dez razões porque é pecado o aborto

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  • Monergismo.com Ao Senhor pertence a salvao (Jonas 2:9) www.monergismo.com

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    Dez Razes Porque Errado Tirar a Vida de Crianas que Ainda No Nasceram

    John Piper

    Traduo: Marina Boscato

    Isto no uma defesa humanidade da criana no-nascida. um argumento de que, se a criana no-nascida humana, no deve ser abortada. Existem alguns abortistas que acreditam que a criana no-nascida um ser humano. Mas estes mdicos fazem abortos regularmente de qualquer forma, pois acreditam que tirar uma vida inocente, mesmo sendo algo trgico, justificvel devido s circunstncias que enfrentam me e filho. Alguns destes mdicos querem ser cristos e bblicos, e no vem que sua prtica errada. Escrevi este pequeno texto para que estes mdicos reconsiderem.

    1. O Senhor ordenou, No matars (xodo 20:13).

    Eu tenho conscincia de que alguns assassinatos so endossados na Bblia. A palavra matar em xodo 20:13 , em hebreu, rahaz. usada 43 vezes no Antigo Testamento hebreu. Sempre significa violncia, matana que na verdade assassinato. Nunca usada com o sentido de matar na guerra ou (com uma exceo, Nmeros 35:27) em execues judiciais. Existe uma diferena clara entre a morte legal (sentena de morte) e o assassinato ilegal. Por exemplo, em Nmeros 35:19, O vingador do sangue matar o homicida. A palavra matar vem de rahaz que proibida nos Dez Mandamentos. A expresso sentena de morte uma expresso geral para descrever as execues legais.

    Quando a Bblia fala de algum assassinato que seja justificado, est se referindo a Deus partilhar alguns de seus direitos com as autoridades civis. Quando o estado age como preservador da justia e da paz enviado por Deus, tem o direito de fazer debalde a espada, como citado em Romanos 13:1-7. Este direito do estado sempre exercido para punir o mal, nunca para atacar o inocente (Romanos 13:4).

    Portanto, no matars, uma denncia clara e retumbante da matana de inocentes crianas ainda no-nascidas.

    2. A destruio da vida humana concebida seja ela embrionria, fetal ou vivel uma violao da obra nica de formar as pessoas que s Deus faz.

    Podemos citar alguma coisa das Escrituras relacionada ao que est acontecendo quando uma vida que est no ventre abortada? Salmos 139:13 diz: Pois possuste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha me.

    O mnimo que podemos extrair deste texto que a formao da vida de uma pessoa no ventre uma obra de Deus. Deus quem possui e quem cobre, nesta passagem. Alm do mais podemos dizer que a formao de vida no ventre no um mero processo mecnico, algo semelhante tecelagem ou at mesmo ao tric: cobriste-me no ventre de minha me. A vida da criana ainda no nascida a tecelagem de Deus, e o que

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    ele est tecendo um ser humano a sua semelhana, diferente de qualquer outra criatura no universo.

    A outra passagem, menos conhecida, est no livro de J. Ele atesta nunca ter rejeitado os pedidos de seus serviais, mesmo que naquela cultura as pessoas considerassem os serviais meros objetos. O que merece ateno aqui como J argumenta.

    J 31:13-15 diz: 13)Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo; 14)Ento que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo a causa, que lhe responderia? 15) Aquele que me formou no ventre no o fez tambm a ele?Ou na nos formou do mesmo modo na madre?

    O versculo 15 nos d a razo pela qual J seria culpado se ele tratasse um de seus serviais de maneira desigual. A questo no realmente o fato de que um nasceu livre e o outro nasceu na escravido. A questo anterior ao nascimento. Quando J e seus serviais estavam sendo formados no ventre, o encarregado por este trabalho era Deus. Esta a premissa das palavras de J.

    Ento ambos, Salmo 139 e J 31, do nfase ao fato de ser Deus o principal trabalhador cuidador, formador, tecelo, criador no processo de gestao. Por que isso importante? importante porque Deus o nico capaz de criar uma pessoa. As mes e os pais podem contribuir com um vulo impessoal e com esperma impessoal, mas apenas Deus cria uma pessoa independente. Ento, quando as Escrituras do nfase ao fato de que Deus o cuidador e formador no ventre, deve-se destacar que tudo que acontece no ventre obra de Deus, que a formao de uma pessoa. Do ponto de vista bblico, a gestao a obra de Deus para formar uma pessoa.

    Podemos ter uma discusso sem fim sobre o que uma pessoa completa. Mas podemos dizer com muita confiana: o que est acontecendo no ventre a obra de Deus para formar uma pessoa, e somente Deus sabe quo profunda e misteriosa a criao de uma pessoa. Portanto, arbitrrio e injustificado presumir que com relao a qualquer parte tecida desta pessoa, sua destruio no ser uma agresso s prerrogativas de Deus o Criador.

    Em outras palavras: a destruio de uma vida humana seja ela embrionria, fetal ou vivel uma agresso ao trabalho nico de formar pessoas, feito por Deus. O aborto uma agresso a Deus, no s ao homem. Deus faz seu trabalho nico no ventre desde o momento da concepo. Este o testemunho claro do Salmo 139:13 e de J 31:15. 3. O aborto est relacionado com o que a Bblia condena repetidamente: derramar o sangue dos inocentes.

    A expresso sangue inocente aparece cerca de 20 vezes na Bblia. O contexto sempre o mesmo: condena aqueles derramam o sangue ou adverte as pessoas para que no o faam. O sangue inocente inclui o sangue das crianas (Salmos 106:38). Jeremias coloca este assunto no contexto de estrangeiros, vivas e rfos: Assim diz o Senhor: Exercei o juzo e a justia, e livrai o espoliado da mo do opressor, e no oprimais ao estrangeiro nem ao rfo, nem viva; no faais violncia, nem derrameis sangue inocentes neste lugar. Com certeza o sangue da criana ainda no nascida inocente.

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    4. A Bblia freqentemente expressa a alta prioridade que Deus coloca na proteo, abastecimento e defesa dos mais fracos e mais oprimidos membros da comunidade.

    Por muitas e muitas vezes lemos sobre o estrangeiro, a viva e o rfo. Esta principal preocupao de Deus e deveria ser a principal preocupao de seu povo.

    O estrangeiro no afligirs, nem o oprimirs; pois estrangeiros fostes na terra do Egito. E nenhuma viva ou rfo afligireis. Se de algum modo os afligires, e eles clamarem a mim, eu certamente ouvirei o seu clamor. E a minha ira se acender, e vos matarei espada; e vossas mulheres ficaro vivas, e vossos filhos rfos. (xodo 22:21-24)

    Pai de rfos e juiz de vivas Deus, no seu lugar santo. (Salmo 68:5)

    Fazei justia ao pobre e ao rfo; justificai o aflito e o necessitado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mos dos mpios. (Salmos 82:3-4)

    Matam a viva e o estrangeiro, e ao rfo tiram a vida. E trar sobre eles a sua prpria iniqidade; e os destruir na sua prpria malcia; o Senhor nosso Deus os destruir. (Salmos 94: 6, 23)

    5. Ao julgar uma vida humana difcil e trgica como mais maligna do que tirar uma vida, abortistas contradizem os ensinamentos bblicos de que Deus ama mostrar seu poder de Graa atravs do sofrimento, no apenas ajudando as pessoas a evitarem o sofrimento.

    Isso no quer dizer que devemos procurar o sofrimento para ns mesmos ou para os outros. Quer dizer que o sofrimento retratado na Bblia como necessrio e ordenado por Deus, apesar de no agradar a Deus a difcil situao deste mundo arruinado (Romanos 8:20-25, Ezequiel 18:32), e especialmente aqueles que iro entrar no paraso (Atos 14:22; Tessalonicenses 3:3-4) e vivem vidas de deuses (2 Timteo 3:12). Este sofrimento nunca visto como mera tragdia. Tambm visto como meio para crescimento em Deus e meio para tornar-se forte nesta vida (Romanos 5:3-5; Tiago 1:3-4; Hebreus 12:3-11; 2 Corntios 1:9; 4:7-12; 12:7-10), para tornar-se glorioso na vida que estar por vir. (2 Corntios 4:17; Romanos 8:18).

    Quando abortistas argumentam que tirar uma vida menos maldoso do que deixar sofrer, esto querendo ser mais sbios do que Deus, que nos ensinou que sua Graa capaz de atos maravilhosos de amor atravs do sofrimento daqueles que vivem.

    6. um pecado justificar o aborto no fato de que todas estas crianas iro para o cu ou tero uma vida completa na sua ressurreio.

    Esta uma boa esperana quando o corao est partido por causa das penitncias e est procura de perdo. Mas maldade justificar o ato de matar com a felicidade da eternidade daquele que ir morrer. A mesma justificativa poderia ser usada para matar crianas de 1 ano de idade, ou qualquer outra pessoa que acreditasse no paraso. A Bblia apresenta a seguinte questo: Permaneceremos no pecado, para que a graa abunde? (Romanos 6:1). E tambm: Faamos males para que venham bens? (Romanos 3:8). Em

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    ambos os casos ressoa um NO. presunoso tomar o lugar de Deus e querer controlar o cu ou o inferno. Nosso dever obedecer a Deus, no querer ser Deus. 7. A Bblia nos ordena a resgatar nosso vizinho da morte.

    Resgata aqueles que esto sendo levados pela morte; segure aqueles que se deparam com a matana. Se voc disser, No sabemos disso, ser que Ele que conhece o corao das pessoas no ir perceber? Ser que Ele, que vigia a sua alma, no saber, e ser que Ele no ir retribui o homem de acordo com o seu trabalho?

    No existe razo cientifica, mdica, social, moral ou religiosa para colocar a criana em uma classe tal que este texto no se aplique a ela. uma desobedincia a este texto abortar uma criana ainda no-nascida.

    8. Abortar uma criana ainda no-nascida vai contra a repreenso de Jesus queles que desprezam as crianas como sendo no-dignas da ateno do Salvador.

    E traziam-lhe tambm meninos, para que ele lhes tocasse; e os discpulos, vendo isto repreendiam-nos. Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e no os impeais porque dos tais o reino de Deus (Lucas 18:15-16). A palavra meninos tambm usada para denominar a criana no-nascida no ventre de Isabel em Lucas 1:41,44.

    E lanando mo de um menino, p-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braos, disse-lhes: Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, no a mim, mas ao que me enviou. (Marcos 9:36-37)

    9. Cabe somente a Deus, o Criador, dar ou tirar uma vida humana. No nosso direito pessoal fazer esta escolha.

    Quando J ficou sabendo que todos os seus filhos tinham sido mortos, ele ajoelhou-se para adorar ao Senhor, e disse: Nu sai do ventre de minha me e nu tornarei para l; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor. (J, 1:21)

    Quando J falou sobre vir do ventre de sua me, disse o Senhor deu. E quando J falou em morrer, disse o Senhor o tomou. Vida e morte so as prerrogativas de Deus. Ele que d e quem tira nesta vida. No temos o direito de fazer escolhas pessoais sobre este assunto. Nosso dever cuidar do que nos d e usar isto em Sua glria.

    10. Por fim, ter f em Jesus Cristo traz o perdo e a conscincia limpa e nos ajuda atravs da vida e para a eternidade. Cercados por um amor to onipotente, cada seguidor de Jesus est livre da ganncia e do medo que podem seduzir uma pessoa a procurar por estas verdades para obter riqueza e evitar a repreenso.

    Fonte: http://www.desiringgod.org/