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Derivações sintáticas: representações em estruturas arborizadas Professora: Aniela Improta França Departamento de Lingüística 2006 / 2 LINGÜÍSTICA 1 U F R J e t r a s . u f r j . b r / c l i p s e n

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Page 1: Derivações sintáticas: representações em estruturas arborizadas Professora: Aniela Improta França Departamento de Lingüística 2006 / 2 LINGÜÍSTICA 1 U

Derivações sintáticas: representações em estruturas arborizadas

Professora: Aniela Improta França

Departamento de Lingüística

2006 / 2

LINGÜÍSTICA 1

U F R Jw w w . l e t r a s . u f r j . b r / c l i p s e n

Page 2: Derivações sintáticas: representações em estruturas arborizadas Professora: Aniela Improta França Departamento de Lingüística 2006 / 2 LINGÜÍSTICA 1 U

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Uma derivação se insere no contexto da CHL

Um Modelo de Faculdade de Linguagem

Olhando macro ...

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Características Gerais das Derivações• As derivações sintáticas em estruturas arborizadas constituem uma ferramenta imprescindível ao entendimento da Faculdade de Linguagem (CHL)e das diferenças paramétricas entre línguas.• A estrutura Xis-Barra é o padrão essencial da derivação, definindo as posições sintáticas minimamente necessárias e também suas relações.

ba

aca’

aP

núcleo complemento

projeção intermediária

projeção máxima

especificador

Olhando micro ...

• O nome Xis-Barra veio do fato de que é comum na lingüística assumirmos incógnitas da matemática: x, y, z

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Características Gerais das Derivações• As derivações sintáticas em estruturas arborizadas constituem uma ferramenta imprescindível ao entendimento da Faculdade de Linguagem (CHL)e das diferenças paramétricas entre línguas.• A estrutura Xis-Barra é o padrão essencial da derivação, definindo as posições sintáticas minimamente necessárias e também suas relações.

yx

azx’

xP

núcleo complemento

projeção intermediária

projeção máxima

especificador

Olhando micro ...

• O nome Xis-Barra veio do fato de que é comum na notação formal lingüística assumirmos incógnitas da matemática: x, y, z

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Relações no Xis-Barra

• C-comando: o primeiro nó bifurcante que domina um constituinte também domina o outro

• Domínio: relação de sentido único de cima para baixo aP domina c, a’, a e b c não domina ninguém a’ domina a e b a não domina ninguém b também não domina ninguém

c c-comanda a’ e a’ c-comanda c simetricamentea c-comanda b e b c-comanda a simetricamente c c-comanda a e b assimetricamente

O C-comando assimétrico é uma relação curiosamente relevante na estruturação de muitos sistemas naturais: em operações matemáticas, nas organizações de parentesco ...

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Exemplo da importância do c-comando

O fato de que é necessário que haja c-comando assimétrico para estabelecermos correferência é um princípio lingüístico, ou seja é um dado da Gramática Universal, independentemente da linearização das línguas. Vejamos como acontece o inglês

O assessori do presidentej se i , *j envolveu no roubo.

O primeiro nó bifurcante que dominadP também domina v. Logo o assessor c-comanda se.

O primeiro nó bifurcante que domina

pP NÃO domina v. Logo, do presidente

NÃO c-comanda se.

Qual o antecedente de se: o assessor ou o presidente?

pPse envolv-

no roubo

assessor

n pP

do presidenteassessor

n

v’

vP

nP

dP

o v

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Exemplo da importância do c-comando

O primeiro nó bifurcante que dominav também domina dP. Logo himselfc-comanda brother.

O primeiro nó bifurcante que domina

nP NÃO domina v. Logo, himself

NÃO c-comanda John.

John’s bother hurt himself.

Lembrem-se, em o assessor do presidente se envolveu, o assessor está mais longe de se linearmente e ainda assim é o antecedente. E em inglês?

John’s bother hurt himself.

Em inglês é o contrário. O mais perto linearmente é o antecedente. Será que há relação de C-comando assimétrico? Vamos fazer a árvore.

dP

hurt himself

brother

v

John

nP

d’

vP

dP

dP

‘s

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Alguns Sintagmas Funcionais

dP

determinante

nP

nominal

vP

verbal

pP

preposicional

advP

adverbial

TP

temporal

CP

complementizador

adjP

adjetival

Se a CHL produz a correspondência entre forma e significado, como os dPs são licenciados em termos semântico e sintático?

cP

causativizador

..

.

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9V a m o s v e r o s i s t e m a f u n c i o n a n d o ?

Licenciamento de dP

Cada dP, Vera e um carro, tem que ser licenciado quanto à ...

semântica

sintaxe

Vera comprou um carro.

Recebendo papel temático

Recebendo caso

Vera um carro

agente tema

nominativo acusativo

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Vera comprou um carro.

dP

v

v’

dP

vP

Veracompr-

um carro

O verbo seleciona o seu complemento: Juntar compr__ com um carroO vezinho se expande em uma projeção máxima e o espaço de spec é criadoO sujeito, argumento externo do verbo, ocupa o spec de vP, dentro de um dP.

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Vera comprou um carro.

dP

v

v’

dP

vP

Veracompr-

carroum

Agora vamos aos licenciamentos .....O verbo dá papel temático ao seu argumento interno, dP um carro

papel temático

caso

licenciado

carroum

O verbo também dá caso ao seu argumento interno, o dP um carro

carroum

Agora vamos ao argumento externo. O verbo dá papel temático ao dP sujeito

Vera

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Vera comprou um carro.

dP

v

v’

dP

vP

ti

compr- carroum

papel temático

caso

licenciado

carroum carroum carro

Veracompr-

Acima de vP há o TP que em seu núcleo porta os traços fi (tempo, pessoa e número) do verbo.Acima de vP há o TP que em seu núcleo porta os traços fi (tempo, pessoa e número) do verbo.

T’

ou

T

TP

[Passα num β pess]

Reparem que Vera foi licenciada semanticamente mas ainda precisa de caso. Mas para isto Vera tem que se mover para Spec de TP, deixando um vestígio em Spec de vPEste foi um movimento de Spec a SpecCom Vera na posição de Spec de TP os traços de pessoa e número de Vera são copiados em tempo, formando a concordância de verbo com o sujeito.

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Vera comprou um carro.

dP

v

v’

dP

vP

ti

compr-

papel temático

caso

licenciado

Verai

T

T’

ou

TP

Verai

Agora vamos à atribuição de caso nominativo ao sujeito

um carro

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Vera comprou um carro.

dP

v

v’

vP

ti

compr-

papel temático

caso

licenciado

Verai

T

T’

ou

TP

Verai

Este foi um movimento de Spec a SpecO verbo agora sobe para T para se juntar morfologicamente com a peça ou.Finalmente, temos toda a sentença derivada.

dP

um carro

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15

Vera comprou um carro.

dP

v

v’

vP

ti

comprou

papel temático

caso

licenciado

Verai

T

T’

TP

Verai

Mas como a CHL tem meios finitos de formar infinitas construções, há lugares para recursividade.

dP

um carro

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Vera comprou um carro.

dP

v

v’

vP

ti

comprou

papel temático

caso

licenciado

Verai

T

T’

TP

Verai

Finalmente, temos toda a sentença derivada.

C’

CP

Mas, e se quisermos continuar, recursivamente, colocando uma sentença dentro da outra? Em CP entram morfemas que funcionam como uma cola entre sentenças. Vamos ver como.

dP

um carro

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dP

v

v’

vP

ti

comprou

Verai

T

T’

TP

Verai

C’

CP

dP

um carroA “cola” que entra em CDepois o vP.

Acho que Vera comprou um carro.

que

dP

v

v’

vP

No Spec de vP entra o sujeito, que no caso é uma forma pronominal nula , que leva o nome de prozinho - pro

ach-

pro

Licenciando pro semanticamente...

pro

Finalmente entra TP

dP T’

TP

T

[φ]

Prozinho sobe para spec de TP

tj

E agora pro recebe o licenciamento sintático de T.

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dP

v

v’

vP

ti

comprou

Verai

T

T’

TP

Verai

C’

CP

dP

um carro

Acho que Vera comprou um carro.

que

dP

v

v’

vP

ach-

pro T’

TP

T

[φ]

pro

Como pro agora está visível para T os traços dele são copiados e épossível escolher um item de vocabulário para entrar neste nó

o

Finalmente o verbo sobe e se junta com a peça vocabular que está em T. Vamos então ver outros tipos de derivação e movimento ?

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dP

v

v’

dP

vP

Veracompr- o que

Vera

o que o que

T

T’

[φ]

TP

Veja se você consegue anunciar o passo a passo desta nova derivação.

O que Vera comprou?Olhe as dicas:

1ª concatenação

Completar o sintagma

Ocupar o Spec

Licenciamentos semânticos

Licenciamento sintático

Morfologia verbal

1º movimento

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dP

v

v’

dP

vP

o que

ti

o que o que

T

T’

[φ]

TP

Verai

Verai

O que Vera comprou?

Olhe as dicas:

1ª concatenação

Completar o sintagma

Ocupar o Spec

Licenciamentos semânticos

Licenciamento sintático

Morfologia verbal

1º movimento

Licenciamento sintático

Agora atenção: veja que o que não está na posição em que foi pronunciado

Fusão

Como e para onde movê-lo?

O que há acima de TP?

Especificação dos traços fi.

ou

compr-

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De acordo com o universal lingüístico No.12 de Joseph Greenberg, (1963) as línguas VSO sempre têm movimento de QU-, enquanto as línguas SOV nunca apresentam este fenômeno. Já as SVO, como o português, inglês, e mandarim variam parametricamente em relação a este fenômeno. As línguas que não têm Movimento de QU- são conhecidas como línguas de QU- in-situ.

Guarde a sua resposta: tempo para reflexão

O Movimento de QU- é o fenômeno sintático através do qual palavras interrogativas se deslocam para o início de sentenças interrogativas, longe do sítio onde o sintagma QU- recebeu papel temático.

Agora responda: O que há acima de TP?

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dP

v

v’

dP

vPcomprou

ti

tjo que

T

T’

TP

Verai

O que Vera comprou?

C’

CP

C

O que vai se mover para SPEC de CP porque no português há um traço forte [+ QU- ] em C que atrai o sintagma QU- para lá.

[+ QU-]

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dP

v

v’

dP

vP

comprou

ti

tj

o quej

T

T’

TP

Verai

O que Vera comprou?

C’

CP

C

O que vai se mover para SPEC de CP porque no português há um traço forte [+ QU- ] em C que atrai o sintagma QU- para lá.

[+ QU-]

Vamos ver um outro tipo de sentença ...

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24Mas primeiro, em um pedaço de papel, escreva uma sentença que ilustre esta foto.

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Pedro contou um segredo para Vera1 2 3

Primeiro o verbo seleciona um pP como seu argumento interno

v

v’

pP

p’

Vera

para

cont

dP

um segredo p dP

O verbo atribui caso ao dP um segredo. E a preposição atribui papel temático

um segredo

A preposição atribui papel temático e caso ao dP Vera

VeraO resto você já sabe ...

T’

dP

vP

ti

cont-ou

T[φ]

TP

Pedroi

C’

CP

Agora vamos usar o que aprendemos para derivar uma sentença em outra língua!

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Você se lembra o que você emprestou a quem?

Em viagem de férias com os amigos em uma praia, você descobriu que só vocêfoi previdente e levou os objetos que precisaria usar. Mas como você é legal, você emprestou uma coisa para cada um de seus amigos esquecidos:

Fernandinha Thiaguinho Thaís Elaine David

Se esta pergunta fosse em holandês, ela seria assim.....

Anouk

Arjan Faas Geertruida Katelijn

Herinnert je je wat je aan wie geleend hebt?glosa lembra se você o que você a quem emprestado tinha

Alguém poderia perguntar:

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Você se lembra o que você emprestou a quem? Herinnert je je wat je aan wie geleend hebt?glosa lembra se você o que você a quem emprestado tinha

Esta sentença tem que ser derivada em dois ciclos. Vamos ao primeiro...

Ciclo 1

Aqui o verbo é emprestar. Lembra o que fizemos com o verbo contar? Mas repare que em holandês o verbo fica no final e os argumentos a quem e o que ficam antes do verbo. Isto não é um problema. A solução será apresentada a seguir:

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28A árvores são como móbiles. Podem virar no eixo vertical.

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29

Você se lembra o que você emprestou a quem? Herinnert je je wat je aan wie geleend hebt?glosa lembra se você o que você a quem emprestado tinha

Podemos então inverter a ordem linear da estrutura sem mudarmos as relações de c-comando entre os constituintes da sentença.

Ciclo 1

pP

v’

v-leen

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30

Você se lembra o que você emprestou a quem? Herinnert je je wat je aan wie geleend hebt?glosa lembra se você o que você a quem emprestado tinha

Agora vamos abrir o pP para encaixar o que para quem (wat aan wie)

Ciclo 1

pP

v’

v

dP

leen

wat

p’

p dPaan

wie

Fechando o sintagma, temos...

vP

dP

je

Licenciamentos ...

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31

pP

v’

dPleen

wat

p’

p dP

wie

vP

dP

je

aan

wat je aan wie geleend hebt?o que você a quem emprestado tinha

v

A preposição atribui papel temático e caso ao dP wie O verbo atribui caso ao dP wat. E a preposição atribui papel temático

wie

wat

O verbo atribui papel temático dP je, no spec de vP.

je

Agora uma novidade...

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32

pP

v’

dPleen

wat

p’

p dP

wie

vP

dP

je

aan

wat je aan wie geleend hebt?o que você a quem emprestado tinha

v

wie

wat

je

Certas formas verbais podem se combinar a morfemas causativosque são escolhidos da Lista 1Este é o caso do verbo emprestar em sua versão causar tomar emprestado Toda vez que um traço abstrato é escolhido da Lista 1, ele se estrutura como um sintagma. Então vamos estruturar este cP?

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pP

v’

dPleen

wat

p’

p dP

wie

vP

dP

ti

aan

wat je aan wie geleend hebt?o que você a quem emprestado tinha

v

wie

wat

je

c’

c

cP

No núcleo de cP vai entrar o morfema causativo ge

ge

Je sobe para spec de cP para pegar agentividade O verbo sobe para c para se juntar ao morfema causativo.

jei

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pP

v’

dP

wat

p’

p dP

wie

vP

dP

ti

aan

wat je aan wie geleend hebt?o que você a quem emprestado tinha

v

wie

wat

c’

c

cP

geleen

jei

Agora vamos ao TP, que entrará do mesmo lado do verbo.

T’

TP

T

O traço de particípio passado entra no núcleo de T

d

O verbo em c sobe para se juntar ao particípio

geleend

Note que je não sobe para o spec de T porque não há traços finitos no part. passado para atribuir casoOnde estão os traços finitos que poderão atribuir caso?

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ti

pP

v’

dP

wat

p’

p dP

wie

vP

dP

ti

aan

wat je aan wie geleend hebt?o que você a quem emprestado tinha

v

wie

wat

c’

c

cP

jei

T’

TP

Tgeleend

O sintagma funcional que pode carregar este auxiliar é o sintagma Tempo. Os tempos compostos têm dois sintagmas de tempo. Vamos então inserir um segundo TP.

T2’

TP2

hebt[φ]

O auxiliar ocupa o núcleo do sintagma TP2.Je sobe para spec de TP2, onde se tornará visível para ganhar caso do auxiliar

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ti

pP

v’

dP

tj

p’

p dP

wie

vP

dP

ti

aan

wat je aan wie geleend hebt?o que você a quem emprestado tinha

v

wie

wat

c’

c

cP

jei

T’

TP

Tgeleend

T2’

TP2

hebt[φ]

jei

Por fim entra o CP, com o traço [+QU-] em seu núcleo

C

CP

[+ QU-]

Este traço [+QU-] atrai o wat que se deslocaAssim termina o primeiro ciclo. Vamos para o segundo!

watj

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Você se lembra o que você emprestou a quem? Herinnert je je wat je aan wie geleend hebt?glosa lembra se você o que você a quem emprestado tinha

Ciclo 2

CP

v’

vherinner je

wat je aan wie geleend hebt?

T’

vP

TP

dP

je

presente

[φ]

O verbo herinneren seleciona como complemento toda a sentença de baixo Notem que a anáfora je (reflexivo) cliticiza no verboAgora fechamos a fase do vP com o encaixe do sujeito em spec de vP Agora vem o TP

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tk

Você se lembra o que você emprestou a quem? Herinnert je je wat je aan wie geleend hebt?glosa lembra se você o que você a quem emprestado tinha

Ciclo 2

CP

v’

v

wat je aan wie geleend hebt?

T’

vP

TP

dP

jek

C’

CP

C

O sujeito sobe para Spec de TP e ganha caso

jek

presente

[φ]

Em Spec de TP os traços de je podem ser copiados em T

t

herinner je

Agora o verbo sobe para pegar tempoFase CP

herinnert je

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39

tk

Você se lembra o que você emprestou a quem? Herinnert je je wat je aan wie geleend hebt?glosa lembra se você o que você a quem emprestado tinha

Ciclo 2

CP

v’

v

wat je aan wie geleend hebt?

T’

vP

TP

dP

C’

CP

C

jek

herinnert je

Em holandês vemos que o verbo na pergunta fica na frente da frase. Entendemos que há uma força de atração em C que alça o verbo para esta posição.

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40

tk

v’

espero

T’

vP

TP

dP

prok

C’

CP

C

v CP

fim

que eu vá encontrá-los de novo em Lingüística 3