desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças

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CARLOS ALBERTO ALMEIDA DE ASSUNÇÃO FILHO Desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças: novo método de avaliação Dissertação apresentada ao Curso de Pós- Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo para obtenção do Título de Mestre em Ciências da Saúde São Paulo 2015

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Page 1: Desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças

CARLOS ALBERTO ALMEIDA DE ASSUNÇÃO FILHO

Desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças: novo método de avaliação

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-

Graduação da Faculdade de Ciências Médicas

da Santa Casa de São Paulo para obtenção do

Título de Mestre em Ciências da Saúde

São Paulo

2015

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CARLOS ALBERTO ALMEIDA DE ASSUNÇÃO FILHO

Desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças: novo

método de avaliação

Dissertação apresentada ao Curso de Pós-

Graduação da Faculdade de Ciências Médicas

da Santa Casa de São Paulo para obtenção do

Título de Mestre em Ciências da Saúde

Área de concentração: Ciências da Saúde

Orientador: Prof. Dr. Cláudio Santili

(versão revisada)

São Paulo

2015

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FICHA CATALOGRÁFICA

Preparada pela Biblioteca Central da

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Assunção Filho, Carlos Alberto Almeida de Desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças: novo método de avaliação./ Carlos Alberto Almeida de Assunção Filho. São Paulo, 2015.

Dissertação de Mestrado. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo – Curso de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.

Área de Concentração: Ciências da Saúde Orientador: Claudio Santili 1. Fraturas do úmero 2. Cotovelo 3. Rotação 4. Radiografia/

métodos 5. Criança BC-FCMSCSP/53-15

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DEDICATÓRIA

À minha esposa, Maria de Fátima, pelo companheirismo,

dedicação e amor que devota a mim. Por me demostrar,

com seu exemplo, que sempre devemos lutar pelos

nossos sonhos.

À minha mãe, Rosa, ao meu irmão, Antônio Carlos Neto,

e à minha filha, Gabi, por confiarem, contribuírem e

se orgulharem das minhas vitórias.

Em especial ao meu pai, Carlos Alberto, pelas lições na

medicina, na ortopedia e na vida. Por ter sido o verdadeiro

mentor deste trabalho.

Page 6: Desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças

CITAÇÃO

“A messe é grande, poucos são os obreiros.”

(São Lucas)

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AGRADECIMENTOS

À Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) e à

Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde aprendi e me formei

em Ortopedia.

Ao Departamento de Ortopedia e Traumatologia (Pavilhão Fernandinho Simonsen),

por me oferecer excelente formação profissional.

Aos meus professores, em especial ao Prof. Dr. Miguel Akkari, pelo incentivo e apoio

na minha formação, no ingresso na pós-graduação e na produção deste trabalho.

Aos meus colegas de trabalho, em especial ao grupo Cinza, o qual aqui represento

pelo Dr. Rodrigo Mendonça e Dr. Rafael Parizzi, que prestaram fundamental apoio

durante a realização deste trabalho.

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AGRADECIMENTO ESPECIAL

Ao Prof. Dr. Claudio Santili,

Agradeço pelo constante apoio na realização deste trabalho,

assim como durante toda a minha formação na ortopedia,

me ensinando muito mais do que técnicas ortopédicas,

mas principalmente a atenção e carinho que dedica

aos pacientes e seus pares.

Page 9: Desvio rotacional na fratura supracondiliana do úmero em crianças

SUMÁRIO

1. Introdução ............................................................................................................... 1

2. Objetivo ................................................................................................................... 3

3. Métodos................................................................................................................... 5

3.1. Desenho do estudo e afirmações éticas .......................................................... 6

3.2. Materiais ........................................................................................................... 6

3.3. Identificação do desvio rotacional .................................................................... 8

3.4. Quantificação do desvio rotacional ................................................................ 13

4. Resultados ............................................................................................................ 15

4.1. Artigo .............................................................................................................. 16

5. Considerações finais ............................................................................................. 49

6. Referências bibliográficas ..................................................................................... 51

7. Anexos .................................................................................................................. 54

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Imagem do segmento distal do osso sintético após secção transversa,

desvio rotacional e fixação (A: Visão de frente; B: Visão de perfil) ........ 7

Figura 2. Medição da largura dos fragmentos próximos da fratura umeral numa

radiografia em perfil com 5 graus de desvio rotacional, por meio do

software Impax Results Viewer 1.0 da AGFA. ........................................ 8

Figura 3. Diferença entre a largura da região supracondiliana do úmero na visão

ântero-posterior (A) e no perfil (B) .......................................................... 9

Figura 4. Radiografia ântero-posterior da região metafisária do úmero,

evidenciando a formação de ângulos agudos entre as corticais lateral e

medial com a linha de fratura (em vermelho) ......................................... 10

Figura 5. Radiografia em perfil evidenciando o “esporão metafisário” que

caracteriza o desvio rotacional ............................................................... 11

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1. INTRODUÇÃO

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Introdução

As fraturas supracondilares do úmero são as mais comuns na região do

cotovelo na população pediátrica,1 e são responsáveis por cerca de 12 a 17% de

todas as fraturas nas crianças.2-4 O cúbito varo é a complicação mais comum dessa

fratura,5 decorrendo principalmente da má redução inicial ou perda da redução no

decorrer do tratamento.6 O desalinhamento geralmente compreende varo,

hiperextensão e elementos de rotação medial.7

Ângulo de Baumann8 é uma medida bem estabelecida para a avaliação do

alinhamento do segmento distal do úmero no plano coronal.9 Corresponde ao ângulo

formado pelo longo eixo do úmero e a linha da cartilagem fisária do núcleo de

crescimento do côndilo lateral.8 A intersecção de uma linha que acompanha a

cortical anterior do úmero, no centro de ossificação do capítulo, é um critério

comumente aceito para a avaliação no plano sagital (perfil), dessas fraturas.5

Um questionamento ainda existe quanto aos desvios rotacionais: ainda não

há na literatura nenhum método amplamente aceito para a avaliação dos desvios

rotacionais na fratura supracondiliana do úmero em crianças.10 Porém, antes mesmo

de investigarmos um método para mensurar esses desvios, devemos compreender

sua importância. Deformidade rotacional pode ser compensada pela grande

amplitude do arco de movimento do úmero. Contudo, a relevância desses desvios

encontra-se na sua participação na estabilidade da fratura. Perda de congruência no

plano axial leva a perda dos apoios nas colunas medial e lateral entre os

fragmentos.10-14 Desvios de 15 graus já podem comprometer a estabilidade da

fratura, dando origem a deformidades em varo do cotovelo.15 A instabilidade

identificada através da observação desse desvio é de suma importância na tomada

de decisão do tratamento16 e na avaliação da qualidade da redução.15

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2. OBJETIVO

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O objetivo deste trabalho experimental é propor um novo método para identificar e

quantificar os desvios rotacionais da fratura supracondiliana do úmero e testar sua

confiabilidade e reprodutibilidade. A hipótese é de que o método proposto possa ser

de fácil aplicabilidade e reprodutibilidade.

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3. MÉTODOS

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6

Métodos

3.1. Desenho do estudo e afirmações éticas

Este é um estudo experimental, realizado com modelos sintéticos do úmero

humano para avaliação radiográfica de desvios rotacionais após fratura

supracondiliana. O estudo não envolveu animais ou seres humanos voluntários.

O material usado neste estudo era um conjunto de 10 modelos de úmero

humano Synbone, que foram obtidos por doação. O fabricante não teve qualquer

participação no projeto do estudo ou na condução dos experimentos ou

interpretação dos resultados. O estudo foi aprovado pela comissão científica local, e

foi realizado no Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de São

Paulo.

3.2. Materiais

Neste estudo, 10 modelos de úmero humano foram utilizados, sem perdas

durante os procedimentos. Foi mimetizada uma fratura supracondilar serrando cada

modelo ósseo em sentido perpendicular ao seu longo eixo, a 2 cm da superfície

articular distal, na região da fossa olecraniana. Os fragmentos foram fixados com o

auxílio de um fio de Kirschner de 1,5 mm.

Gradativamente realizamos desvios rotacionais em todos os modelos. O

fragmento distal de cada modelo foi submetido a rotação em torno do eixo central do

úmero, partindo da redução anatômica e evoluindo a cada 5 graus, até 30 graus, de

maneira que, em cada um dos 10 modelos, foram feitas todas as rotações. A medida

do desvio foi realizada com auxílio de um goniômetro (Base Line). A Figura 1 (A e

B) mostra o modelo ósseo já seccionado e rotacionado.

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Métodos

Figura 1. Imagem do segmento distal do osso sintético após secção transversa,

desvio rotacional e fixação (A: visão de frente; B: visão de perfil).

As peças foram submetidas a radiografias digitais após cada desvio

produzido (total de 70 radiografias digitais), usando como referência o fragmento

distal para a visualização do perfil absoluto. No momento da realização da

radiografia, o modelo ósseo foi fixado ao chassi da radiografia com esparadrapo.

As imagens digitalizadas foram armazenadas e identificadas com o número

da peça e o grau de rotação, sabidamente aplicado. As medidas da largura dos

fragmentos distal e proximal, imediatamente próximos à fratura, também foram

realizadas com auxílio do software Impax Results Viewer 1.0 da AGFA (Figura 2).

As medidas foram armazenadas em um banco de dados (Microsoft Excel).

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8

Métodos

Figura 2. Medição da largura dos fragmentos próximos da fratura umeral numa

radiografia em perfil com 5 graus de desvio rotacional, por meio do software Impax

Results Viewer 1.0 da AGFA.

3.3. Identificação do desvio rotacional

Para a identificação do desvio rotacional, utilizamos um método baseado na

diferença da largura dos fragmentos. Desvio rotacional produz diferença na largura dos

fragmentos, na região da fratura, nos segmentos ósseos, que não são absolutamente

cilíndricos. Analisando a conformidade anatômica regional do segmento distal do

úmero, observamos grande diferença em sua largura na visão ântero-posterior em

relação ao perfil (Figura 3). Desta maneira, a diferença de largura dos fragmentos,

mediante desvios rotacionais em fraturas nessa região, é identificada.

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9

Métodos

Figura 3. Diferença entre a largura da região supracondiliana do úmero na visão

ântero-posterior (A) e de perfil (B).

Ao padronizar as radiografias em perfil absoluto do fragmento distal, o

fragmento proximal apresenta maior largura no foco da “fratura” quando houver

desvios rotacionais. Devido à forma trapezoidal do terço distal do úmero, as corticais

lateral e medial formam ângulos agudos com a linha da fratura (Figura 4).

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10

Métodos

Figura 4. Radiografia ântero-posterior da região metafisária do úmero, evidenciando

a formação de ângulos agudos entre as corticais lateral e medial com a linha de

fratura (em vermelho).

Na ocorrência de desvios rotacionais, esse ângulo gera uma imagem, na

radiografia em perfil do fragmento distal, que denominamos de “esporão metafisário”

(Figura 5). Desta maneira, a visualização dessa imagem propicia a identificação de

desvios rotacionais na fratura.

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Métodos

Figura 5. Radiografia em perfil evidenciando o “esporão metafisário” que caracteriza

o desvio rotacional.

Para avaliação do método, selecionamos três séries de radiografias dos

nossos modelos. Cada série era composta por cinco radiografias sem desvio e

cinco radiografias com desvios rotacionais, em sequencia aleatória. Na primeira

série, as radiografias com desvio tinham 5 graus; na segunda, 10 graus; e, na

terceira, 15 graus.

Fizemos uma breve explanação sobre a avaliação radiográfica de desvios

rotacionais e o método proposto do “esporão metafisário” para 55 médicos (23

ortopedistas, 13 residentes do terceiro ano, 8 do segundo e 11 do primeiro ano)

durante uma reunião do Departamento de Ortopedia do nosso serviço. As

sequências de radiografias foram projetadas, uma a uma, tendo eles 15 segundos

para avaliar cada imagem. Utilizando o nosso método, os avaliadores

individualmente deveriam responder se havia ou não desvio rotacional.

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Métodos

Consideramos que o padrão ouro, para a avaliação do desvio rotacional, eram

os dados dos nossos registros, onde estava documentado se a radiografia era de um

modelo com desvio rotacional ou não. Analisamos as respostas dos nossos

avaliadores e as comparamos com o padrão ouro, assim pudemos calcular a

sensibilidade e a especificidade do método, para cada avaliador. Compilamos esses

dados nos diferentes desvios rotacionais, através de análise descritiva. Comparamos

os dados utilizando o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, para avaliar se houve

diferença entre os grupos. Foi adotado o nível de significância de 5%.

Para avaliarmos a reprodutibilidade do método quanto à capacidade de

identificar o desvio, exibimos as mesmas séries de radiografias para dois

observadores independentes e cegos para as avaliações um do outro (um residente

de ortopedia do primeiro ano e um especialista em ortopedia). A explicação sobre o

método do “esporão metafisário” também foi feita previamente para esses dois

avaliadores. Em dois momentos distintos, os avaliadores individualmente analisaram

as radiografias e responderam se havia ou não desvio rotacional, através da

visualização do “esporão metafisário”. Suas respostas foram armazenadas em um

banco de dados (Microsoft Excel).

Confrontamos as avaliações de cada observador, para determinarmos a

correlação interobservador. As diferentes respostas do mesmo observador, em

tempos diferentes, também foram comparadas, para encontrarmos a correlação

intraobservador. O índice Kappa foi usado para a análise dessas comparações.

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13

Métodos

3.4. Quantificação do desvio rotacional

Para poder quantificar o grau do desvio rotacional, buscamos uma relação

entre o tamanho do “esporão” e o grau de desvio rotacional ao qual a “fratura” foi

submetida. Utilizamos as medidas obtidas na radiografia digital (Figura 2).

Determinamos que o tamanho do “esporão” seria igual à diferença entre as larguras

do fragmento proximal e do fragmento distal.

Para evitar vieses sobre a magnitude da radiografia e a espessura do osso,

optamos por trabalhar com o percentual que o tamanho do “esporão” representava

em relação à largura do fragmento distal, o qual deveria estar no seu perfil

radiográfico absoluto.

As medidas foram agrupadas em sete grupos, correspondentes ao desvio ao

qual a “fratura” fora submetida (zero, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 graus) e realizamos uma

avaliação estatística descritiva dos valores. Utilizamos a análise de regressão linear

para identificar a relação entre a medida do “esporão metafisário” e o ângulo de

desvio rotacional, ao qual a “fratura” foi submetida.

Para avaliarmos a reprodutibilidade da capacidade de quantificar o desvio, o

método foi explicado a dois avaliadores (novamente, um residente de ortopedia do

primeiro ano e um especialista em ortopedia). Fornecemos aos observadores uma

série contendo radiografias em diferentes desvios, sequenciadas de maneira

randomizada por sorteio. Os observadores analisaram as radiografias, individualmente

e cegos às avaliações um do outro, em dois momentos distintos, com uma semana de

intervalo. A medida da largura dos fragmentos foi feita com auxilio do software Impax

Results Viewer 1.0 da AGFA. A partir destes dados, o grau de desvio foi calculado

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Métodos

através da relação obtida após regressão linear. As informações foram armazenadas

em um banco de dados (Microsoft Excel).

Cotejamos os valores obtidos após a avaliação de cada observador, para

determinarmos a correlação interobservador. As diferentes medidas aferidas pelo

mesmo observador, em tempos diferentes, também foram comparadas, para

encontrarmos a correlação intraobservador. A precisão do método foi medida

correlacionando os dados obtidos pelos observadores e o grau de desvio real que os

fragmentos foram submetidos, os quais estão documentados em nossos registros.

Para essas avaliações, utilizamos o coeficiente de correlação interclasses.

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4. RESULTADOS

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Considerações finais

Este estudo ressalta a importância dos desvios rotacionais na fratura

supracondiliana do úmero, contribuindo principalmente para a estabilidade dessa

fratura. A identificação desse desvio é de suma importância para determinar o

tratamento da fratura, como também para avaliar a qualidade das reduções, durante

o tratamento. A quantificação do desvio deve ser também realizada, pois pequenos

desvios eventualmente podem ser considerados como aceitáveis.

O método aqui proposto se mostrou confiável e reprodutível para a

identificação do desvio rotacional. Pôde identificar o desvio rotacional em 100% dos

casos, para desvios de 15 graus. Não houve diferença entre as respostas de

médicos de diferentes níveis de formação.

Identificamos uma relação entre o grau de desvio rotacional e a diferença da

largura dos fragmentos no foco da fratura. Desta maneira, descrevemos aqui uma

fórmula para quantificar o desvio rotacional. O método também se mostrou confiável,

reprodutível e com boa acurácia.

Desta maneira, a importância do nosso estudo está em apresentar um novo

método para identificar e quantificar os desvios rotacionais nas fraturas

supracondilianas do úmero. Utilizando o método, os profissionais terão maior

facilidade e acurácia para determinar o tipo de tratamento e avaliar a qualidade da

redução, considerando os desvios rotacionais.

Como perspectivas futuras, esperamos que o método seja utilizado na prática

clínica, para comprovarmos sua contribuição no tratamento das fraturas

supracondilianas do úmero em crianças.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências bibliográficas

1. Cheng JC, Ng BK, Ying SY, Lam PK. A 10-year study of the changes in the pattern and treatment of 6,493 fractures. J Pediatr Orthop. 1999;19(3):344-50. 2. Mangwani J, Nadarajah R, Paterson JM. Supracondylar humeral fractures in children: ten years’ experience in a teaching hospital. J Bone Joint Surg Br. 2006;88(3):362-5. 3. Mulpuri K, Hosalkar H, Howard A. AAOS clinical practice guideline: the treatment of pediatric supracondylar humerus fractures. J Am Acad Orthop Surg. 2012;20(5):328-30. 4. Landin LA. Epidemiology of children’s fractures. J Pediatr Orthop B. 1997;6(2):79-83. 5. Wilkins KE. Fractures and dislocations of the elbow region. In: Rockwood CA, Wilkins KE, King RE, editors. Fractures in children. 4th ed. Philadelphia: JB Lippincott; 1984. p. 680-91. 6. Mulpuri K, Wilkins K. The treatment of displaced supracondylar humerus fractures: evidence-based guideline. J Pediatr Orthop. 2012;32 Suppl 2:S143-52. 7. Yamamoto I, Ishii S, Usui M, Ogino T, Kaneda K. Cubitus varus deformity following supracondylar fracture of the humerus. A method for measuring rotational deformity. Clin Orthop Relat Res. 1985;(201):179-85. 8. Baumann E. [On the treatment of fractures of the elbow joint]. Langenbecks Arch Klin Chir Ver Dtsch Z Chir. 1960;295:300-4. 9. Acton JD, McNally MA. Baumann’s confusing legacy. Injury. 2001;32(1):41-3. 10. Henderson ER, Egol KA, van Bosse HJ, Schweitzer ME, Pettrone SK, Feldman DS. Calculation of rotational deformity in pediatric supracondylar humerus fractures. Skeletal Radiol. 2007;36(3):229-35. 11. Chess DG, Leahey JL, Hyndman JC. Cubitus varus: significant factors. J Pediatr Orthop. 1994;14(2):190-2. 12. Hindman BW, Schreiber RR, Wiss DA, Ghilarducci MJ, Avolio RE. Supracondylar fractures of humerus: prediction of the cubitus varus deformity with CT. Radiology. 1988;168(2):513-5.

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Referências bibliográficas

13. Lonroth H. Measurement of rotational displacement in supracondylar fractures of the humerus. Acta Radiol. 1962;57:65-70.

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7. ANEXOS

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Anexos

ANEXO 1. Aprovação da Comissão Científica

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Anexos

ANEXO 2. Normas para publicação - Journal of Pediatric Orthopaedics

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Anexos

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Anexos

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