dia de luta nacional contra as deformas do governo · 2017. 11. 9. · ia 10 de novembro, próxima...

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D ia 10 de novembro, próxima sexta-feira, os trabalhado- res dos Correios e do Brasil, organizados pelas diversas cen- trais sindicais e outras endades representavas, vão se unir no Dia Nacional de Paralisação. A FEN- TECT apoia o movimento e con- vida todos os ecestas a fazerem parte das mobilizações em cada estado. A luta é contra as refor - mas do governo de Michel Temer, que têm como objevo apenas prejudicar as categorias e rerar os direitos de cada trabalhador. A paralisação será um dia an- tes de entrar em vigor a reforma trabalhista (Lei 13.467), um dos maiores ataques aos direitos de quem trabalha em prol do de- senvolvimento do país. O ato de- monstra a indignação da classe trabalhadora contra o governo fe- deral, que conta com mais de 90% de rejeição em todo o Brasil. A re- forma trabalhista destrói a Conso- lidação das Leis Trabalhistas (CLT) e coloca em risco futuras negocia- ções das categorias, em busca de melhorias para o trabalhador. São mais de 100 pontos alterados com o texto aprovado. Unidas, as centrais e sindica- tos também pretendem lutar pela valorização do papel dessas en- dades como reais representantes dos trabalhadores. A Lei 13.467 apresenta diversos empecilhos para as avidades das representa- ções, o que também compromete o futuro dos trabalhadores não apenas dos Correios, mas de todas as categorias. Sem representavi- dade, dificilmente os empregados de estatais e empresas públicas serão atendidos em suas deman- das, já que as gestões estão foca- das no interesse do patrão. Destaca-se que, além da re- rada de direitos que está sendo promovida pelo governo, a priva- zação, com foco apenas no mer - cado e no lucro, também assombra muitos setores públicos e estatais da sociedade brasileira, como a pri- vazação do petróleo, da energia elétrica e da infraestrutura. Para o povo, perdas, já que privazar significa, além de outros danos, o aumento de preços e a precarieda- de na prestação dos serviços. Para o trabalhador, salários mais baixos, aumento nas contribuições e pio- res condições de trabalho. Outros públicos estão convida- dos a fazer parte da mobilização na sexta-feira, como igrejas, estu- dantes, associações de advogados e todos que podem ser prejudica- dos pela desregulamentação do trabalho. A FENTECT destaca que esta é mais uma oportunidade de lutar pelos próprios direitos, con- tra condições precárias de traba- lho e vida e a favor da categoria e outros trabalhadores. DIA DE LUTA NACIONAL CONTRA AS DEFORMAS DO GOVERNO DIA DE LUTA NACIONAL CONTRA AS DEFORMAS DO GOVERNO

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Page 1: Dia De luta nacional contra as Deformas Do governo · 2017. 11. 9. · ia 10 de novembro, próxima sexta-feira, os trabalhado-res dos Correios e do Brasil, organizados pelas diversas

Dia 10 de novembro, próxima sexta-feira, os trabalhado-res dos Correios e do Brasil,

organizados pelas diversas cen-trais sindicais e outras entidades representativas, vão se unir no Dia Nacional de Paralisação. A FEN-TECT apoia o movimento e con-vida todos os ecetistas a fazerem parte das mobilizações em cada estado. A luta é contra as refor-mas do governo de Michel Temer, que têm como objetivo apenas prejudicar as categorias e retirar os direitos de cada trabalhador.

A paralisação será um dia an-tes de entrar em vigor a reforma trabalhista (Lei 13.467), um dos maiores ataques aos direitos de quem trabalha em prol do de-senvolvimento do país. O ato de-monstra a indignação da classe trabalhadora contra o governo fe-deral, que conta com mais de 90% de rejeição em todo o Brasil. A re-forma trabalhista destrói a Conso-lidação das Leis Trabalhistas (CLT) e coloca em risco futuras negocia-ções das categorias, em busca de melhorias para o trabalhador. São mais de 100 pontos alterados com o texto aprovado.

Unidas, as centrais e sindica-tos também pretendem lutar pela valorização do papel dessas enti-dades como reais representantes dos trabalhadores. A Lei 13.467 apresenta diversos empecilhos

para as atividades das representa-ções, o que também compromete o futuro dos trabalhadores não apenas dos Correios, mas de todas as categorias. Sem representativi-dade, dificilmente os empregados de estatais e empresas públicas serão atendidos em suas deman-das, já que as gestões estão foca-das no interesse do patrão.

Destaca-se que, além da reti-rada de direitos que está sendo promovida pelo governo, a priva-tização, com foco apenas no mer-cado e no lucro, também assombra muitos setores públicos e estatais da sociedade brasileira, como a pri-vatização do petróleo, da energia elétrica e da infraestrutura. Para o povo, perdas, já que privatizar significa, além de outros danos, o aumento de preços e a precarieda-de na prestação dos serviços. Para o trabalhador, salários mais baixos, aumento nas contribuições e pio-res condições de trabalho.

Outros públicos estão convida-dos a fazer parte da mobilização na sexta-feira, como igrejas, estu-dantes, associações de advogados e todos que podem ser prejudica-dos pela desregulamentação do trabalho. A FENTECT destaca que esta é mais uma oportunidade de lutar pelos próprios direitos, con-tra condições precárias de traba-lho e vida e a favor da categoria e outros trabalhadores.

Dia De luta nacional contra as Deformas

Do governo

Dia De luta nacional contra as Deformas

Do governo

Page 2: Dia De luta nacional contra as Deformas Do governo · 2017. 11. 9. · ia 10 de novembro, próxima sexta-feira, os trabalhado-res dos Correios e do Brasil, organizados pelas diversas

10/11 – Parar o Brasil em Defesa Dos Direitos!• Vamos parar o Brasil em defesa dos direitos, do serviço público e

da soberania nacional.• Revogação da deforma trabalhista• Emprego com direitos para todos/as• Defesa da Aposentadoria. Não ao desmonte da previdência!• Serviço público e valorização dos servidores• Fim do trabalho escravo• Fim das privati zações. Em defesa da soberania!• Moradia, saúde, educação, segurança, cultura e democracia!

fora temer. Diretas JÁ!

TRABALHO INTERMITENTEO trabalhador fica à disposição da empresa e só vai receber pelas horas que trabalhar, sem ter defi-nidas a renda mensal e a jornada de trabalho. Ati vidades como a troca de roupa ou o lanche não contarão mais como horário de trabalho, podendo ser desconta-dos do salário final. É a oficializa-ção do “bico”.BANCO DE HORAS

Obriga os que atualmente estão em seu quadro a realizar dobras constantes, sobrecarregando suas jornadas sem receber a mais por isso. Desta forma, as horas extras deixam de existi r, já que as horas a mais trabalhadas serão somadas para ser compensada em outra data. Quando será esta folga?

REDUÇÃO DO INTERVALO DE ALMOÇOO patrão poderá reduzir o ho-rário de almoço para 30 minu-tos. Novamente os empresários tratam os trabalhadores como animais que só comem e vendem sua força de trabalho. O horário de almoço é um direito garanti -do para que o trabalhador faça sua refeição sem pressa e use o tempo restante como quiser. Atu-almente é obrigatório no mínimo uma hora de almoço.

HOMOLOGAÇÃO E QUITAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHOLibera a rescisão do contrato sem o acompanhamento do sindicato da categoria. Atualmente cerca de 70% das homologações têm erros e a maioria deles é o sindi-cato que corrige.

DISPENSAS COLETIVASPermite que a empresa demita sem negociação prévia com o sindicato.

NEGOCIADO SOBRE O LEGISLADO As negociações não precisam seguir as leis trabalhistas. Dessa forma prevalece o que foi acorda-do com o patrão mesmo que es-teja ferindo direitos já garanti dos na legislação. Com a negociação direta com o patrão haverá ainda mais desigualdade de forças, pois uma vez que ele está desobrigado de cumprir a lei, pode pressionar ainda mais o trabalhador a fechar um acordo ruim.

algumas muDanÇas Da nova reforma traBalHista