desperta, a mudança climática está aquí! -...

62
Despea, a mudança climática está aquí! Guia didáctico do programa ADAPTACLIMA

Upload: buikiet

Post on 03-Dec-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Desperta, a mudança climáticaestá aquí! Guia didáctico do programa ADAPTACLIMA

SumárioINTRODUÇÃO 1

Uma experiência para a imaginação 3O que é o clima? 5

O que é a mudança climática? 11Quais são as evidências que temos da mudança

climática? 14O que é o efeito estufa? 15

Que mudanças se prevêm para o futuro? 17Que podemos fazer? 19

ENERGIA 21ATMOSFERA 25

ÁGUA 29TERRA 33

MUNDO RURAL 37Actividades infantis 41

GLOSSÁRIO 54

Desenho e redação do conteúdo: Sálama Comunicación S.L.Ilustrações: Alberto Sastre

Fotografias: Jesús Gómez Romero

INTRODUÇÃO

Os programas de desenvolvimento rural, geridospelos grupos de ação local, têm demonstrado sobeja-mente a sua utilidade em promover o desenvolvimentodas áreas rurais, tendo em conta as necessidades multi-sectoriais da população local.

A Associação para o Desenvolvimento do Vale deAlagón apresenta, graças ao seu Programa de Desen-volvimento Comarcal, como especial prioridade o meio-ambiente e as ações relacionadas com a suaconservação. Através do grupo de ação local trabalhou-se nos últimos anos em projectos específicos relaciona-dos com este tema, em colaboração com outros grupose entidades nacionais e europeias.

ADAPTACLIMA II trata-se dum projecto de co-operação territorial SUDOE co-financiado pela Inicia-tiva Comunitária INTERREG IV B. Tem origem noseu antecedente, ADAPTACLIMA, bem como noutrosprojectos co-financiados pelo espaço Sudoeste Europeoem convocatórias anteriores. O beneficiário principal éa Associação de Municipios Sustentáveis da Cantabria.Para além da Associação de Municipíos e da ADES-VAL, participam outros 8 beneficiários: a Junta da An-daluzia, a Associação Ibérica de MunicípiosRibeirinhos do Douro (AIMRD), a Junta da Galiza eNeiker (Instituto Basco de Investigação e Desenvolvi-mento Agrário), como sócios espanhóis. A AssociationClimatologique de la Moyenne-Garonne et du Sud-Ouest (ACMG) e a Chambre d´agriculture de la Dor-dogne, como sócios franceses; e a Universidade deTrás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), como sócio por-tuguês. Por último, assinalar como asociado, as Bode-

gas (Adegas) Faustino.Este projecto surge da necessidade

de capitalizar os estudos, análises, conclu-sões e recomendações de ADAPTA-CLIMA I. Esta "capitalização" reveste-sede uma grande importância para que estestrabalhos, já conseguidos, possam ser uti-lizados e aplicados nos diversos territó-rios. Entenderemos a capitalização comosinónimo de "acções concretas sobre abase dos estudos e das recomendações daComunidade Científica".

Com a participação na ADAPTA-CLIMA II, ADESVAL continua apostandofortemente na luta contra a mudança cli-mática, na medida em que os resultadosalcançados nas etapas anteriores reves-tem-se de grande utilidade para a estraté-gia de desenvolvimento das comarcas doVale de Alagón. Trata-se, presentementede passar da teoria à práctica através daaplicação de medidas de ação nos territó-rios associados. Este projecto pretendeconveter-se num referente do território dosudoeste europeo a nível da mudança cli-mática, sendo fundamental em matéria deinformação e sensibilização para toda asociedade, e para além disso, uma ferra-menta de guia e de aconselhamento para aesfera política e económica europeia.

A ADESVAL lidera uma das açõesde formação e sensibilização em conjuntocom a Junta da Galiza. Um vez mais reite-ramos a importância da educação ambien-tal no seio do grupo de ação local,constituindo um dos eixos básicos de des-

1

envolvimento da comarca. Durante o curso desta ação, foielaborado o producto apresentado, sob a forma de "Guiade Aconselhamento para a formação e sensibilização dainfância para as mudanças climáticas", cujos objetivos sãodespertar a consciencia da população escolar para a pro-blemática da mudança climática e as adaptações à mesma,sendo um producto educativo e de entretenimento. Pre-tende-se que se revista de utilidade para os alunos deforma a trabalhar na matéria transversal da mudança cli-mática. O facto de que se apresente traduzido nos quatroidiomas oficiais do Sudoeste Europeu (espanhol, portu-guês, francês e inglês), permitirá que qualquer centro es-colar possa utilizar o producto, que estará disponível logoque seja publicado.

Este Guia de Aconselhamento encaixa perfeita-mente no seio do projecto, na medida em que se trata deun producto persistente, disponível tanto física como vir-tualmente, e também, com a possibilidade de introduzirfuturamente novos conteúdos. Desta maneira, evitamosque o producto "caduque" ao mesmo tempo que o pro-jecto, permitindo uma duração que contríbua para a cons-ciencialização da população escolar para este problema.

Desde o grupo de ação local esperamos que al-cance o máximo de número de alunos possível, dentro dosvossos países, e que tenha a difusão que merece um as-sunto tão actual como é a mudança climática.

Óscar Alcón GranadoPresidente ADESVAL

2

Uma experiência para a imaginação

Imaginemos que introduzimos uma rã num recipientecom água muito quente. Assim que entre em contacto com aágua, dará um enorme salto para tentar salvar-se. O mesmo fa-ríamos nós e esta experiência não tem nada de surpreendente.

Então agora, introduz essa rã imaginária num recipientefresco. Aí estará muito contente. Agora, coloca debaixo do re-cipiente lume e aquece um pouco, de forma a que se notemuito pouco e observa: a rã continua saltitando na sua água.Seguidamente, sobe um pouco mais a temperatura: a rã conti-nua contente na sua água. Se repetires esta operação váriasvezes observarás duas coisas: que a rã não dará por isso, não seassustará e seguirá dentro de água apesar de que cada vez estámais quente e que a rã, pelo efeito do calor adormece, e senada a despertar, e continuas aquecendo a água, ela morrerá.

Pois então, a rã somos nós e o recipiente é o nosso pla-neta. Quando leias este livro, compreenderás o que te quere-mos transmitir, e verás que é urgente despertar a rã que todostemos dentro para que se salve. Mas para despertar do aqueci-mento do nosso planeta, falta informação…

3

4

O que é o clima?O clima caracteriza-se pela situação meteorológica

que predomina num lugar concreto e num tempo alargado.Como tal temos que distingui-lo do tempo meteorológico,que se refere às variações de curto prazo num território. Porexemplo, num clima muito seco, poderá dar-se a circunstân-cia de cair uma tempestade muito forte de água um dia, aindaque a tendência normal desse espaço seja a seca.

Devemos entender que o clima é um sistema à escalaplanetária de enorme complexidade. São muitos os factoresintervêm no seu comportamento, e que fazem com que re-gistemos grandes diferências climáticas, tal como nos vamosdeslocando pelos diferentes espaços do planeta e também seavançamos no tempo. Sabemos, por exemplo, que no desertoactual do Saara, em África, há milhões de anos atrás, otempo era mais temperado e húmido, que houve épocas maisfrias em todo o planeta com grandes massas de gelo e outrasmais quentes como a actual. O estudo do clima no passado,chama-se paleoclima.

A variação do clima e os seus contrastes são o resul-

tado do efeito da energia do sol quando chegaà Terra e entra em contacto com a atmosfera,a hidroesfera (as partes com água do planeta),a crioesfera (lugares onde a água está em es-tado sólido), a litoesfera (o solo que pisamos)e a bioesfera (eco-sistemas e seres vivos doplaneta). As funções de cada um e as suasinter-relações configuram o clima. Damos al-guns exemplos, para que entendas melhor:

6 perguntas sobre a mudança climáticapara despertar a rã conformada .

5

6

Exemplos da ação da biosfera no clima: Foi realizado um estudo no qual as vacaspodem arrotar até duas vezes por minuto, li-bertando por dia uma média de 908 gramosde metano. Se, sumarmos a isto os milhões emilhões de animais que há em todo o planeta,damos-nos conta da enorme quantidade demetano que libertam. Este gás em suspensão,cria como uma película que produz o cha-mado efeito estufa, sem o qual, o clima seriamuito mais frio. Os vegetais na terra ou oplancton no mar, durante o processo de foto-síntese, absorvem dióxido de carbono. Estegás é fundamental para o efeito estufa e, comotal, se existe mais ou menos, isto afectará oclima.

7

Exemplos da ação da litoesfera no clima: A parte sólida do nosso planeta, apresenta todo tipo de for-mações como montanhas, zonas profundas, vales, vulcões,ilhas, etc. A absorção e o reflexo da energia solar variará de-pendendo de onde incida. Como tal, ao subir uma montanhaverificaremos que o calor vai diminuindo. Sabias que o vul-cão Tambora na Indonésia, quando entrou em erupção noano de 1815, provocou uma descida de três graus da tempe-ratura mundial? Isto deveu-se ao fato de que o enxofre lan-çado na erupção, alcançou a estratoesfera (a mais de 45 km),provocando entre outras anormalias, que o sol não chegasseperfeitamente à superficie, e provocasse um ano sem Verãoem muitos lugares.

8

Exemplos da ação da crioesfera no clima: O gelo da Antártida reflete para o exterior cercade 90% da radiação solar, quando a média emzonas sem gelo é de 30%. Isto permite regular atemperatura do planeta e que não aqueça tanto,da mesma forma que se pintamos uma casa decor branca, ajuda a que seja mais fresca.

Exemplos da ação da hidroesfera no clima: A água líquida altera a sua temperatura muito lentamente e esta capacidade re-gula as temperaturas na Terra e, além disso funciona como um excelente refrige-rante. Isto faz com que, por exemplo, os climas oceânicos sejam diferentes doscontinentais.

9

Ejemplos Exemplos da ação da atmosfera no clima:

A atmosfera compõe-se por diferentes gases. O dióxido de carbono, juntamente comoutros gases, produz o efeito estufa, como veremos mais à frente. Se não fosse peloefeito estufa a temperatura média do planeta seria de ¬-18 º C em vez dos 15ºC que

temos actualmente

10

O que é a mudança climática?

Compreender a mudança climática é uma necessidade urgente para o nosso planeta. Até ao mo-mento, a Terra tem-se adaptado às várias mudanças de clima, na medida em que é dinâmico e de-pende de muitos fatores para a sua regulação. No entanto, estas mudanças dão-se ao longo de milhõesde anos, e como tal para a maioria das pessoas parece que o clima continua estável. As causas queprovocaram passar de uma época mais fria (chamada glaciares) a outras mais quentes, como a actual(chamada holoceno) sempre foram naturais.

A novidade da mudança climática actual, é que está sendo provocada pela actividade humana.

11

Como tal, é de origem antropogênica. A actividade industrial e económica do Homem está sobrecarre-gando o planeta com gases, transformando os seus eco-sistemas, alterando a vida e produzindo umasobrecarga de lixos e resíduos que está levando a uma mudança irreversível do clima e de consequên-cias muito preocupantes.

Todos sabemos que, o clima se mantém estável, devido a uma relação de equilíbrio entre todosos factores que nele intervêm, como os passageiros numa pequena barca, que para mantê-la flutuandodevem distribuir os seus pesos. Actualmente, pela ação contaminante do Homem, o peso está desequi-librado e podemos virar a barca.

12

13

Quais são as evidências que temosda mudança climática?

As primeiras vozes de alarme foram dadas publica-mente em 1979, na Conferência Mundial sobre o Clima emGenebra. Mais tarde, chegaría a aceitação mundial do Proto-colo de Kioto em 1997, onde os governos mundiais se pro-puseram tomar medidas para atrasá-lo. Outro esforçonotável foi a iniciação do IPCC (Protocolo Internacionalsobre a Mudança Climática): a partir do ano de 1988, milha-res de cientistas e peritos de todo o mundo, de forma volun-tária e objetiva, contribuiram para investigar a mudançaclimática e os seus riscos. Até à data foram elaborados 5 rela-tórios e em cada relatório novo que é elaborado, sabemosmais e são melhorados os métodos os investigação, de talforma que aumentou a certeza científica de que estamosimersos numa transformação do clima devido à actividadehumana.

A evidência mais notável e que fez com que se saltas-sem os primeiros alarmes, foi a corrente denominada “ElNiño” na América Central que, observando graves catástro-fes meteorológicas, mostraram que o clima estava em aqueci-mento.

A subida da temperatura de cerca de 2,5º C na Pe-nínsula Antártica, que está provocando o derretimento degrandes superficies de gelo, é outra destas evidências.

Um clima desequilibrado, como as graves secas noJapão em 1994, ao mesmo tempo que na China sufriam a

maior inundação do século. Nos Estados Uni-dos, ao longo do século XX os furacões e asinundações tornaram-se habituais.

Em 2003, em Espanha e noutros paí-ses da Europa registou-se uma onda de calorhistórica. Os cientistas estão de acordo que,estes fenómenos e muitos outros mais que seestão estudando por todo o mundo, têmcomo responsável único as alterações climaté-ricas pelo aquecimento global.

14

15

O que é o efeito estufa?

No planeta Terra passa-se exactamente igual comodentro de uma estufa, onde se conserva o calor e isto benefi-cia as plantas. Se numa estufa este efeito é conseguido aoestar coberto de plástico, que funciona como um abrigo, noplaneta conseguimos este efeito devido a uma série de gasesque retêm a energia do sol e evitam que saiam para o exte-rior. Estes gases são o dióxido de carbono, o metano, oóxido nitroso, o ozono, o vapor da água e outros criadospelo Homem. O efeito estufa, é portanto natural e necessá-rio para a vida; sem ele, congelaríamos.

Mas o problema actual é que o Homem está lançando para aatmosfera enormes quantidades de gases devido à sua activi-dade industrial e económica, muito para além das necessida-des do planeta e da sua capacidade de equilibrio, e comoconsequência estamos em aquecimento. Este aquecimentotem uma série de consequências: catástrofes climáticas, de-sertificação, salinização do mar, subida do nível do mar, mu-danças nos ciclos biológicos, etc.

16

Que mudanças se prevêm para o futuro?

Existem vários modelos matemáticos que estabelecemcomo será o clima nos finais do século XXI. Estes modelosvariam em função de se o ser humano seguirá contaminandocomo até agora, ou se pelo contrário, reduzirão as emissões degases de efeito estufa à escala global.

As previsões mais “pessimistas”falam de ondas de calor mais frequen-tes. Na nossa zona mediterrânica, noInverno subirá em média a temperaturaaté 6 graus e no Verão 3,8 graus.

Na Extremadura, no final deste século,prevê-se um aumento da temperaturamédia mínima e máxima de cerca de4ºC, além de uma descida das precipita-ções em cerca de 20%, segundo osdados do Observatório Extremenho deMudança Climática.

O nível do oceano subirá, pondo emperigo as zonas de costa e praias.

O gelo irá desaparecendo e é possível,segundo os peritos, que no ano 2050não exista quase gelo no Ártico.

Os oceanos tornar-se-ão mais ácidos eisto afectará negativamente a sua vida.

17

18

Que podemosfazer?

O problema é colectivo e anível planetário e, exige uma res-posta também colectiva. O primeroé estar informado e animar a todosa lutar contra a mudança climática.Os governos auto propuseram-secomo objetivo político não passaros 2ºC da temperatura média doplaneta de acordo com as tempera-turas medidas na época pré-indus-trial.

Nós cidadãos, com pequenasdecisões dirárias com transcendên-cia, podemos fazer muito, como sepropõe seguidamente.

19

5 saltos que dá a rã para

reduzir o aquecimento global

20

21

A nossa sociedade necessita constantementede gerar energia para as suas actividades. As casasiluminam-se e aquecem-se com energia, cozinha-se,trabalha-se, viaja-se e até nos entretemos consu-mindo energia. Para manter o nosso sistema eléc-trico, necessitamos de consumir combustíveisfósséis e isto gera mais CO2 que se lança na atmos-fera. Precisamente o que necessitamos é diminuir ovolume de carbono que emitimos.

1. ENERGÍA

22

Como podemos cada um pou-par energia?•Apaga as luzes da tua casa que não necessites.

•Utiliza lâmpadas de baixo consumo. Com esta operação re-duzes em 75% o consumo eléctrico, relativamente às lâmpa-das incandescentes.

•O frigorífico é o responsável aproximadamente por 25% donosso consumo eléctrico, por isso é muito importante ter umde baixo consumo. Outro dado: ter 3mm de gelo no frigorí-fico significa um consumo extraordinário de energia de cercade 30%, por isso é importante ter um aparelho com funçãode auto-descongelação (No Frost).

•Que os teus electrodomésticos sejam de classe A++.

•Procura secar a roupa ao ar livre, com zero consumo deenergia e muito melhor para a sua conservação.

•60% do consumo médio nos nossos lares é devido ao aque-cimento. Apenas com baixar um grau a temperatura, já pou-pamos cerca de 7% da factura. Isolar bem a casa é outraforma de poupar energia, com janelas duplas, não deixandoas portas abertas, valorizando os materiais de isolamento oua orientação da casa se se vai a construir uma nova.

•Não deixes os aparelhos em modo de espera (stand-by):desliga o teu computador, televisor ou telemóvel, com estospequenos gestos pouparás cerca de 10%.

Dados:•Na Europa o sector industrial e eléctrico sãoresponsáveis por 48% destas emissões.

•O transporte gera outros 21%.

•A agricultura 10%.

•As casas e pequenas empresas 17%.

Se nos fixamos que os lares consumem 30%da electricidade gerada e que a metade do con-sumo de combustível no transporte vem dosveículos privados, vemos aí dois lugares paraactuar.

23

24

25

O Homem com a respiração tambiémgera CO2 ao queimar oxigênio e gerar a ener-gia que necessita o nosso organismo. As plan-tas, por outro lado funcionam ao contrário,fixam carbono e libertam oxigênio. A atmos-fera mantem-se em equilibrio com todos estosintercâmbios. Como curiosidade, se se conge-lasse todo o CO2 que expulsam todos os ho-mens do planeta, num ano, necessitaríamos oequivalente a um comboio da Terra à Lua paraencher todos os vagões. Não obstante, estenúmero não é preocupante, porque os ocea-nos, os bosques e o solo retiram este CO2

para poder subsistir, este mecânismo naturalque amortece o carbono denomina-se por“extractor”.

2. ATMÓSFERA

26

Como podemos limpar a nossa atmosfera?

•Escolhe alimentos e produtos locais. Que sejam além disso,da época, os quais são mais saudáveis e saborosos. Isto aju-dará a evitar o grande consumo de energia que gera trans-portar mercadorias através de todo o mundo.

•Utiliza transportes públicos ou veículos partilhados. Umaviagem de 1.200 kilómetros gera o mesmo CO2 que umcomboio que dá a volta ao mundo.

•Procura produtos ecológicos que não danificam tanto a at-mosfera e, além disso, os que têm una flôr para os detergen-tes, papel higiénico, televisores, sapatos, pinturas, etc. turas,etc.

•Utiliza a bicicleta para trajectos curtos.

27

Dados:•No entanto, o que é efectivamente um problema é o ex-cesso de gases produzidos pela queima de combustível fóssil(carvão, petróleo e gás natural) que supõe 75% das emissõesde CO2. Há que ter em conta que desde o século XIX anossa utilização da energia multiplicou-se por 12 ou 14vezes.

•A devastação das florestas significa cerca de 20%.

•Um veículo por cada 5.000 km emite aproximadamenteuma tonelada de CO2. Para que possas imaginar esta quanti-dade, imagina que uma tonelada cabe aproximadamentenuma piscina de 10 m. de largura, 25 m. de comprimento e2m. de profundidade.

•O metano, outro gás que provoca o efeito estufa: 27%pelos combustíveis fósseis, 23% pelo gado, 17% pelo cultivodo arroz, 16% por lixo e esgotos, 11% pela queima de bio-massa e 6% de excrementos de animais.

28

29

A mudança climática criará problemas importantespara os nossos recursos de água: ao modificar o ciclo daágua, as precipitações distribuir-se-ão com outros padrões, oaumento da temperatura alterará a humidade do solo e pro-vocará uma maior evaporação. Com tudo isto a distribuiçãode água e a sua disponibilidade sufrirão modificações,criando inundações catastróficas e secas, com o problema dedesertização de importantes zonas do planeta. Como a águaé essencial para a vida, ter problemas para dispôr dela oupara que esteja em boas condições para o seu consumo, éum assunto que afecta tudo: a economia, a alimentação, aconvivência social, a saúde, etc.

As principais causas da contaminação da água são autilização de pesticidas, herbicidas e fertilizantes na agricul-tura, que chegam a estar presentes inclusivé nas capas pro-fundas de baixo da terra. O esterco animal nas grandesexplorações intensivas chega a contaminar as águas superfi-ciais, ao fazer proliferar algas e diminuindo o oxigênio e aluz, provocando um declínio na biodiversidade. Esta águaem contacto com o esterco torna-se inconsumível.

3. ÁGUA

30

Que podemos fazer parapreservar a nossa águalimpa?•Cerca de 7% da água que usamos é para beber e cozin-har, 22% para lavar a loiça e lavar a roupa, 20% para ossistemas sanitários, 39% para duches e banhos e 6% paralavar o carro e o jardim. Com estes dados podemos come-çar a poupar água e utilizar-la de melhor forma.

•As árvores atraiem a chuva, sem árvores caminhamospara um deserto. Plantemos árvores.

•Recolhe a água da chuva com depósitos e utiliza estaágua para lavar ou para regar, assim poupas água potável.

•Um duche gasta quatro vezes menos água que um banho.Uma torneira que pinga desperdiça quase 25 litros por dia.Se deixas aberta uma torneira enquanto lavas os dentesdesperdiças cerca de 15 litros. Os pequenos gestos são im-portantes.

•Cuidado com os contaminantes. Não deitar pelos canosnem óleo, nem azeites, nem vernizes, nem tintas, nem me-dicamentos. Leva estes materiais a lugares de reciclagem.Todo o veneno que não se recicle chega ao meio am-biente, envenenando-o.

•Administra bem a água das máquinas da roupa e da loiça,espera que estejam cheias ou utiliza o programa de meiacarga.

31

Dados:•A água é um bem fundamental e não está devidamente repartido por todo o planeta. Mais de 1milhão e 200 du-zentas mil pessoas não têm acesso a água potável em todo o planeta.

•Nos finais deste século o mar terá subido entre 9 a 88 cm. Lugares como as praias da Cantábria ou a Manga doMar Menor, a costa de Donhana, e outros tantos espaços estarão em perigo de desaparecer.

•Prevê-se que o número de refugiados pela subida do mar no ano 2050 podería chegar a 150 milhões de pessoas.

•Neste último século perdemos 85% dos glaciares que se encontram nos Pirineus.

32

33

A Terra aquece mais rapidamente que o mar, comotal o efeito estufa é mais imediato na primeira. Sobre ela vi-vemos os homens e é a primeira afectada pela mal utiliza-ção que fazemos dos recursos. Vejamos alguns dados:

Dados:•A União Europeia gera por ano 1.300.000 milhões de to-neladas de resíduos. 40 milhões são perigosos. Isto significaque cada persona da Europa, seja adulta ou criança, gera3,5 toneladas de lixo.

•Na Europa, entre os anos 1.980 e 2002, registou-se umaredução de 70% do número de aves nas zonas agricolas. Ospesticidas e herbicidas estão a matar as nossas aves, conta-minando a água que bebemos e destruindo o solo. Temosque saber que se necessitam de 100 a 2.500 anos para quese formem apenas 2,5 centímetros de solo fértil.

4. TERRA

34

35

Que posso fazer para manter o nosso solo mais são?•Incitar a que não se utilizem herbicidas e pesticidas no campo.

•Reciclar o lixo, utilizando os contentores correctos. Cada garrafa que se recicla poupa a energia suficiente paraver três horas de televisão.

•Quando vais às compras poupar nas embalagens e sacos e procurar não comprar verduras e frutas pré-embala-das.

•Procura não deitar fora as coisas que se possam arranjar ou re-utilizar. Sê imaginativo e poupado.

•Não mudes de telemóvel, nem de computador ou televisor até que seja necessário. Os aparelhos electrónicosgeram resíduos muito contaminantes e cada ano aumentam as nossas lixeiras. As pilhas também são muito con-taminantes, leva-as a pontos de recolha adequados.

36

37

5. MUNDO RURAL

O planeta está cada vez mais urbano; quase metadeda população vive em cidades, o que se converte num fac-tor importante para a mudança climática. Uma cidade deum milhão de habitantes gera 25.000 toneladas por dia dedióxido de carbono, 300.000 toneladas por dia de águas re-siduais e tudo isto afecta o solo e a atmosfera local e tam-bém mundial.

Se saimos das cidades e vamos para o campo e parao mundo rural, encontramos outros problemas e tambémoutras oportunidades. Uma das actividades mais importan-tes no mundo rural, e que afecta negativamente a mudançaclimática, é o sector agro-pecuário, pela má utilização agrá-ria e pecuária.

Mas também o campo, também oferece a oportuni-dade de levar a cabo um trabalho importante de reduzir oCO2, dado que nos seus solos, encontramos a nossa maiorreserva vegetal e sabemos como as árvores e as plantas ab-sorvem CO2. Por isso é necessária uma melhor e mais inte-ligente gestão da actividade agro-pecuária e, também oaumento de zonas de bosques e matas.

A agricultura depende do clima e do solo; se este sedesertifica ou a frequência das chuvas cai, a agricultura re-duzirá a sua producção, e este é o cenário previsto peloIPCC para Espanha. Também a afecta negativamente asmudanças bruscas de temperatura ou as chuvas torrênciais.Estes efeitos prevêm-se para os próximos anos, e como talo sector agrário e pecuário sufrerão as consequências. AFAO prevê que as zonas rurais em ambientes frágeis comoa costa, as zonas áridas e montanhosas, enfrentam-se com orisco de perda de colheitas, de gado, de pesca e de riquezaflorestal.

38

39

Para reduzir a emissão de gases com efeito de es-tufa, deveríamos ter explorações pecuárias e agrárias ecoló-gicas e de conservação. Este tipo de explorações ajuda amelhorar a fertilidade dos solos e a repartir a bio-diversi-dade, além, de reduzir o CO2. Na agricultura deve-se aban-donar a utilização de herbicidas e pesticidas, porqueempobrecem o solo, matam insectos e aves e provocamdoenças nos humanos. Outras medidas são prescindir dosfertilizantes nitrogenados e fomentar os fertilizantes orgâ-nicos. Administrar melhor a rega dos cultivos para não des-perdiçar água. Evitar a queima de podas e usar estesresíduos para bio-massa ou fertilizante. Incorporar as ener-gias renováveis. Preferir alimentar os animais com recursoslocais e assim evitar o transporte de mercadorias.

Que pode fazer um jovem rural parareduzir o impacto da mudança climática?

Estar informado e comunicar aos seus ami-gos e familiares esta realidade.

Pôr em prática as recomendações deste guiapara reduzir os gastos de energia, poupar água, não

contaminar, diminuir os resíduos e aju-dar a que o meio natural da populaçãotenha mais árvores, a que não haja in-cêndios e se incremente o respeito pelomeio-ambiente. Como se consegue isto?Participando nos programas que orga-nize a escola, estar atento em casa e in-clusivamente levando a cabo pequenasiniciativas. Cada ajuda é preciosa.

As crianças rurais vivem maisperto do campo e isto torna-os em pro-tectores dos animais, dos bosques, dosrios e mares. Muitos deles têm os seuspais ou a algum vizinho, trabalhando nomar, no campo, entre frutas, verduras,gado, mel ou madeira. Por isso, umacriança é também uma boa informadorados problemas da mudança climáticaque se avizinham e da negligência quetemos que evitar.

Com a alimentação também po-demos fazer muito para reduzir os gasesde efeito estufa.

Como? É muito fácil, comendoverduras e frutas locais e de época. Se seabusa da carne, comer mais verduras.Preferir os alimentos ecológicos e evitaro desperdício.

40

Actividades infantis

41

mária para a Comunidade Autónoma da Extremadura.

As actividades têm como objetivo implícito ajudar amelhorar o desenvolvimento de algumas competências chavepara a aprendizagem permanente e integradas nos elementoscurriculares, em linha com o Real Decreto126/2014 que es-tabelece o currículo básico da Educação Primária de 28 deFevereiro e com a recomendação 2006/962/EC, do Parla-mento Europeu e do Conselho, de 18 de Dezembro de 2006.

Os conteúdos e as actividades estão orientados paraa etapa da primária podendo o professor adaptar as activi-dades às características do seu grupo-classe, simplificando,escolhendo sessões ou fases das mesmas, segundo o seu cri-tério, tendo em atenção os diferentes níveis de desenvolvi-mento cognitivo dos alunos.

É conveniente expôr aos alunos conhecimentos teó-ricos, sobre o que esteja relacionado com as diferentes acti-vidades de desenvolvimento e que possam encontrar nomaterial que apresentamos. Seguidamente, mostramos um es-quema no qual refletimos a relação das actividades com asáreas nas quais se podem trabalhar e as competências queabrangem.

Justificação da propostadidáctica.

A sensibilização e consciencializaçãopara a necessidade de actuar e travar a mudançaclimática abrange todos os habitantes do planeta.A partir desta premissa, e com este sentimentode urgência, por actuar contra a inércia que nosestá levando a pôr perigo, devido a determinadoshábitos o nosso planeta, nasce este material edu-cativo. Quisemos elaborar este livro-guia com ex-plicações, conselhos de boas prácticas eactividades didácticas sobre a mudança climática,orientada para os alunos da instrução primária,com o objetivo de consciêncializar, desde as pri-meiras etapas da educação, para a importânciadas ações na vida quotidiana para proteger e con-servar o meio-ambiente. Acreditamos que comeste tipo de intervenções educativas podemosimplicar igualmente as famílias e o meio que osrodeia, para que o efeito deste esforço seja umbenefício que se multiplique a favor do nossomundo.

Este livro-guia tem também entre osseus objetivos e finalidades ser um complementodidático para os professores no momento de tra-balhar conteúdos de áreas principais e específicasrelacionadas com a mudança climática, com odesenvolvimento sustentável e o meio-ambiente,também como elementos transversais, comoexpõe o decreto 103/2014 de 10 de Junho peloqual se estabelece o currículo de Educação Pri-

42

ww w

w w w

w w

w

ww

ww

wwww

w

w

ww

w

wwww

w w

w

w

ww

ww

ww43

No nosso planeta sabemos que a neve tem umagrande parte da radiação luminosa e, por essemotivo os cientistas estimam que, a diminuiçãoda parcela da superficie planetária coberta pelaneve aumentará mais ainda o efeito estufa.

Actividade de consolidação e nível de com-preensão.

Estabelecer um paralelismo entre a rã ea nossa atitude perante a mudança climática. Oque é que nos acontece? O professor conside-rando a idade e o nível dos alunos poderá colo-car-lhes as seguintes questões:•Qual é a origem do calor que há na estufa?•Saberias dizer qual é a razão que explica que ocalor entre e, no entanto, não saia?•Que pensas que acontecería se pintassemos aesfera de negro? E se a tapássemos com papelde aluminio?

Realizar o jogo “Desperta a rã” disponí-vel na web do Livro-guía.

2. Actividade de conhecimentos anteriores.

Título: E tu que sabes?

Descrição. Consiste numa actividade de inves-tigação sobre os conhecimentos do tema.

Objetivos. Analizar as ideias pré-concebidas dogrupo com respeito à mudança climática, emprimero lugar. Realizar uma pequena investiga-

1 Actividade de introdução.

Título: Que salte a rã!

Descrição. Legenda e Actividade experimental sobre oefeito estufa.Objetivo. Perguntar e compreender o fenómeno do efeitoestufa.Tempo de Duração 1 hora e meia.Materiais. Uma tábua, tintas ou marcadores, uma esfera ouuma bola velha de plástico, dois termómetros e uma taça ouqueijeira de vidro, que seja de maior dimensão que a esfera.

Procedimento e desenvolvimento.

Em primeiro lugar pede-se aos alunos que pintem edecorem a esfera/bola de modo a que pareça o planeta terra,seguidamente colocá-la sobre a tábua e cobrir posteriormentecom a taça de vidro. Colocamos os termómetros dentro efora da taça.

Os elementos da experiência terão que situar-se numazona onde haja boa incidência de raios solares. No caso deque não haja deverá utilizar-se, para realizar a experiencia, umreflexo de mesa para simular o sol.

Uma hora depois, observamos os resultados e toma-mos nota dos mesmos para ter um registo.

Comprovaremos que a temperatura dentro da taçatransparente será mais elevada que a do exterior.

Se fizessemos duas simulações em paralelo, uma comum objeto brilhante no interior e outra com um objeto maisopaco, observaríamos que quanto mais brilhante é o corpo,mais luz refletirá. Essa energia refletida em forma de luz nãoé retida pela taça de vidro, e poderá sair de novo para o exte-rior. No entanto, a energía que se projecta e que se emite emforma de calor, pelo contrário, ficará uma parte retida nanossa estufa.

44

ção social, através de um inquérito a pessoas donosso meio sobre o tema, que nos podem ajudara conhecer, igualmente os conhecimentos erra-dos sobre a mudança climática e que podem serde grande valor para o seu posterior esclareci-mento.

Desenvolvimento da actividade A actividade estará dividida em duas

partes: em primero lugar, entregaremos aos alu-nos um inquérito em papel ao qual deverão res-ponder. Uma vez realizados os inquéritos,deverão entregá-los ao professor que os lerá eexaminará os conteúdos dos mesmos. Realizar-se-á um debate entre os alunos e o professor,sobre as preguntas, quais foram as suas impres-sões e quais foram as mais difíceis de respondere porquê. Em segundo lugar, deverá entregar-sea cada aluno outro inquérito com as mesmasperguntas, para que façam uma entrevista a umapessoa do seu meio sobre o tema, que deverãotrazer no dia seguinte.

Uma vez recolhidos todos os inquéritos,o professor com a informação obtida, trabalharáos conteúdos conceptuais e processuais dispo-níveis como, por exemplo, experiências simplesque ajudem a compreender e sensibilizar para otema. Esclarecerá dúvidas, ampliará a informa-ção e corregirá os erros disseminados sobre amudança climática que sejam identificados nosinquéritos realizados.

Actividade de ampliação e de nível de com-preensão.

Posteriormente, poderá realizar-se um

debate sobre a mudança climática, o qual moderará e guiaráo professor para verificar se os alunos ampliaram os seus con-hecimentos sobre a mudança climática, as causas que o pro-duzem, bem como acções concretas que se podem tomarpara travá-lo.

Modelo de inquérito:

1. Que sabes sobre a mudança climática? 2. O que é que conheces sobre este assunto? Como é queaprendeste?3. Que factores causam a mudança climática Porquê? 4. Alguma vez ouviste falar dos gases efeito estufa? Sabes emque consistem e quais são?5. Que consequências tem a mudança climática no nosso

planeta actualmente? Conheces quais terá no futuro? 6. Existe algo que possamos fazer para travar a mudança cli-mática? Poderías apontar algumas ações concretas?

3. Actividade de sensibilização sobreos recursos, a reciclagem e a mudança climática.

Título. Com olhos de artista: recreação, imaginação, re-ciclagem.

Descrição: Actividade de creatividade e consciencializaçãosobre a necessidade de reciclar os resíduos.Objetivos. Compreender a importância de descobrir novasutilizações para os resíduos. Despertar atitudes de aproveita-mento dos recursos e incentivar a reciclagem dos diversosmateriais quotidianos. Analizar as ideias pré-concebidas dogrupo relativas à mudança climática.

45

Materiais necessários. Cartolinas. Cola. Folhasde papel. Lápis de cores. Aguarelas. Marcadores.Resíduos provenientes dos lares dos alunos.Duração. Duas sessões.

Desenvolvimento.

No dia anterior à primeira sessão dojogo, o profesor informa os alunos que cada umdeve trazer para o colégio um objeto que consi-dere inutilizável, da sua casa: embalagens demetal, objetos partidos ou sem utilização, obje-tos de plástico, roupa velha, calçado em máscondições etc.

Para a primeira sessão e como primeiropasso, cada participante colocará sobre a mesao objeto que trouxe, embrulhado de tal maneiraque não se saiba o que contém o pacote. Em se-gundo lugar, o professor pedirá aos alunos quetroquen os seus objetos com os seus colegas, demaneira que ninguém conserve o seu.

O professor distribuirá folhas embranco, e indicará que abram os pacotes evejam, com olhos de inventor ou artista, o ob-jeto que lhes tenha calhado e num prazo de unsminutos, procurem e escrevam que utilizaçõespoderíam dar a esse objeto no estado em queestá.

Passados 5 ou 6 minutos cada partici-pante irá lendo as suas notas descrevendo: o ob-jeto que lhe calhou e as novas utilizações quepossa ter. Por cada utilização que o colega tenhadescrito, ser-lhe-á concedido um ponto. Quandoacabe cada aluno de descrever as utilizações quetenham encontrado, os outros colegas poderãodescrever outras utilizações que possam também

ter pensado.Contabilizarão todas as pontuações, para ver quem

conseguiu mais pontos, utilizando a sua imaginação e sagaci-dade para aproveitar os recursos disponíveis e ser capaz deos ver com outros olhos. Na segunda sessão terão que ex-pressar livremente o que lhes parece o conceito mudança cli-mática: pode ser uma palavra, uma ideia, uma frase, umsentimento, o que lhes venha à mente e toma-se nota no qua-dro das participações.

O professor pedirá que sejam formados, aleatoria-mente, grupos de 4 ou 5 alunos e que lhes seja proposto querealizem uma obra de criação inspirada nas ideias, conceitosou sentimentos que lhes tenham surgido ao falar do tema.Para levar a cabo esta tarefa, deverão, entre eles, saber quaisos materiais que vão utilizar e se vão fazer uma pintura, umacolagem, escultura, uma canção, um jogo, inventar um apa-relho,etc…

Convidar-se-ão os grupos a utilizar, para realizar assuas obras, os materiais trazidos de casa, entre outros. Osgrupos poderão trocar, para essa finalidade, os objetos entreeles.

4. Actividades de Água.

Título. A poça cinzenta e experiência” Ladrões deágua”.

Descrição. História Infantil sobre a contaminação aquáticae experiência sobre a contaminação em que observaremoso que acontece quando entram contaminantes no sistemaaquático. Objetivo. Consciencializar para o cuidado com o meio am-biente. Sensibilizar para as consequências da contaminaçãoda água. Aprender a cuidar este recurso vital.Materiais. Necessitamos 2 taças ou recipientes tipo vaso,uma faca, dois alhos franceses, dois talos de aipo, margaridas

46

Desenvolvimento e procedimento.

Deita uns dois centímetros de tintanuma das taças e a mesma quantidade de água.Limpa as flores, o alho francês e o talo do aipo.Coloca-os verticalmente na água colorida edeixa-os uns dias. Numa outra taça coloca ape-nas as flores e os outros alimentos em águalimpa. Conforme vá passando o tempo e deforma gradual verás que a água colorida foi ab-sorvida pelas flores ao fim de um ou dois dias.A cor actua como a contaminação. Ao beberesta água, as plantas absorvem todos os conta-minantes que esta tenha. A mesma situação oco-rre com todas as pessoas ou animais que bebamágua contaminada.

Actividade de consolidação e nivel de com-prensão.

Pedir aos participantes que observem eenumerem as mudanças que tenham sufrido asflores e os alimentos nas várias taças.

Perguntar a que se devem os mesmos eque conclusões podemos tirar desta observaçãopara a nossa vida cuotidiana.

Título: Jogo da contaminação da água.

Descrição. Dinâmica de grupo com compo-nente lúdico e físico..Objetivo. Compreender e interiorizar, atravésda implicação física e emocional da dinâmica, aproblemática da contaminação da água e enten-der o efeito multiplicador da contaminação.Materiais. Uma venda para os olhos, duas ba-

(ou malmequeres) brancas, tinta de cor e um jarro de água.

História

Era uma vez um menino que passeando por um bos-que pensou que ouvia um lamento triste, como se chorassemcantando. Seguiu o ruído e chegou até uma grande fonte cir-cular, misteriosa e cinzenta. Aquele soluço constante, parecíaque saía do seu lago e, ao aproximar-se das águas sujas dafonte viu um grupo de peixes cinzentos nadando em círculolentamente, de cujas bocas saía um soluço com cada voltaque davam ao lago.

Divertido com a situação, o menino apanhou um da-queles peixes incríveis que falavam, mas ao meter a mão naágua, esta ficou cinzenta até ao cotovelo, e invadiu-o umaenorme tristeza. Com o tempo que compreendeu a tristezadaqueles peixes, sentía o mesmo que sentía a terra, e sentía-se sujo e contaminado.

Retirou rapidamente a mão da água e foi-se emboracorrendo daquele lugar. Mas aquela mão continuou cinzenta,e o menino continuou a sentir-se triste.

Tentou muitas coisas para alegrar-se, mas nada fun-cionava, até que percebeu que só devolvendo a alegria à terraele também podería recuperar a sua alegria. Desde então, de-dicou-se a cuidar do campo, das plantas, da limpeza da água,e esforzava-se para que todos se comportassem de igualforma. E teve tanto êxito, que a sua mão foi recuperando asua cor, e quando o cinzento desapareceu completamente, evoltou a sentir-se alegre, atreveu-se a voltar a ver a fonte.Então, de longe, pode ouvir os cânticos alegres dos peixesde cores, que saltavam e dançavam nas águas cristalinas da-quela fonte mágica. E assim soube que a terra voltava a estaralegre, e ele também se sentiu profundamente feliz.

Autor. Pedro Pablo Sacristán

47

em pouco tempo, o que mostrará aos participan-tes como uma pequena partícula contaminantepode contaminar todo o sistema.

Actividade de consolidação e compreensão.

Solicitar aos jugadores que tirem conclu-sões sobre a contaminação, e que enumerem osvários contaminantes e, além disso, o efeito quetêm nas cadeias tróficas a propósito da vivênciado jogo.

5. Actividades de Atmósfera.

Título. Adivinha - Quanto oxigênio gasto?

Descrição. Nesta actividade as crianças apren-derão e vizualizarão de uma forma concreta,qual é a superficie de vegetação que é necessáriapara que se possa produzir o oxigênio que cadaum necessita para respirar.Objetivos. Consciencializar sobre a vital impor-tância da existência dos bosques e do planctonmarinho para manter o equilíbrio dos gases naatmosfera e para a nossa sobrevivência. Conhe-cer e identificar a relação proporcional queexiste, entre a quantidade de oxigênio que ne-cessitamos cada um de nós, para respirar cadadia e o volume de plantas imprescindíveis paraproducir este oxigênio.Tempo Necessário. 40 minutos.Materiais. Cordas, paus de madeira ou pedras,um metro, lápis e papel.

rras de tinta preta para a cara e cartazes com o nome do per-sonagem que representam.Duração. Variável.

Desenvolvimento.

O jogo é um método dinâmico e participativo deaprendizagem. Através de um jogo de captura chegaremos,com os participantes, a conclusões que poderemos extrapolarao funcionamento real dos sistemas naturais. Classificaremosos jogadores da seguinte forma:

- Partícula contaminante: 1 participante.- Plantas: 4 participantes.- Animais: 2 participantes.- Pessoa: 1 participante.- Gotas de água: resto dos participantes.

O professor ajudará a partícula contaminante a mar-car de cor negra os jogadores contaminados e exercerá de ár-bitro e moderador que, como testemunha, observa osparticipantes que tenhan sido tocados por outro contami-nado. A partícula contaminante terá os olhos vendados. Asgotas de água devem pular pela sala gritando "água vem, águavai".

Quando a partícula contaminante encontre uma gotade água esta, ficará automaticamente contaminada, que se de-verá assinalar com uma marca que seja uma gota negra natesta. As plantas devem tentar capturar todas as gotas de águaque possam, e para tal deverão agarrá-las e ao mesmo temponão soltar nenhuma. Se alguma das capturadas está contami-nada, a planta ficará automaticamente contaminada e deveráser marcada. Os animais podem capturar gotas de água ouplantas, de forma igual que no caso anterior. A pessoa devecapturar qualquer um dos anteriores.

Com o decorrer do jogo, todos ficarão contaminados

48

Desenvolvimento.

Em primero lugar, organizar-se-á umasaída ao campo ou a um jardim perto e, duranteo percurso, deverão ir colhendo paus e pedras.Uma vez chegados ao local, o professor convi-dará os alunos a deixar os paus, as pedras e ascordas num ponto e ao redor deles, farão um cír-culo no qual se sentarão. O professor investigarásobre o que sabem os participantes sobre algunsconceitos como a fotosíntese e como produzemas plantas o oxigênio. Deverá dar-se muito ên-fase em destacar que todas as plantas verdes pro-duzem oxigênio.

Deverão informar-se as crianças sobre onome da actividade para criar expectativas e mo-tivação. As crianças devem fazer uma estimativa,de que superficie de erva é necessária para pro-duzir o oxigênio que necessita uma pessoa paraviver um dia enteiro.

Posteriormente deveremos explicar-lhesque segundo alguns estudos, os humanos con-sumem 360 litros de oxigênio por dia e, que umaárea de aproximadamente 3m2, é o suficientepara cubrir a necessidade de oxigênio diária deuma pessoa. Seguidamente, solicitar-lhes queconstituam grupos de 4 ou 5 alunos e, que utili-zando os paus e pedras delimitem uma superfí-cie de erva com essas dimensões. Desta forma,verão a superficie verde que necessita cada alunopara a sua respiração diária.

Actividade de consolidação e nivelde compreensão.

Propôr questões, tais como: Tendo em

conta os conhecimentos adquiridos, qual é a área total de ve-getação necessária para que toda a classe ou toda a escola ten-ham oxigênio suficiente? Qual é a razão pela qual crees queseja possível que, em lugares ou cidades nas quais há muitopouco ou quase nenhum espaço verde, se possa respirar?

As algas marinhas junto com as selvas tropicais pro-duzem e libertam o oxigênio imprescindível para manter oequilíbrio dos gases na atmosfera, por esse motivo podemosdizer que as selvas tropicais e as algas marinhas são os pul-mões da Terra. Poderías imaginar o que nos passaría se osbosques e as algas desaparecessem por causa da contamina-ção?

Título. Operação alerta que sobe o CO2.

Descrição. A actividade consiste numa experiência para ob-servar e comprovar como a presença de CO2 faz com queaumente a temperatura num frasco de cristal. Objetivos. Visualizar a ação do CO2 com respeito ao au-mento da temperatura. Consciencializar para a importânciada redução das emissões de CO2 para a atmosfera e educarpara hábitos menos contaminantes. Relacionar este fenó-meno com a mudança climática.Temporalização. 20 minutos.Materiais. Um copo ou frasco pequeno. Dois copos devidro médios. Dois copos de vidro grandes. Dois termóme-tros de álcool pequenos. Um candeeiro e uma lâmpada demais de 60 w. Bicarbonato de sódio. Vinagre. Uma colher decafé.

Desenvolvimento

Colocar dois copos de vidro médios, com um pe-queno termómetro dentro, que marcará a temperatura do in-

49

terior de cada um dos copos. Seguidamente co-locaremos sobre os copos anteriores, tapando-os muito bem, os dois copos grandes, viradospara baixo, com a luz de um candeeiro que emitacalor. Ao final de uns minutos observaremosque a temperatura do ar, que se regista no inte-rior dos copos, começará a subir. Num pequenofrasco ou copo pequeno, que caiba dentro deum dos outros copos, misturaremos duas col-heres pequenas de bicarbonato de sódio e 40 mlde vinagre que produzirá uma reação de CO2.Rapidamente introduziremos a mistura dentrode um dos copos expostos ao foco de luz, juntoao termómetro. Passados uns minutos verifica-remos que no copo onde há uma maior concen-tração de CO2, a temperatura é mais alta, devidoa uma maior concentração de gás.

Actividade de consolidação e nível de com-preensão.

Sabías que todos emitimos CO2 na nos-sas casas? Utilizar a calculadora de emissões dapágina web do livro-guia.

Conheces algumas das consequênciasque tem uma emissão descontrolada desse gásrelativamente ao clima?, Crees que tem algumarelação com o efeito estufa?

6. Actividades de Energia.

Título. E se fazemos um forno solar?

Descrição. Construir um forno solar.

Objetivos. Consciencializar para as energias renováveis.Fazer experiências com a energia solar.Tempo de duração. 25 minutos.Materiais. Caixa de cartão de pizza. Cartolina preta. Saco deplástico transparente. Papel de aluminio.Cola. Tesouras e lápis.

Desenvolvimento

Em primero lugar, forraremos a caixa da pizza compapel de aluminio. Seguidamente cortaremos a cartolina e co-locamos a mesma na base interior da caixa. Depois coloca-remos no interior um saco de plástico, que deixe passar a luzdo sol e introduziremos no saco algum alimento como, porexemplo, uma sandes de fiambre e queijo que estará em cimada base de cartolina preta.

Uma vez que tenhamos concluído o nosso forno,vamos colocar-lo ao sol, procurando inclinar a tampa, de ma-neira que o interior não fique totalmente às escuras e possareceber a luz do sol no interior. Passados uns minutos tere-mos a nossa sandes quente e pronta para comer. Este fornopode chegar a alcançar cerca de 70% de temperatura.

Titulo. Jogo das energias renováveis.

Descrição. Jogo dinâmico sobre as diferentes energias e assuas possibilidades de permanecer e renovar-se.Objetivos. Consciencializar para a importância do uso deenergias limpas.Tempo de duração . 30 minutos.Materiais. Cartões e cartazes com os nomes das várias sedesou centrais (solar, aeólica, nuclear e carvão) e outro de lixo.

Desenvolvimento.

50

res como elementos de conservação do solo.Promover atitudes de conservação da natureza.Incentivar ações de re-florestação.Tempo de duração. 30 minutos.Materiais. Patio ou jardim, folhas de papel dejornal ou papel reciclado, pedras e giz.

Desenvolvimento.

Em primero lugar, desenha-se no solo,com giz, três quadrados de uns 20 m2. Comen-çamos o jogo dando as pautas do mesmo e re-partindo papéis entre os participantes: 4 alunosfarão de agentes erosivos: a chuva, a neve, ovento e a água. O resto serão metade árvores emetade matagais e arbustos. Os matagais e as ár-vores agarram-se ao chão graças às suas raízes.Colocar no primero quadrado delimitado, 20papéis e em cima deles colocar-se-ão os alunosque fazem de árvores e matagais, uns em posi-ção erecta e outros de cócoras ou ajoelhados. Osalunos que fazem de agentes erosivos estão pre-parados num extremo do quadrado à espera daordem do coordenador. Quando se dê o sinal,os 4 alunos deverão introducir-se no quadradoe conseguir apanhar o maior número de papéis,enquanto que as árvores e matagais os defendemcom os pés e as mãos. Também poderão dar asmãos entre eles, para dificultar a passagem dosagentes de erosão. Passados alguns minutos, ocoordenador dará a ordem de cortar e deverãoanotar os resultados de papéis obtidos, que sim-bolizam o solo fértil.

Os participantes deverão agora deslocar-se para o outro quadrado, no entanto, nesta oca-sião colocar-se-ão 20 papéis sujeitos por 12

O professor distribuirá os cartões com os nomresdos diferentes papéis a representar: Existirão 5 recursos desol, 5 de carvão, 5 de energía nuclear, 5 de vento. Além disso,existirão 4 cartões de electrodomésticos que funcionan comcada uma destas energias e um relâmpago.

No lugar onde se realize esta actividade, colocaremosem quatro esquinas 4 cartazes com os nomes das centrais,onde se armazenarão os recursos próprios e noutro lugar, ocartaz do lixo.

Os participantes que tenham os papéis de recursos,através de mímica, terão que reconhecer-se entre si e de mãosdadas, dirigir-se à sua central ou sede. Seguidamente os dife-rentes electrodomésticos (frigorífico, cozinha, esquentador eventoinha) representando o seu papel e por mímica, dirigir-se-ão cada um a uma central, estenderá a sua mão e quandoum recurso se junte a ele começará a funcionar correndo peloespaço. Se o relâmpago lhes toca as mãos, romperá o recursoe se não é renovável terá que ir para o lixo. Neste caso, a re-novável, volta à sua central. O electrodoméstico voltará à sededa central para procurar outro recurso para funcionar. O jogotermina quando se acabam os recursos fósseis.

Actividade complemenária e de consolidação.

Enumerar quais são as energías limpas e sujas e tiraras conclusões sobre as consequências do uso de cada umadelas.

7. Actividades Solo Título: Não me tires a proteção!

Descrição. Actividade lúdica e dinâmica sobre o papel fun-damental das árvores para proteger o solo e evitar a deserti-zação.Objetivos. Compreender a importância da função das árvo-

51

Objetivos. Aprender uma técnica de refloresta-ção simples e eficiente, com a finalidade de mel-horar a natureza, criar escapes de CO2 eproteger o solo fértil. Tempo de duração. Duas sessões: uma deaproximandamente 30 minutos para realizar asbolas e outra para semear na zona designada.Materiais. Um alguidar para cada 4 ou 5 crian-ças. 400 gramos de argila. 100 gramos de adubo,humus ou estrume. 100 gramos de varias semen-tes gramíneas, leguminosas, arbustos e árvoresnativas de cada zona. Pimenta ou tomilho. Água

Desenvolvimento.

Em primero lugar explicamos aos alu-nos o que vamos fazer e qual é o processo degerminação de cada semente que vamos a utili-zar, em que ordem o farão e que função cum-prirá cada uma. As gramíneas e leguminosasgerminarão primeiro, arando o solo, criando ummicro-clima e fornecendo nutrientes, como é ocaso das leguminosas, que fixam o nitrogênio,para que desta forma sejam criadas as condiçõesfavoráveis de temperatura para a seguinte suces-são: arbustiva-arborea.

A técnica consiste em encapsular as se-mentes em argila que actuará como proteção eproporcionará um meio adequado para a suagerminação. Poremos as sementes das legumi-nosas de molho umas três ou quatro horas antes,para evitar que absorvam de imediato a água daargila e rompam a bola ao expandir-se.

Colocaremos todos os materiais numamesa protegida com plásticos.

As instruções são as seguintes.

alunos, entre árvores e matagais e os outros 12 por pedras.Então, volta-se a dar a sinal de início à chuva, neve etc. Pas-sados uns minutos manda-se parar e voltam-se a contar no-vamente os papéis obtidos no mesmo tempo.

Por último, os alunos que fazem de agentes erosivos,penetrarão no último quadrado, que terá 20 papéis sujeitosunicamente por pedras e repetirá a mesma sequência de darum sinal, de início e outra de finalizar quando tenham recol-hido todos os papéis. Esta operação se realizará em muitomenos tempo devido a que o solo já sofreu a erosão. Ano-tar-se-á igualmente o tempo que se necessitou para recolhertodos os papéis.

Para finalizar o professor deverá ver os resultados ob-tidos nos três casos. Falará sobre a importância das árvorese da vegetação para fixar e proteger a parte vegetal coberta,e do grande problema e riscos que supõe a devastação dasflorestas.

Actividade de consolidação e nível de compreensão.

Com os dados facilitados, pedirá aos alunos que ver-balizem as conclusões às quais chegaram depois desta úlitmadinâmica, e proponham ações concretas e de boas prácticaspara evitar a erosão do solo.

Título Dando soluções, implicando as nossas mãos.

Descrição. Workshop práctico de técnica de reflorestaçãojaponesa, denominada Nendo dango, que significa bolas deargila. Trata-se de fazer pequenas bolas de argila, com semen-tes de diferentes espécies de árvores e arbustos, espalhar estasbolas sobre o terreno. A capa de argila, uma vez que se seque,evita que as sementes se convertam em alimento de pássaros,roedores e outros animais, e é a chuva a que liberta as futurasárvores da sua casca e as ajuda a germinar.

52

Misturamos argila + sementes de tamanho pe-queno + adubo. Acrescentamos a pimenta ou otomilho que actuam como repelentes para pro-teger as bolas dos animais. Acrescentamos aágua à mistura anterior. Amassamos bem atéconseguir uma pasta consistente. Fazemos comesta mistura, uma espécie de disco semelhante auma pizza pequena, à qual damos uns pequenosgolpes para extrair o ar da mistura, e no centrometemos a semente da árvore, fazemos um pe-queno casulo em forma de bola de uns 2 ou 3centímetros, socorrendo-nos da mesa ou com asmãos. Deixamos que se sequem. No Verão éconveniente secá-las à sombra para que não sequebrem e no Inverno convém secá-las rapida-mente ao sol. Espalhamos as bolas Nendodango pelas áreas que queremos reflorestar ouenriquecer…O melhor momento para levar acabo a reflorestação é no Outono por ser aépoca da chuvas.

Actividade complementária e consolidação.

Projeção do filme de desenhos anima-dos “O homem que plantava árvores” baseadona novela de Jean Giono.http://www.youtube.com/watch?v=ZSeC67YOFn8

Também se pode propôr a realização dareflorestação com a participação a nível globalde toda a escola, implicando as famílias, numazona próxima, na qual tenha havido recente-mente incêndios.

.

53

Glossário

54

Efeito estufa: Os gases de efeito estufa retêmo calor dentro do sistema da atmosfera terres-tre. A isto chamamos o ‘efeito estufa natural.’Um aumento da concentração de gases deefeito estufa produz um aumento da opacidadeinfra-vermelha da atmosfera, e isto provocaum desequilíbrio que apenas pode ser compen-sado com um aumento da temperatura.Energias renováveis: Fontes de energia quesão sustentáveis, e com tecnologias não basea-das no carbono, como por exemplo: a solar, ahidrológica e a eólica, além, das tecnologiasneutras em carbono, como a bio-massa.Fotosíntese: Processo pelo qual as plantas ab-sorvem dióxido de carbono (CO2) do ar paraproduzir hidratos de carbono, emitindo oxigê-nio (O2) durante o processo. Hidroesfera: Componente do sistema climá-tico que está composta pela superficie líquida eáguas subterrâneas, como os oceanos, mares,rios, lagos de água doce, águas subterrâneas,etc.Mudanças Climáticas: Variação estatística doestado médio do clima que persiste duranteum período prolongado. A mudança climáticapoderá dever-se a processos naturais ou a mu-danças persistentes antropogênicas na compo-sição da atmosfera.Protocolo de Kyoto: O Protocolo de Kyoto,proposto durante a Macro Convenção das Na-ções Unidas sobre as Mudanças Climáticas, foiadoptado em 1997 em Kyoto no Japão. Com-preende uns compromissos legais vinculantes,onde os governos acordaram a redução dassuas emissões antropogênicas de gases deefeito estufa.

Antropogênica: Produzido por ações humanas.Atmosfera: Capa gasosa que rodeia a Terra.Camada de ozono: A estratosfera contém uma capa emque a concentração de ozono é maior, e que se denominacomo camada de ozono. Esta capa tem uma extensão de 12a 40 km. Cada ano, durante a primavera do Hemisfério Sul,produz-se um importante esgotamento da camada deozono na região antártica, o que também é devido aoscompostos com cloro e brometo derivados da actividadehumana, juntamente com as condições meteorológicasdesta zona. Este fenómeno denomina-se o buraco da ca-mada de ozono.Clima: En sentido estrito, pode-se definir o clima como‘estado médio do tempo’. Combustíveis fosséis: Combustíveis baseados em car-bono: o petróleo, o gás natural e o carvão.Criosfera: Componente do sistema climático que consisteno conjunto formado pela neve, gelo e glaciares.Desenvolvimento sustentável: Desenvolvimento queatende às necessidades actuais sem comprometer a capaci-dade das generações futuras para satisfazer as suas própriasnecessidades.Dióxido de carbono (CO2): Gás que se produz de formanatural, e também como sub-produto da combustão decombustíveis fosséis e bio-massa, mudanças na formacomo se utilizam as terras e outros processos industriais.Trata-se do principal gás de efeito estufa antropogênico queafecta o equilíbrio de radiação do planeta.

55

desperta!