diálogo metropolitano – edição 6 – 11/05/2013

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Campeonato Brasileiro 2013: em breve, a bola vai rolar nas séries A e B Restituição do Imposto de Renda: bom negócio ou fonte de problemas? » SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 6 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO NOSSOS COLUNISTAS RIO TOTAL Ética e sustentabili- dade são inevitáveis DIáLOGO METROPOLITANO RIO DE JANEIRO Entrevista com Júlio Lopes, Secretário Estadual dos Transportes PAG 8 DANIELLE DENNY PAG 4 RockGol Campeonato de volta na MTV Steven Soderbergh: cinema de risco THELL DE CASTRO PAG 5 HAMILTON ROSA JÚNIOR PAG 5 Conheça a Sala de Cultura Leila Diniz Beltrame sondado por vários partidos RENATA PALMIER PAG 4 REINALDO COSTA PAG 8 O novo contrato de patrocínio do Flamengo Porque não levar seu filho ao PS JOSÉ CARLOS CICARELLI PAG 6 DRA. LÍVIA GENNARI PAG 7 Uma questão de prioridade Abordando a questão carcerária no Brasil DÉBORAH FONSECA PAG 2 JOSÉ CARLOS BLAT PAG 3 » ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS O que é um preço justo? PAG 3 Rio Harp Festival até 31 de maio PAG 5 Lesões pulmonares por inalação PAG 7 ESPORTE ECONOMIA Magé recebeu mais uma edição da Caravana da Cidadania Magé, cidade da baixada fluminense fundada em 1565, possui hoje 227.322 habitantes, segun- do dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geo- grafia e Estatística). O município conta com cinco distritos, sendo Magé, Guia de Pacobaíba, Inho- mirim, Santo Aleixo e Suruí. Como muitas cidades do país, Magé tem ca- rência de investimentos em setores como edu- cação, segurança, transporte público, entre ou- tros. E foi reivindicando investimentos em áreas deficientes da cidade que a população mageen- se participou da Caravana da Cidadania, realiza- da em Magé entre os dias 26 e 27 de abril. A Caravana da Cidadania, liderada pelo sena- dor Lindbergh Farias (PT-RJ), foi inspirada nas Caravanas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os anos de 1993 e 1996. Na ocasião, Lula visitou 359 cidades de 26 estados com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a realidade brasileira e ouvir comunidades esquecidas, articulando assim propostas viáveis de desenvolvimento para essas áreas. Lindbergh Farias pretende fazer o mesmo no estado do Rio de Janeiro. PAG 4 O mês de maio reserva o início de fortes emoções para torcedores de todo o País. As primeiras das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro das Séries A e B começam no dia 25. Para quem está na elite do futebol nacional, os objetivos se dividem entre aqueles que são candidatos ao título, os que vão lutar por vagas na Copa Libertadores de 2014. PAG 6 O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) não é sinônimo apenas de uma pesada des- pesa anual, a famosa “mordida do Leão”. Pode, em alguns casos, gerar um importante alívio no orçamento para muitos brasileiros que convivem com dificuldades para quitar pendências como o cartão de crédito e o cheque especial. PAG 3 Rio Total A atriz Alinne Moraes está na capa da revista Tpm de maio, edição especial sobre a nova mulher prendada. PAG 8

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Edição 06 do jornal Diálogo Metropolitano – Rio de Janeiro

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Page 1: Diálogo Metropolitano – Edição 6 – 11/05/2013

Campeonato Brasileiro 2013: em breve, a bola vai rolar nas séries A e B

Restituição do Imposto de Renda: bom negócio ou fonte de problemas?

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013 | ANO 1 | NÚMERO 6 | ALPHA PRIME: 60 ANOS DE JORNALISMO

NOSSOS COLUNISTAS RIO TOTAL

Ética e sustentabili-dade são inevitáveis

DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

Entrevista com Júlio Lopes, Secretário Estadual dos TransportesPAG 8

DANIELLE DENNYPAg 4

RockGol Campeonato de volta na MTV

Steven Soderbergh: cinema de risco

thELL DE cAstroPAg 5

hAMILtoN rosA JÚNIorPAg 5

Conheça a Sala de Cultura Leila Diniz

Beltrame sondado por vários partidos

rENAtA PALMIErPAg 4

rEINALDo costAPAg 8

O novo contrato de patrocínio do Flamengo

Porque não levar seu filho ao PS

JosÉ cArLos cIcArELLIPAg 6

DrA. LÍVIA GENNArIPAg 7

Uma questão de prioridade

Abordando a questão carcerária no Brasil

DÉBorAh FoNsEcAPAg 2

JosÉ cArLos BLAtPAg 3

» ESTA EDIÇÃO 8 PÁGINAS | CONFIRA A EDIÇÃO DIGITAL NO SITE www.dialogometropolitano.com.br OU NOS NOSSOS APLICATIVOS

O que é um preçojusto? PAG 3

Rio Harp Festival até 31 de maio PAG 5

Lesões pulmonares por inalação PAG 7

ESPORTE ECONOMIA

Magé recebeu mais uma edição da Caravana da Cidadania

Magé, cidade da baixada fluminense fundada em 1565, possui hoje 227.322 habitantes, segun-do dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística). O município conta com cinco distritos, sendo Magé, Guia de Pacobaíba, Inho-mirim, Santo Aleixo e Suruí.

Como muitas cidades do país, Magé tem ca-rência de investimentos em setores como edu-cação, segurança, transporte público, entre ou-tros. E foi reivindicando investimentos em áreas deficientes da cidade que a população mageen-se participou da Caravana da Cidadania, realiza-da em Magé entre os dias 26 e 27 de abril.

A Caravana da Cidadania, liderada pelo sena-dor Lindbergh Farias (PT-RJ), foi inspirada nas Caravanas feitas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os anos de 1993 e 1996. Na ocasião, Lula visitou 359 cidades de 26 estados com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a realidade brasileira e ouvir comunidades esquecidas, articulando assim propostas viáveis de desenvolvimento para essas áreas.

Lindbergh Farias pretende fazer o mesmo no estado do Rio de Janeiro. PAG 4

O mês de maio reserva o início de fortes emoções para torcedores de todo o País. As primeiras das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro das Séries A e B começam no dia 25. Para quem está na elite do futebol nacional, os objetivos se dividem entre aqueles que são candidatos ao título, os que vão lutar por vagas na Copa Libertadores de 2014. PAg 6

O Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) não é sinônimo apenas de uma pesada des-pesa anual, a famosa “mordida do Leão”. Pode, em alguns casos, gerar um importante alívio no orçamento para muitos brasileiros que convivem com dificuldades para quitar pendências como o cartão de crédito e o cheque especial. PAg 3

Rio TotalA atriz Alinne Moraes está na capa da revista Tpm de maio, edição especial sobre a nova mulher prendada. PAg 8

Page 2: Diálogo Metropolitano – Edição 6 – 11/05/2013

DIREToRAMônika santos Ferreira

DIREToRA DE REDAçãoDéborah FonsecaJornalista responsável

EDIToR ChEfEJônatas Mesquita | Mtb [email protected]

REDAçãoJonas Gonçalvesraul [email protected]

REvIsãoBianca Montagnana

DIAgRAMAçãoroberta Furukawa Bartholomeu

ColuNIsTAsDanielle Denny, Déborah Fonseca, hamilton rosa Jr., hamilton Vasconcellos, José carlos Blat, José carlos cicarelli, Liliane Ventura, Lívia Gennari, reinaldo costa, renata Palmier e thell de castro.

Projeto Gráfico e editoriAlNews Prime Comunicação & [email protected]

redAçãoAvenida das Américas, 3.500Bloco 05 | sala 313 | rio de Janeiro | rJ imPressãoGráfica Lance

os artigos assinados são de responsabili-dade de seus autores, não refletindo, ne-cessariamente, a opinião do jornal

DIÁLOGO MetropolitanoPuBlICADo PElA AlPhA PRIME EDIToRA E JoRNAlIsMo lTDA.ALPhA PrIME: 60 ANos DE JorNALIsMo

REflEXÕEsDéborah Fonseca | Jornalista

uma questão de prioridade

Nem todas as facilidades tecnológicas são capazes de amenizar o corre-corre que se instaurou em nos-sa rotina. A impressão é que quanto maior o apa-rato, menos tempo temos para desfrutar de suas vantagens. Mas, no final, ficamos presos a um ema-ranhado de cabos, carre-gadores e os problemas, pelos menos os reais, continuam lá, aguardando por uma solução. Na era do virtual, as relações são superficiais, efêmeras. Encantados pelo tecnoló-gico, deixamos para trás a oportunidade de com-partilhar momentos, emo-ções, a não ser, é claro,

que estejam congelados no instantâneo de uma foto. E a vida, claro, caprichosa que só, vez por outra nos convo-ca para a realidade. Quando isso acontece, é momento de deixar o aparato de lado e desfrutar do convite, lem-brando que nem sempre o cenário é de festa. Tal qual meu inseparável no-tebook, que, após dois anos de serviços prestados com muita competência e preste-za, começou a dar sinais de cansaço, que foram pronta-mente observados, minha mãe, em seus 74 anos, de repente, apresentou sinto-mas assustadores em seu HD. Provavelmente, as fa-lhas deram sinais, muito an-

tes, mas, na correria, nin-guém percebeu. Hoje seu cérebro já não proces-sa mais as informações como antes, os eventos se embaralharam, estão criptografados. Talvez ainda possam ser recupe-rados, garantem os médi-cos. E aqui chegamos ao ponto. Somente forçados por um problema como esse a família conseguiu conciliar as agendas, su-perar interesses individu-ais e se focar numa ques-tão onde a solução está além da medicina. Está na solidariedade, no cari-nho, na presença física. O problema nos trouxe uma lição, um alerta.

2 DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013

DIÁLOGOS

Transporte público: conheça projetos e melhorias na infraestruturarAUL rAMos

Formado em administra-ção de Empresas e pós-graduado em Administra-ção Escolar e Marketing, Júlio Lopes hoje comanda a pasta da Secretaria de Transportes do Estado do Rio de Janeiro. Flamen-guista e portelense de co-ração, Júlio elegeu-se De-putado Federal em 2002, 2006 e 2010.

Um de seus principais trabalhos nesse período foi na elaboração da Lei do Sanemento Nacional, que institui o novo conjun-to de regras e leis do setor e da qual Júlio foi nome-ado relator. Outro marco importante aconteceu em 2006, quando o carioca foi escolhido um dos 100 Deputados Federais mais atuantes no Congresso e um dos 10 mais dedicados e transparentes do Esta-do do Rio de Janeiro pelo DIAP (Departamento Inter-sindical de Assessoria Par-lamentar).

Como secretário, levou o metrô a Ipanema e, ao lado do Governador Sérgio Ca-bral, idealizou e entregou o Elevador do Cantagalo, que liga as comunidades do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho à estação do metrô General Osório/Ipa-nema.

Para explicar um pouco mais suas ideias e obras na vida pública, Júlio con-versou com o Diálogo Me-tropolitano. Confira a en-trevista.

Júlio, nós estamos em um momento muito es-pecial para a cidade do Rio. Quais são os princi-pais investimentos que a secretaria Estadual de Transportes tem feito para isso?

São inúmeros os inves-timentos na qualificação da mobilidade pública pra os grandes eventos que a cidade vai receber, mas, fundamentalmente, esta-mos pensando também num espaço melhor para o cidadão carioca viver e conviver.

Estamos fazendo a linha 4 do metrô, que amplia em 16 km a rede metroviária da cidade. Um outro inves-timento é a supervia. Nós já compramos US$ 700 mi-lhões em novos trens e es-tamos trocando todo o sis-tema de trilhos, sinalização e eletrificação. As barcas também estão nos nossos planos, pela primeira vez adquirimos sete embarca-ções de 2.000 lugares e duas embarcações de 500 lugares, que vão dar uma outra mobilidade ao sis-tema hidroviário. Estamos também instalando pontos de espera com ar-condi-cionado e cadeiras. Vamos tirar todos os passageiros do relento e dar o conforto necessário. Enfim, estamos seguindo num bom ritmo aqui na Secretaria.

Quais as preparações para a Copa das Confede-rações, Copa do Mundo e olímpiadas?

Preparamos a estação Maracanã para as Olimpí-adas, testamos os trans-portes do Rio para esses grandes eventos e, assim, podemos garantir uma mo-bilidade pública de melhor qualidade, conforto e se-gurança. O nosso foco é o cidadão.

E para o morador do Rio?

Para o cidadão carioca iremos implantar o Bilhe-te Único, que é o primeiro programa intermunicipal do país a subsidiar a via-gem do trabalhador. Isso representou uma redução do custo do vale transporte de até 25% para as empre-sas, e gerou um benefício para o trabalhador, porque ele não vai mais onerar o empresário por morar mais longe, o Estado paga por essa viagem. Outro pro-grama é o Vale Social, que favorece os portadores de doenças crônicas, aqueles que têm necessidades es-peciais e dificuldade em se locomover. Nesse patamar nós hoje atendemos 125

mil usuários em um siste-ma totalmente informati-zado, onde as prefeituras custeiam o intramunicipal e nós, o intermunicipal.

Existe algum projeto para melhorar a seguran-ça no transporte público?

Estamos construindo um sistema de monitoramento em que vamos conseguir visualizar internamente o metrô, o trem e as bar-cas, e dar em tempo real a informação para o cen-tro de controle. Com isso, nós poderemos fazer uma ação dupla, que é uma ação de cidadania na se-gurança dos transportes e uma ação na seguran-ça do cidadão. Então é uma segurança ampla em toda a mobilidade, ofere-cendo um monitoramento que garante um serviço eficiente, inclusive na fis-calização dos horários. Muitas pessoas reclamam que os ônibus não estão passando dentro da fre-quência determinada na grade de horário, porém nós não temos como co-brir 100% todos os pontos em todos os horários. Com esse novo sistema, nós po-deremos dizer ao cidadão em tempo real os horários dos ônibus, metrôs, trens e barcas.

o transporte de car-gas também é prioridade para o governo?

Claro. Fechamos um convênio com o governo do Espírito Santo para fa-zermos a nova rodovia de carga que ligará o porto do Rio de Janeiro ao por-to do Espírtio Santo. Essa ferrovia será licitada agora e terminada em setembro. Assinamos também com a MRS o primeiro terminal de carga containerizada do Rio, onde nós vamos con-tainerizar a carga e fazer com que 500 caminhões passem pela região metro-politana do Rio e, por últi-mo, estamos duplicando a estrada de Macaé, após anos e anos de espera.

JÚLIO LOPES, SECRETÁRIO ESTADUAL DE TRANSPORTES

Júlio Lopes

Page 3: Diálogo Metropolitano – Edição 6 – 11/05/2013

ECONOMIA

3DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013

Restituição do IR: bom negócio ou fonte de problemas?JoNAs GoNÇALVEs

Se para alguns o Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) é sinônimo de uma pesada despesa anual, a famosa “mordida do Leão”, para outros pode, gerar um importante alívio no or-çamento. A restituição do IR, que será liberada pela Receita Federal em sete diferentes lotes no perío-do de junho a dezembro, é utilizada por muitos brasilei-ros para quitar pendências, como o cartão de crédito e o cheque especial. O moti-vo é a restituição do IR, que será liberada pela Receita Federal em sete diferentes lotes no período de junho a dezembro.

A fim de oferecer crédi-to, os bancos apresentam como alternativa a anteci-pação do valor por meio de empréstimo, levando em conta o período de libera-ção. Quanto mais cedo o dinheiro for disponibilizado pela Receita, menor será o juro a ser cobrado pela ins-tituição financeira. Por este e outros fatores, os especia-listas recomendam cautela antes de utilizar essa opção para levantar recursos.

Em entrevista à Agência Brasil, o professor de eco-nomia da Universidade de Brasília (UnB), Newton Mar-ques, defendeu que a ante-cipação só vale a pena para quitar dívidas com juros muito altos. Ele lembra que a restituição é corrigida pela taxa básica de juros, a Selic, que está em 7,5% ao ano.

“Cada pessoa tem que avaliar sua situação finan-ceira. A atualização pela Selic é o melhor negócio do mundo, nenhuma outra aplicação rende esse valor. Por isso é preciso avaliar com calma, não se deve pe-gar o empréstimo para fa-zer outras dívidas, mas sim para quitar dívidas com ju-ros mais altos”, aconselhou.

O especialista destacou ainda a possibilidade de a declaração cair na malha fina, o que impede a libera-ção do valor na data inicial-mente esperada. Mesmo nessa condição, o banco irá cobrar o empréstimo, em parcela única e no prazo estabelecido previamente, seja na data da restituição ou não.

De acordo com informa-ções da Agência Brasil, no Banco do Brasil as condi-ções do empréstimo variam de acordo com o perfil do cliente. Os juros cobrados são de, no mínimo, 1,59% ao mês. Os clientes podem antecipar até 100% do valor do crédito a ser restituído, limitado a R$ 20 mil. Segun-do a instituição financeira, em 2012 o desembolso nas linhas de antecipação de IRPF foi R$ 426 milhões. Para este ano, a expectati-va é que esse tipo de em-préstimo chegue a R$ 500 milhões.

Na Caixa Econômica Fe-deral, o empréstimo pode variar de R$ 610 a R$ 20 mil, com juros de 1,88% ao mês.

Para clientes que têm conta-salário, o valor máximo de antecipação pode chegar a R$ 30 mil, a juros de 1,57% ao mês. A expectativa da instituição financeira é que, em 2013, cerca de R$ 80 milhões sejam emprestados com garantia na antecipa-ção.

O pagamento do crédi-to é feito em parcela única, debitado em conta corrente na data do crédito da resti-tuição pela Receita Federal ou no último dia útil de feve-reiro de 2014, o que ocorrer primeiro.

Segundo o professor de finanças da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), Marcos Cri-velaro, os clientes devem avaliar com cuidado se re-almente precisam pegar di-nheiro emprestado e quais são as condições da oferta de crédito.

“O cliente deve analisar o que está sendo ofertado. Se tiver conta em mais de um banco, deve verificar qual oferece melhor vantagem. Ele deve fazer as contas, simulações. E só pegar cré-dito se realmente precisar. Não se pega crédito para gastar de maneira pulveriza-da ou para supérfluos, como comprar roupa, por exem-plo”, enfatiza Crivelaro.

Malha fina

Os contribuintes pessoas físicas terão que esperar até junho para saber se caí-

ram na malha fina da Recei-ta Federal, informou o sub-secretário de Fiscalização da Receita Federal, Caio Marcos Cândido. “Normal-mente, a partir de junho, a Receita Federal libera o ex-trato da declaração do con-tribuinte. É possível ver se está tudo bem ou se caiu na malha por um determi-nado parâmetro. A melhor maneira de resolver o pro-blema é acessar o e-CAC

TuRIsMo EM AçãoHamilton Vasconcellos | Advogado

o que é um preço justo?

A resposta parece fácil: é o valor correto do pro-duto comercializado ou do serviço prestado. Mas será que é simples assim praticá-lo?Claro que não. No turis-mo, menos ainda. A diária de um hotel na orla do Rio de Janeiro deve ser a mesma que a de um hotel de mesma categoria loca-lizado no centro de Cuia-bá? É justo que os valores se equivalham?Esta questão vem mo-tivando o Ministério do Turismo e a Embratur a realizar pesquisas de pre-

ços nas principais cidades do Brasil. Estas pesquisas, realizadas nos 10 principais destinos do país – den-tre estes a cidade sede da Copa do Mundo de 2016 –, demonstram que a tarifa hoteleira está 70% acima da tarifa cobrada na final da Copa do Mundo de 2006 na Alemanha.No final do mês de abril, a ABIH-RJ e a Fecomércio divulgaram pesquisa de preços da rede hoteleira carioca. Em relação a 2012, as tarifas hoteleiras subiram em média 37%. Em janeiro de 2012, a tarifa hoteleira

média era de R$ 357,49 e em dezembro de 2012 era de R$ 491,32. O cenário nos hotéis cinco estrelas do Rio de Janeiro é ainda mais impressionante. A tarifa de janeiro era de R$ 456,52 e em dezembro passou para R$ 788,63!Essa tarifa é justa? Se-gundo o presidente da ABIH-RJ, Alfredo Lopes, o preço é justo. A Embra-tur questiona. O Governo Federal criou a Pesquisa Internacional de Preços da Hotelaria (PPH), visan-do ao monitoramento das tarifas. Será este o cami-nho?O consumidor é o maior pesquisador. É ele quem busca o destino que cabe dentro do seu bolso. Ele entende que vir ao Rio de Janeiro no inverno é mais barato que curtir o Carnaval na Cidade Mara-vilhosa. Nós também sa-bemos. Aliás, quem não sabe?Esta discussão é impor-tante. Entretanto, mais importante é organizar e planejar o país para rece-ber os turistas que, com certeza, virão ao Rio de Janeiro.

PAPo sÉRIoJosé Carlos Blat | Promotor de Justiça

A questão carcerária no Brasil

Na nossa coluna de hoje vamos abordar a questão carcerária no Brasil. O Supremo Tribunal Fe-deral, caros leitores, vai julgar um recurso que possibilitará a 30 mil pre-sos que foram condena-dos em regime prisional semiaberto e que atual-mente estão em regime mais severo – o fecha-do- por falta de vagas, a aguardar em liberdade o surgimento de referidas vagas no sistema peni-tenciário brasileiro. A tese desse recurso é ra-zoável por sustentar que o condenado não pode arcar com a ineficiência do Estado. Ademais, essa ineficiên-

cia do Estado vem se arras-tando desde o início do sé-culo XX até os dias atuais, uma vez que a construção de cadeias não repercute positivamente aos políticos, por imposição da própria sociedade, que enxerga de forma míope ao interpretar que dar recursos para o sis-tema prisional significa jogar dinheiro pelo ralo. Pensando dessa forma, a sociedade esquece que as finalidades da pena são a punição, a prevenção e a tão sonhada e pouco alcançada ressocia-lização do criminoso. É, caro leitor, esse tema in-comoda e tentamos o tempo todo tapar o sol com a penei-ra, ou melhor, com algumas grades e portas da impuni-dade escancaradas. O Código Penal perdeu sua efetividade, pois as conde-nações impostas por juízes criminais não podem ser cumpridas porque o Estado não tem vagas suficientes no sistema prisional. De outro lado, a sociedade exige leis mais rigorosas com penas mais severas. E a pergunta que não quer calar: onde os criminosos cumpri-rão suas condenações? A reforma não pode se

restringir ao sistema de segurança pública e tampouco ao sistema ju-diciário, mas também ao sistema penitenciário. Já começaram a surgir iniciativas de privatização dos presídios em parce-rias público-privadas, nas denominadas PPP’s em Minas Gerais, Bahia e Ce-ará, como uma forma de substituir a Administração Pública na construção e administração dos pre-sídios. Todavia, a fiscali-zação da execução das penas é intransferível e compete exclusivamente ao Estado. Indelegável também é o direito de pu-nir do Estado. O modelo ideal do siste-ma prisional está longe de ser alcançado, mas preci-samos, caros leitores, cla-mar pelo debate, que não pode estar concentrado em meia dúzia de juris-tas notáveis convocados pelas autoridades para resolver os problemas da sociedade brasileira com um punhado de leis e continuar tampando o sol com a maldita peneira...ou com grades serradas e portas escancaradas!

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(Centro Virtual de Atendi-mento ao Contribuinte) e, se entender que é um erro efetivo, corrigi-lo”, explicou. Em 2012, aproximadamen-te 570 mil contribuintes pessoas físicas caíram na malha fina.

Para utilizar o e-CAC é ne-cessário usar o código de acesso gerado na própria página da Receita (www.receita.fazenda.gov.br) ou o certificado digital emitido

por autoridade habilitada. Para gerar o código, o con-tribuinte precisará informar o número do recibo de en-trega das declarações de Imposto de Renda dos dois últimos exercícios. Caso en-contre algum erro, a autorre-gularização poderá também ser feita por meio do e-CAC. Neste ano, o Fisco espera receber mais de 26 milhões de declarações, ante as 25.244.122 do ano passado.

Alfredo Lopes

Page 4: Diálogo Metropolitano – Edição 6 – 11/05/2013

4 DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013

BRASIL E MUNDO

senador lindbergh participou da Caravana da Cidadania em Magé

Magé, cidade da baixa-da fl uminense fundada em 1565, possui hoje 227.322 habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística). O município conta com cin-co distritos, sendo Magé, Guia de Pacobaíba, Inho-mirim, Santo Aleixo e Suruí.

Como muitas cidades do país, Magé tem carência de investimentos em seto-res como educação, segu-rança, transporte público, entre outros. E foi reivin-dicando investimentos em áreas defi cientes da cida-de que a população mage-ense participou da Carava-na da Cidadania, realizada em Magé entre os dias 26 e 27 de abril.

A Caravana da Cidada-nia, liderada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), foi inspirada nas Carava-nas feitas pelo ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva entre os anos de 1993 e 1996. Na ocasião, Lula visitou 359 cidades de 26 estados com o objetivo de aprofundar o conhecimen-to sobre a realidade brasi-leira e ouvir comunidades esquecidas, articulando assim propostas viáveis de desenvolvimento para es-sas áreas.

Lindbergh Farias preten-de fazer o mesmo no esta-do do Rio de Janeiro. Para o senador, a Caravana da Cidadania é o caminho que deveria ser feito por

todo político para escutar as reclamações e ver os problemas da população de perto. “A gente sabe que relatórios e pesquisas são importantes, mas é completamente diferente a gente ver a realidade”, diz.Para a Deputada Fede-ral Benedita da Silva (PT) - que participou da Cara-vana juntamente com o também Deputado Fede-ral Alexandre Bittar (PT) e outros líderes políticos da região - o principal objeti-vo da Caravana da Cidada-nia é a escuta. “A Carava-na tem o objetivo de ouvir as pessoas, falar com elas para que a gente possa ter a possibilidade de criar um projeto, um programa, uma política pública que esteja realmente voltada para o desenvolvimento, para a inclusão dessas pessoas” afi rma.

A Caravana da Cidadania do senador Lindbergh - que já passou pelas cidades de Japeri, Duque de Caxias e Guapimirim - chegou até Magé na sexta-feira dia 26, às 18h30, em evento rea-lizado na quadra do Clube Mageense. No sábado, dia 27, no bairro de Piabetá, lo-calizado em um distrito de Magé (Inhomirim), foi reali-zado um café da manhã na Casa de Festas 4 Estações. Lideranças religiosas, co-merciantes, advogados e a população civil estiveram presentes no evento.

Na ocasião, os cidadãos mageenses trouxeram para debate questões como falta de água em diversos pon-tos da cidade, falta de segu-rança, de investimentos em educação e transporte pú-blico defi ciente. No mesmo local, houve uma reunião com as mulheres de Magé,

onde elas também puderam manifestar suas reclama-ções e reivindicações.

Na reunião foi explicita-do que Magé, assim como outras cidades da Baixa-da Fluminense, necessita que indústrias se instalem em seus domínios para gerarem empregos. Mas, para que a cidade tenha cidadãos qualifi cados, é preciso que investimentos sejam feitos na educação. Atendimento qualifi cado em saúde também foi uma reivindicação forte dos ma-geenses presentes.

Para o Senador Lindbergh, os principais problemas na região da baixada são a falta de água e de sa-neamento básico. “Aqui na

baixada fl uminense os pro-blemas eram para ter sido resolvidos no início do sécu-lo passado: água e esgoto”, afi rma Lindbergh. “Quando você não tem água, você não tem saúde. Esse é o maior problema dessa re-gião”, completa.

Ao fi nal do dia, para os ci-dadãos mageenses fi cou a sensação de esperança re-cuperada. Esperança que, nos próximos anos, não importa quem seja eleito para a prefeitura da cidade e o governo do estado, a cidade passe por melhorias estruturais, que recuperem a qualidade de vida e au-mentem as oportunidades de crescimento do cidadão mageense.

ECoNoMIA vERDE

A importância da ética tem crescido constan-temente em virtude do “efeito iceberg”, comum na contabilidade empre-sarial a partir do século XX, em que aspectos tan-gíveis são contabilizados e o que é realmente va-lioso não é calculado no balanço patrimonial nem na demonstração dos re-sultados. Contudo, são os que mais agregam valor aos bens ou serviços ofe-recidos e decorrem direta ou indiretamente, em pe-quena ou grande medida, das atitudes éticas adota-das pelas empresas. São esses valores intan-gíveis: goodwill, marca, reputação, qualidade da governança, qualidade da gestão, histórico de respeito aos direitos hu-manos, aspectos sociais e trabalhistas e a conside-ração dos ecossistemas na comunidade onde a empresa opera, entre muitos outros. Assim, não se pode mais planejar, es-trategicamente, sem levar em conta os temas éticos e, principalmente, de sus-tentabilidade. Claro que ser ético não é

A Sala de Cultura Leila Diniz, inaugurada no dia 1º de julho de 2011 em comemoração aos 80 anos do Diário Ofi cial, é a nova Casa da Cultura fl uminense. O moderno espaço é capaz de abri-gar diferentes tipos de manifestações artísticas sem custo para o expo-sitor.A exposição de abertu-ra contemplou o próprio Diário Ofi cial, nas suas diversas fases, e as ar-tes, tecnologias e equi-pamentos gráfi cos utili-zados desde a primeira edição, em 1º de julho de

Danielle Denny | Advogada

Ética e sustentabilidade são inevitáveis

ser uma instituição de cari-dade. A empresa tem de dar lucro, mas da forma certa, so-cioambientalmente respon-sável, sem discursos disso-nantes da prática e sem uso de morais universais para justifi car interesses privados. Os temas ligados à susten-tabilidade, por exemplo, ge-ram impactos econômicos, tanto positivos como nega-tivos. Além disso, impactam ecossistemas e a comunida-de de tal sorte que pode ser inviabilizada a perpetuação daquele negócio no médio e longo prazo. É nesse sentido que, afi rma Mervyn E. King, Presidente do Conselho de Administração da GRI- Glo-bal Reporting Initiative: “As

1931. O espaço foi batizado em homenagem à atriz Lei-la Diniz. Nascida em Niterói, a atriz quebrou tabus, ser-vindo de inspiração para o momento atual, em que as mulheres conquistaram sua autonomia e espaço. Desde a sua inauguração, a Sala de Cultura já rece-beu aproximadamente 30 eventos, entre exposições, lançamentos de livros, pa-lestras, seminários etc.A Sala de Cultura Leila Diniz promove todo segundo sá-bado do mês o Projeto Giro Cultural, trazendo teatro infantil para a criançada às 12h. Toda última quarta-feira

pessoas, o planeta e os lucros não podem mais estar separados”. No Brasil, o desafi o é ain-da maior, pois o tecido social está impregnado pela corrupção, mas cabe aos jovens de hoje não comungar com essa ban-dalheira, de que tudo é na base do “jeitinho”. É preci-so romper com o confor-mismo de que as coisas maléfi cas são imutáveis. Um pouco de coragem, é disso que precisamos. O ilícito não pode ser parte integrante do dia a dia. Quando os profi ssionais chegam a ter vergonha de ser honestos, os maus gestores públicos e priva-dos se propagam. Cabe a todos nós fazer-mos a nossa parte, e cabe às organizações fazerem a parte delas. O discurso de que “no Brasil não é bem assim, aqui, na prática, a teoria é outra”, só nos leva para um caminho pior. No contexto presente, em que tudo é tão exposto, uma organização não esconde mais os danos causados à sociedade. Ou ela é res-ponsável, ou ela não con-segue discursar que o é.

do mês o público assiste às apresentações do Pro-jeto Jovem Aprendiz Mú-sica na Escola às 12:30h. Todos os eventos na Sala de Cultura Leila Diniz são gratuitos.Atualmente a exposição em cartaz é “Tom e Con-tra-Tom” uma exposição que tem o objetivo de propor um debate sobre a conservação da fauna e da fl ora, a manutenção da biodiversidade e o papel do homem no equilíbrio ambiental do planeta. A exposição “Tom e Contra-Tom” reúne fotografi as, desenhos e modelagens feitas por alunos e profes-sores da Universidade Fe-deral do Estado do Rio de Janeiro e estará em car-taz até o dia 31 de maio. A sala está aberta para o público de segunda à sexta das 10h às 14h e aos sábados das 14h às 17h. A entrada é gratuita.Rua Heitor Carrilho, 81 – Centro – Niterói. Os interessados em expor seus trabalhos, devem enviar seus projetos para avaliação pelo e-mail: sa-ladecultura@imprensaofi -cial.rj.gov.br.

NossA CulTuRARenata Palmier | Relações Públicas

sala de Cultura leila Diniz

gíveis: goodwill, marca, reputação, qualidade da governança, qualidade da gestão, histórico de respeito aos direitos hu-manos, aspectos sociais e trabalhistas e a conside-ração dos ecossistemas na comunidade onde a empresa opera, entre muitos outros. Assim, não se pode mais planejar, es-trategicamente, sem levar em conta os temas éticos e, principalmente, de sus-

Claro que ser ético não é

bal Reporting Initiative: “As gestores públicos e priva-dos se propagam. Cabe a todos nós fazer-mos a nossa parte, e cabe às organizações fazerem a parte delas. O discurso de que “no Brasil não é bem assim, aqui, na prática, a teoria é outra”, só nos leva para um caminho pior. No contexto presente, em que tudo é tão exposto, uma organização não esconde mais os danos causados à sociedade. Ou ela é res-ponsável, ou ela não con-segue discursar que o é.

Lindbergh Farias Benedita da silva

Page 5: Diálogo Metropolitano – Edição 6 – 11/05/2013

festival propõe mistura de harpa, música clássica e rock

Para quem não conhece pode parecer um pouco inu-sitado, mas o Rio de Janeiro organiza um festival de har-pistas. O Rio Harp Festival chega à sua oitava edição integrando o projeto Música no Museu, e é considerado um dos maiores festivais de harpa em todo o mundo.

Com programação até o dia 31 de maio, as harpas poderão ser ouvidas nos principais cartões postais da capital fluminense, como a Ilha Fiscal, o Corcovado, Jóquei Clube, Biblioteca Na-cional, CCBB, Real Gabinete Português de Leitura, Forte de Copacabana, Igrejas e

Sinagoga, além dos espa-ços normais de Música no Museu. “A ideia é privilegiar a música de boa qualidade, sem distinção de procedên-cia, escola ou época, da mú-sica medieval aos clássicos europeus, dos românticos aos impressionistas, dos modernos aos contempo-râneos brasileiros”, afirma o diretor e idealizador do festival, Sérgio da Costa e Silva.

E a intenção de Sérgio foi bem captada, pois os mais de 26 harpistas de vários países, entre eles Canadá, EUA, Holanda, Bulgária, Suíça, Portugal, Rússia, Ja-

5DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013

CULTURA

ThEll vÊ Tv Thell de Castro | Jornalista

NA TEloNA

“Terapia de Risco” (Side Effects, 2013) foi anun-ciando por Steven So-derbergh, o diretor de “Sexo, Mentiras e Vi-deotape”, “Traffic” e da série “Onze Homens e um Segredo”, como sua possível despedida da indústria de cinema de Hollywood. Ele alega que o sistema de produção americano praticamente virou refém de adapta-ções de HQs e de comé-dias infantiloides, e que não há mais diálogo com os chefes de estúdio. Ele

teve sérios problemas para conseguir verba para seus últimos filmes, inclusive os mais festejados, como Con-tágio, que tinha Matt Da-mon, Kate Winslet, Gwyneth Paltrow, ou esse Terapia de Risco, que traz Jude Law, Catherine Zeta Jones, Roo-ney Mara e Chaning Tatum. “Deposito minhas esperan-ças nos novos meios de co-municação. Eles estão mu-dando tanto o cenário que me permitem arriscar outras aventuras, como nos ca-nais independentes de TV ou na web, que se abrem a conteúdos alternativos”, diz. De fato, Soderbergh já está finalizando para a HBO uma cinebiografia de Libe-race, Behind of Candelabra, estrelada por Michael Dou-glas.Mas se Terapia de Risco, que estreia essa semana no circuito, é realmente o canto de cisne do diretor, ele fecha o ciclo com um thriller de primeira. Aqui temos Emily (Rooney Mara, a punk Lisbeth Salander do filme Millenium) como a garota que perde o chão depois que Marty, o marido (Chaning Tatum), vai para a prisão. Passam-se os anos,

Marty é solto, mas isso não ajuda a mulher a sair da crise de depressão, ao contrário, só aprofunda o fosso. Parece não haver outra alternativa senão o tratamento médico, e é aí que, ironicamente, as coisas se complicam.A mocinha começa a to-mar um medicamento novo para reduzir a an-siedade. O remédio, que a princípio parece ajudar, logo demonstra efeitos colaterais. Mesmo as-sim, os médicos insistem para que ela continue a tomar. Uma bela noite, a moça comete um crime. Soderbergh não se con-tenta apenas em colocar a questão do assassinato no tribunal, Terapia de Risco discute em por-menores os abusos e as falhas que afetam a indústria farmacêutica, o tratamento da saúde mental e os escrúpulos de certos médicos na for-ma com que adotam os remédios. Aliás, prepare-se para surpresas, pois Terapia de Risco reserva pelo menos duas revi-ravoltas espetaculares para o espectador.

Hamilton Rosa Júnior | Jornalista e Crítico de Cinema

steven soderbergh e o cinema do risco

» Skank, CPM 22, Forfun, Cidade Negra, Fresno e NxZero se enfrentam em duas chaves que levarão ao grande campeão na 15ª edição do campeonato. » Na estreia, o Cidade Ne-gra enfrenta o time da Fres-no. Na quinta, a disputa será entre Forfun e Skank. » A banda mineira, aliás, en-tra em campo para defen-der o título de campeão da última edição, além da pos-sibilidade de ser tetra. Co-neCrewDiretoria estreia no campeonato e o Japinha,

» A MTV Brasil volta com o Rockgol Campeona-to no próximo dia 14 de maio. Neste ano, a com-petição volta a São Pau-lo com 30 bandas dis-postas em seis times e uma nova trinca de nar-rador e comentaristas. » O novo VJ Daniel Fur-lan assume a narração com comentários de Paulinho Serra e Julia-no Enrico. Paulinho já contribuiu com a última edição do certame, en-quanto a dupla capixaba debuta nos gramados.

do CPM 22, pode assu-mir a artilharia isolada de todas as edições. » Fora dos gramados, a disputa continua com Lucas e Deco aquecendo os ânimos com o “Rockgol no In-tervalo”, onde músi-cos e integrantes da plateia passam por provas de alto risco. » Os números do Ro-ckGol 2013: 6 times, 9 jogos, 31 gols e apenas 1 contra ao longo da disputa.

Matérias especiais sobre a Alemanha na globo NewsEm homenagem ao ano da Alemanha no Brasil, que co-

meça a ser comemorado oficialmente em maio, a Globo News prepara uma série de mais de dez programas es-peciais sobre o tema. Os quatro primeiros vão ao ar em maio, no ‘Mundo S/A’, ‘Jornal das Dez’, ‘Globo News Espe-cial’ e ‘Almanaque’.

Na semana seguinte, de 14 a 17 de maio, é a vez do ‘Jornal das Dez’ embarcar para a Alemanha para trazer reportagens especiais sobre o país. Em ‘Olhar de Frank-furt’, a equipe mostra que a famosa cidade vai muito além da bolsa de valores e do Banco Central Europeu. No dia seguinte, o telespectador conhece a história de Ulrike Meinhof, a filha da líder do Complexo Bader-Meinhof (ou Rote Armee Fraktion), grupo terrorista da antiga Alema-nha Ocidental. Aos sete anos de idade, ela – que hoje é uma jornalista respeitada, dona de opiniões polêmicas – foi levada com a irmã gêmea pelo grupo, à revelia do pai, que tinha a guarda das filhas. E como está a Alemanha depois da Copa do Mundo? Na quarta-feira, o ‘Jornal das Dez’ conversa com um especialista alemão sobre o uso

rAUL rAMos

pão e França, tocarão obras clássicas de músicos consa-grados como Bach, Ravel, Wagner e Villa-Lobos, sem deixar de lado as músicas mais conhecidas do pop e rock.

Entre os destaques estão os brasileiros da Burning Symphony, que (acredite) tocam Led Zeppelin, Pink Floyd e Metallica com suas harpas no lugar dos riffs e acordes das famosas guitar-ras dessas bandas.

A harpa é um dos instru-mentos mais antigos da his-tória da humanidade e cada uma tem sua característica, como a harpa de concerto,

de orquestra, céltica, para-guaia e llhanera, cada uma com sua sonoridade espe-cífica.

O Rio Harp Festival teve sua abertura no dia 1º de maio, no Palácio Guanaba-ra, com a Banda Sinfôni-ca do Corpo de Fuzileiros Navais, sendo solista o harpista Andrés Izmaylov (Estônia). O encerramento está marcado para o dia 4 de junho, na Comunidade do Alemão, com o harpista argentino Daniel Garcia.

As atrações e a programa-ção podem ser conferidas no site oficial do evento: http://www.rioharpfestival.com/.

que os estádios e as instalações construídas para a Copa ti-veram depois que o mundial terminou. Para encerrar a série, a equipe de reportagem visita o Estúdio Digital da Filarmôni-ca de Berlim e mostra os bastidores desse templo da música, onde a pioneira orquestra faz transmissões ao vivo de seus concertos.

No domingo, dia 19 de maio, o ‘Globo News Especial’ mos-tra a diversidade cultural e étnica da Alemanha. Apesar dos entraves com imigrantes turcos no passado mais recente e, antes disso, do genocídio provocado pelo Holocausto, a Ale-manha de hoje é cosmopolita e, sobretudo em Berlim, existe uma rica convivência entre pessoas de origens étnicas, reli-giosas e geográficas diferentes. Para mostrar essa diversida-de, o programa vai ao bairro que é o epicentro dessa troca, Kreuzberg, e entrevista os jovens que ora consomem kebab ora o salsichão com curry tipicamente alemão. O que eles acham dessa coexistência? Uma pesquisadora de linguística da Universidade de Potsdam analisa o chamado Kiezdeuts-ch, um dialeto urbano que mistura o alemão com palavras turcas e árabes. O programa traz ainda o depoimento de al-

guns brasileiros que foram atraídos por esse cosmopoli-tismo do país. Participam deste debate a DJ Grace Kelly – brasileira do interior da Bahia que hoje é sucesso na noite da capital alemã, cuja música é capaz de misturar o som nordestino às melodias dos Bálcãs ou do Oriente Médio – e um grupo de jovens empreendedores paulistanos que tocam um espaço multifuncional em que profissionais de várias nacionalidades convivem e trocam experiências.

Ainda em maio, a Globo News traz um ‘Almanaque’ es-pecial no sábado, dia 25, com uma entrevista exclusiva com Daniel Brühl, um dos atores alemães mais requisi-tados do cinema internacional. Ele foi o protagonista de “Adeus, Lênin” e fez dezenas de outros filmes, como “Bastardos Inglórios”, “Edukators”, “Ultimato Bourne” e “E se vivêssemos todos juntos”. A entrevista foi gravada no El Raval, seu bar em estilo catalão. Durante a entrevista, Daniel fala da vida em vários idiomas, já que tem mãe es-panhola e nasceu em Barcelona, do amor pela Espanha e por Berlim, dos principais trabalhos, dos próximos proje-tos no cinema e do seu contato com o Brasil.

Daniel Garcia

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PAssA A BolA...José Carlos Cicarelli | Cronista esportivo

» Parece que, depois da inauguração parcial do Maracanã, o que mais importa para o Governo do Rio são lojas, restau-rantes e outras perfuma-rias. Tudo isso para que o estádio seja economi-camente viável. Segun-do o projeto inicial, de 1947, o que se pretendia era fazer do famoso “Ma-raca” um verdadeiro par-que olímpico, finalidade que foi totalmente des-virtuada. Agora a ideia é bem diferente, pois procuraram construir um estádio moderno, é ver-dade, mas muito caro. Só a cobertura da obra cus-tou mais de 200 milhões de reais. O que não é pouco, concordam?

» No Flamengo, finalmen-te, acabou a polêmica para definição do novo patrocinador do clube no futebol. Será mesmo

a Caixa Econômica Federal, que pagará R$ 25 milhões anuais para colocar sua marca no peito dos jogado-res rubro-negros, usando o espaço nobre das camisas. A parte de trás do uniforme do time de maior torcida do Brasil já está ocupada com a logomarca da Peugeot, que gastará R$ 10 milhões por ano de contrato.

» Como dizia o antigo locu-tor esportivo de São Paulo, Fiori Gigliotti, “agora não adianta chorar”. O custo fi-nal da reforma do Maracanã foi de R$ 1,2 bilhão. É mole? Vamos então torcer para que o estádio seja aprova-do em definitivo, sediando sua primeira partida oficial no dia 2 de junho, com o amistoso Brasil x Inglaterra. Só para lembrar, até agora o estádio recebeu apenas um jogo-teste, a disputa entre amigos de Ronaldo e Bebeto, sem abertura de

portões para o público. O jogo contra os ingleses, apesar de amistoso, terá certamente repercussão internacional.

» Há alguns dias, fui en-trevistado pelo programa “Passa a Bola”, da TV Êxi-to, e um dos internautas me pediu que opinasse sobre qual o time, entre Botafogo e Fluminense, tem mais chance no Cam-peonato Brasileiro. Res-pondi que, apesar do Bo-tafogo ter sido campeão no Rio, vencendo o jogo final contra o próprio Flu, acreditava mais no time tricolor. Isso pela simples razão de entender que o time de Laranjeiras tem um elenco de mais qua-lidade, e isso é básico numa competição longa como o Brasileirão. Mas, o futebol tem suas surpre-sas, acrescentei na opor-tunidade.

6 DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013

ESPORTES

Brasileirão 2013: em breve, a bola vai rolar nas séries A e B

O mês de maio reserva o início de fortes emoções para torcedores de todo o País. As primeiras das 38 rodadas do Campeonato Brasileiro das Séries A e B começam no dia 25. Para quem está na elite do fute-bol nacional, os objetivos se dividem entre aqueles que são candidatos ao título, os que vão lutar por vagas na Copa Libertadores de 2014 e os que tentarão evitar o temido descenso, do qual o Palmeiras foi uma das ví-timas no ano passado.

Atual campeão da Série A, o Fluminense começa a busca pelo quarto título nacional em casa, contra o Atlético Paranaense, de vol-ta depois do terceiro lugar na Série B de 2012, con-quistada pelo Goiás. Outro a estrear no Rio de Janei-ro, o Vasco irá enfrentar a Portuguesa em um “duelo lusitano”. Já Flamengo e Botafogo iniciam a cami-nhada no Brasileirão em solo paulista: enquanto o Rubro-Negro pega o San-tos na Vila Belmiro, o clube da “Estrela Solitária” encara ninguém menos que o atual campeão da Libertadores e do Mundial, o Corinthians.

Dos times cariocas, ape-nas o Fluminense é consi-derado um dos favoritos, ao lado de Corinthians, São Paulo, Grêmio, Internacio-nal e Atlético Mineiro. Além de Atlético Paranaense e Goiás (que pega o Cru-zeiro na estreia, em Belo Horizonte), Criciúma e Vi-

tória da Bahia são os que subiram em 2012. Ambos jogam em casa na primeira rodada, contra Bahia e Inter de Porto Alegre, respectiva-mente.

A segunda rodada tam-bém terá alguns confrontos interessantes: Botafogo x Santos, São Paulo x Vasco e Atlético Mineiro x Grê-mio são apenas algumas das partidas que já servirão para saber como os times, especialmente aqueles que são considerados favoritos, irão se comportar tendo, em alguns casos, outras competições em disputa, como a Libertadores.

O Brasileirão deste ano

JoNAs GoNÇALVEs

terá algumas novidades: além da parada prevista para o período da Copa das Confederações (15 a 30 de junho), não serão mais dis-putados clássicos regionais na última rodada dos dois turnos e todos os jogos serão no mesmo horário somente no encerramento do campeonato, diferen-temente dos últimos anos, quando as partidas das duas últimas rodadas foram disputadas desta forma. As mudanças foram aprovadas pela maioria dos 20 clubes da Série A em reunião com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

No entanto, o fim dos

clássicos no final de cada turno não agradou a todos. Para o comentarista Diogo Olivier, da RBS TV, a medi-da é ruim para a competi-ção, pois as polêmicas so-bre a escalação de equipes reservas nas rodadas finais do torneio deverão voltar.

“Ainda procuro uma ex-plicação. Quando se ins-tituíram os clássicos na ultima rodada, o objetivo era evitar times desinteres-sados na última rodada e isso acaba. Isso é a ponta mais suave, sem desconfiar de ‘entrega’. Os clássicos entraram para acabar com isso. Quando é retirado, passa para o torcedor uma

o Botafogo de seedorf, campeão carioca de 2013, chega embalado

perda de credibilidade. Era uma sinalização de que a CBF se preocupava com a lisura do campeonato”, de-clarou ao programa “Reda-ção SporTV”.

Diogo Olivier lembrou que, em 2009 e em 2010, os campeões Flamengo e Fluminense tiveram seus caminhos “facilitados” por-que outras equipes, que não lutavam pelo título ou contra o rebaixamento, es-calaram jogadores reservas nas rodadas decisivas.

Atendimento

Outra nova determinação foi anunciada pelo presi-

dente da Comissão Nacio-nal de Médicos de Futebol (CNMF), José Luiz Runco: a implantação do padrão de atendimento médico FIFA, que prevê a presença nos campos, junto à mesa do quarto árbitro, de um mé-dico de emergência e mais três paramédicos. “Vamos definir ainda os estádios e os estados em que essa metodologia será usada nos jogos do Brasileiro. O fundamental é que, com essa metodologia, o joga-dor terá um atendimento de maneira mais rápida, adequada e de qualidade”, salientou Runco, que tam-bém é o médico da Seleção Brasileira.

série B

A Série B deste ano terá como principal destaque o Palmeiras, que teve a companhia de Atlético Goianiense (contra quem estreia), Figueirense e Sport na queda em 2012. O Verdão espera repetir 2003, quando se sagrou campeão, e estar nova-mente na elite no ano do seu centenário e da inau-guração do novo estádio. Ao mesmo tempo, o time de Santa Catarina inicia-rá a busca pelo retorno à elite contra o América de Natal, enquanto o Leão da Ilha pernambucano enfren-ta fora de seus domínios o cearense Icasa, em um confronto da região Nor-deste.

Presidentes de confederações se reúnem no auditório do Rio 2016

Representantes de 27 das 30 confederações olímpicas brasileiras se reu-niram na manhã da última terça-feira, dia 7, na nova sede do Comitê Organiza-dor dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, na Cidade Nova. O encontro mensal, que normalmen-te é realizado no Comitê Olímpico Brasileiro (COB), na Barra, aconteceu pela primeira vez no Rio 2016 e serviu ainda para inaugurar o novo auditório.

O diretor executivo de Esportes, Agberto Guima-rães, apresentou detalhes do projeto olímpico a to-dos os presentes. Temas como: legado, contratação dos líderes de competição, eventos-teste, arbitragem e voluntários especializados em cada esporte foram al-

guns dos mais relevantes.Ele respondeu alguns

questionamentos e lem-brou que cada esporte tem uma necessidade diferen-te. “Faltam três anos para o início dos Jogos. Ideias para valorizar o esporte e o atleta serão avaliadas e ain-da podem ser utilizadas”, afirmou.

Presidente da Confede-ração Brasileira de Bad-minton, Francisco Ferraz, considerou a reunião pro-veitosa. “Esse é o momen-to para tirar dúvidas e en-riquecer o conhecimento em torno do projeto dos Jogos Olímpicos. A expec-tativa de legado, a parte de infraestrutura, informações sobre arbitragem. Foi uma reunião importante”, afir-mou Ferraz.

Antes de começar a reu-

nião, os presidentes e re-presentantes das confede-rações conheceram o novo quartel-general do Comitê. O presidente do COB Car-los Arthur Nuzman e o di-retor de Instalações, Luiz Henrique Ferreira, acompa-nharam a visita pelos três andares do prédio.

A maioria dos presidentes de confederações compa-receu ao evento, com raras exceções, como o meda-lhista olímpico em Moscou 1980, Djan Madruga, que representou a Confedera-ção Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), e o atle-ta olímpico Roberto Leitão, que representou a Confe-deração Brasileira de Lutas Associadas (CBLA). Todos os diretores e gerentes ge-rais do COB também partici-param da reunião.

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A vIDA É fRágIl. vIvA CoM sAÚDEDra. Lívia Maria Gennari | Médica

Porque não levar seu fi-lho ao PsNas últimas semanas, com a chegada do ou-tono e seu ar seco e frio, temos visto na mídia notí-cias sobre as filas intermi-náveis de até 6 horas nos serviços de pronto aten-dimento infantil. Como as gripes e resfriados do inverno não escolhem classe social, tanto os serviços do SUS quanto os hospitais particulares apresentam as salas de espera lotadas.

Sabemos que as crianças sofrem mais com os sin-tomas das doenças respi-ratórias virais e com suas possíveis complicações bacterianas, como pneumo-nias, amigdalites e sinusites. Combinados ao desespero, insegurança e falta de infor-mações dos pais, temos o caos instaurado.Mas será que correr para o PS mais próximo aos primei-ros sinais de febre ou de na-riz escorrendo é a solução? Muitas vezes, ao examinar uma criança com sintomas

há menos de 24 horas, o pediatra não encontra sinais que justifiquem o quadro e acaba por di-zer aquela famosa frase: “mãezinha, é uma virose”. Os pais saem do consul-tório insatisfeitos por te-rem passado horas espe-rando por uma consulta e voltar pra casa sem saber ao certo o que aquela fe-bre significa.Mas, pior do que a falta de respostas, são os riscos a que são submetidas as crianças que permane-cem por longos períodos em uma sala de espera contaminada por vários ti-pos de microrganismos. O resultado: quem não esta-va assim tão doente volta pra casa com, no mínimo, uma diarreia viral.Então, antes de tirar seu filho de casa, observe os sintomas por pelo menos 24 horas. Siga os con-selhos do pediatra que acompanha a criança, dando medicação para fe-bre, e saiba que essas 24 horas podem ser a dife-rença entre uma solução encontrada no PS ou uma dor de cabeça maior.

7DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013

SAÚDE

o perigo das lesões pulmonares por inalação

Incêndios como o que ocorreu na boate Kiss, em Santa Maria (RS), já mata-ram centenas de pessoas em todo o mundo. Dentre eles, podemos citar os que ocorreram nas boates Repú-blica Cromagnon, em Bue-nos Aires (2004), ou Station, em Rhode Island, nos Esta-dos Unidos (2003). Estes incêndios têm em comum a principal causa de morte: exposição à fumaça em am-bientes fechados.

Na tragédia de Santa Ma-ria, o poliuretano, material utilizado para revestimento acústico da boate, foi apon-tado como o motivo para a rápida propagação do fogo. Pior que isso, sem o trata-mento adequado, este ma-terial, quando queimado, li-bera cianeto e monóxido de carbono.

“Uma vez inalado, o mo-nóxido de carbono, por se ligar à hemoglobina com maior afinidade, dificulta o transporte de oxigênio ne-cessário à respiração ce-lular. Esse fator, agregado à redução de oxigênio no ar (devido ao seu consumo pelo incêndio e pelo am-biente ser fechado) e ao bloqueio do uso de oxigênio na célula (ocasionado pelo cianeto) é a principal causa de óbitos em eventos como os ocorridos nas referidas boates, explica o Dr. Ubira-tan de Paula Santos, médico da divisão de pneumologia do Incor e coordenador da Comissão de Doenças Respiratórias Ambientais e Ocupacionais da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).

O processo todo aconte-

ce muito rápido. Cerca de um minuto e meio foram suficientes na boate Kiss para tornar a fumaça com-pletamente enegrecida, difi-cultando às pessoas que se orientassem espacialmente.

Por isso, é importante que esses estabelecimentos te-nham muita atenção às saí-das de emergência.

As lesões

A queima de produtos e a geração de gases tóxicos, provenientes da tinta e do estofamento da boate, são os causadores das irrita-ções da mucosa e dos pul-mões. A partir daí seguem dificuldade para respirar, bloqueio de secreção, in-flamações que vão desde o nariz (pelas vias aéreas superiores) até traqueia,

brônquios, bronquíolos e, em alguns casos, chegam à região alveolar, levando à insuficiência respiratória.

Também pode ocorrer a síndrome de disfunção rea-tiva das vias aéreas (RADS), caracterizada pelo quadro de asma que surge horas depois de inalado o agen-te nocivo. Não só a fuma-ça pode causar essa asma, como também a exposição a substâncias químicas, ge-ralmente em ambiente de trabalho industrial.

Há ainda lesões por inala-ção de fumaça que se mani-festam após 36 a 48 horas.

Por isso, em caso de expo-sição à fumaça em ambien-tes fechados, é imprescindí-vel consultar um médico o mais rápido possível.

“Monitorar a pressão ar-terial, aumentar a oferta de oxigênio, ofertar antído-to para cianeto (hidróxido de cobalamina) se houver suspeita de queima de po-liuretano ou sinais de ins-tabilidade hemodinâmica e dificuldade de reversão do quadro respiratório e, se necessário, realizar bron-coscopia são algumas das providências indicadas para apuração das consequên-cias da intoxicação”, sugere o Dr. Ubiratan.

Poliuretano por toda parte

Se engana quem pensa que o poliuretano é raro de ser encontrado. Ele está

gestantes adolescentes recebem atendimento especial

Gestantes adolescentes da Baixada Fluminense re-cebem atendimento espe-cial no Hospital Estadual da Mãe, em Mesquita. Uma vez por semana, as futuras mães se reúnem com pro-fissionais de Saúde para discutir temas relaciona-dos à gravidez, no Centro de Estudos e Atendimento da Mulher Adolescente, projeto inaugurado este mês na unidade. O foco em oferecer um cuidado dife-renciado tem motivo: vinte por cento das pacientes do hospital são menores de idade.

Para participar do proje-to, a gestante precisa ter

menos de 19 anos e fazer o pré-natal na unidade es-tadual. Nos encontros, as jovens frequentam deba-tes sobre assuntos como planejamento familiar, alei-tamento materno, impor-tância da continuidade dos estudos, contracepção e cuidados com o bebê. A ideia é realizar a troca de experiências entre as parti-cipantes.

Cerca de 15 gestantes são atendidas a cada en-contro, que dura cerca de uma hora e é comandado por uma assistente social e uma psicóloga do hospi-tal. Usando uma linguagem simples e didática, as pro-

fissionais abordam os te-mas propostos e estimulam a participação das futuras mães.

“É uma oportunidade de passar informações de for-ma mais consistente e sen-sata, já que a maioria des-sas jovens vai raramente a médicos e, por isso, sabem pouco sobre prevenção de gravidez e doenças sexual-mente transmissíveis. Gran-de parte das informações chega de forma equivoca-da e inadequada a essas meninas. Os temas são pouco discutidos”, explicou o diretor do Hospital Esta-dual da Mãe, Sérgio Teixei-ra.

presente em nossos traves-seiros, colchas, sofás e até mesmo nos bancos dos car-ros.

Os fabricantes proveem tratamento para que o po-liuretano queime mais de-vagar, mas todo cuidado é pouco. Fica o alerta de antemão: cuidado com ci-garros, chapinhas e incen-

sos perto da cama. Caso o esquecimento de uma chapinha ligada sobre o colchão resulte em um in-cêndio dentro de casa, sair o quanto antes do ambien-te é a melhor providência possível.

Tentar sanar a situação apagando o fogo pode lhe custar a própria vida.

Dr. Ubiratan de Paula santos

Incêndio na boate Kiss

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O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, vem se tornando o novo sonho de consumo dos partidos po-líticos no Estado do Rio de Janeiro. Segundo notícias publicadas nos jornais ca-riocas, Beltrame tem sido sondado por vários parti-dos políticos para disputar o governo do Estado do Rio de Janeiro na próxima eleição.O PSB (Partido Socialis-ta Brasileiro), através do governador de Pernam-buco, Eduardo Campos, fez um convite especial ao secretário para que ele aceitasse o desafi o de ser candidato a governador do Estado do Rio de Ja-neiro em 2014. Segundo as notícias veiculadas, o secretário Beltrame tem se calado a este respeito, inclusive não manifestou publicamente a intenção de ser candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Pezão, candidato ofi cial do go-vernador Sérgio Cabral.Nada indica que Beltrame tenha sido picado pela mosca azul, pois ele con-tinua mantendo a postura

que sempre teve à frente da Secretaria de Segurança, longe das questões políticas e conduzindo os trabalhos na Secretaria com discrição e competência. Será uma tarefa difícil para os políticos de plantão con-vencer o secretário Beltra-me a sair da sua condição de melhor secretário de segurança dos últimos anos no Estado para ser candida-to a cargo eletivo como este de governador ou vice-go-vernador. O secretário tem declarado em entrevistas que as ques-tões sociais não serão resol-vidas apenas com a instala-ção de UPPs (Unidades de Polícia Pacifi cadoras), por-que na verdade a polícia cria apenas um ambiente favorá-vel para que os serviços pú-

blicos possam chegar às comunidades carentes, antes ocupadas pelo trá-fi co de drogas, mas, se as questões sociais não fo-rem resolvidas, as UPPs fi carão desgastadas ao longo dos anos, pois os moradores destas co-munidades pacifi cadas costumam identifi car a polícia como responsável por questões que não lhe dizem respeito, como os serviços de recolhimento de lixo ou o fornecimento de água e luz. Diante de todas as decla-rações equilibradas do secretário Beltrame, só nos resta esperar para ver. O prazo para as fi lia-ções partidárias se apro-xima e os candidatos já estão em campanha.

PoR DENTRo DA NoTÍCIA Reinaldo Costa | Jornalista

8 DIálogoMetropolitanoRIo DE JANEIRo

» SÁBADO, 11 DE MAIO DE 2013

RIO TOTAL EDIÇÃO: THELL DE CASTRO

AgENDAO Palácio Guanabara será

o primeiro destino do Papa Francisco no Brasil. A agen-da do Pontífi ce para a Jor-nada Mundial da Juventude foi divulgada pelo Vaticano. O Santo Padre chega ao Rio no dia 22 de julho, no Galeão, onde será recebi-do pela presidenta Dilma Rousseff , pelo governador Sérgio Cabral, pelo prefei-to Eduardo Paes e pelo ar-cebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta.

AgENDA IIO Papa deixará o aero-

porto de papamóvel em di-reção ao Palácio Guanaba-ra, sede ofi cial do Governo do Estado, onde será reali-zada a cerimônia de boas-vindas. Após o encontro, Francisco vai ao Sumaré, onde será a sua residência durante a permanência no Rio de Janeiro.

ENCoNTRoO Rio de Janeiro vai re-

ceber, de 8 a 10 de dezem-bro, o primeiro encontro la-tino-americano da Clinton Global Initiative (CGI), uma ação da Fundação Clinton que cria e discute soluções inovadoras para os princi-pais problemas mundiais. O evento, que será no Co-pacabana Palace, vai reu-nir líderes regionais e glo-bais de diversos setores da sociedade, com o objetivo de formar parcerias, com-partilhar ideias inovadoras e propor soluções efetivas diante das mudanças cli-máticas.

REfoRçoA indústria automobilísti-

ca fl uminense ganhou um importante reforço. As em-presas Meritor e Suspensys inauguraram, em Resende, suas unidades fabris. Elas produzirão componentes para os veículos da MAN Latin America. O investi-mento nas unidades che-gou a R$ 90 milhões e se-rão gerados cerca de 800 empregos diretos.

floREsRosas, orquídeas, gérbe-

ras, tulipas e lírios estão en-tre as mais de 30 espécies de fl ores de cortes e plantas ornamentais do novo mer-cado de fl ores do Rio de Ja-neiro, inaugurado no último dia 04 de maio. Cerca de 50 produtores participaram da inauguração do espaço que vai funcionar no pavilhão do produtor rural, também co-nhecido como Pavilhão 30 da Ceasa-RJ, em Irajá.

floREs IIProduzidas por agricul-

tores de Bom Jardim, Nova Friburgo, Guapimirim, Petró-polis, Teresópolis, Itaboraí e Campo Grande, as plantas vão atrair varejistas, deco-

A atriz Alinne Moraes está na capa da revista Tpm de maio, edição especial sobre a nova mulher prendada. Nunca tire uma vassoura da mão dela. Por trás da atriz, há uma dona de casa caprichosa. Aos 30 anos, Alinne Moraes fala do luxo de ter empregada e das férias da TV batendo bolo na mão. As fotos são de Murillo Meirelles.

radores e empresários de diversos bairros da cidade. Mesmo diante de toda pro-dução no estado, o segundo maior mercado da América Latina tinha apenas um pon-to de venda de fl ores: a loja do fl oricultor Sergio Roma.

vAssouRAsO município de Vassouras,

no Centro-Sul, ganhou um totem de informações tu-rísticas. A cidade das famo-sas construções coloniais pode contar com um novo serviço de utilidade pública, implantado pelo Proderj e a Secretaria de Turismo. Atra-vés do site Cidades Maravi-lhosas, serão apresentados os pontos turísticos, dicas de passeio e serviços, além de curiosidades de outros locais do estado.

ÔNIBusA Prefeitura do Rio pu-

blicou no Diário Ofi cial decreto que aumenta o controle sobre motoristas e empresas de ônibus da cidade. A medida defi ne o novo sistema de controle da pontuação dos motoris-tas infratores com aplicação de punições que podem ir desde a obrigatoriedade de frequentar cursos extras de reciclagem até demissão. Além disso, todos os 18 mil motoristas que atuam no sistema de ônibus da cida-de deverão passar por um programa de treinamento e reciclagem, em até um ano.

ÔNIBus IIOs consórcios têm até

30 dias para apresentar o planejamento, que será submetido à aprovação da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR). A de-terminação também esta-belece a disponibilização de 100 guardas munici-pais para atuar na SMTR. Os guardas passarão por treinamento específi co e serão designados para au-xiliar na fi scalização dos coletivos.

JuRosA presidenta Dilma Rous-

seff anunciou que a taxa de juros para microempreen-dedores vai cair de 8% para 5% ao ano. A mudança no Programa de Microcrédito Produtivo e Orientado, o Crescer, está prevista para o fi m deste mês.

CENTENáRIoEm comemoração aos

100 anos de Marechal Hermes, comemorados no dia 1º de maio, o prefeito Eduardo Paes publicou decreto que cria a Área de Proteção do Ambiente Cultural (APAC) do bairro. Com 480 mil metros qua-drados, a APAC de Mare-chal Hermes, a primeira grande APAC da Zona Norte, preserva cultural-mente o conjunto urbano de um dos bairros históri-cos mais representativos da cidade.

CAPACITAçãoDuzentos e vinte alunos

qualifi cados no Curso de Capacitação de Operado-res em Segurança de Gran-des Eventos e Segurança Turística (Cogest), coorde-nado pela Acadepol (Aca-demia de Polícia Civil Sylvio Terra), receberam no dia 7 de maio as insígnias de formatura, em evento reali-zado no Palácio Guanabara.