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3 DEUS NOS REÚNE Nº 2429 ANO C Vermelho DOMINGO DE RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR – 20/3/2016 1. ACOLHIDA 2. INTRODUÇÃO Anim.: Iniciamos, hoje, a Semana Santa, recor- dando a entrada de Cristo em Jerusalém para celebrar a sua páscoa. Como o povo da antiga aliança que, durante a festa das tendas, levava ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, renovamos, hoje, nossa adesão ao Cristo, Senhor da história. Escutando e participando da liturgia da paixão do Senhor, deixamos que o mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus se realize em nossa vida. Saudemos com hosana o filho de Davi! Ben- dito o que vem em nome do Senhor! Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas! (Mt 21,9). (A assembleia se reúne no local de onde sairá a procissão). 3. CANTO DE ABERTURA: 127 (CD 1) / 1104 (CD 1) 4. RITOS INICIAIS Dir.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém. Dir.: A graça do Pai, o amor do Filho e a co- munhão do Espírito Santo estejam com vocês! Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! Dir.: Durante as cinco semanas da Quaresma, nós nos reunimos em grupos e atuamos na Campanha da Fraternidade, cultivamos a oração pessoal e comunitária, a prática da penitência e da solidariedade. Hoje, aqui nos reunimos e vamos iniciar, em comunhão com as comuni- dades cristãs do mundo inteiro, a celebração da Semana Santa. Fazendo a memória da entrada de Jesus em Jerusalém, indo ao seu encontro com ramos nas mãos, sigamos os passos de nosso Salvador para participarmos plenamente da sua Páscoa. Acompanhemos a bênção dos ramos. 5. BÊNÇÃO DOS RAMOS: (Onde não houver água benta, abençoar a água rezando:). Benção: Ó Deus, fonte da vida, abençoa esta água que criaste para fecundar a terra e para manter viva a tua criação. Que ela seja sinal da tua ternura e do teu amor que se derrama sobre nós para chegarmos renovados à festa da Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. Dir.: Ó Deus, com ramos de oliveira, crianças e pobres aclamaram Jesus, ao entrar na cidade santa. Abençoa nossa comunidade aqui reunida, com ramos nas mãos e o teu louvor em nossos lábios. Que este sinal da vitória pascal do Cristo nos fortaleça para, num mundo ameaçado pela violência e pela guerra, contribuirmos concretamente com a cultura de paz e de não violência, como Ele nos ensinou. Por Cristo, nosso Senhor. Amém. (O dirigente da celebração asperge os ramos e as pessoas. Um ramo é colocado na haste da cruz processional.) 5. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO: Lc 19, 28-40 6. CONVITE À PROCISSÃO Dir.: A exemplo do povo que aclamou Jesus, iniciemos a nossa procissão...

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3DEUS NOS REÚNE

Nº 2429 – ANO C – VermelhoDOMINGO DE RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR – 20/3/2016

1. ACOLHIDA

2. INTRODUÇÃO

Anim.: Iniciamos, hoje, a Semana Santa, recor-dando a entrada de Cristo em Jerusalém para celebrar a sua páscoa. Como o povo da antiga aliança que, durante a festa das tendas, levava ramos nas mãos, significando a esperança messiânica, renovamos, hoje, nossa adesão ao Cristo, Senhor da história. Escutando e participando da liturgia da paixão do Senhor, deixamos que o mistério pascal da paixão, morte e ressurreição de Jesus se realize em nossa vida.

Saudemos com hosana o filho de Davi! Ben-dito o que vem em nome do Senhor! Jesus, rei de Israel, hosana nas alturas! (Mt 21,9).

(A assembleia se reúne no local de onde sairá a procissão).

3. CANTO DE ABERTURA: 127 (CD 1) / 1104 (CD 1)

4. RITOS INICIAIS

Dir.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Dir.: A graça do Pai, o amor do Filho e a co-munhão do Espírito Santo estejam com vocês!

Todos: Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Dir.: Durante as cinco semanas da Quaresma, nós nos reunimos em grupos e atuamos na Campanha da Fraternidade, cultivamos a oração

pessoal e comunitária, a prática da penitência e da solidariedade. Hoje, aqui nos reunimos e vamos iniciar, em comunhão com as comuni-dades cristãs do mundo inteiro, a celebração da Semana Santa. Fazendo a memória da entrada de Jesus em Jerusalém, indo ao seu encontro com ramos nas mãos, sigamos os passos de nosso Salvador para participarmos plenamente da sua Páscoa. Acompanhemos a bênção dos ramos.

5. BÊNÇÃO DOS RAMOS:(Onde não houver água benta, abençoar a água rezando:).

Benção: Ó Deus, fonte da vida, abençoa esta água que criaste para fecundar a terra e para manter viva a tua criação. Que ela seja sinal da tua ternura e do teu amor que se derrama sobre nós para chegarmos renovados à festa da Páscoa. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Dir.: Ó Deus, com ramos de oliveira, crianças e pobres aclamaram Jesus, ao entrar na cidade santa. Abençoa nossa comunidade aqui reunida, com ramos nas mãos e o teu louvor em nossos lábios. Que este sinal da vitória pascal do Cristo nos for taleça para, num mundo ameaçado pela violência e pela guerra, contribuirmos concretamente com a cultura de paz e de não violência, como Ele nos ensinou. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

(O dirigente da celebração asperge os ramos e as pessoas. Um ramo é colocado na haste da cruz processional.)

5. PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO: Lc 19, 28-40

6. CONVITE À PROCISSÃO

Dir.: A exemplo do povo que aclamou Jesus, iniciemos a nossa procissão...

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DEUS FAZ COMUNHÃO

7. CANTOS PARA A PROCISSÃO: 1104 (CD 1) / 1105 (CD 1)(Após a procissão, ao chegarem ao local da celebração, quem preside convida todos à oração.)

8. ORAÇÃOOremos (pausa): Ó Deus de bondade, teu Filho Jesus Cristo assumiu nossa condição humana e deu a sua vida na cruz, dá-nos a graça de aprendermos o ensinamento da sua paixão para que, seguindo os seus passos no caminho da cruz, possamos ressuscitar com Ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

9. PRIMEIRA LEITURA: Is 50, 4-7

10. SALMO RESPONSORIAL: Sl 21 (22)

Meu Deus, meu Deus, por que me abando-nastes?

Riem de mim todos aqueles que me veem,torcem os lábios e sacodem a cabeça:“Ao Senhor se confiou, ele o libertee agora o salve, se é verdade que ele o ama!”Cães numerosos me rodeiam furiosos,e por um bando de malvados fui cercado.Transpassaram minhas mãos e os meus pése eu posso contar todos os meus ossos.Eles repartem entre si as minhas vestese sorteiam entre si a minha túnica.Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,ó minha força, vinde logo em meu socorro!Anunciarei o vosso nome a meus irmãose no meio da assembleia hei de louvar-vos!Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,glorificai-o, descendentes de Jacó,e respeitai-o, toda a raça de Israel!

11. SEGUNDA LEITURA: Fl 2,6-11

12. CANTO DE ACLAMAÇÃO

Jesus Cristo se tornou obediente,obediente até a morte numa cruz.Pelo que o Senhor Deus o exaltou,e deu-lhe um nome muito acima de outro nome.

13. RELATO DA PAIXÃO DO SENHOR: Lc 22,14-23,56

(É importante preparar bem e com antecedência a leitura da paixão, distribuindo as diversas personagens para tornar mais dinâmica a participação. Tratando-se de um texto longo, as pessoas podem ficar sentadas. Quando se narra a morte de Jesus, todos se ajoelham e permanecem um momento em silêncio.)

14. PARTILHA DA PALAVRA

15. PROFISSÃO DE FÉ

16. PRECES DA COMUNIDADE

Dir.: A Palavra de Deus nos leva à oração. Apresentemos ao Senhor nossas preces.

Ouve, Deus de amor, o nosso clamor!

Pai de amor, abençoa o Santo Padre, papa Fran-cisco, Pastor Supremo da Santa Igreja, no seu 3.º aniversário de ministério. Nós te pedimos.

Pai de bondade, ajuda-nos para que a celebra-ção dos mistérios de Cristo nesta semana santa renove profundamente as comunidades cristãs, de nossas áreas pastorais, colocando-as a caminho da Nova Jerusalém. Nós te pedimos.

Pai de amor, dá perseverança para todos que são chamados como discípulos missionários a serviço da construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Nós te pedimos.

Senhor, que haja um maior diálogo e proximida-de entre a Igreja e a sociedade para mais vida em abundância para todos. Nós te pedimos.

Senhor, que esta Campanha da Fraternidade nos leve a amadurecer na prática da vida cristã a serviço da vida e da fraternidade. Nós te pedimos.

Dir.: Ouve, ó Pai, o grito da humanidade so-fredora e torna nossos corações capazes de compreender e de compartilhar os sofrimentos dos irmãos, em união com Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

17. PARTILHA DOS DONS: 429, 432

DEUS NOS FALA

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27. LEITURAS DA SEMANA

2.ª-feira: Is 42,1-7; Sl 26(27),1. 2. 3. 13-14 (R/. 1a) ; Jo 12,1-11

3.ª-feira: Is 49,1-6; Sl 70 (71),1-2. 3-4a. 5-6ab. 15.17 (R/ cf. 15); Jo 13,21-33.36-38

4.ª-feira: Is 50,4-9a; Sl 68(69),8-10. 21bCD-22. 31 e 33-34

(R/ 14cb); Mt 26,14-25

DEUS NOS ENVIA

03

ORIENTAÇÕES

• Cada comunidade deve combinar onde se reunir para fazer a procissão.• Providenciar ramos verdes e vasilha com água benta para aspergir os ramos. Colocar um ramo na haste da cruz.• A procissão com ramos e a proclamação da Paixão são os principais elementos a serem valorizados na celebração de hoje.• É bom valorizar o costume de a comunidade trazer para a procissão plantas medicinais que, após a celebração, são levadas para casa e usadas em função da saúde. Não esquecer, porém, que os ramos devem ser sinal de nosso compromisso com a maneira de ser e de agir de Jesus. Cuidar para essa opção não cair na superstição.• O relato da Paixão deve ser feito sem velas nem incenso, sem saudação ao povo nem sinal da cruz.• Produzimos um folheto com o Evangelho para dinamizar a proclamação.

Dir.: Encerrando a Campanha da Fraternidade, hoje realizamos a Coleta Ecumênica da Solida-riedade. Essa coleta é um gesto concreto de fraternidade, partilha e solidariedade. Apresen-temos com simplicidade nosso gesto concreto da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016.

RITO DA COMUNHÃO

18. PAI-NOSSO

Dir.: Senhor Jesus, lembra-te de nós em teu reino e, agora, ensina-nos a rezar: Pai nosso...

19. SAUDAÇÃO DA PAZ: 782 (CD 5) / 784 (CD 12)

Dir.: Ao desejar a justiça, Deus nos revela o seu poder e o seu amor. Ao convocar-nos para trabalharmos em prol da justiça, Cristo se faz a nossa paz. É por isso que podemos aceitar--nos mutuamente, embora sejamos diferentes. Em Cristo, somos um. Saudemo-nos, uns aos outros, umas às outras, com o abraço da paz dizendo: A paz de Cristo seja contigo.

20. COMUNHÃO: 500, 499 (CD 11)

21. RITO DE LOUVOR: 820 (CD 18)

(O dirigente motiva a comunidade a expressar os seus louvores e, depois, canta-se um salmo ou canto bíblico.)

22. ORAÇÃO

Oremos (pausa): Pai santo, tu nos fortaleceste com esta celebração. Guia-nos durante esta semana santa que inicia para que a celebração da paixão, morte e ressurreição de Jesus, teu Filho e nosso Senhor, nos renove na comunhão contigo e com todas as criaturas. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

24. NOTÍCIAS E AVISOS

25. CONTEMPLAÇÃO DA CRUZ

(Alguém toma a cruz e a coloca diante da assembleia.)

Dir.: Com esta celebração somos convidados a centrar o nosso olhar no Cristo, que, cumprindo o destino dos profetas, deve morrer em Jerusa-lém. Inclinemos nosso corpo e nosso coração.

(Silêncio)

Dir.: Ó Deus, bendito seja aquele que vem em teu nome. Guarda-nos em seus caminhos, até a Páscoa da Ressurreição. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Dir.: Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe!

Todos: Graças a Deus!

26. CANTO DE ENVIO: Hino da CFE-2016

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OS ATOS DO PENITENTEFrei Faustino Paludo, OFMCap

Muitas pessoas se perguntam: “o que é necessário para uma boa celebração do sacramento da Reconciliação”? Entre os diferentes aspectos valorizados pelo Concílio, o Ritual da Penitência sublinha os atos da pessoa do penitente, ou seja, a contrição, a confissão e a satisfação (cf. RP n. 6). Entre os atos do penitente apontados pelo Ritual, a contrição ocupa o primeiro lugar. Trata-se da dor e do arrependimento pelo pecado cometido. O arrependimento é o ato mais profundamente humano que reconstrói aquilo que o pecado destrói. O pecador, movido pelo Espírito Santo (cf RP. n. 6), toma consciência de seu pecado, experimenta a dor pela ofensa cometida e se põe a caminho em busca do perdão (cf RP n. 6). A parábola do Pai e dos Dois Filhos nos revela que o dinamismo que impulsiona à busca de vida nova não está no pecado em si, mas na percepção da graça de Deus. “Na casa do meu pai...” (cf Lc 15, 17s). Nesta hora, o ser humano pecador não se sente só com sua culpa, mas experimenta a presença de alguém, que embora distante, o espera. A consci-ência do pecado, longe de afastar a pessoa humana de Deus, aproxima-se dele e a ajuda a descobrir melhor seu amor e sua graça. No ato da confissão, o arrependimento interior é revelado pela manifestação dos pecados. Confessar os pecados com ar-rependimento é uma expressão humana e faz parte das exigências da reconciliação. Revelando ao confessor seus pecados, o penitente se insere na dinâmica comunitária

da ação penitencial da Igreja que acolhe e perdoa o pecador sinceramente arrepen-dido. Santo Agostinho via na confissão dos pecados a atitude da humildade do pecador arrependido e do louvor ao Deus da misericórdia. A confissão sincera dos pecados se traduz na manifestação da dor que requer acolhida, grito que faz ecoar o desejo de paz, reconciliação e comunhão com Deus e com os irmãos. A conversão se completa pela satis-fação das culpas (comumente chamada de “penitência”), pela mudança de vida e pela reparação dos danos causados (cf RP, n. 6). A ofensa impõe uma ação visível de reparação, uma prática nova de vida. As obras da satisfação “devem se constituir em ações de culto, caridade, misericórdia e reparação” (João Paulo II). Contudo, o perdão que Deus concede ao pecador é gratuito, não depende da satisfação, mas da sinceridade da conversão. O Ritual da penitência exalta o sentido da satisfação afirmando que ela repara e cura o que o pecado destrói e estraga, remedeia os efeitos do pecado e serve para renovar a vida. A satisfação se constitui num sinal externo do começo ou da retomada da vida nova, sobretudo pela prática do amor ao próximo. Estes atos do penitente expressam e simbolizam a conversão. Embora distintos, um supõe e remete ao outro. Na perspectiva da fé, juntos devem manifestar a sincera e a profunda rejeição daquilo que gera o pe-cado. São atos que revelam a assimilação da boa nova: “convertam-se e acreditem no Evangelho” (Mc 1,15).

Liturgia em Mutirão III - CNBB