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ADRIENNE FRANCISCA JAEGER PROFª Drª SILVIA MARIA BATISTA DE SOUZA DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA INCOPORAÇÃO DO FÁRMACO Assis - SP 2012

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ADRIENNE FRANCISCA JAEGER PROFordf Drordf SILVIA MARIA BATISTA DE SOUZA

DESENVOLVIMENTO DE NANOCAacutePSULAS PARA INCOPORACcedilAtildeO DO FAacuteRMACO

Assis - SP 2012

ADRIENNE FRANCISCA JAEGER

DESENVOLVIMENTO DE NANOCAacutePSULAS PARA

INCOPORACcedilAtildeO DO FAacuteRMACO

Trabalho de apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) do Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis IMESA e a Fundaccedilatildeo Educacional do Municiacutepio de Assis FEMA Orientanda Adrienne Francisca Jaeger Orientadora Profordf Drordf Silvia Maria Batista de Souza Linha de Pesquisa Ciecircncias Exatas e da Terra

Assis 2012

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas09 Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees10 Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma11 Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose15 Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose18 Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal (B) LTA forma vegetante (C) e (D) diagnoacutestico diferencial da LTA19 Figura 7 (A) LTA forma hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa (C) e (D) diagnoacutestico diferencial da LTA19 Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B21 Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico24 Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas27 Figura 11 - Experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas (a) Mistura de fases com a anfotericina B (b) Mistura de fases na ausecircncia de anfotericina B28 Figura 11 - Experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas (c) Emulsatildeo (d) Nanocaacutepsulas em suspensatildeo (e) Nanocaacutepsulas centrifugadas29 Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico30 Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico31

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05 2 NANOTECNOLOGIA07 21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA08

3 NANOCAacutePSULAS12 31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO13 32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL13 321 Poliacutemeros naturais14 3211 Carboxilmetilcelulose14 322 Poliacutemeros naturais modificados15 323 Poliacutemeros sinteacuteticos16

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL16 34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULA16 341 Meacutetodo Mecacircnico16 342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico17

4 LEISHMANIOSE18 5 ANFOTERISINA B21 6 TENSOATIVO23 7 METODOLOGIA25 71 MATERIAIS E REAGENTES25 72 VIDRARIAS25 73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL26

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO28 9 CONCLUSAtildeO32 REFEREcircNCIAS33

5

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os avanccedilos nas pesquisas na aacuterea de liberaccedilatildeo controlada refletem uma tendecircncia tecnoloacutegica

-se esta revoluccedilatildeo de

nanotecnologia cujo termo eacute originaacuterio de uma unidade de medida que equivale a 10-9 metros

(um milioneacutesimo de miliacutemetro)

Os benefiacutecios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as aacutereas desde chips de

computadores cada vez menores ateacute sistemas mais eficientes para veicular e aumentar a eficaacutecia

dos faacutermacos no organismo Dentre os sistemas propostos encontra-se uma nanoestrutura

chamada nanocaacutepsula que eacute um sistema tecnoloacutegico disponiacutevel para incorporaccedilatildeo de substacircncias

ativas (SCHAFFAZICK et al 2003)

Assim como as nanocaacutepsulas tem outros compartimentos que podem atuar como veiacuteculos de

transporte de princiacutepios ativos como as nanoesferas e lipossomas As nanoesferas diferem da

nanocaacutepsulas por natildeo apresentar oacuteleo em sua composiccedilatildeo satildeo formadas por uma matriz

polimeacuterica onde o princiacutepio ativo fica retido ou adsorvido Jaacute os lipossomos apresentam algumas

desvantagens em relaccedilatildeo aos outros veiacuteculos de transporte Devido aacute sua constituiccedilatildeo lipiacutedica os

lipossomos liberam os princiacutepios ativos existentes em seu interior jaacute no primeiro contato

realizado com o manto hidrolipiacutedico causando concentraccedilatildeo pontual e natildeo entregando seus

princiacutepios ativos no ponto ideal aleacutem disso sua composiccedilatildeo favorece a oxidaccedilatildeo

comprometendo a qualidade de seu conteuacutedo (PIMENTEL et al 2007 PIATTI 2011)

As nanocaacutepsulas que satildeo constituiacutedas por um invoacutelucro polimeacuterico disposto ao redor de um

nuacutecleo oleoso podendo o princiacutepio ativo estar dissolvido neste nuacutecleo eou adsorvido agrave parte

polimeacuterica (SCHAFFAZICK et al 2003 NECKEL SENNA 2005)

Esse tipo de liberaccedilatildeo controlada proporciona um modo diferente de carregar e distribuir as

substacircncias ativas oferecendo a vantagens como maior eficaacutecia terapecircutica liberaccedilatildeo

progressiva e controlada do princiacutepio ativo proteger a substacircncia ativa de possiacuteveis degradaccedilotildees

6

por diminuir seu contato com o restante da formulaccedilatildeo proporcionando um maior desempenho da

substacircncia diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de permanecircncia na circulaccedilatildeo de

um faacutermaco (OLIVEIRA LIMA 2006)

A eficaacutecia das nanocaacutepsulas tambeacutem pode ser demonstrada por meio de sua ampla utilizaccedilatildeo na

medicina na fabricaccedilatildeo de faacutermacos como por exemplo em tratamento de controle hormonal e

em adesivos para controle de tabagismo onde o ativo eacute nanoencapsulado (ALVES 2011

PIATTI 2011)

A leishmaniose eacute uma doenccedila infecciosa zoonoacutetica amplamente distribuiacuteda em todo o mundo

Segundo a organizaccedilatildeo mundial de sauacutede 90 dos casos de leishmania viceral (a forma mais

severa da doenccedila) eacute registradas em Bangladesh Nepal Iacutendia Sudatildeo e no Brasil No Brasil

encontram-se disseminada nas regiotildees nordeste centro-oeste e sudeste (RATH et al 2003)

A droga de primeira escolha utilizada no tratamento da leishmaniose eacute o antimonial pentavalente

a Anfotericina B eacute a droga de segunda escolha empregada quando natildeo se obteacutem resposta ao

tratamento com antimonial ou na impossibilidade de seu uso A Anfotericina B eacute um faacutermaco

potente utilizado no tratamento da Leishmaniose e apesar de sua eficaacutecia seu uso eacute limitado

devido agraves reaccedilotildees adversas que causa no organismo tais como naacuteusea febre calafrios e

intoxicaccedilatildeo renal pois apresenta alta toxicidade (FILIPPIN SOUZA 2006)

Desta forma esse trabalho tem como objetivo principal a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas para a

incorporaccedilatildeo do faacutermaco anfotericina B estudar o mecanismo de formaccedilatildeo das nanocaacutepsulas e a

eficiecircncia de incorporaccedilatildeo do faacutermaco

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2 NANOTECNOLOGIA

A primeira vez que se ouviu falar em nanotecnologia foi em 1959 pelo fiacutesico Richard Feyman

que comentou a respeito do poder de manipulaccedilatildeo de aacutetomos e moleacuteculas que resultaria em

componentes muito pequenos A nanotecnologia nada mais eacute do que a teacutecnica de fabricaccedilatildeo de

entidades que possuam dimensotildees menores do que 100 nanocircmetros O nanocircmetro eacute agrave medida que

corresponde agrave bilioneacutesima parte do metr

(MARTINELLO AZEVEDO 2009)

A nanotecnologia estaacute presente em vaacuterias aacutereas como cosmeacutetica farmacecircutica medicina

eletrocircnica ciecircncia da computaccedilatildeo biologia e mecacircnica A induacutestria projeta para 2015 um

faturamento de cerca de um trilhatildeo de Dolores em produtos de nanotecnologia em dimensotildees

nanomeacutetricas Os produtos que se destacam satildeo transistores de poliacutemeros orgacircnicos emissores de

luz utilizados em monitores produtos de limpeza baseada em nanoemulsotildees antibacterianas

nanocaacutepsulas feitas de lipossomas ou poliacutemeros ferramentas nanofluiacutedica utilizadas em chip

nanodispositivos utilizados na construccedilatildeo de maacutequinas minuacutesculas para procedimentos

ciruacutergicos conversores cataliacuteticos automotivos nanoincrementados utilizados na combustatildeo

interna dos motores nanotubos de carbono como fontes de eleacutetrons para equipamentos de raios-

X nanocristais em blocos de construccedilotildees para metais produtos de consumo do cotidiano

nanoincrementados bolas de tecircnis protetores solares embalagens e automoacuteveis (ALVES 2011)

Na aacuterea de faacutermacos ainda haacute poucos produtos no mercado poreacutem a mais trabalhos encontrados

do que em cosmeacuteticos entretanto estes ainda satildeo muito caros e pouco acessiacuteveis Esses novos

sistemas de carregadores tecircm levado ao desenvolvimento de vaacuterios faacutermacos para tratamento de

cacircncer e outras doenccedilas atualmente sem cura A preparaccedilatildeo de nanopartiacuteculas no

encapsulamento de faacutermacos pode incluir algumas moleacuteculas que possuem receptores especiacuteficos

em ceacutelulas no fiacutegado ceacuterebro ou mesmo ceacutelulas canceriacutegenas proporcionando uma liberaccedilatildeo do

medicamento em um alvo preacute-definido (DURAacuteN AZEVEDO 2009)

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No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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Page 2: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

ADRIENNE FRANCISCA JAEGER

DESENVOLVIMENTO DE NANOCAacutePSULAS PARA

INCOPORACcedilAtildeO DO FAacuteRMACO

Trabalho de apresentado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica (PIBIC) do Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis IMESA e a Fundaccedilatildeo Educacional do Municiacutepio de Assis FEMA Orientanda Adrienne Francisca Jaeger Orientadora Profordf Drordf Silvia Maria Batista de Souza Linha de Pesquisa Ciecircncias Exatas e da Terra

Assis 2012

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas09 Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees10 Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma11 Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose15 Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose18 Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal (B) LTA forma vegetante (C) e (D) diagnoacutestico diferencial da LTA19 Figura 7 (A) LTA forma hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa (C) e (D) diagnoacutestico diferencial da LTA19 Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B21 Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico24 Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas27 Figura 11 - Experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas (a) Mistura de fases com a anfotericina B (b) Mistura de fases na ausecircncia de anfotericina B28 Figura 11 - Experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas (c) Emulsatildeo (d) Nanocaacutepsulas em suspensatildeo (e) Nanocaacutepsulas centrifugadas29 Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico30 Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico31

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05 2 NANOTECNOLOGIA07 21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA08

3 NANOCAacutePSULAS12 31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO13 32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL13 321 Poliacutemeros naturais14 3211 Carboxilmetilcelulose14 322 Poliacutemeros naturais modificados15 323 Poliacutemeros sinteacuteticos16

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL16 34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULA16 341 Meacutetodo Mecacircnico16 342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico17

4 LEISHMANIOSE18 5 ANFOTERISINA B21 6 TENSOATIVO23 7 METODOLOGIA25 71 MATERIAIS E REAGENTES25 72 VIDRARIAS25 73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL26

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO28 9 CONCLUSAtildeO32 REFEREcircNCIAS33

5

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os avanccedilos nas pesquisas na aacuterea de liberaccedilatildeo controlada refletem uma tendecircncia tecnoloacutegica

-se esta revoluccedilatildeo de

nanotecnologia cujo termo eacute originaacuterio de uma unidade de medida que equivale a 10-9 metros

(um milioneacutesimo de miliacutemetro)

Os benefiacutecios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as aacutereas desde chips de

computadores cada vez menores ateacute sistemas mais eficientes para veicular e aumentar a eficaacutecia

dos faacutermacos no organismo Dentre os sistemas propostos encontra-se uma nanoestrutura

chamada nanocaacutepsula que eacute um sistema tecnoloacutegico disponiacutevel para incorporaccedilatildeo de substacircncias

ativas (SCHAFFAZICK et al 2003)

Assim como as nanocaacutepsulas tem outros compartimentos que podem atuar como veiacuteculos de

transporte de princiacutepios ativos como as nanoesferas e lipossomas As nanoesferas diferem da

nanocaacutepsulas por natildeo apresentar oacuteleo em sua composiccedilatildeo satildeo formadas por uma matriz

polimeacuterica onde o princiacutepio ativo fica retido ou adsorvido Jaacute os lipossomos apresentam algumas

desvantagens em relaccedilatildeo aos outros veiacuteculos de transporte Devido aacute sua constituiccedilatildeo lipiacutedica os

lipossomos liberam os princiacutepios ativos existentes em seu interior jaacute no primeiro contato

realizado com o manto hidrolipiacutedico causando concentraccedilatildeo pontual e natildeo entregando seus

princiacutepios ativos no ponto ideal aleacutem disso sua composiccedilatildeo favorece a oxidaccedilatildeo

comprometendo a qualidade de seu conteuacutedo (PIMENTEL et al 2007 PIATTI 2011)

As nanocaacutepsulas que satildeo constituiacutedas por um invoacutelucro polimeacuterico disposto ao redor de um

nuacutecleo oleoso podendo o princiacutepio ativo estar dissolvido neste nuacutecleo eou adsorvido agrave parte

polimeacuterica (SCHAFFAZICK et al 2003 NECKEL SENNA 2005)

Esse tipo de liberaccedilatildeo controlada proporciona um modo diferente de carregar e distribuir as

substacircncias ativas oferecendo a vantagens como maior eficaacutecia terapecircutica liberaccedilatildeo

progressiva e controlada do princiacutepio ativo proteger a substacircncia ativa de possiacuteveis degradaccedilotildees

6

por diminuir seu contato com o restante da formulaccedilatildeo proporcionando um maior desempenho da

substacircncia diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de permanecircncia na circulaccedilatildeo de

um faacutermaco (OLIVEIRA LIMA 2006)

A eficaacutecia das nanocaacutepsulas tambeacutem pode ser demonstrada por meio de sua ampla utilizaccedilatildeo na

medicina na fabricaccedilatildeo de faacutermacos como por exemplo em tratamento de controle hormonal e

em adesivos para controle de tabagismo onde o ativo eacute nanoencapsulado (ALVES 2011

PIATTI 2011)

A leishmaniose eacute uma doenccedila infecciosa zoonoacutetica amplamente distribuiacuteda em todo o mundo

Segundo a organizaccedilatildeo mundial de sauacutede 90 dos casos de leishmania viceral (a forma mais

severa da doenccedila) eacute registradas em Bangladesh Nepal Iacutendia Sudatildeo e no Brasil No Brasil

encontram-se disseminada nas regiotildees nordeste centro-oeste e sudeste (RATH et al 2003)

A droga de primeira escolha utilizada no tratamento da leishmaniose eacute o antimonial pentavalente

a Anfotericina B eacute a droga de segunda escolha empregada quando natildeo se obteacutem resposta ao

tratamento com antimonial ou na impossibilidade de seu uso A Anfotericina B eacute um faacutermaco

potente utilizado no tratamento da Leishmaniose e apesar de sua eficaacutecia seu uso eacute limitado

devido agraves reaccedilotildees adversas que causa no organismo tais como naacuteusea febre calafrios e

intoxicaccedilatildeo renal pois apresenta alta toxicidade (FILIPPIN SOUZA 2006)

Desta forma esse trabalho tem como objetivo principal a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas para a

incorporaccedilatildeo do faacutermaco anfotericina B estudar o mecanismo de formaccedilatildeo das nanocaacutepsulas e a

eficiecircncia de incorporaccedilatildeo do faacutermaco

7

2 NANOTECNOLOGIA

A primeira vez que se ouviu falar em nanotecnologia foi em 1959 pelo fiacutesico Richard Feyman

que comentou a respeito do poder de manipulaccedilatildeo de aacutetomos e moleacuteculas que resultaria em

componentes muito pequenos A nanotecnologia nada mais eacute do que a teacutecnica de fabricaccedilatildeo de

entidades que possuam dimensotildees menores do que 100 nanocircmetros O nanocircmetro eacute agrave medida que

corresponde agrave bilioneacutesima parte do metr

(MARTINELLO AZEVEDO 2009)

A nanotecnologia estaacute presente em vaacuterias aacutereas como cosmeacutetica farmacecircutica medicina

eletrocircnica ciecircncia da computaccedilatildeo biologia e mecacircnica A induacutestria projeta para 2015 um

faturamento de cerca de um trilhatildeo de Dolores em produtos de nanotecnologia em dimensotildees

nanomeacutetricas Os produtos que se destacam satildeo transistores de poliacutemeros orgacircnicos emissores de

luz utilizados em monitores produtos de limpeza baseada em nanoemulsotildees antibacterianas

nanocaacutepsulas feitas de lipossomas ou poliacutemeros ferramentas nanofluiacutedica utilizadas em chip

nanodispositivos utilizados na construccedilatildeo de maacutequinas minuacutesculas para procedimentos

ciruacutergicos conversores cataliacuteticos automotivos nanoincrementados utilizados na combustatildeo

interna dos motores nanotubos de carbono como fontes de eleacutetrons para equipamentos de raios-

X nanocristais em blocos de construccedilotildees para metais produtos de consumo do cotidiano

nanoincrementados bolas de tecircnis protetores solares embalagens e automoacuteveis (ALVES 2011)

Na aacuterea de faacutermacos ainda haacute poucos produtos no mercado poreacutem a mais trabalhos encontrados

do que em cosmeacuteticos entretanto estes ainda satildeo muito caros e pouco acessiacuteveis Esses novos

sistemas de carregadores tecircm levado ao desenvolvimento de vaacuterios faacutermacos para tratamento de

cacircncer e outras doenccedilas atualmente sem cura A preparaccedilatildeo de nanopartiacuteculas no

encapsulamento de faacutermacos pode incluir algumas moleacuteculas que possuem receptores especiacuteficos

em ceacutelulas no fiacutegado ceacuterebro ou mesmo ceacutelulas canceriacutegenas proporcionando uma liberaccedilatildeo do

medicamento em um alvo preacute-definido (DURAacuteN AZEVEDO 2009)

8

No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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ANTUNES Ceacutelia 2007 Lipossomas e as suas aplicaccedilotildees na atualidade Disponiacutevel em httpquimicaparatodosuevorablogspotcombr201101lipossomas-e-as-suas-aplicacoes-nahtml Acesso em 07 de julho de 2012

BARBUGLI Paula Nanocaacutepsulas podem reduzir os custos de cosmeacuteticos Disponiacutevel em httpwwwuspbragenp=91192 Acesso em 09 de julho de 2002

BASANO Sergio de Almeida CAMARGO Luiacutes Marcelo Aranha Leishmaniose Tegumentar Americana histoacuterico epidemiologia e perspectivas de controle Revista Brasileira Epidemiol V7 nordm 3 2004 p328-337

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Page 3: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas09 Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees10 Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma11 Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose15 Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose18 Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal (B) LTA forma vegetante (C) e (D) diagnoacutestico diferencial da LTA19 Figura 7 (A) LTA forma hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa (C) e (D) diagnoacutestico diferencial da LTA19 Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B21 Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico24 Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas27 Figura 11 - Experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas (a) Mistura de fases com a anfotericina B (b) Mistura de fases na ausecircncia de anfotericina B28 Figura 11 - Experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas (c) Emulsatildeo (d) Nanocaacutepsulas em suspensatildeo (e) Nanocaacutepsulas centrifugadas29 Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico30 Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico31

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05 2 NANOTECNOLOGIA07 21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA08

3 NANOCAacutePSULAS12 31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO13 32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL13 321 Poliacutemeros naturais14 3211 Carboxilmetilcelulose14 322 Poliacutemeros naturais modificados15 323 Poliacutemeros sinteacuteticos16

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL16 34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULA16 341 Meacutetodo Mecacircnico16 342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico17

4 LEISHMANIOSE18 5 ANFOTERISINA B21 6 TENSOATIVO23 7 METODOLOGIA25 71 MATERIAIS E REAGENTES25 72 VIDRARIAS25 73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL26

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO28 9 CONCLUSAtildeO32 REFEREcircNCIAS33

5

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os avanccedilos nas pesquisas na aacuterea de liberaccedilatildeo controlada refletem uma tendecircncia tecnoloacutegica

-se esta revoluccedilatildeo de

nanotecnologia cujo termo eacute originaacuterio de uma unidade de medida que equivale a 10-9 metros

(um milioneacutesimo de miliacutemetro)

Os benefiacutecios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as aacutereas desde chips de

computadores cada vez menores ateacute sistemas mais eficientes para veicular e aumentar a eficaacutecia

dos faacutermacos no organismo Dentre os sistemas propostos encontra-se uma nanoestrutura

chamada nanocaacutepsula que eacute um sistema tecnoloacutegico disponiacutevel para incorporaccedilatildeo de substacircncias

ativas (SCHAFFAZICK et al 2003)

Assim como as nanocaacutepsulas tem outros compartimentos que podem atuar como veiacuteculos de

transporte de princiacutepios ativos como as nanoesferas e lipossomas As nanoesferas diferem da

nanocaacutepsulas por natildeo apresentar oacuteleo em sua composiccedilatildeo satildeo formadas por uma matriz

polimeacuterica onde o princiacutepio ativo fica retido ou adsorvido Jaacute os lipossomos apresentam algumas

desvantagens em relaccedilatildeo aos outros veiacuteculos de transporte Devido aacute sua constituiccedilatildeo lipiacutedica os

lipossomos liberam os princiacutepios ativos existentes em seu interior jaacute no primeiro contato

realizado com o manto hidrolipiacutedico causando concentraccedilatildeo pontual e natildeo entregando seus

princiacutepios ativos no ponto ideal aleacutem disso sua composiccedilatildeo favorece a oxidaccedilatildeo

comprometendo a qualidade de seu conteuacutedo (PIMENTEL et al 2007 PIATTI 2011)

As nanocaacutepsulas que satildeo constituiacutedas por um invoacutelucro polimeacuterico disposto ao redor de um

nuacutecleo oleoso podendo o princiacutepio ativo estar dissolvido neste nuacutecleo eou adsorvido agrave parte

polimeacuterica (SCHAFFAZICK et al 2003 NECKEL SENNA 2005)

Esse tipo de liberaccedilatildeo controlada proporciona um modo diferente de carregar e distribuir as

substacircncias ativas oferecendo a vantagens como maior eficaacutecia terapecircutica liberaccedilatildeo

progressiva e controlada do princiacutepio ativo proteger a substacircncia ativa de possiacuteveis degradaccedilotildees

6

por diminuir seu contato com o restante da formulaccedilatildeo proporcionando um maior desempenho da

substacircncia diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de permanecircncia na circulaccedilatildeo de

um faacutermaco (OLIVEIRA LIMA 2006)

A eficaacutecia das nanocaacutepsulas tambeacutem pode ser demonstrada por meio de sua ampla utilizaccedilatildeo na

medicina na fabricaccedilatildeo de faacutermacos como por exemplo em tratamento de controle hormonal e

em adesivos para controle de tabagismo onde o ativo eacute nanoencapsulado (ALVES 2011

PIATTI 2011)

A leishmaniose eacute uma doenccedila infecciosa zoonoacutetica amplamente distribuiacuteda em todo o mundo

Segundo a organizaccedilatildeo mundial de sauacutede 90 dos casos de leishmania viceral (a forma mais

severa da doenccedila) eacute registradas em Bangladesh Nepal Iacutendia Sudatildeo e no Brasil No Brasil

encontram-se disseminada nas regiotildees nordeste centro-oeste e sudeste (RATH et al 2003)

A droga de primeira escolha utilizada no tratamento da leishmaniose eacute o antimonial pentavalente

a Anfotericina B eacute a droga de segunda escolha empregada quando natildeo se obteacutem resposta ao

tratamento com antimonial ou na impossibilidade de seu uso A Anfotericina B eacute um faacutermaco

potente utilizado no tratamento da Leishmaniose e apesar de sua eficaacutecia seu uso eacute limitado

devido agraves reaccedilotildees adversas que causa no organismo tais como naacuteusea febre calafrios e

intoxicaccedilatildeo renal pois apresenta alta toxicidade (FILIPPIN SOUZA 2006)

Desta forma esse trabalho tem como objetivo principal a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas para a

incorporaccedilatildeo do faacutermaco anfotericina B estudar o mecanismo de formaccedilatildeo das nanocaacutepsulas e a

eficiecircncia de incorporaccedilatildeo do faacutermaco

7

2 NANOTECNOLOGIA

A primeira vez que se ouviu falar em nanotecnologia foi em 1959 pelo fiacutesico Richard Feyman

que comentou a respeito do poder de manipulaccedilatildeo de aacutetomos e moleacuteculas que resultaria em

componentes muito pequenos A nanotecnologia nada mais eacute do que a teacutecnica de fabricaccedilatildeo de

entidades que possuam dimensotildees menores do que 100 nanocircmetros O nanocircmetro eacute agrave medida que

corresponde agrave bilioneacutesima parte do metr

(MARTINELLO AZEVEDO 2009)

A nanotecnologia estaacute presente em vaacuterias aacutereas como cosmeacutetica farmacecircutica medicina

eletrocircnica ciecircncia da computaccedilatildeo biologia e mecacircnica A induacutestria projeta para 2015 um

faturamento de cerca de um trilhatildeo de Dolores em produtos de nanotecnologia em dimensotildees

nanomeacutetricas Os produtos que se destacam satildeo transistores de poliacutemeros orgacircnicos emissores de

luz utilizados em monitores produtos de limpeza baseada em nanoemulsotildees antibacterianas

nanocaacutepsulas feitas de lipossomas ou poliacutemeros ferramentas nanofluiacutedica utilizadas em chip

nanodispositivos utilizados na construccedilatildeo de maacutequinas minuacutesculas para procedimentos

ciruacutergicos conversores cataliacuteticos automotivos nanoincrementados utilizados na combustatildeo

interna dos motores nanotubos de carbono como fontes de eleacutetrons para equipamentos de raios-

X nanocristais em blocos de construccedilotildees para metais produtos de consumo do cotidiano

nanoincrementados bolas de tecircnis protetores solares embalagens e automoacuteveis (ALVES 2011)

Na aacuterea de faacutermacos ainda haacute poucos produtos no mercado poreacutem a mais trabalhos encontrados

do que em cosmeacuteticos entretanto estes ainda satildeo muito caros e pouco acessiacuteveis Esses novos

sistemas de carregadores tecircm levado ao desenvolvimento de vaacuterios faacutermacos para tratamento de

cacircncer e outras doenccedilas atualmente sem cura A preparaccedilatildeo de nanopartiacuteculas no

encapsulamento de faacutermacos pode incluir algumas moleacuteculas que possuem receptores especiacuteficos

em ceacutelulas no fiacutegado ceacuterebro ou mesmo ceacutelulas canceriacutegenas proporcionando uma liberaccedilatildeo do

medicamento em um alvo preacute-definido (DURAacuteN AZEVEDO 2009)

8

No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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38

Page 4: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO05 2 NANOTECNOLOGIA07 21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA08

3 NANOCAacutePSULAS12 31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO13 32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL13 321 Poliacutemeros naturais14 3211 Carboxilmetilcelulose14 322 Poliacutemeros naturais modificados15 323 Poliacutemeros sinteacuteticos16

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL16 34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULA16 341 Meacutetodo Mecacircnico16 342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico17

4 LEISHMANIOSE18 5 ANFOTERISINA B21 6 TENSOATIVO23 7 METODOLOGIA25 71 MATERIAIS E REAGENTES25 72 VIDRARIAS25 73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL26

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO28 9 CONCLUSAtildeO32 REFEREcircNCIAS33

5

1 INTRODUCcedilAtildeO

Os avanccedilos nas pesquisas na aacuterea de liberaccedilatildeo controlada refletem uma tendecircncia tecnoloacutegica

-se esta revoluccedilatildeo de

nanotecnologia cujo termo eacute originaacuterio de uma unidade de medida que equivale a 10-9 metros

(um milioneacutesimo de miliacutemetro)

Os benefiacutecios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as aacutereas desde chips de

computadores cada vez menores ateacute sistemas mais eficientes para veicular e aumentar a eficaacutecia

dos faacutermacos no organismo Dentre os sistemas propostos encontra-se uma nanoestrutura

chamada nanocaacutepsula que eacute um sistema tecnoloacutegico disponiacutevel para incorporaccedilatildeo de substacircncias

ativas (SCHAFFAZICK et al 2003)

Assim como as nanocaacutepsulas tem outros compartimentos que podem atuar como veiacuteculos de

transporte de princiacutepios ativos como as nanoesferas e lipossomas As nanoesferas diferem da

nanocaacutepsulas por natildeo apresentar oacuteleo em sua composiccedilatildeo satildeo formadas por uma matriz

polimeacuterica onde o princiacutepio ativo fica retido ou adsorvido Jaacute os lipossomos apresentam algumas

desvantagens em relaccedilatildeo aos outros veiacuteculos de transporte Devido aacute sua constituiccedilatildeo lipiacutedica os

lipossomos liberam os princiacutepios ativos existentes em seu interior jaacute no primeiro contato

realizado com o manto hidrolipiacutedico causando concentraccedilatildeo pontual e natildeo entregando seus

princiacutepios ativos no ponto ideal aleacutem disso sua composiccedilatildeo favorece a oxidaccedilatildeo

comprometendo a qualidade de seu conteuacutedo (PIMENTEL et al 2007 PIATTI 2011)

As nanocaacutepsulas que satildeo constituiacutedas por um invoacutelucro polimeacuterico disposto ao redor de um

nuacutecleo oleoso podendo o princiacutepio ativo estar dissolvido neste nuacutecleo eou adsorvido agrave parte

polimeacuterica (SCHAFFAZICK et al 2003 NECKEL SENNA 2005)

Esse tipo de liberaccedilatildeo controlada proporciona um modo diferente de carregar e distribuir as

substacircncias ativas oferecendo a vantagens como maior eficaacutecia terapecircutica liberaccedilatildeo

progressiva e controlada do princiacutepio ativo proteger a substacircncia ativa de possiacuteveis degradaccedilotildees

6

por diminuir seu contato com o restante da formulaccedilatildeo proporcionando um maior desempenho da

substacircncia diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de permanecircncia na circulaccedilatildeo de

um faacutermaco (OLIVEIRA LIMA 2006)

A eficaacutecia das nanocaacutepsulas tambeacutem pode ser demonstrada por meio de sua ampla utilizaccedilatildeo na

medicina na fabricaccedilatildeo de faacutermacos como por exemplo em tratamento de controle hormonal e

em adesivos para controle de tabagismo onde o ativo eacute nanoencapsulado (ALVES 2011

PIATTI 2011)

A leishmaniose eacute uma doenccedila infecciosa zoonoacutetica amplamente distribuiacuteda em todo o mundo

Segundo a organizaccedilatildeo mundial de sauacutede 90 dos casos de leishmania viceral (a forma mais

severa da doenccedila) eacute registradas em Bangladesh Nepal Iacutendia Sudatildeo e no Brasil No Brasil

encontram-se disseminada nas regiotildees nordeste centro-oeste e sudeste (RATH et al 2003)

A droga de primeira escolha utilizada no tratamento da leishmaniose eacute o antimonial pentavalente

a Anfotericina B eacute a droga de segunda escolha empregada quando natildeo se obteacutem resposta ao

tratamento com antimonial ou na impossibilidade de seu uso A Anfotericina B eacute um faacutermaco

potente utilizado no tratamento da Leishmaniose e apesar de sua eficaacutecia seu uso eacute limitado

devido agraves reaccedilotildees adversas que causa no organismo tais como naacuteusea febre calafrios e

intoxicaccedilatildeo renal pois apresenta alta toxicidade (FILIPPIN SOUZA 2006)

Desta forma esse trabalho tem como objetivo principal a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas para a

incorporaccedilatildeo do faacutermaco anfotericina B estudar o mecanismo de formaccedilatildeo das nanocaacutepsulas e a

eficiecircncia de incorporaccedilatildeo do faacutermaco

7

2 NANOTECNOLOGIA

A primeira vez que se ouviu falar em nanotecnologia foi em 1959 pelo fiacutesico Richard Feyman

que comentou a respeito do poder de manipulaccedilatildeo de aacutetomos e moleacuteculas que resultaria em

componentes muito pequenos A nanotecnologia nada mais eacute do que a teacutecnica de fabricaccedilatildeo de

entidades que possuam dimensotildees menores do que 100 nanocircmetros O nanocircmetro eacute agrave medida que

corresponde agrave bilioneacutesima parte do metr

(MARTINELLO AZEVEDO 2009)

A nanotecnologia estaacute presente em vaacuterias aacutereas como cosmeacutetica farmacecircutica medicina

eletrocircnica ciecircncia da computaccedilatildeo biologia e mecacircnica A induacutestria projeta para 2015 um

faturamento de cerca de um trilhatildeo de Dolores em produtos de nanotecnologia em dimensotildees

nanomeacutetricas Os produtos que se destacam satildeo transistores de poliacutemeros orgacircnicos emissores de

luz utilizados em monitores produtos de limpeza baseada em nanoemulsotildees antibacterianas

nanocaacutepsulas feitas de lipossomas ou poliacutemeros ferramentas nanofluiacutedica utilizadas em chip

nanodispositivos utilizados na construccedilatildeo de maacutequinas minuacutesculas para procedimentos

ciruacutergicos conversores cataliacuteticos automotivos nanoincrementados utilizados na combustatildeo

interna dos motores nanotubos de carbono como fontes de eleacutetrons para equipamentos de raios-

X nanocristais em blocos de construccedilotildees para metais produtos de consumo do cotidiano

nanoincrementados bolas de tecircnis protetores solares embalagens e automoacuteveis (ALVES 2011)

Na aacuterea de faacutermacos ainda haacute poucos produtos no mercado poreacutem a mais trabalhos encontrados

do que em cosmeacuteticos entretanto estes ainda satildeo muito caros e pouco acessiacuteveis Esses novos

sistemas de carregadores tecircm levado ao desenvolvimento de vaacuterios faacutermacos para tratamento de

cacircncer e outras doenccedilas atualmente sem cura A preparaccedilatildeo de nanopartiacuteculas no

encapsulamento de faacutermacos pode incluir algumas moleacuteculas que possuem receptores especiacuteficos

em ceacutelulas no fiacutegado ceacuterebro ou mesmo ceacutelulas canceriacutegenas proporcionando uma liberaccedilatildeo do

medicamento em um alvo preacute-definido (DURAacuteN AZEVEDO 2009)

8

No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

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com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 5: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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1 INTRODUCcedilAtildeO

Os avanccedilos nas pesquisas na aacuterea de liberaccedilatildeo controlada refletem uma tendecircncia tecnoloacutegica

-se esta revoluccedilatildeo de

nanotecnologia cujo termo eacute originaacuterio de uma unidade de medida que equivale a 10-9 metros

(um milioneacutesimo de miliacutemetro)

Os benefiacutecios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as aacutereas desde chips de

computadores cada vez menores ateacute sistemas mais eficientes para veicular e aumentar a eficaacutecia

dos faacutermacos no organismo Dentre os sistemas propostos encontra-se uma nanoestrutura

chamada nanocaacutepsula que eacute um sistema tecnoloacutegico disponiacutevel para incorporaccedilatildeo de substacircncias

ativas (SCHAFFAZICK et al 2003)

Assim como as nanocaacutepsulas tem outros compartimentos que podem atuar como veiacuteculos de

transporte de princiacutepios ativos como as nanoesferas e lipossomas As nanoesferas diferem da

nanocaacutepsulas por natildeo apresentar oacuteleo em sua composiccedilatildeo satildeo formadas por uma matriz

polimeacuterica onde o princiacutepio ativo fica retido ou adsorvido Jaacute os lipossomos apresentam algumas

desvantagens em relaccedilatildeo aos outros veiacuteculos de transporte Devido aacute sua constituiccedilatildeo lipiacutedica os

lipossomos liberam os princiacutepios ativos existentes em seu interior jaacute no primeiro contato

realizado com o manto hidrolipiacutedico causando concentraccedilatildeo pontual e natildeo entregando seus

princiacutepios ativos no ponto ideal aleacutem disso sua composiccedilatildeo favorece a oxidaccedilatildeo

comprometendo a qualidade de seu conteuacutedo (PIMENTEL et al 2007 PIATTI 2011)

As nanocaacutepsulas que satildeo constituiacutedas por um invoacutelucro polimeacuterico disposto ao redor de um

nuacutecleo oleoso podendo o princiacutepio ativo estar dissolvido neste nuacutecleo eou adsorvido agrave parte

polimeacuterica (SCHAFFAZICK et al 2003 NECKEL SENNA 2005)

Esse tipo de liberaccedilatildeo controlada proporciona um modo diferente de carregar e distribuir as

substacircncias ativas oferecendo a vantagens como maior eficaacutecia terapecircutica liberaccedilatildeo

progressiva e controlada do princiacutepio ativo proteger a substacircncia ativa de possiacuteveis degradaccedilotildees

6

por diminuir seu contato com o restante da formulaccedilatildeo proporcionando um maior desempenho da

substacircncia diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de permanecircncia na circulaccedilatildeo de

um faacutermaco (OLIVEIRA LIMA 2006)

A eficaacutecia das nanocaacutepsulas tambeacutem pode ser demonstrada por meio de sua ampla utilizaccedilatildeo na

medicina na fabricaccedilatildeo de faacutermacos como por exemplo em tratamento de controle hormonal e

em adesivos para controle de tabagismo onde o ativo eacute nanoencapsulado (ALVES 2011

PIATTI 2011)

A leishmaniose eacute uma doenccedila infecciosa zoonoacutetica amplamente distribuiacuteda em todo o mundo

Segundo a organizaccedilatildeo mundial de sauacutede 90 dos casos de leishmania viceral (a forma mais

severa da doenccedila) eacute registradas em Bangladesh Nepal Iacutendia Sudatildeo e no Brasil No Brasil

encontram-se disseminada nas regiotildees nordeste centro-oeste e sudeste (RATH et al 2003)

A droga de primeira escolha utilizada no tratamento da leishmaniose eacute o antimonial pentavalente

a Anfotericina B eacute a droga de segunda escolha empregada quando natildeo se obteacutem resposta ao

tratamento com antimonial ou na impossibilidade de seu uso A Anfotericina B eacute um faacutermaco

potente utilizado no tratamento da Leishmaniose e apesar de sua eficaacutecia seu uso eacute limitado

devido agraves reaccedilotildees adversas que causa no organismo tais como naacuteusea febre calafrios e

intoxicaccedilatildeo renal pois apresenta alta toxicidade (FILIPPIN SOUZA 2006)

Desta forma esse trabalho tem como objetivo principal a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas para a

incorporaccedilatildeo do faacutermaco anfotericina B estudar o mecanismo de formaccedilatildeo das nanocaacutepsulas e a

eficiecircncia de incorporaccedilatildeo do faacutermaco

7

2 NANOTECNOLOGIA

A primeira vez que se ouviu falar em nanotecnologia foi em 1959 pelo fiacutesico Richard Feyman

que comentou a respeito do poder de manipulaccedilatildeo de aacutetomos e moleacuteculas que resultaria em

componentes muito pequenos A nanotecnologia nada mais eacute do que a teacutecnica de fabricaccedilatildeo de

entidades que possuam dimensotildees menores do que 100 nanocircmetros O nanocircmetro eacute agrave medida que

corresponde agrave bilioneacutesima parte do metr

(MARTINELLO AZEVEDO 2009)

A nanotecnologia estaacute presente em vaacuterias aacutereas como cosmeacutetica farmacecircutica medicina

eletrocircnica ciecircncia da computaccedilatildeo biologia e mecacircnica A induacutestria projeta para 2015 um

faturamento de cerca de um trilhatildeo de Dolores em produtos de nanotecnologia em dimensotildees

nanomeacutetricas Os produtos que se destacam satildeo transistores de poliacutemeros orgacircnicos emissores de

luz utilizados em monitores produtos de limpeza baseada em nanoemulsotildees antibacterianas

nanocaacutepsulas feitas de lipossomas ou poliacutemeros ferramentas nanofluiacutedica utilizadas em chip

nanodispositivos utilizados na construccedilatildeo de maacutequinas minuacutesculas para procedimentos

ciruacutergicos conversores cataliacuteticos automotivos nanoincrementados utilizados na combustatildeo

interna dos motores nanotubos de carbono como fontes de eleacutetrons para equipamentos de raios-

X nanocristais em blocos de construccedilotildees para metais produtos de consumo do cotidiano

nanoincrementados bolas de tecircnis protetores solares embalagens e automoacuteveis (ALVES 2011)

Na aacuterea de faacutermacos ainda haacute poucos produtos no mercado poreacutem a mais trabalhos encontrados

do que em cosmeacuteticos entretanto estes ainda satildeo muito caros e pouco acessiacuteveis Esses novos

sistemas de carregadores tecircm levado ao desenvolvimento de vaacuterios faacutermacos para tratamento de

cacircncer e outras doenccedilas atualmente sem cura A preparaccedilatildeo de nanopartiacuteculas no

encapsulamento de faacutermacos pode incluir algumas moleacuteculas que possuem receptores especiacuteficos

em ceacutelulas no fiacutegado ceacuterebro ou mesmo ceacutelulas canceriacutegenas proporcionando uma liberaccedilatildeo do

medicamento em um alvo preacute-definido (DURAacuteN AZEVEDO 2009)

8

No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 6: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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por diminuir seu contato com o restante da formulaccedilatildeo proporcionando um maior desempenho da

substacircncia diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de permanecircncia na circulaccedilatildeo de

um faacutermaco (OLIVEIRA LIMA 2006)

A eficaacutecia das nanocaacutepsulas tambeacutem pode ser demonstrada por meio de sua ampla utilizaccedilatildeo na

medicina na fabricaccedilatildeo de faacutermacos como por exemplo em tratamento de controle hormonal e

em adesivos para controle de tabagismo onde o ativo eacute nanoencapsulado (ALVES 2011

PIATTI 2011)

A leishmaniose eacute uma doenccedila infecciosa zoonoacutetica amplamente distribuiacuteda em todo o mundo

Segundo a organizaccedilatildeo mundial de sauacutede 90 dos casos de leishmania viceral (a forma mais

severa da doenccedila) eacute registradas em Bangladesh Nepal Iacutendia Sudatildeo e no Brasil No Brasil

encontram-se disseminada nas regiotildees nordeste centro-oeste e sudeste (RATH et al 2003)

A droga de primeira escolha utilizada no tratamento da leishmaniose eacute o antimonial pentavalente

a Anfotericina B eacute a droga de segunda escolha empregada quando natildeo se obteacutem resposta ao

tratamento com antimonial ou na impossibilidade de seu uso A Anfotericina B eacute um faacutermaco

potente utilizado no tratamento da Leishmaniose e apesar de sua eficaacutecia seu uso eacute limitado

devido agraves reaccedilotildees adversas que causa no organismo tais como naacuteusea febre calafrios e

intoxicaccedilatildeo renal pois apresenta alta toxicidade (FILIPPIN SOUZA 2006)

Desta forma esse trabalho tem como objetivo principal a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas para a

incorporaccedilatildeo do faacutermaco anfotericina B estudar o mecanismo de formaccedilatildeo das nanocaacutepsulas e a

eficiecircncia de incorporaccedilatildeo do faacutermaco

7

2 NANOTECNOLOGIA

A primeira vez que se ouviu falar em nanotecnologia foi em 1959 pelo fiacutesico Richard Feyman

que comentou a respeito do poder de manipulaccedilatildeo de aacutetomos e moleacuteculas que resultaria em

componentes muito pequenos A nanotecnologia nada mais eacute do que a teacutecnica de fabricaccedilatildeo de

entidades que possuam dimensotildees menores do que 100 nanocircmetros O nanocircmetro eacute agrave medida que

corresponde agrave bilioneacutesima parte do metr

(MARTINELLO AZEVEDO 2009)

A nanotecnologia estaacute presente em vaacuterias aacutereas como cosmeacutetica farmacecircutica medicina

eletrocircnica ciecircncia da computaccedilatildeo biologia e mecacircnica A induacutestria projeta para 2015 um

faturamento de cerca de um trilhatildeo de Dolores em produtos de nanotecnologia em dimensotildees

nanomeacutetricas Os produtos que se destacam satildeo transistores de poliacutemeros orgacircnicos emissores de

luz utilizados em monitores produtos de limpeza baseada em nanoemulsotildees antibacterianas

nanocaacutepsulas feitas de lipossomas ou poliacutemeros ferramentas nanofluiacutedica utilizadas em chip

nanodispositivos utilizados na construccedilatildeo de maacutequinas minuacutesculas para procedimentos

ciruacutergicos conversores cataliacuteticos automotivos nanoincrementados utilizados na combustatildeo

interna dos motores nanotubos de carbono como fontes de eleacutetrons para equipamentos de raios-

X nanocristais em blocos de construccedilotildees para metais produtos de consumo do cotidiano

nanoincrementados bolas de tecircnis protetores solares embalagens e automoacuteveis (ALVES 2011)

Na aacuterea de faacutermacos ainda haacute poucos produtos no mercado poreacutem a mais trabalhos encontrados

do que em cosmeacuteticos entretanto estes ainda satildeo muito caros e pouco acessiacuteveis Esses novos

sistemas de carregadores tecircm levado ao desenvolvimento de vaacuterios faacutermacos para tratamento de

cacircncer e outras doenccedilas atualmente sem cura A preparaccedilatildeo de nanopartiacuteculas no

encapsulamento de faacutermacos pode incluir algumas moleacuteculas que possuem receptores especiacuteficos

em ceacutelulas no fiacutegado ceacuterebro ou mesmo ceacutelulas canceriacutegenas proporcionando uma liberaccedilatildeo do

medicamento em um alvo preacute-definido (DURAacuteN AZEVEDO 2009)

8

No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 7: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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2 NANOTECNOLOGIA

A primeira vez que se ouviu falar em nanotecnologia foi em 1959 pelo fiacutesico Richard Feyman

que comentou a respeito do poder de manipulaccedilatildeo de aacutetomos e moleacuteculas que resultaria em

componentes muito pequenos A nanotecnologia nada mais eacute do que a teacutecnica de fabricaccedilatildeo de

entidades que possuam dimensotildees menores do que 100 nanocircmetros O nanocircmetro eacute agrave medida que

corresponde agrave bilioneacutesima parte do metr

(MARTINELLO AZEVEDO 2009)

A nanotecnologia estaacute presente em vaacuterias aacutereas como cosmeacutetica farmacecircutica medicina

eletrocircnica ciecircncia da computaccedilatildeo biologia e mecacircnica A induacutestria projeta para 2015 um

faturamento de cerca de um trilhatildeo de Dolores em produtos de nanotecnologia em dimensotildees

nanomeacutetricas Os produtos que se destacam satildeo transistores de poliacutemeros orgacircnicos emissores de

luz utilizados em monitores produtos de limpeza baseada em nanoemulsotildees antibacterianas

nanocaacutepsulas feitas de lipossomas ou poliacutemeros ferramentas nanofluiacutedica utilizadas em chip

nanodispositivos utilizados na construccedilatildeo de maacutequinas minuacutesculas para procedimentos

ciruacutergicos conversores cataliacuteticos automotivos nanoincrementados utilizados na combustatildeo

interna dos motores nanotubos de carbono como fontes de eleacutetrons para equipamentos de raios-

X nanocristais em blocos de construccedilotildees para metais produtos de consumo do cotidiano

nanoincrementados bolas de tecircnis protetores solares embalagens e automoacuteveis (ALVES 2011)

Na aacuterea de faacutermacos ainda haacute poucos produtos no mercado poreacutem a mais trabalhos encontrados

do que em cosmeacuteticos entretanto estes ainda satildeo muito caros e pouco acessiacuteveis Esses novos

sistemas de carregadores tecircm levado ao desenvolvimento de vaacuterios faacutermacos para tratamento de

cacircncer e outras doenccedilas atualmente sem cura A preparaccedilatildeo de nanopartiacuteculas no

encapsulamento de faacutermacos pode incluir algumas moleacuteculas que possuem receptores especiacuteficos

em ceacutelulas no fiacutegado ceacuterebro ou mesmo ceacutelulas canceriacutegenas proporcionando uma liberaccedilatildeo do

medicamento em um alvo preacute-definido (DURAacuteN AZEVEDO 2009)

8

No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 8: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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No final de 2007 o Brasil contava com quase 50 empresas de diversos segmentos utilizando

produtos ou processos nanotecnoloacutegicos Entre 2001 e 2007 o governo brasileiro investiu cerca

de R$ 150 milhotildees no desenvolvimento das aacutereas de nanociecircncia e nanotecnologia Eacute pouco se

comparado aos investimentos realizados por paiacuteses desenvolvidos como os Estados Unidos e o

Japatildeo que investem anualmente em torno de US$ 1 bilhatildeo com previsatildeo de movimentaccedilotildees que

ultrapassem um trilhatildeo de doacutelares nos proacuteximos dez anos (MARTINELLO AZEVEDO 2009)

Devido agrave reatividade das nanopartiacuteculas seu uso indiscriminado pode levar a efeitos toacutexicos

inesperados Diversos estudos comprovam que a inalaccedilatildeo dessas partiacuteculas pode ser perigosa No

entanto existem inuacutemeros benefiacutecios tal como partiacuteculas de oacutexido de zinco por exemplo natildeo

penetram o estrato coacuterneo da epiderme (natildeo ultrapassam a barreira da pele) natildeo alcanccedilam as

camadas irrigadas da pele humana e portanto natildeo satildeo toacutexicas (BOAVENTURA 2010)

21 SISTEMAS DE LIBERACcedilAtildeO CONTROLADA

O termo nanopartiacutecula eacute geneacuterico sendo utilizado de acordo com o tamanho da partiacutecula

Partiacuteculas com tamanho menor que 1 m satildeo considerada nanopartiacuteculas enquanto que as

partiacuteculas maiores satildeo denominadas micropartiacuteculas (AZEVEDO 2002)

O termo nanopartiacutecula aplicado agrave liberaccedilatildeo controlada de substacircncias eacute amplo e englobam

algumas estruturas diferentes Em todas elas as moleacuteculas da substacircncia podem estar absorvidas

ou seja fixadas na superfiacutecie dispersas ou dissolvidas diferem entre si pela composiccedilatildeo da

formulaccedilatildeo As principais estruturas aplicadas em faacutermacos ou cosmeacuteticos satildeo nanoesferas

nanocaacutepsulas e nanoemulsotildees e lipossomas (RAFFIN et al 2003 OLIVEIRA et al 2004)

Denominam-se nanoesferas (Figura 1) aqueles sistemas em que o faacutermaco encontra-se

homogeneamente disperso ou solubilizado no interior da matriz polimeacuterica Desta forma obteacutem-

se um sistema monoliacutetico onde natildeo eacute possiacutevel identificar um nuacutecleo diferenciado As

nanocaacutepsulas constituem os chamados sistemas do tipo reservatoacuterio onde eacute possiacutevel identificar

um nuacutecleo diferenciado que pode ser soacutelido ou liacutequido neste caso a substacircncia encontra-se

9

envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 9: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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envolvida por uma membrana geralmente polimeacuterica isolando o nuacutecleo do meio externo

(AZEVEDO 2002)

Figura 1 - Representaccedilatildeo das Nanoesferas e das Nanocaacutepsulas (In AZEVEDO 2002 p4)

As nanoemulsotildees tamanho entre 10 a 100 nm (Figura 2) correspondem a um sistema micelar

constituiacutedo pela dispersatildeo de tensioativos (agende emulsificante) e oacuteleo em aacutegua O tensoativo eacute

o intermediador do contato entre aqueles dois compostos Geralmente um intermediador deve ter

afinidade com os dois lados Deve reunir em si caracteriacutesticas presentes em ambos mas as quais

natildeo satildeo compartilhadas entre aqueles O resultado da junccedilatildeo do emulsificante da aacutegua e do oacuteleo

em qualidades e quantidades especiacuteficas eacute entatildeo a emulsatildeo (MUEHLMANN 2011) Eacute uma

nanocaacutepsula sem revestimento polimeacuterico Assim como os lipossomas podem apresentar em sua

superfiacutecie moleacuteculas que alteram suas propriedades (RAFFIN et al 2003)

Na aacuterea esteacutetica as caracteriacutesticas de transparecircncia fluidez menor quantidade de tensoativos

bem como a ausecircncia de espessantes conferem agraves nanoemulsotildees oacutetimo aspecto esteacutetico e

agradaacutevel sensorial agrave pele (MORALES 2010)

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Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

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Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

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3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

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e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

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321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

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eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

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reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

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com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

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4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

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Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

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eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

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5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

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relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

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6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

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Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

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7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

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3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

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descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

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Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

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Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

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Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

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9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

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REFEREcircNCIAS

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Page 10: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

10

Figura 2 - Representaccedilatildeo das Nanoemulsotildees (SANTOS 2009)

Os lipossomas (Figura 3) satildeo veiacuteculos aquosos formados por bicamadas (lamelas) concecircntrica de

fosfolipiacutedios (lipiacutedeos que contem aacutecido fosfoacuterico na sua estrutura) que por sua vez satildeo

moleacuteculas presentes no organismo humano e com afinidade tanto por aacutegua quando por oacuteleos e

gorduras (BATISTA CARVALHO MAGALHAtildeES 2007) Poliacutemeros podem ser incorporados

na sua superfiacutecie para aumentar sua estabilidade o e tempo de permanecircncia no organismo Pode-

se ainda ligar agrave superfiacutecie de anticorpos que atuam como agentes transportadores dos lipossomas

para determinadas zonas no organismo

Eacute uma excelente forma de sistema de liberaccedilatildeo controlada de faacutermacos devido sua flexibilidade

estrutural como tamanho composiccedilatildeo e fluidez da bicamada lipiacutedica Aacute grande capacidade de

incorporar variedade de compostos hidrofiacutelicos e hidrofoacutebicos sendo utilizado em faacutermacos

citotoacutexicos genes e vacinas O lipossoma varia de tamanho de 20nm ateacute alguns micrometros

(PIMENTEL etal 2007)

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 11: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

11

Figura 3 - Representaccedilatildeo do Lipossoma (In BIO-MEacuteDICIN 2012)

Os lipossomas satildeo atoacutexicos biodegradaacuteveis e podem ser preparados em grande quantidade

Finalmente por se tratar de partiacuteculas minuacutesculas pode ser administrada por via oral

intravenosa ocular ou pulmonar ou deacutermica (ANTUNES 2007)

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 12: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

12

3 NANOCAacutePSULAS

O uso de nanocaacutepsulas eacute aplicado especialmente para substacircncias que degradam em temperaturas

acima de 40ordmC ou satildeo sensiacuteveis agrave oxidaccedilatildeo em presenccedila de aacutegua por variaccedilatildeo de pH ou por efeito

de luz ultravioleta (KUumlLKAMP GUTERRES POHLMANN 2009)

As nanocaacutepsulas satildeo sistemas coloidais vesiculares de tamanho nanomeacutetrico caracterizando-se

por apresentar um nuacutecleo interno oco e oleoso onde o princiacutepio ativo deve se encontrar

preferencialmente dissolvido revestido por uma membrana polimeacuterica com sufactantes lipofiacutelico

eou hidrofiacutelico na interfase Os oacuteleos utilizados podem ser vegetais ou minerais devendo

apresentar ausecircncia de toxicidade natildeo serem capazes de degradar ou solubilizar o poliacutemero e alta

capacidade de dissolver a droga em questatildeo (PEREIRA 2006)

As nanocaacutepsulas destacam-se em relaccedilatildeo aos sistemas matriciais pelo confinamento do princiacutepio

ativo na camada central das partiacuteculas que confere uma maior proteccedilatildeo deste frente agrave degradaccedilatildeo

no meio bioloacutegico permite a veiculaccedilatildeo de moleacuteculas hidrofoacutebicas aleacutem de reduzir o efeito de

liberaccedilatildeo inicial As caracteriacutesticas fiacutesico-quiacutemicas e a estabilidade das nanocaacutepsulas satildeo

fortemente afetadas pelas propriedades fiacutesico-quiacutemicas dos poliacutemeros e oacuteleos empregados na sua

preparaccedilatildeo (NECKEL SENNA 2005)

As nanocaacutepsulas a estabilidade eacute maior ou seja no caso de um creme hidratante por exemplo a

penetraccedilatildeo seraacute mais raacutepida e profunda na pele e os efeitos seratildeo visiacuteveis em muito menos tempo

A disponibilizar as caacutepsulas com os princiacutepios ativos mais estaacuteveis e com maior poder de

permeaccedilatildeo (BARBUGLI 2012)

Segundo Azevedo (2002) os sistemas de liberaccedilatildeo controlada oferecem numerosas vantagens

utilizando nanocaacutepsulas segue abaixo as mais importantes

a) Maior eficaacutecia terapecircutica com liberaccedilatildeo progressiva e controlada da substacircncia a partir

da degradaccedilatildeo da matriz

b) Diminuiccedilatildeo significativa da toxidade e maior tempo de circulaccedilatildeo

c) Natildeo haacute predomiacutenio de instabilidade e decomposiccedilatildeo da substacircncia

d) Administraccedilatildeo segura sem reaccedilotildees e menor numero de doses

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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Page 13: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

13

e) Tanto substacircncia lipofiacutelicas como hidrofiacutelicas podem ser incorporadas

31 POLIacuteMEROS PARA OBTENCcedilAtildeO DE SISTEMA DE LIBERACcedilAtildeO Os poliacutemeros satildeo macromoleacuteculas compostas de moleacuteculas pequenas ligadas umas as outras para

formar estruturas lineares ramificadas eou ligaccedilotildees cruzadas que podem formar partiacuteculas

polimeacutericas capazes de conter substacircncias no seu interior (PEREIRA 2006)

Para utilizaccedilatildeo in vivo eacute desejaacutevel que os poliacutemeros apresentem as seguintes caracteriacutesticas

1- Quiacutemica poliacutemero e substacircncia encapsulada devem existir juntos sem que haja interaccedilatildeo

entre eles para natildeo comprometer a liberaccedilatildeo do produto

2- Mecacircnica capacidade de o poliacutemero ser moldado deformado

3- Bioloacutegica deve ser biodegradaacutevel seja por via enzimaacutetica quiacutemica ou microbiana

A membrana polimeacuterica presente nas nanocaacutepsulas possui efeito protetor de substacircncias contra

danos causados por agentes externos prevenindo a sua degradaccedilatildeo (KUumlLKAMP GUTERRES

POHLMANN 2009)

Os poliacutemeros satildeo divididos em poliacutemeros biodegradaacuteveis e natildeo biodegradaacuteveis

32 POLIacuteMERO BIODEGRADAacuteVEL

As nanopartiacuteculas constituiacutedas por poliacutemeros biodegradaacuteveis tem atraiacutedo muita atenccedilatildeo dos

pesquisadores em relaccedilatildeo aos lipossomas devido agraves suas potencialidades terapecircuticas agrave maior

estabilidade nos fluidos bioloacutegicos e durante o armazenamento preparaccedilatildeo raacutepida e faacutecil e ao

baixo custo quando comparadas aos lipossomas (PEREIRA 2006)

Poliacutemeros biologicamente degradaacuteveis incluem poliacutemeros naturais poliacutemeros naturais

modificados e poliacutemeros sinteacuteticos

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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38

Page 14: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

14

321 Poliacutemeros naturais

Satildeo sempre biodegradaacuteveis por exemplo o colaacutegeno a celulose (como a carboxmetilcelulose) e

a quitosana (AZEVEDO 2002)

3211 Carboxilmetilcelulose

A Carboxmetilcelulose ou CMC eacute um poliacutemero aniocircnico obtido atraveacutes da reaccedilatildeo da celulose

com monocloroacetato de soacutedio e hidroacutexido de soacutedio (conforme a reaccedilatildeo a baixo) o CMC de

grau teacutecnico apresenta-se na forma de poacute ou gracircnulos levemente amarelecidos (creme) com

menor grau de pureza (tendo como impurezas os sais de formaccedilatildeo) muito soluacutevel em aacutegua tanto

a frio quanto a quente na qual forma tanto soluccedilotildees propriamente ditas quanto geacuteis (KAumlISTNER

1996)

A reaccedilatildeo de formaccedilatildeo da carboxmetilcelulose

RcelOH + NaOH + ClCH2COONa RcelOCH2COONa + NaCl + H2O

A CMC tem grande aplicaccedilatildeo tecnoloacutegica sendo utilizada em vaacuterias induacutestrias tais como couro

detergente tintas cimento fibras tecircxteis petroquiacutemica excelente propriedade para aplicaccedilotildees em

farmacologia onde eacute usada no processo de encapsulaccedilatildeo aumentando o tempo de desintegraccedilatildeo

de caacutepsulas e comprimidos consequentemente retardando um pouco a absorccedilatildeo do faacutermaco em

cosmeacuteticos como agente emulsificante e como aditivo alimentar de ser fisiologicamente inerte

(USSUY 2002)

A estrutura da CMC eacute baseada no -(14)-D-glucopiranose da celulose (Figura 4)

A presenccedila de substituintes com grupos CH2-COOH na cadeia e celulose produz um

afastamento das cadeias polimeacutericas e permite uma maior penetraccedilatildeo de aacutegua conferindo a CMC

solubilidade em aacutegua a frio (ROHR 2007) Por ser soluacutevel em aacutegua e o grau de dispersatildeo neste

solvente varia com o grau de substituiccedilatildeo (nuacutemero meacutedio de hidroxilas por unidade de

anidroglicose da celulose que satildeo substituiacutedas por grupos carboximetilas) e o grau de

polimerizaccedilatildeo (numero meacutedio monomeacutericos de anidroglicose substacircncia derivada de um aacutecido

pela eliminaccedilatildeo de uma ou mais moleacuteculas de aacutegua) isto eacute quanto maior o grau de substituiccedilatildeo

15

eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

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6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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38

Page 15: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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eou uniformidade de substituiccedilatildeo maior a solubilidade em aacutegua A solubilidade tambeacutem

aumenta com a temperatura eacute insoluacutevel em solventes orgacircnicos mas dissolve bem em misturas

de aacutegua e solventes misciacuteveis em aacutegua como etanol (USSUY 2002)

Figura 4 Moleacutecula da Carboxmetilcelulose (In ROHR 2007)

A CMC eacute aeroacutebica e anaerobicamente biodegradaacutevel por bacteacuterias encontradas no meio

ambiente produzindo pequenas quantidades de fragmentos de CMC e accediluacutecares Poreacutem sua

biodegradabilidade varia de lenta a muito lenta (EMBRAFARMA 2010)

Devido as suas propriedades tais como solubilidade na aacutegua fria e quente aumento da

viscosidade na soluccedilatildeo habilidade para formar filme adesividade caracteriacutesticas de suspensatildeo

retenccedilatildeo da aacutegua resistecircncia a oacuteleos gorduras e solventes orgacircnicos o CMC tem uma ampla

aplicaccedilatildeo tanto na formulaccedilatildeo de muitos produtos alimentiacutecios e cosmeacuteticos como espessante

em loccedilotildees e xampus quanto no melhoramento de seus processamentos (KAumlISTNER 1996)

322 Poliacutemeros naturais modificados

Um problema encontrado em poliacutemeros naturais eacute que eles frequentemente levam muito tempo

para degradar Isto pode ser resolvido adicionando-se grupos polares agraves cadeias que por serem

mais laacutebeis podem diminuir o tempo de degradaccedilatildeo Exemplos destas modificaccedilotildees podem ser a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

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7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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38

Page 16: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

16

reticulaccedilatildeo de gelatina utilizando-se formaldeiacutedo a reticulaccedilatildeo de quitosana utilizando-se

glutaraldeiacutedo levar celulose a acetato de celulose (AZEVEDO 2002)

323 Poliacutemeros sinteacuteticos

Satildeo tambeacutem largamente utilizados como por exemplo poli(etileno) poli(aacutelcool viniacutelico)

poli(aacutecido acriacutelico) poli(acrilamidas) poli(etilenoglicol) polieacutesteres No caso dos polieacutesteres

estes satildeo mais utilizados pelo quiacutemico e tecircm no poli(glicolide) o poliacutemero alifaacutetico linear mais

simples (AZEVEDO 2002)

33 POLIacuteMERO NAtildeO BIODEGRADAacuteVEL

Satildeo utilizados na liberaccedilatildeo de princiacutepios ativos dos quais os poliacutemeros derivados de celulose e

acriacutelicos encontram vasta aplicaccedilatildeo na fabricaccedilatildeo de formas de dosagem peroral filmes

transdeacutermicos e outros dispositivos A mistura de poliacutemeros com propriedades diferentes

permitem um ajuste das formulaccedilotildees para o maior controle de liberaccedilatildeo do princiacutepio ativo

(OLIVEIRA LIMA 2006)

34 MEacuteTODOS DE PREPARACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE NANOPARTIacuteCULAS

Haacute vaacuterios meacutetodos diferentes de preparaccedilatildeo de sistemas nanoparticulados Os mais

destacados e utilizados satildeo

341 Meacutetodo Mecacircnico

Spray Drying

(secagem em spray) em que o princiacutepio ativo em soluccedilatildeo ou dispersatildeo eacute nebulisado juntamente

17

com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

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8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

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Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

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Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

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REFEREcircNCIAS

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Page 17: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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com material revestidor solubilizado ou fundido Isto eacute feito em uma cacircmara de evaporaccedilatildeo

causando a raacutepida solidificaccedilatildeo das gotiacuteculas originando as partiacuteculas (AZEVEDO 2002)

342 Meacutetodo Fiacutesico-Quiacutemico

Os meacutetodos fiacutesicos-quiacutemicos satildeo baseado na dissoluccedilatildeo do princiacutepio ativo juntamente com um

poliacutemero em determinado solvente seguida pela adiccedilatildeo sob agitaccedilatildeo constante de um natildeo-

solvente a mistura O natildeo solvente causa a precipitaccedilatildeo do poliacutemero ou pode ocorrer tambeacutem a

separaccedilatildeo de fases (chamado de processos coacervaccedilatildeo) Estes processos podem ser divididos em

simples (por mudanccedila no pH forccedila iocircnica temperatura) ou complexos (complexaccedilatildeo entre dois

polieletroacutelitos de carga oposta) A copolimerizaccedilatildeo interfacial pelo contato entre os monocircmeros

na interface forma nanocaacutepsulas (AZEVEDO 2002)

18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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SANTOS Elizabete P Nanotecnologia Fundamentos Aplicaccedilotildees e Oportunidades Disponiacutevel em httpwwwabihpecorgbrconteudonanotecnologiaRJRJ-ABIHPE-ElisabeteSantospdf Acesso em 20 de marccedilo de 2012

SHAFFAZICK SR GUTERRES SS FREITAS LL POHLMANN AR Caracterizaccedilatildeo e estabilidade fiacutesico-quiacutemica de sistemas polimeacutericos nanoparticulados para administraccedilatildeo de faacutermacos Quiacutemica Nova v26 no 5 726-737 2003 USSUY Adaulene L F Estudo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de sistemas anfifiacutelicospoliacutemeros 2002 26p Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Quiacutemica Industrial) Fundaccedilatildeo Educacional do Municiacutepio de Assis FEMAInstituto Municipal de Ensino Superior de Assis IMESA WIKIPEacuteDIA Aacutecido Esteaacuterico Disponiacutevel em httpptwikipediaorgwikiC381cido_esteC3A1rico Acesso em 09 de julho de 2012

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18

4 LEISHMANIOSE

A leishmaniose eacute uma doenccedila crocircnica de manifestaccedilatildeo cutacircnea mucocutacircnea ou viceral causada

por protozoaacuterios flagelados do gecircnero Leishmania Eacute uma zoonose comuns em animais como o

catildeo e ao homem Eacute transmitida ao homem pela picada do mosquito flebotomiacuteneos chamados de

mosquito palha (Figura) do gecircnero Lutzomyia ou Phlebotomus (BASANO CAMARGO 2004)

Figura 5 Mosquito palha transmissor da Leishmaniose

Esta parasitose ocorre na Aacutesia Europa Aacutefrica e Ameacutericas no continente americano aacute relatos

desde a eacutepoca colonial Basicamente podemos diferenciar duas formas de leishmaniose a

Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) (Figura) e a Leishmaniose Visceral Americana

(LVA) (RATH 2003)

19

Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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34

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Page 19: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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Figura 6 (A) LTA infiltraccedilatildeo nasal

(B) LTA forma vegetante (C) e (D)

diagnoacutestico diferencial da LTA (In

GONTIJO CARVALHO 2003)

Figura 7 (A) LTA forma

hiperceratoacutesica (B) LTA forma difusa

(C) e (D) diagnoacutestico diferencial da

LTA (In GONTIJO CARVALHO

2003)

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial da Sauacutede 90 dos casos de leishmaniose visceral satildeo

registrados em Bangladesh Brasil Nepal Iacutendia e Sudatildeo 90 dos casos da leishmaniose

mucocutacircnea ocorrem no Brasil Boliacutevia e Peru e 90 dos casos da leishmaniose cutacircnea

ocorrem no Afeganistatildeo Brasil Iratilde Peru Araacutebia Saudita e Siacuteria (GONTIJO

CARVALHO 2003)

A Leishmaniose eacute normalmente tratada com antimocircnios mas outras drogas tecircm sido

empregadas no tratamento como a Anfotericina B sendo indicada para o tratamento da

leishmaniose mucocutacircnea americana embora natildeo se considere faacutermaco de primeira

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eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

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5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

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6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

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Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

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7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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34

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Page 20: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

20

eleiccedilatildeo A anfotericina B pode ser incorporada em lipossomas carregadores sendo

absorvida pelo sistema reticulo endotelial onde o parasita da leishmania reside e eacute assim

pouco absorvido pelos rins o maior oacutergatildeo alvo para a toxicidade da anfotericina B (RATH

2003)

21

5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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PEREIRA Maria AlvesNanocaacutepsulas Preparaccedilatildeo caracterizaccedilatildeo e marcaccedilatildeo com 99mTc-HMPAO para estudos de biodistribuiccedilatildeo em modelo experimental de inflamaccedilatildeo 2006 103p Dissertaccedilatildeo (Poacutes-graduaccedilatildeo) Ciecircncia Farmacecircutica Universidade Federal de Minas Gerais Belo Horizonte 2006

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38

Page 21: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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5 ANFOTERISINA B

A Anfoterosina B (Figura) eacute um antifuacutengico produzido por uma cultura de bacteacuterias

Streptomyces nodosus foi inicialmente isolada em 1955 e desde entatildeo apenas alguns

agentes com accedilatildeo antifuacutengica descoberta tornaram-se viaacuteveis para o tratamento das

infecccedilotildees fuacutengicas sistecircmicas (FILIPPIN SOUZA 2006)

Figura 8 Estrutura quiacutemica da Anfotericina B (In FILIPPIN SOUZA 2006) Mesmo com sua elevada toxidade a Anfotericina B tem grande aspecto de accedilatildeo e mais de

50 anos de uso cliacutenico tecircm assegurado seu uso como faacutermaco de escolha no tratamento da

maioria das micoses sistecircmicas que atingem pacientes imunocomprometidos com febre

persistente e natildeo tiveram resposta agrave terapia antibacteriana apropriada

A Anfotericina B eacute utilizada no tratamento de pacientes com infecccedilotildees fuacutengicas

progressivas e potencialmente graves como aspergilose blastomicose candidiacutease

disseminada coccidiodomicose criptococose endocardite fuacutengica endoftalmite

candidiaacutesica infecccedilotildees intraabdominais incluindo peritonites relacionadas e natildeo

22

relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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relacionadas com o processo de diaacutelise leishmaniose mucocutacircnea Aleacutem disso a AB natildeo

tem efeito sobre bacteacuterias e viacuterus

A AB eacute contra indicado na insuficiecircncia renal e em pacientes que tenham demonstrado

hipersensibilidade a AB ou algum outro componente da formulaccedilatildeo a menos que a opiniatildeo

do meacutedico a condiccedilatildeo que requer o tratamento envolva risco de vida e seja sensiacutevel agrave

terapia com AB Deve ser utilizado somente em pacientes hospitalizados Durante o

emprego intravenoso da AB eacute comum a ocorrecircncia de reaccedilotildees agudas tais como calafrios

febre anorexia naacuteuseas vocircmitos cefaleacuteias mialgia artralgia e hipotensatildeo (REIS 2012)

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6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

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Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

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7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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38

Page 23: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

23

6 TENSOATIVO

Os tensoativos ou sufactantes como tambeacutem satildeo chamados satildeo substacircncias que diminuem

a tensatildeo superficial ou influenciam na superfiacutecie de contato entre dois liacutequidos Satildeo

tambeacutem utilizados como emulsionantes que mantem uma emulsatildeo Esses tensoativos

podem ser classificados em catiocircnicos aniocircnicos e anfoacuteteros e natildeo iocircnico (QGS 2010)

Os tensoativos catiocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar

em soluccedilatildeo aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados positivamente E os tensoativos

aniocircnicos possuem um ou mais agrupamentos funcionais que ao se ionizar em soluccedilatildeo

aquosa fornece iacuteons orgacircnicos carregados negativamente Os anfoacuteteros quando em soluccedilatildeo

aquosa possuem caracteriacutesticas aniocircnicas ou catiocircnicas dependendo das condiccedilotildees de pH da

soluccedilatildeo E o natildeo iocircnico natildeo se ionizam logo natildeo possuem carga (DALTIN 2011)

Os compostos tensoativos satildeo substacircncias anfifiacutelicas ou seja possuem em sua estrutura

molecular grupos com caracteriacutesticas antagocircnicas Em todas as moleacuteculas tensoativas haacute

um grupamento polar que possui afinidade por aacutegua denominado grupo hidrofiacutelico Na

mesma moleacutecula haacute tambeacutem o chamado grupo hidrofoacutebico que por sua natureza apolar

natildeo possui afinidade por aacutegua mas possui por substacircncias oleosas sendo chamado muitas

vezes de grupamento lipofiacutelico Todos os agentes tensoativos satildeo constituiacutedos portanto de

moleacuteculas que exibem duas porccedilotildees estruturais distintas que manifestam tendecircncias opostas

de solubilidade (PEDRO 2012)

O tensoativo utilizado neste trabalho foi o aacutecido esteaacuterico (Figura 15) ou tambeacutem chamado

de aacutecido octadecanoacuteico eacute um aacutecido graxo saturado poacute branco a levemente amarelado

insoluacutevel em aacutegua facilmente biodegradado no solo e na aacutegua e de odor caracteriacutestico

(SANTIN 2006)

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

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Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

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SHAFFAZICK SR GUTERRES SS FREITAS LL POHLMANN AR Caracterizaccedilatildeo e estabilidade fiacutesico-quiacutemica de sistemas polimeacutericos nanoparticulados para administraccedilatildeo de faacutermacos Quiacutemica Nova v26 no 5 726-737 2003 USSUY Adaulene L F Estudo das propriedades fiacutesico-quiacutemicas de sistemas anfifiacutelicospoliacutemeros 2002 26p Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Quiacutemica Industrial) Fundaccedilatildeo Educacional do Municiacutepio de Assis FEMAInstituto Municipal de Ensino Superior de Assis IMESA WIKIPEacuteDIA Aacutecido Esteaacuterico Disponiacutevel em httpptwikipediaorgwikiC381cido_esteC3A1rico Acesso em 09 de julho de 2012

38

Page 24: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

24

Figura 9 Aacutecido Esteaacuterico (In WIKIPEacuteDIA)

O aacutecido esteaacuterico eacute aplicado em cosmeacuteticos como co-tensoativo agente de viscosidade em

pomadas e emulsotildees na produccedilatildeo de cremes para barbear sabonetes loccedilotildees cremosas

xampus e medicamentos como lubrificante de comprimidos e caacutepsulas (SANTIN 2006)

25

7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

ALVES Oswaldo Luiz A nanotecnologia cumprindo suas promessas Laboratoacuterio Quiacutemica do Estado Soacutelido Instituto de Quiacutemica UNICAMP Campinas SP Brasil Disponiacutevel em httpiqesiqmuicampbrimagenspontos_vista_artigo_divulgacao_33_1_nanotecnologia_promessaspdf Acesso em 17 Outubro 2011

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RAFFIN Renata P OBACH Eliane S MEZZALIRA Graziela POHLMANN Adriana R GUTERRES Siacutelvia S Nanocaacutepsulas polimeacutericas secas contendo indometacina estudo de formulaccedilatildeo e de toleracircncia gastrintestinal em ratos Artigo Cientiacutefico Universidade federal do Rio grande do Sul RS janeiro 2003 p01-10

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7 METODOLOGIA

O procedimento experimental para a produccedilatildeo de nanocaacutepsulas seraacute realizado segundo

Guinebretiegravere et al 2002

71 MATERIAIS E REAGENTES

Carboximetilcelulose

Clorofoacutermio PA- (Synth)

Aacutecido Esteaacuterico

Acetona

Aacutegua destilada

Balanccedila Analiacutetica (Tecnal AG 200)

Balanccedila Semi-analiacutetica (Gehaka BG 1000)

Agitador magneacutetico (Quimis Q261-22)

Ultraturrax (Polytron PT-DA21202EC)

Microscoacutepio (OPTON TIM 2005-B)

Centrifuga (Tecnal)

72 VIDRARIAS

1 pipeta volumeacutetrica de 10ml

1 pipeta volumeacutetrica de 3ml

1 pipeta de paster

26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

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8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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BIO-MEacuteDICIN 2012 Cosmeacutetico Inteligente Disponiacutevel em httpsssl579websitesegurocombiomedicin2shopinfosasplang=pt_brampcodigo_texto=4 Acesso em 20 de marccedilo de 2012

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37

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38

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26

3 becker de 250ml

1 becker de 600ml

1 bastatildeo de vidro

1 espaacutetula

4 tubos de ensaio

1 pisseta

1 proveta de 100ml

73 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Preparou-se duas fases (a) a fase orgacircnica b) a fase aquosa Foram produzidos

nanocaacutepsulas na ausecircncia e presenccedila de anfotericina B

Na fase orgacircnica preparou-se uma soluccedilatildeo70 de acetona 27 de clorofoacutermio e 3 de

aacutegua destilada em um balatildeo volumeacutetrico de 250ml Na fase aquosa preparou-se uma

soluccedilatildeo 10 de acetona e 90 de aacutegua

Pesou-se em uma balanccedila semi-analiacutetica 200g do poliacutemero (carboxmetilcelulose) em um

becker de 250ml Transferiu-se o poliacutemero para o becker de 600ml e diluiu-se o poliacutemero

com 100ml de aacutegua destilada com agitaccedilatildeo constante em um agitador magneacutetico durante 20

min Deixou-se em repouso o poliacutemero em 24hs para que houvesse a hidrataccedilatildeo

Pesou-se 002g de anfotericina B e adicionou-se agrave fase aquosa

Pesou-se 350g de aacutecido esteaacuterico em um becker de 250ml e adicionou-se a soluccedilatildeo

orgacircnica para solubilizar o aacutecido esteaacuterico (tensoativo)

Depois de solubilizado o aacutecido esteaacuterico e a anfotericina B adicionou-se os dois no becker

que continha o poliacutemero hidratado

Em seguida a soluccedilatildeo foi agitada a 19000 rpm em ultraturrax durante aproximadamente

10 minutos Em seguida triplicou-se o volume com aacutegua destilada para induzir a difusatildeo do

solvente Apoacutes a adiccedilatildeo de aacutegua sobre a emulsatildeo deixou-se em repouso a soluccedilatildeo por 24hs

27

descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

28

8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

30

Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

REFEREcircNCIAS

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descartou-se o sobrenadante e levou-se o precipitado para a centrifuga durante 30 minutos

para a separaccedilatildeo das nanocaacutepsulas do solvente O solvente e parte da aacutegua foram removidas

com uma pipeta de paster

O organograma do procedimento experimental estaacute apresentado na figura

Figura 10 - Esquema do procedimento de produccedilatildeo das nanocaacutepsulas

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8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

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Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

31

Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

32

9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

33

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8 RESULTADO E DISCUSSAtildeO

A figura 11 demonstra o resultado do experimento de produccedilatildeo de nanocaacutepsulas

Na figura 11 A demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa com a anfotericina

B figura 11 B demonstra a mistura da fase orgacircnica com a fase aquosa na ausecircncia de

anfotericina B A figura 11 C mostra a emulsatildeo formada apoacutes a soluccedilatildeo ter sido colocada

no aparelho ultraturrax Deixando em repouso a soluccedilatildeo por 24h formou-se uma soluccedilatildeo

esbranquiccedilada no fundo do Becker como mostra a figura 11 D Na figura 11 E as possiacuteveis

nanocaacutepsulas foram levadas para a centrifuga para separar as nanocaacutepsulas do

sobrenadante

Figura 11 A Mistura de fases com a

anfotericina B

Figura 11 B Mistura de fases na

ausecircncia de anfotericina B

29

Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

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Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

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Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

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9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

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REFEREcircNCIAS

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Page 29: DESENVOLVIMENTO DE NANOCÁPSULAS PARA … · 2013-08-08 · Os benefícios do desenvolvimento da nanotecnologia ocorrem em todas as áreas desde chips de ... nada mais é do que a

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Figura 11 C Emulsatildeo

Figura 11 D Nanocaacutepsulas em

suspensatildeo

Figura 11 E Nanocaacutepsulas centrifugadas

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Para a visualizaccedilatildeo da formaccedilatildeo de nanocaacutepsulas retirou-se um aliacutequota da soluccedilatildeo

contendo as possiacuteveis nanopartiacuteculas e adicionou-se em uma lamina de microscoacutepio e

verificou-se a formaccedilatildeo dessas pequenas partiacuteculas Observou-se uma possiacutevel formaccedilatildeo

dessas nanopartiacuteculas mas natildeo se pode ter certeza do resultado obtido pois o microscoacutepio

utilizado foi o oacuteptico onde a visualizaccedilatildeo dessas nanocaacutepsulas eacute dificultado Os diluentes

utilizados tambeacutem pode ser que natildeo colaboraram para um melhor resultado do

experimento A figura 12 e 13 demonstra a observaccedilatildeo feita no microscoacutepio oacuteptico

Figura 12 Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

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Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

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9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

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observadas satildeo nanocaacutepsulas

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Figura 13 - Possiacuteveis nanocaacutepsulas observadas no microscoacutepio oacuteptico

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9 CONCLUSAtildeO

Os resultados de microscopia demonstram a formaccedilatildeo pequenas estruturas esfeacutericas poreacutem

outros meacutetodos de caracterizaccedilatildeo devem ser utilizados para confirmar se as estruturas

observadas satildeo nanocaacutepsulas

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REFEREcircNCIAS

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