dia da criança - escola portuguesa de macau · 25 de abril a escola assinalou o dia da revolução...

24
Directora: Directora: Directora: Directora: Directora: Maria Edith da Silv Maria Edith da Silv Maria Edith da Silv Maria Edith da Silv Maria Edith da Silva Ano III, Ano III, Ano III, Ano III, Ano III, Nº Nº 9, Junho unho unho unho unho de 2001 de 2001 de 2001 de 2001 de 2001 t t t E E E E E m m m P P P P P u u u s s s & & & M M M M M o o o d d d u u u s s s SCOLA SCOLA SCOLA SCOLA SCOLA OR OR OR OR ORTUGUESA TUGUESA TUGUESA TUGUESA TUGUESA ACA CA CA CA CAU 25 de Abril A escola assinalou o dia da Revolução dos Cravos promovendo um con- junto de iniciativas para ensinar aos mais jovens o sentido especial da pala- vra Liberdade. Página 6 10 de Junho, Dia de Portugal EPM associa-se às celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Co- munidades Portuguesas numa grande festa lusitana, a que não faltaram as habituais romagem à gruta do poeta e a declamação de um soneto.Foi ainda ocasião para entrega de prémios e um serão cultural. Centrais Visita de estudo a Hong Kong Alunos do 8º ano visitaram o Museu da Ciência de Hong Kong, no âmbito da disciplina de Ciências Físico-Químicas. Página 3 Fernanda Dias, ao encontro da arte O T&M foi conhecer a poeti- sa, escritora de contos e pin- tora e traz-lhe a entrevista exclusiva. Página 5 Dia da Criança Escola promove actividades destinadas a fazer do dia 1 de Junho uma festa de alegria. Página 9

Upload: phamliem

Post on 09-Nov-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

D i r e c t o r a :D i r e c t o r a :D i r e c t o r a :D i r e c t o r a :D i r e c t o r a : M a r i a E d i t h d a S i l v M a r i a E d i t h d a S i l v M a r i a E d i t h d a S i l v M a r i a E d i t h d a S i l v M a r i a E d i t h d a S i l v aaaaa A n o I I I ,A n o I I I ,A n o I I I ,A n o I I I ,A n o I I I , N º N º N º N º N º 99999,,,,, JJJJJunhounhounhounhounho d e 2 0 0 1 d e 2 0 0 1 d e 2 0 0 1 d e 2 0 0 1 d e 2 0 0 1

ttttt EEEEE mmmmm PPPPP uuuuu sssss &&&&& MMMMM ooooo ddddd uuuuu sssssS C O L AS C O L AS C O L AS C O L AS C O L A O RO RO RO RO R T U G U E S AT U G U E S AT U G U E S AT U G U E S AT U G U E S A AAAAA C AC AC AC AC A UUUUU

25 de AbrilA escola assinalou o dia da Revolução dos Cravos promovendo um con-junto de iniciativas para ensinar aos mais jovens o sentido especial da pala-vra Liberdade.Página 6

10 de Junho, Dia de PortugalEPM associa-se às celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Co-munidades Portuguesas numa grande festa lusitana, a que não faltaramas habituais romagem à gruta do poeta e a declamação de um soneto.Foiainda ocasião para entrega de prémios e um serão cultural.Centrais

Visitade estudoa Hong KongAlunos do 8º ano visitaram oMuseu da Ciência de HongKong, no âmbito da disciplinade Ciências Físico-Químicas.Página 3

Fernanda Dias,ao encontroda arteO T&M foi conhecer a poeti-sa, escritora de contos e pin-tora e traz-lhe a entrevistaexclusiva.Página 5

Dia daCriançaEscola promove actividadesdestinadas a fazer do dia 1 deJunho uma festa de alegria.Página 9

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus22222

Valeu a pena? Tudo vale a penase a alma não é pequena... parafra-seando o nosso eterno FernandoPessoa. E é justamente com estasensação que chegamos ao fim demais um ano lectivo, de mais umano da nossa escola e de mais um,o terceiro, ano de vida do Tempus& Modus. Cremos que cumprimosa missão de trazer até vós, ao cabode cada período, um pouco do queé a nossa escola, as suas celebra-ções, as suas iniciativas, os seus alu-nos. Alunos esses que este anograndemente contribuíram para arealização do nosso jornal, queconstantemente acolheu aquelesque queriam oferecer-nos o seumelhor.

Foi um ano recheado das maisdiversas iniciativas, umas de carizdesportivo, outras de índole cultu-ral, com a entrega total de muitosalunos e o habitual empenhamentodos nossos professores. Neste ter-ceiro período, particularmente, na-vegámos ao sabor de Camões emostrámos como a alma do poetarevive sempre que o homem quer.

As tempestades, essas, tambémse fizeram sentir, ou não fosse apressão dos testes finais e a reali-zação das provas globais, para asquais ainda restava um pouco danossa energia. E de novo FernandoPessoa: Quem quer passar o Bojador,tem de passar além da dor. Exemplodisso são os nossos finalistas queaí estão, prontos a iniciar os seusexames, esperamos que com mui-to sucesso. Para eles fica o abraçoforte de todos nós e o desejo deque levem na bagagem os bonsmomentos que a escola lhes pro-porcionou.

A nossa redacção prepara-separa fechar para férias mas nãosem dizer que para o ano cá esta-remos de novo, de forçasretemperadas, e prontos a renovara nossa equipa redactorial.

Boas férias.

As coordenadoras

EditorialO meu ensino secundário decorreu na

Escola Portuguesa de Macau. Fiz o 10ºano no antigo Liceu de Macau e conti-nuei o ensino secundário nesta escola.Esta mudança de ambiente não me influ-enciou muito, a nível de estudo, mas háque destacar que, apesar de o espaço sermenos extenso que o do Liceu, as insta-lações escolares se encontram em ópti-mas condições. Porém, o que mais meinfluenciou, não foi a escola em si, em ter-mos da sua arquitectura, mas sim a suaestrutura interna, destacando-se os pro-fessores que, na minha perspectiva, as-sumem um papel particularmente im-portante, pois a vontade de trabalhar ede estudar depende muito do modo e dasatitudes que estes tomam para connosco.

Graças a Deus que todos os professo-res que tive, sem uma única excepção,durante o ensino secundário, me desper-taram o meu interesse pelo estudo e meabriram o “apetite” para estudar. Comefeito, os resultados que eu fui e irei ob-tendo, quer nos estudos, quer na vida fu-

Finalistas...em jeito de despedida

tura, são o produto, não somente do meuesforço, como também do esforço de to-dos os professores que tentaram, a todoo custo, ensinar-nos! Quero aqui agrade-cer-lhes pelo esforço, pela paciência epelo amor, por tudo e mais alguma coisaque fizeram por mim e pelos outros alu-nos.

Se um dia me perguntarem qual o anomais “duro” deste ensino secundário, euresponderei, com toda a firmeza, que foieste ano, o 12º ano, o ano do “Inferno”.Mas, apesar de tudo, este é o meu anocomo finalista, um ano cheio de signifi-cado para mim, pois o fim do ensino se-cundário significa o início do ensino su-perior e uma nova etapa se abre na mi-nha vida.

Eu concordo perfeitamente que a vidade estudante é espectacular, e a maiorparte desta minha vida decorreu nestaescola que jamais esquecerei.

Elisa Pereira, 12º B

A última festa da Comissão deFinalistas (queremos outra!) realizou-se no dia 23 de Março, no local habi-tual, o já conhecido “Restaurante Lu-sitano”, uma semana antes da tão de-sejada partida para Ko Samui, naTailândia.

Na nossa opinião “The Trip” foi a fes-ta com música mais variada e diverti-da. É talvez digno de acrescentar quese relevou, desta vez, algum esforçona decoração do espaço.

Queremos dizer que para último es-forço foi uma “Bomba”.

Esperamos que a viagem tenho sidotão boa quanto vocês esperavam. Jáagora, parabéns e votos de muitossucessos na vida académica.

T&M

...before the trip

Tu, que nos cativaste a atenção em

Ardente emoção

Incendiaste em nós a Loucura,

Loucura impensável de ser atingida.

Andámos pelas tuas praias, sonhadores

Navegámos na cultura da tua bela cidade

Dormimos embalados na tua simpatia.

Ilustração perfeita dos nossos sonhos

Adorámos conhecer-te sem ser pelos outros

Assim como conhecer o teu profundo ser...

Incomodaste as nossas

Lamúrias de simplesmente parar o tempo.

Habitaste nos nossos pensamentos!

Ahhh Tailândia só nos podes fazer suspirar,

De tanta coisas que nos deste e nos tiraste,

Olvidar a tua imagem é impossível.

Sorvemos a vida simples, encantadora

Obrigado pelos dias de sonho

Lamentando só não poder continuar a sonhar.

Quéli Costa, 12ºA

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 33333

Foi um dia inesquecível... Eram 8:00 horas da ma-nhã e já estávamos na escola. Começámos por verum filme na aula de Ciências e às 9:00 horas em

ponto saímos da escola com as professoras Manuela Ma-galhães e Emília Castro.

Às 11:00 horas já estávamos em Hong-Kong, onde to-mámos um saboroso pequeno-almoço no “Délifrance”. Se-guimos rapidamente para o “ferry” porque, para chegar-mos ao Museu da Ciência, tínhamos de apanhar o autocar-ro 5 C, em Kowloon.

Iniciámos a visita às 13:00 h, não antes de primeiro termostirado uma fotografia de grupo para mais tarde recordar.

Grande foi a nossa surpresa ao entrarmos no museu, vistoque ele era enorme. Curiosos, começámos por ver a produ-ção da corrente eléctrica, por variações do campo magnéti-co, através das transformações químicas (pilhas), diversostipos de lâmpadas e os seus filamentos. Vimos também, atra-vés do microscópio, como eram constituídos os “micro chips”e visitámos a sala de computadores que estava dividida emvárias secções como História, Ciências, pesquisa e jogos.

Prosseguimos a nossa visita, pois tínhamos vontade de sa-ber mais, descendo ao piso inferior e, na secção dedicada aosom, experimentámos várias propriedades dos seguintesfenómenos: reflexão, absorção e ondas mecânicas produzi-dos na transmissão do som. Verificámos também que o somnão se propaga no vazio e ouvimos o “eco” das nossas vozes.

Passámos então para a secção da luz, onde observámos oseu trajecto nas lentes convergentes e divergentes, vendoas imagens através de lentes e de espelhos, o que nos di-vertiu imenso, quando vimos as nossas imagens muitomagras e altas ou muito baixas e gordas.

Assistimos ainda e participámos numa sessão experimentalde electricidade estática, tendo apanhado ligeiros choques quenos puseram alguns cabelos em pé! Mas não ficámos por aquipois, não satisfeitos com tudo isto, alguns de nós participámosem experiências em que fomos sujeitos ao movimento de rota-ção, ficando a cambalear no final da experiência.

Contudo, a secção que nos impressionou mais foi aquelaem que se podia ver uns pintainhos a nascer, se viam cére-bros de humanos e animais, um aquário e um bebé nas vári-as fases de desenvolvimento no útero materno, através defotos.

Porém, muito nos intrigou uma situação que se passava comuns instrumentos pendurado por fios, incluindo uma mesa euma caneta, tendo todos ficado muito surpreendidos ao ve-rificarmos que se puséssemos lá uma folha de papel, a canetafazia desenhos porque a mesa não parava de se movimen-tar. Ainda não estávamos recompostos do que acabávamosde ver, quando deparámos com uma nova situação, extraor-dinariamente divertida, e que envolvia inúmeras bolas de sa-bão que saíam de um tubo gigantesco que, no final, constru-íam imagens com diferentes formas.

Subimos então até ao 4º andar onde pudemos ver um gran-de avião e outros meios de transporte que estavam em cons-trução ou reparação, tendo aproveitado alguns colegas paraentrarem num “Audi TT” que tinha um simulador.

Passámos, seguidamente, a um local onde existia uma casae, quando apontámos com um ponteiro de infra-vermelhospara um objecto, ele fazia o seu barulho característico, comopor exemplo um autoclismo.

Seguimos ainda para a secção da alimentação, onde pude-mos ver a forma de se fazer uma alimentação racional, diver-tindo-nos também com jogos sobre este tema. Este últimotema abriu-nos o apetite e por isso dirigimo-nos para a can-tina, onde pudemos saborear um óptimo lanche.

Apanhámos o “jetfoil” das 7:00 h, para regressarmos aMacau, com a sensação de que aquele dia tinha passado de-masiado depressa.

Foi um dia cansativo, mas valeu a pena, com o sentimentodo dever cumprido e de nos termos divertido imenso a apren-

der!

Texto colectivo do 8º B

U m a a u l a d i f e r e n t eVisita de estudo ao Museu da Ciência em Hong Kong

Alunos do 8º B de visita ao Museu da Ciência de Hong Kong

Sessão experimental de electricidade estática - Museu da Ciência

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus44444

Carlos Reis, considerado o mai-or especialista da obraqueirosiana, honrou a Escola

Portuguesa com a sua presença num en-contro que teve lugar no dia 12 de Mar-ço, no auditório. Actualmente, o profes-sor Carlos Reis é director da BibliotecaNacional de Lisboa e dirige as revistas“Discursos” e “Queirosiana”.

Perante uma vasta assistência de alu-nos do ensino secundário, o professorCarlos Reis recordou os tempos em quetambém ele estudou Eça pela primeiravez. Na sua opinião, ler e estudar litera-tura é uma opção que tem a ver com ogosto. Considera ainda que “na litera-tura está tudo” já que num romance seencontra um pouco de geografia, histó-ria e modos de vivência.

É claro que ler Eça é cansativo e difí-cil. Muitos preferem socorrer-se de re-sumos, mas “não sabem o que perdem”.Eça é, para muitos, apenas um nome,uma obrigação desagradável, algo que«puxa muito pelo esforço» e ainda algodesnecessário. Por isso o professor su-geriu: tentar ler sabendo que ler não éfácil, que o prazer custa e não se obtémrapidamente, contudo vale a pena acei-tar o desafio de ler e descobrir o mundopor detrás das palavras.

A literatura sobrevive a tudo e os te-mas dos romances de Eça continuamainda hoje a ser actuais: os amores, aspaixões, o tempo, a certeza da morte, as

amizades, os projectos – é tudo isso queconstitui a actualidade das vivências hu-manas. Afinal um ficcionista, ao contrá-rio de um geógrafo, pode escrever so-bre lugares onde nunca esteve pois pos-sui a imaginação.

E como se lê um romance como “OsMaias” com 700 páginas? A resposta foiperemptória – “Começa-se pelo princí-pio”. Já agora dá-se o benefício da dú-vida a quem levou oito anos a escrevero romance. Como foi possível demorartanto tempo? Sem computador, semmáquina de escrever, sem esferográfi-ca, quando era preciso molhar a penano tinteiro, passar a limpo, rever pro-vas tipográficas...

Carlos Reis leu-nos o primeiro pará-grafo do romance, apontando pormeno-res que a escrita deixa e por vezes pas-sam desapercebidos aos olhos dos me-nos atentos. “Os Maias” é um romancesobre a decadência dum país e a deca-dência de uma família. É uma históriade ilusões e desilusões, de projectos efalhanços, de ambições e desencantos.A vida de Carlos da Maia, o protagonis-ta, é também a representação da vidade um país.

Para aqueles que sabem aceitar os de-safios fica o repto: “Os Maias” continu-am à vossa espera.

Nádia (T&M)

“Tudo é difícil no princípio, literaturanão é excepção. A solução é ler.”

Carlos Reis no auditório da EPM

Cultura geral!“Para que é que eu preciso dis-

to?!”, “o que é que eu estou aqui afazer quando devia estar a apro-veitar a vida?”, “isto é um desper-dício de tempo!”, são expressõesfrequentemente utilizadas por jovens detodo o mundo para expressar o sentimen-to de que a educação escolar lhes anda aroubar a vida. A resposta dos “cotas” é maisque conhecida: Cultura Geral!

Ora bem, tem de haver um meio termopara esta cultura geral, ninguém desta novageração quer, como os antigos sábios e fi-lósofos, passar a vida a aprender culturageral; nenhum jovem consciente quer serlançado aos leões no mundo de hoje semnenhuma preparação. Até aqui estamos(quase) todos de acordo. De qualquer ma-neira, esta “guerra” é inútil pois todas asarmas estão do lado do inimigo, ou seja,nós não temos voz.

A meu ver, qualquer jovem com mais de15 anos tem a noção da selva que o esperalá fora e sabe perfeitamente que é impossí-vel viver ou mesmo sobreviver sem nenhu-ma formação escolar. Acho, porém, que asescolhas deviam começar a ser feitas a par-tir do 7º ano. Nesse momento, a educaçãodeveria começar a ser mais específica eaprofundada de acordo com as vocaçõesde cada aluno, previamente despistadas.Deste modo, cada aluno teria uma cargahorária menor, um maior nível de conheci-mento do seu interesse, ficaria melhor pre-parado para um possível curso universitá-rio e, obviamente, os resultados seriam de-veras melhores. Dispensavam-se as discipli-nas que não tivessem a ver com a área esco-lhida, sendo estas então recambiadas paraum plano opcional. Mesmo perdendo a talcultura geral contida na matéria destas disci-plinas, não se perderia muito porque, na re-alidade, os alunos quando não têm interesseem aprender não aprendem mesmo e estasdisciplinas apenas estão lá para lhes estraga-rem a média. Além disso, são uma total per-da de tempo, tanto para os alunos, comopara os professores, gerando um sentimentode frustração para ambas as partes. É óbvioque esta solução não é muito viável, por sermais dispendiosa tendo em vista que teriade haver mais professores e salas melhorequipadas, entre outros.

É, no entanto, o caminho a seguir!

Nuno Pedro Bandeira, 10º B

op

inião

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 55555

Fernanda Dias nasceu no Baixo Alentejo,na margem esquerda do rio Guadiana.Vive em Macau desde 1986. Publicoupoemas – “Horas de Papel” e “Rio de

Erhu” – e contos – “Dias da Prosperidade”.Tem no prelo “Chá Verde” e em plena

laboração “Contos da Água e do Vento” e“Sonhos do solstício de Verão”. É profes-sora de EVT na nossa escola, é membro

da Associação da Arte do Chá e do Círculodos Amigos da Cultura de Macau.

F oi na sua casa que fomos encontrarFernanda Dias, rodeada dos seus livros, te-las, pincéis, cd’s, plantas e fotografias, em

cuja intimidade nos acolheu, sem pudores, convi-dando-nos a tirar os sapatos pois afinal Macau jávai deixando as suas marcas.

Aos catorze anos pu-blicava contos no jornalda sua terra, “A Planí-cie”. Nessa época a Cen-sura levava muitos es-critores a procurarem os jornais de província parapublicarem os seus textos, escapando assim à cen-sura ditatorial. Com vinte anos optou por deixarde publicar quando se apercebeu que queria serlivre para viver a sua vida, e a continuidade da es-crita com vista à publicação seria um impedimen-to à sua intimidade. Só em Macau recomeçou en-tão a escrever. Define os seus contos, sempre bre-ves, como “um instantâneo fotográfico de um acon-tecimento”. É a escritora que define os seus contoscomo pequenos frutos: têm pele ou casca, que setira, a polpa pode-se comer mas o caroço é semprenecessariamente venenoso.

a escrita

Fernanda fala-nos do processo da escrita quepassa primeiro por uma fase vertiginosa, como setivesse um rio a correr dentro da cabeça. A escritanão é uma coisa auto-consentida, é espontânea.Depois de escrever há o processo de arrumaçãodos textos em que frequentemente ocorre umacerta auto-censura, um conflito entre a rebeldia eo lado social do escritor. Apesar disso assume todaa rebeldia, agressividade e até mesmo incoerênciaque a escrita possa evidenciar. Modesta, Fernanda

prossegue “não fui formada para me tornar umaescritora – a minha escrita terá todas as imperfei-ções do mundo”, assumindo-se no seu crescenteatrevimento e ousadia.

A sua escrita, altamente sensorial, é consequênciada sua formação em artes plásticas, sendo a escri-tora um espírito constantemente atento às coisas,às flores, à música já que como afirma “escreverfaz parte da capacidade de estar atenta”.

Em Macau a sua escrita tem sido uma constanteapropriação das coisas desta terra. Faz assim for-çosamente referência a aspectos que as pessoas dePortugal, lendo os seus textos terão dificuldade ementender, correndo assim todos os riscos dos mal--entendidos: “o que é exotismo para os falantes danossa língua, é o meu quotidiano.”

Depois de publicar os seus livros acha estranhovê-los nas bancas ou naestante, nunca os abre,nunca os relê porqueestá sempre ocupada aescrever qualquer outra

coisa. Para Fernanda Dias um livro publicado ga-nha a sua vida própria, parte sozinho, indefeso, le-vando com ele a alma desnudada da escritora eprestando-se a todo o tipo de equívocos.

a pintura...

A pintura nada tem a ver com a escrita, não secomplementam, distinguem-se. Para a pintora,quanto mais se pinta, mais se sabe e é o treino queaperfeiçoa. Esse aperfeiçoamento pode até signifi-car que a pintura se torna mais simples, mais tos-ca. Reserva os fins-de-semana para se dedicar àpintura, actividade que desenvolve num pequenoquarto onde tudo está no seu lugar, onde nada estáao acaso, desde os pincéis às tintas.

e os alunos...

Esses constituem um foco permanente do seuolhar atento, já que Fernanda se assume como pro-fessora. As suas aulas são um permanente espaçode dedicado à arte visual. Saibam os alunos apro-veitar o que a professora tem para lhes oferecer.

Nádia, Nani, Sofia (T&M)

“escrever é acristalização do tempo”

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus66666

Em 25 de Abril,uma lição de Liberdade

“foi então que Abril abriuas portas da Liberdade”

Ary dos Santos

Éhoje difícil imaginar como eraPortugal antes do 25 de Abril de1974. Mas, se pensarmos que, por

exemplo, as escolas tinham salas e re-creios separados para rapazes e rapari-gas, que muitos livros e discos eramproibidos, que existiam nas rádios lis-tas de música que não se podiam pas-sar, que sobre todos os rapazes de 18anos pairava o espectro da guerra emÁfrica, que a expressão pública de opi-niões contra o regime e contra a guerraera severamente reprimida, que os par-tidos e movimentos políticos se encon-travam proibidos e que a vida culturalera apertadamente vigiada, se pensar-mos em tudo isto talvez seja, então, maisfácil compreender porque é que a mu-dança teve de acontecer e como Portu-gal se tornou diferente.

Portugal era assim, em 1974, um paísatrasado, isolado do contexto das na-ções (embora integrado na ONU, naNATO e outras organizações), o últimopaís europeu que ainda mantinha coló-nias e a braços com guerras de liberta-ção em três delas (Angola, Moçambiquee Guiné). Esta situação única devia-se àpermanência no poder do regime saídodo 28 de Maio de 1926 – uma ditadura,regime marcadamente anti-democráti-co e que foi sobrevivendo, por um ladopela repressão interna e, por outro, porum conjunto de circunstâncias externasque permitiram a sua manutenção: avitória nacionalista em Espanha (1939),a neutralidade durante a II GuerraMundial e a Guerra-fria que, com seuespírito maniqueísta, tornou o regimetolerado pelas democracias vencedorasda Guerra.

Incapaz de acompanhar a evoluçãodos tempos, o “eterno” chefe do gover-no, Oliveira Salazar não foi capaz, nem

de fazer a transição do país para a de-mocracia, nem de prever os conflitosque se preparavam nas colónias africa-nas.

O Movimento das Forças Armadas,consciente de que interpretava o sentirdos portugueses, derrubou o regime fas-cista e colonialista que oprimia o povoportuguês e abriu as portas à liberdadee à democracia. A liberdade, que os por-tugueses não conheciam há quase 50anos, foi a bandeira à volta da qual seuniram os capitães de Abril na jornadaque então se iniciou.

Então, entre Setembro de 1973 e Abrilde 1974, o Movimento das Forças Ar-madas (MFA) alargou-se, estruturou--se, marcou os seus objectivos e saiu àrua.

Dia 24 de Abril de 1974, pelas 22:55h,a canção “E Depois do Adeus”, inter-pretada por Paulo de Carvalho, trans-mitida aos microfones dos EmissoresAssociados de Lisboa, marcava o iní-cio das operações contra o regime.

No dia seguinte, 25 de Abril, pelas00:20h, a transmissão da canção“Grândola Vila Morena” de José Afon-so, no programa “Limite” da Rádio Re-nascença, é a senha escolhida para oMovimento das Forças Armadas (MFA),como sinal confirmativo de que as ope-rações militares se encontram em mar-cha e são irreversíveis.

O 25 de Abril de 1974 foi, assim, umarevolução muito especial, diríamos mes-mo atípica, na qual o povo portuguêsconquistou a liberdade que tanto dese-java. Liberdade essa que constitui a ra-zão de ser das comemorações que anoapós ano continuamos a viver.

Maria João e Catarina10º A

Ilu

stra

ção

de

An

tón

io B

otel

ho,

C

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 77777

Em cada rosto, a igualdade

A Escola Portuguesa deMacau assinalou estadata histórica com um

conjunto de actividades cuja fina-lidade foi dar a conhecer à popu-lação escolar o sentido político dadata que, por ser tão longínquapara os alunos da escola, precisade ser lembrada como uma datade conquista da liberdade.

Os alunos do Clube de Jornalis-mo, a que se juntaram alguns ele-mentos exteriores ao núcleo, par-ticiparam nas comemorações,apresentando dois poemas alusi-vos à data: “Abril de Abril” deManuel Alegre e “Em 25 de Abril”de Ary dos Santos, de que citamosbreves excertos:

Foi esta força sem tirosde antes quebrar que torceresta ausência de suspirosesta fúria de vivereste mar de vozes livressempre a crescer a crescerque das espingardas fez livrospara aprendermos a lerque dos canhões fez enxadaspara lavrarmos a terrae das balas disparadasapenas o fim da guerra.

Foi esta força virilde antes quebrar que torcerque em vinte e cinco de Abrilfez Portugal renascer.

(Ary dos Santos)

Era um Abril viril Abril tão bravoAbril de boca a abrir-se Abril palavraesse Abril em que Abril se libertava.

Era um abril de clava Abril de cravoAbril de mão na mão e sem fantasmasesse Abril em que abril floriu nas armas.

(Manuel Alegre)

A escola projectou ainda umvídeo sobre a Revolução dos Cra-vos - “25 de Abril, uma aventurapara a Democracia” - e esteve pa-tente entre 23 de Abril e 5 de Maiouma exposição de trabalhos rea-lizados na disciplina de História,por alunos dos 6° e 9° anos: ostrabalhos incluíam temas como aorigem do 25 de Abril, quais ospartidos políticos envolvidos, aeconomia antes do 25 de Abril,breve cronologia e o Estado Novo.

Os alunos do 1° Ciclo entoaramas canções “Grândola Vila More-na” e “A Gaivota”. A sessão, quecontou com a ilustre presença deSua Excelência o Cônsul Geral dePortugal em Macau, Dr. CarlosFrota e mulher, Dra. Arlinda Fro-ta, culminou com o hino de Por-tugal, “A Portuguesa”, cantadopor todos os presentes, e a distri-buição simbólica de cravos ver-melhos, entre a assistência, poralunos do 1° Ciclo.

Nádia (T&M)

24 de Abril de 1974

A canção “E Depois do Adeus”, interpretadapor Paulo Carvalho, é transmitida aos micro-fones dos Emissores Associados de Lisboa, pe-las 22:55h, marcando o início das operações mi-litares contra o regime.

25 de Abril de 1974

00:20h, no Programa “Limite” da Rádio Re-nascença, a transmissão da canção “GrândolaVila Morena”, de José Afonso, é a senha esco-lhida pelo MFA como sinal confirmativo de queas operações militares se encontram em mar-cha e são irreversíveis;

00:30h, são ocupadas as instalações da RádioTelevisão Portuguesa, da Emissora Nacional, daRádio Clube Portuguesa, entre outros locais es-tratégicos considerados fundamentais;

04:20h, é difundido pelo Rádio Clube Portu-guês, o primeiro comunicado ao país do MFA;

06:20h, as forças da Escola Prática da Cava-laria de Santarém estacionam no Terreiro doPaço;

13:30h, as forças paramilitares leais ao regi-me começam a render-se;

14:00h, inicia-se o cerco ao Quartel doCarmo. No exterior, no Largo do Carmo e nasruas vizinhas, juntam-se milhares de pessoas;

17:30h, o General Spínola, mandatado peloMFA, entra no Quartel do Carmo para nego-ciar a rendição do Governo;

19:30h, Marcelo Caetano rende-se. Meia horadepois, alguns elementos da PIDE/DGS dispa-ram sobre os manifestantes que começavama afluir à sua sede, fazendo 4 mortos e 45 feri-dos.

26 de Abril de 1974

01:30h, a Junta da Salvação Nacional apre-senta-se ao país perante as câmaras da RTP;

07:00h, por ordem do MFA, elementos liga-dos ao antigo regime são enviados para a Ma-deira;

9:30h, a PIDE/DGS rende-se.

29/30 de Abril de 1974

Regressam a Portugal o Dr. Mário Soares e oDr. Álvaro Cunhal.

25 de Abril de 1975

Realizam-se as primeiras eleições livres.

Maria João e Catarina, 10º A

Cronologia dos factos

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus88888

Biblioteca

A Biblioteca da nossa escola, que seencontra aberta todos os dias, e a Salada Internet que funciona de segundaa sexta-feira, entre as 14:30h e as17:15h, são presentemente dinamiza-das pela professora Marisa da Silvaque procura cativar o interesse dosalunos pela leitura e pela escrita.

IniciativasEm Março foi promovida uma acti-

vidade subordinada ao tema “A Pri-mavera está a chegar”. Os participan-tes escreveram um texto sobre otema e, com o auxílio de folhas reco-lhidas nos jardins da escola, pintadassobre papel de seda, ilustraram osseus trabalhos. Todos receberam umdiploma de participação e guloseimas.

No Dia da Criança lançou-se um con-curso de texto a partir do tema “Quan-do eu for grande quero ser…” Destavez, houve prendas para as três me-lhores composições, mas todos rece-beram um certificado de participa-ção. As premiadas foram: LeonorQuintaneiro, 6ºC (1º lugar); Ana Te-resa Leote, 2ºA (2º lugar); DanielaGuerreiro, 3ºB (3º lugar).

NovidadesPara os mais desatentos, informa-

mos que se adquiriram novas colec-ções: duas do Harry Potter, o Clubedas Amigas, da Sue Welford, algunslivros da Biblioteca Médica da Famí-lia e outros do Astérix e do Tintin.Para breve, a assinatura das revistasportuguesas Casa Claúdia, Exame,Exame Informática, Visão e Turbo.

Navegue connosco! A biblioteca daescola espera por si.

T&M

A Convenção sobre os Direitos daCriança tem 54 artigos que explicamcada um dos seus direitos. Mas, tutambém tens responsabilidades paracom as outras crianças e para com osadultos para que todos gozem dosseus direitos.

Artigo 2º

Tens todos os direitos seja qual fora tua raça, sexo, língua ou religião. Nãoimporta o país onde nasceste, se tensalguma deficiência, se és rico ou po-bre.

Artigo 3º

Quando um adulto tem qualquerlaço familiar, ou responsabilidade so-bre uma criança, deverá fazer o quefor melhor para ela.

Artigo 7º

Tens direito a um nome e a ser re-gistado. Tens direito a uma nacionali-dade e o direito de conheceres e sereseducado pelos teus pais.

Artigo 9º

Não deves ser separado dos teuspais, excepto se for para teu própriobem, como por exemplo, no caso dosteus pais te maltratarem ou não cui-darem de ti. Se decidirem separar-se,tens de ficar a viver com um deles,mas tens o direito de contactar facil-mente com os dois.

Artigo 12º

Quando os adultos tomam qualquerdecisão que possa afectar a tua vida,tens o direito a dar a tua opinião e osadultos devem ouvir seriamente o quetens a dizer.

Conhece os teusdireitos…

Artigo 13º

Tens direito a descobrir coisas e di-zer o que pensas através da fala, daescrita, da expressão artística, etc.,excepto se, ao fazê-lo, estiveres a in-terferir com o direito dos outros.

Artigo 16º

Tens direito à privacidade. Podes tercoisas como, por exemplo, um diárioque mais ninguém tem licença paraler.

Artigo 19º

Ninguém deve exercer sobre ti qual-quer espécie de maus-tratos. Os adul-tos devem proteger-te contra abusos,violência e negligência.

Artigo 24º

Tens direito à saúde.

Artigo 27º

Tens direito a um nível de vida digno.

Artigo 28º

Tens direito à educação. O ensinobásico deve ser gratuito e não devesdeixar de ir à escola.

Artigo 33º

Tens direito a ser protegido contrao consumo e tráfico de droga.

Artigo 34º

Tens o direito a ser protegido con-tra abusos sexuais.

Artigo 42º

Todos os adultos e crianças devemconhecer esta Convenção. Tens direi-to a compreender os teus direitos eos adultos também.

Maria João e Catarina, 10º A

O direito a ser criança

Os participantes no Concurso da Primavera

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 99999

Parque de merendas

No dia 1 de Junho as turmas 5º B e6º C foram a Coloane, ao parque daDeusa A-Má. Partimos da escola decarrinha às 8:30h. Na carrinha está-vamos excitadíssimos com o dia queíamos ter. Chegámos por volta das8:50h e saímos da carrinha a correraté chegarmos às mesas para prepa-rarmos o lanche. Havia variados ti-pos de comida como por exemplo:brigadeiros, massas italianas, batatasfritas, sandes, sumos e água.Trouxemos rádio, ouvimos música edançamos muito. (...) O tempo passoucomo uma flecha. Foi uma pena.

Inês Costa, 5º B

Este dia foi, como habitualmente,celebrado pelos alunos mais novos danossa escola. As Livrarias de São Pau-lo e Portuguesa promoverem umaFeira do Livro no átrio, fazendo des-contos especiais na venda de livrosinfantis. No auditório foi projectadoo filme “A Espada Mágica”. Algumasturmas saíram em passeio, acompa-nhadas pelos respectivos professores.A nota dominante foi o divertimentoe a alegria. E porque esta página é de-les, quem melhor para dizer o que fi-zeram? Ora aí vai...

Dia Mundialda Criança

Passeio de junco

Na quinta-feira fomos passear dejunco no Rio das Pérolas. Foi muitodivertido. A viagem começou no Mu-seu Marítimo e depois subimos o rio evimos muitos barcos e pescadores. Onosso guia era muito engraçado e omelhor de tudo foi que nos deixou fa-zer quase tudo o que queríamos. Abordo brincámos e usámos coletessalva-vidas cor de laranja. Foi umaviagem muito gira.

Miguel Duarte, 6º A

(...) Depois, as turmas foram jogarvólei, ao mata, à apanhada,badmington e outros brincaram nosbaloiços e nos escorregas. Estas brin-cadeiras duraram quase a manhã in-teira. (...) Além das Directoras de Tur-

ma Manuela Nunes e Ana Veloso, tam-bém foram os professores JacintaPãozinho e Domingos Rodrigues queparticiparam muito na actividade.

Ana Trigo 5º B

Centro Cultural

Fomos ao Museu de Arte do CentroCultural. À chegada vimos dois filmesde desenhos animados, depois fomosbrincar no castelo insuflável, foi mui-to giro, fizemos corridas e saltámoscom meninos de outras escolas. Esti-vemos algum tempo na mediateca edepois fomos ver gravuras do Picassomuito modernas embora sejam doséculo passado! Alguns de nós foramfazer colagens com papel colorido eoutros materiais mas muitos volta-ram para o incrivelmente fantásticocastelo saltitante. Divertimo-nos e aomesmo tempo aprendemos pois anossa professora soube dar aquele

passeio cultural um toque de brinca-deira.

Texto colectivo do 5º A

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus1 01 01 01 01 0

Em portuguêsé que a gente

se entende

Durante as férias da Páscoa aescola acolheu novos alunosoriundos do Brasil. Curiosos,

partiram à descoberta da cidadee da gente que agora os recebe. Eporque férias permitem viagens,

um aluno da Escola Portuguesa deLuanda visitou também Macau e aEPM . O registo das suas impres-sões fica para quem o quiser ler.

Quando saí do Brasil para ir paraMacau achei que ia encontrar uma ci-dade muito parada, sem movimento,bem pequena e que todas as pessoasfalariam português. Cheguei aqui e odia estava nublado, frio, então acheia cidade fria, feia, cinzenta e já queriavoltar para o Brasil. Fui pedir infor-mação a um guarda, ele não falavaportuguês, então descobri que as coi-sas não eram daquele jeito que eu ima-ginava. Percebi que havia bastantemovimento de carros e pessoas e issoeu não esperava ter tanto. Com o pas-sar dos dias vi que Macau não era tãoparada assim, que as pessoas eramreceptivas... Fui a alguns restauran-tes e apanhei um susto, pois em vezde darem guardanapos, eles dão umrolo de papel higiénico, em alguns ba-nheiros há um buraco no chão... é le-gal você ver que aqui convivem duasculturas (chinesa e portuguesa) numaúnica cidade.

por entre nuvens pude ver um certotom azul.

Nos meus primeiros dias de estadaaqui em Macau realmente eu não per-cebi nada, já que o “Jet lag” é muitoforte, o que me fazia sentir mal. Às ve-zes até a imagem à minha volta tre-mia. Tudo que eu pensava era “Preci-so dormir, preciso dormir”. Com opassar do tempo fui me acostumandoe vendo o novo caminho que era tra-çado à minha frente.

Mais alguns dias e me matriculei naescola. A partir dai comecei a me sen-tir mais em casa, já que os colegas sãoparecidos com os do Brasil, e estãome ajudando a conhecer o sotaqueportuguês de “Estás a perceber?” aoinvés do irreverente “Tá entenden-do?”

Giancarlo Fellini, 11º A

Antes de sair me disseram que fica-va na África... mas ÁFRICA!!!! Outrosachavam que Macau ficava no Brasil,uma cidadezinha nordestina repletade praias. Mas realmente a maiorianão achava nada, as únicas coisas queeu ouvia eram, “Nossa, que longe?”,“Você vai sentir saudades do Brasil”,“É lá o lugar que tem o Big Mac maisbarato do mundo????” ou até “Vocêtá brincando comigo” e depois de ex-plicar toda a história, aparecia aque-le sonoro “Ainda não acredito”. Mas,não me importava com o que o pes-soal falava. Para ser sincero, nem es-tava notando que mudaria radical-mente de vida.

Eu deixei o Brasil à noite, com a pre-sença, no aeroporto, de minhas tias,tios, e avós a me desejarem boa sorte.

A primeira palavra que eu dissequando cheguei aqui foi “Aleluia”, jánão aguentava mais ficar sentado, 30horas de vôo era abuso ao meu bom-senso. Logo depois veio aquele receio“Será que eu passo na imigração?”.Aquela fila de pessoas esperando queo responsável pela entrada no paísdesse o visto, ou não, me assustava...nunca se sabe...

Saí do aeroporto. Fora o dia estavamelancolicamente frio e chuvoso.

Peguei o ônibus com destino ao JetFoil e olhando, através da janela, aprimeira impressão que tive é quetudo era muito cinza, muitoconstruído. No Brasil estava acostu-mado a ver espaços verdes, amare-los, marrons, azuis e, para meu espan-to, até o mar aqui era cinzento. Istonão é necessariamente ruim, nembom, mas somente diferente.

Chegando a Macau ainda estavachovendo e o céu manteve-se enco-berto até poucos dias atrás, quando,

O André Brandão, que se encontra no9º ano, tem 15 anos e frequenta a Es-cola Portuguesa de Luanda há 5 anos.É, na sua opinião, uma escola diminu-ta, situada no centro da cidade, quefunciona num edifício antigo. Há umtotal de 25 salas para os alunos do 5ºao 12º ano, e existe um único labora-tório para toda a escola, o qual temuma taxa de ocupação enorme. Exis-te uma sala de música, uma sala detrabalhos manuais e um ginásio, tam-bém de reduzida dimensão. E os alu-nos? diremos que são cerca de 1040!A escola não tem bar, nem refeitórioou biblioteca.André mostrou alguma pena pelo fac-to de a sua escola não ser mais apoia-da pelas autoridades portuguesas. Se-gundo nos disse, parece que aindanão foi disponibilizada a verba paraconstruir a futura escola, apesar de ogoverno angolano já ter dispo-nibilizado o espaço para essa constru-ção.A grossa maioria dos professores da-quela escola, cerca de 66 docentes, éproveniente de Portugal, apesar de al-guns virem de Moçambique. Quantoaos alunos, esses são maioritaria-mente angolanos, havendo, em mé-dia, 30 alunos por sala. O ambientegeral da escola é óptimo e o Andrédisse-nos adorá-la apesar de todas ascontingências.Depois de visitar as instalações danossa escola, o André disse ter ficadoagradavelmente surpreendido, tendoachado a escola bonita e com fantás-ticas condições. É caso para dizer que,neste caso, a galinha da vizinha não émelhor que a minha.

Joana Ferreira, 8º D

O que mais gostei de Macau é queaqui você pode apanhar o autocarrotranquilo, andar na rua até à hora quequiser pois não há perigo como noBrasil. Aqui estou tendo uma liberda-de maior do que eu tinha lá no Brasil.Concluindo, eu estou adorando mo-rar aqui e estou achando a cidademuito legal para viver.

Natasha Fellini, 11º E

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 1 11 11 11 11 1

Docas

bre

ves

na dança

A nossa escola está de para-béns. Nos dias 7 e 8 de Abrilteve lugar o XXI Concurso de

Dança, promovido pela DSEJ, em queparticiparam o Grupo de Folclore daprimária, conquistando o Prémio deExcelência, e o grupo de Dança Mo-derna, que alcançou, na categoria Se-cundária, o prémio de Mérito comValor, com a apresentação de umadança intitulada “A vida não é umadroga”e cujo suporte musical foi otema “Escolhas”, de Sara Tavares .

Os dois grupos são ensaiados pelaprofessora Maria José Vaz desde oinício do ano lectivo. Em conversacom o T&M a professora informou--nos de que o grupo de Dança Moder-na já tem dois espectáculos no seurepertório. Todas as coreografias sãooriginais e são feitas em conjunto como próprio grupo de alunas. Continu-em a somar prémios para a EPM.

e na declamação

A escola chinesa Pui Cheng acolheu,em 6 de Maio último, alunos de váriasescolas que participaram num con-curso de declamação de poesia que épromovido, anualmente, pela Asso-ciação de Educação de Macau. Doisgrupos de alunos do 1º Ciclo da nossaescola, orientados pelas professorasÂngela Lagariça (3º A) e FrancelinaTeixeira (3º B), conquistaram o pri-meiro lugar.

Concurso de desenhosinfantis

No dia 9 de Maio, no auditório doGabinete de Coordenação de Jogos da

Ásia Oriental, teve lugar a fase finaldo concurso de desenhos infantis “Co-lorir 2005”. O Filipe, do 3º B, foi se-leccionado para este últimoapuramento, a par de três outros alu-nos de escolas chinesas. Apesar denão ter ganho, o Filipe disse-nos quegostou muito de ter participado.

Manuela Aguiarem visita à EPM

Manuela Aguiar, deputada eleitapela emigração, visitou, no dia 14 deMaio, as instalações da EPM a fim dese inteirar do funcionamento da es-cola. Teve oportunidade de conver-sar com os professores e alunos, ten-do registado as suas impressões noLivro de Honra da EPM, as quais to-mamos a liberdade de transcrever:“Na Escola Portuguesa de Macau po-mos toda a nossa esperança no futu-ro da nossa língua e cultura numimenso país ao qual nos ligam laçosseculares de amizade. É admirável aobra aqui já realizada, das instala-ções e infraestruturas de grande qua-lidade, ao nível excepcional do seucorpo docente, ao entusiasmo e ale-gria com que os jovens seguem osseus cursos e ao sentido de comuni-dade bem vivo e visível até para ovisitante ocasional. Como deputada

Alunos do 3º B no concurso

Filipe, do 3º B, junto ao seu desenho

A deputada visita o 1º Ciclo

eleita pela emigração é um dever euma satisfação render homenagem aesta instituição, que se distingue entretodas as que conheço na diáspora eformular votos pelo seu engrandeci-mento, como espaço de encontro deculturas e de povos, continuando umabela história antiga”.

Carlos Bejafala de turismo

No âmbito da disciplina de Geogra-fia, o Dr. Carlos Beja, presidente doICEP, esteve na EPM, no passado 30de Maio, para uma sessão de esclare-cimento vocacionada para alunos do9º e do 11º Ano. O tema do encontrofoi o turismo em Portugal, tendo sidoapresentadas perspectivas turísticasdo nosso país, através da projecçãode um vídeo. O Dr. Carlos Beja refe-riu-se ao turismo como a profissão dofuturo, mencionando as diferentes li-cenciaturas desta área que compro-vam a crescente importância destaactividade.

T&M

E.P.M. somando prémios

Um dianos laboratórios

Numa iniciativa do 4 grupo, o dia 8de Maio foi dedicado às Ciências Físi-cas e Químicas. Assim, foi permitidoaos alunos do quarto, oitavo e nonoano um contacto directo com técni-cas laboratoriais. Durante todo o dia,os grupos de alunos passaram entre30 a 45 minutos nos laboratórios deFísica e Química onde fizeram experi-ências, manipulando algumas subs-tâncias. Os professores foram apoia-dos pelos alunos das disciplinas deTLQ I e II e de CFQ, que ajudaram osseus colegas mais novos na manipu-lação de substâncias. Na opinião deuma das professoras, a experiênciamais cativante foi a do vulcão. A ini-ciativa pretendeu sobretudo conquis-tar o interesse dos alunos para estaárea científica.

T&M

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus1 21 21 21 21 2

10

de

Ju

nh

o

Premiados do II Torneiodo 10 de Junho

A cerimónia de entrega de troféus decorreu noginásio da escola e estiveram presentes professores, alunos, a direcção da EPM e inúme-

ros convidados: Dr. Carlos Frota, acompanhado damulher, Dr. Sou Chio Fai, Dr. José Manuel de OliveiraRodrigues, Dra. Anabela Ritchie, Dra. Chan Pou Wan,Dr. Jorge Rangel, Dra. Lei Ka Lai e Dr. Lei Heong Iok.

Antes de se proceder à entrega das medalhas e ta-ças, teve lugar um breve apontamento musical, poralunos dos 5º e 6º anos, que interpretaram temas va-riados em flauta. Seguiu-se, então, a distribuição dostroféus relativos a quatro modalidades, a saber: fute-bol, basquetebol, voleibol e andebol. No torneio defutebol ficaram classificadas nos três primeiros luga-res do Escalão A, as equipas Os Cinco, Alakumulala eDespenteados; no Escalão B, Os Bujadores, U Suks e F.C. União; no Escalão C, Blink 6, Quiksilvers e Vans. Noque respeita ao torneio de voleibol, no Escalão A fo-ram classificadas nos primeiros três lugares as equi-pas B.P.S.C., Black Fire X e Alakumulala; no Escalão Bas vencedoras foram as equipas Champions, Win orLost e Swatch. Relativamente ao torneio de basque-tebol foram classificadas em primeiro, segundo e ter-ceiro lugar, no Escalão A, as equipas Monte Carlo,Shoyo e Basquetebol; no Escalão B as equipas F.B.M.,Sei Lá e Dager; no Escalão C os Blink 3, Chicago eTunder Storm.

As comemorações do Dia de Portugal, deCamões, das Comunidades Portuguesas (simulta-neamente, Dia da Escola Portuguesa de Macau),iniciaram-se no dia 7 de Junho, na EPM, com a en-trega dos troféus do II Torneio do 10 de Junho ecom a inauguração da exposição final dos traba-lhos dos alunos. À noite teve lugar, no átrio daescola, um serão cultural “Um Café e um Soneto”,cujo mote foi Camões e a Língua Portuguesa.

EPM associa-se aos festejos da Portu

“Não há portuguesExposição final

Após a cerimónia de entrega dos troféus, os convi-dados puderam então visitar a exposição final de tra-balhos realizados por alunos de todos os níveis de en-sino. Esta mostra de trabalhos, executados ao longodo ano lectivo, nas diferentes áreas disciplinares, es-tará patente ao público até ao final do mês.

Serão Cultural“Um Café e um Soneto”

À noite, pelas 20:30, a escola abriu de novo as suasportas, desta feita para acolher professores, alunos,pais, encarregados de educação e ilustres convida-

Na manhã do dia 10, cerca de quinhentas pessoas jtradicional romagem à Gruta de Camões. Foi declamadincerto”, em português, por alunos do 9º ano da nossSecundária Luso-Chinesa Luís Gonzaga Gomes. Os escvam o percurso até à gruta, onde foram depositadas, p

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 1 31 31 31 31 3

Luís Vaz de Camões

Luís Vaz de CamõesComo nós foi um menino.

Correu, saltou, brincouQuando era pequenino.

O grande poeta CamõesEscreveu versos com carinho.

Q’inda hoje, devagarinho,Enchem nossos corações.

Ele foi especial.Por isso ele é lembrado.

E agora está ligadoAo Dia de Portugal.

Palavras, leva-as o ventoJá antes alguém dizia.

Vamos parar um momento

E pensar no qu’ele escrevia.Palavras em movimento

Com tristeza e alegria.

Clube “Aprender Brincando”

Dia

de

Po

rtug

al

galidade

ses. Há Portugal.” Almada Negreiros

dos, o Cônsul Geral de Portugal, Dr. Carlos Frota, suaesposa, Dra. Arlinda Frota, o Presidente da CâmaraMunicipal de Macau Provisória, Dr. Luís Sales Mar-ques, sua esposa e o Dr. Jorge Rangel, entre outros,para assistirem a um serão cultural em que participa-ram alunos desde o 5º ao 11º ano. O serão, intitulado“Um Café e um Soneto”, foi uma iniciativa do Grupode Português, tendo como finalidade homenagear ogrande poeta, Luís de Camões.

A decoração proporcionava aos convidados umambiente calmo e descontraído, tendo o serão cons-tituído uma oportunidade para pais e encarregadosde educação confraternizarem. À entrada da escolaencontravam-se expostos três painéis, executados emtécnicas mistas, alusivos a Camões e à temática domar. Este trabalho colectivo, realizado por alunos dos

juntaram-se no Jardim Camões para participarem nado o soneto de Camões, “Tanto de meu estado me achosa escola e, em cantonense, por estudantes da Escolacuteiros, dispostos em pontos-chave do jardim, marca-por diversas instituições de ensino, as coroas de flores.

5º e 6º anos, no âmbito das aulas de EVT, foi dinami-zado pela professora Fernanda Dias e contou com acolaboração das professoras Ana Veloso e DulceRodrigues.

A recepção dos convidados era feita por alunos queos acompanhavam aos lugares e lhes serviam um café.

O serão iniciou-se com a declamação, por um grupode alunos do 5º ano, de um poema de Almada Negrei-ros sobre Camões. Seguiram-se sonetos na voz de al-guns alunos, em alternância com momentos de dançae música. No final, foi a vez de a assistência participar,tendo sido declamados sonetos de Camões. Foi o en-contro com o lirismo camoniano acompanhado peloaroma de uma “bica” bem portuguesa.

Francisca Beja (T&M)

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus1 41 41 41 41 4

com textosQuem sou? Serei?

Haverá um sítio em mim onde eu possa vero que já perdi?

Um sítio onde as luas e os sóis sejam todosiguais e brilhem à mesma hora, sem medo deum vir primeiro do que o outro? Sem ter medoda luz apagar o escuro e o brilho da noite ilu-minar o dia incandescente? Serão estas as pa-lavras de um mero louco numa sociedadeanonimamente conhecida entre todos e pormeros anónimos conhecidos no mundo? Seráque tudo o que eu vejo, tudo o que eu sou, tudoo que eu sinto, tudo o que eu penso, tudo oque eu ouço e tudo em que eu acredito e nãoacredito, serão apenas meras ilusões comomuitas outras coisas chamadas ilusões? Seráque a “nossa” ilusão é sim a verdadeira reali-dade nos olhos dos outros que vêem a “nos-sa” realidade como ilusão? Será que aquelesde quem nós tomamos conta são aqueles quetomam conta de nós noutro “sítio”? Será queme faço entender neste texto?

Não acredito na verdade, pois ela mente emuda de opinião cada vez que eu a interpre-to de maneira diferente. E por mais que metentem levar para essa verdade, eu não se-guirei esse caminho porque eu fui condenadoa ser livre e, por isso, sou condenado a esco-lher o meu passeio, o meu destino, o meu pen-samento.

Eu quero ir para o sítio onde ninguém te-nha ido, porque eu quero saber outras ver-dades mentirosas, eu quero saber o que hámais para além do que o meu pensamento e omeu olhar alcançam.

Eu posso saber mais do que qualquer pes-soa e posso querer saber menos, eu posso dara conhecer tudo o que eu sei aos outros e pos-so não dar nada a conhecer, posso dar tudofeito aos outros e posso fazer com que os ou-tros façam tudo para eles.

Não me quero prender numa ideia, numpensamento, num sentimento, num tempo,numa época, num sítio, num olhar, mas que-ro ter alguém para agarrar, falar, sentir, bei-jar, gostar, admirar, sonhar, olhar, pensar etudo aquilo que me der prazer dar-lhe.

Eu não me agarro a ninguém, nem meapoio a ninguém. Não quero que me agarrem!Mas quero ajudar os outros a resolverem osseus problemas e más memórias, pois eu amoaquele que me amar por quem eu sou e nãopelo que eu faço e tenho.

Eu amo a vida... e você? Já viveu muito dasua curta vida?

Kico, 10º B

Sonhar é fácil?

Sonhar é fácil? Bom, pelo menos os cien-tistas dizem que é tão fácil que, de facto,mesmo que não quiséssemos, seríamosobrigados a fazê-lo. No entanto, o conteú-do dos sonhos parece ser mais difícil de es-colher. Afinal, se fosse assim tão fácil deescolher o que sonhamos, ninguém teriacertamente pesadelos. Tal deve-se prova-velmente ao facto dos nossos sonhos esta-rem ligados tanto às nossas vivências dodia-a-dia, como aos pensamentos que te-mos e às vezes também ao nosso bem-estarfísico. Estes três ingredientes cruzam-se denoite nas nossas cabeças e originam sonhosbons ou maus. Portanto, estes sonhos noc-turnos formam-se instintivamente, en-quanto que o seu conteúdo é relativamenteimprevisível.

No entanto, existem outros sonhadores –aqueles que gostam de prolongar pelo diafora os bons sonhos que têm de noite. Estessonhadores diurnos poderão ter sonhos co-rajosos, se sonharem com o inatingível, ouentão sonhos medrosos se sonharem comaquilo que é facilmente atingível.

Na História, houve “sonhadores” extre-mamente importantes, que, colocando afasquia alta, se tornaram em sonhadorescorajosos. Um exemplo muito conhecido éo de Martin Luther King, que pretendia queos E.U.A. se tornassem num país socialmen-te justo, onde não houvesse discriminaçãoracial. O seu sonho era tão grande que in-comodou muita gente, gente esta que quiscessar o seu sonho. Com tal objectivo, as-sassinaram-no. Mas por essa altura o seusonho, coberto de justiça, razão e coragemjá se tornara imparável, caminhando comfirmeza para a sua realização.

O sonho está para a semente como a rea-lidade está para a árvore; se a semente ti-ver os ingredientes certos (coragem e ra-zão), germinará.

Sendo assim, o sonho tanto pode ser umairrealidade como uma potencial realidadebem ao alcance de todos nós.

Sonhem bem!

Renato Fonseca, 10º A

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 1 51 51 51 51 5

Deve ter o material necessárioÉ aplicadoSabe estudar e aproveitar a vida ao máximoSabe a teoria mas não a decoraFaz cábulas para depois as deitar fora por-

que ficou tudo na cabeçaÉ pontualSabe calar-se quando necessárioNão suja as carteiras ou o chão porque o alu-

no seguinte vai sujar o livro que puser debaixoda carteira

Chega a horasEntrega os trabalhos a tempoEntra em actividades extra-curricularesEstuda diariamenteNão é graxistaÉ crítico, exprime as suas opiniõesNão perturba as aulas e é atentoEncara os estudos como o seu dever princi-

pal e como a projecção do seu futuroNunca faltaNão culpa o professor pelos erros que ele

próprio cometeSabe aceitar as opiniões dos outrosRespeita o professor e os colegasVem sempre bem uniformizado e limpoSabe aplicar o que aprendeuÉ honestoRespeita o regulamento interno

opiniões recolhidas entre os alunosdo 11º A, C e D

O aluno ideal é aquilo que eu não sou, masque não me importava de ser.

O aluno ideal não é o aluno das anedotas doZézinho, mas aquilo que cada um conseguefazer de melhor enquanto estudante.

O aluno ideal seria uma pessoa perfeita. Con-tudo, ninguém é perfeito, costuma-se dizer. Sóas acções e as intenções o podem ser. Eis, paramim, uma característica do aluno ideal: acçõesperfeitas.

Cada professor deve julgar por si o que é umaluno ideal e não ripostar o que o outro acha.Como diz no meu livro de filosofia: “Pensarimpessoalmente não é pensar”. E gostos nãose discutem.

depoimentos dos alunos do 10º A e B

Ideais , para quê?

Aquele que passa a impressão de ser amigodos alunos, não inimigo; que é rigoroso masmaleável.

Um dos principais requisitos de um bomprofessor é ter amor no ensinar e mostrar aoaluno o gosto pelo saber. O professor deve es-tar à vontade no partilhar dos seus conheci-mentos e ensinar muito mais do que está noslivros; deve comprovar a utilidade daquilo queensina, para que o aluno não pense que o queacabou de aprender é totalmente inútil e quenão possa tirar disso proveito pela vida fora.

O professor ideal provavelmente só existiriase o aluno tivesse muita imaginação, pois aperfeição do professor seria sempre a criaçãodo aluno. O professor ideal teria de ser mon-tado criteriosamente e quem o conseguissefazer obrigatoriamente desfrutaria da obraconcebida.

Ter um professor ideal a ensinar-me, desi-ludia-me muito, pois assim saberia que se já otinha tido, perderia a esperança de ter ummelhor. Prefiro mesmo não o ter e ir aprovei-tando os bons momentos com os professoresque tenho.

Para mim um professor ideal seria um ho-mem, sim um homem! Alto e com barba bran-ca. Não me perguntem porquê, pois a respos-ta seria um simples encolher de ombros.

Ser um professor ideal é saber proteger osalunos como os pais cuidam dos seus própriosfilhos.

O professor ideal tem de saber adaptar-se àidade dos alunos e aos tempos que correm.Não é aquele que não manda T.P.C. ou nosdeixa fazer o que nos apetece; não é aquele quenos deixa falar e fecha os olhos como se nãotivesse visto nada. É aquele que exige mas éafectuoso, irrita-se mas é compreensivo. É daescolha do aluno que dependerá o seu futuroe é do apoio do professor que esse futuro seconstruirá!

Aquele que sorri.

opiniões recolhidas entre os alunosdo 10º A e B e 11º A, C e D

O aluno O professor

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus1 61 61 61 61 6

his

tóri

as d

e p

alm

o e

mei

o

Poema

para a

mãeÓ mãe és uma florTão bonita que nem acreditoComo és muito carinhosaTens um coração de amor

Ó minha mãe, minha mãeÓ minha mãe, minha queridaObrigado por tudo o que me tens dadoEspecialmente por me teres dado a vida

Ó minha mãe, minha mãeTu és para mim a luaQue me ilumina sempreSeja em casa ou na rua

Ó minha mãe, minha queridaNeste teu dia, afinalRecebe muitos beijinhosDeste teu querido filhoComo se fosse Natal

Do teu querido filho: Marcos Modesto

O dia do PaiÉ um dia feliz.O Pai fica contente do seu filho petiz.No dia do PaiO Pai fica contente.O Pai gosta mesmo muito do seu pequeno presente!O presente é pesado.O presente é pequeno.O presente tem muitas cores, incluindo a cor do feno.O presente estáNo meu saquinho. Não está no carroMas está embrulhadinho.Vem Pai!Vamos abrir o presente. Quando tu o abriresVais ficar muito contente!Adeus, adeus,Ó meu paizinho.Eu vou para o piano,E tu ficas mais lindinho.

Um beijinho do Tomás

Dia do pai

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 1 71 71 71 71 7

Uma viagem a Cantão

Tudo começou no dia 13 de Abril,em Macau, às 7:00h, ahora em que eu e a minha família acordámos, porque o auto-carro de turismo do hotel ia partir para Cantão às 8:30h. Nopercurso entre Zhuai e Cantão, parámos numa zona turísticaonde havia um jardim, casas de cerâmica, brinquedos, colec-ções e uma casa de chá, onde uma das especialidades era lei-te com gengibre. Após a minha mãe ter bebido o tal leite (eu,a minha irmã e o meu pai, nem sequer nos atrevemos a to-car-lhe com a língua, Bleargh!), fomos para o jardim.

Lá dentro, havia um grande lago com anfíbios, carangue-jos e nenúfares. Ficámos ao pé do lago durante algum tempoà procura do Sapo-Boi. Como andávamos à procura do Sapo-Boi com a vista, ainda chegámos a julgar um botão de Nenú-far como um sapo! Após a busca fracassada, voltámos para oautocarro e continuámos a viagem até Cantão. Durante essaparte do tempo, adormeci.

Quando chegámos a Cantão, fomos almoçar a um restau-rante indiano situado num centro comercial e depois fomospara o parque de diversões infantil, jogámos alguns jogos depontaria e depois fomos para a casa do terror, que era umTitanic. Depois, fomos para uma casa de loiças de colecção.Comprei, com a minha semanada em remimbis, uma tacinhade porcelana transparente, chamada “casquinha de ovo”, paramandar à minha melhor amiga, de Portugal, numa carta.

Depois voltámos novamente para o autocarro e fomos di-rectamente para o Garden Hotel. Descansámos um pouco eàs 5:00h da tarde fomos jantar num restaurante chinês. Se-guidamente, fomos novamente para o autocarro e, desta vez,deixaram-nos sozinhos com a guia, numa grande rua movi-mentada. A pé, andámos a ver lojas e fomos ver uns tapetesantigos do Tibete.

No dia seguinte fomos de autocarro a uma outra casa dochá. Bebemos uns chás e depois, a minha mãe comprou acolecção toda de chás que havia na loja (um frasquinho comum conjunto de cada uma das ervas do chá) e mais um con-junto de chávenas e chaleira de porcelana para servir chá.Voltámos para o autocarro, fizemos a viagem de volta a Zhuai,despedimo-nos da Guia Turística e voltámos a passar as fron-

teiras. Lá em casa, esperava-nos a Malhada.

Mariana Fonseca, 4º B(texto adaptado pelo T&M)

A primavera

Num dia de Primavera fui ao campo andar de bicicleta como meu avô. E gostei muito.

Lá havia muita relva, flores coloridas, árvores grandes epássaros a voar. As flores coloridas cheiravam bem.

Alguns meninos brincavam à bola, outros corriam de umlado para o outro. Eu brinquei com outros meninos.

O sol e o canto dos passarinhos alegraram este passeio nocampo. Gostava de ir mais vezes ao campo com o meu avô.

Carmen Sousa, 3ºA

Trabalho colectivo do 3º A

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus1 81 81 81 81 8

on

le

dit

en

fra

nça

is

Adriano: Ma mère est jolie et intelligente. Elle saitcomment bien élever ses fils. Elle est calme, elle nousécoute, elle nous comprend, elle nous aime. C’est lapersonne qui m’aime le plus. J’ai besoin de ma mère.

Catarina Lau:J’adore ma mère. Elle est belle, gentille et douce. Elle m’aide

quand j’ai des problèmes parce qu’elle est très calme etcompréhensive. Nous faisons des gâteaux et nous allons auxcourses ensemble. Elle m’aime beaucoup: j’en suis sûre.

André: Ma mère est compréhensive mais aussi très exigen-te. Elle m’aide beaucoup quand j’ai besoin de quelque chose,parce qu’elle est calme et patiente. Elle aime danser et écouterde la musique. Elle adore tout ce que la nature lui peut offrir.Ma mère est super!

Carolina: Elle est belle, sympa, intelligente et trèslabourieuse. Elle est calme mais quand je fais quelque chosequi n’est pas correcte elle perd un peu sa douceur et elle sefâche avec moi. Elle m’aide toujours. Elle m’enseigne sur lavie. Elle me donne tout ce que j’en ai besoin. Je l’adore.Maman, tu es vraiment super!

Angélica: Ma mère est jolie, gentille, calme, affable,décontractée et très sympathique. Mais elle a ses principes.Quand elle s’aperçoit qu’elle doit imposer des règles pour monbien, elle n’hésite pas à le faire. Elle concilie très bien le travailet la famille. Elle est géniale! Ma mère est optimiste etcompréhensive.Les mots tendres et pacificateurs qu’elle medit sont très réconfortants. Ma mère est ma meilleure amie.Je t’adore maman!

Catarina Paulo: Maman je t’aime bien. Tu es gentille comme

un oiseau, jolie comme la nature, douce comme un enfant.Tu m’écoutes, tu me conseilles, tu me caresses. Tu esunique, une personne incroyable qui est là, toujours. Jene sais pas ce que je ferais sans toi. Merci maman, je t’adore.

Luís: Ma mère est très sympa. Elle s’amuse beaucoup à joueravec moi et mon frère. Elle est responsable quand elletravaille, mais paresseuse quand elle préfère dormir à la foisde faire de la gymnastique. Le dimanche, elle aime aller à lamesse. Malheureusement, je dois aller avec elle. J’aime mamère, elle est ma meilleure amie.

Susana: Parfois ma relation avec ma mère n’est pas facile.Elle dit que je suis à “l’âge de l’armoire”. Peut-être. Mais noussortons ensemble pour faire des courses ou simplement pourfaire des promenades. Je me dispute avec elle parce que nousavons des avis différents, pourtant je pense que ça c’est nor-mal. Nous nous aimons beaucoup.

Soraia: Ma mère est une personne très importante pour moi.Elle est sympa, sociable, patiente, travailleuse. Elle m’aideavec mes devoirs et à résoudre mes problèmes. Elle me parle,elle m’écoute. Ma mère est super!

Gonçalo: Ma mère est très belle. Ses cheveux sont longs etblonds. Elle est petite et mince et les yeux sont marron. Elleest gentille et intelligente. J’adore ma mère.

Catarina Machado: Ma mère et moi, nous sommes toujoursensemble. Nous regardons des films, nous allons aux courses,nous partageons nos sentiments et nos avis à propos de tout.Elle est jolie, sensible et douce. Elle aime les fleurs et lesanimaux. Ma mère est très importante dans ma vie.

Guilherme Martins: Ma mère est très spéciale. Elle est unearchitecte intelligente, géniale, dynamique. Elle est mignonneet jolie. Ses yeux sont verts et les cheveux sont courts. J’aimebeaucoup ma mère.

Joana: J’adore ma mère. Elle est belle, sympa, mais plusimportant que ça c’est l’amitié qui nous approche. Elletravaille beaucoup, mais elle concilie très bien sa profession

Maman,tu es super!

Tous les psychologues sontabsolument unanimes sur le sujet:

l’idylle familiale n’existe pas! Lacause? Les adolescents qui, de plus

en plus, cherchent leur vie et veulentvivre leurs propres expériences. Ilest donc normal et même impératifqu’ils se détachent un peu de leursparents. Malheureusement, il est

bien souvent douleureux etincompréhensible pour les parents,surtout pour les mères. Cela ne veutpas dire que les adolescents ne les

aiment pas. Au contraire, ils lesadorent! Et la mère c’est toujours

leur maman. Voilà leurs confessions:

Des élèves du 8ème C saluent leurs mamans

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 1 91 91 91 91 9

exp

ress

ing

in

en

gli

shI like my shadow and it likes meBut sometimes it hides where I can’tsee.Sometimes I smash it but it doesn’tcryAnd I start thinking, “Why? But why?”It’s always with me, so we can playI run after it all dayWhen there’s no light and no sunIt seems afraid and tries to run

My little shadow is better than goldIt’s the best shadow of all the worldSometimes it’s scary and very tallSometimes it’s funny and very small

My dark shadow is my best friendAnd now “goodbye”For this is the end.

Núbia

I have a shadow that goes wherever IgoBut when I’m in a dark place,I can’t see it.It is just like meWhen I walk, it walksAnd when I stop, it stops.

Sometimes I imagine thatWhen I go out of a swimming poolIt throws water on me.Sometimes I imagine my shadowleaving meTo take a holiday in Japan.

Edite

et la famille. Ma mère est la meilleuremère du monde. Je suis bien heureused’avoir une mère comme la mienne.

Marta: J’adore ma mère et ellem’adore aussi. Nous sommes devraies amies. Parfois, nous avons desavis différents et c’est difficile de luifaire comprendre mon point de vuesur des questions quotidiennes. Jesais que je passe par un âge difficileauquel elle appelle «l’âge de l’armoire.Mais je veux seulement être un peuplus indépendante. C’est vrai quej’aime les amis, les sorties, l’internetmais je l’aime au-dessus de tout.

Sandra: Ma mère est très importantepour moi. Elle est une grande et vraieamie parce qu’elle comprend mesproblèmes et elle m’aide à les résoudre.Elle est patiente, compréhensive etdouce. Je l’adore!

Sofia: Ma mère est une personne debonne humeur, mais quand elle estennuyée, elle est bien sérieuse. Elle estpatiente, chérie, indépendante et

Poetry by the students ofPoetry by the students ofPoetry by the students ofPoetry by the students ofPoetry by the students ofthe 7the 7the 7the 7the 7ththththth form, class C, on the form, class C, on the form, class C, on the form, class C, on the form, class C, on thesubjectsubjectsubjectsubjectsubject “My Shadow”

Sometimes my shadow is bigSometimes my shadow issmallBut it’s always following meWhether it’s big or small

Edgar

My shadow is quite funnyWhen it’s nice and sunny.But when the night falls downYou wouldn’t like to see itIn a dark part of town.I would like to seeHow my shadow is useful tome.If you have an ideaOr even the slightest clueE-mail meAt the house of blue.

Ana Isabel Pãosinho

MY FRIENDMY FRIENDMY FRIENDMY FRIENDMY FRIEND

I have a friend who likes footballBut he never plays at allWhen I ask him a questionHe never pays attention

When he’s badI am sad

He has a big houseBut there’s always a little mouse

He is crazy for foodBut he’s really good!

Ronnie, 7ºB

MEMEMEMEME

I’m so small sometimes…I’m so big when I am happy

But I look so sad to myselfI look like a small flowerIn the streetOn the floorAlmost dying…I look so sadBut I don’t know whyI have everything I want!I just feel like crying…I’m so luckyComparing to so manyboys and girlsThey don’t seem sad to me.I think everyone lookshappy!Do you know what I feel?I feel that I’m nobodyI feel that I’m small! (I onlyfeel like that sometimes…)

Bruna, 7ºA

MY LIFEMY LIFEMY LIFEMY LIFEMY LIFE

My life is very simpleMy life is like a flowerThis flower is growing upIt is opening to lifeStanding beautifullyTowards the blue skyIn this garden of the worldIn the middle of other flowers.My life is very beautifulMy parents take care of it like a flowerAlways carefullyAlways lovingly…

Tânia, 7º A

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus2 02 02 02 02 0

Forester tornou-se um escritor ilus-tre depois ter ganho o prémio Pulitzercom um dos mais belos romances con-cebidos há quatro décadas. Por razões

leituras

Livros, sugestões para fériassugestões para fériassugestões para fériassugestões para fériassugestões para férias

Um livro interes-sante para quemgosta de ler roman-

ces é o de “Jane Eyre”. Jane é órfã emaltratada pelos primos na casa desua tia. A seu pedido, é levada paraum colégio interno onde permaneceaté aos 18 anos, primeiro como alunae depois como professora. Pobre e de-samparada, a sua vida muda de rumoquando começa a trabalhar na casado Sr. Rochester como preceptora dapupila deste e onde é bem tratada. En-tretanto, apaixona-se pelo seu patrãoe este decide casar-se com ela. A úni-ca coisa que os impede é um segredoque fica no sótão e que foi guardadodurante anos.

Muito antes de conhecer Jane, o Sr.Rochester já se tinha casado. Ao desco-brir que a sua esposa era louca, tranca-a no sótão de sua casa. Quando Janevem a saber desta história, foge da casae vagueia por lugares desconhecidos atéser recolhida por três primos. Um diarecebe uma carta que fala duma heran-ça grandiosa. Jane volta para a casa doSr. Rochester e não o encontra. Parasaber o resto, é melhor que leiam o li-

vro.

Jill Castillo, 8º B

Título: Jane Eyre

Autor: Charlotte

Brontë

pessoais, deixa o mundo civi-lizado e refugia-se num quar-to obscuro e oculto.

Durante quarenta anos vivecompletamente só e afastado dequalquer contacto com o exte-rior, excepto quando lava as ja-nelas do último andar de um prédio es-guio onde mora, no interior do Bronx.Isto acontece até ao momento em queJamal resolve ir ao escuro apartamen-to. Pretendia este buscar algo que pro-vasse junto dos amigos que não era li-mitado por simples obstáculos, já que avizinhança tinha temor do andar soli-tário. É então que Jamal, estudante, jo-gador de basquetebol e com muito jei-to para escrever, sobe umas escadasescuras até ao cimo do prédio e partepara uma das mais emocionantesaventuras da sua vida.

Jamal e Forester conhecem-se nummomento de medo e intenso suspensee Jamal é obrigado a fugir, deixandopara trás os seus mais preciosos perten-ces, como alguns dos “rascunhos” quetrazia consigo.

Forester lê alguns destes papéis eidentifica, de imediato, no invasor doseu apartamento, um pequeno grandeescritor. Deixando-se levar pela escritaresolve corrigi-los e fazer algumas ano-tações. Dias depois, atira tudo pela ja-nela e Jamal, que jogava no pátio, recu-pera as suas coisas.

De uma maneira pouco vulgar,Forrester e Jamal tornam-se então com-panheiros e juntos enfrentam o mundo.As dificuldades são muitas já queForrester receia a realidade e Jamal évítima de um professor frustrado e deuma escrita mal sucedida, que o perse-gue intelectualmente. Mesmo assim,com tudo o que lhes é adverso, estes doisescritores de coração e alma, juntos porum mesmo ideal, ultrapassam os pro-blemas que vão surgindo e geram umaamizade que durará a vida inteira.

Nos principais papéis temos SeanConnery e Rob Brown a garantirem a

qualidade de um filme a não perder.

Diogo Martins, 10º A

Filmes

Título: Finding

Forrester

Realizador: Gus

Van Sant

“O Cântico deAlbion” é um livrocomposto por trêsvolumes (I – A Guerra do Paraíso; II –A Mão de Prata; III – O Nó Interminá-vel) em que o mito celta colide com avida moderna numa história entre tem-pos.

“Tudo começou com o auroque…”,com lobos que rondavam as ruas deOxford, com um Homem Verde que as-sombrava as terras altas…Lewis Gilliese Simon Rawnson, estudantes deOxford, encontram-se assim frente afrente com um antigo mistério. Arran-cado à força dos maravilhosos cumes deOxford, por Simon, para os enevoadosvales e pântanos da Escócia, Lewis an-seia um pouco mais do que um agradá-vel fim-de-semana. Mas a estrada a nor-te leva-os para um místico cruzamentoonde Simon desaparece após ter entra-do num cairn.

Ajudado por um perito em assuntosceltas, o prof. Nettles, Lewis reconheceque se encontra no local onde doismundos se cruzam, no tempo-entre-tempos, e vai em busca do seu amigoSimon. Em Albion, ambos se tornamgrandes guerreiros, mas tomam posi-ções diferentes. Lewis segue o bomPhantarch, enquanto Simon se une aodemoníaco Nudd, Rei das Trevas. Sótrazendo Simon de volta ao nosso mun-do se pode salvar Albion.

Com o “Nó Interminável”, Lawheadexecuta o último acorde retumbante deo Cântico de Albion…Lewis é agora LlewMão de Prata, o grande rei de Albion.Mas o Homem de Bronze (Simon) de-safia a sua soberania, e Llew é obrigadoa escolher entre a honra do seu papelcomo rei e entre o desejo do seu cora-ção (desejo esse recuperar o seu maiortesouro, a sua amada). Começa então, a

última batalha.

Maria João e Catarina, 10º A

Título: O Cântico

de Albion

Autor: Stephen

Lawhead

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 2 12 12 12 12 1

Viagens

S ituado no arquipélago

indonésio, Bali é uma peque-na ilha com uma área de 5620

km. A norte e sul das montanhas cen-trais encontram-se as zonas dedicadasà agricultura, enquanto que a sudoestese revela a popularidade da ilha atravésdos quantitativos turísticos. Dedicadaao artesanato, turismo e agricultura,Bali é sem dúvida um local atractivo, anível mundial, e recheado de tradiçõesreligiosas.

A população é na sua maioria bastan-te pobre o que consequentemente expli-ca o facto de 75% dos seus habitantesnão terem mais do que o nono ano.Muitos são os que seguem a profissãopaternal, dedicando-se à agricultura:esta, assim como as manufacturas, sãoainda muitíssimo rudimentares, sendoa mecanização inexistente. Relativa-mente ao tipo de culturas na sua maio-ria estão bem presentes na paisagem dailha através dos belíssimos terraços dearroz.

O clima tropical de temperaturas os-cilantes entre os 19 e os 33 graus centí-grados, belas praias e a população sim-pática são a fórmula ideal para atrairturistas. Sendo visitado por milhõesdeles todos os anos, o Bali tem uma in-jecção permanente de capital que atra-

vés do comércio dinamiza a economiada ilha. Contudo, curioso é o facto detodos os produtos lá vendidos seremimportados uma vez que a ilha não temcondições de os produzir. Porém, ape-sar de importados é fácil comprar poruma quantia quase simbólica.

Outro dos aspectos interessantesprende-se com o lado religioso. Parapessoas de uma cultura diferente ima-gine-se como é curioso o facto de algunsdos indivíduos andarem com arroz natesta... Uma enorme curiosidade quetem a simples explicação de ser parte deum ritual de purificação do corpo e doespírito. Mas os rituais estranhos nãoficam só por aqui! Imagine o seu espan-to se um dia for pela praia e encontrarum grupo de pessoas com uns trajes es-tranhos, com imensas flores, todos mui-to divertidos a cantar e a atirar comi-das deliciosas ao mar, enquanto simul-taneamente tentam matar uma galinhabranca. Outro facto que nos pode fazeralguma confusão é o facto de todas asfamílias, por mais pobres que sejam,terem um templo.

Enfim, Bali é um mundo de novida-des e descobertas; a porta para umanova cultura simpática e cativante.

Sofia Pablo (T&M)

Bali, um destino a descobrir

passa tem

pu

s

Identifica na horizontal, ver-tical, de cima para baixo, debaixo para cima, da direita paraa esquerda e da esquerda paraa direita, as seguintes palavras:

AdamastorCamõesÉpicoEpopeiaGamaInêsLíricoLusíadasRenascimentoVénus

Sopa de letras

Este é o famoso “Problema das oitorainhas do xadrez”: Coloque oito rai-nhas no tabuleiro de forma que elasnunca fiquem em posição de ataque emrelação a outra rainha.

Existem 92 soluções possíveis.

Xadrez

A N L U S I A D A S A C F

T Q I A V D B A B X R O E

V A R T S E N I G T E A R

R T I C I C U B R I N D O

V O C S G M J C L H A C T

E D O M I X V A G I S D S

N Z E X O V T M J O C H A

U M T D L U Z O Q M I A M

S U A M A G C E S E M U A

U X L J S O D S N D E R D

S A E P I C O C O E N T A

M G O R F Q T V P A T M P

I O E P O P E I A L O V A

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus2 22 22 22 22 2

Bleach Effectem conversa com o T&M

A banda é constituída por Kico,André, Bernardo e Cristóvão (que dáuma ajuda na bateria) que se juntaramhá cerca de um ano; no fim do verão abanda viu partir a sua baterista queeles consideram ser uma peça funda-mental já que sem ela o projecto nun-ca poderia ter avançado. O nome dabanda prende-se com o tipo de letras ede música que fazem.

Consideram-se influenciados pelosNirvana, Pearl Jam, Radiohead e Or-natos Violeta e a sua música é uma jun-ção de vários estilos que vão experi-mentando com guitarras acústicas atéencontrarem o estílio que os identifi-ca. Os temas são maioritariamente eminglês havendo, contudo, projectospara algumas músicas em português.Grande parte da sua produção é pró-pria – “River Wild” , “Here”, “Jam”-mas também tocam músicas de outrasbandas.

Por enquanto não tencionam prosse-guir carreira musical e estão juntosapenas para se divertirem. A maioriados elementos da banda estudou mú-sica durante três anos e apenas um, oBernardo, continua a sua formaçãomusical. Costumam ensaiar num estú-

dio na Areia Preta e, mais recente-mente, no Clube de Jazz.

O sonho desta banda ( não será o detodas?) é ter uma editora e produzir

um disco.

Drafts

Cristóvão Vilela, Hugo Neves, MárioCastro e Miguel Morgado constituemos Drafts, a banda mais jovem da EPM.Formaram-se em Fevereiro do ano pas-sado porque têm a paixão da música equeriam tocar aquilo de que gostam.Têm feito alguns concertos, sendo omais recente o do Forum, em parceriacom bandas de outras escolas chinesas.

São influenciados pelos Limpbiskit,Korn, Deftones e CypressHill . Cantamem português e inlgês e, por enquan-to, não têm temas originais. Na opiniãodos elementos dos Drafts é fácil cons-tituir uma banda em Macau já que acidade é pequena e há muitos apoios.Os ensaios decorrem no Clube de Jazze em estúdios alugados.

O sonho da banda é gravar um dis-co, tornarem-se famosos e terem mui-

tos fans.

Nádia e Francisca (T&M)

cá d

os

no

sso

s

Todas as semanas, os Bleach Effect, os

Drafts e, mais recentemente, as Green

Eyes, bandas da nossa escola, juntam-se no

Clube de Jazz para encontrarem na música

uma forma de expressão diferente e uma

maneira de escaparem à rotina das aulas.

Fiquem com as “Boys’ bands”. Da próxima,

trazemos a banda feminina.

É certo que todos nós preferimos en-viar correspondência através do correioelectrónico em vez de cartas! E porquê?Porque é mais fácil e leva pouco tempoaté chegar ao receptor! E por isso quan-do nós mandamos algum cartão vamosao www.bluemountain.com! Portanto arealidade é esta, escolhemos os cartões,ouvimos a musiquinha que nem sempreé apreciada e às vezes vemos algumaanimação nos cartões! Muito excitan-te! Pois agora acho que é melhor mu-dar a mentalidade e começarmos a verque há sites muito melhores! O exem-plo é do site www.ohmygoodness.com!Aqui temos cartões cómicos, muitosdeles cheios de animação e com mú-sica! Dêem uma olhadela, acho queirão gostar!

Bernardo Figueiredo, 11º A

www.sites.com

xadrez (uma das soluções possíveis)

soluçõessopa de letras

A N L U S I A D A S A C F

T Q I A V D B A B X R O E

V A R T S E N I G T E A R

R T I C I C U B R I N D O

V O C S G M J C L H A C T

E D O M I X V A G I S D S

N Z E X O V T M J O C H A

U M T D L U Z O Q M I A M

S U A M A G C E S E M U A

U X L J S O D S N D E R D

S A E P I C O C O E N T A

M G O R F Q T V P A T M P

I O E P O P E I A L O V A

Jornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola PJornal da Escola Portuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macauortuguesa de Macau 2 32 32 32 32 3

DOCAS

p

or

Pa

tríc

ia S

ou

sa

AAPEP, a convite do Clube de Jor-nalismo, fez a síntese das suas iniciativas num texto de que publi-

camos excertos.

“(…) Conhecer as instalações da EscolaPortuguesa (...) foi o nosso primeiro pas-so. Considerando que conhecer o espaçoonde os nossos filhos passam grande par-te do seu tempo ajuda a compreendê-los,sugerimos à Direcção que se organizas-sem Dias abertos aos Pais dando-lhesoportunidade de conhecer a escola.

Os acessos à Escola foram também mo-tivo de reflexão e solicitámos às autori-dades competentes a mudança da para-gem de autocarros que, dada a localiza-ção em frente à Escola, provocava, paraalém de enormes engarrafamentos, o de-sespero permanente dos pais a explica-rem ao guarda da PSP que era só um mi-nuto.

Porque nos pareceu que nem sempre asopiniões dos pais coincidiam, decidimostornar objectivas as suas principais preo-cupações e sugestões. Foi então elaboradoum questionário técnico que, incidindo emvários aspectos, haveria de trazer-nos ele-mentos objectivos sobre o nosso objectode preocupações – A Escola e osEducandos. Fez-se a entrega de um questi-onário por aluno (cerca de 800) e recebe-mos cerca de 200. (…) Os resultados finaisdeste inquérito, cujo relatório final está aser concluído, serão em breve discutidoscom os pais.

Das reuniões em que temos participadona qualidade da Direcção da APEP, paraalém das calendarizadas reuniões do Con-selho Pedagógico, merecem destaque: asreuniões com a Direcção da EPM, as reu-niões com a Fundação Oriente, a reuniãocom os dois Inspectores da Inspecção Es-colar do Ministério da Educação de Por-tugal, a reunião com a deputada para aemigração Manuela Aguiar, na suadeslocação a Macau.

Nestas reuniões manifestámos sempre aspreocupações dos pais relativamente aofuturo da EPM bem como ao seu actual fun-cionamento, reafirmando firmemente o

nosso desejo de manter uma escola dematriz portuguesa.

No que diz respeito à organização deactividades, assinalem-se as seguintes:uma festa de Carnaval com concursos demáscaras, de bandas de música constitu-ídas por alunos da EPM e com um típicochá gordo; um curso de mergulho parapais e alunos, tendo a parte final do cursodecorrido em Porto Galera, nas Filipinas(…); decorre ainda um curso de Gravuraem que participam dezoito pessoas (alu-nos e pais). A festa da Lusofonia foi, atéao momento a nossa última actividade. ACMIP contactou-nos para organizarmoso expositor de Portugal na já tradicionalfesta da Taipa, no primeiro fim-de-sema-na de Junho. Agarrada a tarefa, foi comorgulho que demos a conhecer os váriosaspectos da cultura e gastronomia portu-guesas (…) proporcionando a todos osvisitantes uma agradável parte da festalusófona com queijos, enchidos, presun-to e sangria para além de disponibili-zarmos dois computadores ligados às pá-ginas da Internet sobre Portugal, casse-tes, disquetes, CD, CD-room’s e várias pu-blicações acerca da História(…).”

T&M

Um ano em balanço

No passado 23 de Maio, os alunos doúltimo ano do Jardim de Infância D. Joséda Costa Nunes, acompanhados das suaseducadoras, visitaram as instalações daEPM a fim de se ambientarem ao espaçoque os acolherá a partir do próximo anolectivo. Em Setembro contamosconvosco!

T&M

Eles aí vêm

Alunos do D. José no refeitório da EPM

tEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & ModustEmPus & Modus2 42 42 42 42 4

Jornal da Escola Portuguesa de Macau

tttttEEEEEmmmmmPPPPPus & us & us & us & us & MMMMModusodusodusodusodus Directora: Maria Edith da Silva

Coordenação: Cristina Street e Teresa Sequeira

Paginação: José Sequeira

Redacção: Clube de Jornalismo

Edição electrónica: http: / /www.geocit ies.com/tempusmodusEdição electrónica: http: / /www.geocit ies.com/tempusmodusEdição electrónica: http: / /www.geocit ies.com/tempusmodusEdição electrónica: http: / /www.geocit ies.com/tempusmodusEdição electrónica: http: / /www.geocit ies.com/tempusmodus

Avenida Infante D. Henrique - MacauTiragem: 1200 exemplares

Gíria estudantil

Concluimos neste númeroo dicionário da gíria estudan-til iniciado no número sete doTempus&Modus.

HH.R.: homem rico – “você já pegouseu H.R.?”

JJavardo: porco – “és mesmojavardo...”Jarda: estar sob o efeito de umasubstância tóxica – “Tou com umaganda jarda.”

LLol: Laugh out Loud – “lol...”

MMoca: uma coisa porreira; o mes-mo que jarda –“ Esse top é umamoca.”Mat: matemáticaMontes: muito – “gostamos montesdo uniforme.”Monga: pateta – “És memomonga.”Mega: enorme – “Foi um mega con-certo.

NNépia: nada – “Não estudei népiap’rás provas.”Nickles: nada – “Telefonei-te, enickles...não tavas.”Nóia: chatice – “Ganda nóia.”

OOps: interjeição – “ops... entorneio lemon chá nas calças.”

PPita: miúdas – “Aquelas pitas do8º ano são umas cromas.”Passar: ficar descontrolado –“Jáme tou a passar com isto.”

Pica: cheio de vontade de... – “ Fo-ram cheios de pica e vieram daTailândia sem pica nenhuma paraestudar.”Panca: maluquice – “Que pancaque tu tens.”Peva: nada – “Não percebo pevadisto.”Paia/paiada: sorte – “Que paia queeu tive no teste, o stor não me apa-nhou.”

QQ’abuso: exagero – “Q’abuso termédia de 19...”

SStress: problema – “ Não há stress.”Surra: derrota – “Foste surrado.”

TTipo: um bordão linguístico –“Tipo, eu até estudei p’ro teste, mas,tipo, tirei bué má nota...”Tasse: está-se bem – “Finalmenteacabou o ano, tasse!”Tosa: derrota – “A Holanda levouuma granda tosa hoje!Yeah!”

UUrso: parvo – “Fizeste figura deurso.”

VVaca: sorte – “Conseguiste ter um10, que vaca.”

XXau: até logo – “Xau aí...”Xibar: contar, fazer queixa – “Fos-te-te xibar ao stor, que mal.”Xingar: chatear – “Pára de me xin-gar.”

ZZarpar: fugir – “Vem aí o stor, borazarpar.”

Nádia (T&M)

humorhumorhumorhumorhumorFat Man

por: Emanuel Rodrigues