desafios e ersectivas do cidado na atalidade

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1 “DESAFIOS E PERSPECTIVAS DO CUIDADO NA ATUALIDADE” COMISSÃO ORGANIZADORA CIENTIFICA Karina Amadori Stroschein Normann Dayane de Aguiar Cicolella Daisy Zanchi de Abreu Botene COMISSÃO AVALIADORA Matheus Gomes Cocaro Kelly Ribeiro de Freitas Viana Ezequiel Teixeira Andreotti Diogo Ducatti Jaqueline Ramires Ipuchima Cristine Kasmirscki Adriane Zanon COMISSÃO ORGANIZADORA DO EVENTO Adriane Zanon Dayane de Aguiar Cicolella Daisy Zanchi de Abreu Botene Jean Mauhs Karina Amadori Stroschein Normann Liciane Dresch Tais Anelo

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“Desafios e perspectivas Do cuiDaDo na atualiDaDe”

COMISSÃO ORGANIZADORA CIENTIFICA

Karina Amadori Stroschein Normann

Dayane de Aguiar Cicolella

Daisy Zanchi de Abreu Botene

COMISSÃO AVALIADORA

Matheus Gomes Cocaro

Kelly Ribeiro de Freitas Viana

Ezequiel Teixeira Andreotti

Diogo Ducatti

Jaqueline Ramires Ipuchima

Cristine Kasmirscki

Adriane Zanon

COMISSÃO ORGANIZADORA DO EVENTO

Adriane Zanon

Dayane de Aguiar Cicolella

Daisy Zanchi de Abreu Botene

Jean Mauhs

Karina Amadori Stroschein Normann

Liciane Dresch

Tais Anelo

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APRESENTAÇÃO

A Semana de Enfermagem- IPA “Desafios e perspectivas do cuidado na atualidade”, do Centro Universitário Metodista IPA foi realizada no dia 21 de maio de 2019 para celebrar o Dia Internacional da Enfermagem comemorado mundialmente no dia 12 de maio. O objetivo central do evento foi disseminar e divulgar os conhecimentos e as experiências entre profissionais da equipe de enfermagem, estudantes e áreas afins para corroborar com os desafios e as perspectivas do cuidado na atualidade. A programação científica foi concentrada em um dia, nos três turnos, contemplando uma diversidade de temas que fazem parte do cotidiano dos profissionais.

A programação científica teve início com a conferência de abertura que contextualizou o tema Nursing Now, com a participação de professora/pesquisadora externa com destaque no cenário. Na sequência, o programa contemplou duas palestras, uma sobre as migrações/violência contra a mulher e a outra sobre a saúde indígena. Ocorreram oficinas que elucidaram as atualizações e os cuidados ao paciente estomizado, e as atualizações e cuidados com cateteres centrais. Também foram oferecidas palestras sobre o cuidado ao paciente com Febre Amarela, e o reconhecimento e a prevenção do suicídio. A programação teve a participação de 8 convidados que compartilharam seus conhecimentos e expertise nos diferentes assuntos contemplados na programação científica.

O evento contou com a apresentação de 50 temas livres sob o formato de e poster com apresentação oral, sendo uma oportunidade de troca de experiências entre profissionais, estudantes e o público do evento. Todas as apresentações tiveram avaliadores que julgaram os trabalhos. Esta edição da “Revista Eletrônica de Enfermagem IPA – REENFI”, apresentará os 20 primeiros trabalhos.

Convidamos a todos para a leitura desses trabalhos para ampliarmos a construção e a divulgação de conhecimentos na enfermagem, qualificando o cuidado em saúde com os resultados e reflexões advindas da Semana de Enfermagem IPA.

Comissão Organizadora Cientifica

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE COM USUÁRIOS ESTOMIZADOS E SEUS

FAMILIARES: RELATO DE EXPERIÊNCIA DISCENTE

Autoras: Pamela da Silva Assmann, Nildete Vargas PozebomOrientadora: Karina Amadori Stroschein Normann

Introdução: No Brasil e no mundo, o número de pessoas estomizadas vem crescendo cada vez mais e isso requer um olhar mais direcionado a essa população e também a formação de profissionais da saúde qualificados e capacitados para orientar e atender essa demanda adequadamente. Os estomas intestinais são aberturas no abdômen, que funcionam como um novo caminho, construídos cirurgicamente ou não, para eliminarem fezes ou urina em uma bolsa. Eles ainda são um tabu para muitos, mas na verdade eles não passam de um olhar para qualidade de vida. Objetivo: Relatar a minha vivencia como acadêmica de enfermagem frente à educação em saúde, realizada com usuários estomizados e seus familiares. Método: Relato de experiência. Realizado no período de fevereiro a abril de 2019, em serviço especializado de estomaterapia, no município de Porto Alegre. Resultados e Discussões: Minha vivencia no serviço especializado de estomaterapia, que conta com uma enfermeira e duas auxiliares de enfermagem, foi muito importante para minha formação acadêmica. São agendadas consultas de enfermagem para usuários que receberam alta hospitalar com um estoma. Os usuários e seus familiares chegam até o serviço com muitas dúvidas sobre como cuidar do estoma e da pele ao redor, da alimentação, da ingesta hídrica, etc. É realizada uma troca de saberes, sanando todas as dúvidas, entre a enfermeira e os usuários que possibilita uma aprendizagem significativa dessas pessoas, partindo da realidade de cada um. Conclusões: É muito importante, que, em um serviço especializado, haja profissionais capacitados para atender a demanda, que seja um atendimento humanizado e com integralidade, envolvendo a troca de saberes entre usuário e profissional da saúde para que o usuário seja incluído em seu tratamento.

Descritores: Estomas Peritoneais, Especialização, Sistema Único de Saúde.

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A TRANSIÇÃO DE TÉCNICO DE ENFERMAGEM PARA ENFERMEIRO: PRINCIPAIS DESAFIOS ENFRENTA-

DOS PELOS GRADUANDOS

Autora: Gisele Almeida dos SantosOrientadora: Cristine Kasmirscki

Introdução: A transição de técnico de enfermagem para enfermeiro é um processo lento e difícil. O graduando precisa deixar de atuar como técnico e assumir suas competências de enfermeiro com responsabilidade. Esta transição é feita de forma gradual e progressiva para permitir uma melhor adaptação à aprendizagem das novas tarefas e do novo papel a ser desempenhado. Quando o profissional transita para a função de gestão de uma equipe ele adquire um novo status que envolve mais poder. Ele deve ser preparado para assumir a nova função, este fato deve ocorrer simultaneamente. Objetivo: Descrever os principais desafios encontrados na literatura sobre o processo de transição de técnico de enfermagem para enfermeiro durante a graduação de enfermagem. Método: Revisão de literatura, incluindo artigos publicados entre os anos 2010 e 2019, na base de dados Scielo. Resultados e Discussões: A partir da análise da literatura científica observou-se que os principais desafios são: estarem atuando como técnicos de enfermagem enquanto fazem a graduação de enfermagem (está atividade dificulta o processo de troca de função, pois eles ainda se veem como técnicos e não totalmente como enfermeiros); dificuldades em deixar de pensar e agir como técnicos (a reconstrução da identidade profissional, a troca de papéis e função demora para ocorrer); liderar e delegar funções. Nota-se que existe uma grande dificuldade em se desligarem da antiga função. Ocorre uma incerteza, de como devem agir e pensar. Os “modelos de enfermeiros” internalizados e a expectativas, muitas vezes irrealistas, acabam por ter uma transição profissional com diversas dificuldades. Considerações finais: Os resultados do presente estudo apontaram que há muitos desafios neste processo de transição. Compreender o universo dos acadêmicos que atuam como técnico e identificar seus principais desafios, são de extrema relevância para que possam ser trabalhados durante esse período, com o intuito de facilitar está transição, garantindo a qualificação profissional com sucesso.

Descritores: Enfermagem. Processo de transição. Acadêmicos da Graduação.

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A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO PRESTADO AOS CASAIS INFERTEIS

NA ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE

Autora: Suelen Mariano Seibel Orientadora: Cristine Kasmirscki

Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a infertilidade já é considerada um problema de saúde pública sendo reconhecida como uma patologia. No Brasil, estima-se mais de 278 mil casais em idade fértil com problemas de conceberem seu filho. Considera-se infértil o casal que não ocorra a gestação, após 12 a 18 meses de relações sexuais constantes e regulares. Deste modo, a infertilidade pode-se dividir em quatro causas, sendo 25% fatores hormonais femininos, 25% fatores anatômicos femininos e 40% fatores masculinos e 10% por causas idiopáticas. A Atenção Básica (AB) tem o objetivo de proporcionar o primeiro atendimento aos usuários com infertilidade, fazendo com que o enfermeiro seja responsável, juntamente com a equipe multidisciplinar, nas orientações sobre o problema do casal infértil. Objetivo: Descrever o papel do enfermeiro na assistência prestada aos casais inférteis na Atenção Básica em Saúde. Método: Revisão bibliográfica, realizada nas bases de dados do SCIELO, LILACS E PUBMED, com artigos em língua portuguesa, publicados nos últimos 10 anos. Resultados e Discussão: A AB é um espaço adequado para o aconselhamento reprodutivo e o início da investigação da infertilidade e tratamento de algumas doenças que possam interferir negativamente no processo de reprodução. É fundamental a atuação do enfermeiro na orientação ao casal infértil. Seu papel no planejamento reprodutivo na AB deve ser de auxiliar sobre os métodos naturais possíveis que o casal pode utilizar para alcançar a gestação. Além disso, o enfermeiro tem o papel fundamental em realizar atividades educativa, tanto individual, quanto em grupos para seus usuários, salientando a todos a importância do tema. O enfermeiro deve orientar os usuários para que tenha o domínio da autopercepção e enfretamento sobre o que está passando, em busca da resiliência, fazendo com que o casal reconheça a fisiologia e o funcionamento do seu organismo, permitindo que muitas vezes eles tenham uma maior aceitação de todo o processo, e principalmente, facilitando o diálogo para que possa ser feito os encaminhamentos necessários para os serviços secundário especializados. Considerações finais: O enfermeiro tem o papel

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fundamental e atuante no tratamento do casal infértil. Salienta-se ainda, a importância do acolhimento e do envolvimento da equipe multidisciplinar neste processo, com maior sensibilização, conscientização e humanização, buscando sempre a dialogicidade e singularidade com cada usuário, e promovendo ações voltadas para a saúde da mulher e do homem, buscando promover a saúde sexual e reprodutiva. Cabe destacar, que os enfermeiros envolvidos com a assistência aos casais inférteis devem prezar sempre pela autonomia dos usuários nos serviços de saúde e garantindo aos mesmos o acesso universal aos demais serviços especializados do SUS.

Descritores: Infertilidade; Atenção Básica de Saúde; Enfermagem.

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MOLA HIDATIFORME: RELATO DE EXPERIÊNCIA EM UM AMBIENTE

ACOLHEDOR

Autores: Cristian Brutti,Cristiane Kornelo, Gisele FerreiraOrientadora: Adriane Zanon

Introdução: A Mola Hidatiforme é uma complicação da gravidez que pode se agravar para uma Neoplasia maligna. No ocidente, a proporção é de 1000 a 2000 gestações confirmadas como DGT(Doença Gestacional Troflobástica), apenas um estudo Brasileiro sobre o tema indica que o atendimento de um hospital centro de referência (que é o único), de acolhimento e tratamento das gestantes, mostra um percentual pequeno da patologia em relação ao Ocidente. O resultado da doença é a fecundação de um óvulo sem núcleo ativo, todos os genes são de origem paterna causando a perda precoce do embrião e proliferação excessiva do tecido trofoblástico. O seu sintoma com abortamento incompleto, o diagnóstico é obtido após avaliação histológica de material curetagem. Objetivo: Relatar a experiência discente na enfermagem em relação à doença trofoblastica e divulgação dos centros de referência do estado. Método: Relato de experiência em campo de estágio, dos acadêmicos do curso de Enfermagem Quinto semestre. Conhecer, acolher e observar as vivências dos profissionais no dia a dia, em um grande centro de referência no estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre em Mola Hidatiforme. Resultados e Discussões: Evidenciamos protocolos específicos que facilitam o tratamento e rastreamento da mãe mantendo seus dados de contato atualizados, após a identificação da doença, neste período a gestante é acompanhada pelo um centro de referência de Doenças Trofoblásticas, encontrando acolhimento psicológico e terapêutico durante todo tratamento que segue por um ano e depois deste período a paciente está de alta para uma futura gestação normal. Durante nesse período de estágio na instituição de referência do estado, conhecemos e entrevistamos os dois médicos deste projeto, informando o declínio no número de casos nos últimos dez anos, ou seja, de 2008 até 2018 houve uma diminuição significativa, além disso, foram coletadas informações de gráficos e tabelas confirmando o resultado . Conseguimos ter a oportunidade de conhecer o Centro de pesquisa científica sobre DTG que é um lugar inovador, demonstra fotos de gestantes que vivenciaram a doença e obtiveram a cura espontânea. Conclusões: Durante a realização desse trabalho, concluímos que foi muito gratificante em conhecer mais

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sobre a Doença Trofoblastica e o centro de referência em Porto Alegre, acompanhando todo o trajeto dessas pacientes e estudando que após a doença é possível gerar uma gestação sem alterações. Identificamos que há pouco conhecimento e divulgação desse centro de referência no estado, onde tem acolhimento do início ao final de seu tratamento com a cura total da doença após gerando uma nova gestação.

Descritores: Mola Hidatiforme, diagnóstico, tratamento.

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PROMOÇÃO EM SAÚDE DA MULHER NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA

FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Suelen Mariano Seibel, Thaís Eillen Pires BrandãoOrientadoras: Karina Amadori Stroschein Normann, Dayane de

Aguiar Cicolella

Introdução: A Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem como seu papel estabelecido ações de promoção em saúde, com o viés da qualidade de vida da população, intervindo nos fatores que colocam a saúde em risco. Desta forma, com a atenção integral, igualitária e contínua, a ESF se fortalece como uma porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS). Tem como princípio realizar ações e trabalhar de forma interdisciplinar possibilitando que todos os profissionais atuem na ESF. Assim, estabelecendo estratégias que viabilizem o acesso dos usuários dentro da sua realidade potencializando a ação do acolhimento e humanização em saúde. Então, para que isso ocorra, é necessário que a equipe promova melhorias no acesso da população buscando sempre o público alvo de cada ação. Objetivo: Relatar a experiência discente de enfermagem na participação da ação de promoção em saúde da mulher em uma ESF. Método: Trata-se de um estudo de relato de experiência realizado em um ESF da gerência distrital Noroeste/Humaitá/Navegantes e Ilhas, no dia 30/03/19, sábado, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Resultados e Discussões: Foi estabelecido consultas de enfermagem agendadas e de demanda espontânea, assim o acolhimento proposto buscando a promoção em saúde das usuárias no sábado estabelecido como um dia de mutirão. Teve como pauta saúde da mulher, sendo ofertado citopatológico (CP), teste rápido, solicitação de mamografias, métodos contraceptivos, planejamento familiar, orientações sobre Infecções sexualmente transmissíveis (IST’S) e outras comorbidades. Desta forma, foi estabelecido uma meta de realização de 20 coletas de CP e 20 realizações de teste rápido. A experiência relatada permitiu 18 coletas de CP e 15 realizações de teste rápido, consequentemente não fechando a meta estabelecida pela equipe. Com isso foi possível ver que às vezes as usuárias infelizmente não acessam o serviço mesmo quando há flexibilidade de dia e horário. Há uma grande evasão das usuárias deixando as ações com baixo índice de adesão, ficando difícil de estabelecer um percentual de cobertura apropriada, visto que a sensibilização para população

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apresenta fragilidades. Através do atendimento das usuárias que buscaram as atividades ofertadas na ESF, vimos que são usuárias que sempre realizam os exames periodicamente, trazendo consigo um empoderamento, mantendo um vínculo com a equipe. Conclusão: Enfatizamos a necessidade da equipe interdisciplinar da ESF sempre promover essas ações que possibilitam o acesso das usuárias em dias alternativos e campanhas de conscientização, para chegarmos no público alvo com intuito de realizar ações de promoção em saúde. Desta forma, havendo um destaque especial aos agentes de saúde que fortalecem o vínculo da equipe com o serviço de saúde, bem como reconhecem as dificuldades de acesso da população que interferem no acolhimento.

Descritores: Promoção da Saúde, Estratégia da Saúde da Família, Educação em

Saúde.

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ACOLHIMENTO NO CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ALCOOL E DROGAS (CAPS AD): RELATO DE

EXPERIÊNCIA DISCENTE

Autora: Aline Ferreira Atz FallavenaOrientadora: Karina Amadori Stroschein Normann, Daysi Botene

Introdução: O tratamento de pessoas em situação de dependência química muitas vezes é abordada de forma preconceituosa, em contexto de criminalização, punição e isolamento social através de internações em manicômios. O CAPS AD tem com finalidade acolher as pessoas em situação de dependência química. O acolhimento é uma intervenção que envolve a escuta ativa. Também destaca-se a garantia da reinserção social do usuário, bem como no mercado de trabalho e fazê-lo acessar aos serviços da rede de atenção em saúde. Objetivo: Relatar a vivência acadêmica de enfermagem frente ao acolhimento realizado no CAPS AD. Método: Relato de experiência. O estágio curricular da saúde coletiva iniciou no mês de agosto de 2018, e encerrou no mês de novembro do mesmo ano, no CAPS AD, no município de Porto Alegre. Resultados e Discussões: Depois de vinte dias de início do estágio pude participar do acolhimento e fazer contato com os usuários, observando suas necessidades. Destaca-se que alguns usuários iam ao CAPS por medida educativa, ou em sofrimento psíquico em decorrência ao uso excessivo de substâncias psicoativas, ou possuíam transtornos psíquicos correlacionados ao uso de substâncias psicoativas. O acolhimento aplica como método a escuta ativa ao usuário, buscando resolução dos problemas por ele apresentado, permeando também o fortalecimento do vínculo entre o serviço de saúde mental substitutivo com as pessoas em situação de dependência química. O CAPS AD 3 oferece assistência vinte e quatro horas por dia. Existem 10 leitos com internação e o usuário pode ficar durante 14 dias sendo assistido por médicos clínicos, psiquiatra, enfermeiro, terapeuta ocupacional, técnicos de enfermagem como terapeuta de referência até o momento da alta. Os usuários possuem plano terapêutico individual, criado pelo terapeuta de referência, ou optam pelo plano periódico, em que passam o dia no CAPS realizando atividades dirigidas pela equipe. O CAPS é uma ferramenta para reintegrar o indivíduo na sociedade, mas muitos usuários estão em situação de rua e vêem a instituição apenas como subterfúgio. O maior desafio dos usuários e equipe do CAPS é a reintegração aos vínculos

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de trabalho e família. Durante os acolhimentos notei que a humanização do cuidado em saúde se faz necessária, pois quando a confiança é estabelecida o tratamento se torna muito mais eficaz. Ter uma escuta sem julgamentos é essencial. Conclusão: Através dessa experiência os usuários obtêm soluções positivas para seus problemas, pois conseguem local para dormir, se alimentar, realizar higiene, trabalho e atividades que geram vínculos sociais e condições reais de sustento, além da melhoria da autonomia, da autoestima e dos vínculos familiares. É no acolhimento que o profissional tem a possibilidade de ser um facilitador no processo de cuidado fazendo com que o indivíduo não perca a autonomia.

Descritores: Acolhimento, Saúde Mental, Equipe Multidisciplinar.

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M-HEALTH COMO PREVENÇÃO E DETECÇÃO DE RISCO DE SUCIDIO

NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autores: Ezequiel Teixeira Andreotti, Silvio César Cazella, Jaque-line Ramires Ipuchima, Marcos Vinicius Pivetta, Angel Gabriel

Arieta, Márcia Pettenon, Orientador: Ygor Arzeno Ferrão

Introdução: O suicídio é um problema de saúde pública, que vem despertando a atenção de estudiosos, de como descobrir uma forma prévia de detecção do risco de suicídio. O fenômeno suicida é presenciado pelos profissionais da saúde em seu ambiente de trabalho, através do ser cuidado, principalmente, a nível hospitalar. Relacionando o suicídio, o ambiente de trabalho dos profissionais da saúde e o avanço da tecnologia da informação entende-se oportuna a inserção de um aplicativo para dispositivos móveis visando apoiar a detecção do risco de suicídio pelos profissionais da saúde. O aplicativo irá calcular a taxa de risco de suicídio do profissional da saúde, através das respostas a um questionário, persistindo as informações para estudo e acompanhamento, a fim de agir efetivamente em pacientes com alta taxa de risco suicida.

Objetivo: Desenvolver um protótipo de um aplicativo para dispositivos móveis visando apoiar a detecção do risco de suicídio pelos profissionais da saúde. Métodos: Como método de pesquisa tem-se a revisão bibliográfica e prototipação para o desenvolvimento do aplicativo. O protótipo está sendo desenvolvido na plataforma Ionic, para que haja assim possibilidade de ser utilizado nos dois sistemas operacionais móveis mais utilizados atualmente (iOS e Android). Os dados são persistidos em arquivos JSON, localmente, para que os dados sejam protegidos de um possível vazamento. O aplicativo terá como usuário primário os profissionais da saúde, e o secundário será o paciente respondendo o questionário. As interfaces estão sendo projetadas para tornar o uso do aplicativo intuitivo e seu design se relaciona ao tema principal abordado. O protótipo foi aplicado nos hospitais que fazer parte a pesquisa, por seis profissionais da saúde, sendo 2 enfermeiros e 4 médicos. O projeto foi aprovado pelos Comitê de ética da Universidade Federal em Ciências da Saúde de Porto Alegre - UFCSPA sob o número do parecer: 2.465.977, Hospital Santa Rita sob o número do parecer: 2.739.735 e Hospital Materno Infantil Presidente Vargas sob o número do parecer: sob o número

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do parecer: 2.465.977. Resultados e Discussão: O protótipo se encontra em desenvolvimento efetivo, já foi testado em campo. Após a aplicação em

campo, gerou-se um banco de dados, aonde todos dados coletados foram postos em um

arquivo xls. A intenção futuramente é comparar um documento padrão ouro utilizado

em hospitais com o protótipo e validar o questionário que foi gerado através da revisão

bibliográfica e análise de especialistas.Conclusão: Este protótipo representa um incentivo à pesquisa e produção de soluções mHealth. para a área da saúde, buscando agilizar o processo de coleta de informações para que haja uma melhor e mais rápida práxis profissional em relação ao paciente com risco de suicidio no ambiente hospitalocêntrico.

Descritores: Saúde; Escala; Suicídio; Tecnologia

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CENTRO DE REFERENCIA PARA INFECÇÕES SEXUAIS TRANSMISSÍ-

VEIS ISTS –RELATO DE EXPERIENCIA DISCENTE

Autora: Franciele dos Santos Correa GiglioOrientadoras: Karina Amadori Stroschein Normann, Daisy Botene

Introdução: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. As orientações em relação ao uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Servindo também para evitar a gravidez. Objetivos: Relatar a experiência discente durante as consultas de enfermagem com pessoas com ISTs. Método: O relato de experiência ocorreu durante o estágio curricular de saúde coletiva em um CRIE - Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais, no município de Porto Alegre, no turno tarde, período de março a abril de 2019. Resultados e Discussões: Destaca - se a importância da orientação em relação ao uso da camisinha, que segue sendo a melhor forma de prevenção de doenças e promoção a saúde. Educando sobre o uso dos preservativos, que podem ser retirados gratuitamente em unidades de saúde. Informar que toda relação sexual desprotegida pode estar em risco, não importa a idade, classe social, gênero e orientação sexual. Um alerta muito importante nas consultas de enfermagem é que as pessoas mesmo aparentemente saudáveis, podem estar infectadas por IST. Todos os usuários tem o direito assegurado ao acesso a prevenção, diagnóstico e tratamentos, tais como os preservativos masculinos e femininos, testes rápidos para HIV, sífilis e Hepatites B e C, PEP (profilaxia pós-exposição ao HIV), imunizações para HPV e hepatite B. Cada vez mais observa-se a necessidade de compartilhar com os usuários maiores esclarecimentos já que muitos não tem acesso aos seus direitos e também desconhecem as formas de ter acesso ao diagnósticos. Mesmo com divulgações por redes sociais, cartazes e mídias para a sociedade ainda é um tabu e para aqueles que adquiriram uma IST. Para estas pessoas informa-las que passarão a ter

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novos hábitos e que diversos desafios surgirão devido a nova condição de vida, muitos passaram a sofrer com discriminação da sociedade em que vivem, para amenizar esta transição, podemos promover mudanças para que estas pessoas tenham e convivam na mesma sociedade como antes, sem nenhuma interferência do novo quadro, novos hábitos serão adquiridos, mas a qualidade oferecida será a mesma para todos sem preconceitos e com novos aceitos, para equidade de cada um. Mostrar para a sociedade de que os riscos são iguais para todos. Conclusões: Através da descrição do assunto apontado como acadêmica de enfermagem, o assunto está em evidencia agora por apresentar uma nova terminologia que passou de DST para IST, isso porque as Doenças são sintomáticas e as Infecções em alguns indivíduos podem ser assintomáticas, cabendo aos discentes de campos de estágio de saúde coletiva possam divulgar, alertar e esclarecer de todas as formas o que a de novo sobre um assunto, demostrando que não é só nome que elas se modernizam e sim nas novas infecções que podem aparecem para comprometer mais a saúde do indivíduo infectado.

Descritores: Doenças sexualmente transmissíveis, Enfermagem.

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PARTO DOMICILIAR: UMA ESCOLHA PARA A AUTONOMIA

Autora: Isadora LimaOrientadora: Cristine Kasmirscki

Introdução: A cada ano acontecem no Brasil cerca de 3 milhões de nascimentos. Consolidado em nossa cultura, o nascimento no ambiente hospitalar se caracteriza pela adoção de várias tecnologias e procedimentos com o objetivo de torná-lo mais seguro para a mulher e seu filho. Observa-se um crescente, porém tímido, movimento em que algumas mulheres têm optado por vivenciar a experiência do parto natural em ambiente domiciliar. O parto é uma etapa do ciclo da vida, que pode ser vivenciado de forma segura, na intimidade da casa. A opção pelo parto em casa revela a afirmação desta compreensão e o desejo de experiênciá-lo num ambiente íntimo e acolhedor. Contudo, é indispensável a ajuda de profissionais para assegurar que os procedimentos obstétricos e neonatais sejam os mais apropriados e feitos de forma segura Objetivo: Identificar através da literatura científica os motivos que levam as mulheres à escolha o parto domiciliar. Método: Revisão bibliográfica, realizada nas bases de dados do SCIELO e LILACS, com artigos publicados entre 2015 e 2018. Para realizar a busca, foram utilizados os seguintes descritores: Parto domiciliar; enfermagem obstétrica; parto humanizado. Foram encontrados 34 artigos, mas somente 3 foram selecionados de acordo com à temática proposta. Resultados e Discussões: Através da análise dos artigos pode-se identificar que os motivos que levam as mulheres à escolha o parto domiciliar são: a autonomia que estas têm quanto ao ambiente, a presença de seus acompanhantes que no hospital é restrito à apenas uma pessoa; e em casa, além do companheiro, podem ter doulas, filhos e outros acompanhantes; o fortalecimento da autonomia e domínio sobre o parto e nascimento, que permite a mulher fazer as suas escolhas sobre como conduzir este momento, tomando decisões por seus corpos e seus filhos. Considerações finais: As parturientes vêm desconstruindo a cultura hospitalocêntrica, no qual muitas vezes são coagidas a procedimentos que não desejam. O parto domiciliar permite o protagonismo e autonomia da mulher, sendo destacado como o principal desta escolha. É preciso pensar, também, em questões como a o acesso universal ao Parto Domiciliar, uma vez que essa modalidade é apenas particular, sendo que todas mulheres em gestações de baixo risco podem ser atendidas no contexto domiciliar sem o aumento dos riscos para si e para seus filhos.

Descritores: Parto domiciliar; Enfermagem Obstétrica; Parto Humanizado

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A ATUAÇÃO DE UMA EQUIPE MULTI-PROFISSIONAL FRENTE CRIANÇAS

EM CUIDADOS PALIATIVOS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autoras: Jéssica Teloken, Kaline LuizOrientador: Jean Mauhs

Introdução: Cuidado Paliativo é uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Ao prestar cuidados paliativos à criança, o enfermeiro desempenha a abordagem holística, pois volta o seu olhar não somente para a dimensão física, mas também procura amenizar as preocupações psicológicas, sociais e espirituais da criança e da família, pois acredita que mesmo não sendo possível obter a cura da enfermidade, estará melhorando a qualidade de vida do ser cuidado ajudando-o nesse momento particular. Objetivo: o presente trabalho tem como propósito relatar a atuação e condutas de uma equipe multiprofissional frente casos observados de crianças internadas em cuidados paliativos, observando e enfatizando as condutas e intervenções relevantes. Método: trata-se de um relato de experiência de enfermeiros que atuaram juntamente com a equipe multiprofissional em casos de crianças internadas em cuidados paliativos em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Resultados e Discussões: Durante um curto período acompanhou-se dois casos de crianças internadas em cuidados paliativos em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica. Uma das crianças esteve internada em processo de cuidado até o óbito e outra criança esteve internada em cuidados paliativos até a alta da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica para a Enfermaria Pediátrica. Ocorreram reuniões multiprofissionais com a família, foram autorizadas visitas de irmãos menores, os pais foram incluídos nos cuidados à criança, dentre outras condutas que tiveram como finalidade minimizar o impacto negativo que o processo paliativo provoca às famílias. As condutas dos profissionais que atuaram no cuidado à criança foram de grande relevância para contemplar a humanização do cuidado e oferecer suporte emocional às famílias. Conclusão: A equipe multiprofissional desempenha um papel essencial para os pacientes

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em cuidados paliativos, aliviando o sofrimento através de medidas que reduzam desconfortos e sofrimento da criança e da família, atendendo às necessidades fisiopatológicas, psicológicas, sociais e espirituais, uma vez que esse momento gera um grande impacto na experiência familiar.

Descritores: Cuidados Paliativos; Enfermagem; Pediatria.

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A PERCEPÇÃO DAS ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM SOBRE O PAPEL DO

ENFERMEIRO EM UM CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR

Autores: Talitha Peralta Dias, Byanka de Moraes Bueno DornellesOrientadora: Karina Amadori Stroschein Normann

Introdução: Diante do contexto atual em que a saúde se encontra em relação às Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) é essencial para os acadêmicos de enfermagem entender a importância da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Devido ao fato de que, as IRAS são efeitos adversos que elevam o tempo de internação, a morbidade e a mortalidade dos pacientes, além de aumentar os custos para a instituição. Destaca-se, o enfermeiro possui papel de grande relevância na composição da CCIH. Objetivo: Relatar a percepção das acadêmicas de enfermagem durante o estágio extracurricular sobre o papel do enfermeiro em um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). Método: Relato de experiência vivenciado pelas acadêmicas de enfermagem acerca da realização de estágio extracurricular de 2018 a 2019, em um SCIH de um hospital de grande porte, da cidade de Porto Alegre. Resultados e Discussões: Foi possível perceber que o enfermeiro possui grande autonomia e diversas responsabilidades, frente ao SCIH. As atribuições como vigilância de processos, regulação dos leitos e unidades de isolamento, orientações para os profissionais de saúde, revisão e construção de normas técnicas, a busca ativa de infecções são alguns dos deveres dos profissionais enfermeiros em um controle de infecção hospitalar. A divulgação de indicadores de infecção, a criação e execução de treinamentos também são funções exercidas pelos profissionais de controle de infecção hospitalar. A oportunidade dos acadêmicos de passar pela experiência de estágio é de aspecto fundamental para uma formação diferenciada. Visto que, propicia a vivência diária do fluxo de um serviço de saúde, que precisa estabelecer ações diferenciadas frente às adversidades encontradas no ambiente hospitalar. Além do mais, é possível a construção de um futuro enfermeiro consciente acerca da ampliação do seu do seu cuidado em saúde. Se faz necessário o comprometimento, responsabilidade, a empatia e a humanização pelo bem-estar proporcionado por seu cuidado. Já que, durante a formação encontra-se a vivência assistencial, que atrelada a experiência do trabalho de vigilância do setor em questão pode

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revelar-se um outro perfil de prática profissional. Conclusão: Através dessa vivência entende-se quão essencial é o papel do enfermeiro nesse setor. O aprendizado não se restringe apenas à formação científica, mas também proporcionam o crescimento pessoal, o amadurecimento em trabalhar as relações interpessoais, bem como a aquisição da habilidade para lidar com a inevitável hierarquia presente todos os ambientes de trabalho.

Descritores: Controle de Infecções; Infecção Hospitalar; Enfermagem.

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VIVÊNCIAS COM O CUIDADO – MEMÓRIAS DE FORMAÇÃO

Autora: Janaína Pacheco de Lima.

Orientadora: Miriam Buógo

Introdução: O cuidado é a essência da Enfermagem, sendo primordial, durante a formação nesse curso, a reflexão crítica sobre o aprendizado do cuidado. Objetivo: narrar vivências de formação de uma acadêmica de Enfermagem na perspectiva do cuidado. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter (auto) biográfico, que utilizou a narrativa para construção do memorial de formação. Resultados e Discussões: a escrita deste memorial foi um exercício árduo, uma mistura de sentimentos e emoções, porém um momento de descobertas, reflexões, momento de entendimento pessoal e profissional. As minhas experiências pessoais me ensinaram o cuidado com confiança e a lidar com a morte de uma maneira mais tranquila. As vivências profissionais, como técnica de enfermagem, me proporcionaram desenvolver habilidades com o cuidado que, no início, era mecanicista, porém, ao longo da prática, acrescentei “pitadas” de humanização A graduação me instigou a reflexão, a buscar o conhecimento vinculando a teoria com a práxis, me permitiu novas descobertas e, enquanto enfermeira, singularizar o cuidado que executo. No decorrer do curso ocorreu uma transição paradigmática, interessei-me por assuntos que não faziam sentido antes, hoje tenho outra ótica sobre o cuidado do planeta e de enfermagem. Compreendo que a empatia se faz necessária, e que o cuidado singularizado implica uma escuta qualificada. Conclusão: experiências pessoais, profissionais e acadêmicas na perspectiva do cuidado, foram essenciais para tornar-me uma cuidadora. Sendo assim, fui desenvolvendo atributos de maneira empírica. Hoje com o conhecimento e a reflexão tenho consciência de como se deu essa transformação. Através da escrita reflexiva, me tornei uma enfermeira consciente de como desejo cuidar: com respeito, dignidade, lealdade, empatia, altruísmo, sensibilidade e amorosidade.

Descritores: cuidados de enfermagem; educação em enfermagem; autobiografia;

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A IMPORTÂNCIA DA UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE EM REGIÕES

DE DIFÍCIL ACESSO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: Andrés Garibotti, Daísa SplendorOrientadora: Karina Amadori Stroschein Normann

Introdução: A saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução de agravos a saúde e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Uma alternativa inserida em Porto Alegre, resultado do projeto Poa Solidária, desenvolvido por voluntários em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, é a Unidade Móvel de Saúde, que atende principalmente as regiões de difícil acesso, com moradores impossibilitados de receber atendimento em saúde ou que não conseguem se deslocar até uma unidade de saúde. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica de enfermagem na UM. Métodos: Relato de experiência sobre a Unidade Móvel de Saúde, vivenciada no período de fevereiro a abril, do ano de 2019, durante a disciplina do Estagio Curricular Saúde Coletiva. Resultados e Discussões: Os atendimentos realizados pela equipe na Unidade Móvel de Saúde e que foi possível acompanhar como acadêmicos de enfermagem, destaca se o oferecimento de vacinas, curativos, procedimentos e medicamentos, além de exames rápidos como testes de gravidez e de infecções sexualmente transmissíveis, entre outros atendimentos para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Salienta se que Porto Alegre é considerada uma das cidades com melhor qualidade de vida entre as cidades brasileiras, entretanto, quando falamos em índices sociais, esta apresenta grande disparidade entre os bairros e regiões, com dados realmente preocupantes. A Unidade Móvel de Saúde atende regiões de extrema vulnerabilidade social e dificuldade de acesso à saúde, atuando em uma Unidade básica de saúde (UBS) percebemos a importância do serviço da unidade móvel, que se preocupa em inserir o usuário como protagonista no cuidado em saúde, identificando suas fragilidades e necessidades, corroborando para promoção em saúde e a qualidade de vida. A Unidade Móvel de Saúde traz melhorias significativas aos usuários, pois possibilita que equipe se aproxime mais dos usuários de forma permanente, englobando uma saúde mais solidária, humana

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e principalmente resolutiva. Verificamos princípios muito presentes nas ações desenvolvidas na Unidade Móvel de Saúde, como a territorialidade, o vínculo, a continuidade e o planejamento local, resultando assim em uma promoção de saúde cada vez mais eficiente. É um desafio imenso, tendo em vista que são pessoas com baixa renda e escolaridade. Conclusões: Pode se observar que o trabalho realizado pela equipe multidisciplinar é especial e de extrema importância, garantindo o acesso à saúde aos usuários da região, com avaliação criteriosa dos fatores condicionantes e determinantes do processo saúde e doença, todos os esforços são direcionados a essas pessoas que buscam o cuidado em saúde.

Descritores: Atenção Primária à Saúde, Promoção da Saúde e Saúde Pública.

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O ACOLHIMENTO NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA ACADÊMICA DE

ENFERMAGEM

Autora: Naimar Vireira Piegas Orientadora: Karina Amadori Stroschein Normann

Introdução: O acolhimento na atenção básica em saúde possibilita uma reflexão acerca dos processos de trabalho em saúde, pois possibilita uma relação concreta e de fortalecimento de vínculo entre o usuário e o profissional ou a equipe, estando relacionada diretamente pelos princípios do Sistema Brasileiro de Saúde. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica de enfermagem sobre o acolhimento vivenciado durante o estágio curricular na Unidade de Saúde da Família. Método: Relato de experiência, vivenciado no período de fevereiro a abril do ano de 2019, de segunda a quinta, na disciplina estagio curricular saúde coletiva, numa Unidade de Saúde da Família, pertencente a Gerencia Distrital Noroeste Humaitá Navegantes Ilhas, do município de Porto Alegre. Resultados e Discussões: Na Unidade de Saúde da Família foi possível acompanhar o acolhimento com foco no atendimento humanizado para ampliação do cuidado em saúde. O acolhimento tem o foco no usuário como um todo, onde ele é acolhido na porta de entrada da unidade de saúde, por um profissional da área da saúde identificando a sua prioridade. Como rotina, os sinais vitais são verificados pelo técnico de enfermagem que encaminha ao acolhimento com a enfermeira que faz a escuta ativa. Caso haja a necessidade, o usuário acaba sendo direcionado ao atendimento médico. Destaca-se que por meio do acolhimento, onde o usuário é acolhido por demanda espontânea, tendo como ferramenta principal a escuta ativa se faz necessário identificar as singularidades de cada indivíduo. Ao mesmo tempo no acolhimento, destaca se que a enfermeira na atenção básica possui autonomia na realização do teste rápido, das consulta de pré-natal, da coleta de citopatológico, das visitas domiciliares, dos curativos, como também para solicitar exames laboratoriais, ecografia, mamografia. Evidencia-se a qualidade no atendimento através do acolhimento visando agilidade no atendimento, buscando a resolutividade, o término de filas e diminuição no tempo de espera. Considerações Finais: Conclui-se que o acolhimento é de suma importância no atendimento ao usuário, pois o mesmo sendo realizado de forma efetiva e humanizada determina a qualidade dos serviços de saúde prestado.

Descritores: Acolhimento, Saúde, Humanização.

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RODA DE CONVERSA SOBRE ALEITAMENTO MATERNO COM

PUERPERAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA DAS ACADÊMICAS

DE ENFERMAGEMAutoras: Helenara Santiago Rosa, Samanta Griller Pinto

Orientadora: Karina Amadori Stroschein Normann

Introdução: A amamentação é mais do que nutrir uma criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussão no estado nutricional da criança no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica de enfermagem sobre uma ação educativa realizada em forma de roda de conversa sobre o aleitamento materno para puérperas que estavam prestes a ganhar alta do alojamento conjunto. Método: Relato de experiência durante o estágio hospitalar referente à vivencia da disciplina intitulada, Saúde do Homem e da Mulher, no setor do alojamento conjunto, no segundo semestre do ano de 2017, as acadêmicas do curso de bacharelado em enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior, do município de Porto Alegre. Resultados e Discussões: A atividade educativa consistiu na condução da roda de conversa sobre amamentação, tendo como facilitadoras as acadêmicas de enfermagem para o momento de ensino e aprendizado, partindo das singularidades das puérperas no alojamento conjunto, que estavam por ganhar alta. Foram abordados temas, como a importância do aleitamento materno exclusivo, a posição e a pega correta para amamentar, os cuidados com as mamas, os direitos e deveres das mães, as orientações de registro do recém-nascido, a importância da consulta de enfermagem com orientações pós-parto. A experiência ressaltou a importância de existir a roda de conversa sobre aleitamento materno, visto que se pôde perceber nas mães que participavam deste grupo que as mesmas se sentiam acolhidas através da problematização e saíam com suas dúvidas esclarecidas, principalmente as mães oriundas da primeira gestação. Conclusão: Através desta atividade as acadêmicas de enfermagem conseguiram identificar as fragilidades e as potencialidades das puérperas em relação ao aleitamento materno, fortalecendo o vínculo da mãe com o bebê, assim as acolhendo para que elas se sentissem à vontade para esclarecer suas dúvidas quaisquer que fossem. Também ressaltando que o grupo foi de extrema importância para que as acadêmicas pudessem desenvolver sua autonomia tanto quanto seu ensino aprendizado.

Descritores: Aleitamento materno, Estudante de enfermagem, Educação em saúde.

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INFECÇÃO PRIMÁRIA DE CORRENTE SANGUÍNEA APÓS A IMPLEMENTA-ÇÃO DE AÇÕES MULTIPROFISSIO-NAIS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autora: Marina Uranga da Rocha SilvaOrientadora: Karina Amadori Stroschein Normann

Introdução: A infecção primária de corrente sanguínea (IPCS) relacionada a cateteres centrais, é considerada um problema de saúde pública que resulta em desfechos desfavoráveis. Esta infecção associa-se ao aumento da taxa de mortalidade, maior tempo de internação e consequentemente ao aumento de custos. O desafio para prevenir danos aos pacientes é cada vez maior e, portanto, são necessárias medidas de prevenção para a redução das infecções. Objetivo: Relatar a experiência acadêmica de enfermagem frente a redução da taxa de IPCS de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto após a implementação de ações multiprofissionais. Método: Relato de experiência, a partir da vivência em relação às taxas de IPCS, em UTI adulto, em um hospital público, do município de Porto Alegre, no período de janeiro a dezembro de 2016, antes da implementação das ações e janeiro a dezembro de 2017, após a implementação das ações. Resultados e Discussões: Foi possível acompanhar antes e após a implementação de ações multiprofissionais na UTI adulto. A taxas de IPCS, do período de 2016 a 2017 observou-se que houve redução significativa das taxas de IPCS nos períodos mencionados. Após a implementação do round multiprofissional semanal, contratação de um médico rotineiro, realização de uma campanha e capacitações sobre higiene das mãos, bonificações para as equipes que atingissem a meta de adesão de higienização das mãos e educação continuada sobre medidas de prevenção de infecções. Conclusão: Diante do resultado obtido, conclui-se que o processo de controle da IPCS não é tarefa fácil, pois resulta de muitas ações com abordagem multiprofissional com impacto nas rotinas assistenciais, também é necessário o apoio da equipe assistencial e gestores para que essas ações surtam o efeito na redução das infecções.

Descritores: Infecção hospitalar ,Cateteres venosos centrais, Educação continuada.

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A ENFERMAGEM NO CUIDADO HUMANIZADO À PESSOA HOSPITALI-

ZADA EM SITUAÇÃO CRÍTICA

Autora: Fernanda Trindade de CastroOrientadora: Miriam Buógo

Introdução: A hospitalização e o adoecimento de uma pessoa representam rupturas no seu cotidiano e também em seus familiares, demandando muitas vezes um cuidado intensivo e humanizado da equipe de enfermagem. Na maioria das vezes, o indivíduo deixa de trabalhar, rompe o vínculo com amigos e família e deixa de realizar atividades habituais. Objetivo: Narrar as experiências pessoais e acadêmicas de cuidado humanizado à pessoa hospitalizada em situação crítica. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter (auto) biográfico, que utilizou a narrativa para construção do memorial de formação. Resultados e discussões: A escrita deste memorial proporcionou que eu identificasse as mudanças que ocorreram em mim desde o início do curso de enfermagem. Esta transformação ocorreu no meu jeito de ver o paciente, os familiares e na vontade de não só cuidá-los fisicamente, mas também psicologicamente e tranquilizá-los frente ao que estão vivendo, auxiliando-os no enfrentamento desta situação. Pessoas vítimas de trauma ou em estado crítico estão suscetíveis emocionalmente, expostas fisicamente e isoladas socialmente. É preciso aprender a viver novamente, a se aceitar e aceitar as novas condições de vida, adaptar-se e ser otimista em relação ao processo de recuperação. Conclusão: A humanização do cuidado está diretamente ligada a estes doentes e suas famílias, é importante ver a pessoa na sua totalidade e singularidade para prestar uma assistência qualificada. Desse modo, compete ao enfermeiro estar presente e ser um facilitador neste processo de resiliência trabalhando em equipe, repensando sua prática de cuidado e proporcionando conforto para amenizar a dor e o sofrimento da pessoa hospitalizada e seus entes queridos.

Descritores: Enfermagem de cuidados críticos; Educação em Enfermagem; Autobiografia.

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MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO DE

GESTANTES SOROPOSITIVAS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores: John Lennon dos Santos, Vaneza de Andrade

da Fontoura do Cantos , Cassiana Borges SoaresMaria Cecília Gomes Paim, Mariana Branco da SilvaOrientadoras: Karina Amadori Stroschein Normann,

Maria Élida Machado

Introdução: Mesmo com as estratégias já estabelecidas para a prevenção da transmissão vertical (TV) do HIV, ainda são necessários avanços para conter a epidemia em gestantes e crianças, levando em conta o cuidado, a adesão ao tratamento e a retenção destas populações aos serviços de saúde. Objetivo: Relatar a experiência frente ao acompanhamento e monitoramento das gestantes, com foco no pré-natal e na adesão à terapia antirretroviral (TARV) em um serviço de saúde especializado no tratamento de HIV/Aids. Método: Relato de experiência vivenciado na disciplina Estágio Curricular de Saúde Coletiva, em um serviço de referência para o tratamento do HIV, no município de Porto Alegre, no período de 25/02/2019 a 13/06/2019. Resultados e discussões: É realizado o monitoramento e o acompanhamento de aproximadamente quarenta gestantes soropositivas ao mês. Semanalmente são realizadas buscas nos sistemas de informações como Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM) para averiguar a data de retirada da TARV, sistema de agendamento próprio do ambulatório, em busca de gestantes faltosas, bem como o Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos (SISCEL), para verificação de exames como carga viral (CV) e CD4, e laboratório local com intuito de averiguar a realização de exames bioquímicos solicitados. Com isso, é alimentada uma planilha que contém dados do pré-natal da gestante (idade gestacional, monitoramento do SISCEL e SICLOM, histórico da doença e outras comorbidades) e do parceiro, dados do parto (via de parto, TARV no parto) e o acompanhamento do recém-nascido (RN) até o seu desfecho (18 meses). No dia das consultas de pré-natal, é realizado um grupo de gestantes no formato de sala de espera, que acontece uma conversa entre as gestantes e o discente de enfermagem, enfermeira, odontóloga e técnica de enfermagem. Isso acontece para criar

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vinculo e confiança entre profissionais e usuárias, para manter a gestante retida no serviço. Conclusão: O monitoramento e o acompanhamento, o grupo de gestantes, a equipe multidisciplinar, as participações mensais no Comitê de Transmissão Vertical e o vínculo com a rede são fundamentais para a adesão destas gestantes ao tratamento, reduzindo assim as chances da TV. Com este acompanhamento é possível observar que a taxa de TV vem diminuindo desde a implantação do monitoramento até os dias de hoje.

Descritores: Enfermagem. HIV. Gravidez.

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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS: RELATO

DE EXPERIÊNCIA DISCENTE

Autora: Tatiana Bandeira Pereira Orientadora: Liciane Costa Dresch

Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma patologia de surgimento silencioso, que acomete milhares de pessoas no mundo, e cujas complicações mais frequentes atingem o sistema renal, circulatório, ocular, entre outros. Os dispositivos mais frequentes para o sucesso da adesão ao tratamento da DM incluem práticas educativas em saúde, que envolvem os profissionais de saúde trabalhando, em proposta interdisciplinar, junto a usuários e familiares. É de responsabilidade de toda equipe de saúde o processo educativo, com fortalecimento de vínculos e compartilhamento de informações sobre diferentes complicações clínicas e psicológicas. Objetivo: Relatar uma experiência discente acerca do processo educativo em DM, aliando a arte e informação em saúde. Métodos: Relato de experiência do estágio da disciplina Saúde do Adulto e Idoso, em conjunto com a disciplina Projeto Interdisciplinar em Educação em Saúde, do curso de Enfermagem do Centro Universitário metodista –IPA. Resultados e discussões: Ao longo do estágio foram utilizadas estratégias de sensibilização sobre DM, de caráter informativa e artística. Através de um esquete teatral, os acadêmicos propuseram uma interação entre usuários e familiares, com o objetivo de refletirem conjuntamente sobre estilo de vida, alimentação saudável e, principalmente, sobre o protagonismo do indivíduo no seu tratamento e nos hábitos de vida. Os participantes foram convidados a refletir sobre o seu autocuidado, as medicações em uso e demais particularidades que esta enfermidade acarreta no cotidiano de cada um. Tal prática possibilitou a construção de uma reflexão coletiva sobre como é viver com DM, e, sobretudo, como reconhecer o autocuidado enquanto prática potente e construída conjuntamente com as equipes de saúde. A partir da linguagem teatral, problematizaram-se e questionaram-se as técnicas prescritivas usualmente utilizadas pelos profissionais de saúde, os saberes populares e as “fake news” acerca de tratamentos milagrosos utilizados na DM. Conclusão: Ao final do estágio, depois das apresentações da esquete e dos momentos de interação com os usuários e

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familiares, pode-se observar que a atividade educativa e artística promoveu importante vínculo entre enfermeira, equipe multidisciplinar, acadêmicos e participantes. A sensibilização acerca dos riscos e cuidado na DM podem repercutir positivamente na qualidade de vida dos indivíduos, e que propostas educativas em saúde promovem a reflexão sobre o papel de cada um em seu processo de cuidado individual. A DM deve ser discutida e divulgada para além de práticas prescritivas, para melhor conhecimento dos pacientes e familiares. A informação em saúde, alicerçada na arte, na escuta qualificada e no respeito às escolhas individuais, pode ser dispositivo diferenciado no processo de cuidado em doenças crônicas.

Descritores: Enfermagem, Diabetes, Educação em saúde.

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RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A ELABORAÇÃO DE UM FOLDER EDUCATIVO SOBRE A SIFILIS

CONGÊNITA

Autoras: Fernanda Marques, Juliana SouzaOrientadora: Karina Amadori Stroschein Normann

Introdução: A sífilis é considerada como um grave problema de saúde pública no Brasil. A sífilis congênita ocorre a transmissão da gestante para o concepto por via transplacentaria que pode ser transmitida em qualquer fase gestacional ou estágio da doença materna. A gestante pode ser infectada não tratada ou que abandonou o tratamento. Mesmo após o tratamento, as mulheres que tiveram sífilis durante a gestação apresentam um risco maior, como possibilidade de óbito fetal, perinatal ou neonatal, recém-nascido pré-termo e recém-nascido baixo-peso, do que as mulheres sem a infecção. A construção de materiais educativos como ferramenta para auxiliar na ampliação do cuidado em saúde como uma prática social, cujo processo contribui para a formação da consciência crítica dos indivíduos a respeito de seus problemas de saúde, a partir da sua realidade, e estimula a busca de soluções individuais e coletivas. Objetivo: Relatar a experiência discente frente a importância da elaboração de um folder educativo sobre a Sífilis Congênita na disciplina de Epidemiologia. Método: relato de experiência a partir da vivencia na disciplina de Epidemiologia, do curso de bacharelado, de uma Instituição de Ensino Superior, do município de Porto Alegre, no mês de outubro 2018. Resultados e Discussões: A disciplina de Epidemiologia proporcionou um espaço para construção e apresentação critica reflexiva de um material educativo, neste caso o folder. Para elaboração do folder foi possível que cada estudante pudesse escolher uma temática. Isto possibilita a aprendizagem significativa. A metodologia utilizada, a problematização e a relação de ensino aprendizado possibilitou a ampliação do olhar para a construção do folder. Com a breve busca de materiais para construção para elaboração do folder sobre sífilis congênita e a metodologia utilizada, foi identificado a importância de que durante a graduação se faz necessário ampliar formas de abordar a educação popular em saúde com a população de risco com o olhar da integralidade. Conclusão: Constatou-se que esse momento oportunizado pela disciplina de Epidemiologia, proporcionou um aumento do conhecimento sobre sífilis congênita em gestantes, além disso, elucidou a reflexão crítica e a problematização como ferramentas que podem ampliar o cuidado em saúde.

Descritores: Sífilis congênita, Gestantes, Educação em saúde.