desenho montagem memória das Águas do xingu

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DESENHO DA MONTAGEM INTERVENÇÃO ARTÍSTICA MEMÓRIA DAS ÁGUAS DO XINGU ALTAMIRA – AMAZÔNIA – PARÁ - BRASIL 2013

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DESENHO DA MONTAGEM INTERVENÇÃO ARTÍSTICA MEMÓRIA DAS ÁGUAS DO XINGU

ALTAMIRA – AMAZÔNIA – PARÁ - BRASIL

2013

FICHA TÉCNICA

Artistas: Fernando Oliveira, Eneida Melo, Denise Graça, Zeh Roberto Prates, Ivonete Ferreira, Socorro Damasceno, Aécio Alves, Lorena Anastácio e Vinícius D. Moreira.

Operadores de som: Denise Graça, Vinícius D. Moreira e Eneida Melo.

Técnico de som e luz: Vinícius D. Moreira.

Operadores de luz: Eneida Melo, Aécio Alves, Vinícius D. Moreira, Lorena Anastácio e Socorro Damasceno.

Textos e poemas de Socorro Damasceno, Zeh Roberto, Eneida Melo, Lorena Anastácio, Vinicius D. Moreira e José Ribamar.

Músicas de Mestre Verdelinho, Os Incríveis, Segura o Cordão, Ruy Barata, Socorro Damasceno e Lorena Anastácio.

Concepção e montagem: coletiva.

Direção artística: Trupe Malalô Contadores de Histórias e Cia. Papo Show.

Realização:

Parceiros:

Apoio Cultural:

Projeto Rodas de Direito – UFPA – Campus Altamira GEABI – UFPA – Campus Altamira Movimento Negro ICMBio/MMA AMOMEX

ROTEIRO: performances, textos, sombras e músicas

I. A CHEGADA Todos Ação: Cortejo Música: Licencê, licençá (Domínio público) Senhores donos da casa Senhores donos da casa Como vai, como passou Como vai, como passou Viemos pedir licença Viemos pedir licença Pra contar nossa história Pra contar nossa história Ô licencê, ô licençá Ô licencê, ô licençá Foi agora que eu cheguei, que eu vou me apresentar! Foi agora que eu cheguei, que eu vou me apresentar! Instrumentos: Eneida - Curimbózinho Fernando - Maracas Vinícius - Tambor Lorena - Pandeiro Interação com o público na entrega dos Barquinhos: Socorro – Ivonete – Beto – Denise – Aécio Os Contadores de Histórias vão em cortejo até ocupar a frente formando um U e cantam o último refrão: ô licencê, ô licença... Depois da música falam: Lorena – Este espetáculo é uma realização da Fundação Nacional das Artes - FUNARTE/ Ministério da Cultura Eneida – Fundação Tocaia Help – Cia Papo Show Vinícius – Trupe Malalô Contadores de Histórias Beto – Território Livre Ivonete – Com apoio do ICMBio e Associação dos Moradores da Resex Rio Xingu, UFPA, UEPA, Movimento Negro de Altamira Assovio da Matinta e risadas de todos saindo da frente do público

II. ENTRADA DA MATINTA Fernando Oliveira

Texto norteador: Nasce a água e a mata (bioma) Imagem: matas ciliares e o Xingu Árvores, pássaros, animais, peixes, boto, jacaré, cobra grande, saci, matinta, encantados, indígenas Um Território tranquilo e abundante Nasce o Rio Xingu Nascem os encantados do Xingu e todos os seres das águas, em seguida os seres da mata. Por último o homem e a mulher... Matinta pede um tabaco e acende um cigarro. Dá umas três baforadas no cigarro. Depois dá três assovios e vai saindo enquanto Lorena toca o cabuletê. Socorro Damasceno entra recitando o poema: Sob a linha do Equador Nasceu a paixão brasileira Nasceu o encontro da selva O brilho da paz verdadeira. Quem canta lá na castanheira Fazendo vibrar toda mata As árvores tão altaneiras Fazem delirar as cascatas Arara das matas. Arara também é uma tribo De índia de pele morena Morena que corre nas matas Na mata enfeitada de pena Que pena, que pena Todos, exceto Zé Rob, entram cantando em uníssono (só vozes): “Que pena o homem educado, tornou-se selvagem no entanto, destruindo o verde das matas, a mata que traz todo encanto, um canto, um canto...”

III. O CONTADOR DE HISTÓRIAS Zé Roberto Prates. Fernando Oliveira na sombra O contador de histórias entra com banquinho e se posiciona na luz. Texto norteador: Nuvens cinzentas, carregadas tão baixas que quase tocavam as copas das arvores. Eram nuvens carregadas de agua que vaziam chover em toda a cidade. Ian e vinha, hora caiam, hora emergiam para longe do céu.

Composição de

Imagens do Rio no

projetor multimídia e

Cobra de Tipiti –

Vinícius e Socorro

Eu ali, na beira do rio vendo o movimento das aguas refletir o toque das gotas da chuva. Parecia que o rio dançava, e dançava seu bailado natural embalado por redemoinhos, repuxos e embalado pelo vento... Foi num sopro desses que chegou o pescador, foi quando acordei, aprumei o corpo, no tempo de esfregar os olhos ouvi a noticia:

Ô tá sabendo? Cobra grande quer falar com você. Fernando atrás da sombra manipula boneco fazendo o diálogo com o contador de histórias (Zé Rob)

Mas como, se eu não busquei o meu maracá?

Falar com os encantados não é coisa fácil de se dar. Tem de entrar no fundo de um lago e buscar seu maracá.

Já que a cobra grande quer agora mesmo eu vou lá.

IV. O MARACÁ ENCANTADO, A COBRA GRANDE E A ENCANTADA DAS ÁGUAS Aécio Alves e Lorena Anastácio O homem busca seu maracá e encontra a cobra grande. Música: Maracá encantado (Lorena Anastácio) Meu maracá encantado no fundo do Rio está Meu maracá encantado que faz a cobra girar Meu maracá é quem canta para floresta acordar Meu maracá é que encanta e faz a cobrar dançar Canta maracá, ê ê que faz girar Canta maracá, xamã veio te buscar Canta, canta maracá, ê ê que faz girar Canta maracá, xamã veio te buscar Vinícius manipula a sombra e depois com o corpo na sombra nadando, Lorena borrifa a água, Lorena e Eneida cantam o Maracá Encantado, a música acelera, Vinícius entra com o tambor, a luz apaga, Aécio manipula a sombra com copo de água e lanterna. Quando acaba a música Lorena grita: Olha a Cobra Grande aí gente. Entra a cobra grande com a música Carimbó “Esse rio é minha rua” – Todos embaixo da Cobra mais convidados

Música: Esse Rio é minha rua (Paulo André Barata) Esse rio é minha rua Minha e tua, mururé Piso no peito da lua Deito no chão da maré Pois é, pois é Eu não sou de igarapé Quem montou na cobra grande Não se escancha em puraqué Rio abaixo, rio acima Minha sina cana é Só de pensar na mardita

Me alembrei de Abaeté BIS Pois é, pois é... Eu não sou de igarapé Quem montou na cobra grande Não se escancha em puraqué Me arresponde boto preto Quem te deu esse piché Foi limo de maresia Ou inhaca de mulher? BIS Pois é, pois é... Eu não sou de igarapé Quem montou na cobra grande Não se escancha em puraqué

A cobra grande sai dançando e envolvendo as pessoas com sua magia. Quando todos estavam contagiados pela beleza da cobra eis que ela se transforma numa linda moça. A cobra vai para trás da sombra a música vai abaixando até desaparecer e a luz da sombra se acende - Lorena aparece na sombra A moça começa a contar: Vendo-me assim, encantada, mulher em corpo de cobra, conversei com o xamã, que ali foi me buscar. Muitas pessoas me confundem pensam que sou um bicho peçonhento pronto para atacar, por isso empunham suas armas querendo me matar. Quando falam comigo eu respondo. Homem é que está me matando. Por isso vim aqui. Sou a guardiã das águas.

V. DANÇA DA ENCANTADA DAS ÁGUAS Lorena Anastácio, Eneida Melo, Denise Graça, Vinícius Moreira, Socorro Damasceno Dança de Oxum. No balanceio, seio do rio, ondas em volteio se agitam e a mulher em corpo de cobra desaparece n’água da magia.

Depois da fala Lorena estátua e Eneida e Denise balançam o tecido que dá movimento a água até encobrir a mulher cobra À medida que a água sobe os instrumentos com som de água fazem o efeito - Zé Rob e Fernando usam o paiá de seringa e jatobá Lorena vai desaparecendo na sombra, o tambor começa com repique de Vinícius e Help. Denise e Eneida iniciam a coreografia atrás da sombra, depois passam para a frente do público com o ritmo ijexá, Lorena dança atrás da sombra. Eneida e Denise fazem a dança e se retiram Coreografia: Entram caminhando com o ijexá na ponta de um pé

Posicionamento e troca de ritmo Movimentos: 1. Água: 4 na altura média e 4 na baixa 2. Espelho de oxum com giro: 4 tempos para a direita e 4 pra esquerda 3. Caminhada: 8 pra frente 4. Facão: 8 5. Caminhada para trás: 8 6. Pulo festivo: 11 7. Balanço dos braços para trás e caminhando para trás em retirada 8. A cobra da direita para a esquerda passa na sombra e desaparece

VI. A CONTADORA DE HISTÓRIAS Lorena Anastácio. Zé Rob, Fernando e Help na sonoplastia

A contadora de histórias entra falando – texto norteador: Do alto do morro Viam-se os meandros do rio. As voltas que as águas dão Seguem os movimentos da Rosinha, Cobra Norato, Sucuri... Cobra grande encantada que habita aquelas águas. Peixes, tartarugas, jacarés, botos, estão todos confusos Sonoplastia: peixes – boca e assovio azul, tartaruga: bloco sonoro, boto: assovio de

passarinho, jacaré: sanfona Tentando entender o que vem acontecendo de estranho. Uns cantos secos e barrentos, outros cheios demais. Sonoplastia – atrita uma semente na outra Cobra Grande sofrendo pra navegar. A cada mergulho tende a se engatar. Resolveu viajar para o problema desvendar. Sonoplastia – Kalimba Saiu do Cajuí na companhia do jacaré dourado Seu parceiro protetor Que ficou encarregado De informar aos irmãos O que for encontrando Ao longo da jornada. Subindo o rio foram sendo aclamados Sonoplastia – gritos em comemoração Pela bicharada que ficava Na esperança dessa dupla Conseguir matar a xarada. Sonoplastia – prato chinês Música Carimbó das Rolinhas se inicia e as Rolinhas aparecem na sombra

Eneida se posiciona com tambor e

rolinha atrás da sombra

VII. APARIÇÃO DAS ROLINHAS CONTADORAS DE HISTÓRIAS Eneida Melo e Vinícius Moreira Música: Carimbó das Rolinhas (Socorro Damasceno) Falemos mana falemos mana Falemos mana vamos falar Falemos mana falemos mana Vamos falar vamos falar vamos falar (2X) Tem que ter cuidado Melhor não escutar Porque essa história Você não pode contar (2X) E se ouviu e contou Em pedra se transformou E quem ouvir e contar Em pedra se transformará. (2X) Socorro: voz e violão Vinícius: tambor Fernando: Maracá Lorena: reco reco Eneida: curimbozinho (atrás da rolinha na sombra) Obs.: Entrada dos instrumentos - Violão de Socorro, depois tambor da rolinha. Todos cantam. Os outros instrumentos entram na estrofe: “Tem que ter cuidado, melhor não escutar...” Rolinha I: A poesia brota do simples Ouça a canção das águas xinguanas Tudo aqui é saúde mana Rolinha II: Tudo canta, dança, encanta Mas energias sombrias Caminham por essas bandas

Década de 40 aponta mudanças Segunda guerra mundial

Rolinha I: É, mudanças sombrias!!! O capeta capital,

Dessa seiva vai provar A mudança será triste! Guerra? É a civilização vindo pra cá Acompanhada do irmão desenvolvimento E esse canto de sabiá Essas árvores, água, seres, não sei como ficará. Sonoplastia: Berimbau ressoa - Fernando

Eneida

Vinícius

Eneida

VIII. APARIÇÃO E DIÁLOGO DAS LAVADEIRAS CONTADORAS DE HISTÓRIAS Lorena Anastácio e Ivonete Ferreira Ivonete e Lorena entram cantando trecho da música Lavandeira com bacia na cabeça, organizam a tábua, se posicionam na luz e iniciam a lavação das roupas sentadas Música: Lavandeira - Segura o Cordão Eu vou cantar com a voz da lavandeira Eu vou lavar a roupa suja Roupa suja se lava em casa Onde eu morro lava no rio No rio se lava a vida toda No rio onde eu lavo meus pés Eu vou cantar com a voz da lavandeira Eu vou lavar a roupa suja Roupa suja se lava em casa Onde eu morro lava no rio No rio se lava a vida toda No rio onde eu lavo meus pés E lavandeira o que mata é o pecado é que o povo diz Lavandeira É que o povo diz Lavadeiras iniciam o diálogo Texto norteador: Brancos, pretos, amarelos e vermelhos O governo vai mandar Para os banzeiros do Xingu Serão soldados da borracha Do Brasil de norte a sul Sua missão será riscar Os caules das seringueiras E extrair dali a seiva, Látex. Que alimentará a guerra Que tristeza! Pense, usar nossa borracha, uma coisa tão bonita Uma coisa que a natureza nos dá pra sustento E levar pra fazer guerra. Não dá...

E aquelas rolinhas faladeiras? Viu elas aí Comadre? Um, um. Vi nada...

Lavadeiras saem para pendurar as roupas no varal fazendo comentários e somem gradativamente

IX. RETORNO DAS ROLINHAS Eneida Melo, Vinícius Moreira, Socorro Damasceno, Fernando Oliveira e Lorena Anastácio

Rolinhas aparecem na sombra falando sobre a transamazônica

Rolin I: Percebeu como nossa paisagem mudou? Será que aquela história alguém contou Rolinha II: Não sei mana, mas num grande pedral aqui estou e antes não tinha uma pedrinha para fazer um favor (risos) Rolinha I: Bem mana, dizem que a guerra acabou. Muitas vidas foram ceivadas pela ambição dos governantes Rolinha II: Triste, muito triste. A guerra só aparentemente acabou. Rolinha II: É mana, o babado é forte 2 décadas pós guerra Um golpe militar A ditadura e agora... A transamazônica Repica o tarol e o tambor e começa a música “Este é um país que vai pra frente” Enquanto acontece a música passam imagens da transamazônica - Denise Vinícius: tarol Fernando: tambor Socorro e Lorena: voz Ao terminar as imagens, termina a música Música: Este é um país que vai pra frente (Os incríveis) e trecho da música Eu te amo meu Brasil (Os incríveis) Este é um Pais que vai pra frente. Ou, ou, ou, ou, ou. De uma gente amiga E tão contente. Ou, ou, ou, ou, ou. Este é um Pais que vai pra frente. De um povo unido. De grande valor. É o pais que canta. Trabalha e se agiganta. É o Brasil do nosso amor.

É o pais que canta. Trabalha e se agiganta. É o Brasil do nosso amor. Eu te amo, meu Brasil, eu te amo Meu coração é verde, amarelo, branco, azul-anil Eu te amo, meu Brasil, eu te amo Ninguém segura a juventude do Brasil! Sonoplastia: Berimbau – Fernando

X. VOLTA DAS LAVADEIRAS Ivonete Ferreira e Lorena Anastácio

Entram conversando no bafafá Texto norteador: É comadre o tempo passa né E nós aqui lavando roupa É... mais eu quase que fiz a passagem. Só nesse ano peguei dengue duas vezes! E Diz que o desenvolvimento chegou né? É tá chegando desde aquela época dos soldados da borracha, depois veio de novo com a transamazônica e agora sabe qual é a nova desse tal desenvolvimento? Não! Vão colocar um muro, um barramento, no meio rio. Tem até nome de bonito: Belo Monte! Uns cantos ficam secos, outros alagados... O quê? Onde já se viu barrar o rio? Onde que a gente vai parar? Como a gente vai viver? Os pescador sem pesca, os agricultores sem terra e os homens e animais como vão navegar e nós? Como é que vamos lavar nossa roupa? É...e tem mais comadre, depois ainda tem a mineração o que vai acontecer com a Amazônia em Comadre? Uma lavadeira – Lorena – sai para colocar as roupas no varal conversando com a outra – Ivonete. Ambas tentam pensar em uma solução e lembram que o Contador de causo da comunidade pode saber, já que sabe de muita coisa...

Zé Roberto entra e dialoga com a Lavadeira (Ivonete) recitando “Amazonizar o mundo”. A lavadeira continua esfregando a roupa e ouvindo.

XI. AMAZONIZAR O MUNDO Zé Roberto Prates

Amazonizar o mundo é se sensibilizar Reordenar o território, as “cuencas” unificar Indígenas, quilombolas, populações tradicionais Recursos Naturais, Recursos Culturais Biosfera, Biodiversidade, Conhecimentos... Socializar Humanos somos parte da Teia da Vida Predadores integrantes da Cadeia Alimentar Igarapés, Rios, Terras, Florestas, Bichos, Povo... Humanizar é Harmonizar Construção do futuro ou destruição? Temos ou não temos que optar? Planejar processos de informar... Comunicar Agendas 21 profetizar Pan Amazônia Cooperar Cada bacia individualizar Local e global, pensar e atuar Para um novo tempo de libertação almejar Conflito é PACIFICAR Pensar conservar, pensar preservar Novas gerações da gaia vai precisar Da terra não poderemos mudar Usar recursos da natureza? Temos ou não temos que pagar? A quem é permitido negociar? Águas, terras, madeiras, sementes, gente Direitos de tod@s assegurar Sociedades livres comunidades saudáveis Elevado IDH... Tod@s vivenciar Justiça socioambiental podemos conquistar Cidadania capacitar Novas tecnologias adequar na produção que Praticar Urbanidades reterritorializar e sanear Coalizões em Rede exercitar Em vez de a Amazônia globalizar O mundo todo AMAZONIZAR. Zé Rob termina de recitar e a Lavadeira – Ivonete – inicia seu pedido

XII. PEDIDO AOS ENCANTADOS Encantados dessas águas Cobra grande moça bela Boto Rosa sedutor Jacaré Dourado Príncipe encantador Ajudem nosso Xingu A passar por essa dor Trecho Poesia “Chorando Rios” Tou chorando rios Tou no meio do mato Já me deu calafrios Te contei um fato Fernando com berimbau: o som ressoa

Socorro e Eneida manipulam a sombra. Aparecem os encantados na sombra: folha

colorida e animais

Socorro canta, mas o público não a vê, enquanto folha colorida e encantados aparecem

na sombra:

Minha casa é sua casa A terra Deus que nos deu O Rio Xingu barrado A política enlouqueceu Presidenta socialista Veja o monstro que nos deu Ela é capitalista Credo em Cruz, valha-me Deus Lorena inicia o toque do pandeiro e canta Grande - todos no coro No último refrão todos vem pra frente e cantam juntos só voz Lorena fala: Eu contei minha história, entrei na boca da onça, saí na ponta do dente, quem quiser que conte outra, ó xente! Apagam-se as luzes

Ivonete acende a vela ou

lamparina iluminando o próprio

rosto e fala

(Fala muito enfática)

MAPA DE LUZ

ESQUEMA DE ILUMINAÇÃO

MAPA DE PALCO

1 – Mesa de sonoplastia, violão e microfones 2 – Atabaque 3 – Caixas de som 4 – Tela de sombra 5 – Cobra Grande