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DESTINO: O MUNDO Atendimento a variadas exigências evidencia internacionalmente avicultura do Paraná

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Page 1: DESTINO: O MUNDO

DESTINO: O MUNDOAtendimento a variadas exigências evidencia

internacionalmente avicultura do Paraná

Page 2: DESTINO: O MUNDO

Sindiavipar

04 Observatório

05 Agenda

06 Sindiavipar

08 Na mídia

10 Radar

12 Entrevista

14 Bem estar

16 Sanidade

18 ABPA

20 Tecnologia

20 Canal Azul

22 Vacina H1N1

24 Capa

32 Associados

32 Lei da Integração

34 DIP Frangos

36 Mercado

36 Plano Safra

38 Avicultura no mundo

40 Insumos

42 Avesui

44 Meio ambiente

46 Notas e registros

48 Estatísticas

Sumário

Fot

o: A

ppa

Fot

o: I

nstit

uto

But

anta

n

Conheça mais sobre as exigências dos principais destinos da carne de frango do estado

Ovos cuidadosamente criados se tornam o principal componente das vacinas contra a gripe

Estabelecimentos que surgiram nos Estados Unidos ganharam adeptos no Paraná

24

22

14

Capa

Tecnologia

Bem estar

Page 3: DESTINO: O MUNDO

3Sindiavipar

04 Observatório

05 Agenda

06 Sindiavipar

08 Na mídia

10 Radar

12 Entrevista

14 Bem estar

16 Sanidade

18 ABPA

20 Tecnologia

20 Canal Azul

22 Vacina H1N1

24 Capa

32 Associados

32 Lei da Integração

34 DIP Frangos

36 Mercado

36 Plano Safra

38 Avicultura no mundo

40 Insumos

42 Avesui

44 Meio ambiente

46 Notas e registros

48 Estatísticas

Diretoria

Presidente:Domingos MartinsVice-presidente:Claudio de Oliveira Secretário: Olavio Lepper Tesoureiro:João Roberto Welter Suplentes:Luiz Adalberto Stabile Benicio, Ciliomar Tortola,Vallter Pitol e Roberto KaeferConselheiros fiscais Efetivos:Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro,Dilvo Grolli e Edno GuimarãesSuplentes:Rogerio Wagner Martini Gonçalves, Celio Batista Martins Filho e Marcos Aparecido BatistaDelegados representantes efetivos:Domingos Martins e Luiz Adalberto Stabile BenicioSuplentes:Ciliomar Tortola e Paulo Cesar Massaro Thibes Cordeiro

Sindicato das Indústrias de ProdutosAvícolas do Estado do ParanáAv. Cândido de Abreu, 140 - Salas 303/304 - Curitiba/PR - CEP: 80.530-901Tel.: 41 3224-8737 | sindiavipar.com.br | [email protected]

As matérias desta publicação podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

Se você tem alguma sugestão, crítica, dúvida ou deseja anunciar na Revista Sindiavipar, escreva para nós:[email protected].

Fale conosco

Expediente

ProduçãoCentro de Comunicaçãocentrodecomunicacao.com.br

Jornalista responsávelGuilherme Vieira (MTB-PR: 1794)

ColaboraçãoBruna Bill, Camila Castro, Camila Tsubauchi, Gabrielle Comandulli, Jorge de Sousa,

Laura Espada, MariaVictória Lima, Paulinne Giffhorn, e Rafaella Coury

Design e diagramaçãoCleber Brito

Comunicação e MarketingMônica Fukuoka

ImpressãoMaxi Gráfica

Anuncie na revista SindiaviparMônica Fukuoka

Gerente de Comunicação e [email protected]

(41) 3224-8737

Domingos MartinsPresidente do Sindiavipar

EditorialResponsável por aproximadamente 35% das expor-

tações avícolas de todo o Brasil e fornecedor de carne de frango para mais de 150 países, o Paraná tem encontrado no mercado externo um grande pilar de sustentação para o crescimento de sua avicultura. Entretanto, atender a tantas regiões requer cuidados em todo o processo de produção da proteína, principalmente no quesito sanidade.

Os novos destinos conquistados pelas indústrias avícolas do Estado e todas as exigências que envolvem as habilitações são os assuntos aprofundados em nossa matéria de capa da Revista Sindiavipar. Temas que cir-cundam as exportações também pautam esta edição. Em nossa entrevista, o presidente da Associação de Comércio Exterior (AEB), José Augusto de Castro, destaca a impor-tância de garantirmos segurança alimentar para o nosso consumidor final.

As melhorias nos processos de embarque no Porto de Paranaguá, referência no Brasil, através dos testes do projeto Canal Azul, são discutidas na editoria de tecnolo-gia juntamente com uma análise das principais diferenças da avicultura brasileira para a do Oriente Médio, um dos principais consumidores da nossa proteína.

Curiosidades sobre a nova tendência dos aviá-rios gigantes e a contribuição da avicultura no combate da gripe H1N1 também estão contempladas nas próxi-mas páginas.

Uma boa leitura e um abraço.F

oto:

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cki

selo SFC

Page 4: DESTINO: O MUNDO

4 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Observatório

Roberto Rodrigues, coordenador da FGV, em-

baixador especial da FAO para as Cooperativas e presi-

dente do LIDE Agronegócios, falará sobre segurança

alimentar e a importância do Brasil no abastecimento

mundial na ANUTEC BRAZIL, que acontece de 2 a 4 de

agosto. Além dele, Manoel Reis e Felippe Serigati estão

confirmados como palestrantes do evento. Essa será a se-

gunda edição da feira voltada para o mercado de proces-

samento, embalagens e indústria da alimentação.

Programação ANUTEC BRAZIL

Foi sancionado no dia 30 de março pelo

governador do Paraná, Beto Richa, um decreto (nº

3.476/2016) que libera a cobrança do Imposto sobre

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a

tarifa elétrica de produtores rurais, inclusive para pro-

priedades que ficam dentro de áreas urbanas, como

nas cidades de Carambeí e Campo Largo. A isenção

foi uma bandeira levantada pelas instituições do setor

agro, sendo liderada pela Federação da Agricultura do

Estado do Paraná (Faep). O Sindiavipar parabeniza a

todos pela suada conquista.

Isenção do ICMS

Novo comando O engenheiro agrônomo José Roberto

Ricken é o novo presidente da Organização das

Cooperativas do Paraná (Ocepar). Ricken, que irá exercer

o posto até 2019, assumiu o cargo que por vinte anos

fora de João Paulo Koslovski, que tem em seu legado

diversas conquistas para o agronegócio paranaense,

como a criação do Programa de Revitalização de

Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop). O

Sindiavipar parabeniza Koslovski pelo seu mandato e

deseja boa sorte ao novo presidente.

Avicultura tecnológica

O Paraná é o líder nacional na produção de carne

de frango e muito desse sucesso está atrelado a iniciati-

vas inovadoras, como o Centro Tecnológico de Avicultura

do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Paraná

( Senar-PR), localizado na cidade de Assis Chateaubriand,

e que desde 2014, vem capacitando produtores e traba-

lhadores da área, o que tem melhorado o índice zootécni-

co das cooperativas e indústrias parceiras. Para esse ano,

a previsão é que 200 avicultores se formem na instituição.

Page 5: DESTINO: O MUNDO

5sindiavipar.com.br

Data02 a 04 de agosto de 2016

LocalCuritiba (PR)

RealizaçãoBäumle Organização de Feiras

Telefone (11) 3829-7990 / (41) 3068-0100

Siteanutecbrazil.com.br

Data22 a 24 de novembro de 2016

LocalPorto Alegre (RS)

RealizaçãoASGAV / SIPS / SINDILAT e FIERGS

Telefone(51) 3228-8844

Siteasgav.com.br

ANUTEC V AVISULAT

por ano

Novas vagasEm contraposto aos índices nacionais, o agro-

negócio paranaense tem aumentado seus postos de

trabalho. Segundo o Observatório do Trabalho, da

Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, so-

mente nos dois primeiros meses de 2016, 616 novas

vagas de emprego foram abertas, maior marca nos

últimos 11 anos. Ainda segundo o relatório, o forta-

lecimento das indústrias e cooperativas do setor em

parceria com o Governo do Estado, foi o principal

motivo para esse crescimento.

Benemérito da Indústria

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep-PR) concedeu ao ex-prefeito de Cianorte, Edno Guimarães, o título de Benemérito da Indústria na Região Noroeste, pelos incentivos dados ao setor durante seus mandatos. Edno faleceu em 2014, vítima de leucemia.

5sindiavipar.com.brSindiavipar

Data27 e 28 de outubro de 2016

LocalFoz do Iguaçu (PR)

RealizaçãoSindiavipar

Telefone(41) 3224-8737

Sitesindiavipar.com.br

IV Workshop Sindiavipar

Page 6: DESTINO: O MUNDO

6 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Mais informações: sindiavipar.com.br | (41) 3224-8737

Associe-se! Porque juntos somos mais fortes!

Foi realizada uma reunião do Comitê Gestor de Logística Reversa do Setor de Alimentos

na FIEP-PR no Campus da Indústria. O encontro tinha como objetivo a leitura de ata da reunião

do dia 22/03/2016, além disso, ficou estabelecido o prazo para formar a associação até dia

03/05/2016. A Cartilha da Logística Reversa foi encaminhada para correções e análise do orça-

mento enquanto o Grupo Técnico será avaliado. Para discutir a obrigatoriedade da participação

de todas as empresas no Sistema de Logística Reversa, foi realizada uma reunião no escritório

de Advocacia DPZL.

Logística Reversa

Com o objetivo de qualificar os profissionais do setor agropecuário do Paraná, o Sindia-

vipar solicitou à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) um convite para a Reunião

sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos, ao Gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da

Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP-PR), Rafael Cezar da Costa.

Rafael participou do evento em São Paulo, no dia 14 de abril.

Reunião na ABPA

6 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Page 7: DESTINO: O MUNDO

Cinco médicos veterinários paranaenses conseguiram isenção de suas inscrições para o

Curso FACTA: "Impacto da Salmonelose na Avicultura". O treinamento foi realizado nos dias 2

e 3 de março, na cidade de Cascavel (PR).

O benefício foi conseguido graças a uma parceria entre o Sindicato das Indústrias de

Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar) e a Agência de Defesa Agropecuária do

Paraná (Adapar).

Os médicos selecionados trabalham como fiscais de defesa agropecuária no setor avícola,

com foco principal na salmonela, bactéria causadora de diversas doenças ao ser humano, foco

da edição do curso deste ano.

Curso FACTA

7sindiavipar.com.brSindiavipar

Page 8: DESTINO: O MUNDO

8 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Na mídia

Aavicultura paranaense fe-

chou o primeiro bimestre

de 2016 com novas marcas.

De acordo com dados do Sindicato

das Indústrias de Produtos Avícolas

do Estado do Paraná (Sindiavipar), nos

dois primeiros meses do ano, 284,23

milhões de cabeças de frango foram

abatidas. Foi o melhor bimestre desde

2003, quando a produtividade passou

a ser registrada no Paraná.

Os números, que são re-

flexo da parceria no campo, mo-

vimentaram a imprensa. Outros

assuntos como a alta no preço

dos insumos continuaram pau-

tando os veículos. Ao todo, mais

de 80 notícias relacionadas ao

Sindiavipar foram divulgadas,

gerando um retorno de mídia

espontânea, no último bimestre,

de mais de R$ 730 mil reais. Du-

rante esse período, mais de 10

entrevistas foram concedidas à

imprensa, incluindo veículos lo-

cais e nacionais.

Março Em março, o bimestre re-

corde foi destaque em veículos

como Folha de Londrina, Jornal

de Beltrão, Diário Comércio In-

dústria & Serviços (DCI), UOL, O

Presente Rural, Avisite, entre ou-

tros. Em entrevista, o presidente

do Sindiavipar, Domingos Mar-

tins, destacou a força da parceria

entre integrados e integradoras

para que o estado se mantenha

sempre como referência nacional

e mundial no setor.

A alta do preço dos in-

sumos também foi assunto du-

rante o mês. O Sindiavipar foi

fonte do assunto para O Presen-

te, Carnetec, Notícias Agríco-

las e para a matéria da capa

da Revista Aveworld, edição

79. Na reportagem, Martins

alertou que são necessárias

medidas para atenuar os

preços dos insumos, visto

que o setor é impactado

diretamente pelas cotações

dos grãos.

Em março, 47 notí-

cias relacionadas ao sindicato

foram veiculadas, enfatizando

a importância da avicultura do

Paraná na economia brasileira.

Bimestrerecorde Produção avícola nos primeiros

meses e sistema de integração pautaram a imprensa

4%Revista

47%Online

39%Jornal

Retorno de mídia - Março

Page 9: DESTINO: O MUNDO

9sindiavipar.com.brSindiavipar

Incluindo matérias em revista,

site e jornais.

AbrilO sistema de integração,

base da produção avícola do Pa-

raná, movimentou a imprensa

no mês de abril. O tema rendeu

publicação no site da Dinheiro

Rural, Diário do Noroeste, O Pre-

sente Rural, Avisite, entre outros.

Segundo Martins, o sistema per-

mite distribuição igualitária de

responsabilidade e benefícios,

contribuindo para o crescimento

de toda a cadeia produtiva.

Neste mês, o Sindiavipar

também participou de matérias

sobre a isenção da taxa de impor-

tação de milho para países fora

do Mercosul, divulgada pela Câ-

mara do Comércio Exterior (Ca-

mex) no Diário Oficial da União.

Foram concedidas entrevistas

para a CBN Londrina, Estadão

Broadcast e Folha de Londrina

sobre o assunto. Ao todo, 34 ma-

térias tiveram o sindicato como

fonte, incluindo site, jornal, re-

vista e rádio.

31%

62%

Online

Revista

Retorno de mídia - Abril

5%Jornal

2%TV

Page 10: DESTINO: O MUNDO

10 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Radar

O cenário cambial tornou atrativo importar milho do Brasil e da Argentina. Temos uma bela safra à vista, mas a ‘evasão’ do insumo está se transformando

em um problema grave para o nosso setor. Francisco Turra, presidente Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

Este ano o produtor que conseguiu escapar dos reveses do clima está faturando mais,

especialmente aquele que diversificou e não apostou todas

as fichas em soja, plantando parte da área da primeira safra

com milho, produto quevem tendo uma

remuneração excelenteFrancisco Carlos Simioni, diretor do Departamento de Economia Rural do Governo do Estado do Paraná

O Brasil consegue compensar parcialmente essa queda de preços das commodities com uma ampliação dos volumes,

do quantum exportado. No último trimestre houve

crescimento de volume em todos os grupos

de produtosArmando Monteiro, ministro do

Desenvolvimento, Indústriae Comércio Exterior

Page 11: DESTINO: O MUNDO
Page 12: DESTINO: O MUNDO

12 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Embarques seguros

Entrevista

Cuidados e respeito às regras de sanidade são porta de entrada para o mercado internacional

Em constante crescimento e

evolução, a avicultura bra-

sileira e, principalmente, a

paranaense, possui um controle

sanitário considerado referência

no mundo, o que permitiu, que só

em 2015, o país embarcasse 4,32

milhões de toneladas de carne de

frango, segundo dados da Secre-

taria de Comércio Exterior (Secex),

vinculada ao Ministério de Desen-

volvimento, Indústria e Comércio

Exterior (MDIC). Sobre o assunto,

o presidente da Associação de Co-

mércio Exterior (AEB), José Au-

gusto de Castro, conversou com a

Revista Sindiavipar, e destacou a

importância destas exigências para

conquistar cada vez mais novos

destinos e garantir a segurança ali-

mentar ao consumidor final.

Como o Brasil tem seguido os mais altos graus de exigência para a exportação da carne de frango?

O Ministério da Agricul-

tura, Pecuária e Abastecimento

(Mapa), sabendo que o mundo hoje

exige cuidados com a sanidade, tem

uma preocupação constante em não

criar nenhuma dificuldade que pos-

sa ser uma barreira não tarifária e

que impeça a participação do pro-

duto brasileiro no mercado inter-

nacional. Essa consciência parte,

principalmente, das empresas, pois

elas sabem que se não atingirem os

padrões de exigência definidos para

cada país deixarão de exportar. Se a

empresa quer participar do mercado

internacional, ela tem que cumprir o

mais rígido padrão de exigência.

Qual é a importância dessas exigências sanitárias?

Vender e consumir são fun-

damentais. Não posso dizer que é

importante só para vender porque

na verdade é importante também

para a saúde. Como o mundo hoje

desenvolve cada vez mais tecno-

logias e formas para aumentar a

produtividade, a sanidade é funda-

mental para evitar que os consumi-

dores tenham uma imagem distor-

cida da empresa. Considerando que

o frango é uma proteína acessível e

tem grande demanda, os países que

consomem procuram estabelecer

níveis de confiança importantes,

assim como aqueles que desejam

vender, que buscam atender pa-

drões de qualidade e sanidade para

que o consumidor tenha a tranquili-

dade e confiança no produto.

Quais países estão no radar de principais mercados para a exportação avícola?

O Brasil exporta hoje para

muitos países. O mundo consumi-

dor também procura, na medida

do possível, ter uma produção pró-

pria. Para os embarques da carne

de frango, são necessárias condi-

ções de sanidade que nem todos

têm condições de atender. Hoje, os

grandes radares para exportação

são a Europa, países do sudeste asi-

ático e EUA. Mas, o mercado ainda

tem muito espaço para ser explo-

rado. O Brasil tem uma posição de

destaque no mercado internacional,

sendo reconhecido como grande

exportador e produtor, tendo um

produto de qualidade.

Page 13: DESTINO: O MUNDO

Sindiavipar

MercadoFundamental para quem pensa em ser um exportador regular e, princi-palmente, um exportador de desta-que no mercado internacional.

Sanidade Básico. Indispensável pra quem quer participar do mercado internacional, efetivamente comprador, não de mer-cados marginais mas sim de merca-dos principais.

AviculturaEm um pais de grande extensão de terra como o Brasil, a avicultura tem uma grande contribuição para o cres-cimento do pais. Não só pela geração de divisas, mas como geração de em-pregos e renda.

InsumosPor ser um grande exportador de soja, o Brasil dispõe de insumos bá-sicos para a avicultura e isso deveria dar maior condição de competitivida-de ao produto brasileiro considerando que a matéria prima é brasileira.

José Augusto de Castro

Presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil)

Graduado em Administração de Empresas pelaFundação Getúlio Vargas - SP

Autor de 12 livros sobre comércio exterior

Vai e volta

Se a empresa quer participar do mercado

internacional, ela tem que cumprir o mais rígido padrão

de exigência

Sócio-Presidente da PROCEX Técnica Internacional S/C Ltda

Page 14: DESTINO: O MUNDO

14 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Gigantesvieram para ficarDesenvolvidos há quase 10 anos, aviários gigantesestão em expansão no estado

Bem estar

Em 2007, surgiu no Paraná um

novo modelo de aviários: os

Aviários Gigantes. Como o

nome sugere, esses estabelecimentos

são maiores do que os tradicionais,

chegando a ter até 155x36m, contra

os 125x14m geralmente utilizados

nos convencionais. A ideia veio do

avicultor Evandro Carlos dos Santos,

de Espigão Alto do Iguaçu, cidade vi-

zinha a Quedas do Iguaçu, no Oeste

do Paraná.

Na época, Evandro esta-

va construindo dois aviários de

125x14m, e pensou: “por que não

construir um só?” e então pôs em

prática o projeto do primeiro aviá-

rio gigante do Brasil, com 155x30m.

No início, sua maior dificuldade foi

fazer com que as pessoas acredi-

tassem que essa ideia daria certo.

Hoje, muitas empresas seguem o

mesmo modelo de construção,

quebrando o paradigma de que a

ideia não funcionaria.

A modalidade já era pra-

ticada nos Estados Unidos quan-

do Evandro teve sua ideia, fato que

ele descobriu após começar a fazer

pesquisas para a construção do

primeiro aviário. No início também

era preciso importar do país alguns

materiais utilizados na montagem,

como nebulizadores. Atualmente, a

tecnologia nacional já supre as ne-

cessidades das instalações.

Os galpões usuais compor-

tam cerca de 20 mil aves, um avi-

ário de 155x32m aloja cerca de 100

mil. Tudo dentro deles é controlado

de forma automática: temperatura,

luminosidade, alimentação e água

14 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Page 15: DESTINO: O MUNDO

potável. Segundo Evandro, a produ-

ção é facilitada por inúmeros moti-

vos. “Nos aviários gigantes tudo é

melhor: o aproveitamento de espa-

ço, os equipamentos, a tecnologia, o

que acaba facilitando a produção”.

Outro fator que os aviários gigantes

geram é a economia. Mesmo sen-

do maiores, as instalações são mais

modernas, os equipamentos gastam

menos energia e o custo-benefício

acaba sendo maior.

Os estabelecimentos tam-

bém apresentam vantagens para os

animais, pois oferecem mais recur-

sos para as aves hospedadas, como

melhor tecnologia de aquecimento,

ventilação e nebulização. Porém, é

preciso ficar atento ao número de

aves por metro quadrado, que não

deve ultrapassar 30 kg/m² para não

afetar o bem-estar dos animais.

Para Evandro, o bem-estar do ani-

mal é melhor nos aviários gigantes

por trabalhar com a nebulização de

mil libras - que faz com que as gotas

de água evaporem de maneira mui-

to ágil, retirando o excesso de calor

do ambiente.

A TECSUI, empresa na qual

Evandro trabalha, iniciou suas ativi-

dades em 2002 e atua em diversas

áreas de nutrição animal, que vão

desde produção de rações até produ-

ção de frangos e suínos. A empresa

possui nove aviários, sendo quatro

deles gigantes - um com 155x30m, o

pioneiro, e três com 155x32m.

100 mil

30 kg/m²

aves podem ser alojadas em um aviário gigante

é o limite aceitável deaves por m²

Page 16: DESTINO: O MUNDO

16 sindiavipar.com.br Sindiavipar

No Paraná, hoje, estima-se

que existem quase 21 mil

aviários com propósitos

comerciais em funcionamento. A

Instrução Normativa nº 56 do Mi-

nistério de Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (Mapa), de dezem-

bro de 2007, estabeleceu procedi-

mentos para registro, fiscalização

e controle desses estabelecimentos

avícolas de reprodução e comerciais,

visando principalmente a biossegu-

ridade. Como atualmente esse regis-

tro não é obrigatório, mas importan-

te, o Comitê Estadual de Sanidade

Avícola (Coesa) está mobilizado em

aumentar o número de registros.

Reunindo profissionais da

área de medicina veterinária envol-

vidos com avicultura das principais

instituições do Estado relacionadas

ao tema - como o Mapa e Agência

de Defesa Agropecuária do Paraná

(Adapar) - além de algumas empre-

sas, o Coesa tem como objetivo ge-

ral analisar, discutir e posicionar-se

sobre assuntos da política sanitária

avícola estadual, contribuir para a

viabilização de trabalhos que fa-

çam parte do programa estadual

de sanidade avícola, e, quando so-

licitado, propor ações direcionadas

à proteção e aprimoramento das

práticas de defesa da saúde animal.

Em uma de suas reuniões, a questão

dos registros avícolas veio à tona

para reduzir ao máximo os riscos

da entrada da gripe aviária no país

e manter o Brasil livre da doença.

A principal causa da baixa

quantidade de registros é a falta dos

documentos necessários para con-

seguir a certidão por parte das em-

presas, como explica o coordenador

do Coesa, Humberto Cury. “Muitos

protocolos estão parados há anos e

outros ainda nem foram iniciados,

sendo que os aviários existentes na

época da resolução deveriam ter a

certidão até 2012. Precisamos fazer

uma força tarefa dentro das empre-

sas para que elas finalizem o pro-

cesso”, afirma Cury.

Um dos Fiscais de Defesa

Agropecuária da Adapar, Cassia-

no Kahlow, explica que, de forma

prática, quando uma empresa entra

com o requerimento para conseguir

a certidão de registro, ela deve fazer

uma série de implementações es-

truturais e de manejo do aviário. “A

Adapar (na época, Defis), ao insti-

tuir a resolução nº 82 em 2011, deta-

lhou os procedimentos da instrução

normativa do Mapa, determinando

As empresas precisam não só

adequar fisicamente seus aviários, como

também organizar os documentos requeridos

para registroHumberto Cury,coordenador do Coesa

A força daavicultura

Registro de aviários de frango de corte aumenta a segurança da produção e é incentivado por Comitê Estadual de Sanidade Avícola

Page 17: DESTINO: O MUNDO

17sindiavipar.com.brSindiavipar

que o aviário deve passar por uma

avaliação documental e por uma

inspeção física e sanitária em suas

instalações, e só recebe a certidão

caso esteja de acordo com todos os

requisitos”, acrescenta Kahlow.

As empresas registradas

devem atualizar sua certidão anu-

almente, solicitando uma renova-

ção e reenviando uma nova análise

da qualidade da água do aviário. A

Adapar pode requerer uma nova

inspeção, de acordo com a indi-

cação do fiscal. “Dessa forma, os

procedimentos de registro dos avi-

ários são acompanhados de perto,

aumentando o nível de biosseguri-

dade do plantel avícola do estado”,

afirma o fiscal.

O CoesaConsiderando a impor-

tância do registro de aviários, a

meta de 2016 do Coesa é aumen-

tar a adesão, em parceria com o

Mapa. Para isso, primeiramente

foi realizado um levantamen-

to nos sub-Coesas, verificando

qual a situação de cada região

do estado quanto ao número de

empresas sem registro. Segun-

do o relatório, 30% dos aviários

possuem o registro.

O segundo passo será re-

lembrar a importância da certidão,

especialmente nas questões de

biosseguridade. Isso será feito por

meio dos Fiscais de Defesa Agro-

pecuária de cada município onde a

avicultura estiver presente, solici-

tando que as empresas entreguem

o que falta para finalizar o proces-

so. “Estamos fazendo um trabalho

em conjunto para garantir mais re-

gistros. Afinal, como a adesão hoje

é muito baixa, não podemos punir

os aviários sem registro, pois isso

teria um efeito negativo na produ-

ção de aves do estado. Precisamos

reverter o quadro, para o bem da

sanidade de toda a cadeia avícola”,

determina Cury.

17sindiavipar.com.brSindiavipar

21 mil*

30%**

aviários em funcionamento

no Paraná, aproximadamente

possuem certidãode registro

Page 18: DESTINO: O MUNDO

18 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Um quadro complicado está

desenhado para o nosso

setor neste ano. Desde ja-

neiro, superespeculação e falta de

oferta de milho, aliadas à quebra de

safra em algumas regiões, coloca-

ram a competitividade do setor em

alerta. Mais recentemente, auto-

ridades paranaenses anunciaram a

suspensão da safrinha de soja de-

vido às ocorrências de ferrugem asi-

ática. Isto tudo, aliado ao quadro

econômico grave do Brasil, que tem

causado desemprego, recessão e

impacta o consumo interno de nos-

sos produtos.

O sinal, que era de atenção,

agora é emergência. Empresas já

anunciaram redução dos níveis de

produção como resposta a esta situ-

ação. Mesmo com os volumes recor-

des de exportação e a expansão das

compras de grandes mercados como

a China, o cenário requer total aten-

ção e planejamento das empresas, já

que perdemos centenas de dólares

no valor médio da tonelada exporta-

da ao longo dos últimos meses.

Em um esforço nacional, a

ABPA e entidades de diversos esta-

dos vêm realizando ações das mais

variadas com o objetivo de diminuir

estes impactos e promover uma situ-

ação mais equilibrada. Junto ao Po-

der Executivo, há um grande esforço

para viabilizar vendas de insumos

desoneradas, em condições mais

competitivas para nossas empresas.

Houve resultados positivos,

mas a preocupação perdura. Os

impactos do que foi ofertado pelo

Governo pouco influenciou nos

custos, que continuam altos. A de-

manda internacional de grãos con-

tinua elevada. Temos relatos sobre

casos de intermediários entregando

o milho no porto por R$ 32,00 a

saca para cumprir contratos ante-

riormente firmados de venda futu-

ra, enquanto para as agroindústrias

brasileiras o preço chega a R$ 50,00.

A ABPA está trabalhando

junto ao poder público para que seja

iniciado um acompanhamento dos

contratos futuros, a exemplo do que

faz os Estados Unidos, consideran-

do que este é um cereal estratégico

para o país. Precisamos manter am-

bas as cadeias saudáveis (de cereais

e de proteínas) para sustentabilida-

de dos negócios.

De qualquer forma, este é

um momento de reflexão. Cada

elo desta nossa gigantesca cadeia

produtiva deve, como nunca, rea-

valiar suas estratégias. O quadro

inspira cuidados e não há “coelhos

na cartola” para mudar a conjun-

tura. A cautela é a palavra chave

que deve nortear cada novo passo

neste momento.

Grãos, economiae cautela

ABPA

Francisco TurraEx-ministro da Agricultura e presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)

A cautela é a palavra chave que deve nortear

cada novo passoneste momento

Page 19: DESTINO: O MUNDO
Page 20: DESTINO: O MUNDO

20 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Idealizado em 2010, o Canal Azul

(Sistema de Informações Geren-

ciais do Trânsito Internacional de

Produtos e Insumos Agropecuários),

foi lançado no ano passado pelo

Ministério de Agricultura, Pecuá-

ria e Abastecimento (Mapa) com o

objetivo de modernizar o controle

oficial das exportações e gerar uma

economia de 72 horas na operação

de embarque.

Ainda sem ter sido total-

mente implantado nos portos do

país, o dispositivo passou por uma

fase de testes no Terminal de Con-

têineres de Paranaguá. “Eles com-

provaram as expectativas iniciais.

A relação entre o exportador e o

Ministério da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento (Mapa) passou a

ser totalmente eletrônica e foi ante-

cipada, desde o momento em que o

container é lacrado na unidade. Ou

seja, os trabalhos de liberação são

iniciados enquanto a carga ainda

está em trânsito para o terminal por-

tuário e podem ser concluídos antes

da carga chegar”, esclarece o pes-

quisador Dr. Vidal Melo, do Grupo

de Pesquisa da Escola Politécnica da

Cada dia doprocesso gera

ganhos a todos,além de evitar

perdas de embarquee multas

Pesquisador Dr. Vidal Melo

Page 21: DESTINO: O MUNDO

21sindiavipar.com.brSindiavipar

Universidade de São Paulo (Gaesi),

que iniciou os estudos para desen-

volvimento do sistema coordenado

pelo Prof. Eduardo Mario Dias.

Entre um dos principais

avanços trazidos pelo projeto está o

lacre eletrônico para os contêineres

refrigerados, que reduz a burocra-

cia do processo, agilizando a libe-

ração das mercadorias. Além disso,

traz mais segurança ao produto ex-

portado pelos terminais. Segundo

Melo, o dispositivo é apenas um

dos diversos componentes impor-

tantes do processo.

“O que auxilia nas exporta-

ções é uma nova concepção de pro-

cessos e sistemas com adoção de tec-

nologias de vanguarda. A principal

premissa foi eliminar o trânsito de

papel entre os privados e o governo,

com o protocolo de processos 100%

eletrônicos e integrados aos sistemas

privados. Além disso, o Sistema de

Vigilância Agropecuária Internacio-

nal (Vigiagro) passa a trabalhar com

gerenciamento de risco em suas ativi-

dades de fiscalização”, explica.

O lacre guarda uma cópia de

identificação dos processos e per-

mite a extensão do suporte eletrô-

nico ao campo, evitando que sejam

coletadas ou digitadas informações

manuais ou inválidas, além de mini-

mizar as chances de fraudes, pois a

rastreabilidade dos processos passa

a ser instantânea.

Um dos resultados compro-

vados durante a fase de testes foi a

redução de custos, já que os contêi-

neres são refrigerados e precisam ser

ligados na tomada ou mantidos com

um gerador a diesel ligado o tempo

todo. De acordo com Melo, todos

os exportadores de proteína animal

possuem o mesmo ganho operacio-

nal, sejam suínos, avícolas, bovinos

ou outros. “Cada dia do processo

gera ganhos a todos os envolvidos,

além de evitar perdas de embarque e

outras multas nos portos de origem

e destino”, finaliza Melo.

Devido à necessidade de

treinamento de toda a cadeia – fis-

cais, terminais, exportadores e

despachantes -, a implantação nos

portos deve ser feita aos poucos.

Segundo os estudos, o processo de

adesão deve ser mais lento no come-

ço, mas em seguida os próprios ato-

res passam a ensinar uns aos outros,

agilizando o processo.

Segundo o diretor presiden-

te da Administração dos Portos de

Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz

Henrique Dividino, a implantação do

Canal Azul é bastante positiva ao

porto. “Nossa principal carne de ex-

portação é a carne de frango. Nesse

segmento, somos o primeiro porto

do país. Investindo e estando abertos

às iniciativas de modernização – se-

jam essas do Governo Federal ou da

iniciativa privada – temos condição

de atrair ainda mais cargas e clientes,

e com isso melhorar a economia de

todo o estado. Se o lacre eletrônico

promete dar ainda mais credibilidade

às operações pelo Porto de Parana-

guá, apoiamos”, declara.

O projeto Canal Azul tem

apoio do Vigiagro e das Asso-

ciações dos Exportadores (Abiec,

Associação Brasileira de Frigoríficos

(Abrafrigo) e Associação Brasileira

de Proteína Animal (ABPA).

100%eletrônico e

integrado é o protocolo de processos do

sistema

Page 22: DESTINO: O MUNDO

22 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Assim que os primeiros

ventos do outono sopram

em território brasileiro, a

procura por vacinas contra a gripe

se intensifica nos postos de saúde

de todas as regiões. Este ano, de-

vido ao aumento do número de ca-

sos da gripe tipo H1N1 (foram 230

mortes e mais de 1.300 casos até

o início de abril, segundo dados

do Ministério da Saúde), a vacina-

ção foi antecipada, e a procura nos

postos de todo o país superou as

expectativas. Mas quem busca na

vacina a proteção contra o vírus,

muitas vezes nem imagina o traba-

lho minucioso que existe por trás

do seu processo de fabricação

Tudo começa no aviário de

alta tecnologia da empresa parana-

ense Globoaves, situado na cidade

de Itirapina, no interior de São Paulo,

que foi especialmente desenvolvido

para criar embriões que servirão à

ciência. São mais de 500 mil aves

de linhagem leve e postura comer-

cial envolvidas neste processo, que

conta com uma estrutura de pon-

ta. “Nós pesquisamos e investimos

no que há de melhor no mundo em

questão de ninhos e equipamentos

para que as aves tenham um local

adequado em termos de localiza-

ção e controle sanitário, itens que

são fundamentais para todo o pro-

cesso”, explica a médica veterinária

responsável da Globoaves Biotec-

nologia Avícola, Nayra Magnusson.

Ela conta que essas aves são

controladas desde o nascimento e

monitoradas constantemente. “Elas

são tratadas com ração específica e

vivem em um ambiente com tempe-

ratura e umidade controladas, o que

Elas são tratadascom ração específica

e vivem em um ambiente com

temperatura e umidade controladas

Nayra Magnusson, médica veterinária responsável da Globoaves Biotecnologia Avícola

Page 23: DESTINO: O MUNDO

23sindiavipar.com.brSindiavipar

garante a saúde dos animais e dos

ovos”. Por meio da monta natural

dos machos, os ovos são fecunda-

dos e depois levados a uma câmara

especial, uma espécie de “máquina

chocadeira”, uma incubadora mecâ-

nica, onde permanecem por 11 dias

com temperatura adequada à for-

mação dos embriões. Depois desse

período é que os ovos são analisa-

dos cuidadosamente, uma vez que

apenas os ovos com embriões vivos

podem ser utilizados na produção

da vacina.

Por meio de um transporte

logístico cuidadoso, estes embriões

são enviados para o Instituto

Butantan, na capital paulista, que

introduz o vírus H1N1, e dos outros

dois tipos de gripe que compõe a

vacina: H3N2 e B no ovo. Após 72

horas de incubação, período em

que o vírus se multiplica no líquido

que envolve o pintinho, o líquido é

retirado do ovo e purificado, res-

tando apenas as amostras inativas

do vírus, que é a base para o de-

senvolvimento da vacina. A partir

daí, a imunização é distribuída em

65 mil postos de saúde de todo o

Brasil, que participam do mutirão

contra a influenza.

A Globoaves é a única em-

presa nacional com porte e tecnolo-

gia de ponta para realizar este tipo

de criação, e é pioneira no ramo,

contratada desde 2007 pelo Insti-

tuto Butantan especialmente para

desenvolver estes “ovos especiais”,

que são controlados rigorosamente

para poderem produzir vacinas. O

instituto é ligado ao Ministério da

Saúde e responsável pela produção

da vacina sazonal trivalente, e to-

dos os anos, cerca de 55 milhões

de ovos embrionados controlados

da Globoaves são entregues aos la-

boratórios especializados durante

o período de produção da vacina,

geralmente no início do ano, antes

da época do frio.

O Ministério da Sáude aler-

ta que pessoas que possuem algum

tipo de alergia à proteína do ovo

não devem tomar a vacina, mas re-

força que, quem pode tomar, prin-

cipalmente entre o público priori -

tário (pessoas a partir de 60 anos,

crianças de seis meses a menores

de cinco anos, entre outros), deve

procurar um posto de saúde, uma

vez que a eficácia é bastante sig-

nificativa para controlar o surto

específico de H1N1. “Não há ne-

cessidade de correria aos postos de

saúde porque há vacina suficiente

para todos do público prioritário.

Foram adquiridos 54 milhões de

doses para todo o país, enquanto

temos de público-alvo 49,8 milhões

de pessoas. Portanto é importante

reforçar que não há necessidade de

pânico porque a vacina não vai aca-

bar”, afirmou o secretário de Vigi-

lância em Saúde, do Ministério da

Saúde, Antônio Nardi.

Avicultura na produção de vacinas

50 mil avessão criadas especialmente para fabricação dos ovos

de permanência dos ovos na máquina chocadeira para

gerar um embrião

11 dias

72 horasé o tempo que o vírus leva

para se desenvolverno embrião

54 mide doses de vacina

disponibilizadas em 2016

65 milpostos de saúde envolvidos no mutirão de vacinação

Page 24: DESTINO: O MUNDO

24 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Made in ParanáAtendimento às exigências sanitárias e religiosas, preço e regularidade no fornecimento evidenciam avicultura paranaense no mundo

24 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Capa

Page 25: DESTINO: O MUNDO

25sindiavipar.com.brSindiavipar

Ao longo de 2015, o Paraná

se destacou por conquistar

novas habilitações e refor-

çar a exportação de carne de fran-

go para países como China, Arábia

Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Isso acontece, principalmente, por-

que a avicultura do estado é refe-

rência mundial em sanidade e volu-

me de produção com regularidade.

Mas cada vez mais a especialização

das indústrias tem contribuído para

a abertura de mercados. A produ-

ção de frango “griller” ou “kakugi-

ri” e a certificação de abate Halal

são diferenciais paranaenses que,

somados a fatores logísticos e ao

acesso a insumos, fortalecem o Es-

tado como maior produtor e expor-

tador de frango do país.

A abertura de novos merca-

dos não é recente. Iniciada em 1975,

com embarques para o Oriente Mé-

dio, a exportação de produtos aví-

colas brasileiros cresceu exponen-

cialmente, fazendo com que o país

se firmasse, há cerca de 10 anos,

como o maior fornecedor de car-

ne de frango do mundo, atenden-

do mais de 150 países atualmente.

“Assumimos a liderança, passando

à frente de mercados fortes, como

o dos Estados Unidos da América,

principalmente por causa da sani-

dade”, avalia o presidente do Sin-

dicato das Indústrias de Produtos

Avícolas do Estado do Paraná (Sin-

diavipar), Domingos Martins.

O status sanitário parana-

ense é apontado como expoente

também pelo presidente-executivo

da Associação Brasileira de Proteína

Animal (ABPA), Francisco Turra. “A

preservação da sanidade e as práti-

cas do dia a dia são avaliadas pelas

missões técnicas que vêm ao Brasil

habilitar novas plantas. O alto nú-

mero de plantas habilitadas é prova

de quão qualificado está o Paraná

nesse contexto”. Diferente da China

e dos Estados Unidos, que registra-

ram focos de influenza aviária no

ano passado, o Brasil segue livre do

vírus, e também da doença de New

Castle, da salmonela e do micoplas-

ma – principais agentes patogênicos

verificados pelos compradores.

Segundo o diretor-presi-

dente da Agência de Defesa Agro-

pecuária do Estado do Paraná

(Adapar), Inácio Kroetz, a defesa

sanitária está focada na prevenção

e no combate dessas e de outras

doenças que possam colocar em

risco qualquer mercado. “O es-

forço da Adapar está focado na

vigilância passiva e ativa no nível

adequado para cada um desses

agentes infecciosos, para que não

seja a sanidade um fator de restri-

ção de mercado”, reforça.

Made in Paraná

Sindiavipar

Assumimos a liderança, passando a frente

de mercados fortes, como o dos Estados Unidos da América, principalmente por causa da sanidade

Domingos Martins,presidente do Sindiavipar

Page 26: DESTINO: O MUNDO

26 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Capa

O status sanitário paranaense é apontado

como expoente

Os três degraus da habilitação

Segundo Kroetz, ex is-

tem três níveis de exigências

que diferem as habilitações. A

sanidade geral do plantel avíco-

la e a qualidade do serviço ve-

terinário of icial são requisitos

para aqueles países que exigem

cert if icação além daquilo que

o mercado interno requer. Es-

sas plantas são habilitadas para

exportação geral e representam

39 das 43 indústrias vinculadas

ao Sindiavipar.

Em seguida, aparecem

mercados mais exigentes em

relação a doenças específ icas,

como, por exemplo, a influen-

za aviária, e também ao bem

estar animal. “São geralmente

algumas exigências adicionais

à legislação brasileira, como in-

toxicações decorrentes de con-

taminações durante o processo

de industrialização. Estes dão

muita importância para como

são realizadas as inspeções nas

fábricas e são extremamente

zelosos quanto a segurança do

produto para o consumidor”,

explica Kroetz. Japão, África do

Sul e China se encaixam nessa

condição, sendo que o último

país é atendido por 9 indústrias

avícolas paranaenses represen-

tadas pelo Sindicato.

Nesta fase, também en-

tram as exigências por cortes

específ icos. Mercados como o

Japão e o Oriente Médio agre-

gam valor aos produtos por

demandarem tipos diferentes

de frango, como o “kakugiri” –

cubos de coxa e sobrecoxa sem

osso – e o frango “griller” – aves

menores, produzidas em ciclos

de 30 dias – respectivamente.

O último nível de habi-

litação é bem mais específ ico

e respeita preceitos religiosos.

Aqui se encaixam as certif ica-

ções de abate halal e kosher. O

primeiro atende às normas islâ-

micas e o segundo segue as leis

judaicas de alimentação. “Quem

atesta são os f iscais religiosos

que estão na indústria durante

todo o abate para verif icar se os

preceitos religiosos estão sendo

cumpridos”, explica Kroetz.

Além da sanidade,a vocação

Mas nem só de sanidade

é feita a avicultura paranaense.

O volume de produção de carne

de frango e a capacidade expor-

tadora também contribuem para

que o estado se consolide como

referência no mercado interno e

global. “O Paraná tem vocação

para a avicultura, com tecnolo-

gia e mão de obra especializa-

da. As indústrias e os produto-

res estão comprometidos com a

O alto número de plantas habilitadas

é prova de quão qualificado está

o Paranánesse contexto

Francisco Turra,presidente-executivo da ABPA

Page 27: DESTINO: O MUNDO

27sindiavipar.com.brSindiavipar

Page 28: DESTINO: O MUNDO

28 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Capa

atividade, desde a produção na

granja até o embarque no por-

to”, destaca Martins.

O Paraná é líder nacio-

nal em produção. Em 2015, as

indústrias do estado abateram

1,6 bilhão de cabeças de frango,

conforme levantamento mensal

realizado pelo Sindiavipar. O

número signif ica 31,5% do total

nacional para o ano, segundo

relatório técnico da Expedição

Avicultura 2015. A indústria es-

tadual lidera também o ranking

dos exportadores brasileiros.

Em todo o ano passado, o Para-

ná embarcou 1,48 milhão de to-

neladas de frango, o equivalen-

te a 34,4% dos envios nacionais.

“Só isso já bastaria para

justif icar tantas habilitações,

mas há vários outros fatores.

Primeiro, a alta tecnologia e a

excelência em qualidade e pro-

dutividade empregada pelas

agroindústrias paranaenses. São

cooperativas e empresas com

gestão altamente qualif icada,

focadas em atender às diretrizes

e demandas dos clientes inter-

nacionais”, avalia o presidente-

-executivo da ABPA.

Para o diretor-presidente

da Adapar, o Paraná se desta-

ca por oferecer quantidade, re-

gularidade e preço. “Além dos

A abertura de novos mercados começou em 1975, com embarques para o Oriente Médio

28 sindiavipar.com.br Sindiavipar

ExigênciasinternacionaisArábia Saudita: atendi-

mento às diret rizes hala l,

preferência por f rangos

“gril ler”, 31 plantas in-

dust ria is habilitadas no

Paraná.

China: Sanidade, ausên-

cia influenza av iária, 9

plantas indust ria is habi-

litadas no Paraná.

Emirados Árabes Uni-dos: atendimento às dire-

t rizes hala l, preferência

por f rangos “gril ler”, 31

plantas indust ria is habi-

litadas no Paraná.

Japão: Sanidade, au-

sência influenza av iá-

ria, preferência por cor-

tes específ icos como o

“kakugiri”.

África do Sul: Sanida-

de, ausência influenza

av iária, habilitação para

comercia lização com a

União Europeia, 15 plan-

tas indust ria is habilita-

das no Paraná.

Page 29: DESTINO: O MUNDO

29sindiavipar.com.brSindiavipar

O Paraná tem vocação para a avicultura. As indústrias e os produtores estão

comprometidos coma atividade

Domingos Martins,presidente do Sindiavipar

requisitos sanitários e religio-

sos, temos gente com vocação,

produção de grãos, clima e ter-

ritório favoráveis para criação de

aves”. Indústrias instaladas em

regiões sem acesso facilitado a

milho e soja precisam transpor-

tar a maior parte dos insumos

por grandes distâncias, logo,

perdem na concorrência por

gastar mais com frete.

“Desde que atenda aos

requisitos sanitários e qualida-

de, frango é frango em qualquer

parte do mundo. Por isso, quem

tem melhor competitividade por

preço, por quantidade e por re-

gularidade se destaca. No Bra-

sil, chama-se Paraná”, completa.

Mais que umaquestão cambial

As exportações rende-

ram menos em dólar ao longo

de 2015, conforme aponta a

ABPA. A retração foi puxada

pela queda nos preços médios

internacionais e chegou a 11,3%

no acumulado anual. Mas o

Brasil foi favorecido pelo câm-

bio. A desvalorização do real

frente ao dólar deixou o preço

do frango brasileiro ainda mais

at rativo no mercado interna-

cional e, além de impulsionar

as exportações, incrementou o

faturamento em reais. O valor

avançou 26% em comparação

ao ano anterior, fechando 2015

com saldo de 23,9 bilhões.

Mas o câmbio é um fa-

tor recente de competitividade,

avalia o presidente-executivo

da ABPA. “Não é o motivo pelo

qual o Brasil se tornou o maior

exportador mundial”. Para Tur-

Principais Produtores (mi/ton)

Frango no mundo 2015

18Estados Unidos

14Brasil

13China

Principais Exportadores (mi/ton)

4,3Brasil

2,9Estados Unidos

1,1União Europeia

Fonte: USDA/ABPA

Page 30: DESTINO: O MUNDO

30 sindiavipar.com.br Sindiavipar

ra, a “internacionalização” do

agronegócio brasileiro ocorreu

graças aos investimentos feitos

pelas agroindústrias para aten-

der aos requisitos e demandas

dos países para onde exportam.

A Copacol, Cooperati-

va Agroindustrial com sede em

Cafelândia, na região Oeste do

Paraná, é um desses exemplos.

A indústria expandiu o atendi-

mento ao mercado internacional

e chegou a embarcar para outros

países 60% do total produzido

em 2015. Segundo nota divulga-

da em abril, a Cooperativa ex-

porta para 56 países e adicionou

recentemente o México a carta

de clientes. Entre abril e junho

deste ano, a Copacol pretende

enviar mais de 80 contâiners de

carne de frango para o mercado

mexicano.

Segundo a ABPA, as ex-

portações demandam pouco

mais de 30% da produção avícola

brasileira, mas contribuem forte-

mente para a regulação da ofer-

ta interna, reduzindo a pressão

sobre os preços dos produtos.

“Bons volumes de exportação

também significam mais empre-

gos e renda, em especial para os

pequenos municípios onde há

agroindústrias e avicultores. Por

isso, o ganho com as exporta-

ções não é só econômico, como

também social”, explica o presi-

dente-executivo da entidade.

À espera da habilitaçãoNão há prazo f ixo

para que uma habilitação se

concret ize, indica a ABPA.

“Depende est ritamente do

processo do país-a lvo da

abertura. As ex igências va-

riam de mercado para mer-

cado”, explica o presidente-

- execut ivo da associação,

Francisco Turra. No caso do

Oriente Médio, a cert if ica-

ção do abate Halal é cru-

cia l, mas as especif icidades

podem variar de um caso

ao out ro. Em dezembro de

2015, por exemplo, a Chi-

na habilitou 12 novas plan-

tas brasileiras de suínos e

aves, resultado, conforme

nota da ABPA, de missões

realizadas em junho do ano

passado. Na época, a Asso-

ciação declarou ainda que

aguardava a habilitação de

out ras seis plantas indus-

t ria is que haviam sido v isi-

tadas em 2012.

Quem tem sanidade, melhor

competitividade por preço, por quantidade e por regularidade se destaca. No Brasil, chama-se Paraná

Inácio Kroetz,diretor-presidente da Adapar

Capa

Page 31: DESTINO: O MUNDO
Page 32: DESTINO: O MUNDO

32 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Líder em abate e exportação

de frango no Brasil, com 1,68

bilhão de aves abatidas no úl-

timo ano - de acordo com o Sindiavi-

par - e 1,48 milhão de toneladas em-

barcadas - segundo a Secretaria de

Comércio Exterior (Secex) - o Paraná

é referência no setor avícola do país.

Com produtividade baseada na inte-

gração, o estado possui aproximada-

mente 19 mil avicultores entre inte-

grados e cooperados, segundo dados

do Departamento de Economia Rural

(Deral) da Secretaria da Agricultura

e do Abastecimento do Estado do

Paraná (Seab).

O sistema de sucesso, conso-

lidado há mais de 40 anos, ganhou

regulamentação após aprovação do

Projeto de Lei (PL) 6.459/13 no Con-

gresso Nacional, no mês de abril, e

é motivo de comemoração para a

avicultura do estado. Isso porque,

segundo o presidente do Sindiavipar,

Domingos Martins, o marco fortale-

ce os pontos positivos já praticados e

permite corrigir possíveis distorções,

ressaltando uma distribuição igua-

litária de responsabilidade e benefí-

cios, contribuindo para o crescimento

de toda a cadeia produtiva.

Entre as principais contri-

buições do marco regulatório está a

instituição de mecanismos de trans-

parência na relação contratual e a cria-

ção de fóruns nacionais de integração

e Comissões para Acompanhamento,

Desenvolvimento e Conciliação da In-

tegração. De acordo com Wanderson

Albertin, gerente de fomento da Ja-

guafrangos, empresa avícola parana-

ense que conta com 390 produtores

integrados, a regulamentação é de

extrema importância para consolidar

o crescimento da atividade.

"Boa parte do que foi regu-

lamentado já é praticado no sistema

de integração mesmo sem a regula-

mentação, a Jaguafrangos já propor-

Regulamentação é de extrema importância para consolidar o crescimento da atividade

O que era bom ficou melhorSistema de integração agroindustrial brasileiro é regulamentado após aprovação do Projeto de Lei (PL) 6.459/13

Associados

Page 33: DESTINO: O MUNDO

ciona benefícios a seus integrados. As

principais vantagens que a aprovação

do projeto traz são a determinação de

regras claras aos contratos celebrados

em todo país, a padronização dos

procedimentos e a segurança jurídica

para ambos os contratantes”, analisa.

Geração de rendaA parceria no campo tem

sustentado o crescimento do seg-

mento e gerado renda em diversos

municípios do Paraná. De acordo com

dados do Ministério da Agricultura

Pecuária e Abastecimento (Mapa), o

Valor Bruto da Produção Paranaense

(VBP) da pecuária no ano de 2015,

totalizou R$ 23,95 bilhões, represen-

tando 38% no VBP total do estado.

Segundo informações da Federação

da Agricultura do Estado do Paraná

(Faep), entre as maiores participações

no VBP paranaense está a carne de

frango, com representação de 23,9%.

Além disso, os municípios

com alto Índice de Desenvolvimento

Humano (IDH) no estado, do Institu-

to Brasileiro de Geografia Estatística

(IBGE), possuem, em sua maioria,

uma avicultura forte. Melhorias com-

provadas no dia a dia da integrada da

Jaguafrangos, Maria Petreli, proprie-

tária de três aviários. “Sem dúvida ne-

nhuma foi uma escolha positiva. Se

você for cuidadoso e administrar de

perto o seu negócio, você vive super

bem com a atividade”, conta.

A integrada ainda desta-

ca que a parceria e a ajuda entre as

partes é a base do sistema de inte-

gração. “É tudo muito bom. É uma

parceria porque se eles não se pre-

ocuparem em fazer com qualidade

na indústria e só eu fizer aqui, não

adianta, o inverso também não dá

certo. Um ajuda o outro”, finaliza.

19 milavicultores,

entre integrados e cooperados, existem no

Paraná

Page 34: DESTINO: O MUNDO

34 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Dedicação ao presenteQuase um ano após sua reestruturação, a DIP Frangos aposta na estabilidade administrativa para iniciar expansão

Olhar com otimismo para

o futuro e deixar as di-

ficuldades do passa-

do para trás. É assim que a DIP

Frangos mantém os pés fincados

no presente para garantir a conti-

nuidade e expansão de seus pro-

cessos industriais. Quase um ano

após o encerramento das ativida-

des do Grupo Diplomata do qual

fazia parte, a DIP Frangos se con-

solida como empresa fundamen-

tal para a atividade econômica da

região oeste do Paraná, e garante

empregos e a maior parte da ar-

recadação de impostos da cidade

de Capanema.

De acordo com o presi-

dente da DIP Frangos, Cesar Luis

Scherer, cerca de 60% do que a

cidade arrecada de ICMS vêm

das atividades desenvolvidas pela

empresa naquele município, es-

pecialmente com o abate de aves.

Em maio do ano passado, após a

reestruturação administrativa da

empresa, desvinculando-se do

Grupo Diplomata, houve um es-

forço para dar continuidade aos

trabalhos da DIP Frangos, com o

objetivo de manter as centenas de

empregos e o valor dos ativos da

empresa.

Quando a determinação

judicial indicou Scherer como

novo presidente das empresas

para operar em continuidade,

o executivo optou por manter a

estrutura visando minimizar im-

pactos. “Fiquei responsável por

escolher executivos, e fiz questão

de manter pessoas que conhe-

ciam e já trabalhavam na empresa

para que não houvesse uma rup-

tura, mitigando impactos negati-

vos”, afirma.

Reestruturada, a DIP Fran-

gos manteve a rotina de produção

e abates e possui, atualmente, uma

média de 3,5 toneladas de carne

de frango abatidas ao mês, além

de 15 toneladas de esmagamento

de soja. Em todo o processo indus-

trial, além dos 972 empregos dire-

tos no frigorífico, mais 460 traba-

lhadores estão ligadas ao negócio.

“São produtores rurais, motoristas

dos caminhões, fornecedores de

ração e outras pessoas que estão

diariamente envolvidas em nossa

produção”, conta Scherer.

Associados

Nossa expansão não gera apenas lucro e arrecadação, são

mais empregos, mais produtores rurais e mais

parceiros envolvidos, e todos também se beneficiam do nosso

crescimentoCesar Luis Scherer,presidente da DIP Frangos

Sindiavipar

Page 35: DESTINO: O MUNDO

35sindiavipar.com.brSindiavipar

“Isso nos dá uma ótima

base, pois há uma relação de con-

fiança entre a empresa e todos os

envolvidos na produção, desde os

colaboradores, clientes e também

as próprias comunidades”, come-

mora Othmar Rempel, diretor exe-

cutivo da DIP Frangos. Com toda

uma cadeia produtiva espalhada

pela região próxima à fronteira da

Argentina, em cidades como Péro-

la, Santo Antônio e Capitão Leôni-

das Marques e região de Cascavel,

o faturamento mensal já chega aos

32 milhões de reais.

Com a estabilidade dos

negócios garantida neste último

ano, agora é hora de expandir. A

partir de junho, a empresa irá im-

plantar o segundo turno de abate

de aves, o que deve gerar mais de

300 empregos diretos, e um au-

mento de 40% na produção. “Isso

não gera apenas lucro e arreca-

dação, são mais empregos, mais

produtores rurais e mais parceiros

envolvidos, e todos também se

beneficiam do nosso crescimen-

to”, aponta Cesar.

Outro investimento fun-

damental para o sucesso dos ne-

gócios é a constante preocupação

com a capacitação e qualificação

dos funcionários e fornecedo-

res. “Agora estamos iniciando a

temporada de inverno e, todas as

semanas, técnicos e gestores de

vários setores da empresa percor-

rem uma região para orientar os

produtores rurais sobre o uso de

ração e suprimentos”, explica.

Com a estabilidade admi-

nistrativa e a confiança na expan-

são dos negócios, a DIP Frangos

tem estimativas bastante otimis-

tas para os próximos anos. So-

mente em 2016, o faturamento

deve chegar à casa dos R$ 400

milhões, com um investimento de

R$ 3 milhões em adequações para

a implantação do segundo turno

de abate. Outra meta é a busca de

novos mercados para exportação,

como a China e o Chile. “No longo

prazo, prevemos um investimento

de 10 milhões em automação de

processos e novos equipamentos

o que nos possibilitará aumentar

o número de abates dos atuais 74

mil para até 170 mil aves por dia

em 2017”, aponta Othmar.

Desempenho da DIP Frangos em 2015

Área total da empresa17 mil m2

Número defuncionários

972 diretos e460 indiretos

Faturamento R$ 384 milhões

Impostos econtribuições R$ 14,4 milhões

Produção total 42 toneladasde carne de frango

Page 36: DESTINO: O MUNDO

36 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Ogoverno federal anun-

ciou, na primeira semana

de maio, o Plano Safra da

Agricultura Familiar 2016/2017, além

do Plano Agrícola e Pecuário. Se-

rão disponibilizados aos pequenos

produtores R$ 30 bilhões. A taxa

de juros para as linhas de financia-

mento da produção e investimento

ficou abaixo da inflação, variando

de 0,5% e 5,5% ao ano. Já o Plano

Agrícola e Pecuário 2016/2017 terá

um aumento na liberação do crédito,

sendo 8% superior à safra passada.

Serão R$ 202,88 bilhões destinados

ao plano. Um dos destaques para o

Plano Agrícola, segundo o Ministé-

rio da Agricultura, Pecuária e Abas-

tecimento (MAPA), é o crescimento

de 20% dos recursos para custeio e

comercialização a juros controlados.

A modalidade poderá contar com

R$ 115,8 bilhões.

O anuncio, feito normal-

mente nas primeiras semanas de

junho, pegou de surpresa alguns

produtores e especialistas. De acor-

do com o diretor técnico da Asso-

ciação Brasileira de Proteína Animal

(ABPA), Ariel Mendes, devido à an-

tecipação, alguns pontos não foram

detalhados. “Por questões políticas,

houve um adiantamento na divul-

gação sem que as negociações com

os diferentes setores estivessem to-

talmente concluídas”, explica. Se-

gundo Mendes, ficou faltando defi-

nir as peculiaridades das diferentes

linhas de créditos.

O especialista destacou

como ponto positivo do Plano Safra

2016/2017 o aumento da quantidade

total para custeio dos recursos. Por

outro lado, os juros foram conside-

rados negativos, por prejudicar os

planos dos produtores. “O lado ne-

gativo foi o aumento ou manutenção

das taxas de juros que estão muito

altas, variando de 8,5% a 12,75% ao

ano. Isso dificulta a tomada de cré-

dito por parte dos produtores, pois,

no caso de investimentos, ele vai

carregar um financiamento muito

caro por anos”, afirma Mendes.

2016/2017Plano Safra Com anuncio antecipado, Plano Agrícola e Pecuário terá aumento na liberação de crédito, com R$ 202,88 bilhões

30 bi

202,8 bi

para Plano Safra da Agricultura

Familiar 2016/2017

para o Plano Agrícola e Pecuário

2016/2017

R$

R$

Mercado

Page 37: DESTINO: O MUNDO

37sindiavipar.com.brSindiavipar

A ABPA também solicitou

um aumento no limite da manuten-

ção do prazo de financiamento de

algumas linhas, como o Programa de

Modernização da Agricultura e Con-

servação de Recursos Naturais (Mo-

deragro) e o Programa de Incentivo

à Inovação Tecnológica na Produção

Agropecuária (Inovagro). Além disso,

a associação reivindicou o aumento

do limite de crédito por CPF, tendo

em vista que os novos projetos de

avicultura e suinocultura são caros.

“Temos expectativas de que essas de-

mandas ainda possam ser atendidas

no plano definitivo, pois elas são im-

portantes para modernizar a avicul-

tura e a suinocultura do sul do Brasil

e para adequar a produção de suínos

as novas exigências de bem-estar

animal”, contou o diretor.

Para o gerente técnico da

Ocepar, Flavio Turra, a taxa de

juros também foi apontada como

desfavorável no anúncio do Plano

Safra 2016/2017. Ainda de acordo

com o especialista, as coopera-

tivas possuem dentro do Plano

Safra alguns programas em seu

benefício, como o Prodecoop e o

Procap-Agro e ambos tiveram um

aumento na taxa de juros anual.

“Para o Procap-Agro, os juros fica-

ram em torno de 12% ao ano e do

Prodecoop 9,5%. Mas, apesar do

aumento, o fato positivo é o maior

montante de recursos destinados a

estes programas”, finaliza.

Page 38: DESTINO: O MUNDO

38 sindiavipar.com.br Sindiavipar

De acordo com dados da Se-

cretaria de Comercio Ex-

terior (Secex) vinculada ao

Ministério do Desenvolvimento, In-

dústria e Comércio Exterior (MDIC),

mais de 72,53 mil toneladas de frango

foram exportadas pelo Paraná, este

ano, para a Arábia Saudita. Em 2014,

foram aproximadamente 645 mil to-

neladas, o que corresponde a 81%

das importações de carne de frango

do país. Para o presidente da Certifi-

cadora SiiLHalal, Chaiboun Ibrahim

Darwiche, os números são reflexos da

qualidade e modernidade do segmen-

to avícola brasileiro.

Por outro lado, Darwiche

explica que a avicultura no Oriente

Médio pode ir dos processos mais

simples aos mais modernos. Isso

acontece porque muitos países aten-

dem apenas às exigências nacionais e/

ou locais. “A avicultura da Síria não é

igual à da Jordânia, a da Jordânia não é

igual à do Sudão; dependendo do país

varia a aplicação das exigências inter-

nacionais”, afirma.

Os aviários contam com dife-

renças, entre os continentes, no quesi-

to construção. Nos países do Golfo e

na Turquia, os aviários possuem equi-

pamentos automáticos e modernos,

com isolamento térmico e/ou sistema

de refrigeração e aquecimento, devido

às temperaturas extremas que alguns

países podem alcançar em determina-

das épocas do ano.

“Dentro dos aviários o siste-

ma é bem semelhante ao brasileiro

quanto a alimentação, camada do

chão, controle da temperatura. O sis-

tema veterinário também é parecido;

possui o mesmo processo de inspeção

do Ministério da Agricultura, contro-

lado pelo governo”, afirma Chaiboun.

Por outro lado, as demais regiões pos-

suem um sistema de aviário que pode

ser considerado de simples a médio

quanto à tecnologia aplicada.

Quanto ao processo de pro-

dução, nos países do Golfo é bem

semelhante ao do Brasil, pois a insta-

lação e os maquinários são originários

do lado de láAviculturaPara os adeptos da religião islâmica, é importante quea produção de alimentos siga normas específicas

Mercado

Page 39: DESTINO: O MUNDO

da Europa e muitos técnicos são brasi-

leiros, na Arábia Saudita em específico

o sistema avícola atende às normas

internacionais. O Oriente Médio tam-

bém possui sistema de integração, o

qual possui rastreabilidade do proces-

so por meio eletrônico.

Em geral, comparando a avi-

cultura do Brasil com a do Oriente

Médio, “a brasileira é mais avançada

e moderna, pois todas as exigências

do mundo são aplicadas no Brasil para

a segurança alimentar. Segundo pes-

quisas realizadas no Oriente Médio, o

melhor frango no quesito de qualida-

de é o brasileiro”, finaliza Chaiboun.

Abate HalalPrimeiramente o abate halal

deve ser realizado antes e em am-

biente separado dos abates não-halal.

O processo é realizado manualmen-

te por um mulçumano praticante,

conhecedor dos fundamentos. “A

cada animal, o abatedor deve antes

dizer a frase: ‘em nome de Alá’. É

fundamental também, que na hora

do abate, o animal esteja com o peito

voltado em direção à cidade sagrada

de Meca”, explica o presidente da

Certificadora SiiLHalal.

Atualmente, existem aproxi-

madamente 400 empresas brasileiras

com Certificação Halal, engloban-

do todos os segmentos, incluindo

in natura, industrializados, lácteos,

cosméticos. O Paraná é o principal

estado exportador de frango para o

Oriente Médio, e possui 19 empresas

avícolas certificadas.

72,5 t

400

de frango exportadas pelo

Paraná esseano para

Arábia Saudita

empresas possuem

CertificaçãoHalal no Brasil

Fotos: César Machado

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Page 40: DESTINO: O MUNDO

40 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Desde 2015, o setor avícola

vem sendo impactado com

as altas no preço do milho,

grão que responde por aproximada-

mente 65% da parte física da ração

das aves. Para buscar alternativas

de manter a produtividade sem au-

mentar excessivamente os custos de

produção, o Grupo GTFoods é a pri-

meira empresa privada paranaense a

importar o insumo da Argentina.

De acordo com informações

do grupo, a cotação da saca no país

vizinho é de R$ 47,00, enquanto no

Paraná é comercializada a R$ 50,00

e, em Santa Catarina, a R$ 54,00. O

processo de importação se iniciou

com um navio de 27 mil toneladas, o

objetivo é totalizar 90 mil. Com isso,

o grupo abastecerá os estoques até a

chegada da safrinha prevista para o

início do segundo semestre.

“O volume total de com-

pras já realizadas no mercado in-

terno e externo vai atender a 70%

da nossa demanda até a entrada da

safrinha em julho. Além disso, será

uma oportunidade para atuarmos

na redução dos custos de produção

contribuindo para um valor final do

milho com condições de competir

no mercado interno”, avalia o di-

retor administrativo do GTFoods,

Rogério Gonçalves.

Isenção de taxaEm abril, a Câmara do Co-

mércio Exterior (Camex) publicou,

no Diário Oficial da União, resolução

que reduz de 8% para zero o impos-

Negociação entre vizinhos

GTFoods toma iniciativa para driblar preço do milho e é a primeira empresa privada do Paraná a importar o grão da Argentina

Mercado

40 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Page 41: DESTINO: O MUNDO

Negociação entre vizinhos

to de importação do milho em grão,

para países de fora do Mercosul. A

medida, válida por seis meses, está

limitada a um milhão de toneladas.

Segundo o Ministério da Agricultura

Pecuária e Abastecimento (Mapa), a

ação visa conter a alta dos preços,

no mercado interno, das carnes de

frango e de suínos, que têm no cere-

al a base da alimentação.

O pedido feito por criadores

de ave, suínos e produtores de leite

não vai afetar o plantação de milho

nacional, segundo o secretário de Polí-

tica Agrícola do Mapa, André Nassar.

“Como a isenção do imposto valerá

entre maio e outubro, a comerciali-

zação do milho safrinha não causará

prejuízo aos agricultores”, explica.

De acordo com Gonçalves,

a medida não mudará a estratégia

da empresa de importação de mi-

lho do país vizinho, já que o Grupo

GTFoods já fez a opção pelo regi-

me especial de Draw Back, que

permite a importação de compo-

nentes para a fabricação de produ-

tos destinados à exportação, com

isenção de imposto.

Para o presidente do Sin-

dicato das Indústrias de Produtos

Avícolas do Estado do Paraná (Sin-

diavipar), Domingos Martins, a pro-

vidência pode ajudar os produtores

das regiões Norte e Nordeste do

Brasil, que importam o insumo dos

Estados Unidos. Entretanto, não

deve gerar impacto para os avicul-

tores paranaenses, que têm a base

de suas negociações com integran-

tes do Mercosul, visto que a alíquo-

ta para esses países já era zerada.

Uma alternativa mais eficaz para

reduzir os custos de produção aví-

cola, segundo Martins, seria a reti-

rada da taxa de PIS/Cofins cobrada

sobre a importação.

O volume total de compras já realizadas no mercado interno e externo vão atender

a 70% da nossa demanda até a entrada

da safrinhaRogério Gonçalves, diretor administrativo do Grupo GTFoods

Page 42: DESTINO: O MUNDO

42 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Em sua 15ª edição, a Avesui,

maior feira de aves e suínos

da América Latina, reuniu as

novidades e tendências do agrone-

gócio durante três dias no CentroSul,

em Florianópolis (SC). O evento con-

tou com 200 expositores, sendo 50

participando pela primeira vez e 40

vindos de outros países. Além das

empresas brasileiras, companhias

de países como a China, os EUA e

os da União Europeia também mar-

caram presença no evento com ma-

quinários, produtos e tecnologias

inovadoras para a produção intensiva

de proteína animal. Profissionais da

área, empresários e estudantes par-

ticiparam de workshops, palestras e

debates com o tema “Transformar,

uma forma inteligente de produzir”.

Segundo a Associação Brasi-

leira de Agronegócio (ABAG), a ex-

pectativa de crescimento para o setor

neste ano é de 2,5%, e por isso, a

preocupação em reduzir custos e au-

mentar a produtividade sem causar

danos ao meio ambiente é crescente.

“Esta é uma realidade cada vez mais

necessária dentro da cadeia produti-

va de proteína animal. Nosso objeti-

vo é direcionar a feira ao público que

busca negócios. É um formato dife-

rente, que gera oportunidades mais

qualificadas aos nossos expositores”

aponta Andrea Gessuli, diretora da

Gessulli Agribusiness, empresa res-

ponsável pelo evento.

Na ocasião, o Sindiavipar

também esteve presente e apresen-

tou informações sobre a produção

estadual avícola e suas indústrias

associadas, sendo o Paraná o maior

produtor e exportador de carne de

frango do Brasil, referência no setor.

Negócios O grande destaque da feira

foi para a China, que teve um espa-

ço exclusivo, o Pavilhão Negócios da

China, com a presença de 25 em-

presas. A maior delas, e que veio de

sinônimo de inovação Avesui:

Maior evento de avicultura e suinocultura da América Latina recebeu 200 expositores de diversos países

Mercado

Page 43: DESTINO: O MUNDO

43sindiavipar.com.brSindiavipar

forma independente em um grande

stand, foi a Zhengchang, que está

instalando uma fábrica em Curitiba

(PR) e é uma das maiores fornecedo-

ras de equipamentos para fabricação

de ração, armazenagem de grãos e

processamento de biomassa. “Nosso

destaque na feira foram as peletiza-

doras, que são as maiores do mundo,

de alta precisão e eficiência. Saímos

de lá com a perspectiva de seis ne-

gócios” afirma o diretor da Zheng-

chang, Cesar Jeremias, que já decidiu

participar da feira no próximo ano.

DebatesDurante a Avesui 2016, foi

realizado o I Congresso de Zootecnia

de Precisão e o XV Seminário Técni-

co Científico de Aves e Suínos. Um

dos temas debatidos foi sobre nutri-

ção e ambiência de precisão, apre-

sentados por cientistas da Faculdade

de Engenharia Agrícola da Unicamp

(Feagri). O diretor presidente da As-

sociação dos Geógrafos Profissionais

do Rio Grande do Sul (AGPRS), Ál-

varo Ghedin, também participou do

congresso, com a apresentação sobre

as Fábricas de Nutrição Animal do

futuro e como usar dispositivos mó-

veis para atingir uma alta eficiência.

PremiaçãoCooperativas brasi-

leiras, pesquisadores e

técnicos foram premiados

durante a Avesui 2016 com

a realização do prêmio

“Quem é Quem: Maiores e

Melhores Cooperativas Bra-

sileiras de Aves e Suínos”,

idealizado pela Gessulli

Agribusiness e realizado

pela Fundação Getúlio Var-

gas (FGV). O prêmio foi

dividido em quatro catego-

rias: Desempenho Financei-

ro, Responsabilidade Am-

biental, Responsabilidade

Social e Desenvolvimento

Sustentável.

As cooperativas que

ganharam os primeiros lu-

gares foram: Cooperativa

Central Aurora Alimentos,

Frimesa (com dois primei-

ros lugares) e C. Vale.

o Sindiavipar apresentou informações sobre a produção

estadual avícola, sendo o Paraná o maior produtor e exportador de

carne de frango do Brasil

Page 44: DESTINO: O MUNDO

44 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Nada se perde...Na avicultura, tudo se transforma. O que não é consumido, por questões culturais ou mercadológicas, ganha outros fins

Na indústria avícola, tanto

os resíduos sólidos quan-

to os materiais orgânicos

ganham novos destinos ao fim do

processo de produção do frango.

Desde a criação do animal até o

produto que chega à mesa do con-

sumidor, a porcentagem do que não

é utilizado é muito pequena. O que

não é consumido, seja por questões

culturais ou mercadológicas, como

vísceras, penas e sangue têm outros

fins e passam por um processo de

transformação. Esses resíduos orgâ-

nicos, em sua maioria, são transfor-

mados em farinhas e gorduras, que

muitas vezes vão para a alimenta-

ção de animais.

Segundo o II Diagnóstico da

Indústria Brasileira de Reciclagem

Animal, realizado pela Associação

Brasileira de Reciclagem Animal

(ABRA) e pelo Centro de Estudos

e Pesquisas Políticas, Históricas e

das Organizações (CEPPHOR), em

2014, foram gerados aproximada-

mente 5,3 milhões de toneladas de

farinhas e óleos, provenientes da re-

ciclagem de resíduos bovinos, aví-

colas, suínos e pescados.

De acordo com o estudo, só

na avicultura, a farinha de penas e

vísceras corresponde a 62% dos pro-

dutos reciclados, seguida da produ-

ção do óleo de aves, que responde

por 23% do total de resíduos recicla-

dos no segmento. Segundo registros

do Ministério da Agricultura, Pecuá-

ria e Abastecimento (Mapa), a pro-

dução da farinha de penas cresceu

desde 2010, passando de 4,1% para

4,6% em 2014.

Para a gerente de Gestão e

Projetos da ABRA, Cátia Macedo,

um dos grandes beneficiados pelo

processo de reciclagem dos resí-

duos orgânicos é o meio ambiente.

“No Brasil, há mais de 100 anos, o

setor de Reciclagem Animal é ator

importantíssimo na sustentabilidade

da cadeia da carne nacional, impe-

dindo que volumes significativos de

coprodutos de origem animal sejam

impropriamente destinados ao meio

ambiente”, afirma.

Meio Ambiente

Page 45: DESTINO: O MUNDO

45sindiavipar.com.brSindiavipar

Além de sustentável, este

procedimento também é benéfico

para outros setores. “Ao mesmo

tempo gera emprego, renda e divisas

para o país sendo um setor consoli-

dado na economia brasileira. Exem-

plo de sustentabilidade econômica,

social e ambiental é certo afirmar-

mos que a cadeia de produção de

carnes perderia a sustentabilidade se

o setor de reciclagem animal deixas-

se de existir”, completa.

Resíduos sólidosNão são apenas os produtos

de origem animal que podem – e de-

vem – ser destinados corretamente.

Os resíduos sólidos gerados pela in-

dústria, como, no caso da avicultura,

embalagens de isopor onde o frango

é embalado e comercializado, por

exemplo, também necessitam de um

descarte adequado. Em 2012, a Se-

cretaria de Recursos Hídricos e Meio

Ambiente do Paraná (Sema), convo-

cou as empresas paranaenses a apre-

sentarem planos que viabilizassem a

Logística Reversa no Estado. Desde

então, a Federação das Indústrias do

Estado do Paraná (Fiep), trabalha em

conjunto com seus sindicatos filiados

para a viabilização desses projetos.

Segundo o gerente de meio

am biente e sustentabilidade da Fiep-PR,

Rafael da Costa, os benefícios da Logís-

tica Reversa abrangem setores ambien-

tais, sociais, econômicos e legais. “O

projeto é importante porque permite

a reinserção dos resíduos de pós-con-

sumo em novos ciclos produtivos. Esta

prática, por consequência, possibilita

tanto postergar a vida útil dos aterros

sanitários quanto reduzir a extração de

matérias-primas”, explica.

Com o objetivo de facilitar a

implantação do projeto por seus as-

sociados, o Sindicato das Indústrias

de Produtos Avícolas do Estado

do Paraná (Sindiavipar) assinou

contrato de Logística Reversa com

o Sindicato das Indústrias de Ca-

caus e Balas, Massas Alimentícias

e Biscoitos de Doces e Conservas

Alimentícias do Estado do Paraná

(Sincabima). O que permite a cons-

trução do programa com custos re-

duzidos no segmento e permite que

as indústrias avícolas se adequem a

legislação, evitando multas.

Produção de Farinhas e Gorduras de Aves Mapa/2014

Produto Total (toneladas) Participação (%)

Farinha de Pena e Víscera 779.735 61,86

Farinha de Víscera 101.239 8,03

Farinha de Pena 57.880 4,59

Farinha de Aves 31.239 2,48

Farinha de Fígado e Pulmão 73 0,01

Óleo de Aves 290.240 23,03

Total Geral 1.260.406 100

Fonte: Adaptação ABRA, a partir de dados fornecidos pelo MAPA

Ao mesmo tempogera emprego, renda

e divisas para opaís sendo um

setor consolidadona economia

brasileiraCátia Macedo, gerente de gestão e projetos da ABRA

Page 46: DESTINO: O MUNDO

46 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Notas e registros

Produção da Cobb-Vantress estáalinhada à sustentabilidade

Aves com alta conversão

alimentar, excelente ganho de peso

diário e que consomem menor

quantidade de recursos para ge-

rar a mesma quantidade de carne.

Estes são os pilares da produção

de aves pela Cobb-Vantress, líder

mundial no fornecimento de matri-

zes de frangos de corte e em espe-

cialização técnica no setor avícola.

Assim, oferecendo ao mercado

reprodutoras eficientes e que ge-

ram bons resultados a partir de

uma quantidade cada vez menor

de alimento, a empresa pretende

contribuir cada vez mais para a

sustentabilidade do planeta.

“A avicultura, como uma

das atividades do agronegócio

que mais consomem recursos,

principalmente naturais, tem o de-

ver de fazer a sua parte a fim de

garantir a sustentabilidade do pla-

neta”, afirma Jairo Arenazio, di-

retor-executivo da Cobb-Vantress

para a América do Sul.

Como casa genética

mais antiga do mundo, a Cobb

tem como principal negócio o

melhoramento genético de suas

aves. Assim, com base em mais

de 50 características diferentes,

as aves com o pedigree da Cobb

são selecionadas e reproduzidas,

de forma a estender para toda pro-

gênie/cadeia características impor -

tantes que contribuem para a sus-

tentabilidade. Mais informações:

cobb-vantress.com

Empresa engajada socialmente

A Vaccinar, uma das líderes

do mercado de saúde e nutrição ani-

mal do país, buscando fazer o me-

lhor uso das leis de incentivo fiscal,

seleciona projetos voltados para a

qualidade de vida das pessoas e da

comunidade em geral para prestar a

sua colaboração e se posicionar como

empresa socialmente responsável,

contribuindo para a melhoria de vida

de indivíduos em situação de vulne-

rabilidade. Este ano, a Companhia

apoia 11 projetos, distribuídos entre

hospitais, fundações, APAEs e outras

instituições reconhecidas e atuantes.

Segundo a gerente de

Mar keting da Vaccinar, Adriana Rocha,

o Programa de Incentivo Fiscal da

Companhia foi planejado para contem-

plar o máximo de projetos possíveis, em

conformidade com a verba disponível.

“A Vaccinar é uma das pouquíssimas

empresas que conseguiram direcionar

100% de sua verba a todos os projetos

elegíveis, incluindo os menos conhe-

cidos, como o Programa Nacional de

Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa

com Deficiência (PRONAS) e o Progra-

ma Nacional de Apoio à Atenção On-

cológica (PRONON). Para isso, a Com-

panhia se organizou sistematicamente”,

enfatiza a gestora. Mais informações:

vaccinar.com.br

Page 47: DESTINO: O MUNDO

47sindiavipar.com.brSindiavipar

Em 2016, a SKG Equipa-

mentos comemora 17 anos de mui-

to trabalho. A empresa, que iniciou

suas atividades em junho de 1999,

em Chapecó (SC), atualmente é o

maior e mais importante Distribui-

dor da Mundial S.A. no Brasil, sen-

do parceira da marca na fabricação

e finalização de ferramentas e equi-

pamentos. Hoje, a SKG vende para

os principais frigoríficos do Brasil

e possui uma carteira com mais de

500 clientes ativos do ramo no país.

A empresa é formada por

um time de especialistas em mate-

riais de corte para frigoríficos. No

seu portfólio, comercializa máquinas

de afiação, facas, tesouras, lâminas

de serras, fitas e discos de cortes

oferecendo produtos com o melhor

Custo x Benefício do mercado. Ain-

da destacam-se a qualidade e dura-

bilidade de fio, a rapidez, facilidade

para afiação, menor desgaste do me-

tal, mais tempo entre as afiações e

maior vida útil das lâminas.

A visão da SKG é foco to-

tal nos clientes e nos parceiros de

negócio. Buscando sempre o cres-

cimento orgânico e sustentável da

empresa. Para isso, fornece sem-

pre os melhores produtos aliados

aos serviços de pré e pós-vendas.

Focando no treinamento constan-

te dos colaboradores e criando um

ambiente agradável nas relações

de trabalho.

SKG Equipamentos celebra aniversário

A Vetanco do Brasil, pela

15ª vez consecutiva, participou

do Simpósio Brasil Sul de Avi-

cultura, realizado entre os dias 5

e 7 de abril, no Centro de Cul-

tura e Eventos Plínio Arlindo de

Nês em Chapecó (SC). Ao todo,

a empresa trouxe para o evento

30 convidados de outros países,

sendo eles clientes, representan-

tes comercias e colaboradores de

suas filiais do Uruguai, Argenti-

na, América Central, Colômbia,

entre outros.

No dia 6, em paralelo às

atividades do SBSA, a Vetanco

realizou um evento que se deno-

minou: 1ª Mesa Redonda: Ciência

e Indústria – A aplicação do co-

nhecimento científico na prática

avícola. O evento proposto pela

Vetanco consistiu em colocar os

vários atores da atividade avícola

para debater temas pré-estabele-

cidos em forma de debate.

Outro ponto de desta-

que do SBSA 2016 foi o stand

da Vetanco no VIII Poultry Fair

que sempre está de portas aber-

tas aos amigos. O tema do stand

foi o Gamaxine, novo produto da

Vetanco. O Gamaxine ganhou 4

cervejas artesanais alusivas ao seu

lançamento, que puderam ser de-

gustadas pelos visitantes do stand.

Saiba mais em: vetanco.com.br

Vetanco participa do SBSA e Poultry Fair

Page 48: DESTINO: O MUNDO

48 sindiavipar.com.br Sindiavipar

Para mais informações, acesse: sindiavipar.com.br

Estatísticas

PARANÁFRANGOEXPORTAÇÃO

Mês 2015 2016

Janeiro 129.710.339 142.175.554

Fevereiro 117.911.518 142.060.791

Março 144.003.531 156.152.728

Abril 133.053.028 148.268.092

Acumulado 524.678.416 588.657.165

Mês 2015 2016

Janeiro 580.598 549.295

Fevereiro 462.212 591.283

Março 643.305 637.252

Abril 569.656 625.626

Acumulado 2.255.771 2.403.456

2016 kg US$

Janeiro 112.381.319 156.421.311

Fevereiro 104.799.606 143.510.467

Março 150.240.880 205.536.685

Abril 156.074.610 218.697.410

Acumulado 523.496.415 724.165.873

2016 kg US$

Janeiro 2.620.553 5.639.538

Fevereiro 2.698.209 5.472.994

Março 3.106.895 6.287.571

Abril 3.210.210 7.295.276

Acumulado 11.635.967 24.695.379

ABATE (cabeças)

PARANÁPERUABATE (cabeças) EXPORTAÇÃO

Fonte das tabelas: Sindiavipar / Secex

Participação do Paraná nas exportações do Brasil - Acumulado / kg

Principais destinos da carnede frango do Paraná - Acumulado / Ton

China 68,6 mi

Japão 39,4 mi

Áfricado Sul

42,1 mi

Emirados Árabes 40,2 mi

100,3 miArábiaSaudita

Paraná 523.496.415

35,74%

Brasil 1.464.660.239

Page 49: DESTINO: O MUNDO
Page 50: DESTINO: O MUNDO

Frango Sabor Caipira

SIP 0003-A | SISBIIvaiporã - frangocaipiraivaipora.com.br

PARANÁReferência em produção, exportação e sanidade avícola

Abatedouro CoroavesMaringá - coroaves.com.brSIF 2137

Avenorte Avícola Cianorte

SIF 4232Cianorte - guibon.com.br

JBS Foods

SIF 2677Jaguapitã - jbs.com.br

Agroindustrial Parati

SIF 2010Umuarama - agroparati.com.br

Agroindustrial ParatiRondon - agroparati.com.brSIF 3925

Frango DM

SIF 270Arapongas - frangoagosto.com.br

Frangos Pioneiro

SIF 1372Joaquim Távora - frangospioneiro.com.br

Jaguafrangos

SIF 2913Jaguapitã - jaguafrangos.com.br

Granjeiro Alimentos

SIF 4087Rolândia - frangogranjeiro.com.br

SIF 603

Unitá - Cooperativa CentralUbiratã - unitacentral.com.br

SIF 1876

Agroindustrial São JoséSanta Fé

JBS Foods

SIF 2227Jacarezinho - jbs.com.br

JBS FoodsRolândia - jbs.com.brSIF 1215

BRF

SIF 424Carambeí - brf-br.com

Noroeste Paranaense

Centro Ocidental Paranaense

Centro Oriental Paranaense

Sudoeste Paranaense

Norte Central Paranaense

Norte Pioneiro Paranaense

exportaçãogeral

exportaçãopara UE

Fábricade ração

Abatedouros Incubatóriosexportação para ChinaAbate Halal

SIF 664

Aurora AlimentosMandaguari - auroraalimentos.com.br

GTFoods

SIF 1860Paraíso do Norte - gtfoods.com.br

GTFoods

GTFoods

SIF 1880

SIF 3773

Paranavaí - gtfoods.com.br

Terra Boa - gtfoods.com.br

GTFoods

SIF 4166Maringá - gtfoods.com.br

Marco AviculturaTamarana

IntegraMaringá - unifrango.com

SIF 7777Santo Inácio – jbs.com.brJBS Foods

Granja Econômica AvícolaCarambeí - granjaeconomica.com.br

JBS Foods

SIF 530Lapa – jbs.com.br

Metropolitana de Curitiba

Coopavel Coop. Agroind.

SIF 3887Cascavel - coopavel.com.br

BRF

SIF 716Toledo - brf-br.com

Globoaves

SIF 1672Cascavel - globoaves.com.br

Oeste Paranaense

C. Vale Coop. Agroindustrial

SIF 3300Palotina - cvale.com.br

Coop. Agroindustrial Lar

SIF 4444Medianeira - lar.ind.br

Copacol Coop. Agroind. Consolata

SIF 516Cafelândia - copacol.com.br

Coop. Agroindustrial Copagril

SIF 797Mal. Cândido Rondon - copagril.com.br

Globoaves AgroavícolaCascavel - globoaves.com.br

Avícola CarminattiSanto Antônio do Sudoeste avicolacarminatti.com.br

BRF

SIF 1985Dois Vizinhos - brf-br.com

BRF

SIF 2518Francisco Beltrão - brf-br.com

Vibra Agroindustrial

SIF 3170Itapejara do Oeste - vibra.com.br

Vibra Agroindustrial

SIF 2212Pato Branco - vibra.com.br

DIP Frangos

SIF 2539Capanema - dipfrangos.com

Avícola Pato Branco Pato Branco - avicolapb.com.br

Granja RealPato Branco - granjareal.com.br

Gralha Azul AvícolaFrancisco Beltrão - gaa.com.br

Pluma AgroavícolaDois Vizinhos - plumaagroavicola.com.br

JBS Foods

SIF 2694C. Mourão - jbs.com.br

sindiavipar.com.br facebook.com/sindiavipar

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Capanema - dipfrangos.com

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