeiro, realizada em 1979. 34 anos depois e com mais reconhecimento, o Rio recebe mais uma vez a maratona considerada pelos amantes da distância como a mais encantadora. A prova reunirá mais de 20 mil corredores no dia 7 de julho e as inscrições podem ser feitas até 20 de junho.

As corridas de rua caíram no gosto do brasileiro, que cada vez mais participam desse estilo. Em 2012, a Maratona do Rio de Janeiro levou 21 mil pessoas para as ruas da capital fluminen-se, sendo que cerca de me-tade era de turistas, o que é uma prova da consolidação do esporte no país.

Nesta edição, serão dis-tribuídos R$ 220 mil em prêmios: R$ 60 mil entre os dez primeiros, além de bo-nificação de R$ 5 mil para os melhores brasileiros nas categorias masculina e feminina. Além disso, há prêmio em dinheiro para os cinco melhores técnicos, os três primeiros das cate-gorias especiais e os três mais rápidos de cada faixa etária.

A maratona terá largada na Praça do Pontal do Tim Maia, no Recreio dos Ban-deirantes, passando pelas

praias do Recreio, Reser-va, Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo e chegando ao Aterro do Fla-mengo.

A Meia Maratona Interna-cional do Rio terá dois per-cursos além da Maratona: Meia Maratona, com 21km, e Olympikus Family Run, com 6km. “Para este ano, como em todos os outros, queremos implementar novidades que agreguem coisas boas à prova, que

RAUL RAMOS

ajudem os corredores a melhorar seu desempenho ou simplesmente aproveitar ao máximo o momento má-gico que a Maratona pode proporcionar. Aos amantes das corridas de rua, digo que teremos boas surpre-sas em 2013”, revela Duda Magalhães, da Dream Fac-tory, uma das realizadoras do evento.

Corrida da Ponte

Outra corrida tradicional

no Rio de Janeiro é a Corri-da da Ponte, que leva esse nome por ter seu percurso interligado através da pon-te Rio-Niterói. Em 2013, a prova contou com a partici-pação de 8 mil atletas, que percorreram um total de 21 quilômetros do Caminho Niemeyer até o Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo. Dispu-tada pela primeira vez em 1981, ela voltou ao calendá-rio esportivo em 2011, de-pois de ter sido suspensa

no início da década de 90. O vencedor deste ano foi o brasileiro Giovani dos San-tos, enquanto a queniana Dorcas Jepchirchir Kiptarus foi a melhor colocada entre as mulheres.

o importante é competir

500 mil. Essa é a estima-tiva de corredores existen-tes no país, considerando corredor como quem faz pelo menos uma corrida por ano, seja ela de qual-

quer distância. Porém, o crescimento do

número de provas e par-ticipantes não reflete no aumento do nível de com-petição do Brasil em provas internacionais. Se antiga-mente a preocupação era com resultados e tempo, hoje isso não é mais a priori-dade, já que a maioria calça o tênis buscando qualidade de vida e um novo meio de interagir com os amigos.

Para Adriano Pelegrino, diretor técnico da Corpore, uma clínica especializada em treinamento de atletas, é importante o corredor se preparar bem antes de uma prova. “O primeiro cuida-do que o atleta tem que ter antes de correr uma Mara-tona é passar pelo médico cardiologista e fazer uma bateria de exames. O se-gundo cuidado é conhecer seu histórico de corridas, pois, antes de fazer uma maratona, devemos ganhar experiência com meias ma-ratonas (21km). O terceiro cuidado é entender, conhe-cer e respeitar os seus limi-tes, sem querer dar uma de herói”, afirma. Adriano ain-da cita a importância da ali-mentação para o atleta: “o importante é procurar um nutricionista para que ele prepare um plano alimen-tar específico para os trei-namentos, e nunca, no dia anterior ou durante a prova, experimentar alguma comi-da diferente, pois isso pode colocar a prova em risco”, conclui.

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013

TABElA Do BRASilEiRÃo 2013

Page 7: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

A ViDA É FRágil. ViVA CoM SAÚDEDra. Lívia Maria Gennari | Médica

7DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

SAÚDE

Sem cura, mas tratável, asma atinge 300 milhões no mundo

A asma é uma doença in-flamatória crônica das vias aéreas, afecção muito co-mum que pode afetar tan-to crianças como adultos. Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a asma atinge 300 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, 20 milhões de brasileiros convivem com a doença, que leva a óbito cerca de 3 mil pacientes todo ano.

Sem cura, a asma é uma doença que, na maioria das vezes, tem origem alérgica familiar. “Ela está fortemen-te associada a componen-tes genéticos, ou seja, se um dos pais tem asma ou doença atópica em geral (rinite alérgica, dermatite atópica) o risco de a crian-ça desenvolver a doença é muito grande”, afirma a pneumologista infantil Dra. Flávia Gennari.

Mesmo sendo mais co-mum em crianças, pessoas de qualquer idade podem desenvolver a doença. “A asma resulta da interação entre a carga genética, ex-posição ambiental a alérge-nos e substâncias irritantes das vias aéreas”, diz a aler-gista Dra. Laila Sabino Gar-ro, em entrevista ao Max Press Net.

De acordo com dados de pesquisa divulgada em abril de 2012 pela Revista Saúde Pública, a asma tem crescido entre crianças de 0 e 9 anos e adolescentes

entre 10 e 19 anos. Outros dados do Ministério da Saúde apontam que só em 2011 a doença foi respon-sável por 174.500 hospi-talizações e, entre 2005 e 2009, levou a óbito 11.576 pessoas.

“É uma problema mun-dial de saúde”, afirma Dra. Flávia. Problema esse que poderia ser evitado com a adesão dos pacientes aos tratamentos, inclusive os disponibilizados pelo Siste-ma Único de Saúde (SUS).

E foi pensando em cons-cientizar a população atra-vés de informações e escla-recimentos sobre a doença que a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiolo-gia (SBPT) fez uma campa-nha na primeira semana do mês de maio. O objetivo foi alertar a população sobre os riscos da doença, res-ponsável por seis mortes diárias no país.

Também objetivando a propagação de informa-ções sobre a doença, será celebrado no próximo dia 21 de junho o Dia Nacional de Controle da Asma.

Sintomas

Dentre os sintomas da asma estão tosse seca per-sistente, chiado no peito e dificuldades para respirar. A pessoa com suspeita da doença ou o familiar devem ficar atentos se o indivíduo acordar por tossir demais

ou por falta de ar, e se as tosses e os chiados no pei-to são frequentes após ati-vidade física ou exposição a alérgenos como mofo, poeira domiciliar ou ani-mais.

De acordo com a Dra. Flávia, é difícil identificar a doença em crianças meno-res de dois anos. “Quando elas chiam, é muito difícil predizer se este chiado é asma ou apenas um evento respiratório isolado em res-posta a uma infecção viral”, diz. De acordo com a mé-dica, a grande maioria dos lactentes que chiam não são asmáticos, mas alguns fatores, quando presen-

tes, falam a favor do risco de asma, que são: chiado quando não está resfria-do; pai ou mãe asmático; criança com sintomas de rinite alérgica (coçar o na-riz, nariz escorrendo cons-tantemente, obstrução na-sal, roncos); assintomático entre as crises de chiado e diagnóstico médico de der-matite atópica.

Embora a presença des-ses fatores aumente a chance da criança ser as-mática, é importante aler-tar os pais que nem todo chiado é asma. “Existem inúmeras doenças que cur-sam com chiado no peito e devem ser investigadas e

tratadas”, afirma Dra. Flá-via. “Todos os sintomas e a frequência devem ser rela-tados ao pediatra e ele sa-berá se é necessária uma melhor investigação ou se deve ser iniciado o trata-mento para asma brônqui-ca”, completa.

Para o asmático, o inver-no pode ser um vilão. É preciso redobrar os cuida-dos com a doença, devido às baixas temperaturas e ao ar seco predominantes nessa época. No inverno também é comum que vi-roses se proliferem entre a população, o que pode ge-rar crises para o asmático.

Tratamento

A asma, por ser uma do-ença inflamatória crônica, não tem cura, mas tem tra-tamento. “A doença tem pi-cos de piora de acordo com a idade”, diz a Dra. Flávia Gennari. “Crianças em ida-de pré-escolar e escolar e gestantes são as mais aco-metidas”, completa.

De acordo com a pneu-mologista, somente uma pequena porcentagem das crianças asmáticas terá sintomas na idade adulta. “É importante realizar um diagnóstico precoce para melhorar a qualidade de vida dos pacientes”, afirma a médica.

O tratamento varia caso a caso, dependendo da gra-vidade da doença. Na asma

intermitente, onde os sinto-mas são esporádicos, não há despertar noturno nem limitação às atividades físi-cas, por isso o tratamento é apenas para crises.

O principal tratamento consiste no uso contínuo de corticoides por via ina-latória, que diminuem a inflamação alérgica e pro-movem estabilização e con-trole da doença, diminuindo as crises e os sintomas. O tempo de tratamento pode variar de acordo com cada caso, mas deve ser mantido até que se obtenha um con-trole total da doença.

“Já para pacientes com sintomas mais persistentes, indicamos a introdução de corticoide inalatório diário até o controle da doença.”, diz Flávia. “Quando bem controlado, o tratamento é reduzido até a mínima dose eficaz para manter o pa-ciente fora da crise”, com-pleta.

Ao contrário do que mui-tas pessoas pensam, um asmático pode ter uma vida completamente normal. É necessário apenas que a doença esteja sendo cor-retamente tratada. “Se re-alizado tratamento correto, geralmente com corticoi-des inalatórios, o processo inflamatório crônico ficará controlado, diminuindo o risco de desenvolver crises quando em contato com desencadeantes”, finaliza Dra. Flávia.

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013

ANS lança guia com regras para planos de saúde

Para facilitar as negocia-ções entre os planos de saúde e os prestadores de serviço, como hospitais, laboratórios e médicos, a Agência Nacional de Saúde (ANS) lançou o Guia Práti-co da Contratualização. A publicação traz orientações para regular os contratos e evitar problemas no atendi-mento ao usuário.

O guia é resultado de uma auditoria da agência em 60% dos planos de saú-de do país, das 100 maiores empresas do setor, entre 2009 e 2011. Durante o tra-balho, foram constatadas irregularidades que podem chegar a R$ 300 milhões em multas. Para garantir que os planos de saúde cumpram as regras, a ANS também propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

“A agência obriga que os planos de saúde tenha con-tratos com esses agentes e esses contratos têm regras claras, baseadas em resolu-ções. No entanto, notamos um grande desconhecimen-to dos prestadores de ser-viço com relação a resolu-ções da ANS e com relação aos itens que devem cons-tar no contrato”, explicou o diretor de Desenvolvimento

Setorial da agência regula-dora, Bruno Sobral de Car-valho.

A cartilha tem caráter educativo e foi feita base-ada nos problemas identi-ficados na auditoria, como os reajustes de preços pelos serviços prestados. “Quando isso acontece, há sempre um conflito entre a operadora e o hospital ou o médico”, disse Carvalho. Para tentar facilitar a nego-ciação, o diretor explica que constam do guia informa-ções sobre recente instru-ção normativa.

“O que essa instrução diz é que são necessárias regras claras para esse rea-juste. Tem que ser baseado na livre negociação – sem-pre - mas que também deve

conter cláusulas de reserva - caso essa negociação não frutifique - como índices ou percentual pré-fixados”, ex-plicou Carvalho, acrescen-tando que essa opção é melhor para o consumidor do que a indexação do au-mento.

Outro item que precisa ser de fácil entendimento no contrato é a priorida-de no atendimento de ur-gência e de emergência, a gestantes, a idosos e lac-tantes. Orientações para o faturamento, como organi-zar os atos e procedimento que precisa de autorização do plano, como interna-ções, também constam da cartilha, disponível na internet. (Isabela Vieira/Agência Brasil)

Médicos importados?Existem no Brasil 200 fa-culdades de medicina for-mando em média 20.000 novos médicos todo ano. Sabemos que as regiões metropolitanas costu-mam atrair o maior núme-ro desses profissionais, já que, após no mínimo 6 anos de estudos em tempo integral, longe de casa, os novos doutores querem exercer sua pro-fissão com o mínimo de dignidade. Consultórios apertados, pouco venti-lados e quentes, falta de

higiene e assepsia de ma-teriais, impossibilidade de realizar mesmo o mais sim-ples exame de sangue para auxiliar no diagnóstico. São essas coisas que afastam os médicos do interior.A “importação” de 6.000 médicos estrangeiros anun-ciada pelo Governo preo-cupa, pois os mesmos não conhecem nada do perfil epidemiológico da saúde nacional, não fazem ideia de como funciona o SUS. Não pretendo discutir a ca-pacidade técnico-científica dos profissionais, porém

a língua materna certa-mente é uma barreira na relação médico-paciente, tão importante para um diagnóstico e tratamento adequados.Após o juramento que fazemos no dia da forma-tura, é muito angustiante para um profissional de-parar-se com um doente que necessita de um tra-tamento simples e não poder ajudá-lo por falta de recursos. Pergunto ago-ra: o que farão os médi-cos cubanos, espanhóis, portugueses quando en-contrarem as condições descritas? Colocarão sua segurança profissional em jogo? Correrão os riscos intrínsecos de um processo legal, aceitarão calados a morte de um paciente por falta de lei-tos de internação?Não faltam médicos, fal-tam condições mínimas de trabalho. Falta sane-amento, falta água po-tável, falta alimento de qualidade, faltam políticas públicas que, ao invés de mascararem a realidade, comprometam-se em mu-dá-la.

Page 8: Diálogo Metropolitano – Edição 7 – 24/05/2013

O Município de Resende é um local privilegiado pela mãe natureza. Está situ-ado na região do vale do médio Paraíba, que é con-siderado o principal eixo macroeconômico do País. O seu polo industrial está fadado a se tornar um dos mais importantes do Esta-do do Rio de Janeiro e, em recente reportagem, uma revista de grande circula-ção estampou que Resen-de está sendo chamada de “Detroit brasileira”, de-vido à qualidade, tecnolo-gia e vanguarda no setor automotivo. Podemos citar o estupendo investimento que a montadora Nissan está realizando na cidade e que irá gerar mais de dois mil empregos diretos.É muito alardeada a sua vocação para o progresso, tendo em conta a parceria mantida entre os gover-nos estadual e municipal, que contribui para a ge-ração de mais empregos, renda e qualidade de vida.Insta salientar que, como toda cidade que se preze, Resende também possui algumas demandas que tiram o sono das pessoas de bem. Como não podia deixar de ser, a mais pre-mente é a que diz respeito ao uso indevido de subs-tâncias entorpecentes, principalmente o “crack”, que tem revelado um po-der enorme na desagre-gação de inúmeras famí-lias. Lamentavelmente, o “crack” é extremamente democrático e não esco-lhe idade ou sexo para ser consumido e, invaria-velmente, a droga leva à degradação da fi gura hu-mana. Não se pretende, neste momento, discutir se o usuário é ou não respon-sável pela manutenção do tráfi co de drogas. O que se espera alcançar é, tão somente, a abertura de um espaço de meditação e proposição de ideias que venham contribuir para minorar a situação de milhares de seres hu-manos que se tornam far-rapos ou sombras, face o

estrago que o uso do “cra-ck” ocasiona.Eis um breve relato de uma iniciativa que, pelos perso-nagens envolvidos, gerou perplexidade em muitas pessoas, que não estavam preparadas para tal fato. Logo que assumi a titulari-dade da delegacia policial do município de Resende, percebi que não seria mais uma tarefa de natureza me-ramente policial. Pareceu-me que havia algo mais a ser realizado. Explico o porquê daquela sensação: o coman-dante do batalhão da Policia Militar sediado em Resende havia sido meu contemporâ-neo durante a realização do Curso Superior de Polícia In-tegrado. Durante o ano leti-vo, havíamos compartilhado muitos trabalhos e viajamos no mesmo grupo para a Eu-ropa, para complementação dos estudos. Esse fato deu azo a um en-trosamento que, no momen-to certo, deu frutos. Quando comecei a analisar os dados relativos às apreensões de adolescentes e prisões de pessoas envolvidas com drogas, cheguei à conclusão de que muitos deles tinham mais características de usu-ários. Ora, modernamente, entende-se que o usuário é uma pessoa doente. A pró-pria legislação traz em seu bojo a preocupação com a prevenção e com o trata-mento do usuário. Durante uma reunião de trabalho, o tenente coronel Rogério de Figueiredo, comandan-te do batalhão de Resende, relatou sua preocupação e externou a ideia de fazer al-gum tipo de ação voltada ao acolhimento de usuários de drogas.O município de Resende possui uma rede de atendi-mento social bem aparelha-da e, diante dessa realidade, esboçamos uma proposta que, dada sua natureza, somente contaria com atu-ação policial se fosse ex-tremamente necessário. Ini-cialmente, apresentamos o projeto ao chefe do Poder Executivo Municipal, que concordou sem pestanejar. Em seguida, demos conhe-

cimento aos magistrados e aos representantes do Ministério Público sobre a iniciativa. É importante lembrar que o juiz pode determinar que o Poder Público coloque à dispo-sição do infrator - leia-se “usuário de drogas”- gratuitamente um esta-belecimento de saúde, preferencialmente ambu-latorial, para tratamento especializado.Diante do quadro exis-tente, o nosso entendi-mento foi direcionado no sentido de desenca-dear ações de acolhi-mento de pessoas que estavam perambulando durante a madrugada naqueles locais previa-mente selecionados. Em seguida, as referidas pessoas foram encami-nhadas a um estabele-cimento de ensino mu-nicipal, onde estavam profi ssionais das áreas de saúde, psicólogos, assistentes sociais etc. Constatou-se que al-guns dos acolhidos já haviam sido abordados pelos profi ssionais que ali estavam. A síntese da proposta é, simplesmente, servir de elo entre o usuário de drogas (pessoa doente) e o profi ssional especia-lizado, seja da área de saúde, assistência social ou psicológica. Confor-me mencionado no iní-cio, a oferta de emprego é superior à demanda e, para aqueles que ex-ternaram vontade, hou-ve encaminhamento ao balcão de empregos.As críticas foram rece-bidas como incentivo a novas ações, e tivemos a oportunidade de de-monstrar que a atuação policial, de maneira inte-grada com os segmen-tos sociais, entidades de classe, Poder Executivo Municipal, Judiciário e Ministério Público, con-tribuiu para restaurar algumas vidas que já eram dadas como per-didas para o fl agelo das drogas.

PoR DENTRo DA NoTÍCiA Reinaldo Costa | Jornalista

8 DiálogoMetropolitanoRio DE JANEiRo

RIO TOTAL EDIÇÃO: THELL DE CASTRO

TRANSPoRTE PÚBliCoA Prefeitura deu mais um passo no trabalho de re-ordenamento do sistema de transportes coletivos no Município do Rio de Janeiro e realizou no dia 17 de maio a cerimônia de assinatura dos contratos do primeiro lote licitado no Sistema de Transporte Público Local (STPL), que vai atender os bairros da Rocinha e Vidigal, na Zona Sul. Essas são as primeiras localidades a receber a nova estrutura do sistema de transportes, com veí-culos padronizados e in-tegrados ao Bilhete Único Carioca. As duas primeiras linhas deste novo servi-ço farão o percurso São Conrado – Jardim de Alah, com duas rotas circulares, uma via Rocinha e outra via Avenida Niemeyer.

TRANSPoRTEPÚBliCo iiO evento foi realizado no Palácio da Cidade, em Botafogo, e contou com a presença do secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osorio, do coordenador especial de Transporte Complementar da Prefeitura do Rio, de-legado Cláudio Ferraz, e dos 66 novos permissio-nários, que já começaram a operar no dia 18. Na oca-sião, foram apresentados os novos veículos e os permissionários recebe-ram um Código Disciplinar com novas regras, direitos e deveres da categoria.

BolÍViAO ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, fechar os últi-mos detalhes para visita da delegação boliviana ao Brasil. A proposta é que integrantes do governo da Bolívia venham ao Brasil até o fi nal deste mês para conhecer a experiência de combate ao tráfi co de ar-mas e drogas nas Unida-des de Polícia Pacifi cadora (UPP) no Rio de Janeiro.

Um dos destaques do elenco feminino da novela “Amor à Vida”, que estreou no último dia 20 na Rede Globo, é Vanessa Giácomo. Na trama, ela vive Aline Noronha, bela e fiel secretária de César (Antônio Fagundes).

BolSA FAMÍliAAs informações desencontradas sobre o pagamento do Programa Bolsa Família di-vulgadas no domingo (19) continuaram a provocar uma corrida às agências da Cai-xa na segunda (20), principalmente em municípios da Baixada Fluminense. Apesar dos comunicados afixados pelo banco em suas agências, explicando que somente haveria pagamentos do benefício programados, muitas pessoas formaram filas em frente aos caixas eletrônicos para checar se o dinheiro estava sendo pago.

BolSA FAMÍliA iiApós o boato sobre o fim do Bolsa Família, a Caixa Econômica Federal registrou 920 mil saques de beneficiários do programa somente no final de semana. Foram sacados R$ 152 milhões.

BolSA FAMÍliA iiiA presidenta Dilma Rousseff criticou o boato e assegurou o compromisso do seu governo com o programa. Ela fez um apelo aos brasileiros para que não acreditem nos pessimistas, “porque os boatos no país às vezes ocorrem de forma surpreen-dente”.

» SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2013

iNTERNET CoMUNiTáRiAA vontade de entender melhor o ‘mundo da infor-mática’ fez com que a ex-auxiliar de cozinha Maria dos Anjos de Jesus, de 66 anos, procurasse um dos Centros de Internet Comunitária (CIC) coor-denados pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado (Proderj). A aposentada in-tegra o grupo de pessoas que participam dos cursos de inclusão digital ofereci-dos nos 77 telecentros no estado. Mais 13 unidades devem ser instaladas até o fi m de 2014.

iNTERNET CoMUNiTáRiA iiO programa de inclusão digital do Governo do Es-tado - que oferece aulas de informática e acesso gratuito à internet - tem atendido, desde 2007, a quase 8 mil pessoas entre jovens, adultos e idosos. A iniciativa já registrou tam-bém mais de 2 milhões de acessos livres no período. No total, 17 telecentros atendem à comunidade na Capital. Outros 60 núcleos benefi ciam moradores do interior fl uminense.

PESQUiSAProjetos de 232 pesqui-sadores receberam seus termos de outorga da Fun-dação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), em cerimônia re-

alizada no dia 20 de maio, no Palácio Guanabara. A fundação lançou sete edi-tais, com cerca de R$ 34 milhões de investimentos que serão destinados a desenvolvimento de pro-gramas científi cos e bol-sas de estudos.

EXPoSiÇÃoA vida e a obra da cantora Marlene estão em exposi-ção no Centro Municipal de Referência da Música Carioca Artur da Távola, na Rua Conde de Bonfi m, na Tijuca, Zona Norte do Rio. A mostra comemora os 90 anos da artista, com imagens de arquivo, en-trevistas e depoimentos. Interessados em conhecer a obra da cantora podem visitar a exposição de ter-ça a domingo, entre 10h e 18h.

MUSiCAlAté o dia 2 de junho, o Te-atro Fashion Mall recebe o musical “A Floresta Má-gica”. As apresentações ocorrem aos sábados e domingos, às 17h. A peça traz Mia, uma garota que ganha no seu aniversá-rio um livro de contos de fadas. Em um primeiro momento, ela não se in-teressa pela leitura, mas depois, movida pela curio-sidade, resolve ler algu-mas páginas. Assim, ela é transportada para uma fl o-resta mágica. No mundo encantado da leitura, ela conhece seus verdadeiros amigos.