desinfecção térmica - fernando bensoussan

2
20/05/13 mail.uol.com.br/main/print_message?uid=NTY3MDI&folder=INBOX mail.uol.com.br/main/print_message?uid=NTY3MDI&folder=INBOX 1/2 De : Fernando H Bensoussan Para: Sérgio F. Gnipper Cópia: Marcos Bensoussan Assunto: Re: Desinfecção legionelas Data: 22/04/2013 18:15 Std188P_3rd... .pdf 215.33 KB Re: Desinfecção legionelas Sérgio, A questão da desinfecção é bastante complexa e muitas vezes depende de cada caso e normalmente as normas não possuem uma solução pronta. Marcos da SETRI (que nos lê em cópia) me confirmou agora pouco que a presença dele na reunião de quarta de manhã e creio que ele possa auxiliar nessa questão. A ASHRAE 188P (que está atualmente na última revisão e deverá logo ser publicada) fornece orientações que estão bem alinhadas com as demais recomendações técnicas internacionalmente aceitas. Estou lhe enviando em anexo a mesma norma (que como não fui publicada ainda, está disponível gratuitamente no site da ASHRAE). As recomendações detalhadas estão em 8.1.5.1 e 8.1.5.2. que copiei no fim deste email para uma consulta mais rápida. De forma bastante objetiva, a resposta a suas perguntas seriam: a) (1) entre 71 e 77°C (2) purga de todas as saídas do sistemas por um tempo recomendável de 30 min (3) a literatura normalmente não possui recomendações rotineiras de desinfecção por temperatura se as temperaturas de armazenamento e circulação são normalmente atingidas. Uma desinfecção deverá ser realizada em caso de I. suspeitas ou confirmações de pessoas infectadas por meio do sistema de água, II. confirmação de alta concentração de legionella no sistema (em especial quando o sistema é utilizado por pessoas susceptíveis - por ex. em hospitais), III. quando uma avaliação de risco de legionella apontar a necessidade de desinfecção emergencial ou rotineira b) (1) residual livre entre 20 e 50 ppm (2) tempo de contato depende da quantidade de cloro residual (ex. 1 hora com residual de 50 ppm ou 2 horas com residual de 20 ppm) (3) a literatura normalmente não possui recomendações rotineiras de desinfecção por temperatura se as temperaturas de armazenamento e circulação são normalmente atingidas. Uma desinfecção deverá ser realizada em caso de I. suspeitas ou confirmações de pessoas infectadas por meio do sistema de água, II. confirmação de alta concentração de legionella no sistema (em especial quando o sistema é utilizado por pessoas susceptíveis - por ex. em hospitais), III. quando uma avaliação de risco de legionella apontar a necessidade de desinfecção emergencial ou rotineira OBS - Quantidades menores de residual de cloro podem ser utilizadas para remediações ou desinfecções rotineiras. Sabemos que alta concentração de residual de cloro pode ocasionar diversos danos ao sistema (como a corrosão) e por isso não são normalmente rotineiras, mas apenas como desinfecção emergencial. Dessa forma que a prevenção é sempre a opção mais desejada e mais fácil de ser administrada. Inclusive, é importante ainda no projeto poder-se prever a capacidade do sistema em passar por essas desinfecções sem grandes danos ou complicações. Valores mais baixos de residual de cloro podem ser utilizados desde que se respeite o aumento de tempo de contato e um controle rigoroso do pH para a desinfecção ser bem sucedida(possivelmente o Marcos que estará na reunião na quarta poderá fornecer melhores informações quanto a isso) TRECHO da ASHRAE 188P 8.1.5 Emergency Disinfection. The HACCP plan shall include procedures to be followed if there are suspected legionellosis health problems associated with the use of potable water in a building system. The plan shall include any directions given by state and local health department authorities. When an outbreak of legionellosis has been associated with a potable water system or suspected cases of the disease occur, disinfection shall be performed. These procedures shall include criteria for when and where to test for Legionella in the potable water. The method of emergency disinfection shall be thermal or chemical or any combination. Point-of-use filtration (0.2 micrometer) may be used for Legionella control at specific taps and faucets. Note: Emergency disinfection of hot and cold water systems is potentially hazardous and can cause increased corrosion rates in the potable water system. Routinely performing these procedures can significantly impact equipment/piping lifecycles and is therefore not recommended. Note: Combining thermal shock (see Section 8.1.5.1.1) and chemical disinfection (see Section 8.1.5.1.2 or 8.1.5.2) is the most effective method of emergency disinfection. Note: After emergency disinfection, re-colonization is likely to occur unless proper temperatures are maintained or a continuous disinfectant residual is maintained or other design/maintenance conditions that caused the problem are corrected. Note: Point-of-Use filtration does not disinfect a system. It provides hazard control at the point of use only. 8.1.5.1.1 A method for emergency disinfection of contaminated hot water systems is thermal shock treatment to be implemented using the following procedure: a) local building and sanitary codes shall be used to set temperature limits b) building occupants and facility personnel shall be informed that disinfection with water temperatures that could cause scalding will be used c) water temperatures shall be maintained at 71-77°C (160-170°F) while progressively flushing each outlet in the system d) a flush time of thirty minutes shall be attempted. The intent is to provide thermal eradication for as long as possible up to thirty minutes; the outlet flow rate shall not surpass the capacity of water heaters to maintain temperature. Note: Flushing should be performed in a manner that reduces the risk of scalding and, in healthcare facilities, minimizes aerosolization of potable water in patient-care areas. This can be accomplished by flushing to waste upstream of outlets, flushing risers and recirculation loops from outlets not used by or near patients, and by flushing outlets in patient rooms at low flow or with aerators removed. 8.1.5.1.2 A method for emergency disinfection of contaminated hot water systems is hyper-halogenation

Upload: sergio-gnipper

Post on 04-Dec-2015

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Desinfecção Térmica - Fernando Bensoussan

20/05/13 mail.uol.com.br/main/print_message?uid=NTY3MDI&folder=INBOX

mail.uol.com.br/main/print_message?uid=NTY3MDI&folder=INBOX 1/2

De: Fernando H Bensoussan

Para: Sérgio F. Gnipper

Cópia: Marcos Bensoussan

Assunto: Re: Desinfecção legionelas

Data: 22/04/2013 18:15

Std188P_3rd... .pdf 215.33 KB

Re: Desinfecção legionelas

Sérgio,

A questão da desinfecção é bastante complexa e muitas vezes depende de cada caso e normalmente as normas não possuem uma solução pronta.Marcos da SETRI (que nos lê em cópia) me confirmou agora pouco que a presença dele na reunião de quarta de manhã e creio que ele possa auxiliarnessa questão.

A ASHRAE 188P (que está atualmente na última revisão e deverá logo ser publicada) fornece orientações que estão bem alinhadas com as demaisrecomendações técnicas internacionalmente aceitas. Estou lhe enviando em anexo a mesma norma (que como não fui publicada ainda, estádisponível gratuitamente no site da ASHRAE). As recomendações detalhadas estão em 8.1.5.1 e 8.1.5.2. que copiei no fim deste email para umaconsulta mais rápida.

De forma bastante objetiva, a resposta a suas perguntas seriam:

a) (1) entre 71 e 77°C (2) purga de todas as saídas do sistemas por um tempo recomendável de 30 min (3) a literatura normalmente não possuirecomendações rotineiras de desinfecção por temperatura se as temperaturas de armazenamento e circulação são normalmente atingidas. Umadesinfecção deverá ser realizada em caso de I. suspeitas ou confirmações de pessoas infectadas por meio do sistema de água, II. confirmação dealta concentração de legionella no sistema (em especial quando o sistema é utilizado por pessoas susceptíveis - por ex. em hospitais), III. quandouma avaliação de risco de legionella apontar a necessidade de desinfecção emergencial ou rotineira

b) (1) residual livre entre 20 e 50 ppm (2) tempo de contato depende da quantidade de cloro residual (ex. 1 hora com residual de 50 ppm ou 2 horascom residual de 20 ppm) (3) a literatura normalmente não possui recomendações rotineiras de desinfecção por temperatura se as temperaturas dearmazenamento e circulação são normalmente atingidas. Uma desinfecção deverá ser realizada em caso de I. suspeitas ou confirmações depessoas infectadas por meio do sistema de água, II. confirmação de alta concentração de legionella no sistema (em especial quando o sistema éutilizado por pessoas susceptíveis - por ex. em hospitais), III. quando uma avaliação de risco de legionella apontar a necessidade de desinfecçãoemergencial ou rotineira

OBS - Quantidades menores de residual de cloro podem ser utilizadas para remediações ou desinfecções rotineiras. Sabemos que alta concentraçãode residual de cloro pode ocasionar diversos danos ao sistema (como a corrosão) e por isso não são normalmente rotineiras, mas apenas comodesinfecção emergencial. Dessa forma que a prevenção é sempre a opção mais desejada e mais fácil de ser administrada. Inclusive, é importanteainda no projeto poder-se prever a capacidade do sistema em passar por essas desinfecções sem grandes danos ou complicações. Valores maisbaixos de residual de cloro podem ser utilizados desde que se respeite o aumento de tempo de contato e um controle rigoroso do pHpara a desinfecção ser bem sucedida(possivelmente o Marcos que estará na reunião na quarta poderá fornecer melhores informações quanto aisso)

TRECHO da ASHRAE 188P

8.1.5 Emergency Disinfection. The HACCP plan shall include procedures to be followed if there aresuspected legionellosis health problems associated with the use of potable water in a building system.The plan shall include any directions given by state and local health department authorities. When anoutbreak of legionellosis has been associated with a potable water system or suspected cases of thedisease occur, disinfection shall be performed. These procedures shall include criteria for when andwhere to test for Legionella in the potable water. The method of emergency disinfection shall be thermalor chemical or any combination. Point-of-use filtration (0.2 micrometer) may be used for Legionella controlat specific taps and faucets.Note: Emergency disinfection of hot and cold water systems is potentially hazardous and can causeincreased corrosion rates in the potable water system. Routinely performing these procedures cansignificantly impact equipment/piping lifecycles and is therefore not recommended.Note: Combining thermal shock (see Section 8.1.5.1.1) and chemical disinfection (see Section 8.1.5.1.2or 8.1.5.2) is the most effective method of emergency disinfection.Note: After emergency disinfection, re-colonization is likely to occur unless proper temperatures aremaintained or a continuous disinfectant residual is maintained or other design/maintenance conditionsthat caused the problem are corrected.Note: Point-of-Use filtration does not disinfect a system. It provides hazard control at the point of useonly.8.1.5.1.1 A method for emergency disinfection of contaminated hot water systems is thermal shocktreatment to be implemented using the following procedure:a) local building and sanitary codes shall be used to set temperature limitsb) building occupants and facility personnel shall be informed that disinfection with watertemperatures that could cause scalding will be usedc) water temperatures shall be maintained at 71-77°C (160-170°F) while progressively flushing eachoutlet in the systemd) a flush time of thirty minutes shall be attempted. The intent is to provide thermal eradication for aslong as possible up to thirty minutes; the outlet flow rate shall not surpass the capacity of waterheaters to maintain temperature.Note: Flushing should be performed in a manner that reduces the risk of scalding and, in healthcarefacilities, minimizes aerosolization of potable water in patient-care areas. This can be accomplished byflushing to waste upstream of outlets, flushing risers and recirculation loops from outlets not used by ornear patients, and by flushing outlets in patient rooms at low flow or with aerators removed.8.1.5.1.2 A method for emergency disinfection of contaminated hot water systems is hyper-halogenation

Page 2: Desinfecção Térmica - Fernando Bensoussan

20/05/13 mail.uol.com.br/main/print_message?uid=NTY3MDI&folder=INBOX

mail.uol.com.br/main/print_message?uid=NTY3MDI&folder=INBOX 2/2

using the following procedure:a) building occupants and facility personnel shall be informed that halogen disinfection withconcentrations exceeding EPA allowable limits for drinking water will be usedb) an EPA-registered and labeled drinking water product shall be added in accordance with usedirections for the EPA-labeled productc) all outlets shall be flushed until halogen concentration at representative distal taps andfaucets is confirmed by measurement and documentedd) close all outlets and disinfect with halogen for a minimum of 2 hours (not to exceed 24 hours).e) thoroughly flush all outlets. Measure halogen concentration at representative outlets toconfirm it is within EPA limits before reuse of the system.Example: One EPA approved halogen is chlorine. If using chlorine for disinfection, the level of freeresidual chlorine should be raised to 20-50 mg/L (ppm) of free residual oxidant, as chlorine andmaintained at approximately 50 mg/L (ppm) for one hour or at approximately 20 mg/L (ppm) for twohours. The pH of the water should be maintained below pH 8.0. Water pH above 8.0 will significantlyreduce chlorine disinfection efficacy. (Note: If chlorine dioxide is used, pH control is not required)

8.1.5.2 Cold Water Systems. Emergency disinfection of the cold potable water system shall be achievedby the following halogenation procedure:a) building occupants and facility personnel shall be informed that halogen disinfection withconcentrations exceeding EPA allowable limits for drinking water will be used in the procedureb) an EPA-registered and labeled drinking water product shall be added to the cold water system inaccordance with use directions for the EPA-labeled productc) all outlets shall be flushed until halogen concentration at representative distal taps and faucets isconfirmed by measurement and documentedd) close all outlets and disinfect with halogen for a minimum of 2 hours (not to exceed 24 hours)e) thoroughly flush all outlets. Measure halogen concentration at representative outlets to confirm itis within EPA limits before reuse of the system.Example: One EPA approved halogen is chlorine. If using chlorine for disinfection, the level of freeresidual chlorine should be raised to 20-50 mg/L (ppm) of free residual oxidant, as chlorine andmaintained at approximately 50 mg/L (ppm) for one hour or at approximately 20 mg/L (ppm) for twohours. The pH of the water should be maintained below pH 8.0. Water pH above 8.0 will significantlyreduce chlorine disinfection efficacy. (Note: If chlorine dioxide is used, pH control is not required)

Fernando H. BensoussanSETRI Consultoria em Sustentabilidade Ltda

Cel: +55 11 97695-2829 | Tel: +55 11 5096-1580

Skype: fhfbensoussan | Site: setri.com.br

pa03cr

2013/4/20 Sérgio F. Gnipper <[email protected]>Prezado Fernando, Veja se é possível contribuir com mais estas informações, para inclusão no texto base da norma de AF-AQ: a) desinfecção térmica do sistema de água quente: (1) qual ou quais as temperaturas recomendadas, (2) qual o tempomínimo de contato e (3) qual a periodicidade recomendada para o procedimento? b) desinfecção química do sistema de água fria: (1) qual a concentração mínima de cloro recomendada, (2) qual o tempomínimo de contato e (3) qual a periodicidade recomendada para o procedimento? Um abraço, Sérgio F. Gnipper (41) 9927-7523(41) 3254-8713

Lembre-se: sua senha de acesso no UOL Mail é secreta; não a informe a ninguém.O UOL Mail jamais solicitará sua senha por e-mail ou por telefone. Trocar senha.