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6 DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS COM BASE NA LEI 12.305/2010: UM ESTUDO DE CASO NAS INDÚSTRIAS DE CONFECÇÕES DE PIMENTA BUENO (RO) Olivia do Nascimento Beserra 1 RESUMO: Um dos maiores problemas ambientais refere-se à produção de resíduos sólidos e a sua destinação. Para resolver este problema foi criada, no Brasil a Lei n° 12.305, de 02 agosto de 2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a qual altera a Lei n° 9. 605, de 12 de fevereiro de 1998 que trata das sanções às ações nocivas ao meio ambiente. Não se pode ignorar que a gestão ambiental e a responsabilidade social perante a natureza é uma necessidade e obrigação de toda e qualquer empresa, seja ela indústria, comercio ou prestadora de serviço. As ações nocivas podem ser causadas pelo ser humano ou de forma mecânica, independente da forma a empresa é responsável pelos seus lixos, isto é, pelos resíduos sólidos, seja em forma sólida, liquida ou gasosa. Por meio de pesquisa de campo com 10 (dez) indústrias do ramo de confecções, utilizando roteiro de perguntas, no mês de abril foi identificado o destino dado aos resíduos sólidos a quantidade de resíduos gerado pelas mesmas empresas e colaboradoras deste estudo, no município de Pimenta Bueno, Rondônia. PALAVRAS - CHAVES: Ambientais. Indústrias de Confecções. Resíduos Sólidos. 1 INTRODUÇÃO Entre os problemas ambientais vivenciados no Século XXI estão os impactos ambientais causados por resíduos sólidos emanados da indústria. A ação antrópica na natureza tem provocado degradação no meio ambiente, colocando em risco a fauna, flora e a vida humana (ABRAMOVAY, 2013). Para minimizar os danos causados por estas ações, ambientalistas e cientistas de todo o Globo Terrestre tem buscado por soluções. No Brasil, a Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010 institui as políticas públicas que regulamentam o descarte dos resíduos sólidos. A referida Lei surgiu com o intuito de regulamentar e de guiar o destino dos resíduos sólidos dispensados na natureza. As necessidades sociais e ambientais vistas em conjunto proporcionaram condições de efetivação das normas regulamentadoras que deram diretrizes concernentes à gestão e gerenciamento de resíduos sólidos. 1 Acadêmica concluinte do 8º período do curso de Ciências Contábeis da Fundação Universidade Federal de Rondônia UNIR - Campus Professor Francisco Gonçalves Quiles, sob a orientação da Professora Drª Eleonice Dal Magro.

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DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS COM BASE NA LEI 12.305/2010: UM ESTUDO DE CASO NAS INDÚSTRIAS DE CONFECÇÕES DE PIMENTA BUENO

(RO)

Olivia do Nascimento Beserra1

RESUMO: Um dos maiores problemas ambientais refere-se à produção de resíduos sólidos e a sua

destinação. Para resolver este problema foi criada, no Brasil a Lei n° 12.305, de 02 agosto de 2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), a qual altera a Lei n°

9. 605, de 12 de

fevereiro de 1998 que trata das sanções às ações nocivas ao meio ambiente. Não se pode ignorar que a gestão ambiental e a responsabilidade social perante a natureza é uma necessidade e obrigação de toda e qualquer empresa, seja ela indústria, comercio ou prestadora de serviço. As ações nocivas podem ser causadas pelo ser humano ou de forma mecânica, independente da forma a empresa é responsável pelos seus lixos, isto é, pelos resíduos sólidos, seja em forma sólida, liquida ou gasosa. Por meio de pesquisa de campo com 10 (dez) indústrias do ramo de confecções, utilizando roteiro de perguntas, no mês de abril foi identificado o destino dado aos resíduos sólidos a quantidade de resíduos gerado pelas mesmas empresas e colaboradoras deste estudo, no município de Pimenta Bueno, Rondônia. PALAVRAS - CHAVES: Ambientais. Indústrias de Confecções. Resíduos Sólidos.

1 INTRODUÇÃO

Entre os problemas ambientais vivenciados no Século XXI estão os impactos

ambientais causados por resíduos sólidos emanados da indústria. A ação antrópica

na natureza tem provocado degradação no meio ambiente, colocando em risco a

fauna, flora e a vida humana (ABRAMOVAY, 2013). Para minimizar os danos

causados por estas ações, ambientalistas e cientistas de todo o Globo Terrestre tem

buscado por soluções.

No Brasil, a Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010 institui as políticas

públicas que regulamentam o descarte dos resíduos sólidos. A referida Lei surgiu

com o intuito de regulamentar e de guiar o destino dos resíduos sólidos dispensados

na natureza.

As necessidades sociais e ambientais vistas em conjunto proporcionaram

condições de efetivação das normas regulamentadoras que deram diretrizes

concernentes à gestão e gerenciamento de resíduos sólidos.

1 Acadêmica concluinte do 8º período do curso de Ciências Contábeis da Fundação Universidade Federal de

Rondônia – UNIR - Campus Professor Francisco Gonçalves Quiles, sob a orientação da Professora Drª Eleonice

Dal Magro.

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Uma das observações a serem feitas na pesquisa ora proposta é no setor

noveleiro, ou seja, nas indústrias de confecções no município de Pimenta Bueno no

Estado de Rondônia. A forma de gerenciamento dos resíduos sólidos foi levantada

junto às indústrias de confecções localizadas no município no período de janeiro a

junho de 2014.

Sendo que a busca pelo aperfeiçoamento da gestão dos resíduos sólidos

produzidos pelas indústrias é uma necessidade que as instituições públicas e

privadas têm, uma vez que a cada dia mais e mais situações de desastre natural

surgem no meio ambiente devido ao descarte desordenado dos resíduos sólidos na

natureza (BERTÉ, 2007).

Diante deste quadro, a pesquisa propõe-se a responder ao seguinte

questionamento: Como se dá a gestão dos resíduos sólidos produzidos pelas

indústrias de confecção do município de Pimenta Bueno (RO)?

Este questionamento se firma no que tange a preocupação com o meio

ambiente, ainda mais por saber que tudo pode ser reaproveitado.

Notório, è a necessidade das empresas de todos os ramos de tomarem para

si a responsabilidade sobre os resíduos produzidos em suas empresas. A

responsabilidade das empresas não restringe apenas ao seu interior, mas, também

ao que ocorre em seu entorno.

O objetivo da pesquisa é de identificar como ocorre a gestão dos resíduos

sólidos, principalmente no que tange a sua destinação, nas indústrias de confecções

do município de Pimenta Bueno-RO tendo como base o período de janeiro a junho

de 2014.

E para realização do mesmo procurou-se atender aos seguintes objetivos

específicos: caracterizar as indústrias de confecções de Pimenta Bueno-RO;

identificação do processo de manejo dos resíduos sólidos até a disposição final,

adotados no período de janeiro a junho de 2014 e a quantificação dos resíduos

gerados nas indústrias de confecções do município de Pimenta Bueno mediante

pesagem realizada no decorrer do mês de Abril de 2014.

É preciso destacar que diante da grande preocupação com o meio ambiente

foi criada em 2010 a Lei nº 12.305 que estabelece em seu art. 1 "Esta Lei institui a

Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos e

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instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas a responsabilidades dos

geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis".

A referida lei foi criada para diminuir um dos principais problemas causados

ao meio ambiente com relação aos descartes de resíduos. Neste contexto, o

município de Pimenta Bueno que conta hoje, com cerca de 34.000 habitantes,

segundo dados do IBGE (2010) e fica a 507 km da capital Porto Velho, tendo como

vizinhos os municípios de Cacoal, Espigão D’Oeste, Rolim de Moura, Primavera de

Rondônia e São Felipe D´Oeste. O município vem se destacando como pólo das

indústrias de vestuário no Estado de Rondônia.

O município conta com 12 indústrias formais de confecções, as quais

produzem peças íntimas, infantis, confecções femininas, bermudas, shorts e

camisetas em geral, e 50% de sua produção é absorvida pelo mercado consumidor

de Rondônia, 40% no estado do Mato Grosso, e 10% no estado do Acre, gerando

assim impostos que contribuem com a economia estadual (SEBRAE, 2010).

Sendo considerado como pólo industrial, Pimenta Bueno é um forte

candidato ao aumento de descarte de resíduos dispersados em lixões da cidade.

Diante deste contexto, esse trabalho busca saber o que a fiscalização municipal tem

feito para reduzir o impacto antrópico no meio ambiente, porque o lixão da cidade

está cada dia mais cheio, e pode desencadear prejuízos não só para a atual

geração, mas para as gerações futuras.

Portanto, a relevância da pesquisa está na sua utilidade como base para

compreender como se dá o gerenciamento de resíduos sólidos nas indústrias de

confecções do município de Pimenta Bueno, contribuindo com novos investimentos

no setor, pois o Governo Federal tem chamado para si a responsabilidade sobre o

controle dos descartes que são lançados ao meio ambiente, lançando sanções que

visam inibir o descuido com os resíduos industriais.

Ainda, esta pesquisa visa contribuir com estudos futuros voltados à área da

economia formal, ao passo que sua viabilidade reside na necessidade real de um

estudo aprimorado neste município, vez que se registra aumento significativo de

importância do setor noveleiro para a economia municipal e o seu crescimento tende

a aumentar a produção de resíduos, o que pode vir a representar um problema a

longo prazo, caso não seja dada a destinação correta aos mesmos (SEBRAE, 2010).

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2 GESTÃO AMBIENTAL

Vários são os conceitos e definições de Gestão Ambiental. Rohrich e Cunha

(2004, apud JABBOUR; SANTOS, 2006) definem gestão ambiental como um

conjunto de políticas e práticas administrativas e operacionais que objetivam a saúde

e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente por meio de eliminação

ou mitigação dos impactos e/ou danos ambientais decorrentes do planejamento,

implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação e empreendimentos

ou atividades, incluindo todas as fases do ciclo de vida do produto.

Sendo assim, gestão ambiental pode ser definida como um conjunto de

atividades de planejamento e organização do tratamento da variável ambiental pela

empresa, cujo objetivo é o alcance de metas ecológicas específicas para o resultado

final não venha a agredir o meio ambiente.

Segundo Berté (2007, p.17) “Gestão ambiental tem por objetivo analisar a

questão do meio ambiente a partir da interação entre os meios social e físico-natural

e identifica os principais aspectos da gestão Ambiental no Brasil e suas aplicações”.

Os responsáveis pelo órgão de fiscalização do meio ambiente recebem

denúncia e informações de agressões e ameaça ao meio ambiente, mas, como

explica Berté (2007), encontram dificuldade na ação de proteção, seja por falta de

condições de trabalho ou por falta de vontade política dos governantes.

No que tange a gestão ambiental, Ferreira (2013, p. 33) destacar que:

O processo de gestão ambiental leva em consideração todas aquelas variáveis de um processo de gestão, tais como o estabelecimento de políticas, planejamento, um plano de ação, alocação de recursos, determinação de responsabilidades, decisão, coordenação, controle, entre outros, visando principalmente o desenvolvimento sustentável.

A gestão ambiental demanda ações administrativas que envolvem pessoas

qualificadas para comandar as ações propostas.

Neste contexto, Pereira (2011) destaca, de forma sucinta, que gestão

ambiental é o conjunto de normas aplicadas ao processo de concepção,

desenvolvimento e controle do produto. O objetivo é a redução dos impactos

ambientais no decorrer do ciclo de vida de uma matéria prima, da sua extração até o

fim da sua vida útil.

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2.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL

Com a rapidez em que ocorre a transmissão da informação no globo terrestre, o

comportamento da sociedade e das empresas teve grandes mudanças e, uma das

que mais causou impacto é a responsabilidade sócio-ambiental. “Hoje, com a maior

transparência de informação, os consumidores passaram a ter mais participação na

vida corporativa, acarretando novas contingências no ambiente empresarial”

(FERREIRA, CHAGAS; BESSA, 2003, p. 3).

Muito se fala que as organizações precisam apresentar responsabilidade

social juntamente com seu desempenho produtivo. A responsabilidade social é uma

maneira de conduzir os negócios de uma instituição de forma que a transforme em

parceira e co-responsável pelo desenvolvimento social (FERREIRA, CHAGAS;

BESSA, 2003).

Cabe, também, apresentar Bertoncello e Chang Junior (2007) que destaca

ser o conceito de responsabilidade social não é permanente, ele varia conforme o

desenvolvimento cultural, econômico e político da sociedade ao longo do tempo.

Sendo assim, constata-se que, se ele varia em função do nível de desenvolvimento

de determinada sociedade, ele também varia de sociedade para sociedade.

A premissa fundamental para o desenvolvimento deste conceito é o fato de não existir empresa sem sociedade e ambiente. Para terem continuidade em longo prazo, as organizações devem ser capazes de atender as aspirações e necessidades de comunidade onde estão inseridas, apresentando uma harmonização entre os interesses econômicos da companhia á sociedade produzem resultados econômicos menores no curto prazo, mas a garantia deles no futuro (MACHADO, 2001).

No Século XXI as empresas necessitam comportar-se de maneira que a

sociedade as veja como amigas da natureza. Mudanças ocorridas mediante as

exigências que a própria natureza impôs ao ser humano, devido às catástrofes que

ocorrem constantemente, enunciadas há décadas( (MACHADO, 2001).

As atividades empresariais necessitam ser evidenciadas nos aspectos

tradicionais que são os econômicos e mercadológicos, tanto quanto a parte social e

ambiental. A transparência das atividades de uma empresa fortalece a imagem

institucional da organização, atraindo melhores empregados e fornecedores, maiores

volumes de investimentos, além de causar estimulo para as demais organizações

(MACHADO, 2001).

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Não obstante, muitas organizações destinam esforços humanos, materiais e

financeiros a processos de preservação e recuperação do meio ambiente, mesmo

que não seja empresa poluente, tudo por que tal comportamento é bom para suas

imagens perante a sociedade. Decorrente do conceito de responsabilidade social

surge à idéia de responsabilidade ambiental (BERTONCELLO; CHANG JUNIOR

2007).

2.2 IMPACTO AMBIENTAL

Foi evidenciada na Inglaterra que a degradação ambiental causada por

grande parte das indústrias estava trazendo graves problemas de saúde. Em

consequência disto na década de 1980, surgiu em vários países leis que

regulamenta a atividade industrial a respeito da poluição, como a formalização e

realização de Estudos de Impactos Ambiental e Relatórios de Impactos sobre o Meio

Ambiente (FREITAS, 2008), expandido a partir dai para outros países em todos os

continentes.

No Brasil o impacto ambiental tem causado muitos danos. Com o advento da

Lei Federal nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 que “Dispõe sobre a Política Nacional

do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras

providências” (BRASIL, 1981), no Brasil cria-se mecanismos de avaliação de

impacto ambiental. Estes mecanismos muitas vezes são burlados em prol de

interesses financeiros. (BENITEZ, 2009).

Por meio de Leis o Governo Federal tem buscado ordenar as ações do Ser

Humano sobre a natureza de forma a minimizar os efeitos nocivos. O marco no

Brasil referente à defesa do uso sustentável do meio ambiente, o qual foi a partir de

1981 com a Política do Meio Ambiente (BERTÉ, 2007, p. 121). Este foi firmado com

a Carta Magna da República Federativa do Brasil de 1988, ou seja, com a

Constituição Federal.

Destarte a Lei nº 6.938/1981 outros mecanismos legais foram modulando o

ideal das ações sócio-ambientais no Brasil como CONAMA 001/86 — diretrizes:

Manual de Avaliação de Impacto Ambiental, CONAMA 357/2004, CONAMA 237/97

— lista de empreendimentos (BENITEZ, 2009), e outras leis como são apresentas

na Figura1:

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Figura 1: Legislação que contribui com a preservação/conservação do Meio Ambiente no Brasil

Lei nº 7.347/1985 — Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico (VETADO) e dá outras providências

Lei nº 7.802/1989 — Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências;

Lei nº 7.754/1989 — revogada pela lei 12.651/2012; Lei nº 9.433/1997 — Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema

Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989.

Lei nº 9.605/1998 — Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Lei nº 9.795/1999 — Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.

Lei nº 9.984/2000 — Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

Lei nº 9.985/2000 — Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição

Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

Lei nº 12.334/2010 — Estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais, cria o Sistema Nacional de Informações sobre Segurança de Barragens e altera a redação do art. 35 da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4o da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000.

Lei nº 12.305/2010 — Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.

Lei 12.651/2012 — Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos

6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n

os 4.771, de 15 de

setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória n

o 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras

providências. Fonte: BRASIL (2013) (adaptado)

O governo tem o poder de regular, fiscalizar e controlar todas as atividades

da sociedade. Aplicando tal premissa nas organizações e, em especial, no que diz

respeito ao meio ambiente, as leis formuladas pelo governo têm o poder de mudar

as necessidades e processos produtivos das empresas, tornando seus custos de

produção mais onerosos (BERTÉ, 2007)

Neste contexto vale destacar Borges e Bergamini (2000, p. 09) os quais

descrevem que:

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O direito moderno incorporou o principio da função social da propriedade, preservando os direitos individuais, mas abrindo brecha para o reconhecimento dos direitos coletivos e difusos. Os direitos difusos estão diretamente ou indiretamente ligados á questão ambiental, conceituando como o conjunto de leis, princípios e políticas públicas que regem a interação do homem como o meio ambiente para assegurar, através de processo participativo, a manutenção de um equilíbrio da natureza, um ambiente ecologicamente equilibrado para a presente e futuras gerações.

Os autores acima também observam o que o direito brasileiro decorre das

fontes de direito romano-germânico, no entanto, o direito ambiental brasileiro

apresenta, em muitos aspectos, fontes do direito anglo-saxão, ligados aos direitos

comuns em detrimento do direito particular.

O Capítulo VI da constituição da República Federativa do Brasil de 1988,

precisamente no art. 225 diz que:

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (BRASIL, 1988).

A lei n° 9.605/98 que dispõe sobre crimes ambientais e apresenta alguns

pontos importantes como o fato de ser julgado culpado penalmente o representante

legal de infração cometida pela organização, sem extinção da pena nos casos em

que a reparação do dano for comprovada e como pena acessória a liquidação da

empresa, quando cabível.

Possível afirmar que o meio ambiente possui uma carga muito grande de

resíduos sólidos que prejudicam o desenvolvimento de sua fauna e flora. No

entanto, proporciona o desenvolvimento de empecíeis nocivas ao ser humano sem

controle no ecossistema (BERTÉ, 2007). Com a legislação ambiental em vigência no

Brasil, as empresas precisaram adequarem-se e administrar os resíduos sólidos

produzidos por suas empresas.

2.3 RESÍDUOS SÓLIDOS

O conceito de resíduos, principalmente na sua forma sólida, confunde-se

com lixo, quando de seu conceito Tenório e Espinosa in Curso de gestão ambiental

(2004) destaca que o resíduo é a sobra daquilo que foi utilizado sofrendo alteração

em seu aspecto e lixo é tudo o que não presta e se joga fora, seja residencial,

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jardins, ruas e etc.

A NBR 10004/1987, que trata dos resíduos sólidos concede a seguinte

classificação:

3.1 resíduos sólidos: Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviável em face à melhor tecnologia disponível .

Tratando do controle de resíduos sólidos, Tenório e Espinosa (2004, p. 159)

esclarecem que levando em conta a origem do resíduo, estes “são classificados

como: industriais, urbanos, de serviços de saúde, de portos, de aeroportos, de

terminais rodoviários e ferroviários, agrícolas, radioativos e entulhos”.

No que converge ao objetivo deste estudo é possível destacar a definição de

resíduos sólidos, industriais apresentado pela Resolução CONAMA 313/2002:

Resíduo sólido industrial: é todo o resíduo que resulte de atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semi-sólido, gasoso - quando contido, e líquido - cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição.

Os resíduos sólidos apontam o descarte que as indústrias realizam de

produtos que poderiam ser reutilizáveis caso houvesse um planejamento estratégico

de controle.

No intuito de controlar os descartes diretos na natureza, o Brasil, no sentido

de defesa do Meio Ambiente no que concerne os resíduos sólidos foi publicada a Lei

12.305, de 02 de agosto de 2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos

Sólidos, ou seja, resultado de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,

comercial, agrícola, de serviços e de varrição (ABNT, 2004).

São várias as formas de resíduos variando quanto a sua natureza e, em

relação à periculosidade os resíduos sólidos são classificados segundo ABNT 10004

(2004) conforme apresenta a figura 2:

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Figura 2: Classificação dos resíduos sólidos em relação a periculosidade Resíduos Classe Descrição

I Perigosos: são considerados resíduos perigosos, aqueles que apresentam em sua característica, inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

II Não perigosos.

II A Não inertes: são os resíduos que possuem propriedades biodegradáveis, combustão e solúvel em água, ou seja, que não se nos enquadrem de classe I.

II B Inertes: são resíduos que não sofre alteração física, química ou biológica.

Fonte: ABNT 10004 (2004)

O gerenciamento de resíduos sólidos tem sido defendido pela sociedade

organizada e as empresas para se manterem estão buscando pela adequação a

imagem de Empresa Amiga da Natureza ou outros títulos similares. Não são poucas

as empresas que aderiram preservação da natureza, bem como a recuperação de

áreas degradadas. No entanto, ainda muito se tem a ser feito (ABNT 10004, 2004).

Para alcançarem seus objetivos, Berté (2007, p. 149) destaca que “As

empresas, principalmente as que geram resíduos, vem buscando, com o passar dos

anos, tecnologias aplicadas ao tratamento de destinação final de todos os elementos

gerados a partir do processo produtivo”. Entretanto, a cultura empresarial ainda é de

que se tem que seguir leis, não há uma consciência de preservação, por isso a

necessidade de leis como a lei 12.305 de 2010.

2.4 A LEI 12.305/2010

Com a finalidade de dispor sobre princípios, objetivos e instrumentos,

diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos,

incluídos os perigosos, as responsabilidades dos geradores e do poder público e os

instrumentos econômicos aplicáveis foi criada no Brasil a Lei n° 12.305 de 02 agosto

de 2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e altera a Lei

no 9. 605, de 12 de fevereiro de 1998 dando legitimidade as ações de controle de

resíduos.

Dentro dessa Política Nacional de Resíduos Sólidos os princípios, as

diretrizes, os objetivos, os instrumentos, as metas e as ações podem ser adotados

pela União isoladamente ou em parceria com estados e municípios, visando à

gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos

16

sólidos (CONAMA, 2002).

Essa Lei 12305/2010 caracteriza os rejeitos como: “resíduos sólidos que,

depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por

processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem

outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada’’. Foi,

portanto, a partir da promulgação dessa PNRS que o termo lixo foi substituído por

“resíduos e rejeitos”.

Advém dessa Lei 12305/2010 a classificação dos resíduos quanto à origem e

quanto à periculosidade. Essa última é dividida em resíduos perigosos que em razão

de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade,

patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam

significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com lei,

regulamento ou norma técnica e não perigosos.

Em relação à origem, os resíduos podem ser: a) domiciliares; b) de limpeza

urbana; c) sólidos urbanos (os resíduos das alíneas “a” e “b”); d) de

estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços (os produzidos por essas

atividades, exceto os contidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”); e) dos serviços

públicos de saneamento básico (os resíduos produzidos por esses serviços,

excluindo os da alínea “c”); f) industriais; g) serviços de saúde; h) construção civil; i)

agrossilvopastoris; j) serviços de transportes; k) mineração (BRASIL, 2010).

No entanto, quanto à responsabilidade se deve levar em conta o Artigo 27 da

Lei 12.305/2010:

As pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 são responsáveis pela implementação e operacionalização integral do plano de gerenciamento de resíduos sólidos aprovado pelo órgão competente na forma do art. 24. § 1º. A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos.

A Lei 12.305/2010 responsabiliza também as empresas na busca de soluções

para o manejo e descarte consciente dos resíduos sólidos como pode ser visto no

seu artigo 25 em que o poder público, o setor empresarial e a coletividade são

responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da

17

Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e demais determinações

estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento.

Em princípio a responsabilidade pela coleta de lixo é do órgão público, porém,

quando se trata do resíduo as empresas são responsáveis por aquilo que produzem.

A disposição final de resíduos sólidos fica por conta da empresa. A responsabilidade

social e ambiental das empresas devem ser monitoradas por pessoal qualificado

para este fim (ABRAMOVAY et al,2013).

2.5 DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

As técnicas mais usuais de disposição final de resíduos sólidos são: aterro

sanitário; aterros de resíduos perigosos; e valas sépticas. Qualquer que seja o

sistema deverão ser assegurados às condições de proteção ao meio ambiente e à

saúde pública prevista na legislação e atendida os requisitos dos processos de

licenciamento ambiental. Essas medidas diferenciam as instalações regulares dos

chamados Lixões, infelizmente ainda bastante frequentes no Brasil com impactos

ambientais que causam prejuízos a humanidade. Ainda existe muita falta de

informação entre a população em geral e mesmo entre os responsáveis pelos

sistemas de resíduos (SCHALCH, 2002).

Os aterros sanitários são instalações que favorecem toda a comunidade e

que se corretamente projetados e operados são seguros e trazem grandes

benefícios para todos. Sendo uma forma de acabar com o montante de entulhos e

mau cheiro produzido pelos lixos a céu aberto. A disposição dos resíduos com riscos

biológicos, mesmo submetidos a tratamento de desinfecção, deve ser realizada

segundo técnica denominada vala séptica. A vala séptica deve ser projetada e

operada com o devido cuidado e segurança mesmo que, embora ainda não estejam

formalmente estabelecidos em normas ou legislação em nível nacional precisam ser

observadas (MS, 2002).

O Ministério da Saúde (2002) adverte que não há só princípios básicos, mas

exigências mais restritivas e outras condições especifica a cada instalação poderão

ser requeridas pelo órgão de controle ambiental ou pela vigilância sanitária, os quais

devem ser sempre consultados para a devida análise do projeto e licenciamento da

unidade.

18

2.6 RECICLAGEM

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais (ABRELPE, 2010) dentro da Política Nacional de Resíduos

Sólidos há uma ordem de prioridades a ser seguida na gestão de resíduos sólidos,

sendo a reciclagem uma das ações prioritárias. A necessidade de cuidados com a

natureza leva a ações onde os resíduos sólidos passa a ser matéria prima.

A reciclagem, de acordo com a Lei n° 12.305/10 no artigo 3o inciso XIV, é um

processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas

propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em

insumos ou novos produtos. (BRASIL, 2010).

Para Miller (2008, p.453) a “Reciclagem é a forma importante de coletar

material residual e transformá-los em produtos úteis que podem ser vendidos no

mercado. Reciclar envolve transformar materiais sólidos descartados em produtos

novos e úteis”. O mercado já tem oferta de produtos reciclados em grande escala,

gerando renda, principalmente a pessoas consideradas como baixa renda. Mas, não

são únicas. Empresas já estão reutilizando seus resíduos como novo produto de

comércio de sua empresa.

De acordo com Mano, Pacheco e Bonelli (2010), a reciclagem caracteriza

sobras de matéria prima virgem, que parece não ter valor, que depois de coletado,

separado e processado é transformado em matéria-prima para confecção de novos

bens. Para isso a recuperação dos resíduos tem que ter um método de recolhimento

que deve ser levado em consideração.

Valle (2002, apud SOARES, SALGUEIRO, GAZINEU, 2007) menciona que a

reciclagem é um conjunto de técnicas que tem por objetivo o aproveitamento dos

detritos e reutilizar no ciclo de produção que saíram, permitindo assim retornar a sua

origem, na forma de matérias-primas, os materiais que não se degradam, no qual

são desviados, coletados, separados e processados para a confecção de um novo

produto.

2.7 INDÚSTRIA DE CONFECÇÕES

No Brasil a indústria de confecções tem crescido nas últimas décadas e este

crescimento, em geral, possui maior exploração dos recursos naturais e

19

normalmente geram impactos pelo aumento da geração de resíduos. “Em

decorrência do desenvolvimento industrial e alta demanda na produção, a legislação

ambiental torna-se cada vez mais rígida, ampliando a responsabilidade do fabricante

sobre o produto, assim a logística reversa torna-se uma ferramenta em redução dos

custos” (FREITAS, 2012, p. 4).

Na mesma linha de pesquisa de Freitas (2012) e outros estudiosos

apontados neste trabalho está o estudo realizado por Milan, Vitorazzi e Reis (2010,

p. 2) o qual aponta para a indústria de confecções do vestuário como “a principal

produtora de bens finais do complexo têxtil e o seu produto possui um ciclo de vida

comercial curto por se tratar de produto de moda, que é ditado por tendências

efêmeras”.

A geração de resíduos é inevitável e pode apresentar consequências

nocivas. Porém, pode ser reaproveitado, pois analisados no anglo econômico esses

resíduos podem ser, muitas vezes, considerados como desperdício, falta de gestão,

de planejamento. Em segundo plano, fica na maioria das vezes o meio ambiente

gerando um passivo ambiental (FREIRE; LOPES, 2013).

Nesta perspectiva, como explicam Milan, Vitorazzi e Reis (2010, p. 5) o

desenvolvimento da indústria têxtil “introduziu padrões de geração de resíduos que

surgem em volumes maiores que a capacidade de absorção da natureza, de

maneira que ela não é capaz de absorvê-los e reciclá-los”, gerando impacto

desastroso na natureza.

No tocante a gestão dos resíduos as empresas tem buscado melhorias,

dando maior atenção às ações operacionais de suas organizações e atribuindo

competência a servidores para a realização de planos de ação que previnam não só

a questão de evitar prejuízo com de resgatar a boa forma do meio ambiente. Porém,

ao ler Benitez (2009), percebe-se que ainda há necessidade de leis, não só para

regulamentar, mas também para obrigar empresas a cumprirem com a legislação, ou

seja, falta consciência ecológica.

Por consequência ao alto volume de resíduos sólidos liberados pelas

indústrias de confecção na natureza somando ao lixo doméstico, comercial e outros

produzido pelo ser humano, muitos problemas se tem enfrentado, principalmente

nos grandes centros. É comum ver em época de chuva alagamentos, enchente e

20

outros fenômenos que assusta a Humanidade, além de gerar prejuízo.

3 METODOLOGIA

A pesquisa foi realizada em 10 Empresas do ramo de confecções no

município de Pimenta Bueno-RO, o qual conta com 12 empresas deste segmento. O

método utilizado nesta pesquisa foi o indutivo, com estudo de caráter exploratório,

mediante abordagem qualitativa.

A pesquisa científica objetiva fundamentalmente contribuir para a evolução do

conhecimento humano do setor, sendo planejada e executada segundo rigorosos

métodos e critérios de processamento das informações. Por se tratar de pesquisa

com indústrias as perguntas foram direcionadas a Gestores/proprietários, pessoas

responsáveis pelo setor.

Considerando os objetivos, esta pesquisa se constitui do tipo prática, pois o

objeto de estudo se estabelece por uma situação social e por um problema

detectado em situação atual, buscando esclarecer a problemática observada nas

indústrias de confecções de Pimenta Bueno à realidade do município no aspecto

ambiental.

Aplicaram-se as indústrias de confecções do município de Pimenta Bueno-

RO a busca de verificar como ocorre a gestão dos resíduos dentro das indústrias no

período de janeiro a junho de 2014.

Outro ponto de suma importância foi identificar o processo de manejo dos

resíduos sólidos até a disposição final e quantificar os resíduos industriais no

município de Pimenta Bueno, sendo pesado no período de janeiro a junho de 2014.

.A técnica utilizada foi levantamento bibliográfico, pesquisa eletrônica e estudo

de caso, com aplicação de entrevista.

A coleta de dados foi por meio de roteiro elaborado após o levantamento

bibliográfico, contextualizado antecedendo a cada questionamento sendo analisado

com embasamento na a Lei 12.305/2010.

A análise é apresentada por meio de figuras de forma que contribua com o

leitor na interpretação e compreensão dos resultados levantados.

21

4 RESULTADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO

4.1 DADOS OBTIDOS JUNTO AS INDÚSTRIAS DE CONFECÇÕES

Das 12 (doze) indústrias de confecções do município de Pimenta Bueno/RO

somente 10 (dez) empresas contribuíram voluntariamente com a pesquisa realizada.

Estas empregam diretamente 199 (cento e noventa e nove) colaboradores (figura 3)

e 20 (vinte) sócios, o que representa menos de 1% (um por cento) da população,

sendo que a População de Pimenta Bueno, segundo o IBGE (2010) é de 34.000

pessoas e destes cerca de 25.000 encontram-se na faixa economicamente ativa, ou

seja, que trabalham.

Figura 3: Empregos diretos por empresa

Fonte: Dados da Pesquisa, 2014

A figura 3 evidencia a quantidade de empregos gerados diretamente em

cada empresa, sendo a Brisa Indústria de Confecções uma das que mais emprega,

com 84 colaboradores, e a D’ Griff com 37, o que corresponde a 60% da amostra e

as demais juntas 40%.

As indústrias de confecções, em Pimenta Bueno/RO, surgiram a partir da

década de 1990, como mostra esta pesquisa, contudo, no decorrer dos anos não

houve o que se pode considerar como um grande crescimento do ramo. Apesar do

começo do ano 2006 ter aumentado o número de empresas, como pode ser

observado na figura 4, não se pode dizer que houve um “crescimento” no

investimento neste tipo de comércio.

41%

19%

13%

2%

10%

4%

2% 3% 4%2%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Empregos diretos por empresa

Série1 84 37 26 4 19 8 4 6 7 4

Brisa Ind. de Conf. LTDA

D'Griff Ind. Conf. LTDA

Ind. Conf. Flay

Ivomalhas Ind. e Com.

Mania Mulher Ind e

Miragem Malhas

Miriã Batista Nogueira

Oliveira e Bueno Ind de

Quarta Vip Ind e Com. de

Shiay Ind e Com. de Conf.

22

Figura 4: Ano de Constituição das empresas

ANO DE CONSTITUIÇÃO DAS EMPRESAS11%

33%

11%

45%

1990-1995

1996-2000

2001-2005

2006-2010

Fonte: Dados da Pesquisa, 2014

Todas as empresas que fazem parte deste aglomerado têm a origem familiar

em sua sociedade constituída por irmãos, e parentes próximos. Facilitando com isso,

a gestão dos recursos financeiros que requer cuidados e uma contabilidade fiscal e

gerencial consistente.

4.1.1 PROCEDIMENTO DE MANEJO INTERNO, QUANTIDADE DE RESÍDUOS

GERADOS E SUA DESTINAÇÃO FINAL.

Uma das muitas preocupações com o meio ambiente é o destino dado aos

resíduos sólidos industriais. No contexto, buscou-se conhecer os procedimentos

realizados nas indústrias de confecções do município de Pimenta Bueno/RO,

considerado pólo industrial de confecções. Aplicado questionário com perguntas

pertinentes ao tema, descobriu-se que as 10 (dez) empresas participantes não

possuem o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) ou um Plano de

Gerenciamento Integrado de Resíduos (PGIR).

Não possuindo nem um tipo de plano de gerenciamento de resíduos sólidos,

buscou-se por saber se há algum tipo de treinamento quanto a este quesito e as

empresas foram unânimes em responder que não há controle interno dos resíduos,

só o controle para evitar o desperdício. Nada voltado ao meio ambiente e, houve

fiscalização por parte das instituições de controle externo, mas falta rigor a aplicação

ANO DE CONSTITUIÇÃO DAS EMPRESAS11%

33%

11%

45%

1990-1995

1996-2000

2001-2005

2006-2010

23

da Lei nº. 12.305/2010 (BRASIL, 2010).

Praticamente não há separação dos resíduos sólidos e os mesmos são postos

em sacos plásticos, caixas e sacos de tecido proveniente das embalagens de

entrega da matéria prima. Os receptores dos resíduos sólidos são pessoas comuns

que, comumente, trabalham de forma artesanal em suas residências, bem como,

instituições sem fins lucrativos que trabalham com cursos profissionalizantes com

famílias de baixa renda. Normalmente são vendidos os restos de tecido quando os

receptores reservar as sobras de tecido junto às empresas, daí é estipulado um valor

o qual será pago pelo produto. Poucas vezes são doados.

Os trabalhadores autônomos, receptores dos resíduos não emitem termos às

empresas geradoras certificando que o mesmo passa a ter responsabilidade sobre

tais resíduos recebidos, nem mesmo sua pesagem e destinação final. Vale ressaltar

que as políticas públicas estaduais insistem na “responsabilidade pós-consumo dos

fabricantes e importadores e no princípio do poluidor pagador” (ABRAMOVAY et al,

2013, p. 17). No entanto, é realizado pesagem dos resíduos a serem vendidos por

colaboradores treinados para este fim e a quantidade é representado na figura 5,

mostrando que 40% das empresas geram de 100 a 200 quilos, e que as 3 primeira

empresas da amostra comparada com as demais geram pouquíssimos resíduos mas

em decorrência de serem de pequeno porte.

Figura 5: Quantidade de resíduos têxtil gerados pelas empresas

Fonte: Dados da Pesquisa, 2014

Os resíduos sólidos gerados pelas indústrias de confecções são classificados

30%

40%

30%

0

2

4

Quantidade de Resíduos Têxtil Gerado pelas Empresas

Série1 3 4 3

5 a 50 kg 100 a 200 kg 600 a 800 kg

24

como nao inertes classe II A, pois segundo as Normas Brasileiras a classificação

dos resíduos segundo a periculosidade em não inertes: “são os resíduos que

possuem propriedades biodegradáveis, combustão e solúvel em água, ou seja, que

não se enquadrem no de classe I”(ABNT, 10004/2004).

O setor de corte e costura é o que mais gera os resíduos e a separação dos

mesmos é na hora em que estão cortando, sendo separados por tamanho e por

cores: branco e coloridos, em 40% das empresa foi informado que não há

separação e 60% disse que além de separar em branco e colorido, os coloridos

ainda são separados em lisos e estampados. Para a guarda os resíduos são postos

em depósitos, sendo que 4 (quatro) das empresas revelaram não ter depósito ou

almoxarifado para este fim e, 1 (uma) dela disse que o depósito é na própria sala de

corte e costura.

Ao questionar se existe alguma periodicidade de tempo definida a coleta dos

resíduos, as empresas são unânimes em afirmar que os resíduos são coletados

diariamente e que a destinação dos mesmos depende da quantidade que é colhida,

bem como dos receptores. Não há uma regra para este tipo de trabalho. A

declaração de um sócio chamou atenção sobre a falta de cuidado com a gestão de

resíduos: — “A seleção é realizada somente com controle de desperdício. Sei que

deveria ser feito de maneira mais organizada, mas não dá tempo para isto”.

Também, por meio do questionário, informaram que aquilo que não vai para

o lixo comum, este, coletado pela prefeitura municipal de Pimenta Bueno vai para

venda, ou seja, a outra parte é o próprio receptor quem busca na empresa. Segundo

as empresas os produtos confeccionados com os resíduos têxteis são, geralmente,

tapetes, estopas, artesanatos de modo geral.

Os tecidos mais usuais são: malhas em geral, musselina, viscose e algodão.

É lícito afirmar que as indústrias de confecções do município de Pimenta Bueno,

Rondônia, não ferem a Lei nº. 12.305/2010. Todas, mesmo que de maneira indireta,

cumprem com as determinações da referida lei.

4.2 MUNICIPIO DE PIMENTA BUENO

Pimenta Bueno recebeu esta denominação segundo homenagem prestada

pelo chefe da Comissão Rondon a Francisco Antônio Pimenta Bueno, Presidente da

25

Província do Amazonas, a população vivia em 1940 em função do posto telegráfico

com a economia voltada para extração da borracha e garimpo de diamante, somente

se expandiu com a abertura da BR-364 e com a implantação do projeto integrado de

colonização pelo INCRA em 1969 mediante a migração de famílias de varias regiões

(IBGE, 2010).

Hoje o município de Pimenta Bueno, tem como Prefeito o Senhor Jean

Henrique Gerolomo Mendonça, e Vice-prefeita Senhora Ana Bastos, a população de

Pimenta Bueno tem o total de 33.822 de habitantes, de acordo com o Censo

Demográfico do IBGE (2010). Sua Área é de 6.241,07 km² representando 2.627% do

Estado.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo realizado mostra que as 10 indústrias de confecções são constituída

de capital pimentese, ou seja, não existe sócios de outra região, são constituída

dentro do meio familiar e geram emprego para população a cerca de 24 (vinte e

quatro) anos.

A responsabilidade social e ambiental das indústrias do ramo de confecções

no município de Pimenta Bueno pode ser considerada como adequada à sociedade

e a natureza. Concernente ao objetivo, deste estudo, de identificar como ocorre a

gestão dos resíduos sólidos e sua destinação, nas indústrias de confecções do

município de Pimenta Bueno-RO, identificou-se que as indústrias pouco poluem a

natureza, pois quase tudo que é gerado dentro das indústrias é dado destinação

correta, mesmo que não siga a lei vigente.

Foi identificado que o processo de manejo dos resíduos sólidos não possui

nenhum tipo de planejamento, nem mesmo gestão que possa identificar questões

como o desperdício. A disposição final, provenientes das indústrias de confecções

do município de Pimenta Bueno é realizada por meio de descarte no lixo comum.

Porém, a maior parte é vendida. Raras são às vezes em que são doados. Quando

ocorre a doação, é feita para entidades sem fins lucrativos, como o caso de cursos

de corte e costura.

As anotações da pesagem são precárias sendo feita em cadernos rasurados

e depois mediante a pesagem da matéria prima antes do corte é após com a

26

percentagem de desperdício.

Não há nas empresas controle do financeiro recebido pela venda dos

resíduos. Assim, não é informado ao setor financeiro para que esta possa ser

realizada os devidos lançamentos contábeis. Outro ponto, considerado como fraco é

de gerenciamento dos resíduos sólidos em detrimento de desperdício no setor de

produção. A própria empresa poderia estar trabalhando com o reaproveitamento dos

resíduos em outros tipos de produção.

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30

APÊNDICE

Razão Social:

Nome de Fantasia:

Ramo de Atividade:

Atividade Principal:

Número de colaboradores:

Número de proprietários:

Capital Social:

Data da Constituição:

01.A empresa possui o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) ou

um Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos? Se positivo, por quem foi

elaborado?

02. Os funcionários da empresa foram treinados quanto aos procedimentos contidos

no Plano? Caso a empresa não possua um PGRS ou um PGIR, os funcionários já

receberam algum tipo de treinamento quanto ao funcionamento do gerenciamento

de resíduos na empresa?

03. A empresa já recebeu algum tipo de fiscalização ou comunicação oficial da

prefeitura municipal ou outro órgão competente sobre qual a destinação correta dos

resíduos sólidos? Comente sobre.

04. Como foi realizada a seleção de receptores dos resíduos? Quais os critérios

foram utilizados?

05. Caso a empresa não possua receptores de resíduos, a mesma já procurou

selecionar algum? Qual mecanismo a empresa utilizou para se informar de

receptores?

06. A transferência dos resíduos para o órgão receptor ocorre na forma de doação,

venda ou prestação de serviços?

07. O órgão receptor dos resíduos emite algum termo à empresa geradora

certificando que o mesmo passa a ter responsabilidade sobre tais resíduos

recebidos? Este documento informa a pesagem dos resíduos e a destinação final

dos mesmos?

08. Com quais os tipos de tecido a empresa trabalha?

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09. Ao destinar os resíduos, é realizada a pesagem dos mesmos? Quem realiza esta

atividade?

10. Quantos quilos de resíduos têxteis são gerados? Se a pesagem for feita

separadamente (por tipo de tecido ou por destinação), descrever os dados

separadamente.

11. Quais as atividades/ setores das empresas que mais geram resíduos? E quais

são eles?

12. A empresa separa os resíduos têxteis por tipo no momento em que eles são

gerados?

13. Em quantas categorias eles são separados?

14. Que tipo de embalagem a empresa utiliza para armazenar os resíduos têxteis

gerados?

15. Em que área da empresa os resíduos são depositados até a coleta?

16. A empresa possui espaço físico suficiente para armazenagem dos resíduos?

17. Existe alguma periodicidade de tempo definida a coleta dos resíduos?

18. Quem realiza o transporte dos resíduos da empresa até o órgão receptor?

19. O receptor de resíduos é uma empresa ou trabalhador autônomo?

20. Qual finalidade é dada aos resíduos têxteis? Quais produtos são confeccionados

com os mesmos?

21. Algum funcionário da empresa já realizou algum tipo de auditoria no órgão

receptor ou o visitou?

22. Descreva aqui, alguma sugestão/reclamação/comentário que a empresa tem a

declarar sobre o apoio da prefeitura, e outros órgãos competentes quanto aos

gerenciamento dos resíduos?

23.Existe orientação e apoio a empresa por parte do órgão competente, para que

tais resíduos sejam reaproveitados?

Roteiro utilizado para condução das entrevistas adaptado de Lima Junior; Fracarolli Lima Junior;

Galdamez (2010).