deslocalização empresarial
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Deslocalização Empresarial
2. Internacionalização e Deslocalização2.1. O que é a Internacionalização e a Deslocalização
Empresarial?
Internacionalização
Está relacionada com um conjunto de fluxos e trocas;
Compreende todo o tipo de intervenção nos mercados externos;
Está ligada a uma vontade de tirar proveito de uma concentração industrial crescente.
2. Internacionalização e Deslocalização2.1. O que é a Internacionalização e a Deslocalização
Empresarial?
Deslocalização
Movimento de empresas ou unidades produtivas entre países;
Ocorre por decisão empresarial e por motivos económicos;
Tem por objectivo principal a redução dos custos de produção.
2. Internacionalização e Deslocalização2.2. Que impacto traz para a população a Deslocalização
Empresarial?
Movimentos de pessoas/famílias – com a finalidade de
manter os postos de trabalho;
Na impossibilidade de mudança integral da família -
destruição da ligação económica com a sociedade;
Crise social – para o país de saída;
Oportunidades de trabalho e de negócio – para o país de
entrada.
3. Quais os motivos que levam à Deslocalização Empresarial?
Relação preço/qualificação da mão de obra;
Legislação laboral e fiscal;
Concorrência;
Custos de transportes e comunicações;
Dimensão e localização dos mercados;
Tecnologia;
Relação preço/qualidade dos inputs;
Acompanhamento de clientes e fornecedores.
4. De que forma a Globalização “influencia” este processo?
A Globalização remete para a procura e a oferta global;
Conduz à necessidade de satisfazer a procura em duas vertentes:
• fácil e rápido acesso à informação sobre o produto;• preço eficaz.
Para fazer face à procura a oferta tende a deslocalizar-se.
4. De que forma a Globalização “influencia” este processo?
Para responder a esta procura global, a oferta tende a
deslocalizar-se para onde os factores de produção (mão-de-
obra, formação, conhecimento, capital, infra-estruturas) sejam
os mais adequados aos produtos a conceber, a fabricar, a
distribuir, etc.
5. Que consequências traz a Deslocalização Empresarial?5.1. Para o país de entrada
5.1.1. Vantagens
Aumento do investimento directo estrangeiro (IDE);
Aumento do emprego;
Aumento do rendimento disponível da população;
Aumento do consumo;
Maior crescimento da economia nacional;
Maior integração dos países de acolhimento no mercado global;
Novas oportunidades para as pequenas e médias empresas dos
países de entrada.
5. Que consequências traz a Deslocalização Empresarial?5.1. Para o país de entrada
5.1.2. Desvantagens
Exploração da mão-de-obra;
PME’s do país de acolhimento absorvidas pelas grandes empresas e diminuição do número de postos de trabalho;
Diminuição do poder dos Estados nacionais;
Acentuação da diferença entre países ricos e países pobres.
5. Que consequências traz a Deslocalização Empresarial?5.2. Para o país de saída
5.1.1. Vantagens
5. Que consequências traz a Deslocalização Empresarial?5.1. Para o país de saída
5.2.1. Desvantagens
Perda de postos de trabalho;
Aumento dos encargos sociais por parte do Estado, mais pessoas
precisam de receber subsídios;
Este aumento poderá levar a um aumento dos impostos, de modo
a suprimir as novas despesas;
5. Que consequências traz a Deslocalização Empresarial?5.1. Para o país de saída
5.2.1. Desvantagens
A diminuição do rendimento das famílias faz com que o seu poder
de compra fique reduzido;
Consequentemente ocorre uma baixa do consumo;
Diminuição do investimento directo estrangeiro resulta numa
menor taxa de crescimento do PIB.
6. O papel do Estado perante a problemática da Deslocalização Empresarial
6.1. Que acções têm vindo a ser tomadas no sentido de minimizar os efeitos da deslocalização?
Por parte da União Europeia
Criação de um fundo de apoio às vítimas da globalização (FSE);
Restringir os apoios à instalação de empresas à primeira vez;
Criação de núcleos de intervenção rápida;
Aposta na deslocação de técnicos do Instituto do Emprego e
Formação Profissional (IEFP) para as regiões mais atingidas.
6. O papel do Estado perante a problemática da Deslocalização Empresarial
6.1. Que acções têm vindo a ser tomadas no sentido de minimizar os efeitos da deslocalização?
Por parte do Estado Português (Estratégia de Lisboa)
Reforçar a educação e qualificação dos portugueses;
Promover a criação de emprego;
Atrair e reter o maior número de pessoas no emprego
prevenindo e combatendo o desemprego, nomeadamente dos
jovens;
6. O papel do Estado perante a problemática da Deslocalização Empresarial
6.1. Que acções têm vindo a ser tomadas no sentido de minimizar os efeitos da deslocalização?
Por parte do Estado Português (Estratégia de Lisboa)
Gerir de forma preventiva e precoce os processos de
reestruturação e deslocalização empresarial;
Promover a flexibilidade com segurança no emprego;
Modernizar o sistema de protecção social.
6. O papel do Estado perante a problemática da Deslocalização Empresarial
6.2. Quais os planos futuros relacionados com a Deslocalização Empresarial?
Todo o investimento suportado por ajuda pública terá um
tempo mínimo de duração igual ou superior a 5 anos;
O Governo certifica-se do cumprimento das condições
contratuais assumidas (termo ou mudança de localização);
À falta de cumprimento a empresa fica obrigada ao reembolso
das ajudas públicas;
As empresas ficam impedidas de apresentar candidatura a
novas ajudas públicas nos cinco anos subsequentes ao processo
de deslocalização ou encerramento;
6. O papel do Estado perante a problemática da Deslocalização Empresarial
6.2. Quais os planos futuros relacionados com a Deslocalização Empresarial?
Os bens das empresas que violem as condições contratuais
ficam sujeitos a apreensão decretado judicialmente;
Os trabalhadores alvo de processos de despedimento na
sequência da deslocalização têm direito a uma indemnização;
Em empresas de dimensão comunitária será obrigatoriamente
constituído um Conselho de Empresa Europeu.
É instituído um Fundo Extraordinário de Apoio à Criação de
Emprego com vista à recuperação da actividade económica e
manutenção ou criação de postos de trabalho.
6. O papel do Estado perante a problemática da Deslocalização Empresarial
6.2. Quais os destinos mais aliciantes ao IDE nos dias de hoje?
Constituem receitas do Fundo Extraordinário:
a) Valores resultantes dos reembolsos e indemnizações;
b) Dotações do Orçamento do Estado;
c) Comparticipações, subsídios ou donativos;
d) Rendimento dos bens que fruir a qualquer título;
e) Produto de heranças.
7. Qual a situação de Portugal da actualidade?
As deslocalizações, desde 2002 provocaram a perda de 0,11%
de postos de trabalho do total da população empregada;
Os têxteis, vestuário, calçado e sector automóvel,
representam cerca de 45% das exportações portuguesas;
O emprego revelou-se mais afectado no sector automóvel;
Portugal mantém a 15ª posição como destino preferido pelos
investidores estrangeiros ao nível da União Europeia;
7. Qual a situação de Portugal da actualidade?
Portugal ocupa o 46ª lugar na preferência das empresas que
decidem deslocalizar os seus serviços para outros países no ranking
dos 50 destinos mundiais mais vantajosos
Algumas empresas continuam a investir em Portugal:
GreenCyber: 80 milhões de euros
Autoeuropa: 2,4 mil milhões de euros e 500 postos de emprego
IKEA: entre os 50 e os 100 milhões de euros de investimento e
500 novos postos de trabalho
8. Quais os destinos mais aliciantes ao IDE nos dias de hoje?
Ásia - Índia e China;
Europa de Leste – Polónia, Hungria e Roménia;
Países da União Europeia - República Checa, Hungria e
Eslováquia;
Portugal é o 15º país de destino preferido a nível da União
Europeia;
Países de Leste lideram as taxas de crescimento do IDE devido
a:
a) salários baixos;
b) taxas impostos atractivas;
c) mão-de-obra qualificada.
9. Possíveis soluções para a redução do impacto da Deslocalização?
Centrar as atenções na educação, formação e qualificação profissional;
Investir na Investigação e Desenvolvimento;
Aplicar uma política da concorrência;
Sensibilizar os consumidores;
Facilitar o trabalho das empresas;
Fomentar o espírito empresarial;
Conceber e aplicar políticas sociais de acompanhamento;
Mercados globais abertos e competitivos.