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Universidade Estadual de Londrina Centro de Tecnologia e Urbanismo Departamento de Engenharia Elétrica João Victor de Souza Dias Diagnóstico de uso final de energia elétrica do Centro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina Londrina 2018

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Universidade Estadual de LondrinaCentro de Tecnologia e UrbanismoDepartamento de Engenharia Elétrica

João Victor de Souza Dias

Diagnóstico de uso final de energia elétricado Centro de Tecnologia e Urbanismo da

Universidade Estadual de Londrina

Londrina2018

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Universidade Estadual de Londrina

Centro de Tecnologia e UrbanismoDepartamento de Engenharia Elétrica

João Victor de Souza Dias

Diagnóstico de uso final de energia elétrica do Centrode Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual

de Londrina

Trabalho de Conclusão de Curso orientado pelo Prof. MSc. OsniVicente intitulado “Diagnóstico de uso final de energia elétricado Centro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadualde Londrina” e apresentado à Universidade Estadual de Londrina,como parte dos requisitos necessários para a obtenção do Título deBacharel em Engenharia Elétrica.

Orientador: Prof. MSc. Osni Vicente

Londrina2018

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Ficha Catalográfica

João Victor de Souza DiasDiagnóstico de uso final de energia elétrica do Centro de Tecnologia e Urba-nismo da Universidade Estadual de Londrina - Londrina, 2018 - 114 p., 30cm.Orientador: Prof. MSc. Osni Vicente1. Diganóstico Energético. 2. Uso Final. 3. Prédios Públicos. 4. EficiênciaEnergética.I. Universidade Estadual de Londrina. Curso de Engenharia Elétrica. II. Di-agnóstico de uso final de energia elétrica do Centro de Tecnologia e Urbanismoda Universidade Estadual de Londrina.

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João Victor de Souza Dias

Diagnóstico de uso final de energia elétricado Centro de Tecnologia e Urbanismo da

Universidade Estadual de Londrina

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso deEngenharia Elétrica da Universidade Estadual de Londrina,como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharelem Engenharia Elétrica.

Comissão Examinadora

Prof. MSc. Osni VicenteUniversidade Estadual de Londrina

Orientador

Prof. Dra. Silvia Galvão Cervantes deSouza

Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dra. Thalita Gorban Ferreira GiglioUniversidade Estadual de Londrina

Londrina, 7 de junho de 2018

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Dedico este trabalho a todos aqueles que, de alguma forma,auxiliaram para a concretização desta etapa.

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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus por tudo que me proporcionou ao longo deste 5 anosde curso. Sem Ele muitas vezes teria faltado força de espírito para superar as dificuldadesencontradas nesta etapa.

Agradeço ao meu orientador Professor Ms. Osni Vicente por todo apoio dado pararealização do trabalho, sem ele, os principais pontos destes trabalho não teriam sidoabordados. Gostaria de agradecer principalmente por ter apresentado a mim esta propostade trabalho. Agradeço à Professora Dra. Silvia Galvão Cervantes de Souza por sempreestar disposta a conversar e discutir ideias não só sobre este trabalho, como tambémpontos da vida profissional. Agradeço à Professora Dra. Thalita Gorban Ferreira Gigliopelas indicações de alguns pontos essenciais para a obtenção dos resultados finais destetrabalho.

Aos meus amigos de faculdade por todos os momentos compartilhados no decorrerdeste período de graduação. Sem alguns deles o caminho até a finalização deste cursoteria sido mais dificultoso. Agradeço em especial ao Giuliano Motter por ter auxiliado emmuitas das medidas apresentadas neste trabalho.

Ao meu irmão, Marcus Vinícius de Souza Dias, por todo suporte e paciência conce-dida durante os dias até a conclusão desta etapa. Agradeço em especial à minha mãe,Maria José Dias de Proença, por todo que fez e faz por mim. Agradeço desde os cafésfeitos durante a madrugada para minhas noites de estudo até a compreensão com meusmomentos de nervosismo e impaciência.

Por fim, gostaria de agradecer ao meu pai, Sebastião de Souza Dias, que não estámais hoje entre nós, porém sempre quis mais que tudo que seu filho concluísse esta etapa.Agradeço à ele por ter ensinado quais os valores um homem deve ter em sua vida.

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"Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.

Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu."

(Fernando Pessoa)

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João Victor de Souza Dias. Diagnóstico de uso final de energia elétrica do Centrode Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina. 2018. 114 p.Trabalho de Conclusão de Curso em Engenharia Elétrica - Universidade Estadual deLondrina, Londrina.

ResumoNos últimos anos o Brasil passou por um grande crescimento de consumo de energia elé-trica frente à uma crise hídrica enfrentada pelo país e consequentes reajustes nas tarifasde energia elétrica. Dessa forma, é necessário que o consumo de energia elétrica sejaotimizado afim de que as mesmas tarefas possam ser realizadas com um gasto energéticomenor. Os edifícios públicos possuem um potencial de redução de energia de até 20%em construções já existentes. Para isso deve-se identificar quanto que as cargas conso-mem nestas construções. O presente trabalho realizou um diagnóstico energético comfoco no uso final de cada sistema do Centro de Tecnologia e Urbanismo da UniversidadeEstadual de Londrina. Através de medidas de potência ativa média gasta por lâmpadas,computadores, notebooks, ventiladores e aparelhos de ar condicionado, em conjunto coma definição de um padrão de como esses sistemas são utilizados ao longo de um dia, e emsequência expandindo o resultado para o período de uma semana, constatou-se que emum período de calor, o gasto de energia elétrica do edifício com os sistemas de iluminação,aparelhos de escritório climatização e outros são, respectivamente, 58,5%, 15,3%, 20,7% e5,5%. A troca do sistema de iluminação por lâmpadas tubulares de LED de 18W levariaà uma redução de 20,38% no consumo final de energia elétrica.

Palavras-Chave: 1. Diganóstico Energético. 2. Uso Final. 3. Prédios Públicos. 4.Eficiência Energética.

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João Victor de Souza Dias. Diagnosis of the final use of electric energy of theCenter of Technology and Urbanism of the State University of Londrina. 2018.114 p. Monograph in Electrical Engineering - Londrina State University, Londrina.

AbstractThroughout the years, Brazil has gone through a great increase in the consumption ofelectric energy due to a water crisis faced by the country and consequently, successivereadjustments of the electric energy tariffs. Then, it is necessary the optimization of theconsumption of electric energy so that the same tasks could be performed with a lowerelectric energy expenditure. Public buildings have potential of energy reduction of up to20 %. For this it is fundamental to identify how much electric loads consume in thesebuildings. The current work performed an energetic diagnostic with focus in the enduse of each system of the Center of Technology and Urbanism of the State University ofLondrina. Through measurements of the average of active power of computers, notebooks,fans and air conditioners, setting a standard of how such systems are used in the long run,and expanding the result for a week, it was found that in a period of high temperatures,the building’s electrical energy expenditure with lighting systems, office air conditioningsystems and others equipments are respectively 58,5%, 15,3%, 20,7% and 5,5%. Switchingthe current lighting system to 18W LED tubular lamps would lead to a 20,38 % reductionin final electricity consumption.

Key-words: 1. Energy Diagnosis. 2. Final Use. 3. Public Buildings. 4. EnergyEfficiency.

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Lista de ilustrações

Figura 1 – Conversão de Energia Elétrica em difrentes formas. . . . . . . . . . . . 20Figura 2 – Triângulo de Potências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22Figura 3 – Matriz energética brasileira do ano de 2016. . . . . . . . . . . . . . . . 24Figura 4 – Fluxo de Energia Elétrica no Brasil no ano de 2016. . . . . . . . . . . . 24Figura 5 – Uso final de energia elétrica no setor residencial. . . . . . . . . . . . . . 25Figura 6 – Curva de carga média no setor residencial brasileiro. . . . . . . . . . . 26Figura 7 – Uso final de energia elétrica no setor comercial. . . . . . . . . . . . . . 26Figura 8 – Uso final de energia elétrica em edificações públicas. . . . . . . . . . . . 27Figura 9 – Curva de carga para o setor comercial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Figura 10 – Curva de carga de um prédio de uma instituição pública de ensino

superior. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Figura 11 – Divisão em porcentagem do custo final da energia elétrica . . . . . . . 32Figura 12 – Centro de Tecnologia e Urbanismo - Universidade Estadual de Londrina. 38Figura 13 – Luminária com duas lâmpadas de 32W. . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Figura 14 – Luminária com quatro lâmpadas de 40W. . . . . . . . . . . . . . . . . 40Figura 15 – Luminária com duas lâmpadas de 40W. . . . . . . . . . . . . . . . . . 41Figura 16 – Poste de iluminação externa com duas lâmpadas mistas de 160W. . . . 41Figura 17 – Exemplo de reator disponível para manutenção Modelo 1. . . . . . . . 42Figura 18 – Exemplo de reator disponível para manutenção Modelo 2. . . . . . . . 42Figura 19 – Analisador de energia trifásico Fluke 434 . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Figura 20 – Analisador de energia monofásico Fluke 43B . . . . . . . . . . . . . . . 45Figura 21 – Exemplo de medição direta no disjuntor. . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Figura 22 – Exemplo de medição direta no interruptor. . . . . . . . . . . . . . . . . 47Figura 23 – Exemplo de medição direta pelo plug de conexão à tomada. . . . . . . 47Figura 24 – Quadro de distribuição segundo pavimento do CTU. . . . . . . . . . . 50Figura 25 – Disjuntor geral de entrada de energia do CTU. . . . . . . . . . . . . . . 51Figura 26 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o computador 1. . . 60Figura 27 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o computador 2. . . 60Figura 28 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o computador 3. . . 61Figura 29 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o notebook 1. . . . 62Figura 30 – Gráfico de potência ao longo do tempo para o notebook 2. . . . . . . . 62Figura 31 – Gráfico de potência ao longo do tempo para o aparelho de ar-condicionado

do LIG2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

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Figura 32 – Tensão, Corrente Elétrica e Fator de Potência para o ar-condicionadodo LIG2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64

Figura 33 – Potência ao longo do tempo para o ar-condicionado da sala 1 dos do-centes de elétrica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65

Figura 34 – Gráfico de potência ao longo do tempo para o aparelho de ar-condicionadodo LIG2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

Figura 35 – Curva de carga medida para o CTU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Figura 36 – Curva de carga e fator de potência medido para o CTU. . . . . . . . . 72Figura 37 – Curva de carga média medida para um dia de utilização do CTU. . . . 72Figura 38 – Curva de carga calculada para um dia de utilização do CTU. . . . . . . 75Figura 39 – Uso final por sistema consumidor para um dia típico de uso. . . . . . . 77Figura 40 – Curva de demanda calculada, demanda medida para quarta-feira e mé-

dia das medições. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77Figura 41 – Curva de carga calculada para uma semana de uso no CTU. . . . . . . 78Figura 42 – Curva de carga calculada para uma semana de uso no CTU. . . . . . . 79Figura 43 – Uso final por sistema consumidor para uma semana de uso. . . . . . . 80Figura 44 – Uso final por sistema consumidor para uma semana de uso com o sis-

tema de climatização segregado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80Figura 45 – Planta baixa pavimento 1 do CTU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Figura 46 – Planta baixa pavimento 2 do CTU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112Figura 47 – Planta baixa pavimento 3 do CTU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

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Lista de tabelas

Tabela 1 – Valores acréscidos ao kWh de acordo com a Bandeira Tarifária . . . . . 33Tabela 2 – Subgrupos tarifários A classificados por sua tensão de fornecimento . . 34Tabela 3 – Subgrupos tarifários B classificados por sua atividade final . . . . . . . 34Tabela 4 – Ambientes do Centro de Tecnologia e Urbanismo. . . . . . . . . . . . . 39Tabela 5 – Precisão de medição do Fluke 434. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Tabela 6 – Precisão de medição do Fluke 43B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Tabela 7 – Divisão dos horários em turnos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Tabela 8 – Aparelhos ligados para horário de uso sala 1021. . . . . . . . . . . . . . 55Tabela 9 – Índices para carga de aparelhos de escritório de um ambiente. . . . . . 58Tabela 10 – Dados coletados para os estabilizadores dos LIGs em modo stand-by. . 59Tabela 11 – Dados coletados dos computadores dos LIGs em funcionamento. . . . . 59Tabela 12 – Potências médias para os computadores e notebooks medidos em dife-

rentes amostras de tempo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Tabela 13 – Dados coletados para projetores em funcionamento. . . . . . . . . . . . 63Tabela 14 – Dados coletados para os ventiladores de parede. . . . . . . . . . . . . . 66Tabela 15 – Dados coletados para os ventiladores de teto. . . . . . . . . . . . . . . 67Tabela 16 – Dados coletados para luminárias com lâmpada fluorescente de 40W . . 68Tabela 17 – Dados coletados para luminárias com lâmpada fluorescente de 32W . . 68Tabela 18 – Dados coletados para luminárias com lâmpada LED de 18W da Sala

1021 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Tabela 19 – Potência média de consumo experimental para cada luminária do CTU 69Tabela 20 – Potência média para os equipamentos da categoria de consumo Outros

do CTU. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Tabela 21 – Potência média de consumo experimental para cada luminária do CTU 71Tabela 22 – Carga de consumo para o grupo salas de aula. . . . . . . . . . . . . . . 73Tabela 23 – Carga de consumo para o grupo setor administrativo. . . . . . . . . . . 73Tabela 24 – Carga de consumo para o grupo laboratórios. . . . . . . . . . . . . . . 74Tabela 25 – Carga de consumo para o grupo uso comum. . . . . . . . . . . . . . . . 74Tabela 26 – Carga de consumo para o grupo sala de docentes e multimeios. . . . . 75Tabela 27 – Potência ativa calculada em cada amostra de horário analisada . . . . 76Tabela 28 – Potência média de alguns equipamentos elétricos. . . . . . . . . . . . . 89Tabela 29 – Potência média de aparelhos de ar-condicionado . . . . . . . . . . . . . 89Tabela 30 – Carga de iluminação para o grupo Salas de Aula. . . . . . . . . . . . . 90Tabela 31 – Carga de iluminação para o grupo Setor Administrativo . . . . . . . . 90Tabela 32 – Carga de iluminação para o grupo Laboratórios . . . . . . . . . . . . . 91

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Tabela 33 – Carga de iluminação para o grupo Uso Comum . . . . . . . . . . . . . 91Tabela 34 – Carga de iluminação para o grupo Sala de docentes . . . . . . . . . . . 91Tabela 35 – Carga de iluminação para as salas multimeios . . . . . . . . . . . . . . 92Tabela 36 – Quantidade de aparelhos de escritórios e ventiladores para o grupo salas

de aula. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93Tabela 37 – Quantidade de aparelhos de escritórios e ventiladores para o grupo

setor administrativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93Tabela 38 – Quantidade de aparelhos de escritórios e ventiladores para o grupo

laboratórios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Tabela 39 – Carga de ar-condicionados instalados no CTU . . . . . . . . . . . . . . 95Tabela 40 – Utilização da carga de iluminação nas salas de aula do pavimento 1. . . 97Tabela 41 – Utilização da carga de iluminação nas salas de aula do pavimento 2. . . 98Tabela 42 – Utilização da carga de iluminação no setor administrativo, na sala de

docentes e multimeios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99Tabela 43 – Utilização da carga de iluminação nos laboratórios. . . . . . . . . . . . 100Tabela 44 – Utilização da carga de iluminação nos ambientes de circulação de uso

comum. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101Tabela 45 – Utilização da carga de iluminação nos banheiros e copas. . . . . . . . . 102Tabela 46 – Utilização da carga de aparelhos de escritório nas salas de aula do

pavimento 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103Tabela 47 – Utilização da carga de aparelhos de escritório nas salas de aula do

pavimento 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104Tabela 48 – Utilização da carga de aparelhos de escritório no setor administrativo,

na sala de docentes e multimeios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105Tabela 49 – Utilização da carga de aparelhos de escritório nos laboratórios. . . . . . 106Tabela 50 – Utilização da carga do sistema de climatização nas salas de aula do

pavimento 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107Tabela 51 – Utilização da carga do sistema de climatização nas salas de aula do

pavimento 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108Tabela 52 – Utilização da carga do sistema de climatização no setor administrativo,

na sala de docentes e multimeios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109Tabela 53 – Utilização da carga do sistema de climatização nos laboratórios. . . . . 110

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Lista de Siglas e Abreviaturas

ABNT Associação Brasileira de Normas TécnicasANEEL Agência Nacional de Energia ElétricaAp. Escrit. Aparelhos de EscritórioBNE Balanço Energético NacionalBTU British Thermal UnitCBCS Conselho Brasileiro de Construção SustentávelClimat. ClimatizaçãoCRT Cathodic Ray TubeCOPEL Companhia Paranaense de Energia ElétricaCTU Centro de Tecnologia e UrbanismoDEO Desempenho Energético Operacional em EdificaçõesEPE Empresa de Pesquisa EnergéticaFP Fator de PotênciaIlumin. IluminaçãoLâmp. LâmpadaLED Light Emitting DiodeMME Ministérios de Minas e EnergiaPROCEL Programa Nacional de Convservação de Energia ElétricaGWh Gigawatt-horakW QuilowattkWh Quilowatt-horaP Potência AtivaPc Potência Ativa CalculadaPf Potência Ativa medida pelo FlukeS Potência AparenteSc Potência Aparente CalculadaSf Potência Aparente medida pelo FlukeTWh Terawatt-horaoC Grau-Celsius

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Sumário

Lista de ilustrações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Lista de tabelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

Lista de Siglas e Abreviaturas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 161.1 Motivação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171.2 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181.3 Estrutura do Trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 202.1 Conceitos de Energia e Potência Elétrica . . . . . . . . . . . . . 202.2 Eficiência Energética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 222.3 Situação Energética Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 232.4 Uso Final da Energia Elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282.4.1 Aparelhos de Ar Condicionado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282.4.2 Iluminação Artificial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302.5 Diagnóstico Energético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 302.6 Tarifação de Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322.6.1 Fatores de tarifação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 322.6.2 Grupos tarifários . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342.6.3 Estruturas Tarifárias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 342.6.3.1 Tarifa Convencional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352.6.3.2 Tarifa horo-sazonal Verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 352.6.3.3 Tarifa horo-sazonal Azul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 362.6.3.4 Tarifa branca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 362.6.4 Fator de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

3 OBJETO DE ESTUDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383.1 Sistema de Aparelhos de Escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . 393.2 Sistema de Climatização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 393.3 Sistema de Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 403.4 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 434.1 Aparelhos de Medição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

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4.2 Cargas de Consumo no Edifício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 454.3 Coleta de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 464.4 Método de Análise . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

5 RESULTADOS OBTIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 545.1 Cargas de Consumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 545.2 Padrão de Utilização - Ambientes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 545.2.1 Salas de Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 555.2.2 Laboratórios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 555.2.3 Setor Administrativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 565.2.4 Uso Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 565.2.5 Salas de Docentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 575.2.6 Salas Multimeios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 575.3 Padrão de Utilização - Sistemas Consumidores . . . . . . . . . 575.4 Potências Médias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 585.4.1 Aparelhos de escritório . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 585.4.2 Sistema de Climatização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 635.4.3 Sistema de Iluminação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 675.4.4 Outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 695.5 Demanda Medida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 705.6 Demanda Calculada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

6 DISCUSSÕES E CONCLUSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . 826.1 Conclusões Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 836.2 Trabalhos Futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85

7 APÊNDICES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

8 ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

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1 Introdução

O desenvolvimento da economia de um país reflete de forma direta no gasto comenergia elétrica. Após sucessivos aumentos no consumo de energia elétrica do ano 2009até 2014 em conjunto ao crescimento do PIB, nos anos de 2015 e 2016 houveram reduçõesno consumo, assim como uma retração do PIB nacional (EPE, 2017b). Uma crise nosistema de energia elétrica afeta de forma direta a economia de uma região.

Entre 1990 e 2000 o consumo energético cresceu 49% enquanto a capacidade instaladafoi expandida em apenas 35% (TOLMASQUIM, 2000), e resultou na crise energéticanacional em 2001.

No ano de 2001 foi necessário um racionamento de energia em todo o país devido àescassez de chuvas e problemas de geração e distribuição. Até este ano, no Brasil não havialei ou norma referente a eficiência energética. Em dezembro de 2001 pelo decreto no 4059foi regulamentada a Lei no 10.295 que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação eUso Racional de Energia. Esta lei estabelece que “níveis máximos de consumo de energia,ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e equipamentos” deveriam ser criadose estabelecidos ao serem comercializados no país, além de uma alocação eficiente dosrecursos energéticos (BRASIL, 2001).

Tal crise proporcionou a recuperação da economia e as políticas do Programa Nacionalde Conservação de Energia Elétrica (PROCEL), que prevê, uma redução do consumo deenergia elétrica com foco na redução da demanda (MENKES, 2004).

A Agenda 21, instrumento de planejamento e desenvolvimento sustentável do país,fortifica a ideia de que o desenvolvimento e a conservação ambiental devem quebrar bar-reiras do padrão tradicional de crescimento econômico, buscando a compatibilidade dodireito de desenvolvimento e o direito de usufruir a vida em um ambiente saudável paraas atuais e futuras gerações (DEGANI; CARGOSO, 2002).

No ano de 2012 a Medida Provisória no 579 anunciou um corte de 20% no valor datarifa de energia elétrica. O Governo buscava com essa atitude a redução do valor pagopelo consumidor, que de fato não aconteceu. Desde então, houve consecutivos reajustes natarifa de energia elétrica, chegando à 50% de aumento do ano de 2014 para 2015 (LEITE;STAROSTA; SANTOS, 2017). O corte ocorreu no momento em que estava crescendoo consumo de energia no Brasil, frente a uma crise hídrica enfrentada nos anos de 2014e 2015 (BRASIL, 2017). De acordo com a Lei da Oferta e Demanda, o preço de umproduto tende à aumentar em um cenário de baixa oferta, afim de reduzir à demanda dobem (VASCONCELLOS, 2006).

Diante destes cenários de crise energética, assim como elevação dos preços das tarifasé preciso que hajam ações nos setores comercial, industrial, público e residencial quepromovam uma economia no consumo de energia elétrica.

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Capítulo 1. Introdução 17

O PROCEL é um programa do governo, coordenado pelo Ministério de Minas e Energia(MME) e executado pela Eletrobrás. Foi fundado em dezembro de 1985 e até o ano de2016 acumula uma economia de 107 bilhões de kWh. Os ganhos energéticos de 2012 à2016 são mais de 50% dessa economia, contabilizando um total de 56,19 bilhões de kWh(PROCEL, 2017b).

O Plano Nacional de Energia prevê que o consumo final de energia elétrica deve serreduzido em 10% até o ano de 2030. O PROCEL Prédios Públicos estima que essas cons-truções possuem um potência de redução de 20%, ou de 25% a 60% de economia de energiaelétrica com projetos de edificações elaboradas Empresas de Serviços de Conservação deEnergia no âmbito do Programa de Eficiência Energética (BRASIL, 2011).

De acordo com o Balanço Energético Nacional, no ano de 2016 o consumo de ele-tricidade no Brasil foi de 619,8 TWh. Deste total, 42,8% representam o consumo deedificações, sendo que 7,0% são gastos no setor público (EPE, 2017b). Em Londrina, noano de 2016, o setor público que engloba iluminação, poder e serviços públicos representouum gasto de 181 GWh diante dos 1,16 TWh consumidos no município no mesmo período(LONDRINA, 2017).

O campus da Universidade Estadual de Londrina consome, adotando como base o mêsde agosto de 2017, cerca de 720,5 MWh ao mês, totalizando um gasto mensal com energiaaproximado R$ 350.000,00.

1.1 Motivação

Todo projeto de empreendimento traz mudanças para o meio ambiente preexistente,consumo de insumos e energia, sendo assim, uma construção “verde” não seria possível. Noentanto, todo projeto se apresenta como uma oportunidade e até mesmo responsabilidade eaperfeiçoamento do desempenho ambiental dos empreendimentos (DEGANI; CARGOSO,2002).

Em sua grande maioria, as normas referentes a eficiência energética, abordam doisconceitos, sendo o primeiro prescritivo e segundo por desempenho. Estas buscam tambémabordar a forma alternativa, envolvendo um sistema de trocas ou avaliações específicaspor profissionais qualificados. A abordagem prescritiva busca estabelecer limites e indicarsoluções que atendam as exigências para a aprovação de um projeto. Já a abordagem pordesempenho foca nas perdas de calor pelo envoltório e seu consumo de energia (CARLO,2008).

Para Carlo (2008), algumas características indicam a eficiência energética, bem comosistemas de iluminação artificial, equipamentos, condicionamento de ar e de variáveis queinterferem nestes sistemas, como partes de envoltório da edificação e a forma de uso detais sistemas consumidores de energia (CARLO, 2008).

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Capítulo 1. Introdução 18

O modo de utilização e a qualidade da energia, são fatores que influenciam na eficiênciaenergética, podendo assim categorizá-la de três formas: na oferta, na demanda e nocomportamento do consumidor final (JANNUZZI, 2014).

De acordo com Lamberts, Dutra e Pereira (2014), a economia no uso da energia elétricarepresenta um custo menor, em comparação ao valor necessário à produção, transmissãoe disponibilização ao consumidor final. Dessa forma, prever qual é o consumo de umlocal, assim como quanto cada sistema consumidor pode gastar de energia elétrica emuma edificação, é um meio para poder realizar práticas de eficiência energética diretas nocomportamento do consumidor final.

1.2 Objetivos

O objetivo geral deste trabalho é determinar o uso final de energia elétrica do Cen-tro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina em um mês detemperaturas elevadas. É neste período em que o sistema de climatização possui maioruso.

Deve-se realizar medições de cargas consumidoras, determinar um padrão de ocupaçãoe utilização de equipamentos elétricos e segregar os sistemas que consomem energia emiluminação, aparelhos de escritórios, ar condicionado, ventiladores e outros.

Além do objetivo geral, este trabalho tem por finalidade averiguar qual o período detempo adequado para determinar-se a potência elétrica média de aparelhos de escritório.Assim como, avaliar o formato da curva de carga de consumo do CTU e determinaralguma ação de rápida execução que possa impactar em uma redução de gasto de energiae fomentar uma ação de longo prazo que possa melhorar a eficiência no consumo de energiaelétrica do CTU.

1.3 Estrutura do Trabalho

Este trabalho está dividido em seis capítulos. O primeiro apresenta uma introduçãoao tema a ser estudado, bem como a motivação para o desenvolvimento do mesmo e quaisos objetivos.

No segundo capítulo encontram-se uma revisão bibliográfica de conceitos referentes àenergia, eficiência energética, uso final em sistemas consumidores, diagnóstico energéticoe tarifação de energia.

O terceiro capítulo refere-se a caracterização do objeto de estudo apresentando itensque caracterizam cada sistema consumidor de energia no edifício.

O quarto capítulo apresenta a metodologia fomentada neste trabalho indicando oprocesso de medição, os sistemas mensurados e a forma que os dados foram analisados.

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Capítulo 1. Introdução 19

Já no quinto capítulo são abordados os resultados obtidos mediante a metodologiaadotada.

No sexto e último capítulo são discutidos e justificados os resultados obtidos, além deapresentar sugestões para trabalhos futuros.

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2 Revisão Bibliográfica

2.1 Conceitos de Energia e Potência Elétrica

O conceito físico de energia é dado como a capacidade que um corpo possui pararealização de trabalho. Dessa forma, dizer que algo está consumindo energia, é inferirque um trabalho está sendo realizado (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009a). Nesteprocesso a energia passa por conversões em formas diferentes, porém a sua somatória ésempre constante (MARKUS, 2004). No sistema internacional de unidades a unidadede energia é Joule(J) (BIPM, 1960). A Figura 1 abaixo ilustra algumas conversões daenergia elétrica.

Figura 1 – Conversão de Energia Elétrica em difrentes formas.Fonte: Adaptado de Markus (2004)

Em um circuito elétrico um trabalho ocorre quando as cargas se deslocam de um pontocom maior potencial elétrico à um ponto de potencial inferior. A razão da variação daenergia em função da carga é denominado de tensão elétrica, cuja unidade de medida édada em Volts(V ) (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009b). A equação 2.1 indicaesta relação.

V = dτ

dq(2.1)

Os efeitos de movimento da carga dependem de sua variação no tempo. Essa variaçãoé denominada de corrente elétrica (NILSSON; RIEDEL, 2009). A equação 2.2 expressaeste conceito. A unidade elétrica para corrente é o Ampére (A).

I = dq

dt(2.2)

Em termos físicos a potência de um sistema é a taxa de variação de energia em funçãodo tempo (HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2009b). Na engenharia elétrica a capa-

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Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 21

cidade que uma fonte de tensão possui em fornecer carga elétrica à um circuito é definacomo potência (MARKUS, 2004). Essa relação é exibida em 2.3.

P = V · qdt

(2.3)

Substituindo a equação 2.2 em 2.3, obtêm-se a equação 2.4. A potência elétrica cor-responde ao produto da tensão pela corrente elétrica (NILSSON; RIEDEL, 2009).

P = V · I (2.4)

A tensão e a corrente elétrica são distribuídas em formas pulsantes senoidais e nãoconstantes no domínio do tempo. Dessa forma, na equação 2.4 afim de cálculo de potên-cia são considerados os valores eficazes em Volt e Ampère das senoides dos sinais, poisesses valores eficazes, também chamados de RMS são constantes com o tempo (BURIAN;LYRA, 2006). Quando mede-se corrente elétrica ou tensão em regime de corrente alter-nada, a leitura indicada pelo medidor são os valores RMS dessas grandezas (BURIAN;LYRA, 2006).

A carga em um circuito pode influenciar na diferença entre as fases do sinal de correntee tensão, que é medida na forma de um ângulo (φ). O cosseno deste ângulo resulta nofator de potência (FP) de uma carga (SADIKU; ALEXANDER, 2013).

Em um sistema de distribuição a potência total fornecida para um carga é a potênciaaparente (S), cuja unidade de medida é o volt.ampére (V A). A parcela de potênciaaparente que é consumida diretamente por uma carga é denominada de potência ativa esua unidade de medida é o Watt (W ) (BURIAN; LYRA, 2006). A equação 2.5 abaixoexibe a fórmula para a potência aparente.

S = P · I (2.5)

Dessa forma, considera-se como potência ativa, a parcela de corrente elétrica que estáem fase com a tensão, que converte energia elétrica em outra forma de energia. A potênciaativa de um circuito é dado pela multiplicação da equação 2.4 por FP (MARKUS, 2004).

P = V · I · cosφ (2.6)

A parcela da potência aparente que não é convertida de forma direta em forma detrabalho, chama-se de potência reativa (Q) que é responsável pela manutenção de fluxosmagnéticos solicitados por determinados equipamentos (CORDEIRO; GUILLIOD, 2010).Sua unidade é o volt.ampère reativo (VAR). A relação entre essas grandezas é visualizadaatravés de um triângulo de potências (NILSSON; RIEDEL, 2009). A Figura 2 exibe arelação entre as potências e o ângulo φ.

Como consequência das equações 2.1 e 2.4 a energia consumida é o produto da potênciaativa, também chamada de potência média, pelo tempo de operação da carga. A equação

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Figura 2 – Triângulo de Potências.Fonte: Adaptado de <http://www.engeletrica.com.br/images/manual/fator-03.jpg>. Acesso

em: 30 de dezembro de 2017.

2.7 indica esse cálculo (SADIKU; ALEXANDER, 2013). Em termos de energia elétrica,é utilizada a notação E no lugar de τ e sua unidade de medida é o Watt.segundo, porémcomo o consumo tarifado é elevado, e essa unidade é considerada em quilowatt.hora (kWh)(MARKUS, 2004).

E = P · t (2.7)

Além da energia consumida (KWh), a demanda fornecida pelas concessionárias deenergia (kVA) também pode ser tarifada (SADIKU; ALEXANDER, 2013). Essa tributa-ção é explicada na seção Tarifação de Energia.

2.2 Eficiência Energética

Atualmente vivemos um cenário mundial de desenvolvimento sustentável (ROMERO;REIS, 2012), que busca a constante melhoria da qualidade de vida de todos os habitantes,evoluindo a forma atual de desenvolvimento, sem comprometer o uso dos recursos alémda capacidade da natureza (MIKHAILOVA, 2004). Dentro desta definição torna-se ne-cessário uma gestão de insumos naturais para geração de energia, além de uma eficiênciana utilização deste produto.

O conceito físico de eficiência energética é dado como a razão entre a menor energiateórica necessária à realização de um trabalho e a real energia utilizada neste processo(MARTINS, 1999). No âmbito de energia elétrica a eficiência abrange políticas e açõesque tendem à diminuir os gastos com energia e eleve a quantidade fornecida, de modo quea produção primária permaneça igual (PANESI, 2006). Dessa forma, pode-se aumentar aenergia elétrica disponível aos consumidores, sem um gasto na geração, convergindo dessaforma com o conceito de sustentabilidade.

Nas edificações a eficiência energética pode ser definida como uma redução no consumono gasto com energia elétrica mantendo o mesmo conforto visual, térmico e acústico

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para os usuários (LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014). Segundo Serafin (2010), aeficiência além de diminuir o valor pago na fatura de energia, também contribui para:

"Manutenção de ecossistemas e dos recursos naturais, redução da polui-ção, menor emissão de gases do efeito estufa, disponibilidade de eletricidadepara fins mais nobres do que o desperdício e o consequente desenvolvimentoeconômico por alocação dos recursos e aumento da competitividade de bens eserviços."

As principais ações para eficiência energética no gasto elétrico englobam um planeja-mento integrado de recursos, eficiência na geração à transmissão, gerenciamento de de-manda e eficiência no uso final. Martins (1999) definiu cada uma delas conforme resumoabaixo:

• Planejamento integrado de recursos - os órgãos reguladores devem analisar a geraçãode energia e o consumo final, para que o gasto energético seja o de menor custo diantea uma gestão dos recursos naturais;

• Eficiência na geração, transmissão e distribuição - nesta ação estão inclusos tecno-logias que melhorem e aproveitem a geração de energia afim de disponibilizar umamaior quantidade em usinas que já existam;

• Gerenciamento de demanda - são políticas de uso que devem visar a conscientizaçãodo usuário final em utilizar a energia de uma forma mais eficiente. Dessa forma,colaboram com as concessionárias distribuição no controle da curva de carga;

• Eficiência no uso final - nesta prática engloba-se a utilização de tecnologias, além deuma adequação da forma de uso de sistemas de condicionamento de ar, iluminação,ventilação, motores, entre outros afim de proporcionar uma redução no consumo deenergia elétrica.

2.3 Situação Energética Nacional

A oferta nacional de energia elétrica no ano de 2016 estava segmentada conformeFigura 3. A importação de eletricidade está inclusa na matriz de fonte hidráulica, gásde coqueira em carvão e derivados, assim como bagaço de cana, lixívia, lenha e outrosmatérias recuperáveis na oferta dada pela fonte de biomassa. Observa-se que quase 70%da matriz energética nacional é composta de recursos hídricos (EPE, 2017b).

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Figura 3 – Matriz energética brasileira do ano de 2016.Fonte: EPE (2017b)

A matriz energética brasileira disponibilizou ao mercado brasileiro uma oferta de ener-gia elétrica de aproximadamente 619, 9TWh, de acordo com o Anuário Estatístico deEnergia Elétrica (EPE, 2017a). Na Figura 4 pode-se visualizar o fluxograma de eletrici-dade no Brasil, onde as entradas são as energias produzidas de cada fonte e as saídas sãoos consumidores divididos em setores. Em 2016, no Brasil, os edifícios enquadrados nossetores comercial, público e residencial consumiram 265,4 TWh, cerca de 43% de todaprodução nacional.

Figura 4 – Fluxo de Energia Elétrica no Brasil no ano de 2016.Fonte: EPE (2017b)

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No ano de 2006 o PROCEL realizou uma pesquisa de posse hábitos, como foco nouso final por parte das unidades consumidoras. O resultado obtido para o setor residen-cial pode ser visualizado na Figura 5. Nas residências nacionais as parcelas maiores deenergia consumida ficam à cargo dos chuveiros elétricos, sistema de iluminação, geladeirase condicionamento de ar, sendo de 24%, 14%, 22% e 20%, respectivamente (PROCEL,2006).

Figura 5 – Uso final de energia elétrica no setor residencial.Fonte: PROCEL (2006)

A curva de carga média para o hábito de uso destes equipamentos nas residênciasnacionais é exibida na Figura 6. No horário de ponta o grande responsável pelo consumono setor residencial são os chuveiros elétricos.

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Figura 6 – Curva de carga média no setor residencial brasileiro.Fonte: PROCEL (2006)

No setor comercial a divisão dos consumo final por equipamentos é diferente. Sendoque 47% do consumo são de aparelhos de ar-condicionado, 22% para o sistema de ilumi-nação e 31% para demais cargas. A Figura 7 exibe essa relação.

Figura 7 – Uso final de energia elétrica no setor comercial.Fonte: PROCEL (2006)

O uso final de energia elétrica nas edificações públicas está segmentado de forma seme-lhante aos comércios, porém com a divisão em mais alguns sistemas. Nos prédios públicoso consumo é divido nos seguintes sistemas: 48% ar-condicionados, 23% iluminação, 15%aparelhos de escritórios e 14% outras cargas. Na Figura 8 pode-se visualizar esta divisão.

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Figura 8 – Uso final de energia elétrica em edificações públicas.Fonte: PROCEL (2006)

A curva de carga para as edificações comerciais e públicas são semelhantes devido àdivisão entre seus consumos finais. Queiroz (2011) definiu a curva de carga do sistemacomercial conforme ilustração da Figura 9

Figura 9 – Curva de carga para o setor comercial.Fonte: PROCEL (2006)

Westphal et al. (2002) em um estudo de retrofit para o sistema de iluminação artificialda Universidade Federal de Santa Catarina realizaram a medição de demanda da curvade carga de um dos prédios da universidade ao longo de todo o mês de abril de 2002. Oresultado obtido pode ser visualizado na Figura 10. Observa-se na Figura que o aumentode demanda ocorre no período da manhã, com uma diminuição no horário de almoçoe retomada de consumo no período da tarde, atingindo seu pico entre 14h00 e 15h00.A partir das 18h00 inicia-se o período de diminuição do uso que é encerrado às 22h00.Este é o comportamento esperado de um prédio público para uma instituição de ensino,e converge com o modo de utilização do local (WESTPHAL et al., 2002).

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Figura 10 – Curva de carga de um prédio de uma instituição pública de ensino superior.Fonte: Westphal et al. (2002)

2.4 Uso Final da Energia Elétrica

Como visto anteriormente há um grande potencial de redução de consumo de energianas edificações públicas. Dessa forma uma caracterização dos sistemas consumidores ana-lisando o gasto energético, pode-se evidenciar ações que proporcione a eficiência energéticadestes sistemas. Os principais consumidores nas edificações públicas são os aparelhos dear condicionado e a iluminação artificial.

2.4.1 Aparelhos de Ar Condicionado

Os aparelhos ou sistemas de ar-condicionado são constituídos basicamente de doisdispositivos a unidade condensadora e a evaporadora. Este sistema em um edifício é oresponsável em proporcionar o conforto térmico para os indivíduos dentro de um ambi-ente, ou seja, deve garantir que a satisfação térmica individual, sem a necessidade de umambiente mais frio ou mais quente (VILLANI, 2000). Dessa forma, este sistema desen-volve as funções de resfriar, aquecer, umidificar, desumidificar, purificar e distribuir o arque passou pelo processo de condicionamento de forma adequada ao ambiente em queestá instalado (VILLANI, 2000).

O processo de refrigeração envolve a retirada de calor de um ponto em que se de-seja diminuir a temperatura, através de um agente condutor que o direciona para ou-tro ambiente em que este montante de energia térmica não seja prejudicial (CAMPA-NHOLA; MICHELS; MARTINS, 2014). Nos modelos mais convencionais de aparelhos de

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Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 29

ar-condicionados como os de janela e splits, o processo de refrigeração é feito por meio decompressão de vapor.

No processo de refrigeração por compressão de vapor, o fluído refrigerante entra nocompressor em forma de vapor e saí em alta pressão um vapor superaquecido. Ao passarpelo condensador muda seu estado físico para líquido, também em alta pressão, e assimcede calor ao ambiente. Em sequência passa por uma válvula que o expande, reduzindodessa forma sua pressão. Por fim, passa pelo unidade evaporadora, que retira calor doambiente, em forma de vapor, e para finalização do ciclo de refrigeração, retorna aocondensador (CAMPANHOLA; MICHELS; MARTINS, 2014).

Os aparelhos de ar-condicionado podem ser avaliados por meio de sua eficiência natransferência de carga térmica de um ambiente a outro, em razão da potência elétrica gastaneste processo. Este índice é denominado de coeficiente de desempenho (COP), sendo oquociente entre a capacidade térmica (BTU) e a capacidade elétrica (W) (DUARTE,2014).

Dessa forma, o consumo elétrico dos sistemas de ar-condicionados é relacionado deforma direta com a capacidade térmica existente no local em que está instalado.

As características da envoltória de um edifício refletem na carga térmica do ambientetais como aspectos construtivos que englobam materiais utilizados, tipos de cobertura,característica da pintura, tipos de janelas, além de ser influenciada pela radiação solar(LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2014).

Porém características internas do ambiente também acarretam em um peso para acarga térmica, como número de pessoas, tipos de equipamentos elétricos em funcionamentoe o sistema de iluminação.

O número de pessoas ao ambiente contribui com calor sensível e calor latente. Ocalor sensível é definido como a capacidade de um corpo em receber calor sem alterar seuestado, já o latente é o calor capaz de alterar o estado de um corpo (PROCEL, 2011).Com relação à carga térmica de um ambiente, dependendo do local em que o indivíduose encontra e a temperatura ambiente, essas gradezas recebem valores distintos estimadosem BTU/h (PROCEL, 2011).

Em um escritório com dez pessoas à uma temperatura ambiente de 26oC, cada umcontribui com 214BTU/h de calor sensível e 234BTU/h de calor latente, totalizando parao ambiente uma carga térmica de 4480BTU/h.

O calor liberado por equipamentos elétricos é mensurado em BTU/h a cada 1kW(PROCEL, 2011). Para aparelhos de escritório esta grandeza é 3412BTU/h/kW . Sendoassim, o mesmo escritório do exemplo anterior com 10 unidades de computadores emfuncionamento acrescenta à carga térmica do ambiente um valor de 317316BTU/h1.1 Considerou-se a potência de consumo de cada computador neste exemplo como 93W, de acordo com

(PROCEL, 2006)

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Além disso a potência dissipada em lâmpadas e reatores do sistema de iluminaçãosomam-se a carga térmica do ambiente, e acarretam na variação do gasto de energia paraoperação dos sistemas de ar condicionado.

2.4.2 Iluminação Artificial

A iluminação artificial de um ambiente deve proporcionar conforto visual ao individuo.A NBR ISO/CIE 8995-1 apresenta que "uma boa iluminação propicia a visualização doambiente, permitindo que as pessoas vejam, se movam com segurança e desempenhem ta-refas visuais de maneira eficiente, precisa e segura, sem causar fadiga visual e desconforto.A iluminação pode ser natural, artificial ou uma combinação de ambas" (ABNT, 2010).

No âmbito de consumo de energia elétrica, um sistema de iluminação pode ser avaliadopor sua eficiência luminosa. Este indicador é dado em razão do fluxo luminoso de cadalâmpada com a potência elétrica gasta por este dispositivo para emitir uma determinadaquantidade de luz. Sua unidade é o lúmens/watt (lm/W ) (OLIVEIRA, 2007).

Em grande parte das edificações públicas o sistema de iluminação é antigo, como nocaso a Universidade Estadual de Londrina. Os ambientes são iluminados por lâmpadasfluorecentes tubulares, que possuem eficiência luminosa superior à lâmpadas incandescen-tes, porém inferior às lâmpadas da tecnologia LED (OLIVEIRA, 2007). Uma lâmpadafluorecente de 40W pode ter eficiência luminosa entre 42,5 lm/W a 81,5 lm/W , enquantoque atualmente pode-se encontrar no mercado nacional lâmpadas LED com eficiêncialuminosa acima de 100 lm/W .

2.5 Diagnóstico Energético

Thumann e Younger (2003) definiram um diagnóstico energético como o processo queidentifica o uso final de energia elétrica em uma unidade consumidora, e verifica medidasque possam melhorar a eficiência energética do local. O termo diagnóstico energético tam-bém é conhecido como auditoria energética, revisão energética ou avaliação de eficiênciaenergética (CBCS, 2016).

Um diagnóstico energético padrão é constituído de 4 etapas que são divididas em(KRARTI, 2011):

1. Estudo do histórico de consumo de energia elétrica do edifício;

2. Levantamento dos sistema que consomem energia;

3. Definição do uso final de energia para cada sistema;

4. Ações que melhorem a gestão e eficiência energética do local;

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A primeira etapa do diagnóstico consiste no estudo do histórico de gasto com energiaelétrica do local. Neste procedimento analisa-se os dados contidos nas faturas de energiaelétrica, que são fornecidas pelas concessionárias de distribuição às unidades consumi-doras. A partir delas é possível inferir valores como a demanda contratada e a que éconsumida, e em caso de excedente de demanda, seria possível propor de imediato umaadequação de contrato com a concessionária adotando como base o atual patamar deconsumo elétrico da edificação (CORDEIRO; GUILLIOD, 2010).

Em sequência deve-se identificar algumas características do edifício com relação acargas consumidoras. Dessa forma, identifica-se os sistemas que gastam energia elétrica,dividindo-os em principais segmentos de consumo. Além disso, é necessário determinarquais são os hábitos de uso do ambiente pelos usuários, assim como os equipamentos queficam ligados à rede elétrica. Neste caso considera-se como principais variáveis a potênciaelétrica e o tempo de funcionamento (THUMANN; YOUNGER, 2003).

A partir da definição dos sistemas consumidores de energia, através de inspeções ecoletas de dados define-se as potências de consumo de cada categoria. De acordo comMagalhães (2001) em um prédio público os gastos elétricos, em uma visualização ma-cro, são divididos nos grupos de iluminação, motores elétricos, sistema de refrigeração,aparelhos de escritório e outros.

As potências médias de consumo são quantificadas por meio de medições ao longodo tempo. Caso não seja possível a realização deste procedimento utiliza-se o valor no-minal fornecido pelo fabricante do produto (FIAL, 2011). Além disso pode-se adotarvalores médios de potência elétrica tabelados por entidades como PROCEL e INMETRO(WESTPHAL; LAMBERTS, 2004), além de concessionárias de energia. No Apêndice Adeste trabalho encontram-se as potências médias para alguns equipamentos elétricos. Asmedições são realizadas com equipamentos adequados para este fim (FIAL, 2011), comoum analisador de energia ou um medidor de consumo elétrico. Cada aparelho elétricoa ser medido é monitorado de acordo com seu modo de funcionamento e característicaselétricas.

No final da coleta das potências de consumo, assim como o tempo de uso dos equi-pamentos, é possível realizar uma estimativa da energia elétrica consumida (TOLEDO,1995). O resultado pode ser obtido por meio da multiplicação dessas duas grandezas. Ovalor encontrado será estabelecido conforme o período em questão.

A demanda consumida registrada na fatura de energia elétrica é utilizada para umajuste do consumo estimado, dessa forma é possível adequar o padrão de uso definidopara os ambientes e equipamentos e assim estabelecer qual o uso final por segmentoconsumidor (TOLEDO, 1995). O valor é encontrado através da razão entre a consumo deenergia do segmento e o consumo total. Por fim, através do uso final de cada categoriado sistema é possível indicar medidas que melhorarem a eficiência no gasto energético daedificação (THUMANN; YOUNGER, 2003).

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Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 32

2.6 Tarifação de Energia

A tarifa sobre a energia elétrica constitui um valor repassado aos consumidores, atravésdas concessionárias de energia, que agrega os gastos e tributações embutidos no processode geração à transmissão da energia elétrica. De acordo com a ANEEL (2016), o valor daenergia contém custos denominados de Parcela A e Parcela B mais os tributos federais eestaduais.

A Parcela A engloba os gastos de aquisição e transmissão de energia, somados a custosinseridos por Lei, denominamos de encargos setoriais, como CDE (Conta de Desenvolvi-mento Energético) e TFSEE (Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica), queacabam sendo repassados ao consumidores. Essa parcela representa 53, 5% do valor finalda energia. Já a Parcela B equivale aos custos de distribuição e corresponde a cerca de17% dos custos da fatura, enquanto que o restante do valor fica a cargo dos tributosgerados pelo ICMS e PIS/COFINS (ANEEL, 2016). A Figura 11 à seguir ilustra essadivisão.

Figura 11 – Divisão em porcentagem do custo final da energia elétricaFonte: ANEEL (2016)

2.6.1 Fatores de tarifação

O valor pago pelo quilowatt-hora em uma fatura de energia elétrica pode variar atravésde fatores que influenciam em seu preço, tais como: horário de ponta e fora de ponta,período do ano úmido e seco, sistema de bandeiras tarifárias, além do tipo da unidadeconsumidora. Abaixo são definidos alguns conceitos sobre estes fatores.

Horário de ponta e fora de ponta

O horário de ponta é o intervalo de tempo de 3 horas diárias seguidas, que são defi-nidas adotando como base a curva de carga do sistema elétrico, com exceção de sábados,domingos e feriados nacionais. As horas definidas para o intervalo devem ser aprovadaspela ANEEL (COPEL, 2016). Enquanto que as outras 21h correspondem ao horário fora

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de ponta. Na concessão da Copel é o período das 18h às 21h, acrescidos de 1h quando ohorário de verão está em vigência.

Período seco e úmido

Essa definição é com base na incidência de chuva durante todos os meses do ano. Ointervalo de 7 meses entre maio e novembro, de um mesmo ano, é classificado como períodoseco. Já o período úmido, são 5 meses de dezembro à abril do ano seguinte (PROCEL,2011). Estes períodos correspondem a épocas com menor e maior índices pluviométricos,respectivamente (COPEL, 2016).

Sistema de bandeiras tarifárias

A partir do ano 2015, através da resolução normativa no649, de fevereiro de 2015, aANEEL aprovou a utilização do Sistema de Bandeiras Tarifárias (ANEEL, 2015). Estesistema leva em conta as condições de geração de EE e adota a cada mês uma cor debandeira(verde, amarela ou vermelha), que pode representar, ou não, um acréscimo nocusto do kWh repassado ao consumidor (ANEEL, 2017). A Tabela 1 apresenta o valoracrescido ao preço do quilowatt-hora, segundo a cor da bandeira.

Tabela 1 – Valores acréscidos ao kWh de acordo com a Bandeira Tarifária

Bandeira Acréscimo sem Imposto Acréscimo com ImpostoVerde R$ 0,000 R$ 0,000

Amarela R$ 0,010 R$ 0,016Vermelha(Patamar 1) R$ 0,030 R$ 0,048Vermelha(Patamar 2) R$ 0,050 R$ 0,081

Fonte: COPEL (2016)

A ANEEL (2017) ressalta que esse acréscimo do valor já era embutido anteriormenteno custo do kWh. Porém através do Sistema de Bandeiras Tarifárias o consumidor podeprever uma variação positiva ou negativa em determinado mês dependendo das condiçõesde geração de energia. A bandeira verde representa condições favoráveis para a geraçãode energia elétrica, enquanto a amarela são as menos favoráveis. Já as situações maiscustosas para a geração são classificadas pela bandeira vermelha (COPEL, 2016).

Tarifa binômia e monômia

A tarifa de energia em si é valor cobrado por unidade de energia elétrica consu-mida(R$/MWh) e/ou preço por unidade de demanda de potência ativa (R$/kW). Umatarifa monômia considera somente o consumo de energia elétrica ativa, enquanto que abinômia, também irá aplicar o preço à demanda de potência ativa (PROCEL, 2011). Sãoaplicadas de acordo com cada grupo de consumidores.

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Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 34

2.6.2 Grupos tarifários

As unidades consumidoras de energia são caracterizadas de acordo com a tensão forne-cida, como também a atividade final do local. A divisão é feita em dois grupos tarifários:Grupo A e Grupo B (ANEEL, 2016).

O Grupo A abrange unidades consumidoras com tensão acima de 2, 3kV e é subdividoem mais 6 grupos de acordo com a tensão fornecida a cada um. A tarifa aplicada a estegrupo é do tipo binômia e nele se enquadram as indústrias, os shoppings, além de algunsedifícios comerciais. Estes são considerados as unidades consumidoras de alta tensão(PROCEL, 2011). A Tabela 2 exibe as classificações do Grupo A em relação a tensãofornecida à unidade de consumo.

Uma unidade consumidora que necessite de um fornecimento de energia subterrâneo éclassificada no Grupo A, como subgrupo AS, mesmo que a tensão de fornecimento estejaabaixo de 2, 3kV .

Tabela 2 – Subgrupos tarifários A classificados por sua tensão de fornecimento

Subgrupo Faixa de Tensão kVA1 230 ou SuperiorA2 88 a 138A3 69A3a 30 a 44A4 2,3 A 25AS -Fonte: PROCEL (2011)

Já o Grupo B (baixa tensão) abrange as unidades consumidoras com tensão inferior à2, 3kV . Os consumidores são classificados nas subclasses desse grupo, de acordo com suaatividade de consumo final. A Tabela 3 abaixo indica estes subgrupos.

Tabela 3 – Subgrupos tarifários B classificados por sua atividade final

Subgrupo Classes ConsumidorasB1 Residencial e residencial baixa rendaB2 Rural e cooperativa de eletrificação ruralB3 Demais classesB4 Iluminação pública

Fonte: PROCEL (2011)

2.6.3 Estruturas Tarifárias

Existem três tipos de estruturas de tarifas de energia elétrica tradicionais no Brasil: aconvencial, a horo-sazonal verde e a horo-sazonal azul. Os fatores de tarifação determinam

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qual tipo de estrutura é aplicável em cada consumidor, Além destas há ainda a tarifabranca.

O valor de custo da energia(Cenergia) nos três primeiros tipos de tarifas é dado pelasoma da parcela de consumo (Pconsumo), com a parcela de demanda (Pdemanda) e emalguns casos, a parcela de ultrapassagem de demanda (Pultrapassagem) (PROCEL, 2011).A equação 2.8 exibe essa relação.

Cenergia = Pconsumo + Pdemanda + Pultrapassagem (2.8)

Para o cálculo das parcelas de consumo e demanda utiliza na fórmula a notação deConsumo medido e Demanda contratada, porém para o resultado final deve-se adotar omaior valor entre o consumido e o contratado de ambas variáveis (PROCEL, 2011).

2.6.3.1 Tarifa Convencional

Neste tipo de estrutura tarifária, o consumidor contrata um valor fixo de demandajunto a concessionária de energia. Sendo esta responsável em fornecer a demanda contra-tada independente do horário de ponta e fora de ponta ou período seco e úmido do ano(PROCEL, 2011).

A parcela de consumo, parcela de demanda e parcela de ultrapassagem de demandasão calculadas através das equações 2.9, 2.10 e 2.11, respectivamente (PROCEL, 2011).A demanda de ultrapassagem da equação 2.11 é dada pela diferença entre a demandamedida e a contratada.

Pconsumo = Tarifa de consumo · Consumo medido (2.9)

Pdemanda = Tarifa de demanda ·Demanda contratada (2.10)

Pultrapassagem = Tarifa de ultrapassagem ·Demanda de ultrapassagem (2.11)

2.6.3.2 Tarifa horo-sazonal Verde

Assim como a convencional, o consumidor enquadrado na tarifa horo-sazonal verdeestabelece com a concessionária uma contratação de demanda independente do horárioem que utiliza durante o dia.

Esta modalidade de fatura precifica a energia elétrica conforme a equação 2.8. Porém,a parcela de consumo pondera o gasto de energia no horário de ponta e fora de ponta.Desta forma, a Pconsumo da tarifa horo-sazonal verde é calculada conforme a equação 2.12,enquanto que o valor da Pdemanda e Pultrapassagem são quantificados conforme equações 2.10e 2.11, respectivamente.

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Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 36

(2.12)Pconsumo = Tarifa de consumo na ponta · Consumo medido na ponta+Tarifa de consumo fora de ponta · Consumo medido fora de ponta

2.6.3.3 Tarifa horo-sazonal Azul

A modalidade de estrutura tarifária horo-sazonal azul é a que engloba mais variáveispara a determinação do custo final da energia. O consumidor enquadrado neste perfilcontrata valores esperados de demanda para o horário de ponta e fora ponta. Assim comopara as outras estruturas, o custo final da energia pode ser calculado com a equação 2.8.No entanto, as parcelas de demanda e demanda de ultrapassagem são calculadas conformeequações 2.13 e 2.14.

A parcela de consumo da tarifa horo-sazonal azul é mensurada conforme a tarifaçãohoro-sazonal verde.

(2.13)Pdemanda = Tarifa de demanda na ponta ·Demanda contratada na ponta+Tarifa de demanda fora de ponta ·Demanda contratada fora de ponta

Pultrapasagem = Tarifa de ultrapassagem na ponta ·Demanda ultrapassada na ponta+Tarifa de ultrapassagem fora de ponta

·Demanda ultrapassada fora de ponta(2.14)

Para os casos em que há ultrapassagem, a demanda excedente é a diferença entre ademanda medida e a contratada, tanto para o horário de ponta, como fora de ponta.

2.6.3.4 Tarifa branca

A estrutura de tarifa branca é aplicada ao grupo de unidades consumidoras de baixatensão, sendo considerada como alternativa à tarifação convencional. Este tipo de moda-lidade considera, além dos horários de ponta e fora de ponta, um período intermediáriopara precificação de energia, que é o intervalo de 1h que antecede o início do horário deponta, mais a 1h subsequente ao término deste horário. O restante das horas do dia sãoconsideradas como fora de ponta (ANEEL, 2016). Os períodos possuem custos diferentesentre si.

Neste modelo, o consumo de energia elétrica medido em cada período multiplicadopela tarifação do horário em questão, resulta no valor a ser pago como custo da energia(ANEEL, 2012). Este tipo de cobrança tarifária torna-se economicamente viável paraconsumidores que possuem seus maiores gastos com energia fora do horário de ponta,devido ao menor custo de tarifa.

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Capítulo 2. Revisão Bibliográfica 37

2.6.4 Fator de Potência

Segundo a resolução normativa da ANEEL (2012) Artigo 76:

"O fator de potência da unidade consumidora, para fins de cobrança, deveser verificado pela distribuidora por meio de medição permanente, de formaobrigatória para o grupo A e facultativa para o grupo B."

O fator de potência mínimo permitido pela ANEEL para uma unidade consumidoraé de 0,92. Caso haja ultrapassagem deste valor, o consumidor é tarifado pelo excedentede potência reativa (ANEEL, 2012).

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3 Objeto de Estudo

O objeto principal de estudo deste trabalho é Centro de Tecnologia e Urbanismosituado no campus da Universidade Estadual de Londrina - Paraná. Este edifício públicopossui área total construída de 5.846, 59m2 que está divida em três pavimentos com plantaem formato H. No Anexo B é possível visualizar a planta baixa dos três pavimentos doCentro. A Figura 12 exibe uma foto do acesso principal deste local.

Figura 12 – Centro de Tecnologia e Urbanismo - Universidade Estadual de Londrina.Fonte: Do autor.

A principal atividade do Centro é abrigar aulas dos cursos de Arquitetura e Urbanismo,Engenharia Civil e Engenharia Elétrica. Outros cursos como Educação Física, Farmácia,Ciências Biológicas e Química também têm aulas ministradas no local. Além disso, o CTUconta com atividades de cunho acadêmico-administrativo relacionadas aos três principaiscursos. Os ambientes do edifício são listados na Tabela 4.

Os sistemas que consomem energia na edificação são: aparelhos de escritório, sistemade climatização, sistema de iluminação, além de outros. Essa divisão está embasada noque está proposto por Magalhães (2001). Nas seções deste capítulo são apresentadas ascaracterísticas para cada sistema.

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Capítulo 3. Objeto de Estudo 39

Tabela 4 – Ambientes do Centro de Tecnologia e Urbanismo.

Ambientes QuantidadeAlmoxarifados 2Banheiros 6Biblioteca 1Copas 2Corredores 9Depósitos 10Laboratórios 9Núcleo de Pesquisa 1Sala de permanência 1Salas de aula 19Salas de docentes 34Salas de reuniões 2Salas multimeios 10Secretarias 7

Fonte: Do autor.

3.1 Sistema de Aparelhos de Escritório

Na categoria de consumo denominada de aparelhos de escritórios estão inclusos todosequipamentos ligados de forma direta com o setor de informática, tais como computadores,monitores, notebooks, impressoras, estabilizadores de energia e projetores.

Os computadores do Centro possuem variados processadores, memórias de processa-mento, memória de armazenamento e sistema operacional. Os monitores utilizados sãoem grande parte de 17" e diferentes marcas. Locais do CTU ainda possuem monitores detubo. O conjunto monitor mais a CPU é denominado neste trabalho como computador.Secretárias, laboratórios, salas de docentes e salas multimeios são ambientes que possuemcomputadores instalados. Os laboratórios de informática geral possuem estabilizadoresde energia para cada conjunto de bancada com 7 computadores.

Os notebooks que são ligados à rede elétrica do Centro são de utilização pessoal porparte dos usuários e assim como os computadores, também variam entre marcas, memóriase processadores. Em todas as salas de aula do Centro estão instalados projetores.

3.2 Sistema de Climatização

O sistema de climatização do CTU-UEL engloba os aparelhos elétricos que pos-suem como finalidade melhorar a sensação térmica do ambiente. Equipamentos de ar-condicionado e ventiladores estão inclusos nessa categoria. O edifício possui modelos dear-condicionado do tipo janela e split. Há splits da tecnologia inverter nas salas multi-meios 4 e 7. Não há um padrão de marcas, modelos, BTU e potência nominal de cadaaparelho. Os ventiladores dessa categoria de consumo são modelos de teto e parede.

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Capítulo 3. Objeto de Estudo 40

Nas salas de aula de 1006, 1008, 1009, 1011 à 1015 e 1017 à 1020, além do almoxarifadodos laboratórios de engenharia elétrica possuem ventiladores do tipo parede. Os demaislocais em que estão instalados ventiladores são do modelo de teto.

3.3 Sistema de Iluminação

Este sistema é formado por 3 modelos de lâmpadas, 2 tipos de luminárias e 2 tiposde reatores, além dos postes de iluminação externa que possuem lâmpadas mistas de160W. Nos ambientes mais novos da edificação as luminárias são do tipo de alumínio comrefletores e aletas laterais do mesmo material e comportam duas lâmpadas fluorecentestubulares de 32W modelo T8. A Figura 13 exibe uma foto desta luminária.

Figura 13 – Luminária com duas lâmpadas de 32W.Fonte: Do autor.

Os ambientes mais antigos do CTU possuem luminária de alumínio sem refletores ealetas laterais. Essas luminárias comportam lâmpadas fluorecentes tubulares de 40W quesão do modelo T10. Elas podem comportar duas ou quatro lâmpadas. Os corredoresde circulação e banheiros possuem luminárias duplas, já nos demais ambientes que com-portam essa potência de lâmpada são do tipo quadrupla. Na Figura 14 e 15 é possívelvisualizar uma foto de cada luminária em questão.

Figura 14 – Luminária com quatro lâmpadas de 40W.Fonte: Do autor.

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Capítulo 3. Objeto de Estudo 41

Figura 15 – Luminária com duas lâmpadas de 40W.Fonte: Do autor.

Tanto para as lâmpadas de 40W como as de 32W são utilizados reatores magnéticosou eletrônicos. O engenheiro eletricista responsável pelo sistema elétrico do campus uni-versitário informou que quando um reator pára de funcionar a troca sempre é realizadapor um do tipo eletrônico.

Na sala 1021 destinada a estudo dos alunos e secretária geral as lâmpadas T8 de 32Wforam substituídas por lâmpadas LED tubulares de 18W que estão ligadas em lumináriasde alumínio com refletor e aletas laterais do mesmo material.

A Figura 16 exibe uma imagem de um dos postes de iluminação externa. Cada umdeles possui duas lâmpadas mistas de 160W.

Figura 16 – Poste de iluminação externa com duas lâmpadas mistas de 160W.Fonte: Do autor.

Nas Figuras 17 e 18 abaixo, pode-se visualizar os modelos de reatores disponíveis paratroca no setor de manutenção elétrica da Universidade. Pode-se observar nas Figuras queambos dispositivos possuem uma potência elétrica de saída de cerca de 75W .

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Capítulo 3. Objeto de Estudo 42

Figura 17 – Exemplo de reator disponível para manutenção Modelo 1.Fonte: Do autor.

Figura 18 – Exemplo de reator disponível para manutenção Modelo 2.Fonte: Do autor.

3.4 Outros

Nesta categoria de consumo de energia estão inclusos as geladeiras, micro-ondas, te-levisão, câmeras de vigilância, bebedouros e elevador. O Centro possui 3 geladeiras ins-taladas, sendo uma em cada pavimento. A do primeiro e terceiro pavimento estão nascopas, enquanto que a do segundo fica na biblioteca do LAU. Os micro-ondas ficam nosmesmo ambientes das geladeiras. O elevador do centro é pouco utilizado, e ainda passapor épocas em que todo seu sistema fica desligado por problemas de manutenção.

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4 Metodologia

A metodologia desenvolvida neste trabalho segue as etapas de um diagnóstico energé-tico. Ela consiste em um estudo do gasto de energia elétrica no Centro de Tecnologia eUrbanismo da Universidade Estadual de Londrina, através de coleta de dados de consumoe por meio de análise da utilização dos ambientes.

Inicialmente foram definidas características do edifício de estudo, tais como horários deutilização e perfil de usuários e as cargas consumidoras de energia. Após isso, coletou-sedados de potência elétrica média de alguns equipamentos CTU e realizou-se uma mediçãoda demanda no quadro de energia principal do local.

A coleta de dados foi realizada por meio de aparelhos analisadores de energia e adelimitação dos períodos em que os sistemas permanecem em uso deu-se por meio deinspeção do horário de utilização de ambientes e averiguação com os usuários do Centro.

O modo como cada equipamento era medido variou entre si. Em alguns casos, foipossível a medição direta no quadro de energia, com acesso aos disjuntores de cada circuito.Porém, em outras situações, foi necessário a abertura do interruptor de acionamento dosistema para a conexão do analisador. Outra forma consistiu na conexão do aparelhomedidor direto à tomada em que o equipamento estava ligado à rede elétrica. Na seçãoColeta de dados é mencionado o modo como cada sistema foi mensurado.

4.1 Aparelhos de Medição

Os instrumentos utilizados para medições de dados foram dois analisadores de energiada marca Fluke, sendo um monofásico e outro trifásico modelos 43B e 434, respectiva-mente. Ambos os aparelhos foram disponibilizados pela instituição.

O aparelho Fluke 434 é um instrumento de medição que afere em simultâneo as tensõese correntes nas três fases mais o cabo neutro. De acordo com o manual do Fabricante(FLUKE, 2012) o instrumento é capaz de medir: tensão, corrente, frequência, potência,consumo de energia, desequilíbrio e oscilação, harmônicas e inter-harmônicas. Captaeventos como subidas e descidas, efeitos transitórios, interrupções e alterações rápidas detensão. Todas as grandezas podem ser armazenadas na memória do aparelho. Com isso omonitoramento de cargas pode ser feito ao longo de dias. A Figura 19 exibe o analisador.

Os valores medidos pelo aparelho podem conter erros de precisão dos dados. Na Tabela5 encontram-se a precisão deste aparelho para as principais grandezas elétricas extraídasdo analisador.

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Capítulo 4. Metodologia 44

Figura 19 – Analisador de energia trifásico Fluke 434Fonte: <http://www.electricsubmeter.com/fluke/images/434.jpg>. Acessado em: 18 de

dezembro de 2017.

Tabela 5 – Precisão de medição do Fluke 434.

Grandeza Medida Precisão UnidadeTensão ± 0, 5% [V]Corrente ± 1, 0% [A]Potência ± 1, 0% [W, VA, VAR]

Fator de Potência ± 0, 1% -Fonte: FLUKE (2012).

Devido à sua captação trifásica, o analisador Fluke 434 foi empregado para o monito-ramento da demanda de entrada do CTU. As demais medidas realizadas foram por meiodo Fluke 43B.

O analisador de energia monofásico Fluke 43B (Figura 20) possui um conector tipoalicate para medição de corrente, e duas ponteiras de prova de tensão, sendo uma paraa fase e outra para o neutro. Além de analisador de energia, este aparelho trabalha nomodo osciloscópio de 2 canais, modo multímetro e modo registrador.

A Tabela 6 apresenta a precisão das medidas do Fluke 43B para os principais dadoscoletados. O fabricante informa que a precisão é com relação ao valor nominal, dessaforma, uma tensão de 127V pode ter uma variação de 1,27V.

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Capítulo 4. Metodologia 45

Tabela 6 – Precisão de medição do Fluke 43B.

Grandeza Medida Precisão UnidadeTensão ± 1, 00% [V]Corrente ± 1, 00% [A]Potência ± 4, 00% [W, VA, VAR]

Fator de Potência ± 0, 04% -Fonte: FLUKE (2001).

Figura 20 – Analisador de energia monofásico Fluke 43BFonte: <http://www.testequipmentdepot.com/fluke/images/43B.jpg>. Acessado em: 18 de

dezembro de 2017.

4.2 Cargas de Consumo no Edifício

As cargas de consumo do edifício foram inferidas por meio de inspeção aos ambientes.O sistema de iluminação foi catalogado de acordo com a potência nominal de cada lâmpadainstalada no local. Enquanto que o sistema de aparelhos de escritórios foi quantificadocom base no número de equipamentos por ambiente ou aparelhos considerados em uso.

Para o sistema de climatização também foi levantado a quantidade de equipamentosnos locais, sendo que os ventiladores foram divididos entre modelo de teto e parede e osaparelhos de ar-condicionado classificados por sua capacidade de resfriamento e potênciaelétrica nominal.

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Capítulo 4. Metodologia 46

4.3 Coleta de Dados

A partir da determinação das categorias consumidoras de energia, de acordo com acaracterização do objeto de estudo, definiu-se critérios para as medições de potência e usode energia elétrica. Em cada sistema de consumo a coleta de dados foi feita de uma formadiferente que está descrita a seguir.

A Figura 21 exibe um exemplo de aferição com acesso direto ao disjuntor. As ponteirasde prova de tensão foram conectadas entre a fase e o neutro para um aparelho monofásico,ou entre as duas fases no caso de uma alimentação bifásica. O alicate amperímetro domedidor envolve uma das fases para mensurar o valor da corrente elétrica.

Figura 21 – Exemplo de medição direta no disjuntor.Fonte: Do autor.

A medição direta no interruptor deu-se por meio da conexão de uma das ponteiras detensão na fase e a outra com conexão ao neutro de alguma tomada. O alicate amperímetrofoi ligado no cabo fase no interruptor. A Figura 22 exibe um exemplo dessa forma deaferição dos equipamentos.

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Capítulo 4. Metodologia 47

Figura 22 – Exemplo de medição direta no interruptor.Fonte: Do autor.

Outra forma de medição realizada foi por meio da conexão do analisador diretamenteao plug de tomada do aparelho. Uma extensão foi inserida à rede elétrica com um adap-tador T em sua outra ponta. Os cabos dessa extensão estavam separados entre si. Oaparelho a ser medido foi ligado no adaptador T. As ponteiras de tensão foram conecta-das em uma das entradas do T disponíveis, enquanto que o alicate amperímetro envolveuum dos cabos da extensão. Na Figura 23 pode-se visualizar um exemplo deste tipo demedição.

Figura 23 – Exemplo de medição direta pelo plug de conexão à tomada.Fonte: Do autor.

Aparelhos de Escritório

Nesta categoria levantou-se amostras de consumo de alguns equipamentos para visua-lização da curva de carga e cálculo da potência ativa média para comparação com dados

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Capítulo 4. Metodologia 48

indicados pelo PROCEL. Nesta categoria o consumo dos monitores já está embutido comos computadores.

Registrou-se os valores de tensão e corrente elétrica, para cálculo da potência instan-tânea e assim plotar curvas de cargas para os seguintes aparelhos: dois notebooks e trêscomputadores. Foram registrados os valores de tensão e corrente destes equipamentospelo modo gravação do Fluke 43B. Adotou-se um valor de fator de potência médio ob-tido conforme visualização das medições. Aparelhos de projeção e estabilizadores tiveramdados instantâneos coletados. Os dados registrados foram extraídos via software Fluke-View Power Qaulity Analyzer v2.2. Abaixo encontra-se uma pequena descrição de cadacomputador e notebook medido.

• Computador 1: Processador Intel Core i3 3300; 4GB de RAM; 500GB de HD;Sistema operacional Windows 10; Monitor de LCD 17".

• Computador 2: Processador Intel Pentium Dual Core; 2GB de RAM; 128 de HD;Sistema operacional Windows XP; Monitor Tubo 15".

• Computador 31: Processador Intel Core i5 4460; 8GB de RAM; 128 de HD SSD;Sistema operacional Windows 10; Monitor de LED 18,5".

• Notebook 1: Processador Intel Core i5 5500; 8GB de RAM; 1TB de HD; Sistemaoperacional Windows 10; Tela LCD de 14".

• Notebook 2: Processador Intel Core i5 2410; 4GB de RAM; 500GB de HD; Sistemaoperacional Windows 7; Tela LCD de 14".

Durante a medição das máquinas acima foram realizadas atividades semelhantes emcada um, como leitura de documentos, navegação da internet e uso de planilhas e plotagemde gráficos.

Nos laboratórios de informática geral há um estabilizador de energia para cada con-junto de 7 computadores. Mediu-se corrente, tensão, fator de potência e as potências dosquatro estabilizadores do LIG 2 no caso de todos os computadores desligados e com todoo conjunto ligado. As mesmas grandezas elétricas foram medidas nos projetores das salasde aula do segundo pavimento.

Climatização de Ambientes

Neste sistema consumidor enquadram-se os aparelhos de ar-condicionado e os venti-ladores. Os aparelhos de ar-condicionados medidos foram da sala de um dos docentes1 O computador 3 não está instalado no CTU. A medição de sua potência foi feita para verificação de

como a tecnologia poderia afetar a potência média do equipamento.

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Capítulo 4. Metodologia 49

da engenharia elétrica, um dos aparelhos do laboratório de informática geral e o ar-condicionado da sala multimeios 11. Os demais aparelhos considerados em uso tiveramsuas potências estimadas conforme suas especificações.

O ar-condicionado do LIG2 e da multimeios 11 foram medidos diretamente no disjun-tor, enquanto que o outro aparelho foi com conexão do analisador ao plug de energia.

A medição dos ventiladores foi de acordo com o tipo instalado em cada ambiente.A medição de potência dos modelos de parede foi facilitada devido sua conexão à redeelétrica ser diretamente por uma tomada. Enquanto que os ventiladores de teto são maisdificultosos pela necessidade de medição direta no interruptor, o que acarretou num maiornúmero de amostras de um tipo, em comparação ao outro.

Coletou-se as potências ativas e aparente, assim como o fator de potência dos venti-ladores de parede das salas de número 1011 à 1015 e 1017 à 1020. Nestes locais estãoinstalados dois equipamentos por ambiente, sendo um na parede da frente e outro na dofundo. As gradezas elétricas para os ventiladores elétricos de teto foram medidas nas salas1001, 1002, 1023 e 1024, sendo quatro aparelhos por ambiente.

Iluminação

Este sistema foi dividido de acordo com a potência nominal de cada lâmpada. Umainspeção dos locais foi realizada para verificação de qual tipo lâmpada estava instaladanas luminárias dos ambientes do CTU. Dessa forma, definiu-se amostras para coleta depotência ativa real de consumo das lâmpadas de fluorecentes de 40W, fluorecentes de 32We as LEDs de 18W.

As medições do sistema de iluminação foram realizadas com o analisador de energiaFluke 43B nos seguintes ambientes:

• Salas de aula 1021, 1023 e 1024 do primeiro pavimento;

• Salas de aula da 1011 à 1015 e da 1017 à 1020 do segundo pavimento;

• Corredores de circulação do segundo pavimento;

• Banheiros do segundo pavimento;

• Laboratório de Informática Geral (LIG) 1 e 2 do segundo pavimento.

No segundo pavimento do CTU há um quadro de distribuição de energia que contémdisjuntores identificados para os circuitos de iluminação das salas de aula, dos banheiros edos corredores de circulação desse ambiente. Sendo assim, nestes locais as medidas foramrealizadas por meio da conexão do aparelho diretamente ao quadro de energia. A Figura24 exibe uma foto dos disjuntores do quadro em questão.

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Capítulo 4. Metodologia 50

Figura 24 – Quadro de distribuição segundo pavimento do CTU.Fonte: Do autor.

Já para as salas de aula do primeiro pavimento e os laboratórios de informática geral dosegundo, o instrumento de medida foi acoplado diretamente ao interruptor de acionamentodo circuito de iluminação.

Para cada amostra medida foi registrado o valor de tensão (V ) e corrente elétrica (I)de alimentação do circuito, assim como, a potência ativa (P ), potência aparente (S) e ofator de potência (FP ) indicados pelo analisador de energia. Além disso, anotou-se paracada coleta o total de luminárias no conjunto, o número de lâmpadas por luminária e aquantidade de lâmpadas queimadas na amostra.

Outros

Nesta categoria mediu-se a potência média do bebedor do pavimento 1 do CTU. Paraos demais aparelhos utilizou-se a potência média indicada em Babugia (2017) que forammedidas por um medidor de consumo Powerball T8.

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Capítulo 4. Metodologia 51

Padrão de Entrada

A medição de demanda para obtenção da curva de carga real ao longo de um dia doCTU deu-se pela instalação do analisador FLUKE 434 diretamente ao quadro geral doCentro. A Figura 25 exibe o disjuntor geral deste quadro.

Figura 25 – Disjuntor geral de entrada de energia do CTU.Fonte: Do autor.

As ponteiras de aferição de tensão foram conectadas ao barramento de cada fase,enquanto que os alicates de corrente foram plugados aos cabos que entravam em cadadisjuntor. Cada alicate só conseguiu envolver dois cabos por fase, de um total de quatro.Sendo assim, os valores de corrente obtidos foram dobrados.

Esta consideração sobre a corrente foi validada por um outro analisador de energiatrifásico da marca Minipa modelo 5050b, que também foi instalado no quadro, e porpossuir garras flexíveis de correntes, conseguiu contornar os 4 cabos por fase. Porém abateria das garras de corrente deste aparelho acabou no decorrer das medições, o queinviabilizou a gravação de dados por esse medidor.

O registro das grandezas ocorreu do dia 21 de novembro de 2017 das 10h até às 15h20do dia 24 de novembro de 2017. A visualização dos dados foi feita com uso do softwareFlukeView 3.34 disponível no site do fabricante.

Padrão e Horário de utilização

Os principais usuários do Centro de Tecnologia e Urbanismo são estudantes, docentese funcionários do Centro. A utilização dos ambientes que sofre menor variação são os

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Capítulo 4. Metodologia 52

períodos de funcionamento dos setores administrados e o horário em que as aulas sãoministradas.

Para levantamento deste dados, foi utilizado um documento cedido pela SecretariaGeral, que contém o intervalo de tempo em que as salas de aula permanecem em uso, alémde questionário junto aos funcionários para averiguação do horário em que há atividadesadministrativas.

O uso variável fica a cargo das salas de permanência dos docentes e os laboratóriosdo CTU. Buscou-se determinar uma média de utilização desses locais. Essa constataçãofoi por meio de visitas ao local e entrevista com os usuários. O resultado final deste usovolátil será dado em um número de salas de professores utilizadas, em conjunto ao númerode computadores e aparelhos de condicionamento de ar.

Os ambientes do CTU foram enquadrados em grupos conforme um padrão de utili-zação. Os grupos considerados foram: salas de aula, setor administrativo, laboratórios,salas de docentes, salas multimeios e uso comum, que estão listados abaixo, conformeplanta do CTU para o pavimento 1, 2 e 3 do Anexo A.

• Ambientes do grupo salas de aula: 1006, 1008, 1009, 1011 à 1015, 1017 à 1020 e1021 à 1027;

• Ambientes do grupo setor administrativo: Secretaria Geral, Secretaria do departa-mento de Arquitetura, Secretaria do departamento de Engenharia Civil, Secretariado departamento de Engenharia Elétrica, Secretaria do departamento de Estruturas,Secretaria do departamento de Pós-graduação, Secretaria dos Colegiados, Bibliotecado Laboratório de Arquitetura (LAU) e Núcleo de Estudos e Pesquisa em Engenha-ria e Arquitetura (NEPEA);

• Ambientes do grupo Laboratórios: 1001 à 1005, Laboratório de Informática Geral(LIG) 1 e 2, sala dos técnicos dos laboratórios de engenharia elétrica e sala dostécnicos dos laboratórios de informática;

• Ambientes do grupo salas multimeios: MM1 à MM11;

• Ambientes do grupo docentes: salas do pavimento 3 de ARQ01 à ARQ09 (Docentesde Arquitetura), CIV01 à CIV09 (Docentes de Engenharia Civil), TRU01 à TRU06(Docentes departamento de Estruturas) e ELE01 à ELE09 (Docentes de EngenhariaElétrica);

• Ambientes do grupo uso comum: Corredores de circulação dos pavimentos 1, 2 e3, sentido Norte, Sul e corredor cetral; banheiros do pavimento 1, 2, e 3; copas dopavimento 1 e 3, e os locais de circulação externa, que englobam os acessos ao CTU.

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Capítulo 4. Metodologia 53

4.4 Método de Análise

Após a coleta dos dados de potência de cada sistema, buscou-se estimar a potênciamédia de consumo para cada tipo de equipamento. Com isso, este valor foi determinadopela divisão entre o somatório das potências totais, com o número de equipamentos ligadospresentes na amostra que foi analisada.

Nos locais em que não se realizou coleta da potência do equipamento, foi adotada apotência média de consumo estimada experimentalmente, ou utilizou-se dados de consumofornecidos pelo PROCEL.

Em uma planilha organizou-se na primeira coluna os horários de funcionamento doCentro. Já nas outras colunas foram inseridos os ambientes que possuem uso ativo. Cadalocal foi analisado individualmente a fim de validar o período em que permanece em uso ounão, como também inferir o sistema que permanece ligado e a porcentagem da carga dessesistema. Utilizou-se de uma planilha para a análise do sistema de iluminação, uma parao sistema de aparelhos de escritório e outra para o sistema de climatização. Realizou-se asomatória das potências que são utilizadas em cada ambiente para cada sistema e horárioanalisados.

No final somou-se a contribuição de cada sistema e plotou-se uma curva de cargadesenvolvida ao longo de um dia de utilização do CTU. Após isso expandiu-se os resultadopara os outros dias ao longo de uma semana. Para validação do resultado obtido, registrou-se com o Fluke 434 os valores de demanda ao longo de 3 dias e meio. O analisador foiinstalado no padrão de entrada de energia do Centro.

O uso final de cada sistema foi calculado em um dia de utilização do Centro de Tecno-logia e Urbanismo e ao longo de uma semana, de modo que o resultado é apresentado emforma de porcentagem que cada um representa no consumo final de energia do períodoem questão.

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5 Resultados Obtidos

Os resultados obtidos são apresentados abaixo e estão divididos em seções de análisede acordo com os dados coletados e a análise realizada.

5.1 Cargas de Consumo

Após a inspeção dos ambientes do CTU, determinou-se as cargas que consomem ener-gia elétrica em cada local. Nas tabelas do Apêndice B deste trabalho são apresentadasas potências nominais de iluminação para os grupos: salas de aula, setor administrativo,laboratórios, uso comum, salas de docentes e salas multimeios.

Os aparelhos de escritório foram listados com base na quantidade que cada ambientepossui ou utiliza. Essa relação está apresentada no Apêndice C em conjunto com aquantidade e tipo de ventilador para cada local.

Para a categoria de ambiente sala de docentes os aparelhos de escritórios foram listadosde acordo com o uso máximo, sendo de 14 computadores e 4 notebooks.

Os aparelhos de ar-condicionado estão classificados no Apêndice D deste trabalho,pela sua potência de resfriamento (BTU) e sua potência elétrica nominal.

5.2 Padrão de Utilização - Ambientes

As atividades no Centro de Tecnologia e Urbanismo da UEL iniciam-se às 07h30 eencerram-se às 23h00 de segunda à sexta-feira. Como base para análise de um dia foiconsiderado um período de tempo entre 07h00 e 00h00, sendo este determinado comoperíodo ativo do CTU. Já da meia-noite até às 07h00 foi designado como período inativo.Durante a escala de tempo ativa o perfil de uso de cada ambiente foi amostrado a cada1h00, enquanto que o inativo é considerado como amostra única por não ter atividadeexistente.

A Tabela 7 exibe a divisão do período ativo e inativo do CTU em turnos.

Tabela 7 – Divisão dos horários em turnos.

Horário Turno00:00-07:00 Madrugada07:00-12:00 Manhã12:00-14:00 Almoço14:00-18:00 Tarde18:00-00:00 Noite

Fonte: Do autor.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 55

A partir destas considerações, analisou-se em cada amostra de tempo os ambientesutilizados durante um dia da semana adotando as potências média de consumo para cadacarga do ambiente.

5.2.1 Salas de Aula

Considerou-se que em 25% das aulas ministradas o docente faz uso do projetor. Dessaforma, por padrão 50% do sistema de iluminação permanece desligado nos ambientes emquestão. Adotou-se que quatro notebooks em média ficam conectados à rede elétrica emcada aula ministrada. Esse valor é uma estimativa com base nas verificações realizadasdurante o período das aulas.

Os 25% de aulas que são ministradas com projeção foram divididos entre salas dopavimento Norte e Sul, para um equilíbrio do sistema de iluminação. Adotou-se que osistema de climatização é acionado a partir das 10h00, por ser um horário do dia em quetemperatura já está mais elevada.

A sala 1021, enquadrada neste grupo, é uma sala de permanência para os estudantes degraduação. Neste local o sistema de iluminação é ligado às 8h00 e desligado às 23h00. Ouso de notebooks no ambiente varia conforme a permanência dos estudantes. Constatou-seque o uso médio máximo de notebooks conectados à rede elétrica foi de 12 equipamentos.A Tabela 8 abaixo exibe a porcentagem de equipamentos ligados conforme horário.

Tabela 8 – Aparelhos ligados para horário de uso sala 1021.

Horário Porcentagem Notebooks08:00-10:00 12,5%10:00-12:00 25%12:00-14:00 100%14:00-17:00 50%17:00-19:00 25%19:00-22:00 12,5%

Fonte: Do autor.

5.2.2 Laboratórios

Os laboratórios do dia em análise possuem aulas ministradas no período da tarde, dessaforma, todos os aparelhos de escritório do local, o sistema de iluminação e a climatizaçãodo ambiente ficam em pleno uso. Em outros períodos, como horário de almoço e manhã,possuem uso variável dos locais.

Os ambientes mais utilizados nos períodos variáveis são os LIGs e os laboratórios dasala 1001 e 1005. Com base nas inspeções dos ambientes adotou-se que, para o períododa manhã, o uso de computadores é de 50% nesses ambientes, enquanto que iluminaçãoe climatização, utiliza-se toda a carga do sistema.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 56

Entre 12h00 e 14h00 somente os laboratórios de informática geral ficam disponíveispara uso dos estudantes.

5.2.3 Setor Administrativo

Este conjunto de ambientes possui um uso definido por parte dos usuários. As ativida-des nestes locais iniciam-se às 08:00 no período da manhã e são encerradas às 18h00, comuma pausa das atividades no período do almoço. O NEPEA e a biblioteca do LAU sãoenquadrados neste grupo pois a forma como o ambiente é utilizado segue o mesmo padrãodas secretarias. Somente a biblioteca do LAU, enquadrada neste grupo que encerra suasatividades às 20h00.

Nestes locais o sistema de iluminação permanece ligado todo o tempo durante asatividades, assim como os aparelhos de escritórios. O sistema de climatização é acionadoàs 10h00.

Funcionários deste grupo comentaram que os computadores não são desligados nointervalo de almoço. O NEPEA e a Secretaria Geral permanecem em uso no horáriode almoço. Dessa forma, nestes locais foi considerada utilização completa dos sistemasconsumidores no período de funcionamento.

5.2.4 Uso Comum

A utilização das áreas de uso comum do Centro foi definida conforme explicação dozelador. Para os pavimentos 1 e 2 a iluminação dos corredores de circulação são ligadas apartir das 18h00 e desligadas às 7h00 da manhã do outro dia. Já para o pavimento 3 asluzes do corredor de circulação sul ficam ligadas desde às 8h00, pois é um local de baixaluminosidade, enquanto que os demais corredores são acesos às 18h00 e todo o sistemaneste pavimento é desligado às 21h00.

O uso dos banheiros é variável, algumas pessoas apagam as luzes ao sair, enquantooutras deixam ligadas. No pavimento 3 em grande parte dos horários o sistema de ilu-minação está desligado. Dessa forma, considerou-se que as luminárias dos banheiros doprimeiro e segundo pavimento ficam acesas durante o período de atividades do Centro.Adotou-se que no banheiro do terceiro pavimento a iluminação fica desligada afim debalancear essa consideração.

A consideração para as copas foi igual aos banheiros. Sendo assim, a copa do primeiropavimento é a mais utilizada por ser o local de permanência do zeladores. O sistemade iluminação foi considerado ligado durante todo o período ativo. Nas copas estãoinstalados os aparelhos de eletrodomésticos enquadrados no sistema de consumo outros eficam ligados ao longo de todo o dia.

As lâmpadas dos postes de iluminação externas são acionadas a partir das 18h00 edesligadas às 7h00 do outro dia na troca de turno dos seguranças da universidade.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 57

5.2.5 Salas de Docentes

Ao todo o CTU conta com 34 salas de permanência de docentes, porém em nenhumperíodo todas permanecem em uso pleno. Com base nas visitas ao local, foi constatadoque a máxima utilização é de 17 salas. Este valor é considerado como 100% do uso. Esseestimativa é inferida como máxima, pois quando não permanecem em suas salas, os pro-fessores desenvolvem outras atividades como aulas em laboratórios e salas de graduação,além de atividades administrativas competentes a cada departamento.

Na média, os professores acendem somente duas luminárias por sala em seus horáriosde permanência. Além disso, o uso de computadores e notebooks é variado. Por meiode averiguação notou-se que são utilizados 4 computadores para cada 1 notebook ligado.Dessa forma, é adotado que em pleno funcionamento ficam ligados em média 4 notebookse 13 computadores. Considera-se que em cada período de permanência essa relação émantida. Os docentes permanecem em suas salas na parte da manhã e tarde. Os sistemasde iluminação e aparelhos de escritórios permanecem ligados em ambos os horários. Osistema de climatização é acionado a partir das 10h00.

5.2.6 Salas Multimeios

As salas multimeios possuem uma grande variação de utilização. De acordo com a Se-cretaria Geral não há reservas para estas salas durante a semana para aulas de graduação.Porém, alguns professores acabam utilizando para ministrar suas aulas, principalmenteem dias de temperaturas elevadas, pois as salas possuem aparelhos de ar condicionado.Nestes ambientes são ministradas as disciplinas de Mestrado e Doutorado dos cursos doCTU durante o período da manhã e da tarde para os dias de semana.

Em média, duas multimeios permanecem em uso no período da manhã e duas noperíodo da tarde. Dessa forma definiu-se que dois ambientes deste grupo são utilizadosentre 10h00 e 12h00 e das 14h00 às 16h00. Assim como para as salas de aula, neste grupoé considerado o uso de 4 notebooks por aula e um projetor como carga de aparelhos deescritório. O sistema de climatização é adotado como acionado.

Na sexta-feira a noite e aos sábados no período da manhã e tarde, as multimeios sãoutilizadas para aulas de pós-graduação. Em média 4 salas permanecem em uso.

5.3 Padrão de Utilização - Sistemas Consumidores

O uso dos sistemas de iluminação, aparelhos de escritório e climatização foram vali-dados de forma diferente em cada amostra de horário para cada ambiente.

Os índices para a iluminação foram definidos com base em uma porcentagem queestaria sendo utilizada da potência total deste sistema no ambiente. O índice 0 repre-

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 58

senta a carga do sistema desligada, enquanto que 1 e 2 significam o uso de 100% e 50%,respectivamente.

Assim como para o sistema de iluminação, definiu-se índices para o sistema de apa-relhos de escritórios que definem o que está sendo considerado em uso no ambiente naamostra de tempo. Estes índices são exibidos na Tabela 9, e são usados para validaçãodos grupos salas de aula, laboratórios, salas de docentes e setor administrativo. O índice5 da Tabela em questão indica que estará sendo utilizado no período 100% da carga deaparelhos de escritório do ambiente em conjunto à um projetor.

Tabela 9 – Índices para carga de aparelhos de escritório de um ambiente.

Índice Carga0 Stand-by1 100,0%2 50,0%3 25,0%4 12,5%5 100% + ProjetorFonte: Do autor.

Para o sistema de climatização, definiu-se como 0 o horário em que o sistema perma-nece desligado. Já o índice 1 representa os ventiladores do sistema ligado e 2 para 50% dacarga dos ventiladores. Já para os aparelhos de ar-condicionados utiliza-se os índices 3,4e 5 para indicar, respectivamente o uso de 80%, 60% e 40% da potência do consumo no-minal. Estes valores foram embasados conforme análise das medições de alguns aparelhosque estão apresentadas a seguir na seção 5.4.2.

5.4 Potências Médias

Nesta seção são indicados os valores obtidos para as potências médias de consumo decada equipamento considerado nos sistemas de uso final. Os resultados estão apresentadosna forma de tabelas, valores médios, curvas de carga e imagens com dados da tela doanalisador de energia.

Nas Tabelas abaixo as notações Sc e Pc indicam, respectivamente, as potências apa-rente e ativa calculadas por meio das equações 2.5 e 2.6, enquanto que Sf e Pf representamas mesmas potências, porém com os valores medidos pelo analisador Fluke.

5.4.1 Aparelhos de escritório

A Tabela 10 abaixo exibe os valores de corrente, tensão, fator de potência, potênciaativa e potência aparente dos estabilizadores do LIG medidos em modo stand-by. Osestabilizadores de 1 a 4 são do LIG 1, enquanto que o restante está instalado no LIG 2.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 59

Tabela 10 – Dados coletados para os estabilizadores dos LIGs em modo stand-by.

Item V (V) I (A) FP Pc (kW) Pf (kW) Sc (kVA) Sf (kVA)Estabilizador 1 127,2 2,03 0,44 0,114 0,11 0,258 0,26Estabilizador 2 127,5 1,79 0,46 0,105 0,10 0,228 0,22Estabilizador 3 127,3 1,85 0,49 0,115 0,12 0,236 0,24Estabilizador 4 127,6 1,93 0,48 0,118 0,12 0,246 0,25Estabilizador 5 127,4 2,00 0,45 0,115 0,12 0,255 0,22Estabilizador 6 127,7 1,95 0,48 0,120 0,12 0,249 0,25Estabilizador 7 127,3 1,87 0,45 0,107 0,10 0,238 0,24Estabilizador 8 127,4 1,91 0,46 0,112 0,11 0,243 0,24

Fonte: Do autor.

Com base nos dados da Tabela 10, observa-se que a potência média dos estabilizadoresem modo stand-by é de 113, 81W com um FP médio de 0,46. Dessa forma, pode-se inferirque os laboratórios de informática geral, mesmo quando não utilizados, consomem umapotência média de 452, 72W para o sistema de aparelhos de escritório.

Simulando uma situação de aula, ligou-se todos os computadores de cada bancada.Após a inicialização dos sistemas o valor da corrente ficou estabilizado e registrou-se osdados indicados no analisador. A Tabela 11 mostra o resultado obtido. Os índices de 1ao 4 e 5 ao 8 são respectivamente para bancadas do LIG 1 e LIG 2.

Tabela 11 – Dados coletados dos computadores dos LIGs em funcionamento.

Item V (V) I (A) FP Pc (kW) Pf (kW) Sc (kVA) Sf (kVA)Bancada 1 124,9 6,94 0,77 0,667 0,67 0,867 0,87Bancada 2 125,1 6,52 0,79 0,644 0,65 0,816 0,92Bancada 3 124,8 7,11 0,78 0,692 0,69 0,887 0,89Bancada 4 124,5 6,87 0,77 0,659 0,65 0,855 0,85Bancada 5 124,8 6,63 0,77 0,637 0,64 0,827 0,83Bancada 6 124,7 7,32 0,75 0,685 0,68 0,913 0,90Bancada 7 125,2 7,03 0,75 0,660 0,65 0,880 0,88Bancada 8 124,6 6,72 0,78 0,653 0,66 0,837 0,84

Fonte: Do autor.

Em cada bancada estão instalados um total de 7 computadores. A potência médiapara cada conjunto de equipamentos é de 662, 18W , com base nos dados da Tabela 11, eresulta em uma potência média por computador de 94, 60W .

A Figura 26 abaixo exibe o gráfico da curva de carga obtida para o computador 1.Este é o resultado da potência do computador em função do tempo. A potência médiaresultante neste período foi de 82, 88W . O fator de potência indicado para este aparelhofoi de 0, 59.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 60

Figura 26 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o computador 1.Fonte: Do autor.

O computador 2 foi mensurado por um período de 2h00. O gráfico obtido para suapotência em função do tempo está na Figura 27. O fator de potência registrado paraeste computador foi de 0,60. A potência média deste equipamento ao longo do tempo deanálise foi de 122, 54W .

Figura 27 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o computador 2.Fonte: Do autor.

A potência média obtida em um período de 2h00 de uso para o computador 3 foide 37, 72W . A curva de carga de potência desenvolvida durante o registro de tensão ecorrente para este computador é exibida na Figura 28. O FP medido foi de 0,59.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 61

Figura 28 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o computador 3.Fonte: Do autor.

Os computadores analisados possuem diferentes processadores, memórias de armaze-namento e processamento, bem como distintos sistemas operacionais. Observa-se pelascurvas de cargas dos aparelhos que esse fato resultou em uma potência diferente ao longodo tempo.

As tabelas de consumo médio do PROCEL indicam valores de potência média paracomputadores com base em um uso médio de 8h por dia. Dessa forma, pode-se adotarque os valores de consumo para um computador com monitor LCD é de 93W e para umcom monitor CRT é de 118W (PROCEL, 2006) (CEMIG, 2017), pois convergem com omodo que esses equipamentos são utilizados no CTU.

A curva de carga obtida durante o uso do notebook 1 por um período de 2h00 éexibida na Figura 29. A potência média resultante deste uso foi de 19, 83W com um fatorde potência registrado de 0,48.

Assim como o notebook 1, o notebook 2 também foi medido por um período de 2h00.Os seus valores de potências ativas obtidos durante este período são ilustrados no gráficoda curva de carga da Figura 30. O valor médio de sua potência foi de 22, 42W com umFP registado de 0,50.

As potências médias resultantes do uso do notebook 1 e 2 mostraram-se mais próximasdo valor tabelado de potência para este equipamento. Sendo assim, é válido adotar quea potência média deste equipamento fica em torno dos 20W . Na Tabela de consumo doPROCEL a potência deste aparelho foi estimada com um uso diário de 8h (PROCEL,2006) (CEMIG, 2017).

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 62

Figura 29 – Gráfico de potência ao longo do tempo obtido para o notebook 1.Fonte: Do autor.

Figura 30 – Gráfico de potência ao longo do tempo para o notebook 2.Fonte: Do autor.

Calculou-se para os computadores e notebooks a potência média para diferentes pe-ríodos da medição. O resultado é exibido na Tabela 12.

Tabela 12 – Potências médias para os computadores e notebooks medidos em diferentesamostras de tempo.

Período Comp.1 (W) Comp.2 (W) Comp.3 (W) Note.1 (W) Note.2 (W)0h30 82,88 121,52 37,57 18,01 23,631h00 83,93 122,08 37,63 19,72 21,911h30 84,00 123,03 37,54 19,63 22,762h00 83,35 122,54 37,72 19,83 22,42

Desvio Padrão 0,54 0,65 0,08 0,87 0,72

Fonte: Do autor.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 63

Analisando a Tabela 12 observa-se que, com exceção do computador 1, os outrosequipamentos apresentaram a potência média para 1h00 medição, próxima ao valor obtidona amostra total, com uma diferença inferior à 0, 5W .

Os dados de corrente, tensão, fator de potência e potência ativa dos projetores dassalas de 1011 a 1015 e 1017 a 1020 estão apresentados na Tabela 13 abaixo.

Tabela 13 – Dados coletados para projetores em funcionamento.

Ambiente V (V) I (A) FP Pc (kW) Pf (kW) Sc (kVA) Sf (kVA)1011 125,0 1,90 0,98 0,233 0,23 0,238 0,241012 124,2 1,90 0,98 0,231 0,23 0,236 0,241013 125,6 1,90 0,98 0,234 0,23 0,239 0,241014 125,9 1,86 0,98 0,229 0,23 0,234 0,231015 124,9 1,91 0,98 0,234 0,24 0,239 0,241017 125,8 1,87 0,98 0,231 0,23 0,235 0,241018 125,7 1,56 0,98 0,192 0,19 0,196 0,201019 125,2 1,90 0,98 0,233 0,23 0,238 0,241020 124,8 1,91 0,98 0,234 0,24 0,238 0,24

Fonte: Do autor.

A potência média para os projetores é de 232, 20W . Somente a sala 1018 possui umaparelho de projetor diferente e sua potência calculada foi de 192, 17W .

5.4.2 Sistema de Climatização

Mediu-se um dos aparelhos de ar condicionado do LIG2. Foram gravados pelo Fluke43Bos valores de tensão e corrente elétrica por um período de 2h de funcionamento. A Figura31 exibe o resultado do produto destes valores com o FP. O valor do fator de potênciadeste equipamento está ilustrado na Figura 32 com uma imagem de tela do Fluke 43B.

Figura 31 – Gráfico de potência ao longo do tempo para o aparelho de ar-condicionadodo LIG2.

Fonte: Do autor.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 64

Figura 32 – Tensão, Corrente Elétrica e Fator de Potência para o ar-condicionado doLIG2.

Fonte: Do autor.

A potência média consumida pelo aparelho foi de 2, 28kW . A curva de carga daFigura 31 indica que nos primeiros 45 minutos após ser ligado o aparelho não demonstroualteração brusca de potência que ficou próximo dos 3, 0kW , após esse período o compressordo aparelho passou a ficar desligado por cerca de 5 minutos. A potência nominal desteaparelho é de 3950W e está indicada na Tabela 39 do Apêndice D. A potência medidaé cerca de 58% do valor nominal, porém está próxima de 2830W , que é a potência deconsumo indicada para um aparelho split de 36000BTU, conforme Tabela 29 do ApêndiceA. Esta medição ocorreu em uma situação em que a temperatura ambiente estava próximade 27oC. O ambiente estava com 20 pessoas e o outro aparelho de condicionamento dasala também estava ligado. A potência média medida manteve próxima dos 80% do valortabelado pelo PROCEL.

O ar-condicionado medido da sala 1 dos docentes de elétrica foi monitorado por umperíodo de 1h. Uma foto da curva de potência registrada é apresentada na Figura 33.

Observa-se na foto da Figura 33 que o compressor desligou após pouco mais de 20minutos de medição. Isso ocorreu pois a temperatura do equipamento foi elevada paraverificar se ocorreriam oscilações na potência ativa, o que resultou no desligamento docompressor. A potência média do aparelho manteve-se em 1, 09kW , com um fator depotência de 0,99, resultante da razão da potência ativa com a aparente. A medição foirealizada com a temperatura externa em 29oC e com somente uma pessoa no ambiente.Este uso é semelhante ao que seria a situação habitual para o ambiente em questão.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 65

Figura 33 – Potência ao longo do tempo para o ar-condicionado da sala 1 dos docentesde elétrica.

Fonte: Do autor.

A curva de potência para o ar-condicionado da sala multimeios 11 é apresentada naFigura 34. O sistema foi monitorado por um período de quase 2h. Após meia-hora defuncionamento, o compressor do sistema desligou-se. A temperatura era de 25oC e haviasomente uma pessoa no ambiente. Considerando somente o período da potência em alta ovalor médio é de 1, 38kW , aproximadamente 60% de sua potência conforme Tabela 39 doApêndice D. Como a condição de uso não era a ideal, assim como a temperatura tambémnão estava adequada ao valor típico de utilização do aparelho, a potência apresentou essevalor.

Sendo assim, adota-se que em uma situação mais próxima ao uso real, os aparelhosde ar condicionado consumiriam 80% de consumo previsto, de acordo com indicação deconsumo do PROCEL. Adotou-se os índices de 40% e 60% para determinar consumo emhorários do dia em que temperatura estaria próxima aos 25oC e no interior do ambientehaveria poucas pessoas.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 66

Figura 34 – Gráfico de potência ao longo do tempo para o aparelho de ar-condicionadodo LIG2.

Fonte: Do autor.

Os dados coletados referentes aos ventiladores de parede estão apresentados na Tabela14. Devido ao fator de potência medido ser mais distante do valor unitário, inseriu-se naTabela as potências aparentes para cada medida realizada. As letras "A"e "B" junto aoíndice de cada ambiente representam o ventilador instalado na parede da frente e fundo,respectivamente, de cada sala de aula.

Tabela 14 – Dados coletados para os ventiladores de parede.

Ambiente V (V) I (A) FP Pc (kW) Pf (kW) Sc (kVA) Sf (kVA)1011 - A 126,0 1,07 0,79 0,107 0,11 0,135 0,141011 - B 125,8 1,25 0,77 0,121 0,12 0,157 0,161012 - B 125,5 1,17 0,76 0,112 0,11 0,147 0,151013 - A 126,2 1,20 0,77 0,117 0,13 0,151 0,151013 - B 126,4 1,15 0,78 0,113 0,11 0,145 0,141014 - A 126,5 1,16 0,76 0,112 0,11 0,147 0,151014 - B 126,6 1,14 0,8 0,115 0,12 0,144 0,151015 - A 126,7 1,18 0,79 0,118 0,12 0,150 0,151015 - B 123,2 1,21 0,77 0,115 0,11 0,149 0,151017 - A 126,4 1,29 0,77 0,126 0,13 0,163 0,151017 - B 125,2 1,18 0,78 0,115 0,11 0,148 0,141018 - A 126,8 1,17 0,76 0,113 0,11 0,148 0,151018 - B 126,6 1,14 0,8 0,115 0,12 0,144 0,151019 - A 125,3 1,15 0,78 0,112 0,11 0,144 0,141019 - B 126,1 1,16 0,76 0,111 0,11 0,146 0,151020 - A 126,1 1,11 0,78 0,109 0,11 0,140 0,141020 - B 126,8 1,20 0,76 0,116 0,11 0,152 0,15

Fonte: Do autor.

Por meio de uma análise da Tabela 14 obteve para dos ventiladores de parede umapotência média de 114, 43W com o fator de potência de 0,78.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 67

Os valores medidos para os ventiladores de teto estão apresentados na Tabela 15. Hápoucas amostras devido à dificuldade de acesso aos interruptores e o risco de danificaçãoao sistema de acionamento. Nos ambientes medidos, registrou-se os valores de tensão,corrente, FP, potência ativa e aparente. Os índices "A"e "B" junto a cada ambienterepresentam um conjunto de dois ventiladores de teto para cada ambiente medido.

Tabela 15 – Dados coletados para os ventiladores de teto.

Ambiente V (V) I (A) FP Pcalc (kW) PF luke (kW) Sf (kVA) P/Ventlador (W)1001 - A 124,2 1,28 0,98 0,156 0,16 0,16 77,901001 - B 123,9 1,35 0,97 0,162 0,16 0,16 81,121002 - A 123,5 1,42 0,97 0,170 0,17 0,18 85,051002 - B 123,3 1,31 0,98 0,158 0,16 0,17 79,151023 - A 125,6 1,25 0,98 0,154 0,16 0,17 76,931023 - B 125,1 1,28 0,97 0,155 0,16 0,16 77,661024 - A 125,9 1,31 0,98 0,162 0,16 0,17 80,821024 - B 125,2 1,38 0,97 0,168 0,17 0,18 83,80

Fonte: Do autor.

Pela análise da Tabela, obtém-se que a potência média para os ventiladores de teto éde 80, 30W com um fator de potência de 0,98. A Figura 22 no Capítulo 4 exibe uma fotode uma das medições deste aparelho.

5.4.3 Sistema de Iluminação

Os dados coletados para análise do sistema de iluminação estão apresentados nasTabelas 16, 17 e 18 à seguir. A notação "Lâmp"está sendo usada como abreviação para apalavra lâmpada. Calculou-se Pc pela equação 2.6.

Em cada amostra de luminária foi obtido o valor da potência ativa consumida porlâmpada ligada (P/Lâmp), dada pela razão entre Pc e o número de lâmpadas ligadas.

A tabela 16 apresenta os valores referentes aos locais medidos com luminárias delâmpadas fluorescentes de 40W. A média arimética da potência consumida por lâmpadade cada medição é de 33, 65W , cerca de 84, 12% de sua potência nominal.

Na Tabela 17 encontram-se as grandezas elétricas coletadas dos ambientes com lumi-nárias de lâmpadas fluorescentes de 32W . A média da P/Lâmpada de cada ambienteresultou em um valor médio de 29, 07W por lâmpada, sendo aproximadamente 90, 84%da potência nominal de 32W .

No CTU somente na Secretaria Geral e sala 1021 estão instaladas lâmpadas tubularesde LED de 18W. A coleta de dados foi realizada somente na sala 1021. Os valores obtidossão apresentados na Tabela 18. O consumo médio constatado para as lâmpadas de LEDde 18W foi de 16, 71W , correspondendo à 92, 28% da potência nominal.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 68

Tabela 16 – Dados coletados para luminárias com lâmpada fluorescente de 40W

Ambiente V (V) I (A) FP Pc (kW) Pf (kW) Lâmp. Ligadas P/Lâmp. (W)1011 127,6 6,74 0,97 0,834 0,84 24 34,761012 126,8 6,87 0,98 0,854 0,85 26 32,831013 127,4 6,94 0,98 0,866 0,86 25 34,661014 127,5 6,51 0,98 0,813 0,81 24 33,891015 126,7 12,85 0,98 1,596 1,58 49 32,561017 127,0 7,02 0,99 0,883 0,88 26 33,951018 127,7 8,27 0,97 1,024 1,02 31 33,051019 127,7 7,56 0,98 0,946 0,94 28 33,791020 126,8 8,31 0,98 1,033 1,03 31 33,31

Corredor 128,1 10,46 0,98 1,313 1,21 39 33,67Banheiros 128,0 2,17 0,97 0,269 0,26 8 33,68

Fonte: Do autor.

Tabela 17 – Dados coletados para luminárias com lâmpada fluorescente de 32W

Ambiente V (V) I (A) FP Pc (kW) Pf (kW) Lâmp. Ligadas P/Lâmp (W)LIG 1 126,0 4,09 0,98 0,505 0,51 18 28,06LIG 2 125,2 3,14 0,98 0,385 0,38 13 29,641022 124,9 3,85 0,97 0,466 0,46 16 29,151023 125,1 3,39 0,97 0,411 0,40 14 29,381024 124,5 3,82 0,98 0,466 0,47 16 29,13

Fonte: Do autor.

Tabela 18 – Dados coletados para luminárias com lâmpada LED de 18W da Sala 1021

Ambiente V (V) I (A) FP Pc (kW) Pf (kW) Lâmp. Ligadas P/Lâmp (W)Frente 127,4 1,10 0,96 0,135 0,14 8 16,82Fundo 126,9 1,09 0,96 0,133 0,14 8 16,60

Fonte: Do autor.

A potência média mensurada ficou abaixo do valor nominal esperado. Os fatos quejustificam este valores é a variedade de reatores eletromagnéticos e eletrônicos em umcircuito de iluminação, e bem como em uma mesma luminária. A precisão das medidasdo equipamento utilizado também interferem nos cálculos de potência média realizados.

Para fim de análise do consumo de energia foi considerado o valor obtido experimen-talmente para o sistema de iluminação. Dessa forma, para os ambientes que não tiveramsuas potências inferidas por medição, adotou-se o valor médio de consumo de acordo coma potência nominal da lâmpada instalada na luminária. A tabela 19 exibe este resultado.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 69

Tabela 19 – Potência média de consumo experimental para cada luminária do CTU

Luminária Pnominal Pexperimental Pmédia (W)4x40W 160W + Preator 4x33,65W 134,602x40W 80W + Preator 2x33,65W 67,302x32W 64W + Preator 2x29,07W 58,142x18W 36W 2x16,71W 33,42

Fonte: Do autor.

As lâmpadas dos postes de iluminação externa não tiveram seus dados coletados. Dessaforma, utiliza-se da potência nominal para cada lâmpada. De acordo com os eletricistasda universidade, 12 postes de iluminação externa estão ligados ao padrão de entrada noCTU. Como cada um possui duas lâmpadas de 160W, a potência total deste sistema é de3840W.

5.4.4 Outros

O bebedouro do pavimento 1 do centro foi medido por aproximadamente 1h. Duranteeste período, esse equipamento não apresentou uma variação de corrente e tensão. Atensão verificada foi de 125,6V e a corrente elétrica de 4,15A, com um fator de potênciade 0,69. Estes valores resultam em uma potência ativa de 360W, aproximadamente 88%de seu valor nominal.

A medição foi realizada durante o período em que há um fluxo grande de pessoas noCTU. Quando o bebedouro não está renovando a água de seu compartimento interno, elenão gasta energia. Contatou-se essa hipótese em uma medição fora do período de fluxode pessoas durante um sábado à tarde, sem atividades no Centro.

Dessa forma, para o período ativo é considerado que os bebedouros gastam ao longodo tempo 88% de sua potência nominal. Os bebedouro do primeiro possui mesma ca-pacidade dos dois bebedouros do segundo pavimento. A potência considerada para cadaum deles é 360W, pois é 88% de 410W(capacidade nominal). O bebedouro instalado noterceiro pavimento tem potência nominal de 216W. Conforme a consideração anterior,sua potência de consumo de energia adotada é 190W.

Os demais equipamentos dessa categoria tiveram suas potências médias de consumosobtidas conforme medições do trabalho de Babugia (2017). A Tabela 20 exibe as potênciasconsideradas dos principais equipamentos.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 70

Tabela 20 – Potência média para os equipamentos da categoria de consumo Outros doCTU.

Item Potência (W)Bebedor Pav. 1 360,0Bebedor Pav. 2 720,0Bebedor Pav. 3 190,0Geladeira Pav. 1 141,9Geladeira Pav. 2 70,0Geladeira Pav. 3 37,5Suítes Internet 247,8

Fonte: Do autor.

Durante o período ativo considerado para o Centro essa categoria representa umapotência ativa de 1767, 2W . No período sem atividades, adota-se, conforme medições,que somente os bebedouros param de consumir energia, e a parcela de potência para estacategoria é de 497, 2W . De acordo com funcionários do Centro os aparelhos de micro-ondas e televisores costumam ser desconectados das tomadas quando não estão em uso,não refletindo de forma direta nas potências desta categoria.

5.5 Demanda Medida

Após extração dos dados do Fluke 434, plotou-se um gráfico da demanda medida parao CTU entre às 10h20 do dia 21 de novembro de 2017(terça-feira) até às 15h20 do dia24 de novembro de 2017(sexta-feira). A Figura 35 exibe a curva de potência ativa emquilo-watts ao longo deste período.

Figura 35 – Curva de carga medida para o CTU.Fonte: Do autor.

Os períodos de maior demanda são entre às 14h30 e 17h30, enquanto que a menordemanda ocorre entre 7h30 e 8h00. Observa-se na Figura 35 que no período da madrugada

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 71

entre 0h00 e 7h00 a potência permanece em um valor constante, devido ao exclusivoconsumo das cargas de iluminação dos corredores e dos postes externos.

Entre a madrugada de quarta-feira para quinta-feira nota-se uma queda na demandaaproximadamente às 2h00. Essa mudança no consumo pode ser justificava pelo desli-gamento de alguma das iluminações de corredores. Em geral, alguns dos seguranças daUniversidade utilizam desta prática.

Os menores valores de demanda ocorrem no início da manhã (7h30). Este é um horárioem que os usuários começam a utilizar o CTU e desligam os sistemas de iluminação. Foiinformado pelo setor de engenharia e manutenção elétrica da Universidade que o sistemade iluminação externa é desligado pelos seguranças do campus.

As temperaturas máximas e mínimas para os dias medidos são apresentadas na Tabela21 abaixo.

Tabela 21 – Potência média de consumo experimental para cada luminária do CTU

Data Dia TmaxoC Tmin

oC21/11/17 Terça-feira 30,6 19,222/11/17 Quarta-feira 28,2 18,323/11/17 Quinta-feira 27,4 17,524/11/17 Sexta-feira 31,0 17,5

Fonte: Adaptado de<http://www.iapar.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2352>. Acesso em:

27 de novembro de 2017.

O menor e o maior valor de potência ativa registrado foi de 6, 34kW e 59, 95kW ,respectivamente, às 7h30 e 16h00, ambos na quarta-feira.

O analisador trifásico também registrou os valores para o fator de potência ao longodo período. O resultado obtido é exibido em conjunto à demanda dos 3 dias na Figura36. Pode-se observar no gráfico que o FP atinge um valor de 0,89 entre os horáriosregistrados de menor demanda, enquanto que durante todo o período ativo do Centroapresenta valores acima de 0,92.

Para visualização de uma curva de carga média, ao longo dos dias registrados, calculou-se as médias de potências nos horários correspondentes para cada dia. A partir do re-sultado obtido tomou-se o valor médio de potência a cada 30 minutos. O resultado finalobtido desta análise é apresentado na curva de carga da Figura 37.

A curva de demanda média da Figura 37 está amostrada a cada 30 minutos. Devidoà isso, a curva apresenta uma forma mais linearizada.

Os valores médios calculados resultaram em uma demanda máxima de 53, 08kW às16h00 e mínima de 7, 76kW às 7h30. Com base na visualização da curva de demanda aolongo dos dias, é que foi definido que o dia que mais se enquadra ao padrão médio é aquarta-feira.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 72

Figura 36 – Curva de carga e fator de potência medido para o CTU.Fonte: Do autor.

Figura 37 – Curva de carga média medida para um dia de utilização do CTU.Fonte: Do autor.

5.6 Demanda Calculada

A partir da definição das potências de consumo para cada sistema, atribuiu-se umacarga à cada ambiente, conforme potências nominais, quantidade de equipamentos des-critas no Apêndice B e C, além das medições médias de potência. Na Tabela 22 pode-sevisualizar a carga definida para os ambientes de sala de aula.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 73

Tabela 22 – Carga de consumo para o grupo salas de aula.

Ambiente Iluminação (W) Notebook (W) Projetor (W) Ventilador (W)1006 2153,60 80 232,20 228,861008 1076,80 80 232,20 228,861009 1076,80 80 232,20 228,861011 834,22 80 232,75 227,591012 853,69 80 231,26 111,591013 866,47 80 233,87 229,991014 813,42 80 229,49 226,981015 1595,53 80 233,79 232,901017 882,62 80 230,54 240,791018 1024,40 80 192,17 228,211019 946,10 80 233,12 223,561020 1032,63 80 233,60 224,821021 267,32 240 232,20 321,201022 466,44 80 232,20 321,201023 411,37 80 232,20 309,181024 466,08 80 232,20 329,221025 697,68 80 232,20 321,201026 697,68 80 232,20 321,201027 697,68 80 232,20 321,20

Fonte: Do autor.

As potências definidas para os ambientes classificados em setor administrativo sãoapresentadas na Tabela 23.

Tabela 23 – Carga de consumo para o grupo setor administrativo.

Ambiente Ilum. (W) Computador (W) Ventilador (W) Ar-Condic. (W)Sec. Geral 133,68 372 240,9 2320Sec. Arquitetura 232,56 186 160,6 0Sec. Civil 232,56 186 160,6 1243Sec. Elétrica 232,56 186 160,6 0Sec. Pós 348,84 186 160,6 0Sec. Estruturas 232,56 186 160,6 1225Sec. Colegiados 174,42 93 240,9 864LAU 523,626 186 321,2 2576NEPEA 930,24 472 0 4055Reuniões 1 465,12 0 0 1500Reuniões 2 232,56 0 0 1225

Fonte: Do autor.

Abaixo, na Tabela 24, pode-se observar a carga determinada para o grupo laboratórios.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 74

Tabela 24 – Carga de consumo para o grupo laboratórios.

Ambiente Iluminação (W) Computador (W) Ventilador (W) Ar-Cond. (W)1001 1076,80 744,00 321,2 0,001002 1076,80 0,00 321,20 0,001003 1009,50 0,00 321,20 0,001004 1076,80 708,00 160,60 0,001005 1076,80 558,00 160,60 0,00LIG 1 505,03 2662,51 0 5660,00LIG 2 385,26 2634,94 0 5660,00Técnicos LIG 174,42 279,00 80,30 2830Técnicos ELE 134,60 20,00 114,43 0,00LACO 232,56 0,00 160,60 0,00

Fonte: Do autor.

Na Tabela 25 são apresentadas as cargas de iluminação para as áreas de uso comum.

Tabela 25 – Carga de consumo para o grupo uso comum.

Ambiente Iluminação (W)Circulação Pav. 1 - N 1480,60Circulação Pav. 1 - S 1162,80Circulação Pav. 1 - C 406,98Circulação Pav. 2 - N 1211,40Circulação Pav. 2 - S 988,38Circulação Pav. 2 - C 471,10Circulação Pav. 3 - N 988,38Circulação Pav. 3 - S 1162,80Circulação Pav. 3 - C 538,40Banheiro Pav. 1 403,80Banheiro Pav. 2 403,80Banheiro Pav. 3 403,80Copa Pav. 1 134,60Copa Pav. 3 269,20Circulação Externa 3840,00

Fonte: Do autor.

Na sala de permanência dos docentes do CTU estão instalados 15 aparelhos de ar-condicionado. Adotando como base o BTU/h dos aparelhos, de acordo a Tabela 29 doApêndice A, a potência destes equipamentos somadas resultam no valor de 15405W .Como 15 salas representam 44% do total, analisando para o uso máximo simultâneo destelocal definido como 17 ambientes, considera-se que no uso pleno 22% da potência dosaparelhos de ar-condicionados seriam utilizadas, o que resulta em uma potência final de3389, 1W .

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 75

As salas multimeios que possuem mais aulas dos cursos de pós-graduação são as salas7 e 11. Dessa forma, assim como para o grupo docentes, é considerado como carga dear-condicionado o valor da potência de consumo indicados na Tabela 29 do Apêndice A.O aparelho de condicionamento da sala multimeios 7 é do tipo split inverter, que não estátabelado, sendo assim é adotado a potência dada pelo fabricante contida na Tabela 39 doApêndice D. Sendo assim a potência do ar-condicionado para as salas multimeios 7 e 11são respectivamente 1393W e 1830W .

Com base nas considerações acima e o padrão de uso do dia em análise, a Tabela 26apresenta as carga para as salas de docentes e salas multimeios.

Tabela 26 – Carga de consumo para o grupo sala de docentes e multimeios.

Ambiente Iluminação (W) Ap. de Escritórios (W) Ventilador (W) Ar-Cond. (W)Docentes 1976,76 1289,20 2730,20 3389,00Multimeios 1046,52 358,20 0,00 3223,00

Fonte: Do autor.

Estabelecidas as potências para as cargas nos ambientes, analisou-se o acionamentode cada sistema, bem como, as porcentagens de utilização de potência em cada local aolongo de um dia útil da semana. Nos Apêndices E, F e G encontram-se a validação deacionamento de hora em hora para o sistema de iluminação, aparelhos de escritórios eclimatização, respectivamente, para cada ambiente do CTU. Os índices utilizados estãodescritos na seção 5.2.7 deste capítulo.

Em cada amostra de tempo analisada, somou-se todos os valores de potência ativa. ATabela 27 exibe os valores finais em kW segregados por sistemas.

A partir da potência total para cada horário, plotou-se um gráfico da curva de cargado CTU para o dia analisado. A Figura 38 exibe este resultado.

Figura 38 – Curva de carga calculada para um dia de utilização do CTU.Fonte: Do autor.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 76

Tabela 27 – Potência ativa calculada em cada amostra de horário analisada

Hora Ilum. (kW) Ap. de Escrit. (kW) Climat. (kW) Outros (kW) Total (kW)0h-7h 9,56 1,00 0,00 0,50 11,057h00 5,72 1,00 0,00 0,50 7,217h30 6,83 1,00 0,00 0,50 8,328h00 7,53 3,58 0,00 1,77 12,888h30 21,66 6,48 0,00 1,77 29,919h00 22,18 6,67 0,00 1,77 30,629h30 22,18 6,67 0,00 1,77 30,6210h00 21,48 7,28 7,67 1,77 38,2010h30 23,07 7,36 8,11 1,77 40,3111h00 20,92 7,28 8,11 1,77 38,0811h30 20,92 7,28 7,99 1,77 37,9612h00 7,87 4,35 11,10 1,77 25,0912h30 4,50 4,03 11,10 1,77 21,4013h00 4,50 4,03 11,10 1,77 21,4013h30 4,50 4,03 11,10 1,77 21,4014h00 25,94 11,14 21,35 1,77 61,5514h30 25,94 11,16 23,26 1,77 64,1615h00 25,94 11,16 23,26 1,77 64,8415h30 25,94 11,16 23,26 1,77 64,8416h00 26,60 10,39 17,51 1,77 58,9816h30 25,55 9,77 17,51 1,77 56,6317h00 22,18 9,53 16,73 1,77 52,2417h30 22,18 9,53 16,73 1,77 52,2418h00 22,97 2,42 3,31 1,77 30,4618h30 17,78 2,11 3,20 1,77 24,8519h00 15,63 2,03 2,97 1,77 22,3919h30 19,51 2,58 1,30 1,77 25,1620h00 18,99 2,36 1,14 1,77 24,2620h30 18,99 2,36 1,14 1,77 24,2621h00 13,86 1,81 1,14 1,77 18,5821h30 13,86 1,81 0,75 1,77 18,1822h00 13,86 1,78 0,75 1,77 18,1522h30 13,86 1,78 0,75 1,77 18,1523h00 9,56 1,00 0,00 1,77 12,3223h30 9,56 1,00 0,00 0,50 11,05

Fonte: Do autor.

O período de menor demanda calculada é entre 7h00 e 8h00 com um valor inferior a8, 5kW , enquanto que o período calculado como a maior demanda é entre 14h30 e 15h30com um total de 64, 86kW .

Com base na Tabela 27 pode-se inferir um uso final por sistema consumidor no CTU.A energia elétrica total calculada como consumida ao longo de um dia foi de 620,70kWh.Desse valor 358,2kWh (57,7%) representam o consumo de iluminação, 97,91kW (15,7%)

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 77

são aparelhos de escritório, 134,98kWh (21,7%) são gastos pelo sistema de climatizaçãoe 31,62kW (5,1%) representam o consumo da categoria outros. A Figura 39 ilustra esseresultado.

Figura 39 – Uso final por sistema consumidor para um dia típico de uso.Fonte: Do autor.

Para comparação da curva calculada com a curva média registrada plotou-se os gráficosda Figura 37 e 38 em conjunto com a curva média medida para o dia de quarta-feira. Oresultado é apresentado no gráfico da Figura 40.

Figura 40 – Curva de demanda calculada, demanda medida para quarta-feira e média dasmedições.

Fonte: Do autor.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 78

Observa-se na Figura 40 que no período da tarde há uma diferença aproximada de10kW entre os valores calculados e a curva média. Porém, comparando a curva calculadacom a demanda medida para o dia de quarta-feira, essas diferenças tornam-se menores.O padrão de utilização adotado como base foi em relação à uma quarta-feira típica deuso. Analisando o período entre 18h00 e 7h00, observa-se que os valores medidos ficaramacima do esperado. Este período é o horário em que os postes de iluminação externasestão acionados, dessa forma, devem existir mais postes de iluminação externa que estãoalimentados na padrão de entrada do CTU e contribuem para essas diferenças entre ovalor medido e calculado.

Na Figura 40 há uma diferença entre a curva calculada e a curva medida no período datarde (das 14h00 e 14h30). Na curva calculada aferiou-se que as cargas são acionadas deforma conjuta no período de tarde, o que resultou em uma inclinação abrupta da curva.No entanto, no dia de medição estes acionamentos foram progressivos. Neste horário deanálise os usuários estão retornando de suas atividades após o período de almoço e emalguns casos, os acionamentos dos sistemas de iluminação e climatização não ocorrem deforma simultânea. Apesar deste fato, espera-se que em uma utilização padrão o ínicio dasatividades corresponda às 14h00 para o período da tarde.

Expandindo o resultado da curva de carga calculada para os demais dias da semana, asalterações na utilização ocorrem nas salas de aula e nos laboratórios. O resultado obtidoé apresentado na Figura 41. A escala de tempo vai da 0h00 do domingo até 23h30 dosábado.

Figura 41 – Curva de carga calculada para uma semana de uso no CTU.Fonte: Do autor.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 79

Na Figura 42 é exibida a curva de carga para uma semana típica do CTU com acontribuição final de cada sistema consumidor. Pode-se observar que a maior demandade segunda a sexta-feira ocorre entre 14h00 e 16h00, que é explicada pelo acionamentodos sistemas de ar condicionado.

Figura 42 – Curva de carga calculada para uma semana de uso no CTU.Fonte: Do autor.

O sistema de ar condicionado é responsável pelo aumento da demanda no período dasexta-feira a noite e aos sábados de manhã e à tarde. Este fato ocorre devido a utilizaçãodas salas multimeios para aulas dos cursos de pós-graduação ministrados no CTU. O pesodeste mesmo sistema entre os horários de almoço de segunda à sexta-feira correspondeaos Laboratórios de Informática Gerais que ficam disponíveis para utilização dos alunosneste período.

Nota-se na Figura 42 que nos períodos da madrugada, bem como aos domingos há umconsumo do sistema aparelhos de escritório. Esta demanda é dada pelos estabilizadoresdos LIGs que permanecem em funcionamento, mesmo com todos computadores desligados.

Com base no padrão de utilização do CTU adotado, ao longo de uma semana são gastos3524,86kWh. Desse valor, 2053,13kWh (58,5%) corresponde à iluminação, 537,24kWh(15,3%) à aparelhos de escritório e 725,20kWh (20,7%) com o sistema de climatização.Os 194,62kwh (5,5%) restantes são consumidos por outros equipamentos. A Figura 43exibe este resultado. A comparação da Figura 39 e 43 mostra que o resultado obtido paraum dia, esteve próximo do considerado ao longo de uma semana.

Segregando o sistema de climatização em aparelhos de ar condicionado e ventiladorestem-se que ao longo de uma semana são consumidos por aparelhos de ar condicionado573,8kWh (16,3%) e 151,4kWh (4,3%) por ventiladores. A Figura 44 exibe esta divisão.

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 80

Figura 43 – Uso final por sistema consumidor para uma semana de uso.Fonte: Do autor.

Figura 44 – Uso final por sistema consumidor para uma semana de uso com o sistema declimatização segregado.

Fonte: Do autor.

Com base na Figura 44, que exibe a porcentagem de consumo de cada sistema noCTU ao longo de uma semana, constata-se que o uso final de energia elétrica calculadopara o sistema de aparelhos de escritório (15,3%) converge com o padrão indicado peloPROCEL, que é de 15% para esta categoria. Já com relação ao sistema de ar condicionadoe iluminação há uma inversão pesos. No CTU 16,9% da energia consumida é devido aouso de aparelhos de ar condicionado e 58,5% pelo sistema de iluminação. Os aparelhosde ar condicionado estão instalados em poucos ambientes do centro, e em geral entramem funcionamento somente no período da tarde, enquanto que a iluminação artificial éutilizada em todos os ambientes do CTU mesmo durante o dia.

O campus da Universidade Estadual de Londrina é alimentado por uma tensão de13, 2kV , sendo enquadrado em unidade consumidora grupo A4 e sua estrutura de tarifaé a horo-sazonal verde. Como não há uma fatura de energia exclusiva para o CTU, não

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Capítulo 5. Resultados Obtidos 81

se pode inferir qual é o valor de demanda contratada, bem como uma possível demandade ultrapassagem deste local. No entanto, ela pode ser calculada com base no pior casode uso em relação a demanda. De acordo, com o padrão adotado de análise o pior casoconstatado foi de 64,86kW.

Pela equação 2.12 do capítulo 2, pode-se calcular o gasto de energia consumida noCentro ao longo da semana, e com a equação 2.10 calcula-se a parcela de demanda.

Os preços da tarifa de consumo, já inclusos PIS/CONFINS, no horário de ponta e forade ponta são R$1,270413 e R$ 0,301337 por kWh, respectivamente, enquanto que a tarifade demanda é precificada em R$15,340741. No horário de ponta o CTU consome umtotal de 353,86kWh enquanto que o gasto fora de ponta é de 3171,00kWh. Uma semanatípica de utilização representa uma parcela de gasto de consumo equivalente à R$1.405,09.Analisando para um mês, o gasto com consumo de energia elétrica seria de R$5.620,35Aparcela de demanda corresponde à R$ 995,00, resultando em um possível valor tarifadode R$6.615,35 em um mês.

Analisou-se uma hipótese de substituição em todos os ambientes considerados nessaanálise das lâmpadas fluorescentes tubulares de 40W e 32W, por lâmpadas tubularesde LED de 18W para fim de economia de gasto com energia elétrica. Calculando acurva de carga do CTU com essa troca, reduziu-se o pico de demanda de 64,86kWhpara 53,08kWh, além de uma diminuição no consumo de energia elétrica semanal para2806,54kWh. Uma possível fatura seria R$5.213,68, representando uma economia deR$1,401,67, e uma redução no consumo de energia de 20,38%. O investimento para essatroca seria de R$45.208,801.

Caso os estabilizadores do LIG fossem desligados e retirados das tomadas do períodoentre 23h00 até 8h00 do outro dia e nos finais de semana, ao final do mês seriam econo-mizados 373,86kWh, equivalente à R$112,65. A troca das lâmpadas, somadas a ação emrelação aos laboratórios de informática, podem gerar uma economia mensal de R$1.514,32.O tempo de payback do investimento com as lâmpadas seria de quase 30 meses, se fosselevado em conta a atitudes quanto os estabilizadores dos laboratórios.

1 Neste cálculo foi considerado uma lâmpada tubular de 18W com fluxo luminoso de 2070 lúmens, aum valor de mercado de R$29,90.

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6 Discussões e Conclusões

As medições do sistema de iluminação apresentaram resultados de potência abaixo dovalor esperado com base nas potências nominais das lâmpadas. Alguns fatores explicameste resultado. O aparelho utilizado para as medidas desse sistema (Fluke 43B) possuiincertezas em seus valores, além de uma baixa resolução, pois os dados que ele indica sóapresentam o máximo de duas casas decimais. Caso a potência média de consumo paraas lâmpadas LED de 18W fosse calculada dentro da margem de incerteza das medidasdo equipamento, o valor da potência ativa deste equipamento estaria equivalente ao valornominal.

Os reatores da Universidade disponíveis para instalação e manutenção possuem po-tência de saída de 75W . Sendo assim, o consumo pelo conjunto lâmpada e reator torna-selimitado em capacidade. Além disso, em muitos lugares do CTU o sistema de ilumina-ção ainda possui reatores eletromagnéticos. Um estudo do INMETRO comprovou quereatores eletromagnéticos podem não fornecer a potência suficiente de trabalho para aslâmpadas, que além de afetar seu fluxo luminoso, também interfere em seu consumo deenergia (INMETRO, 2000). Como em um ambiente há a existência deste dois tipos de dis-positivos, esse fato, somados à limitações do eletrônico e magnético resultou nas potênciasmédias inferiores às nominais.

A concessionária de energia COPEL é responsável pela manutenção elétrica em al-guns prédios públicos de Londrina. Em relação as medições de potência das lâmpadasde 40W darem valores menores do valor nominal, foi consultado um funcionário do setorde manutenção da COPEL que informou existirem muitas lâmpadas de 40W em edifica-ções públicas em funcionamento com reatores que são indicados para lâmpadas de 32W ,afetando assim o desempenho luminoso do sistema.

Com os dados da Tabela 12 foi possível constatar que 1h00 de medição para computa-dores e notebooks é uma amostra de tempo adequada para registro da potência média queestes equipamentos desenvolvem durante seu funcionamento, visto que após este períodoa potência média resultante sofre pouca variação. Além disso, o computador 3 apresen-tou uma potência média inferior aos outros, sendo de 37, 72W , comparados à 122, 54W e82, 88W . As diferenças dos números são explicadas pelas tecnologias diferentes em cadamáquina, o que acarreta de forma direta no consumo de energia. Os discos de memórias dearmazenamento SSD, além de possuir uma velocidade de processamento e gravação supe-rior, conforme indicados por Machado et al. (2015), também são sistemas mais eficientesno âmbito energético.

Neste Centro, o padrão de utilização sofre grande variedade ao longo dos dias. Para odesenvolvimento do trabalho, adotou-se padrões médios de utilização dos equipamentosque foram constatados por meio de visitas ao local. Nos dias em que as medições foram

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Capítulo 6. Discussões e Conclusões 83

realizadas possivelmente não havia uma ocupação elevada por parte de estudantes, oque acarretou em uma diferença dos valores medidos e calculados. Este fato ocorre pelaprópria agenda de aulas, que varia ao longo dos dias. Além de aulas, os locais do Centrocomportam projetos de extensão,

Além disso, há erros embutidos no cálculo do sistema de climatização. Considerou-se um horário fixo de acionamento destes equipamentos, assim como uma carga médiademandada pelos aparelhos de ar condicionado, que é influênciada por fatores internose externos. O consumo destes aparelhos pode variar de acordo com número de pessoasno ambiente e com o número de equipamentos ligados, que acarretou nas diferenças doconsumo ao longo de um dia. Na existência de uma conta de energia elétrica para oCentro de Tecnologia e Urbanismo, a calibração da curva poderia ser ajustada de formamais eficiente.

6.1 Conclusões Gerais

A metodologia adotada neste trabalho mostrou-se eficaz para o desenvolvimento doformato da curva de carga da edificação que se mostrou semelhante ao padrão encontradopara a Universidade Federal de Santa Catarina. Este método utilizado para avaliar oconsumo final de energia elétrica pode ser expandido para outros edifícios da Universidade,que assim como o Centro de Tecnologia e Urbanismo, não possuem uma conta de energiaprópria, afim de caracterizar o consumo final de cada edificação do câmpus.

Por fim, os valores obtidos de consumo de 58,5% para o sistema de iluminação, 16,3%para aparelhos de ar condicionado, 4,3% para ventiladores e 15,3% de gasto de energiacom aparelhos de escritório, além de 5,5% consumidos por geladeiras, suítes de internet ebebedouros, mostram-se convergentes com o padrão de utilização do Centro, visto que quea principal atividade do Centro é ministrar aulas de graduação, e na maioria dos ambientesem que ocorrem essas atividades não estão instalados aparelhos de condicionamento dear. Dessa forma, prevalece que o sistema que mais consome energia do Centro é o deiluminação. Com isso, esse sistema mostro-se como uma oportunidade de economia noconsumo de energia elétrica.

Na Universidade Estadual de Londrina já está ocorrendo a substituição do sistema deiluminação por lâmpadas de LED tubulares. Caso todo o CTU participe deste processo,a substituição de 1512 lâmpadas fluorescentes consideradas em uso neste trabalho, mais aatitude de desligar os estabilizadores de energia dos laboratórios de informática durantea madrugada, e nos finais de semana, geraria uma economia mensal de R$1.514,32. Otempo de payback de 2,5 anos, torna-se baixo, quando embasada no conceito de eficiênciaenergética.

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Capítulo 6. Discussões e Conclusões 84

6.2 Trabalhos Futuros

Ao final do desenvolvimento deste trabalho, surgem sugestões para estudos futurosque estão indicadas abaixo.

• Analisar um diagnóstico energético de uso final em um período de inverno, assimcomo medir a demanda do CTU neste período;

• Analisar por meio de medições com aparelhos de melhor resolução e calibração qualo real consumo do conjunto reator e lâmpada;

• Analisar um mesmo aparelho de ar condicionado adotando como critérios diferentesépocas do ano, ocupações, e aparelhos de escritório ligados, afim de realizar umaestimativa de consumo mais precisa destes equipamentos;

• Analisar de forma isolada o sistema de iluminação externa e as possíveis perdas deenergia neste conjunto;

• Utilizar a metodologia deste trabalho em um edifício comercial e validar os dadosatravés das contas de energia elétrica.

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7 APÊNDICES

APÊNDICE A

Potência média de consumo para equipamentos elétricos e aparelhos de ar-condicionado.

Tabela 28 – Potência média de alguns equipamentos elétricos.

Equipamento Elétrico Potência Média (W)Computador 63Geladeira 1p 35Geladeira 2p 70Geladeira Frost Free 1p 55Geladeira Frost Free 2p 79Impressora 15Microondas 1398Modem 12Monitor CRT (tubo) 55Monitor LCD 30Notebook 20Projetor 239Roteador 10TV Portátil 47Ventilador de teto 73

Fonte: Adaptado de PROCEL (2006) e CEMIG (2017).

Tabela 29 – Potência média de aparelhos de ar-condicionado

Modelo BTU/h Potência média (W)Janela Menor que 9.000 535Janela Entre 9.001 e 14.000 760Janela Maior que 14.000 1560Split Menor que 10.000 595Split Entre 10.001 e 15.000 800Split Entre 15.001 e 20.000 1225Split Entre 20.001 e 30.000 1830Split Maior que 30.000 2830

Fonte: Adaptado de PROCEL (2006) e CEMIG (2017).

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Capítulo 7. APÊNDICES 90

APÊNDICE B

Carga de iluminação instalada nos grupos de ambientes: salas de aula, setoradministrativo, laboratórios, uso comum, salas de docentes e salas multimeios.

Tabela 30 – Carga de iluminação para o grupo Salas de Aula.

Ambiente No Lâmpadas Potência/Lâmpada (W) Carga total (W)1006 64 40 2560 + Preator

1008 32 40 1280 + Preator

1009 32 40 1280 + Preator

1011 32 40 1280 + Preator

1012 32 40 1280 + Preator

1013 32 40 1280 + Preator

1014 32 40 1280 + Preator

1015 64 40 2560 + Preator

1017 32 40 1280 + Preator

1018 32 40 1280 + Preator

1019 32 40 1280 + Preator

1020 32 40 1280 + Preator

1021 32 18 576 + Preator

1022 16 32 512 + Preator

1023 16 32 512 + Preator

1024 16 32 512 + Preator

1025 24 32 768 + Preator

1026 24 32 768 + Preator

1027 24 32 768 + Preator

Fonte: Do autor.

Tabela 31 – Carga de iluminação para o grupo Setor Administrativo

Ambiente No Lâmpadas Potência/Lâmpada (W) Carga Total (W)Sec. Geral 14 18 252 + Preator

Sec. Arquitetura 8 32 256 + Preator

Sec. Civil 8 32 256 + Preator

Sec. Elétrica 8 32 256 + Preator

Sec. Pós 12 32 384 + Preator

Sec. Estruturas 8 32 256 + Preator

Sec. Colegiados 6 32 192 + Preator

LAU 18 32 576 + Preator

NEPEA 32 32 1024 + Preator

Reuiões 1 16 32 512 + Preator

Reuiões 2 8 32 256 + Preator

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 91

Tabela 32 – Carga de iluminação para o grupo Laboratórios

Ambiente No Lâmpadas Potência/Lâmpada (W) Carga total (W)1001 32 40 1280 + Preator

1002 32 40 1280 + Preator

1003 30 40 1200 + Preator

1004 32 40 1280 + Preator

1005 32 40 1280 + Preator

LIG 1 18 32 576 + Preator

LIG 2 18 32 576 + Preator

Técnicos LIG 6 32 192 + Preator

Técnicos ELE 4 40 160 + Preator

LACO 8 32 256 + Preator

Fonte: Do autor.

Tabela 33 – Carga de iluminação para o grupo Uso Comum

Ambiente No Lâmpadas Potência/Lâmpada (W) Carga total (W)Circ. Pav. 1 - N 44 40 1760 + Preator

Circ. Pav. 1 - S 40 32 1280 + Preator

Circ. Pav. 1 - C 14 32 448 + Preator

Circ. Pav. 2 - N 36 40 1440 + Preator

Circ. Pav. 2 - S 34 32 1088 + Preator

Circ. Pav. 2 - C 14 40 560 + Preator

Circ. Pav. 3 - N 34 32 1088 + Preator

Circ. Pav. 3 - S 40 32 1280 + Preator

Circ. Pav. 3 - C 16 40 640 + Preator

Banheiro Pav. 1 12 40 480 + Preator

Banheiro Pav. 2 12 40 480 + Preator

Banheiro Pav. 3 12 40 480 + Preator

Copa Pav. 1 4 40 160 + Preator

Copa Pav. 3 8 40 320 + Preator

Circ. Externa 24 160 3840Fonte: Do autor.

Na Tabela 33 a circulação de cada pavimento é demonstrada como circ. pav. comos índices de 1 à 3. As letras N, C e S indicam a orientação da circulação, sendo,respectivamente, norte, central e sul, com base na orientação da planta baixa do centroque está no Anexo A.

Tabela 34 – Carga de iluminação para o grupo Sala de docentes

Docentes No de salas Lâmpadas/Sala Potência/Lâmpada Carga total (W)Arquitetura 10 8 32 2560 + Preator

Eng. Civil 9 8 32 2304 + Preator

Eng. Elétrica 9 8 32 2304 + Preator

Estruturas 6 8 32 1536 + Preator

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 92

Tabela 35 – Carga de iluminação para as salas multimeios

Ambiente No Lâmpadas Potência/Lâmpada (W) Carga total (W)MM1 18 32 576 + Preator

MM2 18 32 576 + Preator

MM3 18 32 576 + Preator

MM4 18 32 576 + Preator

MM5 18 32 576 + Preator

MM6 18 32 576 + Preator

MM7 18 32 576 + Preator

MM8 18 32 576 + Preator

MM9 18 32 576 + Preator

MM10 18 32 576 + Preator

MM11 18 32 576 + Preator

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 93

APÊNDICE C

Tabela 36 – Quantidade de aparelhos de escritórios e ventiladores para o grupo salas deaula.

Ambiente Projetor Notebook Ventilador Tipo Ventilador1006 1 4 2 Parede1008 1 4 2 Parede1009 1 4 2 Parede1011 1 4 2 Parede1012 1 4 1 Parede1013 1 4 2 Parede1014 1 4 2 Parede1015 1 4 2 Parede1017 1 4 2 Parede1018 1 4 2 Parede1019 1 4 2 Parede1020 1 4 2 Parede1021 0 12 4 Teto1022 1 4 4 Teto1023 1 4 4 Teto1024 1 4 4 Teto1025 1 4 4 Teto1026 1 4 4 Teto1027 1 4 4 Teto

Fonte: Do autor.

Tabela 37 – Quantidade de aparelhos de escritórios e ventiladores para o grupo setoradministrativo.

Ambiente Computador Notebook Ventilador Tipo VentiladorSec. Geral 4 0 3 TetoSec. Arquitetura 2 0 2 TetoSec. Civil 2 0 2 TetoSec. Elétrica 2 0 2 TetoSec. Pós 2 0 2 TetoSec. Estruturas 2 0 2 TetoSec. Colegiados 1 0 3 TetoLAU 2 0 4 TetoNEPEA 4 5 0 TetoReuiões 1 0 0 0 TetoReuiões 2 0 0 0 Teto

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 94

Tabela 38 – Quantidade de aparelhos de escritórios e ventiladores para o grupo laborató-rios.

Ambiente Computador Notebook Ventiador Tipo Ventilador1001 8 0 4 Teto1002 0 0 4 Teto1003 0 0 4 Teto1004 6 0 2 Teto1005 6 0 2 TetoLIG 1 14 0 0 TetoLIG 2 14 0 0 TetoTécnicos LIG 3 0 1 TetoTécnicos ELE 0 1 1 ParedeLACO 0 2 2 Teto

Fonte: Do autor.

O grupo docentes não foi listado na quanttidade total dos aparelhos de cada sala, po-rém está quantificado o valor máximo da média de uso, sendo este de 17 salas contribuindocom 14 computadores, 4 notebooks e 34 ventiladores de teto no total.

Nas salas multimeios estão instaladas um projetor e uma CPU por ambiente e nãopossuem tomadas ao redor da paredes para utilização de outros equipamentos. O grupouso comum não possui aparelhos de escritórios listados.

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Capítulo 7. APÊNDICES 95

APÊNDICE D

Tabela 39 – Carga de ar-condicionados instalados no CTU

No Ambiente Marca Tipo Modelo BTU P (W) Total01 1009 Midea J ZCB305BB/RB 30000 3150 202 Bibli. LAU Midea S 42MDOA24M5 24000 2576 203 ARQ - Sala 1 Consul J Air Master 15000 1850 104 ARQ - Sala 7 LG S TSNC122LBA2 12000 760 105 ARQ - Sala 9 Consul S CBZ09BBBNA 9000 821 106 CIV - Sala 1 Gree S GWH12MB-D1NNA3C 12000 1185 107 CIV - Sala 2 Gree S GWH12MB-D1NNA3C 12000 1185 108 CIV - Sala 4 Gree S GWH12MB-D1NNA3C 12000 1185 109 CIV - Sala 7 Electrolux J EM10F 10000 800 110 ELE - Sala 1 Midea S 42MDQA12M5 12000 1243 111 ELE - Sala 8 Springer J QCA075BB 7500 670 112 TRU - Sala 1 Midea S 38MTQB18M5 18000 1954 113 TRU - Sala 2 Carrier S 42LVQC22C5 22000 1954 114 TRU - Sala 3 Midea S 38MTQB18M5 18000 1954 115 TRU - Sala 4 Midea S 38MTQB18M5 18000 1954 116 TRU - Sala 5 Midea S 38MTQB18M5 18000 1954 117 TRU - Sala 6 Midea S 38MTQB18M5 18000 1954 118 LIG 1 Komeco S KOP36QC R22 36000 3950 219 LIG 2 Komeco S KOP36QC R22 36000 3950 220 MM02 York S YJJA18FS-ADA 18000 1300 221 MM03 Springer J Silentia 21000 2260 222 MM04 LG S.I. USNW242CSG3 22000 1393 123 MM05 York S YJJA18FS-ADA 18000 1300 124 MM06 Komeco S KOP36FC G2 33000 3740 125 MM07 LG S.I. USNW242CSG3 22000 1393 126 MM08 Midea S 4MLQB30M5 30000 3318 127 MM09 Midea S 4MLQB30M5 30000 3318 128 MM10 Komeco S KOP36FC G2 33000 3740 129 MM11 Midea S 4MLQB30M5 30000 3318 130 NEPEA - 1 Midea S 38KQG18M5 18000 1649 131 NEPEA - 2 Rheem S RB1PT36HP2BV2C 36000 4000 132 Reuniões 1 Consul S CBY18ABBNA 19000 1500 133 Reuniões 2 Consul S CBY18ABBNA 12000 1225 134 Sl. Telecon. Komeco S KOP36FC G2 33000 3740 135 Sec. Civil Midea S 42MDQA12M5 12000 1243 236 Sec. Colegiados Midea S 42MDDQA09M5 9000 864 137 Sec. Geral Fujitsu S AOBR30JFT 27000 2320 138 Sec. TRU Midea S 38MTQB18M5 18000 1954 139 Tec. LIG Gree S 42MDDQA09M7 36000 2830 1

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 96

A letra J indica modelo de janela, a letra S corresponde ao modelo split e S.I. parasplit inverter.

A Tabela 39 indica os aparelhos de ar-condicionados instalados em todo CTU. Osvalores de suas potências ativas foram obtidos por meio de inspeção da plaqueta, além deconsulta ao site da marca do produto.

Os ambientes nomeados como: ARQ - Sala, CIV - Sala, ELE - Sala e TRU - Salacorrespondem às salas dos professores dos cursos de arquitetura, engenharia civil, enge-nharia elétrica e do departamento de estruturas, respectivamente. O índice adicionado acada uma significa o número da sala conforme planta baixa do CTU do Anexo A.

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Capítulo 7. APÊNDICES 97

APÊNDICE E

Tabela 40 – Utilização da carga de iluminação nas salas de aula do pavimento 1.Hora 1006 1008 1009 1021 1022 1023 1024 1025 1026 10270h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 1 0 0 0 18h00 0 0 0 1 0 1 0 0 0 18h30 1 1 0 1 2 1 2 1 0 19h00 1 1 0 1 2 1 2 1 0 19h30 1 1 0 1 2 1 2 1 0 110h00 1 1 0 1 2 0 2 1 0 010h30 1 1 0 1 2 0 2 1 0 011h00 0 1 0 1 2 0 2 1 0 011h30 0 1 0 1 2 0 2 1 0 012h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 012h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 013h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 013h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 014h00 1 1 1 1 0 1 0 2 1 114h30 1 1 1 1 0 1 0 2 1 115h00 1 1 1 1 0 1 0 2 1 115h30 1 1 1 1 0 1 0 2 1 116h00 1 1 1 1 0 1 0 2 1 116h30 1 1 1 1 0 1 0 2 1 117h00 1 0 1 1 0 1 0 2 1 017h30 1 0 1 1 0 1 0 2 1 018h00 1 0 0 1 0 0 0 2 1 018h30 1 0 0 1 0 0 0 2 1 019h00 0 0 0 1 0 0 0 2 1 019h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 020h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 020h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 021h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 021h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 022h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 022h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 98

Tabela 41 – Utilização da carga de iluminação nas salas de aula do pavimento 2.Hora 1011 1012 1013 1014 1015 1017 1018 1019 10200h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 0 08h30 1 2 1 2 0 1 1 1 19h00 1 2 1 2 0 1 1 1 19h30 1 2 1 2 0 1 1 1 110h00 1 2 1 2 0 1 0 1 110h30 1 2 1 2 1 1 0 1 111h00 1 2 1 2 1 1 0 1 111h30 1 2 1 2 1 1 0 1 112h00 0 0 0 0 0 0 0 0 012h30 0 0 0 0 0 0 0 0 013h00 0 0 0 0 0 0 0 0 013h30 0 0 0 0 0 0 0 0 014h00 2 2 1 1 1 0 0 0 014h30 2 2 1 1 1 0 0 0 015h00 2 2 1 1 1 0 0 0 015h30 2 2 1 1 1 0 0 0 016h00 2 2 1 0 1 0 0 1 116h30 2 2 1 0 1 0 0 1 117h00 2 2 1 0 0 0 0 1 117h30 2 2 1 0 0 0 0 1 118h00 2 2 0 0 0 0 0 0 118h30 2 0 0 0 0 0 0 0 119h00 2 0 0 0 0 0 0 0 119h30 0 2 1 2 2 1 1 1 120h00 0 2 1 2 2 1 1 1 120h30 0 2 1 2 2 1 1 1 121h00 0 0 1 2 2 1 0 0 021h30 0 0 1 2 2 1 0 0 022h00 0 0 1 2 2 1 0 0 022h30 0 0 1 2 2 1 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 99

Tabela 42 – Utilização da carga de iluminação no setor administrativo, na sala de docentese multimeios.

Hora S.G. S.A. S.C. S.E. S.P. S.T. S.Cl Lau Nepea Doc. MM0h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 08h30 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 09h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 09h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 010h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 110h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 111h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 111h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 112h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 012h30 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 013h00 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 013h30 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 014h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 114h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 115h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 115h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 116h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 116h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 017h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 017h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 018h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 018h30 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 019h00 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 019h30 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 020h00 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 020h30 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021h00 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021h30 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 022h00 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 022h30 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

Legenda: S.G. - Secretaria Geral; S.A. - Secretaria Departamento de Arquitetura;S.C. - Secretaria Departamento de Engenharia Civil; S.E. - Secretaria Departamento deEngenharia Elétrica; S.P. - Secretaria de Pós-Graduação; S.T. - Secretária Departamentode Estruturas; S.Cl. - Secretaria de Colegiados; Doc. - Docentes; MM - Salas multimeios.

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Capítulo 7. APÊNDICES 100

Tabela 43 – Utilização da carga de iluminação nos laboratórios.Hora 1001 1002 1003 1004 1005 LIG1 LIG2 Tec Lig Tec Ele0h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 1 18h30 1 0 0 0 1 0 0 1 19h00 1 0 0 0 1 0 0 1 19h30 1 0 0 0 1 0 0 1 110h00 1 0 0 0 1 0 1 1 110h30 1 0 0 0 1 0 1 1 111h00 1 0 0 0 1 0 1 1 111h30 1 0 0 0 1 0 1 1 112h00 0 0 0 0 0 1 1 1 012h30 0 0 0 0 0 1 1 1 013h00 0 0 0 0 0 1 1 1 013h30 0 0 0 0 0 1 1 1 014h00 1 1 1 1 1 1 1 1 114h30 1 1 1 1 1 1 1 1 115h00 1 1 1 1 1 1 1 1 115h30 1 1 1 1 1 1 1 1 116h00 1 1 1 1 1 0 1 1 116h30 1 1 1 1 1 0 1 1 117h00 1 1 1 1 1 0 1 1 117h30 1 1 1 1 1 0 1 1 118h00 0 0 0 0 0 0 0 0 018h30 0 0 0 0 0 0 0 0 019h00 0 0 0 0 0 0 0 0 019h30 0 0 0 0 0 0 0 0 020h00 0 0 0 0 0 0 0 0 020h30 0 0 0 0 0 0 0 0 021h00 0 0 0 0 0 0 0 0 021h30 0 0 0 0 0 0 0 0 022h00 0 0 0 0 0 0 0 0 022h30 0 0 0 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 101

Tabela 44 – Utilização da carga de iluminação nos ambientes de circulação de uso comum.Hora CP1N CP1S CP1C CP2N CP2S CP2C CP3N CP3S CP3C CE0h-7h7 1 1 1 1 1 1 0 0 0 17h00 1 1 1 1 1 1 0 0 0 07h30 1 1 1 1 1 1 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 09h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 09h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 010h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 010h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 011h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 011h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 012h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 012h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 013h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 013h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 014h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 014h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 015h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 015h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 016h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 016h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 017h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 017h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 018h00 1 1 1 1 1 1 0 1 1 118h30 1 1 1 1 1 1 0 1 1 119h00 1 1 1 1 1 1 0 1 1 119h30 1 1 1 1 1 1 0 1 1 120h00 1 1 1 1 1 1 0 1 1 120h30 1 1 1 1 1 1 0 1 1 121h00 1 1 1 1 1 1 0 0 0 121h30 1 1 1 1 1 1 0 0 0 122h00 1 1 1 1 1 1 0 0 0 122h30 1 1 1 1 1 1 0 0 0 123h00 1 1 1 1 1 1 0 0 0 123h30 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 102

Tabela 45 – Utilização da carga de iluminação nos banheiros e copas.Hora WC 1 WC 2 WC 3 Copa 1 Copa 30h-7h 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 08h00 1 1 1 1 08h30 1 1 1 1 09h00 1 1 1 1 09h30 1 1 1 1 010h00 1 1 1 1 010h30 1 1 1 1 011h00 1 1 1 1 011h30 1 1 1 1 012h00 1 1 1 1 012h30 1 1 1 1 013h00 1 1 1 1 013h30 1 1 1 1 014h00 1 1 1 1 014h30 1 1 1 1 015h00 1 1 1 1 015h30 1 1 1 1 016h00 1 1 1 1 016h30 1 1 1 1 017h00 1 1 1 1 017h30 1 1 1 1 018h00 1 1 1 1 018h30 1 1 0 1 019h00 1 1 0 1 019h30 1 1 0 1 020h00 1 1 0 1 020h30 1 1 0 1 021h00 1 1 0 1 021h30 1 1 0 1 022h00 1 1 0 1 022h30 1 1 0 1 023h00 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 103

APÊNDICE F

Tabela 46 – Utilização da carga de aparelhos de escritório nas salas de aula do pavimento1.

Hora 1006 1008 1009 1021 1022 1023 1024 1025 1026 10270h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 4 0 1 0 0 0 18h30 1 1 0 4 5 1 5 1 0 19h00 1 1 0 4 5 1 5 1 0 19h30 1 1 0 4 5 1 5 1 0 110h00 1 1 0 3 5 0 5 1 0 010h30 1 1 0 3 5 0 5 1 0 011h00 0 1 0 3 5 0 5 1 0 011h30 0 1 0 3 5 0 5 1 0 012h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 012h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 013h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 013h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 014h00 1 1 1 2 0 1 0 5 1 114h30 1 1 1 2 0 1 0 5 1 115h00 1 1 1 2 0 1 0 5 1 115h30 1 1 1 2 0 1 0 5 1 116h00 1 1 1 2 0 1 0 5 1 116h30 1 1 1 2 0 1 0 5 1 117h00 1 0 1 2 0 1 0 5 1 017h30 1 0 1 2 0 1 0 5 1 018h00 1 0 0 3 0 0 0 5 1 018h30 1 0 0 3 0 0 0 5 1 019h00 0 0 0 3 0 0 0 5 1 019h30 0 0 0 3 0 0 0 0 0 020h00 0 0 0 4 0 0 0 0 0 020h30 0 0 0 4 0 0 0 0 0 021h00 0 0 0 4 0 0 0 0 0 021h30 0 0 0 4 0 0 0 0 0 022h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 022h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 104

Tabela 47 – Utilização da carga de aparelhos de escritório nas salas de aula do pavimento2.

Hora 1011 1012 1013 1014 1015 1017 1018 1019 10200h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 0 08h30 1 5 1 5 0 1 1 1 19h00 1 5 1 5 0 1 1 1 19h30 1 5 1 5 0 1 1 1 110h00 1 5 1 5 0 1 0 1 110h30 1 5 1 5 1 1 0 1 111h00 1 5 1 5 1 1 0 1 111h30 1 5 1 5 1 1 0 1 112h00 0 0 0 0 0 0 0 0 012h30 0 0 0 0 0 0 0 0 013h00 0 0 0 0 0 0 0 0 013h30 0 0 0 0 0 0 0 0 014h00 5 5 1 1 1 0 0 0 014h30 5 5 1 1 1 0 0 0 015h00 5 5 1 1 1 0 0 0 015h30 5 5 1 1 1 0 0 0 016h00 5 5 1 0 1 0 0 1 116h30 5 5 1 0 1 0 0 1 117h00 5 5 1 0 0 0 0 1 117h30 5 5 1 0 0 0 0 1 118h00 5 5 0 0 0 0 0 0 118h30 5 0 0 0 0 0 0 0 119h00 5 0 0 0 0 0 0 0 119h30 0 5 1 5 5 1 1 1 120h00 0 5 1 5 5 1 1 1 120h30 0 5 1 5 5 1 1 1 121h00 0 0 1 5 5 1 0 0 021h30 0 0 1 5 5 1 0 0 022h00 0 0 1 5 5 1 0 0 022h30 0 0 1 5 5 1 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 105

Tabela 48 – Utilização da carga de aparelhos de escritório no setor administrativo, na salade docentes e multimeios.

Hora S.G. S.A. S.C. S.E. S.P. S.T. S.Cl Lau Nepea Doc. MM0h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 1 1 1 1 1 1 1 0 1 3 08h30 1 1 1 1 1 1 1 0 1 3 09h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 09h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 010h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 510h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 511h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 511h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 512h00 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 012h30 2 2 2 2 2 2 2 2 3 0 013h00 2 2 2 2 2 2 2 2 3 0 013h30 2 2 2 2 2 2 2 2 3 0 014h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 514h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 515h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 515h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 516h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 516h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 017h00 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 017h30 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 018h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 018h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 019h00 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 019h30 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 020h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 020h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 022h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 022h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

Legenda: S.G. - Secretaria Geral; S.A. - Secretaria Departamento de Arquitetura;S.C. - Secretaria Departamento de Engenharia Civil; S.E. - Secretaria Departamento deEngenharia Elétrica; S.P. - Secretaria de Pós-Graduação; S.T. - Secretária Departamentode Estruturas; S.Cl. - Secretaria de Colegiados; Doc. - Docentes; MM - Salas multimeios.

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Capítulo 7. APÊNDICES 106

Tabela 49 – Utilização da carga de aparelhos de escritório nos laboratórios.Hora 1001 1002 1003 1004 1005 LIG1 LIG2 Tec Lig Tec Ele0h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 1 18h30 2 0 0 0 1 0 0 1 19h00 2 0 0 0 1 0 0 1 19h30 2 0 0 0 1 0 0 1 110h00 2 0 0 0 1 0 3 1 110h30 2 0 0 0 1 0 3 1 111h00 2 0 0 0 1 0 3 1 111h30 2 0 0 0 1 0 3 1 112h00 0 0 0 0 0 2 2 1 012h30 0 0 0 0 0 2 2 1 013h00 0 0 0 0 0 2 2 1 013h30 0 0 0 0 0 2 2 1 014h00 1 1 1 1 1 3 1 1 014h30 1 1 1 1 1 3 1 1 115h00 1 1 1 1 1 3 1 1 115h30 1 1 1 1 1 3 1 1 116h00 1 1 1 1 1 0 1 1 116h30 1 1 1 1 1 0 1 1 117h00 1 1 1 1 1 0 1 1 117h30 1 1 1 1 1 0 1 1 118h00 0 0 0 0 0 0 0 0 018h30 0 0 0 0 0 0 0 0 019h00 0 0 0 0 0 0 0 0 019h30 0 0 0 0 0 0 0 0 020h00 0 0 0 0 0 0 0 0 020h30 0 0 0 0 0 0 0 0 021h00 0 0 0 0 0 0 0 0 021h30 0 0 0 0 0 0 0 0 022h00 0 0 0 0 0 0 0 0 022h30 0 0 0 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

Os ambientes de uso comum do centro não possuem cargas para aparelhos de escritório.

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Capítulo 7. APÊNDICES 107

APÊNDICE G

Tabela 50 – Utilização da carga do sistema de climatização nas salas de aula do pavimento1.

Hora 1006 1008 1009 1021 1022 1023 1024 1025 1026 10270h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 09h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 09h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 010h00 2 2 0 2 0 0 0 0 0 010h30 2 2 0 2 2 0 0 2 0 011h00 2 2 0 2 2 0 0 2 0 011h30 0 2 0 2 2 0 0 2 0 012h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 012h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 013h00 0 0 0 1 0 0 0 0 0 013h30 0 0 0 1 0 0 0 0 0 014h00 1 1 1 1 0 0 0 0 0 014h30 1 1 1 1 0 1 0 1 1 115h00 1 1 1 1 0 1 0 1 1 115h30 1 1 1 1 0 1 0 1 1 116h00 1 1 1 1 0 1 0 1 1 116h30 1 1 1 1 0 1 0 1 1 117h00 1 0 1 1 0 1 0 1 1 017h30 1 0 1 1 0 1 0 1 1 018h00 1 0 0 1 0 0 0 1 1 018h30 1 0 0 1 0 0 0 1 1 019h00 0 0 0 1 0 0 0 1 1 019h30 0 0 0 2 0 0 0 0 0 020h00 0 0 0 2 0 0 0 0 0 020h30 0 0 0 2 0 0 0 0 0 021h00 0 0 0 2 0 0 0 0 0 021h30 0 0 0 2 0 0 0 0 0 022h00 0 0 0 2 0 0 0 0 0 022h30 0 0 0 2 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 108

Tabela 51 – Utilização da carga do sistema de climatização nas salas de aula do pavimento2.

Hora 1011 1012 1013 1014 1015 1017 1018 1019 10200h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 0 08h30 0 0 0 0 0 0 0 0 09h00 0 0 0 0 0 0 0 0 09h30 0 0 0 0 0 0 0 0 010h00 2 2 2 2 0 2 0 2 210h30 2 2 2 2 2 2 0 2 211h00 2 2 2 2 2 2 0 2 211h30 2 2 2 2 2 2 0 2 212h00 0 0 0 0 0 0 0 0 012h30 0 0 0 0 0 0 0 0 013h00 0 0 0 0 0 0 0 0 013h30 0 0 0 0 0 0 0 0 014h00 1 1 1 1 1 0 0 0 014h30 1 1 1 1 1 0 0 0 015h00 1 1 1 1 1 0 0 0 015h30 1 1 1 1 1 0 0 0 016h00 1 1 1 0 1 0 0 1 116h30 1 1 1 0 1 0 0 1 117h00 1 1 1 0 0 0 0 1 117h30 1 1 1 0 0 0 0 1 118h00 1 1 0 0 0 0 0 0 118h30 1 0 0 0 0 0 0 0 119h00 1 0 0 0 0 0 0 0 119h30 0 2 2 2 2 2 2 2 220h00 0 2 2 2 2 2 2 2 220h30 0 2 2 2 2 2 2 2 221h00 0 2 2 2 2 2 2 2 221h30 0 0 2 2 2 2 0 0 022h00 0 0 2 2 2 2 0 0 022h30 0 0 2 2 2 2 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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Capítulo 7. APÊNDICES 109

Tabela 52 – Utilização da carga do sistema de climatização no setor administrativo, nasala de docentes e multimeios.

Hora S.G. S.A. S.C. S.E. S.P. S.T. S.Cl Lau Nepea Doc. MM0h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 08h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 09h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 09h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 010h00 5 2 5 2 2 5 5 2 5 2 410h30 5 2 5 2 2 5 5 2 5 2 411h00 5 2 5 2 2 5 5 2 5 2 411h30 5 2 5 2 2 5 5 2 5 2 412h00 4 0 0 0 0 0 0 2 4 0 012h30 4 0 0 0 0 0 0 2 4 0 013h00 4 0 0 0 0 0 0 2 4 0 013h30 4 0 0 0 0 0 0 2 4 0 014h00 3 1 3 1 1 3 3 2 3 3 314h30 3 1 3 1 1 3 3 2 3 3 315h00 3 1 3 1 1 3 3 2 3 3 315h30 3 1 3 1 1 3 3 2 3 3 316h00 3 1 3 1 1 3 3 2 3 4 016h30 3 1 3 1 1 3 3 2 3 4 017h00 3 1 3 1 1 3 3 2 3 4 017h30 3 1 3 1 1 3 3 2 3 4 018h00 4 0 0 0 0 0 0 2 0 0 018h30 4 0 0 0 0 0 0 2 0 0 019h00 4 0 0 0 0 0 0 2 0 0 019h30 2 0 0 0 0 0 0 2 0 0 020h00 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 020h30 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021h00 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 021h30 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 022h00 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 022h30 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

Legenda: S.G. - Secretaria Geral; S.A. - Secretaria Departamento de Arquitetura;S.C. - Secretaria Departamento de Engenharia Civil; S.E. - Secretaria Departamento deEngenharia Elétrica; S.P. - Secretaria de Pós-Graduação; S.T. - Secretária Departamentode Estruturas; S.Cl. - Secretaria de Colegiados; Doc. - Docentes; MM - Salas multimeios.

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Capítulo 7. APÊNDICES 110

Tabela 53 – Utilização da carga do sistema de climatização nos laboratórios.Hora 1001 1002 1003 1004 1005 LIG1 LIG2 Tec Lig Tec Ele0h-7h 0 0 0 0 0 0 0 0 07h00 0 0 0 0 0 0 0 0 07h30 0 0 0 0 0 0 0 0 08h00 0 0 0 0 0 0 0 0 08h30 0 0 0 0 0 0 0 0 09h00 0 0 0 0 0 0 0 0 09h30 0 0 0 0 0 0 0 0 010h00 2 0 0 0 2 0 0 5 110h30 2 0 0 0 2 0 0 5 111h00 2 0 0 0 2 0 0 5 111h30 2 0 0 0 2 0 0 5 112h00 0 0 0 0 0 4 4 4 012h30 0 0 0 0 0 4 4 4 013h00 0 0 0 0 0 4 4 4 013h30 0 0 0 0 0 4 4 4 014h00 1 0 0 0 0 4 3 3 114h30 1 1 0 1 1 4 3 3 115h00 1 1 0 1 1 4 3 3 115h30 1 1 0 1 1 4 3 3 116h00 1 1 0 1 1 0 3 3 116h30 1 1 0 1 1 0 3 3 117h00 1 1 0 1 1 0 3 3 117h30 1 1 0 1 1 0 3 3 118h00 0 0 0 0 0 0 0 0 018h30 0 0 0 0 0 0 0 0 019h00 0 0 0 0 0 0 0 0 019h30 0 0 0 0 0 0 0 0 020h00 0 0 0 0 0 0 0 0 020h30 0 0 0 0 0 0 0 0 021h00 0 0 0 0 0 0 0 0 021h30 0 0 0 0 0 0 0 0 022h00 0 0 0 0 0 0 0 0 022h30 0 0 0 0 0 0 0 0 023h00 0 0 0 0 0 0 0 0 023h30 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fonte: Do autor.

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8 ANEXOS

ANEXO A

Panta baixa do Centro de Tecnologia e Urbanismo da Universidade Estadual deLondrina.

Figura 45 – Planta baixa pavimento 1 do CTU.Fonte: Acervo UEL (2017).

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Capítulo 8. ANEXOS 112

Figura 46 – Planta baixa pavimento 2 do CTU.Fonte: Acervo UEL (2017).

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Capítulo 8. ANEXOS 113

Figura 47 – Planta baixa pavimento 3 do CTU.Fonte: Acervo UEL (2017).

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Capítulo 8. ANEXOS 114